Índia - Amar os Invisíveis

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BOLETIM SSN 0873-3317 | OITO EDIÇÕES ANUAIS | Nº 3 MARÇO 2018 | WWW.FUNDACAO-AIS.PT

ÍNDIA AMAR OS INVISÍVEIS

NA ÍNDIA, HÁ 240 MILHÕES DE PESSOAS QUE NÃO EXISTEM. Não têm direitos, levam uma vida miserável. São invisíveis aos olhos da sociedade. São os “intocáveis”, os ‘dalits’. Estão na base do complexo sistema de castas. Sessenta por cento dos cristãos da Índia são ‘dalits’…


Directora AIS Portugal Catarina Martins de Bettencourt Presidente ACN Internacional Johannes Heereman Redacção e Edição Ana Vieira, Paulo Aido e Jürgen Liminski Fotografia © AIS, Ismael Martinez Sanchez Design JSDESIGN Assinatura anual: €5,00 Periodicidade: 8 edições anuais Impressão: Gráfica Artipol ERC: 119560 ISSN: 0873-3317 Membro: Associação de Imprensa Inspiração Cristã Propriedade: Fundação AIS Rua Prof. Orlando Ribeiro, 5-D, 1600-796 Lisboa NIF: 505 152 304 | Tel: 217 544 000 fundacao-ais@fundacao-ais.pt www.fundacao-ais.pt

A vossa ajuda…

Dinheiro achado no chão “O dinheiro que vos envio foi achado por meu filho (…). Ele sabe que eu contribuo, quando posso, com donativos para a AIS, sempre pedindo também as vossas orações. São 30 € achados no chão de que ele bem precisava, pois a sua situação profissional é frágil. Corre o risco de se viciar no álcool, mas as palavras dele foram estas: “Dá o dinheiro a quem costumas ajudar”. Peço que (…) orem por ele, para que a Mãe de Deus lhe dê força para combater o gosto pela bebida alcoólica e como Ela é a Senhora da Paz que ele viva os seus dias sempre com a Paz de seu Diviníssimo Filho Jesus Cristo Rei Imortal.” Benfeitora da Maia (Porto)

Johannes Freiherr Heereman Presidente Executivo AIS Internacional

Queridos amigos,

Igreja perseguida e sofredora.

Foi há sete anos que acedi ao pedido do Cardeal Piacenza de me pôr à disposição da AIS. Na altura, fi-lo exclusivamente por sentido de dever em relação à Igreja, mas sem entusiasmo, porque não conhecia a AIS e porque tinha planos completamente diferentes para depois da minha reforma.

De ambos os lados desta ponte, conheci pessoas extraordinárias, missionários magníficos e benfeitores generosíssimos. Nos secretariados nacionais e na sede em Königstein, encontrei pessoas que mantêm viva esta ponte, com paixão e dedicação. A grande fecundidade desta Obra só se consegue explicar pela oração que as pessoas de ambos os lados e na ponte do amor oferecem umas pelas outras. A bênção e protecção das mãos de Deus tornam-se palpáveis de dia para dia. Estes anos enriqueceram infinitamente a minha vida.

Hoje, relembro estes anos com grande gratidão. Pude recorrer à minha experiência profissional na refundação ordenada pelo Papa Bento XVI. Pude, sobretudo, conhecer esta jóia entre as obras de caridade da Igreja. O Padre Werenfried via a nossa missão na construção de uma ponte de amor entre vós, os generosos benfeitores, e a

Obrigado! Obrigado! Obrigado!

Catarina Martins de Bettencourt Directora da Fundação AIS Portugal

Queridos amigos,

partilho consigo os impressionantes testemunhos de fé de três mulheres ‘dalits’.

Nesta Quaresma os Cristãos na Índia pedem-nos ajuda! A crescente intolerância religiosa na Índia afecta milhões de cristãos. Os mais pobres de todos, particularmente os dalits e os povos tribais, descobrem o Cristianismo como uma religião que os liberta do seu isolamento na sociedade e os ajuda a crescer em dignidade como irmãos em Deus.

A única coisa que os Cristãos pobres da Índia possuem é a fé, que lhes confere dignidade e os fortalece, apesar de todo o sofrimento e discriminação.

A experiência de um Deus misericordioso revela-lhes uma nova dimensão de vida. Contudo, para eles, abraçar o Cristianismo conduz, muitas vezes, a mais exclusão e perseguição. Para as mulheres a situação é ainda mais dramática porque são discriminadas três vezes: primeiro por nascerem mulheres, segundo por serem ‘dalit’ e terceiro por serem cristãs! Neste boletim,

Que a sua fé inspire a nossa e que as nossas orações fortaleçam as deles. Desejo-vos uma Santa Quaresma na esperança de Cristo Ressuscitado,

P.S. Ao doar 0,5% do seu IRS estará também a ajudar a Fundação AIS, no seu trabalho junto dos Cristãos perseguidos e necessitados, não só na Índia mas em mais de 145 países. Obrigada!

NA DECLARAÇÃO MODELO 3 – PREENCHA O QUADRO 11 – CAMPO 1101, COLOCANDO O NOSSO NIF 505 152 304.

Obrigado! 2

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OS CRISTÃOS NA ÍNDIA: POBRES, DISCRIMINADOS, PROSCRITOS

Sofrimento Fé Na Índia, nos dias de hoje, cerca de 60% dos 29 milhões de cristãos são ‘dalits’. É uma realidade terrível, quase insuportável, cruel mesmo. Indigna. Os ‘dalits’, os intocáveis, são os mais pobres dos pobres de toda a sociedade. São insignificantes.

Na Índia, nos dias de hoje, ser cristão é também um risco. A sociedade indiana está a revelar sinais crescentes de intolerância. Os Cristãos são ameaçados por grupos hindus radicais e precisam da nossa ajuda.

Completamente marginalizados, apesar da Constituição proibir a discriminação, são um exemplo cruel do que a humanidade pode fazer quando se torna insensível. Quando fecha os olhos. Ser ‘dalit’, na Índia, é sinónimo de fome, de lágrimas, de miséria. De violência. Existe pobreza material, mas a fé faz a diferença!

Ressureição Para a Igreja é um desafio. Cada ‘dalit’ que descobre Jesus descobre também a sua dignidade de pessoa humana. Descobre-se por completo, nasce de novo.

Eles são testados na fé. Nós somos testados no amor. Ajude-os a ser testemunhas da fé. E a sua fé também mudará.

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ORISSA Foi há 10 anos!

Os Cristãos de Orissa foram sujeitos a uma verdadeira limpeza étnica por grupos extremistas hindus. Para todos os que sofreram na pele a violência daqueles dias, foi ontem. Esta menina cristã foi atirada para a sua casa a arder. Conseguiu sobreviver, mas com queimaduras no corpo todo.

Os números falam por si. Entre o final de 2007 e o princípio de 2008, 9 cristãos foram assassinados, 105 igrejas destruídas, 730 casas queimadas. Apesar da dimensão brutal desses ataques, o pior estava ainda para acontecer… “A MINHA SOBRINHA FOI VIOLADA” A IMPORTÂNCIA DO PERDÃO A segunda fase do massacre – não há outra palavra para qualificar o que aconteceu – teve início a 23 de Agosto de 2008. Só um ódio extremo permite explicar a tragédia que ocorreu nos dias seguintes: os radicais hindus mobilizaram centenas de pessoas e mataram 120 cristãos, destruíram 4.640 casas em mais de três centenas de aldeias. Além disso, pelo menos 250 igrejas ou capelas foram destruídas. A violência foi tal que mais de 50 mil pessoas tiveram de fugir para salvar a própria vida. É difícil explicar violência tão desumana. Mas não se pode esquecer. Por isso, a 25 de Agosto, passou a celebrar-se o “Dia da Memória”.

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Milhões de cristãos são afectados pela crescente intolerância religiosa que ocorre na Índia. Os esforços da Igreja para formar espiritualmente os catequistas que ensinam e servem os seus companheiros cristãos é uma prioridade cada vez maior.

D. John Barwa, Arcebispo de Cuttack-Bhubaneswar, esteve já em Portugal para explicar ao mundo como é dramático o dia-a-dia dos Cristãos no seu país. D. Barwa sofreu profundamente nos dias de tumulto em Orissa. A sua própria sobrinha, a Irmã Meena Barwa, estava em Kandhamal quando a multidão enfurecida a arrastou aos gritos “matem os cristãos”, “matem os cristãos”… Depois, rasgaram-lhe as roupas e violaram-na, ali, em plena rua.

D. John Barwa, quando esteve em Portugal deu um testemunho eloquente da importância do perdão. E do sofrimento. Ao recordar o ataque de que foi vítima a própria sobrinha (na foto abaixo), disse que “o sofrimento nunca é em vão, especialmente quando se sofre por causa da fé, por causa de Deus”. E acrescentou, sublinhando como a sua sobrinha, perdoando aos agressores e persistindo no trabalho da Igreja de promoção dos ‘dalits’, está a ajudar a apagar os traços de ódio da sociedade indiana.

Desde então, a Irmã Meena Barwa ajuda os Cristãos, especialmente os ‘dalits’, que continuam a ser espezinhados e ignora- A Ir. Meena está a ensinar o poder do dos por uma sociedade que se recusa a perdão que é sempre caminho fundamental para o amor. olhar para eles como seres humanos. Nesta Quaresma, vamos ajudar a missão da Ir. Meena Barwa e milhares de religiosas e catequistas, na promoção dos ‘dalits’?

A Fundação AIS prometeu apoiar 1.500 agentes pastorais, com o valor de 90.000€ ao longo de três anos.

COM 25€ É POSSÍVEL APOIAR UM CATEQUISTAS NA SUA MISSÃO


SOFRIMENTO AS MÃOS VAZIAS DE ASHA Asha é mulher, cristã e ‘dalit’. Tem quatro filhos. Vive num casebre, sem telhado, a que chama casa, mesmo ao lado da linha do comboio. Trabalha no campo, horas a fio.

Ganha 50 rupias por dia. Pouco mais do que 60 cêntimos. O marido faz biscates. Diz que vive esquecida num canto do mundo.

Ser ‘dalit’ é como ter lepra. Os outros afastam-se. Tudo o que Asha toca fica impuro. Por isso, ela e todos os ‘dalits’ são considerados como intocáveis. Sujam. Todos os dias, Asha defronta-se com dilemas insuportáveis: nasceu intocável, tal como os seus filhos, tal como os seus pais, tal como os pais dos seus pais. Para eles sobra apenas o que a sociedade rejeita. A base da alimentação desta família é o arroz. Tudo o resto é quase um luxo. Asha sabe que dificilmente os seus filhos poderão algum dia libertar-se desta situação miserável. No entanto, tem esperança. Melhor: tem fé! Se a Igreja não estivesse lá para ajudar, muitas crianças não teriam oportunidade de ir à escola, muitas pessoas doentes não receberiam tratamentos e a população não teria como fugir da pobreza desesperada…

“Nossa Senhora é minha Mãe e Ela indica-me o caminho.” “Aos domingos vou à igreja com eles. Em casa rezo a Maria, a nossa Mãe. Peço a Maria que proteja os meus filhos e nos livre de todo o mal.” Asha é tão humilde que nem se atreve a pedir muito. Pedir é já uma ousadia para quem nunca teve nada. Todos os dias, Asha tem um dilema para resolver: “Ganho 50 rupias por dia. Com esse dinheiro, devo comprar sal e arroz para a minha família, ou mandar os meus filhos para a escola?” O dilema de Asha é um desafio para nós, nesta Quaresma. Se os seus filhos não estudarem, vão ser seguramente tão pobres como ela é agora. “Vivemos neste canto do mundo, esquecidos por todos. Há tantos pobres neste lugar. Por favor, ajudem-nos.”

Muitos deles fazem um grande esforço para ir à igreja…mas vão com alegria! Eles sentem-se mais fortes quando fazem parte de uma comunidade, mas têm de andar quilómetros para chegar à igreja mais próxima. Para uma família que vive da terra, um salário de 50 rupias, como o de Asha, por um dia de trabalho, é um enorme esforço para pagar o transporte. Por isso, construir uma igreja ou uma capela mais perto da sua aldeia é uma graça que não tem preço!

Obrigado!

COM 100€ É POSSÍVEL COMPRAR TIJOLOS PARA A NOVA CAPELA A Fundação AIS pretende construir 5 uma capela em Kudra, no valor de 36.315€, que apoiará também a educação das crianças e jovens.


A CORAGEM DE BITA Ali, no norte da Índia, onde vive com os seus filhos (foto em baixo) e marido, Bita sabe bem o que é a hostilidade dos outros. Apesar disso, nunca renunciou à sua fé em Jesus. Que é, diz, o seu maior tesouro.

“O Evangelho diz que Jesus morreu por nós na cruz. Sinto-me também preparada para isso. Ofereço a Deus os meus sacrifícios e as minhas dificuldades.” Bita era apenas uma mulher ‘dalit’ que vivia numa casa extremamente rude, com o marido e um filho ainda criança. Tinha uma vida amaldiçoada como todos os ‘dalits’ que carregam o fardo dos excluídos, dos ignorados, dos que são como invisíveis aos olhos da sociedade. Um dia, porém, aconteceu algo de profundamente estranho e invulgar ali, naquela aldeia. Bita conta a história. “Enquanto trabalhava nos campos, um catequista aproximou-se de mim e deu-me uma Bíblia.” Duas coisas improváveis aconteceram naquele dia, naquele momento. A ousadia do catequista e a coragem de Bita.

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O catequista arriscou muito. Podia ter sido denunciado pelo seu gesto. Bita aceitou a Bíblia e levou-a para casa. Começou a ler. Abriu a Bíblia ao acaso e nunca mais parou.

“Senti-me confortada ao ler a palavra do Senhor”, explica ela à Fundação AIS. Aos poucos, foi aproximando-se mais e mais da Igreja. Aos poucos, a história de Bita correu também de boca em boca. A conversão daquela ‘dalit’ não deixou ninguém indiferente. “As pessoas diziam para eu deixar a Igreja. Mas eu não deixarei a minha fé”, explica-nos. A cada dia que passa, ela sente que há um ambiente cada vez mais hostil. Os antigos vizinhos olham-na agora como se fosse uma estranha.

“A minha fé tornou-se muito forte. Mesmo se quiserem matar-me, não abandonarei Jesus.”

Bita é exemplo das enormes dificuldades que os Cristãos atravessam nos dias de hoje na Índia. “Sou pobre e às vezes peço comida e roupa para os meus filhos. Estou sozinha e rejeitada neste mundo. Mas, no meu íntimo, sei que o Senhor está sempre comigo.” Bita sente-se só e rejeitada na sua aldeia. Apesar disso, a sua fé em Jesus cresce de dia para dia. Ela pede-nos ajuda nesta Quaresma.


“LER O EVANGELHO CURA O CORAÇÃO” Bita

A fé pode fazer a diferença na vida dos ‘dalits’, apesar da sua pobreza material.

Faz uma diferença significativa na forma como as pessoas lidam com as dificuldades e lutas da vida diária. Eles são oprimidos e as condições em que vivem são tão abjectas que ficam doentes tanto no corpo como na alma. A assistência pastoral e a dedicação da Igreja cura as pessoas.

A maioria vive em grande pobreza. Muitas aldeias e vilas encontram-se na selva, isoladas do resto do mundo durante a estação das monções. A maioria das pessoas esforça-se por alimentar a sua família. Têm uma existência miserável como trabalhadores que recebem ao dia e estão inteiramente à mercê dos seus patrões e empregadores.

A sociedade indiana está dividida num complexo sistema de castas que sempre ignorou os ‘dalits’. A igreja tem feito, com o apoio da Fundação AIS, uma verdadeira revolução. Adoptou os ‘dalits’ e abraçou-os. As nossas orações são os seus alicerces. O nosso apoio será as suas paredes. O nosso amor será o seu telhado.

A Bíblia dá orientação e motivação para superar a dureza da vida. A Boa Nova do Evangelho liberta-os de se sentirem inúteis e marginalizados. Ler o Evangelho cura o seu coração.

A Igreja, ao olhar para cada ‘dalit’ como pessoa, está a fazer uma verdadeira revolução. Todos são iguais perante Deus. Todos são irmãos. Não há castas no amor.

Obrigado!

A Fundação AIS prometeu imprimir 50.000 Novos Testamentos, na língua Odiya, para distribuir por 6 dioceses em Orissa.

COM CERCA DE 50€ É POSSÍVEL ENVIAR 50 EXEMPLARES DO NOVO TESTAMENTO

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RESSURREIÇÃO DESCOBRIR O AMOR

Swetha representa milhões de mulheres indianas. Em toda a sua vida só conheceu pobreza, exclusão e violência. Mesmo em casa. O único momento em que não amaldiçoava ter nascido era quando ia à Missa, aos domingos. Mas até nisso o seu marido quis pôr um ponto final. Mal sabia ele que era a sua vida que estava prestes a mudar…

Swetha aparenta ter 30 anos. Não

conseguiu dizer-nos a sua idade pois os ‘dalits’ raramente têm documentos. Toda a sua vida tem sido um verdadeiro inferno. Mesmo quando casou. Mesmo quando nasceram as suas três filhas. Até aí ela teve pouca sorte, pois o seu marido desejava ter filhos homens. O casamento tornou-se um calvário e os gestos de carinho que tinha sonhado transformaram-se em violência. Swetha perdeu a conta às vezes em que, encostada a um canto da casa, em lágrimas, lamentou, provavelmente, ter nascido. A FÉ MUDOU A SUA VIDA. APESAR DA DISCRIMINAÇÃO, ELA DÁ TESTEMUNHO DO AMOR DE CRISTO. Swetha representa milhões de mulheres indianas. Elas estão sós, sofrem a violência da pobreza e a violência da sociedade. Vamos ajudá-las? 8

“Um dia, quando me preparava para ir à Igreja, o meu marido chegou a casa e bateu-me várias vezes com uma barra de ferro! Senti que Jesus estava comigo, que me protegeu do mal, pois não fiquei magoada. Isto encheu-me de imensa alegria.”

“Ele não sabia o que significava ser marido e eu não sabia o que significava ser esposa. Não sabíamos o que era o amor.” Swetha conseguiu falar com o pároco e explicou tudo o que se tinha passado.

E, mais uma vez, algo de inesperado aconteceu. O marido aceitou ir com ela O marido bateu-lhe, pois proibira à igreja e concordou em fazer um peSwetha de ir à igreja. Antes disso, já queno curso para casais. lhe tinha rasgado a Bíblia como se, com esse gesto, desse uma respos- “Aí aprendemos que o casamento é ta às pessoas da aldeia que murmu- uma relação sagrada entre três partes: ravam pelo facto de ela ir sozinha à marido, mulher e Deus!” igreja, aos domingos, em vez de estar a trabalhar, como lhe competia, para o E tudo mudou. Em casa de Swetha marido e as filhas. Desde esse momen- não só não há mais nenhuma Bíblia to, passou a rezar todos os dias pelo rasgada, como ela já não vai sozinha à Missa aos Domingos… marido, implorando a ajuda de Deus.

A Fundação AIS apoia as chamadas Pequenas Comunidades Cristãs. Actualmente, existem cerca de 85.000 na Índia. Nestas Comunidades rezam juntos, mas também partilham as suas lutas diárias e como as ultrapassar, orientados por religiosas, catequistas ou padres.

Pediram-nos ajuda no valor de 12.000€ para apoiar as comunidades em Buxar.

COM 300€ APOIAMOS UMA COMUNIDADE

Obrigado!


A IGREJA NA ÍNDIA É DOS POBRES E PARA OS POBRES!

Para os ‘dalits’, que são marcados como proscritos e que durante séculos suportaram discriminação e humilhação no dia-a-dia, a mensagem do Cristianismo traz a salvação. É um alívio inacreditável tomarem conhecimento de que há um Deus que sofreu, tal como eles, e que acolhe especialmente os mais pobres da sua comunidade como irmãos e irmãs em Cristo.

O QUE ESTÁ EM RISCO:

SE NÃO AJUDARMOS HOJE, A IGREJA NA ÍNDIA TERÁ MENOS CAPACIDADE DE APOIAR E DE CHEGAR AOS CRISTÃOS ‘DALIT’! • Os Cristãos serão alvo de mais violência e injustiça • A sociedade indiana irá fechar-se mais, ignorando os valores cristãos como a paz, o perdão, a caridade e o diálogo • Os Cristãos sentir-se-ão abandonados e a promessa da comunhão dos Cristãos de todo o mundo será quebrada

“É nossa responsabilidade como Igreja demonstrar ainda mais preocupação por estas pessoas e contribuir cada dia para o seu crescimento espiritual e, ao mesmo tempo, para o seu desenvolvimento humano global,” afirma a Irmã Suja.

Mas a Boa Nova do Evangelho permite que os ‘dalits’ apreciem e compreendam que também eles têm dignidade humana e são convidados a ser membros de uma comunidade de amor.

NÃO OS PODEMOS ABANDONAR AGORA!

O testemunho do sacerdote, da religiosa e do catequista é um farol de esperança para quem depende do apoio social e espiritual da Igreja. Em resultado do trabalho da Igreja na Índia, milhões de “dalits”, passaram a ter consciência de que são também filhos de Deus!

NESTA QUARESMA, PODEM CONTAR COM A SUA AJUDA?

Obrigado!

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“A esperança cristã dá ao ‘aqui e agora’ o verdadeiro sentido e a orientação certa!” P. Martin Maria Barta Assistente Espiritual

Queridos amigos, “Nós esperávamos que fosse Ele o que viria redimir Israel” (Lc 24,21). Este foi o desiludido balanço pascal dos discípulos de Emaús. Dois homens cabisbaixos, a caminho dum futuro sem sentido nem objectivo. Perderam toda e qualquer esperança. Só ao partir do pão reconhecem o Ressuscitado, recebendo ao mesmo tempo o grande dom divino da esperança. É verdade que “ainda não” alcançaram a salvação final, mas vêem claramente o futuro. Estão cheios de esperança, possuem a segura e firme âncora da alma que chega até ao Céu. O poeta francês Charles Péguy descreve a segunda virtude teologal como uma menina que, despercebida, dá os seus passinhos junto das irmãs mais velhas – a fé e a caridade – sendo, no entanto, ela quem arrasta tudo consigo. tadora de África. Ao mesmo tempo, este continente, apesar dos seus desertos imensos, é abençoado com terra de cultivo fértil e com um

clima que permite colheitas ao longo do ano inteiro. Além disso, possui imensos recursos naturais e abundantes riquezas religiosas e culturais. Com tudo isto, África poderia ser um verdadeiro paraíso na terra. Os Africanos têm alegria de viver. “A fé só vê o que é. Mas a esperança vê o que será. A caridade volta-se só para o que é. Mas a esperança vê o que será. A esperança não se percebe por si só. A fé é simples e não acreditar seria impossível; amar é simples, e não amar seria impossível. Mas conseguir ter esperança, isso é que é difícil.” Muitos cristãos sobrevivem à tortura, à prisão e ao sofrimento, graças apenas à esperança. Ela não é uma fuga da realidade, nem uma consolação com o além, mas uma força sobrenatural que está impassivelmente voltada para a bem-aventurança e a salvação do mundo. A esperança cristã dá ao “aqui e agora” o verdadeiro sentido e a orientação certa. A liberdade, a razão, o progresso, tudo isso pouco pode alterar a miséria deste mundo. Mas nós podemos conseguir muito se a esperança na salvação permanecer viva em nós, através da Ressurreição de Jesus. O Papa Emérito Bento XVI refere em Spes Salvi três espaços essenciais para

Obrigado! 10

“A nossa esperança não é simplesmente um optimismo; é outra coisa, é mais! É como se os crentes fossem pessoas com um “pedaço de céu” a mais em cima da cabeça..., acompanhados por uma presença que algunsnem conseguem intuir.” Audiência Geral, 4 de Outubro de 2017

a aprendizagem da esperança. O primeiro é a oração. Pois a oração, na sua forma original de súplica, não é nada mais senão a expressão de quem tem esperança. O segundo espaço é toda a obra séria e recta do homem. É a coragem de seguirmos em frente todos os dias, mesmo que aparentemente continuemos sem sucesso, fracassemos ou pareçamos impotentes perante a preponderância dos poderes malignos. O terceiro espaço é a compaixão e o suportar do sofrimento. Claro que temos que tentar minorar o sofrimento, mas só Deus o pode vencer definitivamente. Depende da medida da nossa esperança, o quanto nos unimos a Ele no sofrimento, o aceitamos e oferecemos como sacrifício, para assim acabar no mundo com o mal e com a culpa, as fontes do sofrimento. Queridos amigos, somos todos chamados a ser testemunhas da esperança. Através da nossa oração, das nossas boas obras e da nossa compaixão, queremos ser uma fonte de esperança pascal para aqueles que são atingidos pela dor e pelo sofrimento. Abençoa-vos, grato, o vosso


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A CRUZ ESCONDIDA

70 ANOS, 70 ROSTOS, 70 HISTÓRIAS

NOVO

Compilação de artigos da Fundação AIS publicados ao longo dos últimos anos no jornal “Voz da Verdade”, o semanário oficial do Patriarcado de Lisboa. “A Cruz Escondida” leva-nos ao encontro de 70 rostos, de 70 histórias de homens, mulheres e crianças que representam, em tantos lugares do mundo, o drama dos Cristãos perseguidos, da Igreja que sofre. “A Cruz Escondida” retrata as lágrimas e o sofrimento, mas também a alegria e a esperança destes Cristãos. Com fotografias impressionantes da Igreja perseguida É por eles, é por causa deles que existe a Fundação AIS.

Cód. LI186

€ 15,00

Autor: Paulo Aido 152 páginas Formato A4

2 VIA SACRA

CAMINHO-MORTE-RESSURREIÇÃO Via Sacra com orações e meditações, percorrendo o caminho da cruz até à ressurreição, em oração pelos Cristãos perseguidos.

3 POSTAL DE PÁSCOA O BOM PASTOR Formato: 10,5 x 15 cm Envelope não incluído

4 POSTAL DE PÁSCOA O BOM PASTOR

Promoção válida para 30 ou mais postais

Autor: Joaquín Alliende-Luco 40 páginas

Cód. VS001

€ 4,00

PROMOÇÃO

Cód. P0052

€ 0,50

Cód. PR112

€ 0,30/cada

5 VIA SACRA MEDITADA PELAS FAMÍLIAS REFUGIADAS DA SÍRIA

6 O ESPÍRITO DA QUARESMA E DA PÁSCOA

Via Sacra escrita por D. Samir Nassar, especialmente para os benfeitores da Fundação AIS, com meditações e imagens que revelam o calvário dos nossos irmãos sírios. Com eles, rezemos pela Paz na Síria e em todo o Médio Oriente!

Este livro, ilustrado com gravuras, apresenta uma reflexão do Papa Francisco sobre o significado e a importância da Quaresma e da Páscoa, a partir das suas homilias e meditações.

«Obrigado pela vossa proximidade espiritual que nos ajuda a suportar melhor o Caminho da Cruz.»

168 páginas

40 páginas

PROMOÇÃO

Autor: Papa Francisco

Cód. VS004

€ 3,00

€ 1,50

PROMOÇÃO

Stock limitado

Cód. LI137

€ 8,90

Stock limitado

11

€ 7,50 pode encomendar online em www.fundacao-ais.pt


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A TUA DOR DÓI-ME

NOVO

A COMPAIXÃO CRISTÃ Esta obra trata o dom da compaixão, através de reflexões sobre as vidas de homens e mulheres que escolheram livremente seguir Jesus até às últimas consequências e que deixaram marcas indeléveis de compaixão. Foram vidas que tocaram e continuam a tocar a vida de muitos. “Conforme Ele próprio disse, se vivermos a compaixão, faremos, também nós, milagres. Sim, milagres. Talvez não visíveis de imediato. Talvez não entendidos como tal. Mas eu creio firmemente que, quando nos aproximamos de um ser humano em sofrimento para, desinteressadamente, o acolher e confortar, dão-se sempre milagres.” Uma leitura para a Quaresma, tempo para converter e purificar o coração.

Cód. LI173

€ 5,00

Autora: Maria Teresa Maia Gonzalez 86 páginas

8 CRUZ DE OLIVEIRA

NOVO

9 CRUZ DE SOBREIRO NOVO

Cruz feita em madeira de oliveira

Cruz feita em madeira de sobreiro

Inclui fio

Inclui fio

Formato: 3 x 4 cm

Formato: 3 x 4 cm

Cruz benzida

Cruz benzida

Cód. DI103

Cód. DI104

€ 5,00

€ 5,00 Verso da cruz

10 PACK | COMPAIXÃO CRISTÃ

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CRUZ + LIVRO + OFERTA DE POSTAL

Cód. PR120 12

€ 10,00

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pode encomendar online em www.fundacao-ais.pt

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M1803

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