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Momento de reinvencao Como profissionais sensíveis aos novos tempos focam suas acões na ética e na responsabilidade social


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Editorial COMUNICAÇÃO E SUSTENTABILIDADE: PROFISSÃO E VIDA

Janete Schwartzhaupt

Comunicar é partilhar, tornar comum, é a interação entre indivíduos. Sustentabilidade é garantir a interação do homem com a natureza, é também preservar e cuidar. Necessitamos de ambos para sobreviver, tanto no âmbito subjetivo e afetivo, como objetivamente nas práticas do cotidiano. Há uma sintonia entre os dois conceitos, para a estruturação e manutenção da vida, da cultura, e da qualidade de ambas. Portanto não podemos banalizar o exercício profissional nas diversas áreas da comunicação, nem tão pouco atuar ou usar os meios de comunicação apenas de forma mercantilista ou inconsequente, sem compromisso com a sociedade. A comunicação é formadora dos indivíduos e formada por eles, é um espaço para reprodução e compartilhamento do conhecimento. Deve ser ferramenta de evolução e não o contrário. Cada

profissão tem suas responsabilidades nesta aldeia global e não deve distanciarse do conceito que às nomina. E o profissional das comunicações não pode esquecer a responsabilidade pela influência que tem, a partir do que comunica, transmite, nas mais variadas formas. A informação transmitida repercute como eco no mundo interno dos indivíduos e também a sua volta. Podemos relacionar o que é produzido em comunicação à sustentabilidade. E a pergunta que surge desta conexão dos conceitos é um grito social: é produção sustentável? Favorece a verdade, os bons valores, a solidariedade, a crítica e a informação ética? Produz conhecimento? Ou enquanto sujeitos da comunicação produzimos lixo que polui e destrói ao comunicar, e que não é útil à sociedade e não melhora em nada a

vida e o próprio homem? As informações na forma que são construídas e comunicadas podem ser o veneno que mata como um produto tóxico lançado no riacho; como também são remédio e alento, quando éticas, questionadoras, educativas, saudáveis, como o andar de bicicleta para reduzir ou humanizar um trânsito caótico. A escolha de uma comunicação sustentável, criadora, crítica, é pessoal. Única e solitária. Sua comunicação é sustentável ou degradadora?A partir dessas reflexões, os alunos da disciplina de Mídia Impressa da Universidade de Caxias do Sul, primeiro semestre de 2013 – Professora Alessandra Rech - desenvolveram esse informativo. A intenção é contribuir para o engrandecimento ético de uma área profissional que diz respeito à todos – a Comunicação. Foto: Milena Leal


03 Foto: Revista Vip Garopaba

A Ecological Trend

CRIATIVIDADE NA RAIz A sociedade caminha rapidamente a um ponto de convergência moral, em que as marcas serão escolhidas pela responsabilidade social e ambiental que representam A crescente preocupação com a fauna e a flora e sua preservação mostra que, hoje em dia, o perfil do consumidor e o seu padrão de escolha de um produto mudaram. O consumidor se tornou mais crítico na escolha, assim como também se tornou mais cético em relação ao teor das mensagens anunciadas para promover as características ecológicas de seus produtos, ou ao comprometimento da empresa em relação à preservação do meio ambiente. Mais e mais empresas usam apelos ecológicos para motivar seus clientes e para mostrar uma imagem de empresa consciente e ecologicamente correta na produção. Tudo isso para promoverem e venderem seus produtos e serviços. O interesse por produtos ecologicamente corretos incentiva as marcas a darem maior importância a esse tema por meio das suas campanhas publicitárias, para que o público possa identificar as empresas que se dedicam a não comprometer a natureza e o que nela vive. Trabalhar unindo paixões e ideais hoje em dia não é nada fácil. A maioria das pessoas que abre uma empresa própria

tem como meta o sucesso financeiro. A Made In Guarda (MIG), criada por Josué R. Machry há mais de 9 anos, é uma empresa diferente, nasceu da experiência de seu criador e diretor criativo, que é um amante da natureza, do mundo e da liberdade, de esportes que mesclem esses elementos, como kite surf e velejar. Foi dessa paixão que ele percebeu que havia a necessidade da iniciativa da preservação. Para ele, é necessário cuidar do que amamos para que as próximas gerações também possam ter esse estilo e qualidade de vida, que é uma grande tendência no mercado e no mundo. A marca foi projetada para ser autêntica e ecológica, sempre trazendo a preocupação com o meio ambiente. A MIG é conhecida mundo afora pelo seu conceito único de sustentabilidade, até de utilizar materiais diversos. Foi a favor do uso consciente dos recursos naturais que surgiu a ideia de Ecological Trend. Segundo Josué, aqueles que compram produtos da MIG optam por ela sempre pela identificação com a marca, uma vez que ela propõe um comportamento da cultura de praia, como uma opção de estilo de vida moderno e saudável, através

de um equilíbrio entre o meio ambiente e a maneira de viver de cada cliente. A marca sempre trabalha focando na qualidade do produto e excelência no atendimento, buscando melhorar e fortalecer esse relacionamento com o consumidor. A estratégia da marca é a realidade dos fatos; apelando pela preservação e incentivando o público a plantar árvores e a cuidar do planeta. Na MIG, qualquer item comprado contém sementes de árvores para serem plantadas junto com a TAG (tarja com a marca em material orgânico). Além disso, utilizam algodão orgânico, malha de garrafa PET e trabalham com fornecedores ecologicamente corretos em seus processos. O material gráfico é totalmente reciclável e as lojas são todas feitas com madeira de reflorestamento e tijolos de demolição. Claro que nem tudo acontece sempre da maneira desejada, mas tudo é feito com o cuidado mais especial e da maneira mais criteriosa na medida do possível. A marca ainda não possui nenhum certificado, mas está dentro do planejamento para 2016 possuírem uma certificação ISO.


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Marketing alternativo

PUBLICIDADE MAIS BARATA qUE PÃO Empresa farroupilhense confecciona sacos de pães com propagandas, levando informações com sustentabilidade à mesa do consumidor Foto: Divulgação

Eduardo Prezzi e Mateus Barea tornaram-se empresários inovadores do ramo publicitário

Uma forma diferente de empreender está sendo usada por dois jovens empresários farroupilhenses: propagandas em sacos de pão. O nicho de mercado foi descoberto pela internet e Eduardo Prezzi (21 anos) e Mateus Barea (22 anos), que desejavam constituir o próprio negócio, resolveram apostar. A empresa Ecko Mídia possui dois anos e já produziu três edições dos sacos de pães, contando hoje com 60 anunciantes em Farroupilha e região. “Apostamos nisso pela inovação, pelo baixo custo e por envolver a sustentabilidade”, contam. Mais de 23 distribuidores de pães como mercados, confeitarias e padarias são parceiros da empresa, usando os sacos de pão com publici-

dades na entrega do produto. Quem paga é apenas a empresa que anuncia com a Ecko, única empresa da Serra gaúcha no segmento. Apesar de o pão estar na mesa de todos, o público-alvo tem sido, principalmente, as empresas preocupadas com a sustentabilidade. Os valores dos anúncios custam menos que um pão. Cada publicidade custa cerca de R$ 0,02 centavos (para o menor tamanho anunciado que é de 9,8 por 5 centímetros) levando em conta a tiragem de 30 mil exemplares por edição de impressão. Os sacos são selados com cola sem poliamida e impressos com tintas a base de água e por isso, são ecológicos e apropriados ao contato com alimentos.

Vantagens para o consumidor - As embalagens conservam os pães mais frescos; -Contribui com o meio ambiente evitando a entrega de mídias panfletadas e uso de sacos plásticos; - Acesso a informações de forma gratuita; - Maior qualidade de embalagem comparada aos sacos plásticos;

Vantagens para as padarias - Eliminar custos e aumentar lucros; - Recebimento de comissões por indicação de anunciante; - Contribui com o meio ambiente evitando a entrega de mídias panfletadas e uso de sacos plásticos; - Entrega do produto em embalagem mais atrativa, de maior qualidade e inovadora;


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Patrimônio histórico O DESPERTAR DA MEMóRIA EM CAxIAS A Casa Rosada (se não desabar) estará em breve sufocada por um conjunto de prédios de um condomínio residencial Com a sanção da lei 7.495, em 6 de Abramo Eberle começaram a vender novembro de 2012, Caxias do Sul entrou em partes seu patrimônio. Coube ao em um momento de poder público tentar embargar maior lucidez tal obra, mas sem grande sobre a sucesso, mais uma lembrança gestão do que ficará esquecida na selva de pedra. Em caminho contrário, a Maesa, assim chamada devido à inscrição que está em entrada na Rua Dom su a Patrimônio Histórico, tradicionalmente José Barea, está sendo visada para se substituído por construções que tornar um local de cultura e eventos. caracterizam o desenvolvimento da O vereador Jaison Barbosa (PDT), região. Ironicamente, no mesmo dia, um em entrevista, declarou ter criado um guincho derrubou o pórtico histórico projeto de lei para transformar o local da antiga vinícola Luiz Antunes. Na em centro cultural e também mercado ocasião, internautas e comunidade em público. O parlamentar afirmou que a geral se manifestaram pela reconstrução cidade não tem um local assim há 20 do que já era chamado monumento. A anos (desde que o antigo mercado deu diretora do Departamento de Memória lugar à atual Secretaria da Saúde) e e Patrimônio Cultural da Secretaria da que sempre é uma referência em uma Cultura, Liliana Henrichs, na ocasião se cidade para artesanato, comidas típicas, manifestou dizendo que o proprietário e até mesmo para expressões culturais. do guincho deveria arcar com todo o A empresa que atualmente está no trabalho e que não devia ser esquecido complexo, que data da década de 1940, pela comunidade. passa por crises financeiras e em um A força da comunicação se fez futuro próximo poderá deixar o local. E presente: críticas foram levantadas em vista desse fato, já existe um projeto nas redes sociais devido ao tempo que chamado Maesa Cultural, visando dar passou para a resolução do problema maior amplitude à ideia proposta de se e um protesto foi realizado no início tornar um marco no município. deste ano, quando parecia ter sido “Ao invés de serem construídos locais abandonada a restauração. O pórtico para no futuro serem utilizados para foi reerguido e muitas letras do original, esses fins, se aproveita algo belo e já danificadas pelo tempo, também foram existente de Caxias, se dando uma nova restauradas. A estrutura original foi finalidade”, salientou o vereador. totalmente refeita, mas ainda há muitos apagamentos desafios na área. No passado, na região da Avenida Rio A chamada Casa Rosada, na Rua Branco, ao lado de onde hoje se situa um Alfredo Chaves, próximo ao parque shopping center, existia uma empresa Getúlio Vargas, popular Parque dos de guinchos que ocupava o espaço de Macaquinhos, é num desses exemplos. boa parte da malha ferroviária daquela A residência era de propriedade da região. Após a construção do centro família Eberle, tradicional na cidade de compras, foi realizada a retirada e no passado proprietária de empresa via embate judicial. A área demanda homônima que impulsionou o uma revitalização, como a que tem desenvolvimento de Caxias. A casa (se beneficiado, ao menos parcialmente, a não desabar) estará em breve sufocada região da antiga Estação. por um conjunto de prédios que Outro exemplo, o prédio da antiga serão um condomínio residencial. No empresa Auto Palácio Ltda., situada passado, recebeu visitas ilustres. Um na esquina das ruas Sinimbu e Guia marco na arquitetura da cidade, ela se Lopes, foi invadido no passado e, tornará o salão de festas dos futuros pela lei de usucapião, se perdeu um condôminos do conjunto de edifícios. belo patrimônio para o marasmo. A situação é que, em certas dificuldades Lembrando que esta foi a primeira loja financeiras os herdeiros do ilustre de automóveis da cidade.

para entender mais: Segundo a nova Lei, constitui-se o Patrimônio Cultural do Município os bens de natureza material, móveis e imóveis, e bens de natureza imaterial, tomados individualmente ou em conjunto e que, por serem portadores de referência à história, à identidade, à ação e à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade caxiense, seja de interesse público preservar e proteger. sobre a Lei 7.495 Dentre os bens mencionados, incluemse: I – os bens inscritos no livro do tombo e nos livros de registro do município; II – as edificações, os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico, paisagístico e científicos localizados no setor especial de interesse patrimonial, histórico, cultural e paisagístico e no setor espacial do centro histórico, previstos na Lei Complementar nº 290, de 24 de setembro de 2007 (Plano Diretor Municipal); III – os bens relacionados nos anexos 7 e 13 da Lei Complementar nº 290, de 24 de setembro de 2007 (Plano Diretor Municipal); IV – Os objetos; V – Os documentos; VI – As formas de expressão; VII – Os modos de criar, fazer e viver; VIII – As criações artísticas, científicas e tecnológicas. O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural do município, por meio de diagnósticos, projetos, inventários, registros, vigilância, tombamentos e desapropriações, e de outras formas de acautelamento e preservação. Com o objetivo de garantir a preservação, a recuperação e o acesso público aos bens mencionados anteriormente, o Município fica autorizado a: I – buscar recursos para infraestrutura; II – efetivar parcerias público-privadas; III – utilizar os instrumentos relacionados na Lei Complementar nº 290, de 24 de setembro de 2007 (Plano Diretor Municipal), sem prejuízo de outros instrumentos afetos; IV – realizar obras de infraestrutura, firmar convênios e prestar serviços.


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‘Ser um Relações Públicas é apaixonante’ Melhor que uma comunicação perfeita é a convicção perfeita daquilo que se procura comunicar

ENTREVISTA: Caroline Rech

Uma boa comunicação é a ferramenta essencial para qualquer tipo de profissional. Para o profissional de Comunicação Social, o papel da comunicação começa bem antes de sua atuação numa determinada função, inicia-se em sua formação acadêmica, sem essa habilidade ele já sai em desvantagem em relação aos seus concorrentes. E quando falo de comunicação, trata-se de comunicação integral que envolve fala, escrita, postura e até mesmo suas atitudes, crenças e

valores. O ser humano é um verdadeiro objeto de comunicação multimídia e deixa sua influência por onde passa pelo que ele é, além daquilo que diz ou escreve. A paixão faz os olhos do profissional brilhar quando fala daquilo que faz, e só esse brilho no olhar pode valer mais que mil palavras ditas. Portanto, melhor que uma comunicação perfeita é a convicção perfeita daquilo que se procura comunicar. Evidentemente, se a pessoa tiver essa convicção e ainda uma boa comunicação, será mais fácil conquistar seu espaço no mercado e influenciar pessoas com suas ideias. A comunicação eficaz é um processo, e não um discurso qualquer bem elaborado. Começa investigando, perguntando, percebendo a situação, as pessoas e o ambiente, para então adaptar a mensagem de forma que seja compreensível ao receptor, levando em consideração os ruídos do processo, as necessidades do público-alvo, diferenças culturais, meios utilizados e uma série de outras variáveis. A profissional de Relações Públicas Caroline Rech, formada pela Universidade de Caxias do Sul em 2008, vem se dedicando à comunicação assertiva, com a parceria de Chaiane Bellaver, profissional de Publicidade e Propaganda. Ambas muito bem qualificadas, à frente da Sinergia

Ações em Marketing e Negócios, empresa que nasceu no ano de 2010 em Caxias do Sul, e é especializada em ações e eventos de comunicação e marketing corporativo. A empresa está focada no atendimento de pequenas e médias empresas, tomando por base a realidade de cada negócio e diagnosticando as necessidades de comunicação de cada cliente de forma personalizada. Segundo Caroline, o trabalho da Sinergia é consolidar e fortalecer a imagem dos clientes, fomentando negócios e divulgando suas ações. Por meio de parcerias estratégicas, oferece serviços de Assessoria de Imprensa, de Publicidade e Propaganda e Web. Em entrevista ao Eco, Caroline Rech fala sobre a importância da comunicação, planejamento e desafios da carreira. eco: O que considera fundamental para o aluno desenvolver ao longo de sua vida acadêmica que agregará valores em sua carreira? caroline: Relacionamento. Construir relacionamentos verdadeiros com colegas, professores e colaboradores na vida acadêmica é fantástico. Se eu tivesse que dar um conselho, diria: Aproveite este ambiente que é propício para trocas de experiências e faça muito networking! Não esqueça que traçando uma carreira acadêmica


07 de forma participativa, mostrando amor à profissão, se engajando nas atividades propostas, você deixará marcas importantes para a sua rede de relacionamento. E imagem é tudo em nossa profissão! eco: O que considera fundamental para um bom planejamento de comunicação? caroline: Análise e muita pesquisa. Conhecer a empresa, o público e o ambiente em que a organização está inserida são fundamentais para o sucesso de um planejamento de comunicação. eco: Como aplica os conceitos de Comunicação na sua empresa? E qual o diferencial que a Sinergia oferece? caroline: Minha empresa trabalha com assessoria de comunicação e marketing, desta forma comunicação é o ar que respiramos. Os conceitos são aplicados dos pequenos detalhes às ações mais grandiosas e acredito que este é o nosso diferencial, usar a comunicação a nosso favor e a favor de nossos clientes. eco: Quais os maiores desafios de sua profissão? caroline: Desde que entrei no mercado da comunicação vejo grandes melhorias e grandes avanços na área. Mas, claro, temos muito caminho a seguir, pois a nossa profissão ainda é muito jovem no Brasil. Os desafios estão nos profissionais que devem buscar seu lugar no mercado de trabalho como grandes estrategistas e gestores, lembrando sempre que contra resultados positivos não há argumentos. Percebo que há uma disposição maior das empresas em mudar o conceito de exposição de suas marcas, ampliar seu relacionamento com os stakeholders e estão cada vez mais

apostando na promoção de eventos como estratégia. eco: Para concluir a entrevista, que mensagem deixaria aos estudantes de Relações Públicas? caroline: Ser um Relações Públicas é apaixonante, então se você escolheu esta profissão se dedique

ao máximo! Leia muito, escreva muito, participe de palestras, informe-se! Estar informado é fundamental, procure, também, realizar estágios enquanto estiver na graduação, isso ajudará você a decidir qual das áreas de Relações Públicas você mais se identifica. Fotos: Acervo Pessoal

CAROLINE RECH – Possui MBA em Gestão Empresarial pela FSG. É Bacharel em Comunicação Social – Relações Públicas, pela Universidade de Caxias do Sul – UCS, graduada com Láurea Acadêmica em 2008. Atuou por sete anos no Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e Malharias da Região Nordeste do RS – Fitemasul, onde realizou a coordenação de comunicação e marketing, eventos empresariais onde foi, também, Diretora Executiva da Entidade. Possui experiência no exterior, onde realizou intercâmbio, Londres – Inglaterra.


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Fotos: Hugo Araújo

ADMIRáVEL APRENDIz O estudante Marcelo de Jesus dos Santos é criador de uma ação sustentável em seu ambiente de trabalho Jovem aprendiz da RGE, Marcelo de Jesus dos Santos – estudante de Jornalismo na UCS, 17 anos -, é criador de uma ação sustentável que levou a concessionária estimar uma economia anual de 15,1 mil reais. É o malote sustentável, que tem evitado o descarte de aproximadamente 2.400 folhas de papel por mês. A ideia surgiu há um ano, quando Marcelo se deu conta de que o material poderia ser reaproveitado na produção de envelopes timbrados da RGE, assim evitando os custos da confecção desse material em gráficas. O aprendiz conta que para concretizar a proposta, o analista de logística, Giovani da Rosa, ajudou-o com o projeto e se tornou seu padrinho. Com a aprovação do setor de recursos humanos, outros colegas de Marcelo foram direcionados para o projeto, que teve início há pouco mais de um mês. Satisfeito, Giovani também falou a respeito da proposta bem sucedida. Ele

afirmou que o modelo do malote foi melhorado e padronizado, assim como os demais aprendizes foram treinados e estipulou-se que cada um produzisse em média dois malotes por dia nas horas vagas (meta essa que é monitorada pelo próprio Marcelo). O analista acrescenta que, além da economia financeira proporcionada pelo reaproveitamento do papel, a importância do projeto está em entender que a empresa busca, constantemente e de forma sustentável, utilizar os seus próprios resíduos, neste caso o papel descartado. Além disso, Giovani também acredita que o projeto incentiva os menores aprendizes a dar valor às pequenas coisas dentro da empresa. Marcelo comemora a própria conquista. “Vários malotes já foram, inclusive, para Campinas (SP) e para diversas cidades do Rio Grande do Sul”, conta o aprendiz. Atualmente, Marcelo cursa o primeiro semestre de Jornalismo.

A Rio Grande Energia (RGE) é a distribuidora de energia elétrica das regiões Norte e Nordeste do estado do Rio Grande do Sul. Criada a partir do modelo de concessão pública para distribuição de energia elétrica em 21 de outubro de 1997, a empresa atende 262 municípios gaúchos (54% do total de municípios do estado). A área de cobertura da RGE é dividida em duas grandes regionais: a Centro, com sede em Passo Fundo, e a Leste, com sede em Caxias do Sul. São 90.718 km² – 34% do território do estado. Juntas, essas regiões apresentam um dos melhores índices econômicos do Brasil e são as responsáveis pelo maior polo agrícola, pecuário, industrial e turístico do estado. A RGE é parceira dos municípios gaúchos no desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul e desde 2006 faz parte integralmente do grupo CPFL Energia, que é um dos maiores grupos privados do setor elétrico brasileiro.


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SUSTENTABILIDADE E LITERATURA

Fotos:Divulgação


URSINHOS CARINHOSOS Patricia Patzlaff

SENSAÇÕES Livinni Marinho Rafaelli

SILENCE - Rayza Roveda Ataides

REFLEXOS Pimentel

O QUE HÁ POR TRÁS DA MASCARA - Aline Bedin

O “NEM TÃO NOVO” CENáRIO DA FOTOgRAFIA Pesquisas apontam que o cliente quer ser bem atendido, quer qualidade no produto, agilidade nos prazos, mas quer pagar pouco Júlio Soares* “A era digital veio para revolucionar a fotografia não somente no processo, mas no jeito de fotografar, nos recursos disponíveis e principalmente ela nos trouxe o imediatismo. Não estamos falando no imediatismo de poder ver o resultado na hora, mas na paciência que ainda é um dom e que foi infelizmente esquecido. Hoje mal guardamos o equipamento ou desligamos a máquina já somos questionados sobre a hora que poderão ver o material ou mesmo a já velha “me manda por e-mail?” O profissional não tem mais tempo para brincadeiras, testes, invenções e amadorismo. A urgência, às vezes,

é tão grande que nem sempre se tem tempo para fazer correções ou tentar melhorar o que já foi mal feito. Neste momento como dizem, se separam os guris dos homens. Parece fácil de entender, mas, quem já teve seus prazos comprometidos ou a falta de material para um jornalista ou peça publicitária sabe do que falamos. Nesta nem tão nova fase da fotografia o mais difícil é fazer o cliente entender o que está por traz de um bom resultado, já que são valores intangíveis. Como explicar que um mesmo produto, foto, pode ter aberrações de valores tão distintos? O que parece é que a experiência, os investimentos em equipamentos, a estrutura física, a segurança no armazenamento das imagens, o atendimento não contam

mais. O que conta é o quanto custa! Ora, nesse sentido podemos dizer que alguns trabalhos são até caros considerando o que o profissional oferece. O problema é que para que o cliente possa receber toda estrutura por traz de uma boa foto ele tem que pagar pela primeira vez. Pesquisas apontam que o cliente quer ser bem atendido, quer qualidade no produto, agilidade nos prazos, mas quer pagar pouco. Temos que levar em consideração que isso tudo custa e que fará parte do valor final. Hoje a digital está muito acessível a qualquer cidadão com pretensão de ser ou não fotógrafo. Mesmo os sem pretensão acabam hora ou outra fazendo alguma foto para família ou amigos que resolveram em não investir em


S - Angela

CHARLIE Sara Verza

sem título Mariele Belle

SABOR DA SERRA Cintia Delazzeri Ruaro

DUPLA FACE Julia de Aguiar

DO MEU JEITO Mônica Vilasfam

A DOR DO SILÊNCIO Vagner Lovera

DA

QUEM NÃO SONHOU SER UM JOGADOR DE FUTEBOL Priscila Arsego

ter em suas lembranças históricas bons registros para perpetuar aqueles momentos que não se repetem. Acho que cabe citar que em recente pesquisa nos EUA o trabalho envolvendo fotografia e vídeo consta nas primeiras colocações das profissões menos promissoras do futuro. Enfim, cabe a nós fotógrafos de profissão, criar mecanismos para mostrar ao público consumidor o valor de uma imagem e o que tem por traz dela e que não é apenas uma máquina que se aperta um botão. Existe ali uma inteligência de leitura da luz, do momento, da dinâmica da situação e a responsabilidade de fazer daquele momento algo belo e eterno seja ele um lançamento de produto ou um beijo apaixonado”.

*Fotógrafo, professor, à frente da Foto Objetiva, empresa com 20 anos de atuação em Caxias

Enquete - Estudantes de Fotografia da UCS COMO VOCÊS PERCEBEM O MERCADO ATUAL DA FOTOGRAFIA PROFISSIONAL? Sigo com as palavras de Sebastião Salgado, "Falta um pouquinho de coração na fotografia atual". Com a super popularização da fotografia digital, percebo uma falta de paixão em buscar o conhecimento e a aprendizagem, o pensar na fotografia. Por outro lado acompanho trabalhos de alguns amigos e profissionais e percebo que uma ótima geração de fotógrafos está por vir. (Vagner Lovera) Percebo o crescimento do mercado fotográfico nas mais diversificadas áreas pelas possibilidades de criação e inovação que o mesmo traz. Hoje há um grande número de pessoas interessadas e buscando conhecimento na área e, mesmo com tantos profissionais, creio que haja espaço para profissionais centrados e determinados. Porém, o mercado da fotografia tem se mostrado tão competitivo quanto o resto do mercado de trabalho num todo, e às vezes há falta valorização do trabalho do profissional. (sara Verza)

Sobre o mercado da fotografia, minha sensação é de que tudo já foi feito e criado. E sobre esse “tudo”, é importante que os fotógrafos, principalmente os que estão começando, olhem para o que já foi feito, e consigam sentir e captar inspirações e referências bacanas para o seu trabalho e evitar a cópia. Se a cópia acontecer, que seja de maneira consciente e com um propósito, ao invés de achar que se está inventando a roda. Quanto mais eu fotografo, mais eu vejo o quanto é difícil fazer uma boa fotografia, aquela que fala, que mexe, que provoca algo, e que o treino do olhar nunca pode cessar, independente da qualidade perceptiva e técnica que o fotógrafo tenha. É um mercado super competitivo, onde muitos profissionais atuam em diferentes níveis e segmentos. Há lugares que oferecem mais ou diferentes oportunidades de trabalho em relação à outros. Abrir os olhos para as diversas possibilidades do mundo da fotografia no que se refere à segmentos e à técnicas utilizadas é importante para o fotógrafo que deseja se diferenciar. (mônica Vilasfam)


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APOSTA NO MARkETINg DE gUERRILhA Comunicação e sustentabilidade não são palavras complementares no meio empresarial, pois a preocupação com o futuro das próximas gerações não é pauta presente em muitas empresas. Felizmente há entidades que se preocupam com a sustentabilidade e acreditam que os resultados também podem ser atingidos por meios que não apenas os convencionais. Inserida nesse conceito está a agência caxiense Tonificante, uma empresa de comunicação focada em ações de experiência, que utiliza as estratégias do marketing de guerrilha, onde pequenas ações inusitadas podem ter impacto maior que uma campanha de massa. Conversamos com Ricardo André Brisotto, responsável pela direção e planejamento da agência e falamos um pouco sobre comunicação e sustentabilidade. eco - Quais ações a empresa já fez relacionada ao tema sustentabilidade? ricardo andré Brisotto - Bom, posso dividir em duas etapas: internamente e externamente. Na primeira etapa o material de comunicação da Tonificante utiliza um apelo de conscientização. O cartão é um pequeno envelope com sementes de girassol. O novo envelope corporativo também carrega uma mensagem de alerta. Na semana do meio ambiente, mostramos como uma folha de árvore poderia se transformar em mídia. Carimbamos uma folha de plátano e entregamos para alguns

clientes. No final do ano passado também criamos uma ação de conscientização. E na segunda etapa, neste caso, acredito que todas as ações que focam na experiência com a marca, evitando um número exagerado de impressões, já são válidas. Elas indiretamente evitam impressões que acabam muitas vezes, atingindo pessoas que não são o público alvo, ou até são, mas pela correria diária pegam aquele flyer e jogam no lixo de casa ou do carro. Basta olhar o que se transformou a caixa de correio ultimamente. Nas reuniões, sempre defendemos usar uma

ação de experiência combinada com uma ação determinada pelo cliente. Atualmente estamos trabalhando uma ação para a Gstock (sapatos femininos). Para garantirem o desconto de 50%, precisam praticar uma gentileza, doando um livro ou brinquedo. eco - Qual a importância da questão da sustentabilidade? Brisotto - Acredito que a propaganda tem uma grande parcela de responsabilidade. Além da quantidade de impressos, tem a questão da poluição visual e sonora. Tudo isso influencia direta ou indiretamente. Um outdoor na rota do sol é importante para


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Foto: Divulgação

o cliente, mas ao mesmo tempo pode atrapalhar a bela paisagem. Uma embalagem mal planejada também pode interferir nos meios naturais. eco - Como vocês entendem a questão da sustentabilidade? Brisotto - Ela é necessária e deve ser pensada a partir de ontem. Ainda não é possível trabalhar de forma 100% sustentável, mas através de uma forma consciente, podemos chegar lá. Além de leis, é preciso uma consciência maior das próprias agências e clientes. Os papeis reciclados já é um bom começo. Já existem alternativas de papeis com semente, que podem

ser plantados, nascendo flores ou verduras. Embalagens que se transformam em objetos úteis também é uma alternativa. eco - Você tem alguma sugestão de marketing para compartilhar? Brisotto - Acredito que já tenha dado alguns exemplos, mas tem um que estou trabalhando ainda. Para comemorar os 100 anos do Juventude, criamos uma série de ações que beneficiam a comunidade. 1. Crianças da escolinha do clube plantaram 100 árvores no mês da árvore. 2. No mês das crianças, levamos 50 crianças para colorirem o

Jaconi. 3. No mês do doador de sangue, estimulamos 100 Juventudistas a doarem sangue. 4. Juventude Bom Pra Cachorro eco - Como é a adesão dos clientes com essa temática? Brisotto - No início, não é fácil trocar uma mídia de massa por uma ação de experiência. Depois que o resultado aparece seja no jornal, sites ou redes sociais o cliente costumar dar um maior valor. Até porque ele diminui o gasto com impressos também. A marca acaba entrando em evidência e sendo comentada pelos meios de comunicação ou redes sociais.


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‘APRENDIzADO CONTíNUO, CONSTANTE E I

O profissional de RP é um dos responsáveis pela definiçãoda estratégia de mídia mais ad A carreira de Relações Públicas atravessa um momento peculiar. Enquanto as instâncias de regulamentação da educação revisam o perfil do profissional mais adequado ao mercado, áreas de atuação e até o próprio nome chegaram a ser questionados, o Eco conversou com Carolina Terra, formada em Relações Públicas pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, mestre e doutora em Interfaces Sociais da Comunicação, ambos pela Escola de Comunicações e Artes da USP, um exemplo de que a aposta nessa carreira é válida. No bate-papo, Carolina leva a pensar como está o RP no mercado e quais as suas perspectivas.

Foto: Divulgação

Eco: Na sua visão, todo mundo posicionarmos enquanto atividade precisa de um RP? e área dentro da Comunicação Organizacional. Carolina: Acredito que toda organização que queira comunicar Eco: Para você, quem são os desalgo de forma estrataques nessa área? tégica, sistemática e organizada precise Carol: Temos vários: o próprio pude uma estratégia blicitário Nizan Guanaes, que abriu de relações públi- uma agência de RP, Paulo Nassar, cas. Margarida Kunsch, Elisa Prado.

Eco: Hoje, como Eco: Hoje você aborda as relavocê vê o profis- ções públicas dentro do viés das sional de relações mídias sociais. Qual a relação que públicas? você faz hoje entre o RP e as mídias, tanto tradicionais quanto diCarol: Como um gitais? profissional de destaque, neces- Carol: O profissional de RP é um sário e útil às or- dos responsáveis pela definição da ganizações. Prin- estratégia de mídia mais adequacipalmente pela da a cada organização. Assim, ele necessidade de analisa o contexto da organização, transparência faz um diagnóstico e define qual é e relaciona- o melhor mix de comunicação que mento com deve ser usado, seja ele on ou offlios stakehol- ne. ders que as empresas têm. Acredito Eco: Como surgiu seu interesse que o campo em mídias sociais? Qual a imporesteja aque- tância dessas mídias nos relaciocido e que namentos sociais? é o mom e n t o Carol: Sempre gostei de tecnode nos logia aplicada à comunicação. Em


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ININTERRUPTO’

dequada a cada organização meu primeiro emprego já usava a intranet como ferramenta de relacionamento da empresa com o público interno. Depois, fui trabalhar no Mercado Livre e aí a paixão pelo digital e pelas mídias sociais despertou e motivou ainda mais meus estudos. Eco: Atualmente existe uma discussão muito forte em relação à área de conhecimento que o relações públicas deveria ocupar: há quem diga que é uma ciência da administração e tem quem defenda a ideia de que o RP ainda faz parte da Comunicação. O que você pensa a respeito? Carol: Penso que somos cientistas da comunicação e que temos interfaces e interdisciplinaridades com diversas áreas de atuação: administração, sociologia, antropologia, estatística, jornalismo, publicidade, etc. Somos profissionais híbridos por natureza e emprestamos conceitos de diversas áreas para compormos a nossa. Mas, isso não significa que não tenhamos nossa própria área de estudos. Eco: Um bom profissional de RP deve estudar continuamente? Tens algum referencial teórico? Carol: Sim, sim, sim! Devemos estudar muito as organizações para as quais prestamos serviço, as temáticas que permeiam e envolvem a nossa área, idiomas, conhecimentos gerais, marketing, análise de cenários, planos de contingências. Aprendizado contínuo, constante e ininterrupto. Nossa área exige isso.

EDUCOMUNICAÇÃO: O RELAÇõES PúBLICAS NA ESCOLA Marcos Pellenz A Educomunicação é, hoje, um novo campo de atuação para os profissionais da comunicação, especialmente os Relações Públicas. A ideia é contribuir com o ambiente escolar utilizando as ferramentas da comunicação. A escola é um ambiente heterogêneo, formado por pessoas de diferentes culturas, classes sociais, crenças, raças e cor. Considerada pela sociedade contemporânea como um espaço formador de pessoas, a escola enfrenta muitos desafios. Autores defendem a tese de que é na escola que os cidadãos mostram suas características físicas, psicológicas e emocionais. Não raro, adolescentes fazem o uso da violência contra colegas e professores. Para abordar os conflitos escolares, costuma-se estender as ações para muitas áreas profissionais, como a psicologia, a educação física, a psicopedagogia e a medicina. Agora, a comunicação ganha papel efetivo nesse cenário. Você, leitor, pode estar se questionando como a comunicação pode contribuir na prevenção da violência na escola? Ela contribui por meio de instrumentos como os jornais internos, o uso de mídias sociais, assembleia entre alunos e professores e, claro, o gerenciamento das formas de comunicação importantes para cada ambiente. Na sociedade em que vivemos, falamos no bullying, este fenômeno da violência escolar. Mas como identificar uma vítima na escola? As vítimas são aqueles alunos que têm medo, insegurança. E os agressores? Estes são aqueles que podem fazer uso abusivo de álcool e drogas, e externar violência constante, física e psicológica. É neste intermédio que as Relações Públicas podem contribuir no ambiente escolar, no gerenciamento dos relacionamentos, pois comunicar é se relacionar.


Fotos: Divulgação

Reitor Isidoro Zorzi Vice-reitor José Carlos Köche Pró-reitor Acadêmico Evaldo Antonio Kuiava

Jéssica Francine Knopp Josiel Rodrigues dos Santos Projeto gráfico e diagramação: Joice Cristine Heinemann Julio Cesar da Silva Rodrigues Marcelo Dutra Ribas

Diretor do Centro de Ciências Textos: da Comunicação Albeneir de Abreu Ferreira Jacob Hoffmann Amanda Louise Schulz Fernando Floriano Professora Henrique de Mello Weiss Alessandra Rech Janete Cristina Schwartzhaupt Lucas Borba Marcos Pellenz A revista Eco é um produto da Newton Fernandes de Avila disciplina de Mídia Impressa - Samuel Junior Farias Meloto primeiro semestre de 2013. Shaiane Silveira da Silva Taican Boeira Tatiane de Bastiani Alunos Coordenação-geral: Janete Cristina Schwartzhaupt e Newton Fernandes de Avila Fotografia: Daiana Paula de Moraes Fabiel Lima

Universidade de Caxias do Sul Rua Francisco Getúlio Vargas, 1.130. CEP 95070.560 - Caxias do Sul - RS Telefone (54) 3218.2100


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