Sementes de Esperança
Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre
Abril 2012 Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre
1
Intenção de Oração do Santo Padre Intenção Geral Vocações ao sacerdócio e vida religiosa Para que os jovens acolham o chamamento de Cristo a segui-Lo no sacerdócio e na vida religiosa.
Intenção Missionária Cristo, esperança para África Para que Cristo Ressuscitado seja sinal de esperança segura para os homens e mulheres do continente africano.
Intenção Nacional Pelos cristãos e pelos homens de boa vontade para que redescubram com mais intensidade a própria condição de filhos e sejam disso testemunho para o mundo, para que os homens e as mulheres deste tempo não subordinem o sentido da sua dignidade ao princípio da carreira e da realização profissional, como se o homem valesse pelo que consome e pelo que tem e não pelo que é.
SEMENTES DE ESPERANÇA Folha Mensal de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre PROPRIEDADE Fundação AIS, Rua Prof. Orlando Ribeiro, 5 D, 1600-796 Lisboa CONTACTOS Tel.: 217 544 000, fundacao-ais@fundacao-ais.pt, www.fundacao-ais.pt REDACÇÃO P. José Jacinto Ferreira de Farias, scj, Maria de Fátima Silva, Alexandra Ferreira, Ana Vieira e Félix Lungu FOTOS © Fundação AIS; © Bradi Barth Mapas Mapas © GEOnext FONTES Vaticano. Relatório 2010 - Liberdade Religiosa no Mundo DISTRIBUIÇÃO Gratuita, mediante simples pedido PERIODICIDADE 11 Edições Anuais IMPRESSÃO Gráfica Artipol PAGINAÇÃO JSDesign
Por favor não deite fora esta Folha de Oração. Depois de a ler, partilhe-a com alguém ou coloque-a na sua paróquia.
2
Sementes de Esperança | Abr12
Reflectir A permanente mensagem da
PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO O evangelho, de S. Lucas, na parábola do filho pródigo (Lc 15), ilustra bem o que é o pecado, na figura do filho mais novo. Ele pede ao pai que reparta por ele a parte da herança que lhe cabe e vai para longe, onde esbanja a sua fortuna vivendo dissolutamente. O seu destino leva-o a guardar os porcos e mesmo aí nem lhe era permitido alimentar-se das bolotas que os porcos comiam. Foi então que se lembrou da casa de seu pai onde os criados gozavam de uma condição incomparavelmente superior a ele e decide regressar e pedir ao pai que o receba, não como filho, que já o não merece, mas como servo. E regressa. O pai ao vê-lo corre para ele, abraça-o, beija-o. Dá ordens aos criados para que o lavem, o vistam com o traje de festa, coloca-lhe no dedo o anel da sua condição e começa a festa. A parábola mostra a reacção do filho mais velho que nunca saíra de casa e que se sente molestado, porque nunca foi tratado assim como o pai está a tratar o seu irmão, que esbanjou a sua fortuna, vivendo com prostitutas e outras más companhias. E a resposta do pai é a chave hermenêutica de toda a narrativa: importava fazer festa, porque este teu irmão estava perdido e encontrou-se, estava morto e regressou à vida. O pecado aqui aparece então como estar perdido, como estar morto.
Mas há um pormenor muito importante que só se capta se estivermos atentos ao texto original, o qual, quando fala no que dizemos ser a herança do filho, o texto diz, em grego ousia, em latim substantia. A herança que o filho reivindica e que vai esbanjar é a sua ousia, a sua essentia, a sua substantia, que tem a ver com a sua condição de filho, que ele vai esbanjar, degradar-se a uma condição abaixo dos porcos, o animal impuro por excelência em Israel e nas culturas semitas em geral1. O pecado é assim a perda e a degradação da condição do homem, que desce na escala do ser, afastando-se e esquecendo-se de si mesmo, afundando-se na porcaria de uma vida perdida, da morte. Aqui está, nesta parábola, ilustrado o pecado de Adão: quis ser como Deus, gozando em seu favor da sua condição de ser alguém que está acima de toda a criatura – é ele que dá o nome às coisas e aos animais -, para se perder e nesta perdição arrastar consigo toda a criação que se lhe torna adversa. Nesta parábola, como em Adão, está ilustrada a condição humana e nela concentrado o percurso que a humanidade tem percorrido ao longo dos séculos e mesmo hoje. Se tomarmos a parábola do filho pródigo como grelha de leitura, podemos entender melhor tudo o
Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre
3
Reflectir que está a passar-se hoje, ao nível da crise dos valores, que é a crise do que é o homem em si mesmo, hoje degradado a uma condição inferior aos próprios animais, que são mais protegidos pelas leis do que os próprios humanos. O homem contemporâneo perdeu a noção da sua dignidade, esqueceu-se de si. O pecado atinge assim a essência, a substantia do que é o homem, a sua dignidade de filho, que o homem pode estragar, mas não é capaz de restaurar. O pecado alcança o homem no seu ser mais profundo, ao afastarse do pai e da sua casa, o que significa o afastamento e o alheamento a respeito de si mesmo. O pecado, portanto, prejudica, antes de mais, aquele que o pratica. O pecado é um suicídio moral e espiritual, com profundas consequências psico-somáticas, como todos podemos observar, em nós mesmos e nos outros. No entanto o pecado, que corrompe, que estraga a essência do homem, ferindo-o na sua dignidade, não o destrói totalmente. Permanece no fundo mais recôndito do mistério do homem uma réstia de esperança, um apelo silencioso e escondido e que o homem, no momento de maior desgraça, pode mesmo assim escutar. Foi este apelo que fez vir à memória a dignidade que o filho tinha perdido, naquele estado de guardador de porcos. E foi este apelo que o moveu a empreender o caminho de regresso. No fundo, é o próprio Deus que atrai a si os filhos que estão longe
4
da sua casa, perdidos e mesmo mortos. Esse apelo divino é mais forte do que a morte. Só Deus pode perdoar, restituir ao homem a sua dignidade. Neste sentido só Deus é que é justo e misericordioso. E a parábola ilustra esta reconciliação entre a justiça e a misericórdia. A justiça é dar a cada um o que lhe compete. Neste caso, o que compete ao homem é a sua dignidade de filho, na qual Deus o constituiu. O pecado é a perda da dignidade. Quando Deus perdoa está a restituir ao homem a sua dignidade, de ser filho, o que verdadeiramente lhe compete e é devido, mas que o próprio homem não tem o cuidado de zelar e mesmo estraga. Neste sentido, Deus a respeito do homem é simultaneamente justo e misericordioso. Só Deus pode ser assim. A parábola do filho pródigo é por isso a ilustração do caminho percorrido por Deus na história da salvação, de que o mistério da incarnação é a mais extraordinária narração. Mas o acolhimento do filho no momento do perdão é o reingresso na casa do Pai, que faz festa. A casa do Pai recorda-nos a Igreja, a figura da mãe, que na teologia é mariana e eclesial. S. Cipriano de Cartago formulou um axioma que se tornou clássico em teologia: “ninguém pode ter Deus por Pai se não tiver a Igreja por mãe”2. Deus na verdade é revelado na sua paternidade. A maternidade não é divina, mas eclesial e mariana, feminina, portanto. Não podemos neste sentido alinhar nas tentativas idealistas e neo-gnósticas, que se vão impondo mesmo entre nós, onde se fala do amor paterno e
Sementes de Esperança | Abr12
Reflectir materno de Deus. Aparentemente inofensivo, trata-se de algo muito grave. O Deus cristão é Aquele que Jesus Cristo nos revelou. A maternidade não é um título divino3, a não ser nas tradições pagãs e não podemos por isso consentir na tentativa neo-gnóstica e por conseguinte neo-pagã de reduzir o mistério mais profundo e central da nossa fé cristã: o mistério da Santíssima Trindade, o mistério da divina paternidade. O esquecimento da Igreja e da Virgem Maria na história da salvação e na vida cristã tem estas consequências. E esta redução gnóstica é sem dúvida uma das tentações dos teólogos ou pelo menos de alguns. O perdão, que esta parábola ilustra, consiste então em restituir ao filho a sua dignidade perdida e nisto, voltamos a insistir, manifesta-se a justiça e a misericórdia de Deus em Cristo, pois só Ele pode dar ao homem o que lhe compete: a sua dignidade que o pecado corrompe. Nesta parábola, tal como no tema de Adão e da Torre da Babel está descrita, narrativamente, a condição humana enquanto tal e por isso também a condição humana nos tempos actuais. Hoje vivemos a terceira grande crise mundial do sentido do homem, sobretudo na modernidade, depois das duas grandes guerras que ensanguentaram o séc. XX. Hoje não corre talvez visivelmente tanto sangue: mas o massacre dos inocentes, no aborto, o sofrimento e o desespero que resulta dos divórcios, dos adultérios, dos caminhos anárquicos do prazer como princípio absoluto numa sociedade que aposta no consumo,
como se o homem valesse pelo que tem e pelo que come e não pelo que é; na renúncia à condição de filho, como acolhimento e como graça, e à renúncia à condição paterna e materna (a crise da paternidade, porque os homens não querem ser pais; a crise da maternidade, porque as mulheres não querem ser mães) e tudo isto por causa da realização de si, da carreira profissional, conduz à renúncia voluntária de não querer ser filho, porque essa é a herança que o filho mais novo esbanja numa vida dissoluta, acabando por perder a sua dignidade, vivendo abaixo da condição dos animais mais irracionais. E os resultados aí estão à vista, pois o que se consome e o que se come não conduz de modo nenhum à felicidade. E por isso adquire valor sapiencial a palavra do Evangelho que proclama a primazia absoluta do primeiro mandamento – só Deus é o Senhor! Não deverá adorar os deuses que só conduzem à perdição e à morte! – e a primeira bem-aventurança que aponta a pobreza voluntária, a renúncia à idolatria dos bens como o único caminho que conduz à verdadeira felicidade, aquela que o mundo de hoje continua a não poder entender.
P. José Jacinto Ferreira de Farias, scj Assistente Eclesiástico da Fundação AIS 1 Cf. BENTO XVI/J.RATZINGER, Jesus de Nazaré (Lisboa: A Esfera dos Livros 20084) 258-270. 2 ”Habere iam non potest Deum patrem, qui Ecclesiam non habet matrem” (De Catholicae Ecclesiae Unitate, 6). 3 Cf. J. RATZINGER/BENTO XVI, Jesus de Nazaré, 185-188.
Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre
5
Malawi Superfície 118 484 Km2 População 10 milhões de habitantes Religiões Cristãos 79,8 % Muçulmanos 13,2 % Animistas 6,3 % Outros 0,7% Língua oficial Inglês Línguas bantas chicheva, chitumbuka, chiyao, makua…
Novo alvo no Malawi:
a Igreja Católica Longe da actualidade, o Malawi afunda-se na desgraça. A pobreza da maior parte da população deste país sem grandes recursos é agravada pela crise mundial e exacerbada pela fuga para a frente dum presidente autocrata e corrupto. A sua última descoberta é atacar a Igreja católica.
6
Desde a saída, aos 96 anos e após 30 anos de
pareceram anunciar uma nova era para um país
reinado absoluto, de Hastings Banda, pai da inde-
minado por 40 anos de ditadura pessoal e, depois,
pendência da Niassalândia, que o Malawi (ex-
pelo abandono e pela corrupção.
-Niassalândia), pequeno país num enclave com
Mas o terceiro presidente do Malawi indepen-
10 milhões de habitantes e um dos mais pobres
dente caiu, por sua vez, nos comportamentos
do planeta, procura o seu caminho. Quando Bingu
dos seus predecessores e a sua reeleição, em
wa Mutharika (ex-Ryson Thom) acedeu à presi-
2009, ficou manchada por graves suspeitas de
dência, em 2004, a sua reputação de economista
fraude eleitoral. Apesar da aura que lhe trouxe
do Banco Mundial e as suas promessas eleitorais
a presidência da União Africana, de Fevereiro
a favor dos mais pobres e da transparência
de 2010 a Janeiro de 2011, Bingu wa Mutharika
Sementes de Esperança | Abr12
teve de enfrentar uma oposição cada vez mais
2011, a escalada contra a Igreja Católica
aberta. Nascida na Universidade de Blantyre,
assume outra magnitude. A origem da ira
culminou com um dia nacional de protesto nas
presidencial está na declaração de D. Joseph
grandes cidades do país, a 20 de Julho de 2011,
Mukasa Zuza, presidente da Conferência
que degenerou em violência, com 19 manifes-
Episcopal do Malawi, a 16 de Agosto, no dia
tantes mortos pela polícia.
nacional de oração pela paz civil organizado
Desde então, os assassínios perpetrados
pelas diferentes confissões religiosas.
pelo regime ou as violências policiais e os
Sem tomar partido pela oposição, o Bispo de
incêndios criminosos são a resposta a uma
Mzuzu tinha pedido ao presidente para resta-
mobilização crescente da população. Bingu wa
belecer as liberdades de imprensa e judiciais, e
Mutharika, apesar de reputado como católico
os fundamentos da democracia.
fervoroso, parece agora ter decidido atacar a Igreja Católica, culpada de apelar ao diálogo
Desde então que o presidente-governo do
e de pregar a paz civil, demitindo no passado
Malawi não pára de atacar a Igreja Católica,
dia 28 de Agosto todos os seus ministros e
multiplicando as acusações públicas contra D.
tomando posse, aos 77 anos, de todas as
Zuza. A polícia espia os encontros dos bispos
pastas do seu Governo!
a fim de encontrar “intentos sediciosos”. Mas as tentativas de dividir a Igreja Católica
Escalada verbal e ataques contra a Igreja Católica
duraram pouco até ao momento e numerosos padres exprimiram publicamente o seu apoio ao Arcebispo de Mzuzu.
Antecedendo os acontecimentos de 2011, o presidente do Malawi tinha dado ordens
No dia 9 de Outubro foi transposta uma nova
para prender durante pouco tempo, em
etapa na escalada de violência com o incêndio,
Agosto de 2010, o secretário-geral do
provavelmente de origem criminosa, que des-
Sínodo da Igreja Presbiteriana, Levi Nyondo.
truiu a sede da Conferência Episcopal. Segundo
Foi a primeira vez que tal aconteceu neste
um comunicado da AIS, com base numa fonte
país, onde nem mesmo nos piores anos
do Malawi, a destruição dos escritórios da
da ditadura de Banda os homens da Igreja
Conferência Episcopal “faz parte de uma cam-
foram perturbados. Mas desde Agosto de
panha em curso que visa atingir com bombas
Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre
7
Malawi incendiárias todos os que criticam o Governo”.
as organizações de leigos, que englobam na
Interrogado pela AIS, a 12 de Outubro de
área das artes: escultura, coros e música tradi-
2011, o P. George Buleya, secretário-geral da
cional de KuNgoni. Mas o seu combate contra
Conferência Episcopal, não conseguiu confirmar
a pobreza dos camponeses e dos operários
a natureza criminosa do incêndio, mas acres-
agrícolas das plantações de tabaco está longe
centou que não pode ser excluída.
de estar ganho. A Paróquia de Chipaso tem vinte capelas,
Oração
Para que os católicos do Malawi saibam resistir às pressões e violência, sem desanimar, agarrando-se à fé e à esperança, nós Te pedimos Senhor!
entre as quais a de St. Mary, a 70 Km da missãomãe. A igreja acaba de ser reconstruída pela própria população. Um centro de formação de agentes do desenvolvimento rural e as portas do santuário recordam a memória do missionário leigo, apóstolo dos leprosos e mártir, John
Uma Igreja viva, o exemplo de Chipaso
Bradburne, que chegou à Rodésia na época em que esta e a ex-Niassalândia eram um só país.
Com mais de dois milhões e meio de fiéis, um quarto da população do Malawi, a Igreja Católica, firme em vinte dioceses, prossegue o seu desenvolvimento, apesar da pressão política e do avanço visível do Islão. É disso exemplo a Diocese de Chipaso, no distrito de
Oração
Para que os membros da Igreja Católica no Malawi continuem a dar o testemunho de Cristo, semeando o amor e a paz através das obras e da fé, nós Te pedimos Senhor!
Kasungu, tão grande como uma diocese europeia, fundada pelos Padres Brancos franceses em 1935 e administrada hoje pelos Carmelitas, com milhares de participantes nas missas dominicais. Em Chipaso, como noutros locais, a Igreja Católica desempenha não só um papel religioso importante, mas também social e na área da educação e da saúde. Florescem
8
Sementes de Esperança | Abr12
Oração
PEDIR A CHUVA Deus, nosso Pai, Senhor do Céu e da terra Tu és para nós existência, energia e vida Criaste o homem à Tua imagem a fim de que com o seu trabalho ele faça frutificar as riquezas da terra colaborando assim na Tua criação. Temos consciência da nossa miséria e fraqueza: nada podemos fazer sem Ti. Tu, Pai bondoso, que sobre todos fazes brilhar o sol e fazes cair a chuva, tem compaixão de todos os que sofrem duramente pela seca que nos ameaça nestes dias. Escuta com bondade as orações que Te são dirigidas com confiança pela Tua Igreja, como satisfizeste súplicas do profeta Elias que intercedia em favor do Teu povo. Faz cair do céu sobre a terra árida a chuva desejada a fim de que renasçam os frutos e sejam salvos homens e animais. Que a chuva seja para nós o sinal da Tua graça e da Tua bênção: assim, reconfortados pela Tua misericórdia, dar-te-emos graças por todos os dons da terra e do céu, com os quais o Teu Espírito satisfaz a nossa sede. Por Jesus Cristo, Teu Filho, que nos revelou o Teu amor, fonte de água viva, que brota para a vida eterna. Amen. (Oração composta pelo Papa Paulo VI, em 1976, quando se abateu sobre o continente europeu um período de seca prolongada.)
Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre
9
Pensamento Positivo
DIZER BEM
Se em vez de criticar, louvássemos, se em vez de vermos o defeito, víssemos a qualidade, os outros não só estranhariam, como talvez até se chocassem com a nossa originalidade. Mas o mundo poderia começar a mudar. Dizer bem parece uma fraqueza e, contudo, só isso é fonte de vida. Não tenhamos medo! Dizer bem devia ser um hábito nosso. Deus diz bem de nós. Bendiz. Vasco P. Magalhães, sj NÃO HÁ SOLUÇÕES, HÁ CAMINHOS 365 vezes por ano não perguntes porquê, mas para quê
10
Sementes de Esperança | Abr12
Agir
«Impressionados, os criados finalmente levaram Juan Diego até o bispo, a quem o índio disse: – Senhor, exprimiste o desejo de receber um sinal para poderes acreditar em mim e dares início à construção da Igreja. Levei o pedido à minha Senhora, Santa Maria, Mãe de Deus, que não teve dificuldade em o acolher. Hoje de manhã, mandou-me subir ao topo da colina, onde a tinha visto noutras vezes, com o encargo de colher ramos de flores. Mesmo sabendo que aquilo não era um jardim, mas um lugar cheio de espinhos, fui da mesma forma. E encontrei como que um jardim do Paraíso, muitas flores cintilantes, molhadas pelo orvalho. Ela recomendou-me que voltasse aqui, para as trazer só a ti, como o sinal que pediste, para que te convenças de que vim por sua ordem, e decidas fazer a sua vontade. As flores estão aqui comigo, elas são para si! Então, Juan Diego abre o seu manto e deixa cair as belas e perfumadas rosas. Todos ficam espantados quando algo mais surpreendente acontece: no simples manto de Juan Diego aparece impressa imagem da Virgem Santa, com o seu rosto de mansidão, mãos juntas, com a túnica cor -de -rosa até aos pés, o manto azul e dois grandes olhos brilhantes que pareciam vivos.” Nossa Senhora de Guadalupe é um milagre vivo e foi proclamada em 1910, pelo Papa São Pio X, a padroeira das Américas. Em 1945, a pedido do Episcopado e do povo Mexicano, foi proclamada rainha do México e o documento oficial afirma – depois de estudos científicos – que “foi pintada por pincéis que não são deste mundo”. O Papa João Paulo II visitou -a cinco vezes. Na última visita, em 2002, canonizou o índio Juan Diego. Nossa Senhora de Guadalupe também foi proclamada padroeira e protectora dos não nascidos que se encontram no ventre materno. É muito invocada nos partos difíceis e há inúmeros milagres desse tipo de casos. Para conhecer melhor esta história peça o livro “A VERDADEIRA FISIONOMIA DOS SANTOS Doze Santos indicam o caminho para Deus” Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre
11
A Não Perder! Retiro A Fundação AIS está a organizar um retiro espiritual para os seus benfeitores e amigos de 13 a 17
O retiro terá lugar em Fátima, na Casa de Retiros da Nossa Senhora do Carmo e será orientado pelo Reverendo Senhor Padre José Jacinto Ferreira de Farias, scj, Assistente Eclesiástico da Fundação AIS. Data limite de inscrição até dia 15 Junho 2012. Agradecemos que entre em contacto com a Fundação AIS para fazer a sua inscrição! Tel. 21 754 40 00 (de 2ª a 6ª Feira, das 09h00 às 18h00).
de Julho de 2012.
Santidade “Creio que a Igreja está hoje em necessidade, porque existe uma escassez de santos modernos; de pessoas que possam comprovar que uma vida para Deus não é impossível” P. Werenfried van Straaten, Fundador da AIS
Para conhecer melhor a história da Nossa Senhora de Guadalupe peça o livro
“A VERDADEIRA FISIONOMIA DOS SANTOS Doze Santos indicam o caminho para Deus”
180 páginas Ref: LI041 € 16,50
12
Rua Professor Orlando Ribeiro, 5 D, 1600-796 LISBOA Tel 21 754 40 00 • Fax 21 754 40 01 • NIF 505 152 304
Sementes de Esperança | • Abr12 fundacao-ais@fundacao-ais.pt www.fundacao-ais.pt