NĂşmero 18 / Abril 2010
A Revista de Poker do Brasil!
anos Tower Cruise LAPT Punta
BSOP
Na Argentina eles dizem que você
NÃO SABE NADA DE POKER
Americas Cup of Poker Não deixe eles se saírem com essa conversinha. Isso não é apenas sobre o poker, é uma questão de orgulho nacional. Mexa-se e lute pelo seu País no Americas PokerStars.net Cup of Poker: nação contra nação, lutando pelo direito de se chamar o melhor das Américas. E para tornar ainda mais explosiva, nós enviaremos duas equipes de quatro jogadores para uma Grande Final em Foz do Iguaçú em maio próximo, onde eles serão comandados por um Team PokerStars Pro brasileiro. Entre nessa batalha. Represente o seu País de graça – acesse agora o maior site do poker gratuito do mundo.
Editorial EDITORA
Uma Publicação da
Editora Flop Ltda. Av. Angélica, 2.582 cj. 11 01228-200 – São Paulo, SP (11) 3237-3210 www.revistaflop.com.br /revistaflop flop@revistaflop.com.br
Editor-chefe Juliano Maesano Editor de Jornalismo Amúlio Murta
H
á algum tempo eu venho esperando por esta nossa edição de número 18. Não comemoramos muito o primeiro ou o segundo aniversário da Flop, mesmo porque eu não considerava essas datas como marcos de uma etapa cumprida. Considero este momento como o fim de uma fase: a época em que os pioneiros do poker brasileiro lutaram pela aceitação e pelo nosso espaço. Foi só agora, três anos após o início da Flop, que conseguimos nos colocar à beira de uma segunda etapa: estamos prontos para o boom nacional. Daqui para frente, muitos dos pioneiros serão “esquecidos”. Isso é natural, pois começam a surgir novos jogadores e novas conquistas serão realizadas. Todos aqueles que aparecem citados nestas dezoito Flops foram os responsáveis por colocar o poker onde ele se encontra hoje no Brasil. Fizemos nossa parte. Alguns de nós continuarão este trabalho, seja nos bastidores ou jogando nas mesas ao vivo e online. A Flop seguirá dando destaque a todo jogador, evento ou notícia de importância nacional. Continuaremos com a exclusividade das iniciativas e talentos brasileiros em nossas capas. Para aqueles que estão chegando agora: bem-vindos! Aproveitem esta maravilhosa comunidade que faz o poker brasileiro.
Juliano Maesano
Editor-chefe
maesano@revistaflop.com.br
/jmaesano
/MVRTA
Arte e Editorial Thiago Frotscher
/frotscher
WebMaster Pedro Henrique Junqueira Barbosa Costa
/pedrocart
Revisão José Édison da Costa Tratamento de imagens Premedia Crop Colaboradores Alexandre Ferreira, André Akkari, Christian Kruel, Christian Stanilawski, Daniel Cantera, Felipe Ramos, Howard Lederer, Igor Trafane, James Keane, Leo Bello, Marcos Sketch, Robinson Quiroga, Sérgio Braga e William Arruda. Impressão Intergraf Publicidade Regina Capasso comercial@revistaflop.com.br (11) 3237-3210 / 7869-5800 Las Vegas Representation Office Mario Guardado marioguardado@hotmail.com +1 (702) 672-3144 Assinatura Pelo site: www.revistaflop.com.br ou envie pedido para: assinatura @revistaflop.com.br Flop é uma publicação bimestral. Distribuição gratuita. Tiragem: 30.000 exemplares. A Revista Flop não se responsabiliza por opiniões e conceitos emitidos em artigos e colunas assinadas. Por uma decisão editorial, algumas palavras são mantidas com sua grafia em idioma original. É vedada a reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo sem autorização expressa.
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Sumário
Edição 18 – Abril 2010 36 | Poker das Estrelas Programa em TV Aberta 38 | 4 Anos de Sucesso Tower Cruise IV 42 | Feliz Aniversário 3 Anos da Revista Flop 48 | A Seleção Brasileira Conheça os Membros do Team Brazil 58 | Equipe de Alto Nível O Time de Profissionais do 4bet 68 | Latin American Poker Tour Punta del Este 72 | A Conquista da Coroa A Triple Crown dos Brasileiros 80 | Está Aberta a Votação Prêmio Flop 2009 82 | PokerStars News Entrevista com Negreanu De Cair o Queixo A Nova Fase da BSOP
Seções
Colunas
10 | abril
74
84 | Palestra TvPoker Pro Profissionais Ensinam a Jogar
Cartas
49 | Caderno Full Tilt
102 | Social
16 | Shuffle-Up
60 | Sit-and-Go Flop
108 | Calendário WSOP
20 | Poker Style
78 | BSOP e CPH
110 | Humor e Home Game
14 |
22 | Igor Federal Guerras e Batalhas 24 | André Akkari Finalmente na TV Aberta
32 | Full Tilt Rush Poker 86 | Marcos Sketch Do Live para o Online
96 | Sergio Braga Cash Game – Parte 3 98 | SNG TeamPro Atenção ao Jogar Pré-Flop
26 | Christian Kruel Estatísticas e Notes Online
90 | SportingBet Segurança na Internet
100 | MeBeliska Os Casos da Equipe do Site
28 | Felipe Mojave Jogar Satélites MTTs
92 | Tower Torneos O Jeito Tower de Jogar
30 | Leo Bello Poker e os Negócios
94 | ADTP Cuidado com o Comportamento American Airlines, Bullets, Pocket Rockets, Pardais A A
Atenção, Leitores!
A
pós três anos trabalhando na divulgação e na consolidação do poker em todo o território nacional, estamos iniciando uma nova fase. Sempre nos orgulhamos de levar conteúdo sobre poker, inteiramente grátis, para os lares brasileiros. Com o aumento significativo de nossas assinaturas, que hoje ultrapassam 30 mil, essa logística tornou-se mais complicada e dispendiosa. Em função disso, seguindo uma tendência mundial e visando manter o mesmo nível de qualidade técnica e gráfica, todos os assinantes que desejarem continuar recebendo a revista em suas casas deverão refazer o seu cadastro em nosso site (www.revistaflop.com.br) e pagar uma taxa de envio no valor de R$19,90 ANUAIS. Salientamos que a revista continuará inteiramente grátis, sendo que essa taxa de entrega torna-se necessária somente para o leitor que fizer opção por receber a revista no conforto do seu lar. Caso o leitor não faça a opção de receber a revista em sua casa, ela continuará disponível, podendo ser retirada de forma gratuita nos clubes parceiros, nos endereços indicados em nosso site e nos maiores torneios do País. Em seu terceiro aniversário, a Flop reitera o seu compromisso de desenvolver um jornalismo com a qualidade e a credibilidade que garantiram à revista um público fiel que a utiliza como principal fonte de informação impressa sobre poker no País.
Não se esqueça!
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R$19,90. abril |
11
Cartas
Envie suas sugestões, informações e opiniões para cartas@revistaflop.com.br
divisão do field
modalidades
Caro Carlos, diferentes torneios pelo mundo têm critérios igualmente distintos para essa divisão. Na BSOP e na WSOP, por exemplo, você pode escolher em qual dia quer jogar, desde que, claro, haja vagas. Em algumas etapas do EPT, os jogadores inscritos são sorteados entre os dias iniciais disponíveis. Costumeiramente, não existe um critério rigoroso, porém tenta-se sempre deixar cada dia com um número bem próximo de participantes.
Caro David, você não é o único leitor que nos tem solicitado material sobre outras modalidades de poker. Muitos profissionais brasileiros ainda não têm o costume de jogar outras vertentes do poker, por isso, encontrar um bom material sobre o assunto em português é um tanto difícil. Mas calma. Vamos conversar com nossos colunistas para trazer dicas de como jogar mixed games. Por enquanto, procure artigos pela internet sobre outras modalidades, mas um aviso: grande parte desse material será em inglês. Mas não deixe de estudar, pois esse é um requisito básico para se ter sucesso no poker.
Em torneios de field muito grande, quando ele tem que ser dividido em vários dias, qual o critério para essa divisão? O jogador escolhe com base na ordem de inscrição, ou existe algum outro fator para não deixar um dia mais “forte” que o outro? Carlos Burti, Caxias do Sul, RS
Baralhos
Só por curiosidade: quantos baralhos são usados em uma etapa da BSOP? Douglas Wenkel, Rio de Janeiro, RJ Caro Douglas, a BSOP, em parceria com a Copag, utiliza alguns métodos para diminuir a quantidade de baralhos usados em cada etapa, com o objetivo de minimizar os custos e o impacto ambiental gerado pelo ‘lixo’ de baralhos velhos. Hoje em dia, em cada etapa são usados cerca de 60 baralhos novos.
Test Drive Vegas
Amigos da Flop, adorei a seção de Test Drive da última edição! Quando irão fazer uma seção semelhante com os cassinos de Las Vegas? Como nunca fui para lá, gostaria de saber qual é o mais legal para quando puder ir. Ricardo Magalhães, São Paulo, SP
Gostaria de sugerir que houvesse mais colunas e comentários falando do HORSE e das suas modalidades. Achei fascinante esse jogo, mas encontro muito pouca coisa a respeito, principalmente sobre Razz e Stud. David Poyol, Londrina, PR
OoOPs!
Após enfrentar um duro caminho até chegar ao título estadual em seu Estado, Santa Catarina, o Campeão Catarinense de 2009, Maikon Alves, não imaginava que em nossa edição de número17 teria o crédito de sua conquista dado a outro jogador. Foi o que aconteceu. Jogador mais regular do circuito catarinense de 2009, Maikon Alves sagrou-se campeão, vencendo e convencendo. Ao lado, a foto do campeão com o devido crédito e nosso pedido de desculpas. Parabéns, Maikon Alves, Campeão Catarinense de 2009!
Em geral, costumamos deixar para a seção Test Drive algumas dicas sobre softwares, mas sua sugestão pode ser resolvida ao ler nossas matérias sobre Las Vegas lá nas edições especiais sobre as WSOPs. Como conselho rápido, os melhores cassinos para se jogar torneios ou cash games na cidade mais divertida do mundo são o The Venetian, o Bellagio e o Caesars Palace, na Strip. O Wynn é recomendado para cash games e séries esporádicas de torneios. Já em downtown, a pedida é o clássico Horseshoe e seu vizinho Golden Nugget – ambos promovem eventos de preços mais acessíveis, assim como cash para todos os gostos.
14 | abril
Maikon Alves
Shuffle-up and Deal
National Heads-Up da NBC
Annie Duke
duelos mano a mano, que valiam uma premiação de US$1,5 milhão. Como novidades no field, estiveram presentes Jason Mercier, Joe Cada, Darvin Moon e Kara Scott, que tentaram desbancar o campeão do ano passado, o Full Tilt Pro Huck Seed. Depois de três dias de disputa, o NBC National Heads-Up Championship acabou vencido pela jogadora Annie Duke. Após derrotar Andy Bloch na primeira e Darvin Moon na segunda rodada, Annie encarou Jerry Yang em uma das quartas de final, e, após superálo, enfrentou Dennis Phillips na semifinal. Após mais uma vitória, Duke ficou aguardando para saber quem seria o seu adversário no heads-up decisivo. Erik Seidel começou o torneio derrotando o atual campeão Huck Seed. Na segunda rodada, ele passou por David Williams e, depois, conquistou mais uma vitória sobre Chris Moneymaker, garantindo-se na semifinal, O seu adversário na semifinal foi Scotty Nguyen, que também não resistiu. Na grande final, em uma disputa no formato “melhor de três”, Annie saiu na frente, mas Seidel,
na segunda partida, empatou a disputa. No jogo de desempate, Duke colocou todas as suas fichas no centro da mesa; o seu par de Damas venceu a mão e ela dobrou as suas fichas. Na mão decisiva, Seidel foi all in e Duke pagou com um par de 9. Quando as cartas comunitárias foram viradas, a mão de Duke ainda se transformou em uma sequência, tornando-a a primeira mulher a vencer o NBC National HeadsUp Championship.
RESULTADO FINAL
O National Heads-Up Poker Championship 2010, considerado um dos mais importantes torneios do calendário do poker mundial, teve a sua sexta edição disputada entre os dias 5 e 7 de março. Dos 64 lugares no field, 57 eram para convidados e os outros sete haviam sido definidos nos qualificatórios online. Phil Ivey, Daniel Negreanu, Doyle Brunson, Phil Hellmuth e Chris “Jesus” Ferguson, Barry Greenstein, Gus Hansen, foram alguns dos nomes que estiveram mais uma vez competindo em
1º 2º 3º 3º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º
Annie Duke Erik Seidel Scotty Nguyen Dennis Phillips Jerry Yang Doyle Brunson Jason Mercier Peter Eastgate Paul Wasicka Eli Elezra Annete Obrestad Barry Greenstein Gabe Kaplan Phil Laak Chris Moneymaker Jamie Gold
US$ 500,000 US$ 250,000 US$ 125,000 US$ 125,000 US$ 75,000 US$ 75,000 US$ 75,000 US$ 75,000 US$ 25,000 US$ 25,000 US$ 25,000 US$ 25,000 US$ 25,000 US$ 25,000 US$ 25,000 US$ 25,000
Party
contrata astro do
futebol
O capitão do Roma e lenda do futebol italiano Francesco Totti foi confirmado como o novo embaixador do PartyPoker. Totti irá representar a marca na Itália e jogará patrocinado pelo site. Pelo acordo, Totti torna-se a maior estrela do esporte italiano a assinar um contrato com uma poker room em seu país. Em entrevista, Totti ressaltou: “Eu tenho construído minha carreira com muita aplicação, habilidade, inteligência e paixão. Você precisa de todas essas características no poker e exercitar tudo isso me diverte muito. Obrigado ao PartyPoker. Eu estou preparado para combinar minha paixão pelo esporte com os desafios dos torneios de poker. As qualidades de que você precisa para se tornar um bom jogador de poker são as mesmas para qualquer outro esporte.” Totti será visto, a partir de agora, em campanhas publicitárias na TV e em outdoors, por toda a Itália.
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Discutindo o futuro
do poker no País As Federações dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Pará, Mato Grosso do Sul, Bahia, Goiás, Alagoas e Espírito Santo estiveram reunidas na capital paulista, na primeira semana de março, para debater e aprovar as estratégias da Confederação Brasileira de Texas Hold’em (CBTH) para o ano de 2010. Muitas novidades e boas notícias foram apresentadas pelo presidente da Confederação, Igor Federal, que destacou o apoio financeiro dos sites PokerStars e Full Tilt Poker na luta pela regulamentação e pelo reconhecimento do Texas Hold’em como esporte no País. Durante a reunião, foi aprovada a filiação à CBTH das Federações de Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A CBTH congrega, agora, 12 federações estaduais. Além dos representantes das federações estaduais, a reunião contou, ainda, com a presença dos advogados da CBTH, que permanecem à frente na luta pelo reconhecimento da prática do Texas Hold’em no Brasil.
Representantes das Federações se reuniram para debater sobre o futuro do poker
Rafael “Mr Brizza”
Por ser o terceiro brasileiro a vencer o Sunday Million, com um field de 9.235 jogadores no dia 21/02.
Ninguém segura esse santista...
Lúcio Antunes
Depois de fazer duas mesas finais nos maiores torneios já realizados no Brasil – 750K, no ano passado, e a primeira etapa do Brazilian Series of Poker em São Paulo –, o santista Stetson Fraiha mostra que também domina as mesas no circuito online. A prova disso aconteceu no dia 18 de fevereiro, quando ele conseguiu o título da mais tradicional série de torneios online do planeta, a FTOPS – Full Til Online Poker Series, que está em sua 15ª edição. Após encarar um field com 1.564 jogadores no Evento 18 ($216 NL Hold’em Cashout), em mais de nove horas de jogo, Stetson conquistou a vitória e se juntou à seleta galeria dos brasileiros que possuem títulos na série mundial do Full Tilt Poker. Antes dele, apenas três brazucas tinham conquistado eventos da FTOPS: Fábio “Deu_Zebra” Monteiro, Ricardo Ramagem e Guilherme Sá. 16 | abril
“lu_tricolor” ganhou o Sunday Warm-Up do PokerStars, com um field de 4.593 jogadores.
destaques
André “renassence”
Cowboys, King Kong, Kangaroos, Ace Magnets, Kaká K K
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André conquistou a terceira colocação no mesmo Sunday Million que Rafael venceu.
Daniela Zapiello
Por ser a primeira mulher brasileira a fazer uma mesa final no LAPT. abril |
17
Shuffle-up and Deal
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O desempenho dos brasileiros no poker online continua impressionante, e nos maiores e mais técnicos torneios da web nossos jogadores, cada vez mais, estão terminando nas primeiras posições. O ranking brasileiro de 2010 vem mostrando isso, com resultados incríveis praticamente todos os dias. Na última edição, por exemplo, nesta sessão destacamos o resultado de Leandro “AmaruABr” Balotin, que havia conquistado, no início do ano, a terceira posição no Sunday Warm-Up do PokerStars, um dos maiores torneios regulares do domingo. E não é que, pouco mais de um mês depois, outro brazuca foi lá e cravou o mesmo torneio? Lúcio César Camargo Antunes, o “lu_tricolor”, foi o responsável por esse feito, que foi um dos melhores resultados brasileiros no ano. Ele superou 4.593 adversários no torneio e, graças principalmente a essa bela vitória, pulou das últimas colocações no ranking e agora figura entre os cem melhores. No mesmo domingo em que “lu_tricolor” venceu o WarmUp, Will “hellzito” Arruda, do recém-formado time de estrelas do fórum 4bet, foi vice-campeão em outro major de domingo – o Sunday 500 – e também deu um salto na classificação, chegando próximo dos Top 20. A briga pelas primeiras posições do ranking brasileiro continua bonita, com constantes trocas entre os nossos maiores craques. Entre os 20 primeiros colocados, apenas o líder, Beto Caju, jogador de Sergipe, se manteve nessa condição com uma certa folga, mostrando que é o homem a ser batido neste ano. O seu principal adversário no momento é o campeão do ranking brasileiro nos dois últimos anos, o mineiro Caio Pimenta. Quando perguntado sobre a briga pelo topo do ranking, Beto Caju nos respondeu que “ser o primeiro no ranking do SuperPoker é um sonho do qual eu não quero acordar”,
Playlist
Caio Brites
18 | abril
TOP 20
Ranking 2010
1 Beto Caju (“mestre_urubu”)
2 Caio Pimenta
3 Vinicius Telles
4 Luiz Filipe (“mestrefilipe”)
5 Thiago “Decano” Nishijima
6 Bruno GT
7 João Studart (vovo_leo)
8 Marco “Salsicha”
9 João Mathias
10 Luigi Corleone
11 Christian Kruel
12 Pedro Megalli
13 Sérgio Penha
14 Marcos XT
15 Fabrício Aoki
16 Rodrigo Garrido
17 Gustavo Figueiredo
18 Leandro “Amarula” Balotin
19 Norson Saho
20 Fabiano Kovalski
96.254 pts 64.757 pts 64.331 pts 59.439 pts 51.566 pts 48.112 pts 45.125 pts 44.494 pts 38.853 pts 36.229 pts 35.232 pts 32.686 pts 32.564 pts 29.870 pts 28.693 pts 28.089 pts 27.400 pts 26.925 pts 26.810 pts 25.620 pts Atualizado em 02/04/2009
e completou, bem-humorado: “e o Caio Pimenta é o meu maior pesadelo.” Além da qualidade dos resultados em crescente evolução e da briga saudável pelas primeiras posições, quem acompanha o ranking pode perceber que o número de jogadores regulares de poker está crescendo muito em nosso País. Ainda no primeiro trimestre do ano, o ranking já registra 550 jogadores, cerca de 10% a mais do que o total de jogadores que dele participaram durante todo o ano de 2008. Se o crescimento do número de participantes continuar nesse ritmo, o recorde de 760 participantes do ranking, obtido em 2009, deverá ser simplesmente detonado em 2010.
The Beatles Blackbird
Brasileiro fecha contrato com
Poker Icons
A
rápida evolução do poker na América Latina, especialmente no Brasil, continua chamando a atenção dos principais sites e empresas mundiais, que cada vez mais intensificam suas ações por aqui. A mais recente empresa a adentrar no mercado latino-americano foi a Poker Icons, agência de marketing esportivo, especializada em poker – responsável pela administração das carreiras de conhecidos profissionais ao redor do planeta – que abriu, esse ano, seu escritório na América Latina. Entre os profissionais sob a tutela da Poker Icons, o Brasil já teve um representante, Maria “Maridu” Mayrinck, que no ano passado tornou-se profissional do PokerStars. E agora, mais um brasileiro foi contratado. E os efeitos positivos dessa parceria não devem demorar a aparecer. Segundo Pagnillo, em breve ele será anunciado como profissional de um grande site de poker, o qual irá representar no circuito mundial, nos maiores torneios do planeta. Além disso, o mais novo contratado da Poker Icons disse também que a agência deverá aumentar ainda mais o número de brasileiros em seu quadro de jogadores.
Chico Buarque Apesar de Você
Jason Mraz Los Hermanos Conversa de Botas Batidas I‘m Yours
Quer saber o que o Caio escuta?
Michael Bubblé Everything
Sublime Santeria
Ramirez Em Roma e Lyon
Cold Play Viva La Vida
Gramophonedzie Why Don‘t You
The Beatles Here Comes the Sun Ladies, Bitches, Mulheres, Minas, Siegfried and Roy Q Q
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Mortensen é o maior jogador do WPT Na semana passada, o profissional do Full Tilt Poker Juan Carlos Mortensen levou o título do Hollywood Poker Open, etapa do World Poker Tour (WPT). Com esse resultado, Mortensen tornou-se o maior jogador na história do WPT. Esse foi seu terceiro título, e com o prêmio de US$393,820 que recebeu após cravar o Hollywood Poker Open, ele ultrapassou Daniel Negreanu na lista de premiação, ao atingir a marca aproximada de US$5,75 milhões em ganhos nos eventos de WPT. Sua primeira grande vitória no WPT veio em 2004, na terceira temporada da série, quando levou o prêmio de US$1 milhão no Festa al Lago III /Doyle Brunson North American Poker Championship. Em 2007, ele conquistou sua segunda vitória, dessa vez no principal evento da quinta temporada, o WPT World Championship, e foi aí que conquistou a maior parte dos seus quase US$6 milhões em prêmios. Mortensen tem 37 anos, é natural do Equador, e é conhecido como “El Matador”. Ele joga sob a bandeira espanhola, apesar de viver em Las Vegas já há algum tempo. Além de seus três títulos do WPT, ele ainda tem dois braceletes da World Series Of Poker (WSOP), incluindo um no Main Event de 2001, podendo ser considerado, sem dúvida, uma das maiores estrelas do poker mundial, atualmente.
Literário Texas Clube
N
o dia 13 de março, o poker teve uma noite de gala em Curitiba, quando foi inaugurada a mais nova a mais nova casa de Texas Hold’em da capital paranaense: o Literário Texas Clube. O torneio de abertura, que também foi a primeira etapa do Circuito Curitibano de Texas Hold’em, contou com a presença de 59 jogadores, num evento bem estruturado, no qual sobraram emoções a cada mão. A premiação foi considerável, ultrapassando a casa dos 12K. Outro ponto alto foi a participação do campeão mundial, hoje a maior estrela brasileira do poker, Alexandre Gomes, que não só jogou o torneio como encantou todos os participantes com seu carisma, humildade e simpatia. O Literário Texas Clube já iniciou suas atividades com uma boa estrutura. O clube conta com 12 mesas com capacidade para 120 jogadores confortavelmente sentados em poltronas giratórias, além de fichas importadas dos EUA, crupiês em todas as mesas bar e estacionamento próprio e gratuito. O Literário Texas Clube está localizado na região central de Curitiba. Av. República Argentina, 3.310 Bairro Portão, próximo ao Shopping Palladium. Para mais informações o clube conta com site próprio: literariotexasclube.com.br
abril |
19
Poker
Style
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20 | abril
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21
coluna Igor Federal
federal@revistaflop.com.br
as nossas batalhas
do cotidiano O triunfo em uma guerra é resultado de pequenas e grandes vitórias
Igor “Federal” Trafane
Presidente da Confederação Brasileira de Texas Hold’em (CBTH).
22 | fevereiro
provar que a habilidade se sobrepõe à sorte. Além deles, nomes que se tornaram grandes estrelas e milhares de anônimos decidiram largar as mais diferentes áreas de atuação para viver como profissionais do poker, fazendo nascer uma nova profissão. Nesse contexto foram cronologicamente surgindo os grupos de amigos que se reuniam para jogar poker – e depois os torneios –, as federações e, por fim, a Confederação Brasileira de Texas Hold’em. Com muito planejamento, os objetivos foram traçados e o trabalho começou a ser desenvolvido. Aos poucos, começamos a perceber os resultados. No início, obtivemos avanços pessoais e isolados, mas, aos poucos, conseguimos nos unir e obter implementos coletivos para toda uma classe: os laudos, os pareceres técnicos e o registro oficial junto aos órgãos governamentais competentes, entre eles a Receita Federal, na qual o código de nossa atividade está definido como entidade esportiva. Pequenas batalhas, grandes vitórias!
C
om torneios obtendo recordes de participações, títulos e belos resultados alcançados, tanto nos grandes eventos ao vivo como na internet, pouco a pouco um jogo de duas cartas começou a fazer parte da vida de muitos lares brasileiros, quebrando a barreira da desconfiança. Parte dessa desconfiança é explicada por uma visão estereotipada, vinda do cinema e massificada através da televisão: jogadores de poker em ambientes enfumaçados, perdendo fortunas, sacando pistolas, derrubando mesas, ou, no pior dos casos, sendo vítimas ou fazendo trapaças. Ironicamente, a mesma TV que ajudou a criar essa imagem negativa em torno do nosso esporte é hoje uma das nossas maiores aliadas na busca pelo reconhecimento do poker como um esporte mental. Após muitas aparições em programas de entrevistas, debates e noticiários, mais uma batalha acaba de ser vencida. O poker ocupa hoje a grade de programação Dimes T T
e para as autoridades brasileiras: o poker é uma atividade legítima, que está sendo realizada abertamente no Brasil e que está pronta para defender os seus direitos. É um passo gigantesco em nossa caminhada.
A
visibilidade e a exposição massiva de nossa atividade trarão um novo encargo. Daqui em diante, seremos mais questionados e cobrados. O momento não poderia ser melhor. Estamos cercados de toda a documentação legal. Possuímos pareceres jurídicos, laudos e estudos técnicos. Temos, defendendo a nossa causa, um dos maiores escritórios de advocacia do Brasil, o Reale e Moreira Porto Advogados Associados, liderado pelo ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior e por Luiz Guilherme Moreira Porto. Estamos preparados! Quando, há alguns anos, alguns desbravadores deixaram suas “antigas vidas” para viver como profissionais do feltro, pouca gente acreditou que aquilo seria “algo sério”. Muita coisa mudou de lá pra cá. Atualmente,
nossos eventos estão no mesmo nível dos maiores torneios internacionais; possuímos profissionais qualificados nas mais variadas áreas; a pujança desse segmento se mostra sólida e crescente, e os nossos jogadores são a cada dia mais respeitados. O poker está movimentando empresas de eventos, setor hoteleiro, agências de turismo, empresas de publicidade, canais de TV, empresas de mídia especializada, fornecedores de produtos e serviços das mais diversas naturezas, empresas de produções televisivas e toda a gama de trabalhadores envolvidos nessas atividades. Continuamos lutando para que todos aqueles que jogam e todos aqueles que trabalham no segmento possam fazê-lo com segurança e tranquilidade. O triunfo em uma guerra é o resultado da soma de grandes e pequenas vitórias, em várias batalhas. Estamos a cada dia enfrentando uma nova batalha. Vencemos mais uma! Parabéns a toda a comunidade do poker brasileiro. O poker genuinamente brasileiro está na TV!
Você na TV! by
Vagas por Satélites e Freerolls
DATAS
N
o livro “A Arte da Guerra”, Sun Tzu expõe, em treze capítulos, aspectos estratégicos que compõem um cenário de eventos e elementos que devem ser abordados em um combate. Os Princípios de Guerra são fundamentos técnicos, estratégicos e conceituais que podem levar um exército à vitória ou à derrota. Mesmo conhecidos como princípios da guerra, os temas expostos por Sun Tzu podem facilmente ser encaixados nas relações interpessoais e no gerenciamento do dia a dia. Por esse motivo, “A Arte da Guerra” é um livro muito presente nas estantes dos grandes estrategistas, economistas e administradores de empresas. Entre os princípios destacados por Tzu, elementos como “objetivo”, “ofensiva”, “manobra” e “surpresa” são elementos fundamentais para se alcançar a vitória nas batalhas. Desde o dia em que decidimos acreditar no poker como prática legítima, enfrentamos batalhas diárias em busca do reconhecimento da licitude de nossa atividade. Batalhas que, para alguns, começam dentro de suas próprias casas, no convencimento dos mais próximos – familiares e amigos – sobre o que realmente existe por detrás da cortina. Em outra frente, empresários, médicos e profissionais com carreiras de sucesso decidiram comprar a briga, chamando para si a responsabilidade de
dos grandes canais de televisão, chegando, enfim, à TV aberta. O anúncio, no começo do ano, de que a ESPN faria a transmissão da BSOP foi o prenúncio de que 2010 seria um grande ano para o poker nacional. Com a estreia do programa “Poker das Estrelas”, na Rede Bandeirantes de Televisão, tivemos a comprovação de que o poker ocupa hoje um lugar emergente em nossa sociedade. Ou seja, a chegada do nosso esporte aos veículos de comunicação de massa marca uma nova fase para o poker nacional. O leitor mais atento dirá que os programas de poker já vêm, há muito tempo, frequentando as grades de nossas TVs. Porém, o que realmente marca esse momento é a circunstância de que, além de termos o nosso esporte exibido em rede nacional, ambas as produções são de televisionamento de eventos ocorridos em solo brasileiro, inteiramente produzidas no Brasil e transmitidas por canais de TV brasileiros. A partir de agora, estamos enviando uma importante mensagem para a população
4 a ETAPA – Curitiba (PR) de 14/05 a 17/05 a
5 ETAPA – Caldas Novas (GO) de 18/06 a 21/06
Transmissão pela ESPN
Pacotes parcelados
www.bsop.com.br www.revistaflop.com.br
fevereiro |
23
coluna André Akkari
conquistando a
tv aberta
Com o programa Poker das Estrelas, o nosso esporte quebra mais uma barreira
C
omo vocês puderam constatar nas últimas semanas, está no ar o Poker das Estrelas, na Rede Bandeirantes de Televisão. Neste artigo, resolvi escrever sobre esse programa, pois acho que pode ser o novo grande marco de crescimento e de posicionamento do nosso esporte. Todos sabem o quão forte é um nome como, por exemplo, do levantador Maurício da seleção brasileira de vôlei, certo? Forte pela sua reputação, títulos, respeito e tudo o mais. Vocês conseguiriam imaginar que o Maurício pratique, coloque junto de sua imagem, divirta-se em rede nacional aberta e participe de algo considerado ruim para a sociedade? Esse é o ponto mais alto daquele programa. A grande missão desse projeto, em minha opinião, é relacionar grandes nomes de respeito no cenário nacional – e que demonstram, em diversos setores, credibilidade total para a sociedade brasileira – com o nosso esporte da mente. É a forma de provar que um jogo saudável, inteligente e dinâmico como o poker, pode fazer parte do arsenal de entretenimento da nossa
sociedade, sem nenhum tipo de preconceito ou falsa compreensão.
N
esse ponto, tenho certeza de que o Poker das Estrelas impulsiona e potencializa toda a nossa briga até o presente momento, facilitando o nosso caminho. Estamos – várias pessoas, de várias diferentes áreas – brigando por esse reconhecimento desde 2006, tentando mudar, sem mega investimentos ou super campanhas em rede nacional, uma imagem retrógrada que, historicamente, assolava o nome do poker. Conseguimos muito, e muita coisa mudou graças ao nosso esforço. Agora, esse é um dos grandes empurrões que precisávamos para podermos conversar com uma massa muito maior e completamente despreparada para receber essas mensagens, a não ser pelo caminho que a maioria da população mais ama: celebridades! Obviamente, vocês puderam constatar que eu também sofri bastante na cabine do profissional, em relação ao nível técnico apresentado pelos participantes. Mas, na verdade, acho esse malefício bem menor do que o benefício que foi o de ligar
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o poker a esses grandes nomes. Praticamente, 100% das celebridades não tinham a menor ideia das regras do poker, aprendendo-as ali, poucos minutos antes do início das gravações. Por isso, o nível pareceu tão amador para quem aprecia o jogo de poker bonito, mas penso que aqueles que têm esse conhecimento devem ficar mais felizes ainda, pois seus conhecimentos estão, a partir de agora, valendo muito mais do que valiam antes: saber jogar um esporte que é de massa é muito +EV do que sermos mestres em um esporte de poucos.
P
or outro lado, a nossa presença – profissionais – na cabine mostra ao telespectador que há vida em outro planeta, que o poker, em si, não é aquilo que estava sendo jogado, e que existe muita estratégia além daquilo. Contudo, ela não diminui a dimensão da mensagem que estava sendo mostrada, fazendo com que as celebridades se divirtam com a nossa paixão! Escrevo este artigo muito mais para celebrar e comemorar mais uma das
nossas vitórias, do que simplesmente para falar tecnicamente sobre o programa. Você, a partir de agora, joga um jogo que, em rede nacional, o Maurício do vôlei joga, o Dudu Nobre joga, o Cacá Bueno, filho do poderoso Galvão Bueno, joga, o João Armentano, um dos maiores arquitetos do País, joga, e que o Milton Neves e o Vampeta jogam. E aí? Ainda somos marginais?
P
arabéns a todos os leitores! Todas as suas discussões em casa, na vizinhança, nos bares e em jantares por aí deram certo. Somos vitoriosos e agora, para provarem o contrário, irão ter que suar, viram? Parabéns a todo o trabalho sério que todas as pessoas sérias fizeram até hoje no Brasil: Christian Kruel e Raul Oliveira, desde o Clube do Poker; Brasa, Leo Bello, DC e equipe, pela Nutzz!; Juliano Maesano e sua equipe, pelo excelente trabalho conduzido na Flop; Bruno, Renato e equipe, pela mesma qualidade na CardPlayer e na Raise Editora; Leo Bello, pelas publicações e por enfrentar o gordo de frente;
o senhor presidente Igor Federal, que colocou a sua mente brilhante e o seu comprometimento a favor dessa causa; todas as Federações sérias espalhadas por todo o Brasil; diretores de torneio; dealers; pessoal do Mais EV; blogueiros; a ESPN e meus “irmãos” Sérgio Prado e Ari Aguiar; outros grandes profissionais brasileiros – não tenho como citar o nome de todos, pois hoje são muitos – que com suas conquistas tornam indiscutíveis as nossas argumentações; Alexandre Gomes, pelas megaconquistas; as famílias que apoiaram nossas decisões, e todos os jogadores de poker conscientes e responsáveis que tratam o nosso esporte como um jogo da mente, em todo o País! E sem nenhuma missão de merchandising, mesmo porque uma coluna não faz diferença alguma para a potência que ele é, obrigado ao PokerStars que, mesmo sendo uma empresa privada e tendo todos os interesses de mercado que as empresas têm, fez o seu papel e quebrou um grande galho para nós aqui no Brasil!
Programa Poker das Estrelas trará celebridades de várias áreas para se enfrentarem no poker
André Akkari Membro do Team PokerStars e um dos maiores jogadores de Texas Hold’em do País. Seus resultados online e ao vivo crescem a cada dia, desde que decidiu se dedicar somente ao poker.
/aakkari 24 | abril
Phil Hellmuth, Wayne Gretzky 9 9
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coluna Christian Kruel
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as estatísticas e os notes
no online
Quais os cuidados ao confiar nos dados dos softwares para a análise do jogo
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aí, leitores assíduos da FLOP, tudo em paz? Por aqui as coisas vão bem, aliás, muito bem. Eu venho me sentindo em um nível muito competitivo, tanto no poker live, quanto no online. As últimas empreitadas foram o BSOP (um espetáculo à parte) e o EPT Berlim. Na primeira, cai muito rápido, mas sem nenhuma saída. Já em Berlim, virei grande para o Dia 2 e tomei muitas bad beats por potes altos; perdi AA, KK, e, pra fechar, um AKs x AQ, por um pote monstruoso para o momento do torneio. Enfim, foi bem chato, porque o EPT parecia que estava caminhando para algo especial. Paralelamente, no online, depois do Super Tuesday, consegui um segundo lugar no Sunday 500, que foi muito especial: uma jogada interessante está postada no fórum TwoPlusTwo. Vamos ao artigo que eu já havia deixado pronto antes de embarcar para o EPT. Falo de um cenário pelo qual eu mesmo passei. Hoje, simultaneamente à redução bem grande no
número de telas que jogo, voltei a preferir os meus notes particulares, ao uso de softwares. Quando uso o software, faço-o como vou comentar abaixo. Todos nós conhecemos as ferramentas de estatísticas em tempo real disponíveis no mercado, sendo o Poker Tracker e o Hold’em Manager as mais conhecidas e exponenciais. Essas ferramentas, teoricamente, tornariam obsoletos os instrumentos de notes dos softwares de poker, uma vez que colocariam na tela, em tempo real, as estatísticas mais importantes dos jogadores à mesa, facilitando assim as nossas decisões.
O
objetivo deste artigo é mostrar até que ponto isso é verdade e em que medida o uso de notes pode, sim, se casar com o uso daquelas ferramentas, para tornar o nosso jogo mais produtivo. Vamos começar com o exemplo mais simples: o VPIP e o PFR. Essas estatísticas nos dizem quantas vezes o jogador colocou,
voluntariamente, fichas no pote e em quantas dessas vezes deu raise. Ao analisarmos os números exibidos no VPIP e no PFR, podemos ter uma boa noção do range de mãos que o nosso oponente joga. Certo? Nem sempre...
Q
uando jogamos cash game, via de regra todas as mãos são disputadas com blinds efetivos na casa dos 100 big blinds (bb) ou mais. Quando vocês têm um histórico de 5.000 mãos contra um oponente, certamente todas essas 5.000 mãos foram jogadas com blinds efetivos iguais ou maiores que 100 BBs. Logo, o VPIP e o PFR do seu oponente apontarão, com perfeição, o seu range de raise em jogos com 100 ou mais big blinds efetivos. Porém, quando estamos num MTT e temos um histórico de 5.000 mãos contra um determinado oponente, as mesmas mãos certamente terão sido jogadas em muitas situações distintas, com blinds efetivos muito diferentes. E, em MTT, a quantidade de blinds efetivos numa determinada jogada é
fundamental para determinar nosso range de raise ou de call pré-flop. Logo, no caso específico dos torneios multitable, a melhor maneira de sabermos com perfeição os ranges dos nossos oponentes nos diferentes tipos de blinds efetivos é observando e fazendo anotações nos blocos de notas. Observar o VPIP e o PFR para tomar decisões pode nos induzir a erros, nesses casos. No entanto, acho interessante prestarmos atenção no nosso próprio VPIP/PFR dentro do torneio, principalmente quando jogamos muitas mesas. Isso facilita a nossa tarefa de jogar sempre no estilo contrário ao da mesa. Um outro aspecto interessante é a estatística fold to 3-bet. Independentemente do número de fold to 3-bet que seu oponente tenha, somente um note poderá lhes dizer, por exemplo, que ele abriu raise três vezes o big blind, no UTG, com stack de 12 BBs, e foldou para uma 3-bet. É esse note que fará vocês explorarem essa fraqueza– no estilo de jogar – do seu oponente,
ainda que ele tenha um número baixo de fold to 3-bet na janela de estatísticas.
M
as, então, num torneio online, quais estatísticas dos nossos oponentes deveríamos pegar para facilitar as nossas decisões? Eu ficaria com as estatísticas mais gerais, que dependem menos da quantidade de blinds efetivos. Continuation bet e fold to c-bet são dois bons exemplos. Second barrel e fold para second barrel, também. Went to Showdown lhes mostra se vale muito a pena blefar no river e, se casada com alguns notes de calls light, pode ser bem efetiva na hora de fazer o value bet com uma mão mais fraca, ao invés de pedir mesa. O tempo e a experiência lhes dirão quais as melhores estatísticas a serem vistas na sua janela e quais as melhores a serem vistas na janela do oponente. E essa seleção, em conjunto com bons e precisos notes, fará com que vocês sempre joguem seu A-Game! Boa sorte a todos vocês! Grande abraço!
Christian Kruel
Este carioca é um dos pioneiros do Texas Hold’em no Brasil. Com seus bons resultados online e nos torneios afora, agora faz parte do Team Full Tilt Poker.
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Snowmen, Bonecos de Neve 8 8
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coluna Felipe Mojave
colunas@revistaflop.com.br
ficar sem a vaga que vai cair no seu colo ou deixar o outro jogador com o stack muito pequeno. No caso de você ter um stack maior que o jogador que veio all in por cima e for suficientemente grande para você ainda ficar na média em fichas, se você perder a mão, aí a situação seria de call, já que você também quer contribuir para que o torneio acabe por ali e já garanta a sua vaga. Vou passar algumas dicas também sobre o início, o meio e o fim do jogo.
investindo em satélites
multi-tables Aprenda a aproveitar melhor esse tipo de torneio sem arriscar o bankroll
C
omo é que vai, leitor da Flop! Nesta coluna, vou escrever um pouco sobre o que eu acho dos torneios satélites. Eu vejo muitos jogadores simplesmente fingindo que os torneios satélites não existem, e isso é um grande erro. Posso enumerar dezenas de motivos pelos quais um jogador de multi-table deve jogar torneios satélites (e farei isso), mas não preciso ir tão longe para mostrar o quão importantes são os satélites. Você pode jogar torneios satélites por três motivos, na minha opinião:
A
Para participar de eventos que normalmente o seu bankroll não suportaria e o valor do satélite está dentro dos seus limites, podendo, assim, tentar alavancar o seu BR, com pouco risco;
B C
Felipe “Mojave” Ramos Embaixador do site PartyPoker, conseguiu uma mesa final e a sexta colocação na WSOP 2009. É o primeiro brasileiro a conquistar três premiações no EPT.
/FelipeMojave 28 | Abril
Para aliviar o impacto do investimento dentro do seu bankroll;
Para extrair valor dos satélites como “retorno final”, ou seja, jogá-los para fazer grana como objetivo. Na opção A, um exemplo simples seria você ter um bankroll de R$ 7.500 e somente participar de eventos com valor de inscrição de até R$150. Nesse caso, você pode optar em investir esses mesmos R$150 num satélite para a BSOP, que é um torneio que tem buy-in de R$1.200, e você não participaria desse evento tão cedo, a não ser que alcance um BR de R$60.000, o que hoje seria oito vezes o que você tem, ou seja, uma realidade bem distante – sem contar as despesas que pesam muito nas viagens. A grande vantagem aqui é que você está concorrendo a uma vaga para esse evento com recursos que você pode bancar e, no caso de ganhar uma vaga, você irá concorrer a um prêmio principal de R$ 150.000, que pode fazer grande impacto na sua carreira no poker, e tudo isso sem se arriscar além do necessário.
Já na opção B, eu presumo que você seja um jogador regular de torneios.
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esse caso, você planejou investir, num determinado mês, R$10.000 para jogar torneios. Ao invés de jogar dez torneios de R$1.000, você opta por participar de 40 satélites de R$ 250, que dão vagas para torneios de buy-in de R$1.000, que você está acostumado a jogar. Se você tiver um índice de aproveitamento nos satélites igual a 25%, ou seja, se a cada quatro satélites você ganhar uma vaga, isso indica que você terá o retorno dos seus investimentos. Melhorando esse índice, você passaria a ter lucro e assim, com os buy-ins dos torneios, diluindo riscos e aliviando o impacto dentro do seu bankroll. Caso você ganhe 15 satélites entre os 40 jogados, o seu retorno seria de 150% do investimento inicial, o que significa que você aliviaria em 50% o impacto dentro do seu bankroll, nos torneios que você joga. Qualquer número melhor que um – em quatro – já seria excelente, e quanto maior, melhor. No item C, basta levar o item B muito mais a sério e intensificar os trabalhos, focando 100% nos satélites. Se você tem um índice muito bom de ganhar vagas em satélites, por que não se profissionalizar nisso e fazer o seu lucro final ali? A maioria das vagas em satélites são substituíveis por dinheiro – em alguns casos, ganhase a partir da segunda vaga –, e explorar esse nicho é realmente um excelente negócio para quem se especializa e entende bem do jogo. Vou dar algumas dicas e fazer alguns comentários sobre os satélites multi-table. Os satélites podem ser muito lucrativos. Realmente não são todos jogadores que entendem das estratégias necessárias para esse tipo de batalha. Isso é um fato provado pelo índice de jogadores que jogam o satélite por jogar, ou seja, estão a fim de arrumar uma vaga num torneio e se registram no satélite sem ter nenhum conhecimento de onde estão se metendo. Sunset Strip, Walking Sticks, Bengalas 7 7
Muitos jogadores só pensam no curto prazo quando falamos em satélites. Exemplo: vai ter aquele torneio no fim de semana e você joga apenas um satélite três dias antes do evento. Essa não é a maneira mais lucrativa de encarar os satélites. Se você pode ganhar bem, por que não jogar desde cedo?
O
utra coisa que não faz muito sentido é desistir dos satélites depois de ter jogado alguns e não ter conseguido a vaga. Mesmo investindo mais do que um buy-in original para o torneio em questão, se você acha que você tem um edge, então não deve ser influenciado pelos resultados atuais. Isso normalmente acontece pelo fator de “imediatismo”. Se você não pega a primeira vaga e já desiste, não é assim que funciona. Como nos satélites o importante é chegar ITM, e a estratégia para isso é baseada na sobrevivência. O chip leader e o short-stack irão ganhar o mesmo prêmio no fim do torneio, lembra? Então, esqueça aqueles movimentos arriscados que você faz nos torneios comuns, pois você não pode se dar ao luxo de inventar moda e cair do torneio numa mão besta, pois o que vale é chegar entre os premiados e esse tipo de movimento torna tudo isso menos lucrativo.
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Fora isso, irá ser necessário mudar de análise em diversas situações, como numa situação comum e bem conhecida como esta: ainda há 15 jogadores no torneio e o total é de 11 vagas. Você possui um stack médio. UTG sai de all in e um big stack no meio da mesa dá o call. Você se encontra com AKs no big blind. Qual é a decisão correta? Fold. Não existe a menor necessidade de você se envolver nessa mão, já que com AK a equidade da sua mão é de 50% contra qualquer range, mas vale lembrar que ali você não está jogando contra um range qualquer. Pode ser que o jogador que saiu all in não tenha nada, mas o big stack que deu call com certeza tem uma mão forte. As suas chances podem estar reduzidas a 30% ou menos, por isso o fold é a decisão certa. Com isso, teremos um jogador a menos e você fica na média em fichas, faltando três jogadores para a vaga. Outro exemplo para deixar as coisas bem claras: você tem AA no UTG e abre raise na bolha do satélite, com um stack de pequeno para médio. Um jogador no meio da mesa dá all in e o big blind vem all in por cima, com um stack maior do que o de vocês dois. Qual é a decisão certa? Fold. Você não quer correr o risco, ainda mais o risco, de pelo menos 20%, de
Início: há muitos jogadores presos, querendo preservar ao extremo o seu stack aqui, e eu vejo grande vantagem em jogar um pouquinho mais solto, sem comprometer grande parte do stack, é claro. Meio: procure aproveitar as oportunidades para pressionar os stacks medianos. Tomar riscos aqui é muito importante para manter o seu stack, mas tudo com uma dose de inteligência muito grande e sempre prestando atenção na sua posição frente aos competidores. Tentar se manter short-stack aqui não é interessante. Basicamente, eu jogo o meu jogo regular, com alguns ajustes. Fim: é a parte mais crítica do satélite. Fique muito atento. Aqui, a atenção vale mais que tudo. Lembre-se de que você está bem perto do seu objetivo, portanto seja inteligente ao ponto de gerenciar suas fichas frente ao stack dos seus adversários e de não correr riscos desnecessários. É isso, galera. Espero que o leitor tenha gostado desta coluna e, caso tenha ficado algum dúvida, por favor, entre em contato comigo via twitter, pelos endereços @PartyBrasil e @FelipeMojave. Fique atento aos satélites para o WPT e a WSOP no PartyPoker, com oportunidades exclusivas, inclusive de graça. Confira também o blog www. partypokerbrasil.com, para ficar por dentro de tudo que anda acontecendo na minha carreira. Grande abraço, Felipe Mojave. abril |
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coluna Leo Bello
leobello@nutzz.com.br
semelhanças entre o poker
e os negócios As estratégias do jogo podem ser aplicadas no dia a dia dos empresários
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Leo Bello Criador do Circuito Paulista e da BSOP, através de sua empresa Nutzz! Eventos, é também o escritor mais importante do poker nacional, com dois livros publicados.
/leobello 30 | abril
ara esta coluna, eu pensei em abordar um dos meus dois assuntos favoritos do momento, que são a BSOP e os jogos de cash game 6-handed, que venho jogando diariamente. Após pensar no roteiro das duas colunas, vi que havia pontos que me fizeram mudar de ideia. O artigo sobre a BSOP seria muito bom, mas estou escrevendo antes da Etapa do Rio de Janeiro e parte do que eu poderia escrever estaria defasada quando os leitores recebessem esta Flop. Além disso, ainda estou ansioso pela estreia do programa na TV. Assim, decidi deixar esse tema para a minha próxima coluna. Quanto aos cash games, eles foram a minha escolha para a minha primeira coluna na Flop e, então, decidi escrever sobre um outro assunto e acho que ele prenderá muito mais a atenção de vocês. É de conhecimento da maioria dos leitores que minha formação acadêmica está em outra área completamente diferente da empresarial ou ligada a jogos e eventos. Sou médico formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e até cinco anos atrás minha vida consistia em frequentar hospitais, ambulatórios e consultórios cuidando de crianças. Sou imunologista pediátrico e tinha uma bela carreira pela frente. Estava terminando o meu mestrado e já tinha o doutorado encaixado, na sequência. E, então, o poker apareceu na minha vida. Um hobby? Um passatempo, apenas? Uma fonte alternativa de renda? Um problema? Ou, como eu prefiro afirmar, algo que me fez abrir os olhos? Em cinco anos, minha vida se transformou, e eu fui aos poucos passando de um profissional liberal para o outro lado da moeda: um empresário, gerador de empregos, homem de negócios e independente. Antes eu tinha uma vida bucólica e estável. Hoje, o meu suor e o de meus sócios fazem os negócios prosperarem e me deixam, a cada dia, mais próximo de realizar os meus sonhos. Sonhos que pareciam extremamente distantes quando eu era um médico.
Minha vida mudou da água pro vinho. Mas, ao contrário do que muitos podem pensar, não foi apenas porque eu estudei poker e ganhei com o jogo. A minha vida mudou porque eu me esforcei para aprender mais sobre o jogo da vida, expandi meus horizontes e fiquei atento às oportunidades. Não há uma receita de bolo ou um processo consciente que o levem por esse caminho, mas há, sim, métodos e organização para você aprender a prosperar no mundo dos negócios: atentar para as oportunidades, saber selecionar as melhores, empenhar-se para desenvolvê-las e acreditar nos seus projetos. Sentar-se a uma mesa para negociar uma parceria ou um contrato se assemelha muito com o estar em uma mesa de poker. O seu objetivo é conseguir as fichas do seu adversário. Ganhar aquela batalha. Mas, se você abrir as suas cartas antes da hora, ou jogar de um modo óbvio, poderá não conseguir o que quer. Como se manter dentro das regras, mas sabendo valorizar a sua mão? Como extrair o máximo de valor quando você está ganhando e como perder o mínimo possível quando sua mão não for a melhor?
mas o risco de, no longo prazo, a derrota ser maior é certo. Como vocês podem ver, o jogo de poker e o mundo dos negócios ensinam muito um ao outro. E baseado nessas premissas, eu resolvi começar a contar para vocês as experiências que me fizeram prosperar nos negócios ao longo desses últimos cinco anos. É claro que tive ajudas nesse aprendizado. Os meus sócios Leandro Brasa e Igor Federal muito me ensinaram. Junto aos outros sócios e parceiros,
como Devanir Campos, André Akkari, Lara Bruno, Juliano Maesano, Robigol e Henri Mosiman, suguei o que cada um tinha para ensinar. Experiências diversas que foram formando o empresário que me tornei. O caminho é longo e tenho muito a aprender, mas por que não começar a mostrar ao jogador de poker como jogar as cartas também nessa área? Pronto! Tinha decidido o projeto do meu novo livro: “Dando as cartas nos negócios: o poker e o sucesso empresarial”. Em primeira mão aqui na Flop, apresento esse projeto. Até o fim de 2010, o livro será lançado e trará conceitos que servirão para os dois lados. Tenho certeza de que ele melhorará a compreensão dos fundamentos do poker, assim como ensinará sobre business.
Abordarei na obra todos os aspectos em comum, que irão desde o gerenciamento do seu bankroll até a discussão de jogadas do poker que funcionam bem nos negócios. Hora de fazer o check-raise ou uma continuation bet? E quando foldar a sua mão e esperar uma oportunidade melhor? Espero que vocês curtam o conceito. Quem quiser mandar sugestões para esse livro poderá fazê-lo pelo e-mail leobello@leobello.com.br. Contem os seus casos e como vocês acham que o poker melhorou a vida em seus negócios. Os casos mais interessantes eu usarei para ilustrar capítulos do livro. Espero que, com a colaboração e as sugestões dos leitores da Flop, o livro fique ainda mais interessante e real para vocês. Não deixem de participar e de contribuir. Quem tiver casos selecionados será contatado por mim e terá os devidos créditos no livro. Não se esqueçam de que o nosso objetivo na vida é ser bem-sucedido naquilo a que nos propomos fazer. Vamos dar as cartas das nossas vidas e ser vencedores nos nossos sonhos.
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ara entrar no mercado e ser competitivo, você tem que conhecer o valor das suas cartas, saber ordená-las e escolher com quais quer jogar. Exatamente como no jogo de poker. Algumas vezes, você pode entrar para blefar, com um jogo não tão forte, mas você sabe que ganhará mais quando realmente tiver os seus Ases na mão. E como você saberá que tem o melhor jogo? Prestando atenção, aprendendo a ler os adversários ou parceiros de jogo. E como não quebrar nesse processo? Administrando o seu capital, entendendo o conceito de risco e de retorno. Pagar apostas apenas para perder na final o levará à ruína mais rápido do que você pensa. Apostar sem método e plano traçados, sem fundamentos para embasar cada um dos seus bets, certamente poderá trazer lucros imediatos, Kicks, Route 66 6 6
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Coluna Howard Lederer
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as vantagens de jogar
o Rush Poker* Quais os pontos importantes para se dar bem neste cash game ultrarápido
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Howard Lederer Membro do Team Full Tilt, possui dois braceletes da WSOP e dois títulos em WPT – em 2003 foi considerado o Jogador do Ano na série.
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Full Tilt Poker realizou recentemente uma revolução na forma de se jogar online: o Rush Poker*. Se você ainda não sabe o que é, eu recomendo que você faça um teste. Ao invés de jogar contra seis ou nove jogadores, na verdade no Rush Poker* você joga contra até dois mil oponentes. Todos os jogadores estão sentados a uma mesa normal, mas assim que você toma a sua decisão, em vez de aguardar a mão terminar para poder jogar a próxima mão contra os mesmos adversários, você é imediatamente transferido para uma nova mesa, com um novo grupo, com diferentes jogadores, para jogar uma nova mão. Isso permite que os usuários joguem em torno de 300 mãos por hora, em vez das habituais 80. O nível de excitação não é a única coisa que torna o Rush Poker* um jogo diferente do normal. Jogando contra um grupo diferente de jogadores, a cada nova mão, você vai precisar fazer uma série de ajustes em sua estratégia normal de jogo para ter sucesso. Um grande erro, que é tentador fazer, é ficar muito tight. Jogar esperando somente mãos premium não é uma boa estratégia no Rush Poker*. É fácil encontrar-se largando mãos marginais, uma vez que você terá a chance de receber um monstro na próxima rodada, sem ter que esperar muito. Porém, você não deve esquecer que ainda está pagando os blinds e, se você segurar muito seu jogo, correrá o risco de ser devorado por eles. Eu recomendo abertura de algumas mãos especulativas (como suited connectors do meio da mesa e em posições finais). Essa é uma boa maneira de tentar roubar alguns blinds. No entanto, você
deve respeitar qualquer 3-bet de seus oponentes. Nessa situação, os jogadores não dariam um 3-bet sem motivo. Eles sabem que uma nova mão está a apenas um segundo de distância. Um hábito que é mais difícil de quebrar é o da imagem na mesa. No Rush Poker*, você não consegue construir uma imagem. Se você vem roubado alguns blinds seguidamente, não significa que você deva se preocupar com a consciência de seus adversários sobre isso. Como eles não estavam sentados com você na mão anterior, na verdade eles não têm como saber. Se você jogou apenas um par grande, não tenha medo de entrar novamente na próxima mão. Em vez de se preocupar com a proteção de sua imagem à mesa, você deve ser impiedoso. Jogar um bom poker é saber como fazer os ajustes adequados para a sua estratégia, dadas as condições de jogo diferentes. O Rush Poker* apresenta condições muito diferentes do que um jogo regular. Dessa forma, fazer os ajustes adequados torna-se fundamental para obter sucesso nessa nova maneira de jogar poker. Faça esses ajustes e você encontrará muito sucesso e, ao mesmo tempo, irá se divertir muito jogando o jogo o mais rápido da internet.
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DAS
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o início de março, estivemos nos estúdios de uma das maiores produtoras de São Paulo, a Pródigo Filmes, para acompanhar uma tarde de gravação do Poker das Estrelas, primeiro programa nacional de poker a ser veiculado em um canal aberto de televisão, a Band. O programa é uma produção independente patrocinada pelo PokerStars e apresentado pelo experiente Otávio Mesquita, que se juntou ao projeto pouco tempo antes das gravações. Foram realizadas gravações de treze edições, geralmente duas por dia, com a presença de figuras conhecidas
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Otávio Mesquita é quem comanda a grande atração
da televisão, dos esportes e da sociedade, como o cantor Dudu Nobre, o piloto de Fórmula Indy Hélio Castroneves e o estilista Ricardo Almeida. Cada edição traz também um profissional brasileiro do PokerStars nos comentários das jogadas, como André Akkari, que comentou as primeiras edições levadas ao ar. No dia da nossa visita, as estrelas eram o compositor, cantor e apresentador Moacyr Franco, o cineasta José Mojica, conhecido pelo seu personagem Zé do Caixão, o cantor Sebá, da banda Inimigos da HP, e a modelo,
atriz e apresentadora Gigi Monteiro. Logo na entrada, encontramos a profissional do PokerStars Maridu na sala de maquiagem, aguardando a segunda sessão de gravações do dia. Ela estava preparando seu cabelo, enquanto seu amigo inglês Stephen Chidwick, o Stevie444, jogava uma sessão de cash game Stud, online. Aguardando a sua vez, também estava a dealer oficial do programa, Larissa Bonci, conhecida dealer de clubes paulistas. Sailboats, Barcos a Vela 4 4
Jorge Borges ganhou o freeroll e fez o heads up
Aproveitamos essas primeiras horas para bater um papo com Maridu, já que não é muito comum encontrá-la em São Paulo. A profissional do PokerStars nos contou que passou por um ano turbulento em 2009, quando sofreu com a falta de foco no jogo. O seu irmão passou por problemas no casamento, e ela também se viu um pouco perdida com toda a agenda e as responsabilidades de ser uma jogadora profissional conhecida. Ela assegura que já colocou a cabeça no lugar e, em 2010, voltou a tomar coaching particular e a cuidar do corpo e da mente.
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aridu cita bastante a ajuda e a influência de Celso Foster, o representante do PokerStars no Brasil, que lhe mostrou os caminhos que ela poderia trilhar para a empresa. Com isso, Maridu planeja estar mais presente junto ao público brasileiro, participando dos eventos na América Latina e no Brasil, quando possível. O seu plano para a World Series é semelhante ao de 2009, quando conseguiu bons resultados, mas, mesmo assim, disse ter ficado insatisfeita. Maridu chega em maio e engatará nos eventos com moderação, pois alega que precisa de descanso e que não consegue dar o seu melhor, se entrar no ritmo de maratona que alguns jogadores costumam tentar. Ela salienta que está entrando numa fase mais séria como pessoa e jogadora, mas, acima de tudo, diz que está muito mais feliz.
Mais ou menos nessa hora, as estrelas do programa começaram a chegar e fomos chamados para o estúdio, que está muito bem montado. A plateia se preparava para entrar, todos vestidos com camisetas do site de poker online, e o apresentador Otávio Mesquita passava pelos últimos retoques na maquiagem. Pelo clima e pelas conversas, todos estão muito satisfeitos com as gravações anteriores, certos de que terão um bom resultado para os programas das madrugadas de sábado para domingo.
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liás, ouvimos, tanto de Maridu quanto dos diretores, muitos elogios ao apresentador. A verdade é que Mesquita entrou no mundo do poker há bem pouco tempo e logo pegou o espírito da comunidade. Ele vem participando de torneios online e ao vivo, em São Paulo, e estudando mais sobre o jogo. Mas a sua experiência televisiva é o que mais auxilia a produção, tanto pelos seus contatos – cruciais no convite às celebridades –, quanto no seu relacionamento com a plateia e as estrelas. Sim – como o próprio Akkari nos disse –, o nível de jogo apresentado no programa é um pouco sofrível, mas a proposta nunca foi encontrar jogadas fenomenais. As celebridades aprendem a jogar quinze minutos antes da gravação e, obviamente, protagonizam lances duvidosos. Com esse contexto, fica a cargo dos profissionais e do apresentador explicar um pouco do que seria
O cineasta Maridu dá dicas a Sebá Zé do Caixão do Inimigos da HP
o modo mais correto de ação. Mas, o mais importante mesmo é ver o poker na televisão aberta, sendo jogado por alguns nomes que são sinônimos de sucesso, caráter e honestidade, como os campeões do vôlei Maurício e Giba, o piloto da Fórmula Indy Tony Kanaan e o arquiteto João Armentano.
A
disputa em cada programa ocorre entre quatro celebridades, e o campeão leva um cheque de R$10 mil para uma instituição beneficente de sua escolha. Após a definição do campeão, ainda há um rápido heads-up entre o vencedor do torneio e um convidado do PokerStars – um jogador que venceu um freeroll no site. No dia em que lá estivemos, o agraciado era Jorge Borges, de Brasília, jogador especializado em SNGs six-handed de $25 a $78. Entre os treze convidados do site, um levará um pacote completo para uma etapa do LAPT – provavelmente a esperada etapa brasileira que deverá ocorrer em Florianópolis. Os números da audiência dos primeiros programas agradaram aos envolvidos no projeto, e houve uma grande procura nos acessos ao PokerStars.net, com aberturas de novas contas. Esperamos que o projeto evolua e mais iniciativas ligadas ao poker ganhem outros canais de TV, tanto abertos quanto a cabo. Assim, teremos uma quebra mais rápida da barreira entre o poker e a sociedade.
O programa vai ao ar de sábado para domingo à 00h30. Não perca! www.revistaflop.com.br
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Torneios Tower Cruise
Quatro anos de
sucesso
A “Família Tower” se reuniu em alto-mar, agora para a 4ª Edição do Tower Cruise, um dos mais tradicionais e charmosos torneios do calendário nacional de poker.
O
ano era 2006. Em uma iniciativa inédita, Hércules Lutkus, manager do Tower Torneos, teve a ideia de realizar o primeiro cruzeiro de poker no País. Com 200 jogadores a bordo do navio MSC Armonia, o torneio foi um dos maiores sucessos da temporada. Estava criada, ali, uma tradição que completou quatro anos na primeira quinzena de março, com a realização da quarta edição do Tower Cruise. Pioneiro no conceito que une diversão, paisagens paradisíacas e poker, o site sempre inovou, apresentando um ambiente pouco comum nos torneios convencionais. Em um clima de intimidade e de descontração, a maioria dos jogadores sempre procura levar suas famílias aos torneios do Tower. O ambiente lembra o de uma grande festa familiar, com crianças brincando juntas, muita conversa e boas risadas à mesa. Segundo Daniel “Tevez” Cantera, Diretor-Executivo de afiliados, o Tower possui um espírito diferente. Segundo ele, “no Tower existe um clima de amizade, de famílias que se conhecem, de jogadores que se contatam e jogam juntos, diariamente. No Tower, nós não somos um site que possui os maiores jogadores do mundo, esse não é o nosso interesse. Não somos um site de profissionais. Somos um site de divertimento e de lazer. Um site que combina amizade, fraternidade, muita risada, e possibilidade de forrar.”
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Torneios Tower Cruise
MSC Musica
O salão lotado com 250 jogadores e a ação não parou na mesa da TV
Em sua quarta edição, o torneio foi disputado no MSC Musica, um navio com todo o conforto, design e requinte necessários para a realização do evento. Com capacidade para 3.100 hóspedes, o navio possui 1.275 cabines, sendo mais de 800 externas, com varandas.
Shuffle Up and Deal
Tudo começou na quinta-feira, 11 de março, quando o MSC Musica zarpou do porto de Santos rumo a Búzios. Com vários nomes conhecidos do poker nacional a bordo, a quarta edição do Tower Cruise teve início às 22h, com mais de 124 jogadores na disputa. Esse número, somado aos 102 re-buys e 64 add ons feitos no primeiro dia de disputa, levou a organização a acreditar que a premiação garantida, de US$200K, seria facilmente superada no dia seguinte. Fato que realmente aconteceu, com a inscrição de mais 126 jogadores no dia 1 B, totalizando 250 inscritos. Fernando Issas
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Cheroki
Assim, quem acabou indo para o rail na última posição antes da faixa de premiação foi Toninho Tobias, que caiu em uma das mãos mais debatidas de todo o torneio. Antes do flop, Tobias apostou quatro vezes o valor do big blind e Fernando Issas, que estava no big blind, deu call. O flop trouxe J8K e Issas saiu apostando 40.000 fichas. Toninho então fez tudo 80.000 e, após pensar uns
Alex CG
dois minutos, Issas voltou all in. Depois de ficar por cerca de uns cinco minutos no “tanque”, Toninho deu o call e se viu à frente de Issas no showdown, com KQ contra 98. Porém, no turn, o 9 apareceu e, com dois pares, Issas reverteu a vantagem. Um inofensivo 4 no river fez com que o pote fosse para Issas e tirou Toninho da disputa.
Final Table
Após muita emoção e disputa, a mesa final acabou formada, contando com alguns nomes conhecidos do nosso feltro. Entre eles, dois finalistas da edição de 2009 do Tower Cruise: Fernando Issas e Douglas “SouPesado” Costa. Issas, aliás, conseguiu o feito de chegar à sua terceira mesa final nas quatro edições já realizadas do Tower Cruise. Outro jogador presente na final table foi Érico Garcia, destaque da Liga Curitibana em 2009. A mesa final ficou assim formada:
A MESA FINAL
O torneio foi organizado pela Stack Eventos, com direção geral de EltonCz e “Robigol” Quiroga. O buy-in valia US$500, e os jogadores podiam fazer dois re-buys, no mesmo valor, e ainda um add on, que valia US$1,000 e dava o dobro de fichas. A nova estrutura de blinds do torneio foi elogiada por muitos dos participantes, como o profissional Felipe “Mojave” Ramos, um dos mais respeitados jogadores do País, que comentou: “A estrutura melhorou absurdamente, apesar dos blinds de 45 minutos. A estrutura bem quebrada deu espaço para apresentar um poker de excelente nível por parte de todos.” Ao longo de toda a disputa, foram feitos 191 re-buys e 128 add ons, que elevaram a premiação a US$278,800. A zona de premiação começou a partir da 27ª posição, mas um acordo antes do estouro da bolha “salvou” o jogador Roberto Mota, que terminou na 28ª posição.
Piragibe
Crabs, Caranguejos 3 3
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º
Douglas Costa Paraibano Júnior Arthur Mariano Pedro Waite Marcelo Caceres Paulo Blank Fernando Issas Érico Garcia Parys Fonseca
872.000 616.000 383.000 348.000 330.000 342.000 246.000 232.000 128.000
Na primeira jogada de efeito na mesa final, o jogador Fernando Issas dobrou suas fichas. Ele foi all in e recebeu o call de Arthur Mariano, com TT. Issas apresentou A2. No flop, um A acabou lhe dando a vitória na mão. Arthur, que ficou muito curto, conseguiu triplicar seu stack poucas mãos depois, em um all in triplo que determinou a eliminação de Parys Fonseca na nona colocação. Em seguida Paulo deixou a disputa na oitava posição, eliminado por “Sou Pesado”, que ainda fez outra vítima. O eliminado da vez foi o jogador “Paraibano Jr”, na sétima posição. Algum tempo depois, mesmo conseguindo reagir e triplicando seu stack, o jogador Arthur não conseguiu dar prosseguimento à sua reação e acabou eliminado na sexta posição. Em seguida, o jogador Érico ficou com a quinta colocação e Fernando Issas encerrou a sua participação no torneio em quarto lugar, eliminado por Pedro. Após essa eliminação, a disputa www.revistaflop.com.br
Os cobiçados troféus do torneio
foi interrompida para uma tentativa de acordo, que acabou não sendo concretizado. Pedro, que estava short na mesa após ser fatiado por Marcelo, acabou eliminado na terceira posição.
Heads-up
O heads-up desta edição do Tower Cruise acabou decidido entre dois jogadores que chegaram por satélite: o brasileiro Douglas Costa e o argentino Marcelo Caceres. Antes do início da disputa, os jogadores chegaram a um acordo, dividindo US$40K para cada um e jogando pelos US$ 9K restantes. Após poucas mãos, a vitória acabou ficando com o argentino, que mostrou um bom jogo, principalmente na reta final da disputa. O evento chegou ao fim com o pessoal do Tower Torneos anunciando a data da sua próxima parada. No período de 10 a 14 de junho, a encantadora Bariloche receberá a terceira edição do Bariloche Tower Fest. Além disso, o site anunciou também uma grande novidade, um novo evento que promete agitar o mês de outubro em um dos destinos mais atraentes e procurados do País: Porto de Galinhas, no litoral de Pernambuco. A Flop estará lá! Acesse www.clubdotower.com e saiba como garantir o seu lugar no “Jeito Tower de Jogar Poker”. O argentino Marcelo Caceres fica com o título desta quarta edição
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Aniversário Revista Flop
anos
A maior revista de poker do Brasil festeja seu aniversário e segue estampando os temas 100% brasileiros em suas capas
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udo começou entre abril e maio de 2006. O poker crescia rapidamente em São Paulo, apoiado pelo Circuito Paulista e os clubes da capital, como o Paradise e o Nine Ball. Eu mesmo havia ajudado bem de perto o Leo Bello e o Brasa com a organização do CPH, junto com o pessoal de São Caetano e de Fabio Cunha, Maurício “Paisa” Perrela, Felipe “Billy” Bossolani, André Akkari e o Igor Federal, entre outros tantos. Enquanto todos davam uma mãozinha no início, só o Leo e Brasa seguiram adiante com a criação da Nutzz!. Eu tocava um programa na televisão, editando e dirigindo, mas o poker me tomava cada vez mais tempo. Foi quando um empresário experiente da TV me procurou, sabendo do meu envolvimento com o poker, para tocar um projeto de poker para a televisão. Recordo-me que, em pouco mais de um mês, nós havíamos viajado para escolher a locação em três cassinos próximos ao Brasil, fechado
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dois grandes patrocínios e assegurado um horário para fazer nosso programa, que começaria em agosto de 2006. No meio de julho, com os planos já a todo vapor, recebo a notícia de que a emissora cancelou o projeto, pois seu departamento jurídico havia sido avisado que outros dois canais de televisão que passavam programas de poker foram procurados pelo Ministério Público ou algo do gênero. Fui conversar com os diretores do canal e a resposta era final: nada de poker até a coisa ficar mais clara e segura para eles. Na mesma semana, decidi criar uma revista. Se para ter um programa na TV eu dependia da boa vontade de muitas pessoas, com uma revista eu imaginei que podia fazer o que bem entendesse – sem a autorização de ninguém. Sempre que eu viajava a Vegas pegava exemplares gratuitos nos poker rooms, e foi assim que resolvi fazer algo semelhante no crescente mercado brasileiro. Liguei pro Akkari e contei a ideia, perguntando se queria Ducks, Dois Patinhos 2 2
entrar comigo. Ele falou que sim, na hora, e trouxe junto o seu grande amigo Eduardo Parra, na época seu sócio no site SuperPoker.. Então procuramos uma editora para realizar o projeto, fizemos orçamentos e entramos em contato com os clubes de poker paulistas e sites de poker online, que seriam nossa esperança para custear o projeto. Viramos o ano com a revista toda acertada. Alguns meses depois, no início de 2007, saía a primeira Revista Flop. O lançamento da publicação foi no extinto clube Ômega Texas Hold’em, na região do ABC em São Paulo. Aliás, a capa da primeira edição também foi produzida lá. Igor Federal, André Akkari, Vini e Vitor Marques, Christian Kruel e Raul Oliveira se “fantasiaram” de cozinheiro, motoboy, médico, entre outros personagens, para mostrar que poker também é uma profissão. Agora vem o desafio maior: o de continuar o projeto e começar um novo número. O poker, naquela época, engatinhava aqui no Brasil, então decidiu-se que a revista seria bimestral, para acumular um conteúdo atual e também para se ter tempo de produzi-lá. O objetivo dessa publicação era muito maior do que se imaginava. No começo, a intenção era de simplesmente divulgar o esporte no Brasil, por isso a revista é gratuita, ou seja, todos têm acesso ao assunto, sem restrições. Em seu segundo número, a Flop chegou a pouco mais de três mil assinantes, com uma tiragem de dez mil exemplares. Outro ponto interessante, definido por Juliano, é que só brasileiros estampariam as capas da revista, pois esta trata, principalmente, do poker nacional. E, desde então, a Flop é a única publicação no País com esse conceito. A partir daí, a Flop passou por várias fases e reformulações. Em seu sexto número, ela cresceu tanto que passou a ter o próprio núcleo de criação e conteúdo. Todas as novas mudanças, veio o selo de Editora. É também naquela mesma época que a revista ganha seu site e passa a disponibilizar todas as edições em PDF para seus leitores e internautas interessados. Da primeira edição até hoje, a Flop contribuiu muito com o crescimento do poker e vice-versa. Quem diria que já no primeiro ano de cobertura de WSOP, em 2007, teríamos já a primeira mesa final, com o Brasa? E depois, no segundo ano da World Series só nós vimos o Alê Gomes trazendo o primeiro bracelete. Parece que o destino preparava as capas e seguimos escrevendo a história do poker brasileiro. Hoje, quem vê a BSOP na televisão ou o Poker das Estrelas na Band, mal imagina que esse era o nosso objetivo há três anos. E que só por causa disso eu decidi iniciar uma revista, que hoje é essencial para o crescimento do poker em nosso País.
Edição 1
Em nossa primeira edição contamos como foi o torneio de inauguração do Omega Texas Club, um clube que fez história no poker de São Paulo. O maior torneio realizado no Brasil, até então, contou com 413 jogadores. Além disso, em uma iniciativa inédita, o site Tower Torneos colocou jogadores de todo o país para disputar o primeiro Tower Cruise. Em nosso destaque de capa trouxemos uma matéria contando a história dos brasileiros que, na época, largavam suas profissões convencionais para abraçar a carreira de jogador de poker profissional.
Edição 2
Fábio “DeuZebra” Monteiro estampou a capa de nossa segunda edição. Ele, que garantiu a primeira conquista brasileira na conceituada série de torneios online do Full Tilt Poker – a FTOPS, contou, para os leitores da Flop, um pouco de sua história e de toda mística em torno de seu nome. Foi também nesta edição que começamos um giro pelo País, desvendando locais e figuras que fortalecem o poker Nossa ideia sempre foi difundir e divulgar o poker. Desde no Brasil, mostrando os clubes de poker, os circuitos regionais, os torneios importantes e os jogadores de a primeira vez que vi aquele projeto de TV ser cortado destaque. Para começar essa série a cidade escolhida pela ignorância e preconceito das pessoas com nosso foi Recife, a capital de Pernambuco – uma cidade que é jogo, essa foi a missão que me coloquei. o celeiro de grandes jogadores, como João “Vovô Leo” Monte, Zé Roberto “Fumo” e João Marcelo. Juliano Maesano
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Aniversário Revista Flop Edição 3
“O mês que mudou o poker brasileiro” foi nossa manchete da 3ª edição. No mês em questão, junho de 2007, a Flop fez sua primeira cobertura da World Series of Poker. E começamos com pé direito. Lá, um novo capítulo da história do Texas Hold’em nacional foi escrito. André Akkari foi contratado como o primeiro profissional brasileiro, pelo PokerStars. Nosso editor-chefe Juliano Maesano conquistou um ótimo resultado para o País, caindo na bolha da FT do evento #51 de SHOE e, finalizando, um momento histórico para o poker nacional: Leandro Brasa tornou-se o primeiro brasileiro a chegar a uma mesa final de um evento da WSOP, conquistando a 4ª colocação no torneio #49 de NL Hold’em.
Edição 4
O Rio de Janeiro foi destaque em nossa 4ª edição. Em uma justa homenagem, os pioneiros do poker Christian Kruel e Raul Oliveira tiveram suas histórias contadas em nossas páginas. Além disso, duas matérias especiais destacaram a Cidade Maravilhosa, uma sobre o poker na capital fluminense e outra sobre o 100K Nata Rio, torneio que atraiu grandes jogadores brasileiros com uma premiação garantida de 100K.
Edição 5
Algumas revelações nacionais, o torneio de 100K Garantidos do Omega e a segunda edição do Tower Cruise foram notícia na edição de número 5 da Flop. Thiago Decano, jogador que mais se destacou no poker online em 2007; Leo Perrone, vencedor dos 100K do Omega e Virgílio Aoki, vencedor do Tower Cruise II foram os destaques de capa, em uma edição que mostrou ainda como estava o cenário do poker praticado na cidade de Santos, destacando os jogadores Caio Fan, Will Arruda e Rodrigo Garrido.
Edição 6
Nossa 6ª edição anunciou uma mudança no panorama do poker nacional. A divulgação de dois laudos favoráveis ao Texas Hold’em, um deles da Secretaria de Pública do Estado de São Paulo, anunciavam um novo tempo
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para o Texas Hold’em no País. Além dessas vitórias, o Rio Poker Fest fez história com 506 jogadores que lutaram por uma premiação garantida de mais de R$750 mil na cidade do Rio de Janeiro.
Edição 7
A cons olidação da Confederação Brasileira de Texas Hold’em foi destaque em nossa 7ª edição. O Brasil recebeu seu primeiro evento do circuito internacional, contando com a presença de grandes estrelas e nomes consagrados do feltro, na primeira etapa do Latin American Poker Tour do Rio de Janeiro. Além disso, um terceiro lugar inédito foi conquistado por Thiago Decano no WPT de Barcelona. Nossa edição de junho de 2008 é marcada também pela entrada de um novo colunista. Felipe Mojave Ramos, após dois excelentes resultados em dois EPTs, estreou sua coluna na Flop contando exatamente como foram essas conquistas.
Edição 8
Mais uma WSOP e mais uma vez a Flop foi a única revista brasileira a testemunhar um acontecimento histórico para o poker nacional. A capa de nossa edição de número 8 já anunciava: “Uma Conquista Histórica”. Um brasileiro chegou ao topo do poker mundial, conquistando nosso primeiro bracelete. Em uma edição especial trouxemos a história por trás da conquista do curitibano
Alexandre Gomes. Ainda nesta edição, apresentamos uma matéria especial sobre a temporada 2008 dos brasileiros na maior série de torneios de poker do planeta e estreamos a seção Test Drive.
Edição 9
Três contratações balançaram o mercado em outubro de 2008. Acreditando no potencial dos jogadores brasileiros, o Full Tilt Poker anunciou a contratação de Christian Kruel, Raul Oliveira e Leandro “Brasa” Pimentel. Os brasileiros se juntaram ao maior time de profissionais do mundo, com nomes como Chris Ferguson, Phil Ivey, Gus Hansen e Patrik Antonius. Outro destaque desta edição foi a cobertura do 150K Garantidos do Espaço Zahle, evento que deu a largada para o que ficou conhecido como a Stack Series.
Edição 10
A edição de dezembro de 2008 trouxe os destaques do ano. Quatro nomes que despontaram como os maiores ganhadores do poker online no País estiveram na nossa capa. Apresentamos o perfil de nomes que, a partir daí, fariam parte dos noticiários do poker nacional: Caio Pimenta, Bruno GT, “Mestre Filipe” e Felipe “Mojave”. Nesta edição, dando prosseguimento às coberturas especiais da Stack Series, tivemos também a cobertura do 300K do Zahle, outro grande evento realizado na cidade de São Paulo pela Stack Eventos.
Edição 11
Abrimos o ano de 2009 anunciando para a comunidade do poker uma grande festa de reconhecimento do poker nacional: o Prêmio Flop. Contamos ainda a história dos brasileiros no PCA de Bahamas e apresentamos uma matéria especial sobre a Nutzz! Eventos. Foi nesta Edição que estreamos a seção SnG, que tornou-se um sucesso. Nela jogadores conhecidos, convidados e leitores disputam um Sit and Go Turbo e depois comentam suas jogadas em nossas páginas. www.revistaflop.com.br
Edição 12
Em nossa edição de segundo aniversário iniciamos uma nova fase, com uma encadernação no sistema de lombada quadrada. Anunciamos um novo tempo para o Hold’em nacional, após o Full Tilt Poker divulgar uma parceria com o SuperPoker – maior portal de conteúdo especializado em poker no País. Entre as novidades da parceria, a formação de um time de estrelas e muitas promoções para os usuários do site. Outro destaque desta edição foi a cobertura da entrega do Prêmio Flop. Após meses de planejamento, votação e divulgação, a festa de entrega do prêmio foi um sucesso, contando com a presença de cerca de 250 convidados. Entre os melhores do ano, Alexandre Gomes, Caio Pimenta e muitos outros nomes que brilharam durante o ano de 2008.
Edição 13
Felipe “Mojave” Ramos faria história na WSOP 2009. Nosso primeiro mesafinalista em uma mo da lidade fora do Hold’em estampou a capa da nossa 13ª edição. Esta edição trouxe também, além da matéria especial com o embaixador do Party Poker no Brasil, a cobertura dos brasileiros na maior série de torneios do planeta. A Stack Eventos realizou o terceiro evento da Stack Series: o 500K Garantidos, também no Espaço Zahle. Fechando a edição, que teve mais de 100 páginas, o site MeBeliska fez a sua estreia nas páginas da Flop, sempre com muito bom humor e muita informação.
Edição 14
Cerca de um ano após fazer história conquistando nosso primeiro bracelete, o curitibano Alexandre Gomes repetiu o feito. Conquistou um inédito título de WPT - World Poker Tour e consolidou o seu nome como um dos maiores jogadores de poker do mundo. abril |
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Aniversário Revista Flop Edição 16
Um torneio de proporções nunca vistas no Brasil foi o principal destaque de nossa 16ª edição. O Full Tilt 750K, da Stack, por pouco não ultrapassou a barreira de um milhão em premiação, demonstrando que o País não deve nada a nenhum evento internacional quando o quesito é organização de eventos. Além disso, a 16ª edição ficou marcada pela entrada de dois reforços de peso no corpo editorial da Flop: o experiente jornalista Amúlio Murta e o escritor e jogador Leo Bello. Já em sua estreia, Leo Bello trouxe com exclusividade um texto sobre os November 9, a mesa final do Main Event da WSOP 2009, direto de Las Vegas.
Edição 17
A história brasileira no Main Event da WSOP também mereceu destaque em nossa 14ª edição. Mais de 30 jogadores brasucas se inscreveram na disputa. Apenas quatro conseguiram alcançar a faixa de premiação. A melhor classificação ficou com Cláudio Baptista, que terminou na 215ª posição, eliminado por ninguém menos que Phil Ivey, um dos melhores jogadores da atualidade.
Edição 15
Após quebrar recordes, conquistar jogadores e consolidar-se como a maior série de torneios do País, a BSOP foi capa da 15ª edição da Flop. Uma série de torneios que começou modesta, com fields pequenos, e conseguiu consolidar-se no mercado nacional como sinônimo de seriedade e qualidade em eventos de poker. Foi também na 15ª edição que contamos como foi a saga brasileira na conquista da Americas Cup of Poker que cravamos na Argentina, vencendo nossos hermanos. Porém, a mesma edição trouxe também o troco, que veio no Latin America Headsup Series. Dessa vez o argentino Ernesto Panno acabou derrotando o Brasileiro Leandro Brasa na grande final.
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Renovada com novos colunistas, novas seções e com um projeto gráfico mais limpo e moderno, a 17ª edição mostrou a consolidação dos circuitos regionais em todo o País. Um especial com os campeões estaduais demonstrou que as federações regionais estão organizadas e que o poker é uma realidade em todos os Estados brasileiros. Além disso, apresentamos uma entrevista com o Campeão Brasileiro de 2009 Marco Marcon e trouxemos ainda muito mais, com a cobertura dos brasileiros no PokerStars Caribbean Adventure e a ascensão do mineiro Caio Pimenta ao status de Red Pro do Full Tilt Poker.
Obrigado a vocês, leitores, por estarem junto conosco nestes primeiros
anos Big Slick, Anna Kournikova A K
seleção brasileira A
E
m 2010 nasce a WTP – World Team Poker, uma Liga que reúne 32 países em uma disputa de eventos pelo mundo. A WTP pretende elevar o conceito de poker por equipes a um novo patamar, com a veiculação na televisão de mesas disputadas por grandes nomes do poker mundial, divididos por nacionalidades. O slogan da marca resume tudo: “Orgulho, Paixão, Países.” Um dos maiores diferenciais da disputa será a possibilidade de o capitão de cada país poder aconselhar e até substituir os seus jogadores durante as mãos. A Liga é uma criação do americano Robert Turner, o “ChipBurner”, apelido que ganhou em razão de seu jogo agressivo. Turner é conhecido como o “Pai do Omaha”, sendo um dos responsáveis por levar essa modalidade para Las Vegas e para a Califórnia. Em uma recente entrevista sobre o projeto, Turner disse que “o projeto World Team Poker trará os melhores jogadores do mundo e seus capitães, os quais devem ser nascidos, naturalizados ou filhos de cidadãos nascidos nos países que representarão”. Ele também cita o Brasil e a Grécia como países emergentes no poker: “Apesar de seus jogadores não possuírem um histórico e grandes resultados como outros jogadores da Liga, esses países enviarão seus melhores jogadores e personalidades ligadas ao poker, que certamente darão muito trabalho aos mais experientes.” Em e-mail ao Portal SuperPoker, a World Team Poker confirmou os times e os capitães para o evento de maio, que será jogado no Golden Nugget, em Las
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Vegas: Phil Hellmuth será o capitão dos Estados Unidos; Johnny Chan, da China; Men “the Master” Nguyen, do Vietnã; Eli Elezra, de Israel; Ben Roberts, da Inglaterra; Jeff Lisandro, da Austrália, e Juliano Maesano, que foi escolhido como o capitão brasileiro. O time da Grécia ainda não confirmou o seu capitão.
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ada capitão enviou a lista dos seus jogadores convidados para o evento, mas nem todos ainda estão confirmados. Entre os nomes prestes a serem confirmados estão Erik Seidel, Allen Cunningham, Chris Ferguson, Jennifer Harman, Annie Duke, Joe Beevers, Maria Ho, Tony G, Scotty Nguyen, David Levi, Michael e Robert Mizrachi. O capitão brasileiro Juliano Maesano, que é mais conhecido por ser o editorchefe da revista Flop e pelos seus resultados em mixed games, adiantou-nos que, há alguns meses, vem conversando com alguns jogadores, a fim de montar o time verde e amarelo. O Team Brazil oficial que irá ao primeiro evento no Golden Nugget conta com Leandro Brasa, Christian Kruel, Raul Oliveira, Rodrigo “Zidane” Caprioli e o próprio Maesano.
Segundo o capitão brasileiro, o primeiro alternate da equipe, mas que está impossibilitado de viajar para essa primeira etapa, é Humberto Kim, o conhecido Kima. A equipe também já conversou com Felipe Mojave e Leo Bello, que mostraram interesse em participar de eventos futuros, e com o presidente da Confederação Brasileira de Texas hold’em, Igor Federal, que possui um calendário de muitos compromissos em 2010. Também foram contatados Alexandre Gomes e André Akkari, que analisam, junto a seus patrocinadores, a viabilidade de uma futura participação. “Não é fácil selecionar um time entre as muitas feras brasileiras. Poderíamos levar muita gente boa, mas optei por selecionar, entre os melhores e mais experientes jogadores, aqueles que pudessem participar de várias modalidades, já que os eventos da WTP incluirão muitas modalidades diferentes do Hold’em. CK, Raul, Zidane e Brasa certamente se darão bem em qualquer modalidade apresentada”, disse o capitão. Jovens fenômenos, como Caio Pimenta, não puderam ser considerados, por ainda não terem 21 anos – idade mínima exigida para participação em eventos de poker nos Estados Unidos.
Caderno
Team Brazil
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egundo Juliano, o evento inaugural trará o buy-in de US$50 mil por equipe, em um formato de cinco mesas shootout, com oito jogadores de diferentes países em cada uma delas. Ainda em seu entendimento, há previsão de serem jogados Limit Hold’em, NL Hold’em e PL Omaha. O evento será transmitido ao vivo pelo site da WTP e deverá ser gravado para um programa de televisão, cuja exibição no Brasil Juliano também vem negociando. Da esq.: CK, Raul, Juliano Maesano, Rodrigo Caprioli e Leandro Brasa
Kruel Christian
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Chris Ferguson
Pág 50
Homem de Ferro Pág 54
WSOP Qualifier Pág 56
www.fulltiltpoker.net
Chris Ferguson 50 Chris em sua terceira final no National Heads-Up Poker, da NBC
Poker O
matemático do
jogo e subir a altos níveis. Para provar suas teorias, Ferguson chegou a vencer um grande torneio de blackjack. Mesmo com toda essa empolgação, Chris teve consciência de que não ganharia dinheiro no poker imediatamente, sobretudo porque não enfrentara bons jogadores, e assegura que essa é a chave para aprimorar os seus conhecimentos. Não querendo arriscar seu bankroll, Ferguson não jogou a World Series Of Poker (WSOP) até 1996, ano em que, por satélite, conquistou uma vaga no Main Event. Nos anos seguintes, chegou a sete mesas finais na WSOP e terminou na zona de premiação em 12 eventos. Ele ganhou o seu primeiro bracelete em um evento de $2,500 de Seven-Card Stud, antes de conquistar o bracelete do evento principal em 2000, levando $1,5 milhão. Conhecido por sua versatilidade, Chris aumentou a sua coleção de braceletes em 2001, ao vencer um evento de Omaha Hi/Lo. Mas não parou por aí. No ano de 2003, ele conquistou mais dois braceletes, ambos em mixed games.
E
C
hris Ferguson nasceu e cresceu em Los Angeles, na Califórnia. Filho de dois matemáticos, Chris parecia destinado a trabalhar no mundo acadêmico. Ele passou um total de 18 anos na Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA), sendo cinco na graduação em Ciências Exatas e 13 na pós-graduação. Em 1999, obteve o grau de Ph.D. em Ciências da Computação e decidiu deixar o conforto da vida universitária. Ele não se recorda de como conheceu o jogo, pois, desde criança, teve contato com vários tipos de jogos que, didaticamente, lhe serviam de entretenimento, graças a seu pai, que ensinava Estatística e Teoria dos Jogos na
WSOP 2007
UCLA. Ferguson começou a levar o poker a sério em 1989, quando começou a jogar no canal Internet Relay Chat (IRC) – uma das primeiras formas de poker online - durante seus anos de estudante e não demorou para se destacar nos torneios. O seu nome sempre esteve entre os primeiros colocados no ranking do IRC. Mas os torneios que ganhava pelo site eram todos play money, que só valeram, mesmo, pela experiência adquirida. Anos depois, Chris decidiu largar a experiência virtual para aplicá-la na prática de ganhar dinheiro com o poker. Em 1994, começou a jogar pequenos torneios realizados nos arredores de Los Angeles. Com disciplina e um estilo tight-aggressive, logo conseguiu evoluir seu
“Aprenda, converse e jogue com os Profissionais”
m 2008, Chris venceu o NBC Heads-Up Championship e, ainda naquele ano, conseguiu mais dois belos resultados na WSOP: um terceiro lugar no evento de NL Hold’em e uma segunda colocação no World Championship 7 Card Stud Hi/Lo. Ferguson também iniciou muito bem o ano de 2009, com um vice-campeonato no HORSE 10K do Aussie Millions, disputado em Melbourne, na Austrália. Pelos seus resultados em mixed games e pelo seu elevado conhecimento técnico e matemático do jogo, Chris é considerado um dos jogadores de poker mais habilidosos do mundo. Na WSOP, ele já chegou a 25 mesas finais, ganhou cinco braceletes, alcançou 42 vezes a zona de premiação, além de ter outros três títulos do circuito mundial. Considerando somente a WSOP, os seus ganhos já ultrapassam a marca de $6,7 milhões. Chris também foi fundamental na evolução do poker online, ao trabalhar ativamente, ao lado de jogadores e programadores, no desenvolvimento do software do Full Tilt Poker. Ele também se dedicou a ajudar outros jogadores a jogarem melhor, com publicações como “The Full Tilt Poker Strategy Guide: Tournament Edition” e
“Little Blue Book: More Lessons and Hand Analysis in No Limit Texas Hold’em”. Em 2006, Chris encarou um dos seus desafios mais difíceis e mais humildes ao mesmo tempo: transformar $0 em $10,000. Usando as suas regras rígidas de gerenciamento de bankroll, Chris começou sem nada, apenas com a sua conta no Full Tilt. Durante o que ficou conhecido como o Desafio de $10,000 de Chris Ferguson, ele precisou de mais de 18 meses de trabalho duro para chegar aos $10,000, que doou para uma fundação de apoio a crianças. Ferguson foi também um dos principais mentores, defensores e divulgadores da ideia de levar o poker como esporte olímpico às Olimpíadas de Atenas, em 2004. Ele, através do site www.pokerinathens.com, criou uma campanha publicitária utilizando artigos, notícias e muito humor, para apoiar a causa. Um de seus sonhos é representar o seu país nas Olimpíadas. Uma de suas grandes paixões é a dança. Desde 2005, Ferguson faz aulas de vários ritmos musicais e também participa de muitos eventos do gênero, e assegura que isso é muito divertido e que serve para manter a forma física. Foxtrot, valsa, tango, mambo, swing, são alguns dos ritmos que pratica. Os seus cabelos compridos, a sua grandiosa barba e a sua magreza lhe renderam o apelido de “Jesus”. Outra curiosidade sobre esse grande personagem do poker mundial é que ele possui extrema habilidade com as cartas, mas não falo exatamente do poker e sim do manuseio do baralho. Se o procurarem no site YouTube, acharão vários vídeos que o mostram cortando vegetais com as cartas. Não acredita? Então acesse e comprove. Ferguson na WSOP 2009
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Red Pro Brasil
Do
gamão ao
poker
52
em que evoluiu, viu seu nome subindo nos rankings. Aos poucos, subiram também os stacks, até o momento em que decidiu viver integralmente do jogo. Àquela altura, em meados de 2003, ele já jogava nos stakes mais altos da época. Esse período ficou marcado por uma série de disputas heads-ups, quando CK enfrentou o mundialmente famoso dinamarquês Gus Hansen. Christian foi um dos primeiros brasileiros a conseguir resultados em torneios fora do País, entre eles, destaque para a mesa final do WPT nas Bahamas em 2005 quando terminou na oitava posição. Graças aos resultados internacionais, o seu nome virou referência como profissional de poker. Participou de várias matérias em jornais e revistas não especializadas e, com a notoriedade obtida com essas reportagens, tornou-se comentarista das primeiras transmissões de poker no Brasil.
C
omo a história não é feita somente de bons momentos, no ano de 2007 uma fase ruim em sua vida pessoal acabou afetando o seu jogo, e ele passou a apresentar um desempenho abaixo da expectativa. Mas são nos momentos difíceis que os grandes campeões se revelam. Aos poucos, CK foi retomando a sua antiga forma. Desse período difícil ele tirou a experiência da importância de se fazer um bom gerenciamento de bankroll, um dos segredos para se obter sucesso no poker, segundo ele. Além disso, também em sua opinião, confiança e disciplina são aspectos fundamentais para uma carreira de sucesso. O seu retorno ficou marcado com três grandes resultados alcançados no fim de 2008. Cerca de um mês após o Full Tilt Poker anunciar a sua contratação, CK obteve um segundo lugar no 500K Garantidos do site; um quarto lugar no evento #20 da WCOOP, e o terceiro lugar na
“
O Christian é um jogador mu ito técnico e preparado para o futuro do poker. Quan do comecei a jogar ele já era uma referência, e hoje continua sendo. Isso é prova de que ele é capaz de se readaptar a diversas condições, o que é uma carac terística de poucos. Ele está num nível muito for te e crescente, e tenho certeza de que logo, logo, ele acerta um grande resultado live. Fico muito co ntente em ter a sua amizade e a sua consideraç ão.
CK jogando a primeira etapa do BSOP deste ano
”
por Felipe Mojave
Christian marcou presença na WSOP no ano passado
O
carioca Christian Kruel é um dos nomes mais conhecidos e respeitados entre os jogadores de poker nacionais. Um dos pioneiros na prática profissional do Texas Hold’em em terras brasileiras, CK descobriu o Hold’em quando assistiu, juntamente com o também jogador e amigo Raul Oliveira, ao filme Rounders – Cartas na Mesa. O filme lhe despertou o interesse por aquele novo jogo e, a partir daí, CK procurou na internet mais informações sobre como e onde jogar. Oriundo do gamão, Christian iniciou ali um processo de migração para o Texas Hold’em. Ele comenta que,
Para fechar o ano de 2008 com categoria, CK ficou em 4º lugar no torneio milionário do Conrad Cassino, no Uruguai
naquela fase, todo o dinheiro que ganhou no gamão ele entregou nas mesas de poker, enquanto tentava aprender a como jogar. Mesmo assim não desistiu. Pesquisou na internet, descobriu os livros, os fóruns e os sites de teorias, e começou a estudar o jogo. Aos poucos, a situação foi se invertendo e o quadro começou a ficar positivo. Ele relembra que ficou cerca de seis meses até perceber que podia se tornar um vencedor no poker. Naquela época, existiam muito pouca informação, tutoriais ou ferramentas de aprendizado online. Ele conta que levou cerca de um ano para construir um bankroll. Na medida
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final milionária do Conrad Casino, em Punta del Este, no Uruguai, esse o seu melhor resultado live até hoje. Provando que estava novamente com o jogo afiado, a partir daí não parou mais. No ano de 2009 continuou mantendo o ritmo e conseguiu vários bons resultados. O destaque ficou por conta de dois resultados obtidos em dezembro: um quarto lugar no evento #1 da Mini-FTOPS do Full Tilt e o primeiro lugar no tradicional Super Tuesday, torneio com buy-in de $5,000 e um dos fields mais respeitados do planeta. Mantendo o ritmo, CK começou o ano de 2010 com mais um ITM no PCA 2010, evento relatado na edição passada da Flop.
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Homemde
Ferro
D
edicação é quando os jogadores vão à mesa todos os dias e, dessa forma, se tornam difíceis de serem batidos porque já viram centenas de quilômetros de feltro e também já viraram milhares de cartas. Mas existe um outro tipo de dedicação, quando mostramos respeito por um grupo especial de pessoas. Por esse motivo, cada jogador que atinge o status de Bronze, Prata, Ouro ou Ferro, recebe uma medalha especial Homem de Ferro, todos os meses, de acordo com o seu desempenho nas mesas do Full Tilt Poker. O quadro abaixo mostra como você pode se qualificar para os diferentes níveis de status.
Status Homem de Ferro 50 Pontos por dia em 15 dias em 20 dias
Bronze
em 25 dias
Prata
Existem duas outras formas para você conquistar medalhas adicionais: • Mantendo o seu nível no Desafio Homem de Ferro durante meses consecutivos; • Subindo para um nível mais alto em meses consecutivos. A tabela abaixo, na página ao lado, mostra o número de medalhas que você poderá receber a cada mês. Se por alguma razão você não conseguir se qualificar para os freerolls Homem de Ferro de um determinado mês, o seu status é reiniciado e você começará a ganhar medalhas nos níveis do Mês 1, quando voltar a se qualificar.
100 Pontos por dia
150 Pontos por dia
Bronze
Prata
Prata
Ouro
Ouro
Ferro
Bônus Homem de Ferro
Como recompensa para os jogadores do Desafio Homem de Ferro, o Full Tilt oferece duas opções diferentes de bônus, nas quais pode-se ganhar mais de $100,000 em prêmios adicionais em dinheiro, ou medalhas extras para esse desafio.
Opção A: freerolls de Bônus As medalhas Homem de Ferro podem ser trocadas na loja exclusiva do Desafio Homem de Ferro, seja por fichas de torneio, por bônus em dinheiro, seja pela possibilidade de criar as suas próprias mesas, e muito mais. A qualificação para o Desafio Homem de Ferro deste ano começou dia 1º de março e terminará em 31 de janeiro de 2011.
Quanto mais jogo, mais Medalhas
Ao aceitar o desafio, o usuário será classificado, todos os meses, pelo seu desempenho nas mesas. Durante o primeiro mês do desafio, as medalhas são distribuídas desta forma:
Bronze
25 medalhas
Ouro
70 medalhas
Prata
40 medalhas
Ferro
100 medalhas
Para alguns jogadores, tornar-se um Homem de Ferro do Full Tilt Poker é mais do que receber medalhas. É por isso que oferecemos a possibilidade de testar a sua fibra em um dos nossos quatro torneios freerolls mensais. Neles, além de ter a oportunidade de competir pelo prêmio do primeiro lugar, você terá a chance de enfrentar os outros três campeões, num torneio SnG de quatro jogadores, em que o vencedor sai com $5,000 adicionais. O vencedor do sit-and-go irá jogar contra três profissionais do Full Tilt, em partidas consecutivas heads-up. Para cada vitória sobre os profissionais, ele receberá mais $5,000 sobre os seus lucros anteriores. Caso ele vença dois profissionais, receberá $10,000. Caso o jogador seja um vencedor freeroll de Bronze, Prata ou Ouro e ganhar dos três profissionais, ele receberá $50,000. Mas se for o vencedor do freeroll do Homem de Ferro e ganhar os três jogos, ele receberá um extra de $50,000, para um total de $100,000!
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Freerolls
54
Desafio
Bronze
$10K Freeroll Prata
Heads-Up contra três Prós por Bronze $50K
Disputa de um SnG com 4 jogadores
$15K Freeroll
$5K
Ouro
$20K Freeroll
Prata
$50K
Ouro
$50K
Homem de Ferro $100K Homem de Ferro
$30K Freeroll
Os freerolls mensais começam no dia 10 de abril, seguidos dos sit-and-go de quatro jogadores, no dia seguinte. Já os torneios heads-up terão início no dia 17 de abril.
Opção B: Medalhas de Bônus Caso prefira não jogar os freerolls mensais, você poderá trocar a entrada do seu torneio por medalhas adicionais do desafio, tendo como base o Mês 1 na tabela acima. Se, por exemplo, você se qualificar para o freeroll de Ouro no seu quinto mês, poderá trocar a sua entrada no torneio por 70 medalhas do Homem de Ferro, conforme especificado abaixo. Isso significa que, alcançando Ouro em seu quinto mês e optando por sair do freeroll, você irá coletar um total de 170 medalhas no mês – 100 equivalentes ao período de cinco meses e mais 70 pela troca do freeroll. Você poderá decidir jogar ou não um torneio, em qualquer momento antes do término do período mensal de qualificação.
Iron Man Plus
Para aqueles que vão além de 200 pontos em um dia, existe o Iron Man Plus. Ao ganhar um mínimo de 500 pontos em um dia – e se qualificando para qualquer um dos quatro níveis do Homem de Ferro –, você poderá ganhar medalhas Iron Man extras para uso na Iron Man Store. A cada novo patamar que você atingir, você irá ganhar mais medalhas. Para acompanhar o seu progresso, clique em “As Minhas Promoções” e, a seguir, clique na ligação “Homem de Ferro Plus”.
Medalhas
Promoção
Comece a jogar hoje e veja se você será capaz de se tornar um Homem de Ferro do Full Tilt Poker. Para mais informações sobre esse desafio e as outras promoções do site, acesse www.fulltiltpoker.com/pt e clique na guia “Novidades e Promoções”.
The One-A-Day Freeroll
O jogador que pretende alcançar o status de Homem de Ferro necessita de habilidade e dedicação. Para isso, o Full Tilt oferece o One-A-Day Freeroll como parte do desafio. Ele funciona da seguinte forma: o usuário tem que ganhar, no mínimo, UM Full Tilt Point por dia no mês e estará apto a participar do torneio, que tem um prizepool de $2,000. Você poderá checar seu status para esse freeroll na guia “Minhas Promoções”, clicando em “Desafio Homem de Ferro”, mas para isso é necessário acessar o Caixa de sua conta no software. O One-A-Day Freeroll acontece no segundo sábado de cada mês às 14:45 ET, aproximadamente 16h45 no horário de Brasília. As inscrições começam a partir do terceiro dia do mês, para todos aqueles que estão qualificados para participar do torneio. Se o jogador não quiser participar do freeroll, então não poderá se registrar no torneio e ele irá receber 15 medalhas de bônus para usar no Iron Man Store, depois que o freeroll terminar. Então, não perca tempo e faça de tudo para, pelo menos, ganhar um ponto por dia no mês. Afinal, seu bankroll precisa de toda a ajuda que você tem à disposição.
Status
Mês 1
Mês 2-3
Mês 4-6
Mês 7-12
Mês Mês Mês Mês 13-18 19-24 25-30 31-36
Ferro
100
120
150
200
300
400
500
700
900
Ouro
70
85
100
125
175
225
300
400
500
Prata
40
50
60
75
100
130
170
220
300
Bronze
25
30
35
45
60
80
100
130
170
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Mês 37+
WSOP 56
Quer
Vegas?
Las
V
ir a
ocê pode conquistar o seu lugar para o maior evento do poker mundial nos satélites para a WSOP – World Series of Poker – disponibilizados no Full Tilt Poker. O site oferece uma imensa variedade de satélites, para todos os gostos e todos os tipos de bankrolls.
Garanta seu lugar no Main Event
Transforme $1 em um pacote no valor de $12K para o maior evento do poker mundial, nos torneios “$1 Main Event Seat” do Full Tilt. Eles já estão disponíveis no lobby do site, todos os domingos, de 15 de março a 27 de junho. Pelo menos cinco pacotes serão distribuídos em cada torneio. Além de poder entrar de forma direta, pagando $1 + $0,10, você ainda tem a opção de jogar um satélite no valor de $0,30 ou 30 Pontos Full Tilt.
$10 Million Main Event Mania
vaga para a WSOP 2010. O torneio será realizado no dia 20 de junho, às 18:00 ET (23:00 GMT). São $1,8 milhão em dinheiro no prêmio garantido! O buy-in direto é de $600 + $40, e existem ainda satélites a partir de $1 ou 50 Pontos Full Tilt.
A corrida pelos braceletes
Ganhe o seu lugar em qualquer um dos mais de cinquenta eventos preliminares da WSOP 2010, jogando na Corrida pelos Braceletes do Full Tilt Poker. Esses torneios diários possuem buy-ins que variam de $24 + $2 até US$200 + $16 e garantem, pelo menos, um pacote de $2K, que poderá ser usado para comprar o buy-in de qualquer evento paralelo da Série em 2010. Para obter mais informações sobre as muitas maneiras pelas quais você pode garantir a sua entrada na WSOP 2010, vá ao www.fulltiltpoker.com e clique em “Novidades & Promoções”.
Existem dez milhões de razões para você conseguir o seu lugar no Main Event da WSOP deste ano. Se você vencer o evento principal da World Series e tiver conquistado a sua entrada jogando online no Full Tilt, o site lhe dará um bônus adicional de $10,000,000 sobre o prêmio do primeiro lugar. Um prêmio incrível!
Torneios de qualificação direta
No período de 15 de março a 27 de junho, realizados cinco vezes por semana, os torneios de qualificação direta lhe oferecem a chance de ganhar um pacote de $12K para a WSOP 2010. Esses torneios têm uma variedade de buy-ins de $200 a US$1K e possuem satélites partindo de $1 ou 50 Pontos Full Tilt.
150 assentos para o
Main Event
Com pelo menos 150 lugares garantidos para o evento principal, o “150 Seat Main Event Guarantee” é a melhor chance para você conquistar a sua
“Aprenda, converse e jogue com os Profissionais”
Equipe
Time
Uma
de
alto nível
O
fórum 4bet anunciou o seu time de jogadores patrocinados, que irá representá-lo no circuito nacional de poker durante o ano de 2010. A seleção considerou quem vinha se destacando no circuito, além de algumas estrelas e de novos talentos. Um dos jogadores, por exemplo, foi escolhido em uma seleção feita no próprio 4bet, onde se candidataram, inclusive, diversos jogadores conhecidos do circuito, prestigiando e valorizando ainda mais a iniciativa do fórum. Confira a lista dos jogadores do time, que já fez a sua estreia na 2ª Etapa da BSOP, disputada na cidade do Rio de Janeiro.
Andrei “Porcoespinho”,
São José dos Campos, SP O maior grinder do projeto SNG Team Pro, Andrei é capaz de jogar um volume impressionante de telas, o que lhe dá uma experiência enorme. Migrou recentemente para os MTTs e já vem conseguindo bons resultados, o que o trouxe para a nossa lista de promessas.
Bruno GT, Brasília, DF
Um dos maiores jogadores do Brasil, se não do mundo, GT dispensa apresentações. Com quase $2 milhões em premiações online, Bruno é também um dos jogadores mais queridos e com maior torcida em nosso circuito.
Caio Brites, Santos, SP
Idealizador do projeto SNG Team Pro e integrante do Full Tilt/SuperPoker Team 2009, Caio tem resultados ao vivo, como o 21º lugar no Evento #32 do WSOP 2009, e a mesa final do Nordeste 300K e do Bariloche Poker Fest. Online, possui mais de $600K em premiações, com destaque para a mesa final do Sunday Mulligan e o pentacampeonato do $100+9.
Caio Fan, Santos, SP
Campeão Paulista 2009, Caio tem enorme experiência no jogo ao vivo e é respeitado por ser possuidor de uma leitura fora do comum.
58 | abril
Fabiano Kovalski, Joinville, SC
Outro dos grandes destaques do SNG Team Pro, também chegou rápido à meta do time. Atualmente, é instrutor do projeto e, graças à sua rápida evolução nos MTTs online, tornou-se outra das grandes apostas do time.
Gabriel Otranto, São Paulo, SP
Bastante regular no circuito nacional, Gabriel é vencedor em todas as modalidades em que jogou, seja cash games, torneios regulares, ou majors, como, por exemplo, o All In 150K, em que foi mesa-finalista.
Guilherme Kalil,
Belo Horizonte, MG Criador do mais famoso podcast do País, Gui é um dos maiores estudiosos do poker no circuito. Conhece, como poucos, a história e a teoria do jogo.
Larissa Metran, Goiânia, GO
Entre as mulheres jogadoras, Larissa é tida como uma das mais técnicas e competentes. Foi mesa-finalista do All In 150K e terceira colocada na Etapa Goiana da BSOP 2009. É uma aposta do 4bet para 2010.
Marcos Sketch, Rio de Janeiro, RJ
Uma das principais revelações de 2009, Sketch sempre se destacou por ser extremamente técnico e estudioso,
tendo conquistado resultados ao vivo, como o 2º lugar no Nordeste 300K e a mesa final na BSOP 2009. Recentemente vem se destacando também no online, com a mesa semifinal no Main Event do WCOOP.
Rodrigo Giosa, São Paulo, SP
Selecionado entre os candidatos ao 4bet Team, Giosa é um usuário assíduo de comunidades e fóruns de discussão, sendo um dos maiores posters nas áreas de torneios, o que mostra o seu conhecimento técnico sobre o jogo e o faz outra de nossas apostas.
integrantes
TEAM Porcoespinho
Bruno GT
Caio Brites
Caio Fan
Kovalski
Gabriel Otranto
Gui Kalil
Larissa
Sketch
Rodrigo Giosa
Stetson
Tom Azevedo
Vini Marques
Vítor Brasil
Will Arruda
Stetson Fraiha, Santos, SP
Jogador experiente e entre os mais queridos do País. Além de diversos resultados e mesas finais ao vivo, como as recentes FTs no 750K da Stack e na primeira etapa 2010 da BSOP, Stetson vem também se destacando no online e recentemente foi campeão de uma das etapas do FTOPS, a série de torneios do Full Tilt.
Tom Azevedo, São Paulo, SP
Outra grande figura do nosso circuito, Tom tem uma regularidade invejável. Em 2009, por exemplo, fez mesas finais em duas Etapas do BSOP.
Vinicius Marques, São Paulo, SP
Jogador muito técnico e respeitado, Vini é mestre internacional de xadrez e considerado, por muitos, o maior jogador de cash game live do Brasil – indicado para essa categoria no prêmio Flop 2009 –, além de ser um dos precursores do poker no País.
Vítor Brasil, Rio de Janeiro, RJ
Primeiro grande destaque do projeto SnG Team Pro, até hoje foi quem mais rápido atingiu a meta do time, tornando-se o primeiro aluno-instrutor. É uma das grandes promessas para este ano.
Will Arruda, São Paulo, SP
Reconhecido como um dos mais estudiosos e técnicos jogadores do circuito, Will é um dos criadores do projeto SnG Team Pro. Foi mesa-finalista do Zahle 500K em 2009 e neste ano fez 2º lugar no Sunday 500, um dos torneios mais difíceis do online. Big Chick, Little Slick A Q
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abril |
59
Sit-and-go Flop VIII E
Quer jogar com os profissionais? Então inscreva-se já pelo e-mail sng@revistaflop.com.br
do SnG, para jogar mais solto depois. Recebo JJ em UTG+1 e saio apostando três blinds. A mesa roda em fold e Mojave aumenta tudo para 220. Imagino que um raise desse em estágio inicial só pode indicar força na mão. Estaria perdendo apenas para pockets maiores, mas tenho minhas dúvidas se o raise com QQ, KK e AA seria tão elevado. Achei mais provável algo como AKs, AQs ou KQs. Como vejo valor em minha mão e acredito estar na frente, dou o call para jogar de acordo com o bordo. O flop não ajudou muito e o K certamente fazia parte do range de mãos que me venceriam e resolvo ir de check-fold a partir dali. O Ás no turn não ajuda muito a mudar de opinião. Mojave faz slowplay e leva no showdown com AK. Acertei na leitura de suas cartas. Agora é tentar recuperar.
ste é um torneio organizado pela Revista Flop que reúne nove jogadores, entre os grandes profissionais do Brasil, convidados e leitores, para se enfrentarem em uma mesa online. Esta seção tem o objetivo de, além de aproximar ídolos e fãs, mostrar o que cada participante pensou em cada jogada. Quer participar deste desafio? Então mande e-mail com seus dados para sng@revistaflop.com.br.
Gualter Salles
Thiago Frotscher
Ex-piloto de carros, agora é integrante do Team Pro
Jornalista e designer, faz parte da equipe da Flop
Gabriel Barbosa
Gabriel Rubinsteinn
Um dos instrutores do projeto SNG Team Pro
Jornalista da Revista Fut Lance!
Hold’em No-Limit Alexandre Gomes
Integrante do Team Pro do PokerStars
Torneio: 250948776 Data: 14/03/2010 Buy-in: $5.50 Field: 9 jogadores Blinds: 15 min
Stack: 1.500 fichas ITM: 3 jogadores Premiação: $45 Mãos: 155 jogadas Duração: 1h38min
Felipe Ramos
Embaixador do PartyPoker na América Latina
Ivan Yonashiro
Zwinglio Oliveira
Leitor escolhido
Leitor escolhido
Eduardo Fernandes
Um dos idealizadores do site de cobertura MeBeliska
Mão 6
| Blinds: 10/20 Em jogada pré-flop, ZwchoBr aumenta para 60 e a mesa roda em fold até mojave14 que, no big blind, dá um raise para 220. Zwcho paga. Ambos vão em check até o river. O bordo vem K7KA6. Mojave mostra AKo, faz full house e leva a mão, já Zwcho nem mostra suas cartas.
�mojave14: Nessa jogada tentei usar a criatividade. Acertei um flop muito forte com AK no bordo KK7, então resolvi dar slowplay, já que nos blinds baixos fica difícil extrair valor, pois se o adversário não acerta nada tende a dar fold facilmente
60 | abril
na mão. O turn me trouxe o full house e decidi dar linha, já que é uma carta muito ruim pra mim, pois ele deve ter um par médio, na minha opinião, e, agora, com duas overcards, ia ficar complicado de extrair valor da mão. Dei mais uma oportunidade pra ele acertar algo. Acho que ali é a melhor opção de jogada. �Zwcho Br: Antes de mais nada, eu tinha, ingenuamente, me proposto a jogar mais seguro no começo e criar uma imagem que pudesse me ajudar no estágio intermediário
Ajax, Amaury Jr., BlackJack, Jackass A J
Mão 12
| Blinds: 15/30 Em middle position, Pollysman dá um bet para 75. A mesa vai em fold até Frotscher, no BB, que aumenta tudo para 220 e Pollysman dá call. O flop vem 3JT rainbow e Frotscher aposta mais 255 e toma outro call de Pollys. No turn aparece um 4 e, novamente, Frotscher dá um bet de 350 fichas, mas, desta vez, Pollysman folda. Estou no BB com A2 e o Pollysman abre raise no meio da mesa. Uma jogada padrão de sits. O comportamento dele é um tanto básico, sempre com este tipo de aposta em posição, por isso acho que ele tenha algum par médio ou algo como AX. Resolvo aumentar para defender meu blind e manter minha imagem de loose-aggressive. Depois do flop aposto meio pote, para mostrar força em minha mão. Meu adversário dá call. O call dele não foi algo instantâneo. Ele hesitou um pouco. Agora o coloco com algum par abaixo de TT, pois tenho a impressão de que ele não acertou o flop, senão ele me voltaria. No turn vem um 4 e fico straight draw. Resolvo dar um value bet de um terço do pote e meu adversário folda a mão. Aí sim. Blefei e ganhei a mão. Lol.
�Frotscher:
Frotscher aposta 255. Ele dando o re-raise pré-flop em cima de mim poderia ter pares altos ou, no mínimo, AK. Foi este o range de mãos que acabei o colocando no pré-flop e por isso sei que errei no call. Ia foldar, mas aí que veio outro erro e o crucial: dei o misclick do call. Nem acreditei! Nada bate no turn e tomo outro bet, afirmando ainda mais que ele realmente tinha acertado o flop ou provavelmente um overpair. Foldei e ele me disse que tinha um A2, o que, com certeza, era mentira. Nice Hand Frotscher malandro. Lol
Mão 13
| Blinds: 15/30 Alê Gomes abre raise, em late position, e toma dois calls: de Gualter e Agrião. Flop: J79. Alê aposta mais 180 e Gualter sobe tudo para 499. Ale e Agrião foldam e Gualter leva um pote de 645 fichas. �Allingomes: Mesa corre em fold, eu subo 90 em late position com QJ e tomo call do Gualtinho no botão. Estava até que com o stack bem tranquilo, por volta de 1.600 fichas. Depois do flop eu c-beto por valor (a princípio) de 180, Gualtinho faz raise pra 499. Nesse momento, pelas informações que tenho da imagem dele, me convenço que ele acertou muito bem o flop, como 77+, ou ainda que fui alvo fácil de um trap. Enfim, na minha opinião, um fold bem tranquilo.
S.: Alê subiu do CO, eu tava com AA e só dei o call em posição. O BB pagou também. Gosto dessa jogada em posição pra tentar extrair mais fichas, mas tem que saber largar dependendo do board. No flop, a carta mais alta era um J. O Alê aposta mais e faço um raise pra chamá-lo pro game e testar a força de sua mão. Todos foldam e levo o pote.
�Gualter
Mão 16
| Blinds: 15/30 Em jogada pré-flop, Alê Gomes, em UTG+1, sobe a mão para 90. Logo em seguida Gabrielpbf dá raise para 270 e Frotscher aumenta tudo para 550. Alê volta all in,
�Pollysman: Antes de comentar a primeira mão, queria agradecer muito pelo convite e dizer que foi um prazer e uma honra enorme ter jogado contra os profissionais Mão 16 brasileiros e poder estar presente no SnG da revista. Já joguei algumas mãos, mas nada muito relativo, só roubo de blinds ou então uns flops que foldei. Agora vamos à mão que acredito ter sido crucial pra mim, pois além de ter jogado muito mal, errei feio num misclick. Bom, recebo 77 e decidi dar raise de 2,5 BBs. Todos foldaram e o Frotscher, que estava bem solto no jogo, me voltou 220 no total. Resolvi dar o call – e sei que este call não foi bom. O flop rainbow foi ainda pior, com duas overcards.
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abril |
61
Sit-and-go Flop VII com QQ e só Frotscher paga e mostra KK. O bordo vem 6A25K. Frotscher leva o pote de 2.595 fichas e elimina o Allingomes. Bom, terceira órbita seguida que Alexandre Gomes abre raise, mas tenho que respeitá-lo pela sua posição. Porém vejo um AKo e decido voltar. Só não voltei 3-bet all in porque já havia feito isso no Sequela antes, sendo assim, tentei passar pra ele que minha mão era mais forte do que na jogada anterior. Quando chega no Frotscher, ele me dá um tell: um mini 4-bet, em que praticamente avisa que tem KK+ e quer um call. Alê vai all in por cima e eu fico numa situação horrível. Sabendo que tava atrás, decido soltar, pois não preciso dar o call por odds e fico feliz por ter dado um bom fold e acertado a leitura, após ver o KK do Frotscher. Se ele não tivesse me voltado, eu estava decidido a ir pro chão com o Alê. �Gabrielbpf:
�Allingomes: Subo 90 do meio da mesa com QQ, tomo um re-raise pra 270 do Gabrielbpf, sendo que o Frotscher dá re-reraise pra 550. Ação volta em mim e decido ir all in de 1140, Gabrielbpf fold e Frotscher call com KK. Nada ajudou no bordo e GG!!!. � Frotscher: Sem muito o que explicar. Recebo KK em late e ainda sou o chip leader da mesa. Vejo Alê betando de UTG+1 e Gabriel aumentou a aposta. Isso só mostra que ambos possuem boas cartas. Opto por fazer um 4-bet pequeno para chamar algum dos dois pro jogo e também porque ainda estamos no segundo nível de blinds. É um tanto cedo para começar a dar all in. Bem, o Alê me volta all in e resolvo pagar. Sem surpresa. Ainda bate um K no river me dando uma trinca. Ainda eliminei o grande Alê Gomes.
Mão 24
| Blinds: 15/30 Gabriel abre bet de 75. Gualter e Sequela pagam. O flop bate 746. Gualter aumenta para 180 e os outros dois jogadores foldam.
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jogar por set value. Tava com 99 e tomei a decisão de largar, se não trincasse. Com o flop só com cartas baixas dou check e Gualter faz bet de180. Como decidido, foldei, mesmo tendo um overpair, pois achei que seria um trap dele.
Mão 35
| Blinds: 25/50 A mesa roda em fold e Frotscher, no small, somente completa o blind. O flop vira 74A e ambos dão check. No turn vem um J, Frotscher aposta 120 fichas e toma call de Agrião. No river vem um 3 e, novamente, Frotscher aposta mais 250. Agrião paga e mostra J9o. Frotscher mucka a mão. � Agriao: Estava no BB e a mesa chegou a mim em limp. Dei check e o flop não ajudou. No turn o valete me deu coragem para pagar a aposta pequena de Frotscher. O river deixou tudo na mesma. Como vi que ele estava jogando muito loose, imaginei que pudesse estar roubando e dei call na última aposta. E eu estava certo: ele não tinha nada!
Mão 48
| Blinds: 25/50 De UTG+1, Frotscher dá um bet de 3BBs. Agrião paga, Sequela aumenta para 550 e Frotscher vai all in com AKo e um stack de 2.920 fichas. Só Sequela paga com ATo. Um K aparece logo no flop e mais nada salva Sequela da eliminação, em oitavo lugar. � Frotscher: Como tenho uma imagem bem ativa na mesa,
não vou deixar passá-la com um AK. De UTG+1 faço aquela aposta básica de três blinds e tomo um re-raise do Sequela, que estava no big. Sei que sua imagem na mesa é de um jogador seguro, mas aqui penso que ele está querendo defender seu blind. Se ele tivesse algum par, como AA ou mesmo KK, acho que seu raise seria bem maior ou então ele só me pagaria, fazendo um trap. Voltei all in justamente porque ele já estava comitado e queria que ele desse o call. Feito. Sequela mostra AT e tô na frente. O K no flop foi sonho. Levamos mais uma e Sequela é minha segunda vítima. � EDU_SEQUELA: Thiago dá raise de 150 e o Agrião call. Eu resolvo dar reraise de 550, pois tentei usar minha imagem tight contra o Frotscher, já que ele estava muito ativo na mesa e acredito que minha jogada representaria muita força, mas ele não acreditou. Lol. Thiago vai all in e eu comitado dei o call. Ele mostrou AK e é fim de jogo para mim.
� Gabrielbpf: Abro bet de 2,5BB e tomo dois calls. O flop não
vem com uma boa textura para uma continuation bet e dou check/fold por estar contra dois oponentes. S.: Saí com KJ. O jogador Gabriel subiu, eu call e o Sequela também. Fiquei no flush draw e ambos os jogadores dão check. Saio betando pra levar o pote e consegui. �Gualter
�EDU_SEQUELA: A mesa já começa com um raise do Gabrielbpf de três blinds. Call do Gualter e eu, no big, resolvi só pagar também, pois achei estranho esse call do Salles. Decidi
62 | abril
Mão 58
| Blinds: 50/100 Gabriel, short-stack, vai all in de 800 fichas com QJo e toma call de Frotscher, com A9. O bordo vem K9586
Johnny Moss A T
e Frotscher faz par de 9 e elimina mais um da mesa. �Gabrielbpf: Depois de um bom tempo de uma série de cartas injogáves, acho um QJo no cutoff – um spot +EV pra push. Tomo call do Frotscher com A9o e achei um 58% x 42%. Infelizmente caí. Good Game. �Frotscher: Sou o chip leader na mesa e Gabriel, que tem umas 800 fichas, vai all in. Como as blinds já estão ficando altas, entendo que ele está em all in mode. Todos foldam, nesse caso, é call com qualquer carta. Tenho A9 e vamo pro bordo. Ainda fiz um par de 9 e tirei mais um do torneio.
Mão 59
Mão 77
| Blinds: 50/100 All in pré-flop do jogador Zwcho e só Frotscher dá call. Zwcho mostra A7o e Frotscher vem com AKo. O bordo ainda traz um K no turn e Frotscher elimina Zwcho em sexto lugar. �Zwcho Br: Após ter jogado errado na mão anterior, perdendo, com o aumento dos blinds, o fold equity, fiquei numa situação desesperada de push ou fold, não podendo ser muito seletivo. Com o stack de 695 em fichas fico sem muitas opções. Recebo, em midle position, A7 e resolvo ir all in para evitar outra perda de blinds e piorar minha situação. Torço pra receber um call sem estar dominado (algo bem difícil). Infelizmente para mim, meu A7 encontrou AK do jogador Frotscher pela frente. Sem surpresa e saio em sexto. Acho que não joguei o que poderia ter jogado. Mas fico grato pela oportunidade de jogar ao lado de profissionais que admiro tanto. E, com certeza, fica algum aprendizado. Abraço a todos. �Frotscher: Jogada parecida com a anterior. O short da mesa val all in de menos de 700 fichas. Eu, com um stack gigante, e ainda com AK, nem pensei. É instacall com qualquer carta. Ainda veio um K no turn e, pelas minhas contas, sozinho eu eliminei quatro pessoas, até agora.
Mão 61
| Blinds: 50/100 Do UTG, Frotscher abre bet para 200 e somente Agrião paga. O flop vem KAJ rainbow e Frotscher aposta mais 250 fichas. No turn vira um 9, Frotscher dá um bet de 550 e Agrião volta all in em cima de seu oponente, que paga. No river bate um 6 e no showdown Frotscher mostra K7o e Agrião KQo. Este último leva a mão por ter um kicker maior.
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� Agriao: Estava com uma boa mão no UTG+1. O miniraise de Frotscher não me assustou e dei call. O flop me deu o middle pair e, mais uma vez, não me assustei com a aposta baixa do adversário. Já havia a possibilidade de sequência na mesa, mas minha leitura era de um pocket pair para Frotscher. Por isso, quando apostou no turn, decidi voltar all in. Ele pagou com o mesmo middle pair que eu, mas meu kicker garantiu minha dobrada. �Frotscher: Aqui confesso: me empolguei. Não era nem pra ter entrado na mão. Não tinha nem carta e muito menos posição. Mas tava chip leader e quando fiz o par de Reis no flop achei que o Agrião estaria esperando por um draw e saí apostando. Não parei nem pra pensar na leitura dele direito. Fiz tudo errado. Enfim, no turn paguei o seu all in achando que poderia eliminar mais um, mas tomei um tombo feio. Ele apresenta KQ e leva a mão. Depois dessa, eu voltei a prestar atenção no jogo.
Mão 77
| Blinds: 80/160 Pollysman, com 98o, vai all in no botão e Gualter paga com KK.. O bordo vem 24Q5K e Gualter, com uma trinca, elimina Pollysman na quinta posição. � Pollysman: Ultima mão do SNG. Recebi 89off no botão, todos deram fold e resolvi entrar novamente de all in. O Gualtinho deu um all in por cima (péssimo, na minha opinião) de KK, pois eu poderia ter AA, né, Gualtinho? Não respeita mesmo... hehehe. Isolou a mão e conseguiu trincar no flop. NH e GG. Fico muito grato e honrado por jogar este SnG. Quem sabe um dia eu possa jogar novamente contra o Mojave, Sequela, Gomes e outros ídolos brasileiros. Muito obrigado pela oportunidade, Revista Flop. Abraços!!!
abril |
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Sit-and-go Flop VII
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Mão 92
S.: Tenho KK e vou all in por cima do all in do Pollysman. Em nenhum momento o bordo trouxe perigo e, ao fim, ainda trinquei no river. GG, Pollysman.
� Gualter
Mão 92
� mojave14: Jogada standard. Impossível dar fold em 99 na hora da bolha, em que tenho que impor pressão, ainda mais SB x BB. O instacall do Gualter é mais do que correto, eu iria de all in com um range bem grande mesmo.
Mão 97
| Blinds: 75/150 Com a mesa 3-handed, Mojave folda, Frotscher completa o blind e Agrião dá check. O flop bate 557 e ambos dão mesa. No turn vem um 9, Frotscher aposta mais 300 e recebe call de Agrião. Um Ás aparece no river, Frotscher sai betando 450 fichas e Agrião aumenta para 1.350. Frotscher dá fold e Agrião leva o pote e mucka a mão. �Frotscher: Recebo KTo e agora eu mudo um pouco meu estilo de jogo, pois não tenho tanto stack pra arriscar e não dá pra ficar perdendo fichas em roubos de blinds. Então entro de limp na rodada. O flop veio um tanto interessante e resolvo dar check para o que o Agrião faria. E ele também bate mesa. Estranho. Acho que ele não acertou nada. No turn faço um value bet de quase meio pote e ele paga. Aqui tem duas cartas de paus e o call dele me fez pensar que ele estaria para o draw. O river vem outra carta de paus e errei ao fazer o bet. Devia ter dado check primeiro. Agrião me volta uma overbet em cima da minha aposta e, como não acertei nada, tenho que foldar. � Agriao: No BB, Frotscher veio de limp e dei check – as cartas eram muito ruins. O flop não me ajudou – mas o adversário sim: check, check. O turn me deu o flush draw, e a aposta baixa de Frotscher não me assustou. Dei call e o river me salvou. Mais uma de paus: flush com J.
64 | abril
Mão 121
| Blinds: 100/200 Ainda com três jogadores, Mojave abre bet de 600 fichas pré-flop e só Agrião paga. O flop vem J94, Mojave dispara mais 800 no pote e Agrião vai all in com QJs. Mojave paga e mostra A9s. O turn e o river não ajudam Mojave, e Agrião com um par de Valetes ganha um pote de 4.990 fichas.
| Blinds: 75/150 Mojave, do small, vai all in e Gualter paga. Mojave mostra 99 e Salles ATo. Na mesa ainda vem um nove e, desta vez, é Mojave quem trinca e elimina Gualter na quarta colocação – posição da bolha. �Gualter S.: Mão decisiva do torneio. Quatro jogadores, eu no BB com A10. Felipe Mojve entra de all in com 99 e eu call. Tava esperando pelo flip, pena que não bateu. Achei que ele podia empurrar ali com qualquer coisa e por isso dei o call.
Mão 121
�mojave14: Jogada standard novamente. Acredito estar na frente na maioria das vezes contra o adversário short-stacked.
Frotscher apostou pouco, dei raise e ele fugiu. O pot me levou a chip leader do SnG por alguns momentos.
Mão 108
| Blinds: 75/150 Agrião, do botão, faz um aumento para 300 fichas e Mojave responde com all in. Agrião folda e Mojave leva o pote.
� mojave14:
Achei um bom spot pra re-steal. E era. Passou.
Mão 109
| Blinds: 75/150 Mojave folda a mão, Frotscher só completa do small e Agrião dá check do big. O flop vem 9T2 e ambos pedem mesa. No turn vem outro 2 e Frotscher aposta 350 fichas. Agrião dá raise para 900 e Frotscher paga. No turn vira um 6, Frotscher vai all in e Agrião dá fold. Frotscher leva o pote com 2.100 fichas..
Recebo 98s e acredito que elas são boas cartas para ver o bordo. Estou short na mesa. No flop bate meu 9, mas o T me deixou apreensivo. Dei check para manter o pote baixo e não ficar diretamente comitado. No turn dobra o 2, o que acho bom pra mim, pois com o check do meu oponente, acredito que ele não tem jogo. Aí aposto 350 e tomo volta dele. Além do par, eu tava no draw pro flush, então decido pagar e, para pressionar o Agrião, vou all in no river com qualquer carta que virar, mesmo sabendo que é arriscado. Depois de ver o 6 no river vou all in e Agrião folda. Volto pro game. � Frotscher:
Estava no BB, Frotscher entrou de limp e dei check. As cartas eram ruins, o flop não ajudou, mas como o adversário estava short-stack, tentei roubar o pot no turn, dando re-raise na aposta de Frotscher, que deu call. No river apenas a broca me salvaria e não bateu. Frotscher veio all in. Sem nada, tive que foldar. E coloquei-o de volta no jogo.
� Agriao:
Dead Man’s Hand, Mão do Morto A 8
�Agriao: Eu era BB e Mojave triplicou a aposta pré-flop. Estava com duas cartas altas e, com um bom stack, decidi dar call. No flop, fiz o top pair com um bom kicker. Como imaginei que ele tivesse um par médio nas mãos, decidi dar check-raise. Depois de bater mesa, Mojave apostou 800, quase metade do pot. Eu estava short stack e, confiante, voltei all in. Moja pagou e abriu A9. Minha leitura estava errada, mas funcionou. O top pair segurou e me mantive vivo no jogo.
Mão 124
| Blinds: 100/200 All in pré-flop de Mojave com 99 e só Frotscher dá call e mostra 54o. Nada bate no bordo pra ajudar Frotscher e Mojave dobra, com quase duas mil fichas. �frotscher: Novamente pego o short-stack com all in e, como tenho muita ficha, resolvo pagar com 54o. Mojave mostra par de 9 e o bordo segura, fazendo ele dobrar. �mojave14: Outro par de 9, que tem um valor enorme no 3-handed. Tomei call de 54 do Thiago, que acreditava nas live cards. Normal.
Mãos 138 e 139
| Blinds: 100/200 Na primeira jogada, Agrião, no dealer, abre raise para 400, Frotscher aumenta tudo 1.200, Agrião vai all in e é pago. No showdown Frotscher mostra 77 e Agrião AJo. No flop bate 8KJ e dá o par mais alto para Agrião, mas no turn vem um 7 e Frotscher trinca. O river não muda a situação. Frotscher deixa Agrião com 50 fichas. Na mão seguinte, Agrião é o big blind e, automaticamente, vai all in com 84o. Mojave desiste e Frotscher completa o blind, mostrando T7s. Na mesa vem 6KQ6T e Frotscher elimina Agrião na terceira posição.
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� Agriao: Com uma boa mão já na parte final do torneio, decidi dar mini-raise do botão para sentir a força dos dois adversários. Frotscher deu re-raise e, como ele estava jogando muito solto, não acreditei que pudesse ter uma mão melhor que a minha. Voltei all in e ele deu instacall. O showdown não foi dos piores, aliás aconteceu o que imaginei: coinflip. O middle pair do flop me garantia a mão, mas o 7 do turn deu a trinca a ele, e eu dei adeus ao torneio. Fiquei com apenas 50 fichas, menos que o small blind. Como eu era o big, fui obrigado a ir all in com 48 e dei adeus ao torneio na terceira colocação. �Frotscher: A mesa é 3-handed e recebo par de 7. Logo pensei: ou vai ou racha. Acredito que pares médios são bons pra jogar com poucas pessoas na mesa. Agrião já começa a rodada apostando, dou um re-raise de três vezes a sua aposta e ele me volta all in. Desconfiei que enfrentaria um coinflip. Dito e feito. Pago e vejo o Agrião com AJ. O flop me deixou triste, mas no turn bateu minha trinca e levamos o pote. Na rodada seguinte eu iria pagá-lo com qualquer carta, pois tenho odds pra isso e ele sobrou com 50 fichas. Vamos pras live cards e aí acabei levando a mão com um par de T que fiz no river.
Heads-up
Agora chegamos em heads-up entre Frotscher, chipleader com10.330 fichas, e mojave14, com um stack de 3.170. O HU durou 15 mãos e teve pouco mais de cinco minutos de jogo.
Mão 142
| Blinds: 100/200 Frotscher entra de limp na mão, Mojave aumenta tudo para 400 e toma call. O flop vem 8K4, tudo de paus. Mojave vai all in e Frotscher folda a mão.
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Sit-and-go Flop VII
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� mojave14: Limp no HU demonstra uma grande fraqueza. Acertando ou não o bordo eu iria jogar agressivo no flop e puxei a mão. Ele tem a vantagem, preciso me mexer senão os blinds me matam. � Frotscher: Tenho A7s e pago o aumento pré-flop do Mojave porque tenho ficha e quero ver o bordo, pois se acerto um par eu vou pressioná-lo. Só que nada bateu no flop e o Mojas ainda me volta all in. Foldo a mão porque acho que ele acertou algo.
Recebo 55 e acredito ser um tanto vantajoso jogar pares medianos. Agora estou menos agressivo e jogando com uma certa cautela, para controlar o pote. Mas o Mojave, como bom profissional que é, percebeu logo e me bota pressão em quase toda mão. Sei que ele tem que dobrar pra voltar bem no torneio, por isso acho que ao dar call, acho que estou enfrentando um flip. Só não quero ver pares maiores (óbvio!). Começo com uma certa vantagem, pois vejo ele com K9, mas logo no flop bate um 9 e depois no turn vem outro 9 e sela minha derrota. Agora o Mojas fica com um stack pouco maior que o meu, mas ainda tem jogo. �Frotscher:
Meu range agora é bem grande no heads-up. Vou impondo pressão pra não morrer nos blinds. Até agora, venho impondo uma certa pressão em cima dele, que está jogando seguro (até demais). Com K9 vou pra cima e Thiago dá call. Sabia que enfrentaria um coinflip. Ainda o bordo me ajuda, já que trinco de 9 e ainda viro o chip leader do sit. Agora é administrar e tirar mais vantagem. � mojave14:
Mão final
| Blinds: 100/200 O torneio foi decidido em duas mãos. Mojave começou com certa vantagem, pois tinha um stack de 7.740 contra 5.760 de Frotscher. Na primeira mão, Frotscher aumenta 400 pré-flop, Mojave vai all in e Frotscher paga. Mojave mostra 77 e Frotscher KQo. Duas Damas e um Rei batem no flop, Frotscher faz full e leva o pote de mais de 11 mil fichas. Na mão seguinte, Mojave move all in com A7s e Thiago dá call com 86o. Dois 6 batem no bordo e Frotscher vence a oitava edição do SnG da Flop. � mojave14: Par de 7 e A7 são mãos muito fortes no heads-up, principalmente de um sit-and-go. Perdi as duas
66 | abril
situações em mãos normais sendo coinflip e live cards. Parabéns pro Thiago que puxou e jogou muito bem. Um abraço, Mojave.
� Frotscher: Depois de alguns roubos de blinds e uns re-steals, ainda continuo com um stack menor que o do Mojave, mas ainda sim tô na briga. Na penúltima mão, vim com KQo e encontro o Mojave com par de 7. Típico coinflip. Dessa vez, o bordo me dá uma ajudinha e faço um full no turn. Sonho! Na mão seguinte, com quase dez vezes o stack do Mojave, tava pagando ele com qualquer carta, indo pra live cards. E até que deu certo. Recebo 86 e o Mojave vem com A7. Já no flop vem um 6 e depois no river eu trinco. Valeu, Juju, pela oportunidade. �
1º frotscher
Classificação
Mão 146
| Blinds: 100/200 Mojave, ao ver Frotscher só completar o blind, vai all in e toma call. Mojave mostra K9 e Frotscher tem 55. O bordo vem com 43997 e Mojave faz trinca de 9, passando a ser o chip leader da disputa.
2º mojave14 3º Agriao 4º Gualter S. 5º Pollysman 6º Zwcho Br 7º Gabrielbpf 8º Edu_Sequela 9º Allingomes Hunting Season A 2
2ª Etapa - Uruguai
Punta del A
cidade de Punta del Este, no Uruguai, é, com certeza, um dos grandes destinos turísticos da América Latina. Mas não é só a beleza e o clima que chamam a atenção dos turistas nesse que é um dos balneários mais luxuosos do mundo. Bares, pubs, restaurantes, e principalmente cassinos, são os principais atrativos das noites no litoral uruguaio. Não é à toa que a cidade – com cerca de 16 mil habitantes –, chega a receber, durante o verão, quase 350 mil turistas. Por essa razão, Punta del Este se tornou um dos principais destinos do tradicional Latin American Poker Tour (LAPT) realizado pelo PokerStars. A cidade é a única que recebeu todas as temporadas da série. De acordo com David Carrion, presidente do LAPT, a etapa de Punta é uma das mais esperadas pelos
68 | abril
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Este
jogadores, tanto da América Latina quanto do resto do mundo. “O field que conseguimos reunir aqui é um dos maiores e mais variados da série, e sempre temos a grande expectativa de conseguir bons números nesta etapa. Por esse motivo, a cidade de Punta del Este tornou-se de grande importância no circuito”, ressalta Carrion. Durante a coletiva de imprensa, David revelou que o encerramento da presente temporada será em meados de agosto, no Peru. Em contato com representantes do PokerStars no Brasil, apuramos que – conforme já antecipado em nossa edição de fevereiro – existe uma grande possibilidade da realização, em breve, de uma etapa do LAPT no Brasil. Ao que tudo indica, Florianópolis deverá ser a cidade escolhida para receber o evento. Porém essa ainda não é uma informação oficial, segundo a assessoria do PokerStars.
por Thiago Frotscher
O LAPT foi realizado entre os dias 24 e 27 de fevereiro e, como de costume, o luxuoso Mantra Cassino e Resort foi o palco do espetáculo. Para a realização do evento principal, foram utilizados dois salões e a estrutura foi adequada para o padrão do European Poker Tour. O buy-in subiu para US$3,500 + $200 e atraiu 307 jogadores, representantes de mais de 20 nacionalidades. O prize pool atingiu mais de US$1 milhão. O stack inicial foi de 20K, com os blinds iniciais valendo 50/100 e subindo a cada hora.
Os Brasileiros
Entre os mais de 300 inscritos, havia 68 brazucas no feltro, dos quais 20 conseguiram a vaga em satélites qualificatórios. Estavam, entre eles Cláudio Baptista, Norson Saho, Bernardo Dias, Daniela Zapiello, Mestre Filipe, Nelson Chain, Rodrigo Lasmar e Sanyo Moura.
Além desses jogadores, o time verde e amarelo também esteve bem representado por Hélio Chreem, Rodrigo Seiji, Leandro “AmarulABr” Balotin, Thiago “Decano” Nishijima, Felipe Mojave, Giovanni “Tr3cool”, Tom Azevedo, Bruno Foster, Marcelo Dabus e outras estrelas nacionais. Quem também esteve presente nessa etapa do LAPT foi o apresentador da TV Bandeirantes Otávio Mesquita, que está no comando do primeiro programa brasileiro de poker exibido na TV aberta, assunto que é matéria nesta edição. Ah! Mas é claro que naquela lista não poderiam faltar os Team Pros do PokerStars André Akkari, Alexandre Gomes, Gualter Salles e Maridu. Essa foi uma das maiores participações brasileiras em torneios do LAPT. Em números de participantes, o Brasil ficou atrás apenas da Argentina, que levou 80 hermanos até o Uruguai.
O
Dia 1
dia começou às 12 horas e somente terminaria quando restassem 148 jogadores. Muitas estrelas internacionais estavam presentes, como o costa-riquenho Humberto Brenes, o inglês Stevie “stevie444” Chidwick, o holandês Pieter de Korver, vencedor do EPT de Monte Carlo, além dos argentinos Damian Salas, Leo Fernandez, José Barbero, Verônica Dabul, entre outros. O Brasil não começou muito bem, e logo no início do segundo blind viu o Team Pro do PokerStars Gualter Salles deixar a disputa. Outra grande perda foi Thiago Decano, que se envolveu na famosa situação AKxAA. Quem também se juntou a essa turma foram Alê Gomes, Akkari, Cláudio Baptista, “AmarulABr”, China, Tom Azevedo e “MestreFelipe”, que puderam aproveitar, mais cedo, o clima quente e as acomodações do hotel. Até o irreverente apresentador Otávio Mesquita foi eliminado, quando seu flush perdeu para um full house. Mas nem tudo estava perdido. O nível de jogo dos brasileiros estava muito bom e muitos ficaram entre os grandes destaques do dia, como Norson, Hélio Chreem, Maridu e Rodrigo Lasmar, que se mantiveram acima da média ao fim da disputa. A posição de chip leader ficou com o uruguaio Martin Fontes, que conseguiu dobrar nos últimos níveis e fechou o dia com 118 mil fichas. www.revistaflop.com.br
Dia 2
O dia começou com 24 brasileiros espalhados pelas mesas do evento. A zona de premiação começava a partir da 48ª posição. Pouco antes do início do torneio, a organização apresentou a lista de premiação. Destaque para a premiação do primeiro colocado da etapa, que sairia de Punta del Este com US$279,330. Essa informação encheu os olhos dos participantes. Conforme o tempo foi passando, começamos a sentir nossas primeiras baixas. Uma delas foi a carioca Maridu que, depois de ser duramente fatiada por Felipe Mojave, perdeu todas as suas fichas para um jogador uruguaio. Com a pressão da bolha se aproximando e os blinds altos, os brasileiros estavam tentando se segurar, na busca pelo ITM. Com pouca ajuda do baralho, continuamos perdendo nossos representantes. Foi assim com Felipe Mojave, Norson, Rodrigo Seiji, Paulo Santiga, Luan Estradioto, Nelson “Muntum” e Adilson Cotrim, que acabaram deixando o torneio. Mas nem só de más notícias viveu o Brasil em Punta del Este. O destaque brasileiro àquela altura era uma jovem jogadora de São Paulo, que vem dando o que falar às mesas: Daniela Zapiello. Dani foi a protagonista da mão que determinou o estouro da bolha, ao eliminar o uruguaio Pedro Komaroni numa trombada de full para full maior. Depois desse pote, ela assumiria a posição de chip leader, atraindo para si todos os flashes e a atenção da mídia que fazia a cobertura do evento. Além de Daniela, outros quatro brasileiros entraram na faixa de premiação: Hélio Chreem, Bernardo Dias, Gil Morgensztern e Moussa Gasbanu. Esse último não conseguiria permanecer na disputa, e, ao fim do dia, apenas quatro brazucas ficaram na briga pelo título do LAPT Punta del Este.
Dia 3
Num dia de muita tensão, 28 jogadores sentaram-se à mesa e travaram uma batalha difícil e bem longa. Quem pensou que a definição seria rápida, em função do pequeno número de jogadores, se enganou feio. Esse foi um dos dias mais longos do evento. O primeiro brasileiro a cair foi Gil Morgensztern. Já short, ele foi all in com 86o e recebeu call de Marco Caicedo, que mostrou 45o. O bordo formou dois pares para
O irreverente apresentador Otávio Mesquita André Akkari
Alexandre Gomes Maridu
2ª Etapa - Uruguai - Punta del Este
brought to you by “Be
dias” acabou em um Após a apresentação dos finaexcelente sétimo lugar listas para a plateia que nas arquibancadas, aguardava ansiosa o início da final table, a famosa frase “Shuffle up an deal” foi pronunciada por Mike Ward, um dos diretores da série, e a ação recomeçou no salão. Já nas primeiras mãos da FT, o curitibano Bernardo se envolveu no primeiro grande pote do dia quando, no pré-flop, deu raise de 75K e foi pago pelo franA paulista Daniela não cês Nicolas Cardyn. O flop veio com deu sossego para o Team Pro do QT3e ambos batem mesa. Já no PokerStars da Argentina Jose Ignáturn, um 7 fez com que Nicholas cio “Nacho” Barbero. Nas ocasiões desse um bet de 120K, que Bernardo em que ambos estiveram envolvidos só pagou. Um 4 apareceu no river e no pote, todo o raise que ele fazia, Dia 4 – A Final Table Cardyn apostou mais 267 mil. O bra- ela respondia com all in, fazendo o Depois de mais de 36 horas de tor- sileiro pensou por um tempo e deu o argentino foldar as mãos. A primeira eliminação aconteceu neio, a mesa final da terceira tempo- call com KT. O adversário abriu rada do LAPT Punta del Este ficou AJ e tomou quase a metade do na volta do primeiro break. Roman stack do brasileiro. Suarez abriu raise em MP e “Nacho” assim formada: Marco Caicedo (CO) Roman Suarez (AR) Barbero respondeu com all in. Suarez 666.000 fichas 403.000 fichas pagou com A5o e “Nacho” mostrou Dealer A7s. Com um 7 no flop e outro no Seat 8 Seat 1 turn, Suarez nem esperou pelo river, Norbet Ludger (UR) Daniela Zapiello (BR) despediu-se da mesa e foi direto ao Blinds 15K/30K ante 3.000 1.596.000 fichas 560.000 fichas caixa para receber o seu prêmio de Média 763.000 US$20,850. A partir daí, o brasileiro Bernardo Dias se envolveu em vários all ins, dobrando e perdendo suas fichas de forma sucessiva, até chegar na mão Nicolas Cardin (FR) S José Barbero (AR) que lhe custou a eliminação do tore a 3 988.000 fichas t6 t 548.000 fichas Sea neio. Em sua última participação, ele se Seat 5 Seat 4 envolveu, mais uma vez, em um pote gigante. Foi all in com A6 e recebeu o Bernardo Dias (BR) Andres Korn (AR) call de Andres Korn, com 77. O flop
o colombiano, deixando Gil na 19ª colocação. Outro brasileiro eliminado foi Hélio Chreem, que se envolveu em all in pré-flop com o paraguaio Cezar Mostafa. Hélio, com TT, viu Mostafa, que tinha J9, montar uma sequência. Acabou eliminado na 15ª posição. Os destaques ficaram por conta da dupla verde e amarela Bernardo Dias e, novamente, Daniela Zapiello. Os dois foram bem longe, em um dia de altos e baixos, com blefes frustrados, dobradas na hora certa e, porque não, as bad beats. Mas, mesmo assim, se mantiveram firmes e conseguiram passar para o dia seguinte, entre os oito finalistas.
2
Seat 7
Seat
503.000 fichas
Moussa caiu em 41º e conseguiu entrar ITM
70 | abril
840.000 fichas
Gil também premiou ao cair em 19º
Hélio Chreem entrou ITM na 15ª posição
Marriage, Casamento, Royal Couple, Casal Real K Q
ainda trouxe um 6, dando alguma esperança ao brasileiro, mas ele ficou por aí. Sem alterações no bordo, Bernardo acabou eliminado no sétimo lugar. Parabéns pelo resultado! Enquanto isso, no salão do andar de cima estava rolando o Second Chance do LAPT. E o destaque do torneio ficou para o Team Pro do PokerStars André Akkari, que se manteve chip leader boa parte do tempo, mas acabou caindo na terceira posição, quando enfrentou um coinflip de JJ x KQ. Uma Dama logo no flop o derrubou do torneio. Voltando à mesa final, o próximo a cair foi o colombiano Marco Caicedo, que, contrariando seu sobrenome, até que durou bastante. Ele acabou eliminado pelo argentino “Nacho”, na sexta colocação. Antes de ir para o segundo break, Daniela dobrou suas fichas, ao pagar o all in de Nicolas Cardyn. No showdown, a brasileira mostrou A8o e Cardyn Q6o. Nada apareceu no bordo e o Ás de Zapiello segurou a mão. Com isso, ela passou para o segundo lugar em fichas na mesa. A volta do intervalo não foi boa para a brasileira. Primeiro, ela perdeu um all in de KQo contra AA do argentino Andres Korn. Korn levou um pote gigante e deixou Zapiello com menos de cinco big blinds. Na mão seguinte,
outro all in foi dado pela brasileira, com Q5s, dessa vez contra Norbert Ludger, que tinha A8. Logo no flop, veio QJK, deixando Dani à frente. Um 9 bateu no turn, mas um doloroso T apareceu no river, formando o straigh maior para o adversário de Zapiello. Daniela terminou sua brilhante atuação na quinta posição, mas manteve um grande sorriso no rosto. Parabéns, Dani! Após a queda da brasileira Daniela, Norbert Ludger deixou a disputa na quarta colocação, seguido do argentino Andres Korn, que ficou com a terceira posição.
Heads-up
O heads-up da terceira edição do LAPT Punta del Este teve dois protagonistas: o Team Pro do PokerStars José Ignacio Barbero, da Argentina, e o francês Nicolas Cardin. Diferentemente do que vinha acontecendo nas etapas anteriores, esse duelo durou pouco mais de uma hora e meia e mais de trinta mãos jogadas. Barbero iniciou a disputa com um stack quatro vezes maior que o seu oponente. O argentino se manteve na liderança durante quase todo o HU, mas muita ação aconteceu e Nicolas chegou muito perto de ficar à frente de “Nacho”. Mas duas mãos foram cruciais nesse duelo. A primeira foi quando Barbero
A estrela de Zapiello
O grande nome do torneio foi o desta paulista de 23 anos. Ela é a primeira brasileira a chegar a uma final table no LAPT. Daniela chamou a atenção não só pelo seu modo de jogo agressivo e pelos belos moves que aplicou em seus oponentes, mas, também, pela sua impressionante história. Nascida em São Paulo, essa jovem de 23 anos largou os estudos, ainda no colegial, para ajudar no sustento de sua casa. Já trabalhou em supermercado, em loja de sapatos e em telemarketing. Com a ajuda de amigos, conseguiu um emprego de dealer nos clubes paulistanos. Apaixonou-se pelo jogo e, aos poucos, decidiu deixar de “dar” as cartas para, enfim, recebê-las na ponta da mesa. Em um ano vivendo como profissional de poker e contando com conselhos de Sergio Penha, ela apresenta bons resultados, tanto no circuito live quanto no online. Daniela é um nome que desponta como uma das grandes promessas do poker no País. Outro fato interessante é que ela conseguiu a vaga para jogar a etapa do LAPT Punta del Este em um satélite de $11, com re-buys, no PokerStars.
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venceu um all in pré-flop que o deixou com quase oito vezes o stack de Cardin. A segunda, poucas mãos depois, foi quando o francês anunciou all in com AKs e Barbero pagou mostrando ATo. No river bateu um T, e a vitória ficou com o argentino, primeiro profissional do PokerStars a vencer um torneio do LAPT. E assim chegou ao fim a etapa uruguaia do Latin American Poker. Parabéns, Daniela e Bernardo, pelo excelente resultado. A série promete grandes novidades ainda nesta temporada. Nós, aqui do Brasil, esperamos boas notícias em breve. Até a próxima! José “Nacho” Barbero é o primeiro Team Pro a conquistar um título do LAPT
Zapiello possui o melhor Daniela sendo entrevistada resultado em LAPTs logo após cair em quinto lugar entre as mulheres
Dia 3
Dia 2
Conquista Coroa A
Reconhecimento
A
da
Os Coroados
Triple Crown do s i t e Po c k e t F i ves celebra um grande acontecimento no poker online. Para conquistar a “Tríplice Coroa do Poker”, o jogador precisa vencer três diferentes torneios em três diferentes sites, em uma mesma semana – período de sete dias. O prize pool mínimo para o torneio ser válido para a Triple Crown é de US$10,000, e o torneio deve ter um field de pelo menos cem jogadores. Não são válidos torneios satélites. Entre os detentores da Triple Crown estão alguns dos mais conhecidos e respeitados jogadores do poker mundial: os norte-americanos Johnny Bax, Jon “PearlJammer” Turner, Steve “gboro780” (líder do ranking mundial online) e Kevin “BeL0WaB0Ve” Saul. Alguns fenômenos do poker online também aparecem como detentores da tríplice coroa do poker, como Stephen “stevie444” Chidwick, Shaun Deeb e a norueguesa Annette Obrestad, entre outros. O Brasil possui quatro nomes nesse seleto grupo. Nossa primeira conquista
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aconteceu com Leandro “Brasa” Pimentel, um dos jogadores mais conhecidos do Brasil, que quebrou o tabu e conquistou a nossa primeira Triple Crown ainda no ano de 2008. Para levar o título, “Brasa” venceu o Friday Night Party $50k Garantidos Especial do Party Poker, o $14k Garantidos do Full Tilt Poker, e o $109+R NL Hold’em $70K Garantidos do PokerStars. O ano de 2009 foi especial para o Brasil. No mês de maio, Norson Saho venceu o US$11 com re-buys do PokerStars, superando 1.898 jogadores. Além disso, na mesma semana cravou o US$30 com re-buys do ChilliPoker e o US$26 freezeout do Full Tilt, confirmando o seu nome como o segundo brasileiro a conquistar a Tríplice Coroa. Depois de apenas uma semana da conquista de Norson, outro craque do poker brasileiro, Thiago “TheDecano” Nishijima, teve sua Triple Crown oficializada. O feito de Decano foi conquistado nos sites Poker Room, PokerStars e Titan Poker. No Poker Room, a vitória veio no $12K re-buy NL, torneio de buy-in US$22.
Leandro Brasa Norson Saho
Thiago “TheDecano”
No PokerStars, a vitória foi conquistada no US$55 com re-buys US$40K Garantidos, e, no Titan Poker, ele cravou o $12,500 GP Double Stack. Ainda em dezembro de 2009, TheDecano, de forma inédita, colocou o seu nome pela segunda vez entre os detentores da Tríplice Coroa. Dessa vez, suas vitórias foram obtidas no Titan Poker, no Cake Poker e no Full Tilt. Finalmente, no último dia de 2009, o carioca Marcos Sketch tornou-se o quarto brasileiro a receber a Triple Crown do site PocketFives, um dos títulos mais respeitados do planeta. A façanha de Sketch foi conquistada com as vitórias no Big Double-A do Full Tilt (NL Hold’em $66), superando 165 oponentes; no $22 com re-buys do PokerStars, com 390 jogadores no field, e no $20K Garantidos do Party Poker (NL Hold’em $60), dessa vez encarando 487 competidores. Com a chegada de 2010, o paulista Norson Saho conquistou pela segunda vez a cobiçada coroa, depois de vencer o $20K GP do ChilliPoker (NL Hold’em $33 com re-buys), o $10K Garantidos do Everest Poker, e o $33 com re-buys do Cake Poker. Além desses resultados, ele abusou e conquistou também o $50K Garantidos do PokerStars (NL Hold’em $162), fazendo até mais do que precisava para levar a Triple Crown, já que apenas três torneios seriam suficientes para a conquista. Realmente impressionante! Como os resultados dos brazucas não param de acontecer, é bem provável que muito em breve tenhamos novos nomes para engrossar essa seleta lista. Candidatos não faltam para isso. Marcos Sketch
Katie K T
cair queixo!
Torneios 1ª Etapa BSOP – SP
De
o
Vista do salão do WTC Sheraton, que abrigou mais de 300 pessoas por dia
por Amúlio Murta
Carolina Melhem, a apresentadora do programa Lounge da joalheria Amsterdam Sauer
A
A expectativa começou a aumentar quando a Nutzz! Eventos anunciou, no início do ano, as dez novidades para o BSOP – Brazilian Series of Poker 2010. Além do reconhecimento da série como o Campeonato Brasileiro de Poker por parte da CBTH – Confederação Brasileira de Texas Hold’em, o que mais chamou a atenção foi o anúncio de que o circuito seria, a partir de agora, transmitido pela ESPN, emissora que é historicamente uma das grandes divulgadoras do esporte em nosso País. Com a divulgação do local da realização da primeira etapa – o imponente WTC Golden Hall do Sheraton, em São Paulo –, a procura por reservas começou a esquentar antes mesmo do fim de janeiro, o que levou a organização a estimar que o evento teria a sua lotação esgotada. À medida que se aproximava a data inicial da etapa, essa situação ficava mais evidente. Mesmo assim, de nada adiantaram os pedidos, por parte da Nutzz! Eventos, para que os jogadores antecipassem as suas inscrições. Muitos deixaram para última hora e acabaram ficando de fora.
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Com a lotação esgotada um dia antes do início do evento, a organização teve que recusar mais de 100 jogadores, que não puderam sentir o sabor de participar de um torneio sem precedentes na história do poker nacional. Porém, eles não ficaram “a ver navios”. A maioria preferiu não voltar para casa, participando da festa, engatada nos torneios paralelos que agora acompanham a Série. Ao todo, 788 jogadores estiveram presentes no Main Event, fazendo da etapa inicial da temporada 2010 do BSOP o novo recorde latino-americano.
O Espetáculo
A primeira imagem, ao cruzar o portão principal do Golden Hall, lembrava uma arena preparada para um grande show de rock. Decorada com banners do BSOP e do Full Tilt Poker, patrocinador exclusivo da Série neste ano, a imponente estrutura de TV, montada no imenso salão do WTC Sheraton, impressionava todos os presentes. Vale ressaltar que o teto, em formato de cúpula, aumentava Canine, Mongrel, Vira-Lata K 9
essa perspectiva, dando um aspecto ainda mais grandioso para o grande “palco” da festa. De fato, a estrutura e a organização do evento deixaram perplexos até mesmo os jogadores mais experientes, acostumados com os grandes torneios internacionais. Muitos deles pareciam não acreditar que o poker nacional havia alcançado um nível tão profissional, de estrutura e de organização. Atualmente, o BSOP é um retrato da evolução e do desenvolvimento do poker no Brasil. Além da atitude visionária de seus criadores André Akkari, Leo Bello e Leandro Brasa, dois fatores merecem destaque especial nesse processo de evolução e desenvolvimento que a maior Série de torneios do País passou nos últimos anos. O primeiro deles é a essencial participação do diretor de torneios Devanir “DC” Campos que, ao lado dos fundadores Leo Bello e Leandro Brasa, desenvolveu e efetivou a realização do circuito, trabalhando não só dentro “das quatro linhas”, como diretor-geral dos eventos, mas também participando de todo o planejamento e execução, nos bastidores. www.revistaflop.com.br
Igor Federal recebe Yael Rosenberg, da Secretaria dos Esporte de SP, que prestigiou o evento junto de seu marido Michel Esquenazi
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Torneios BSOP – SP Outro fator fundamental para esse grande salto foi o ingresso de Lara Rossetti Bruno à frente da área de planejamento da Nutzz! Eventos. Com vasta experiência na organização de grandes eventos, Lara é a responsável direta pelo planejamento e pela realização de todos os eventos da Nutzz!. Isso equivale a noites maldormidas, muito trabalho e sacrifício pessoal, porém, com um resultado recompensador.
D
Abertura de Mercado
Distribuídos pelo salão, diversos showrooms de empresas que apoiaram o evento davam um toque especial ao ambiente. Marcaram a sua presença a Elite Game Room, a SuperPoker Store, e a Amsterdam Sauer, que distribuiu brindes e sorteou um lindo relógio entre os participantes. Outro destaque ficou por conta do lounge montado pelo grupo SuperPoker. O maior portal de poker do Brasil montou um belo lounge para receber parceiros comerciais, investidores e convidados. Por lá passaram grandes empresas, ligadas ou não ao mundo do poker, numa demonstração de que o mercado começa a abrir os olhos para o nosso esporte. Marcas como a Royal Caribbean, grupo Harrah’s, Harley Davidson, Rede Brasil de Televisão, Rio Quente Resorts, Costão do Santinho Resorts, Costa do Sauípe, Clube A e Editora Ediouro enviaram representantes para acompanhar o evento. E todos saíram imensamente impressionados. A Secretaria de Esportes do Município de São Paulo esteve representada por Yael Rosenberg, assessora do secretário Walter Feldman, acompanhada de seu marido, Michel Esquenazi. O evento contou ainda com a presença do empresário Ciro Batelli, do apresentador Elia Junior, e de vários veículos representantes da mídia esportiva, entre eles o jornal O Estado de São Paulo, o portal UOL, a Rede Gazeta de Televisão e o canal BandSports.
Dia 1A e Dia 1B
O BSOP 2010 será disputado em 11 etapas, e cada etapa terá a duração de quatro dias. Essa primeira etapa, em São Paulo, foi realizada entre os dias 26 de fevereiro e 1º de março. O Dia 1A começou na sexta-feira, 26, e contou com 390 jogadores inscritos. Muitos nomes conhecidos estiveram presentes, entre eles Christian Kruel, Raul Oliveira, Caio Brites, Sergio Penha, Leandro Brasa e o mineiro Caio Pimenta. O Red Pro do Full Tilt Christian Kruel foi um dos primeiros notáveis eliminados da disputa. Em um dia que ele mesmo classificou como “o dia em que tudo deu errado”, perdeu com uma trinca para uma trinca maior. Não conseguiu acertar o flop e acabou caindo ainda nos primeiros níveis da disputa. Em sua última mão, entrou com K7 e, com dois pares no flop, viu seu oponente montar uma trinca de 4. Os companheiros de CK no time de profissionais do Full Tilt, Raul Oliveira e Leandro Brasa, também não conseguiram passar para o dia seguinte. Apenas o recém-contratado Caio Pimenta garantiu seu nome na disputa do Dia 2, jogado no domingo. 76 | abril
Os finalisas da primeira etapa do BSOP
A surpreendente estrutura montada para a mesa final
Ao fim, 103 jogadores conseguiram se classificar para o Dia 2. Destaque para o jogador Michel Helal, do Rio de Janeiro, que terminou como chip leader, com 240K em fichas. Entre os classificados estavam o português João Nunes(200K), Pedro Savassi(190K), Marcus Popeye(112K), e o mineiro Rodolfo Lacerda(82K). O Dia 1B começou com 398 inscritos, entre eles Felipe Mojave, Edu Sequela, João Marcelo, João “vovô_leo” Monte e o campeão do torneio dos campeões de 2009, Márcio “Blue Chip” Araújo. Ao fim do dia, após quase 12 horas de disputa, 127 jogadores garantiram seus nomes no dia seguinte. Eduardo Cubas, de Brasília, foi quem ficou na liderança, com 243K em fichas.
Dia 2
Com 230 jogadores na disputa e a zona de premiação iniciando a partir da 81ª posição, o Dia 2 do BSOP começou por volta das 15h. Depois de seis horas de jogo, finalmente ocorreu o estouro da bolha. Na mesa da TV, os jogadores Ademir e Luiz Mitsuo se envolveram em um all in pré-flop. Com uma trinca de Ases, Ademir eliminou Luiz Mitsuo na 82ª colocação. Após o estouro da bolha, o jogo se estendeu até as seis da manhã, quando os diretores EltonCz e Devanir “DC” Campos decidiram interromper a disputa.
Dia 3
A final da primeira etapa do BSOP começou com os 12 doze competidores que conseguiram sobreviver aos dois primeiros dias do torneio. Com todos na luta por uma vaga na primeira final table da temporada, a faixa de premiação, agora, variava entre R$9.500 (12º ao 10º) e R$165.000, prêmio destinado ao campeão do torneio. A segunda eliminação do dia aconteceu em uma mão interessante. Mário César, com AJ, no UTG, anunciou o seu all in de 595K fichas. José Castro, no botão, foi all in Kokomo K 8
por cima, isolando a mão, com KK. No flop, a primeira carta a aparecer foi o K, formando uma trinca para Castro, que começou a comemorar. Porém as cartas seguintes – T e Q –, formaram um straight para Mário. Em uma fração de segundos, José Castro passou da comemoração ao desespero. Imediatamente ao perceber que a situação havia se invertido, passou a pedir que uma das cartas dobrasse no bordo, o que o colocaria novamente à frente. O turn foi um 5 que não mudou nada. Já o river trouxe um T que atendeu às súplicas do jogador José Castro, montando um full house e lhe dando a vitória na mão. Ironicamente, poucas mãos após essa vitória, José deixou a disputa. Ele caiu na bolha da mesa final, depois de perder um coinflip contra o folclórico jogador Kamikaze, que ampliou a sua vantagem sobre os demais adversários e garantiu a condição de chip leader da mesa final, que ficou formada por:
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º
Márcio “Kamikaze” Stetson Fraiha Pedro Todorovic Alexandre Nudelman Marcos Canton Marco Túlio Carlos Cristiano Luiz Ruppel Laucídio Coelho
RJ SP SC SP SP MG SP PR MS
Final Table
2.685.000 2.620.000 2.080.000 2.050.000 2.025.000 1.280.000 1.165.000 970.000 885.000
O primeiro jogador a deixar a final table foi Luiz Ruppel, eliminado pelo paulista Alexandre Nudelman. Alexandre foi também o responsável pela eliminação do oitavo colocado. Com par de 4, superou o par de T de Carlos Cristiano, o “carbingo”, trincando no flop e mandando mais um jogador para casa. Pedro Todorovic eliminou, em um coinflip, Laucídio Coelho na sétima colocação, e, após essa jogada, assumiu a liderança em fichas, com 3.450.000 fichas. Ele era seguido por Márcio Kamikaze que, poucas mãos após a eliminação do sétimo colocado, mostrou a sua força e www.revistaflop.com.br
levou alguns bons potes pequenos. A seguir, o jogador de Santos, Stetson, foi quem fez a próxima vítima. Em um duelo de blinds, eliminou Marcos Canton, na sexta posição. Com os blinds valendo 100K/200K (ante 20.000), o jogo ficou mais duro, até que Pedrinho eliminou Stetson na quinta posição. O próximo a cair, na quarta colocação, foi o mineiro Marco Túlio, que participou de poucas mãos, até ir all in com AQ e receber o call de Pedrinho, com AK. Márcio Kamikaze foi eliminado na terceira posição, sendo outra vítima de Pedrinho. O heads-up foi decidido entre o jogador de Florianópolis e o paulistano Alexandre Nudelman. Na mão que determinou o destino final do HU, Pedrinho conseguiu montar um straight ainda no flop e tirou praticamente todas as fichas de Alexandre. Algumas mãos depois, com K4, ele foi all in, com as poucas fichas que lhe restavam, e recebeu o call de Pedrinho, com 77. Um 7 no bordo selou a vitória do jogador de Santa Catarina, no primeiro BSOP do ano. Pedro Todorovic garantiu o primeiro bracelete de campeão na presente temporada e o título do maior torneio já realizado na América Latina, saindo na frente na briga pelo título de Campeão Brasileiro de Poker. O torneio de abertura da temporada foi um marco, um divisor de águas para o poker nacional. Um evento para encher os olhos e dar orgulho a todos os que vêm trabalhando pelo crescimento e pelo reconhecimento da prática do poker desportivo no País. A Série de torneios, que começou com o pé direito, tem tudo para ter um ano incrível em 2010. Você poderá acompanhar, aqui na Flop, como será toda a briga, ao longo do ano, pelo título de Campeão Brasileiro de Poker. Até a próxima! Pedrinho Todorovic mostra o bracelete de sua conquista
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Rankings
CPH
os dias 19, 20, 21 e 22 de março, o Sofitel Copacabana, na Cidade Maravilhosa, recebeu a 2ª Etapa da temporada 2010 da Brazilian Series of Poker (BSOP).
Dia 1A
Dia 1B
Ao todo, 359 jogadores completaram o field no Dia 1B, o que totalizou 688 jogadores na etapa carioca do BSOP. Entre os nomes que entraram na disputa do Dia 1B, destaque para o presidente da Confederação Brasileira de Texas Hold’em, Igor Federal, que garantiu o seu nome para o dia seguinte, fechando com cerca de 170K em fichas. O chip leader foi o jogador Célio dos Santos, com 225K em fichas.
Dia 2
MESA FINAL
O Dia 1A teve as 35 mesas destinadas ao evento principal ocupadas, com nomes importantes do poker brasileiro em cada uma delas. Os profissionais Felipe “Mojave” Ramos e Caio Pimenta, por exemplo, iniciaram a disputa na mesma mesa. Por todo o salão, era fácil identificar nomes conhecidos, como Léo Perrone, Rodrigo Seiji e Marcos Popeye. Caio Fan, Tom Azevedo, Will Arruda e Caio Brites – integrantes do 4bet Team – também estrearam na sextafeira, dia 1A. No início do 13º nível de blinds, último do dia, restavam apenas cerca de 80 jogadores no field, com uma média de pouco mais de 80 mil em fichas. Ao fim da disputa, 75 jogadores se garantiram para a disputa do Dia 2. O chip leader foi o jogador Gabriel Goffi, de São Paulo, que possuía cerca de 250K em fichas. O destaque ficou por conta do profissional do Full Tilt Caio Pimenta, que terminou o dia na sexta posição, com mais de 160K em fichas.
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Daniel Baraad Mauro Mauricio João Paraná Luis Geraldo Campelo Bruno Foster Gustavo Martins Claudio Chá Pedro Lopes Patrícia Kim
RJ SC PR PR CE BA SP RJ SP
4.150.000 fichas 1.845.000 fichas 1.495.000 fichas 1.470.000 fichas 1.325.000 fichas 1.115.000 fichas 900.000 fichas 895.000 fichas 655.000 fichas
superaram grandes adversários, nadando entre os tubarões do poker brasileiro. E sobreviveram. A vitória ficou com o conhecido jogador João Paraná, que enfrentou o carioca Daniel Baraad, que começou o dia como chip leader. Os dois jogadores começaram o duelo final com stacks semelhantes, mas não demorou muito para o torneio chegar ao seu fim. Na última mão do torneio, João Paraná, no small blind, deu call e Daniel aumentou para 800 mil fichas. João, que tinha JJ, anunciou all in de pouco mais de sete milhões de fichas e tomou call de Daniel, que tinha pouco menos do que isso e AT nas mãos. O par de Valetes de João segurou no bordo e o curitibano comemorou muito a sua vitória nesta etapa do BSOP no Rio de Janeiro. A próxima Etapa da BSOP 2010 será realizada na bela Florianópolis, no Costão do Santinho Resort, entre os dias 8 e 12 de abril. As inscrições estão abertas e os satélites online no Full Tilt Poker já começaram.
O Dia 2 começou com 163 jogadores buscando uma vaga na mesa final do torneio, mas, com uma premiação que ultrapassou a casa dos R$ 470 mil somente para os nove primeiros colocados, o caminho até a grande final foi muito longo e, quando os diretores deram a autorização para o início da disputa, os competidores começaram uma João Paraná é o grande campeão da batalha que só terminaria 14 horas depois. segunda etapa O campeão da Etapa de São Paulo, Pedro Todorovic, foi o primeiro eliminado após o estouro da bolha, ficando com a 72ª posição, o que praticamente garantiu o seu nome na liderança do ranking da BSOP. Na batalha entre os jogadores por um lugar entre os finalistas, as eliminações foram ocorrendo, tanto em tradicionais coinflips, como em mãos mais interessantes, até que, às 5h22 da segunda-feira, 22, foi formada a mesa final.
Pedro Todorovic 1.671 pts João Batista Paraná 1.520 pts Alexandre Nudelman 1.060 pts Daniel Barad 940 pts Marcio Motta 740 pts Pedro Lopes Ferreira 660 pts Marco Tulio Barbosa 567 pts Mauro Maurício da Silva 500 pts Stetson Fraiha 425 pts Claudio Cha 350 pts Marcos Canton 315 pts Luis Geraldo Campelo 280 pts Laucídio Coelho 236 pts Bruno Vendramini Foster 215 pts Carlos Cristiano dos Santos 165 pts
Nessa Etapa do Rio de Janeiro da BSOP 2010, após três dias de disputa apenas aqueles nove jogadores, dos 688 que iniciaram o torneio, restaram no poker room montado no Sofitel Copacabana. Os nove finalistas
4 a ETAPA – Curitiba (PR) de 14/05 a 17/05 5 a ETAPA – Caldas Novas (GO) de 18/06 a 21/06
Circuito Paulista 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 -
Bruno Kim Martino João Elias Andrade Marcos Sanchez (Franja) Tom Azevedo Sérgio Penha Fernando Garcia (Grow) Alfio Costa Vilafranca Fábio Lamartine Garcia Rodrigo Pereira Bueno Marco Aurélio Bianchini Carlos Antônio El Khouri Marcus Lellis (MVPoker) Denis ramalho Wilson Guerra Ismael Carlos (Formigão)
DATAS
Dia Final
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
DATAS
N
2ª Etapa – Rio de Janeiro
320 pts 200 pts 150 pts 120 pts 90 pts 75 pts 56 pts 42 pts 22 pts 22 pts 22 pts 22 pts 17 pts 17 pts 17 pts
www.circuitoholdem.com.br
2ª Etapa
N
o sábado, 27 de março, teve início a disputa da segunda etapa da temporada 2010 do Circuito Paulista de Hold’em (CPH), o mais tradicional circuito de poker do Brasil, que é organizado pela Nutzz! Eventos. A etapa apresentou uma novidade: a entrada do Copacabana Poker como patrocinador oficial do circuito. O field do torneio (NL Hold’em $500+75+25 Double Chance) mais uma vez superou as expectativas e reuniu 267 jogadores, sendo que 21 deles conquistaram suas vagas no dia anterior, em um satélite ao vivo, realizado no H2 Club, palco do evento principal. O diretor do torneio, EltonCz, deu autorização para o início, por volta das 15 horas, e esse dia iria acabar pouco mais de doze horas depois, com 16 jogadores classificados para a final decisiva, que foi jogada no domingo. No total, foram realizadas 27 re-buys no torneio, e o prize pool mais uma vez superou com folga os R$75K garantidos. Dos 16 classificados para o dia decisivo, os três maiores stacks eram jogadores conhecidos: Rodrigo Garrido (555K), Fernando Grow (521K) e Kubitza (521K). Às 17 horas do domingo, o início do torneio foi anunciado por D.C., também diretor do evento, e os dezesseis sobreviventes começaram a batalha pelo título da etapa. Fernando Prandi foi o primeiro a cair, ficando com a 16ª posição. Ele foi seguido por Sérgio Shuravel (15º) e Andrei “Porco Espinho”, do 4bet Team, que ficou em 14º lugar. A partir daí, as eliminações foram se sucedendo, até que restaram os nove finalistas. A mesa final foi controlada por Kubitza desde o início. Ele veio derrotando vários oponentes, até eliminar Paulo Araújo na terceira posição. O duelo final entre Garrido e Kubitza terminou com vitória de Kubitza, que flopou o top pair em um bordo sem alterações. A próxima etapa do CPH será realizada entre os dias 17 e 18 de abril.
3 a ETAPA – 17/04 e 18/04 4 a ETAPA – 22/05 e 23/05 Local: H2 Club – São Paulo (SP)
Dá esq: Garrido, o campeão Kubitza e depois Paulo Araújo
Atualizado em 02/04/2009
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Jack Daniel’s J 7
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Prêmio Flop
Melhores OS
Do
Está aberta a votação para você escolher quem foram os destaques de 2009
E
stá de volta a mais importante premiação do poker nacional: o Prêmio Flop. Após o sucesso da sua primeira edição, no ano passado, chegou o momento de escolher os melhores entre os que mais se destacaram no ano de 2009.
ano
Idealizado pelo editor-chefe da revista Flop, Juliano Maesano, o prêmio coroa mais um ano de crescimento do poker nacional. A fórmula será a mesma do ano passado, quando os internautas votam na primeira fase, pela internet. Ali, os eleitores selecionam seus preferidos entre nomes pré-selecionados pela Flop e podem colocar qualquer indicado que não esteja citado, preenchendo o campo “Outros”.
“Sempre esquecemos alguns nomes, e também existem muitas pessoas que julgam que deveriam estar presentes em uma categoria. Para isso decidimos agir dessa forma, e alguns indicados finais realmente saíram de nomes que foram esquecidos, a princípio. É impossível fazer uma votação e escolha 100% perfeita e democrática, mas neste ano já estamos prontos e mais experientes para receber as reclamações”, ri Juliano Maesano.
O
s mais votados, normalmente entre três a cinco nomes, são os indicados finais, que passam por uma nova votação – desta vez feita por especialistas. Essa fase deve se iniciar imediatamente após o encerramento dos votos pela internet, que durará cerca de um mês. Segundo a experiência do ano passado, muitos vencedores do prêmio são decididos nessa fase, nos contou o idealizador do prêmio: “Muitos indicados são largamente votados pelo público, até porque alguns têm um marketing pessoal mais forte do que outros. Mas quando chega na hora do voto dos especialistas, muitos prêmios mudaram de mão no ano passado”, confessa Maesano. A única categoria que ainda segue fielmente a votação do público é a de Jogador do Ano. Alexandre Gomes venceu disparado o prêmio na primeira edição, e tudo indica que pode
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Motown J 5
Alê Gomes recebe o prêmio de Jogador do Ano
repetir o feito, já que em 2009 pegou um quarto lugar no PCA Bahamas e conquistou o título do WPT, no Bellagio. Na disputa com ele estará Felipe Mojave, que fez uma sensacional mesa final de WSOP, Thiago Decano, que foi o primeiro brasileiro a conquistar um título de WCOOP, além das feras online Bruno GT e Caio Pimenta.
A
lgumas mudanças estão sentidas para esse ano, como a exclusão dos dois troféus para os melhores jogadores de cash game, live e online. Os vencedores do ano passado foram Igor Federal e Marcelo Urubu, mas a organização sentiu muita dificuldade em medir fielmente os ganhos e a qualidade dos
jogadores destas modalidades. Conforme Maesano, muitos especialistas preferiram se abster de votar nessa categoria também por falta de conhecimento dos maiores vencedores. Segundo ele, “foi uma decisão muito dura subtrair esses prêmios da votação. Estamos estudando uma forma mais realista para poder trazer de volta esses dois troféus no Prêmio Flop do ano que vem”. Outro prêmio que saiu foi o de Melhor Jogador de Mixed Games – vencido pelo próprio Juliano Maesano no ano passado. “Todos os envolvidos pediram a saída desse prêmio, e até agora eu não sei como fazer quanto a isso. Primeiro que ele foi criado justamente para chamar a atenção para essas modalidades e trazer seu crescimento, o que não ocorreu em 2009. E o pior é que acho que fica um pouco ‘chato’ eu ganhar um prêmio e tirá-lo de circulação um ano depois, não é? Mas fui voto vencido. A festa tem que ser mais curta e meu prêmio favorito caiu, mas eu farei o possível para que ele volte no Prêmio Flop 2010”, conta Maesano, com tristeza. No meio de alguns cortes temos também uma nova categoria, a de Melhor Coaching. Nessa categoria concorrem, a princípio, iniciativas
Vista do Salão Nobre do Esporte Clube Sírio, em São Paulo
como a da Perestroika, no Rio Grande do Sul, o projeto online SNG Team Pro, de Caio Brites e Will Arruda, e o site TVPoker Pro, de André Akkari, Alexandre Gomes e Gualter Salles. O nome da categoria pode sofrer alteração, pois ela pretende unir tanto o coaching literal quanto iniciativas que promovam cursos e outras formas de treinamento e aprendizado para os jogadores de poker. Os votos estão abertos no site a partir de agora e irão ser fechados daqui a um mês. Acompanhem a data de encerramento dos votos e os detalhes da festa de entrega dos prêmios somente através do site.
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Vencedores do Prêmio Flop de 2008
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abril |
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PERFIL TEAM PRO
SnowFest
Daniel Negreanu Quem gosta de poker sabe que Daniel Negreanu é um dos maiores nomes do circuito mundial: são mais de doze milhões de dólares de premiação em torneios, quatro braceletes da World Series Of Poker e dois títulos no World Poker Tour. Mas, talvez existam algumas curiosidades sobre a carreira e a vida pessoal do “Kid Poker” que vocês não conheçam. Fizemos algumas perguntas para o jogador do Team PokerStars Pro, e estas foram as respostas.
Qual o seu livro favorito? “As Cinzas de Ângela”, de Frank McCourt. Filme favorito? “A Outra História Americana”, de Tony Kaye, com Edward Norton no papel principal. Esporte predileto? Hóquei. Comida favorita? Mama Liga (espécie de polenta). Como você começou a jogar poker? Eu jogava sinuca em um salão de snooker e fui apresentado ao poker por alguns amigos, quando era adolescente. Comecei a jogar, e rapidamente percebi que tinha talento para o jogo. E eu adoro a competição. Quando você decidiu se tornar profissional? Quantos anos tinha? Bom, eu já era profissional com dezoito anos, mas eu não decidi de verdade, acabou acontecendo naturalmente. Foi só com vinte e dois anos que eu disse para mim mesmo: “OK, acho que é isso que eu vou fazer para me sustentar e ganhar dinheiro.”
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Quais são os principais atributos que um bom jogador de poker deve ter? Primeiro: conhecimento. Isso é fácil, porque você pode aprender nos livros. Segundo: talento natural. Isso é algo que não se ensina, mas ter uma habilidade para o jogo é o que separa os melhores dos jogadores razoáveis. Terceiro: controle emocional e paciência. Você pode ter todo talento e conhecimento técnico do mundo, mas, sem disciplina, você vai acabar quebrando. O que você gosta de fazer no dia a dia? Golfe, golfe e mais golfe! Eu tento jogar o máximo possível e realmente amo o jogo. Treinando golfe e jogando on-line no PokerStars, eu tenho o equilíbrio perfeito. Quanto tempo você passa jogando poker? E o que você faz quando não está jogando? Bom, eu jogo golfe e saio com meus amigos. Quando não estou jogando os grandes torneios, não jogo muito poker. E quando jogo, é basicamente on-line no PokerStars. Acho que umas duas horas por dia, cinco vezes por semana.
Se você pudesse usar apenas três palavras, como você descreveria seu sucesso no poker? Consistência, diversão e competitividade.
Qual desempenho como jogador de poker lhe trouxe mais satisfação? E qual momento de sua carreira você lembra com mais alegria? São muitos para lembrar... Mais o que mais me surpreendeu foi em 1998, quando joguei meu primeiro torneio da World Series Of Poker e acabei ganhando! Naquele momento, eu fui o mais jovem ganhador de um bracelete na história. Tudo aquilo foi surreal.
Qual é seu livro de poker favorito? Por quê? Eu não tenho um predileto. Já escrevi alguns, então, se tiver que citar algum, vou falar um meu! Tenho muito orgulho do meu livro “Power Hold’em Strategy”.
Qual jogador você não gostaria de encarar em uma mesa final? Por quê? Eu não tenho medo de ninguém, na verdade. Então, se eu tivesse que escolher um jogador, seria alguém de quem eu não gosto, pessoalmente. Eu
não gosto de estar perto de pessoas das quais eu não gosto. Apesar de poder ficar um pouco mais realizado eliminando essa pessoa, eu prefiro que a atmosfera à mesa seja leve e divertida.
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15) Você fala bastante na mesa de poker, mas os outros jogadores não têm uma boa leitura sua. Nesse aspecto, você acha que sua personalidade amigável e brincalhona acaba ajudando-o nas mesas? Acho que isso acaba confundindo as pessoas. Eu falo sobre muitas coisas, e meus oponentes têm que adivinhar o que aquilo significa. E na maioria das vezes eles erram... Sua conversa nas mesas é parte da sua tática? É parte da estratégia para ganhar mais informações sobre o oponente? Eu sou um cara amigável, por natureza. Eu faço perguntas porque quero saber mais sobre meus oponentes. Quanto mais eu informações eu tiver sobre eles, melhor. Se você pudesse mudar alguma coisa em você, o que seria? Eu gosto da minha personalidade, não mudaria nada se isso significasse sacrificar parte de quem sou. No entanto, eu queria poder me focar mais por longos períodos, em eventos de menor prestígio. Eu geralmente jogo de acordo com o nível de meus oponentes. Quanto mais pressão eu sinto, melhor eu jogo, e gosto disso. Eu só queria não ser tão preguiçoso nos eventos menores. Na verdade, anos atrás eu decidi não jogar mais os eventos menores, porque eu sei que tenho essa tendência de jogar com pouca concentração e não quero que isso vire um hábito. Algum conselho aos leitores da Flop? O melhor conselho que eu posso dar hoje em dia é: prática, prática e prática. É a única maneira de melhorar. E a melhor maneira de fazer isso é jogando on-line. No PokerStars, você tem jogos muito baratos, pagando centavos. E se não achar que seja a hora de jogar com dinheiro de verdade, pode praticar nas mesas de play money.
Doyle Brunson T 2
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Pros do PokerStars têm aulas de esqui com o medalhista olímpico Alberto Tomba
PokerStars.com European Poker Tour já passou por lugares fantásticos nos últimos cinco anos: lugares históricos, cidades sofisticadas, resorts à beira-mar e praias tropicais no Caribe (em uma licença geográfica da nossa parte). Mas o PokerStars tem a capacidade de estar sempre surpreendendo, e anunciou, no começo deste ano, uma etapa inédita no calendário europeu, com a criação do EPT Snowfest, nos Alpes austríacos. O festival de poker aconteceu entre os dias 21 e 26 de março, na estação de inverno de Saalbach-Hinterglemm, perto de Salzburg. A cidade foi sede do Campeonato Mundial de Esqui em 1991 e tem as melhores pistas do país para a prática da modalidade. Claro que os jogadores aproveitaram a oportunidade para relaxar fora das mesas de poker. Alberto Tomba, ex-esquiador italiano que tem três medalhas nas Olimpíadas de Inverno e dois títulos mundiais, deu dicas para os jogadores do Team PokerStars Pro. Daniel Negreanu, Fátima Moreira de Melo e Marcin Horecki foram alguns dos jogadores que tomaram uma infinidade de tombos na neve austríaca. Mesmo assim, todos saíram da pista contentes e satisfeitos.
á nas mesas, só uma parcela dos 546 participantes deixou a área do torneio com um sorriso no rosto. Foram os oitenta primeiros colocados, que receberam uma parte da premiação total de €1,853,680. No total, 48 países tinham representantes na disputa, que contou com a presença de vários jogadores do Team PokerStars Pro, como Bertrand “ElkY” Grospellier, Daniel Negreanu, Chad Brown, Dario Minieri, Luca Pagano, Lex Veldhuis, Arnaud Mattern, Marcin Horecki, Thomas Bichon e Sandra Naujoks, além de Boris Becker e Fátima Moreira de Melo. Mas os dois maiores destaques foram o dinamarquês Allan Baekke, que ficou com o título, o troféu e o prêmio de €445.000, e o alemão do Team PokerStars Pro Johannes Strassman, que fez a sua quarta mesa final em torneios do EPT e levou €166.000 pela terceira colocação. Poker de qualidade, montanha, neve, esqui, diversão... O PokerStars.com European Poker Tour Snowfest foi um grande sucesso e deverá estar de volta na próxima temporada. Allan Baekke foi quem ficou com o título deste EPT
Fotos: Neil Stoddart
Como você controla seu temperamento durante um torneio? Você tem que fazer isso para ter sucesso. Tem que se concentrar para poder tomar as melhores decisões. Se você não consegue fazer isso, você não vai ser um jogador de elite.
fold equity call Aprendendo com os Pros
Curso Texas Hold’em
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uritiba foi a primeira capital brasileira a receber o TVPoker Pro On the Road, escola de poker com aulas presenciais ministradas por André Akkari, Alexandre Gomes e Leandro “Amarula” Balotin, todos do tvpokerpro.com. Durante três dias de aulas dinâmicas, de 5 a 7 de março, cerca de 20 alunos tiveram a oportunidade de aprender as partes teórica e prática do Texas Hold’em. Nessa etapa de Curitiba, o curso contou com a participação de alunos dos Estados do Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, sendo que 90% dos alunos já eram assinantes do site. A carga horária da etapa de Curitiba estava programada para 20 horas, mas foi excedida, em razão da dedicação e da interatividade dos alunos, chegando a 27 horas de curso, em três dias. O aluno André Rodrigues Martire, de Caraguatatuba, SP, ressalta o pioneirismo do projeto: “Fantástico. Eles estão fazendo um trabalho pioneiro no Brasil, abrindo portas para várias pessoas aprenderem a jogar de uma maneira competitiva”, disse. Já Alexandre Gomes diz que difundir o poker pelo País é um dos principais fatores que move o TV Poker Pro On the Road: “Queremos difundir o poker no Brasil por meio de cursos de alta performance, apostando na interação pessoal entre professores e alunos, com prática intensiva e aprofundamento teórico por meio de metodologia moderna, eficaz e estratégica”, diz Gomes. O público-alvo é formado por jogadores de poker que buscam
por Marco Pires
melhorar suas estratégias e suas performances para a conquista de melhores resultados em seu jogo.
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o conteúdo do curso, André Akkari, Alexandre Gomes e “AmarulABr”, além de contarem suas experiências como jogadores profissionais de poker, colocam em debate temas como poker live x poker online, poder de concentração, disciplina e bankroll, estratégias específicas para sit-and-gos, cálculos gerais, entre outras ferramentas para uso diário na vida de um jogador profissional de poker. Uma das partes mais aguardadas do curso foi desenvolvida no domingo, quando todos os alunos puderam acompanhar, lado a lado, o desempenho online dos três jogadores, presenciando a forma como eles jogam, mão a mão, vários torneios. Uma característica do curso foi a união entre os alunos, os quais, a partir daquele fim de semana de estudo, iniciaram uma amizade que, certamente, irá além das mesas de poker. Akkari, Leandro ”Amarula“ e Alê Gomes são os instrutores do curso
São Paulo será a segunda cidade a receber curso
A próxima etapa do TV Poker Pro on the Road será realizada em São Paulo, nos dias 7, 8 e 9 de maio. Para a etapa na capital paulista, o número de vagas ficou estabelecido em 30 participantes. Os palestrantes serão os mesmos da primeira edição: Alexandre Gomes, André Akkari e Leandro “Amarula” Balotin. O projeto TVPoker Pro on the Road irá visitar outras capitais brasileiras, contudo ainda sem uma definição de datas e locais, até o fechamento desta edição da Flop. Quaisquer solicitações de informações sobre o curso, e também sugestões de locais para futuras etapas, podem ser encaminhadas para angelica@tvpokerpro.com. 84 | abril
Chuck Norris 9 3
coluna Marcos Sketch
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indo do live para as
mesas online Nove dicas para ajudar a transição do pano para as telas do computador
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alve, salve, leitor da Flop! Quem se cadastrou no nosso recém-lançado fórum deve estar acompanhando algumas discussões bem bacanas que já estão rolando por lá. Quem não se cadastrou, acesse www.4bet.com.br e acompanhe debates com as opiniões de profissionais, como Thiago Decano, Leandro “Amarula”, Diego Nakama, Will Arruda e Caio Brites. Uma dessas discussões foi levantada pelo Will e diz respeito às diferenças entre o jogo online e o jogo ao vivo. Basicamente, é um “guia de transição do online para o live”, que ajuda e orienta o jogador da internet a navegar pelos mares dos torneios ao vivo. Resolvi escrever sobre o outro lado! Acredito que muitos leitores da Flop sejam habitués do ao vivo, tendo pouca experiência no online. Creio que tenhamos pouco material sobre esse assunto, principalmente em português, então espero somar um pouco a todos. Portanto, se o amigo leitor joga Texas Hold’em primordialmente ao vivo e tem dificuldades em se tornar um vencedor quando tenta jogar online, tome nota dos mais importantes ajustes que deverá fazer em seu jogo, para melhorar seu desempenho às mesas. Primeiramente, entenda que, apesar de as duas modalidades se tratarem exatamente do mesmo jogo, a forma com que os jogadores das duas arenas reagem às diferentes situações é completamente diferente. Poker é um jogo de ajustes, e a sua estratégia deverá sempre considerar a estratégia dos oponentes, por isso o ajuste é necessário. Além disso, há algumas outras peculiaridades do online que irão influenciar em muitas das suas decisões, conforme você pode ver abaixo.
Marcos Sketch
Empresário musical, jogador e estudioso do poker, é uma das maiores revelações do poker carioca e agora é integrante do 4bet Team.
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O jogo online é muito mais rápido e agressivo, então esteja preparado para colocar todas as suas fichas no pano quando considerar que tem a melhor mão, mesmo que seja um jogo marginal, por exemplo, top pair e top
kicker, ou que você irá encarar um coinflip. Se tiver boas odds, não perca a oportunidade! Em um torneio ao vivo, por exemplo, se você tem JJ e enfrenta uma guerra de raises em que o seu adversário acaba de all in, é bem mais frequente você encontrar QQ, KK ou AK, do que 99 ou TT, enquanto, no online, você poderá encontrar mãos dominadas, como 99 ou TT, que jogam da mesma forma. Claro que isso é só um exemplo: tudo vai depender do momento do torneio, de como o oponente está jogando, do stack de cada um. Mas, via de regra, saiba que a gama de mãos com as quais jogadores online “vão pro chão” é muito, mas muito maior do que no ao vivo, especialmente nos bordos com possível queda pra flush ou sequência. Isso acontece pelo fato de que a maioria dos regulares online joga muitos torneios ao mesmo tempo, buscando crescer em algum deles, desde cedo. Isso torna cada torneio, isoladamente, muito mais descartável, fazendo com que todos joguem sem medo de cair. Portanto, você não pode ficar esperando apenas as situações seguras, mas, sim, deve encarar os grandes potes também sem medo, o que nos leva ao próximo item.
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Se você cair, você também pode abrir outro! Ao vivo, muitas vezes esperamos o mês inteiro pra jogar aquele torneio, às vezes fora de nossa cidade natal ou com buy-in acima do que estamos acostumados. Naturalmente todos, inclusive nós, iremos evitar situações marginais, e, quando as fichas forem pro pano, a tendência é que haja uma mão forte, já que todos criamos um envolvimento emocional com aquele torneio e iremos evitar o risco de cair muito cedo ou em uma situação marginal. No online, porém, o próximo torneio está a um clique no minuto seguinte! Quando todos os jogadores pensam e agem assim, você deve ajustar e pensar também dessa forma, ao invés de ficar minguando até ter quatro big blinds, Heinz 5 7
esperando uma mão boa. O que nos leva ao próximo item.
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Você deve jogar sempre dentro do bankroll (seu caixa). É natural que um jogador participe de uma série como a BSOP, por exemplo, mesmo que não tenha o bankroll de 50 ou 100 buy-ins. São apenas 11 etapas por ano e, se ele estiver confortável investindo esse dinheiro nas etapas, tudo bem. No online, porém, os torneios têm field – quantidade de jogadores inscritos – bem maior e, como já vimos, o jogo é mais agressivo e rápido. Portanto, o respeito ao caixa se faz muito mais necessário, já que os 11 torneios que na BSOP você levaria um ano para disputar, no online você poderá jogá-los num só dia. Dessa forma, o risco de quebra é bem maior – no mínimo, você poderá quebrar mais rápido. E como vimos nos itens anteriores, você deve estar preparado para se ajustar à agressividade dos seus adversários, ou seja, não poderá criar um envolvimento tão grande com em um torneio isolado, de forma a conseguir tomar a decisão correta, independentemente do risco de ser eliminado. Com o bankroll “folgado”, você poderá cair de um torneio e abrir outro, sem machucar seu caixa. Imagine que você tem $3,000 na conta e está jogando um torneio de $550. Uma decisão marginal nesse torneio irá ser muito mais difícil para você, pois aquele valor representa uma parcela grande do seu caixa, enquanto, para um jogador regular do online, é apenas mais um torneio. Mas, se você, com o seu mesmo bankroll de $3,000, estiver jogando um torneio de $22, não terá problemas em correr o risco necessário ao fazer uma jogada, pois, se você cair, abre outro de $22 e ainda terá caixa para mais 135 torneios.
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É importante e até recomendável jogar mais de uma tela. Sei que, para muitos que não têm experiência online, pode parecer confuso administrar duas ou mais telas ao mesmo tempo. Mas, além de ser uma questão de costume, perceba que em 90% do tempo não estamos jogando, afinal foldamos a maioria das mãos. Nesse período parado, podemos, sem
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problemas, jogar outra mesa. Lógico que você não irá prestar tanta atenção à imagem de cada um dos oponentes, mas as vantagens são várias e compensam esse fator: você irá jogar mais mãos por hora, em média, fazendo com que o seu jogo evolua mais rápido; você irá criar menos afeição a um torneio específico, fazendo com que não fique tão tiltado ao tomar uma bad beat, ou tenha mais facilidade para tomar uma decisão marginal; você irá conseguir seu longo prazo mais rápido, já que jogará mais torneios por hora do que com apenas uma tela. Recomendolhe experimentar. Vejo muitos amigos citando que “há meses em que estão numa bad run online”, mas, quando vou ver, eles jogaram 20, 30 torneios. Essa é uma quantidade que muitos regulares jogam em apenas um dia.
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Você deve estar preparado para enfrentar muitos blefes. Mas não aquele blefe seco, típico do live, quando um jogador resolve blefar porque sentiu fraqueza no seu olhar, ou porque apareceu uma carta que ele acha que o assustou. Os blefes são mais consistentes. Por exemplo, no online rouba-se muito de UTG ou UTG+1. Além disso, o 3-bet light, ou re-steal, é uma jogada extremamente comum.
Consiste em dar um re-raise pré-flop em cima de um jogador que se acredita estar roubando. Ou seja, você dá um raise no botão com seu J9 de ouros, com a intenção de roubar os blinds, e o jogador, no small blind, dá re-raise com 78 de paus – acreditando que você está roubando – e tentando lhe roubar (re-steal). Com o tempo, essa jogada se tornou comum, de tal forma que surgiu o contra-ataque, o 4-bet light. Você está roubando bastante e sabe que um determinado jogador pode ter percebido e poderá reagir com um 3-bet light. Em cima do raise do adversário, você pode dar o 4-bet light, pois, se você acredita que ele está lhe rerroubando, tanto faz a sua mão, desde que você consiga fazê-lo foldar, lembrando sempre de considerar se você tem fold equity, ou seja, se o adversário já não está comprometido com o pote. Para o iniciante no online, mais importante do que fazer essas jogadas é estar atento a elas, de forma a conseguir se defender. Com o tempo, ao ver os jogadores aplicando esse tipo de move, você irá ganhar confiança para repeti-lo, também.
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Também perceberá que sua fold equity é muito menor. Se determinado jogador resolveu dar um raise abril |
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coluna Marcos Sketch
de três vezes no botão, com J3off, e você, no small blind, vai all in de 10 blinds com AKs, não ache que o J3o irá foldar. No online, os jogadores consideram muito mais os pot odds e não costumam perder situações com odds favoráveis, mesmo que as suas mãos sejam ruins. Um típico jogador ao vivo estranha esse fato, por valorizar bastante o torneio, coisa que já citamos nos itens anteriores.
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No online, muitas tells e informações que temos disponíveis ao vivo inexistem. Aquele small blind que está distraído olhando para o lado e facilitando nosso raise, aquela tremedeira do jogador inexperiente ao fazer uma aposta, ou qualquer outro tipo de tell pela qual você queira se orientar, simplesmente não existem no online. Portanto, você deve focar a sua atenção em todos os outros tipos de informação que estão disponíveis. As principais, destaco, são os tamanhos e os padrões das apostas, o timing – tempo que um jogador leva pra tomar uma decisão – e os notes. É muito, muito importante que você use notes e escreva toda informação que puder sobre um jogador quando assistir a uma mão jogada por ele, principalmente porque seus adversários estarão fazendo isso sobre você. Ao vivo, poucos têm uma memória boa, a ponto de decorar a maneira com que vários jogadores jogaram suas mãos e lembrá-las depois. No online, você tem essa ferramenta à
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sua disposição, por isso deve usála, já que isso é o que irá ajudá-lo a perceber as tendências de cada vilão. Ao enfrentá-lo futuramente em uma mão, você poderá perceber pelos notes como esse vilão costuma jogar. Além disso, saiba que as suas ações de maior relevância, como um blefe que você mostrou, ou uma jogada em que deu raise com flush draw, também estão sendo vistas pelos seus oponentes e eles também estão fazendo notes sobre você. Em muitos casos, é importante você fazer um note registrando que o seu oponente viu uma sua determinada jogada contra ele, já que, numa próxima vez, ele irá esperar que você repita a mesma tendência.
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Saiba que, no online, a maioria dos jogadores regulares utiliza softwares de apoio, principalmente para jogar muitas telas, confortavelmente. Alguns desses softwares, como o Poker Tracker e o Hold’em Manager, possuem uma ferramenta chamada HUD, que exibe na tela as informações estatísticas sobre cada jogador. Assim, um jogador com dez telas abertas consegue ter uma noção – mesmo que imprecisa – de quem está jogando agressivamente, quem aposta muito no flop, de que é calling station, e por aí vai. Ou seja, ao enfrentar um oponente profissional ou regular, saiba que ele poderá estar usando uma ferramenta desse tipo e, assim, possuir informações detalhadas sobre você. Por isso, a importância do próximo item.
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Muito mais do que ao vivo, no online há a importância de “balancear o seu range”. Isso significa jogar da mesma forma diferentes tipos de mãos. Ao vivo, num dia de torneio que dure dez horas, você terá jogado pouco menos de 200 mãos. No online, num mesmo período, você poderá jogar até 600 mãos. Esse fato dará muito mais informação aos seus oponentes sobre como você se comporta em cada situação. É claro que, em torneios online, os fields variam bastante e as situações são tão dinâmicas, que muitas vezes não dá tempo de levar isso em conta. Mas, se em determinada jogada você costuma dar um overbet blefando, é importante que você também o faça quando estiver forte, ou quando estiver num draw. Basicamente, você não deve deixar que os vilões percebam o que é que seus vários tipos de apostas significam, pois, no futuro, eles poderão explorar isso em você. Além disso tudo, meu caro, esteja atento às mudanças rápidas que o jogo online oferece. Se você está acostumado a enfrentar apenas jogadores do ao vivo, você irá perceber as tendências mudando apenas de anos em anos, já que é pequena a quantidade de mãos jogadas. No online, porém, em poucos meses uma jogada pode sair de moda, ou entrar em moda um antídoto para ela, já que as informações trafegam com muito mais rapidez e a quantidade de mãos jogadas é enorme: um jogador regular online pode jogar, em média, cerca de 100 mil mãos num mês, enquanto um jogador ao vivo, que jogue o dia inteiro, todos os dias, irá levar quatro anos para jogar essa mesma quantidade de mãos. Daniel Negreanu, poucos anos atrás, nunca tinha feito um royal flush; Doyle Brunson só fez dois em toda a sua vida, enquanto muitos jogadores do online, de 22 ou 23 anos de idade, já fizeram 20 ou 30. Enfim, espero que o artigo tenha sido útil para quem quer fazer a transição ou para quem apenas quer experimentar. Caso tenha alguma dúvida, não hesite em postá-la em nosso fórum www.4bet.com.br. Um abraço e até a próxima! Bicycle, Bike, Wheel, Minhoca A 2 3 4 5
coluna James Keane
segurança nas apostas online Saiba como é feito o controle de suas apostas para que não haja fraude
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James Keane Vice-presidente de Mercados Internacionais da SportingBet.com
/sportingbetBR 90 | abril
omo acontece com a maioria das transações financeiras pela internet, as apostas online também exigem cuidados dos usuários com relação à segurança. É sempre importante conhecer bem a empresa que é responsável pelo site e os cuidados e as regras que ela segue para garantir sempre idoneidade, transparência e principalmente segurança em todas as apostas. Nesta edição, irei contar como as apostas online são controladas e os cuidados que a indústria toma para garantir a segurança e a tranquilidade dos usuários. Ao tocar no assunto de apostas esportivas online, quase sempre somos remetidos ao caso da Máfia do Apito, envolvendo o árbitro de futebol Edilson Pereira de Carvalho. Para quem não se lembra, a Máfia do Apito manipulou resultados de alguns jogos do Campeonato Brasileiro e da Copa Sul-Americana em 2005, a fim de favorecer os envolvidos no esquema, que apostavam altas quantias em alguns sites de apostas online. O caso chegou até a provocar a anulação e a repetição de alguns jogos, o que acabou por modificar a colocação de alguns times na tabela do Brasileirão, como Vasco e Cruzeiro, que se afastaram da zona de rebaixamento. Hoje, quatro anos após o escândalo, o caso foi arquivado e os envolvidos não foram punidos. É comum observar na imprensa artigos sobre esse caso, que sugerem o envolvimento de sites de apostas online. Mas, o que muitos não sabem, é que, além de não estarem envolvidos e de também terem sido vítimas do esquema, foram os sites de apostas que possibilitaram a descoberta da fraude. O jornalista André Rizek, comentarista da Globo e do SporTv, que na época trabalhava na revista Veja, foi um dos autores da matéria que denunciou a Máfia do Apito. Ele nos relatou como chegou aos fatos.
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egundo André, ele estava, na verdade, realizando uma matéria sobre sites que ofereciam partidas do Campeonato Brasileiro para apostas online. Em um dado momento, observou que todos os jogos de cada rodada eram oferecidos nos sites, mas sempre um jogo ficava de fora. Intrigado, investigou o que esses jogos que não entravam na rodada tinham em comum e descobriu: o árbitro de tais jogos era sempre Edilson Pereira de Carvalho. Descobriu assim o que os sites já haviam detectado há tempos: algo estava errado com esse árbitro, em particular. Isso aconteceu porque os sites de apostas são os primeiros a identificar qualquer tipo de irregularidade nos jogos que oferecem. Como mantêm registros e estatísticas sobre o movimento de apostas em todos os eventos, podem identificar rapidamente movimentações anormais, que fogem do padrão. Esses sites possuem departamentos antifraude, formados por profissionais experientes e treinados, que acompanham cada
Broadway T J Q K A
aposta no site, em tempo real, vinte e quatro horas por dia. A qualquer indício de problemas, as apostas são suspensas imediatamente e o valor apostado é devolvido aos usuários, para que ninguém saia no prejuízo.
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Sportingbet também faz o seu papel no controle de fraudes, em todos os países em que atua. No próprio site, os usuários podem encontrar detalhes e informações de acordos que a Sportingbet tem com associações de controle de apostas irregulares, como o European Sports Security Association (ESSA), que ajuda a empresa a monitorar as apostas do site, com o intuito de identificar indícios de fraudes. Além do ESSA, a Sportingbet também atua de acordo com as normas de conduta e segurança do Responsible Gaming, e possui um compromisso social junto com a Gamcare, garantindo uma relação saudável do consumidor com a prática de jogos online. A capacidade de fiscalização dos grandes sites de apostas é tão reconhecida que o Comitê Olímpico Internacional (COI) celebrou um acordo com um renomado site de apostas inglês para monitorar indícios de irregularidades nos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008. Na mesma direção, a CBF assinou, neste ano, um acordo com a Early Warning System (EWS), para o monitoramento dos campeonatos brasileiros. O EWS é um sistema de monitoramento de apostas online e off-line, do qual participam tanto casas de apostas físicas como sites de apostas, entre eles a Sportingbet. A FIFA também mantém um acordo com a World Lottery Association – Associação Mundial de Loterias – e com a EWS desde 2005, para prevenir fraudes e manipulação de resultados nos jogos da Copa do Mundo. O resultado desse acordo na Copa da Alemanha
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de 2006 foi tão positivo que a FIFA já estendeu o contrato com ambas as empresas para a Copa de 2010, na África do Sul. Além de todas essas iniciativas, os sites de apostas licenciados e regulamentados ainda são fiscalizados por comissões de jogos online, em diversos países. No caso da Sportingbet, essa fiscalização é realizada pelas comissões de jogos online do Reino Unido, Itália, África do Sul, Antígua e Alderney. Essa fiscalização envolve a análise dos registros dos servidores (logs) realizada por auditores independentes,
para garantir que todas as transações estejam de acordo com as normas da licença: estabelecimento de processos de autenticação de usuários através de verificação de documentos, verificação de idade, entre outras. Para um site de apostas responsável como a Sportingbet, todas essas iniciativas são fundamentais, pois, além de garantir a segurança de seus usuários, garante também que todos poderão se divertir e desfrutar da emoção de suas apostas com confiança e sem preocupações. Boa sorte e boas apostas!
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coluna Tower Torneos
www.towertorneos.com
o jeito tower de
jogar poker A família Tower se reúne em seu quarto cruzeiro e se prepara para o frio
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pós uma longa maratona de preparativos e de satélites diários que permitiram uma presença recorde de jogadores classificados online, os organizadores da quarta edição do Tower Cruise tiveram que aumentar o número inicialmente previsto de 200 vagas. Por fim, foram 248 jogadores e muita gente ficou sem participar.
Estrutura
Daniel Tevez É o argentino mais brasileiro no poker nacional, além de uma grande personalidade, muito conhecida nos feltros. Agora, é Diretor-Executivo de Afiliados do Tower Torneos, para a América Latina.
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Outro aspecto importante foi a adaptação da estrutura, de forma a permitir um torneio bem organizado, com possibilidades de se jogar o jogo. Tínhamos a fama de fazer torneios turbos, porém o nível de blinds e a estrutura mostraram que a Stack Eventos, junto com a gente, acertou em cheio. Esse fato é comprovado com o depoimento favorável da maioria dos jogadores que estiveram a bordo do MSC Musica. O grande jogador internacional Felipe “Mojave” Ramos teceu muitos elogios, assim como Vinci Alex, que jogou o Tower Cruise pela primeira vez e também elogiou a estrutura. O torneio, com 5.000 fichas iniciais, permitia aos jogadores a opção de começar com um re-buy de outras 5.000. Caso o jogador preferisse não entrar com o re-buy feito, ele poderia fazê-lo quando estivesse com menos de 5.000 fichas, até o fim do quarto nível. Além disso, existia a possibilidade de um add-on de 10.000 fichas, ao fim do período de re-buys. Com blinds subindo a cada 45 minutos, não tem como dizer que esse é um torneio turbo! Fazer bem feito sempre faz a diferença. E com certeza os parceiros Robigol e Elton são o que de melhor existe em toda a América Latina para conciliar ideias de como apresentar um torneio com as melhores condições de jogabilidade.
O campeão
Quem ganhou foi Marcelo Caceres, da Argentina, porém forramos a todos, porque o MSC MUSICA foi por quatro dias um anfitrião de
luxo. O all inclused permitiu à galera portadora de um círculo laranja enfiar o cartão do quarto na cara do garçom e dizer: “Manda mais uma, tá tudo pago, filho!”
O Jeito Tower
É isso que o Tower busca: oferecer aos nossos jogadores e à sua família uma hospedagem de luxo e dar, aos que estão atrás de forrar, as condições de isso buscar, com uma estrutura decente. A Proposta Tower é diferente. Em nenhum torneio do mundo, o Douglas estaria disputando o HU vendo seu filho de três anos deitadinho, dormindo no sofá, a dez metros dele. Além disso, e como se não bastasse, para os que não conseguiram dar o buy-in por falta absoluta de vagas foi oferecido um cash game, organizado em todos os mínimos detalhes. Devo ter milhares de horas de experiência em torneios e no Tower Cruise, e posso afirmar: esta edição foi, de longe, o torneio mais calmo a que assisti. Vi, em três dias de jogo, apenas um pedido para que a direção interferisse em uma mão. Mesmo assim, foi por dúvidas e no momento da bolha . Não tivemos qualquer punição a jogador, qualquer briga, qualquer discussão, e tudo isso com cerveja e com o resto à volonté, ou seja, tivemos um torneio impecável. A nossa intenção em fazer Torneios Tower para jogadores Tower bateu na mosca. Dos nove finalistas, oito eram procedentes de satélites live e online. Nosso desafio é que tudo isso continue assim. Paramos em Santos e desembarcamos felizes; os que forraram saíram dando cambalhota. Quem não ganhou dinheiro, ganhou lazer, luxo e conforto, e aproveitou para estreitar os laços de fraternidade que nos unem. O Tower Torneos é isso: uma Grande Família de jogadores que se conhecem, mas que, à mesa, jogam duro, porém, no bar ou na piscina, se abraçam. Em nome de Tower Torneos gostaria de agradecer a todos que participaram dessa nossa viagem, que, com certeza, foi o torneio mais charmoso de 2010.
Club do Tower
Particularmente, fiquei muito feliz por eles terem escolhido o dia do meu aniversário para lançar o novo site do clube, www.clubdotower.com, um portal em que informamos tudo a respeito do que acontece no Tower. Além do que eu ficaria imensamente chateado de ver que a sessão Capilé tem mais visitas que o blog. Eu estou feliz da vida; têm umas senhoras lá que têm muito mais atributos que as besteiras que eu escrevo por aí.
classifica um jogador para ir a Las Vegas, para jogar um torneio da World Series of Poker, com dez dias de hotel, passagens e o buy- in para um evento de $1,000. O Tower Torneos é uma opção diferente, que organiza torneios de médio porte para jogadores e suas famílias. Venha jogar conosco, viaje de graça
para ótimos lugares e tenha a chance de forrar. Você e a sua família merecem. Já que muitos estão reclamando por eu ter afirmado que a Argentina seria campeã mundial de futebol em 2010, beleza... Então eu troco isso por “o meu Corinthians será campeão da Libertadores da América”. Vamo, que todavia!!!
Bariloche Poker Fest
Agora, estamos preparando o Bariloche Poker Fest, de 10 a 14 de junho, com 150.000 dólares garantidos, lá na terra do futuro campeão do mundo de futebol, onde costuma nevar.Venha conosco, vai ser um privilégio estarmos juntos. Temos satélites diários, e todas as informações poderão ser encontradas em www.clubdotower.com. Oferecemos ainda, paralelamente ao evento, a disputa da Copa Bariloche Poker Fest, uma liga mensal que
www.revistaflop.com.br
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coluna ADTP
www.adtp.com.br
cuidado com o seu
comportamento A decisão de um diretor de torneio também depende de seu bom senso
Por Robinson “Robigol” Quiroga*
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lá, galera! É com muito prazer que escrevo pela primeira vez uma coluna para a revista Flop, e resolvi trazer um tema interessante, com exemplos reais e práticos de situações estranhas que ocorrem em um torneio. Existem inúmeras situações que podem levar um diretor de torneio à loucura e, se você acha que nós que dirigimos torneios todos os dias já passamos por todas as situações possíveis, está muito enganado. Parece até brincadeira, mas, a cada torneio, vemos situações, no mínimo, engraçadas. Vou comentar algumas mais comuns e mostrar a vocês outras mais complicadas.
Quando o dealer vira o turn antes de terminar a ação no flop
Essa é moleza, e acho que já aconteceu com quase todo mundo que joga poker, mas, mesmo assim, muita gente ainda me pergunta o que fazer. No caso de o dealer virar o turn ou river antes de os jogadores terem acabado suas apostas, ele deve colocar a carta de volta no baralho, embaralhar as cartas novamente e virar uma nova carta. A carta que foi queimada não retorna ao baralho e o dealer não precisa queimar outra carta.
Atender o celular depois que anunciou all in
ADTP
A Associação de Diretores de Torneios de Poker é o braço regulamentador da Confederação Brasileira de Texas Hold’em.
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Todo mundo sabe que se alguém atender o celular no meio de uma mão é instafold, mas ocorreu uma exceção na última BSOP, lá no Rio de Janeiro. O jogador do assento 1 foi all in e o do assento 2, também. Enquanto o jogador na posição 8 estava pensando, o jogador do assento 2 atende o
celular e fala “não posso atender agora”, desligando imediatamente o aparelho. O jogador 8 dá fold e o primeiro começa a reclamar que o adversário atendeu o telefone, pedindo para a direção foldar a mão dele. O diretor chega até a mesa, analisa o que aconteceu e decide não foldar. Segundo ele, o jogador tinha o pleno conhecimento de que não podia atender, tanto que falou isso ao telefone e, em seguida, desligou a ligação. Assim, o diretor lhe deu uma advertência para que não ocorresse de novo, mas não invalidou a sua mão, já que o seu gesto não atrapalhou o andamento da jogada ou do torneio, nem teve a intenção de prejudicar alguém à mesa. Esse exemplo serve mais para mostrar que, por mais que existam regras claras e conhecidas, a decisão do diretor sempre tem que contar com bom senso, o que, nesse caso, prevaleceu.
Jogador que não escuta a ação do oponente
Essa situação também ocorre a toda hora. A pior delas ocorreu em um grande torneio de 2009, quando o chip leader abre a ação com um all in de centenas de BBs. Um jogador, muito bem em fichas e em late position, está ouvindo música com fones de ouvido e, ao ver que a ação chegou a ele, anuncia raise. O jogador que saiu de all in só declarou, mas não colocou fichas à frente, e os adversários foldaram tão rapidamente que aquele que ouvia música não viu ficha nenhuma na mesa. Como é sua responsabilidade prestar atenção às ações da mesa, ele se viu obrigado a dar um raise mínimo, que obviamente era o seu all in. Ele pretendia atacar os blinds
com uma mão medíocre e se viu enfrentando o líder do torneio em um all in desnecessário.
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ai meu conselho para quem gosta de ouvir músicas em um torneio: fiquem atentos às ações na mesa e procurem usar um volume baixo e confortável, para não passar por uma situação desagradável como essa. Acredite, nenhum diretor ficará feliz de ter que fazer você seguir essa regra, mas torna-se impossível tocar um torneio sem cumpri-la.
Showdown
Essa é uma dúvida que vem aparecendo demais nos torneios, e vou relatar um fato que ocorreu em um evento que dirigi. Tivemos bet e call no river e o jogador que apostou estava blefando e acabou muckando as cartas. O seu oponente fez questão de ver com o que o jogador estava blefando e pediu para virar as cartas. O seu adversário ficou muito nervoso e não queria que o dealer virasse as cartas, quando foi, então, chamada a direção. Fui comunicado do ocorrido e verifiquei que esses dois jogadores estavam se estranhando a toda hora, sempre pedindo para o dealer mostrar as cartas do outro. Realmente, qualquer um pode fazer isso, mas quando começa a atrapalhar o bom andamento do jogo, o diretor pode intervir e tomar a decisão de que naquela mesa não haverá mais showdown obrigatório, e foi o que eu fiz. Entendi que aquilo não era mais para evitar collusion, e tampouco para ter informações dos oponentes, e sim para irritar os adversários, o que acaba atrapalhando o andamento do jogo.
Jogando as cartas no meio da mesa
Essa foi uma situação curiosa que ocorreu no Second Chance do Tower Cruise 4. Um jogador anuncia all in, o jogador seguinte também empurra o seu all in e um adversário, do outro lado da mesa, pensa bastante e termina por dar fold. Até aí, tudo bem, né? Só que quando ele joga as cartas no muck, elas se misturam com as cartas que já tinham sido descartadas, e www.revistaflop.com.br
também com as cartas do monte de baralho que iria virar o board. Aí vocês me perguntam: por que o dealer não estava com o baralho na mão? Acontece que, por azar do destino, aquele dealer estava com a mão machucada e apenas quebrando um rápido galho naquele momento do torneio, já que outros dealers passaram mal com o balanço do navio. Assim que “quebrasse” uma mesa, ele não iria mais trabalhar, só que essa situação aconteceu justamente naquela mesa. Ou seja, não são apenas os jogadores que sofrem com dois outs no river, os diretores também levam suas bad beats.
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mundo conspirava contra mim nesse momento, e o que eu fiz? A primeira coisa foi perguntar ao dealer se as cartas que pertenciam ao jogador que anunciou fold eram identificáveis no muck, mas, para minha tristeza, a resposta foi não. Como já havia dois jogadores que anunciaram all in, eu não podia voltar a jogada, então resolvi assim: pedi ao dealer para remover as cartas que estavam bagunçadas na frente do monte que incluía as cartas muckadas. Um dos jogadores
que estava de all in disse se sentir prejudicado, pois ali naquelas cartas removidas pareciam estar algumas que deveriam estar no monte do dealer, já que o descarte do último jogador bateu no monte e espirrou umas cartas válidas no muck. Eu concordei com ele, mas isso não tiraria a aleatoriedade da mão para nenhum dos dois jogadores em all in, pois a ação já estava definida pré-flop, sem cartas no board, e as cartas que poderiam ser removidas poderiam ajudar ou atrapalhar ambos os jogadores. Na verdade, não existe regra para uma situação exatamente como essa, portanto resta o bom senso. Usem esses casos como uma dica para o seu comportamento às mesas. Evitem jogar cartas ou fichas no meio do pot ou de cartas válidas, prestem atenção nas ações dos adversários, protejam suas próprias cartas e procurem ser claros em suas ações, ajudando os dealers e seus adversários. Espero que essas dicas os ajudem, principalmente aqueles que estão começando a jogar torneios. Bom jogo a todos! *Robinson é diretor de torneios e um dos membros fundadores da associação. abril |
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coluna Sérgio Braga
sergiofbraga@globo.com
mais potes em late position é a possibilidade de você levar o pote no flop, sem ter nada. Faço isso especialmente no Omaha, aqui no Brasil, pois, nessa modalidade, a grande maioria não faz slowplay. Por outro lado, se está jogando low stakes e encontrar resistência, o melhor é desistir. Nos níveis mais baixos, os jogadores não fazem jogadas sofisticadas, como pagar no flop para roubar no turn, o tal do floating.
como jogar pós-flop
no cash game
Em sua série sobre cash, Braga revela outros pontos importantes para o jogo
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esta edição, irei falar sobre o jogo pós-flop. Esta é a terceira parte da série especial de artigos sobre cash games. Aliás, a cada dia gosto mais de cash do que de torneios. A verdade é que é bem menos frustrante, sem contar que a variância é muito menor. Talvez esteja escrevendo isso no calor da emoção, pois acabei de voltar do Tower Cruise 4. Só tenho elogios ao torneio do Tower. A estrutura foi consideravelmente melhorada, com blinds muito semelhantes aos dos BSOP. O navio, dessa vez, também foi muito melhor, pois era mais novo e mais confortável. Enfim, a viagem foi muito boa. O problema é que, depois de dois dias de torneio, com mais de 15 horas jogadas, encerrei minha participação de uma forma triste, mas muito comum em torneios. Típica jogada all in pré-flop, com KK x AQ – dei raise de UTG, tomei all in, call –, e Ás no flop. O mais difícil foi aguentar o outro jogador gritando, comemorando a grande jogada que ele (acha que) fez. Foi triste, porque estava muito fácil roubar, e consegui ficar acima da média, sem cartas, só dando raise ou 3-bet. Em uma única mão, todo o trabalho foi para o espaço. Perdi 15 horas. Mas é normal e faz parte do risco de se jogar torneios. Um dos problemas com o poker moderno é que na maioria dos torneios no limit muitas mãos são decididas pré-flop. A regra de ouro, que deve ser lembrada, é jogar grandes potes com grandes mãos e potes pequenos com mãos marginais. Parece senso comum, mas muitos jogadores cometem esse tipo de erro com muita frequência. Tudo bem quando se está short-stacked, mas é comum ver esse tipo de jogada com 40, 50 ou até 100 BBs.
Voltando ao cash…
Sérgio Braga Sérgio Braga é jogador profissional e está se especializando em cash games.
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Jogadores inexperientes de cash games muitas vezes fazem pequenas apostas quando têm mãos monstros, porque eles têm medo de não serem pagos, e fazem exatamente o contrário quando tentam passar um blefe, apostando o
máximo possível para tentar tirar o oponente da jogada. Tenha cuidado para não cometer esse tipo de erro. Eu, por exemplo, gosto de apostar o mesmo valor, blefando ou com uma mão monstro. A vantagem principal é que não há pistas para os oponentes. Os bons jogadores conseguem pegar padrões de apostas, e o melhor é disfarçar ao máximo. Lembre-se de que, especialmente no Brasil, os oponentes tendem a pagar para ver. Portanto, a minha recomendação é para que você aposte sempre forte e blefe pouco. O resultado final será bem lucrativo.
Textura do flop
A textura do flop é de fundamental importância para medir a força da sua mão e a sua capacidade de representar mãos que você não tem. Obviamente, é excelente quando o flop melhora a sua mão, mas, na verdade, na maioria das vezes isso não irá acontecer. Você deve ter consciência de quanto o flop o ajudou. Top pair é um exemplo clássico. Se você tem AQ e o flop abre A92 rainbow, você normalmente está muito bem. Todavia, se o flop vem A98 com duas espadas e você não tem nenhuma, a sua mão é muito mais vulnerável. De qualquer forma, não caia na armadilha de apostar muito forte a sua mão e terminar jogando um pote enorme com uma mão marginal. Eu gosto de apostar algo como dois terços do pote, suficiente para tirar as odds de quem está no draw do flush e, ao mesmo tempo, aparentemente interessante para que o oponente no draw pague a aposta. No fim das contas, acaba sendo lucrativo. No flop, você tem que rapidamente medir as chances de ele também ter ajudado os seus oponentes. Por exemplo, se você abriu o préflop com raise e é pago por alguém depois, é bem provável que ele não tenha acertado nada num flop como 742, do que num KQJ. Assim, é lucrativo apostar num flop que provavelmente
Padrões de novatos e intermediários
não tenha ajudado ninguém. Num flop Q52 rainbow, você deve frequentemente apostar, independentemente das suas cartas, porque é muito difícil para o seu oponente pagar, se ele não tiver a Dama. Se você apostar esses flops dois terços das vezes, você só tem que ter sucesso em metade das vezes que apostar, para ter lucro.
O
que muitas vezes se esquece é que o flop também tem impacto para o seu oponente. Vamos supor que um jogador razoavelmente tight abra o pote em early position e a ação chegue até você, que está no big blind, segurando um 44. Você decide pagar o raise, estimando facilmente o range dele (exemplos AA-TT, AK), com a expectativa de flopar uma trinca, fazendo valer a pena o seu call. O flop vem 789 rainbow. Aqui, você deve considerar fortemente dar um checkraise no flop. Esse flop não o ajudou, mas, provavelmente, deixou com medo o seu oponente, se ele deu raise com um par alto ou com duas cartas altas. Uma alternativa, que na verdade é a minha preferida, é pagar no flop e dar um check-raise no turn. Essa jogada é muito forte e, se o jogador for razoavelmente bom, ele simplesmente não www.revistaflop.com.br
pode pagar. Se no turn ele der check – o que um bom jogador normalmente faria –, você deve avaliar se vale a pena apostar no river. Dependendo do oponente, da minha imagem naquele momento e do tell que o oponente está me passando, eu posso apostar o pote no river. É mais arriscado, mas é importante dar esse tipo de blefe de vez em quando. Mesmo que seja pago, não deixa de ser um bom investimento em verba de propaganda. Na próxima vez quando ele pagar, provavelmente irá cair da cadeira.
A importância da posição
A sua posição, claro, é fundamental no flop. Quanto mais você jogar cash games, com deep stack (200 BBs ou mais), mais você irá perceber como ter posição é importante. Por exemplo, vamos dizer que você dê um limp com A5s. Quatro jogadores entram no pote e vem um flop A96 rainbow. Se todo mundo der check, com um razoável grau de confiança você pode apostar que, provavelmente, você tem a melhor mão. Já ao contrário, se você está em early position na mesma situação, é difícil saber se, estando nela, dar check seria provavelmente a melhor opção. Uma das razões para você entrar em
É importante você saber que jogadores novatos e intermediários raramente dão check-raise blefando. Se você sofrer esse tipo de jogada, continue na mão somente se tiver uma mão forte ou um grande draw, o qual você acredita que, se bater, irá ganhar o pote. Em Vegas, os bons jogadores levam isso muito a sério. Lembro-me de uma mão em que um grande jogador deu raise no flop e tomou dois calls. Num flop QT3 rainbow, ele tomou um check-raise no flop e largou mostrando AA. Na ocasião, eu achei que o cara era louco, mas, na sequência, comecei a perceber que, em 90% das vezes, o check-raise tinha, no mínimo, dois pares. Eu não me vejo foldando AA numa situação dessas, mas me fez pensar. Para falar a verdade, nas análises que fiz das minhas seções em Vegas percebi que os dias em que saía para trás, normalmente era porque havia continuado até o river com uma mão como aquela, com apenas um par, tomando check-raise. Percebi rápido que ser muito desconfiado pode custar caro. Na prática, o melhor é dar crédito. Prefiro acertar uma grande mão como uma trinca ou uma seguida disfarçada e pregar o descrente na parede, levando todo o seu stack. É muito mais lucrativo. Tenho, ainda, muito o que falar sobre cash, como, por exemplo, jogar o turn e o river, mas na próxima edição irei abordar a vida e o jogo em Vegas. Eu e a Alê estamos voltando para o Brasil e, como muitas pessoas estão nos perguntando sobre a nossa experiência, irei dividir tudo com vocês. Em breve, estaremos juntos, em torneios grandes como a BSOP e, principalmente, nas mesas de cash. abril |
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coluna Will Arruda
www.sngteampro.com.br
jogar pré-flop
Dicas para se jogar bem antes do flop e economizar fichas posteriormente
O
lá, leitor da Flop! Na coluna desta edição, gostaria de abordar o jogo pré-flop, debater alguns assuntos polêmicos e apresentar um pequeno guia de programas que irá ajudá-lo a melhorar o seu jogo, além, é claro, de falar sobre o quinto time que, em breve, estará entrando em campo.
Conceitos do jogo pré-flop
SnG Team Pro
Para saber mais sobre o projeto, acompanhar a evolução dos jogadores do time ou fazer parte da próxima turma, acesse: www.sngtemapro.com.br
/SnGTeamPRO 98 | abril
Raise fold com 10 a 12 blinds não existe mesmo? Essa é uma “regra” que, imagino, o senso comum afirme que não, já que, aparentemente, ficamos comitados quando abrirmos um raise nessa situação. Mas será verdade? Vamos lá. Aqui vão alguns exemplos. Você possui 2.000 fichas, com os blinds 100/200, aumenta para 500 com AJ, no UTG+1, ao invés de dar all in. Essa é uma boa jogada, já que você pode mixar esses raises com AA, KK, QQ, sem deixar óbvio que, quando você abre raise com esse stack, você está com premium hands. O botão volta all in de 2.500 fichas e vem a pergunta: somos obrigados a pagar porque não existe raise fold com 10BB? Resposta: Depende! Tudo irá depender do range com que seu oponente está lhe voltando all in. Muitos estarão perguntando: mas, e se não conhecermos o jogador? Então o legal é estipular um range padrão, algo como 99+ AJo, no qual teremos 36% de equidade contra esse range. Vamos às contas do pot odds, para determinar se o call contra esse range é bom ou não: 500 raise inicial + 300 (SB+BB) + 2.000 do all in. O pot tem 2.800 fichas e temos que pôr 1.500, o que daria odds de 1.8 ou 35,71%, tornando o call lucrativo, já
que, contra esse range, AJs tem 36% de equidade, porém ainda é uma jogada close. Mas, e se o range do adversário fosse somente AQ e TT+? Com essa mudança, a equidade do AJs diminuiria bem, não tendo mais odds para pagar, tornando o call ruim. Assim como, se o range do cara fosse 66+, AT+ seria snap call. Resumindo, existem situações em que você ainda pode dar raise fold! Ganhar dinheiro com o poker inclui você manipular seus oponentes, para que eles façam jogadas em que você possa obter lucro. Porém, não ser manipulado por eles é tão importante quanto. Sendo assim, quando você dá um call no all in do seu adversário, sem ter os odds adequados, quem estará perdendo dinheiro é você! Portanto, cuidado com regrinhas feitas. Não estou falando para ficar abrindo raise fold com 10 BB, apenas estou querendo acabar com esse paradigma de que não existe raise fold com 10 BB, quando, no poker, em quase todas as situações a resposta é “depende”.
Importância da observação dos jogadores e da aplicação do HUD
Muitos jogadores abrem 16 telas e ligam o piloto automático. Note neles! Mas, cuidado
Utilizando o HUD
Como estaremos com muitas telas abertas, é fundamental deixar o HUD apenas com as informações essenciais. Aqui vai um guia para orientá-lo a deixar, no seu HUD, somente o que importa. VPIP: porcentagens de vezes em que o oponente entra numa mão. Quem tem o VPIP muito alto, normalmente é limper, o que é uma informação muito importante quando se está short stacked e se resolve squeezar. PFR: porcentagens de mãos em que seu oponente abre raise. Fundamental. Por exemplo, um jogador com 9% de PFR abre raise com 15 BB, do UTG, e você tem TT. A resposta é muito simples: fold. Se ele está jogando com 9% do range, em early position, provavelmente ele só estará abrindo com 3%, ou seja, JJ, AK+. Dar re-raise nesse tipo de adversário, com TT ou AQ, é suicídio. Enquanto que, se o jogador tivesse 12% de PRF, já seria mais aceitável. Outra coisa interessante de se ver é o quanto o jogador dá steal no botão e CO para ajustar seu range de 3-bet de maneira adequada. 3-bet: porcentagem do range de 3-bet do seu adversário. Muitos jogadores de SnG só dão 3-bet por valor; outros são maníacos, e é só chegar um raise do botão para 3-betar. Fique de olho www.revistaflop.com.br
nesses jogadores, para poder adaptar com o range adequado. Hands: informação muito importante para ter uma estatística mais precisa. Se você tiver menos que 100 mãos de algum jogador, de maneira alguma se baseie no HUD. Essa é uma amostragem muito pequena, e o jogador pode muito bem ter pegado um rush de cartas ruins ou o contrário.
Utilizando o PokerStove
Essa é a ferramenta essencial para qualquer jogador de poker e, em especial, para os de SnG. Como estamos a toda hora em all in, o PokerStove é fundamental para ajudar a tomar as decisões. Com ele, você irá colocar a sua mão e as que você imagina para o seu adversário. Quando o jogador o colocar em all in, você poderá calcular os odds e, caso a sua mão contra o range do seu adversário tenha a equidade necessária, decidir se deve ou não pagar a aposta. É muito importante que você esteja com o PokerStove sempre aberto, para ficar calculando a equidade da sua mão contra determinados ranges e estudar se você está fazendo jogadas lucrativas. Com o passar do tempo, você irá descobrir quantos calls bons você deixou de dar, por não saber a real força de determinada mão contra o range adversário.
O time de SnG
A nova turma de SnG já começou a grindar por volta do início de abril. São 12 novos alunos e, além de mim e do Caio Brites, iremos contar com os instrutores Gabrielbpf , Kovalski ppv , Sakuraba84 (atualmente quarto melhor do mundo em total profit no SharkScope em sits de até $35). Outra novidade é o time de high stakes SnG, que vem jogando os sits de 69+6 e 48+4 no Full Tilt. O time conta com três integrantes: Ricardo”Japa86” Lagazzi, atual terceiro do mundo em total profit até 100 dólares em SnG; Rafael “sngvolrath” Guizmo, atual décimo segundo do mundo em total profit em qualquer stake, sits acima de cinco mesas, e Fabiano “Kovalski ppv”, que tem se destacado nos MTTs com grandes resultados.
Ricardo Lagazzi
atenção quando
para não se enganar. Não é porque em duas órbitas o cara soltou o braço que ele está roubando. Aí que entram os programas HUD. Sugiro o Hold’em Manager ou o Poker Tracker para SnG: eles irão identificar esses tipos de jogadores, como os ultra nits, que abrem apenas 9% do range e que jogam sistematicamente com determinadas mãos, shovando rigorosamente. Não que isso não seja lucrativo, pois, mesmo sem jogar uma mão, esses jogadores encontram ação quando jogam! Logo, isso é uma maneira lucrativa de jogar poker. Porém, esse tipo de jogador sempre terá limitações, pois, enquanto uns são robôs e estão jogando somente as cartas, nós é que estamos observando e jogando poker de verdade.
Como foi o seu primeiro contato com o poker ? Ricardo Lagazzi: Na época do colegial, jogando SnGs de R$1 com os amigos. Conte sobre a sua trajetória no mundo do poker e as suas principais conquistas. RL: No poker online, comecei num daqueles sites que oferecem capital inicial. Lá, acabei conhecendo o Kovalski e, a partir daí, sempre grindávamos e estudávamos juntos, até sermos selecionados pelo SnG Team Pro, onde tudo realmente começou de verdade. Não tenho grandes resultados em torneios multitable online, pois, para mim, os MTTs sempre foram mais para diversão. Minha maior conquista foi chegar a um bom nível de jogo em SnG e, como consequência, bater a meta do SnG Team Pro. Depois de atingir a meta do projeto, quais são as suas motivações para seguir como profissional? RL: Além de gostar muito de jogar poker, minha principal motivação é o retorno financeiro que, após muito grind e estudo, venho conseguindo ter. Você tem uma rotina de estudo? O que você sugere para aqueles que pretendem entrar no time ? RL: Sim, todos os dias acordo cedo para fazer a session review dos SnGs jogados no dia anterior, e também vejo vídeos e participo de alguns fóruns. Acho que o fundamental para ser um grinder é conseguir manter uma rotina diária de jogo e de estudos, e, fazendo isso com dedicação, os resultados virão como consequência. Qual foi o melhor e o pior momento na sua vida de jogador de poker? Já pensou em parar de jogar? RL: A melhor fase está sendo agora, com certeza. Atualmente, estou jogando em limites que, há algum tempo, eu não imaginava que estaria jogando. A pior foi pouco antes de entrar no SnG Team Pro. Eu jogava SnG single table, vivia tiltado e sem prazer algum em fazer o que estava fazendo. Foi justamente nessa fase que pensei em parar. Eu sabia que não tinha o psicológico forte o suficiente para aguentar a variância e que de nada adiantaria continuar jogando. Ricardo, este espaço é seu, para comentários ou agradecimentos. RL: Gostaria de agradecer a todos do SnG Team Pro, e à minha família pelo apoio e paciência. Valeu!
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coluna MeBeliska
colunas@revistaflop.com.br
mais peripécias da turma
do Mebeliska Aprontando com o Serjão, a história da Tia Teresa e outros casos do poker
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esta edição da Flop, vamos contar algumas histórias que aconteceram envolvendo membros da Equipe Mebeliska.
TIA TERESA
A primeira história é a respeito da “Tia Teresa”. No decorrer da história, vocês irão descobrir por que esse nome. Aconteceu no BSOP de 2009, no Rio de Janeiro. Viajaram para o BSOP Eduardo Sequela, Marcelo “Bicheiro” e Fernando Issas que, no caso, foi a vítima. Os três ficaram no mesmo apartamento e todos voltariam juntos de carro, para São Paulo. Na hora de ir embora, Sequela e Bicheiro ficaram arrumando as malas, enquanto o Issas foi se despedir de toda a galera que estava no hotel. Depois de um tempo, lá estavam os dois com as malas prontas e dentro do carro para ir embora, quando aparece o Issas e pede para que os meninos peguem as malas dele (será que é folgado o homem?LOL). Foi aí que começou a palhaçada. O casal Vanessa e Fernando Issas
MeBeliska.com
Há um ano trazendo para o online, com seriedade e humor, tudo o que acontece nas mesas live.
100 | abril
Sequela e Bicheiro foram até o quarto e aí que a tal da “Tia Teresa” entra na história. Aqueles que viram ao filme em que o preso pega todos os lençóis e amarra um no outro, transformando-os em uma corda chamada de “Teresa”, sabem do que estou falando. Os dois pegaram todas as roupas, meias, calças, camisetas, camisas e cuecas, e fizeram uma “Teresa”, dando nó entre todas as peças de roupa, transformando-as em uma corda de roupa gigante, ainda mais se tratando do Issas, que é um cara que gosta de levar MUITA roupa. Bom, eles enrolaram e guardaram na mala aquela corda de roupas e levaram para o carro para ir embora. Além disso, ainda pegaram uma barra de chocolate que estava dentro da mala. Mudando rapidinho de assunto, logo que conheci o Sequela eu fiquei sabendo dessa história. Então, para não ter surpresas, eu (Teco) fiz um deal (acordo) com ele, de que não mexeria nas suas coisas e ele também não mexeria nas minhas. Não queria perder tudo, né!
Na volta, eles abriram a barra de chocolate e a ofereceram ao Issas. Engraçado foi ele achar que o chocolate era parecido com o que havia comprado, e os outros dois não paravam de dar risada durante a viagem, até que a polícia parou o carro. Nesse momento deu um ataque de riso no Sequela e no Bicheiro. Um dos policias perguntou se eles estavam bêbados ou coisa do tipo, até que um deles chama o Sequela de lado e pergunta para ele o que estava acontecendo, se ele estava drogado ou coisa do tipo, porque estava estranho os caras rindo a todo instante. Detalhe: o Bicheiro estava com um boné com o seu apelido bordado, e o policial perguntou para ele se ele era mesmo bicheiro e ele respondeu que era o filho. Bicheiro mesmo era o seu pai. O Sequela, de canto com o policial, contou a verdade sobre o que fizeram com as roupas do amigo e que estavam preocupados se ele mandasse abrir a mala naquele momento. O guarda voltou para o carro e mandou abrir todas as malas, MENOS aquela em que estava a “Teresa” feita com as roupas do Issas. Guardaram tudo e o policial liberou a saída dos malandros. Aí, o Issas solta uma falinha: “Olha só como a polícia sabe quem são os malandros, abriram todas as malas, menos a minha”. Mal sabia ele o que estava acontecendo. Depois dessa falinha do Issas, o Sequela e o Bicheiro passaram o resto da viagem falando da “Tia Teresa” e dando risada o tempo inteiro, e a vítima não entendendo nada do que estava acontecendo. Chegando a São Paulo, deixaram o Issas em sua casa e o Sequela, quando estava chegando a sua casa, recebeu uma ligação do Issas. Quando atendeu, nosso amigo perguntou: Issas: Sabe por que estou ligando? Sequela: Sei, é por causa dos nós nas suas roupas? Issas: Vocês deram nós na minha roupa? Liguei porque esqueci minha carteira no porta-luvas do seu carro. O Sequela só escuta um grito ao fundo – era a esposa do Issas que estava acabando de abrir a mala, “filho da ...”. Detalhe: o Issas tinha uma viagem às oito horas da manhã e isso aconteceu www.revistaflop.com.br
Serjão, o especialista do Omaha (Lol)
por volta da meia-noite e dez. Resumo: a dona Vanessa Issas ficou passando roupa a madrugada toda. Essa é uma lição: nunca peça ao Sequela para pegar a sua mala.
Serjão, o mestre do OMAHA
Outro dia, o Serjão estava conversando com o Sequela no MSN, falando sobre os seus feitos no Omaha, e que estava jogando muito bem e tal. O Sequela não aguentou e soltou uma falinha, brincando sobre ele ser um parceiro dos sonhos. Pronto, a confusão estava
armada. Serjão se queimou e o desafiou para um HU melhor de três de Omaha High/ Low. Veja bem, era High/Low. O Sequela entrou no Full Tilt e encontrou somente Omaha Hi de Heads-Up e passou o número do torneio, para eles começarem a disputa. Foram jogando o HU entre eles, e somente quando estavam na quinta partida o nosso amigo Serjão descobriu que o modelo de poker que estavam jogando era Omaha High. Será que o Serjão é um parceiro dos sonhos ou não? LOL. Só pra constar: Serjão perdeu!
Desafio Edu Sequela e Porco Espinho
Um belo dia, o Sequela estava jogando satélite para a BSOP no Full Tilt, quando entra o Porco Espinho no chat e começa a fazer brincadeiras, oferecendo uma caixa de cerveja para qualquer jogador que desse re-raise no Sequela, três vezes seguidas. Dessa brincadeira surgiu um desafio: eles combinaram que quem durasse menos na BSOP de São Paulo iria ter que usar uma camiseta com o escrito “eu amo (nome do outro)” na BSOP do Rio de Janeiro. Pela foto abaixo, dá pra saber quem ganhou o desafio.
E quem pagou o mico foi... ”Porcoespinho” – que bela declaração de amor
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Tower Cruise 4 Dias 11 a 14/03 Buy-in: US$500+R Stack Inicial: 5K Blinds: 45 minutos Prizepool: US$279K Local: MSC Musica Field: 250 Jogadores ITM: 1ยบ ao 28ยบ
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Social
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BSOP – São Paulo (SP)
BSOP – Rio de Janeiro (RJ)
1ª Etapa Dias 26/02 a 01/03 Buy-in: R$ 1.000 + 150 +50 Estrutura: 20K / 45 min Prizepool: R$ 784K Local: WTC Sheraton Field: 788 Jogadores ITM: 1º ao 81º
2ª Etapa Dias 19 a 22/03 Buy-in: R$ 1.000 + 150 +50 Estrutura: 15K / 45 min Prizepool: R$ 684K Local: Sofitel Copacabana Field: 688 Jogadores ITM: 1º ao 73º
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Social
Latin American Poker Tour Dias 24 a 27/02 Buy-in: US$3,500+200 Stack Inicial: 20K Blinds: 60 minutos Prizepool: US$1,042,260 Local: Punta del Este (Uruguai) Field: 307 Jogadores ITM: 1ยบ ao 48ยบ
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Data 28 de maio 28 de maio 29 de maio 30 de maio 31 de maio 1 de junho 1 de junho 2 de junho 3 de junho 3 de junho 4 de junho 4 de junho 5 de junho 5 de junho 6 de junho 7 de junho 8 de junho 9 de junho 9 de junho 10 de junho 10 de junho 11 de junho 11 de junho 12 de junho 12 de junho 14 de junho 14 de junho 15 de junho 15 de junho 16 de junho 16 de junho 17 de junho 17 de junho 18 de junho 18 de junho 19 de junho 19 de junho 20 de junho 21 de junho 21 de junho 22 de junho 23 de junho 23 de junho 24 de junho 25 de junho 25 de junho 26 de junho 26 de junho 28 de junho 28 de junho 29 de junho 30 de junho 30 de junho 1 de julho 1 de julho 2 de julho 3 de julho 5 de julho
www.wsop.com Hora Modalidade
Dias
Buy-in
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US$ 500 US$ 50,000 US$ 1,000 US$ 1,500 US$ 1,500 US$ 5,000 US$ 2,500 US$ 1,500 US$ 1,500 US$ 10,000 US$ 1,500 US$ 1,500 US$ 1,000 US$ 1,500 US$ 10,000 US$ 1,500 US$ 5,000 US$ 2,000 US$ 10,000 US$ 1,500 US$ 1,500 US$ 1,000 US$ 2,500 US$ 1,000 US$ 10,000 US$ 2,500 US$ 1,500 US$ 2,500 US$ 10,000 US$ 1,500 US$ 1,500 US$ 5,000 US$ 2,500 US$ 1,000 US$ 10,000 US$ 1,000 US$ 3,000 US$ 10,000 US$ 1,500 US$ 2,500 US$ 1,500 US$ 1,500 US$ 10,000 US$ 2,500 US$ 1,500 US$ 5,000 US$ 1,000 US$ 2,500 US$ 1,500 US$ 5,000 US$ 3,000 US$ 25,000 US$ 1,500 US$ 1,000 US$ 10,000 US$ 2,500 US$ 5,000 US$ 10,000
Casino Employees No-Limit Hold’em The Poker Player’s Championship No-Limit Hold’em Omaha Hi-Low Split-8 or Better No-Limit Hold’em No-Limit Hold’em Shootout (2000 players max) 2-7 Triple Draw Lowball (Limit) No-Limit Hold’em Pot-Limit Hold’em Seven Card Stud Championship No-Limit Hold’em Limit Hold’em No-Limit Hold’em 2-7 Draw Lowball (No-Limit) Seven Card Stud Hi-Low Split-8 or Better Championship No-Limit Hold’em / Six Handed No-Limit Hold’em Limit Hold’em 2-7 Draw Lowball Championship (No-Limit) Pot-Limit Omaha Seven Card Stud Ladies No-Limit Hold’em Championship Limit Hold’em / Six Handed No-Limit Hold’em Omaha Hi-Low Split-8 or Better Championship No-Limit Hold’em / Six Handed Seven Card Stud Hi-Low-8 or Better Pot-Limit Omaha Limit Hold’em Championship No-Limit Hold’em H.O.R.S.E. No-Limit Hold’em / Six Handed Pot-Limit Hold’em/Omaha Seniors No-Limit Hold’em Championship Heads Up No-Limit Hold’em Championship (256 player max) No-Limit Hold’em H.O.R.S.E. Pot-Limit Hold’em Championship No-Limit Hold’em Shootout (2,000 player max) Seven Card Razz Pot-Limit Omaha Hi-low Split-8 or Better No-Limit Hold’em H.O.R.S.E. Championship Mixed Hold’em (Limit/No-Limit) No-Limit Hold’em Pot-Limit Omaha Hi-low Split-8 or Better No-Limit Hold’em Mixed Event No-Limit Hold’em Pot-Limit Omaha Triple Chance No-Limit Hold’em No-Limit Hold’em / Six Handed Limit Hold’em Shootout No-Limit Hold’em Pot-Limit Omaha Championship No-Limit Hold’em Ante Up For Africa Poker Tournament No-Limit Hold’em Championship
Humor
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Carta ao Deputado
Home Game
Quer ver seu home game aqui na Flop? Mande suas fotos para homegame@revistaflop.com.br
Poker não se resume a disputas por grandes potes, competições por títulos ou campeonatos milionários. Poker, acima de tudo, é uma grande confraternização. Um jogo social que une famílias, amigos, e aproxima pessoas. Movidos por esse espírito, trazemos para o nosso leitor esta nova seção, reservada para os anônimos que se reúnem em torno das mesas por todos os cantos do País, para se divertir, jogar e fazer novos amigos.
2008 Da esq. para a dir. (em pé): Franklin, Raquel, Igor, Rerisson, João Paulo, Lavizli, Anderson, Aracely e Márcio. Sentados: Jovi, João e Michelly.
Fortaleza/CE 2009 Emanuel, Jovi, Lavizli, Anderson, Raquel, Enio, MIchelly, João Paulo, Fabiana, Lena, Mazela, Manu, Franklin, João, Márcio e Sr. Pompeu
Todos os anos, no mês de dezembro, velhos amigos se encontram para colocar a conversa em dia, matar a saudade e jogar poker. ATENÇÃO: MANDE, PELO MENOS, TRÊS FOTOS EM ALTA RESOLUÇÃO DE SEUS ENCONTROS para ele ser publicado na revista. 110 | abril
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