Revista Toda Vida 4ª edição

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ano 1 > out/nov/dez 2015

n.

ENTREVISTA EXCLUSIVA:

Cortella

Mario Sergio Cortella afirma que além de longa, a vida tem de ser ampla.

saúde

previdência

cultura

Joelhos

Pós-emprego

Música

Cuide bem de quem te sustenta

Aumente sua “vida útil”

Terapia, hobby, paixão, tudo...

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Editorial

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Espaço reservado a ilustres convidados

Algumas ocasiões especiais mostram seu verdadeiro valor não pelo porte do evento, nem pela relevância de quem o protagoniza, mas sim pelo quilate dos convidados. É o caso deste e de todos os números da Toda Vida, nos quais sempre desfilam entrevistados e temas generosos em informações úteis para nossos leitores. Para esta edição, trouxemos, na matéria de capa, um convidado muito especial para falar sobre uma vida melhor e plena: Mario Sergio Cortella, o escritor-filósofo-educador que está entre os mais influentes pensadores brasileiros da atualidade. Complementando a matéria principal de nossa edição anterior (sobre como chegar aos 100 anos de idade), Cortella fala sobre o quanto é fundamental sabermos expandir nossas experiências de vida, não nos restringindo à busca por aumentar nosso período de tempo no plano físico, mas nos propondo a legar a ele mais sentido, qualidade e intensidade, o que é totalmente coerente com nosso lema e slogan: “Viver melhor, viver mais”. Outro convidado que traz declarações inspiradoras e relevantes para nossas páginas é o Diretor de Administração e Seguridade da Fundação Copel, Paulo Cezar da Silva Machado, falando sobre como tornar o período da aposentadoria uma época tão ou mais proveitosa para si e para os outros do que o tempo em que se estava na ativa. Essas e outras entrevistas poderão ainda ser apreciadas na íntegra em nossa edição digital, como é o caso da conversa que tivemos com o Dr. Gustavo Petrus, um grande especialista em dois amigos que suportam você o tempo todo: seus joelhos. Outra célebre convidada desta edição é a música, musa máxima de amantes e artistas, mostrando aqui que pode fazer muito mais pelas pessoas do que entretê-las. A lista prossegue, mas o melhor é você mergulhar nas próximas páginas e fazer sua leitura atenta e aberta a orientações que poderão melhorar sua vida. Afinal, de todos os convidados seletos que trouxemos para esta edição, o principal deles continua sendo você.

BOA LEITURA.

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índice capa

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Viva mais e

melhor

Mario Sergio Cortella vai expandir seus horizontes

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Participe da Toda Vida enviando sua sugestão, dúvida ou crítica para comunicacao@fcopel.org.br

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EXPEDIENTE Lindolfo Zimmer Presidente José Carlos Lakoski Diretor Financeiro Paulo Cezar da Silva Machado Diretor de Administração e Seguridade Priscila Grein Orreda Gerente de Comunicação e Relacionamento Danielle Furlan Coordenação Editorial Editorial Design Projeto Gráfico e Editoração Mario Lopes Reportagens Carlos Romaniello Direção de Criação Claudio Thiele Diretor de Arte Guilherme Damiani Designer

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so


e

r

atualidades

saúde

finanças

especial

Geração mimada

Dupla dinâmica

Garantindo seu futuro

Com louvor

Informações para agradecer de joelhos

Seu amanhã com dinheiro no bolso

Fundação Copel é avaliada como uma das melhores do Brasil

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cultura

previdência

gestão

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Celular em todo lugar

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04 Confusão sobre a asma Gastos de brasileiros caem no exterior

Quem canta...

Vida útil

Números

Gente que transformou a vida em música

Valorize seu tempo de aposentadoria

Nossas estatísticas ajudam a saber como somos

As matérias desta revista têm conteúdos extras no www.fcopel.org.br/toda-vida . Acesse e saiba mais. Você tem em mãos duas revistas: uma impressa e outra virtual. Faça bom uso de ambas. As informações expressas nessa revista são frutos de pesquisa e reportagens que visam promover a discussão saudável e não necessariamente representam a opinião da Fundação Copel.

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Atualidades

Conheça descobertas recentes da ciência e de institutos de pesquisa que podem afetar sua saúde, longevidade, finanças e qualidade de vida.

* Empresa Brasil de Comunicação ** Agência Brasil *** Organização Mundial da Saúde (OMS) e Correio Brasiliense **** UOL

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Geração mimada

40% gastam mais quando estão com os filhos

60%

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das mães gastam com produtos desnecesssários

Quem não chora, não mama. Pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) revela que a maioria das mães não resiste aos choramingos dos filhos quando saem às compras. Quatro em cada dez já entraram no vermelho por causa de presentes para os pimpolhos*.

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Celular em todo lugar

3

Pequena confusão sobre a asma

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Gastos de brasileiros no exterior caem pela metade

148,2

milhões de pessoas

O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGl.br) comprovou o que todo mundo já sabia: o celular está cada vez mais frequente na vida dos brasileiros. Só perde para a TV quanto à presença nos lares. E 81,5 milhões acessam a web através dele!**

300

milhões no mundo

20

milhões no brasil

Pesquisa do Ibope, encomendada pelo Boehringer Ingelheim, levanta dúvidas sobre o entendimento que o brasileiro faz da asma. Dos entrevistados, 73% responderam ter bronquite, quando na verdade pode ser asma. Na dúvida, procure um médico.***

47%

de queda em compras

Os brasileiros reduziram em quase 50% as despesas em viagens para fora do país. A constatação vem da comparação entre os número de setembro de 2014 a setembro de 2015. A alta do dólar está entre os principais motivos.****

Atualidades

astam os rios

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carga

Saúde

Quando você é a

Eles estão lá embaixo mas sua importância está lá em cima, cuide dos seus joelhos.

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Q

uem não se lembra da dolorosa imagem do Ronaldo “Fenômeno” agonizando no gramado ao sofrer uma grave lesão no joelho durante partida que disputava pela Inter de Milão? E quem não tem um familiar ou amigo com dificuldades de locomoção ou dores nesta parte tão importante do corpo humano? De anônimos a famosos, de sedentários a esportistas de alto desempenho, de adolescentes a idosos, todos temos em comum o medo pela fragilidade desta dupla que exige atenção constante, afinal ela está sempre sustentando o peso do nosso corpo e “trabalha” mesmo quando estamos sentados. Na verdade, apesar de toda a sua importância e de tantos casos divulgados de lesões, não prestamos muita atenção nem damos o devido valor aos nossos joelhos, mas isso nem vem a ser puro descaso, nos falta informação. Por isso, resolvemos investigar melhor as origens dos problemas, das soluções e, principalmente, das formas de prevenção que venham a proteger esses nossos pequenos-grandes parceiros.

Saúde

Conversamos com um grande especialista no assunto: o Dr. Gustavo Merheb Petrus. Formado em Medicina com Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia, é médico perito da Fundação Copel e possui tantas credenciais e diplomas referentes ao tratamento de joelhos que pode ser considerado uma autoridade absoluta no assunto. Dentre outros títulos, ele é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho (SBCJ) e da International Society of Arthroscopy Knee Surgery (ISAKOS), o que o torna uma celebridade do assunto tanto em nosso país quanto no exterior. Sendo assim, muita atenção aos conhecimentos que o Dr. Gustavo compartilhou com Toda Vida e que agora repassamos a você.

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Quanto mais preparada sua estrutura muscular, menos dores e problemas você terá.

Saúde

Dr. Gustavo Petrus

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Quem é mais vulnerável

Sintomas

Cada faixa etária tem os seus riscos específicos com relação aos joelhos, incluindo os adolescentes, que sofrem alterações ósseas (osteocondrite), resultantes da prática de atividades físicas, capazes de gerar dores. Já com os idosos, o problema está nos desgastes naturais. Até quem fica muito tempo sentado está sujeito a sofrer dores, pois essa posição também gera problemas devido à flexão constante nos joelhos. Componentes hereditários são outro fator que se mostra presente, com pessoas mais e menos predispostas a ter dificuldades nesta parte do corpo. E há uma característica que aumenta sobremaneira as chances de problemas nos joelhos em todas as idades: o sobrepeso. Portanto, olhos bem abertos diante da balança.

Dores que ocorrem depois da prática de atividades físicas, mas que se resolvem em até dois dias, não pedem uma visita ao médico. Mas dores progressivas, inchaço ou instabilidade no joelho exigem que se procure um profissional o quanto antes. Caso contrário, um tratamento que poderia ser resolvido de forma simples pode acabar se encaminhando para a mesa cirúrgica.

Até quem fica muito tempo sentado está sujeito a dores, pois essa posição gera problemas devido à flexão constante nos joelhos.

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Os problemas nos joelhos atormentam muito os profissionais assistidos pela Fundação Copel. Alguns casos necessitaram de afastamento previdenciário com maior tempo de recuperação, porém não foram contabilizados no controle interno.

Prevenção

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Cuide do peso

Quanto mais obeso você estiver, maior a carga de peso que seus joelhos terão de suportar. Mas não adianta perder peso se você também perder musculatura, portanto dê muita atenção ao próximo conselho.

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Pratique atividades

A movimentação dos joelhos durante os exercícios promove a liberação do líquido sinovial, presente em todas as articulações e que é um lubrificante natural. Quanto mais homogêneo, mais ele ajuda a nutrir a cartilagem.

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Suba e desça com cuidado

Quando subimos uma rampa ou descemos uma escada, a angulação aumenta o peso suportado por nossos joelhos. As escadas aumentam a carga entre a patela o fêmur, o que é reforçado na descida, já que nela entra a ação de um agente adicional: a força gravitacional.

?

4

Use calçados adequados

Há pessoas que acreditam ser saudável a atitude de ir e voltar de seu trabalho a pé. E é. Porém, se o trajeto for cumprido de sapato ou salto alto, a saúde é posta em risco. Os tênis absorvem o impacto e amenizam as irregularidades das calçadas e ruas, aliviando a pressão que vai para os joelhos.

Saúde

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Olhe bem aonde pisa

Caminhar por pisos planos e não escorregadios ajuda a reduzir os riscos de lesões. Para atletas, em especial corredores de rua, os cuidados residem em evitar calçamentos mal cuidados. Veja, ao lado, uma experiência real que atesta o risco presente na prática de atividade física em calçamentos mal cuidados.

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Preparando-se para correr, no ano que vem, em um trajeto de 100 km entre o Chile e a Argentina, Abenur estava treinando em um domingo qualquer pelas ruas da capital quando pisou em falso num paralelepípedo, vindo a cair no chão mas conseguindo se apoiar com as mãos na última hora. Apesar de não se ferir com gravidade, um de seus joelhos foi atingido. Por sorte, a aplicação de compressas quentes e frias acabou resultando em redução das dores e recuperação rápida. “Mas se as dores continuassem eu iria no médico, lógico”, ele assegura (e, de fato, seria o correto).

Abenur, ao centro da foto, estava treinando pelas ruas quando pisou em falso num paralelepípedo, vindo a cair no chão. Embora sua dedicação à atividade física seja exemplar, Abenur faz um ‘minha culpa’: “precisaria praticar mais aquecimento antes das atividades e mais alongamento depois”, ciente de que também estes procedimentos colaboram com a saúde dos joelhos. A propósito, não é só o Abenur que pretende participar de um grande desafio esportivo em 2016: o Dr. Gustavo quer completar uma prova de Iron Man, competição de triathlon na qual o atleta deve percorrer 3,8 km a nado, 180 km de bicicleta e 42 km correndo. Boa sorte e bons treinamentos ao Abenur e ao Dr. Gustavo, a Toda Vida irá acompanhar, registrar e divulgar mais adiante o resultado destes desafios.

Saiba mais sobre problemas e tratamentos nos joelhos, lendo informações complementares e ouvindo na íntegra a entrevista com o Dr. Gustavo Petrus no www.fcopel.org.br/toda-vida

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Saúde

Aposentado pela Fundação Copel, Abenur Santiago é um atleta amador que se enquadra entre os que sentiram na pele o que é passar raspando por uma lesão traumática no joelho. Corredor de rua com 61 anos de idade (mas que não aparenta ter mais de 50, possivelmente graças à atividade física), faz percursos diários de pelo menos uma hora, além de treino em academia.

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O poder da

Cultura

Música Terapia? Hobby? Paixão? Tem gente que acha que é tudo isso e mais. Muito mais

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s origens da música se perdem nos confins dos tempos. Mas, se não sabemos quando se iniciou, ao menos temos a certeza de que o dia em que irá acabar está muito distante. Especificadas as sete artes por ordem de grandeza, influência e admiração, fica difícil lhe tirar do alto do pódio. É comprovado que já no ventre materno os estímulos sonoros causam reações em quem ainda está longe de saber o que é uma partitura. E quando esse interesse acaba? Quase que invariavelmente ele nos acompanha até o último dia de vida. Também ocorre de o interesse se transformar em prática. E quando essa prática começa? Pode ser a qualquer tempo. Pode ser agora. É isso que podemos constatar em quem escreveu a trilha sonora da própria vida. E é isso o que nos diz a musicoterapia.

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Considerada uma ciência ainda um tanto recente, a musicoterapia faz uso da música para promover uma melhoria nos processos de comunicação, relacionamento e aprendizado das pessoas. Ela é destinada aos mais diversos fins, atendendo a necessidades emocionais, sociais e até mesmo físicas de pacientes com dificuldades mentais ou motoras, como autistas e portadores de paralisia cerebral. Mas não é só a indivíduos com alguma debilidade física ou psicológica que a música atua como agente terapêutico. A ciência mostra que ela interfere de modo positivo em todas as pessoas indistintamente, conforme comprovam diversas pesquisas, sendo que compartilhamos com você, na versão digital de Toda Vida, os resultados de algumas que se mostraram as mais interessantes e reveladoras. Acesse e confira. Mas, antes de ir para o seu computador, tablet ou celular, saiba mais sobre o a musicoterapia e seu propósito nas palavras da especialista que entrevistamos para esta matéria.

Cultura

É comprovado que já no ventre materno os estímulos sonoros causam reações

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Qualquer pessoa, sem restrição, pode se beneficiar da musicoterapia.

Cultura

A musicoterapeuta e especialista em Educação e Saúde Magali Dias afirma que a música é realmente capaz de proporcionar uma melhora significativa na qualidade de vida das pessoas. “Qualquer pessoa, sem restrição, pode se beneficiar da musicoterapia”, garante, com a curiosa colocação de que até mesmo deficientes auditivos têm como tirar proveito da música, pois podem senti-la através das vibrações acústicas.

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Sendo mais específica sobre estudos a respeito do uso da musicoterapia, ela cita pesquisas que evidenciam melhoras reais em pacientes com os mais diversos distúrbios de saúde, indo da pressão alta ao autismo, “eu mesma tenho uma pesquisa na qual trabalhei com crianças portadoras de diversas síndromes que tiveram uma melhora nítida do quadro emocional”, complementa.

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Mas talvez você esteja se perguntando como é o efeito específico dos diversos gêneros musicais (rock, sertanejo, ópera, samba, etc) no emocional das pessoas. Quanto a isso, Magali revela que a musicoterapia aplicada por ela não faz distinção musical ou mesmo um receituário de músicas indicando qual gênero é mais adequado a cada tipo de situação: “tocamos e cantamos todo e qualquer tipo de música desde que ela seja relevante para cada paciente”. Também não ocorre um cruzamento entre o tipo de música e a faixa etária dos pacientes, porém, “é evidente que por questões educacionais e sociais uma criança não deveria escutar RAPs ofensivos (com letra que faça apologia à violência, por exemplo), o que fazemos é desconstruir conteúdos negativos criando novas paródias, interpretações”, explica. Também o laço entre terapeuta e paciente é muito importante para a obtenção das melhorias no quadro de saúde, “a empatia entre os envolvidos é a geradora de resultados”. Mas haveria uma certa quantidade de música que deveríamos consumir diariamente? Magali não tem uma resposta precisa a respeito, pois escutar muita ou pouca música é algo relativo e que varia de indivíduo para indivíduo. Mas um cuidado que vale salientar se refere não ao volume em quantidade, mas sim ao volume sonoro: quanto mais alto se ouve as faixas em seu headphone, mais riscos você correrá em sofre danos auditivos, portanto use de moderação. Seria um contrassenso fazer uma arte tão saudável prejudicar justamente o canal que leva seus benefícios a todo o seu organismo. Os benefícios da música são realmente inúmeros, aliás, novas descobertas sobre o quanto ela é benéfica não param de surgir. Mas melhor do que ouvir o que a ciência tem a dizer, é saber as histórias que as pessoas têm a contar.

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Márcio Soares de Souza: talento materializado em um CD produzido depois da aposentadoria

Márcio Soares de Souza, hoje com 61 anos, trabalhou como engenheiro elétrico da Copel e, ao mesmo tempo, sempre se mostrou um violonista de mão cheia. Apenas depois de se aposentar é que resolveu entrar em um estúdio para realizar o sonho de gravar um CD de composições próprias: o “Circo Vivo”, um trabalho muito sensível, com arranjos sofisticados e gêneros musicais variados. Já a socióloga e analista socioambiental da Copel Vanessa Pereira Croge compõe desde os 12 anos de idade, mas teve de vender um carro para gravar seu tão sonhado CD, intitulado “Aprendiz”. Todas as faixas são autorais, indo de sambas a canções em estilo mais pop, enveredando por narrativas que se revezam entre o real e o imaginário.

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Vida e música também se misturam na história da auxiliar comercial da Copel Erica Turozi Lazaretti. Embora ainda não tenha um CD gravado, sua experiência com a sonoridade também vem de longa data, quando sua mãe a levou para participar do coral da igreja. O tempo tratou de transformar a aluna em mestra, vindo a dar aulas para idosos de um grupo de coralistas. Como vimos no início da matéria, as origens da música são desconhecidas, mas temos uma pista sobre um possível início de seu uso terapêutico. Um dos registros mais antigos foi deixado pelo médico e filósofo persa Avicena (980-1031), que prescrevia canções para aliviar a dor. Hoje sabemos que ela faz muito mais do que responder por um efeito analgésico.

Cultura

A música é capaz não só de curar, mas de fazer nascer mais vida em quem sabe apreciá-la.

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Vidalong

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C

ida Um dos maiores intelectuais brasileiros convida: não meça sua vida apenas em anos

Buscando respostas para estas e outras indagações, e sendo coerentes com nosso lema e slogan que é “viver melhor, viver mais”, fomos atrás de um sábio no sentido mais autêntico do termo: Mario Sergio Cortella. Um dos entrevistados mais hipnóticos do país, Cortella costuma colocar em pauta indagações inquietantes nas palestras e programas nos quais participa. Escritor, professor, educador e palestrante, é uma das mentes mais respeitadas e aplaudidas do país, o que lhe dá legitimidade para fazer suas provocações e dar respostas consistentes e reveladoras. Seu livro “Vivemos mais! Vivemos bem?”, escrito em parceria com a filósofa e consultora Terezinha Azerêdo Rios, apresenta um conteúdo que chega a ser complementar à matéria de capa da edição anterior de Toda Vida: se nela falávamos sobre como chegar aos 100 anos com saúde, nas páginas da publicação que você tem em mãos, Cortella fala sobre como esticar esses anos todos “para os lados”, ou seja, sobre a importância de termos uma existência não só longeva mas também larga em experiências.

Capa

nga

laro, é fato que chegar a mais um ano de vida em nosso mundo não tem sido tarefa das mais fáceis, o que, por si só, já merece aplauso. E vamos combinar que não é o momento de se colocar em pauta os méritos da celebração. Mas, da parte de quem é parabenizado, fica a necessidade de reflexão: até que ponto se está deixando de colecionar “muitas felicidades” para apenas se acumular “muitos anos de vida”? Por que motivos eu mereço ser parabenizado?

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Se antes falávamos em viver mais, agora falamos em viver melhor. Acompanhe agora alguns trechos de nossa entrevista com Cortella. A cada tópico, segue um breve parágrafo que selecionamos da conversa.

Experiência

A vida precisa ter densidade. A gente não apenas vive algo, a gente também pensa sobre essa vivência e pode transformá-la numa experiência meditável. Isso significa dizer “não” a uma vida que seja mera automaticidade, mera roboticidade.

Capa

Medo Este pensador londrinense, que já foi Secretário da Educação de São Paulo, é autor de uma grande diversidade de livros voltados à filosofia e ao conhecimento. Dentre esses livros tão aclamados, “Vivemos Mais! Vivemos Bem?” certamente merece destaque. A obra é extremamente provocativa e questionadora. Cortella e Rios constantemente puxam para reflexões que fazem o leitor colocar em questionamento não só como viveu nos últimos anos mas também como pretende conduzir o restante de sua vida.

Viver exige que você e eu sejamos capazes de enfrentar a realidade, e ela não é absolutamente plaina, o que significa que, acima de qualquer coisa, o perigo é algo que nos deixa em estado de alerta e não em estado de imobilidade. Como eu digo sempre: o primeiro passo para você enfrentar fantasmas é acender a luz, isto é, deixá-los no claro. Daí você pode enxergá-los.

Rotina

A rotina é decisiva, mas ela não pode ser confundida com monotonia. A rotina é necessária. Eu que sou um profissional, um professor, um escritor, eu tenho uma rotina, um modo, uma rota que já está previamente organizada para eu fazer as coisas. Essa rotina oferece maior segurança nos passos. A monotonia leva à distração. E a distração leva a um risco muito forte.

Tolice

Gente que sabe tudo, de maneira geral, é gente tola. A vida é processo e processo é mudança.

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Solidão

Estar sozinho é uma necessidade em vários momentos. Eu preciso estar sozinho para escrever um texto ou fazer uma oração. Estar sozinho é uma escolha de sair por um momento de um convívio. Muita gente vive sozinha mas não é solitária.

Fobias

Quem tem fobias e temores intensos vai ter de enfrentá-los de maneira paulatina. Ao olhar para o caminho percorrido, se percebe que nada de negativo aconteceu e, portanto, havia mais temor pelas expectativas do que pelo fato.

Religiosidade

Nós (brasileiros), em alguns momentos, supomos que aquilo que acontece não é responsabilidade nossa, e, em outros, esquecemos essa força. “Deus lhe pague”, “Deus te proteja”, isso é um acalanto que às vezes se assemelha à ausência de responsabilidade.

Trabalho

Confundir trabalho e emprego é uma degradação. Emprego é sua fonte de renda, trabalho é sua fonte de vida. Muita gente encontra no emprego o trabalho que gostaria de ter. É uma escolha. Há pessoas que têm essa escolha mas não o fazem, é preciso fazê-lo.

Perfeccionismo

Uma pessoa que supõe não ter defeitos, não tem capacidade crítica. Amigos de verdade me alertam para que eu não seja perfeito.

Velhice

O que mais envelhece uma pessoa é a incapacidade de esperança, é o aprisionamento na condição atual. Alguém que fecha a cabeça para aquilo que é novo. O envelhecimento é a degradação da fertilidade.

Inteligência

Toda vez que somos capazes de suspeitar, de colocar um ponto de interrogação no final das frases, podemos abalar as certezas que carregamos, mas saímos de uma vida alienada. Quem é alienado é raso, de pouca profundidade. Prefiro ficar na possibilidade de suspeitar.

Existência

Pessoas com maior nível de inteligência são aquelas que não querem perder a existência (no sentido de aproveitá-la).

Obsessão

Há uma diferença entre obsessão e afinco. As pessoas têm seus modos variados de criação. Mas não acho que um obsessivo consegue criar bem. Toda obsessão é uma doença.

Abundância

Abundância não é excesso, é suficiência. Eu sinto abundância quando aquilo que eu preciso está a minha disposição. Excesso está ligado a desperdício, e isso é desrespeito.

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Fracasso

O fracasso está em deixar de tentar algo quando se poderia tentar mais uma vez. Machado de Assis dizia que nem sempre recuar é fugir. Muitas vezes o recuo é uma estratégia para se dar um passo mais consistente adiante.

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Manias

Há pessoas que se amedrontam em excesso com aquilo que a vida coloca e acabam construindo um modo de repetição que dá a elas um certo conforto, que se torna, em última instância, algo que a psiquiatria chama de mania. E essa mania acaba fazendo com que, em especial pessoas que tenham mais idade - isso acontece muito com idosos como eu e outros - , a capacidade de ter manias, de maneira a se sentir mais seguras.

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Covardia

A covardia se aproxima, em grande medida, do maior de todos os pecados capitais que é a preguiça. A palavra “preguiça” é entendida como sendo uma incapacidade de ação e, portanto, uma vida que se torna descartável, fútil, superficial. Eu acho que há uma proximidade muito forte entre covardia e preguiça. Não fazer porque é mais confortável ou porque tenho pânico de fazê-lo. Nessa hora, a preguiça e a covardia se abraçam.

O que mais envelhece uma pessoa é a incapacidade de esperança, é o aprisionamento na condição atual. Alguém que fecha a cabeça para aquilo que é novo. Indicações

Uma coisa que não pode se deixar de assistir é um filme de Fellini chamado “Amarcord”, tratando da vida do diretor (Federico Fellini). Outro filme é “Zardoz” que trata da imortalidade. Um conto de beleza inacreditável é “Boa Noite, Maria” de Ligia Fagundes Telles, do livro “A Noite Escura E Mais Eu”. Outro livro é “Baú De Ossos” de Pedro Nava. Também indicaria “Na Rolança Do Tempo”, de Mario Lago e “Fedon” de Platão, a primeira reflexão mais profunda sobre a imortalidade da alma.

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Capa

Ouça na íntegra a entrevista com Mario Sergio Cortella no www.fcopel.org.br/toda-vida

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Quem poupa... Como chegar à aposentadoria ganhando realmente o que você almeja?

P

rendimento satisfatório para manter uma vida digna e confortável. Caso negligencie a importância de se disciplinar, acompanhar e entender a evolução do dinheiro que está acumulando, você estará deixando seu futuro não apenas em risco: você estará dando a si mesmo a certeza de uma aposentadoria longe da que sonhara. Então, acompanhe a seguir orientações úteis para construir já um futuro tranquilo. Ou então, suas esperanças se resumirão a apostas em bilhetes de loteria.

Finanças

rimeiramente, sejamos diretos: não há segredo, nem milagre. O que você vai ganhar quando se aposentar é diretamente proporcional àquilo que você acumular enquanto estiver na ativa. Nem mais, nem menos. Simples, não? Ao menos deveria ser. Assunto muitas vezes protelado por parecer algo excessivamente distante, a aposentadoria, tenha certeza, uma hora vai chegar, e você deve se preparar hoje para receber aquilo que de fato considera um

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Há uma distinção inicial bastante pertinente: existe uma diferença entre o que você precisa e o que você almeja. O que você precisa está relacionado às suas necessidades essenciais: alimentação, vestuário, moradia, etc. Já o que você almeja está relacionado a uma projeção futura mais ambiciosa, isto é, a um cenário previdenciário idealizado e superior à simples “sobrevivência”. Ter uma cifra aproximada de cada um destes dois rendimentos ajuda você a projetar o valor essencial para viver bem e o valor ideal para uma aposentadoria dentro de suas perspectivas mais exigentes.

Estabelecendo projetos Também investigue quais são os seus sonhos para o futuro. A terceira idade pode ser um período para viagens e conquistas mais ligadas à satisfação pessoal, mas dificilmente será um período para se acumular patrimônio, portanto não tente projetar para seus ganhos futuros cifras que incluam aquisições de porte, porque isso vai gerar a necessidade de um benefício mensal pouco viável.

Procure tornar mais claro quanto seria o valor de aposentadoria que daria para você se manter e o valor que realmente almeja.

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Estabeleça projetos de curto, médio e longo prazo, para assim saber distinguir as conquistas mais adequadas e possíveis para cada momento da vida.

Referências Saber quanto é preciso acumular para atingir o que você precisa e o que você almeja é tarefa que, embora matemática, envereda por um certo grau de subjetividade, pois um ganho adequado é estabelecido por parâmetros um tanto pessoais. Também é algo que exige um exercício de projeção, ou seja, de se tentar vislumbrar daqui a alguns anos quanto é que o dinheiro acumulado vai render.

Simule e acompanhe Aqui vai um exercício muito importante para você projetar seus ganhos na aposentadoria e monitorar o quanto está acumulando. Faça uma simulação no portal da Fundação Copel (www.fcopel.org.br). O acesso ocorre mediante a digitação de seu CPF e senha. Na área do participante, você deve clicar no plano previdenciário, sendo possível consultar seu saldo e ainda fazer simulações de quanto será o valor dos seus benefícios mensais futuros. Atenção: lembre-se que você deverá passar por promoções que incrementarão seus ganhos futuros, já que permitirão aplicações mais robustas em seu fundo previdenciário.

Finanças

Reflexões importantes

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Cinco formas de incrementar sua previdência.

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Dobre seu percentual de contribuição

Finanças

Caso você se enquadre no grupo que contribui com 2% de seu salário no plano de previdência, é bom rever seus conceitos. A contribuição paritária faz com que sua patrocinadora dobre instantaneamente cada centavo que você aplica, ou seja, se você não está adotando os 4%, está deixando de ganhar um dinheiro que fará falta no futuro e ainda negligenciando uma rentabilidade automática de 100%, algo que nenhuma instituição bancária oferece.

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Adicione contribuições extras

Você já está nos 4%? Parabéns. Mas pode contribuir ainda mais com seu futuro fazendo contribuições extras. Acima deste percentual não ocorre a contribuição paritária da patrocinadora, mas mesmo assim é um investimento que vale a pena. Por ser uma entidade sem fins lucrativos, as taxas de administração da Fundação Copel são reduzidas, e seu dinheiro vai rentabilizar com a atuação de profissionais muito competentes, que estarão zelando pelo seu investimento.

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Faça aportes mais frequentes

1

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Procure pensar que todo dinheiro extra que entra em conta deve ter um percentual destinado à sua previdência. Vendeu um carro ou terreno? Alugou um imóvel? Recebeu uma indenização? Destine parte do valor a um aporte. Caso contrário, você verá no futuro que esse dinheiro diluído em gastos e compras que nem recorda fará muita falta no fechamento de cada mês.

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Discipline-se e programe aportes

Uma coisa é você reservar para aporte percentuais de valores que eventualmente entrarão em sua conta, outra é você antever determinados períodos em que entrará uma soma extra, já se planejando para canalizar parte dos recursos à previdência. Um exemplo: quando receber seu décimo terceiro, já se programe para separar um percentual, evitando que tudo seja torrado nas festas e viagens de final de ano.

É claro, para sobrar é preciso gastar menos do que a quantia que se recebe. Então, para proteger seus rendimentos a ponto de haver o suficiente para realizar seus aportes e contribuições extras, cuide do seu dinheiro: lembre-se que ter uma previdência em dia é o básico e evite desperdiçar recursos, gastar com supérfluos e perder o controle das contas. Os juros de boletos atrasados pesam muito no bolso, então procure pagar tudo em dia. Também tenha na ponta do lápis cada centavo gasto, quer com o uso de uma planilha escrita a mão, quer através de um aplicativo instalado em seu celular.

Saiba mais informações sobre como fazer seus aportes e contribuições extras acessando o www.fcopel. org.br/toda-vida. Outro canal muito importante é o: www.fcopel.org.br/previdencia/viva-tranquilo – ele dá acesso a informações que ajudarão a entender a importância de um plano de previdência complementar.

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Finanças

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Gerencie seus recursos para que sobrem e alimentem sua previdência

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Aposentar-se é parar de trabalhar, mas não de ser útil.

Tempo de

(re)começar TodaVida_4.indd 26

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P

rovavelmente você já ouviu esta afirmativa. Ela parece plenamente coerente e aplicável quando estamos no período produtivo de nossas vidas. Ser útil é condição inerente a qualquer profissão. E isso não é facultativo, pois, caso a utilidade de um colaborador venha a ser percebida como aquém do esperado, ele é demitido. Mas e quando você não pode mais ser demitido por ninguém? É o que acontece quando nos aposentamos. A impressão imediata para muita gente é a de que você se livra do fardo de ter de ser útil, podendo então fazer o que bem desejar e só satisfazer a si mesmo. Será? O Diretor de Administração e Seguridade da Fundação Copel, Paulo Cezar da Silva Machado, não se mostra simpático a este tipo de raciocínio mais comodista e egoísta. Aliás, para ele nem seria propriamente um egoísmo, posto que a sensação de não ser útil destrói o próprio ego. “É possível ser útil das mais variadas maneiras”, garante Machado, afirmando que é dessa forma que o período de aposentadoria se torna mais enriquecedor e gratificante. Quanto mais tempo nos sentimos úteis, mais nos envolvemos com processos que nos fazem nos sentirmos vivos.

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E, sendo verdadeiramente relevantes aos que estão à nossa volta, acabamos por aprimorar nossa sociabilização, que é um dos fatores que levam as pessoas a serem mais saudáveis. Importante termos em mente que não é só no trabalho que podemos ser úteis. Há atividades sociais e familiares que fazem nos sentirmos bem, evitando inclusive o afastamento do universo doméstico, algo comum para muitos aposentados. Aliás, a família também deve contribuir, pois muitas vezes filhos e netos tentam preservar o idoso de esforços, acabando por fazer com que ele não se sinta útil. Mesmo atividades mais triviais da rotina da casa são importantes, como lavar a louça ou arrumar o jardim. A condição de ser útil na velhice também exige um certo planejamento. É preciso se preparar para a aposentadoria, criando mecanismos que nos permitam evitar a reclusão. Passamos 20 a 30 anos no trabalho e, depois, ainda teremos 20 a 30 anos pela frente, um período que pode ser ocupado por atividades tão ou mais úteis do que as realizadas no período em que se estava na ativa. E é aí que entram orientações que podem inspirar e ajudar no encaminhamento para esta velhice útil e feliz. Acompanhe e faça sua parte pelo seu próprio bem e o de quem está à sua volta.

Previdência

“Quem não vive para servir, não serve para viver”.

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Reflexões É a vez de fazer tudo o que você gosta Em todas as fases da vida, quando fazemos aquilo que gostamos acabamos tendo o resultado mais satisfatório. Quando nos dedicamos a uma atividade sem fins lucrativos, apenas porque gostamos e queremos dar vazão a algum talento que tenha ficado estagnado, como uma arte, um esporte ou uma atividade assistencial, acabamos encontrando outro tipo de satisfação mais pura que a financeira. E, em muitos casos, até mais valiosa.

Estabeleça previamente seu espaço e funções dentro de casa No período do pós-emprego, muitas vezes as pessoas tomam um certo choque ao frequentar a própria casa de maneira mais constante. Se antes o tempo no lar se restringia às noites e finais de semana, na aposentadoria a presença fica frequente, sendo que o aposentado começa a se conflitar com seu cônjuge na disputa por espaços nas atividades domésticas. Ao sentir-se não muito bem aceito, o aposentado passa a buscar formas de convívio fora de casa, muitas vezes desembocando no alcoolismo e até no divórcio.

Previdência

Seja útil a quem mais precisa

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Não limite seu círculo de amizades ao universo profissional No tempo da ativa, não se deve ficar restrito à formação de um vínculo com pessoas que se limite ao ambiente de trabalho. Ao frequentar clubes, por exemplo, ou outros núcleos de interesses e convívio social, o profissional amplia o número de amigos, que acabam sendo importantes ao se entrar na aposentadoria.

Trabalhos voluntários em diversas áreas são tão prazerosos para quem os pratica quanto valiosos para quem se beneficia. Há ainda outras formas de convivência e de se sentir útil, como a de síndico de prédio – sim, para muitos é sinônimo de dor de cabeça, mas quem se considera apto para a tarefa pode abraçá-la, com certeza, principalmente porque um aposentado acaba tendo mais tempo para ser síndico do que um morador que trabalha o dia todo.

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s

Paulo Cezar da Silva Machado Aposentado desde 1998, ele não conseguiu ficar parado e hoje lidera dois programas de grande importância para a Fundação Copel: o “Viva com Saúde” e o “Viva Tranquilo”. Machado recentemente participou de um evento no exterior que traçou um panorama entre os modelos previdenciários de países europeus, o que o credencia a falar sobre o tema com grande propriedade, já que seu entendimento está hoje alinhado com o cenário mundial.

Mantenha vínculo com outras pessoas pela tecnologia

Muitos aposentados acabam se tornando professores, levando seus conhecimentos para escolas particulares e até de ONGs. Uma maneira nobre de ocupar o tempo, e bastante gratificante também.

Saiba fazer bom uso do ócio

Não pare de estudar O estudo, como em aulas de idiomas ou culinária, ajuda tanto a criar novos relacionamentos quanto a adquirir habilidades que poderão ser utilizadas no ambiente familiar, em viagens e no ingresso em novas experiências de vida.

Usar bem o tempo, fazendo uma boa leitura ou buscando aprender novas habilidades são formas de trocar o sofá e a TV por maneiras mais proveitosas de curtir a vida e a família.

Tome cuidado com a depressão Embora tenha causas químicas e biológicas, a depressão também se manifesta por motivos de isolamento e sensação de não ser mais necessário . É importante buscar ajuda, inclusive profissional, no caso de sentir sintomas da depressão. A família deve colaborar nesse processo, apoiando o aposentado com carinho e ajudando no encaminhamento a formas de reverter o quadro.

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Mexa-se A atividade física aqui não é recomendada no sentido que todos adotam como padrão (correr diariamente, por exemplo). A dança é uma atividade que faz bem para o físico e também colabora na sociabilização. Ou seja, busque uma atividade física que traga satisfação.

Previdência

Perpetue seus conhecimentos

As redes sociais consistem em canais de relacionamento úteis para o aposentado. Para muitos, a princípio a tecnologia pode ser um pouco confusa e até assustadora, mas fique certo de que está muito longe de ser um bicho de sete cabeças. Aprenda e use porque vale a pena.

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saúde Muito bem

de

Q

ue nota você daria para a sua saúde? É difícil precisar com exatidão, pois somos compostos por tantos órgãos e mecanismos fisiológicos que o desafio de atribuir uma nota de zero a dez seria tarefa das mais complexas. E que nota você daria para seu plano de saúde? Também aqui encontramos uma enorme diversidade de elementos que dificultam uma avaliação precisa: é necessário conhecer a cobertura de exames e procedimentos, investigar a qualidade do atendimento, pesquisar o grau de satisfação do público assistido, dentre vários outros critérios, sendo praticamente todos formados por elementos que exigem um estudo científico sério e aprofundado. Embora muito desafiadora, esta tarefa é cumprida anualmente com o levantamento de um ranking que atribui notas a todos os planos de saúde do Brasil. Realizada

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pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), a pesquisa é de grande importância por reconhecer as entidades que vêm realizando um bom trabalho e alertar aquelas que estão demonstrando um resultado aquém do determinado como padrão, bem como informar seus usuários. A avaliação, que recebe o nome de IDSS (Índice de Desempenho da Saúde Suplementar), apresentou uma boa surpresa em 2015: o número de operadoras de planos de saúde avaliados como muito bons aumentou (11,9%), demonstrando que a competitividade e as exigências do setor estão sendo levadas cada vez mais a sério. E a ótima notícia é que a Fundação Copel está integrando este time de seletas instituições que prezam por atender seu público com o devido respeito e profissionalismo.

Especial

ANS avalia planos de saúde nacionais e coloca a Fundação Copel entre os melhores.

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Fundação Copel, reconhecida pela ANS e premiada pela Unidas

Especial

Como chegamos lá

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A indagação mais inquietante que você, leitor, deve estar se fazendo é o que determinou que a Fundação Copel se saísse tão bem nesta avaliação e como a ANS foi capaz de medir a qualidade de um plano de saúde que atende mais de 42 mil beneficiários, sem contar todas as diversas outras operadoras que também foram avaliadas. Vanessa Haffner da Silva Oliveira, Analista de Saúde da Fundação Copel, garante que a análise da ANS é extremamente criteriosa, “ela mede a efetividade do plano de saúde, ou seja, o que ele oferece e o que de fato os beneficiários utilizaram”, explica, afirmando que uma série de itens são colocados em pauta nesta avaliação, como, por exemplo, o número de pacientes atendidos no período e o prazo

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entre o agendamento da consulta e sua realização. Estes e diversos outros itens são compreendidos dentro de quatro dimensões, cada qual com um percentual de peso na composição da nota total: assistência prestada pelas operadoras ao público atendido (40%), satisfação do cliente (20%), estrutura e operação da empresa (20%) e aspectos econômico-financeiros (20%).

Em todas, a Fundação Copel obteve pontuações significativamente acima da média. Um outro ponto muito importante para que a ANS possa atribuir uma nota condizente com o desempenho da operadora está na obtenção e organização das informações que são encaminhadas. “Tivemos uma

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Graças ao trabalho feito pelos colaboradores da Fundação Copel no novo sistema, as informações que foram para a ANS se mostraram mais completas do que nos anos anteriores, contribuindo também para a boa avaliação. Também (e principalmente) a satisfação do público atendido pela Fundação Copel foi determinante, pois os índices de reclamações de beneficiários junto à ANS pesa de forma bastante desfavorável na avaliação, o que, felizmente, não foi o nosso caso. E o termo “saúde financeira” se somou na nota da Fundação Copel de modo contundente e incontestável, “hoje temos uma reserva que é cerca de 20 vezes maior que o indicado pela ANS”, afirma o Dr. Luiz Henrique Picolo Furlan, Médico Perito da Fundação Copel.

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A FUNDAÇÃO

COPEL NO IDSS Entenda como a Fundação Copel se saiu na avaliação da ANS VOCÊ ESTÁ AQUI

0,86%

A melhor avaliação da Fundação Copel nos últimos

sete anos

Brasil

estamos entre as 30 melhores operadoras de autogestão do país.

IDSS “muito bom”

o mais alto da ANS. Unidas: premiação especial, restrita a operadoras com nota acima de 0,8.

Total de operadoras avaliadas: 1.187.

Especial

grande mudança em nosso sistema de informática, o que exigiu uma articulação de toda a equipe para dar fluxo e ordem corretos aos dados que vinham dos diversos setores”, explica José Carlos Richter Júnior, Gerente do Departamento de Gestão e Regulação a Saúde.

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Melhor prevenir... Um aspecto crucial no sucesso da avaliação recebida pela Fundação Copel reside no quesito “Prevenção”. Nossos programas de medicina preventiva são um grande diferencial e, certamente, ocupam um papel de destaque tanto na apreciação da ANS quanto na satisfação do público atendido por eles. A medicina preventiva visa cuidar do participante principalmente enquanto ele está na ativa, buscando a redução do tabagismo, da obesidade e do sedentarismo, dentro outros complicadores da saúde, objetivando reduzir a incidência de doenças degenerativas, cirurgias e tratamentos que poderiam ser evitados com bons hábitos. Além de promoverem a saúde do participante, os programas preventivos acabam também por reduzir

Nossos Programas de Prevenção

Especial

PGDC – Programa de Gestão de Doenças Crônicas Atua na busca de qualidade de vida para pessoas que têm de conviver com doenças incuráveis, como no caso do diabetes.

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Gestação Saudável Visa prestar orientações úteis às futuras mamães Rastreamento de Câncer Com ênfase a estimular e aumentar o índice de exames preventivos de cânceres de mama, colo retal e útero.

os gastos da própria operadora, o que consequentemente, represa uma soma de despesas que poderia desembocar no aumento de mensalidades do próprio plano de saúde. As iniciativas que visam a prevenção acabem valendo pontos perante a ANS e satisfação perante o beneficiário. Afinal, é muito mais vantagem tratar o tártaro do que extrair o dente, concorda? Portanto, mais ênfase a esse tipo de programa será dada, com novas ações que façam valer aquele ditado que todos conhecemos muito bem: “antes prevenir do que... (você sabe!)”.

E o futuro? O resultado desta avaliação não significa simplesmente celebração e, muito menos, acomodação. A intenção da Fundação Copel é evoluir sempre, buscando patamares cada vez mais elevados junto à ANS e ao público atendido. “A ANS dá as diretrizes e nós as estamos atendendo, aliás, estamos nos empenhando na busca de índices cada vez mais positivos”, garante Marcelo Ramos Pinotti, integrante do Departamento de Gestão e Regulação à Saúde.

Neste caminho de melhoria contínua, algumas ações bastante pertinentes estão sendo vislumbradas. A oferta de rede da Fundação Copel é bastante satisfatória, devendo passar por ampliação no interior do Estado. Infelizmente, há uma natural escassez de profissionais de saúde especializados e também de clínicas e equipamentos mais sofisticados fora dos grandes centros, o que dificulta esta tarefa, problema este

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que atinge não só a Fundação Copel como também todas as operadoras. Além de incrementar a rede credenciada, receberão ênfase os pontos identificados como relevantes em pesquisa de satisfação realizada pela própria Fundação Copel.

A participação e cumplicidade das patrocinadoras continuará sendo outro aspecto muito relevante, pois elas formam um elo poderoso no êxito das iniciativas da Fundação Copel.

Além do reconhecimento de uma agência reguladora do porte da ANS, buscamos identificar as necessidades dos beneficiários e aos próprios indicadores do IDSS, “é o caso, por exemplo, da quimioterapia oral: ela passou a ser obrigatória pela ANS, mas a Fundação Copel já fazia este tipo de cobertura”, explica Vanessa Haffner. Esta constatação traz à luz outro raciocínio: o de que a Fundação Copel está mais preocupada com a satisfação de seu público do que com avaliações externas, “o IDSS é a consequência de um bom trabalho”, avalia Roberta Suylle Koscianski, Analista de Saúde, “nosso principal foco é o beneficiário”, completa.

O reconhecimento e você

Esse foco no cliente acaba também sendo estratégico, pois todo ano os indicadores da ANS mudam, ou seja, melhor do que ficar de olho neles é estar atento às necessidades da população atendida.

A sensação de orgulho de pertencer a uma instituição tão bem avaliada é, possivelmente, a primeira reação de quem trabalha na Fundação Copel, das empresas patrocinadoras e, claro, de todo o público atendido. Mas a ótima pontuação atingida apresenta indicativos que precisam ser apreciados com maior atenção. O principal deles, provavelmente, não se refere ao passado, ou seja, àquilo que motivou os aplausos da ANS, mas sim às perspectivas da própria instituição. “O reconhecimento trazido pelo bom resultado no IDSS atesta que estamos no caminho certo”, afirma o Dr. Furlan. Para ele, o índice tão positivo dá aos beneficiários do PROSAÚDE II a tranquilidade de saber que estão tendo o privilégio de contar com a assistência de um plano com alto grau de reconhecimento, e que tende a aumentar ainda mais sua nota nas próximas avaliações. Aliás, com relação ao ano anterior, a Fundação Copel cresceu três décimos, indicando que está avançando em curva ascendente. E, melhor que isso, que seus esforços caminham para satisfazer cada vez mais tanto a ANS quanto o principal interessado na melhoria contínua dos serviços de saúde: você.

Saiba mais sobre a avaliação da ANS, lendo informações complementares no www.fcopel.org.br/toda-vida

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Fundação Copel em números

Você sabe qual é o perfil dos participantes da Fundação Copel? Quantos somos? O número de aposentados? E de pensionistas? Acompanhe estes infográficos para entender melhor o nosso panorama geral, são números que nos descrevem e mostram a força do maior fundo de pensão do sul do país.

Previdência Plano III: R$ 3,021 bilhões | Pecúlio: R$ 16 milhões | Plano Unificado: R$ 5,186 bilhões

10.240

Maior Idade Ativo 80 anos Apos. 100 anos Pens. 96 anos

Ativos

6.570 Aposentados

Media Idade Ativo 40 anos Apos. 63 anos Pens. 65 anos

1.324 Pensionistas

Mediana Idade

Menor Idade

Ativo 38 anos Apos. 64 anos Pens. 60 anos

Ativo 19 anos Apos. 38 anos Pens. 2 anos

18.134 Participantes

Pirâmide Etária | Participantes 80 e + anos

30

75 a 79 anos

30

70 a 74 anos

55 a 59 anos

Gestão

1746

365

1735

411

45 a 49 anos

1763

343

40 a 44 anos

1400

314

35 a 39 anos

15 a 19 anos

1391

247

50 a 54 anos

20 a 24 anos

1007

107

60 a 64 anos

25 a 29 anos

475

48

65 a 69 anos

30 a 34 anos

304

925

403

1233

552

1612 349

916 99

285 1

24

10 a 14 anos

36

5

05 a 09 anos

3

0 a 04 anos

1

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Feminino

Masculino

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Prósaúde II 15.120

Aposentados e dependentes

42.231

1.475

25.068

Ativos e dependentes

Total de beneficiarios cobertos pelo Plano de Saúde

Pensionistas e dependentes

568

Autopatrocinados e dependentes

Total de Ativos Financeiros – Out/2015: R$ 195,534 milhões Despesas: R$ 134,908 milhões – 83% Hospitalar / 10% Farmácia / 7% Odontologia

Pirâmide Etária | Beneficiários 9.86%

10.82%

54 a 58 anos

4.35%

49 a 53 anos

4.28%

44 a 48 anos

3.67%

39 a 43 anos

3.02%

34 a 38 anos

3.26%

29 a 33 anos

4.06%

24 a 28 anos

4.51%

19 a 23 anos 0 a 18 anos Feminino

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3.92% 9.27% Masculino

3.96% 4.17% 2.99% 2.39%

Gestão

59 e + anos

3.52% 4.21% 4.14% 3.99% 9.59%

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