Número 17 / Fevereiro 2010
A Revista de Poker do Brasil!
SÃO PAULO
Rio de janeiro
PARANÁ Os
Campeões por todo o
Brasil
Federações Estaduais se fortalecem e coroam seus campeões da temporada 2009
GOIÁS BAHIA
Santa catarina MINAS GERAIS
Pca Bahamas Trip 2 Vegas SnG Flop
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editorial EDITORA
Uma Publicação da
Editora Flop Ltda. Av. Angélica, 2.582 cj. 11 01228-200 – São Paulo, SP (11) 3237-3210 www.revistaflop.com.br /revistaflop flop@revistaflop.com.br
Editor-chefe Juliano Maesano Editor de Jornalismo Amúlio Murta
A
brimos o ano de 2010 com uma Revista Flop reformulada. Temos novos colunistas, como o escritor Leo Bello, novas seções, como a que mostra os home games espalhados pelo País, e uma identidade visual repaginada. Além de celebrar este novo ano, que promete ser de imenso sucesso para o poker dentro do Brasil, preparamos estas novidades também antecipando a próxima edição, a de número 18. Dezoito edições significarão três anos de amor e divulgação para o poker brasileiro. O primeiro deles foi impulsionado pela paixão ao jogo. O segundo ano foi quando percebemos que havia muitos outros apaixonados como nós. No terceiro ano, notamos que o poker realmente pode ser visto e aceito como um meio de vida no Brasil. Daqui para frente, nossa missão continua sendo a mesma dos primeiros anos, adicionando o fato de que faremos o que for necessário para que toda a sociedade brasileira saiba que o poker existe e que é levado à sério. A Flop está lutando ao lado de outras marcas para entrar de vez com o poker na grande mídia, e já na próxima edição vocês verão frutos dessa longa batalha, com material especial sobre o BSOP na televisão e outros projetos das empresas que investem no nosso amado jogo. Que todos tenham um ótimo ano. O poker brasileiro certamente terá!
Juliano Maesano
Editor-chefe
maesano@revistaflop.com.br
/jmaesano
/MVRTA
Arte e Editorial Thiago Frotscher
/frotscher
WebMaster Pedro Henrique Junqueira Barbosa Costa
/pedrocart
Revisão José Édison da Costa Tratamento de imagens Premedia Crop Capa Ilustração: © Alexander Vasilyev/Fotolia Colaboradores Alexandre Ferreira, André Akkari, Caio Brites, Christian Kruel, Danilo Telles, Devanir Campos, Felipe Ramos, Gustavo Andrade, Hércules Lutkus, Igor Trafane, James Keane, Jeff Madsen, Leo Bello, Marco Antonio Moura, Marcos Sketch, Sérgio Braga. Impressão Intergraf Publicidade Regina Capasso comercial@revistaflop.com.br (11) 3237-3210 / 7869-5800 Las Vegas Representation Office Mario Guardado marioguardado@hotmail.com +1 (702) 672-3144 Assinatura Pelo site: www.revistaflop.com.br ou envie pedido para: assinatura @revistaflop.com.br Flop é uma publicação bimestral. Distribuição gratuita. Tiragem: 30.000 exemplares. A Revista Flop não se responsabiliza por opiniões e conceitos emitidos em artigos e colunas assinadas. Por uma decisão editorial, algumas palavras são mantidas com sua grafia em idioma original. É vedada a reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo sem autorização expressa.
sumário
edição 17 – Fev/2010
34 | Tower Cruise 4 Todos a Bordo 36 | Rio Hold’em Tour III Poker no Clima Carioca 38 | Ranking SuperPoker Briga Pelo Título 40 | Campeões Estaduais Destaques do Brasil 48 | Trip 2 Vegas Promoção Inédita 68 | Test Drive Hold’em Manager 70 | Poker Beneficente Solidarieade Acima de Tudo
PokerStars Caribbean Adventure Aventura nas Bahamas
Seções
Colunas
6 | fevereiro
94 | Torneios Regionais Goiás, Paraná, São Paulo e Rio
32 | Poker Style
98 | Social
12 | Shuffle-Up
60 | Sit-and-Go Flop
104 | Calendário WSOP
49 | Caderno Full Tilt
96 | Iniciantes
106 | Humor e Home Game
18 | Igor Federal O Papel da CBTH 20 | André Akkari Conceitos Modernos
28 | Christian Kruel Pós-Flop em SNG HU 30 | MeBeliska Cobertura na TV
86 | Sergio Braga Mais Sobre Cash Game 88 | SportingBet Tipos de Aposta no Futebol
22 | Full Tilt A Zona do Limbo
80 | ADTP Leia o Regulamento
90 | SNG TeamPro Traçando Seus Objetivos
24 | Felipe Mojave Mãos de PL Omaha
82 | Tower Torneos Quatro Anos de Sucesso
92 | Jurídica O Ano do Poker no Brasil
26 | Leo Bello Jogando Short-Handed
84 | 4Bet Um Novo Fórum
10 |
Cartas
72
78 | BSOP e CPH Torneios dos Campeões
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cartas
Envie suas sugestões, informações e opiniões para cartas@revistaflop.com.br
onde jogar
Muito se fala nos torneios sul-americanos, devido aos valores acessíveis, e aos norte-americanos, devido à tradição. Devo passar alguns dias no velho continente e gostaria de algumas dicas de cidades e cassinos onde possa praticar meu esporte predileto. Pietro Tavernatto, São Paulo, SP Caro Pietro, a Europa possui uma série de eventos tradicionais do circuito mundial, como o EPT – European Poker Tour, e sedia algumas etapas do WPT – World Poker Tour, além do WSOP Europe. Como você não especificou a data em que fará a sua viagem, não temos como lhe sugerir um evento específico. Recomendamos uma visita aos sites dos eventos citados, para que você possa programar a sua agenda da melhor forma.
ladies no pano
Vejo os resultados das meninas do Brasil cada vez mais expressivos e os nossos torneios com um maior número de representantes femininas. Existe algum projeto voltado a criar um torneio nacional apenas para nós mulheres? Virgínia Mello, Rio de Janeiro, RJ Olá, Virgínia! O número de jogadoras está aumentando a cada dia, bem como os resultados femininos às mesas. Acreditamos que muito em breve as empresas organizadoras de torneios estarão realizando eventos especiais para jogadoras. A tendência é que esses eventos comecem como eventos paralelos aos torneios principais.
Heads-up
Existe algum registro sobre o heads-up mais longo da história do Hold’em? Tamiris Paes, Vitória, ES Oficialmente, não existe um registro. No entanto, um dos confrontos mais célebres e conhecidos no meio do poker aconteceu em 2006, na decisão do evento de H.O.R.S.E. $50,000 da World Series of Poker, entre os jogadores Chip Reese e Andy Bloch. Esse foi o mais longo heads-up na história da WSOP americana e durou mais de sete horas. A vitória ficou com Reese, que, após 286 mãos, conquistou o seu terceiro bracelete. Outra batalha épica aconteceu na WSOP Europe em 2008, quando John Juanda enfrentou Stanislav Alekhin na final table mais demorada na história da WSOP. Ela durou mais de vinte horas, e o heads-up foi decidido em mais de oito horas de jogo, com 241 mãos jogadas. A vitória ficou com Juanda. 10 | fevereiro
copa do brasil
Já foi pensado algum projeto para reunir os campeões estaduais do País, numa espécie de Copa do Brasil de Poker? Timóteo Guerra, São Paulo, SP Caro Timóteo, nem todos os Estados possuem uma federação ativa e organizada. Isso, momentaneamente, impede a realização de um torneio como o que você sugeriu. Outro problema é que um torneio desses limitaria muito o field, do qual somente uns vinte jogadores pudessem participar, e uma das qualidades do poker é que ele tem a intenção de agregar pessoas e não limitar. Pensando nisso, a CBTH – Confederação Brasileira de Texas Hold’em – recentemente homologou o BSOP – Brazilian Series of Poker – como o Campeonato Brasileiro de Poker, visto que ele é realizado em doze etapas e cada etapa em um lugar diferente do Brasil. O campeão brasileiro será o jogador que somar mais pontos e conseguir terminar a temporada no topo do ranking anual do BSOP.
quero um livro
Aqui no Nordeste, está muito difícil encontrar os livros do Leo Bello. Vocês teriam alguma dica de como eu poderia encontrá-los? Além deles, existem mais livros sobre poker, em português? Márcio Ramos, Feira de Santana, BA Tanto os livros do Leo Bello quanto a maioria dos títulos em português são mais facilmente encontrados nas livrarias virtuais. Consultamos três delas e todas tinham ambos os livros. Já existem mais de quinze outras obras traduzidas ou originais, e sabemos que em 2010 as editoras planejam traduzir importantes obras do poker, como o clássico SuperSystem de Doyle Brunson.
mais de dez
É permitida, pelas regras de Hold’em, uma mesa com mais de dez jogadores? Já vi isso mais de uma vez e achei bem esquisito... Wagner Peçanha, por e-mail Wagner, não existe regra alguma que proíba mais de dez jogadores em uma mesa. Inclusive, é comum em cash games termos até 11 ou 12 participantes, quando o local está muito movimentado. No entanto, esse grande número de jogadores faz com que cada mão dure mais tempo, e a estratégia de jogo pode precisar de ajustes. American Airlines, Bullets, Pocket Rockets, Pardais A A
Shuffle-up and Deal
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Desafio dos gigantes Como se não bastassem a competitividade aguçada e o espírito esportivo para garantir mais disputas emocionantes no poker brasileiro em 2010, dois dos maiores jogadores do Brasil colocaram, na última semana, um tempero extra na temporada ao propor, nas principais comunidades de poker na internet, desafios a seus adversários. O primeiro a lançar o desafio foi o campeão do ranking brasileiro nos dois últimos anos, Caio Pimenta, que, confiante, deu odds de 5 para 1 para todos aqueles que quisessem apostar que ele não terminaria 2010 novamente à frente dos demais competidores. Até o momento três jogadores já toparam participar do “Pimenta’s Challenge”: Edu Sequela, Will “hellzito” Arruda e Beto Caju. Dos três, Beto Caju é o único, no momento, que tem condições de vencer a aposta dependendo apenas de si mesmo, já que ocupa a primeira posição no ranking neste início de ano. Caio Pimenta ocupa hoje a quarta colocação.
De qualquer forma, o interessante desafio está chamando a atenção de todos os aficionados pelo poker e – já nos desculpando pelo trocadilho – “apimentando” ainda mais a saudável disputa pela liderança do ranking que, a cada ano, fica mais bonita e acirrada. Depois foi a vez de mais um craque do poker brasileiro, Sérgio Penha – que também terminou os dois últimos anos entre os dez primeiros do ranking – lançar outra “prop bet”. Penha propôs, de fato, dois desafios distintos. No primeiro, ele aposta que terminará entre os dez primeiros do ranking do Circuito Paulista de Hold’em (CPH) em 2010, cuja primeira etapa foi disputada nos dias 5 e 6 de fevereiro. No segundo, ele desafiou qualquer jogador para um duelo mano a mano: quem terminar mais bem colocado no ranking 2010 do CPH vence o desafio. Por enquanto, dois jogadores se mostraram interessados em aceitar a proposta: Marco Duran e Fernando Grow.
SuperPoker na StockCar
12 | fevereiro
117 pontos. Nos critérios de desempate, o título da temporada acabou decidido em favor do piloto Rafael Daniel
O Copacabana Poker investe no Brasil e patrocina, para a temporada 2010, dois jogadores que se destacaram tanto em torneios live, como nas mesas do Copacabana Poker. O primeiro é Cristiano “Cofrinho” Camargo, campeão paulista da temporada 2009, que agora vai jogar com as cores do Copacabana na temporada 2010. “Esse ano foi um sonho. Conquistar o bracelete do Circuito Paulista e fechar com chave de ouro o patrocínio de um site sério como o Copacabana Poker era tudo o que eu sonhava”, completa Cofrinho. Outro jogador extremamente técnico e que alcançou um grande destaque dentro do Copacabana quanto em torneios live foi Ademir Donegá Junior, ou, simplesmente, Donegá. O jogador conquistou grande visibilidade dentro Donegá do Copacabana Poker e, e, de quebra, faturou vár ios torneios em 2009.
Mudança nas regras O Regulamento da World Series Of Poker 2010 (WSOP 2010) foi divulgado recentemente. Não há grandes novidades para este ano, já que a maioria das mudanças do ano passado será mantida. Entretanto, no novo regulamento chamou a atenção a permissão para utilização de telefones móveis durante os torneios. Essa novidade certamente irá agradar aos adeptos das redes sociais, como Orkut, Facebook e Twitter, mas é bom lembrar que o destinatário das mensagens nunca poderá estar na mesma mesa do jogador que postá-las. Para utilizar o celular, o jogador deverá se levantar e se afastar da mesa. Cabe dizer também que os telefones deverão estar no modo silencioso. Durante a WSOP 2009, 186 jogadores foram penalizados por não respeitarem as regras. Com essa flexibilidade a respeito do uso de celulares, a expectativa é de que, neste ano, o número seja um pouco menor.
Tony G no PartyPoker O site, que recentemente anunciou a contratação da apresentadora e jogadora canadense Kara Scott, divulgou, na última semana de janeiro a contratação de mais um reforço para o seu time de embaixadores: o folclórico australiano Tony G. Com mais de US$4 milhões obtidos em torneios graças a uma carreira consistente, ele é também um empresário de sucesso, com vários negócios fora do feltro. Antanas “Tony G” Guoga é também muito lembrado por sua participação no Intercontinental Poker Championship 2006, no qual ocorreu o famoso caso da discussão entre ele e o jogador russo Ralph Perry, que pagou seu all in com KJ. O vídeo dessa discussão virou hit na internet e, até hoje, é um dos vídeos de poker mais acessados da web. Além de nas mesas de torneios, o jogador tem sido visto jogando cash no PartyPoker, nos limites $250/$500 Limit Hold’em, e também em níveis mais baixos, como $2/4.
Caio Pimenta
Cofrinho
Pelo bicampeonato no Ranking SuperPoker e o contrato com o Full Tilt
Marco Aurélio “Salsicha”
Por vencer o Sunday Brawl do Full Tilt
destaques
O piloto Júlio Campos correu a última prova da temporada 2009 da categoria Vicar, da Stock Car, com patrocínio do site SuperPoker, o maior portal de poker do País. Júlio, que recentemente conquistou o título de campeão brasileiro na categoria Pick Up Racing, terminou a prova no pódio, na terceira posição. Quem venceu a nona etapa da categoria foi Gustavo Sondermann, da Gramacho Racing, seguido por Tiago Gonçalves, da DCM Motorsport. Júlio Campos, da equipe Carlos Alves Competições, que ainda lutava pelo título, não conseguiu se tornar o campeão da temporada. Ele ficou a apenas dois pontos dos pilotos Rafael Daniel e Felipe Lapenna, que terminaram a disputa empatados com
Copa Team
Cowboys, King Kong, Kangaroos, Ace Magnets, Kaká K K
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Norson Saho e Marcos Sketch
Pela Triple Crown do PocketFives. No caso de Norson, pela segunda vez. fevereiro |
13
Shuffle-up and Deal
Ranking 2010
2 Luiz Filipe (“mestrefilipe”)
E
Playlist
André Akkari
14 | fevereiro
Quer saber o que o Akkari escuta?
TOP 20
A corrida pelo título de melhor jogador do ano mal começou, mas excelentes resultados já acirram a briga no ranking brasileiro de 2010. Quem largou na frente, na corrida pelo título de melhor do Brasil, foi o jogador Beto Caju. Ele que joga com o nick “mestre_urubu”, começou o ano abrindo boa vantagem sobre o segundo colocado. Entre seus principais resultados está a vitória no 50K garantidos do PokerStars, frente a um field de 555 jogadores.
ntre os inúmeros jogadores que conquistaram bons resultados nos primeiros meses de 2010, o destaque ficou por conta de Leandro Balotin, jogador de Curitiba mais conhecido por seu nick “AmarulaBR”. Leandro chegou entre os finalistas em dois dos maiores torneios de domingo, feito incrível e raro. No Sunday Warm Up do PokerStars (NL Hold’em $215), ele terminou na terceira posição, entre 4.967 jogadores. No Sunday 500 (NL Hold’em $530), ele foi o quinto colocado, dessa vez enfrentando um field com 1.141 jogadores. Na semana seguinte, o mineiro Caio Pimenta chegou mais uma vez à final da Super Tuesday do PokerStars (NL Hold’em $1.050), um dos mais difíceis e técnicos torneios regulares do online mundial. Caio enfrentou um field com 415 jogadores e batalhou muito para chegar à sua terceira vitória no torneio, mas foi eliminado em sexto lugar. O torneio ainda teve mais um brasuca muito bem colocado: Caio Brites (“caiodream”), que ficou com a 17ª posição. Fechando esse breve resumo do desempenho brasileiro no começo de 2010, entre outros e vários resultados de nossos jogadores destacamos o profissional do Full Tilt Poker
41.940 pts 35.723 pts 3 Vinicius Telles 34.091 pts 4 Caio Pimenta 23.770 pts 5 Gustavo Figueiredo (DUDU2508) 23.292 pts 6 Christian Kruel 23.245 pts 7 Bruno “GT” 22.291 pts 8 João Mathias 21.072 pts 9 Luigi Corleone 19.068 pts 10 Leandro Balotin (AmarulABR) 18.807 pts 11 Marcos Sketch 17.545 pts 12 João Studart (vovo_leo) 16.867 pts 13 Thiago “TheDecano” Nishijima 16.820 pts 14 Fabrício Aoki 15.986 pts 15 Marco “Salsicha” 15.769 pts 16 Marcos XT 15.664 pts 17 Norson Saho 15.198 pts 18 Sérgio Penha 14.967 pts 19 Luciano Monte 13.867 pts 20 João Bauer 13.653 pts 1 Beto Caju (“mestre_urubu”)
Atualizado em 12/02/2009
Christian Kruel, que conquistou o vice-campeonato no $50K garantidos do PokerStars (NL Hold’em $162), que contou com 1.567 inscritos. Além disso, os primeiros meses do ano ficaram marcados pela segunda conquista da Triple Crown pelo jogador Norson Saho e pela vitória de Marco Salsicha no Sunday Brawl, no Full Tilt Poker. Uma bela vitória, em um torneio com mais de onze horas de duração e um field de 2.885 jogadores.
Arlindo Cruz Moleque Atrevido
Tom Jobim Desafinado
Zeca Pagodinho Quando a Gira Girou
Toquinho És grande no Esporte
Fundo de Quintal A Amizade
Fagner A Tua Boca
Almir Guineto Todos os Pagodes
Ivete Sangalo Não Precisa Mudar
Arlindo Cruz Quem Gosta de Mim
Asa de Águia Dia Branco
Ladies, Bitches, Mulheres, Minas, Siegfried and Roy Q Q
coluna Igor Federal
federal@revistaflop.com.br
o papel da CBTH
para o poker
Quais as ações que já foram efetivadas e os nossos novos desafios para 2010
O
Igor “Federal” Trafane
Presidente da Confederação Brasileira de Texas Hold’em (CBTH).
18 | fevereiro
ano de 2010 começa com uma série de motivos para a comunidade do poker brasileiro comemorar. Em 2008, eu escrevi, em carta aberta que também foi o tema da minha coluna nesta mesma revista, sobre os desafios da Confederação Brasileira de Texas Hold’em (CBTH) para os próximos anos. Eu assim os enumerei: “Primeiro – Acertar a parte documental, criando uma sede, elegendo cargos e registrando oficialmente a CBTH junto aos órgãos governamentais competentes (parte burocrática obrigatória).” Situação em 2010 – Missão cumprida! A CBTH tem estatuto registrado em cartório, sede definida, registro junto à Receita Federal, código de atividade definido como “entidade esportiva”, e possui conta corrente bancária aberta e regular. “Segundo – Reunir, através da CBTH, as principais forças, empresas e pessoas em torno das causas relevantes para o poker nacional.” Situação em 2010 – Missão cumprida. A CBTH reúne Federações de diversos Estados brasileiros, tendo os principais, os mais influentes e os mais reconhecidos nomes do cenário do poker nacional, de cada um desses Estados, como os legítimos representantes dessas Federações junto à CBTH. Mais que isso, a CBTH tem o apoio e o respeito das principais empresas e investidores do segmento, sendo reconhecida como o canal mais efetivo e a entidade legítima para liderar o processo do entendimento definitivo da licitude de nossa atividade no País. “Terceiro – Criar uma ação para atingirmos o maior objetivo de todos do poker nacional. A legitimação e o reconhecimento de nossa atividade como algo legal, lícito e inquestionável. Esse será, sem dúvidas, o principal objetivo da CBTH durante 2008 e 2009. Para isso teremos que buscar verbas, trabalhar sério e usar os canais devidos; e é essa nossa maior função e desafio do momento.” Situação em 2010 – Como eu havia escrito, sabia que em 2008 e 2009 deveríamos trabalhar
bastante, de forma séria e com muita lucidez, para que em 2010 pudéssemos nos aproximar do nosso sonho. Não diria que a missão está cumprida, mas, em 2010, nós vamos para o campo de batalha. Existe uma linha mestra na forma como a CBTH irá agir para atingir esse objetivo. A estratégia é dividida em quatro partes:
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DOCUMENTOS – A CBTH possui uma série de estudos, laudos e pareceres técnicos de universidades renomadas, de institutos reconhecidos e até da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo que qualificam o Texas Hold’em como sendo uma prática legal, lícita e legítima no País. Os estudos mostram que a sorte está presente dentro do Texas Hold’em – devido à forma aleatória como as cartas são distribuídas –, mas que ela está longe de ser o fator decisivo, exclusivo ou principal para a determinação de um vencedor em torneios da nossa modalidade. Quem quiser conhecer os documentos que a CBTH já possui, eles estão disponíveis no site www.cbth.org.br, acessível a todos os praticantes, adeptos ou interessados em nossa atividade. Esses estudos serão aumentados ao longo de 2010, com novos laudos de universidades brasileiras com grande reconhecimento. A CBTH espera terminar o ano de 2010 com um grande arsenal de documentos e estudos comprobatórios da clara supremacia da habilidade sobre o fator sorte dentro do poker, certificando que a nossa atividade é claramente legal dentro do País.
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PARECERES JURÍDICOS – A CBTH contratará, ao longo de 2010, pareceres de juristas renomados, que, de posse dos laudos e estudos acima citados, prepararão pareceres jurídicos – de grande peso dentro do nosso sistema jurídico – defendendo a licitude da nossa atividade. A CBTH irá procurar grandes advogados para essa função. Iremos atrás de ex-ministros da Jokers, Hooks, Ganchos, Anzóis, Jay Jay J J
Justiça, ex-Procuradores da República e ex-ministros do Supremo Tribunal Federal, até que tenhamos o nosso segundo arsenal: o arsenal de pareceres jurídicos favoráveis à nossa atividade.
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FRENTE POLÍTICA – Nessa frente, iremos buscar contato com políticos, secretários de Segurança, secretários de Esporte, ministros, deputados, senadores e toda gama possível de pessoas com cargos políticos relevantes dentro do nosso sistema esportivo e legal, para explicar nossa atividade, nossas intenções e nossos objetivos. Buscaremos apoio dessas lideranças e faremos uma base política importante de apoio à continuidade de nossa atividade no País.
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ASSESSORIA JURÍDICA – Por mais que tenhamos estudos, laudos e documentos de incontestável aceitação; por mais que venhamos a ter pareceres jurídicos de enorme relevância, é imprescindível que tenhamos um escritório de advocacia sólido, tradicional, reconhecido e respeitado, defendendo continuamente a nossa tese. A CBTH acaba de contratar, para encampar a nossa batalha, um dos maiores escritórios de advocacia criminal do Brasil: o Reale e Moreira Porto Advogados Associados, liderado pelo exministro da Justiça Miguel Reale Júnior e Luiz Guilherme Moreira Porto. Eles serão os advogados que, contratados pela CBTH, defenderão o poker brasileiro, no caso de alguma ação na Justiça pretender questionar ou impedir a nossa atividade. Assim, eles serão os advogados que irão usar o arsenal de documentos, laudos e pareceres jurídicos da CBTH, em caso de qualquer questionamento de nossa atividade, no âmbito de eventuais inquéritos policiais ou já na esfera de possíveis ações na Justiça. Para que tudo isso possa ser realizado, a CBTH necessitará de um amplo apoio dos jogadores, dos investidores e das empresas que operam dentro do nosso segmento. Isso não me assusta, pois quando me predispus a liderar essa jornada, como presidente da entidade, eu já sabia que o desafio de buscar
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verbas e apoios para as causas da CBTH faria parte da competência que eventualmente levaria ao êxito nesse processo. Estou 100% focado nesse ponto, e todo eventual resultado de sucesso de um processo longo e trabalhoso depende da competência da CBTH em superar mais esse desafio. O primeiro passo está dado. Os jogadores que participarem do BSOP 2010 contribuirão com R$50,00, por etapa, para a CBTH. Em troca, todos os jogadores receberão a segurança de estarem participando de um evento oficial da Confederação Brasileira de Texas Hold’em, com suporte jurídico do escritório de advocacia Reale e Moreira Porto Advogados Associados, que, doravante, estará presente em todas as etapas do BSOP no ano de 2010. O BSOP será televisionado em 2010 por um canal de TV brasileiro. Ou seja, compramos a briga de uma vez por todas!
V
amos realizar torneios em solo brasileiro, dentro de hotéis de grande porte, transmitidos por canais de TV, e estaremos prontos para rebater e contestar qualquer questionamento acerca do nosso direito de realizá-los. O Full Tilt e o PokerStars também já manifestaram o seu desejo de contribuir financeira e conceitualmente com a nossa causa. O Full Tilt apoiará todas as ações da CBTH em 2010 e está fazendo investimentos para que o BSOP ocorra dentro da maior normalidade no Brasil. O PokerStars, da mesma forma, estará contribuindo e apoiando a CBTH em todos os sentidos. Estamos finalizando um modelo de apoio à CBTH, mas já recebi completa adesão às causas da Confederação por parte daquela empresa. Faremos o que estiver ao nosso alcance, no limite de nossas forças, para que tenhamos um LAPT no Brasil em 2010. Caso o LAPT se realize no País, será outra grande vitória do poker brasileiro. A CBTH está dando todo apoio ao PokerStars nesse sentido, e eu tenho certeza de que, em breve, anunciaremos mais essa vitória.
Tenho certeza de que, também em breve, anunciarei novos adeptos da nossa causa. A Tower Torneos também se manifestou favoravelmente à nossa causa e já me deu, pessoalmente, o sinal positivo para ajudar a CBTH no que for preciso.
C
onversarei com outras empresas, em busca de atingirmos nossos objetivos. A CBTH está de portas abertas para toda empresa interessada em apoiar e colaborar com a nossa luta. Em suma, estamos lutando para criar condições para aqueles que trabalham no segmento, para aqueles que querem jogar e para as empresas que investirem no mercado de poker brasileiro o façam com segurança e tranqüilidade. Todas as ações aqui citadas são partes de uma estratégia “macro”, que vem sendo desenvolvida há anos, para que pudéssemos chegar ao estágio atual em que nos encontramos. Este ano será um capítulo importantíssimo nessa estratégia, quando enfrentaremos situações definitivas para a obtenção da legalidade, da legitimidade e da licitude de nossa atividade dentro do Brasil. O ano de 2010 será um ano divisor de águas para o poker brasileiro, e a CBTH está pronta para liderar esse processo e comandar essa batalha. Boa sorte a todos os envolvidos. Obrigado a todos que têm colaborado e contribuído com a nossa luta, e, principalmente, parabéns à toda comunidade do poker brasileiro por essas conquistas. fevereiro |
19
coluna André Akkari
colunas@revistaflop.com.br
os conceitos do Poker Moderno Como os novos jogadores estão reescrevendo as estratégias do jogo
E
André Akkari Membro do Team PokerStars e um dos maiores jogadores de Texas Hold’em do País. Seus resultados online e ao vivo crescem a cada dia, desde que decidiu se dedicar somente ao poker.
/aakkari 20 | fevereiro
aí, meus amigos Flopeiros! Quero agradecer às diversas mensagens que recebi após a minha última coluna, quando falei sobre a estratégia para se tornar um profissional partindo de $100. Fico muito contente que a experiência adquirida nesses quase cinco anos possa ajudar várias pessoas que estão começando nesta carreira tão complicada e excitante que é ser jogador profissional de poker. Desta vez, quero falar um pouco sobre tendências e evolução. Como em todos os setores da sociedade moderna e em todas as profissões, o poker não fica de fora da teoria da evolução. Dia após dia, novas tendências, pensamentos e filosofias são descobertos dentro das mesas, principalmente nas digitais, onde tudo se intensifica diante do número de participantes e mãos jogadas diariamente. Nos primórdios, pelo menos para mim – ou seja, quatro anos e oito meses atrás –, o poker tinha concepções matemáticas, em termos de estratégias de torneios, completamente diferentes das que hoje posso encontrar. Isso, indiscutivelmente, é sinal de evolução. É sinal de que novos grandes e jovens pensadores vêm testando novas táticas e percebendo que são mais rentáveis do que as anteriores. Você pode constatar isso em diversos setores das estratégias de torneios. Vamos a alguns exemplos: Nos livros do nosso amigo Dan Harrington, ele criou um coeficiente chamado M. Como muitos de vocês já sabem, o velho M era a divisão do seu stack pelo somatório do BB com o SB e antes. Isso gerava um coeficiente que deveria ser aplicado a uma determinada situação. Hoje em dia, pouco se usa o M e, para facilitar, apenas divide--se o seu stack pelo número de big blinds. Até aí, nada mudou, apenas a forma de encarar uma métrica sobre quantas fichas você tem. Porém, a grande mudança está no que fazer com o resultado obtido. Quatro anos atrás, se você possuía um M entre 3 e 6, ou seja, em blinds
500/1.000 e você tinha 9.000 fichas, teoricamente você estava entrando em uma zona de all in mode, ou seja, não cabia mais, na sua condição de stack, dar um raise para tentar roubar um blind e depois abandonar a missão, caso alguém lhe colocasse em all in. Hoje em dia, a coisa é diferente: se você possui entre 15 e 18 big blinds, ou seja, no mesmo 500/1.000 você tem 18.000, muitos já defendem ser essa uma zona de all in mode.
A
tualmente, a maioria dos profissionais do on-line se recusa a aplicar um bet/ fold para roubo de blinds. Chegaram à conclusão de que o ataque aos blinds, de forma concreta, é mais lucrativo no médio e longo prazo – em um torneio, obviamente –, do que o recuar a bateria caso algo dê errado. Superficialmente, isso pode parecer um pouco de tendência gambler, ou seja, um pouco de deixar a técnica de lado e partir para a sorte do baralho mesmo, mas eu discordo completamente. São apenas novos parâmetros matemáticos e estratégicos que estão sendo estipulados dentro de mentes brilhantes de jogadores profissionais de poker. Essa inovação não para apenas nesses exemplos simples. Temos os re-raises pré-flop, resteals, 3bet lights – todos eles também sofreram drásticas mudanças nos últimos tempos. Usa-se muito a contagem de quantos bets você possui dentro do seu stack, derivado do bet do seu oponente. Ou seja, em blinds 500/1.000 o
Dimes T T
seu oponente abre para 3.000 e você possui 30.000 – nos parâmetros atuais, se você possui dez vezes o valor da aposta dele, ou menos, já se encaixa em um modelo de puxar a barra. A tendência moderna é de que você não mais aplique um re-steal de 8.500 e, caso ele volte all in, você largue e continue com 21.500 de stack, na casa dos 20 big blinds. Não estou dizendo que não existam profissionais que não façam isso, ou que eu mesmo sempre atue nesse novo modelo, digo apenas sobre a tendência do jogo.
O
modernismo mostra que, mesmo você perdendo essa maleabilidade de ficar com um stack relativamente saudável para trás, abandonar esses 8.500 é muito mais prejudicial ao seu torneio do que remanejar o restante das suas fichas. Essa tendência inibe também a esperança do 4bet para os seus oponentes. Essa, sim, é a maior de todas as verdades da modernidade: fold equity. Nunca o poker foi tão apoiado na expectativa de fold
www.revistaflop.com.br
– hoje em dia, fold é a palavra do jogo e o dono da situação. Você sempre tem que procurar oportunidades de gerar o fold no pré-flop do seu adversário e tentar exterminar, da cabeça dele, a possibilidade de que você vá dar fold. Obviamente, estou discutindo isso em um parâmetro elevado do pensamento do poker, completamente independente das cartas que você está segurando e apenas com as diversas possibilidades, geradas pré-flop, de arrecadação de fichas, principalmente em níveis de blinds altos e retas finais de torneios, quando temos o momento em que todos estão roubando blinds, “re-roubando” blinds e “re-re-roubando” blinds. É claro que, se você estiver com mãos fortes, você não quer o fold. Para entender esse tipo de argumentação, você tem que entrar na cabeça dos profissionais do jogo e dos seus grandes pensadores. Com esse tipo de análise, eu consigo estabelecer uma aliança entre o atual sucesso dos on-liners em muito dos grandes torneios espalhados pelo mundo e a tendência
de fracasso do pessoal da “old school” que não quiser se adaptar ao poker moderno. Eu não faço a mínima ideia de como toda essa situação irá estar daqui a quatro anos, mas o que tenho certeza é de que isso é uma constante evolução e, para mim, uma constante adaptação do que vejo como tendências lucrativas e dos meus próprios ideais e pensamentos técnicos sobre o jogo.
M
uitos dos grandes profissionais “old school” já vêm se adaptando, inclusive no Brasil – vejam o caso do meu amigo Christian Kruel, que não para de conseguir resultados expressivos. Porém, muitos desses profissionais podem ficar para trás, perder o trem ou, pelo menos, esperar muito até que o trem passe, de novo, na estação. Não deixem de conferir o novo modelo, que estreia em 2010, da TV PokerPro, a primeira TV educativa de poker do mundo. Tenho certeza de que, com isso, iremos ajudar muita gente a evoluir conosco, junto com o poker. Um grande abraço a todos.
fevereiro |
21
coluna Jeff Madsen
www.fulltiltpoker.net
cuidado ao jogar na
zona do limbo
Quais os moves certos para não ficar short e poder aumentar as suas fichas
Q
Jeff Madsen Jeff já possui dois braceletes da WSOP e um título do WPT e acumula mais de US$ 3 milhões em prêmios.
22 | fevereiro
uando você está jogando um torneio e possui apenas cerca de 15 big blinds, pode ter que encarar algumas decisões difíceis no pré-flop. Seja bem-vindo ao que eu chamo de “limbo do tamanho dos stacks”. Pode parecer que você tem muitas fichas para empurrar um all in, mas, ao mesmo tempo, ao aplicar um raise pré-flop padrão, você pode encontrar um desastre, caso um jogador agressivo decida ir por cima e testá-lo. Então, o que é melhor quando a ação vier em fold para você? Dar seu all in ou apenas um raise padrão? Em primeiro lugar, depende muito do tipo de mesa em que você está jogando. Se for uma mesa cheia de jogadores agressivos, que podem aplicar um move caso você apenas dê um raise padrão, então provavelmente a melhor escolha é você já entrar de all in. Se você está numa mesa mais conservadora, pode ser que você consiga levar os blinds com apenas um raise tradicional. Mas é bom lembrar que, caso você leve um re-raise nessa mesa dura, a melhor opção será largar as suas cartas e as suas fichas. Eu joguei, faz algum tempo, um evento no Bellagio, quando me encontrei nessa “zona do limbo”. Eu tinha uns 15 big blinds e, infelizmente, estava em uma mesa com diversos jogadores agressivos. A ação chegou até mim em fold, em uma mão em que eu era um dos últimos a falar, e eu levantei minhas cartas e vi um par de 4. Essa não é uma mão tão ruim assim, mas também não é um motivo para pular de alegria, né? Especialmente em uma mesa cheia de jogadores que não pensam duas vezes antes de dar re-raise com cartas como 56s. Então, era o momento de uma decisão séria. Caso eu aplicasse um raise padrão, havia uma grande chance de que alguém voltasse com um re-raise, e eu teria que me decidir se era a hora de me envolver ou não. Agora, se eu entrasse de all in, eu colocaria a pressão nos outros jogadores e os obrigaria a lidar com a situação.
Basicamente, ao entrar de all in, eu elimino a chance de alguém querer aplicar um move, então funciona bem a meu favor, nesse caso. Eu resolvi dar o all in – e até não teria odiado se alguém pagasse –, mas acabei levando só os blinds. Caso eu tivesse cerca de 20 big blinds na mesma situação, acredito que estaria mais propenso aplicando um raise normal, pois ainda teria fichas suficientes, se acabasse tendo que dar fold para um re-raise. Para mim, 20 big blinds é, definitivamente, muita ficha para entrar de all in. Existem muitos jogadores, principalmente no poker on-line, que empurram um all in de 20 ou 25 big blinds, mas eu acredito que nesse ponto você tem fichas suficientes para jogar o jogo e não precisar ficar com o dedo no gatilho, ainda. Se você tiver uma boa leitura da mesa e jogar suas cartas corretamente, deve conseguir sair desse limbo dos stacks e voltar para o conforto de um stack mais volumoso.
Phil Hellmuth, Wayne Gretzky 9 9
coluna Felipe Mojave
colunas@revistaflop.com.br
com o que começar
no PL Omaha
O
Quais starting cards deve-se jogar para não sair perdendo no início do jogo
lá, leitores da Flop! Antes de tudo, quero desejar um Feliz Ano Novo para todo mundo e que 2010 seja um ano de muito sucesso, saúde e paz para todos nós. Nessa minha primeira coluna do ano, vou abordar um pouco sobre alguns cuidados básicos na modalidade Pot-Limit Omaha (PLO) com starting hands. Venho recebendo muitos pedidos para falar mais sobre esse assunto e aqui estou atendendo a todos aqueles que me solicitaram. Não vou comentar sobre regras muito básicas do jogo; enfim, estou presumindo que todos saibam jogar o básico e, caso precisem de ajuda, eu posso encaminhar um material com as regras do jogo, recomendações de livros e mais detalhes que complementem essa leitura. Basta me mandar uma mensagem através do twitter.com/FelipeMojave, com o seu endereço de e-mail. Abordarei aqui dicas de estratégias e considerações importantes sobre o jogo, focando mais em starting hands, pois é nele que o pessoal se perde bastante e foi a parte sobre a qual houve mais pedidos de dicas. Este é um assunto muito vasto e o PLO é uma modalidade complicadíssima de se analisar num livro, quem diria em uma coluna! Desse modo, nas próximas oportunidades, trarei mais dicas e estratégias para completar esse material. Mas, por hora, vamos começar bem do início. Primeiro de tudo: Pot-Limit Omaha não tem nenhuma ligação com No-Limit Hold’em (NLH). Se você vem jogando AK77
abrindo raise direto e dando call por aí, saiba que você está cometendo um grande crime. Esse não é um erro somente seu, mas sim da maioria dos jogadores que estão acostumados a jogar muito NLH e pouco PLO. Eu sempre comento isso: se prepare pra jogar. Pense na sua estratégia antes de começar o seu torneio ou cash game e lembre-se do fator mais importante: vire a chave. Virar a chave significa que você tem que se reconcentrar antes do jogo começar e se fazer lembrar da modalidade que você está praticando, para que não cometa erros tolos como o que citei no parágrafo anterior. Muita gente me pergunta como é que eu consigo jogar H.O.R.S.E. e outros jogos ao mesmo tempo: isso nada mais é do que o fruto da prática deliberada que desenvolve o raciocínio, e todo mundo pode chegar lá. Claro que uns com mais facilidade e outros com menos, mas isso não deve ser empecilho pra ninguém. Tenha isso em mente: as cartas, em PLO, não trabalham sozinhas e sim em grupo. Portanto, esqueça que você tem AK e/ou par de 77, pois esse tipo de visão realmente não existe nesse jogo, por favor.
C
om as cartas trabalhando em conjunto, você tem mais chances de vencer a mão, já que esta modalidade possui a oportunidade de se fazer grandes draws e você pode ter a melhor mão no flop e não ser favorito para vencê-la. Sendo assim, para você ter uma mão jogável, você precisa ter uma
Top Range
Combinações das mãos
AAxx
KKxx
QQxx
AAJT AAKQ AAQJ AAKT AAKJ AAKK AAQQ AAJJ AAT T AA99
KKQQ KKAQ KKAJ KKAT KKQJ KKQT KKJT
QQAK QQAJ QQAT QQKJ QQKT QQJT QQT9
Jogar em qualquer posição aumentando e reaumentando
combinação de cartas que basicamente lhe ofereça a possibilidade de ter o nuts e, de preferência, de aumentar o valor da sua mão – o que chamamos de redraw – e/ou uma boa equidade para completar a sua mão combinada a pot/odds. Omaha é um jogo de criatividade. Muitas vezes sua mão vai ser um desastre completo, mas você terá cartas que impedem o adversário de progredir em completar sua mão (blockers) ou possui cartas que impedem o adversário de ter uma mão forte ou nuts (naked ace). Por exemplo, você tem um A e o bordo tem três cartas de paus – você não tem o flush, mas sabe que seu oponente não possui o nuts. Essas são informações muito valiosas que bons jogadores sabem explorar muito
Felipe “Mojave” Ramos Embaixador do site PartyPoker, conseguiu uma mesa final e a sexta colocação na WSOP 2009. É o primeiro brasileiro a conquistar três premiações no EPT.
/FelipeMojave 24 | fevereiro
Situação
www.revistaflop.com.br
Middle Range Combinações das mãos JJ, TT ou 99
AKJJ AKTT AQJJ AQTT AJTT AT JJ KQJJ KQTT KJTT QJTT QJ99 QJT9
Figuras sequenciais
A A A A A
KQJ KQT KJT QJT JT9
Wrap
JT98 T987 9876 8765 7654 6543 5432 A234
Situação
Jogar em qualquer posição aumentando e dando call em raises
além da média. Esse é um quesito avançado que abordarei mais pra frente. Fiz uma lista de starting hands, dividida em quatro grupos, que recomendo (ver tabelas acima).
U
ma importante observação: qualquer mão dentro do Top e Middle Range é uma mão jogável de qualquer posição e muito forte, mas mãos double suited apresentam um valor muito mais apurado que mãos single suited e, por sua vez, mais valiosa que offsuited. A combinação de naipes é extremamente importante em PLO e eu recomendo, altamente, que a grande maioria das mãos em que você entre na disputa tenha esse potencial. Já na seção Bottom Range, a combinação de naipes é obrigatória, com exceção de pouquíssimas mãos, como as duas primeiras apresentadas. E o último grupo são as Unplayable Hands (Mãos não jogáveis): QJ6h5: duas mãos boas para o Hold’em não compõem uma mão boa de Omaha. A234: essa seria uma boa mão de Omaha Hi-Lo, mas não de Hi. 4433: trincas baixas são sempre muito perigosas em PLO. 7742: trinca média, flush baixo e
Bottom Range Combinações das
A J T 8 J J 8 7 Q J 9 7 K 9 6 5 9 9 8 8 T 8 8 7 A 7 6 5 9 8 6 5
mãos
Situação
Jogar somente en trando e pagando (somen de limp te limp).
straight draws sem potencial de alavancagem também são mãos muito ruins. KQ76: quatro cartas de naipes diferentes e totalmente desconectadas são um desastre. Evite jogar danglers - são as cartas que não conectam com nada. Exemplo: AT84. Nesse exemplo, o 4 é o dangler.
P
osição em PLO é muito importante, principalmente nos jogos 6-handed. Independentemente do grupo de cartas que você decidiu jogar, procure, na maioria das mãos, jogar em posição sobre seus adversários. Pot-Limit Omaha é um jogo muito complexo e com milhares de variáveis, mas eu espero que vocês possam aproveitar essas dicas e logo mais eu voltarei com mais informações – na minha próxima coluna pretendo falar sobre o jogo pós-flop – desta modalidade fascinante de poker, que é extremamente técnica. Em breve, vocês terão novidades, da minha parte, sobre treinamento de poker para todos os níveis, principalmente Pot-Limit Omaha. Leiam partypokerbrasil.com e os twitters @FelipeMojave e @PartyBrasil, e assim, além de ficarem por dentro das novidades, das dicas e dos torneios que eu disputo, vocês ainda acabam conhecendo as diversas promoções do PartyPoker. Abraços, Felipe Mojave. fevereiro |
25
coluna Leo Bello
leobello@nutzz.com.br
A
Snowmen, Bonecos de Neve 8 8
www.revistaflop.com.br
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Você contra
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1 adversário: 65% 2 adversários: 41% 3 adversários: 26% 4 adversários: 16% 5 adversários: 9% 6 adversários: 5% 7 adversários: 3% 8 adversários: 1% 9 adversários: 1%
p
26 | fevereiro
S
e você, leitor, tiver o meu segundo livro, Dominando a Arte do Poker, vale a pena dar uma relida no capítulo de padrões de jogada. É muito importante reconhecer os principais padrões e explorá-los no jogo short-handed. Evite ao máximo ficar chamando 3-bet e, por outro lado, aplique-as bastante. Jogue com força contra adversários que costumam foldar para apostas altas. Prossiga com cuidado contra adversários que costumam chamar todas as apostas. Eu recomendo o uso constante de um software que tenha um HUD com as estatísticas dos adversários, como o Poker Tracker ou o Hold’em Manager.
o flo
/leobello
J
oguei bem menos online nos últimos dois anos, e o poker deu o seu maior pulo em qualidade. Hoje os jogadores são muito mais bem preparados do que há anos. Assinam sites de vídeo-escolas, leem fóruns e livros, praticam intensamente. Eles têm a cabeça fresca de conteúdos e se adaptam com muita facilidade. Hoje, para se jogar de forma competitiva, é necessário muito mais dedicação, boa tolerância ao risco e variância, e capacidade de errar pouco. É claro que você pode acertar um grande torneio e resolver a sua vida por uns meses, mas se você quiser fazer um income regular, terá que “grindar” nas mesas. Alguns optam por jogar sit-and-gos. Outros ficam no cash. O problema é que o cash de hoje não é mais o tradicional 9-handed game. Ou melhor, é claro que existe o cash game 9-handed, porém, cada vez mais, as pessoas procuram jogar mesas short-handed com seis ou cinco jogadores. No BestPoker jogo muito em mesas 5-handed. A ação é bem intensa, mas a leitura dos adversários estimula a lucros maiores. Em outros sites, a maior parte da ação é 6-handed. O objetivo deste artigo é discutir a diferença fundamental entre esses tipos de mesa, e, quem sabe, começar uma série de artigos detalhando minhas aventuras e desventuras para desvendar esse tipo de jogo. Jogar poker em uma mesa com nove ou dez jogadores pode ser descrito como hit ou fold
Q
uando apenas dois jogadores vão para um flop, vale lembrar uma estatística. Um jogador, segurando duas cartas não pareadas na mão, somente fará pelo menos um par uma vez a cada três flops. Ou seja, a cada três flops, se você apostar em todos, provavelmente seu adversário foldará pelo menos dois terços das vezes. O problema é que você também só acertará um a cada três flops. Isso faz com que a tática de hit ou fold não seja lucrativa. Jogar six-handed inclui jogar muitas mãos sem ter acertado um par ou melhor. Ou seja, conceitos como jogar posição, dar raise e 3-bet no adversário, fazer floats sem cartas para apostar no turn, check-raises quando o board não parece ter ajudado seu adversário, são extremamente mais importantes. Aliás, mais importante ainda é conhecer bem cada adversário para saber contra quais deles você pode apostar, fazendo-os foldarem suas mãos. Para ser mais exato, veja, na tabela ao lado, a chance de ninguém acertar uma carta no board com uma da mão (fazer um par ou melhor), contra diferentes números de adversários. Como você pode reparar, a partir de três adversários, em 75% das vezes alguém terá um par ou mais. Isso diminui sua chance de blefar contra vários adversários ou seguir na mão, se não tiver acertado forte. Por isso, 9-handed você joga hit ou fold poker. Em mesas com poucos jogadores, em que dois ou três vão ver o flop, você
r ta
Criador do Circuito Paulista e do BSOP, através de sua empresa Nutzz Eventos, é também o escritor mais importante do poker nacional, com dois livros publicados.
tinha a tendência de me distrair em sessões longas e de ficar surfando na internet, o que não acontecia em sessões curtas de até uma ou duas horas, com o cash game. Meu negócio era o cash, e, após a transição para o No-Limit, fui subindo de nível até chegar a jogar NL1K. Isso foi até 2008, quando o trabalho com a Nutzz me pegou de jeito e fui deixando de lado jogar online, para jogar mais ao vivo e me concentrar na organização dos torneios BSOP e CPH.
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Leo Bello
Flop está em festa. Uma nova programação visual para brindar o ano de 2010, que promete ser o melhor até hoje para o poker no Brasil. E, por mais que eu já tivesse escrito um ou dois especiais para a revista, sempre tive o sonho de participar mais ativamente desse processo. Em essência, sou um escritor. Tenho paixão por escrever e dividir minhas opiniões. Ter a minha própria coluna na Flop é abrir mais uma porta para o contato com o leitor. Espero que essa história seja longa. Cheguei para ficar. Difícil foi escolher qual o tema para este artigo. Tinha tanta coisa que eu queria falar. Acabei decidindo deixar que você entrasse um pouco no que tem passado na minha cabeça como jogador. Todos sabem que, no poker, as duas modalidades que mais gosto de jogar são os torneios live e o cash game online. Há uns seis anos, quando comecei com o poker, jogava Limit, como a maioria dos jogadores na época, e sempre 9-handed. A literatura era farta, pois os livros clássicos do Sklansky – Theory of Poker, por exemplo – eram voltados para a modalidade Limit. Até hoje, muitos jogadores classificam as mãos em grupos pela força das cartas iniciais – AA, KK, AKs, AKo = grupo 1 –, sem saber que essa classificação foi criada pensando em jogos Limit. Se a aposta for No-Limit, o modo de agrupar as mãos mudaria bastante. Esse meu início fez com que eu ganhasse bem e, por um bom tempo, o poker online foi uma fonte de renda alternativa e tranquila, muito embora os valores da época – que para mim pareciam enormes –, hoje representem pouca coisa, com muitos jogadores gastando em buy-ins, em uma reta de domingo, mais daquilo que eu arduamente levava uma semana para ganhar jogando Limit. O jogo foi evoluindo e, claro, eu junto. Passei a jogar mais torneios online. Só que eu nunca gostei muito, pois me obrigava a ficar de cinco a seis horas na frente do computador e eu
g
Qual a melhor estratégia para se jogar single table com até seis pessoas
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SHORT-HANDED
tem que ter consciência desses números abaixo, para saber que, em alguns momentos, você deve atirar, mesmo sem ter acertado seu jogo. Se seu adversário também não tiver acertado, ficará difícil pra ele seguir adiante. O jogo dessa forma é muito dinâmico e depende muito mais da sua leitura. Eu jogaria dez mesas de cash game fullhanded sem problemas, mas, jogando 6-handed, é recomendável jogar menos mãos, para poder fazer anotações importantes sobre os adversários. Muito do seu lucro estará em fazer os 3-bet nas horas certas, mesmo sem que você mesmo tenha uma mão boa.
P or ce
JOGANDO EM MESAS
poker. Ou seja, você vê o flop; se acertar um jogo bom, você segue adiante, se o flop não ajudá-lo, você dá fold na sua mão. Essa estratégia básica já pode fazer você ganhar bem no 9-handed. Espere as mãos corretas, aumente, veja o flop e continue, se acertar o flop. Desista, se encontrar resistência e não acertar nada no bordo. Porém, 6-handed a história é diferente. Por quê? Pelo simples fato de que a maioria dos potes short-handed é contestada por dois ou no máximo três jogadores, ao contrário das mesas cheias, em que, normalmente, temos quatro jogadores vendo um flop.
Eu ia entrar em mais detalhes de técnica sobre o estilo short-handed, mas vou deixar de lado um pouco, para seguir na próxima edição, pois uma novidade no mundo do poker me chamou a atenção e recomendo que você a experimente. O Full Tilt lançou o Rush Poker. É uma maneira de jogar bem diferente. Ao invés de escolher e se sentar em uma única mesa, você entra para um pool de jogadores que querem jogar o mesmo nível (NL100, por exemplo). Você é sentado em uma mesa, e recebe as cartas. Se não gostou delas, poderá usar um botão chamado quick fold para sair da rodada e, quando fizer isso, no mesmo instante será colocado em uma outra mesa, com uma mão nova. Ou seja, você não precisa esperar o final das mãos ao sair delas. Isso faz com que você jogue muito mais mãos no mesmo período de tempo. A qualquer momento que você dê fold na mão, o software o coloca em uma nova mesa, com cartas novas.
O
lado ruim é que você tem uma leitura prejudicada dos adversários, pois eles mudam a cada rodada. Por outro lado, a velocidade é muito boa para quem é impaciente ou, ainda, precisa fazer bastante rake por conta de rakeback. Jogando três mesas NL100 no Rush Poker, eu fiz, em uma hora, 1.1K hands. No mesmo tempo e mesma quantidade de mesas jogando em um site normal, o máximo que consegui fazer foram 330 mãos. Ou seja, em uma hora, mais que três vezes mais mãos no Rush Poker. Da mesma forma, faço muito mais player points e retiro cashback no BestPoker, pelo simples fato de as mesas short-handed terem um jogador a menos. O rake é o mesmo que de uma mesa 6-handed, mas é dividido por cinco ao invés de seis jogadores, e isso aumenta os pontos que consigo fazer por hora. É importante colocar horas de voo no seu currículo; e jogar short-handed o ajuda a desenvolver o seu jogo, a aumentar a sua lucratividade e a desenvolver a sua leitura de situações. Na próxima edição, retornarei com mais dicas de jogos short-handed. Por hora, divirta-se com o Rush Poker! fevereiro |
27
coluna Christian Kruel
colunas@revistaflop.com.br
as estatísticas e os notes
no online
Quais os cuidados ao confiar nos dados dos softwares para o análise do jogo
E
aí, leitores assíduos da FLOP, tudo em paz? Por aqui as coisas vão bem, aliás, muito bem. Eu venho me sentindo em um nível muito competitivo, tanto no poker live, quanto no on-line. As últimas empreitadas foram o BSOP (um espetáculo à parte) e o EPT Berlim. Na primeira, cai muito rápido, mas sem nenhuma saída. Já em Berlim, virei grande para o Dia 2 e tomei muitas bad beats por potes altos; perdi AA, KK, e, pra fechar, um AKs x AQ, por um pote monstruoso para o momento do torneio. Enfim, foi bem chato, porque o EPT parecia que estava caminhando para algo especial. Paralelamente, no on-line, depois do Super Tuesday, consegui um segundo lugar no Sunday 500, que foi muito especial: uma jogada interessante está postada no fórum TwoPlusTwo. Vamos ao artigo que eu já havia deixado pronto antes de embarcar para o EPT. Falo de um cenário pelo qual eu mesmo passei. Hoje, simultaneamente à redução bem grande no
número de telas que jogo, voltei a preferir os meus notes particulares, ao uso de softwares. Quando uso o software, faço-o como vou comentar abaixo. Todos nós conhecemos as ferramentas de estatísticas em tempo real disponíveis no mercado, sendo o Poker Tracker e o Hold’em Manager as mais conhecidas e exponenciais. Essas ferramentas, teoricamente, tornariam obsoletos os instrumentos de notes dos softwares de poker, uma vez que colocariam na tela, em tempo real, as estatísticas mais importantes dos jogadores à mesa, facilitando assim as nossas decisões.
O
objetivo deste artigo é mostrar até que ponto isso é verdade e em que medida o uso de notes pode, sim, se casar com o uso daquelas ferramentas, para tornar o nosso jogo mais produtivo. Vamos começar com o exemplo mais simples: o VPIP e o PFR. Essas estatísticas nos dizem quantas vezes o jogador coloca,
voluntariamente, fichas no pote e em quantas dessas vezes deu raise. Ao analisarmos os números exibidos no VPIP e no PFR, podemos ter uma boa noção do range de mãos que o nosso oponente joga. Certo? Nem sempre...
Q
uando jogamos cash game, via de regra, todas as mãos são disputadas com blinds efetivos na casa dos 100 big blinds (bb) ou mais. Quando você tem um histórico de 5.000 mãos contra um oponente, certamente todas essas 5.000 mãos foram jogadas com blinds efetivos iguais ou maiores que 100 bbs. Logo, o VPIP e o PFR do seu oponente apontarão, com perfeição, o seu range de raise em jogos com 100 ou mais big blinds efetivos. Porém, quando estamos num MTT e temos um histórico de 5.000 mãos contra um determinado oponente, as mesmas mãos certamente terão sido jogadas em muitas situações distintas, com blinds efetivos muito diferentes. E, em MTT, a quantidade de blinds efetivos numa determinada jogada é
fundamental para determinar nosso range de raise ou de call pré-flop. Logo, no caso específico dos torneios multitable, a melhor maneira de sabermos com perfeição os ranges dos nossos oponentes nos diferentes tipos de blinds efetivos é observando e fazendo anotações nos blocos de notas. Observar o VPIP e o PFR para tomar decisões pode nos induzir a erros, nesses casos. No entanto, acho interessante prestarmos atenção no nosso próprio VPIP/PFR dentro do torneio, principalmente quando jogamos muitas mesas. Isso facilita a nossa tarefa de jogar sempre no estilo contrário ao da mesa. Um outro aspecto interessante é a estatística fold to 3-bet. Independentemente do número de fold to 3-bet que seu oponente tenha, somente um note poderá lhe dizer, por exemplo, que ele abriu raise três vezes o big blind, no UTG, com stack de 12 bbs, e foldou para uma 3-bet. É esse note que fará você explorar essa fraqueza– no estilo de jogar – do seu oponente, ainda
que ele tenha um número baixo de fold to 3-bet na janela de estatísticas.
M
as, então, num torneio on-line, quais estatísticas dos nossos oponentes deveríamos pegar para facilitar as nossas decisões? Eu ficaria com as estatísticas mais gerais, que dependem menos da quantidade de blinds efetivos. Continuation bet e fold to c-bet são dois bons exemplos. Second barrel e fold para second barrel, também. Went to Showdown lhe mostra se vale muito a pena blefar no river e, se casada com alguns notes de calls light, pode ser bem efetiva na hora de fazer o value bet com uma mão mais fraca, ao invés de pedir mesa. O tempo e a experiência lhes dirão quais as melhores estatísticas a serem vistas na sua janela e quais as melhores a serem vistas na janela do oponente. E essa seleção, em conjunto com bons e precisos notes, fará com que vocês sempre joguem seu A-Game! Boa sorte a todos vocês! Grande abraço!
Christian Kruel
Este carioca é um dos pioneiros do Texas Hold’em no Brasil. Com seus bons resultados online e nos torneios afora, agora faz parte do Team Full Tilt Poker.
28 | fevereiro
www.revistaflop.com.br
fevereiro |
29
coluna MeBeliska
colunas@revistaflop.com.br
da cobertura escrita
para A TV ao vivo Sequela conta sobre a criação da maior inovação brasileira nos torneios live
C
om menos de um ano de existência, o MeBeliska.com conquistou o mercado com irreverência e muito profissionalismo, inovando a maneira de fazer coberturas de grandes torneios pelo Brasil e pelo exterior. Em 2009 o site cresceu e atingiu números expressivos, com mais de 800 mil acessos simultâneos e, somente naquele ano, foram mais de 58.000 posts em mais de 200 coberturas. O MeBeliska foi criado originalmente pelo conhecido Sergio Motta, ou Serjão, como é mais conhecido. Em seguida, Teco e Sequela abraçaram a ideia. Estava montado o time, que se dividiu nas tarefas, com Serjão dedicando-se à comunidade no Orkut – hoje com mais de 2.000 membros; Teco, como responsável pela coordenação das coberturas, e Sequela, que se focou nas áreas comercial e estratégica do site. Leandro Brasa, Thiago Decano e companhia fazendo comentários durante a cobertura da TV MeBeliska
enviadas pela audiência. Contando com a participação do público, a transmissão acaba sendo pautada não somente pela equipe, mas também pela participação especial dos espectadores.
O grande diferencial no início foi nas coberturas escritas, com a ideia do Teco de fotografar todos os competidores e colocar fotos com os nomes dos jogadores nas mãos reportadas ao site, com o propósito de integrar todos os jogadores, tornando-os conhecidos. O sucesso foi imediato. Hoje é muito comum jogadores de todas as regiões do País se conhecerem pelo nome, nas mesas de todos os torneios no Brasil. Sequela, que desde o início estudava como implementar a cobertura por
U O estúdio movel para a transmissão das coberturas ao vivo
Cláudio também já Baptista e Marcos XT marcaram transmissa presença na o do BSOP SC
meio de Web TV, após quatro meses de pesquisa e trabalho lançou a TV MeBeliska no BSOP de Curitiba, no segundo semestre de 2009. A TV MeBeliska realizou, então, a primeira transmissão ao vivo de um torneio de poker no Brasil. Hoje, a TV MeBeliska é uma realidade, transmitindo todas as etapas do BSOP e quebrando recordes. Somente no Full Tilt 750K, realizado no H2 Club, em São Paulo, a transmissão atingiu a marca de quase mil acessos simultâneos.
pelos comentários técnicos e também pela irreverência e pelo bom humor, marca registrada do site. Vale ressaltar que a interação nas transmissões ao vivo é outro aspecto muito importante das transmissões. A todo o momento, os comentaristas recebem e respondem às mensagens
ma das dúvidas mais frequentes é sobre o acesso dos comentaristas às imagens das hole cards - camêra que mostra as cartas dos jogadores. Sequela, responsável pela criação da TV, salienta que nenhum comentarista, durante as transmissões, possui acesso às imagens. Os comentários são baseados exclusivamente nas convicções e análises de cada jogador. Sequela completa dizendo que “sem conhecer as cartas, os comentaristas estão sujeitos a todos os riscos, uma vez que opinam da forma como jogariam a mão”. A evolução não para. Segundo Eduardo Sequela, para 2010 a TV MeBeliska trará várias inovações, com programas diários e vários novos formatos, além de um estúdio próprio e uma surpresa especial reservada para o início do ano. É aguardar para ver!
O
MeBeliska.com conta hoje com a maior e melhor equipe de coberturas do País, comandada pelo simpático e competente “MAMUTE” na liderança do time, tanto nas coberturas escritas quanto na TV. Mamute demonstrou um talento até há pouco tempo desconhecido e, hoje, é um dos apresentadores das transmissões do BSOP, em parceria com os grandes nomes do poker nacional, que sempre participam das transmissões como convidados. As transmissões são marcadas
MeBeliska.com
Há um ano trazendo para o online, com seriedade e humor, tudo o que acontece nas mesas live.
30 | fevereiro
Sunset Strip, Walking Sticks, Bengalas 7 7
www.revistaflop.com.br
Pausa para foto de todos que trabalharam no BSOP Curitiba fevereiro |
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Poker
Style
A
Puma Escalate Relógio digital com pulseira de poliuretano. US$90,00 dutyfreedufry.com.br
partir de agora, a Flop trará aos leitores alguns produtos compatíveis com o estilo de vida dos jogadores de poker. Eletrônicos, peças de vestuário, acessórios e, por que não, bebidas. Sintam-se à vontade para enviar suas sugestões a nossa equipe. style@revistaflop.com.br
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32 | fevereiro
T-shirt Ed Hardy Camiseta masculina – Born to Raise Hell – com aplicação de pedras. R$432,00 Loja Ed Hardy – SP Rua Dr. Mello Alves, 453 (11) 3081-1404
Gold Label – Johnnie Walker 750ml Edição especial em caixa de acrílico dourada e transparente com duas taças de cristal. R$345,60 Emporio Cia. do Whisky – Av. Jandira, 263 – SP (11) 5055-6000 Card Protector Produto oficial do BSOP. R$29,00 pokerholic.com.br
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Kicks, Route 66 6 6
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fevereiro |
33
Tower Cruise 4
Bem-vindos a
Tower traz a quarta edição de um dos mais tradicionais torneios na América Latina
J
á virou uma tradição no calendário latino-americano de eventos de poker: o Tower Cruise percorrendo a costa brasileira no verão. Neste ano, a Tower caprichou ainda mais na escolha do navio e selecionou um dos melhores transatlânticos do mercado, o sofisticado e moderno Musica, da gigante armadora italiana MSC, a maior empresa de cruzeiros marítimos do mundo. Com 93 mil toneladas, 1.275 cabines e capacidade para 3.100 passageiros, o MSC Musica é um convite ao bem-estar em alto-mar, oferecendo uma gama de serviços e de lazer que poucos navios possuem. A Tower reservou todas as cabines externas com varanda dos melhores decks do Musica, o que também é uma garantia a mais de conforto para seus jogadores. Previsto para percorrer o trecho Santos-Búzios-Ilhabela-Santos, entre os dias 11 e 14 de março próximo, o Tower Cruise 4 terá um Main Event
34 | fevereiro
bordo!
de 200 mil dólares garantidos, torneio que terá direção técnica de Robigol e Elton Cz, com buy-in de 500 dólares e stack inicial de 5.000 fichas. Os blinds irão subir de 45 em 45 minutos, e os jogadores poderão fazer até dois re-buys durante os primeiros quatro níveis, no valor de 500 dólares cada um e com mais 5.000 fichas por rebuy. Durante o primeiro break, que ocorre assim que se encerrar o período de re-buys, os que ainda estiverem no torneio poderão fazer o add-on, que terá 10.000 fichas ao custo de 1.000 dólares. A Tower tem realizado satélites diários no site, nos quais os ganhadores são premiados com o Pacote Tower Cruise 4, que dá ao jogador o direito de levar um acompanhante e a acomodação em cabine externa com varanda, em sistema all inclusive, uma exclusividade para os jogadores e acompanhantes – refeições e bebidas,
inclusive alcoólicas, incluídas – e o buy-in para o 200K.
E
sse pacote também pode ser conquistado em satélites que vêm sendo realizados em alguns clubes espalhados pelo Brasil, destacando-se o Dealer Alphaville (às terças e quintasfeiras), o Atlantic Poker, no Guarujá (aos domingos), a Liga Curitibana (às quartas-feiras), e o H2 Club, em São Paulo, que realizará no dia 6 de março o Tower Day, com oito pacotes garantidos. Para mais informações ou dúvidas, acessem o Blog do Tower – blogdotower.blogspot.com –, ou o site www.centralviptour.com.br, da Central Vip Tour – telefone (11) 5052-5131 –, empresa responsável pela parte logística do evento.
Nickels, Presto, Speed Limit 5 5
Poker carioca no clima
Texto e fotos Equipe BrazilPoker
A terceira edição do RHT atraiu grandes nomes do poker carioca e nacional
U
m dos melhores presentes de Natal de 2009 foi a terceira edição do Rio Hold’em Tour (RHT). A série de torneios voltou ao Hotel Portobello, ao lado de Angra dos Reis, levando competidores de todos os lugares do Brasil para o aconchegante e paradisíaco litoral do Estado do Rio de Janeiro. O evento aconteceu entre os dias 18 e 20 de dezembro e contou com algumas estrelas do poker nacional e fluminense. Entre as feras do Rio de Janeiro, estavam Carlos Mavca – atual campeão carioca –, Nelson Dantas, Eugênio Carmo, Marcos Sketch, Marcus Popeye, Roni, Fabiano Lemos, Gabriel Neto, Bruno Besteiro, os irmãos Fábio, Ricardo e Danilo Souza, além de Gualter Salles e André “Dexx_RJ” Paiva, um dos melhores jogadores de cash game do Brasil. Nessa edição, um ponto chamou a atenção: a participação de uma equipe de jogadores do Espírito Santo, Estado que vem apresentando um grande crescimento no poker, tanto no online quanto no live. A equipe composta por oito jogadores colocou cinco deles In the Money. Uma bela estatística. Pouco antes das 21h30 de sexta-feira, dia 18, começou a competição, com 76 jogadores inscritos para o Dia 1A. Entre os presentes estavam Igor Federal – presidente da Confederação Brasileira de Texas Hold‘em –, Eduardo Pitombo – campeão da segunda edição do RHT –, Marcos Cerqueira, o paulista Fernando Issas, Danilo Souza e
36 | fevereiro
Dr. Alberto Cunha. Além de jogarem nesse primeiro dia, eles se sentaram na mesma mesa. Que mesa complicada! A única mulher presente no game no Dia 1A, Janira Belmiro, se despediu da disputa, mesmo liderando o torneio durante certa parte do dia. Acabou eliminada em um coinflip com o jogador Fabiano Lemos. O torneio prosseguiu até as 4h30 da manhã, quando 28 jogadores permaneceram no torneio. Os três primeiros colocados do dia foram Frederico Dantas, com 120.200 fichas, Bruno Besteiro, com 116.500, e Fabiano Lemos, com 116.150. O segundo dia começou por volta de 15h30, e isso fez com que muitos jogadores tivessem a oportunidade de aproveitar o dia na praia, na piscina; e atividades não faltaram. Foram 75 os inscritos, totalizando 151 jogadores nesta etapa. Assim como no primeiro dia, uma mulher também esteve na liderança no Dia 1B. Isabela Damiano, apesar de não ser a única inscrita, assumiu a ponta, mas também acabou caindo antes do término do dia. A certa altura do torneio, na mesa mais complicada do dia, estavam Fábio Monteiro, André Paiva, Marcos Sketch, Jamil Saba, Marcus Popeye e João Octávio. E foi justamente dessa mesa que acabou saindo, ao fim do dia, o chipleader geral da competição. Pouco depois das 23h, Fabio “Deu Zebra”Monteiro atingiu a quantia de 122 mil fichas, pouco mais do que o segundo colocado, Frederico Dantas, com 120 mil. Sailboats, Barcos a Vela 4 4
O Dia 1B terminou com 35 participantes classificados e, com os 28 classificados do Dia 1A, 63 jogadores foram para a disputa do dia final. Já no início desse dia final, quem fez a festa foi o river. Várias mãos foram decididas na última carta, entre elas, Gabriel Neto eliminou Fernando “Petro”; Nelson Dantas dobrou suas fichas, e o Dr. Alberto Cunha, por duas vezes, também conseguiu dobrar o seu stack. Tudo decidido no river. Sensacional!
O
jogo foi rolando no salão Sabiá e, pouco antes das 16h, dois jogadores começaram a despontar no torneio: Bob Fraga e André Paiva. Nessa altura, a bolha estava bem próxima e ambos estavam com aproximadamente 300 mil fichas. Dos 151 jogadores inscritos, os 20 primeiros ficariam ITM. Finalmente estourou a bolha. Munrah caiu em 21°. Pouco depois, o jogo deu uma acelerada e ocorreram várias eliminações. Fabio Monteiro, depois de tomar algumas fatiadas, acabou caindo em 19°; Igor Federal, após abrir raise para 27mil, viu André Paiva voltar “a casa”. Igor pagou com A7 e André mostrou KT. O bordo trouxe um K e deixou o presidente da CBTH em 17° lugar. Quando 16 jogadores encontravam-se na disputa, e a média de fichas era 200 mil, André “Dexx_RJ” Paiva estava com mais de 400 mil fichas. E foi ele que, depois de eliminar vários competidores, acabou eliminando o bolha da mesa final em um grande pote. E estes foram os dez jogadores que fizeram a mesa final:
A MESA FINAL
Rio Hold’em Tour
Bob Fraga é quem levou o título desta edição
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º
André ”Dexx_RJ” Paiva Fabiano Lemos Marcus Popeye Antomélio Traps Bob Fraga Márcio Pedra Roni Luti Bruno Besteiro Hélio Veloso
818.500 515.000 406.500 364.000 275.500 212.500 153.000 130.000 110.500 39.000
Ao lado, jogadores de várias cidades vieram ao RJ prestigiar a última etapa do ano do RHT.
Às 18h50 começou a disputa e, logo no início, aconteceu a primeira queda: bem short, Hélio Veloso foi all in com A3o, contra Fabiano Lemos 97s. Fabiano acertou um straight e eliminou Hélio em décimo lugar. Meia hora depois, Roni foi eliminado por Antomélio Traps, na nona colocação. A oitava posição ficou com um jogador do Espírito Santo. Depois de Marcus Popeye abrir raise de 55 mil, Márcio Pedra voltou all in com 97 mil. Popeye, comprometido com o pote, completou e mostrou 88 e Márcio abriu TT. O river trouxe um 8 e deixa Márcio em oitavo lugar. Pouco depois do break, Bruno Besteiro ficou com a sétima colocação. O jogo continuou até que André “Dexx_ RJ” Paiva eliminou o último jogador do Espírito Santo, Antomélio Traps, na sexta posição. A revelação do torneio caiu em quinto lugar. Luti, no small blind, entrou all in. Marcus Popeye pensou muito no big blind e pagou com 55o. Luti mostrou KTo. O par de Popeye segurou e foi fim de torneio para Luti. Mesmo dobrando seu stack, Popeye não durou muito na disputa: acabou eliminado por Fabiano Lemos, que assumiu a liderança. A terceira posição ficou com André Paiva e o headsup foi decidido em mais de uma hora de muita disputa e equilíbrio. Os dois finalistas foram Bob Fraga e Fabiano Lemos. A vitória ficou com Bob, que se sagrou campeão da terceira edição do Rio Hold’em Tour e faturou um belo presente de Natal. Que venha o próximo RHT, assim como, novamente, venham participantes de todo o Brasil. Os mesas finalistas dessa edição
Ranking Brasileiro
A
D
esde a sua criação em 2005, nunca houve um ano com tantos participantes no Ranking Brasileiro SuperPoker. Foram 760 nomes na corrida pelo título de melhor jogador do ano e também pelo reconhecimento de seus esforços durante 2009. E, pela segunda vez seguida, quem venceu a disputa foi Caio Pimenta. O mineiro agora é bicampeão, consolidando o seu nome como um dos maiores jogadores brasileiros dos últimos anos e, se continuar nesse ritmo, poderá realmente se tornar um dos melhores do mundo, principalmente no online. Caio liderou o ranking praticamente de ponta a ponta, e, da metade do ano em diante, todos já sabiam que seria praticamente impossível ameaçá-lo, já que ele havia aberto uma expressiva vantagem sobre os demais concorrentes. Entre os maiores resultados de Caio durante 2009, destaque para as vitórias no Friday Night Fight do Full Tilt Poker (NL Hold’em $500); na The Super Tuesday do PokerStars (NL Hold’em $1,050), e no mais cobiçado torneio do online mundial, o Sunday Million (NL Hold’em $215). Isso somente para citar alguns dos incríveis resultados que essa fera conquistou ao longo de todo o ano passado. João Mathias e Luiz Filipe “mestrefilipe” de Andrade foram os responsáveis pelos momentos de maior emoção no ranking em 2009, se revezando em
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Topo
briga pelo
Em ano com recorde de participações, Caio Pimenta conquista o bicampeonato do Ranking Brasileiro
segundo lugar por diversas vezes. Nos últimos meses do ano, o gaúcho João Mathias levava vantagem sobre o curitibano Luiz Filipe, e parecia certo o seu vice-campeonato. Mas em uma virada aos 45 minutos do segundo tempo, Luiz levou a melhor. Luiz “mestrefilipe” melhorou uma posição em relação a 2008, quando terminou na terceira posição, se consolidando ainda mais como um dos maiores jogadores do online brasileiro.
L
uiz também obteve vitórias incríveis, nos mais técnicos e importantes torneios do online mundial, como no $60K garantidos do PokerStars (NL Hold’em $109 com rebuys); no The Nightly Seventy Grand (NL Hold’em $55), e no $40K garantidos do Full Tilt Poker (NL Hold’em $109). Mas seu grande trunfo continua sendo a regularidade com que obteve resultados expressivos ao longo de todo o ano. O pódio de 2009 foi completado por João Mathias que, mesmo não sendo um novato, é um sério candidato à Revelação de 2009, já que em 2008 ele não havia aparecido no ranking. Entre os seus maiores resultados no ano passado, destaque para a vitória no $100K garantidos High Roller do Party Poker (NL Hold’em $530); no The Nightly Seventy Grand do PokerStars (NL Hold’em $55), e no $1K Monday do Full Tilt Poker (NL Hold’em $1,060).
João Mathias ainda foi o quarto colocado no Sunday Million, vencido por Caio Pimenta, e, com esses e outros inúmeros bons resultados e muito volume de jogo, está credenciado como um dos favoritos na corrida pelo topo do ranking em 2010. A quarta posição no Ranking Brasileiro ficou com o brasiliense Bruno Gonzales Terra, o “Bruno GT”, que repetiu a mesma colocação de 2008, mostrando que continua sendo um dos mais respeitados jogadores do País na atualidade, desde a sua meteórica aparição em 2008.
O
quinto colocado foi o sergipano Beto Caju, que mostrou uma evolução incrível em relação aos seus resultados anteriores. Ele, que não figurou sequer entre os Top 10 de 2008, conseguiu melhorar o seu jogo e apresentou escores regulares e consistentes. Agora, no início de 2010, Beto Caju, que joga com o nick “mestre_urubu”, já demonstrou que continua com força total e, no momento em que esta edição estava sendo fechada, ele ocupava a primeira colocação, com uma boa vantagem sobre os demais adversários. O paulista Norson Saho terminou com a sexta posição, subindo um posto em relação ao ano passado e trocando de posição com outro paulista, Sérgio Penha, um dos mais experientes jogadores do País. Independentemente de quem esteja na frente entre esses Crabs, Caranguejos 3 3
l dois representantes de gerações distintas de jogadores, ambos permanecem sendo muito respeitados e continuam trazendo, constantemente, bons resultados para o poker brasileiro. Em oitavo lugar ficou Thiago Nishijima, o “Decano”, que foi campeão do ranking em 2007 e vice-campeão em 2008. Mas não nos deixemos enganar por sua queda na classificação, já que Thiago, que também é de São Paulo, não teve o mesmo volume de jogo apresentado nos anos anteriores, fato que é primordial na briga pela ponta do ranking. Vale ressaltar que ele foi o responsável pela maior vitória do online brasileiro em 2009, trazendo um inédito título de um dos eventos da série WCOOP – World Championship Of Online Poker – do PokerStars e conquistando nosso primeiro bracelete nessa conceituada série de torneios online.
A
nona posição ficou com um jogador que dispensa apresentações: Christian Kruel, o CK. Desde que começou a sua carreira profissional em 2003, sendo um dos primeiros brasileiros a viver exclusivamente do poker, o jogador do Rio de Janeiro vem figurando entre os melhores do ranking brasileiro. CK teve um ano muito bom, mas seu melhor desempenho aconteceu no ultimo mês do ano, quando conquistou o Super Tuesday do PokerStars e obteve um quarto lugar no evento #1 da Mini FTOPS, no Full Tilt. Em décimo lugar ficou outro representante de Minas Gerais, Pedro Cayo Cavalcanti, que no início de 2009 chegou a ocupar a primeira colocação. Pedro é outro nome que, antes de brilhar como jogador de poker, já era um craque em jogos para PC, no seu caso, o first-person-shooter Counter Strike. Entre as mulheres, quem ficou à frente foi Daniela Zapiello, de São Paulo, que terminou na 62ª posição no geral. Ela superou as suas principais concorrentes, Larissa Metran e Maridu Mayrinck, que também apresentaram bons resultados. Enfim, num ano de muita disputa e de excelentes resultados, o Ranking Brasileiro SuperPoker mostrou uma saudável competição entre os amantes do poker no Brasil, misturando os maiores profissionais do País com jogadores iniciantes, amadores e recreativos. E, assim, o SuperPoker continua registrando as evoluções, as conquistas e mostrando as novas caras do poker brasileiro. A corrida pelo título de melhor jogador do ano de 2010 ficará ainda mais emocionante, já que neste ano está confirmada uma premiação especial para o primeiro colocado do Ranking, que será divulgada no site superpoker.com.br, ainda no primeiro semestre. www.revistaflop.com.br
l
Ranking
Brasileiro 1º
Caio Pimenta
2º
Luiz Filipe “mestrefilipe”
3º
João Mathias
4º
Bruno “GT”
5º
Beto Caju - “mestre_urubu”
6º
Norson Saho
7º
Sérgio Penha
8º
Thiago “Decano” Nishijima
9º
Christian Kruel
10º
Pedro “pcayoobh” Cayo
20 09
222.153 pts
211.928 pts
205.217 pts
193.889 pts
155.101 pts
144.851 pts
142.879 pts
138.161 pts
132.932 pts
124.478 pts fevereiro |
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Campeões Estaduais
Os
Destaques
do Brasil
a liderar a batalha. Maykon é empresário e joga Texas Hold’em desde 2008. Parecia que apenas aqueles dois jogadores iriam disputar o título do Circuito, mas, com a vitória de Toshio na última etapa regular, foram os três – Maykon, Tito e Toshio – que chegaram, à última etapa, com reais chances para vencer o Circuito 2009. Porém, as chances dos jogadores de Balneário Camboriú e Blumenau acabaram quando o empresário Maycon venceu a Etapa dos Campeões. Pela primeira vez na história dos torneios catarinenses, o mesmo jogador venceu duas etapas do Circuito. Numa conquista justa, o jogador mais regular do Circuito venceu e convenceu. Soube jogar de forma segura nos momentos necessários e ser agressivo quando lhe era conveniente. Parabéns, Maykon Rosa, o Campeão do Circuito Catarinense de Texas Hold’em 2009!
O
ano de 2009 foi um divisor de águas para o Texas Hold’em nacional. Assim como no Brazilian Series of Poker (BSOP) – o Campeonato Brasileiro de Poker – as federações estaduais viram seus circuitos fortalecidos com o aumento do número de jogadores, etapas e premiação. A Flop faz agora um breve resumo para contar um pouco como foram as conquistas nos campeonatos das principais federações estaduais do País, e finalizamos este especial com uma entrevista com o Campeão Brasileiro de 2009, Marco Marcon.
Paraná
Santa Catarina Federação Catarinense de Texas Hold’em
A
Federação Catarinense de Texas Hold’em (FCTH) foi fundada em 12 de novembro de 2009, por Tito Feltrin e sua diretoria. Ainda na primeira etapa do seu circuito anual, a FCTH lançou a campanha “Seja um Atleta Federado”, que tem como objetivo principal a unificação das forças – clubes e atletas – do Estado. O ano de 2009 foi um marco divisório para o poker catarinense. Foi nesse período que a FCTH e o seu Circuito atingiram a maturidade necessária para ganhar a confiança dos jogadores e dos organizadores do esporte no Estado. Disputado em nove etapas, o Circuito 2009 da FCTH visitou cinco diferentes cidades de Santa Catarina – Florianópolis, Balneário Camboriú, Chapecó, Criciúma e Blumenau – e seis diferentes clubes, todos federados. O Circuito contou com 550 inscrições e mais de 300 jogadores ranqueados. 40 | fevereiro
O campeão da série foi Maykon Rosa, de Tubarão, o jogador mais regular do ano. Importantes mudanças marcaram o Circuito de 2009: a série tornou-se freezeout e deep stack, o buy-in praticado foi de R$360,00 e os blinds aumentavam a cada trinta minutos. Com a nova estrutura, a primeira etapa bateu todos os recordes de público no Estado, até então 91 competidores. O jogador Cristiano Fusion, de Florianópolis, começou o ano como o grande favorito, ao alcançar a segunda colocação na etapa de estreia e o título, na segunda. Porém, Tito Feltrin, de Blumenau, assumiu a ponta na quarta etapa, depois de três mesas finais seguidas. Naquele momento, Tito liderava os rankings catarinense e brasileiro (BSOP). Após vencer a quarta etapa, alcançar a segunda colocação na quinta e fazer mais duas mesas finais na sexta e na sétima, Maykon Rosa destronou Tito e passou Ducks, Dois Patinhos 2 2
O
Federação Paranaense de Texas Hold’em
ano de 2009 marcou o lançamento do Campeonato Paranaense de Texas Hold’em. Pela primeira vez, um circuito correu o Estado e os jogadores puderam medir forças. Ao todo, foram sete etapas, sendo quatro no Interior do Paraná, onde foi possível constatar que a febre chamada Texas Hold’em não está limitada à capital Curitiba, conhecida nacionalmente como um dos maiores celeiros de craques do feltro. Não custa lembrar que foi de lá que saíram jogadores como Alexandre Gomes, Mestre Filipe, Leandro Amarula, e muitos outros. Na briga pelo título de campeão paranaense, o grande destaque da temporada foi o ponta-grossense Victor Moraes, que obteve a maior regularidade durante o ano e ficou com título de Campeão Paranaense de 2009. O jovem Victor, de apenas 19 anos, cursa Administração de Empresas, vive de poker desde o início de 2009, e começou a jogar há pouco mais de um ano e meio, em home games com amigos, até descobrir a internet. Das sete etapas da primeira temporada, jogou quatro, ganhou uma, realizada na cidade de Maringá, e nas outras três, ou esteve na final table ou na zona de pontuação. Ele, que tem como meta principal ir um dia a Las Vegas para disputar a WSOP, tem, para o ano
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Maykon Rosa
de 2010, o objetivo de jogar algumas etapas do BSOP e do Campeonato Paranaense. Outros destaques da primeira temporada do Campeonato Paranaense de Texas Hold’em foram André Coronel, de Chopinzinho, que ficou com a segunda colocação na classificação final, e Carlos Ferrero, de Curitiba, que ficou com a terceira colocação.
Victor Moraes fevereiro |
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Campeões Estaduais Goiás
A
Federação Goiana de Poker
Federação Goiana de Poker (FGPoker) foi idealizada, em 2006, por Júlio César Costa e um pequeno grupo de amigos. O calendário do campeonato de 2006 não apresentou muitas etapas, porém uma surpresa estava reservada para os organizadores do Circuito. Por mais otimistas que eles pudessem estar, era opinião geral que o público esperado não passaria de 50 ou 60 jogadores. Com uma campanha publicitária modesta financeiramente, mas arrojada e agressiva, somada a muita vontade de pessoas dispostas a colocar a mão na massa, o evento se viu transformado em um sucesso absoluto. No dia do torneio, as 100 vagas disponíveis se esgotaram logo nos primeiros trinta minutos e cerca de 70 jogadores não tiveram a oportunidade de participar. Com isso, a FGPoker nasceu sólida e legitimada pela aceitação maciça do público. Ao longo dos seus quatro anos de existência, a Federação Goiana de Poker vem cumprindo à risca a meta traçada quando de sua fundação, qual seja, consolidar-se como uma das federações esportivas mais atuantes, tanto no cenário regional, quanto nacional. Prova disso é que o Campeonato Goiano entra em 2010 em sua 5ª Edição, sempre com muito esmero, atenção às regras mais apuradas e respeito pleno pelo jogador. Para a temporada 2010, a FGPoker atinge agora um grau de maturidade inquestionável, lançando um formato semelhante ao dos melhores torneios regulares do mundo, com buy-in em torno dos 150 dólares por etapa, dealers em todas as mesas, valor mínimo garantido por etapa, troféus para os mais bem colocados e bracelete de ouro para o campeão da temporada. Também em função da sua credibilidade e transparência, a FGPoker tem conseguido, ano após ano, atrair parceiros e marcas consolidadas, como é o caso da cerveja Heineken, do Rio Quente Resorts – o maior resort de campo do Brasil e que sediará a etapa de junho do BSOP –, além da chancela oficial da Agência Goiana de Esporte e Lazer, a AGEL. A FGPoker atua, também, sempre na busca de novos talentos. Foi a partir de uma iniciativa modesta, porém abrangente, que brotou o talento inconteste do jovem João Dorneles Neto (João Bauer), atual detentor do título de Campeão Goiano de Texas Hold’em. João Bauer vem dedicando várias horas do seu dia ao poker online, conseguindo assim se firmar como um dos melhores jogadores profissionais da região. Ele joga poker há pouco mais de dois anos, e vive exclusivamente do jogo desde setembro de 2008. 42 | fevereiro
Bahia
J
oão descobriu o Hold’em através do canal de TV ESPN e começou a jogar com familiares e alguns amigos. No Campeonato Goiano, ele começou bem, fazendo três mesas finais e três semifinais, nas seis primeiras etapas. Destas, conseguiu cravar a primeira colocação na primeira etapa e, com isso, abriu boa vantagem em relação aos demais participantes. Com um excelente desempenho no fim da temporada, João venceu três etapas, chegou em segundo em outra e conquistou também um quarto lugar, além de muitas mesas semifinais. Como resultado, assumiu a liderança do ranking na 3ª Etapa, e lá ficou até o fim do ano. Com 23 anos, ele vem se aplicando no estudo do jogo e tem como meta para 2010 terminar o ano entre os Top 10 do ranking SuperPoker, além de correr todo o circuito nacional e jogar algumas etapas do Latin American Poker Tour (LAPT). Segundo Júlio César, “o sucesso de João é resultado de uma gama de fatores comuns aos grandes campeões. Além do aspecto técnico, área em que o João Bauer é “doutor”, ele é uma pessoa extraordinária e muito querida pelos amigos. É por tudo isso que a comunidade do poker goiano orgulhosamente saúda o seu campeão!”
O
cenário do poker baiano, há alguns anos, era formado por vários pequenos núcleos de jogadores, que se reuniam de maneira independente e praticavam o esporte em suas casas ou em algum clube. Era clara a necessidade de uma federação para transformar e unir essas iniciativas isoladas, mudando o rumo do poker no Estado. Com esse cenário, surgiu a Federação, sob o comando de Guga Azevedo, atual presidente, e de Egas Campos, vice-presidente. A partir daí, um longo caminho foi percorrido para que a Federação se consolidasse e o campeonato ganhasse força entre os jogadores baianos. O Circuito que definiu o Campeão Baiano de 2009 teve as suas etapas disputadas no Hotel Blue Tree Towers. Com um buy-in de R$ 300,00, ao todo foram quatro etapas. O Circuito oficial da Federação confirmou que os baianos são unidos nas horas mais importantes, e a adesão foi maciça durante toda a temporada. Ao todo, as etapas contaram com uma média de 70 jogadores por evento, fazendo do Circuito um sucesso e sinalizando o inicio de uma nova era, com mais organização e profissionalismo no poker baiano. Menos de uma década após o seu nascimento, o poker baiano já dispõe de toda infraestrutura para tornar a modalidade cada vez mais popular, atingindo um número cada vez maior de praticantes. Segundo o presidente Guga Azevedo, “Todos os preconceitos e tabus parecem ter ficado no passado. O poker é hoje, na Bahia, um esporte familiar, saudável e que proporciona um ótimo clima para entretenimento e confraternização entes as pessoas que o praticam.” O ex-campeão baiano de xadrez, Cristiano Sampaio, sagrou-se Campeão Baiano de 2009, após uma regularidade impressionante nas quatro etapas do campeonato. Ele esteve presente na final table em todas as etapas
A
João Bauer Big Slick, Anna Kournikova A K
Federação Baiana de Texas Hold’em e conquistou uma importante vitória na segunda etapa e, com isso, saltou para uma liderança confortável, que conservou ate o fim do Circuito. A Federação baiana promete para 2010 a consolidação definitiva de seu Circuito, com muitas novidades que serão anunciadas em breve.
Cristiano Sampaio
Minas Gerais Federação Mineira de Texas Hold’em
Federação Mineira de Texas Hold’em (FMTH) iniciou as suas atividades em agosto de 2005, com o objetivo de reunir e organizar o crescente número de praticantes de poker em Belo Horizonte e, posteriormente, de abranger o restante do Estado. Fundada por Osvaldo Naves, a entidade viu o Texas Hold’em Mineiro crescer, evoluir e revelar talentos, como Rafael Caiaffa, Gabriel Almeida, e o fenômeno Caio Pimenta. O primeiro campeão mineiro surgiu no ano de 2006, ano em que a FMTH apresentou o seu primeiro calendário com etapas regulares. O conhecido jogador Hugo www.revistaflop.com.br
Mora ficou com o título daquele ano. No ano seguinte, o feltro mineiro conheceu uma revelação. Como Campeão Mineiro de 2007, Rafael Caiaffa levou a vaga para disputar o Main Event da WSOP do ano seguinte, prêmio oferecido pela Federação para o campeão estadual daquele ano. Em 2008, o mineiro faria história, alcançando a melhor posição de um brasileiro no Main Event da maior série de torneios de poker do planeta. Em 2009, a FMTH voltou a oferecer uma vaga para o Main Event da WSOP, como prêmio para o campeão daquele ano. Isso atraiu um grande número de jogadores e, em sua etapa inicial, foi batido o recorde de jogadores, fevereiro |
43
Campeões Estaduais com cerca de 200 inscritos. Ao longo do ano, foram dez etapas de muita disputa e emoção, com uma média de 120 jogadores por etapa. Os mineiros só vieram a conhecer o seu campeão na mesa dos campeões, disputada entre os dez jogadores mais bem ranqueados durante o ano. Com cinco jogadores ainda na briga, a vantagem estava com o jogador Paulo Márcio dos Santos, o Geléia, que abriu uma imensa frente ao longo das etapas regulares. O segundo colocado na disputa era o jogador Rodrigo Torres Santana, com 180 pontos atrás de Geléia. Mas Rodrigo não se encolheu perante a diferença no ranking, e arrancou para a vitória, conquistando o terceiro lugar na 10ª Etapa e a primeira colocação na mesa dos campeões. Com isso, sagrou-se Campeão Mineiro de 2009. Morador da cidade de Viçosa, a 230 quilômetros de Belo Horizonte, Rodrigo, pela primeira vez, jogou todas as etapas da temporada. Mostrando boa regularidade, ele conseguiu pontuar em oito etapas, ficando fora da zona de pontuação em apenas duas. Entre seus melhores resultados estão duas FT e o título da mesa dos campeões. Jogando poker há pouco mais de dois anos, Rodrigo está muito feliz com o título, que não esperava conquistar logo em seu primeiro ano. Ele se diz bastante satisfeito com a vitória, mas não alimenta grandes expectativas sobre a sua participação no Main Event da WSOP deste ano. “Na
verdade, poder conhecer tudo já é ótimo. Como te disse, comecei a jogar faz pouco tempo. Não tinha expectativa de ganhar o mineiro logo de cara, então não fazia ideia de disputar um torneio como o ME. Estou muito feliz com tudo isso”, conclui.
Carlos Mavca
Rodrigo Santana
Rio de Janeiro Federação de Carteado Profissional do RJ
A
Federação de Carteado Profissional do Estado do Rio de Janeiro (FCP-RJ) surgiu efetivamente em 2007, devido à necessidade de uma federação que unisse e agregasse os diversos clubes do Estado para a realização de um campeonato estadual organizado, que fortalecesse e legitimasse a prática do poker esportivo em todo o Rio de Janeiro. Dessa forma, a Associação Carioca de Poker (ACP), os Ases do Poker, o Niti Poker, o Clube Delta e, posteriormente, o Espaço Bridge Hold’em, trabalharam em harmonia para o crescimento do poker carioca. A presidência da FCP-RJ foi inicialmente exercida por Beto Bahia, um nome agregador, que teve a missão de iniciar os trabalhos frente à entidade. Atualmente, Bruno Coelho ocupa a função de presidente da FCP-RJ e vem fazendo um trabalho muito elogiado por toda a comunidade do poker carioca. A temporada 2009 do Campeonato Carioca teve um total de seis etapas regulares e uma etapa final com os 20 primeiros colocados ao longo do ano – matéria especial da nossa edição passada. Contando com uma média de 150 jogadores por etapa e um buy-in de R$ 300, o campeão estadual só foi conhecido na ultima etapa do ano. Essa última etapa foi a 44 | fevereiro
“existem pessoas apaixonadas, inteligentes e competentes no Rio, como o Beto Bahia, Bruno Coelho e outros, que, unidos, contribuem muito para a evolução do poker carioca. Ele ainda complementa dizendo que “o Rio tem tudo para ser o celeiro dos grandes jogadores. Há alguns nomes que já são conhecidos no meio e que são jogadores que eu respeito e com quem aprendo constantemente sempre alguma coisa. Diria que há cerca de 20 jogadores que não devem nada aos melhores do Brasil, faltando, talvez, um pouco mais de experiência e oportunidade.”
mais técnica de todas, com maior quantidade de fichas e blinds mais longos, o que representa uma significativa vantagem para os jogadores que apreciam o poker bem jogado. Nessa última etapa, a experiência para suportar a pressão e para subir cada degrau pacientemente nos erros dos adversários acabou contando a favor de Carlos Mavca, que conseguiu aproveitar cada brecha para conquistar o primeiro lugar na sétima etapa e o título estadual. Carlos Mavca ingressou no poker há pouco mais de três anos, em jogos caseiros com amigos. Aos poucos, o que a princípio parecia ser apenas uma brincadeira entre amigos virou algo mais sério, alvo de estudo e dedicação. A partir daí, Carlos abandonou o ramo do comércio, onde trabalhava há mais de quatro anos, e passou a se dedicar exclusivamente ao estudo e às técnicas do poker. Para viver do poker, Mavca teve que fazer uma série de sacrifícios. Disciplina, paciência, estudo, concentração e capacidade de absorver altos e baixos são os pontos-chave apontados por ele como fatores primordiais para se obter sucesso nessa difícil carreira. Sobre o poker no Rio de Janeiro, Mavca afirma que houve um grande salto, principalmente em fatores como organização e competência. Segundo ele, Big Chick, Little Slick A Q
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São Paulo Federação de Texas Hold’em de São Paulo
om organização da Nutzz! Eventos, o Circuito Paulista de Hold’em (CPH) é um dos mais antigos campeonatos de Texas Hold’em no País. Exemplo de organização e profissionalismo, o Circuito, que começou de forma informal, é hoje o modelo que norteia as federações regionais por todo o Brasil. Não por acaso, ele foi homologado, no ano passado, pela Federação de Texas Hold’em do Estado de São Paulo (FTHSP), como o Campeonato Paulista de Texas Hold’em. O CPH começou em meados de 2005 como uma reunião mensal, de uns poucos amigos, para jogar poker. Como a cada mês o torneio era realizado na casa de um dos participantes, em cidades diferentes, estabeleceu-se um caráter itinerante que se manteve até 2007, quando, então, ele se fixou na capital paulista. Em 2006, os organizadores do evento viram crescer a popularidade do torneio, com a média de jogadores pulando para mais de cem inscritos por etapa. Com o aumento de público veio a necessidade de uma organização mais criteriosa e, então, o CPH passou por uma fase de adaptação, tornando-se um evento planejado, lucrativo, e atrativo para competidores que vinham de todo o Estado de São Paulo – e até de Estados vizinhos – para participar de um torneio com um clima festivo e agradável. A FTHSP está em fase final de documentação e se prepara para efetivamente tomar corpo e começar a trabalhar pelo poker no Estado de São Paulo. Além de contar com todo o amparo estrutural que a Confederação Brasileira de Texas Hold’em (CBTH) oferece na esfera legal, a FTHSP deve iniciar trabalhos próprios dentro de São Paulo, para levar a imagem positiva do poker à mídia e ajudar a retirar o estigma negativo e os preconceitos que, frutos da desinformação, a modalidade sofre. O Campeonato Paulista contou com dez etapas regulares e o campeão só foi conhecido na última etapa do ano, no Torneio dos Campeões. O título de Campeão Paulista da temporada foi para o Interior do Estado, mais precisamente para a cidade de Araraquara, que teve o seu representante, www.revistaflop.com.br
o jogador Cristiano “Cofrinho” Camargo, como o campeão da temporada. A cidade de Araraquara, que fica a 270 quilômetros da capital, revelou bons talentos ao longo da temporada, ficando com três títulos das etapas regulares do CPH, uma com o próprio Cofrinho e as demais com os jogadores Quener e Bonini. O Campeão Paulista de 2009 joga poker há quatro anos. Ele trabalhava como corretor de imóveis em sua terra natal e descobriu o Hold’em em um home game com amigos. Na temporada 2009 do CPH conseguiu três final tables, sendo que, na última etapa do ano, no Torneio dos Campeões, ficou com a primeira colocação e levou o título de Campeão Paulista. Graças aos excelentes resultados que alcançou ao longo de sua carreira, Cofrinho é agora um jogador patrocinado pelo site Copacabana Poker. Ele jogará todas as etapas do CPH e do BSOP 2010 patrocinado pelo site e tem, entre as suas metas para 2010, fechar o ano entre os top ten do circuito brasileiro, além de jogar alguns eventos da World Series of Poker (WSOP), em Las Vegas.
Cristiano Camargo fevereiro |
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Campeões Estaduais
Marco Marcon. Idade: 30 anos. Natural de Curitiba (PR) FLOP: Quais os seus hobbies, além do poker, é claro? Natação, tênis, videogames e leitura. FLOP: Joga poker há quanto tempo? Há 12 anos. FLOP: Como você conheceu o jogo? Em 1997, assisti ao filme Rounders (Cartas na Mesa) e tive muita vontade de aprender aquele jogo. Quando cursei a Escola Preparatória de Cadetes da Aeronáutica, de 1998 a 2000, um grupo de amigos que conheciam o Five Draw me ensinou essa modalidade. Com outro grupo de amigos, quando cursei Engenharia Civil na Universidade Federal do Paraná (UFPR), continuei jogando home games, com moedinhas de 5 e 10 centavos. Divertido demais. Quando o grupo se desfez em 2004, fui procurar, na Internet, grupos que jogassem em Curitiba e descobri o Circuito Paulista de Hold’em, então em sua 2ª Etapa. Viajava uma vez por mês para competir e, aí, a coisa começou a ficar séria.
O Campeão
Principais Resultados
Brasileiro
46 | fevereiro
Vice-campeão do Circuito Paulista de PLOmaha 2005.
8º lugar no torneio aberto do Casino Iguazú, Argentina (215 jogadores), 2006. Campeão da etapa de aniversário do Circuito Sul-Brasileiro de Poker 2006. 4º lugar no torneio de inauguração Omega Texas (414 jogadores), 2007. Vice-campeão brasileiro de poker online (Bestpoker), 2008. 256º Main Event WSOP.2008, Rio Casino, em Las Vegas (ITM 6.884 jogadores). 2º lugar 100+R do PokerStars, dezembro 2008. Campeão Brasileiro de Poker BSOP 2009. 12º lugar no Million Takedown PS (21.400 jogadores), 2009.
FLOP: Como você trata o poker? Profissão ou hobby? Profissão. FLOP: Qual a modalidade que você mais pratica? Omaha em cash games online e Texas Hold’em em cash games live e torneios. FLOP: Com o que você trabalha atualmente? Tenho uma escola com minha esposa. Ela fica responsável pela parte pedagógica e eu cuido da parte contábil e estratégica, além de ser jogador profissional de poker. FLOP: Como você divide o seu tempo entre o poker e o trabalho? Resolvo as prioridades da escola – que me ocupam pouco tempo, na maioria dos dias –, e o restante do tempo reservo para o poker, em média oito horas diárias entre um trabalho e outro. Ajax, Amaury Jr., BlackJack, Jackass A J
FLOP: O que sua família acha de você ser um jogador de poker? Tenho um relacionamento de 11 anos com minha esposa. Ela é a minha maior incentivadora. Fiquei muito feliz em poder, no dia do seu aniversário, ganhar e dedicar a ela o título brasileiro. FLOP: Ensinaria ou deixaria seu filho ser um jogador de poker? Com certeza. O poker é um dos melhores mecanismos para se autoconhecer, aprender estratégia, Matemática, resolução de problemas, e para administrar uma pressão psicológica. No entanto, mostraria a ele as consequências dessa decisão. Se quiser jogar como hobby é uma coisa; se for como profissão é outra coisa totalmente diferente. FLOP: Joga mais online ou live? Jogo mais online, mas prefiro o live. No entanto, por questões de rake e de qualidade, para jogar profissionalmente o online acaba sendo mais vantajoso. FLOP: Como você estuda o jogo? Cite algum livro que já leu. Meu estudo é feito, basicamente, em discussões com outros profissionais, lendo fóruns e livros especializados. Entre eles, o Ace on the River é um dos fundamentais. Softwares como Hold’em Manager também me ajudam na autocrítica. FLOP: Qual foi a sua melhor experiência no poker? Jogar a WSOP 2008, durante 12 horas, com o Allen Cunninghan. Ele é um dos jogadores em que mais me espelho para jogar torneios, e eis que, para minha surpresa, ele se senta à minha mesa na minha estreia no mundial. Ao fim, após alguns minutos de conversa, receber os seus elogios sobre o meu jogo foi show. FLOP: Qual a sua expectativa sobre o poker brasileiro para os próximos anos? O reconhecimento na mídia aberta e a consolidação da Confederação Brasileira de Texas Hold’em junto ao Ministério do Esporte seriam essenciais, assim como mais títulos mundiais. FLOP: Qual a sua opinião sobre o BSOP2009? Acompanhei o crescimento do BSOP desde os seus primórdios e sabia que www.revistaflop.com.br
2009 seria um grande ano para a série. Foi um ano de amadurecimento quanto à organização, que se tornou extremamente profissional, e também de sucesso de público. FLOP: Qual o segredo para se tornar o Campeão do BSOP? Sorte... (risos). Brincadeiras à parte, a temporada 2009 teve uma média de mais de 300 jogadores, quase dois mil jogadores ranqueados, entre esses alguns dos melhores do País. Durante quase todo ano me mantive entre os dez primeiros colocados, subindo gradativamente para as primeiras posições, pois, como não tive sorte para cravar alguma etapa, tinha que fazer a minha parte e ir conquistando resultados para não depender de um único tiro certeiro. FLOP: Quando você percebeu que poderia se tornar o campeão de 2009? A 10ª Etapa foi fundamental, pois eu, em segundo lugar, estava a mais de 200 pontos do primeiro colocado. Eu sabia que, se quisesse disputar o título na mesa dos campeões, tinha que ir bem melhor do que ele nessa etapa.O Tito foi eliminado no primeiro dia, e eu fiquei em 15º lugar. Dessa forma, tirei a diferença em relação a ele e abri dos outros que estavam atrás de mim. FLOP: Qual foi a estratégia que você usou para vencer o campeonato? Acredito bastante no meu jogo e, enquanto a relação stacks-blind é alta, raramente sou eliminado de um torneio. A não ser que seja um dia muito ruim, sempre estarei próximo da faixa de premiação. Isto é algo do meu jogo. Independentemente do torneio que eu jogue, vai ser sólido assim. O título foi consequência, principalmente porque tive ajuda dos meus adversários. Alguns conseguiram cravar etapas, mas não tiveram consistência em outras, pontuando muito em uma e pouco em outras. FLOP: O que esse título representa para você? Representa muito. Nos últimos cinco anos, tive participação ativa em
todos os processos do poker em nosso País. Criei o Circuito Sul-Brasileiro de Poker – quando não existiam iniciativas –, que revelou os melhores jogadores e organizadores daquela região. Participei também da criação da Federação Paranaense de Poker, que ajudou no pontapé inicial da Confederação Brasileira, além de trabalhar na divulgação de revistas e sites de poker. No último ano, resolvi me dedicar exclusivamente ao meu jogo. Creio que fechei com chave de ouro esse ciclo de pioneirismo. FLOP: Qual foi a etapa que mais o marcou? Duas etapas foram marcantes: a do Rio de Janeiro, pelo recorde, e a 10ª Etapa, pelo que ela representou para o meu título. FLOP: O que você achou de seus adversários no BSOP 2009? A disputa pelas primeiras posições, a partir do segundo semestre, foi algo bonito para o poker nacional. Todos se respeitavam e reconheciam que, independentemente de quem ganhasse, o campeão, pelos seus históricos, seria merecedor, pois, diferentemente de outros esportes, o poker possui alguns fatores que, como sabemos, independem de nós e que são cruciais para resultados mais volumosos e que geram maior pontuação. No entanto, depois da sétima etapa era enorme a qualidade dos jogadores que estavam entre os Top 20 e que tinham chances reais de serem campeões, principalmente com a mesa dos campeões com pontos dobrados, visto o BlueChip, que estava em 16º, cravando a mesa dos campeões e ficando em segundo lugar no geral.E acredito que em 2010 a disputa fique ainda mais concorrida. FLOP: Teve algum confronto com alguém em particular? Como disse, o respeito era muito grande. No entanto, durante várias etapas eu, Sérgio Brun, Marcos XT, Tito Feltrin e o Edelzito Bello ficávamos secando uns aos outros. Mas tudo dentro de algo saudável e divertido, pois essas coisas não dependem de nós, são apenas crendices, e cada um tem que fazer o seu trabalho da melhor forma. fevereiro |
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SuperPoker faz promoção inédita e leva seus cadastrados para Las Vegas
SuperPoker e o Full Tilt Poker apresentaram uma grande promoção a seus jogadores, em que o grande prêmio foi uma viagem a Las Vegas, a capital mundial do poker. Numa promoção nunca vista, de 15 de outubro a 15 de dezembro aconteceram diariamente freerolls classificatórios de $50. Todos os jogadores do Full Tilt Poker afiliados ao SuperPoker ou a um de seus parceiros tiveram a oportunidade de participar. Ao final do período de qualificação, o jogador que somou mais pontos nos torneios diários gratuitos ganhou uma viagem a Las Vegas, com acompanhante e mais US$ 1,000 em dinheiro para usar como quiser. A promoção funcionou da seguinte forma: os jogadores afiliados ao SuperPoker poderiam participar de quantos torneios quisessem naquele período, somando pontos de acordo com a sua
classificação final. Os nove primeiros colocados somavam pontos, partindo de 30 pontos para o primeiro colocado a 1 ponto para o nono colocado. Apenas os 15 melhores resultados de cada jogador foram considerados, portanto todos possuíam, mesmo perdendo algum torneio, chances de ganhar.
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lém da premiação para os vencedores, outros dois pacotes foram sorteados entre os jogadores que abriram suas contas entre os dias 1º de outubro e 15 de dezembro, e um pacote foi oferecido ao jogador que fez mais FTPs (Full Tilt Points) durante esse período. Bem, após quase dois meses de disputa, chegou a hora de conhecer os vencedores da promoção. Lembramos que todos os pacotes incluem transporte aéreo de ida e volta para o vencedor e para um acompanhante, de São Paulo a Las Vegas, além de cinco noites
de hospedagem em plena Las Vegas Blvd. Os ganhadores escolherão a data de sua viagem, entre janeiro e agosto de 2010, e o SuperPoker, maior portal de poker do País, recomenda a época da WSOP, durante os meses de junho e julho – assim os vencedores poderão estar com as feras brasileiras que disputarão alguns braceletes na maior série de torneios de poker do planeta. Então, vamos ao que importa: os vencedores! O vencedor do ranking dos freerolls diários foi o jogador “wapeters”, com 221 pontos. Ele ultrapassou o jogador Bestetti, que vinha liderando até a última semana, e levou o pacote. O jogador que mais acumulou FTPs no período da promoção foi o jogador “Aguiabranca09”. Para conseguir esse feito, ele precisou de muitas horas de jogo para liderar essa relação, com os maiores “grindadores” brasileiros no Full Tilt. Merecido! Os vencedores do sorteio realizado no site random.org, entre mais de 1.700 contas abertas, foram os jogadores “Captiger-sj” e “Lari Aliski”. Parabéns aos dois e a seus acompanhantes! Fiquem de olho, porque o SuperPoker reserva para 2010 muitas novidades!
Caderno
Promoção
Red Pro O novo
do
Full Tilt
Walter “wapeters” Peres
Patrik Antonius
Pág 50
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FullTilt e BSOP
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Rush Poker
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www.fulltiltpoker.net
Patrik Antonius
WSOP 2008
CGash O
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senhor do
ame
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de poker é algo que al on si is of pr r do ga jo um r Se se transformou em uma começou como um sonho e motivo de orgulho. forma lucrativa de vida, um
e com debates sobre o assunto. Sabia que estar entre os maiores jogadores do mundo não é algo que acontece do dia para a noite e que, para alcançar tais objetivos, é preciso muito trabalho e perseverança. Desde que assumiu o poker como profissão, em 2002, ele acumulou quase US$ 3 milhões em ganhos em torneios, possuindo 11 ITMs na World Series of Poker (WSOP), sete em torneios do World Poker Tour (WPT) e ainda um título no European Poker Tour (EPT).
”
O
seu estilo agressivo e o controle de tilt são suas maiores armas à mesa. Isso ele aprendeu com seu mentor Marcel Luske, que foi o primeiro a enxergar o grande potencial que Patrik tem para o jogo. No início de sua carreira, Patrik era integrante do extinto “Circle of Outlaws”, grupo criado por Luske que reuniu alguns prós que faturavam alto no online e seguiram carreira no poker - entre eles os irmãos Mizrachi, Scott Flansburg, Luca Pagano, Noah Boeken, Erica Schoenberg, Jules Leyser, Frank Sinopoli e Marco Traniello. Patrik marcou o seu nome no poker e ganhou muitos fãs e respeito de seus adversários. Destacou-se jogando mixed games e frequentando várias mesas finais durante a WSOP 2009
C
om certeza, Patrik Antonius é um dos grandes nomes do poker mundial. Prova disso foi que, em 2009, ele despontou na lista dos Top 10 – divulgada pela ESPN –, ficando atrás apenas de seu colega de time Phil Ivey. Além disso, ele também foi o jogador mais lucrativo do mundo no cash game online, de acordo com o site HighstakesDB, chegando a incríveis US$ 9 milhões em resultados. Grande parte desse lucro veio das mesas de Mixed HA – uma variação do poker em que se disputam as modalidades NL Hold’em e Omaha. Patrik nasceu em 13 de dezembro de 1980, na Finlândia. Durante a sua adolescência, ganhou destaque jogando tênis
e, nesse esporte, chegou a ser técnico de alguns companheiros. Foi na faculdade que conheceu o poker e, como muitos profissionais, começou jogando home games na casa de amigos, tratando o poker somente como um hobby. Após terminar os estudos, ele se apresentou para o serviço militar de seu país e, ao concluí-lo, tentou retomar a carreira no tênis em nível profissional, mas acabou sofrendo uma séria lesão e decidiu abandonar de vez esse esporte. Depois de testar diferentes trabalhos e profissões começou a jogar poker com mais frequência, em casa e nos cassinos. Patrik percebeu que era bom no jogo e resolveu aprimorar seus conhecimentos, com a leitura de livros
“Aprenda, converse e jogue com os Profissionais”
Antonius disputando o H.O.R.S.E. em 2007
WSOP. Entre seus melhores resultados estão um nono lugar no HORSE em 2006 e a terceira posição em um evento de Pot Limit Omaha, no ano seguinte. Depois disso, ele passou a frequentar programas de TV, mostrando toda a sua força no jogo. No início de 2008, foi vice-campeão em duas edições do Poker After Dark, da NBC. A próxima conquista de Patrik seria a sua contratação para o Team Full Tilt Poker, em junho de 2008. Atualmente, tem se dedicado ao jogo de cash high stakes online, e não tem sido visto em torneios live. E ele continua fazendo história nas mesas a dinheiro, desde o ano passado. Foi contra Isildur que, em novembro passado, Patrik disputou mais de US$ 1 milhão durante uma única session. Detalhe, esse foi o maior pote disputado na história do cash online. No momento, Patrik está concentrado no objetivo de vencer o desafio milionário de seu colega de time Tom “durrr” Dwan. No desafio, “durrr” se dispôs a pagar US$1,5 milhão ao jogador que conseguir superá-lo, com lucro, ao longo de 50 mil mãos jogadas. Mesmo Patrik sendo profissional, há mais vida para ele do que apenas o poker. O seu espírito competitivo se estende muito além do jogo. Ele ainda é um excelente tenista e um ávido jogador de golfe. Quando não está dominando as quadras, os buracos, ou os maiores fields do planeta, Patrik aproveita o seu tempo com a sua esposa, Maya Gayer, e a sua filha.
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Contratação
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epois de terminar dois anos consecutivos na liderança do ranking brasileiro, o mineiro Caio Pimenta se tornou um candidato natural para os maiores sites de poker do mundo, que estão sempre em busca de novos craques para compor suas equipes de profissionais. Mas quem saiu na frente foi o Full Tilt, que anunciou no início de fevereiro a contratação do fenômeno mineiro. Com resultados que impressionaram a todos nos últimos anos e com vitórias nos principais torneios online do planeta, Caio será certamente um reforço de peso no maior time de profissionais do poker mundial. Ele terá seu nome destacado em vermelho nas mesas do Full Tilt Poker, assim como os outros três Full Tilt Pros brasucas: Christian Kruel, Raul Oliveira e Leandro Brasa. Caio teve seu primeiro contato com o poker em 2007. Cristiano “$harKK” Soares, jogador de sit-and-go em Minas Gerais, foi o seu principal incentivador. Cristiano era amigo de seu avô e, certa vez, comentou que estava ganhando um bom dinheiro jogando torneios de poker pela internet. Foi então que ele convidou Caio para ir até a sua casa para conhecer a novidade.
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oi amor à primeira vista. Em poucos dias ele aprendeu as técnicas básicas e decidiu fazer um investimento. Como ele não dispunha de recursos, e seus pais inicialmente não apoiaram a ideia, Caio vendeu sua coleção de livros do Harry Potter numa feira do centro de BH, arrecadando R$ 100, o suficiente para comprar US$ 50 em créditos, na época. Começou jogando sit-and-gos de US$3 e já no primeiro mês, estudando e pensando o jogo, conseguiu levantar seu bankroll para US$ 500. Seu amigo Cristiano dizia para subir de limite, mas o garoto tinha medo, pois sabia que, se quebrasse, não teria outra chance tão cedo. Aos poucos,foi subindo o valor dos buy-ins e, após cerca de 4.000 SnG, já em limites maiores, decidiu que iria se dedicar integralmente ao poker. A partir daquele momento Caio começou a jogar sob relativa pressão, mas conseguiu manter os bons resultados e migrou para outros sites. Foi quando decidiu participar de alguns torneios de buy-ins baratos, e, logo no primeiro, cravou um US$5,50, com um field de 1.500 jogadores. Cinco dias depois ele repetiu o feito, o que despertou a vontade de jogar apenas MTTs. Ele sabia que não podia fazer isso, pois não havia bankroll e confiança suficientes, mas, sempre que podia, arriscava jogar um multitable e costumava ter um desempenho interessante. Mas os sit-and-go eram um dinheiro garantido, algo de que ele dependia. Em uma dessas eventuais séries de
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Caio foi uma das feras que passou pelo field no 750K
m a oportunidade Estou extremamente feliz co Tilt, e vou fazê-lo de defender as cores do Full da melhor forma possível!
Pimenta cravou o 2nd Chance no LAPT Mar del Plata
MTTs, Caio venceu o torneio de $55, com 50K garantidos, o que lhe rendeu um prêmio de 10K, além da confiança que faltava para que começasse a se dedicar exclusivamente a esse estilo de jogo. A partir daí ele não parou mais. Somente no ano passado ele conquistou o Sunday Million e, por duas vezes, o tradicional Super Tuesday.
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Campeonato Brasileiro
omo você já deve saber, a melhor série de torneios do País acaba de entrar para o calendário mundial de eventos ao vivo patrocinados pelo Full Tilt Poker. Isto, muito mais do que um simples patrocínio, é o reconhecimento de que o poker brasileiro tem qualidade e nível para figurar entre os melhores do planeta. Agora, você vai conhecer um pouco mais das novidades do Brazilian Series of Poker by Full Tilt Poker. Além da qualidade de nossos jogadores, a parceria entre BSOP e Full Tilt Poker significa um aumento considerável na qualidade do evento como um todo, e a principal novidade virou slogan da série: BSOP 2010 – Você na TV! A partir da primeira etapa de 2010, os torneios do BSOP serão televisionados. A cada evento, uma equipe de filmagem irá captar as imagens do torneio e, durante todo o evento, em uma mesa de destaque, câmeras individuais estarão gravando cada jogada e movimento dos jogadores. Os programas serão editados e cada torneio deve gerar de quatro a cinco programas para o canal ESPN. Só o fato de o evento ser televisionado já significa um avanço enorme para o poker do Brasil, já que a exposição do nosso esporte em uma mídia de massa vai alavancar o interesse de patrocinadores e mostrar todo o caráter esportivo e saudável que o Texas Hold’em possui, como o resto do mundo já viu.
de poker
Além disso, o Full Tilt Poker preparou uma grade de satélites e qualificadores exclusiva para o público brasileiro. Observando os horários de maior comodidade para o competidor do País, agora é possível encontrar os torneios que o levarão ao BSOP, no lobby principal do programa. Sempre em verde, ficou muito fácil encontrar um torneio que seja adequado ao seu bankroll e o leve às mesas do BSOP. Além disso, você pode facilmente visualizar todos os satélites e qualificadores para o BSOP, utilizando os filtros do Full Tilt Poker. Para isso, basta seguir os passos abaixo:
1. 2.
Dentro do menu Lobby, escolha Visualização do Lobby e, depois, em Visualização Padrão.
Na área Procurar, clique em Torneio, selecione Eventos ao Vivo, Hold’em, No Limit e selecione as opções Freeroll/Baixo/Médio/Alto.
3. 4.
PERGUNTAS FREQUENTES
Role a lista de torneios e ache o Satélite BSOP de sua escolha, por hora de início e valor de inscrição. Selecione o torneio e clique em Registrar Agora. Pronto! Agora é só se preparar e mostrar o seu jogo.
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São muitas opções de torneios em todos os dias da semana. Existem qualificadores diretos com e sem re-buys, torneios double stack, e torneios do tipo Round, que funcionam como etapas para você chegar à vaga final. Mesmo com todos os qualificadores diretos para o BSOP e os torneios Round, o Full Tilt Poker está dando chances ainda maiores para você participar do melhor torneio do País: serão mais de dez vagas totalmente gratuitas por etapa, através de freerolls. Você joga de forma totalmente gratuita e pode conseguir um lugar no Campeonato Brasileiro de Poker, sem pagar nada! Serão pelo menos dois freerolls por semana oferecidos pelo Full Tilt Poker: é só localizá-los no lobby e se inscrever.
Na tela do satélite, não consigo achar o botão para me registrar. O que fazer? Ao abrir a tela de um torneio, procure o link “Registre-se Aqui”. O seu navegador abrirá uma página que contém todas as opções de torneios qualificatórios. Escolha o melhor para você e clique no botão “REGISTER”. Eu quero saber quais são os próximos qualificadores diretos para o BSOP. Existe maneira mais fácil do que procurar no lobby? Existe, sim! Quando abrir a lista de torneios ao vivo, procure na data do BSOP – por exemplo, dia 27/jan para a 1ª etapa – um torneio no valor de $700, denominado BSOP SÃO PAULO. Esse torneio chama-se place holder e serve para guardar os nicks de todos os classificados para o BSOP. Ao abrir o lobby desse torneio, veja a lista de próximos satélites e escolha o melhor para você.
www.fulltiltpoker.net
Rush Poker uma nova opção
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Full Tilt Poker não cansa de inovar. Após lançar várias novidades no fim de 2009, como os torneios cashout e a opção Run it Twice – matéria da 15ª edição da Flop, no Caderno Full Tilt –, o site acaba de lançar uma nova modalidade de jogo para os seus jogadores: o Rush Poker.
é imediatamente transferido para uma outra mesa, não precisando esperar pelo resto da mão para agir novamente.
O Rush Poker é uma interessante e original ideia desenvolvida para minimizar o tempo de espera entre as mãos e manter a ação constante. Nessa modalidade, é possível jogar quatro vezes mais mãos do que o habitual.
As opções de mesas na nova modalidade estão logo abaixo do botão “torneios”, no lobby do Full Tilt Poker.
Ao contrário do formato comum, em que os jogadores enfrentam, em uma mesa, os mesmos adversários em cada mão, o sistema Rush faz com que os jogadores enfrentem novos adversários todas as vezes que se retiram de uma mão. Quando um jogador dá fold em suas cartas, ele
Para acelerar ainda mais a ação, as mesas dispõem de um botão Quick Fold e, assim, o jogador não precisa nem esperar a ação chegar até ele para mudar de mesa.
Chris Ferguson, uma das estrelas do Full Tilt Team, opinou sobre o Rush Poker: “Rush Poker é a maior novidade do poker online, desde que o poker começou na internet. É um jogo extremamente acelerado, fazendo com que precisemos tomar decisões a todo o momento, sem ter que esperar pelo término das mãos.”
“Aprenda, converse e jogue com os Profissionais”
Prepare-se para
escolher os melhores do ano Prêmio
!
Início da votação:
10 de março
2009
Vote apenas pelo site
www.revistaflop.com.br
Sit-and-go Flop VII Pedro Junqueira
Jogador de SNGs online com 45 jogadores, de $5
Quer jogar com os profissionais? Então inscreva-se já pelo e-mail sng@revistaflop.com.br
Leo Bello
Autor de livros de poker, joga cash games online $5/$10
Rodrigo Przedzmirski
Aharon Okada
Jogador integrante do SNGTeamPro
Jogador iniciante de SNGs online de $1
Wellington Barreto
Jogador de grandes MTTs ao vivo e online
Torneio: 126451607 Data: 06/01/2010 Buy-in: $5.50 Field: 9 jogadores Blinds: 6 min
Marco Marcon
Campeão do BSOP 2009
Mão 7
| Blinds: 15/30 A mesa roda em fold até wellwell, no small blind, que aumenta para 60. O big blind paga para ver o flop Q95. Wellington abre bet para 60 e Okada responde com um raise para 150 - wellwell dá call. O turn vira um 5 e wellwell dá outro bet de 60 e Aharon dá call. No river bate um K, well aposta mais 330 e Aharon manda um raise de 780 fichas. Well pensa, pede tempo e folda a mão. Okada leva 1.200 fichas e não mostra as cartas.
� AharonOkada: Minha primeira mão no jogo e recebo 53o. Todos na mesa dão fold e o small aumenta 60. Achei que ele queria roubar os blinds, pois essa é uma aposta muito fraca. Abriu o flop e meu oponente dá outro raise baixo. Então testo a força da mão dele dando um re-raise e tomo call. No turn vem outro 5 e wellwell dá uma c-bet. Pela força de suas apostas, acho que ele só quer dar
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Como o bet do Juliano no pré-flop era menos do que 10% do meu stack, e estava com A6o, então quis ver o flop. Nada virou bem ali e depois o Juju aplicou um c-bet. É instafold. � pedrocart:
Mão 10
| Blinds: 20/40 Sato e wellwell entram de limp na mão, que vai de fold até ICM Grinder, que dá check no BB. O flop bate 59J. Grinder e Sato pedem mesa, mas Wellington aumenta 140. ICM folda, Sato dá raise para 360 e toma re-raise de wellwell, de 550. Sato pensa um pouco e vai all in de 2.250 fichas, com KK. Wellwell dá instacall e mostra J5s. Nada aparece no turn e river que salve Sato, well leva a mão com dois pares e volta ao jogo.
Stack: 1.500 fichas ITM: 3 jogadores Premiação: $45 Mãos: 140 jogadas Duração: 1h20min
Juliano Maesano
Mão 10
Bento Sato
Jogador regular de MTTs online e ao vivo
Fábio Ruscitto
Jogador de MTTs ao vivo
Tenho KK, no UTG, e entro de limp, esperando que alguém suba perto do botão para que possa dar um raise e jogar contra menos jogadores possíveis, mas tudo dá errado. Não houve raise e tenho que jogar contra três jogadores. O short-stack acerta dois pares no flop e me toma muitas fichas.
� SATO0AK:
um steal ou então está em algum tipo de draw. Pago para ver o river onde surge um K. Agora meu adversário aposta o pote e dou um insta re-raise pra ver ele foldar a mão.
Em middle position recebo J5. Apenas Sato e eu entramos de limp na mesa. O BB dá mesa e o flop dos sonhos aparece para mim: 59J. Tenho dois pares e ambos batem mesa. Não vou deixar passar em branco. Subo a aposta e Sato me volta 360. Dou um 3bet e Sato volta all in. Acho que ele deve ter pensado que acertei somente o top pair. Dou instacall. Felizmente não veio nenhum K no turn e no river. Levei a mão e ainda recuperei as fichas que perdi anteriormente. Erro do Sato entrar de limp com par de K.. Se ele desse raise pré-flop eu não jogaria essa mão.
Mão 8
Mão 14
Editor-chefe da Revista Flop
| Blinds: 15/30 Maesano abre bet de 80 em middle position e somente Pedrocart paga no BB. O flop vem Q52rainbow. Pedro bate mesa e Maesano aposta 140. Pedro pensa um pouco e larga as cartas.
Tenho Q8s e, em MP, dou um bet de quase 2.5 blinds na mesa. Só o Pedro paga. Virou o flop e ele deu mesa. Desconfiei que ele não tinha muita coisa, porque ele geralmente dá raise em cima das apostas – e é o que ele tem feito nas últimas quatro rodadas. Então fiz uma aposta de 140 para ver sua reação, mas ele folda e consigo só 200 fichas com meu grande Q8. � jmaesano:
Johnny Moss A T
�wellwell27:
| Blinds: 20/40 Wellwell entra de limp, no UTG, e Marcon, no BB, pede mesa. O flop vem A2K rainbow. Marcon dá check/call no bet de 80 fichas de wellwell. No turn vem um T e ambos pedem mesa. No river aparece 5 e novamente os dois dão check. No showdown, Wellington mostra JTs e Marcon vem com K5o, levando a mão com dois pares.
�Marcon777: Para mim, jogar sit-and-go é seguir um sistema diferente do que estou acostumado nos cash games, é algo programado e para raros momentos de reflexão. Só um jogador entrou de limp na mesa e, como ainda é começo de jogo, só bati mesa. No flop veio um K, me dando o top pair.
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Mas como sou o primeiro a falar, não vou arriscar e meu adversário deu um bet baixo. Paguei. No turn demos check e no river virou meu segundo par. Pedi mesa, com a intenção de ele fazer alguma aposta, mas ele acabou dando check e puxei um pote pequeno. Deveria ter extraído mais fichas dele voltando em cima dele na aposta do flop.
Mão 19
| Blinds: 20/40 A mesa roda em fold e leobello, no SB, só completa e ICM Grinder pede mesa. No flop e no turn ambos dão check. Já o river faz o bordo ficar assim: 844JQ. LeoBello dá um bet de 100 fichas, no river, e Grinder folda a mão. �leobello: Aqui o objetivo é usar uma estratégia básica para torneios single table. Ou seja, jogar bem tight no início e não arriscar o stack quando as fichas valem menos em relação aos blinds pequenos. Seguindo a estratégia à risca, essa foi a minha primeira mão jogada. E mesmo assim foi de uma maneira bem cautelosa. Estou no SB com T6s em paus e a mesa rodou em fold. Resolvi apenas completar e reavaliar o board. O flop e o turn não melhoraram minha mão, mas me deram um flush draw. Em um torneio multitable, valeria apostar no turn, para extrair valor, caso o flush viesse. Foi uma mão jogada muito pra trás, e eu acertei o flush no river e extrai o mínimo de fichas do adversário. � ICM Grinder: Começo de torneio ainda. Venho com 87o no BB e a mesa toda deu fold. Ainda não vale a pena arriscar roubar os blinds. Apenas dei check e assim fui controlando o pote, pois só fiz um par no bordo. Só que ele estava muito perigoso. Carta dobrada no flop, duas overcards (turn e river) e também tem o flush. Preferi não entrar na briga, mesmo que a aposta do leobello não fosse tão alta, mas sei que é importante economizar fichas no início dos SnGs.
fevereiro |
61
Sit-and-go Flop VII Mãos 22
| Blinds: 25/50 Wellwelll abre bet de 100 fichas, no UTG+1, e Aharon paga. Todos os outros foldam. O flop abre Q3Q e well aposta 50. Okada faz tudo150 e Wellington dá call. No turn vira um J e novamente wellwell dá um bet de 50 e Aharon paga. No river vira um K e desta vez well aplica uma c-bet de 675. Aharon pensa por um tempo e folda a mão.
� wellwell27: Fora de posição com AT dou raise mínimo para 100 e o Aharon paga - a mesa toda vai em fold. Depois do flop aposto 50 para me situar e controlar o pote, mas o meu oponente me dá uma volta de150 e eu paguei. O pote estava bom e eu estava dando um par pequeno para o Aharon. No turn aposto 50 e sou pago de novo. No river veio um K e agora são quatro cartas de copas no bordo. Eu ainda formei uma sequência, e aposto o pote – 675. O Aharon pensou um pouco e largou. Ufa. � AharonOkada: Saio com QTo em middle position. O wellwell dá um bet de 100 e resolvo pagar, pois os blinds ainda estão baixos e dá para arriscar alguma coisa. O flop veio dos sonhos: Q3Q. O problema é que duas cartas eram de copas. O well dá um bet mínimo e eu aumento pra 150, só para ver a força da mão dele. Ele só dá call – o que me fez achar que ele estava flush draw. No turn bate J e o bordo fica arriscado. Recebo outro bet de 50 e paguei de novo. No river vem outra carta de copas e aí complicou. Quatro copas na mesa, ainda tem a chance de se fazer straigh. Minha trinca não parece tão grande agora. Meu adversário aposta o pote. Prefiro não comprometer meu stack e foldo a mão.
Mão 38
| Blinds: 40/80 A mesa roda em fold até LeoBello que, no botão, faz um aumento de 205 fichas. O SB folda e Sato, no big blind, paga para ver o flop virar 976rainbow. Ambos os jogadores dão check até o turn e o river. No showdown, Leo abre QJs – faz um par de Damas no turn – e leva o pote de 450 fichas. � SATO0AK: Leo Bello sobe no meu big e eu dou call. Mas não bate nada no bordo e não tenho uma mão muito boa. � leobello: Depois de pouca ação, entrei em um novo período de longos folds, fiquei sem jogar até agora. Nesse momento eu tenho 1.335 fichas e estava no botão. Recebi QJs e fiz um aumento padrão de 2,5 blinds. O Sato deu call no BB. O flop veio 976 rainbow, e decidi não fazer uma continuation bet, pois só tinha overcards na mão e o valor da aposta seria baixo. Não concordo com a ação que eu tomei. Acho que foi extremamente cautelosa, e eu poderia ter acertado uma aposta no flop ou no turn. Acabei levando o pote com um
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par de Q que surgiu no turn, mas com a sensação que poderia ter extraído mais valor dessa mão.
Mão 40
| Blinds: 40/80 Wellwell27 abre bet de 160, no UTG+1, e somente Maesano, no BB, dá call. O flop vem 78Q rainbow e well aposta mais 240 fichas. Juliano pede tempo e dá um raise para 480. Wellington pensa um pouco e larga a mão. � jmaesano: Recebo 89o, wellwell dá um bet mínimo e, como para mini-raise eu não largo o meu big blind, dou call. Depois do flop o Wellington beta 240. Pedi tempo para analisar o bordo e para soar estranho ao adversário, parecendo que eu poderia estar gigante. A c-bet que ele está aplicando é um tanto padrão, então decido testá-lo com meu middle pair. Sem surpresa, ele folda a mão. Essa aí passou!
Após várias mãos sem jogar ou dando raise sem ser pago, recebo 66 e dou um raise mínimo de 160 – estou jogando o torneio tentando não comprometer o meu stack, já que este é um SnG turbo. O BB, Maesano, paga. No flop, dei uma c-bet e o Juliano dá aquela velha catimba de pensar um século, voltando com um raise de 480. Conheço um pouco seu estilo de jogar, então não resolvi arriscar e larguei a mão. E outra coisa, o flop foi horrível, tinha cartas acima do meu par e a c-bet não deu resultado. Fold mais do que justo.
� wellwell27:
Mão 41
| Blinds: 40/80 Em middle position, Pedrocart aumenta para 300 fichas e Sato, com AQ, responde com all in de 1.070. Pedro dá call e mostra JJ. Um A aparece no turn, fazendo Sato dobrar seu stack e voltar para o jogo, deixando Pedro em situação difícil. Pedrocart faz tudo 300 e eu tenho AQ suited em espadas. Tenho somente 1070 fichas e os blinds estão começando a incomodar. Vamos para o pau. Dei meu all in e ele call com JJ x AQ. Coinflip mais que justo. Um Ás vem no turn e levo a mão.
�SATO0AK:
Mão 54
| Blinds: 50/100 Sato, Maesano e Wellington entram de limp na mão e LeoBello, o BB, dá check.. O flop vem 253 e todos batem mesa. No turn vem J e Sato beta 300 fichas. Somente Leo paga e os outros foldam. O river traz um 9 e os dois jogadores restantes dão check. No showdown, Sato apresenta KJs e leva a mão com um par e o kicker maior, já que Leo mostrou QJo.
� SATO0AK: A mesa corre em gap eu também entro de limp. No turn bateu meu J e vou pra cima com um bet de três blinds. Só sobrou o Leo. Não apostei no river, pois achei que poderia tomar um raise do Leo, e no final meu K fez toda a diferença e puxei o pote. �leobello: O flop fez todos darem check. No turn veio um J, que me dava top pair, mas com terceiro kicker do jogo. O Sato saiu apostando e eu adotei, mais uma vez, uma linha cautelosa dando apenas check. Dessa vez minha cautela se pagou, pois ele tinha JK, portanto um kicker melhor e acabou me ganhando o pote. Sinal vermelho ligado. Eu restei com apenas 825 fichas com o blind indo para 60/120. � jmaesano: Saio com KQs, no meio da mesa, e opto por entrar de limp na mão, seguindo a festa dos limpers antes de mim. O flop só trouxe cartas baixas. Todos dão mesa, o que me faz crer que estamos no mesmo nível. No turn vira o J e o Sato aposta 300. Como já o conheço, tinha quase certeza de que ele tinha acertado aquele J. Prefiro manter minhas fichas e não me envolver nessa mão.
Mão 61
| Blinds: 60/120 Em MP, Sato aposta 299 e toma call do BB, Aharon. O flop vira 5T5 e Aharon dá check/call em cima do bet de 499 do Sato. No turn vira um 3 e Okada faz um check/ raise all in quando Sato coloca 1.111 na mesa e completa o total da aposta de Aharon. Sato mostra KTs e Okada vem com JTo. O 9 river não ajuda Aharon, que é eliminado do torneio e deixa Sato com mais de cinco mil fichas.
� pedrocart: Saio com par de J e dou raise de 300. Sato me voltou all in. Como acho que é um coinflip e que ele não tem um par maior do que o meu em sua mão, apenas overcards, dou instacall. Vou pro coinflip, com certeza. Não deu outra. Ele mostra AQ e, como o Sato tem conta protegida, no turn – sem surpresa – bate o Ás e ele leva o pote.
Dead Man’s Hand, Mão do Morto A 8
� AharonOkada: Nessa mão eu estava com um stack de 2.270 no BB. Tinha pouca action na mesa. Achei que era hora de dar um move, até porque minhas cartas não eram tão baixas e o Sato estava jogando várias mãos. Com o raise pré-flop dele, de quase 2,5 BB, me fez achar que ele não estava com uma mão muito forte e, além disso, a mesa rodou em fold. Dei check no flop esperando ver o move dele. Com o raise dele, achei que eu estava na frente. Coloquei-o em um range de cartas como 77, 88, 99 ou KQ – pelo aumento pré-flop. Paguei. No turn o raise dele era aquele esquema de push ou fold, pois se desse call ficaria com pouca coisa pra trás. Tinha certeza que ele não estava trincado e achei mesmo que estava na frente. Esqueci de fazer a leitura de KT ou QT e fui all in. Não esperava por essa. Mal a minha leitura sobre ele e foi o fim do jogo. � SAT00AK: Resolvo subir em posição com KTs em espadas e arrumo um call. No flop bate meu 10 e dou uma continuaton bet. Ele paga e no turn aposto de novo, colocando meu oponente quase em all in. Ele aposta todas as suas fichas e eu pago – já que essa era minha intenção no bet anterior. Desconfiei que ele teria algo como T e qualquer outra carta – menos o Ás, é claro. E o Aharon mostra JT. Como tenho KT, levo a mão pelo kicker maior. Sem surpresa - puxamos e subimos para 5.050 fichas
Mão 71
| Blinds: 80/160 Sato aumenta 480, do UTG+1, e LeoBello vai all in de 765 com JJ. Sato paga e mostra AQo. Nada bate no bordo e o par de Leo segura até o fim. � leobello: Quando tudo parecia perdido e eu só tinha 765 fichas sobrando, me apareceu um JJ. O Sato deu um raise UTG de 400 e eu só empurrei por cima. Ele deu call com AQ mas o meu par segurou e voltei pra 1.610.
Mão 79
| Blinds: 100/200 Novamente no UTG+1, Sato atira 600 pré-flop, Maesano, com 125 fichas e 93o na mão, e PedroCart, com 900 fichas e AJs, vão all in. Sato paga e mostra Mão 61 par de Ás. O bordo traz J2785 e Pedro faz flush, eliminando Maesano e levando um pote de mais de duas mil fichas. � jmaesano: O que aconteceu foi que na jogada anterior a essa eu tentei roubar os blinds com uma aposta pré-flop e tomei uma volta em all in do Marcon. Como fiquei pot comitted paguei o restante com 85o. O Marcon mostrou AKs e nada veio no bordo. Restei com 125 fichas. Daqui a duas rodadas eu iria ser o BB e não tinha ficha nem para pagar. O Sato já saiu apostando 600; sem muitas opções o
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Sit-and-go Flop VII negócio é ir all in mesmo e rezar por cartas vivas. Além disso, eu portava o poderoso Chuck Norris. Foi tudo pra mesa. O Pedro vai all in por cima e o Sato também paga. Não veio nada no bordo e caímos na oitava posição. Paciência... Me atolei na mão com o Marcon. � pedrocart: Sato aumenta 3x. Eu olho e vejo AJs e dou insta
all in e, para meu azar, o Sato deu call com AA. Realmente estava complicada a minha situação, completamente dominado. Mas como a conta protegida do Sato já havia funcionado contra mim, eu entrei em contato com o Full Tilt e pedi uma conta protegida também. E num é que eles atenderam rápido! Fui muito feliz nessa mão, quebrei o par de Ás dele com flush e voltei com 10BBs para o torneio. E de quebra ainda eliminei o Juju. Mal aí, chefe!
�SATO0AK: Sem segredo. Par de Ás na mão, aumento três blinds e dois vão all in. É instacall. Mas o baralho não ajudou e o Pedro fez flush no river. Depois eu é que tenho conta protegida!
Mão 87
| Blinds: 120/240 Marcon, em middle position, vai all in de mais de 3K em fichas com par de 9. Wellington é quem entra na mão com AJs e um stack de 1.500. O bordo vem KQ79T e wellwell faz straigh e vence a rodada.
Os blinds estão ficando muito altos, e agora me vêm 99. Uma boa oportunidade para dar uma dobrada. Tenho quase certeza que vou encarar um coinflip, mas vale a pena arriscar. Vou all in e recebo call de wellwell com AJs. Ainda trinquei no turn, mas essa foi uma felicidade momentânea. Um T no river deu a sequência pro meu adversário e agora é correr atrás e voltar pro jogo. �Marcon777:
� wellwell27: Não tenho entrado muito no jogo. Também, o baralho não ajuda. E, como a maioria está com uma média de duas mil fichas, a ação mais vista é o all in. Então se for pra fazer isso, que seja pelo menos com algo defensável. Até dei raises e não fui pago (olha o respeito!). Aí chego no cutoff, recebo AJs e a mesa rodou em fold até o Marcon, que estava à minha direita. Ele sempre ataca meu blind. Mas desta vez não! Dei instacall em cima do all in dele. Ele mostra 99. O flop vira KQ7 tudo de paus. No turn virou o 9. Mas o T bateu no river e faço sequência, levo mais de três mil fichas e volto pro jogo.
64 | fevereiro
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Mão 94
| Blinds: 120/240 PedroCart dispara all in do meio da mesa e ICM Grinder paga com 780 fichas. Pedro abre QTo e Grinder mostra A7s. No bordo bate um Ás no turn e um 7 no river, dando dois pares para Grinder e deixando Pedro short-stack.
� ICM Grinder: Os blinds estão altos e tenho um stack de menos de 1K no big blind. Recebo A7 e já não dou mais fold nessa situação. Jogador do botão shova, com menos de 10bbs, e o coloco tendo um range gigante e bem variado. Acredito que meu A7s está à frente de seu range e dou call. Faço dois pares no bordo e dobro meu stack.
Realmente não me dei bem nessa tentativa de roubar os blinds. Fui all in com QT no botão e recebi instacall do big, que mostrou A7s. O flop não me ajudou muito e o turn ainda veio para garantir a mão do ICM. Voltei a ficar short-stack.
�pedrocart:
Mão 105
| Blinds: 150/300 Essa mão foi uma série de all ins seguidos: primeiro com Pedrocart, com 625 fichas, depois LeoBello, com 1.590, e por último Marcon, com 1.795 fichas. Pedro mostra 99, Leo tem AJs e Marcon AKo. O bordo vem TA346 e Marcon elimina de uma só vez Pedro e LeoBello – um feito inédito no SnG. � leobello: O Pedro, que tinha perdido a maior parte do stack, deu um all in de 625 e, como eu tinha AJ, decidi isolar por cima, pois tinha 1.600 e não cairia se perdesse o pote. Só que não esperava que o Marcon acordasse com um AK no SB. Ele foi all in também e eliminou de uma tacada a mim e ao Pedro. Não acho que joguei bem este SnG, mas também não tive erros comprometedores. Mesmo as mãos em que dei check ao invés de atirar apostas foram condizentes com a estratégia de blinds baixos. Parabéns aos demais jogadores.
Mão 105
� pedrocart: Recebo par de 9 e vou all in, pois estava praticamente morto pelos blinds.. Leo e Marcon chamam, mostram AJs e AKo, respectivamente. Infelizmente bate um Ás no flop, garantindo a mão de Marcon. A brincadeira termina para mim. Não foi desta vez. Valeu, pessoal! Com certeza a mesa mais tight que já joguei. Abraços. � Marcon777: Estava praticamente em all in mode. Tinha mais uns cinco blinds pra jogar. Vejo AKo na mão e esta é a hora perfeita para tentar dobrar. Primeiro vi o jogador pedrocart ir all in – previsível, já que estava short – e depois vejo o LeoBello isolar a mão. Sabia que iria encontrar algo como um coinflip ou um Ax em pelo menos algum dos dois. Um Ás bateu no flop e me dá o top pair junto com o maior kicker – entre mim e Leo. Sem surpresa! Puxamos o pote e consigo eliminar dois da mesa. Muito bom!
Mão 112
| Blinds: 200/400 ICM Grinder, no small, manda um all in de 1.580 e mostra Q4o. Sato dá call com ATo. O bordo traz A66A7 e Sato faz full house, eliminando ICM Grinder do torneio e mantendo a franca liderança.
� SATO0AK: Estamos em cinco na mesa e todos foldam até o SB, que dá all in. No momento, sou o chipleader do sit e achei que valia a pena pagar o all in, dele já que tenho uma mão consideravelmente defensável. Pra minha surpresa o cara abre Q4 – o que achei errado, pois é uma mão fraca pra ir all in. Acho que ele queria roubar os blinds, mas em cima de mim não. Ainda mais se sou o líder. Sem supresa! Fulamos de Ás e 6 e fiquei com 7.150 fichas.
� ICM Grinder: Blinds 200/400 e sou um dos shorts na mesa, que chega em gap e, com esse stack em briga de blinds, é shove com qualquer coisa. Tenho Q4o e encontro AT. Vejo-me em uma situação de 35/65, ou seja, 35% de chances de eu ganhar a mão, contra 65% de ele vencer a rodada. Só que no flop já vem um A e é fim do sit.
Mão 113
| Blinds: 200/400 Com a mesa 4-handed, wellwell27 vai all in com AJo. Ruscittobr, no small, coloca as suas 990 fichas restantes na mesa com K7o. Nada vem no bordo e Wellington leva a mão por ter AJ – high card. – e ruscitto fica com a ingrata posição de bolha no torneio. Mesa roda em fold e estamos só em quatro jogadores. Dou all in em cima dos blinds e ruscitto paga com K7. O bordo forma 9T483 e levo a mão com AJ high. A essa altura do jogo, receber um AJ no cutoff é excelente. Acredito que o adversário tinha que pagar, já
� wellwell27:
Hunting Season A 2
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que os blinds estavam 200/400. Levei a mão pelo AJ high e também 3.640 fichas.. � ruscittobr: Blinds muito caros e já estou comitado por ser o big blind. Sei que essas não são as melhores cartas para tentar dobrar, mas arrisquei com K7o. Infelizmente nada veio no bordo e fui eliminado, já que o wellwell tinha AJ. Valeu pela força, galera da Flop.
Mão 117
| Blinds: 200/400 Agora com três no jogo, wellwell, no botão, folda e Sato, no small, completa. Já Marcon, do big, vai all in com K5o e Sato paga mostrando A2o. O bordo vem T7A4T e Sato faz par de Ás e elimina Marcon em terceiro lugar.. � SATO0AK: Entro de limp na mão e o big me volta all in. Tô com A2 na mão e tenho mais de 7K no stack. Pago, porque ainda o coloco com um range com cartas médias (como Kx, Qx ou Jx). Não deu outra. Ele mostra K5 e ainda bate um Ás no flop. Sem supresa, puxamos e subimos para mais de 10K e vamos pro heads-up.
� Marcon777: Os blinds estavam me matando e, nessa situação, é push ou fold. Há um tempo venho recebendo só cartas baixas e acertando nos folds que estou dando. Com K5 vi a oportunidade de bater alguma coisa, pois sei que o Sato me paga com qualquer coisa e o wellwell já tinha saído da mão. Sato deu call e mostrou A2. Ainda bateu o Ás dele e caí em terceiro. Apesar de tudo, achei bem legal jogar este SnG com essa galera. Abraços a todos e obrigado pelo convite.
Heads-up
Agora chegamos em heads-up entre Sato, chipleader com10.460 fichas, e wellwell27, com um stack de 3.040. O HU durou 22 mãos e teve pouco mais de seis minutos de jogo. Esta disputa foi bem intensa, pois ambos estavam jogando com um estilo um tanto agressivo.
Mão 118
| Blinds: 200/400 Sato abre raise de 1200 pré-flop e wellwell paga. O flop vira 756 e novamente Sato aumenta para 2.400. Wellington, com 98o, dá instacall e está all in. Sato mostra 92s em ouros, mas nem o turn e o river o ajudam e wellwell, com um straigh de 5 a 9 logo no flop, vence a mão e leva o pote de mais de 6K em fichas. � wellwell27: Início de heads-up, eu com 3.040 fichas recebo 98o e ainda tomo raise de1.200 pré-flop. Resolvi pagar porque connectors são mãos defensáveis em HU. O flop foi maravilhoso! Formei uma sequência. Sato tinha
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Sit-and-go Flop VII
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quase o triplo do meu stack, e estava agressivo na mesa. No flop ele aposta mais 2.400 e dou call (sendo que este call me deixou em all in). Sem surpresa! Dobramos e estamos de volta ao jogo.
Mão 127
| Blinds: 200/400 Wellington, que começou atrás no HU, virou o jogo e agora é o chipleader. Ele, no SB, aumenta para 1.200 e Sato dá call. O flop vem 69Q. Well aplica uma continuation bet, de 2.400, e Sato só paga novamente. No turn aparece um T e Sato vai all in, com Q5o, de 1.400 fichas. Wellington paga e mostra 97s. No river bate um 3 e Sato leva mais de 10 mil fichas e toma a liderança. � wellwell27: Depois de muitas idas e vindas de fichas, consegui virar o jogo. Subo três blinds pré-flop e tomo call. No flop bate meu 9 e ainda fico flush draw. No turn aplico uma c-bet e meu oponente só paga, novamente. Até aqui, pensei que estava na frente. Achei que se tivesse acertado a Dama ele me voltaria. No river ele vai all in e pago, pois não acreditei que ele teria o par de Q. Voltei a ficar com 3K. Agora é paciência e fazer os moves certos. � SATO0AK: Perdi muitas fichas e agora tenho que ficar mais cauteloso. Na minha mão tenho Q5. O wellwell aumenta e pago pra ver o flop e, de cara, bate minha Q. Ele aplica uma c-bet no flop, mas não acredito que tenha certado alguma coisa, ou então que tenha um par maior que o meu. No máximo ele está no draw. No turn vou all in e ele paga. Nada no river e voltamos à liderança.
Mão final
| Blinds: 250/500 No small, Sato, que tem quase 6.500 fichas, aumenta para 1K pré-flop e Wellington, com um stack de 7.900, responde com all in. Sato abre K9o e wellwell mostra A5o. Nada aparece no bordo para ajudar Sato e Wellington faz história, sendo o primeiro leitor convidado da revista a vencer o SnG da Flop.
66 | fevereiro
� SATO0AK: Tenho K9. Subo e ele me volta all in. Em HU você não pode ficar esperando cartas pra jogar. E tava meio desconfiado dele, porque há umas rodadas ele só vem abrindo raise all in. Acho minha mão um tanto forte pra pagar e vou com tudo. Ele mostra A5o e o board segura a favor dele. Enfim, é GG e ficamos em segundo lugar. Obrigado pelo convite, pessoal da Flop.
� wellwell27: Após 21 mãos com as fichas trocando de lado, eis que chega a mão final. Estou com A5o e tenho um stack um pouco maior que o do Sato. Meu adversário sai apostando e, com A high, volto all in, pois esta não é uma mão tão ruim assim para essa situação. Ganho a mão com A high. Agora é só esperar o torneio dos campeões. Obrigado à Flop por me dar esta oportunidade, já que eu estava um pouco afastado do online. Um grande abraço a todos que fazem esta bela revista. �
1º wellwell27
Classificação
� SATO0AK: Estamos em dois e começo com muita ficha. Agora vem 92s, e pra pressionar meu oponente, abro raise no pré-flop e ele só paga. Isso me fez crer que seu jogo fosse mediano. O flop vem com cartas sequenciais e aproveito pra pressioná-lo mais. Forço seu all in e ele dá instacall. E me dei mal! Ele seguiu e eu perco um pote grande. Mas ainda tô na frente e tem muito jogo.
2º SATOOAK 3º Marcon777 4º ruscittobr 5º ICM Grinder 6º leobello 7º pedrocart 8º jmaesano 9º AharonOkada Marriage, Casamento, Royal Couple, Casal Real K Q
Hold’em Manager
Como usar o
Hold’em Manager N por Danilo “Preacher” Telles
o Test Drive desta edição vamos falar sobre o programa Hold’em Manager. Para aqueles que entraram agora no mundo do poker online, o Hold’em Manager é o mais utilizado software tracker no mercado. Trackers são aqueles programas que capturam as mãos salvas no seu HD e as disponibilizam em um banco de dados, para que você possa analisar seu jogo de diversas formas e, com isso, possa corrigir os seus erros e evoluir o seu jogo. O Hold’em Manager (HM) não é o primeiro e nem o único software tracker existente, mas é o escolhido pela maioria dos jogadores e, por isso, merece atenção especial. Ele funciona com as salas de poker mais utilizadas. Os softwares das salas de poker salvam no seu HD, em formato txt ou xml, os históricos das mãos jogadas – alguns exigem que você configure essa opção, outros já o fazem automaticamente. O Hold’em Manager captura esses arquivos e os transforma em um formato que os jogadores consigam entender para estudar o seu jogo e acompanhar os seus ganhos.
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Por trabalhar com banco de dados, o Hold’em Manager não funciona sozinho. Além de instalar o HM, você também precisa instalar o gerenciador de banco de dados PostgreSQL. Ele é gratuito e pode ser encontrado no site postgresql.org.br. Na primeira execução do Hold’em Manager aparecerá uma janela para você criar o seu banco de dados. Basta escolher o nome, e o programa já está pronto para funcionar. Na tela inicial, você deve indicar as pastas em que o software da sala em que você joga salvará as mãos, para que o Hold’em Manager possa capturá-las. Agora sim, podemos conhecer as funcionalidades do HM. O Hold’em Manager é útil para jogadores de cash games e torneios – incluindo sit-and-gos –, com abas específicas para cada modalidade. Nessas abas, você encontra várias ferramentas e filtros para analisar seu jogo. Clicando na aba de Cash games, há várias sub abas , nas quais você pode ver e analisar as mãos jogadas, as porcentagens de vezes em que teve cada combinação de mãos, os gráficos dos seus resultados, além de poder estudar oponentes específicos que você já tenha enfrentado. Uma das melhores funcionalidades do Hold’em Manager são seus filtros, nos quais
você pode escolher situações detalhadíssimas para analisar. Em Cash games, na aba REPORTS, clicando em FILTER – EDIT, você filtra as mãos que quer ver. Você pode escolher os limites; ver apenas mãos específicas, como todas as vezes que pegou AA; escolher texturas de board específicas ou até mesmo filtrar apenas determinadas ações. Para dar um exemplo, você pode ver apenas as mãos em que deu 3-bet pré-flop, continuation bet no flop e check no turn, e analisar cada uma dessas mãos para ver se jogou corretamente. Na aba GRAPHS, você verá um gráfico com o resultado das mãos analisadas. Esse gráfico pode mostrar apenas o resultado final, os resultados das mãos com e sem showdown, e o resultado do chamado All In EV. O All In EV analisa a equidade das mãos em que você foi all in e mostra qual deveria ser o resultado final de Kojak, King John K J
acordo com a equidade. Digamos que você foi all in com AA pré-flop contra KK. A sua equidade é de 81,9%, mas você perdeu para um K no flop. Mesmo tendo perdido essa mão, no All In EV será mostrado o seu resultado com 81,9% do pote. Então, se você perdeu 100 big blinds, no All In EV você terá ganhado 81,9 big blinds.
J
á na aba Tourney, é possível acompanhar os seus resultados em torneios. Na primeira sub aba, Results, na opção Stats, você vê os resultados dos torneios ou sit-and-gos jogados. Ali, estão o seu lucro, o ROI (Return Over Investiment), a sua porcentagem de ITMs (In The Money), o rake pago, a duração de cada torneio e as porcentagens das colocações em que você ficou nos torneios, do primeiro ao décimo lugar. Ainda em Results, na opção Graph, você também vê um gráfico com seus resultados reais ou ajustados pelo AIEV, e, na opção Trending, há um gráfico com suas porcentagens de ROI, ITM e ROI EV, que é o seu ROI ajustado pelo All In EV.
www.revistaflop.com.br
Mas uma das maiores atrações do Hold’em Manager é seu HUD (Heads-Up Display). O HUD é a ferramenta que, enquanto você joga, mostra as estatísticas dos seus oponentes. Você pode escolher entre inúmeras estatísticas, como VPIP (Voluntarily Put $ In Pot), que é a porcentagem de mãos que você joga voluntariamente, ou seja, não considera os blinds; PFR% (Preflop Raise), a porcentagem de vezes que você aumenta pré-flop, Cbet% (Continuation Bet %), Fold to Cbet %, entre várias outras. Em HUD Options – Player Preferences, você define as estatísticas que você quer que apareçam ao lado dos jogadores enquanto você joga. Além disso, você também pode definir cores para facilitar a visualização, como por exemplo, colocar a cor verde para jogadores com VPIP acima de 40% e vermelha para VPIP abaixo de 20%. É possível também utilizar layouts feitos por outras pessoas. O Hold’em Manager tem também duas ferramentas adicionais, o Table Scanner e o Leak Buster, que devem ser pagas à parte. O Table Scanner é uma ferramenta para seleção de mesas, que procura na sua base de dados os jogadores online no momento e indica as mesas em que estão sentados, de acordo
com os filtros pré-estabelecidos. Você pode, por exemplo, procurar mesas em que estejam jogadores com VPIP acima de 50 e que tenham mais de 100 mãos na sua base de dados. Assim, você achará as melhores mesas para jogar, sabendo que tipos de jogadores encontrará, não precisando se preocupar em sentar-se em mesas aleatórias, nas quais não sabe contra quem irá jogar.
J
á o Leak Buster é uma ferramenta implantada na nova versão do HM. Ele faz uma análise das suas estatísticas e identifica os seus erros, apresentando conselhos sobre como corrigi-los. Baseado nas suas estatísticas, ele pode, por exemplo, lhe dizer para dar mais 3-bets ou para roubar mais os blinds quando estiver no small blind. Além de dizer no que você pode melhorar, o Leak Buster tem também vídeos e artigos explicativos sobre os conselhos que ele dá. Por fim, há também o Omaha Manager, que, na verdade, é um add-on para que o HM analise mãos de Omaha. Assim como o Table Scanner e o Leak Buster, o Omaha Manager deve ser pago separadamente. Por tudo isso, o Hold’em Manager é uma boa ferramenta para você analisar o seu jogo e descobrir os seus erros e acertos, e também para acompanhar os seus resultados. O software é disponibilizado em www.holdemmanager.net, nas versões Small Stakes, para jogadores de até NL50 ou torneios com buy-in até $22, ou na Professional, para todos os jogadores. fevereiro |
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Poker Beneficente
Solidariedadeacima de tudo Jogadores renomados se juntam em ações exemplares durante época de confraternização
Campanha Natal 100 Fome 2009
pelo seu presidente, Igor Federal, promoveu em dezembro a Semana do Poker Solidário e destinou parte das arrecadações como doação ao Natal 100 Fome. Sob o comando de André Pagnillo e com a presença de grandes figuras do poker nacional, entre eles André Akkari, Robigol Quiroga e Igor Federal, o H2 Club foi o cenário de uma grande festa, que se espera repetir ao fim de 2010. “Sonhamos com o dia em que campanhas como essa não sejam mais necessárias, mas, enquanto houver essa necessidade, esperamos poder contar com a generosidade de nossos parceiros”, finaliza Virgílio Aoki.
Um
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Prato Cheio, a Campanha Natal 100 Fome, e a Cruz Vermelha. No último dia da disputa, os 30 finalistas – classificados ao longo dos três dias anteriores –, se juntaram para disputar o Troféu da Solidariedade. Após a definição de Paulo Araújo na terceira colocação, o heads-up foi decidido entre Caio Mansur e o jogador Luís Carlos. Luís acabou levando a melhor. Na última mão do torneio, Caio foi all in, com Q9, e recebeu o call de Luís, com AT. Sem alterações no bordo, Luís Carlos ficou com a primeira colocação.
Dealers voluntários
Parabéns ao Luís e a todos aqueles que fizeram dessa iniciativa um sucesso! É o poker de mãos dadas com a solidariedade!
Poker, samba e muita felicidade
Softwares ajudam as vítimas do terremoto no
terrível terremoto de sete graus na escala Richter atingiu, em janeiro, o sul de Porto Príncipe, capital do Haiti, causando uma grande destruição, que afetou mais de três milhões de pessoas, com milhares de vítimas fatais e uma lista infindável de estragos. Movidos pela solidariedade, os dois maiores sites de poker do planeta decidiram mobilizar seus jogadores para ajudar o Haiti em seu longo e difícil processo de reconstrução. Os sites lançaram fundos de doações para ajudar os habitantes daquela região devastada. No Full Tilt Poker, dos dias 14 a 17 de janeiro, todo o valor do rake obtido nos torneios especiais, denominados “Aid for Haiti Tournaments”, foi revertido para as instituições Cruz Vermelha, Doutores Sem Fronteira e Unicef, para ser usado na reconstrução do
D
epois de quatro dias de muita disputa, chegou ao fim o torneio beneficente da CBTH. Em uma grande festa, que uniu o poker à solidariedade, o evento contou com 268 jogadores inscritos. Num ambiente descontraído, os papéis de dealers foram assumidos pelos jogadores e também por personagens ilustres do poker nacional. Foram 92 dealers voluntários, entre eles, o presidente da CBTH, Igor Federal, André Akkari, Heriberto Pagnillo, Juliano Maesano, D.C. e Lígia. As doações ultrapassaram as expectativas. Ao todo, foram quase R$ 27 mil arrecadados em espécie, além de 1.185 quilos de alimentos, 281 brinquedos e 206 agasalhos. Toda essa arrecadação foi distribuída entre a ONG
Haiti
país. Além disso, o site disponibilizou uma conta para os jogadores que quisessem contribuir através de doações. Mais de 25 mil jogadores participaram dessas ações, que gerou um total de quase US$800 mil. O PokerStars também se mobilizou, lançando o seu fundo de doações para ajudar os habitantes do Haiti. As doações poderiam ser enviadas para a conta HAITI FUND, até o dia 31 de janeiro. O site também ofereceu uma outra opção de doação através de torneios fictícios com o nome de HAITI EARTHQUAKE RELIEF – esses torneios não foram reais e não foram realizados, é só uma maneira de facilitar a arrecadação. Assim como no Full Tilt, uma grande quantidade de usuários contribuiu para o fundo de doações, que chegou a mais de US$1 milhão. Todo o valor arrecadado foi doado para a Cruz Vermelha. Katie K T
Foi
do amor pelo samba que o Team PokerStars Pro André Akkari resolveu ajudar centenas de crianças carentes que fazem parte da comunidade da escola de samba Rosas de Ouro a ter um Natal mais feliz. Akkari, no início de dezembro, lançou uma ação social através de seu twitter (@aakkari) e conseguiu a ajuda de muito jogadores brasileiros, além do apoio do próprio site do PokerStars. E assim, junto com Marcos e Marta – responsáveis pelas ações e eventos da escola – Akkari organizou a entrega de presentes no próprio salão da Rosas de Ouro, no dia 19 de dezembro. Mas André não estava sozinho nessa empreitada. O amigo e parceiro de Team PS Pro Alexandre Gomes também fez parte deste projeto. Além dos dois, estavam lá Thiago Decano, Victor Marques, Edu Parra, Bozzano, Adriano Akkari e a equipe do TV Poker Pro. Todos eles se vestiram de Papai Noel para entregar os presentes para a criançada. No total, www.revistaflop.com.br
foram arrecadados mais de R$10 mil, que resultou em mais de 1.000 presentes, um buffet e a doação de máquinas de costura para a escola de samba. E assim, no dia 19 de dezembro, toda essa galera se reuniu no salão da Rosas de Ouro e fez uma festa, com direito a música ao vivo para cerca de mil crianças. Akkari e seus parceiros ainda se vestiram de Papai Noel para entregar os presentes. Foi difícil organizar a fila da entrega, mas todas as crianças receberam seus brinquedos e aproveitaram muito a festa. Fotos: Sérgio Prado
O
crescimento do poker no Brasil não está restrito apenas ao aumento dos praticantes nas mesas ou nos sites de poker online. Em 2009, pelo segundo ano consecutivo, a Campanha Natal 100 Fome, ação social realizada há mais de dez anos na região de São Matheus, periferia de São Paulo, pode contar com significativas doações originadas de diversos setores do poker nacional. Jogadores, clubes e organizadores atenderam prontamente ao chamado do jogador Virgilio Aoki e enviaram suas doações. Foram arrecadados, além de brinquedos e roupas, um total de R$ 9.300, que foram destinados à compra de alimentos. Tudo isso representou um quinto de toda a arrecadação da Campanha Natal 100 Fome na região. Walter Machado, um dos líderes da campanha, agradece em nome de toda a direção dessa magnífica ação social. As entregas das doações ocorreram em dois dias e foram atendidas famílias das comunidades do Pró-Morar, Tietê, Madalena, Jardim Vera Cruz, entre outras. Compareceram à grande festa das entregas os jogadores Danilo Molina, André Pagnillo, Virgilio Aoki, Luiz Bertazinie, João Daniel Aoki e Ronni “Noel” Villani. Importante ressaltar a participação da Confederação Brasileira de Texas Hold’em – CBTH que, representada
por Daniele Aoki
Torneio Solidário da CBTH supera as expectativas
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PCA 2010
Há
Brasil no PCA O
sete anos o calendário anual do poker é aberto por um concorrido e importante evento do circuito mundial. O que em 2004 começou em um luxuoso cruzeiro que visitou Miami, Jamaica, México e Ilhas Cayman e contou com 221 jogadores na disputa de um prize pool de US$1,657,500, chegou ao ano de 2010 como o maior torneio de poker do mundo disputado fora dos Estados Unidos, o PCA – PokerStars Caribbean Adventure. A 7ª Edição do PCA contou com mais de 50 eventos, para todos os tipos de jogadores e todos tamanhos de bankrolls. Foram 1.529 inscritos somente na disputa do Main Event. Entre eles, uma imensa lista de nomes notáveis do poker mundial e vários anônimos, vindos de várias partes do planeta. A premiação total ultrapassou os 14 milhões de dólares. Foram US$ 2,2 milhões somente para o campeão do evento principal.
por Amúlio Murta
Atlantis Resort
Ao longo de seus sete anos, o PCA já distribuiu mais de 53 milhões de dólares e contou com mais de seis mil jogadores inscritos. Muito desse sucesso deve-se à mudança, ocorrida em 2005, quando o evento passou a acontecer no Atlantis Resort, em Paradise Island, nas Bahamas. O Atlantis é um dos hotéis mais imponentes e luxuosos do mundo. Além de estar localizado em um dos pontos mais badalados do Caribe, ele oferece várias opões de lazer e relaxamento para os jogadores, quando eles não estão jogando os torneios de poker. É possível nadar com golfinhos ou ver de perto, em imensos aquários, mais de duzentas diferentes espécies marinhas, entre elas, tubarões e arraias. Além disso, o resort oferece ainda um parque aquático distribuído em mais de 60 hectares, com atrações que vão de escorregadores aquáticos a numerosas piscinas, rios e praias artificiais. Com tantas opções de lazer, o resort proporciona diversão para toda a família, e isso faz do PCA o evento em que é mais comum ver os jogadores acompanhados de suas esposas, filhos, namoradas e amigos.
Várias Bandeiras
O PCA já estampou diferentes bandeiras desde sua primeira edição. Quando o dinamarquês Gus Hansen conquistou o primeiro título, em 2004, o evento fazia parte do WPT – World Poker Tour, uma das mais importantes séries de torneios do poker mundial. Os eventos que sucederam ao primeiro também valeram pelo WPT, até o ano de 2008, quando o PCA passou a fazer parte da grade de torneios do conceituado
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Canine, Mongrel, Vira-Lata K 9
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PCA 2010 destaque foi Robson Venturini, que passou com mais de 100 mil fichas. Wayne Bentley, carrasco de Fernando Issas no início do dia, fechou a disputa como chipleader, com um stack acima de 300 mil fichas. Daniel Negreanu, Barry Greenstein e Kevin Saul também conseguiram fechar o dia com suas fichas acima da média.
Dia 1B
EPT – European Poker Tour. Agora, conforme havia sido anunciado, o PCA passou a estampar duas bandeiras, a do EPT e a do LAPT – Latin American Poker Tour. Com isso, o circuito latino ganhou força e atraiu boa atenção da mídia mundial.
Brasil no PCA
Ao todo, 57 países tiveram jogadores inscritos no Main Event do PCA 2010. O Brasil teve 37 jogadores na briga e, embora esse número possa parecer pequeno frente ao field total de 1.529 inscritos, fomos o sétimo país em número de participantes, ficando atrás da França, Reino Unido, Holanda, Alemanha, Canadá e dos Estados Unidos, país com o maior número de inscritos – impressionantes 739 jogadores.
Dia 1A
Um total de 669 jogadores iniciaram a disputa do primeiro dos dois dias iniciais do PCA. Desses, 12 eram brasileiros. Christian Kruel, Cláudio Baptista, Paulo César “PC” Ribeiro, Luiz Filipe “Mestre Filipe” Andrade e Fernando Issas. O começo do torneio foi especialmente ruim para Fernando Issas. Ainda no primeiro nível, perdeu praticamente todo o seu stack em um all in de KK contra AA do inglês Wayne Bentley. Com apenas duas mil fichas que lhe restaram, ele teve vida curta na briga e acabou sendo nossa primeira baixa. Após essa mão, Bentley tornou-se o primeiro chipleader do PCA 2010.
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O destaque brasileiro nas primeiras horas de disputa foi o jogador Robson Venturini. Robson, a quem os brasileiros apelidaram de “Ronaldo”, jogou com a camisa da seleção brasileira e, ainda nos primeiros níveis, venceu um grande pote de AA contra AK, colocando seu nome entre os primeiros do dia. Quando chegamos ao fim do Dia 1A, 430 jogadores sobreviveram aos oito primeiros níveis de blinds. Apenas cinco brasileiros permaneceram de pé. Os últimos níveis foram especialmente ruins para os jogadores verde-amarelos. Entre as baixas, ficaram pelo caminho Bruno GT, Cláudio Baptista e Paulo “PC” César, entre outros. Avançaram para o Dia 2 Valdemir Giareta (80.000), Christian Kruel (45.000), “Mestre Filipe” (23.000) e Wilson “Kina” Sung (9.100). O grande
O Dia 1B, que contou com 861 jogadores, foi o escolhido pela maioria dos brasileiros para iniciar a disputa do PCA. Felipe “Mojave” Ramos, André Ventura, Caio Brites, Eduardo Parra, Sidney “Cidão” Chreem, Thiago “Decano” Nishijima, o casal Sérgio e Alê Braga, Waltinho “Terrific” Oaquim e os Team Pros do PokerStars – Alexandre Gomes, André Akkari, Gualter Salles e Maridu Mayrinck – foram alguns dos presentes. O destaque dos primeiros níveis ficou por conta de uma jogadora que sempre atrai a atenção e os flashes da imprensa por onde quer que esteja. A Team Pro do PokerStars Vanessa Rousso, antes do fim do terceiro nível, já havia eliminado cinco oponentes e liderava a disputa, com mais de 150 mil fichas. A tarde começou relativamente calma para os brasileiros e, ao longo da disputa, tivemos a impressão de que teríamos um fim de dia melhor que o anterior. Triste engano, os últimos níveis do Dia 1B foram tão
Olha o bracelete! Motivo de orgulho para o Brasil, Thiago “TheDecano” Nishijima recebeu no PCA o seu bracelete conquistado no evento #16 NL Hold’em da WCOOP – World Championship of Online Poker. Único brasileiro a possuir um bracelete nessa conceituada série de eventos online, realizada pelo PokerStars, Decano enfrentou um field de 1558 jogadores. A inédita conquista de Thiago foi destaque na 15ª edição da Flop.
Vanessa Rousso e Vanessa Issas, na final do Ladies Event
terríveis quanto os do dia anterior. Após a volta do break, tivemos uma sucessão de quedas. Deixaram a briga Waltinho “Terrific”, Gualter Salles, Alex Gomes, Felipe Mojave, Alessandra Braga, Maridu Mayrinck, Thiago “Decano” e, no ultimo nível do dia, André Akkari. Ao fim do Dia 1B, 498 jogadores conseguiram garantir seus nomes para o dia seguinte. Nove brasileiros estavam entre eles: André Ventura (74K), Caio Brites (72K), Sidney Chreem (69K), Diego Vilela (69K), Rodrigo Mascarenhas (25K), Eduardo Parra (24K), Hélio Chreem (20K) Bernardo Dias (62K) e Sérgio Braga (41K). A grande alegria foi proporcionada pelo curitibano Anibal Tacla, que terminou o Dia 1B com 166 mil fichas e ficou com a posição de chipleader.
Dia 2
O Dia 2 apresentou uma diferença em relação aos dois dias anteriores. Os blinds passaram a ter duração de 75 minutos. Aos poucos, fomos perdendo nossos representantes na briga. As duas primeiras baixas foram o jogador Wilson “Kina” Sung, que havia passado bem short-stacked, e Sérgio Braga, que perdeu um coinflip de 88 para AK. O chipleader do dia anterior, Anibal Tacla, não conseguiu manter o mesmo ritmo e acabou eliminado. Robson Venturini também encerrou sua participação. Após ser “fatiado” de AT x AQ, muito short-stacked, foi all in em um flop com J87. Recebeu o call de um oponente com 87, e se despediu do PCA 2010, mostrando KJ. www.revistaflop.com.br
Sidney Chreem
André Ventura, mesa finalista da etapa de Punta del Este, da segunda temporada do LAPT, foi a última baixa brasileira no Dia 2. Ele deixou a disputa próximo ao fim do 13º nível, quando, em um flop com J85, optou por ir all in após um raise de seu oponente. Recebeu o call de KK e apresentou AJ. Fim de disputa para mais um brasileiro. Ao fim do último nível de blinds, quatro brasileiros ainda ficaram de pé na briga pelo ITM, que começaria a partir da 224ª posição. O melhor deles foi Sidney “Cidão” Chreem, que fechou o dia com cerca de 150 mil fichas, seguido por Bernardo Dias (95K), Christian Kruel (70K) e “Mestre Filipe” (68K).
Dia 3
O Dia 3 começou com 288 jogadores, e faltando apenas 64 eliminações para a zona de premiação. Com stacks relativamente pequenos, uma vez que o chipleader, ao início do dia, possuía aproximadamente um milhão de fichas, a luta dos brasileiros estava centrada em alcançar a faixa de premiação. Esse objetivo só foi conquistado por dois dos quatro jogadores que ainda restavam na disputa. O primeiro eliminado, fora da faixa de premiação, foi Bernardo Dias. Ele foi all in em um flush draw que não bateu. “Mestre Filipe” também sentiu o sabor amargo de ser eliminado muito perto do dinheiro. Em sua última mão, ele perdeu um coinflip de AK contra QQ. Com apenas dois brasileiros na briga, o bolha do PCA 2010 acabou sendo o americano John Leathart. Poucos
Christian Kruel
minutos após a eliminação de Leathart, foi a vez de Christian Kruel abandonar a disputa, na 221ª posição. Último brasuca na briga, Sidney Chreem conseguiu resistir boa parte do dia. Com seu stack oscilando durante toda a tarde, somente deixou a disputa quando restavam 115 jogadores, encerrando assim a participação brasileira no Main Event do PCA 2010.
Eventos Paralelos
Sem jogadores no Main Event, os brasileiros partiram para os eventos paralelos em busca de melhores resultados. O melhor deles veio com a jogadora Vanessa Issas, que disputou o Ladies Event, voltado somente para as mulheres. Em um dos torneios paralelos mais concorridos do PCA 2010, Vanessa se sobressaiu sobre um field de 91 jogadoras, entre elas algumas das mais importantes jogadoras do feltro mundial, como Annette Obrestad, Katja Thater e a sua xará, a Team Pro do PokerStars Vanessa Rousso. No evento, que contou ainda com a presença das brasileiras Maridu, Alê Braga e Jô Baptista, Vanessa impôs seu jogo e, logo no início da disputa, chegou à posição de chipleader. Com boas jogadas, conseguiu acumular uma boa quantidade de fichas. Em uma delas, ainda no Dia 1, conseguiu extrair o máximo valor de sua mão, quando “flopou” um full house e retirou praticamente todas as fichas da jogadora Annette Obrestad. Vanessa poderia ter chegado mais longe, mas perdeu um coinflip de AK para 77, pouco antes da formação da final table. Mesmo perdendo essa mão fevereiro |
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PCA 2010
Torneio das Celebridades
Outra mesa final com presença brasileira foi a de Alexandre Gomes, no evento de caridade. Um torneio que contou com 40 jogadores, entre profissionais do PokerStars Team Pro, celebridades e cinco qualifiers online. O buy-in foi de US$5,000 e 50% do prize pool foram revertidos para a AMFAR, instituição que arrecada fundos para pesquisas que buscam a cura da AIDS. O evento contou com nomes de destaque, como o guitarrista Slash, Kelly Rowland (ex-companheira de Beyoncé no Destiny’s Child), o rapper Nelly e do embaixador do PokerStars Boris Becker, entre outros. Alexandre não teve trabalho para chegar e dominar a final table. No HU, entrou com 36 mil fichas contra quatro mil de Spencer Benjafield, um dos qualifiers online. A partir daí, o que se viu foi um show de horrores. De forma inimaginável, Spencer conseguiu aplicar, de forma sucessiva, quatro bad beats em nosso campeão. Na mais horrível delas, acertou uma de seus três outs. Sem acreditar, Spencer acabou derrotando o brasileiro. Num belo ato, sem se importar com a derrota, Alexandre optou por doar a sua premiação para a AMFAR. Uma bela atitude do nosso campeão.
Main Event
Enquanto a atenção dos brasileiros se voltou para os eventos paralelos, no Main Event a mesa final foi formada com predomínio praticamente absoluto dos jogadores americanos. A única exceção ficou por conta do norueguês Aage Ravn. O destaque, entre os finalistas, ficou por conta do chipleader Ryan “G0lfa” D’Angelo e do veterano Barry Shulman, que recentemente conquistou o WSOP Europe. Ryan conquistou
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Muitas pessoas trabalharam duro, ao longo dos anos, em prol de um reconhecimento que parece, a cada dia, estar mais próximo. Nas Bahamas, por exemplo, tivemos a presença do secretário de Esportes da cidade Após um heads-up com mais de uma de São Paulo, Walter Feldman, que, a hora de duração, a vitória no ME do convite do PokerStars, esteve acomPCA 2010 ficou com o americano Har- panhando o PCA 2010. Feldman se rison “gilbler321” Gimbel. Com ape- mostrou bastante impressionado com nas 19 anos, Harrison conseguiu a vaga o evento. Essa proximidade da realipara o Main Event em um satélite de dade do poker com autoridades do US$1,000 e voltou para casa com 2,2 meio político, e também com a mímilhões. Confira abaixo quais foram dia não especializada, comprova que e em que posições terminaram os fi- as barreiras estão sendo derrubadas, uma a uma, e que o reconhecimento de nalistas do PCA 2010: nossa atividade é um caminho inevitável. 1º Harrison Gimbel $2,2000,00 Vamos torcer para 2º Tyler Reiman $1,750,000 que todos esses ru3º Barry Shulman $1,350,000 mores sejam confirmados e para que, em 4º Benjamim Samani $1,000,000 breve, o Brasil possa 5º Ryan D’Angelo $700,000 novamente sediar um 6º Aage Ravn $450,000 evento do circuito in7º Zachary Goldberg S300,000 ternacional de poker, fato muito importan8º Tom Kural $201,300 te para a consolidação definitiva de nossa atividade no País. A próxima parada do LAPT será em Se no feltro os brasileiros não conse- Punta del Leste e nós estaremos lá, e guiram superar o desempenho do ano você poderá acompanhar o desempeanterior, algumas conversas nos basti- nho dos brasileiros no maior circuito dores levam a crer que o País terá, muito de poker da América Latina. Até lá. em breve, um fato imporHarrinson Gimbel foi o grande tante para comemorar. vencedor do Main Event Sede da etapa inaugural do LAPT – Latin American Poker Tour em 2007, o Brasil acabou ficando de fora da segunda temporada, em 2008. A comunidade do poker, a partir daí, passou a se perguntar: quando o País irá novamente sediar uma etapa do circuito internacional? Alguns rumores e fatos acontecidos por detrás das cortinas no PCA indicam que essa pergunta está perto de ser respondida. Ao que tudo indica, ainda neste ano seremos novamente sede de uma etapa do LAPT. dois braceletes na WCOOP 2009 e era apontado por muitos, antes do início da mesa final, como o favorito para conquistar o título nas Bahamas.
O Campeão
Uma nova esperança
Foto: PokerStars / Neil Stoddart
e ficando short-stacked, conseguiu chegar à mesa final, na qual, mais uma vez, jogou com a sua xará Vanessa Rousso. Porém, com um stack baixo, teve a sua ação reduzida a dois movimentos: push e fold. Acabou eliminada na oitava posição, em uma das únicas mesas finais com a presença de brasileiros no PCA 2010. Parabéns, Vanessa!
BSOP
www.bsop.com.br
by
O torneio dos
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campeões
epois de um ano incrível, com recordes de participações e muita disputa pelo título de campeão brasileiro, a maior série de torneios do País fechou a temporada 2009. Entre os dias 11 e 13 de dezembro, jogadores de todos os cantos do Brasil se reuniram em Balneário Camboriú para a Etapa dos Campeões do BSOP 2009. O palco do evento foi o novíssimo BC Club, e o torneio foi disputado em três dias: dois dias iniciais, 1A e 1B, e a grande final disputada no domingo. Após dez etapas regulares, a briga pelo título de campeão brasileiro ainda estava em aberto, com uma pequena vantagem para o catarinense Tito Feltrin, que liderava o ranking. Àquela altura, o ranking contava com 1.940 jogadores. A expectativa para a Etapa dos Campeões era muito grande, e a Nutzz! Eventos, responsável pela organização do BSOP, anunciou uma premiação garantida de R$300K, o que atraiu centenas de jogadores para o torneio, incluindo os dez campeões das etapas regulares.
Dias 1A e 1B
O Dia 1A começou na sexta-feira e contou com 63 jogadores inscritos. Muitos jogadores conhecidos entraram na briga desse torneio, que foi o último grande evento de 2009: Felipe Mojave, Sérgio Brun, Danilo Souza, Marco Aurélio “Salsicha” e “Mestre Filipe”. Um dos primeiros eliminados do torneio foi Leo Bello. Após ficar short-stack, ele foi all in de cerca de 1.200 fichas. Recebeu o call de Gustavo, no cutoff, e outro do jogador “Coronel”, no botão. Esses dois pediram mesa até o fim, e o bordo trouxe 35883. No showdown, Leo mostrou JQ, Gustavo, AsJc, e “Coronel”, AQ. “Coronel” e Gustavo, com dois pares e kicker de Ás, dividiram o pote, e Leo Bello deu adeus à disputa. Outros ilustres também foram ficando fora ao longo do dia, entre eles, Leandro Brasa, Cristiano Acasa, Danilo Molina e Marco Aurélio “Salsicha”. Ao fim, 26 jogadores conseguiram se classificar para a final. Quem terminou o Dia 1A como chipleader foi Rodrigo Formighieri, com 235 mil fichas. Entre os classificados, estavam Edmilson Tavares, Luiz Noal, Felipe Mojave, Sérgio Brun e Max Rossi. O Dia 1B começou com 125 jogadores, entre eles, o casal Jô e Cláudio Baptista, Sato, Robigol, Juruna – vencedor do Full Tilt 750K –, Tio Max, Rodrigo Garrido, Marcos Sketch e o ex-jogador de futebol Paulo Rink. Ao fim do dia, após muitas eliminações, apenas 39 jogadores conseguiram a classificação para a grande final.
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As
O chipleader foi Sérgio Cusin, jogador de São Paulo, com 150.500 fichas.
A
Dia 2 – Surge o Campeão da Temporada
pós quatro horas de disputa na luta pelo título de Campeão Brasileiro, restavam Marco Marcon, Sérgio Brun, campeão da temporada 2007, Júlio Félix e Roberto Motta. O primeiro a deixar a disputa foi Júlio Félix, eliminado por Jocemar Fasolo, em um coinflip de AK contra TT. Depois de ser “fatiado” por Juruna, em um all in de AA x TT, o líder do ranking do BSOP, Marco Marcon, acabou eliminado pelo jogador Márcio Araújo, o BlueChip, de Pará de Minas, com 99 x 44. O mineiro acertou uma trinca, com um 9 no river, eliminando Marcon. Na mão seguinte, Sérgio Brun, com JJ, foi all in e encontrou AA pela frente. Acabou eliminado. A essa altura, a única chance de Marco Marcon perder o título seria se Roberto Motta conseguisse a quarta posição no torneio. Ele foi então transferido para a mesa da TV e, em sua primeira mão, moveu todas as suas fichas para o centro da mesa e recebeu um call. No showdow, mostrou 66, contra K5, de Odaly. O flop não mudou muita coisa: 73Q. O turn também não: 9. Já o river foi um K, que eliminou Roberto e deu o título de Campeão Brasileiro da Temporada 2009 do BSOP para o paranaense Marco Marcon. A Etapa dos Campeões acabou sendo vencida pelo jogador BlueChip, que derrotou o paranaense Rodrigo Formighieri no heads-up. A terceira posição ficou com o jogador Tom Azevedo, de São Paulo.
Kokomo K 8
A
novidades
do BSOP
Nutzz!, empresa organizadora do BSOP, anunciou uma série de inovações e novidades para a temporada 2010 do evento. A maior delas é a transmissão das etapas por um canal de TV, o que dará maior visibilidade para o poker e para o BSOP. Confira abaixo as principais novidades da temporada 2010. 1. Todas as etapas serão televisionadas pela ESPN. 2. Premiações especiais para os primeiros colocados no ranking. O campeão ganhará uma entrada para o Main Event do WSOP 2011 e mais US$2,000 em ajuda de custo para viagem e hospedagem. O vice-campeão e o terceiro colocado também ganharão entradas para eventos menores do WSOP 2011. 3. O campeão de cada etapa receberá um bracelete, além de um troféu. O Campeão Brasileiro receberá um bracelete especial. 4. O BSOP agora será patrocinado pelo Full Tilt Poker, que oferecerá satélites e qualificatórios além de distribuir vagas por freerolls. 5. Nova estrutura de blinds e o aumento do stack inicial para 20K, para privilegiar o bom andamento do torneio nos níveis intermediários. 6. Mais eventos secundários. Agora são três torneios em cada etapa do BSOP. Confira na página de estrutura. 7. O BSOP é, oficialmente, o Campeonato Brasileiro de Poker da Confederação Brasileira de Texas Hold’em. 8. Buy-in mantido: R$1000+150+50. No entanto, a partir de agora, o participante contribuirá para a CBTH, com um valor a ser acrescido ao da inscrição. Dessa forma, todo participante do BSOP será um jogador federado e, portanto, amparado pela CBTH. 9. Agora, a pontuação do ranking é baseada no total de premiação conquistada pelo competidor. 10. Não existem mais torneios com pontuações diferenciadas. As 11 etapas do ano terão pesos iguais na definição do campeonato.
www.revistaflop.com.br
CPH
www.circuitoholdem.com.br
final de
A
temporada
decisão do Circuito Paulista de Hold’em (CPH), temporada 2009, foi realizada nos dias 15, 16 e 17 de janeiro, no H2 Club, em São Paulo. O torneio foi realizado nos moldes do BSOP, com dois dias de abertura e R$100K garantidos no prizepool. O buy-in foi de R$1.150, e com um field de 228 jogadores inscritos, somando-se os Dias 1A e 1B, a premiação ultrapassou, com sobra, o valor garantido, com R$55.000 somente para o primeiro colocado. Dos dez primeiros colocados no ranking, todos com chances de levar o título da temporada, apenas o décimo colocado, Sérgio Augusto, optou por jogar no Dia 1A, mas não conseguiu um lugar entre os 32 jogadores que avançaram para o Dia 2. Os demais concorrentes entraram na disputa no Dia 1B, e o líder do ranking e principal candidato ao bracelete de campeão de 2009, Cristiano Cofrinho, jogando como um verdadeiro campeão, conseguiu a sua classificação para o dia final entre os 20 melhores colocados. Para sua tranquilidade, praticamente todos os principais concorrentes ficaram pelo caminho. Apenas Leandro Bran, que vinha em terceiro no ranking, e Renato Guilu, em quinto, conseguiram passar para o Dia 2. Ao fim da disputa, 30 jogadores conseguiram passar para o dia seguinte. Na briga pelo título, Leandro Bran não resistiu por muito tempo e foi eliminado ainda na primeira metade do dia final. Então todas as atenções se voltaram para a mesa em que, por coincidência ou destino, estavam Cofrinho e Renato Guilu, os dois únicos ainda com chances. O título de campeão paulista acabou decidido em um embate direto entre os dois jogadores, quando Renato, com AJ, bateu de frente com um AA na mão de Cofrinho. Os dois foram all in pré-flop e o dealer virou AJ646. Já com o bracelete da temporada garantido, Cofrinho, que é da cidade de Araraquara, SP, comemorou muito, mas seguiu firme no torneio, até ser eliminado na 22ª posição. Pedro Sabatini levou o troféu do terceiro lugar, e o heads-up foi decidido entre Franklin Souza e Gustavo Vascão. Na última mão, em all in pré-flop, Vascão mostrou AQ e Franklin, com mais fichas, KJ. O bordo trouxe dois Reis, dando uma trinca e o título da etapa para Franklin. Após mais uma temporada incrível do CPH, a Nutzz! Eventos, que mais uma vez realizou um belo trabalho, anunciou o calendário e algumas novidades para a disputa da temporada 2010. Todas as informações estão no site oficial – www.circuitoholdem.com.br.
fevereiro |
79
coluna Devanir Campos
www.adtp.com.br
antes de jogar, leia o
regulamento Poucos jogadores se interessam em analisar as regras de cada evento
O
lá, leitores. Na coluna desta edição da ADTP, gostaria de tocar em um ponto que me chama bastante a atenção desde que o Brazilian Series of Poker (BSOP) passou a exigir dos participantes a assinatura de um recibo no momento da inscrição. Talvez por pertencer a uma família em que 90% dos membros são advogados, eu me acostumei a ler com muito cuidado todo tipo de documento, antes de passar a caneta. Para começar, no Recibo de Inscrição que o jogador assina existe um texto que estabelece a cessão dos seus direitos de imagem para que seu nome, fotos e vídeos sejam divulgados para a promoção do evento. Essa cessão de direitos dispõe que o participante não pode se negar a ter a sua foto estampada aqui na Flop ou no site do MeBeliska, por exemplo. Quando o poker ainda engatinhava no País, muita gente tinha medo de aparecer na internet ou em outras mídias, tendo o seu nome relacionado ao jogo. O preconceito estava tão fortemente entranhado nos próprios jogadores que, nas primeiras coberturas de torneios, havia participante que fugia dos fotógrafos ou dava nomes falsos, e, na hora, até inventava apelidos. Esse tempo acabou. Nós, que dirigimos torneios de poker pelo Brasil, temos a total certeza
de que não estamos quebrando lei alguma e, como vocês podem ler na coluna do Igor Federal nesta edição da Flop, temos, através da CBTH, todo o suporte legal de que precisamos. Portanto, o tempo de jogar poker escondido e dando nomes falsos já passou: chegamos à era do poker esportivo, do glamour de estar na televisão, de vencer o preconceito.
A
outra parte do texto do Recibo de Inscrição diz respeito ao Regulamento do torneio. Ela registra que o jogador leu, entendeu e está concordando com todas as disposições estabelecidas. Mas... quem realmente leu o Regulamento? Nestes quase seis anos de torneios, depois de conhecer muitos participantes, creio que devo ter encontrado, no máximo, umas dez ou vinte pessoas – que eu realmente saiba – que tenham lido todas as regras. Muita gente ainda não sabe como funciona o processo de se pedir tempo, as formas de se aumentar uma aposta ou, até mesmo, que as fichas não podem ser transportadas de uma mesa para outra de uma forma em que não estejam 100% visíveis. Uma parte fundamental do Regulamento do BSOP está em suas disposições finais e, em minha opinião, muito mais gente deveria ler:
a sessão Comportamento e Penalidades. Dentro dessa divisão do documento, existem dois itens de extrema importância, que são a conduta ética e a conduta comportamental. Ali, estão listados alguns dos comportamentos mais abusivos e repulsivos que o jogador de poker pode adotar e também está estabelecido, claramente, que tais atitudes serão punidas. Observe o texto a seguir: “Poker é um jogo individual. Ações, declarações ou comportamento que comprometam o andamento justo da competição, sejam estes conscientes ou não, são considerados antiéticos e antidesportivos. A direção irá priorizar a integridade competitiva do torneio e, para tanto, penalizar qualquer jogador(es) que venha(m) a trapacear ou agir de maneira antiética ou ilegal.” Esse trecho do regulamento estabelece que atitudes muito comuns entre amigos que estão “cavalados” nos torneios – parentes, maridos e esposas –, como as de não jogar agressivamente um contra o outro, ir “dando mesa até o fim da mão”, ou atos congêneres,
são completamente antiéticas e ilegais dentro de um torneio de poker. Vocês devem estar preparados para jogar contra todos os adversários, sejam eles quem forem. Além disso, na parte de conduta comportamental, o Regulamento ainda dispõe sobre uma série de atitudes, as quais o brasileiro em geral ainda acha normais, mas que são execráveis no resto do mundo. Por exemplo, tocar nas cartas ou nas fichas dos outros jogadores. Isso não é permitido.
O
utra atitude muito comum é o excesso de comunicação durante a mão. Mesmo quando só dois participantes estão na mão, não é permitido que eles conversem livremente entre si, para que um não influencie na decisão do outro. Esse ponto vai de encontro a um costume dos jogadores: realizar a “entrevista” com o oponente, para tentar pegar algum tell ou ter uma pista da sua força. No entanto, a lógica por trás disso é que num torneio de poker, diferentemente do cash game, qualquer ação
Você na TV! by
2 Freerolls por semana
ADTP
80 | fevereiro
DATAS
A Associação de Diretores de Torneios de Poker pretende ser um órgão regulador para a organização de torneios realizados no País.
de um jogador gera um efeito que irá influenciar a ação de todos os demais participantes. Além disso, todos têm que ter condições iguais de disputa. Quando vocês conversam com o seu oponente durante uma mão, ele pode estar lhes dando uma vantagem injusta, que os outros competidores do torneio não terão. Não é uma informação amplamente disponível para todos os jogadores, como um tique nervoso ou um movimento, mas uma informação espontaneamente dada pela pessoa, e isso torna a conversa durante a mão uma vantagem injusta, portanto, não é permitido falar qualquer coisa que influencie no resultado de uma mão, independentemente de se estar dizendo a verdade ou não. Portanto, amigos, eu sugiro fortemente que, ao menos uma vez, procurem na página do BSOP o Regulamento do torneio e fiquem sabendo das regras que regem o evento. Somente assim, vocês saberão o que fazer e poderão jogar conscientes, tranquilos e prontos para ganhar. Bom jogo a todos!
2 a ETAPA – Rio de Janeiro (RJ) de 19/03 a 22/03 a
3 ETAPA – Florianópolis (SC) de 09/04 a 12/04
Transmissão pela ESPN
Pacotes parcelados
www.bsop.com.br www.revistaflop.com.br
fevereiro |
81
coluna
Tower Torneos
www.towertorneos.com
Quatro anos fazendo
eventos de sucesso
Como o Tower evoluiu e conquistou o nicho brasileiro e latino-americano
P
Hércules Lutkus
É o manager do Tower Torneos desde a criação do site, e o responsável por manter a união da Família Tower nos quatro anos de sucesso do site.
/towerbrasil 82 | fevereiro
arece que foi ontem, mas já se vão quatro anos desde que desembarquei no Aeroporto de Ezeiza e peguei um táxi rumo ao escritório – “oficina”, como eles dizem em espanhol – da empresa que cuidava do desenvolvimento do primeiro software de poker para um site latino-americano. Apesar de jogar e conhecer um pouco de como o mercado mundial estava a ponto de ter seu primeiro grande boom – ainda mal se ouvia falar sobre sites de poker no Brasil –, aquilo tudo era uma enorme novidade para mim. O software era bem limitado, tinha falhas técnicas assombrosas – imaginem que nos primeiros testes, quando um jogador tinha menos fichas que o big blind, ele não podia participar da mão, estava sumariamente eliminado do jogo! – chegava a ser bizarro. Foi uma batalha gigante mostrar e corrigir essas falhas, e lançamos o Tower no mercado com muitas deficiências, a principal delas em termos de servidores. Como entramos em TV aberta no Brasil – primeiro no SBT e em seguida na RedeTV! –, o volume de acessos era muito maior que a capacidade daqueles servidores, e, aí, o site travava e quem estava tentando entrar não conseguia. Lógico que isso tudo faz parte de um passado recente da própria internet enquanto avanço de tecnologia, situações que são quase impensáveis hoje em dia. O fato é que quatro anos depois, com mais de 350 mil jogadores registrados na nossa base de dados, 120 programas de TV exibidos por alguns dos mais importantes canais do continente e também em algumas partes da Europa e da Ásia, a Tower Torneos consagrou-se como um site diferenciado. Não competimos com os majors do mercado, que, de dois anos para cá, focaram seus investimentos no mercado latino-americano, o que era algo absolutamente natural e esperado. Ocupamos um espaço único, cativando uma comunidade diferenciada de jogadores.
A parceria com o 888, um dos maiores portais de jogo online do planeta, nos deu as condições técnicas de oferecer um software que em nada fica a dever para os grandes operadores do mercado.
N
ossa estratégia de marketing segue inovando com torneios live que já são marcas registradas daquilo que se conceituou chamar de “Família Tower”. Tanto as viagens a Punta Cana, Bariloche, Punta del Este, Assunção, Buenos Aires, Aguas Calientes, no México, como os cruzeiros, transformaram-se em grandes festas que marcam o encontro dos amigos e seus familiares. No último artigo que o Tevez publicou aqui na Flop, ele fazia o convite a quem quisesse engatar nesse conceito diferente. Aproveito esta coluna que registra este nosso quarto aniversário para não só reforçar aquele convite, mas, também, para lhe propor uma experiência única em termos de diversão. Tenho certeza de que você irá gostar e irá querer repeti-la muitas e muitas outras vezes. Nossos jogadores não jogam com aquele sentimento de disputa, com a faca entre os dentes. Jogam porque buscam a diversão. Tower é uma espécie de boteco onde todos se encontram nas noites, para bater papo, contar piadas, falar do seu dia a dia e, de quebra, é claro, jogar poker e, quem sabe, forrar algum. No Tower Cruise 4, que vai de 11 a 14 de março próximo, a bordo do MSC Musica, essa turma vai se encontrar novamente. É uma ótima oportunidade para você participar e se integrar na maior comunidade de jogadores da América Latina. Você será super bem-vindo! Nos vemos a bordo!
coluna Marcos Sketch
www.4bet.com.br
um novo fórum
uma ideia, muitos profissionais de torneio do online têm períodos de três a quatro meses de perdas, com valores negativos que chegam a $40,000 por mês – e isso é perfeitamente normal, em razão do volume e dos altos buy-ins com que jogam. Em outros meses, eles terminam com lucro de centenas de milhares, fazendo com que, no ano, o seu EV seja positivo – porém com altíssima variância, como podem perceber.
para debater Sketch aproveita e fala sobre sua eliminação no Main Event do WCOOP
O
Marcos Sketch Empresário musical, jogador e estudioso do poker, é uma das maiores revelações do poker carioca do último ano.
/marcossketch 84 | fevereiro
lá, amigos! É com enorme honra que dou início a esta coluna aqui na revista Flop. Gostaria de agradecer pelo convite e espero poder corresponder. Para quem não sabe, o 4Bet é o mais novo fórum de poker do Brasil. Criado por mim, junto com os amigos Caio Brites e Will Arruda, o fórum tem como principal enfoque as discussões sobre torneios, contando com a participação dos maiores profissionais do game no País. Para esta primeira coluna, optei por falar um pouco sobre o fórum, deixando os temas técnicos para as próximas edições. A ideia de criar o 4Bet surgiu quando percebemos a carência que os jogadores brasileiros tinham de um espaço para a discussão de torneios multitable, especialmente em relação aos seus aspectos mais técnicos. Eu, Caio e Will somos usuários frequentes de fóruns como o TwoplusTwo, e notamos que a nata do poker online mundial participa deles, discutindo mãos, conceitos e teoria em um nível elevado, de forma que o jogo de todos evolua. Inegavelmente, quem participa desses fóruns fica por dentro de tudo o que está rolando de mais moderno no jogo e, com isso, acaba por levar grande vantagem no game. É claro que qualquer brasileiro pode ter acesso a esses fóruns “gringos”, mas fazia falta um material de qualidade, com a participação ativa dos nossos jogadores, falando a nossa língua. Sabendo disso, colocamos a mão na massa. Junto com o jogador e também programador Andrei “Porcoespinho”, colocamos o fórum no ar, convidando, na sequência, um time de peso para participar, com nomes como Christian Kruel, André Akkari, Thiago Decano, Alexandre Gomes, Caio Pimenta, Felipe Mojave, Bruno GT, “Mestre Filipe”, entre outros. O principal diferencial do fórum é a nossa seção “Pro”, na qual esses profissionais discutem entre si alguns tópicos, com mãos e temas lançados regularmente. Os usuários do fórum
também podem participar dessas discussões, postando numa área “sombra” daquela seção, mantendo sempre a opinião dos profissionais em destaque, além de também poderem participar livremente das demais seções do fórum. O bacana da seção é que as discussões terão sempre alto nível técnico, com todos os participantes postando as suas opiniões, com detalhes e embasamento, evitando assim a mistura de informações inerentes aos fóruns em geral.
A
lém da seção “Pro”, temos também uma área para a discussão de regras e estruturas de torneios, contando com a participação dos diretores D.C., Elton e Robigol, que irão responder a dúvidas e questões enviadas pelos usuários, além de outras áreas como a “Toca do Malandro”, em que fazem barulho alguns mestres da “falinha”, como Stetson e Victor Marques – um contraponto às discussões técnicas do fórum. Nossa expectativa é enorme, pois acreditamos que o 4Bet irá preencher essa lacuna que existe nos fóruns presentes no mercado nacional e ajudará a elevar ainda mais o nível técnico dos jogadores brasileiros, contribuindo para que nosso esporte cresça ainda mais por aqui. Nas futuras edições deste espaço pretendo apresentar os principais temas que estejam sendo discutidos no 4Bet a cada mês, analisando com detalhes cada assunto e sempre trazendo todos os dados técnicos e as explicações claras sobre cada conceito, de forma que mesmo jogadores iniciantes ou que não tenham tanta experiência com a matemática do jogo possam compreender. Podem se preparar, pois tem muita coisa legal por vir! Eu falarei, por exemplo, sobre uma situação muito interessante que foi a do metagame envolvido na mão do Main Event do WCOOP, que joguei contra o ucraniano Timoshenko, o “Jovial Gent” (o “famoso” AT Jack Daniel’s J 7
O vs. AK). À época, troquei mensagens sobre a mão com alguns profissionais do online, como Shaundeeb, Apestyles, Djk123 e o próprio Jovial Gent – que acabou vencendo o torneio –, e, discutindo esse tema, aprendi muitos conceitos legais que irei apresentar no fórum e trazer aqui para a coluna.
A
mão em questão foi um blefe 5bet de all in com AT contra o raise e re-raise do Jovial. Restavam 14 pessoas; éramos quarto e terceiro em fichas, respectivamente, e ele vinha jogando bastante agressivo préflop. Eu havia começado a dar re-raises nele, quando ele abriu novamente de UTG e eu acreditei que, se eu desse reraise novamente, dessa vez ele iria contra-atacar com uma 4bet (re-re-raise) com quaisquer duas cartas que estivesse abrindo. Se minha leitura estivesse certa, eu poderia então empurrar all in e levar a mão ali, ganhando o enorme pote e ficando chipleader, além de colocar um freio no melhor jogador da mesa. Porém, dessa vez, ele tinha uma mão real e pagou o 5bet com AK. Com isso, ele ganhou um pote gigante, que o deixou líder disparado, facilitando-lhe o caminho para a vitória no torneio, que lhe valeu o prêmio de $1,7 milhão, o maior já pago no online até hoje. O bacana da discussão sobre essa mão não é a jogada em si. Se calcularmos os ranges, ela vai, sem dúvida, ter EV positivo no longo prazo. A questão que discutiremos é se vale a www.revistaflop.com.br
pena uma batalha de metagame contra o melhor jogador da mesa, ou o quão válido é jogar longball, pensando em cravar, quando até o quinto lugar paga uma fortuna ($500 mil), ou, ainda, se vale a pena fazer jogadas baseadas em EV numa situação como essa, com premiações gigantes, as quais jamais teremos o longo prazo. Ou seja, será que vamos chegar numa mesa semifinal de WCOOP em uma quantidade de vezes o suficiente a ponto de ver o longo prazo de uma jogada isolada funcionar?
O
próprio Jovial comentou a situação: “Sua jogada é ótima de forma isolada e até admirável pela coragem, mas será que não é exagero de metagame você me dar um 3bet light, esperando que eu lhe dê um 4bet light, para que então você possa me dar um 5bet light e puxar a mão? Acredito que você teria spots melhores a explorar no torneio.” É o que chamamos de level, quando o jogador pensa uma jogada em um nível de raciocínio acima, ou abaixo, do que o vilão está, errando na dose e, portanto, “levelando” a si próprio. Mas, falarei com mais (e muitos) detalhes sobre isso nas próximas edições. Irei trazer também uma análise detalhada sobre a monstruosidade que é a variância nos torneios e como ela nos afeta em cada tipo de jogada que fazemos ou na escolha dos torneios que vamos jogar. Para vocês terem
utro exemplo de temas que irei discutir é o “unexploitable open shove”, jogada que está em moda nos torneios online e que traz consigo muita polêmica. Consiste em abrir de all in com um range enorme, quando em posição, com um stack mediano (entre 18 a 25 big blinds). Na teoria, essa jogada, se feita corretamente, trará EV positivo no longo prazo, independentemente da ação dos oponentes, conforme provado inicialmente pelo jogador Dan Kelly, o “djk123”. O problema é que há correntes que discordam, uma delas capitaneada por Barry Greenstein, que, entre outras coisas, alega que quando a mão chega em fold até nós, a tendência de haver cartas altas nas mãos dos oponentes à frente é maior, visto que os jogadores que falaram anteriormente tendem a “foldar” cartas baixas. Naturalmente, os programas que usamos para calcular ranges – como o Pokerstove – não considera esse tipo de situação, e, segundo ele, isso altera no EV da tal jogada. Parece loucura elevada, não é? Mas nessa discussão aprende-se muita coisa bacana, como em breve vocês irão ver. A ideia é sempre tratar de assuntos que não são encontrados, com frequência, nos artigos em português. A intenção é trazer material fresco para o usuário do 4Bet e também para o leitor da Flop, mostrando os conceitos avançados sobre multitables, que estão sendo discutidos hoje em dia entre os maiores jogadores online do mundo e, quem sabe, ajudar para com que os leitores fiquem atualizados e em dia com essas informações. Por enquanto, é isso. Vejo vocês no fórum e, aqui, na próxima edição! fevereiro |
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coluna Sérgio Braga
colunas@revistaflop.com.br
mais sobre como jogar cash game Continuando a série sobre cash, Braga levanta outros pontos a considerar
B
em-vindo ao segundo artigo da série que estou escrevendo sobre cash games. No primeiro artigo, falei um pouco sobre as diferenças entre cash e torneios, sobre as principais características de um bom jogador de cash e sobre a importância do bom gerenciamento do bankroll. Continuarei, hoje, com outros aspectos importantes para ser um vencedor nas mesas de cash.
Estilo Vencedor
Sérgio Braga Sérgio Braga é jogador profissional e atualmente reside em Las Vegas, EUA.
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Nos torneios, você pode ser vencedor usando diferentes estilos, jogando duro ou jogando bem solto. No cash, você, como ponto de partida, deve estar consciente que o estilo tigh provavelmente será vencedor na maioria dos jogos de baixos limites – tipo R$5/R$10 no Brasil, ou até $2/$4 no online ou live aqui nos EUA. Nesses limites, muitos jogadores estão para se divertir e gostam de pagar para ver. Os erros nesses limites normalmente são blefar demais e não ter a devida paciência para esperar por boas cartas. Aliás, quando comecei a jogar cash No Limit Hold’em, há uns três anos, transferi o meu jeito agressivo de jogar torneios, sem fazer a devida adaptação, e cansei de perder dinheiro, principalmente blefando. Acho que uns seis meses se passaram para eu me adaptar completamente. Mas o interessante é que nos limites mais altos a situação muda bastante. Quanto mais alto o jogo, melhor o nível dos jogadores – com algumas exceções. Nesse caso, é importante variar a forma de jogar para esconder os tipos de mãos com que você entra nos potes. Aqui em Vegas até é possível ser ganhador no $5/$10 jogando tight, mas no $10/$20 o nível dos jogadores é alto e quem joga duro normalmente fica previsível e é fácil de ser batido. A partir desse limite, para ganhar bem é preciso jogar solto, para surpreender os adversários. A minha estratégia é dar raise com qualquer par, Ax suited, suited conectors, AQ+, jogando com
raise ou call entre 18% e 20% das mãos pré-flop. Como o jogo é sempre deep stack, o importante mesmo é jogar o pós-flop. Os bons jogadores de cash controlam o tamanho do pote. Quando se tem uma mão pequena, como um top pair, é importante manter o pote pequeno, mas quando se tem uma mão grande você deve apostar com vontade. Parece simples e básico, mas estou cansado de ver gente com jogos grandes apostar pouco, com medo de que o oponente não pague e, no final das contas, deixar de extrair o valor total das suas mãos. Outro erro bastante comum no Brasil é não dar o value bet no river, principalmente quando se tem posição. Se você acha que tem a melhor mão, mesmo não sendo o nuts, por que não extrair mais valor?
Seleção de Jogos
No poker, você sempre quer jogar tendo uma vantagem sobre os adversários. Essa vantagem ou habilidade superior é quando você consegue maximizar os ganhos e minimizar as perdas. Essa habilidade é relativa. A noção de que você é um bom ou mau jogador vai depender de quem está sentado com você à mesa naquele momento. Muitas vezes eu vou ao Bellagio, aqui em Vegas, para jogar o $10/$20 e acabo sentando no $5/$10. Já conheço a maioria dos jogadores e sei quem é profissional, quem é regular e quem joga bem. Se eu percebo que não tenho edge, por que me sentar? Gosto de desafios, mas prefiro, ainda mais, ganhar dinheiro. A sua primeira missão, ao se sentar à mesa, é tentar descobrir quem está jogando, analisando cada indivíduo da mesa e, principalmente, percebendo de quem virá o lucro. Você precisará dessas informações o mais rápido possível. Fique atento e observe cada detalhe. Mesmo que você conheça alguns jogadores, não deixe de prestar atenção. A maioria muda o estilo de jogo se está perdendo muito ou até se está ganhando muito. Nas minhas sessões, sempre vejo alguns adversários assistindo a uma partida de Motown J 5
futebol americano ou de basquete na TV e nem percebem o que está acontecendo na mesa. Existem muitas maneiras de descobrir em que jogo você está. As melhores informações vêm das cartas mostradas quando há o showdown. Eu, por exemplo, tento sempre adivinhar, mesmo sem estar na mão, qual o range e, muitas vezes, quais as exatas combinações de cartas que o adversário poderá apresentar. No cash, a quantidade de showdowns é grande e ajuda muito na hora de conhecer a essência de cada jogador. Outras informações importantes são quantos jogadores, em média, estão vendo o flop e qual o valor do raise pré-flop. Além disso, saber o stack de cada jogador é fundamental para se tomar boas decisões na disputa de uma mão. Acho interessante, depois de uns trinta minutos de jogo, olhar ao redor da mesa e fazer um resumo do que você conhece de cada jogador. Que mãos você o viu jogando? Qual o stack dele? Ele joga duro ou solto? É agressivo ou joga passivamente? Blefou ou não blefou?
Posição
Talvez você já esteja cansado de ouvir isto, mas a sua posição é vital na decisão de entrar ou não no pote. É difícil quantificar o tamanho da vantagem que você possui quanto tem posição sobre seus oponentes. Normalmente, você só deve entrar em early position com pares e AK. Como eu jogo loose, entro com suited connectors, mas evito pagar raises caros, fora de posição. Conforme se vai melhorando de posição, aumenta-se o range de mãos, especialmente connectors, com um ou dois gaps (exemplo: JT, QT ou Q9).
Ação antes da sua vez
Se alguém, antes de você, entrou no pote com raise, você precisa selecionar melhor a sua jogada. Evite mãos domináveis como AJ, KQ ou KJ, pois, se fizer top pair, terá que tomar uma decisão difícil no pós-flop, muitas vezes perdendo fichas de forma desnecessária. Lembre-se de que, no cash game, você não tem a pressão dos blinds, podendo escolher com tranquilidade as mãos que lhe trarão lucro. www.revistaflop.com.br
Você deve, na maioria das vezes, dar re-raise com pares grandes (AA, KK, QQ). Com mãos como AK, AQs, JJ, TT e 99, você deve normalmente só dar call, mas alguns re-raises são importantes para mixar o jogo. Note que, se nos torneios normalmente é melhor dar re-raise com AK, no cash tenho percebido que, na maioria das vezes, é mais lucrativo só dar call. Ultimamente, vejo jogadores superestimando AK no cash game, inclusive aqui em Vegas. Num game em que se joga com 150 ou 200BB, para que criar um pote grande se você só irá acertar o flop um terço das vezes? Se a meta é derrubar todo o stack do seu oponente, não seria melhor jogar com um par, acertar uma trinca e levar todas as fichas do adversário que “casou” com o top pair?
Quais jogadores entraram no pote?
Outra coisa que você tem que considerar é quem abriu com raise. Por exemplo, se um jogador que você respeita, com um stack maior que o seu, entrou no pote, você deverá, provavelmente, não entrar na mão, a não ser que tenha um bom jogo. Por outro lado, se for um jogador fraco, normalmente calling station, você poderá entrar no pote, principalmente para jogar pósflop. Lembre-se de que você deve jogar o “jogador” e não as cartas.
Implied odds
O cash game é um jogo de implied odds, que é a possibilidade de você ganhar muitas fichas caso acerte sua mão. Frequentemente, os blinds são pequenos, se comparados com os stacks dos jogadores. Isto significa que você pode jogar um range grande de mãos pré-flop que tragam a possibilidade de ganhar um pote grande. Você investe um pouco agora para ganhar bastante depois. Especificamente, isso significa que suited connectors e pares pequenos têm muito mais valor no cash game. Mesmo quando há raise antes da minha vez de agir, gosto de jogar com essas mãos, principalmente com os pares. Para decidir se entro ou não no pote, faço a conta e pago até 8% do meu stack para ver o flop, principalmente
se outros jogadores já pagaram o raise antes de mim.
Por que dar raise?
Se você vai dar raise pré-flop, saiba qual é o objetivo. Frequentemente, aumenta-se por valor, porque você acredita que tem a melhor mão. Mas essa não é a única razão. Aumentar para roubar os blinds tem muito pouco valor no cash, se comparado com um torneio. Dar raise com um blefe ou semiblefe também é interessante. Por exemplo: se entram três ou quatro limpers e você está no botão ou até nos blinds, fazer um grande aumento com mãos como AXs ou TJs é uma boa jogada. Você pode ganhar um pote razoável logo de cara ou, se alguém pagar, pode acertar uma boa pedida e dar um continuation bet para levar o pote, ou, quem sabe, até acertar uma mão monstro. Também é fundamental dar raise para variar a jogada. Ser imprevisível é uma das mais importantes qualidades de um bom jogador de cash. Quanto ao tamanho do raise, este varia de mesa para mesa. Normalmente aqui em Vegas, abro com quatro vezes o valor do BB, mas, se a mesa está muito loose, chego a abrir com sete vezes. O meu objetivo com o raise é pegar um ou dois jogadores para entrar no pote. Juntos, esses conceitos de jogadas préflop têm algumas ramificações interessantes. Por exemplo, se você está no botão com um pote com alguns limpers, por que não ver o flop com quaisquer duas cartas, menos os lixos? Que tal um 42o, em que alguém faz uma trinca no flop, ou um top pair, e você acerta uma sequência? Eu sei que é difícil, mas, quando se acerta, compensa todo o investimento. Tudo o que coloquei neste artigo serve como uma boa introdução para o jogo pré-flop. Em torneios, uma boa implementação do jogo pré-flop representa mais que 50% de importância para se ganhar a batalha. No cash game, o jogo pré-flop é apenas uma pequena porcentagem do conhecimento que você irá precisar para ser vencedor. Na próxima edição, iremos dar uma olhada em como jogar o flop e além. Bom jogo, e que este mês lhe seja muito lucrativo nas mesas de cash. fevereiro |
87
os tipos de aposta
no futebol
cotação (odd) mais alta é a de sair o primeiro gol ao fim da partida. Note que a opção de que nenhum gol acontecerá naquela partida, ou seja, de que a partida terminará empatada sem gols, é mais alta que a própria aposta no empate do mercado “Vencedor do Encontro”. Isso porque, aqui, a aposta é feita em um resultado único de empate (0 x 0).
Foto: Cesar Greco/Agencia Estado
coluna James Keane
Conheça outras opções além dos resultados secos, variando suas apostas
B
rasileiro é fanático por futebol e isso todo mundo sabe. Mas como transformar esse amor pelo futebol em conhecimento? Por esses e outros motivos que a coluna deste mês vai falar especialmente sobre futebol e seus mais variados tipos de apostas. No site sportingbet.com é possível encontrar mais de trinta tipos de apostas – ou mercados, como são conhecidos – para cada partida. Pode-se apostar no vencedor do encontro, no resultado certo no intervalo e ao fim da partida, ou até em qual será o time a marcar o primeiro gol. O tipo mais comum é a aposta no “Vencedor do Encontro”.
O time que joga em casa, como o Atlético Mineiro neste caso, é quase sempre o favorito para ganhar o jogo e, por isso, possui a cotação (odd) sempre menor. Normalmente, o time que joga fora de casa, neste caso o Palmeiras, é o azarão da partida. Mas, como toda regra, essa também possui algumas exceções. Às vezes, o time que joga fora de casa é um dos melhores no campeonato e, por isso, não é tido como o azarão da partida. Veja o exemplo do jogo abaixo. Barcelona, um dos melhores times no último Campeonato Espanhol, joga, fora de casa, o amistoso contra o Bilbao, mas, mesmo assim, é o favorito para vencer a partida, com sua odd pagando só R$1,60 para cada R$1,00 apostado.
James Keanu Vice-presidente de Mercados Internacionais da SportingBet.com
/sportingbetBR 88 | fevereiro
Quando o jogo é um clássico, como o jogo entre Everton e Arsenal pelo Campeonato Inglês, as cotações (odds) são muito parecidas, diminuindo a diferença entre o favorito e o azarão. Isso se dá, principalmente, porque clássicos normalmente não têm um time favorito para ser o vencedor.
O
utro tipo de aposta bastante conhecida entre os mais experientes, porém um pouco complexa para quem é novo nesse mundo, são as apostas “Handicap de Gol”. Por exemplo, no jogo abaixo entre Atlético Mineiro e Palmeiras, pelo Campeonato Brasileiro, o Atlético tem o sinal -1 ao lado da cotação (odd). Isso significa que, nessa aposta, o Palmeiras começa o jogo com um gol de vantagem.
Assim, se o palpite for que o Atlético Mineiro ganha o jogo por mais de um gol de diferença, a aposta deve ser feita no time da casa. Se o palpite for que o Atlético ganha exatamente por um gol de diferença, a aposta deve ser feita no empate. E se o palpite for que o Palmeiras ganha a partida ou que o jogo termina empatado, a aposta deve ser feita no time de fora. Para facilitar, basta você somar ou subtrair o valor do handicap do resultado final do jogo.
Os valores do handicap podem variar. Tem partida em que o time começa com +2 gols de vantagem. Tudo depende de como os traders avaliam as circunstâncias ao redor de cada jogo. Doyle Brunson T 2
Existem outras apostas em que o sinal de + ou – também aparece ao lado da cotação (odd), mas não são apostas de “Handicap”. Nesses mercados abaixo, os apostadores podem escolher se a partida termina com + ou – um determinado número total de gols. Os números quebrados ao meio foram colocados propositalmente, para garantir que o número de gols seja maior ou menor que quatro, por exemplo.
escolher, por exemplo, o “Resultado certo ao intervalo” e o “Resultado Certo” ao fim da partida. Os resultados com o maior número de gols são sempre os que possuem a cotação (odd) mais alta, pois são sempre mais difíceis de acontecer, apesar de não serem impossíveis. Se você gosta de correr riscos, vale a pena arriscar um palpite desses, pois, se na partida acontecer uma zebra, as recompensas serão bem maiores.
omo visto no exemplo anterior, se o palpite for que a partida terá mais de três gols, a aposta deve ser feita em Mais de (3.5). O mesmo serve se o palpite for que a partida terá menos de três gols. A aposta então deve ser feita em Menos de (3.5). Um tipo curioso de aposta é o “Empate não tem aposta” – DNB, Draw no bet, em inglês. Nesse caso, só é possível apostar na vitória de um dos times. No caso de o jogo terminar empatado, quem apostou nesse mercado tem a sua aposta cancelada e o dinheiro é devolvido. Essa pode ser uma opção para quem está começando a apostar e ainda não tem muito conhecimento sobre como as apostas funcionam, o que pode servir como um teste para checar se seus palpites estão no caminho certo. Ainda é possível apostar em uma infinidade de mercados diferentes. Os apostadores do site sportingbet.com podem
Já que estamos falando sobre correr riscos, para quem gosta de mais emoção ainda é possível apostar no minuto em que acontecerá o primeiro gol. Essa é uma aposta bastante imprevisível. A
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Outro tipo de apostas de risco é escolher “Que Jogador marcará o Primeiro Gol do Jogo”. No caso deste jogo do Blackburn Rovers contra o Manchester City, o brasileiro Robinho é um dos favoritos para marcar o primeiro gol, com sua odd pagando R$6,50 para cada R$1,00 apostado. O argentino Carlos Tevez vem logo em terceiro lugar, pagando R$7,50 para cada R$1,00 apostado. Como sempre, a SportingBet não poderia deixar de oferecer as apostas especiais. Cada jogo possui uma série dessas apostas curiosas e diferentes para os apostadores se divertirem ainda mais. Por exemplo, é possível apostar que a partida terá pelo menos um gol contra ou que o time que marcar o primeiro gol irá perder a partida. Totalmente irreverente! Fica aqui a dica do mês para quem quer se aventurar ainda mais no mundo das apostas em futebol. Neste mês começou a promoção Artilheiros da SportingBet, em que o melhor apostador do mês ganha um par de ingressos para assistir à Copa do Mundo, na África do Sul, com tudo pago. Aproveite e faça já a sua aposta. fevereiro |
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é hora de traçar
seus objetivos A importância de planejar sua evolução é primordial para o sucesso
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SnG Team Pro
Para saber mais sobre o projeto, acompanhar a evolução dos jogadores do time ou fazer parte da próxima turma, acesse: www.sngtemapro.com.br
/SnGTeamPRO 90 | fevereiro
aí, amigos da Flop, beleza? Espero que todos vocês tenham passado um ótimo Natal e um réveillon ainda melhor! Bom, nesta coluna sempre abordamos assuntos que envolvem diretamente a modalidade sit-and-go. Desta vez, pedirei licença para tratar, por uma edição, de um assunto que aborda o poker em geral. Todo ano é a mesma coisa: quando nos aproximamos do fim do ano, começamos a traçar metas e objetivos para o ano que virá e, ao mesmo tempo, fazemos uma análise de como foi o ano anterior. Eu fiz as minhas reflexões sobre tudo isso e gostaria de compartilhar com vocês um pouco do que eu concluí, após analisar o cenário do poker no País e conversar com muitas pessoas que estão diretamente envolvidas com os maiores projetos. O sentimento que todos compartilhamos é o mesmo: muito otimismo, e, sem sombra de dúvidas, assim como aconteceu nos últimos anos, neste ano não será diferente. O poker irá crescer ainda mais no Brasil; a CBTH se firmará como órgão de maior importância para o poker nacional; o BSOP estará cercado de muito prestígio e baterá novamente diversos recordes; os prêmios dos brasileiros online serão maiores do que nunca, e talvez o mais importante de todos os acontecimentos: o Brasil, a cada dia que virá, será “a menina dos olhos azuis” para os grandes sites e empresas do poker. E essa conclusão tem um fundamento bastante simples: o Brasil é uma nação imensa, está entre os maiores mercados e tem muito espaço para que o poker cresça ainda mais. E o que isso significa? Muitos de vocês podem estar se perguntando: “OK, muito legal tudo isso, mas o que eu, um profissional relativamente ‘desconhecido’ no cenário nacional, um ‘semiprofissional’, ou apenas mais um amante do nosso esporte, vou ganhar com isso?” Meus amigos, a chance é essa, a hora é agora! No Brasil ainda há muito espaço para todos que queiram construir uma carreira profissional e vocês podem ter certeza, é MUITO mais fácil para um brasileiro
conseguir patrocínio do que para jogadores de países como os Estados Unidos, Canadá, e os europeus, que já possuem diversos profissionais como seus representantes no cenário mundial.
C
laro que já temos alguns nomes que já carregam a nossa bandeira juntamente com a marca de algum grande site, porém ainda existe espaço para muitos mais. Diversas marcas muito conhecidas irão desembarcar no Brasil em 2010, e quanto mais o poker crescer no País, quanto mais adeptos esse esporte alcançar, maiores serão os investimentos e isso significa oportunidades para muitas outras pessoas que se destacarem em 2010. OK, você enxergou a grande chance e decidiu que irá lutar para pegar a sua fatia do bolo, mas, como começar? Acredito que, como qualquer outra atividade, o poker necessita de planejamento na sua carreira e metas muito bem traçadas, com objetivos muito claros e tangíveis. Isso pode parecer óbvio e simples, mas não é! Em nosso time, nós trabalhamos constantemente com metas. Eu percebo que os maiores problemas dos jogadores que entram em nosso time não é o nível técnico, nem tão pouco a vontade de ser um vencedor, e sim o péssimo planejamento que muitos fazem para o seu dia a dia e para as suas metas de longo prazo. Com base nisso, pensei em compartilhar com vocês a maneira como eu gosto de trabalhar e que eu acredito funcionar muito bem. Penso que essa é uma maneira simples e eficaz e que pode funcionar até para aqueles mais “indisciplinados”, forçando-os a andar na linha para atingir seus objetivos em 2010, sejam esses desenvolver uma maior técnica sobre o jogo, chegar entre os top 10 do ranking do SuperPoker, ganhar um grande torneio live, ou até buscar um contrato com um grande site. Primeiramente, você deverá pensar de trás pra frente, ou seja, do objetivo final passando por todas as etapas finais, intermediárias e iniciais do processo. Chuck Norris 9 3
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Defina as suas metas: não crie metas muito fáceis de serem batidas. Afinal, você tem que buscar o seu máximo e não deve se contentar com pouco. Porém, muito cuidado com metas extremamente difíceis, irreais ou que dependam de fatores que não sejam exclusivamente da sua capacidade, pois você está definindo metas para batê-las, logo, os principais fatores influenciadores do resultado deverão depender de você. Por exemplo: definir como meta para 2010 ser campeão do Main Event. Ora, por melhor jogador que você possa ser, ganhar um ME não depende somente da sua dedicação; você poderá viver uma vida inteira sendo um dos melhores jogadores do mundo e nunca ganhar um WSOP.
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Identifique os seus obstáculos: a minha sugestão é que você faça uma lista de tudo aquilo que irá influenciar no seu resultado e que dê um peso de 1 a 5 em relação ao grau de dificuldade da tarefa ou do caminho a ser percorrido. Depois, classifique o obstáculo por grau de dificuldade, do mais difícil para o mais fácil. Feito isso é hora de priorizar as dificuldades e pensar como superá-las!
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Supere os seus obstáculos: depois de definir e priorizar seus desafios, chegou a hora de pensar em como neutralizá-los. Para isso, eu sugiro que você destrinche o obstáculo de maneira a entender os fatores que possam atenuá-lo, para buscar as soluções para contornálos e, assim, superá-los. Exemplo hipotético: minha meta é estar entre os TOP 5 grinders de SnGs do Brasil. Eu calculo que terei de jogar cerca de 3 mil sits por mês, para atingir 36 mil SnGs no fim do ano. Quais obstáculos terei de enfrentar? • Jogar diversas telas simultaneamente para impor um volume de jogo. • Dedicar muitas horas semanais ao meu planejamento. O que pode atenuar esses obstáculos? • Dificuldade em ter atenção em muitas telas simultaneamente. • Tamanho do monitor não compatível com o volume de telas a serem jogadas. • Falta de uma programação adequada para dedicar o tempo necessário ao cumprimento da meta.
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Solução encontrada para superar os obstáculos: criar um ambiente de trabalho que evite possíveis distrações, evitar deixar TV ligada, navegador ou MSN aberto para tratar de assuntos que não sejam relacionados ao trabalho. Aumentar gradativamente o número de telas de maneira a se sentir confortável para jogar o limite de telas estabelecido, substituir o monitor o mais rápido possível e traçar uma rotina para se adequar à meta.
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Programe-se: defina um cronograma para a sua meta, quando você irá começar e terminar cada etapa do processo, bem como quanto tempo disponibilizará para cada uma das atividades e quanto custará para superar os seus obstáculos. Nessa parte do planejamento, sugiro a elaboração de metas menores que são essenciais para que se chegue ao objetivo final e que servirão também como uma maneira para que você possa acompanhar a evolução do seu plano, para verificar se você está conseguindo caminhar conforme o esperado e dentro do tempo previsto. Exemplo: você resolveu disputar o ranking do SuperPoker e quer estar entre os três primeiros colocados. Você precisará levantar a pontuação obtida no ano anterior, para ter como base a quantidades de pontos totais que os três primeiros colocados alcançaram. Com base nisso, você calculará a média de pontos mensais necessária para que, no fim do ano, você consiga chegar Top 3 e com isso irá acompanhar a evolução e o quanto distante está de sua meta, além de poder reavaliar se o plano inicial traçado estava correto ou não, a tempo de fazer possíveis ajustes para alcançar as metas pré-estabelecidas. É claro que isso é um breve resumo sobre como elaborar um planejamento. O tema é bastante complexo e, caso você tenha maior interesse e queira se aprofundar no assunto, seria interessante buscar alguma literatura específica – existem livros que abordam o tema com profundidade. Espero que essas pequenas dicas possam ajudá-los a traçar um planejamento de maneira clara e objetiva. GL para todos nós em 2010!
Fábio “Sakuraba84” Eiji
coluna Caio Brites
Após completar sua meta, se tornou o mais novo instrutor do projeto SnG Team Pro. Quem é ”Sakuraba84”? Como você começou? Opa! Meu nome é Fábio Eiji e comecei há uns três anos jogando home game com os amigos. Interessei-me pelo poker e comecei a estudar cada vez mais. Em 2009, passei a trabalhar como dealer e, depois, a organizar torneios num clube em Floripa. Foi aí que surgiu o SNG TEAM PRO, e eu resolvi investir nisso. Como é fazer parte do SnG Team Pro? Do que você mais gostou no projeto? Cara, o SNG TEAM PRO me abriu portas que, sozinho, teria que penar muito mais pra conseguir. Ele me proporcionou a oportunidade de estar em contato com grinders competentes, que buscavam o mesmo que eu. Tive a chance de aprender muito e de desenvolver meu jogo junto a essas pessoas. Isso, juntamente com os coachs, foi o que mais gostei e aproveitei no projeto. Agora que você concluiu a meta, quais são seus planos para 2010? Bom, a minha primeira meta pra 2010 já foi alcançada. Era me tornar um dos instrutores do SNG TEAM PRO e passar a dar coachs de SnG MTT. Agora, busco continuar estudando e grindando, para construir um bankroll que me permita rodar o circuito live brasileiro e, quem sabe, o internacional. Que dica você daria para aqueles que desejam ingressar no SnG Team Pro? Bom, em primeiro lugar, grindem bastante para ter a certeza de que é isso que querem, porque o ritmo é pesado, não tem “molezinha”. Se acharem que aguentam, corram atrás mesmo, porque vale muito a pena! Sakuraba, muito obrigado pela entrevista e parabéns pela sua conquista! Obrigado pela oportunidade. Queria deixar um abraço para o meu amigo Pedro, que me ajudou muito quando eu estava começando, e outro para os meus colegas e amigos que conquistei no time. E um beijo grande pra minha namorada, Eli, que teve paciência e compreensão para aturar esse tempo todo dedicado ao grind. Valeu!
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coluna Jurídica
2010: o ano do Poker no brasil? Temos que participar das discussões políticas e sociais em torno do poker
O
ano de 2010 traz consigo muita esperança para o poker no Brasil. Encerramos 2009 com um quadro muito positivo, com o primeiro passo para alterar qualquer disposição legal sendo dado com a popularização do poker e a verdadeira invasão do assunto nas mídias de massa. Falando em mídias de massa, vimos o assunto abordado em espaços extremamente populares, como portais de internet, revistas e programas de televisão. Nesse ponto, o leitor pode se questionar: “Mas o que a tal popularização do jogo pode auxiliar na regulamentação?” Na verdade, ainda que o reconhecimento da legalidade do poker dependa dos legisladores, quer seja pela edição de nova lei que efetivamente declare a total licitude da atividade ou ao menos torne mais clara a definição do que seriam os tais “jogos de azar” – vedados atualmente pelo Decreto-Lei 3.688/41 –, o fato é que toda e qualquer mudança no cenário legal historicamente tem fundo na cultura e na realidade social de determinado país. E isso efetivamente já foi alcançado pelo poker brasileiro. O que antes era uma atividade marginalizada, alvo de preconceitos das mais diversas naturezas, hoje já se mostra mais familiar ao grande
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público, o que, mais cedo ou mais tarde, deverá culminar na solução definitiva da sua situação legal. Essa expectativa é tão realista que já abordamos o contra-ataque aos opositores do poker, protagonizado pelo deputado Régis de Oliveira, na Câmara dos Deputados, ao se manifestar favoravelmente à sua prática no Brasil, e o que é melhor, de uma forma sóbria, consciente e com um vasto conhecimento dos entraves legais que ele, como desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo, certamente possui. Esse apoio ao jogo em geral, vindo de uma casa legislativa brasileira, dá mostras de que não é exagero imaginar que 2010 poderá vir a ser um ano decisivo para o poker no que diz respeito ao aspecto da legalidade. Se 2009 foi o ano da consolidação da presença marcante do poker na sociedade, está muito claro que este ano de 2010 poderá trazer uma grata surpresa para todos os praticantes e simpatizantes desse esporte da mente.
É
claro que nem tudo pode ser positivo e, infelizmente, tivemos sinais de retrocesso no Senado brasileiro, com o plágio – muito mal elaborado, por sinal – do UIGEA – Unlawful Internet Gambling Enforcement Act –, conhecido internacionalmente como “Lei Anti-Gamble” e
Gustavo “GM” Andrade Natural de Assis (SP) e residente em São Paulo, é advogado criminalista e jogador de poker.
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que aportou nos EUA como uma séria ameaça às transações financeiras originadas do jogo online. Assim, o Senado brasileiro produziu a sua versão daquela medida, o que representa desmedida afronta às liberdades individuais dos cidadãos brasileiros. O fato é que tramitam no Senado Federal, de forma conjunta, dois projetos de lei, sendo o primeiro, apresentado em abril de 2008, de autoria do senador Magno Malta (121/2008), que, ao pretender a vedação de transações financeiras relacionadas a jogos de azar, praticamente repete o UIGEA norte-americano, e que, também, adiciona as transações financeiras relacionadas à pedofilia.
E
m alguns pontos nota-se grande semelhança com o texto original do UIGEA norte-americano que fala em vedação de “transações ilegais” derivadas de “jogos ilegais”, enquanto a “versão nacional” menciona “jogos ilícitos”, “jogos de azar” e “operações de crédito e débito”. O descumprimento da norma legal inserida no Projeto de Lei 121/08 seria o tratamento das operações de débito como cobranças indevidas e sujeitas às penas contidas no Código de Defesa do Consumidor. No entanto, em 2009, outro projeto de lei sobre o mesmo tema (255/09) foi apresentado pelo senador Garibaldi Alves Filho, complementar ao projeto de Malta, e define como crime, punido com 1 a 3 anos de detenção, “a facilitação da exploração de jogo de azar por meio de rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado, bem como a autorização para pagamento de crédito ou aposta relacionados ao referido jogo.” A justificativa para tal projeto seria a dificuldade de se processar as empresas que se dedicam à exploração de “jogos de azar” pela Internet, na medida em que se encontram fora do território brasileiro e, dessa forma, inalcançáveis pela nossa jurisdição. Dessa forma, os alvos do referido texto, e potenciais sujeitos passivos dos crimes descritos,
são os responsáveis pelos provedores de acesso à Internet e pelas empresas operadoras de crédito e demais instituições financeiras que se relacionem com o jogo online. Contudo, tal projeto de lei (255/09), assim como o seu antecessor (121/08) e o próprio Decreto-Lei 3688/41, não define o que seria “jogo de azar” e deixa a cargo dos destinatários da lei a definição do que seria legal ou ilegal.
A
ssim sendo, caso esse projeto seja convertido em lei – o que se espera que aconteça até o fim deste ano –, as empresas de cartão de crédito e outras relacionadas a pagamentos, assim como os provedores de internet, teriam de decidir quais serviços e atividades poderiam ser considerados “jogos e azar”, e portanto proibidos, e quais não se enquadrariam nessa categoria. Vale lembrar que a escolha “errada” poderá acarretar sérios problemas criminais para os responsáveis por essas empresas, sendo que o mais provável será tanto os operadores de pagamentos quanto os provedores de internet simplesmente bloquearem o acesso de IPs brasileiros aos sites que ofereçam quaisquer tipos de jogos, inclusive o poker, a fim de não assumir o risco de uma interpretação equivocada do comando legal, o que poderia culminar em uma condenação criminal. O curioso nessa história é que o mesmo senador Garibaldi Alves, em 2007, apresentou o Projeto de Lei nº 359/07, com vistas à regulamentação do jogo de bingo, que passaria a ser explorado diretamente por entes estatais ou por empresas autorizadas pelo governo, como é o caso das loterias da Caixa Econômica Federal, o que demonstra uma certa hesitação no ânimo do parlamentar quando o assunto é a repressão aos chamados “jogos de azar”. Posto isso, é fato que 2010 será um ano de muitas discussões na esfera do Poder Legislativo Federal, e esperamos sobriedade dos nossos legisladores para que tratem a questão da melhor forma possível e formulem leis que sejam adequadas às novas realidades brasileiras, como é o caso do poker. fevereiro |
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Torneios Regionais
Destaque para Érico Garcia
Rio Quente Resorts de Texas Hold’em
Rio Quente Resorts dispensa maiores apresentações. Há alguns anos, é um dos maiores e mais conceituados resorts do Brasil, localizado a 160 quilômetros de Goiânia, no conhecido município de Rio Quente, próximo a Caldas Novas, no Estado de Goiás. Além das muitas atrações, o resort inaugurou recentemente a maior praia artificial de água quente do mundo, um atrativo a mais para os seus visitantes. Mesmo estando localizado fora da área urbana, o resort possui acesso fácil, tanto por via terrestre, quanto aérea, oferecendo a opção de voos diretos de São Paulo para o resort. A estrutura hoteleira, de nível internacional, se impõe de maneira mais contundente em meio à natureza exuberante e ao paisagismo harmônico, projetado por Burle Marx, arquiteto e paisagista mundialmente celebrado. Esse foi o cenário do II Torneio Rio Quente Resorts, realizado, com o mais absoluto sucesso, entre os dias 27 e 29 de novembro. Mesmo sem oferecer uma premiação garantida, o torneio atraiu 95 jogadores de diversas partes do Brasil, que
estiveram presentes para disputar um torneio com buy-in de R$ 800,00 e uma estrutura semelhante à usada no Campeonato Brasileiro de Poker, o BSOP. Júlio César Costa, presidente da Federação Goiana de Poker, não escondeu a satisfação com o sucesso de seu evento: “Verdadeiramente, e de maneira muito humilde, ficamos felizes e agradecidos aos muitos amigos e amantes do poker de todo Brasil que vieram nos prestigiar e desfrutar de dias bastante agradáveis tanto no pano quanto nas águas quentes do melhor Resort de Campo do Brasil.” Disse ele, completando: “Gostaríamos de agradecer aos muitos amigos e parceiros que divulgaram e apoiaram nosso evento, unindo seus nomes e suas marcas aos nossos.” Ao fim da disputa, somente dez nomes chegaram à mesa final: Sávio Camargo, Wellington Lemes, Marcelo Willian, Daniel Heller, Fernando Valadares, Luís Gustavo, Marcelo Mauad, João Neto, Tim e Beto Sá. Depois de horas de intensa disputa e jogadas incríveis, restavam ainda na briga Beto Sá, João Neto e Luís Gustavo. Beto Sá, jogador extremamente
habilidoso, encerrou a sua participação na terceira colocação. O heads-up foi decidido entre João Neto e Luís Gustavo, que se digladiaram pelo troféu de campeão. Dessa vez, Luís Gustavo levou a melhor e conseguiu bater o atual campeão goiano, que teve que se contentar com o troféu de vice-campeão e mais uma bolada de dinheiro, semelhante às muitas que ele ganhou naquele ano. Parabéns, Luís Gustavo, que mostrou grande evolução no seu poker no ano de 2009, tendo obtido excelentes resultados em diversos torneios da Federação Goiana, o que lhe deu a quinta colocação geral no Ranking do Campeonato Goiano. A Federação Goiana espera poder contar com jogadores de todo o Brasil, entre os dias 29 de abril e 02 de maio, para o III Torneio Rio Quente Resorts de Texas Hold’em.
A Liga Curitibana encerrou as atividades de 2009 com números que impressionam. Comprovando a força do cenário paranaense, ao todo 1.741 jogadores estiveram presentes nos 279 torneios realizados ao longo do ano. Em premiação, foram distribuídos mais de R$1.656.476. No pano, o grande destaque foi Érico “Negão” Garcia, que obteve um aproveitamento impressionante. Érico disputou 116 torneios e chegou à zona de premiação em 30% deles. Além disso, ele cravou o título em 12 etapas. Esse desempenho lhe valeu o título do Ranking Geral 2009 e uma premiação extra de R$1.000. Ao que tudo indica, a nova revelação do Paraná tem tudo para se tornar, em breve, um rosto conhecido nos principais torneios do Brasil. A segunda colocação no ranking ficou com o conhecido jogador João Paraná, que havia sido bicampeão nas temporadas 2007 e 2008. A presença de João Paraná na segunda colocação valorizou em muito a conquista de Érico. Outro destaque ficou com Cléverson Tiradentes, que venceu o ranking do Curitiba Poker Tour e terminou a temporada no terceiro posto do Ranking Geral. O ano de 2010 promete muito para o poker nacional, e a Liga Curitibana estará junto nessa esteira, sempre oferecendo os melhores e maiores torneios do Paraná! Sucesso a todos no ano que começa!
Chreem’s Cup
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nualmente, a comunidade do poker carioca se reúne, no mês de dezembro, em um tradicional campeonato de Texas Hold’em, na cidade maravilhosa. A reunião, que conta com os maiores nomes do Texas carioca, como CK, Fernando Saboya, Beto Bahia, Gualter Salles, Mones Musieracki, David Chreem, Sidão Chreem e Marcus Kruel, e tem como anfitrião o conhecido jogador carioca Hélio Chreem.
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São José do Rio Preto
Torneio esquenta o fim de ano no Interior de São Paulo Localizada a 450km distante de São Paulo, a cidade de São José do Rio Preto recebeu, nos primeiros dias de dezembro, o seu primeiro torneio oficial de Texas Hold’em: o 1º Rio Preto Poker Fest, que aconteceu no Rio Preto Automóvel Clube. O evento, que teve com anfitrião o jogador Fernando Issas, contou com o apoio da equipe da Stack Eventos, na organização, e teve ainda a presença do competente EltonCz, na direção. Atraindo 127 inscritos, que pagaram um buy-in de R$ 250,00 + R$ 50,00, o evento foi um sucesso, que gerou um prizepool de mais de 30 mil reais, sendo nove mil reais somente para o campeão. Após dois dias de disputa, o evento conheceu seus nove mesa finalistas. Com o domínio absoluto de jogadores do interior a final table do 1o Rio Preto Poker Fest ficou assim:
A MESA FINAL
Torneio 2º O
Liga Curitibana
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º
Júnior André Japa Daniel Medeiros Eduardo Tosquiador Abner Souza Donega Rômulo do Valle Alberto Kancha Nilton Shibuya
600.000 278.500 250.500 240.500 228.000 192.000 179.500 172.000 116.500
O título do torneio acabou ficando com o jogador Nilton Shibuya que jogou o heads-up contra o jogador Júnior. A terceira posição ficou com o jogador Andre “Japa”, de São Carlos. Parabéns ao clube pela ótima infraestrutura oferecida; ao povo de Rio Preto que compareceu ao torneio; aos organizadores por esta iniciativa pioneira na região, e aos campeões do torneio. É o poker do Interior mostrando a sua força. fevereiro |
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Iniciantes
Home Game
Dicas para
sugestão de como você poderá montar o jogo, com base em uma maleta prateada com 300 fichas: 100 fichas 50 fichas 50 fichas 50 fichas 50 fichas
Você montar um
Torneio em casa
Q
uer reunir os amigos para passar o tempo, bater um papo, se divertir e, melhor, sem gastar muito dinheiro? Pois bem, reunir a galera para uma sessão de poker em casa é uma ótima opção para as noites da semana! Atualmente, é comum encontrar grupos de pessoas que se reúnem para fazer um home game e, a cada dia, essa prática está ganhando mais e mais adeptos. Por quê? Simples: é muito mais cômodo, seguro e econômico. E, podem acreditar, será tão divertido quanto se encontrar com a galera no shopping, barzinho ou algo assim. Mas, para que tudo ocorra de uma forma organizada e não vire bagunça, não basta apenas conhecer o jogo, é necessário ter o material apropriado e saber um pouco da dinâmica do Hold’em. Calma, não precisa se assustar, caro leitor. Montar um home game não é tão difícil assim, mas isto tem que ser bem explicado, pois, apesar de ser um encontro com amigos, o home game é uma “brincadeira” muito séria. Convidamos um dos maiores diretores de torneios do País, EltonCz – Stack, Nutzz!, H2 Club, ADTP e diversos outros eventos –, para dar algumas dicas para quem quiser montar o seu próprio home game. Bom, para começar, o ideal é montar um modelo de torneio sit-and-go de cinco a oito pessoas. Para isso, você precisará de:
1 baralho completo (sem os coringas) 1 conjunto de fichas 05:52 1 relógio ou timer D 1 botão de dealer 1 toalha de mesa Prefira um baralho 100% plástico, pois são melhores para embaralhar e mais difíceis de serem marcados. Bem, estamos no século 21, então nada de jogar o seu home game com feijões e palitinhos. Um conjunto de 100 fichas de plástico, com quatro cores, custa a partir de R$15. Porém, se você 96 | fevereiro
quiser impressionar, uma maleta de alumínio com 300 fichas de cerâmica, baralho e botões de posição, pode facilmente ser encontrada no mercado custando cerca de R$220.
Preparo do Torneio
Combine com os seus amigos um valor para o buy-in e para o rake – esse último é para cobrir o gasto com comida e bebida. Lembre-se de que a prioridade dessa reunião é jogar com os amigos, e não ganhar dinheiro em cima deles. A seguir, há uma tabela com valores de buy-in, como sugestão. Nº jog 5 6 7 8
Buy-in + Rake Total Premiação Total Rake In the Money R$20+5 $100 $25 1 R$20+5 $120 $30 1 R$20+5 $140 $35 2 R$20+5 $160 $40 2
Se os jogadores concordarem, eles podem implementar o rebuy, ou seja, o participante que perder tudo terá que pagar o valor do buy-in para receber novas fichas e continuar jogando com seus colegas. Mas atenção, imponha um limite de rebuy por pessoa e, dependendo do número de fichas no torneio, determine o total de rebuys que poderá ser feito durante o jogo ou por quanto tempo os rebuys poderão ser efetuados. Agora você precisa montar o stack inicial. Para isso, você seguirá três passos: Primeiro passo: analise a quantidade de pessoas e de fichas que possui – ao abrir a maleta, veja em quantas cores as fichas estão separadas e a quantidade de cada uma. Exemplo: caixas de 100 e 200 fichas costumam ser divididas em quatro cores, em quantidades iguais; já os cases de 300 são divididos em até cinco cores e em diferentes quantidades de fichas. Segundo passo: atribuir valores para as fichas, de acordo com a sua quantidade e cor. Aqui, coloco apenas uma Bicycle, Bike, Wheel, Minhoca A 2 3 4 5
Verdes Pretas Azuis Brancas Vermelhas
25 100 500 1.000 5.000
Observe que quanto maior a quantidade de fichas, menor é o seu valor, e essa deve ser a proporção que você deve usar na montagem do stack. Em alguns casos, há maletas que já vêm com as fichas numeradas, o que elimina esse passo. Terceiro passo: dividir igualmente os stacks entre os jogadores. Essa não é uma tarefa tão difícil, mas exige atenção, para não errar no cálculo. Estipule um montante inicial para cada jogador, sempre levando em consideração o total de fichas e a quantidade de jogadores. Abaixo uma ideia de como montar um stack de 5.000 fichas para iniciar o game. Sng 8 jogadores
Valor das fichas 25 100 500
Cor verde preta azul
Quantidade 4 4 3
Total em Fichas 100 400 1.500
1.000
branca
3 14
3.000 5.000
P
ara começar a jogar, falta apenas definir o tempo e o valor dos blinds. Não sabe o que é isso? Blinds são as apostas pagas antes das cartas serem recebidas pelos dois jogadores sentados à esquerda de quem possui o botão do dealer. O blind serve para dar agilidade e fluidez no Texas Hold’em. O jogador sentado à esquerda do dealer é obrigado a pagar metade do valor total para entrar na rodada, que, nessa posição, chama-se Small Blind (SB). Este também é o primeiro jogador a realizar a ação à mesa, depois de virado o flop. A pessoa que também está à esquerda do SB é obrigada a pagar o valor integral para entrar na rodada, e essa posição chama-se Big Blind (BB). Detalhe: essas apostas são pagas antes de as duas pessoas olharem suas cartas. Após o término da rodada, as posições passam para o próximo jogador à esquerda, e assim sucessivamente. Em torneios e sit-and-gos, os valores dos blinds aumentam depois de um certo tempo estipulado. Isso faz com que os jogadores mudem de estratégia constantemente e traz velocidade ao jogo. Ao lado, está uma sugestão para montar os tempos e os valores dos blinds, de acordo com a montagem do stack, conforme sugerido anteriormente. Se quiser aumentar o tempo de jogo, mude o blind para vinte ou trinta minutos. Você pode também aumentar a quantidade inicial de fichas (stack) para 10.000, acrescentando uma ficha de 5.000. São
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diversas opções para ajustar o jogo e deixá-lo mais interessante.
Início
Nível de Blinds SB BB 25 50 50 100 75 150 100 200 Break 150 300 200 400 300 600 400 800 Break 500 1.000 600 1.200 800 1.800 1.000 2.000 Break 1.200 2.400 1.500 3.000 2.000 4.000 2.500 5.000
Tempo 15 min 15 min 15 min 15 min 10 min 15 min 15 min 15 min 15 min 10 min 15 min 15 min 15 min 15 min 10 min 15 min 15 min 15 min 15 min
Baralho e fichas na mesa e jogadores a postos. Certifique-se de que todos já pagaram seus buy-ins e que os comes e bebes já foram providenciados. Agora, é necessário decidir com quem começa o botão do dealer. Para isso, abrem-se as cartas na mesa com as costas para cima e todos os jogadores pegam uma carta. O participante que tem a carta maior é quem começa com o botão do dealer. Agora, essa pessoa é quem vai embaralhar, distribuir e virar as cartas na mesa. Detalhe: o Ás é a maior carta do baralho.
S
empre verifique se os dois jogadores à esquerda do dealer– lembre-se de que esses são o SB e o BB – já pagaram os blinds. É o dealer quem embaralha e distribui as cartas, após a pessoa à sua direita dar um “corte seco” no baralho. Ah! Não se esqueça de que o Texas Hold’em é jogado com duas cartas na mão e que cinco são abertas na mesa, para uso comunitário. Importante: o dealer, o SB e o BB não ficam com a mesma pessoa; ao término de cada jogada ele sempre será repassado para a pessoa à esquerda. Depois de cada jogador receber as suas cartas, o primeiro a realizar a ação é o jogador à esquerda do BB. Nas rodadas seguintes – depois de virados o flop, o turn e o river – o primeiro a jogar é o SB. Agora que está tudo pronto, é só aproveitar a noite e se divertir bastante. Bem, essas são as recomendações básicas para você começar a fazer seu home game em casa. Para mais detalhes de regras básicos, visite os sites especializados, como o SuperPoker.com.br. Um bom jogo a todos e uma ótima diversão! fevereiro |
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Social
PokerStars Caribbean Adventure
M a i n E v e nt
Dias 04 a 14/01 Nยบ de Torneios: 50 torneios Buy-in: U$$ 10,000 + 300 Estrutura: 30K / 60 min Prizepool: US$ 14,554,300 Local: Atlantic Resort e Casino Field: 1.529 jogadores ITM: 1ยบ ao 224ยบ
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Social
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BSOP – Bal. Camboriú (SC)
Circuito Paulista Hold’em
Etapa dos Campeões Dias 11 a 13/12 Buy-in: R$ 2.000 + 300 Estrutura: 15K / 45 min Prizepool: R$ 376K Local: BC Club Field: 188 Jogadores ITM: 1º ao 18º
Etapa dos Campeões Dias 15 a 17/01 Buy-in: R$ 1.000 + 150 Estrutura: 15K / 30 min Prizepool: R$ 228K Local: H2 Club Field: 228 Jogadores ITM: 1º ao 24º
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Social
Rio Hold’em Tour Dias 18/12 a 20/12 Buy-in: R$700+100 Stack Inicial: 20K Blinds: 30 minutos Prizepool: R$105K Local: Hotel Portobello Field: 151 Jogadores ITM: 1º ao 20º
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calendário Evento 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58
104 | fevereiro
Data 28 de maio 28 de maio 29 de maio 30 de maio 31 de maio 1 de junho 1 de junho 2 de junho 3 de junho 3 de junho 4 de junho 4 de junho 5 de junho 5 de junho 6 de junho 7 de junho 8 de junho 9 de junho 9 de junho 10 de junho 10 de junho 11 de junho 11 de junho 12 de junho 12 de junho 14 de junho 14 de junho 15 de junho 15 de junho 16 de junho 16 de junho 17 de junho 17 de junho 18 de junho 18 de junho 19 de junho 19 de junho 20 de junho 21 de junho 21 de junho 22 de junho 23 de junho 23 de junho 24 de junho 25 de junho 25 de junho 26 de junho 26 de junho 28 de junho 28 de junho 29 de junho 30 de junho 30 de junho 1 de julho 1 de julho 2 de julho 3 de julho 5 de julho
Hora Modalidade
Dias
Buy-in
12:00 17:00 12:00 17:00 12:00 12:00 17:00 12:00 12:00 17:00 12:00 17:00 12:00 17:00 17:00 12:00 12:00 12:00 17:00 12:00 17:00 12:00 17:00 12:00 17:00 12:00 17:00 12:00 17:00 12:00 17:00 12:00 17:00 12:00 17:00 12:00 17:00 17:00 12:00 17:00 12:00 12:00 17:00 12:00 12:00 17:00 12:00 17:00 12:00 17:00 12:00 12:00 17:00 12:00 17:00 17:00 14:00 12:00
2 5 4 3 3 3 3 3 3 3 3 3 4 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 4 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 4 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 4 3 3 3 3 4 3 3 3 3 1 13
US$ 500 US$ 50,000 US$ 1,000 US$ 1,500 US$ 1,500 US$ 5,000 US$ 2,500 US$ 1,500 US$ 1,500 US$ 10,000 US$ 1,500 US$ 1,500 US$ 1,000 US$ 1,500 US$ 10,000 US$ 1,500 US$ 5,000 US$ 2,000 US$ 10,000 US$ 1,500 US$ 1,500 US$ 1,000 US$ 2,500 US$ 1,000 US$ 10,000 US$ 2,500 US$ 1,500 US$ 2,500 US$ 10,000 US$ 1,500 US$ 1,500 US$ 5,000 US$ 2,500 US$ 1,000 US$ 10,000 US$ 1,000 US$ 3,000 US$ 10,000 US$ 1,500 US$ 2,500 US$ 1,500 US$ 1,500 US$ 10,000 US$ 2,500 US$ 1,500 US$ 5,000 US$ 1,000 US$ 2,500 US$ 1,500 US$ 5,000 US$ 3,000 US$ 25,000 US$ 1,500 US$ 1,000 US$ 10,000 US$ 2,500 US$ 5,000 US$ 10,000
Casino Employees No-Limit Hold’em The Poker Player’s Championship No-Limit Hold’em Omaha Hi-Low Split-8 or Better No-Limit Hold’em No-Limit Hold’em Shootout (2000 players max) 2-7 Triple Draw Lowball (Limit) No-Limit Hold’em Pot-Limit Hold’em Seven Card Stud Championship No-Limit Hold’em Limit Hold’em No-Limit Hold’em 2-7 Draw Lowball (No-Limit) Seven Card Stud Hi-Low Split-8 or Better Championship No-Limit Hold’em / Six Handed No-Limit Hold’em Limit Hold’em 2-7 Draw Lowball Championship (No-Limit) Pot-Limit Omaha Seven Card Stud Ladies No-Limit Hold’em Championship Limit Hold’em / Six Handed No-Limit Hold’em Omaha Hi-Low Split-8 or Better Championship No-Limit Hold’em / Six Handed Seven Card Stud Hi-Low-8 or Better Pot-Limit Omaha Limit Hold’em Championship No-Limit Hold’em H.O.R.S.E. No-Limit Hold’em / Six Handed Pot-Limit Hold’em/Omaha Seniors No-Limit Hold’em Championship Heads Up No-Limit Hold’em Championship (256 player max) No-Limit Hold’em H.O.R.S.E. Pot-Limit Hold’em Championship No-Limit Hold’em Shootout (2,000 player max) Seven Card Razz Pot-Limit Omaha Hi-low Split-8 or Better No-Limit Hold’em H.O.R.S.E. Championship Mixed Hold’em (Limit/No-Limit) No-Limit Hold’em Pot-Limit Omaha Hi-low Split-8 or Better No-Limit Hold’em Mixed Event No-Limit Hold’em Pot-Limit Omaha Triple Chance No-Limit Hold’em No-Limit Hold’em / Six Handed Limit Hold’em Shootout No-Limit Hold’em Pot-Limit Omaha Championship No-Limit Hold’em Ante Up For Africa Poker Tournament No-Limit Hold’em Championship
Humor
criado por Bobby Crosby - www.plusev.net
Aventuras nas Bahamas
Home Game
Quer ver seu home game aqui na Flop? Mande suas fotos para homegame@revistaflop.com.br
Poker não se resume a disputas por grandes potes, competições por títulos ou campeonatos milionários. Poker, acima de tudo, é uma grande confraternização. Um jogo social que une famílias, amigos, e aproxima pessoas. Movidos por esse espírito, trazemos para o nosso leitor esta nova seção, reservada para os anônimos que se reúnem em torno das mesas por todos os cantos do País, para se divertir, jogar e fazer novos amigos.
2008 Da esq. para a dir. (em pé): Franklin, Raquel, Igor, Rerisson, João Paulo, Lavizli, Anderson, Aracely e Márcio. Sentados: Jovi, João e Michelly.
Fortaleza/CE 2009 Emanuel, Jovi, Lavizli, Anderson, Raquel, Enio, MIchelly, João Paulo, Fabiana, Lena, Mazela, Manu, Franklin, João, Márcio e Sr. Pompeu
Todos os anos, no mês de dezembro, velhos amigos se encontram para colocar a conversa em dia, matar a saudade e jogar poker. ATENÇÃO: MANDE, PELO MENOS, TRÊS FOTOS EM ALTA RESOLUÇÃO DE SEUS ENCONTROS para ele ser publicado na revista. 106 | fevereiro
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