Sementes de Esperança Abril 2017

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Sementes de

Abril 2017

Esperança Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre


Intenções de Oração do Santo Padre Intenção Missionária

Pelos jovens, para que saibam responder com generosidade à própria vocação, considerando seriamente também a possibilidade de se consagrarem ao Senhor no sacerdócio ou na vida consagrada.

VIGÍLIA PASCAL Aleluia! Aleluia! Cristo ressuscitou verdadeiramente. Este é o dia que o Senhor fez para nós. Alegremo-nos e n’Ele exultemos. Aleluia, aleluia, aleluia! A aleluia da Páscoa explode depois de uma longa Quaresma, como o grito incontido da vitória de Cristo ressuscitado. Mas, a despeito de quase duas mil Festas da Ressurreição e de milhões de aleluias, o mundo não mudou. A vida segue a sua rotina habitual: crime, corrupção, fraude, cobardia, traição, assassínio, guerra, ódio, ódio e cada vez mais ódio. Ódio entre pessoas, povos e sistemas, que nunca se cansam de destruir. Será que se abre um abismo entre a aleluia e a realidade? Será a aleluia da Páscoa um grito que se dissipa no vento? Não! A Igreja militante, à qual todos nós pertencemos, surge no quotidiano real das pessoas em luta. A aleluia é-lhe inspirada pela fé na Cruz e na Ressurreição. É o canto de vitória de Cristo morto e ressuscitado, contra todas as leis da natureza, que nos reconcilia com Deus e nos dá a Sua própria vida, para que, com Ele, possamos enfrentar todos os temores do nosso tempo. Pe. Werenfried van Straaten

A oração é um dos pilares fundamentais da nossa missão. Sem a força que nos vem de Deus, não seríamos capazes de ajudar os Cristãos que sofrem por causa da sua fé. Para ajudar estes Cristãos perseguidos e necessitados criámos uma grande corrente de oração e distribuímos gratuitamente esta Folha de Oração, precisamente porque queremos que este movimento de oração seja cada vez maior. Por favor, ajude-nos a divulgá-la na sua paróquia, nos grupos de oração, pelos amigos e vizinhos. Não deite fora esta Folha de Oração. Depois de a ler, partilhe-a com alguém ou coloque-a na sua paróquia.

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Reflectir Intenção Nacional

Para que os jovens e os casais cristãos vivam a sua relação verdadeiramente como cristãos no Senhor.

O mistério do matrimónio cristão O sacramento do matrimónio, como nos recorda o Papa Francisco, não pode ser visto como um acontecimento que diz respeito ao passado, àquele dia em que os noivos trocaram o seu consentimento e prometerem que pertenceriam um ao outro para toda a vida. É claro que o sacramento do matrimónio é isso, o culminar de uma caminhada coroada com o sim mútuo, aquela palavra de fidelidade que é o sinal da vitória do amor sobre o tempo. Mas, sendo o coroamento de uma caminhada de reconhecimento mútuo, é também um ponto de partida: “os noivos não considerem o matrimónio como o fim do caminho, mas o assumam como uma vocação que os lança para diante” (Papa Francisco, Amoris Laetitia, 211), para a verdadeira aventura do amor, daquele amor de que nos fala Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

a Humanae Vitae, publicada por Paulo VI (1897-1978) a 25 de Julho de 1968. Em Amoris Laetitia, o Papa Francisco diz que os casais devem redescobrir – “é preciso redescobrir a Humanae Vitae” (AL 222) - porque a Humanae Vitae é o elogio do verdadeiro amor, tanto humano como cristão, do amor humano que no sacramento é purificado, elevado e transformado para se realizar plenamente na perfeição da caridade. Purificado pela graça sacramental do matrimónio, o amor conjugal é, por natureza, humano, total, fiel e exclusivo, e fecundo (HV 9). O que Paulo VI diz aqui já tinha sido proposto por Aristóteles (384-322 a.C.), segundo o qual a amizade é querer bem ao outro por aquilo que ele é e não por aquilo que pode dar. No plano da graça, o esposo ama a sua 3


Reflectir esposa, porque ela é a sua esposa, aquela que Deus pensou desde sempre para ele, portanto, como uma dádiva divina; e a esposa acolhe o amor do seu marido, porque é o seu marido, aquele que Deus pensou desde sempre para ela, para juntos participarem do mistério da transmissão da vida e darem aos seus filhos os nomes pelos quais Deus os chamará pessoalmente no tempo e na eternidade: “de facto, Deus concede-lhes fazer a escolha do nome com que Ele chamará um dos seus filhos por toda a eternidade” (AL 166).

fiéis ao que prometeram um ao outro no dia do seu casamento e se continuam fiéis à missão que Deus lhes confiou, a abertura à vida para colaborarem com Deus na grande obra da criação. A castidade entre os Cristãos é uma virtude fundamental que traduz a delicadeza do amor, que passa pela necessidade do perdão como regra de vida e do perdão sacramental frequentemente recebido, como insistentemente nos recomenda o Papa Francisco (AL 227). Assim, os casais podem sonhar a história do futuro que o Senhor quer escrever com cada um deles.

Quando se fala em missão a respeito dos casais e das famílias cristãs, isso deve entender-se no sentido de Pe. José Jacinto Ferreira de Farias, scj redescobrir o pensamento de Deus Assistente Espiritual da Fundação AIS a respeito dos casais cristãos de “construir famílias sólidas e fecundas segundo o plano de Deus” (AL 6). Tudo “segundo o plano de Deus” é o fundamental: é necessário que os casais cristãos rezem juntos e falem um com o outro sobre este tema fundamental, se continuam 4

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Superfície 881.050 Km2 População 30 milhões Religiões Cristãos: 93% Católicos: 78% Protestantes: 15% Espiritistas: 1% Outras: 6% Língua oficial Espanhol

VENEZUELA

A POPULAÇÃO SITIADA Há mais de três anos que as tensões entre o presidente Maduro e a oposição, a acrescentar ao colapso do preço do petróleo, mergulharam a Venezuela numa crise político-económica inédita. Escassez de alimentos, motins e pilhagens são o dia a dia dos Venezuelanos, a quem Igreja procura levar alívio. Estado de excepção e emergência, violência, senhas de racionamento, roubo e fome… triturada por dezassete anos de socialismo chavista que reduziu a pó a economia do país, a Venezuela, um dos países mais ricos Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

da América Latina, afunda-se numa crise sem precedentes. A recente queda do preço do petróleo – que representa 96% das suas exportações – ainda agrava mais a situação. Os protestos multiplicam-se 5


Venezuela A fome reina, o que antigamente era impensável na Venezuela.

Bairro em Caracas

exigindo um referendo contra o presidente Nicolas Maduro, eleito em 2013 após a morte de Chavez, e no entanto muito impopular mesmo entre as fileiras chavistas.

POBREZA GALOPANTE A maioria dos jovens abandonou os estudos porque “não tem dinheiro para comprar papel e ainda menos para as esferográficas”, lamenta o Mons. Villarroel, Bispo da Diocese de Carúpano. Estudar tornou-se um privilégio. Como resultado, a maioria dos jovens associa-se a um gangue ou afunda-se na delinquência. A droga, os crimes e as torturas fazem hoje parte integrante do dia a dia da antiga “pérola das Caraíbas”. 6

Segundo um estudo mexicano, Caracas, a capital, está no topo da lista das cidades mais perigosas do mundo com cerca de 4 mil assassinatos por ano (uma média de mais de dez por dia). “Os hospitais não têm medicamentos nem compressas”, continua o Mons. Villarroel. “Nas casas não há nada para comer. Os camiões são constantemente pilhados, porque as pessoas têm fome e já não respeitam nada.” E o Governo bem pode congelar o preço de alguns produtos de primeira necessidade, mas a inflação galopante chega aos 720%, segundo o FMI. “A fome reina, o que antigamente era impensável na Venezuela”, alerta o bispo. Sementes de Esperança | Abril 2017


Venezuela A Igreja Católica continua a dar apoio moral ao povo da Venezuela.

Esta situação insustentável obriga os Venezuelanos a sair às ruas para se manifestarem. “Já não sabemos o que fazer, a quem nos devemos dirigir. Muitas vezes a política e os políticos estão corrompidos.” Ainda há muitas perguntas sem resposta: o que acontece com a reentrada no mercado petrolífero nos últimos anos? Ou dos dinheiro dos empréstimos da China (10 mil milhões apenas em 2015)?

A IGREJA EMPENHADA Neste difícil contexto, a Igreja continua a ser o apoio financeiro, moral e espiritual da população, apesar dos seus recursos serem cada vez mais fracos e dos fiéis serem cada Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

vez mais numerosos. Ele deve, além disso, fazer face aos ataques do Governo que procura desacreditá-la. Mons. Pérez Morales, antigo presidente da Conferência Episcopal da Venezuela (CEV), publicou na sua conta Twitter, a 27 de Julho de 2016, a seguinte mensagem: “Igreja atacada oficialmente por várias frentes: rusgas a casas, ataques mediáticos… Objectivo: minar a credibilidade.” Na realidade, a Igreja não esconde a sua inquietação relativamente à capacidade do presidente de levar o país por diante. Na opinião de Mons. Diego Rafael Padron Sanchez, o actual presidente da CEV: “Um Governo que perdeu a guerra 7


Venezuela

Um dos opositores do presidente Maduro.

económica, que é incapaz de fornecer alimentos e medicamentos ao seu povo, e que além disso recusou permitir que as instituições religiosas e sociais aliviassem a escassez e as doenças, não tem autoridade moral suficiente para apelar ao diálogo e à paz.” Tal como o Papa, “que segue de muito perto os acontecimentos na Venezuela”, recordou ainda recentemente o porta-voz da Santa Sé, os bispos da Venezuela desejaram uma saída de crise “pacífica” e “constitucional”, protestando contra uma “militarização” do país. Já em Fevereiro de 2014, o Papa Francisco 8

Mons. Diego Rafael Padron Sanchez, presidente da Conferência Episcopal da Venezuela

tinha apelado ao fim da violência, à “reconciliação nacional” através do “perdão” e a um “diálogo sincero, que respeite a verdade e a justiça”. Apenas o diálogo, com mediação internacional, parece poder arrancar o país desta crise profunda. Mais uma vez, a Igreja está pronta para agir.

Oração Para que o povo Venezuelano veja os frutos da sua fé e esperança, e assista a uma rápida mudança da situação económica, política e social do seu país, nós Te pedimos Senhor! Sementes de Esperança | Abril 2017


Oração

Domingo da Misericórdia – 23 de Abril

Oração a pedir a Misericórdia de Deus Meu Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, de coração aberto e contrito, humildemente, ponho-me a jeito em adoração. Prostro-me interiormente diante do Teu imenso amor misericordioso presente na Eucaristia. Acredito que podes tudo e que tens todas as graças de que eu preciso para ser santo. Reconheço que nem sempre és o centro da minha vida… quantas vezes fujo e me escondo do Teu amor… e, mesmo assim, continuas a derramar sobre mim a Tua graça e Misericórdia, porque Tu tens sobre mim desígnios de Misericórdia. Mesmo não precisando de mim, Tu queres usar-me para ajudar a salvar os meus irmãos que ainda estão nas trevas e nas sombras da morte. Quero conhecer-me em Ti e Tu em mim, naquela Luz que a Mãe de Misericórdia ao abrir as Suas mãos penetrou no mais íntimo dos pastorinhos em Fátima. Quero ver-me como Tu me vês, para que se dissipem as trevas do meu coração. Uma vez arrependido de me ter afastado de Ti por amor-próprio, poderei voltar ao Teu abraço que é regressar à minha casa. Eis-me aqui Senhor para cumprir a Tua vontade. Quero amar-Te Senhor com tudo o que sou e com tudo o que tenho, porque quero ser “vidente”, e sei que sem Amor, sem Ti, nenhuns olhos são videntes! Confio em Ti, espero em Ti, só Tu és o meu Deus! És um Deus comigo, és Amor transformador que me torna filho no Filho! Vem Senhor Jesus, afasta as trevas do meu pecado e enche-me da Tua Graça e Misericórdia! Ámen. Ir. Bridget Eason, asm Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

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Páscoa, semente de luz e fogo no coração do mundo Na Páscoa, os Evangelhos enchem-se de urgência e paixão: «O Anjo tomou a palavra e disse às mulheres: “Não tenhais medo; sei que procurais Jesus, o crucificado. Não está aqui: ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver o lugar onde jazia. E ide depressa dizer aos discípulos: ‘Ele ressuscitou dos mortos e vai adiante de vós para a Galileia. Lá o vereis’”». Urgência da semente que se abre, da pedra que rola, e o sepulcro vazio e resplandecente na aragem da aurora é como um ventre que deu à luz, como o invólucro de uma semente aberta. Paixão que sustém aquele longo correr de todos na aurora; corre Maria, correm Pedro e João, porque o amor tem sempre urgência; paixão como lágrimas, as de Madalena, que não se resigna à evidência da morte. Amar é dizer: tu não morrerás (G. Marcel). 10

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Meditação «Maria estava junto ao túmulo, da parte de fora, a chorar. (…) Voltou-se para trás e viu Jesus, de pé, mas não se dava conta que era Ele. E Jesus disse-lhe: “Mulher, porque choras? Quem procuras?” Ela, pensando que era o encarregado do horto, disse-lhe: “Senhor, se foste tu que o tiraste, diz-me onde o puseste, que eu vou buscá-lo.” Disse-lhe Jesus: “Maria!” Ela, aproximando-se, exclamou em hebraico: “Rabbuni!” - que quer dizer: “Mestre!”» O Evangelho acompanha passo a passo o desvelar da fé, que começa de um corpo ausente: para onde o levaste? Eu irei buscá-lo… eu, pequena mulher e imenso coração; eu, frágeis braços e indómito amor. Depois, a primeira palavra do Ressuscitado, humilde, comovente, que ainda encanta: «Mulher, porque choras?». O Deus dos céus esconde-se no reflexo mais profundo das lágrimas. E quando fala, sussurra: não chores, amiga minha. O Ressuscitado recomeça os encontros com o seu estilo único: o seu primeiro olhar nunca se detém no pecado de uma pessoa, o seu primeiro olhar detém-se sempre no seu sofrimento. Inconfundível: é o Senhor! Maria queria prendê-lo e não deixá-lo partir. Mas Jesus diz-lhe: «Não me detenhas, pois ainda não subi para o Pai». Deste jardim para o cosmo inteiro, destas tuas lágrimas para todas as lágrimas do mundo. Não me detenhas, estou em viagem para além das palavras, para além das ideias, para além das formas e dos ritos, para além das igrejas. Para além da morte. Começa a imensa migração dos seres humanos para a vida. Mesmo se Cristo parece distante da casa do mundo, Ele está no quarto mais íntimo do mundo, nos infernos da história, nas profundidades da matéria e da pessoa. E aqueles que querem novos céus e uma nova terra, sabem que a Páscoa amadurece a partir de agora como uma semente de luz na Terra, como uma semente de fogo na história. Cristo não ressuscitou simplesmente de uma vez por todas, Ele é a própria ressurreição, germe de vida, despertar e ascensão. A Páscoa é a festa das rochas tumulares que deslizam, abrem e libertam da escuridão. A ressurreição de Cristo não terminará até que seja quebrada a rocha que encerra o último coração e as suas forças cheguem até aos confins da criação. P. Ermes Ronchi, in Lachiesa.it Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

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FÁTIMA, SINAL DE ESPERANÇA PARA O NOSSO TEMPO Carta Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa no Centenário das Aparições de Nossa Senhora em Fátima (Continuação)

Uma bênção para a Igreja e para o mundo Dom e interpelação O ciclo das aparições de 1917 encerrou em 13 de outubro e as últimas palavras do relato de Lúcia, na sua “Quarta Memória”, falam da bênção então dirigida ao mundo: «Desaparecida 12

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Actualidade Nossa Senhora, na imensa distância do firmamento, vimos, ao lado do sol, S. José com o Menino e Nossa Senhora vestida de branco, com um manto azul. S. José com o Menino pareciam abençoar o Mundo com uns gestos que faziam com a mão em forma de cruz. Pouco depois, desvanecida esta aparição, vi Nosso Senhor e Nossa Senhora […]. Nosso Senhor parecia abençoar o Mundo da mesma forma que S. José». Esta bênção vinha sendo anunciada pelos pastorinhos desde os meses precedentes. E não era algo apenas para eles, mas para a humanidade inteira. Essa bênção era a motivação de quanto estava a acontecer e permite-nos penetrar no núcleo da iniciativa de Deus que, na presença cheia de luz e de beleza da Virgem Maria, mostrava a sua proximidade misericordiosa, junto do seu povo peregrino. No meio de situações verdadeiramente dramáticas, quando muitos contemporâneos estavam dominados pela angústia e a incerteza, quando a força do mal e do pecado parecia impor o seu domínio, a Virgem Maria faz brilhar em todo o seu esplendor a vontade salvífica de Deus, uma bênção que revela a extensão da sua ternura a todas as criaturas. O seu convite à conversão, à oração e à penitência pretende desbloquear os obstáculos que impedem os seres humanos de experimentar uma bondade que procede de Deus e foi depositada no coração humano. A Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa mãe, sai ao encontro dos seus filhos peregrinos a partir da glória da ressurreição de seu filho Jesus, para lhes oferecer consolação, estímulo e alento. Envolvidos por essa bênção, os três pastorinhos mostraram-se dispostos, pela boca de Lúcia, a serem louvor da glória de Deus e a entregarem-se plenamente aos desígnios de misericórdia que Deus manifestava através das aparições.

Bênção e interpelação para a Igreja em Portugal Esta bênção derramou-se sobre o nosso povo, que a tem acolhido e agradecido de forma constante e variada. Desde muito cedo, os portugueses encontraram no Santuário de Fátima, em volta da Capelinha e da Basílica de Nossa Senhora do Rosário, consagrada em 7 de outubro de 1953, uma casa maternal, na qual se sentem acolhidos, compreendidos, consolados, perdoados, reconfortados e renovados. O Santuário de Fátima converteu-se no coração espiritual de Portugal, tornando-se um dos traços identificadores do nosso catolicismo, como um carisma da nossa Igreja em sintonia com o carisma dos três pastorinhos. Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

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Actualidade

Esta singular ligação da Igreja em Portugal a Fátima tornou-se patente na consagração de Portugal ao Imaculado Coração de Maria, em 13 de maio de 1931, por ocasião da primeira peregrinação nacional. E manifestou-se mais recentemente, de 13 de maio de 2015 a 13 de maio de 2016, quando a Imagem Peregrina percorreu as nossas dioceses. Foi um convite à jubilosa celebração do centenário das suas aparições em Fátima e, simultaneamente, uma refontalização espiritual e pastoral, no compromisso com a sua mensagem. Ao longo de todos estes cem anos, a peregrinação a Fátima revitalizou a fé de muitos crentes cansados, suscitou a conversão de muitos corações endurecidos, reafirmou a pertença eclesial de muitos batizados desorientados, tornou possível que muitos indiferentes redescobrissem o Evangelho, suscitou uma religiosidade que plasmou a vida de grande parte do nosso povo. As peregrinações a nível individual e comunitário têm sido experiências de Deus e ocasiões para o louvor, estímulo para nos abrirmos à sua vontade e para a realização da nossa conversão permanente. Fiel à missão de difundir e aprofundar a mensagem de Fátima, o Santuário tornou-se espaço de acolhimento para quantos o procuram, solidário com as necessidades e as angústias do mundo. Hoje, é sobretudo lugar de oração mas também polo de dinamização cultural, centro eclesial de reflexão teológica, a partir dos acontecimentos de há cem anos e dos desafios que eles continuam a propor à Igreja. In http://www.conferenciaepiscopal.pt/v1/fatima-sinal-de-esperanca-para-o-nosso-tempo/ (Ao longo de 2017, ano em que se celebra o 100º Aniversário das Aparições de Nossa Senhora em Fátima, apresentaremos em cada número das Sementes de Esperança um excerto da Carta Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa no Centenário das Aparições de Nossa Senhora em Fátima.)

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Actualidade

PEREGRINAÇÃO INTERNACIONAL Este novo ano é um ano especial e muito importante por diversos motivos. Para além de celebrarmos o Centenário das Aparições em Fátima, assinalamos também a Consagração da Fundação AIS a Nossa Senhora de Fátima há 50 anos e o início da nossa Obra há já 70 anos! São 70 anos de uma aventura de amor junto da Igreja que sofre, que é perseguida, junto dos sacerdotes e religiosas, que tantas vezes, de mãos vazias, continuam a levar a presença de Deus aos locais mais improváveis, junto das comunidades mais desprezadas, mais pobres. Durante estes anos, a Fundação AIS em todo o mundo tem procurado cumprir o sonho do seu fundador, o Pe. Werenfried van Straaten: Estar presente onde a Igreja mais necessita de ajuda! No dia 14 de Setembro de 1967, há 50 anos, o nosso fundador consagrou a nossa Obra a Nossa Senhora de Fátima. Por isso, para assinalar o nosso aniversário e a consagração, estamos a organizar uma peregrinação internacional da Fundação AIS a Fátima em Setembro de 2017, na qual participarão cerca de 1.000 benfeitores dos 23 secretariados da nossa instituição. Caso não possa participar em toda a peregrinação, no dia 14 de Setembro estaremos presentes na Basílica da Santíssima Trindade para uma tarde de oração e testemunhos da Igreja que sofre de todos os continentes. De 12 A 15 DE SETEMBRO, estaremos em Fátima, em peregrinação. CONTAMOS CONSIGO! Caso esteja interessado, por favor, entre em contacto connosco: Tel. 21 754 40 00 (de 2ª a 6ª feira, das 09h00 às 18h00) ou catarina.martins@fundacao-ais.pt Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

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Destaque

VELA DAS APARIÇÕES DE FÁTIMA “Rezem o Terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra.” Primeira aparição de Nossa Senhora, na Cova da Iria, a 13 de Maio de 1917

No Centenário das Aparições de Nossa Senhora em Fátima, acenda esta vela e peça a tão desejada paz para o mundo, por intercessão de Nossa Senhora de Fátima.

Vela enviada nesta caixa especial.

Vela branca com a imagem de Nossa Senhora de Fátima e os três Pastorinhos sob o seu manto. Formato: 6 x 13 cm

Cód. DI095

€ 5,00 SEMENTES DE ESPERANÇA - Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre PROPRIEDADE Fundação AIS DIRECTORA Catarina Martins de Bettencourt REDACÇÃO E EDIÇÃO Pe. José Jacinto Ferreira de Farias, scj, Maria de Fátima Silva, Alexandra Ferreira FONTE L’Église dans le monde – AIS França FOTOS © AIS; A cura de um cego, Brian Jekel; Ressureição, Pericle Fazzini - Sala Paulo VI, Vaticano

CAPA PERIODICIDADE IMPRESSÃO PAGINAÇÃO DEPÓSITO LEGAL ISSN

Vitral da Igreja de S. Pedro, Saint Charles, Missouri, EUA 11 edições anuais Gráfica Artipol JSDesign Isento de registo na ERC ao 352561/12 abrigo do Dec. Reg. 8/99 2182-3928 de 9/6 art.º 12 n.º 1 A

Rua Professor Orlando Ribeiro, 5 D, 1600-796 LISBOA Tel 21 754 40 00 • Fax 21 754 40 01 • NIF 505 152 304 fundacao-ais@fundacao-ais.pt • www.fundacao-ais.pt


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