Sementes de Esperança | Fevereiro de 2018

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Sementes de

Fevereiro 2018

Esperança Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre


Intenção de Oração do Santo Padre UNIVERSAL

NÃO À CORRUPÇÃO Para que aqueles que têm poder material, político ou espiritual não se deixem dominar pela corrupção.

15 Fevereiro SÃO CLÁUDIO LA COLOMBIÈRE, SJ – presbítero, + 1682

Acto de Confiança Meu Deus, estou tão convencido que velais sobre aqueles que em Vós confiam, e que nada pode faltar a quem de Vós tudo espera, que resolvi viver para o futuro sem preocupação alguma, e descarregar sobre Vós todas as minhas preocupações. “Em paz me deito e descanso, porque Vós, Senhor, me firmastes na esperança” (Sl 4, 9). Podem os homens despojar-me dos bens e da honra, pode a doença roubar-me as forças e os meios para Vos servir, posso até perder a graça pelo pecado; mas o que nunca perderei é a esperança; conservá-la-ei até ao último alento da minha vida, embora todas as potências infernais se esforcem em vão por me roubar. “Em paz me deito e descanso”. (…) Conheço e sei demasiado como sou frágil e volúvel. Não ignoro quanto podem as tentações contra as mais robustas virtudes. Vi cair as estrelas e derrubar as colunas do firmamento; mas nada disso me mete medo. Enquanto esperar, ficarei a coberto de todas as desgraças; e estou seguro de esperar sempre, porque espero até esta invariável esperança. (…) A oração é um dos pilares fundamentais da nossa missão. Sem a força que nos vem de Deus, não seríamos capazes de ajudar os Cristãos que sofrem por causa da sua fé. Para ajudar estes Cristãos perseguidos e necessitados criámos uma grande corrente de oração e distribuímos gratuitamente esta Folha de Oração, precisamente porque queremos que este movimento de oração seja cada vez maior. Por favor, ajude-nos a divulgá-la na sua paróquia, nos grupos de oração, pelos amigos e vizinhos. Não deite fora esta Folha de Oração. Depois de a ler, partilhe-a com alguém ou coloque-a na sua paróquia.

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Reflectir INTENÇÃO NACIONAL

Para que nas famílias e nas comunidades cristãs se viva intensamente o espírito da Quaresma e que isso se traduza em acções concretas como visível testemunho cristão no mundo, especialmente nos lugares de trabalho e de intervenção social e política.

Quaresma Um tempo providencial de paragem... Sempre que se aproxima a Quaresma, vêm-me à memória recordações da infância, daquelas coisas que, como dizia a minha Mãe, nunca mais me esqueci. Era o jogo do pião, que, nunca soube porquê, se jogava neste tempo; o entrudo, com os mascarados e as ‘melaçadas’; os Romeiros a percorrerem a Ilha de S. Miguel em oração e penitência, dos quais a minha família acolhia sempre alguns ‘irmãos’ (especialmente do rancho das Furnas); o meu pai, que, no dia do entrudo à noite, limpava cuidadosamente a viola e a guardava até à Páscoa, porque, dizia, ‘na Quaresma não cantamos...’; e de outra coisa que lhe ouvi, quando arrumava as folhas de espadana com que fazia cordas: ‘Não, na Quaresma não devemos fazer cordas, para não sermos como os judeus que preparavam as cordas para prenderem Nosso Senhor!...’ Recordo também as noites das Confissões, e havia dias para

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os homens, para as mulheres e para as crianças. Recordo aquela sensibilidade pelo pecado! Seria tudo pecado? Ou não seria antes a delicadeza da consciência e do coração de se perceber que o segredo da vida cristã estava em corresponder com amor ao amor de Nosso senhor? Tantos anos depois, numa já relativamente longa carreira académica e de actividade pastoral, preciso de voltar ao início, aos tempos simples, que não ingénuos, em que se via o mundo e a vida com outro olhar mais puro e transparente. Voltar atrás? Não é possível. A vida é uma caminhada sempre para a frente, já o dizia S. Paulo – “esquecendo o que fica para trás e avançando para o que está adiante…” (Fil 3,13) -, e S. Gregório de Nissa [335-394] via o homem como aquele que percorre o caminho real da liberdade, com o olhar contemplativo no horizonte distante e infinito do Mistério de Deus, o Futuro

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Reflectir Absoluto, diria K. Rahner [1904-1984]. A Quaresma é o tempo providencial para uma paragem, para a escuta mais atenta da Palavra que convida à conversão, à mudança de vida, porque assim não é possível continuarmos. Na antiguidade, a Quaresma era o tempo de preparação intensiva dos catecúmenos, que eram submetidos aos escrutínios, momentos de prova e de discernimento, para verificar a autenticidade da conversão, da morte aos ídolos e à mentalidade do mundo. A Quaresma era também o tempo de preparação intensa dos penitentes, que se preparavam para a reconciliação na quinta-feira santa, e que eram também escrutinados para verificar a autenticidade da conversão e da penitência reparadora dos pecados cometidos. O verdadeiro Deus não pode ser Senhor dos corações que estiverem povoados dos apegos ao mundo, ao homem velho!...

que a todos é proposto para alcançar a perfeição humana e espiritual: «se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá aos pobres, vem e segue-me...» (Mt 19,21). Esta é uma Palavra que é dirigida a todos, mas que representa uma contradição com o espírito do mundo, da Nova Era (New Age), essa nova religião que diviniza o egoísmo e o narcisismo pós-modernos, e agora o neopaganismo da ideologia do género.

É urgente que todos os Católicos acolham o convite da Igreja para viveram em profundidade o espírito da Quaresma, cultivando um ambiente de silêncio e de recolhimento, desligando os aparelhos de rádio ou de televisão, pelo menos nos dias tradicionais de jejum e de abstinência: nas quartas, nas sextas e nos sábados, e praticando mais intensamente a esmola, na partilha dos bens pelos pobres e pelos sem-abrigo! Quem fuma, que o deixe de fazer e dê aos pobres o dinheiro que não queima; quem bebe, Na Quaresma concentra-se o mais que se domine, e dê aos pobres o dinheiimportante da espiritualidade cristã, ro que não gasta; quem se debate com que comporta a renúncia ao pecado, a a anarquia das paixões, que procure Satanás e às suas seduções, aos grandes conter-se para descobrir o verdadeiro ídolos do ter, do poder e do prazer. Esta amor que pacifica e enche de alegria e renúncia é a condição para o seguimende paz os corações! to de Jesus Cristo, para a configuração com Ele, seguindo os seus passos, na sua Pe. José Jacinto Ferreira de Farias, scj condição de pobre, de obediente e de Assistente Espiritual da Fundação AIS casto. Aqui está a origem dos conselhos evangélicos, pilares do único caminho 4

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Superfície 796.095 Km2

• Turquemenistão

População 191 milhões de habitantes Religiões Muçulmanos: 96,2 %

• Usbequistão • China

• Tajiquistão

• Afeganistão • Irão

• Paquistão

Cristãos: 2,2 % Católicos: 1,1% Protestantes: 1,1%

• Nepal

Hindus: 1,3 % • Índia

Outros: 0,3 % Língua oficial Urdu, inglês

Oceano Índico

PAQUISTÃO

SERÁ SUFICIENTE UMA LEI? Ao mesmo tempo que a situação das minorias religiosas tem tendência a agravar-se, foi votada, a 6 de Fevereiro do ano passado, uma lei que visa proibir os discursos de ódio, os ataques sectários e os casamentos forçados. Condenada à morte por blasfémia e presa há seis anos, Asia Bibi entregou ao seu tutor uma oração na qual apela ao Papa Francisco. A lei anti blasfémia não é pois a única espada de Dâmocles que Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

ameaça as minorias religiosas do Paquistão: o simples facto de frequentar o local de culto constitui um perigo o que parece confirmar a crescente recrudescência de atentados no país. 5


Paquistão

Após uma diminuição do número de atentados em 2016, uma dezena de ataques terroristas enlutou o país somente durante as duas últimas semanas do mês de Fevereiro de 2017, matando mais de 130 pessoas e ferindo quase 400. O ataque mais mortífero, a 16 de Fevereiro do ano passado, provocou 92 mortos e mais de 250 feridos, no santuário sufi Lal Shahbaz Qalandar.

Hoje, toda uma massa nebulosa de grupos extremistas selou alianças com o auto-proclamado Estado Islâmico que parece ter-se estabelecido solidamente no Paquistão.

“Se formos optimistas”, confidencia o universitário Rifaat Hussain, “estes atentados são o canto do cisne na agonia. Mas se formos pessimistas, eles assinalam o ressurgimento de grupos que pareciam demasiado fracos.” Divididos nas suas estratégias, os Os sufis são, juntamente com os grupos estão de acordo num objectivo xiitas e os ahmadis, considerados comum: a luta contra o poder central. hereges pelos sunitas radicais, facto que se traduz numa perseguição Mas os Cristãos e os Hindus conticrescente às minorias muçulmanas. nuam a ser os mais discriminados, 6

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Paquistão

Oração pela paz e diálogo inter-religioso na Grande Mesquita de Lahore

relegados para o fundo da escala social. “Procura-se um varredor de preferência cristão ou hindu”, este é o conteúdo de uma oferta de emprego publicada em Março de 2017 num jornal paquistanês. Considerados como mais facilmente exploráveis são também proporcionalmente mais visados pelas acusações de blasfémia ou por expropriações abusivas. E os atentados também não faltam. “Estamos orgulhosos de ter dado o nosso filho a Cristo”, declararam os pais de Akash Bashir a uma delegação da AIS recentemente Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

de passagem por Lahore. Guarda voluntário da Paróquia de São João, bloqueou a entrada de um kamikaze taliban salvando deste modo os 1.400 fiéis reunidos na igreja, em Março de 2015. E continuaram: “Salvou tantas vidas que o nosso orgulho sobrepõe-se à nossa tristeza”. O último grande atentado, cujo alvo foram os Cristãos, ocorreu na Páscoa de 2016 num parque de Lahore, no final da Missa. Em Dezembro do ano passado houve mais um atentado bombista numa igreja cristã metodista em Quetta, no Balochistan, que provocou nove mortos e 57 feridos. 7


Paquistão UMA NOVA LEI

britânico-paquistanesa, “mas o problema é que estas leis raramenVotada pela Assembleia Nacional te são executadas e, quando são, a 6 de Fevereiro de 2017, a lei, as testemunhas sentem-se intimibaptizada “Lei de Emenda das Leis dadas e não se apresentam diante Penais 2016”, pune o crime que con- dos juízes. siste em “usar palavras de maneira deliberada com o intuito de ferir Oração os sentimentos religiosos de uma Para que o povo Paquistanês seja pessoa”, mas igualmente os ataques persistente na sua oração e esforços sectários e os casamentos forçados pela paz na sua nação, nós Te pedide raparigas das minorias religiosas: mos Senhor! em média um milhar de casos relatados anualmente (700 cristãs e 300 hindus). Falta conhecer o alcance da eficácia real que tal texto poderá ter, assim que seja aplicado num conA MÃE DOS LEPROSOS texto de violências quotidianas que Considerada a “Madre Teresa vão em crescendo. Para certos responsáveis cristãos, a nova lei constitui uma mudança positiva. É a opinião de Samuel Praya, presidente de uma associação cristã de Lahore, para quem “estas medidas são cruciais para salvar o nosso país”. Para outros, mesmo reconhecendo que as penas já existentes ficaram mais duras, esta nova lei não trará mudanças reais. “Já existe todo um arsenal jurídico para lutar contra as violências” constata Wilson Chowdhry, presidente da Associação Cristã 8

do Paquistão”, a religiosa Ruth Pfau morreu em Karachi, a 10 de Agosto de 2017, aos 87 anos. De nacionalidade alemã, a Irmã Ruth começou a sua luta contra a lepra como médica nos bairros de lata da capital económica do país em 1960 e o seu empenho terá permitido a cura de mais de 50 mil pessoas. Recebeu a cidadania paquistanesa em 1988, como recompensa do seu trabalho, e teve direito a funeral de Estado na catedral de S. Patrício, em Karachi.

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Meditação Paquistão

Senhora em oração na catedral de Lahore Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

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Oração

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Oração

DEZ PERGUNTAS PARA A QUARESMA Que procurais? (cf. João 1,38) Porque tendes medo, ainda não tendes fé? (cf. Marcos 4,40) Vós sois o sal da Terra. Mas se o sal pede sabor, com que se há de salgar? (cf. Mateus 5,13) E vós, quem dizeis que Eu sou? (cf. Lucas 9,20) Voltando-se para a mulher, disse a Simão: vês esta mulher? (cf. Lucas 7,44) Jesus perguntou aos discípulos: quantos pães tendes? (cf. Marcos 6,38) Então Jesus levantou-se e disse-lhe: mulher, onde estão? Ninguém te condenou? (cf. João 8,10) Mulher, porque choras? Quem procuras? (cf. João 20,15) Simão, filho de João, amas-me? (cf. João 21,16) Maria disse ao anjo: como acontecerá isso? (cf. Lucas 1,34) Perguntas para os Exercícios Espirituais do Papa Francisco, 2016

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Meditação

QUARTA-FEIRA DE CINZAS: ÉS PÓ E AO PÓ VOLTARÁS “És pó e ao pó voltarás” (Génesis 3,19)

Quando? Amanhã? No próximo ano? Daqui a 20 anos? Que importa... Esse grão de pó sobre a tua cabeça é o teu destino inelutável. Por isso emprega bem os teus curtos anos, converte-te, volta-te para Cristo, que só ele te pode dar perdão e vida. 12

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Meditação É assim que começamos a Quaresma, tempo de conversão e austeridade, mas também tempo de uma alegria contida, a alegria de um coração purificado. Trata-se de nos prepararmos para as festas pascais. A Quaresma é o caminho para uma festa! “Quando jejuardes, não mostreis um ar sombrio, como os hipócritas, que desfiguram o rosto para que os outros vejam que eles jejuam. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa” (Mateus 6,16). Escutemos bem estas palavras e apliquemo-las como norma de conduta, não apenas na Quaresma mas em toda a nossa vida cristã, porque ela não é senão uma longa preparação para as festas pascais definitivas. “Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que o teu jejum não seja conhecido dos homens, mas apenas do teu Pai que está presente no oculto; e o teu Pai, que vê no oculto, há de recompensar-te” (Mateus 6,17-18). Que grandeza há no silêncio – não o silêncio nefasto da falta mas no da virtude, que é perfeito quando dele não se tem consciência – e que força se pode extrair dele. A alegria cristã é a simplicidade de uma fé, a seriedade de uma esperança, a vitalidade do amor. Na Quaresma a liturgia despe-se dos seus aleluias e glórias, convidando-nos a um estreitamento de vida, a um despojamento do supérfluo, a um tempo de germinação escondida e profunda, iluminada sempre por uma esperança e uma espera. Ela convida-nos a entrar em nós mesmos para nos mergulhar nas fontes da vida, em Cristo. Ela incita-nos a reencontrar o nosso verdadeiro rosto num esforço de autenticidade e lucidez, na oração e na caridade, para que, modelados à imagem de Cristo, sejamos capazes de uma comunhão mais profunda no seu mistério. Sim, porque o mistério de Cristo não é algo que esteja fora de nós; ele é o que nós somos e o que somos chamados a ser. O seu drama é o nosso. A nossa cruz não é outra que a de Cristo, é o seu amor em nós que a carrega. A nossa verdadeira vida é a vida do Ressuscitado em nós. Se a liturgia nos conduz pelos passos de Cristo é para nos ensinar o caminho que é também o nosso. O drama que se evoca na Quaresma não é apenas a recordação de um acontecimento passado mas a actualização do drama de Cristo, aqui e agora, para nós, que nos coloca diante da opção decisiva da fé e do amor. Procuremos portanto estar em harmonia com o espírito da liturgia deste tempo e acolher a seiva de vida que nos oferece.

Um monge cartuxo In http://www.snpcultura.org/es_po_e_ao_po_voltaras.html

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Actualidade

A APRESENTAÇÃO DO SENHOR Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas (Lc 2, 22-40)

Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de O apresentar ao Senhor. Conforme está escrito na lei do Senhor: “Todo o primogénito varão será consagrado ao Senhor”. Foram também oferecer o sacrifício — um par de rolas ou dois pombinhos — como está ordenado na Lei do Senhor. Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor. Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o Menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, Simeão tomou o Menino nos braços e bendisse a Deus: “Agora, Senhor, segundo a tua palavra, deixarás ir em paz o teu servo, porque meus olhos viram a Salvação que ofereceste a todos os povos, Luz para se revelar às nações e glória de Israel, teu povo.” O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. Simeão abençoou-os e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino está aqui para queda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de contradição; uma espada trespassará a tua alma.” Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido 14

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Actualidade casada e vivera sete anos com o marido. Depois ficara viúva, e agora já estava com 84 anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele. De vela na mão, celebramos hoje a festa da Apresentação do Senhor no Templo de Jerusalém. A celebração desta noite, com efeito, transporta-nos quer à noite de Natal, em que o Filho de Deus enfim Se apresentou ao mundo, quer à noite de Páscoa, em que uma espada transpassará, lancinante, a doce alma de nossa Mãe do Céu. Por ocasião dessa festa, a Igreja também nos traz à memória alguns títulos pelos quais costumamos honrar a toda pura Virgem Maria: Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Apresentação e, de modo bastante peculiar, Nossa Senhora do Bom Sucesso. Sob esta última designação, a Virgem Santíssima apareceu, em Fevereiro de 1594, à religiosa Maria de Jesus Torres, em Quito, no Equador. E apareceu-lhe, ainda em fins do século XVI, justamente para lhe mostrar todos os males por que passaria a Igreja Católica ao longo do século XX: heresia, blasfémia e impureza — eis as principais mazelas que, prenunciadas há séculos pela Mãe do Senhor, vêm chagando os membros do Corpo de Cristo e corroendo o tecido da sociedade civil. A Santa Mãe de Deus pediu-lhe ainda que se oferecesse, sofresse e rezasse por nós, pecadores dos tempos presentes. Ao olharmos, porém, para os últimos anos, podemos perceber com que precisão se cumpriram as profecias de Nossa Senhora e com que justiça e aflição a Mãe de Deus alertava a humanidade para as desgraças que, infelizmente, já se tornaram uma página da nossa história. Vemos, pois, o quanto a Igreja tem sofrido; vemos também a mesma espada de dor a trespassar o coração de nossa Mãe querida, que contempla o Corpo Místico de seu Filho, a própria Igreja, padecer as piores dores ao longo dos séculos. Ela, no entanto, nunca cessa de olhar e interceder por nós com seu carinho maternal; ela permanece connosco, atenta às nossas misérias, com o mesmo amor, com a mesma perseverança com que ficara ao pé da Cruz. E promete-nos um bom sucesso, um bom desfecho, nos garante a ressurreição que está por vir, porque os que, como São João, permanecem unidos à Mãe do Salvador podem ter a certeza do triunfo de Deus na feliz manhã de Páscoa! Padre Paulo Ricardo In https://padrepauloricardo.org/episodios/apresentacao-do-senhor

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Destaque

VIA SACRA | MEDITADA PELAS FAMÍLIAS REFUGIADAS DA SÍRIA Via Sacra escrita por D. Samir Nassar, Arcebispo de Damasco, na Síria, especialmente para os benfeitores da AIS, com meditações e imagens que revelam o calvário dos nossos irmãos Sírios. Com eles, rezemos pela Paz na Síria e em todo o Médio Oriente! No prefácio escrito por D. José Alves, Arcebispo de Évora, pode ler-se “Agora, recebemos este texto da via sacra. É curto mas incisivo. Cada palavra está carregada de sentido. Em cada palavra ecoa a vida atribulada de milhares de pessoas de todas as idades e condições. (…) Esta oração da via sacra é um grito que ecoa na eternidade como o grito de Cristo na cruz. Grito de dor que interpela a maldade e a indiferença humanas. Grito de súplica de quem confia na protecção divina e no auxílio dos discípulos de Jesus...”

PROMOÇÃO

Prefácio: D. José Alves, Arcebispo de Évora

Cód. VS004

40 páginas

€ 3,00 € 1,50

Stock Limitado SEMENTES DE ESPERANÇA - Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre PROPRIEDADE Fundação AIS DIRECTORA Catarina Martins de Bettencourt REDACÇÃO E EDIÇÃO Pe. José Jacinto Ferreira de Farias, scj, Maria de Fátima Silva, Alexandra Ferreira FONTE L’Église dans le monde – AIS França FOTOS © AIS; © Briton Riviere; © Aert de Gelder; © Anatoly Shumkin

CAPA PERIODICIDADE IMPRESSÃO PAGINAÇÃO DEPÓSITO LEGAL ISSN

La Pietà, Oleg Supereco 11 edições anuais Gráfica Artipol JSDesign 352561/12 2182-3928

Isento de registo na ERC ao abrigo do Dec. Reg. 8/99 de 9/6 art.º 12 n.º 1 A

Rua Professor Orlando Ribeiro, 5 D, 1600-796 LISBOA Tel 21 754 40 00 • Fax 21 754 40 01 • NIF 505 152 304 fundacao-ais@fundacao-ais.pt • www.fundacao-ais.pt


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