Revista Força Campolina 22

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Ano 07

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nº 22

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Agosto/2014

Entrevista Gustavo Andrade

Matérias Fazenda do Segredo Haras das Gerais

Matérias Espádua a fora não existe Nacional 2014

Capricho JHR Portinari Mandala x Agitada das Duas Marias

Bi Campeão Nacional Grande Campeão Brasileiro 2014




Índice

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Entrevista Gustavo Andrade

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Um homem DEZtemido

68

Matérias

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Fazenda do Segredo

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Espádua a fora não existe

Matérias Haras das Gerais Raça pura, vigor e beleza

34ª Semana Nacional do Campolina

Um criatório referência

Campolina: Espádua a dentro, contra espádua a dentro

Capricho JHR Ano 07

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nº 22

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Agosto/2014

Portinari Mandala x Agitada das Duas Marias

Entrevista Gustavo Andrade

Capa

Matérias Fazenda do Segredo Haras das Geraes

Matérias Espádua a fora não existe Nacional 2014

Bi Campeão Nacional Grande Campeão Brasileiro da Raça 2014

Haras JHR Confins/MG

Foto Capa: Hamilton Silvester

Capricho JHR Portinari Mandala x Agitada das Duas Marias

Bi Campeão Nacional Grande Campeão Brasileiro 2014

(31) 9954.8642 - Nil (31) 9981.1563 - Henrique (31) 9954.9078 - José Henrique diretoria@materdei.com.br

Expediente Edição e Diagramação Marco Livrão Tiago Martins Direção Marco Livrão livrao@cheiodeideias.com.br

Jornalista responsável

Direção de Arte Tiago Martins

Bianca Costa MT 10619

tiago@cheiodeideias.com.br

4 Força Campolina | Agosto 2014

Fotos Ana Clark Duarte Hamilton Silvester Ivan Machado Nilo Coimbra Pedrão Pedro Viotti Roberto Pinheiro Sérgio Teixeira Sidney Araújo

Agência e Produção

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Editorial “Um herói não é alguém que consegue ganhar alguma coisa devido aos seus poderes sobrenaturais mas pessoas que, não tendo poderes sobrenaturais, conseguem fazer qualquer coisa de sobrenatural” João Manoel Viera Capas, espadas, armas espetaculares, vôos fantásticos e sonhos, enfeitaram nossa mentes infantis repletos de heróis e personagens fantásticos. Alguns, ainda se margeiam em outras figuras como heróis, políticos, pensadores, esportistas, escritores, enfim personalidades que formam o cotidiano de nossas vidas, cada um com seu coração e sua forma. Meus heróis são diferentes, eles compunham desde a minha mais nova idade, a admiração pelos desbravadores que iniciaram a criação de cavalos no Brasil. Em minha lembrança, e euforicamente nos meus destinos lembro com saudade de Márcio Andrade, professor, amigo e “herói - primeiro”, saibam que eu sonhava com ansiedade para encotra-lo em sua Campo Grande, de onde o aprendizado se misturava em forma de fanatismo. Ali forjei meu conceito de cavalo funcional, de cavalo marchador, bem perto do Campolina que galgamos nos dias de hoje. Certamente, a fascinação vinha por uma mistura de simplicidade e sofisticação que aquele emblema causava em minha alma, já embriagada pelo amor a equinocultura nacional, em especial claro o cavalo Campolina. Outrora lembro com carinho de José Eugênio Dutra Câmara - agora por muitos (os mais jovens claro) conhecido como pai de Dudu, mas para mim uma figura totalmente especial, coisa que Dudu também herdou, me ensinou numa certa oportunidade a ter paciência, principalmente porque eu queria ver a raça crescer no meu valente estado de Pernambuco, mais um herói saudoso. São bustos d’ouro que guardo com carinho e se juntam este ano a Gastão Resende Filho, herdeiro da “linhagem Gás”, certamente o berço mor da raça Campolina, que partiu montado no Rex e levando na bagagem a exaltação a expressão e a caracterização racial cobiçada na raça. E em retórica, saibam, gosto sim do Campolina Funcional e Marchador, mas também sou apaixonado pela expressão racial. Quero tudo no cavalo de meus sonhos. Mas os heróis não são aqueles que necessariamente que com o tempo e o destino tiveram

participação mais decisiva nos primórdios da seleção e criação de nossa raça, mais também em tantos outros que procuro em meus devaneios e nos encontros de amigos. Um exemplo é Hugo Fontes, que também compõe meu time de heróis, certamente mais contemporâneo, mas preenchia de alegria contagiante todos os locais onde sua presença era marcante, ouço distante um eco de sua voz “sempre alta”, em brando. São tantos semblantes que passaram e deixaram exemplos para nossos destinos. Se meus heróis não “morreram de overdose”, não venderam milhões de CDs, nem fizeram show megalomaníacos, não escreveram best sellers, ou muito menos ganharam uma Copa do Mundo, eles, e são vários: técnicos, tratadores, juízes, usuários, amigos, que ajudaram a fazer a raça melhor a cada dia... Mas são meus e guardo eles num local que só a alma sabe chegar, onde a saudade é perene, e onde a determinação cresce e faz minha vida mais envolvida com a raça Campolina - sempre. Força Campolina.

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Década L

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O Haras Luanda agradece a tOdOs que cOntribuíram para O sucessO dO LeiLão da década!

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compradores dO leilãO luanda 2014:

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Público recorde 100% de satisfação!

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Parabéns à toda equiPe! Muito obrigado aos Parceiros e Muita sorte aos novos ProPrietários!

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campanÁrio aGropecuÁria LTda. Haras Luanda LTda - me Jair Fonseca pinTo Junior ricardo GonTiJo Fernandes BaruLHo aGrop. LTda./ cLÁudio r.G. da cunHa Luis carLos de maTTos cosTa Barros HenriQue arruda Guimarães José euGÊnio duTra camara FiLHo irasa indÚsTrias reunidas aLianÇa s/a LuiZ roBerTo HorsT siLVeira pinTo Josué rodriGues moZarT auGusTo soares de escoBar mauro arruda FiLHo GioVanni mascarenHas araÚJo roGério da siLVa oLiVeira neLson Grassi meLo Franco ronaLdo monTeiro ruBens cHasTineT piTanGueira FiLHo edmundo sampaio Jones sÓcraTes de carVaLHo seaBra pauLo césar BaHia FaLcão ÁLVaro Hermano carneiro souTo Karine FreiTas da paZ renan de Lana ardiTo GaBrieL cardoso Lopes José aLBerTo cardoso siLVa WiLson cardoso campos Junior roBerTo da rocHa mascarenHas césar auGusTo BarreTo BarBoZa osmar LourenÇo VaZ JardeL aYres siLVa JuseLY reis souZa GeraLdo riBeiro sanTos marcus GusTaVo de souZa sarmenTo José daYreLL de Lima andrade João - TeL. deÍ marceLo coeLHo paraHYBa GusTaVo cardoso de andrade aGrop. HiBipeBa LTda. / noriVaL siQueiTa neTo insTiTuiÇão Lar Vida pauLo mendes marTins marioTTi - me Haras JHr LTda maurÍcio WanderLeY esTanisLau da cosTa eduardo aFonso muZZi Lopes canÇado


avanticom.com.br

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Abril/2014 โ ข SAlvAdor pArou e o cAmpolinA dA bAhiA entrou pArA A hiStรณriA dA rAรงA!



Entrevista

Gustavo Andrade

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revista Força Campolina conversou com o médico e criador Gustavo Andrade que nos contou um pouco de sua história e falou sobre temas importantes para o atual momento da raça. FC: Conte-nos um pouco sobre o início de seu envolvimento com o Campolia Estou na raça desde 1988, quando tinha apenas 13 anos e me filiei a ABCCC; meu pai tinha um sítio em Barbacena e aprendi a montar e gostar de cavalos. Fiquei apaixonado quando conheci o Campolina, sobretudo pela sua beleza e andamento macio, logo tornou-se meu “sonho de consumo” e acabamos comprando alguns animais de qualidade ruim, criados sem estrutura e manejo adequados, mas que serviram para consolidar essa paixão pelo cavalo. Essa primeira fase durou até meados de 1993, quando fui morar nos USA por um ano e vendemos a propriedade e os animais devido a dificuldades financeiras. Além disso, entrei na Faculdade de Medicina da UFMG em 1995 e me formei em 2000, período em que sobrava muito pouco tempo para acompanhar os eventos do cavalo. O período de 2001 e 2005 foi dedicado a Residência Médica em Neurocirurgia e posterior subespecialização em cirurgia de coluna, inclusive com alguns cursos no exterior. Em 2005, ocorreria um leilão Chiribiribinha no

Foto: Acervo Criador

Um homem DEZTEMIDO

||| Gustavo Andrade e Aaron, reprodutor do Haras dos Anjos Força Campolina | Agosto 2014 11


Entrevista

Gustavo Andrade

Somos um grupo de amigos fraternos, amantes de um bom cavalo marchador, personificando essa verdadeira revolução na seleção do nosso Campolina. ||| Gustavo e os DEZtemidos RJ, numa época em que estaria lá para um congresso - fui ao leilão e comprei uma égua, Tieta do Porto Alegre, em parceria com o José Dayrell, que formalizou meu retorno ao mundo do cavalo, do cavalo Campolina. Até 2010 adquiri algumas éguas e o potro preto Taj Mahal da Conceição, em parceria com um grande amigo, Dudu, que me possibilitou manter meus animais na Fazenda Lagoa Negra, em Barbacena, onde além de aprender sobre cavalos, aprendi diversas lições de vida com uma das pessoas mais carismáticas e marcantes que pude conhecer, o saudoso Dr. José Eugênio Dutra Câmara. Nessa fase, também muito me ajudou o amigo Roberto Martins, igualmente cedendo espaço em sua fazenda e me passando sua experiência na raça.Em 2010 achei que estava na hora de caminhar com as próprias pernas e assumir todos os aspectos da criação, foi quando comprei o atual Haras dos Anjos (em homenagem a minha esposa e filhos), em Casa Grande/MG, próximo a Conselheiro Lafaiete e a 120km de BH. Desde então, temos procurado produzir animais belos e sobretudo marchadores, sem nunca 12 Força Campolina | Agosto 2014

perder a caracterização racial. É no Haras dos Anjos que aproveito a família, cozinhando, cavalgando com os meninos e recebendo os amigos. Nos últimos anos, realizo uma media de 200 a 250 intervenções cirúrgicas por ano, numa especialidade especialmente impiedosa com erros e deslizes, sendo inegável que o haras também funciona como minha terapia para o estresse profissional. Acho que Deus se diverte com essa historia toda e tem nos ajudado bastante.

Os animais do Haras dos Anjos têm demonstrado grande desenvoltura durante os campeonatos, conte-nos sobre os animais premiados e os objetivos do criatório Em pouco tempo e com orçamento modesto, conseguimos comprar nosso garanhão Aaron R4 de Potyretá e fazê-lo bicampeão nacional, além de diversos outros títulos, Angelina Jolie da Lagoa Negra Reservada Campeã Nacional de Marcha. Luna do Vale Dumont também foi diversas vezes campeã

||| Gustavo, criação compartilhada com a família


de raça e marcha, assim como Pantera da Maranata, esta na marcha picada. Nosso objetivo e desafio é a produção consistente de animais superiores, com nosso sufixo, a partir da nossa tropa e eventualmente recorrendo a incorporação de indivíduos diferenciados, via óvulos ou coberturas, para agregar ainda mais. O senhor faz parte do grupo dos Deztemidos, fale do conceito do grupo e sua avaliação do mesmo Somos um grupo de amigos fraternos amantes de um bom cavalo marchador, criado exatamente no período em que houve maior procura e valorização do Campolina Marchador e Funcional, personificando essa verdadeira revolução na seleção do nosso Campolina. Para mim é uma honra fazer parte desse grupo! O que o senhor pensa a respeito dos julgamentos? Antes de tudo, cabe salientar que uma revolução que vem ocorrendo na raça, de valorização, andamento e funcionalidade, cria uma certa confusão de conceitos, de criadores e árbitros. O perfil dos animais levados à pista mudou e parece que a forma de avaliação também. Dessa forma, acho que falta padronização e homogeneidade nos julgamentos, refletindo nos resultados. A maneira de interpretar o padrão deve ser ditada pelo corpo técnico da ABCCC, via reciclagem. A entidade deveria ter alguém que acompanhasse os eventos, tanto para identificar e cobrar eventuais falhas de julgamento como para dividir com os árbitros toda a pressão a que estão sujeitos.

Qual sua opinião sobre a atual gestão da ABCCC Avalio a gestão atual como excelente, principalmente pela atuação em dois pontos muito carentes: divulgação e apoio ao pequeno criador, além da criatividade para recursos, como patrocínios, leilão do bem, entre outros. As convenções,incentivo aos poeirões, profissionalização do marketing, subsídios para leilões na TV, mudança na programação da nacional, entre outras medidas, ajudam a mostrar, a divulgar, a mudança notável pela qual a raça vem passando e só assim vai atrair novos criadores. Já os pequenos criadores se beneficiam de maior agilidade cartorial, dos cursos da Escola Campolina e da visita técnica gratuita. Na minha concepção, apesar de todas as controvérsias e respeitando as opiniões diversas, o grande e talvez único erro da administração atual foi a maneira como se extinguiu o julgamento em separado do Campolina de pelagem pampa, e olha que não sou criador de pampa! O momento atual é de agregar, não de criar desavenças, e acho que essa posição deveria ser revista. Ainda assim, acho que estamos voltando a ter orgulho de criar o mais belo e mais puro cavalo marchador e isso é fundamental para atrairmos novos usuários e criadores, garantindo o futuro da nossa raça. Cite um cavalo, uma égua que e um marchador, que em sua opinião são destaque na raça Cavalo da raça: Aproveito a oportunidade para homenagear Artista dos Inconfidentes, e tudo que ele representou Égua da raça: Elba da JAD Marchador: Apolo da Mata Grande

Fotos: Acervo Criador

Estamos voltando a ter orgulho de criar o mais belo e mais puro cavalo marchador e isso é fundamental para atrairmos novos usuários e criadores, garantindo o futuro da nossa raça ||| Recebendo prêmio na Nacional

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Matéria

FAZENDA DO SEGREDO

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Um criatório referência

história da Fazenda do Segredo começa como tantas outras, sempre atreladas à paixão pelas coisas do campo. No início da década de 80, por influência do amigo Américo Moacir de Oliveira, proprietário da fazenda Casa Branca, adquiriu-se a Fazenda do Segredo, no município de Passa Tempo/MG. Já nesse momento a pecuária leiteira e a criação de cavalos tomaram frente na estrutura da fazenda. Mas não só isso: a paixão pelos muares também levou à criação de jumentos da raça Pêga, começando incialmente com duas jumentas dadas de presente pelo amigo Américo Moacir. Atualmente essa tropa é formada por jumentas base de sangue Passa Tempo (filhas de Apollo do Segredo, um filho de Dombe de Passa Tempo) que vem sendo cruzadas com os jumentos dos amigos Luciano e Cláudio Resende, da Fazenda Camenguém, em Lagoa Dourada/MG.

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||| Tomaz, Joaozinho e João Muzzi

||| Jakie Daniels do Segredo, um dos futuros reprodutores

||| Jetta do Segredo, direcionamento de marcha e raça

||| Pista de treinamento e apresentação

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Matéria

Fazenda do Segredo

A paixão pelos asininos e muares adveio do atavismo que sempre direcionou a criação. No fim do século XIX, Carlos Muzzi o patriarca da família desenvolvia com vigor e valentia o tropeirismo. Partindo de Caeté/MG, seguia com frequência, no lombo de mulas, atravessando o sertão brasileiro, até alcançar o Mato Grosso e Paraguai, em viagens que demoravam meses. Décadas após, seu neto, João Muzzi, veio a desenvolver a seleção de asininos e muares que caracterizam a Fazenda do Segredo. A estrutura da criação está dividida entre a Fazenda do Segredo, limítrofe à cidade de Passa Tempo/MG e a Fazenda Santa Fé, uma parte da antiga Fazenda Campo Grande, berço da linhagem Passa Tempo. Na Segredo ficam os animais de pista, e na Santa Fé, na nascente do rio Pará, a tropa de cria e recria. Uma característica marcante da tropa da Fazenda do Segredo, seja no Campolina, seja nos jumentos e muares, é a funcionalidade, foco primordial da criação. São décadas de seleção em animais de andamento destacado e biótipo funcional. E isso com o propósito de entender o cavalo a partir de seu uso frequente, como em passeios, cavalgadas e lida do campo. A base da seleção Segredo é composta de animais da linhagem Passa

Tempo, sangue esse que foi a estrutura para se usar dois cavalos escolhidos pela qualidade de andamento: Quasar de Alfenas (um filho do Iluminado de Alfenas com Jessamine de Alfenas, ambos Jupter de Passa Tempo) e UUA de Santa Rita, Campeão Nacional de Marcha. Inicialmente a criação da fazenda se manteve sem qualquer objetivo de pista, até que, há alguns anos, se percebeu a qualidade de um animal que veio a revolucionar a raça: Nairobe Mandala. Através do Nairobe marcou-se um novo momento da raça, que necessitava se ajustar ao cavalo como um animal de função e beleza morfológica, firmando-se, a partir daí, uma forte amizade com a família Mandala, parceiros a amigos que compartilham os propósitos e princípios que fundamentam a criação Segredo. Dessa amizade nasceu, junto com os Haras Brejaúba e Recanto, o condomínio Gladiator´s, um grupo que se destaca pela parceria, alegria em criar e escolha de animais de alta seleção, tais como Urano da Dona Flor, Meiga de São João, Pira de São João e Confiança Lua, todos eles campeões e grande campeões em pistas diversas. Nessa base de tropa de filhas do Quasar de Alfenas e UUA de Santa Rita, que aos poucos foi aumentada

||| Jumentas Segredo, seleção de marcha

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||| Jóia Rara do Segredo

Filhas de U


UUA de Santa Rita, qualidade de marcha |||

com a aquisição de parte das tropas Moenda e Maravilha, optou-se por usar outras três linhagens reconhecidas por suas qualidades funcionais: Nairobe Mandala, Marengo do Varjão e Hirço do Barulho, um lindo preto pampa filho do Estalo do Pantaleão em égua Jupter de Passa Tempo. Dessa maravilhosa mistura nasceram animais que vem fixando o propósito da fazenda, cujos exemplos são: Gael do Segredo (Nairobe Mandala x Luminosa do WAT – QF de Santa Rita) e Gaudì do Segredo (Nairobe Mandala x Herdeira do Campoléo – UUA de Santa Rita). E uma geração de potros vem mostrando destacada qualidade, como Jack Daniel´s do Segredo (Hirço do Barulho x Granada das Minas Gerais, em condomínio com o Haras LA, Haras WC, Haras Juramento e Haras Rancharia), Klondike do Segredo (Hirço do Barulho x Batalha do Segredo), Katmandu do Segredo (Hirço do Barulho x Brincadeira do Momento) e tantos outros. Servem atualmente à fazenda, além dos animais já citados, um grupo de garanhões de importantes linhagens, dentre eles Tissot Mandala (Portinari Mandala, condomínio Mangredo), Urano da Dona Flor (Quartel de Passa Tempo, condomínio Gladiator´s), Jato do Campoléo (Cale da Hibipeba), Jangadeiro

do Campoléo (UUA de Santa Rita), Veneno do Recanto da Garça (fechado na linhagem Passa Tempo, em uso com criadores e os amigos de Alfenas para um projeto de fixação da linhagem Passa Tempo), Índio do Engenho Novo (Marengo do Varjão), Lutero do Barulho (Gavião do Barulho) e Hirço do Barulho (Estalo do Pantaleão em égua Jupter de Passa Tempo), além de potros que serão testados nessa estação, tais como Mosqueteiro do Engenho Novo (Marengo do Varjão), Líder do Engenho Novo (Marengo do Varjão) e Massari do Engenho Novo (Marengo do Varjão, em condomínio com a Cabanha do Areado). Uma importante etapa da fazenda será a confirmação desses acasalamentos na geração que será montada no próximo ano, que já vem com grandes promessas, tais como Jetta do Segredo, Justa Causa do Segredo e Johnny Walker do Segredo. Juntamente com o Campolina, o Pêga e os Muares, a fazenda prossegue com seu projeto de seleção do gado Gir Leiteiro, base para formação de bezerras e novilhas girolanda de alto potencial que são oferecidas ao mercado. Esse, ao fim e ao cabo, o objetivo da criação: o desenvolvimento da função na mais bela raça de equinos, o Campolina Marchador. Haia do Segredo |||

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Campeão Potro Mirim Pampa - Pará de Minas/MG 2008 Res. Potro Mirim Convencional - Pará de Minas/MG 2008 Grande Campeão Raça Pampa - Pará de Minas/MG 2008 Campeão Melhor Cabeça - Pará de Minas/MG 2008 Res. Campeão Potro Mirim Convencional - Estadual 2008 Campeão Potro Jovem Campolina Pampa - Estadual 2008 Res. Melhor Cabeça - Estadual 2008 Res. Grande da Raça Convencional - Estadual 2008. Res. Campeão Campolina Pampa - Governador Valadares/MG 2008 Campeão de Marcha Cavalo Adulto - Pará de Minas/MG 2012 Campeão Cavalo Adulto Convencional - Pará de Minas/MG 2012 Grande da Raça Convencional e Pampa - Pará de Minas/MG 2012 Grande Marchador - Pará de Minas/MG 2012 Campeão Cavalo Adulto Convencional e Pampa - Alagoinhas 2012 Res. Grande Pelagem Pampa - Alagoinhas/BA 2012 Grande Campeão da Raça - Convencional e Pampa - Recife/PE 2013 Campeão de Marcha e Campeão Cavalo Sênior - Pará de Minas/MG 2013 Campeão Grande da Raça e Grande Marchador - Pará de Minas/MG 2013 Campeão Cavalo Sênior, Campeão de Marcha e Res. Grande Marchador - Superagro 2013 Campeão Cavalo Sênior Convencional - Nacional 2013 Campeão Cavalo Sênior Pampa - Nacional 2013 Res. Campeão Nacional de Marcha Convencional e Pampa Cavalo Sênior - Nacional 2013 Campeão Cavalo Sênior - Salvador/BA 2013 Campeão de Marcha e Res. Grande da Raça - Salvador/BA 2013 Res. Campeão Cavalo Sênior - Brasileira 2014 Campeão Cavalo Sênior, Campeão de Marcha e Grande da Raça - Esmeraldas/MG 2014 Res. Grande Marchador - Esmeraldas/MG 2014 Campeão Cavalo Sênior - Pará de Minas/MG 2014 Campeão de Marcha e Res. Grande Marchador - Pará de Minas/MG 2014 Campeão Cavalo Sênior - Feira de Santana/BA 2014 Campeão de Marcha - Feira de Santana/BA 2014 Campeão Cavalo Sênior - Conselheiro Lafaiete/MG 2014 Res. Grande da Raça - Conselheiro Lafaiete/MG 2014











Matéria

“Espádua a fora não existe” Campolina: Espádua a dentro, contra espádua a dentro.

M

ontabilidade ou equitabilidade: termo utilizado mundialmente para definir a capacidade dos cavalos de atender prontamente o cavaleiro profissional, mas principalmente o cavaleiro amador é pré-requisito obrigatório para desfrutar 100% da comodidade da marcha. Não há nenhuma novidade na afirmação de que o maior marchador do Brasil, com a habilidade maior na comodidade do seu andamento é o Campolina. Principalmente se avaliarmos as variações que vão desde a marcha picada, de centro, batida, entre outras. Vamos encontrar cavalos que agradam a todos. Sem entrar na preferência pessoal, acredito que essa afirmação deva ser compartilhada pela maioria dos leitores. O que não podemos é assistir passivamente, e sem a menor culpa dos cavalos, a uma montabilidade desastrosa, que está acontecendo nas outras raças brasileiras. O problema não está nas raças brasileiras, que têm a docilidade como característica, inclusive citado nos padrões raciais, tampouco naqueles cavalos que são usados para as cavalgadas, lida das fazendas, enduros e outras funções que as raças cumpre com competência. O problema nasce no treinamento para os concursos de marcha. Atualmente, sem querer cometer injustiças, apenas um percentual muito baixo dos cavalos que participam de concursos poderia ser oferecido, de forma confiável, a

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uma criança ou a uma senhora, enfim, a um cavaleiro amador para montar. O discurso é o de que vão atrapalhar a marcha. Essa desculpa, quando dada a um familiar ou a um amigo, é aceita; no entanto, alguns dos nossos juízes (experientes

cavaleiros) já se lesionaram devido a essa falta de montabilidade, que vai desde a hora de montar no cavalo até a hora de descer. É certo que outras raças de cavalo também têm aqueles indivíduos que só devem ser montados por

profissionais. Trata-se, contudo, de uma minoria e quando possível, eles não são levados às exposições. No que diz respeito aos animais de raça nacional, por sua vez, estes fatos estão se tornando a regra: tanto a existência de cavalos com péssima montabilidade (pressão no treinamento), quanto o hábito de levá-los às exposições e valorizá-los, o que contribui com a fama injusta de cavalo bravo. Um dos motivos para a má montabilidade do cavalo marchador é a pouca e mal preparada oferta de mão de obra. O brasileiro é extremamente talentoso, mas só isso não é suficiente para formar um profissional. Atualmente as principais maneiras de formação dos novos apresentadores é sair lentamente da limpeza das cocheiras ou do manejo com o gado até apresentar os cavalos nas exposições, com algumas clínicas rápidas de equitação. Este processo é falho, forma um Peão (cavaleiro) com baixo conhecimento teórico, alguma sensibilidade mas com uma dificuldade enorme de aceitar qualquer tipo de evolução (novas técnicas) .Este perfil de profissional parece ser o ideal, mas para concorrência entre raças, mercado externo e evolução de qualquer atividade comercial não é o recomendado. Atribuo a outro motivo a falta de montabilidade: a valorização da troca rápida das diagonais, levando a diminuição da amplitude da passada, muito valorizado no Passo Fino. Se o Campolina almeja uma penetração nacional e internacional cada vez maior, vai precisar cuidar de melhorar a montabilidade, onde o amador é o cliente. Para formar um bom profissional nas atividades: casqueamento, primeiros Força Campolina | Agosto 2014 43


Matéria

Espádua a fora não existe

socorros, manejo de potros, éguas, garanhões, alimentação, toalete, domas racionais (doma, corresponde ao jardim de infância dos cavalos), preparação para exposição, enfim atividades diárias de um haras, com boas clínicas rápidas se forma um profissional, o problema está na equitação superior, que leva tempo. Sem entrar na terminologia técnica, espádua a dentro, contra espádua a dentro não seria afora?, mobilização de garupa, equitação superior: equitação sólida, contemporânea, que qualquer cavaleiro usufrua do cavalo depois de pronto, com montabilidade (cavaleiro amador tenha prazer em montar) e principalmente respeitando as etapas do trabalho, atingindo saúde dos equinos em todas as fases da sua vida. Para formação da equitação superior, temos que entender que qualquer manifestação cultural humana, como: dança, música, artes marciais, esportes, pinturas, etc. Que precisem evoluir em uma escala crescente o caminho é o clássico! A equitação não é diferente, tanto é que os exércitos do mundo inteiro a utilizavam antes da pólvora para formar o maior número de cavaleiros habilidosos, os cavaleiros, soldados com uma espada na mão, rédeas na outra e um cavalo muito bem equitado ganhavam as guerras. Hoje precisamos de um exercito de cavaleiros habilidosos para ganhar mais mercado. Alguns criadores e técnicos do Campolina têm resistência ao clássico, medo de influenciar a cultura da raça, mas este receio não tem fundamento. Uma coisa é a cultura a outra é a didática para transmitir conhecimento de mais de dois mil anos, os primeiros escritos de equitação conhecidos pelo homem datam de duzentos anos antes de Cristo (Xenofonte descrevia espádua a dentro etc.) e temos raças de cavalos diferentes com culturas diferente espalhados pela Europa toda, com a mesma origem na equitação, se ignorarmos estes fatos, vamos ter um bom cavalo com uma equitação de terceiro mundo. Podemos afirmar com segurança que se o Campolina preservar a cultura da raça e abandonar o preconceito a equitação clássica vai dar o salto necessário para o futuro, botando no mercado cavalos com excelente montabilidade, facilitando que novos adeptos se apaixonem pelo Campolina. 44 Força Campolina | Agosto 2014














Comanche

do Bandarrah Santa Maria Homero X Santa Maria Savana

Grande Marchador e Grande da Raça Adulto Fenagro 2013 Grande Marchador e Grande da Raça Adulto Exporural 2013 Campeão Cavalo Jovem e Campeão Cavalo Jovem de Marcha Nacional 2013 Reservado Grande da Raça Adulto Nacional 2013 Grande da Raça Adulto Barbacena 2014 Grande Marchador e Grande Raça Adulto - Especializada Feira de Santana 2014 Contato: Paulo Vasques 71 9225 4328 paulo.fecunda@gmail.com

T FAZENDA LUA BRAVA


Matéria

HARAS DAS GERAIS Raça pura, vigor e beleza

O

amor por cavalos, veio aos quatro anos, quando montou pela primeira vez um Campolina de seu pai, na fazenda Primavera no Norte de Minas. De descendência Espanhola, a advogada Leia Castilho, não tem medido consequências para manter aquilo que acha ser o ideal para a raça que ama: a pureza sem mesclagem, sem experimentos e sem misturas. Foi a partir de sua união com Ricardo Valente, em 1995, que tomou gosto de verdade pelo Campolina. Com o tempo percebeu que seu negócio era mesmo dedicar-se a sua maior paixão, o cavalo. Fincou pé na fazenda e de lá para cá, a cumplicidade com a raça, lhe rendeu experiência suficiente para conhecer cada gosto dos animais do seu plantel. A paixão pela marcha tomou conta e faz da Gerais hoje, uma referência na criação do animal puro. “Nunca pensamos na comercialização do animal, mas manter a sua linhagem perfeita e intocável, deixando fluir naturalmente a procriação da espécie. Durante todos esses anos de convívio, aprendemos

conhecer a fundo, o gosto de cada animal aqui nas Gerais. O cavalo literalmente pula a cerca, e escolhe a sua parceira, nós conhecemos a preferência de cada animal nosso e respeitamos, daí a preservação e a manutenção dos nossos animais, pois sabemos que temos éguas, que não aceitam determinados garanhão e vice e versa. Tivemos muito trabalho com as puladas de cercas de alguns animais, já que os acasalamentos aconteceram na calada da noite, nos restando esperar pelo nascimento, para fazermos o DNA da cria” contou Leia Castilho. “Foi pensando em manter e aperfeiçoar a morfologia da raça, que adquirimos coberturas do Desacato e Iluminado de Alfenas, fazendo cruzamento com nossas primeiras matrizes, Passatempo e Gaz. Ainda naquela época, não existia a preferência pelo matiz do animal, mas por gosto ao Amarilho, adquirimos a Festeira do Kilombo, Dançarina RPC, Folia do Tezourinho e mais uns tantos animais que nos proporcionaram muitas alegrias. Neste meio tempo, colecionamos grandes amigos, dentre eles, a

família JHR, que nos presenteou com a Tutoia Cataguá, que já veio prenha do Completo do Angelim e que deles, nasceu a Bocaiúva das Gerais. Desta, veio, o Formoso das Gerais, um dos nossos garanhões. da amarilha Festeira do Kilombo e Desacato, nasceu Caxambu, hoje com o Haras Pampa e Preto do Recife, nosso grande parceiro. Temos poucos animais, mas os que temos, são animais totalmente diferenciados. Sempre fizemos questão de manter a privacidade de nosso plantel, exatamente para manter pura a característica da raça, e ainda assim, hoje nos causa estranheza a não citação e a propagação por parte da Associação, do nosso grande Campeão dos Campeões, Incêndio JHR, um animal que nos enche de orgulho e que ganhou todos os títulos de sua categoria e faz parte da seleta família Gerais” explicou Leia. “As escolhas de suas próprias parceiras fazem do Incêndio JHR, um animal privilegiadíssimo e diferenciado. Dele temos vários herdeiros, como: Fervedouro das Gerais, Campeão de Marcha, Hematita, Montes Claros, dentre vários outros espalhados pelo mundo, que foram doados a amigos. Bambui das Gerais, Hexa Campeão Nacional filho da Dançarina RPC, também é um dos nossos orgulhos. Outra criação nossa e que nos honra é a Romaria da Gerais, uma potra de 34 meses que despertou o interesse em nosso principal e único parceiro. Infelizmente na nossa região e no nosso meio, percebemos a clara discriminação por parte da maioria dos criadores em relação aos nossos animais, uma vez que mesmo formando animais com toda esta potencialidade, ||| Sede do Haras das Gerais

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||| A direita: Paisagem e baias; abaixo, Leia Castilho, apaixonada pelos seus animais

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Haras das Gerais

||| Ricardo, Leia e Ademar Rigueira, parceria entre os criadores de Minas e Pernambuco

||| Hematita das Gerais e Januária das Gerais, duas das grandes matrizes

||| Ademar Rigueira, do Haras Capibaribe, monta Hematita das Gerais 60 Força Campolina | Agosto 2014

os nossos não são reconhecidos, respeitados, talvez, porque o que sabem fazer, mostram na pista. É preciso conscientização dos criadores de animais de ponta, que parcerias e formação de condomínio se faz necessário para uma maior difusão da nossa raça. Hoje temos o grato reconhecimento de um parceiro do Nordeste, que é o Haras Preto e Pampa, que vê em nossos animais a qualidade perfeita para o verdadeiro futuro da nossa raça. Mesmo tendo fábrica de campeões na Gerais, nunca despertamos o interesse dos criadores da região e se tivéssemos que vender nossos animais, achamos nós, não teria a valorização praticada nos cavalos “montados” da raça, que alguns criadores insistem em manter no meio e que estão a milhas de distância de serem qualificados como o verdadeiro Campolina. Aqui não temos e nem criamos por vaidade, esse é o segredo, mas sabemos o ouro que temos” desabafou a Leia Castilho Com três reprodutores de peso: Incêndio JHR, Formoso das Gerais e Montes Claros das Gerais, este último, em condomínio com Ademar Rigueira Neto, a Gerais tem espalhado campeões com suas mais de 10 matrizes, todas com qualidades excepcionais, mas destacando dentre elas, Januária, Hematita e Grupiara das Gerais. São pais,filhos, irmãos dos destacados, Bambui das Gerais, Hexa Campeão de Marcha, Fervedouro das Gerais, Campeão de Marcha, além das campeãs Ituiutaba, Liberdade e Prata das Gerais, valendo destacar que ainda existe boas matrizes que não são da seleção, como Alegoria do Momento, Conquista, dentre outras. Hoje a Gerais mantém em seu plantel, 25 animais de ponta e está pronta pra começar a fazer TE e expandir para todo o mundo. Fora das pistas, desde 2004, quando faturou o título maior da raça, o de Campeão dos Campeões, com o Incêndio JHR, Leia Castilho está preparando um retorno para 2014, quando apresentará na Nacional do Campolina. Com pensamento mudado, Leia, sempre acreditou que pode manter uma raça pura, com qualidade e sem necessidade de recorrer a misturas, descaracterizando assim, uma raça de porte que já nasceu tendo o vigor e a beleza de um excelente animal.









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Exposição Nacional 2014 34ª Semana Nacional do Cavalo Campolina distribuirá R$ 300mil em prêmios

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Semana Nacional do Cavalo Campolina, que recebeu mais de 10 mil visitantes e reuniu 750 animais em pista em 2013, ocorre em nova data neste ano: de 8 a 19 de outubro, no Parque da Gameleira, em Belo Horizonte (MG). E essa não será a única novidade. Durante a 7ª Convenção Brasileira do Cavalo Campolina, no começo de maio, o presidente da ABCCC (Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Campolina), Luiz Roberto Horst Silveira Pinto, revelou que R$ 300 mil serão distribuídos em prêmios, entre os quais já foi definido o sorteio de um carro zero quilômetro entre todos os expositores e outro a ser presenteado ao melhor criador montado. Outra inovação é a obrigatoriedade do exame antidoping para todos os cavalos Campolina inscritos, medida que vai coibir o uso de anabolizantes ou drogas que mascarem o desempenho dos animais. O Conselho Deliberativo Técnico (CDT) estuda a forma como conduzirá o processo, entretanto, uma listagem de substâncias proibidas será divulgada. Já foi decidido que o estatuto seguirá os mesmos padrões da Federação Equestre Internacional (FEI).

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Mudança no Julgamento da raça Logo após a 34ª Semana Nacional do Cavalo Campolina, começa a valer a alteração promulgada pelo CDT nos julgamentos da raça, que recai sobre o peso das notas atribuídas pelos jurados na classificação dos cavalos. Morfologia e andamento passarão a ter a mesma importância, decisão que foi batizada de “50/50”. Vale ressaltar que durante a Nacional deste ano (2014) continua valendo a regra atual, na qual morfologia corresponde a 60% da nota. A preocupação com o andamento também motivou a criação de provas funcionais, que acontecerão em exposições com mais de 80 campolinas. Por enquanto não valerão pontos, mas futuramente podem ser decisivas nos casos de empate.


Leilões oficiais A programação comercial da Semana Nacional do Cavalo Campolina contará com três leilões, reservando-se boa parte do horário nobre à realização de eventos sociais. O primeiro deles será o Leilão do Haras Chaparral, em 16 de outubro, às 20 horas. No dia seguinte, às 14 horas, será a vez do Leilão do Haras Chiribiribinha. E, por fim, o tradicional Leilão Raça Sun Shine, agendado para o dia 18 de outubro, às 14 horas, encerrará as vendas com chave de ouro. Os três remates são chancelados pela Campolina Marchador e serão transmitidos pelo Canal Terraviva para todo o Brasil.

Gestão administrativa Em apenas um ano e cinco meses, Luiz Roberto Horst Silveira Pinto provocou mudanças contundentes na governança da associação, especialmente em relação ao Conselho Deliberativo Técnico (CDT) e ao Conselho Consultivo, que agora não param de pensar na expansão e nos rumos da raça. Depois, fundou a Escola Nacional do Cavalo Campolina (ENACAM), que oferece cursos para criadores e usuários, além de ajudar na formação de mão de obra especializada; e o Colegiado de Jurados, que conduz o trabalho dos jurados

nas exposições, com exceção da Nacional, na qual o associado é quem escolhe os jurados por meio de votação. Uma preocupação recorrente é a falta de envolvimento dos mais jovens na criação, os futuros herdeiros desse grande legado. Um agravante é a reconhecida falta de entretenimento nas exposições, algo que começou a ser reformulado no ano passado. “A faixa de idade da geração de jovens ativos na raça, atualmente, não é menor que 35 anos”, avalia o presidente.

Nova marca Ainda na 7ª Convenção do Cavalo Campolina, em Belo Horizonte (MG), foi lançada a nova marca da ABCCCampolina, que agora passa a ser conhecida também por Campolina Marchador. A nova campanha simboliza o renascimento do Cavalo Campolina no mercado equestre, sob o desafio de atrair novos criadores e investidores, manter seus associados e resgatar aqueles que deixaram a raça, além de valorizá-los cada vez mais, reconhecendo o importante papel que desempenham nos rumos da raça e da associação

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