ID: 53848989
12-05-2014
Tiragem: 12000
Pág: 33
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 14,32 x 25,31 cm²
Âmbito: Regional
Corte: 1 de 1 DB-A.A.
Sílvia Ferreira, Hélder Bruno, Liliana Simões, António Marçal, Amândio Torres e Álvaro Cartas
Primeira incubadora social inaugurada na Lousã Projeto foi um dos vencedores do Prémio EDP Solidária em 2013. O Microninho já conta com sete entidades parceiras 111 Três dezenas de agregados familiares da Lousã vão ser os primeiros destinatários do projeto “Microninho”. Criado pela Associação de Desenvolvimento Social e Cultural de Cinco Lugares (ADSCCL), esta incubadora social tem como objetivo “potenciar a inclusão social de públicos desfavorecidos” através da incubação de “pequenas empresas locais que potenciem a sustentabilidade da região”. Os principais visados são pessoas desempregadas, em situação de fragilidade social, e com interesse na criação de micronegócios. De acordo com a presidente da instituição, Liliana Simões, este é um projeto diferente de inclusão social que pretende ter “um impacto muito significativo junto da comunidade”. A ideia nasceu durante a tese de mestrado em Intervenção Social, Inovação e Empreen-
dedorismo da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Perante o sucesso da experimentação social e a vitória no Prémio EDP Solidária, o Micronicho ganhou “pernas” para ajudar ao desenvolvimento local. Para tal, e para além do financiamento obrido junto da Fundação EDP, a ADSCCL garantiu já a parceria de mais seis entidades. A saber: a Câmara Municipal da Lousã, a Junta de Freguesia da Lousã e Vilarinho, Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC), Instituto de Emprego e Formação Profissional da Lousã, Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC) e Inovinter – Centro de Formação e Inovação Tecnológica. Todas estas entidades assinaram este sábado um acordo de parceria que prevê, entre outros, a cedência da antiga Escola Conde Ferreira para sediar a instituição. Síl-
via Ferreira, da FEUC, elogiou o espírito da iniciativa, considerando mesmo que estamos perante “um projeto inovador”. “Não conheço nenhum projeto a nível nacional com esta metodologia e forma”, afirmou. António Cartas, da Inovinter, referiu que a parceria vai permitir “encontrar as melhores soluções” para o público-alvo do projeto. Amandio Torres, presidente da Assembleia Municipal da Lousã, frisou a inovação do projeto, pois “projeta a proximidade e potencia a distância”. Para o vereador Hélder Bruno, este tipo de empreendedorismo é “o futuro”, pois “pretende promover um negócio de subsistência”, levando a que melhore a condição de vida das pessoas. António Marçal, presidente da Junta de Freguesia da Lousã e Vilarinho, afirmou que um projeto como este “promove a dignidade das pessoas”. | António Alves