Expediente
Editorial
UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO
SUL
Centro de Ciencias Sociais
REITOR
Evaldo Antonio Kuiava
DIRETORA DO CENTRO Maria Carolina Gullo
PROFESSORA Alessandra Rech
FOTO
Cidiane Cabral de oliveira Nicole Merib Adami Vitória dos Santos Gomes
LAYOUT
Preparação é uma revista desenvolvida por alunos do primeiro semestre de 2015 na disciplina de Mídia Impressa, instigada pelo saber e o desenvolvimento da Serra Gaúcha onde estão ocorrendo diversas mudanças no, hábito e no meio onde as pessoas vivem, a evolução e renovação de áreas que fazem parte do dia a dia da população, o planejamento e a mobilidade das cidades que englobam nossa região.
Diante das pesquisas e matérias apresentadas na revista conseguimos ver realmente o que necessitamos, mostrando ponTEXTO tos importantes no desenvolvimento da Serra gaúcha para que Ainda vai ser no PAC? as pessoas possam ter uma vida Lucas Nunes Pereira saudável neste local que é muiPaulo César Emer Junior to importante para a economia Passado, Presente e Futuro na do estado do Rio Grande do Sul. Elisandra Leite de Souza Jerônimo Diogo Portolan Filho
Estação Férrea
Patrícia Deitos Patrícia Farias Zaparoli
Ciclovias Offline Raquel Siqueira
Ainda vai ser no pac?
Está longe a criação de um trem que ligaria as principais cidades da Região Metropolitana da Serra.O benefício, que seria uma saída para quem se desloca entre as cidades, esteve em processo de integração no Programa de Aceleração do Crescimento, do governo federal.
Um processo que começou no final de 2013, na Fundação Casa das Artes no município de Bento Gonçalves, onde ocorreu a audiência pública que solicitou a inclusão do projeto do trem regional da Serra gaúcha no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Uma carta aberta fazendo a solicitação da da contratação do projeto executivo com os
estudos de impacto ambiental foi dirigida à Presidente Dilma Rousseff. Durante o encontro foram apresentados estudos de viabilidade técnica, econômica, financeira, social e ambiental para a implantação do sistema de transporte de passageiros no trecho entre Caxias do Sul e Bento Gonçalves. Esta foi a segunda audiência realizada para debater a questão do trem regional. A primeira, apresentou o estudo de viabilidade contratado pelo Ministério dos Transportes, foi realizada em maio de 2013 em Caxias do Sul. O estudo feito pela LabTrans, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), levou em conta duas alternativas para a implantação do trem.
Além da baixa velocidade, em alguns pontos seria necessário a construção de vários viadutos. A segunda alternativa requer a implantação de duas linhas. Uma delas ligaria Caxias a Bento, passando por Farroupilha e por uma estação de integração entre Garibaldi e Bento. A segunda linha ligaria Carlos Barbosa à estação de integração passando por Garibaldi. As extensões são de 48,8 quilômetros para a primeira linha e de 10,9 quilômetros para a segunda, totalizando 59,7 quilômetros. O custo total da obra deve chegar aos R$ 350 milhões. O tempo de viagem de Bento – Caxias do Sul giraria em torno de 1h.
Segundo o presidente do Comitê Trem e Desenvolvimento Regional da Serra Gaúcha, Claiton Gonçalves, é possível utilizar a mesma linha ferroviária de passageiros para o transporte de cargas, otimizando a infraestrutura regional. Segundo ele, já está em andamento o projeto de viabilidade desta conexão. Estima-se que os próximos estudos possam estar concluídos em 12 meses e as etapas seguintes em até três anos. Há também informações sobre uma linha de trens de carga e não descarta-se a possibilidade de Caxias do Sul se beneficiar com a construção da Ferrovia Norte-Sul.
De acordo com o professor da UFSC Rodolfo Carlos Nicolazzi Philippi, embora a duração da viagem não seja muito diferente do trajeto feito por ônibus, entre as vantagens do trem está a pontualidade e a segurança de que o trajeto não sofrerá atrasos devido ao mau tempo ou acidentes na estrada. O Trem Regional da Serra Gaúcha é o que apresenta o projeto mais adiantado no país.
Os reflexos deste projeto serão sentidos na economia e no desenvolvimento turístico e econômico de toda região, em virtude do alto movimento de turistas e trabalhadores já existente. A implantação do trem de passageiros no trecho ampliará o acesso à região, proporcionando a consolidação de roteiros turísticos e o fortalecimento de micro e pequenas empresas.
“Não há nada concreto”
Dois anos se passaram, e pouca coisa mudou nos municípios que integram a Região Metropolitana da Serra. O Decreto Complementar, que foi estabelecido pelo então governador Tarso Genro, em 2013, ainda está em processo de adequação, principalmente no âmbito econômico das cidades. O vice-prefeito de Carlos Barbosa, Evandro Zibetti, afirma se tratar de um
processo embrionário, não há nada de concreto. Segundo Zibetti, há vários fatores essenciais para realmente sair do papel a lei, entre elas a isenção da cobrança de DDD na telefonia, o novo Aeroporto da Serra Gaúcha, o Trem Regional, uma usina de reciclagem de lixo e uma estação de tratamento de efluentes.
Passado, presente e futuro na
Estação Férrea
Já faz mais de 39 anos que o trem não passa pela Estação Férrea de Caxias do Sul, entretanto, o local continua sendo ponto de encontro. Mas esta história precisa ser contada do início, lá em 1910 quando, no mesmo dia que a então Vila de Caxias do Sul foi elevada a categoria de cidade, 1º de junho, e também o trem chegou, interligando a região à capital dos gaúchos. A Estação Férrea foi implantada nas proximidades do núcleo urbano, favorecendo a ligação entre a zona em urbanização e a zona agrária.
No final da década de 1920 sentiu-se a necessidade de ampliação, fato que se concretizou naquele ano. De grande importância durante muito tempo, a Estação encerrou suas atividades na década de 70 em virtude do declínio no transporte ferroviário em todo país. Por muitos anos, o local ficou isolado, abandonado, porém em 2001, a pedido da comunidade, houve o tombamento estadual, por meio de abaixo-assinado. Após, houve o primeiro processo de revitalização, concluído no ano de 2007, quando a então Estação dos passageiros passou a abrigar
Revitalização
A continuidade da revitalização da Estação Férrea de Caxias do Sul está aprovada pela comunidade. Entre as reformulações previstas para a gare central, estão melhorias no âmbito do paisagismo; cercamento; iluminação; fiação e parte elétrica subterrâneas; mobiliário urbano, com a instalação de bancos e lixeiras; pavimentação; e ciclovia. O custo das obras será no ordem de R$ 2 milhões, valor que deve ser diluído entre poder público e entidades. A revitalização da Estação Férrea é composta por três etapas. A primeira é a construção da Praça do Trem, entre a Av. Rio Branco até o final da Rua Augusto Pestana. Atualmente em execução, a obra estava prevista para ser concluída em junho. Já entre a Av. Rio Branco e a Feijó Jr., também em trecho correspondente à linha férrea, em local conhecido como Praça das Feiras, a restauração está em fase inicial. No total, as três obras têm orçamento estimado em mais de R$ 4,5 milhões.
Conversando com outros comerciantes, trabalhadores e frequentadores do local, a falta de segurança é recorrente. Para Nadir e Adelar, comerciantes de um estacionamento nas imediações da Estação há cerca de dois anos, o local só tem apresentado crescimento e, com o projeto de revitalização, a tendência é apresentar um crescimento ainda maior nos próximos anos. Todavia, a falta de segurança é uma crítica de alguns frequentadores, segundo eles. Por ficarem com o estacionamento disponível durante toda a noite, presenciam diversas brigas, discussões e até assaltos nas proximidades. Participando ativamente do projeto de revitalização da Estação, Aline comenta que tal revitalização será muito importante para todos os no local, mas o poder público precisará melhorar a segurança. - Aguardamos ansiosamente que, com a revitalização, haja mais policiais efetivamente presentes – diz Nadir.
a Secretaria Municipal da Cultura.
Referência no Brasil com uma rede de franquias, o Café De La Musique está contíguo à Estação Férrea desde dezembro passado e, de acordo com a coordenadora de eventos do local, Aline Madalosso, a resposta do público não poderia estar sendo melhor. Ela relata que, por reunir diversos bares, restaurantes e baladas, a Estação Férrea tornou-se um ponto de encontro de público variado, que busca uma gastronomia diversificada e diversão. Requisitos preenchidos pela casa que planeja inaugurar, em breve, um centro de eventos nessa área (o local está sendo restaurado).
Em abril de 2013, foi a vez da Biblioteca Parque Largo da Estação, que ocupa um amplo espaço de 470m², totalmente restaurado, onde originalmente ficavam as oficinas das locomotivas da estação. Hoje, além da Secretaria Municipal da Cultura e da Biblioteca Parque Largo da Estação, no local e em torno dele, concentram-se diversas opções de cultura e lazer, como shopping, bares, restaurantes e casas noturnas famosas em todo o país.
CICLOVIAS off
O grande número de carros em centros urbanos faz com que a mobilidade seja um dos principais problemas enfrentados pelas prefeituras e estados. Formas alternativas de deslocamento, como as ciclovias, têm ganho espaço nas principais cidades brasileiras, pois, além de desafogarem o trânsito, reduzem o impacto ambiental gerado pela emissão de gases tóxicos dos veículos. Mas ainda está muito longe de Caxias ter uma ciclovia para uso efetivo da população.
Entre os que trabalham pela causa, o membro idealizador do movimento Massa Crítica, em Caxias, Luciano Pacheco, esclarece que o objetivo da ação é reunir ciclistas e
circular em grupo pelas vias urbanas, reivindicando mais respeito dos motoristas e uma infraestrutura cicloviária aos governantes. Nos quase quatro anos e meio de existência do grupo, muitas ações foram realizadas, incluindo um Projeto de Lei, nomeado Caxias Sobre Duas Rodas, que foi proposto em 2012 com objetivo de reivindicar a implantação de ciclovias e/ou ciclofaixas, e que ainda hoje, recolhe assinaturas da população.
Tendo em vista que o projeto é de iniciativa popular, precisa de um percentual mínimo de assinaturas. Desde sua elaboração, o projeto arrecadou cerca de 8 mil assinaturas, sendo necessário o dobro deste número. Luciano destaca que
entre as ações organizadas, o movimento passou por diversas reuniões com engenheiros de trânsito, secretários e mais de uma vez, com o prefeito, e que tudo está protocolado na Câmara de Vereadores. De acordo com o integrante do grupo, tudo que se sabe é que nada acontecerá a curto prazo em termos de uma ciclovia que viabilize, por exemplo, idas e vindas de ciclistas conectando bairros ao centro da cidade. Luciano destaca, ainda, a importância ambiental das ciclovias: “Ciclovias ou ciclofaixas não são fim de todos os problemas, mas todos os estudos apresentados mostram benefícios quando se investe em infraestrutura cicloviária, não somente ao ciclista, mas à comunidade em geral. Nem todos os ciclistas esportivos usam a bike como meio de transporte, o problema não é falta de condicionamento físico, mas falta de um espaço especifico para andar, que não seja disputando espaço com veículos”, avalia.
O movimento Massa Crítica nasceu no início dos anos 90, em San Francisco, na Califórnia, como forma de “celebrar a bicicleta”. Gradativamente os encontros foram sendo replicados em várias cidades do mundo, geralmente na última sexta-feira do mês.
Acredita na causa? Quer assinar? – acesse: http:// migre.me/qedNz participe do grupo e assine. Em Caxias do Sul, no final do ano de 2013, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMTTM) inaugurou o o Sistema Integrado de Mobilidade, o SIM Caxias. Segundo, Manoel Marrachinho, na época Chefe de Gabinete, o projeto faria intervenção na mobilidade urbana, com a priorização do transporte coletivo, de pedestres e de veículos não motorizados. A cidade chegou a contar também com uma Ciclofaixa de Lazer, que ocupava integralmente uma das faixas da Perimetral Norte, em ambas as pistas. A Ciclofaixa iniciou sendo aberta ao público nos domingos, porém, em setembro de 2014 foi extinta, deixando a área exclusiva para tráfego. A opção foi por ampliar o ciclismo de lazer no Parque da Festa da Uva. A Prefeitura, na época, informou que a mudança foi pensada para o maior conforto dos usuários, já que o espaço dos Pavilhões conta com infraestrutura, como banheiros, fontes de água, e etc. Todavia, o fator que mais haveria pesado foi uma avaliação técnica da Secretaria de Trânsito, Transportes e Mobilidade apontando que a Perimetral Norte oferecia perigo aos ciclistas. Hoje, os Pavilhões reúnem 33 bicicletas à disposição da comunidade. No plano apresentado pela prefeitura em outubro do ano passado
constava a implantação de apenas uma ciclovia, que seria na Rua Luiz Michielon, no bairro Cruzeiro, e ligaria a Rua Mariano Mazzochi à Estação Principal de Integração Imigrante, na BR-116. A obra teria previsão de entrega para março de 2015, mas não foi efetuada. De acordo com o Diretor Geral da Secretaria de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMTTM), Carlos Roberto Noll, o projeto está concluído, em fase de licitação. Ainda em 2014, o secretário da SMTTM, Manoel Marrachinho, comentou que todas as obras estruturantes de mobilidade teriam a previsão de vias exclusivas para ciclistas. Um mês depois, foram anunciadas outras duas ciclovias, uma para o bairro Forqueta, com 600 metros, com previsão informada para início do mesmo mês de agosto de 2014. A ciclovia do bairro Forqueta, que será localizada na Rua Artur Perottoni, estaria em fase de execução, de acordo com Noll. Na opinião de Luciano Pacheco, todos os projetos que a Prefeitura apresentou foram após o início dos passeios do movimento, porém, nada até hoje é satisfatório. Ele comenta que estes “projetos inoperantes”, como se refere, servem apenas para adequar a cidade a não perder verbas futuras destinadas à mobilidade urbana, o que obrigatoriamente inclui a bicicleta. Luciano frisou que as ciclovias propostas não mais agem como forma de enquadrar a cidade no Plano de Mobilidade Nacional, que necessariamente impõe que
que se tenha ciclovias projetadas. Uma das das grandes solicitações dos ciclistas é de que, a exemplo da ciclovia Atílio Andreazza, que teve pouca adesão dos usuários, sejam efetivadas ciclovias que liguem a parte central da cidade aos bairros. Questionado como os atuais e futuros projetos atenderiam a essa solicitação, Noll reforçou que, justamente por este fato, a secretaria tem como postura somente executar novas ciclovias após a elaboração do “Plano Diretor Cicloviário”, o qual integra o escopo do “Plano de Mobilidade”, atualmente em fase de Licitação. Ainda em 2014, foi anunciada pelo secretário Marrachinho uma licitação com o objetivo de contratar uma empresa que faria o projeto do Plano Municipal Cicloviário com a intenção de inserir ciclovias e ciclofaixas junto ao transporte coletivo em 2015. Noll comentou que esta licitação foi feita em data de 29 de setembro de 2014 e que, na oportunidade, não apareceram proponentes. Atualmente o Edital está sendo revisto e deverá ser republicado novamente até a primeira semana de agosto deste ano.
Estimativa de carros em Caxias do Sul Frota Veicular: 289.861 Veículos Leves: 263.155 Veículos Pesados: 26.680 Automóveis: 192.669 ou 66,51% da frota 2 Rodas: 33.128 ou 11,45% da frota TAXA MOTORIZAÇÃO: Pelo Censo 2010: 1,50 Pela Estimativa População Julho/14: 1,62 CONDUTORES HABILITADOS: 231.560 Homens: 150.329 ou 64,92% Mulheres: 81.231 ou 35,08% *Dados fornecidos em entrevista pela Secretária de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMTTM)
#somostodosmídia A tendência do jornalismo, continuando no contexto atual em que dez grupos econômicos familiares controlam a comunicação de massa no Brasil, é de que o interesse capitalista dos donos dos grandes meios de comunicação continuará fazendo com que o público não tenha curiosidade e tenha sempre certeza de que a reprodução factual feita pelo jornalismo é a mais pura das verdades. A principal consequência disso é a vulnerabilidade social a discursos ideológicos, ou seja, essa formatação de mídia cria senso comum.
Por isso que existe no sindicalismo da classe jornalística a busca pela democratização da mídia, dar voz ao negro, às religiões afro-brasileiras, ao trabalhador e minorias da sociedade, dar pluralidade e disponibilizar um conteúdo mais educativo. A autocensura não vai deixar de existir enquanto o trabalho nas redações não for plural e cooperativo. A concentração de renda e o medo de perder o emprego dos profissionais, neste contexto antidemocrático, garantirão que o paradigma referido não seja quebrado.
A maneira mais viável de acabar com a autocensura é usar a mídia com pluralidade, como um modo de desenvolvimento de senso crítico para que o bem geral da sociedade em que se vive seja o fator de maior relevância. Roberto Carlos Dias, delegado Regional da Serra Gaúcha do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul (SindiJors), avalia o cenário e os desafios do jornalismo. Segue trechos da entrevista: REPRESENTATIVIDADE “A luta por novas adesões ao Sindicato é muito grande por que apesar de a classe ser, de certa forma, intelectualizada, não é uma categoria unida e não entende a importância da luta de classe. Aumentou a procura pelo Sindicato e a atuação é mais forte, porém falta a consciência de que o Sindicato só é forte de verdade quando existe um número significativo de jornalistas.” ÉTICA “Assumir posicionamentos político-partidários em apuração de fatos não é papel do jornalista, em pleno período eleitoral grandes veículos escancararam achismos sobre suas preferências para o executivo. Vivemos uma crise de credibilidade por falta de transparência e inclusive falta de comprometimento com a informação, a Veja publicou matérias mentirosas em mais de uma ocasião, isso é qualquer coisa menos jornalismo.”
PLURALIDADE “Chegamos em um estágio em que democratizar a comunicação é fundamental, precisamos ouvir os setores que não têm voz na mídia. Um exemplo é a Record, ela tem programas religiosos cristãos, mas por que não podemos dar voz às religiões afro que ajudaram a construir a identidade cultural do país? Por que só temos um segmento religioso na mídia? Isso está errado e não é à toa que o negro, o índio, a comunidade GLBT e a própria luta de classe sofrem preconceito, é injusto que estes grupos só sejam representados como o lado podre da sociedade.” RETROCESSOS “Desde 1964 não era eleito um Congresso Nacional tão reacionário e a luta sindical está brigando para aumentar os direitos do povo, vários direitos dos trabalhadores foram retirados. Um exemplo é o PL 4330, o famoso projeto da terceirização, que retira direitos do trabalhador como férias de 30 dias, 13° salário e outros. Nós defendemos que é necessário regulamentar atividades meio como seguranças e garçons. O PL 4330 regulamentaria as atividades fins, ou seja, tudo. No jornalismo, ocorreria, fatalmente, a contratação de freelancers, pessoas que trabalhariam, como está no projeto, por tempo de serviço. Diga-se de passagem, infelizmente, esse projeto, que rasga a CLT, foi aprovado pela Câmara dos Deputados e agora está em tramitação no Senado. Os trabalhadores e a sociedade como um todo precisam se mobilizar para impedir esse retrocesso.”
Foto: vagner lovera, divulgação