Os diferentes olhares para caxias!
COMPORTAMENTO Despindo o provincianismo
ESPORTE Fundel promove a inclusão social por meio de diversas modalidades
MÚSICA
Foto: Luiz Chaves
Power trio na cena caxiense
EDITORIAL Caxias do Sul, uma terra de gente decidida, guerreira, trabalhadora, algumas sovinas, mas, acima de tudo, Caxias. Uma terra em que tudo o que se planta cresce, tudo que se empreende vira patrimônio mundial. Como não falar de Caxias do Sul sem falar da Festa Nacional da Uva? Como não falar do gringo, do alemão, da Marcopolo, da Eberle, da Randon, da Visate, das coisas daqui? Quem não é daqui só de olhar já sabe, as coisas daqui são únicas, segundo alguns moradores são melhores, são inovadoras. Uma jovem senhora de mais de um século, uma cidade “congelante”, uma cidade de 420 mil habitantes, mas que parece ter 1 (hum) milhão. Daqui saíram grandes empreendimentos, gente humilde, vinda do Exterior, em sua maioria da Itália, ainda no século XIX. Aqui esse povo impôs seu conhecimento e respeito e hoje é admirado em todo o país.
Universidade De Caxias Do Sul Centro De Ciências Da Comunicação Mídia Impressa Docente: Alessandra Rech Coordenador e Editor Luan Cruz
Nesta edição da revista O Fiorin, nós, estudantes de Comunicação Social da Universidade de Caxias do Sul, queremos mostrar ao nosso leitor um lado mais humano da cidade. Queremos mostrar que existem pessoas que trabalham para o bem de outras tentando enriquecê-las. Vamos abordar também como é o vestir do caxiense, como é a noite "balada" em Caxias do Sul, quais são as bandas que fazem sucesso por aqui.
Planejamento Gráfico e Diagramação Felipe Juliano Fedrizzi Editores Camila Buogo Marco De Matos Barbara Demetrio Aline Luísa Bisol Lucas de Lima Castioni
Também vamos falar sobre o futuro da cidade, pois a nova geração está aí! Com grandes exemplos no quintal de casa, ou será que a "escola" de Abramo Eberle, Stédile e cia. já fechou? Ou ainda teremos novos Randon`s por aqui?!
Fotografia Matias Michaelsen Débora Bressaneli Machado Vanessa de Oliveira Pigato
Boa leitura. Luan Hoffmann da Cruz.
02
Foto: Isis Cornelli
Foto: Luiz Chaves
Tiragem 1000 Exemplares
COMPORTAMENTO Despindo o provincianismo
Por Marco Antônio de Matos
Tendo a Sinimbu e a Julio como principais passarelas, os caxienses revelam não se vestir apenas casualmente. Não é difícil ver pessoas bem vestidas pelas ruas da cidade, mesmo cedo da manhã. Aproveitando o frio característico da região como um charme a mais, as indumentárias são utilizadas não só como agasalho, mas para revelar a personalidade de cada um. Para Marcondes Tavares – consultor de moda e designer de acessórios - a moda caxiense está em evolução, portanto, segundo ele, a cada momento é perceptível a mudança e absorve-se, com facilidade, várias formas de comportamento O que muitos consideram como desnecessário, para Letícia Silva, estudante de Nutrição da Universidade de Caxias do Sul, estar bem vestida para ir estudar é tratado como obrigatório. Conforme Letícia, estar bem arrumada não é para “se aparecer”, mas sim para passar uma boa imagem, desde já, para seus futuros colegas de profissão. Não é à toa que o comércio de roupas e acessórios está aquecido em Caxias do Sul. Muitos empreendimentos de nível internacional do ramo já instalaram filiais na cidade. Entretanto, Marcondes ressalta que o mercado local ainda está restrito à moda de consumo imediato, talvez por receio de não encontrar um consumidor efetivo. Para ele, há grupos de pessoas que sentem necessidade de renovar o visual e ousar mais, porém não costumam encontrar essas peças no comércio local. “Esse ousar mais não é sinônimo de excentricidade – pode estar até em um simples tecido ou corte diferenciado”, sugere.
ESPORTE Fundel promove a inclusão social por meio de diversas modalidades
Por Barbara Demetrio
As experiências com projetos sociais ligados ao esporte mostram que a atividade física, em especial no que diz respeito aos mais jovens, tem um fator motivador muito positivo, de acordo com o secretário municipal de Esporte e Lazer, Felipe Gremelmaier. Em entrevista a O Fiorin, Gremelmaier comenta que, se bem trabalhado, o projeto expande a esfera da competição esportiva. Os efeitos são sentidos no dia-a-dia, na evolução das crianças e jovens que melhoram seu desempenho durante as aulas, tendo, inclusive, um efeito positivo na assiduidade dos alunos.
Mais informações Secretaria Municipal do Esporte e Lazer (54) 3215.5838
Em muitos casos, os projetos não se restringem apenas ao treinamento esportivo. As pessoas têm oportunidade de levar um aprendizado para a vida, tendo contato com temas como ecologia, meio ambiente, palestras sobre o comportamento moral, distanciando os alunos das drogas, mostrando uma realidade que difere daquela que está tão próxima, a partir do exemplo dos ídolos do esporte. Ainda segundo o secretário, através do Fundo Municipal de Desenvolvimento do Esporte e Lazer (Fundel), que este ano repassou cerca de R$ 1,12 milhão para a prática de atividades esportivas, foram realizadas atividades como futebol, handebol, voleibol e basquete, passando por práticas diferenciadas como ginástica rítmica, estimulação motora aquática, yoga, pilates, tiro esportivo, atletismo, entre outros. Contando com os repasses, todas essas atividades estão sendo disponibilizadas de forma gratuita para a população. Pessoas da terceira idade e portadores de necessidades especiais também podem praticar atividades.
03
ARTIGO
ESPORTE Inclusão é Lei
Por Camila Buogo
No Brasil, a Lei Federal n° 7853, de 24 de outubro de 1989, assegura os direitos básicos aos portadores de necessidades especiais, prevendo penas de um a quatro anos de reclusão e multa a quem discriminar, barrar ou impedir acesso, entre outras infrações. Os instrumentos de Responsabilidade Social com foco no esporte estão se tornando uma grande vertente esportiva no Brasil e no mundo. Em paralelo, clubes, associações desportivas, federações, dentre outros, tentam investir na larga disseminação do esporte em comunidades de baixa renda para obter, entre os atletas mais talentosos, seus futuros competidores. A prática esportiva propicia o aprendizado de valores pessoais, o favorecimento da autoestima, a socialização, respeito pelas normas e regras, além do ensinamento como “saber ganhar e perder”.
MÚSICA Power trio na cena caxiense
Por Aline Luísa Bisol
Você já deve ter ouvido a expressão power trio, mas provavelmente não conheça o verdadeiro significado. Muitas bandas tiveram essa nomenclatura, mas talvez, nenhuma a traduzisse tão bem quanto a ZAVA, banda caxiense com oito anos de estrada que prova, com seu talento, porque merece a denominação. O curioso é que nem sempre a banda teve essa formação e esse nome, mas nunca perdeu sua energia e seu poder. Antes chamada de Projeto Radiofônico e com quatro integrantes, a banda já havia conquistado seu público fiel com canções eletrizantes, que proporcionam ao ouvinte uma explosão de sensações. Agora, o trio formado por João Perez, André Quadros e Daniel Antoniazzi prepara seu primeiro clipe, o Homo Volans. Na produção do clipe, absolutamente independente, estão nada mais, nada menos que os próprios amigos/fãs da banda, que investem seu tempo e criatividade na produção, que promete levar a ZAVA para onde ela merece, o topo. A originalidade de ideias, a qualidade sonora, e a simpatia cativante destes três rapazes faz valer a pena conhecer essa banda, e acreditar que nela está o verdadeiro objetivo da música: transformar o cotidiano em arte. O baixista Daniel Antoniazzi fala ao Fiorin um pouco mais sobre o projeto. O Fiorin: Por que o clipe se chama Homo Volans e qual a proposta? Daniel: “Homo Volans” significa Homem Voador em latim e a letra fala sobre a busca da realização de um objetivo, de uma ideia, de um sonho. Respondendo à pergunta, é essa a ideia principal do clipe: a busca de alguém por algo, com muito afinco, muita gana. O Fiorin: Em que mídias/sites vocês pretendem lançar o clipe? Daniel: De início, é provável que coloquemos o clipe no YouTube, que, atualmente, é o meio mais acessível a bandas independentes como nós. Depois, vamos atrás de todos os meios que pudermos. A internet é uma ótima opção pelo fato de disponibilizar inúmeros recursos: são sites, blogs, twitter, orkut, facebook, flickr, etc. O Fiorin: Por que do nome ZAVA? Daniel: ZAVA é ZAVA! Nós somos ZAVA! Só dá pra entender ouvindo.
04
A Banalização da Profissão de Dj Por Lucas de Lima Castioni Pouca gente sabe, mas a profissão de DJ é regulamentada pelo Ministério do Trabalho. A Lei número 2.631/2007 estipula que, para o exercício, é necessária a formação, por meio de cursos profissionalizantes específicos, mantidos por entidades devidamente reconhecidas. Nos últimos anos, nunca se viu tantas pessoas pseudocelebridades “tentando” uma carreira de DJ e afirmando muitas vezes na grande mídia que “é só apertar o play e levantar o dedinho”. Para uma pessoa leiga, tal afirmação é válida, mas quem se informa e vai atrás sabe que não é bem assim. A indignação é ver estas pessoas cobrando cachês enormes para suas “performances”, enquanto aqueles que lutaram para que a sua função fosse reconhecida nem sequer são lembrados. Entre as atribuições dos DJs e VJs profissionais estão apresentação em festas, eventos, programas em rádio e televisão, locução publicitária, operar e monitorar sistemas de sonorização e gravação, mixar, remasterizar e restaurar registros e produções sonoras de discos, fitas, vídeos, filmes e similares, executar e manipular mecanicamente música, produzir trilhas sonoras e produções musicais. Viver como DJ pressupõe ter na música eletrônica uma forma de se expressar. Muitos confundem apenas com glamour e badalação, mas vai além disto, a pessoa que tem convicção gasta tempo e dinheiro atrás de bons equipamentos e músicas para serem apresentadas.