Sementes de Esperança | Setembro de 2012

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Sementes de Esperança

Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

Setembro 2012


Intenção de Oração do Santo Padre Intenção Geral Os políticos Para que os políticos actuem sempre com honestidade, integridade e amor à verdade.

Intenção Missionária Auxílio às Igrejas pobres Para que as comunidades cristãs estejam sempre mais disponíveis para enviar missionários, sacerdotes e leigos, e recursos materiais em favor das Igrejas mais pobres.

Intenção Nacional Para que todos os cristãos e os homens de boa vontade descubram, seguindo o exemplo das grandes figuras do passado, que o valor da vida reside na intensidade de generosidade e de amor que se coloca nas coisas mais simples, como seja, simplesmente, ser bom.

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Fundação AIS, Rua Prof. Orlando Ribeiro, 5 D, 1600-796 Lisboa Tel.: 217 544 000, fundacao-ais@fundacao-ais.pt, www.fundacao-ais.pt Catarina Martins de Bettencourt P. José Jacinto Ferreira de Farias, scj, Maria de Fátima Silva, Alexandra Ferreira, Ana Vieira e Félix Lungu L’Église dans le monde – AIS França © Fundação AIS; © Raphaelle Autric; © EPA Gratuita, mediante simples pedido 11 Edições Anuais Gráfica Artipol JSDesign

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Reflectir

Frei Vassoura ou a beleza de uma vida simples e bondosa Ainda há algumas semanas, e movido por uma certa nostalgia do passado em que víamos, extasiados, filmes sobre figuras históricas importantes e sobretudo vidas dos santos, não sei como me veio à mente, mas pensei num santo que ficara conhecido na história como Frei Vassoura, na realidade S. Martinho de Porres, de uma nobre família de Lima, se não estou em erro. A vida deste homem simples, do Peru, no já longínquo séc. XVI – ele viveu por volta do ano de 1580 – impressionara-me muito, pela sua candura e simplicidade, procurando sempre o último lugar, e por isso passou a sua vida fazendo o bem, agarrado a uma vassoura, com a qual limpava todo o convento. Pertencia aos dominicanos, num convento habitado por mais de 200 frades!... Como eram abundantes nesses tempos antigos as vocações. Em muitos aspectos tem algo de comum esta figura de santidade vivida no escondimento e na simplicidade, com outra figura, esta mais lendária, e de que já fiz eco nestas meditações, Marcelino, Pão e Vinho, porque também ele tem uma particular devoção e intimidade com um crucifixo, mesmo se este, ao contrário do Marcelino, não se encontra recolhido num sótão, mas exposto num oratório público, numa das ruas da povoação na qual vivia. Devo dizer que sempre nutri uma particular admiração por estas figuras de santos ou de heróis, independentemente de serem reais ou lendárias, sendo que, no mais das vezes, a lenda circunda como uma auréola a figura real. Trata-se, na verdade, de figuras, de formas expressivas de como se pode viver a perfeição de uma vida conseguida no mais elevado grau de dignidade, humana e espiritual, em qualquer situação ou contexto histórico cultural ou social. Neste caso, o que impressiona nesta figura da santidade é precisamente o despojamento total de si e ao mesmo tempo um espírito de entrega na vivência total da caridade, que supera toda a lei, porque onde há caridade não há regra que a possa controlar ou delimitar. Assim acontece numa circunstância, em que Frei Martinho, já conhecido na cidade pela sua generosidade para com os pobres, quando, depois de uma explicação às crianças das verdades da fé na catequese, descobriu um menino que ficou sozinho, porque não tinha quem o viesse buscar, porque era órfão de pai e de mãe: Vens então comigo, disse-lhe Frei Martinho e ficarás com os pobres que estão no convento. É muito interessante a reacção do irmão porteiro, que protesta, porque não pode, segundo a regra, trazer o menino para o convento, ao que ele responde: Onde há caridade não há regra!... E entregou o menino aos pobres, que logo o adoptaram, um deles oferecendo-se para ser para ele o seu avô!... Mais para o final da sua vida, o irmão porteiro, que, como todos no convento e os habitantes na cidade já o reconheciam como santo, pergunta-lhe com aquela humildade do discípulo: Frei Martinho, é difícil ser santo?! Ao que ele respondeu: Não, não é difícil! Basta ser bom! - E como é que alguém pode ser bom? insistiu o irmão porteiro. Sendo bom, respondeu o santo. Chegou mesmo a propor ao Prior do Convento, que passava nessa altura por grandes dificuldades económicas(!), vender-se como escravo, pois tinha visto que pediam 800 ducados por um escravo negro como ele, o que seria uma ajuda significativa para o equilíbrio orçamental do convento, o que o prior não autorizou! É que ele reconhecia que, por maiores que fossem as dificuldades, ninguém estava a saldo nem à venda!... Vivemos tempos complexos, mas seguramente não mais complexos do que os da sociedade peruana onde viveu Frei Vassoura, porque os problemas humanos são rigorosamente os mesmos, mudando só as circunstâncias. Que bom seria que também nós vivêssemos a caridade, que cumpre e supera toda a lei, e que descobríssemos que ser santo não é difícil, pois basta ser bom, procurando em tudo, mesmo nas coisas mais simples, fazer a vontade de Deus. Não há dúvida que então como hoje as coisas belas e profundas não são necessariamente as mais complexas, mas sim as mais simples, que por isso mesmo são difíceis… P. José Jacinto Ferreira de Farias, scj Assistente Eclesiástico da Fundação AIS

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Birmânia Superfície 676.578 Km2 População 54 milhões de habitantes Religiões Budistas 89% Cristãos 5% (dos quais um quarto são católicos) Outros 6% (Muçulmanos, Animistas) Língua oficial Birmanês

Birmânia

A arte de existir em ditadura: A Igreja entre o testemunho e a prudência Perseguidos nas zonas fronteiriças, vigiados nas regiões centrais, os cristãos da Birmânia conservam a cabeça e a esperança. Mas, estando a religião nacional identificada como a religião budista, só o facto de existirem levanta suspeitas. Nos confins da Índia, da China, do Bangladesh, do Laos e da Tailândia, a Birmânia, “o país dourado”, tem uma longínqua semelhança com o país de outrora. Desde 1962, o país foi dominado por uma sucessão de ditaduras militares que fez dele um dos territórios mais fechados do planeta com uma situação económica e social dramática. Entre 1988 e 2011, a Birmânia, rebaptizada como Mianmar pelas autoridades, foi governada por uma junta militar considerada pelos observadores como uma das piores ditaduras do mundo. 4

Oficialmente, passou o lugar em princípios de 2011 a um poder civil. Por ironia do destino, o seu presidente é um antigo membro da junta, o ex-general Thein Sein, que mais não faz que prolongar o poder militar da junta sob a aparência de uma democratização. Ninguém se deixa enganar. As eleições legislativas de 7 de Novembro de 2010, as primeiras em 20 anos, tinham já dado o sinal de uma intolerável mentira. A ditadura militar continua a aferrolhar o poder. Qual é a margem de manobra das minorias religiosas?

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Birmânia A evangelização na Birmânia começou no séc. XVII, com os sacerdotes franceses.

Segundo um velho ditado do Sri-Lanka, os birmaneses seriam o “povo preferido de Buda”. Composto por quase 90% de budistas, ainda assim o país tem 5% de cristãos, dos quais um quarto é católico. A diversidade religiosa da Birmânia é bastante superior à das etnias. Os birmaneses, nas regiões centrais do país, são quase todos budistas. As diferentes etnias (Chin, Kachin, Shan Karen, Mon, Rakhaine, Kayah), originariamente animistas, sofreram uma aculturação mais ou menos forte. As etnias Karen, Chin ou Kachin são na sua maioria cristãs, sendo o animismo um terreno propício ao anúncio do Evangelho contrariamente ao Budismo. A Igreja Católica é, pois, uma pequena realidade cuja visibilidade é tão fraca que desde 1966 não tem o direito de dirigir nem escolas nem hospitais. Nesta data, todos os missionários estrangeiros, à excepção

dos mais idosos, foram expulsos do país por causa do nacionalismo marxista. Foi, paradoxalmente, o momento em que a Igreja retomou fôlego pela segunda vez: “O Governo pensava, deste modo, limitar a acção da Igreja. Mas todos os sacerdotes, anteriormente a trabalhar nas obras sociais, repartiram-se no terreno para se ocupar das comunidades e fazer apostolado”, explica o P. Alain Bourdery, das Missões Estrangeiras de Paris. E este evoca a velha história de amor entre a Birmânia e a sociedade das MEP, porque esta última enviou dois sacerdotes a partir de 1689, expedição esta que foi curta: sem demora, em Março de 1693, os dois homens são acusados de semear a confusão, condenados e atirados ao rio. Seguem-se novas vagas de missionários italianos e portugueses. Durante muito tempo a missão é perigosa e produz a sua quota de mártires. Antes da primeira guerra mundial

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Birmânia estimava-se que a duração da vida de um missionário andasse à volta dos 7 anos. Oração Para que continue a haver trabalhadores corajosos e empenhados na messe, na Birmânia, protegidos e abençoados por Ti, nós Te pedimos Senhor!

QUE FRUTOS PARA A MISSÃO? Há 15 dioceses das quais duas recentemente criadas. “Em Rangum, as missas semanais estão cheias. Os candidatos ao seminário são tantos que é necessário submetê-los a exames”, prossegue o P. Bourdery. Esta é uma Igreja dinâmica, todavia, com condições de existência e de sobrevivência delicadas. A Igreja da Birmânia adquire, à medida que os anos passam, a arte de se erguer sob um regime ditatorial. Um regime no qual a liberdade religiosa nem teórica é. Os cristãos sofrem restrições, controlos e repressão. Uma religiosa birmanesa explica: “Para construir uma igreja é preciso autorização do Governo. Por vezes é complicado. Depende das relações que se tem com ‘eles’.” Mesmo que a Igreja seja aceite por um Budismo tolerante por definição, está fora de questão que ela esteja em expansão no país. O proselitismo é severamente castigado e as actividades 6

eclesiásticas controladas. Para atingir os seus fins, a Igreja prefere, às vezes, ser discreta ou conciliadora. Prova disso foi o recente episódio das Jornadas Mundiais da Juventude. Quatro dioceses recusaram aos seus delegados a ida às JMJ, com medo que pedissem asilo político a Espanha. Isso tinha acontecido a cinco jovens nas JMJ anteriores, na Austrália. Uma sanção que revela bem tanto a posição da Igreja como as aspirações e desejos da juventude birmanesa. “Segundo a mentalidade moderna, ter sucesso é ir ao estrangeiro, explica um voluntário de uma ONG local. Há uma verdadeira fuga de cérebros. E é um problema que toca particularmente a Igreja.” “Tudo está sob o controlo do Governo. A Internet é muito limitada, os telefones estão sob escuta. Até mesmo as homilias são por vezes vigiadas”, continua a religiosa. As autoridades birmanesas, para quem a religião deveria servir o Governo, consideram que os cristãos são, a priori, militantes de movimentos de resistência ou de guerrilha hostis ao poder central. No estado Chin, algumas cruzes erguidas no cimo das montanhas, como expressão da fé dos habitantes locais, foram retiradas e substituídas por pagodes. Os cristãos são obrigados a pagar uma renda anual para financiar o Budismo, mas, se se converterem, beneficiam de vantagens

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Birmânia Todas as actividades da Igreja são rigorosamente controladas. São necessárias autorizações para toda e qualquer circunstância.

tais como a isenção do trabalho forçado no exército, ao qual são submetidos periodicamente. Segundo a Chin Human Rights Organisation (CHRO), a política da junta pode resumir-se em três palavras: Amyo, Batha, Thathana, que quer dizer, “uma raça (birmanesa), uma língua (birmanês), uma religião (budista).” No entanto, os cristãos não oriundos de minorias étnicas e, portanto, não suspeitos de reivindicações independentistas, são respeitados. A Catedral de Rangoon, que festeja o seu centenário no fim de 2011, está em plena renovação e a celebração é amplamente anunciada. .“LIMPEZA

ÉTNICA”

É o que alguns consideram estar em curso no estado Kachin, no Norte do país, onde um conflito entre o exército

regular birmanês e o Kachin Independent Army está a provocar muita violência. Em Myitsone, onde se juntam os rios Malikha e Maikha para formar o Irrawaddy, deveria ser construída uma grande barragem. As aldeias dos arredores, como por exemplo Tang Hpre, onde vivem numerosos cristãos, serão engolidas. A barragem de Myitsone é obra dum consórcio de empresas birmanesas e chinesas. A superfície total do lago que daí resultará poderá corresponder à superfície da cidade de Nova Iorque. As turbinas de água deverão produzir 6.000 megawatts de electricidade por ano, destinadas ao mercado chinês. De acordo com as estimativas, seria preciso deslocar cerca de 10.000 pessoas para realizar este projecto. Josepha (nome falso por questões de segurança), cristã e catequista, declara: “Não podemos deixar a terra e as casas que já eram dos nossos antepassados”. À revolta da população

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Birmânia No Norte do país, a localização da futura barragem de Myitsone irá provocar o desaparecimento de muitas aldeias.

de Kachin, o exército birmanês respondeu com uma repressão violenta. As tropas do Governo central foram transferidas para a região. Milhares de pessoas foram deslocadas na sequência dos combates que se desencadearam a 9 de Junho de 2011 entre as duas forças presentes. Oração Para que as autoridades se deixem tocar pelo Espírito Santo e se abram ao respeito e à aceitação da fé cristã, nós Te pedimos Senhor.

Zeeman: Os jovens ao serviço da Igreja São jovens católicos missionários, com 18 anos e mais. Dão entre dois a quatro anos da sua vida à sua diocese, nos locais mais remotos. O seu objectivo principal é o serviço na área da educação, saúde e assistência às pessoas idosas. Não catequizam (o proselitismo é proibido), mas se as pessoas lhes fazem perguntas sobre Jesus e a fé estão prontos a dar testemunho. Efectuam este serviço muitas vezes com risco da sua própria vida; muitos sucumbem às doenças contraídas na selva. Esta presença é fundamental para os padres locais que só raramente podem visitar estes sítios. Além do mais, muitas vocações nascem destes anos de “disponibilidade”.

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Oração

em 1955, o P. Werenfried visitou os campos de refugiados palestinianos em Israel. Nota: No próximo dia 14 de Setembro faz 45 anos que o P. Werenfried consagrou a AIS a Nossa Senhora de Fátima.

“Bendigo-te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos entendidos e as revelaste aos pequeninos.” Os “pequenos” são os mesmos “pobres de espírito” que o Senhor chamou de bem-aventurados. A sua pobreza não é considerada do ponto de vista económico, mas no sentido de que são “pobres” do espírito deste mundo. Eles recolheram-se junto de Deus. Estão livres do mundano e abertos ao Reino de Deus. Para eles abrem-se os portões da riqueza da alma. Apesar da sua pequenez, são grandes por dentro. Do mirante de Deus, eles contemplam os acontecimentos da terra, pois Deus revelou- lhes o que escondeu aos soberbos. Eles, realmente, sabem do que se trata. São as sentinelas silenciosas, com uma visão que abraça o mundo inteiro. Por meio de claras decisões espirituais, não deixam apagar as suas luzinhas, ainda que no meio da escuridão progressiva dos nossos tempos. Constituem um rebanho pequeno, comparado à actividade ruidosa na Igreja e no mundo. Mas Deus não está no barulho e, sim, no silêncio. Peçamos a Deus que dê à Sua Igreja mais pequenos e pobres de espírito, mais pessoas de oração e penitência, mais humildade, mais silêncio. P. Werenfried van Straaten, fundador da Ajuda à Igreja que Sofre

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Pensamento Positivo

O Bem-aventurado Clemente Vismara, Patriarca da Birmânia

Clemente Vismara nasceu em Agrate Brianza, a 6 de Setembro de 1897. Entrou para o Instituto

das Missões estrangeiras de Milão, hoje Instituto Pontifício para as Missões estrangeiras (PIME). Ordenado sacerdote em 1923, parte para a Birmânia alguns meses mais tarde e fica ligado à Diocese de Kengtung, um território de selva e de montanhas onde vivem populações aborígenes submissas a um rei local sob um protectorado inglês. Dá testemunho numa das suas numerosas cartas: “Aqui, estou a 120 km de Kengtung e se quero ver outro cristão olho-me ao espelho.” Em 30 anos nestas colinas reputadas de hostis e isoladas, o P. Vismara funda três paróquias (Mong Lin, Mong Phyak e Kenglap) e converte cerca de cinquenta aldeias. Em 1956, é enviado a Mong Ping, uma região instável e minada pelas guerras tribais e pelo tráfico do ópio. Aí, funda uma aldeia cristã, cria duas paróquias e evangeliza umas cinquenta aldeias. Durante o seu apostolado de 65 anos na Birmânia, o P. Vismara fundou cinco distritos missionários, construiu capelas, igrejas, escolas, centros de saúde e hospitais, introduziu novas técnicas de agricultura e de irrigação, criou locais de acolhimento para os pobres, leprosos, deficientes e sobretudo para os órfãos que não parava de recolher. Tinha por hábito dizer “hoje comemos tudo; amanhã o Senhor providenciará”. Em 1966, quando os missionários chegados depois da guerra são expulsos, ele é um dos 31 sacerdotes do PIME a ficar. O “patriarca da Birmânia”, título que lhe foi outorgado por João Paulo II, aquando dos seus 80 anos, morre em Mong Ping, a 15 de Junho de 1988, com 91 anos. Ao seu enterro acorre uma multidão de crentes de todas as religiões. “O pedido de beatificação veio, na verdade, das populações locais”, testemunha D. Than, Bispo Emérito de Kengtung, que conheceu bem o P. Vismara. O prelado sublinha que nenhum missionário na Birmânia “jamais suscitou uma tal devoção e um tão grande pedido por parte dos fiéis para que seja declarado santo”. O P. Clemente Vismara foi beatificado no dia 26 de Junho de 2011, em Milão, diocese de onde era originário.

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Sinopse Sacerdotes Heróicos

P. Ragheed Ganni

O livro Sacerdotes Heróicos narra as histórias de 12 padres, do nosso tempo, que serviram e alguns ainda servem Deus e o Seu povo de forma extraordinária, também com o apoio da Fundação AIS. “Com apenas 35 anos, o P. Ragheed Ganni foi alvejado um domingo depois da Missa, perto da sua paróquia, no Iraque. Conhecendo bem os riscos de ajudar os cristãos num dos lugares mais perigosos do país, perseverou perante os bombardeamentos, as mortes e a guerra. Nos seus e-mails, homilias, palavras e na memória viva dos seus muitos amigos, deixou um notável testemunho de fé. (…) Houve muitos tributos sinceros ao P. Ragheed. Um deles contava como antes da sua morte tinha ajudado uma criança com problemas de visão a receber tratamento em Roma. Outros eram provenientes da equipa dos projectos da AIS, que tinha ajudado a financiar os seus estudos em Roma. Um dos testemunhos mais fortes foi o de Adnam Mokrani, professor de estudos islâmicos na Universidade Angelicum. Tinhase tornado amigo íntimo do P. Ragheed enquanto este esteve em Roma. O Professor Mokrani escreveu: “Tu [P. Ragheed] não só partilhaste o sofrimento do teu povo, como também juntaste o teu sangue aos milhares de iraquianos mortos todos os dias. Nunca esquecerei o dia da tua ordenação… Com lágrimas nos olhos, disseste-me: ‘Hoje, morri para mim.’ Não compreendi logo… mas hoje, através do teu martírio, compreendi essa frase. Tu morreste… para que Cristo Se erguesse em ti, apesar dos sofrimentos e das penas, apesar do caos e da loucura.” Texto retirado do livro Sacerdotes Heróicos

Adoração Eucarística

pela santificação dos sacerdotes e maternidade espiritual Brochura sobre a importância da adoração eucarística e a maternidade espiritual dos sacerdotes “Os comoventes exemplos de mães consagradas aos sacerdotes, descritos nesta brochura, devem encorajar-nos a acreditar, de forma muito mais viva, no poder da maternidade espiritual pelos sacerdotes, invisível mas inteiramente real. Mostram que a oração e os sacrifícios ocultos feitos por amor e em atitude sobrenatural possuem um efeito poderoso e passível de ser sentido pelos sacerdotes. (…) Todos nós devemos o que somos e a nossa vocação às preces e aos sacrifícios dos outros. No caso do famoso Bispo D. Ketteler, extraordinária figura do episcopado alemão do século XIX e figura de destaque entre os fundadores da sociologia católica, a benfeitora foi uma religiosa, a última e a mais pobre irmã do seu convento.” Texto retirado da brochura Adoração Eucarística pela Santificação dos Sacerdotes e Maternidade Espiritual

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Promoção

Livro Sacerdotes Heróicos O livro Sacerdotes Heróicos narra as histórias de 12 padres, do nosso tempo, entre eles o P. Ragheed Ganni, que serviram e alguns ainda servem Deus e o Seu povo de forma extraordinária, também com o apoio da Fundação AIS.

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Oferta Adoração Eucarística Brochura sobre a importância da adoração eucarística e da maternidade espiritual dos sacerdotes

Rua Professor Orlando Ribeiro, 5 D, 1600-796 LISBOA Tel 21 754 40 00 • Fax 21 754 40 01 • NIF 505 152 304 fundacao-ais@fundacao-ais.pt • www.fundacao-ais.pt


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