Ano 10
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nº 31
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Março/2017
Entrevista Tropa Varjão Matérias Resultados Nacional 2016 Sabores do Nordeste
Foto: Hamilton Silvester
Artigo A equitação na Marcha Picada
Criador da Raça
Índice
Editorial
Entrevistas
18
Artigo
50
Tropa Varjão Uma seleção de mais de quatro décadas
Matérias
A equitação na Marcha Picada
Moda Campeira
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Sabores do Nordeste
Tradução em formas, cores e conforto
Assim podemos descrever as sobremesas nordestinas
Capa
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Nacional 2016
78
As cores de Trancoso
O encontro do Campolinista Brasileiro
Vilarejo é tema de livro fotográfico
Criador da Raça Ano 10
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nº 31
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Março/2017
Entrevista Tropa Varjão Matérias Resultados Nacional 2016 Sabores Nordestinos
Vaidoso do Angelim x Donzela de São Judas Penta Campeão Nacional Reservado Grande Marchador Brasileira Res. Campeão Nacional 2016
Mais um ano foi deixado para traz e o outro que se inicia traz mais uma vez os sonhos unidos com a esperança. Criar cavalos é um ato dinâmico que requer atenção aos mínimos detalhe, criar cavalos Campolina não foge deste padrão. É preciso sempre estar atento ao tempo e aos fatos da evolução. No fechar das cortinas de 2016 encerramos mais uma Semana Nacional, que na medida do possível e levando em consideração as ferramentas disponíveis foi ótima, mas é preciso nos convencermos que podemos e devemos ir muito além e não apenas nos contentarmos com a estática. Precisamos sim, e como precisamos, do dinamismo e da velocidade para mostrarmos as nossas qualidades e onde podemos chegar, e nem sempre o ponto referido é ser grande, o melhor é termos o tamanho certo, mas precisamos pelo menos ter tamanho, isto é fundamental! Uma transformação é notória, atualmente a valorização da função suplanta a beleza mas é preciso lembrarmos que o ponto do equilíbrio é o fundamental do jogo. Sem marchar não é Campolina, nem marchando
mal. É preciso ser bom mesmo! Talvez esta seja a maior evolução de todos os tempo, até porque já encontramos inúmeros indivíduos com função, beleza e raça. Tudo que é passado fica por lá, assim sendo, precisamos olhar para o presente e mirarmos no futuro e para isto é necessário que mais uma vez avaliemos a homogeneidade em nossos julgamentos. Precisamos com urgência procurar normatizar a forma de avaliar de nossos árbitros, para isto definições de regras e padrões precisam ser renovadas e até quem sabe o próprio padrão racial. É imprescindível que a harmonia seja restaurada em nossos julgamentos e que as ferramentas sejam para auxiliar nas seleções e nos resultados, buscando o inalcançado cavalo ideal, até porque enquanto existir égua parindo, nenhum cavalo é invencível. Por falar em égua parindo, os pastos estão lotados de evolução, potros e potras enfeitam a geração e enchem nossas retinas de esperança e sonhos. Vejo um Campolina forte a nossa frente, vejo mercados consolidados e novos se formando. Força Campolina Sempre.
Foto: Hamilton Silvester
Artigo A equitação na Marcha Picada
Jean Molière
Marchado para o futuro
Matérias
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“É comprida a estrada que vai desde a intenção até à execução.”
Foto Capa: Hamilton Silvester
Criador da Raça
Haras Momento Cristiano Azevedo (31) 98825-1505
Expediente Edição e Diagramação Marco Livrão Tiago Martins Direção Marco Livrão marco@livraoassessoria.com.br
Direção de Arte Tiago Martins
8 Força Campolina | Março 2017
Jornalista responsável
Bianca Costa MT 10619
Fotos Ana Clark Duarte Hamilton Silvester Ivan Machado Nilo Coimbra Pedrão Pedro Viotti Roberto Pinheiro Sérgio Teixeira Sidney Araújo
Agência e Produção
(31) 2555.8900 Rua Angustura, 210 | Sala 2/C Serra | Belo Horizonte/MG CEP: 30.220-290 Força Campolina | Março 2017 9
Entrevista
Tropa Varjão, uma seleção de mais de quatro décadas
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Andamento e Temperamento são as bases desta tropa
ocalizado em Divinópolis/MG o Tropa Varjão coleciona títulos e uma seleção que levou sua tropa a ser sinônimo de qualidade em todo o país. A revista Força Campolina conversou com Clayton Leal Brum, titular do haras, que nos contou um pouco sobre sua forma de trabalho e sua visão sobre a raça.
Fotos: Arquivo criador
Nos conte um pouco da história de seleção do plantel Varjão na raça Campolina e também na produção de jumentos e muares. No início dos anos 70 iniciamos nossa criação de cavalos Campolina em terras mineiras. Inicialmente com três animais que trouxemos do estado do Espírito Santo, quando nos mudamos para Divinópolis/ MG. Eram animais estruturados e bem marchadores, registrados em livro aberto. Como já havia o gosto pelos equídeos, herdado pelos meus avôs, decidimos melhorar nossa genética e adquirimos ainda nessa década, Guapo da Palmeira e Max Duelo, este último, o melhor reprodutor que passou em nosso criatório. Um cavalo médio, compacto, de ossaturas fortes e com muita marcha, mas que infelizmente, pela ânsia de seguir a moda, foi por nós, jogado fora. Produzimos um número razoável de matrizes com ambos, que
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posteriormente, foram cruzadas com os animais do sufixo Angelim, que chegaram a nossa fazenda a partir dos anos 80, com objetivo de acrescentar beleza plástica à tropa. Da tropa Angelin vieram Orly, Lente, Inhô e Fado, todos com contribuições fundamentais nos animais da Tropa do Varjão. Dentre suas produções, destaca-se Ioiô e Marengo do Varjão, sem falar das matrizes espalhadas por diversos plantéis do país. Mesmo com todas as dificuldades, toquei a criação. Com o passar dos anos, meus filhos se formaram, casaram e graças a paixão, cultura e convivência com a tradição equestre, retomaram as rédeas do criatório, usando as éguas “vovós” para os novos acasalamentos. E começamos a colher os frutos novamente, com a reestreia nas pistas em 2016, na qual obtivemos, a meu ver, ótimos resultados com nosso sufixo, com destaque para: Ídolo, Infinito e Impacto do Varjão. Por descender de família de tropeiros e ruralistas, por estarmos localizados próximos ao berço da raça Pêga e pelos amigos que criavam e julgavam as duas raças (Fernando Diniz, Márcio Andrade, Gastão e Roberto Abramo), ingressamos também, no final dos anos 70, na criação de muares e jumentos. Os jumentos precursores
foram Raabe de Passa Tempo e Seta Nero, direcionados para a produção de muares. Posteriormente, decidimos selecionar genética e produzir asininos de qualidade. Adquirimos algumas matrizes de origem Campo Novo do Coronel Epaminondas e também um dos jumentos Pêga mais famosos do Brasil, o raçador J Falcão, do Sr. José Tavares, em Lagoa Dourada MG. No início dos anos 80 compramos matrizes em vários criatórios (Caconde, Maab, Pêga, Rena, Al, Gas, Walmar, Das Águas, Ceitacorê e Aliança) para intensificar nossos acasalamentos e tentar produzir indivíduos que contribuíssem de alguma forma para a raça. Começaram a nascer os jumentos e jumentas Varjão, e fomos muito felizes em ter a oportunidade de repassar essa genética para várias regiões do país. Chegamos ao ponto de conhecer um indivíduo oriundo de nossa tropa, principalmente descendentes do J Falcão, apenas pela conformação da cabeça, principalmente pelas características peculiares na região dos olhos. Cito alguns exemplares asininos de destaque, que carregam nossa marca: Garboso do Varjão, um dos jumentos com mais filhas e netas campeãs nacionais. Iglú do Varjão, pai de Jericó do Pingo D’Agua, atualmente um dos jumentos que mais produzem
mulas e burros campeões de prova de marcha, em todo Brasil. Destacamos também: Harley do Varjão, Importante do Varjão, Líder do Varjão, Judia do Varjão, Ulalá do Varjão (Reservada Campeã Nacional 2011) e Famoso do Varjão (Campeão Nacional 2010). Com a mudança das fazendas, demos um choque sanguíneo em nossa tropa, com um jumento de origem Gas, Trovão da SPI (Reservado Grande Campeão Nacional Adulto da Raça 2005 e várias vezes Campeão Nacional de Marcha), que melhorou ainda mais o andamento marchado da tropa. Com base nessa genética, continuamos a selecionar nossos animais. Prezamos sempre pela principal função do asinino Pêga, que é produzir muares marchadores por excelência, tanto para serviço como para o esporte, mas com características marcantes de beleza, frentes bem direcionadas, equilibrados e funcionais. Falando em muares, não poderia deixar de citar o burro Fuscão do Varjão, primeiro muar a ganhar um carro zero, no primeiro Concurso Nacional de Marcha de Muares no Parque da Gameleira em Belo Horizonte MG, evento idealizado pela Cabo Velho Leilões. Esses animais fizeram e fazem jus ao nome de nosso criatório e valorizam a nossa marca.
| | | Famoso do Varjão - Campeão Nacional Enapêga 2010 e Impacto do Varjão - Res. Campeão Nacional Cavalo Jovem 2016
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Entrevista
Tropa Varjão
Fale sobre o atual estágio de seleção do plantel e como o criatório pretende chegar ao cavalo Campolina ideal. Focamos novamente na criação do Campolina, mas preocupado em fazer um cavalo totalmente funcional. Quando digo funcional, falo no sentido íntegro da palavra. Pois nosso teste é feito dentro da fazenda, no trabalho diário. Nossos animais devem aguentar o serviço das 07:00 às 17:00 e principalmente oferecer conforto e prazer ao seu cavaleiro, pois é sua principal ferramenta de trabalho. Chegar ao cavalo ideal acredito ser um caminho muito distante, pois raças muito mais antigas que a nossa, ainda sonham com esse objetivo. Por isso preocupamos com muito critério, em produzir em um ano, animais superiores aos dos anos passados. Seleção essa, embasada em rusticidade, beleza, funcionalidade e resistência. Para o senhor qual a montaria ideal? Preconizo um animal de sela marchador, sendo ele muar ou equino, mas com características que não abro mão: temperamento de sela, correto de rédeas (suave na embocadura), franco, manso, resistente, cômodo e pronto para qualquer situação. Sabemos que o senhor tem um grande apreço pelas “coisas do campo”, inclusive uma coleção de peças, fale um pouco desta paixão. Toda vida fui apaixonado pelo campo. Sempre fui ligado e valorizei as coisas rurais, gosto herdado dos meus antepassados. Conquistei os
meus amigos, quase todos ligados ao campo. Estudei agronomia, optei por ser ruralista, desde sempre. Hoje vivo da fazenda. Dizem que todo ser humano precisa ter um hobby. Quando criança ganhei do meu avô paterno uma tala e do meu avô materno um freio. Desde então nunca mais parei de garimpar peças relacionadas com a cultura equestre do mundo inteiro. Tenho uma grande variedade de tralhas dos mais diferentes materiais e modelos. É um acervo muito bonito do qual me orgulho e tenho prazer em mostrar para aqueles que querem aprender ou conhecer um pouco mais sobre cavalos e cavaleiros. Como o senhor enxerga o atual processo de seleção da raça Campolina, e o que senhor acha que pode ser melhorado? Notamos que a raça Campolina passa por um processo de evolução, isso é fato. Poderíamos estar degraus bem acima, se, como já disse em outras ocasiões, os criadores e associação primassem pela verdadeira essência do nosso cavalo. Sementes foram plantadas, precisamos cuidar delas e plantarmos outras. Fomos informados que a Tropa Varjão realizará um leilão em abril, fale do projeto e qual serão os grandes destaques. Sempre tivemos a ideia de fazer um leilão, como já até fizemos há alguns anos. Mas o evento do dia 08 de abril vem com uma proposta diferente: receber os convidados e amigos em nossa casa, ofertar o que há de melhor em nossa criação. Queremos valorizar
Fotos: Arquivo pessoal
||| Lote de Matrizes Campolina Marchador da Tropa do Varjão
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e mostrar aos amigos presentes, produtos, pessoas e artigos que expressam a verdadeira essência do homem do campo ligado ao cavalo. Optamos em realizar o leilão presencial por ser a nosso ver, a maneira mais calorosa e eficiente de expor uma genética de quase meio século de seleção de Campolina Marchador, Jumentos e Muares Pêga e principalmente, passarmos um dia agradável junto daqueles que temos apreço. Deixe uma mensagem aos criadores, em relação a seleção, criação e adestramento de cavalos e muares. Devemos ser mais rigorosos com os nossos costumes equestres do cavalo marchador, e valorizar os legados e ideais que os criadores, precursores de nossa raça, que realmente respiravam cavalos, e precisavam de fato deles, nos deixaram ao longo do tempo. Sempre falo na valorização da cultura equestre na raça Campolina. Para ser mais claro, basta compararmo-nos com os muladeiros, eles valorizam e defendem sua identidade acima de qualquer coisa. Cultuam animais de qualidade, tralhas bem feitas e adequadas para sua montaria, vestimentas apropriadas. Outro exemplo, são os gaúchos dos cavalos Crioulos e os inúmeros usuários do cavalo Quarto de Milha. Em qualquer lugar que nos depararmos com algum deles, sabemos quais raças de cavalos criam e montam. Em minha opinião é imprescindível para a raça Campolina, crie esta identidade. Seus idealizadores ficariam satisfeitos
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Moda Campeira ou “Rural chique” Mais do que moda, a verdadeira personalidade de cada um é traduzida em formas, cores e conforto
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A facilidade que os smartphones de hoje nos proporcionam, de ter o mundo ao nosso alcance na palma da mão, nos conecta com o campo numa velocidade antes inimaginável – interatividade que destrói barreiras de tempo e lugar. Uma das consequências almejadas pela República Rural é justamente conectar tudo que seja conectável, a cerveja com os amigos, relaxando junto à família... e sempre vestido bem e sob medida! Os pilares da simplicidade e identidade com o campo se conectam à mais atual tecnologia, dando outra dimensão à vida. Não existem lojas físicas. As compras poderão ser feitas exclusivamente pelo site: www.republicarural.com.br
||| Os sócios Renato Franco, Pedro Salles e Guilherme Bruschini
continua até hoje, através dos tios e da mãe, a empresária Suzana Almeida, responsável pelo abastecimento de produtos de mais de 150 marcas. Suzana acumula mais de 35 anos de atuação no mercado têxtil e sua experiência se aplica na escolha e desenvolvimento da matéria prima, criação do produto, atuação e intermediação em toda a cadeia produtiva e varejista. A empresária é a responsável pelo desenvolvimento dos produtos da República Rural. Pedro, Guilherme e Renato estão juntos na República Rural por terem origens similares e compartilharem os mesmos propósitos de vida, o que resulta numa amizade que vem desde o tempo de universidade.
| | | Peças da República Rural vestem com elegância e autenticidade
Fotos: Divulgação
Fotos: Divulgação
bom gosto e simplicidade estão sempre presentes, independente do estilo de vida que se leva. Elegante e simples, urbano e rural, sem perder seu próprio estilo. O que vestimos expressa quem somos e como nos relacionamos com o mundo à nossa volta. Ser autêntico, mostrar quem realmente somos requer segurança e confiança. Posicionar-se publicamente, seja vestindo, seja postando, reforça essa simples autenticidade (ou autêntica simplicidade) com que optamos nos manifestar no mundo, vivendo a experiência de ser humano. Com esse norte, Pedro Salles, Guilherme Bruschini e Renato Franco de Campos, amigos há quase duas décadas, com fortes vínculos na terra desde a infância, se associaram para lançar uma grife que busca resgatar e enaltecer o jeito simples de ser. “A convivência familiar e os amigos são valores que se encontram acima de tudo. A autenticidade e a simplicidade sobressaem. As coisas imperfeitas são reais”, explica Pedro, que desde menino passava férias escolares nas fazendas da família e logo cedo pôde experimentar a diferença entre estar no campo e estar na cidade. “Processando tudo isso, hoje casado e com filho, percebi que as pessoas têm necessidades próprias e distintas. Querem sentir-se bem e em harmonia consigo mesmo”, reforça o empresário, cuja família também traz muita tradição na indústria têxtil. “Nossa tradição foi iniciada há mais de 100 anos pelo meu bisavô Alípio Pereira de Almeida, passando pelo meu avô Oswaldo Pereira de Almeida, fundador da Casa Almeida Irmãos”, conta Pedro, lembrando que a tradição
Guilherme faz questão de frisar que a nova grife não se propõe a fazer moda. “Ela não está ligada ao ‘agroboy’, a fivelões e botas do cowboy ou chapéus texanos. O que ela pretende é oferecer roupas confortáveis e duradouras, que sobrevivam ao tempo, ao novo e ao consumismo”. “Não estamos falando de brega ou fora de moda, mas daquilo que se mantém vivo no gosto e na imagem das pessoas. Temos de oferecer equilíbrio entre qualidade e preço”, ratifica Renato. Ele vislumbra um Brasil com grande vocação para produção agrícola, ao mesmo tempo em que faz uma metáfora: “a República Rural pode ser comparada ao bom e velho bolo tradicional da vovó, conciliado com o mundo conectado e interativo de hoje. Veja que loucura se tornou o aparelho celular, praticamente uma extensão de nossos braços”.
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Matéria
Sabores do Nordeste Nove estados recheados de sabor, assim podemos descrever as sobremesas nordestinas
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artola, Mungunzá, Bolo de Rolo, Doce de Cajú e Tapioca fazem parte do seu cotidiano? Se a resposta for não você não teve a sorte de nascer ou morar no nordeste e conhecer alguma das maravilhas da gastronomia daquela região. Com sabores e textura inconfundíveis as sobremesas são grandes estrelas da gastronomia local. Muito além das belas praias o nordeste brasileiro é uma pérola da gastronomia, é a base para a grande maioria das culinárias nacionais e oferece a seus moradores e visitantes sabores realmente inesquecíveis. Apesar dos pratos salgados serem os mais conhecidos nacionalmente as sobremesas são verdadeiras delícias e que muito integram aqueles que as degustam com os sabores da terra, uma vez que a maioria delas tem em sua composição produtos que crescem no solo daquela região. “As nossas sobremesas são deliciosas e nos aguça a lembrança de casa independentemente de onde estamos. Sou um típico cearense e moro fora da região há mais de 10 anos, encontrar um estabelecimento que tenha comida nordestina, feita da mesma maneira que nossas mães e avós são um alento para a saudade” comentou Hugo Magno, engenheiro nascido em Itapipoca/CE e morador de Belo Horizonte. Para atender a estes anseios e tornar as sobremesas nordestinas partes do cotidiano das mais diversas cidades brasileiras, empreendedores apostam neste mercado. “Assim como muitos aqui em São Paulo eu também tenho origens de família nordestina e adoro essa culinária que já está bem disseminada aqui em São Paulo pelos imigrantes e também pelos adeptos, visando esse público resolvemos apostar num lugar com essas raízes, com um ambiente aconchegante e um cardápio bem variado. Optamos por trabalhar com a tapioca, uma
| | | Dadinho de Tapioca Macaxeira Restaurante e Cachaçaria
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Matéria
Sabores Nordestinos
comida tradicionalmente nordestina que tem sido muito apreciada por todo o país e a resposta do público tem sido ótima! Normalmente os clientes são surpreendidos pelas apresentações dos pratos, pelo sabor e qualidade. Em nosso primeiro ano de atividades já conquistamos o primeiro lugar no Festival de Comida de Boteco do Tatuapé com voto popular” comentou Alessandro Silva, porta-voz da Dona Maria Tapioca e Bar. A capital paulistana também conta com o Macaxeira Restaurante & Cachaçaria. “O Nordeste abriga nove Estados e é o terceiro maior território do Brasil. Sua culinária traz ingredientes e receitas com um tempero carregado de história e herança. O forte sabor característico do Nordeste traz um misto de sabores, aromas e criatividade que conquista paladares dos quatro cantos do Brasil e do mundo. A cidade de São Paulo, como maior polo gastronômico de País, não pode ficar de fora” comentou o porta-voz do restaurante. Outra delícia tipicamente nordestina que é motivo de encomendas em todo o Brasil é o bolo de rolo. “ Sou Pernambucana, com muito orgulho, e moradora do Rio de Janeiro, sempre que os amigos sabem da minha ida à terra natal as encomendas do bolo de rolo são tantas que certa vez precisei pagar excesso de bagagem. Mas eu entendo tantos pedidos esse nosso doce é simplesmente irresistível” comentou Carla Dias, arquiteta, Pernambucana e moradora de terras cariocas há 6 anos. Aproveitando a alta demanda pela iguaria as nutricionistas Evelyn Diniz e Edna Claudino criaram a empresa Dom Sabor que adaptou recheios como com limão, mouse de fruta cítrica, panetone, café, banana com canela, amendoim, maracujá, além do tradicional recheio de goiabada. O produto é oferecido em unidades de 1 kg, 500 g e em tamanho mini, com 90g, em todos os sabores. Todos os tamanhos e sabores estão disponíveis para encomendas, pronta entrega e delivery em toda Região Metropolitana do Recife. “Não tem como passar por Pernambuco e não se deliciar com o
Para não deixar seus leitores apenas com água na boca a Força Campolina ensinará duas receitas que prometem encher os olhos e os paladares de todos.
| | | Alessandro Silva, porta-voz do Dona Maria Tapiocaria
famoso bolo de rolo. A receita, que é um Patrimônio Cultural e Imaterial do estado, encanta turistas e moradores. A motivação da empresa são as demandas do mercado e a evolução da gastronomia em Pernambuco nos últimos anos, que tem sido muito bem observada e trabalhada” contou Edna. Existe uma época do ano onde as sobremesas nordestinas se tornam presença garantida nas mesas e festas de todo o país. Trata-se do São João, também conhecido como Festa Junina. Munguzá, Pé de Moleque, Paçoca, Pamonha, Bolo de Milho, Bolo de Côco, entre outros, garantem a alegria de crianças e adultos. Percebendo o poderio deste mercado grandes indústrias de alimentos apostam na festa devido a demanda elevada por produtos típicos, entre eles, os doces como canjica, paçoca, pé-de-moleque e os salgados como amendoins, e farináceos, que incrementarão os arraiás brasileiros no mês de São João, a Zaeli investe fortemente em uma nova campanha, que conta com Zezé di Camargo como garoto-propaganda, e em ações de marketing nas redes varejistas do País. “Este ano, montaremos barracas juninas nos pontos de venda, possibilitando que o consumidor conheça os nossos produtos e interaja com um ambiente temático já no momento da compra. Temos no portfólio de mais de 120 produtos reconhecidos e típicos para as festas juninas esperamos crescer o volume de vendas nos meses de maio e junho” explicou o gerente de marketing da Zaeli, Ricardo Lima.
CARTOLA
PUDIM DE PAÇOCA
Ingredientes: 1 fatia de queijo coalho com 1cm de espessura; 1 fatia de banana da terra madura com 1cm de espessura; Melaço de cana - quanto baste; 1 colher de chá de castanha de caju moída grosseiramente; 1 colher de chá de açúcar mascavo; Canela em pó - quanto baste; 1 colher de chá de manteiga; 1 bola de sorvete de tapioca ou coco; Coco ralado – quanto baste.
Ingredientes: 1 lata de leite condensado; 1 lata e 1/2 de leite; 4 ovos; 10 unidades de paçoca rolha; (calda de caramelo) 200g de açúcar refinado; 100ml de água quente; Em uma panela, derreta o açúcar até ficar dourado. Junte a água quente e deixe ferver até dissolver os torrões de açúcar e a calda engrossar. Reserve.
Como fazer: Misture o açúcar, e a canela e reserve. Em uma frigideira antiaderente, doure a banana na manteiga, em outra frigideira faça o mesmo com o queijo. Risque o prato com o melaço da forma que quiser decorar. Lembre-se que menos é mais. Disponha a fatia de queijo em um dos lados do prato, coloque a banana dourada por cima, salpique a mistura de açúcar e canela, acrescente umas gotas do melaço. Coloque o sorvete ao lado da montagem. Salpique a castanha por cima da banana e o coco ralado em cima do sorvete. Decore com uma folha de hortelã sobre o sorvete.
| | | Edna Claudino e os
produtos Dom Sabor Nobre
Modo de fazer: Bata o leite com a paçoca e coe, acrescente os ovos e o leite condensado e bata novamente, deixe descansar por uns 20 minutos, retire o excesso de espuma que se formou e reserve. Caramelize uma forma redonda com furo no meio e despeje o pudim, cubra com papel alumínio e asse em banho-maria em forno à 180 graus por aproximadamente 50 minutos. Deixe esfriar por completo para depois desenformar, sirva gelado. Esperar esfriar por completo para desenformar (aproximadamente 4 a 5 horas) e sirva gelado. Fonte: Senhor Pudim (Alameda dos Aicás, 471, Moema, São Paulo.) Fotos: Arquivo Assessoria de Imprensa
Fonte: do Cozinha com Z, Chef Zeca Amaral Fotos: Arquivo Assessoria de Imprensa
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Artigo
A equitação na Marcha Picada
posteriores. O segundo princípio é o da reunião com flexão correspondente. O grau da reunião tende a ser maior (mas sem exagero de pressão, pois é anti-natural e agressivo) na marcha picada do que na batida.
exigir do cavaleiro o uso dos comandos auxiliares de tala e esporas. Em relação à combinação dos três estilos de equitar, do estilo espanhol da lida de campo o cavaleiro busca o ato de estribar, mas moderado, sem
Estando o cavaleiro (ou amazonas) bem integrado ao centro de gravidade do tronco do cavalo e estando o cavalo bem adestrado será possível equitar em sintonia com o bem-estar e com base no princípio da reunião com flexão correspondente. Ainda assim, sem que o cavalo demonstre um bom temperamento de sela, a equitação terá dificuldade. O cavalo deve marchar com vontade, batendo os cascos com firmeza, sem jamais
exagero. Simultaneamente, o corpo é deslocado um pouco para trás, para forçar mais a região dorso-lombar, um comando integrado de pernas e assento que visa dar mais potência à força da impulsão, aumentar a flexão dos jarretes e o engajamento, como também aliviar peso sobre os membros anteriores. Já o estilo rural, se na lida de campo ou cavalgada, o cavaleiro pode equitar mais descontraído na postura e com flexibilidade de
Lúcio Sérgio de Andrade Zootecnista, escritor, árbitro de equídeos marchadores, instrutor de cursos, consultor e projetista de haras.
A
diferença entre equitar um cavalo de trote e um cavalo de marcha é marcante, devido ao assento elevado no trote, para amenizar os fortes atritos verticais. No entanto, a diferença da equitação de um cavalo de marcha batida e um de marcha picada é sutil, requer mais técnica no cavalo de marcha picada, porque combina um pouco de três estilos da equitação: rural, espanhol e clássico, sendo preciso conhecer o diagrama e estilo típicos da marcha picada, ser um bom equitador e estar bem integrado com o cavalo, tanto em relação ao equilíbrio do centro de gravidade, como ao temperamento de sela. A marcha picada tem uma dinâmica específica, no diagrama e no estilo. No diagrama pelo maior tempo de apoios duplos laterais, relativo ao tempo de apoios duplos diagonais. Mas na marcha picada de pista esta diferença é imperceptível, porque o diagrama é equilibrado, inserindo a mesma na faixa da marcha de centro. Quanto ao estilo o cavalo repica com os membros anteriores, sendo este estilo a origem da denominação marcha picada. Antigamente diziam no meio popular do interior de Minas que o cavalo de picada marchava “recortando” as estradas e trilhas. O cavaleiro precisa aliviar os membros anteriores, permitir deslocamentos mais livres, reduzindo carga de esforço nos boletos,
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joelhos, espáduas. Devido ao ato de repicar, a elevação dos membros anteriores tende a ser maior, o que reduz a eficiência da movimentação. Na média os membros posteriores do cavalo de marcha picada não têm a mesma eficiência se comparado ao cavalo de marcha batida, quanto à força da impulsão e engajamento, o que pode afetar a estabilidade da garupa, notadamente se o cavalo apresentar desvios de aprumos, seja
o fechamento ou arqueamento de jarretes, que são os mais prevalentes. Com base neste entendimento, o cavaleiro deve equitar com base nos dois princípios da equitação. O primeiro, estar em postura sintonizada com o ponto de centro de gravidade do tronco do cavalo. Este ponto está localizado nas últimas vertebras da cernelha, dividindo o peso simetricamente sobre os dois conjuntos de membros: anteriores e
segurar rédea com uma mão apenas, especialmente se a embocadura é de rédea indireta, como no freio. Do estilo clássico, se em apresentação nas provas de marcha, a postura é de alinhamento reto entre ombros, quadril, calcanhares, reduzindo um pouco o ato de estribar. Interessante lembrar que os criadores antigos, os mineiros, das raças Mangalarga Marchador e Campolina, montavam estribando. Eu aprendi este estilo quando criança e jovem acompanhando pelas estradas e pastagens o meu avô Bolívar de Andrade. E o estilo clássico aprendi com meu tio Márcio de Andrade, também na fazenda Campo Grande, (berço da linhagem “Passa Tempo”), que foi a primeira seleção de Registro Genealógico focada na marcha picada. No passado a marcha picada era considerada um defeito, dificilmente eram premiados como campeões cavalos ou éguas de marcha picada. Mas na atualidade a marcha picada é a modalidade de marcha que mais se desenvolve, tendo evoluído de uma marcha lateralizada, de equitação desagradável, para uma marcha picada equilibrada, de comodidade incomparável. Contudo, a equitação da marcha picada é a mais técnica, sendo preciso muito estudo da teoria e muita prática, para que seja uma equitação natural, sem excesso de pressão, buscando o melhor do potencial de qualidade da marcha picada, que se traduz pelo diagrama equilibrado, que chamo de marcha picada de centro, a melhor em equilíbrio e comodidade.
Pedidos de livros impressos, livros digitais em CD, DVD’s, CURSOS ONLINE, equipamento para doma e treinamento de cavalos marchadores, ou através do site www.equicenterpublicacoes.com.br ou email luciozootec@gmail.com Força Campolina | Março 2017 51
Matéria
Nacional 2016, o encontro do Campolinista Brasileiro
Fotos: Divulgação
O evento contou com a presença de criadores de todos os recantos do Brasil
A
36ª Semana Nacional do Cavalo Campolina ocorreu entre os dias 10 e 13 de outubro no Parque de Exposições da Gameleira, em Belo Horizonte. O evento contou com exposição, julgamentos e leilões chancelados, além de promover negociações, trocas de informações e fomentar o constante crescimento do Campolina Marchador e de proporcionar momentos de descontração aos criadores, veterinários, zootecnistas e apreciadores de cavalos.
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Confira os resultados da 36ª Nacional do Campolina Fêmea
Campeã Mônifa da Hibipeba
| Campeonatos
Potra Pré-Mirim
Égua Júnior Maior
Marcha Égua Adulta
Campeã
Campeã
Campeã
Lua Negra Carruagem
Urra do R.N.
Talha da Água Santa
Res. Campeã
Res. Campeã
Res. Campeã
Quilevada do Aporã
Marrenta da Barraca
Duquesa do Porto Rico
Potra Mirim
Égua Adulta
Campeã
Campeã
Urra de São Judas
Duquesa do Porto Rico
Fuselagem do Haras Ventania
Eva J.H.R.
Campeã
Queila da Hibipeba
Opala de São Judas Res. Campeã Zara da Dona Flor
Fatura do Haras Ventania
Res. Campeã
Res. Campeã
Res. Campeã
Mirra do Pantaleão
Queila da Hibipeba
Obra da Hibipeba
Marcha Égua Adulta Maior
Res. Campeã Zara da Dona Flor
Campeã Mirra do Pantaleão Res. Campeã
Égua Sênior
Potra Jovem Campeã
Campeã
Ferramenta do Haras Ventania
Krhisna da Hibipeba Res. Campeã Cor do Aventureiro
Res. Campeã Princesa do Aporã
Cor do Aventureiro
Melhor Cabeça Jovem Campeã Riti da Hibipeba
Marcha Égua Jovem
Campeã
Campeã
Xalita da Água Santa
Loteria do Momento
Res. Campeã Queila da Hibipeba
Res. Campeã
Res. Campeã Catarina do Chiribiribinha
Veneranda da Água Santa
Marcha Égua Júnior
Campeã
Campeã
Ximena do Pinval
Obra da Hibipeba
Capadócia da Dona Flor
Faísca do Porto Rico
Marcha Égua Júnior Maior Campeã
Obra da Hibipeba
Gas Macadâmia
Campeã Diva J.H.R. Urra do R.N.
Res. Campeã
Campeã
Melhor Cabeça Adulta
Res. Campeã
Res. Campeã
Res. Campeã
Res. Campeã
Bazuka da Dona Flor
Jady Lalomax
58 Força Campolina | Janeiro 2016
Krhisna da Hibipeba
Marcha Égua Sênior
Res. Campeã
Égua Júnior
Campeã
Campeã Xalita da Água Santa
Égua Adulta Maior
Campeã
Égua Jovem
Raça Adulta
Soraya J.G.O.
Res. Campeã
Potra Maior
Raça Jovem
Campeã
Res. Campeã
Potra Potranca
Progênie de Mãe
Grande Marchador Campeã Loteria do Momento Res. Campeã Obra da Hibipeba Força Campolina | Janeiro 2016 59
Cavalo Adulto Maior Valente do Porto Rico
Res. Campeão
Res. Campeão
Criador da Raça
Valente do Porto Rico
Induto de São Judas
Campeão
Balboa do REPOL Res. Campeão
Res. Campeão
Impacto do Varjão
Raimon da Hibipeba
Marcha Cavalo Júnior Campeão
Res. Campeão
Res. Campeão
Vapor do Pinval
Conforto de Santa Amélia
Samuray da Dona Flor
| Campeonatos
Raimon da Hibipeba
Ferro Elétrico do Haras Ventania Res. Campeão
Res. Campeão
Vetor de São Judas
Ferrabrás do Haras Ventania
Potro Maior
Potro Mirim
Fatal do Haras Ventania
Cartier de Atibainha
Res. Campeão Vapor do Pinval
Res. Campeão
Zinabre do Rancho do Sobrado
Balboa do REPOL
Sucessor do Atalho
Cavalo Jovem Ousado da Hibipeba
Marcha Cavalo Adulto Campeão
Raça Adulto Campeão Valente do Porto Rico
Midori da Hibipeba
Grande Marchador Campeão Luxor da Mima
Res. Campeão
Res. Campeão
Res. Campeão
Zulu da Dona Flor
Abdala da Dona Flor
Midori da Hibipeba
Cavalo Adulto Zulu da Dona Flor
Res. Campeão
Res. Campeão
Res. Campeão
Anakin Mandala
Impacto do Varjão
Midori da Hibipeba
60 Força Campolina | Janeiro 2016
Raimon da Hibipeba
Campeão
Campeão
Messi do TK
Zap do REPOL
Abdala da Dona Flor
Res. Campeão
Campeão
Res. Campeão
Cavalo Júnior Maior
Res. Campeão
Potro
Res. Campeão
Campeão
Campeão
Campeão
Johnny Walker do Segredo
Raça Jovem Campeão Ferro Elétrico do Haras Ventania
JPR Bolero
Campeão
Faraó da Hibipeba
Res. Campeão
Campeão
Campeão
Progênie de Pai Sênior Campeão
Ousado da Hibipeba
Marcha Cavalo Júnior Maior
Campeão
Melhor Cabeça Adulto Campeão
Vero da Água Santa
Cavalo Júnior
Melhor Cabeça Jovem Campeão
Luxor da Mima
Potro Jovem
Induto de São Judas
Criador da Raça
Res. Campeão
Marcha Cavalo Jovem
Potro Pré-Mirim
Progênie de Pai Júnior Campeão
Campeão
Campeão
Macho
Marcha Cavalo Adulto Maior
Força Campolina | Janeiro 2016 61
Castrados
| Campeonatos
Castrado Jovem
Herdeiro da Hibipeba
Bolt da Dona Flor
Bolt da Dona Flor
Grande Marchador Castrado Campeão
Campeão
Campeão Res. Campeão
Res. Campeão
Res. Campeão
Destroyer do Haras Ventania
Zangado do REPOL
Bolt da Dona Flor
Castrado Sênior Campeão Herdeiro da Hibipeba
62 Força Campolina | Janeiro 2016
Marcha Castrado Jovem
Marcha Castrado Sênior Campeão Herdeiro da Hibipeba
Res. Campeão
Res. Campeão
Turbo do Pinval
Xazan do REPOL
Força Campolina | Janeiro 2016 63
Marcha Picada Fêmea Potra Mirim Campeã Férias do Haras Ventania
| Campeonatos Marcha Égua Jovem Campeã Verônica da Gurunga Res. Campeã J.E. Gabi
Grande Marchador
Goiabada do Haras Ventania
Campeã Zoga do Rancho do Sobrado
Marcha Égua Júnior Campeã Ubaiana do Pinval Unidade do Pinval
Cantiga do Chiribiribinha
Marcha Égua Júnior Maior Campeã Sonata do Pinval
Campeã Brigit da Dona Flor
Res. Campeã
Res. Campeã
Campeã Dondoca do L.C. Lins Ubaiana do Pinval
Égua Júnior Maior Campeã Sonata do Pinval
Marcha Égua Adulta
Res. Campeã
Veneza do Chiribiribinha
Égua Adulta Campeã Pérola do Pinval
Melhor Cabeça
Res. Campeã
Res. Campeã
64 Força Campolina | Janeiro 2016
Res. Campeão
Regente de Atibainha
Forró do Preto e Pampa
Quadro do Pinval
Marcha Cavalo Jovem
Marcha Cavalo Júnior Maior
Campeão
Potro Jovem Campeão Zidanne do Pinval
Melhor Cabeça Campeão
Campeão
JR do RM
Zino do Campo
Guariba do Destino Res. Campeão
Res. Campeão
Res. Campeão
Apolo J.G.O.
Torpedo do Camparal
Juiz do TK
Grande da Raça
Grande Marchador Campeão
Campeão
JR do RM
Malibu do LM Res. Campeão
Res. Campeão
Real do Bandarra
Malibu do LM
Res. Campeão
Cavalo Jovem Campeão Apolo J.G.O. Res. Campeão Corcel do Anaiti
Cavalo Júnior Campeão Malibu do LM Res. Campeão
Belíssima J.H.R.
Grande da Raça Jovem Campeã Férias do Haras Ventania
Nobreza das Águas Férreas
Macho
Uva da Dona Flor
Campeã Gíria do Campanário Res. Campeã
Res. Campeão
Invasor J.H.R.
Campeã Pérola do Pinval Res. Campeã
Res. Campeão
Ubaiana do Pinval
Diva de Vitória
Verônica da Gurunga
Égua Júnior
Campeã Verônica da Gurunga Res. Campeã
Res. Campeã
Res. Campeã
Égua Jovem
Dondoca do L.C. Lins
Real do Bandarra
Malibu do LM
Real do Bandarra
Res. Campeã
Campeão
Campeão
Campeão
Campeã Sonata do Pinval
Res. Campeã
Potra Jovem
Grande da Raça Adulta
Marcha Cavalo Adulto
Marcha Cavalo Júnior
Cavalo Adulto
Res. Campeã Zoga do Rancho do Sobrado
Hulk da Mima
Cavalo Júnior Maior Campeão Joalheiro do RM Res. Campeão Zino do Campo
Força Campolina | Janeiro 2016 65
Pampa
| Campeonatos
Fêmea Potra Pré-Mirim Campeã
Macho
Égua Júnior Maior Campeã
Campeã
Xana do REPOL
Nina TOP
Res. Campeã Querida da Barraca
Campeã
Griffe do Relam
Vick do Rio Grande
Revolução do Barulho
Potranca Campeã Qualidade do Barulho
Paixão do Barulho
Campeã
Campeã
Jetta do Segredo
Lambada do Barulho
Potro Campeão
Res. Campeã Vick do Rio Grande
Marcha Égua Júnior Maior
Potro Maior Campeão
Res. Campeã
Res. Campeã
Pirraça do Barulho
Xana do REPOL
Égua Jovem
Marcha Égua Adulta
Campeã
Campeã
Afrodite do REPOL
Lambada do Barulho Res. Campeã
Ogiva do Barulho
Ki-Bonita do Barulho
Melhor Cabeça Jovem
Campeã
Campeã
Jetta do Segredo
Paixão do Barulho
Res. Campeã
Campeão
Progênie de Mãe Campeã Granada do Barulho
Blindado do REPOL
Vick do Rio Grande
Revolução do Barulho
Campina de Santa Paula
Campeão Barolo do Roliço
Res. Campeão Netuno do Barulho
Res. Campeão Xumaki do REPOL
Marcha Cavalo Júnior Maior
Res. Campeão Barolo do Roliço
Marcha Cavalo Adulo
Grande Marchador Campeão Chagas do ABA Res. Campeão Vic Tornado
Res. Campeão
Res. Campeão
Kalahari do Segredo
Apache J.H.R.
Campeão
Melhor Cabeça Jovem
Murano do Barulho
Gaudi das Isas
Narciso do Barulho
Progênie de Pai Júnior Campeão
Campeão Res. Campeão
Res. Campeã
Campeão Goiás Velho do Haras Fortaleza
Vic Tornado
Ousado do Barulho
Res. Campeã
Raça Adulto
Marcha Cavalo Júnior
Campeão
Cavalo Júnior
Res. Campeã
66 Força Campolina | Janeiro 2016
Res. Campeão Bruto do REPOL
Res. Campeão Sonoro do OH
Cavalo Jovem
Jetta do Segredo
Res. Campeã
Égua Júnior
Gaudi das Isas
Chagas do ABA
Grande Marchador Campeã Lambada do Barulho
Res. Campeão
Campeão
Micaela Desejo
Griffe do Relam
Paulada do Barulho
Marcha Cavalo Jovem
Res. Campeão O.Bicho do Boomerang
Jetta do Segredo
Roy Rogers do Barulho
Blindado do REPOL
Campeão
Res. Campeã
Campeão
Campeão
Bolero II do Camparal
Campeã
Campeã
Big Ben do Rio Grande
Potro Jovem Raça Adulta
Raça Jovem
Quasar do Barulho
Mustang do ABA
Marcha Égua Júnior
J. Sagácia das Minas Gerais
Apache J.H.R.
Res. Campeão Res. Campeã Agda do REPOL
Apache J.H.R.
Cavalo Adulto
Res. Campeão
Afrodite do REPOL
Res. Campeã
Potra Maior
Qualidade do Barulho
Xumaki do REPOL
Res. Campeão
Gaudi das Isas
Queen Latifah do Barulho
Campeã
Res. Campeã
Campeã
Res. Campeã
Potra Jovem
Campeã Paixão do Barulho
Res. Campeão
Campeão
Raça Jovem
Marcha Égua Jovem
Xumaki do REPOL Res. Campeão
Vetor de São Judas
Potro Mirim
Melhor Cabeça Adulto Campeão
Barolo do Roliço
Roy Rogers do Barulho Res. Campeã Ki-Bonita do Barulho
Res. Campeã
Campeão
Campeão
Campeão
Campeã Lambada do Barulho
Cavalo Júnior Maior
Res. Campeão Res. Campeã
Égua Adulta
Quilha da Barraca
Potro Pré-Mirim Raimon da Hibipeba
Res. Campeã
Reta Final do Barulho
Potra Mirim
Melhor Cabeça Adulta
Res. Campeão Lua Negra Centro Avante
Res. Campeão Merlin dos Verdes Campos Força Campolina | Janeiro 2016 67
Matéria
As cores do belo vilarejo de Trancoso são tema de livro fotográfico Obra conta com exposição e intervenção de artistas plásticos e grafiteiros
78 Força Campolina | Março 2017
FICHA TÉCNICA Nome do livro: Cores de Trancoso Subtítulo: Um olhar fotográfico e artístico da cidade Autor: Marcelo Aniello N° de páginas: 144 Edição: 1ª Tipo de capa: Capa dura Formato: 22x29 cm Editora: Livros LAA Ano: 2016 Assunto: Fotografia Idioma: Português, Inglês e Francês ISBN: 978-85-93358-01-2 Onde comprar: www.coresdetrancoso.com.br/home/onde-comprar/ Valor: R$ 149,00
de grande movimento na cidade: o verão e, com isso, é esperado um público numeroso e qualificado que terá a oportunidade de enxergar Trancoso sob o olhar de um fotógrafo profissional. Uma das marcas do trabalho de Aniello são as intervenções artísticas feitas em suas fotos e que são realizadas em parceria com pintores e artistas plásticos ou grafiteiros. As intervenções são livres e têm como proposta a união de diferentes artes. Na exposição em Trancoso as obras passaram por intervenções realizadas por artistas plásticos e grafiteiros. “Posso dizer que essa exposição é fruto de um grande caso de amor com esse vilarejo tão desejado e admirado por mim e por todos que aqui passam. De todos os locais que já fotografei pelo mundo, não conheço lugar que represente e enalteça tanto a nossa brasilidade e diversidade colorida”, conta Marcelo Aniello. Um pouco de Trancoso Uma vila muito tranquila, charmosa, de beleza ímpar. Localizada ao sul da Bahia, em Porto Seguro, foi fundada no início da colonização portuguesa e colonizada pelos jesuítas. Atualmente possui aproximadamente 11 mil habitantes e não são raros os períodos de férias em que recebe mais turistas do que o número de sua população. Famosa pelo seu “Quadrado”, um amplo espaço no centro do vilarejo, emoldurado por casinhas coloridas, por uma igreja e pela natureza em seu entorno. É um dos principais pontos turísticos do País e recebe visitantes de todo o mundo. As praias nas adjacências compõem um clima gostoso e uma paisagem de capa de revista! Trancoso pelas lentes de Marcelo Aniello Um dos mais icônicos fotógrafos de arquitetura do Brasil, Marcelo Aniello já teve suas fotos publicadas internacionalmente em revistas como as renomadas
Fotos: Marcelo Aniello
O
famoso “Quadrado” do pequeno grande vilarejo de Trancoso, em Porto Seguro, BA, agora está eternizado pelas lentes do fotógrafo Marcelo Aniello que lançou o livro: “Cores de Trancoso – Um olhar fotográfico e artístico da cidade”. Com mais de 30 anos de profissão, diversos prêmios nacionais e internacionais e trabalhos que marcaram sua carreira, como o registro fotográfico das obras dos arquitetos Oscar Niemeyer e Paulo Mendes da Rocha que escolheram o fotógrafo para memorizar seus trabalhos, Marcelo registrou espaços arquitetônicos mundo afora. E foi de prédios cinzas, arranha-céus imponentes, ambientes corporativos, emaranhados de ferro em meio à poluição das megalópoles que o fotógrafo se encantou com as cores da vila de Trancoso. Marcelo explica que a mistura étnica e cultural do Brasil influencia fortemente a produção artística nacional e que, em Trancoso, não foi diferente, já que a vila abriga um mosaico de manifestações coloridas das mais diversas formas. Para Aniello, as cores tiveram papel fundamental em seu processo criativo. “As cores talvez sejam as melhores ajudantes na criação desse projeto. Na fotografia, elas são como chamarizes que seduzem os olhos, como a beleza dos versos na poesia. Eu convido a todos para que tenham a oportunidade de contemplar este arco-íris do paraíso que é Trancoso”, disse o fotógrafo. O livro fotográfico contém mais de 150 fotos exclusivas distribuías em 144 páginas e os textos estão em português, inglês e francês. O trabalho levou cerca de dois anos desde a concepção da ideia até a chegada do livro para impressão na gráfica. O trabalho foi levado para a exposição “Cores de Trancoso”, com 17 fotos em painéis tamanho 120x180 cm, em papel algodão, para visitação aberta ao público, na cidade inspiração. O evento acontece em um período
Foto: Marcelo Aniello
| | | O fotógrafo Marcelo Aniello
Architectural Digest, Metropolitan Home, Architectural Record, Modern Luxury Magazine, Vogue Maison, entre outras. Marcas exclusivas, além de referências únicas no ramo de arquitetura, como os arquitetos Oscar Niemeyer e Paulo Mendes da Rocha escolheram Marcelo Aniello para memorizar suas obras. Seu portfólio conta com marcas e empresas de prestígio, como: ArcelorMittal, Artefacto, Florense, Ornare, Saint-Gobain, Pilkington e outras. Em 1986, quando morava em Nova York, descobriu exatamente a maneira de realizar todo o seu natural e inquieto anseio artístico: fotografar prédios e formas arquiteturais em todo o mundo, paixão que persiste até hoje. Em 30 anos de carreira, Aniello foi contemplado com importantes prêmios nacionais e internacionais, dentre eles: Foto Cine Clube Bandeirante, Lisboa Ideia e o prêmio do Instituto de Arquitetos do Brasil - IAB. Além disso, expos em diversas edições da Bienal de São Paulo, no Art Basel, em Miami e em outras exposições pelo Brasil e pelo mundo. Sobre o projeto “Cores de Trancoso”: www.coresdetrancoso.com.br
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Força Campolina | Janeiro 2016 79