Revista Fazer Bem | 12ª edição

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Ano 12 | nº 12 | janeiro 2023
REVISTA
da
Segurança Alimentar Responsabilidade Social Nutrição
Publicação
Natal do Bem garante mais de 3 milhões de refeições
RS Canela Campo Bom Por to Alegre SP Guarulhos Franca Campinas Ribeirão Preto RJ Rio de Janeiro ES Viana CE Senador Pompeu Três décadas de expertise em Logística Rodoviária e Aérea Rio de Janeiro | RJ (21) 3950-1403 Guarulhos | SP (11) 2207.2375 Ribeirão Preto | SP (16) 3512-1999 Campo Bom | RS (51) 3913-1008 Campinas | SP (19)3282-0866 Canela | RS (54) 3282-4266 Franca | SP (16) 3720-1705 Sen. Pompeu | CE (88) 9 9226.5290 V i a n a | E S ( 2 7 ) 3 4 4 1 - 9 1 2 0 P o r t o A l e g r e | R S ( 5 1 ) 3 2 7 5 5 3 0 0 grupo LOGÍSTICA www.grupotroca.com.br ASSISTA AO NOSSO VÍDEO INSTITUCIONAL A Primeira Classe da Logís ca MOVEMOS O MUNDO PEL A SUA ENTREGA! Alta tecnologia no rastreio e entrega Flexibilização e soluções em necessidades específicas Foco e comprometimento em todas as etapas do supply chain

EXPEDIENTE

OPINIÃO - EDITORIAL

OPINIÃO - ARTIGO

Uma missão de todos

ACONTECE NA REDE - Capa Natal do Bem supera meta de 1 milhão de Kg de alimentos arrecadados

ACONTECE NA REDE - Geral

TECNOLOGIA SOCIAL

Corrida do SESI impulsionou portal Doe Alimentos

SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

Lei de combate ao desperdício de alimentos

MATÉRIA ESPECIAL

Os verdadeiros heróis no combate à fome

Jorge Luiz Buneder

12 • REVISTA FAZER BEM • 3
janeiro 2023
ed
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MENSAGEM DO PRESIDENTE
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40 HOMENAGEM
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44 VOLUNTARIADO 46 INTERNACIONAL
48 QUALIDADE DE VIDA E CAPACITAÇÃO 50 BANCOS SOCIAIS 54
da Rede de Bancos de Alimentos do RS ANO 12 | EDIÇÃO 12 | JANEIRO 2023 SUMÁRIO Segurança Alimentar Responsabilidade Social Nutrição REVIST A
NOSSOS APOIADORES Novo caminhão para a frota do Banco de Alimentos de Porto Alegre
PÓSTUMA O legado de Renan Proença
CONVERSANDO COM OS BENEFICIÁRIOS
Fome no mundo
Publicação
Conselho Editorial Adir Fração, Paulo Renê Bernhard, Antonio Parissi, Denise Zaffari, Adriana da Silva Lockmann e Paola Weiss Monti Jornalista responsável
Rocha de Souza (MTB/RS 8.412)
Gráfico e Produção
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Fotos
Rede de Bancos de Alimentos RS
Comunicação Impressa - Tiragem desta edição: 3.000 exemplares
Semestral
Simone
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- Porto Alegre/RS
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Entre em contato conosco bancodealimentos@bancodealimentosrs.org.br www.redebancodealimentos.org.br
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Presidente do Conselho de Administração do Banco de Alimentos RS Paulo Renê Bernhard Presidente da Rede de Bancos de Alimentos RS Foto:

Bem-vindo 2023

Enfim chegamos a 2023. Um ano no qual depositamos muitas expectativas e esperanças na continuidade do trabalho semeado até então, já que 2022 foi um ano em que colhemos excelentes resultados, fruto da solidariedade, união e empenho de muitos para que tantas famílias que enfrentam dificuldades pudessem ter refeições dignas em suas mesas. Temos muito a comemorar, como a fundamental e expressiva participação da Família Gerdau, representada pelo Instituto Helda Gerdau; o recorde de arrecadações na campanha Natal do Bem, que chegou à marca de um milhão de quilos de alimentos; recebemos também milhares de doações pelo portal Doe Alimentos, com grande contribuição da Corrida do Sesi, sucesso absoluto nesta primeira edição, que superou 70 toneladas.

As celebrações não param por aí. No mês de dezembro de 2022 festejamos 22 anos de fundação daquele que foi o primeiro Banco de Alimentos no Brasil: o Banco de Alimentos de Porto Alegre, que chega a nova idade com a marca de 75 milhões de quilos de alimentos doados para entidades cadastradas desde sua criação. Um volume de alimentos extremamente significativo, que demonstra o quanto estamos no caminho certo, unindo pessoas em prol de um único objetivo: combater a fome. Foi um ano muito importante para

todos os Bancos Sociais da FIERGS, que igualmente bateram recordes de doações, retomaram projetos e cursos parados devido à pandemia e criaram programas, além de realizar melhorias em suas instalações.

Além disso, nesta edição da revista destacamos alguns heróis que fazem a roda da solidariedade girar. Empresários comprometidos com o social e que precisam ser exaltados: são eles: Gilberto Porcello Petry; Frederico Gerdau Johannpeter, Adir Luiz Fração e Flavio Ronald Burin. Por isso, eu recomendo: não deixe de ler essa reportagem especial.

Foi importante também a doação de um novo caminhão, pelo SETCERGS, Transrio e Facchini, assim como foi de extrema importância a implementação da lei federal nº 14.016/20, que dispõe sobre o combate ao desperdício e doação de alimentos excedentes. Assinamos um

termo de compromisso com o presidente do Sindipan-RS Arildo Bennech Oliveira, instituição também comprometida com nossa causa, assim como tivemos o privilégio da contribuição da promotora de Justiça Dra. Cinara Vianna Dutra Braga, que nos abrilhanta com um artigo esclarecedor sobre o tema e com seu trabalho de multiplicação do conhecimento da lei para com empresários de diferentes setores envolvidos.

Entretanto, em 2022, tivemos uma grande perda, de um dos fundadores dos Bancos Sociais, que deixou um legado de incentivo a ações em prol do desenvolvimento econômico e social. De perfil humanitário e empático, Francisco Renan Oronoz Proença não apenas apoiava inúmeras iniciativas sociais, mas também foi precursor e fundador de muitas delas. Não poderíamos deixar de registrar aqui nossa singela homenagem a este que foi um grande empresário e dirigente de classe.

Finalmente, para 2023, rogo que nossas ações continuem sendo balizadas pelo amor ao próximo, com a consciência de que nossa responsabilidade para com a sociedade deve ser sempre projetada para a coletividade, pelo bem dos mais necessitados.

Que Deus nos guie e envie mais heróis para esta grande causa.

Feliz 2023 e boa leitura!

4 • REVISTA FAZER BEM • ed 12 •janeiro 2023
OPINIÃO – EDITORIAL
Por JORGE LUIZ BUNEDER Presidente do Conselho de Administração do Banco de Alimentos e Coordenador do Conselho de Cidadania da FIERGS

Osetor industrial tem uma longa trajetória na área de assistência às populações menos providas. Na década de 40, foram criados o Sesi e o Senai no Brasil, que formam o maior sistema privado de inclusão e promoção social do País. Ambos são sustentados inteiramente pelas indústrias, através de contribuições compulsórias mensais.

Ao longo do tempo, a FIERGS viu que além de dar respostas estruturais ao desenvolvimento, como as citadas, havia situações emergenciais a serem resolvidas. Assim, a partir do Conselho de Cidadania da FIERGS, criou a Fundação Gaúcha de Bancos Sociais e a Rede de Bancos de Alimentos do Rio Grande do Sul. Esta última com a chancela do sucesso do Banco de Alimentos de Porto Alegre, o primeiro do Brasil, também criado

Uma missão de todos

no âmbito da nossa entidade.

Hoje, a Fundação abriga 14 áreas que vão desde a entrega diária de alimentos a entidades benemerentes registradas, até a realocação de materiais de construção, vestuário, móveis, equipamentos de informática, passando pelo Banco de Transplantes e Banco de Pele.

Com uma lógica simples, mas eficaz, a Fundação trabalha no conceito de que não existe desperdício se tivermos a capacidade de transformar em benefício.

A Rede de Bancos de Alimentos do Rio Grande do Sul, por sua vez, estabeleceu uma padronização de serviços e alinhamento da metodologia, levando os resultados destas iniciativas para todo o Estado.

Atualmente são 25 Bancos de Alimentos associados, abrangendo

31 municípios, fornecendo alimento, saúde e segurança alimentar para as comunidades carentes.

No período crítico da pandemia, por exemplo, foram doadas mais de 13 mil toneladas de alimentos, beneficiando cerca de três milhões de pessoas através de 968 entidades gaúchas.

Tudo isto, logicamente, só se faz com uma rede de parcerias que dão sustentação a este trabalho.

Agradeço aos voluntários e patrocinadores que colaboram nesta causa, parte deles retratados com muita justiça na presente edição desta revista, e aproveito para convidar os leitores a se engajarem nessa grandiosa missão que não é mais apenas da FIERGS, mas de todos os que se sensibilizam por este importante trabalho social da indústria.

janeiro 2023• ed 12 • REVISTA FAZER BEM • 5 OPINIÃO – ARTIGO

Natal do Bem supera meta de 1 MILHÃO de quilos de alimentos arrecadados

Anossa tradicional campanha Natal do Bem bateu um novo recorde de doações na sua 8ª edição, quando foram arrecadados 1.000.012 quilos de alimentos, o equivalente a 3.000.036 refeições. A iniciativa do Jornal do Almoço (RBS TV), Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho (FMSS) e Rede de Bancos de Alimentos da FIERGS contou com a participação de toda a sociedade, em uma corrente de solidariedade. O Natal do Bem ainda contou com a “4ª Cavalgadas do Bem”, que aconteceu no dia 10 de dezembro e engajou toda a comunidade nativista e grupos de cavalarianos, que passaram de casa em casa recebendo as doações, no lombo do cavalo.

Foram 64 dias de campanha, de 05 de novembro de 2022 a 7 de janeiro de 2023, com milhares de voluntários que se somaram a esse trabalho. Em oito anos, o Natal do Bem já doou 3.933.859 quilos de alimentos, o que representa 11.801.577 refeições.

O Natal do Bem é hoje a maior

fonte de arrecadação dos Bancos de Alimentos no período de Natal, conquistando a população e levando o espírito de solidariedade para os lares gaúchos.

Na última edição, assim como nos anos anteriores, as doações puderam ser feitas de forma virtual no site www.doealimentos.com.br. Na página, foi possível montar e doar

uma cesta de alimentos com itens e quantidade a escolha do doador.

Quem doou pode escrever uma mensagem de Natal contando de que forma esperava impactar na vida do beneficiário. Foram milhares de doações e mais de 700 mensagens escritas ao longo da campanha. Muitas das mensagens foram divulgadas ao vivo, no Jornal do Almoço.

Natal do Bem mais uma vez supera todas as metas

6 • REVISTA FAZER BEM • ed 12 •janeiro 2023 ACONTECE NA REDE
1.000.012 famílias atendidas kg de alimentos doados refeições 3.000.036 266.670 pessoas beneficiadas 66.667

Nosso agradecimento especial ao Grupo RBS, Jornal do Almoço, RBS TV, FMSS e a todos aqueles que nos apoiaram: empresas doadoras e parceiras, voluntários, entidades beneficiadas, Agência Conjunto, PluGzOne, FIERGS, Rotary, Lions, SETCERGS, Movimento Escoteiro, CTGs, Piquetes, Grupos de Cavalgadas, sindicatos, artistas parceiros e principalmente aos milhares de doadores que acreditaram que juntos podemos acabar com a fome no Estado.

O Vídeo Clipe do Natal do Bem conquistou a população e foi exibido diversas vezes no Jornal do Almoço. O vídeo foi gravado nos Estúdios da RBS TV e em uma das instituições beneficiadas pelo Banco de Alimentos, a Pequena Casa da Criança, que atende mais de 900 pessoas, servindo cerca de 1.500 refeições por dia. As crianças beneficiadas pela instituição, colaboradores do Banco de Alimentos e a equipe da RBS TV participaram de uma linda história de Natal, criada com muito carinho.

Um grupo de artistas gaúchos se reuniu em Sapucaia do Sul para gravar o clipe oficial das Cavalgadas do Bem, que aconteceu no dia 10 de dezembro em todo o Rio Grande do Sul para coletar alimentos de porta em porta. A ação, promovida pela RBS TV e Rede Banco de Alimentos, teve músicos gaúchos a cavalo, nas principais cidades, para participar da ação. O clipe da música “Cavalgadas do Bem” foi composto por Érlon Péricles e Lincon Ramos. Além de Érlon e Lincon, participam do vídeo Maria Alice, Cristina Sorrentino, Luiza Barbosa, Paullo Costa, Elton Saldanha e Fernando Espíndola, com cavaleiros do CTG Herança Farroupilha e dos piquetes Cavaleiros Livres, Os Tiranos e Espora e Mango.

janeiro 2023• ed 12 • REVISTA FAZER BEM • 7
O Natal do Bem
Cavalgadas
ganharam grande divulgação através de dois vídeos clipes criados pela RBS
parceiros
Vídeos Clipes Vídeo Clipe do Natal do Bem Assista o vídeo clipe do Natal do Bem https://bit.ly/nataldobem2022 Vídeo clipe das Cavalgadas do Bem Confira o vídeo clipe da 4ª Cavalgada do Bem https://bit.ly/cavalgadasdobem2022 Reconhecimento da Rede de Bancos de Alimentos RS
e as
do Bem
TV e
da campanha

Natal do Bem

de dezembro. No total, as 121 cavalgadas inscritas arrecadaram 105 toneladas de alimentos. A maior coleta aconteceu em Alegrete, onde o grupo de escoteiros Ho nório Lemes e o Piquete Mano Velho, da AABB local, recolheram seis toneladas. Depois de ajudar a quem precisa, ca valeiros e amazonas que participaram das Cavalgadas do Bem tiveram encontro marcado no dia 14 de dezembro, no CTG Independência Gaúcha de Esteio, durante baile de encerramento do projeto. E com homenagens especiais: os grupos que se destacaram durante a coleta de alimen tos receberam uma distinção da RBS TV e Rede de Bancos de Alimentos RS.

8 • REVISTA FAZER BEM • ed 12 •janeiro 2023 ACONTECE NA REDE
janeiro 2023• ed 12 • REVISTA FAZER BEM • 9

Santa Catarina inaugura Banco de Alimentos

OBanco de Alimentos de Santa Catarina, uma iniciativa de combate à fome e ao desperdício no Estado, foi inaugurado no dia 30 de setembro de 2022. Com sede no Complexo FIESC/SESI, localizado na Rua Farroupilha, 150, na cidade de São José, a organização está atendendo, inicialmente, a Região Metropolitana de Florianópolis.

O Banco de Alimentos de Santa Catarina conta com o apoio de diversas lideranças locais e possui nove organizações Instituidoras: Rotary, Federação dos Engenheiros Agrônomos de Santa Catarina (FEAGRO-SC), Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF), Fundação Hermon, NSC Comunicação, Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) e TV O Estado Florianópolis. São Apoiadores Estratégicos do Banco de Alimentos de Santa Catarina: LIONS, CRESOL, ENGIE, SESI, ASSECON, Instituto Guga Kuerten, Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Estado de Santa Catarina (FETRANSESC) e Associação Nacional do Transporte de Cargas e

Logísticas (NTC). Participam ainda da iniciativa importantes grupos empresariais e personalidades atuantes na área de responsabilidade social.

Rede gaúcha

O Banco de Alimentos de Santa Catarina é integrante da Rede de Bancos de Alimentos do RS (RBARS) e o presidente da Rede, Paulo Renê Bernhard fez questão de prestigiar o evento de lançamento do Banco catarinense, acompanhado pelo vice-presidente, Antonio Parissi; pelo diretor da RBARS e vice-presidente extraordinário de Responsabilidade Social da NTC&Logística, João Pierotto Neto; pelo diretor e um dos Fundadores da RBARS, Adir Luiz Fração; aos lado dos diretores do Banco de Alimentos de Porto Alegre Cloé Fernandes, José Manoel Fernandes, Marcelo Horta Sanábio, Patrícia Cerdeira Sanábio; o governador do Distrito LD-3 de LIONS Internacional Luiz Cleomar Domingues e sua esposa Eneida Amaral Domingues; e o gerente de Operações dos Bancos Sociais, Gilmar Ximenes da Luz.

Para mais informações e contribuir com a causa, entre em contato pelo telefone: (48) 99144 6918.

O presidente da Rede de Bancos de Alimentos do RS Paulo Renê Bernhard (ao centro) e uma comitiva da diretoria compareceram ao lançamento, para prestigiar a iniciativa.

A Diretoria do Banco de Alimentos de SC ficou assim constituída:

Presidente: Jorge Luiz Bof

Vice-Presidente: Rudney Raulino

Vice-Presidente: Francisco Haas

Diretor Financeiro: Antonio Bittencourt Goethel

Diretor de Marketing: João Vissirini

Diretor Técnico: Mauri Luiz Heerdt

Diretor de Patrimônio: Sandro Volpato Faria

Diretor Jurídico: Felipe Baldo

Diretor de operações: Athos Lopes Filho

Diretora de Benefícios: Amélia Silveira

Secretaria: Elvira Plentz

Diretora Adjunta Voluntários: Jussara de Jesus

Diretor Adjunto de Contabilidade: Oldemar Nólio

Presidente Conselho Fiscal: Sérgio Faraco

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ACONTECE NA REDE

Calouros de Medicina arrecadam 46 toneladas de alimentos no Trote Solidário SIMERS

A ação que já é marca registrada entre os calouros de Medicina de todo o Estado mais uma vez garantiu excelentes resultados. O Trote Solidário, promovido pelo Núcleo Acadêmico do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (NAS - SIMERS) em parceria com a Rede de Bancos de Alimentos do RS, arrecadou 46 toneladas de alimentos em eventos presenciais ocorridos em diversos municípios gaúchos e doações on-line pelo site Doe Alimentos: www.doealimentos.com.br

No Trote Solidário, calouros e veteranos das faculdades de Medicina arrecadam alimentos em frente aos supermercados, em diversos pontos do Estado, em benefício dos Bancos de Alimentos locais. A edição 2022/1 arrecadou 25 toneladas de alimentos na Capital e em mais 13 municípios gaúchos. Ao todo, 2.224 futuros médicos de 19 universidades participaram da ação. Já no segundo semestre de 2022, foram arrecadados 21.335 quilos de alimentos, envolvendo calouros

de 14 universidades, abrangendo 13 cidades.

Desde a criação do Trote Solidário já foram arrecadadas mais de 360 toneladas de alimentos, chegando à residência e à mesa de 720 mil pessoas através dos Bancos de Alimentos.

Além disso, já são mais de 31 mil livros doados em parceria com o Banco de Livros, além de 28 mil vidas beneficiadas com a doação de sangue e três toneladas de tampinhas para doação.

Sábado Solidário supera expectativas

A campanha de arrecadação de alimentos “Sábado Solidário”, realizada pelos Bancos associados à Rede de Bancos de Alimentos do RS, recebeu a doação de 447.305 quilos de janeiro a dezembro de 2022. O objetivo do Sábado Solidário é arrecadar alimentos para ajudar a minimizar a fome de centenas de entidades gaúchas beneficiadas.

Campanha tem o fundamental trabalho voluntário de muitas pessoas e instituições

Foram 29 cidades participantes da campanha e os cinco principais destaques em 2022 foram os Bancos de Alimentos de: Caxias do Sul, Santa Maria, Porto Alegre, Região do Calçado e Guaíba.

O Sábado Solidário conta com a parceria dos supermercados locais e da Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS). Todo o trabalho é voluntário e realizado por Clubes de Serviços (Lions e Rotary), Escoteiros, Parceiros Voluntários, Maçonaria, Universitários, Diaconias, Empresas parceiras, entre outros grupos.

Em diversas cidades, a logística dos alimentos arrecadados é realizada com presteza pelas empresas associadas ao Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (SETCERGS), entidade responsável pelo Gerenciamento Logístico do Banco de Alimentos.

janeiro 2023• ed 12 • REVISTA FAZER BEM • 11

CAPÃO DA CANOA

Capão Geek Fest arrecada 5 toneladas de alimentos

A 9ª edição do Capão Geek Fest, realizada nos dias 10 e 11 de setembro, em Capão da Canoa, arrecadou 5 toneladas de alimentos em prol do Banco de Alimentos da cidade.

O evento já tradicional, realizado pela Prefeitura de Capão da Canoa, com o apoio da Câmara Municipal e entidades parceiras, é voltado ao público jovem que gosta da cultura Geek/Nerd e foi realizado no Ginásio Otto Birlem, contando com diversas atrações como: cosplay, stands, games, K-pop, card, desenho, além de premiações.

CAXIAS DO SUL

Banco de Alimentos recebe Prêmio Prefeito

Hermes Webber - Mérito

O Banco de Alimentos de Caxias do Sul recebeu a Medalha Prêmio Prefeito Hermes Webber – Mérito Comunitário como forma de reconhecimento pela atuação no campo das relações comunitárias. A distinção foi entregue pela Universidade de Caxias do Sul (UCS), durante sessão solene do Consuni. O Banco de Alimentos foi representado pela diretora técnica Cristina Fabian Gregoletto e membros da equipe.

“Temos plena convicção de que o reconhecimento conquistado pela UCS resulta do trabalho intenso e da dedicação de todos que encaram com seriedade o objetivo institucional de produzir e fomentar conhecimento com excelência”, diz o reitor Evaldo Kuiava. Por isso, segundo ele, a instituição prestou as homenagens.

O Banco de Alimentos de Caxias do Sul foi criado em 2005, com o objetivo de evitar o desperdício de alimentos, combater a fome e promover a

Comunitário

segurança alimentar da população que se encontra em situação de vulnerabilidade social e insegurança alimentar. Desde sua criação, o Banco de Alimentos já arrecadou e distribuiu mais de 10 milhões de quilos de gêneros alimentícios a famílias caxienses, via 107 entidades cadastradas. “O Banco de Alimentos vem tendo um papel imprescindível desde o início da pandemia. Muitas famílias tiveram a

situação agravada com a crise. E por meio de ações e campanhas junto à comunidade, tem sido possível amenizar o sofrimento de muitas pessoas”, afirma o titular da SMAPA, Rudimar Menegotto.

“Combater a fome é um desafio diário e cada vez maior. Ficamos muito felizes e agradecemos à UCS pelo reconhecimento”, diz a diretora técnica Cristina Fabian Gregoletto.

12 • REVISTA FAZER BEM • ed 12 •janeiro 2023 ACONTECE NA REDE –RS

CAXIAS DO SUL

Curso integrante da Cozinha Experimental do Banco de Alimentos forma 15 garçons

Para comemorar o Dia do Garçom, em 11 de agosto, o Banco de Alimentos de Caxias do Sul promoveu a cerimônia de encerramento do Curso de Formação de Garçons. Quinze profissionais foram capacitados para o mercado de trabalho.

O curso integra as atividades da Cozinha Experimental do Banco de Alimentos. De acordo com a diretora técnica de Segurança Alimentar e Nutricional da SMAPA, Cristina Fabian Gregoletto, a grande maioria dos formandos já estava inserida no mercado de trabalho no momento da formatura. “É uma área de atuação com amplo mercado e necessidade de profissionais capacitados”, afirma.

O curso teve trinta dias de duração, com carga horária de 70 horas, divididas em 54 horas de aulas teóricas e outras dezesseis em vivência prática supervisionada. A parte prática foi realizada nas empresas parceiras.

A iniciativa foi idealizada pelo professor Alessandro dos Santos, profissional com 20 anos de experiência, que atualmente trabalha como mâitre e coordenador da equipe do Tri Hotel Executive. Ele foi responsável por ministrar, de forma voluntária, os módulos específicos do curso. Também atuaram como professoras a nutricionista da SMAPA, Kelly Estarla dos Passos Andreis, e a psicóloga organizacional Elizabeth de Abreu, da INV RH.

Promovido pela Diretoria de Segurança Alimentar e Nutricional da Secretaria Municipal da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SMAPA), o curso contou com parceria do Sindicato Empresarial de Gastronomia e Hotelaria Região Uva e Vinho (SEGH).

Crianças participam de Oficinas MasterChefinho

A garotada da Associação Criança Feliz, Nossa Senhora da Paz, Anjos Voluntários e do Centro Assistencial Vitória participaram de oficinas de gastronomia MasterChefinho promovidas na Cozinha Experimental do Banco de Alimentos, inaugurada no ano passado. Com toda segurança, cerca de 40 crianças de 6 a 10 anos aprenderam a fazer cake pops (bolinhos de chocolate). “Estas ações têm como objetivo estimular desde cedo a educação alimentar, que é um dos propósitos da cozinha experimental”, afirma a diretora técnica Cristina Fabian Gregoletto.

Além de colocar a mão na massa e saborear os bolinhos produzidos, as crianças também realizaram atividades de pintura de máscaras. Para a nutricionista Kelly Andreis do Banco de Alimentos, a interação entre as crianças e os alimentos deve ser incentivada desde cedo para construção de habilidades. Também é um momento de reforçar as tradições: “O objetivo da cozinha é, além de trabalhar a alimentação saudável, desenvolver a questão cultural. Faz parte integrar o desenvolvimento emocional e trabalhar o lado afetivo da infância”, destaca a profissional.

A atividade contou com o apoio da Rede Caminhos do Saber (patrocínio dos materiais usados) e Guarda Municipal (transporte das crianças).

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Curso integra atividades da Cozinha Experimental do Banco de Alimentos

CAXIAS DO SUL

Cozinha Experimental abre suas portas para o projeto + Q Pão

Preocupada com a queda nas doações de alimentos e com as dificuldades das instituições sociais em manter o atendimento às comunidades, a Diretoria de Segurança Alimentar e Nutricional do Banco de Alimentos criou o projeto “+ Q Pão” pelo qual a Cozinha Experimental do Banco é aberta às entidades cadastradas para produção de pães, uma vez por semana.

Antes, porém, os participantes fizeram uma capacitação para o trabalho. “Iniciamos capacitando quatro instituições a cada mês para a produção de pães. Depois, uma vez por semana, os equipamentos da cozinha passaram a ser disponibilizados à entidade para que produzam pães para consumo próprio”, explica a diretora técnica de Segurança Alimentar do Banco de Alimentos, Cristina Fabian Gregoletto.

Até o final de outubro foram produzidos 510 quilos de pães e durante os meses de novembro e dezembro a produção foi de panetones.

UBS Mariani

A Unidade Básica de Saúde do bairro Mariani participou do projeto com o grupo Mulheres na Cozinha, que integram o Grupo de Saúde Mental Mulheres Unidas. A equipe da UBS e o Grupo cadastraram usuários para receberem a produção, cujo montante chegou a 250 pães de aproximadamente 170 gramas cada, totalizando 68 quilos.

GRAVATAÍ

Com essa produção foi possível atender mais de 90 famílias do bairro Mariani. A agente comunitária Heloisa Martins dos Santos participou da produção com as mulheres: “Temos consciência da situação em que as pessoas se encontram e poder estar contribuindo para que tenham um alimento na mesa de tanta importância como o pão e feito com muito carinho é gratificante”

Votação popular

O nome do projeto foi escolhido através de uma votação popular no programa Persona Singular da Rádio Caxias, sob coordenação da comunicadora Lisete Oselame.

O projeto é muito mais que apenas produzir pães. Ele traz às pessoas o afeto de cozinhar e além disso pode proporcionar um novo ramo de trabalho aos participantes que comparecerem à produção e desenvolverem gosto pela panificação.

A realização mensal do Sábado Solidário é uma das maiores ações de arrecadação de alimentos no município. A cada edição vem aumentando o número de alimentos doados, o que representa uma grande quantidade para o somatório geral das arrecadações e doações do Banco de Alimentos de Gravataí, que em 2022 ultrapassou 30 toneladas.

O Banco de Alimentos de Gravataí elegeu sua nova diretora para o biênio 2023-2024, tendo à frente Célio Castelli como presidente. A eleição também renovou cerca de um terço dos membros do Conselho de Administração, que elegeu a empresária Luciane Villas Boas Pessato como presidente para o mesmo biênio. Ela assume o lugar do seu pai, o empresário Romeu Paulo Pessato, fundador e primeiro presidente do Conselho de Administração.

14 • REVISTA FAZER BEM • ed 12 •janeiro 2023 ACONTECE NA REDE –RS
Sábado Solidário é uma das maiores ações de captação de alimentos na cidade
Banco de Alimentos elege nova diretoria
Acima: Alimentos arrecadados no Sábado Solidário de Gravataí Ao lado: Presidente Célio Castelli e esposa Isete participam do Sábado Solidário

GUAÍBA

Celebrando 17 anos de fundação, entidade comemora a marca de 99 toneladas de alimentos doados

Comemorando 17 anos de fundação, o Banco de Alimentos de Guaíba festeja a fantástica marca de 99 toneladas de alimentos arrecadados e distribuídos até novembro de 2022. O número foi alcançado graças a caridade de pessoas físicas e jurídicas, instituições, voluntários e colaboradores que fizeram suas doações, demostrando que a máxima “Juntos somos mais fortes” realmente é importante.

Para celebrar seu aniversário, o Banco de Alimentos promoveu o Jantar da Integração, reunindo sua Diretoria Executiva e seu Conselho de Administração com seus parceiros, colaboradores, voluntários e as instituições beneficiadas.

Atualmente, a instituição possui 23 entidades credenciadas, responsáveis por atender a 4.500 pessoas mensalmente. Dentre seus voluntários,

Nova Diretoria Executiva de Gravataí

Presidente: Célio Castelli

1º vice: Cândido Leri Ribeiro de Assis (Acigra)

2º vice: Francisco Oderich (Jackwall)

3º vice: Oracides Garbini (Lions)

4º vice: Renato Rosa de Oliveira (Rotary Gravataí)

Diretor financeiro: Luiz Alcides Santos da Silva Diretora de Comunicação: Maria do Carmo Webber Silveira Alba

Diretora Técnica: Maria Bernadete da Rosa da Silva Diretor de Patrimônio: Roberto Bastiani Diretora de Relações com o Comércio: Luciane Villas Boas Pessato Diretor de Logística: Renato Chaves de Souza Diretor Secretário: Silvio José Fonseca Ourique Para o Conselho Fiscal foram eleitos os titulares Nelson Robert Schonardie, Luiz Paulo Ferrugem, Sergio Largura e os suplentes José Antônio Silva Vargas, Carlo Coitinho Spanholi e Maria Laureci Bitencourt da Silva

um grande destaque, desde 2015, é o Lions Clube de Guaíba que investiu a experiência dos leões na administração do Banco de Alimentos. O combate a fome é um dos 5 pilares de atividade de Lions Internacional. Onde há uma necessidade, há um leão presente, servindo a sua comunidade.

Sábado Solidário arrecadou mais de 35 toneladas

O Sábado Solidário, realizado mensalmente, se tornou a principal ação de arrecadação de alimentos para o Banco de Alimentos. Até o mês de novembro de 2022, foram arrecadados 35.303 quilos de alimentos, com o envolvimento de 11 supermercados da cidade e 130 voluntários em cada ação.

Gincana do Instituto Dimensão

O Instituto Educacional Dimensão realizou uma gincana entre os alunos da escola, cujo resultado foram mais de 800 quilos de alimentos arrecadados. Os donativos foram doados ao Banco de Alimentos.

Troféu Flávio Ribeiro Prêmio Repórter Guaibense

O Banco de Alimentos de Guaíba recebeu o prêmio do Jornal Repórter Guaibense, na categoria Ação Comunitária, após pesquisa realizada com a comunidade. O Banco foi agraciado com o troféu Flávio Ribeiro.

SICREDI doa 12 toneladas ao Banco de Alimentos

A agência do Sicredi Guaíba doou 12 toneladas de alimentos ao Banco de Alimentos da cidade, no dia 3 de julho, arrecadados em comemoração Dia C – Dia de Cooperar. A arrecadação foi realizada pelos funcionários da Agência e seus clientes durante todo o mês de junho.

janeiro 2023• ed 12 • REVISTA FAZER BEM • 15
Celebração do aniversário reuniu todos envolvidos na causa de combate à fome Jornalista Pedro Molnar e diretoria do Banco de Alimentos

PORTO ALEGRE

Passagem dos 22 anos do Banco de Alimentos é marcada pela doação de 75 milhões de quilos alimentos desde a sua fundação

Para ajudar a combater a fome no Brasil, no ano 2000, um grupo de empresas, sindicatos, entidades e clubes de serviços reuniram-se e criaram no Conselho Cidadania da FIERGS o primeiro Banco de Alimentos do Brasil, em Porto Alegre. Desde então, o Banco de Alimentos já arrecadou e distribuiu mais de 75 milhões de quilos de alimentos para entidades carentes. Para comemorar a passagem dos 22 anos do Banco de Alimentos de Porto Alegre, no dia 6 de dezembro, foi realizado um almoço de confraternização com os seus colaboradores.

O Banco de Alimentos é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) que atua

como um gerenciador de desperdícios administrando três operações: coleta, armazenamento e distribuição qualificada de alimentos, além de realizar capacitações de segurança alimentar e nutricional às entidades beneficentes.

Com o objetivo de levar a metodologia criada em Porto Alegre para outras cidades brasileiras, foi criada em 2007 a Rede de Bancos de Alimentos do Rio Grande do Sul, a qual conta com 25 Bancos de Alimentos associados, abrangendo 31 cidades no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, beneficiando cerca de 1.000 ONGs na região sul do Brasil.

Os Bancos de Alimentos estão diretamente envolvidos na proble-

mática da Segurança Alimentar e na redução da fome e do desperdício de alimentos a partir de dois focos de atuação que incluem a doação de alimentos e o desenvolvimento de Projetos de Nutrição, Segurança Alimentar e Saúde, proporcionando mais bem-estar e saúde às pessoas atendidas nas instituições beneficiadas.

Em Porto Alegre, são desenvolvidos e implementados seis Projetos pela equipe multidisciplinar do Banco de Alimentos: Cozinha Nota Dez, Funcionalidade para Idosos, Nutrindo o Amanhã, Oficina do Sabor, Passos da Longevidade e Primeiros Passos, levando mais saúde e bem-estar aos assistidos.

As doações foram feitas diretamente nas unidades De Carli até o dia 11 de outubro e repassadas ao Banco de Alimentos, iniciativa que representou o bem-estar social e o combate à desnutrição.

16 • REVISTA FAZER BEM • ed 12 •janeiro 2023 ACONTECE NA REDE –RS
Criança bem nutrida é criança feliz! Pensando nisso, a De Carli e a Rede de Banco de Alimentos do Rio Grande do Sul realizaram a campanha Dia das Crianças Solidário, com foco na arrecadação de leite em pó.
Aniversário foi celebrado em um almoço especial de confraternização
De Carli faz campanha do Dia das Crianças em prol do Banco de Alimentos

RBS TV celebra seus 60 anos com shows e arrecadação de alimentos

A celebração dos 60 anos de história da RBS TV ocorreu com um show muito especial transmitido para todo o Estado diretamente do Parque da Redenção, em Porto Alegre, no dia 19 de novembro. O evento, que contou com a presença dos apresentadores do jornalismo, entretenimento e esporte da emissora, disponibilizou uma tenda do Natal do Bem para receber doações de alimentos, resultando na arrecadação de 1 tonelada de donativos.

Além disso, o público pode conferir shows com atrações musicais de Tchê Guri, Neto Fagundes, Loma, Cesar Oliveira e Rogério Melo, Glau Barros, Tati Portela e Duca Leindecker.

Eventos na Semana Farroupilha garantem mais de 100 mil refeições na mesa dos gaúchos

A Semana Farroupilha foi marcada pela solidariedade do povo gaúcho. Mais de 38 toneladas de alimentos foram arrecadadas nos dias 18 e 20 de setembro, em três eventos ocorridos em Porto Alegre e São Leopoldo, mobilizando grande número de voluntários, transportadoras e empresas parceiras. Os alimentos arrecadados representam 114 mil pratos de comida na mesa das pessoas que mais precisam.

No domingo, dia 18, aconteceu o Jogo da Gurias Coloradas, no estádio Beira-Rio, quando foram doadas 27 toneladas de alimentos. Este dia estará eternamente marcado na história do Internacional. Encerrando uma semana de intensa mobilização, a torcida colorada tomou as arquibancadas do Beira-Rio na partida de ida da final do Brasileirão A1. Ao todo, 36.330 pessoas apoiaram as Gurias Coloradas no empate de 1 a 1 com o Corinthians, batendo o recorde de público em uma partida de futebol feminino no Brasil e ainda deram exemplo de solidariedade, com outro recorde de doação de alimentos.

As 27 toneladas de alimentos arrecadadas representaram mais de 80 mil refeições na mesa das pessoas que

mais precisam. Voluntários do Banco de Alimentos receberam as doações em um verdadeiro show de solidariedade que formou montanhas de alimentos não perecíveis nos pontos de arrecadação em frente ao estádio. Foram necessários dezenas de voluntários e cinco caminhões para fazer o transporte das doações até as instalações do Banco de Alimentos de Porto Alegre.

Durante a semana posterior, voluntários e nutricionistas se reuniram nas instalações do Banco de Alimentos para realizar a separação e classificação dos donativos. As cestas de alimentos foram doadas para creches, asilos, lares de excepcionais, associações de bairros, entre outras entidades. No feriado de 20 de setembro,

4,8 toneladas de doações foram arrecadadas no Feijoada com Samba, encontro produzido em parceria com o Me Leva Festival, na FIERGS. O evento reuniu 13 atrações contando com grandes nomes da música nacional, como Belo, Turma do Pagode, Pixote, Hungria e Vitão, além de oito artistas locais. O Feijoada com Samba disponibilizou a opção de pagamento de meio ingresso, mediante doação de 1 quilo de alimento não perecível.

Ainda no domingo, dia18, aconteceu a Corrida do SESI, em São Leopoldo, com mais de 1.000 participantes e doação superior a 6 toneladas de alimentos. Leia mais na página 24.

Na semana Farroupilha, foi estreado o novo Caminhão VW do Banco de Alimentos, doado pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística (SETCERGS), TRANSRIO, FACCHINI e ONZEURB. O caminhão começou os seus trabalhos em grande estilo nos eventos da Semana Farroupilha, com o apoio do Grupo Troca e da Modular, que realizaram a logística social dos alimentos doados nos eventos.

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Jogo das Gurias Coloradas arrecada 27 toneladas de alimentos

PORTO ALEGRE

Banco de Alimentos bate recorde de arrecadações na Expoagas 2022

O Banco de Alimentos de Porto Alegre coletou 13,5 toneladas de alimentos na última noite da Expoagas 2022, a maior arrecadação desde o início da parceria com a Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS). A ação aconteceu em 25 de agosto e teve a colaboração de 54 empresas que doaram alimentos e produtos de higiene expostos em seus estandes, contando com a colaboração de mais de 60 voluntários. Nos dias 23, 24 e 25 de agosto, o Banco de Alimentos também participou da Expoagas com espaço próprio na secretaria do evento, apresentando os seis projetos de nutrição e saúde desenvolvidos aos participantes.

O presidente do Banco de Alimentos, Paulo Renê Bernhard, visitou os estandes expositores, agradecendo as doações realizadas na Feira. Voluntários do Sistema FIERGS, escotismo, universidades, Lions, Rotary, diretores do Banco de Alimentos, colaboradores e estagiários ajudaram na coleta de toneladas de alimentos não perecíveis diversos, frutas, verduras, pães, produtos de mercearia, carnes, leites, iogurtes, massas, doces, bebidas, produtos de higiene e limpeza, entre outros, junto aos estandes. Foram necessários dois caminhões e veículos utilitários para realizar a logística das doações para as instalações do Banco de Alimentos.

Parceria Agas

As arrecadações na Expoagas ocorrem desde 2014 e mais de 34 toneladas de alimentos já foram arrecadadas em benefício das entidades atendidas pelo Banco de Alimentos de Porto Alegre. Segundo Paulo Renê, a relação da AGAS com o Banco de Alimentos é um exemplo a ser

seguido. “Agradecemos a AGAS e o seu presidente Antônio Cesa Longo que vem estimulando esta iniciativa de combate à fome desde a criação do Banco de Alimentos, no ano 2000, ajudando a levar mais alimentos e esperança para quem precisa” enfatizou.

A AGAS é uma das Instituidoras do Banco de Alimentos de Porto

Alegre e também apoia as principais campanhas de arrecadação, como Sábado Solidário, Natal do Bem, Super Natal, Trote Solidário-SIMERS, que acontecem mensalmente em cerca de 100 supermercados do Estado, com arrecadações expressivas aos Bancos de Alimentos.

Gratidão aos doadores

Somos muito gratos às empresas que contribuíram para evitar o desperdício e ajudar no combate à fome durante a Expoagas 2022: Alca Foods, Alibem, Ave Serra, Bally, Best Beef, Blue Ville, Bom Princípio, Camnpal, Cia Canoinhas, Copini, Da Colônia, Deale, Donato, DRT, Florestal, Frimesa, Friolack, Fruki, Frumar, Girando Sol, Gota Limpa, Guimarães, Gula Alimentos, Hiperpan, Italac, Italiany, Kelloggs, Languiru, Limppano, Mar Food, Marquespan, Marilan, M. Dias Branco, Marsala Alimentos, Mosmann, MDA, Moinhos Nordeste, Naturovos, Neugebauer, Oderich, Orquídea, PanFácilMoinho Estrela, Parati, Riclan, Roseflor, Santa Clara, Sarandi, Sorvebom, SuperPan, Suvalan, Temperalle, Triângulo Mineiro, Valle e Vital.

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ACONTECE
REDE –RS
NA
Muitos voluntários ajudaram na coleta de doações feitas por 54 empresas

Caminhão Cooperativo da Sicredi União Metropolitana RS arrecada alimentos e agasalhos

A Sicredi União Metropolitana RS realizou mais uma ação benevolente no dia 2 de julho, com o Caminhão Cooperativo, cuja iniciativa integra as ações do “Dia C – Dia de Cooperar”. Os veículos fizeram carreatas nas principais ruas de Porto Alegre e em outros oito municípios onde o Sicredi atua na região metropolitana, arrecadando alimentos e agasalhos.

Em Porto Alegre, as arrecadações foram realizadas pelas agências Carlos Gomes, Centro Histórico, Jardim Lindóia e São João. Também atuaram como pontos de coletas as agências de Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Esteio, Glorinha, Gravataí, Sapucaia do Sul e Viamão durante um mês. A Sicredi União Metropolitana RS tem parceria com o Banco de Alimentos desde 2021 e essa parceria já soma mais de 23 toneladas de alimentos arrecadados.

Projeto Formiguinha recebe Prêmio de Serviço Internacional “A Bondade Importa”

A diretora do Banco de Alimentos Cloé Fernandes recebeu o Prêmio de Serviço “A Bondade Importa”, oferecido pelo Lions Clube Internacional como reconhecimento ao Projeto Formiguinha, que atua no combate à fome em ações desenvolvidas em prol do Banco de Alimentos de Porto Alegre. O troféu foi entregue à homenageada pela IPDG Tania Hoppe, no dia 23 de julho, na 1ª Reunião do Gabinete da Governadoria do Distrito de Lions LD-3.

O Projeto Formiguinha é coordenado pelos diretores e leões Cloé Fernandes e José Fernandes, do LCPA Santa Flora. Em cinco anos, o Projeto arrecadou e doou 151 toneladas de alimentos, o que representa 450 mil refeições na mesa de quem mais precisa, beneficiando mais de 10 mil famílias e 40 mil pessoas na capital dos gaúchos.

O presidente da Rede de Bancos de Alimentos do RS, Paulo Renê Bernhard, prestigiou a cerimônia de entrega do prêmio e na oportunidade também fez a entrega da Comenda de Honra ao Mérito do Banco de Alimentos a Cloé Fernandes e José Manoel Fernandes, membros ativos da diretoria do Banco de Alimentos de Porto Alegre, atuando juntos há mais de uma década no combate à fome. Somente 30 projetos foram premiados no mundo e esta é uma premiação inédita no Distrito de Lions agraciado. Este prestigiado prêmio é concedido anualmente a alguns Lions e Leo Clubes pela realização de um ótimo projeto de serviço em áreas de causa global. Indicado em âmbito de clube, o Prêmio de Serviço a Bondade Importa é um desafio para Leões e Leos desenvolverem projetos de serviços excepcionalmente inovadores e criativos que visem causar um impacto positivo nas comunidades.

Banco de Alimentos participa da 22ª

O Banco de Alimentos participou de 13 a 16 de junho da TRANSPOSUL, a maior feira e congresso de transporte e logística da região sul do Brasil, que está em sua 22ª edição. No espaço do Banco de Alimentos, os participantes puderam realizar avaliações nutricionais e receber orientações para uma alimentação mais saudável.

Neste ano, a feira ofereceu diversas novidades durante os quatro dias de exposições e palestras trazendo as inovações do setor além de aproximar diretamente as grandes marcas do segmento.

Promovida pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística do RS (SETCERGS), a cada edição a TRANSPOSUL amplia as oportunidades de contato com seu mercado consumidor, firmando-se como o mais renomado evento da Região Sul.

O SETCERGS é um dos instituidores do Banco de Alimentos e responsável pelo ge-

TRANSPOSUL

renciamento logístico do Banco. Durante a pandemia, a Logística Social e Solidária teve um grande peso para garantir a eficiência do processo de doações. Graças às suas empresas associadas, mais de 100 mil quilômetros foram percorridos em 2022, levando alimento e esperança a quem mais precisa.

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Governador Ranolfo Vieira Júnior ladeado pelo presidente do SETCERGS, Sérgio Gabardo, diretor Renê Mesquista e presidente da Rede de Bancos de Alimentos, Paulo Renê Bernhard, com equipe Cloé Fernandes recebeu a premiação

PORTO ALEGRE

Show de solidariedade no Festival do Japão

Mais de 7 toneladas de alimentos foram arrecadadas na 9ª Edição do Festival do Japão, que aconteceu de 19 a 21 de agosto, na Academia da Polícia Militar, em Porto Alegre. Os alimentos arrecadados através do ingresso solidário, ou de doações espontânea dos visitantes, representaram 21 mil refeições, que beneficiaram as 300 entidades atendidas pelo Banco de Alimentos de Porto Alegre.

Mais de 50 voluntários do Banco de Alimentos participaram da ação, recebendo os alimentos e o carinho da população que abraçou a causa. Muitos participantes do evento, sabendo da arrecadação de ali-

REGIÃO DO CALÇADO

mentos, trouxeram doações extras.

Este é o maior evento da cultura japonesa do Rio Grande do Sul e é promovido pela Associação do Festival do Japão do Rio Grande do Sul. Após uma pausa de dois anos nas edições presenciais, a 9º edição do Festival do Japão RS - “Kizuna -

1º Jantar Mãos Que Alimentam

Laços e conexões entre as pessoas” retornou para alegrar os gaúchos. O evento mantém a parceria com o Banco de Alimentos de Porto Alegre através da compra do ingresso solidário há quase uma década, e já arrecadou mais de 60 toneladas de alimentos.

O primeiro Jantar Solidário do Banco de Alimentos Região do Calçado (BARC), Mãos Que Alimentam, realizado no dia 28 de outubro, foi um sucesso. Com a participação de muitos empresários e autoridades, o evento ocorreu no Salão Nobre do CDL de Novo Hamburgo. Conforme o presidente voluntário do BARC, Ademir Rodrigues, o intuito foi divulgar e promover as ações realizadas pelo grupo para que mais pes-

soas se juntem à causa. “Já contamos com muitos empresários, mas queremos que outros possam abraçar a causa do Banco de Alimentos, e, consequentemente, termos condições de ajudar mais pessoas”, afirma Ademir.

Durante o encontro, foi lançado um desafio entre os presentes: ampliar a atuação do Banco nas comunidades, aumentando o número de instituições sociais beneficiadas. Mas para isso acontecer, é necessário

aumentar a arrecadação de alimentos. “A Rede de Bancos de Alimentos do RS é um exemplo de autogestão da sociedade, capaz de buscar soluções para demandas sociais urgentes. Estamos muito confiantes em alcançar nossa meta, sensibilizando mais e mais doadores”, ressalta o presidente do BARC.

Para tanto, a entidade conta com a generosidade e com espírito de solidariedade da população, pois com “um pouquinho de cada um” é possível resolver um problema de tamanha amplitude social, a fome.

Atualmente o Banco de Alimentos Região do Calçado beneficia 54 organizações assistenciais e sociais da região, doando alimentos e cestas básicas. São atendidas em média 6.200 pessoas em vulnerabilidade alimentar mensalmente.

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SANTA MARIA

Banco de Alimentos de Santa Maria completa 5 anos: união de esforços gera excelentes resultados

O Banco de Alimentos de Santa Maria completou 5 anos de fundação em 14 de agosto de 2022 e só tem o que comemorar com o grande envolvimento e união da comunidade santa-mariense em prol do combate à fome. Durante esse período, foram arrecadados e distribuídos 900 mil quilos de alimentos não perecíveis, beneficiando pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional de Santa Maria.

Para cumprir sua missão, o Banco de Alimentos de Santa Maria (BASM) conta com doações de pessoas físicas e de empresas, com repasses da Rede de Bancos de Alimentos do RS, com arrecadação de campanhas de órgãos de imprensa como os Grupos RBS e Diário SM, através de campanhas de universidades e escolas.

Outra importante fonte de arrecadação são os Sábados Solidários, que em 2022, em média, renderam 4,5 toneladas por mês.

A BASM atende, atualmente, a mais de 70 projetos de entidades legalmente constituídas. Em 2022, a

média mensal de alimentos doados foi de quase 27 toneladas, beneficiando mais de 1.800 famílias com cestas básicas ou com refeições concedidas por projetos e organizações assistenciais e sociais cadastrados no Banco de Alimentos.

Apoio dos voluntários é imprescindível para o cumprimento da missão de combate à fome

dastradas em três datas diferentes, de acordo com escalas para a entrega. Para tanto, são criados grupos, pelos quais os representantes das entidades se ajudam mutuamente no transporte até o veículo de cada entidade, enquanto diretores, conselheiros, voluntários e a nutricionista fazem o controle de todo o processo.

Os Sábados Solidários, realizados uma vez ao mês em cerca de 10 a 12 supermercados, também exige um número representativo de voluntários, de 80 a 96 pessoas, além dos coordenadores e da equipe que faz o transporte. Eles são organizados por escalas de horários, permanecendo dois voluntários em cada supermercado apoiador da ação.

O Banco de Alimentos de Santa Maria, a Cidade Coração do Rio Grande, tem seus projetos e ações realizadas quase integralmente por voluntários. A organização conta apenas com uma funcionária, por exigência legal, contratada pelo regime da CLT, que é a nutricionista.

As atividades são concentradas nas manhãs de terças e quintas-feiras, dias em que são recepcionadas as mercadorias compradas e nestes dias, o BASM recebe o apoio de 20 a 30 voluntários ligados às entidades assistidas. Eles ajudam a descarregar as mercadorias dos caminhões, que, em média, chegam a mais de 13 toneladas mensais.

Posteriormente, os alimentos são repassados às entidades ca-

Na segunda-feira subsequente é feita a triagem, separação e contagem dos alimentos recebidos em doação, que após são organizados nas prateleiras.

Assim, a muitas mãos, o Banco de Alimentos de Santa Maria tem apresentado resultados muito acima da expectativa dos seus fundadores, dos conselheiros e diretores e da própria comunidade. A atual gestão, que vai até o final de 2023, está preparando projetos e ações que visam manter as atividades no ano vindouro e tornar o BASM uma entidade ainda mais conhecida na cidade e reconhecida pelo trabalho que realiza com diretrizes da Rede de Bancos de Alimentos do RS.

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Apoio fundamental do voluntário Volter José Frohnhoefer, da Organização Mundial dos Humanos Direitos (OMHD) e Richard Klening, diretor responsável pelo controle de estoque do Banco de Alimentos

apoiadoras são

A união realmente faz a força. Com o fundamental apoio de instituidores que colaboram para que o Banco de Alimentos de Torres cumpra sua missão de ajudar as pessoas em situação de vulnerabilidade, combatendo a fome, cerca de 150 famílias da cidade recebem cestas básicas mensalmente, para minimizar o sofrimento.

O Lions Clube de Torres cede gratuitamente o espaço para que o Banco de Alimentos desenvolva as suas atividades e beneficie pessoas atendidas em três instituições: Associação E.U.C. Afro Luz e Caridade, Sociedade Bezerra de Menezes e Centro Espírita Ponto de Luz Chico Xavier, as quais mantém um cadastro das famílias em vulnerabilidade social, em Torres, e a cada três meses este cadastrado é atualizado. As famílias recebem visitação dos vo-

VALE DO SINOS

luntários para verificar a situação familiar e a necessidade de se continuar ou não recebendo a doação da cesta básica.

As arrecadações de alimentos são realizadas durante os Sábados Solidários, que ocorrem uma vez a cada mês nos Supermercados Bistek e Nacional, das 9h às 20h30min. Em média, 36 voluntários que integram as entidades apoiadoras, trabalham neste dia para ajudar na arrecadação de doações.

O Banco de Alimentos Vale do Sinos (BAVS) vem realizando um diagnóstico sobre situação de insegurança alimentar e nutricional em comunidades atendidas, para direcionar de maneira mais eficiente as doações de alimentos. A ação tem fundamental atuação do programa de extensão acadêmica da Unisinos, que oferece oportunidades de estágio e voluntariado para os universitários do curso de Nutrição, que realizam, na prática, ações de Educação Alimentar, Educação em Saúde e de Segurança Alimentar e Nutricional, fazendo um mapeamento da situação local.

Além deste mapeamento, as ações de Avaliação Antropométrica, Educação Alimentar e Educação em Saúde também integraram o trabalho realizado pelas equipes ao longo de 2022, através de aferição de peso/estatura, oficinas culinárias e atividades lúdicas com as crianças e adolescentes atendidos nas organizações sociais cadastradas pelo BAVS.

Também foram realizadas orientações aos manipuladores de alimentos sobre Boas Práticas na Produção de Alimentos, contribuições na elaboração de receitas, fichas técnicas, ebooks e Manual de Boas Práticas. No segundo semestre, foi realizada uma capacitação so-

bre este tema para mulheres do grupo de Economia Solidária de São Leopoldo, no Centro de Cidadania e Ação Social da universidade, o CCIAS.

O trabalho de diagnóstico da situação de insegurança alimentar e nutricional em comunidades atendidas, iniciado na pandemia, continuará sendo realizado em 2023.

A equipe de trabalho é coordenada pela Nutricionista Responsável Técnica Carolina Prates, pela professora da disciplina de Estágio Maria Lúcia Rodrigues Lopes e pela professora coordenadora acadêmica do projeto BAVS/ UNISINOS e Diretora do Banco de Alimentos Luísa Rihl Castro, que acompanham e supervisionam o planejamento e execução das ações.

22 • REVISTA FAZER BEM • ed 12 •janeiro 2023 ACONTECE NA REDE –RS
TORRES
Instituições
essenciais no trabalho do Banco de Alimentos de Torres
Família Zelmanowicz doa quatro cestas básicas Voluntários do Centro Espírita Ponto de Luz Chico Xavier e do Centro Espírita Bezerra de Menezes Voluntárias das entidades participantes do Banco
BAVS realiza diagnóstico sobre situação de insegurança alimentar e nutricional

Agradecimento à Rede de Bancos de Alimentos do Rio Grande do Sul

Ao término de mais um ano de atividades, nossa Rede de Bancos de Alimentos, face os resultados obtidos, e suas inúmeras e expressivas realizações em 2022, reúne motivos de sobra para comemorar, e também para orgulhar-se de sua missão de combate à FOME e a DESNUTRIÇÃO no Sul do Brasil. Destacamos, que inobstante as adversidades enfrentadas neste período de pandemia, inflação alta, desemprego, guerra no leste europeu, política social instável, ano de eleição, nossos resultados foram altamente positivos e compensadores, já que ultrapassamos todas as expectativas previstas, arrecadando mais de 13 milhões de quilos de alimentos, equivalentes a 39 milhões de refeições, para alimentar três milhões e duzentos mil pessoas no Estado.

Foi mais uma vez, de grande importância a arregimentação de nossos Bancos de Alimentos, já que nos permitiram gerar a energia necessária para o nosso trabalho físico, mas também para oferecer mais AMOR, CARINHO e SOLIDARIEDADE às milhares de famílias, pais, avós, filhos, que não tinham sequer o que comer.

Cabe-nos, portanto, ao cumprimentá-los, agradecer primeiramente a DEUS por nos permitir o compartilhamento desta ação, enviar nosso abraço amigo, a cada um dos componentes de nossas equipes, pela disposição e dedicação incansável para ajudar nossos irmãos que aguardavam e torciam pelo nosso SUCESSO e por um prato de comida.

Com a certeza do dever cumprido, e felizes pelo trabalho realizado e resultados positivos, podemos assegurar, que efetivamente, como cidadãos solidários, “FIZEMOS a DIFERENÇA”.

PARABÉNS VOLUNTÁRIOS! Que DEUS os abençoe, proteja e permita que possamos com muita SAÚDE, DISPOSIÇÃO, permanecer unidos nesta missão divina de “COMBATER a FOME, LEVANDO ESPERANÇA” aos irmãos que ainda precisam de nosso trabalho.

janeiro 2023• ed 12 • REVISTA FAZER BEM • 23 MENSAGEM DO PRESIDENTE

Sesi e Banco de Alimentos na corrida contra a fome

Oprojeto inicial já era ousado. O escopo desenhado para um grande evento que ocorreria ao longo do ano projetava a participação de cerca de 500 pessoas a cada edição. Mas as 29 provas da Corrida do Sesi – Correr Faz Bem, promovidas pelo Serviço Social da Indústria (Sesi-RS) surpreenderam a organização, na qual algumas provas contaram com a presença de mais de 1.000 corredores, que atenderam ao chamado da instituição, que buscava fomentar a prática de atividade física pelo bem-estar físico e mental, promovendo, ainda, a solidariedade em prol da Rede de Bancos de Alimentos do RS, integrante da Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais da FIERGS. A ação gerou uma das maiores doações pela plataforma Doe Alimentos em 2022: 77.367 quilos de alimentos Para participar das corridas realizadas em 25 municípios, cada um dos 13 mil inscritos efetuou a inscrição pelo portal Doe Alimentos (www.doealimentos.com.br) doando uma cesta básica no valor de R$ 30,00. O montante foi o suficiente para distribuir o equivalente a 232.101 refeições às pessoas atendidas nas organizações sociais

cadastradas na Rede de Bancos de Alimentos do RS. “A parceria com o Sesi foi espetacular, comprovando que com a união de esforços podemos combater a fome de quem mais necessita”, destaca o presidente da Rede de Bancos de Alimentos do RS, Paulo Renê Bernhard.

Para o superintende do Sesi/ RS, Juliano Colombo, a sensação é de dever cumprido. “Queríamos retomar o incentivo às atividades físicas como as tradicionais rústicas que eram realizadas pelo Sesi e nossa equipe demonstrou um senso social excepcional ao apresentar o projeto Corrida do Sesi – Correr Faz Bem, conectando duas questões importantes, o cuidado com a saúde e o cuidado com as pessoas, incentivando o combate à fome”, afirma o superintendente do Sesi. “Cuidar da alimentação das pessoas faz parte do papel do Sesi em seus 76 anos de história”, completa.

Para ele, a parceria com o Banco de Alimentos facilitou essa missão. “A plataforma Doe Alimentos é uma ferramenta que simplifica as arrecadações e doações. Quem deseja doar não precisa adquirir produtos e levar até uma instituição e muito menos se preocupar se a doação chegará ao destino correto. Já o Banco de Alimentos tem o benefício de poder distribuir alimentos e itens de higiene e limpeza de acordo com as necessidades de cada uma das entidades cadastradas. É um modelo extremamente assertivo”, ressalta Juliano Colombo.

Futuro

O sucesso da Corrida do Sesi foi tão grande que o Sesi já planeja novas ações similares para o próximo ano. “Nossa intenção é fomentar ainda mais essa parceria com o Banco de Alimentos”, afirma Juliano.

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Na foto, da esquerda para a direita: Gerente de Operações da FGBS, Gilmar Ximenes da Luz; gerente da Área da Saúde do Sesi, Antonino Germano; superintendente do Sesi-RS, Juliano Colombo; e o presidente da Rede, Paulo Renê Bernhard
Projeto do Sesi foi um dos grandes impulsionadores de arrecadações pela plataforma online da Rede de Bancos de Alimentos do RS, arrecadando 77 toneladas de alimentos

Queríamos retomar o incentivo às atividades físicas como as tradicionais rústicas que eram realizadas pelo Sesi e nossa equipe demonstrou um senso social excepcional ao apresentar o projeto Corrida do Sesi, conectando duas questões importantes, o cuidado com a saúde e o cuidado com as pessoas, incentivando o combate à fome

Democratização: regulamento permitiu a adesão de públicos diferentes

O projeto Corrida do Sesi –Correr Faz Bem teve outros diferenciais que marcaram seu sucesso. Além de incentivar a solidariedade, também estimulou a participação de um maior número de pessoas, apresentando um regulamento muito democrático. Além de propor distâncias mais curtas, de três e de seis quilômetros, também proporcionou opções de corrida e de caminhada permitindo até mesmo que pessoas iniciantes pudessem se desafiar e participar dos eventos, assim como os atletas que buscam performance.

Além disso, o regulamento foi divido em categorias masculino e feminino, pelas distâncias de 3 e 6 km, e pelas faixas etárias, possibi -

litando que um maior número de pessoas conquistasse o pódio.

O cuidado com a segurança de todos também foi uma preocupação. A organização optou por realizar um circuito em ruas menos movimentadas. Outro diferencial foi o kit distribuído a cada participante, que continha uma camiseta, um squeeze e um saco bag.

As cidades que receberam as corrida foram: São Leopoldo, Santa Maria, Guaíba, Caxias do Sul, Erechim, Panambi, Montenegro, Canoas, Passo Fundo, Encantado, Parobé, Canela, Campo Bom, Lajeado, Novo Hamburgo, Santa Cruz do Sul, Portão, Santa Rosa, Bagé, Bento Gonçalves, Nova Hartz, Pelotas, Ibirubá, Farroupilha e Horizontina.

Superação física e emocional em sete provas

“Percebi

Quando a coordenadora pedagógica da Faculdade de Tecnologia Senai Porto Alegre Eliane Kiss de Souza, 55 anos, soube que o Sesi estava promovendo as corridas, imediatamente decidiu que era hora de cumprir uma promessa que fizera ao marido Dilson José Aguiar de Souza, enquanto ele estava hospitalizado, em isolamento. “Ele me enviou uma mensagem dizendo que eu deveria continuar correndo e eu me comprometi com ele que faria isso”, revela Eliane. Infelizmente o marido não resistiu e faleceu vítima de Covid aos 57 anos em junho de 2021.

Eliane se inscreveu para a prova em Guaíba e no mesmo dia da corrida soube que queria mais. Em sua primeira participação em uma corrida de competição já subiu ao pódio. Até então, corria pelas ruas de São Leopoldo ou na praia. “Foi uma

sensação indescritível, de superação, tanto física como emocional”, relembra. “Percebi que eu ainda estou aqui, ganhei essa oportunidade de viver, por isso, preciso viver bem.”

A partir de então, foram muitas medalhas e pódios: ela participou de outras seis corridas, em São Leopoldo, Parobé, Montenegro, Canoas, Santa Rosa e Canela, sempre levando consigo mais participantes, amigos e familiares. Havia se inscrito, ainda, para Caxias do Sul, mas não conseguiu participar porque a data coincidiu com a prova de toga da formatura do filho, Higor.

“A cada corrida, quando a organização anunciava o volume arrecadado para doação ao Banco de Alimentos, gerava uma comoção e alegria entre todos os atletas. Foi muito emocionante perceber essa corrente do bem, que ia se multiplicando”, destaca Eliane.

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Eliane correu sete provas: ganhou 3 primeiros lugares, 1 segundo lugar, 2 na terceira colocação e até um quinto lugar na categoria Geral. Na foto, a conquista do primeiro lugar, em Guaíba
que eu ainda estou aqui, ganhei essa oportunidade de viver, por isso, preciso viver bem.”
Eliane Kiss de Souza

Portal Doe Alimentos agiliza e facilita arrecadações e doações

Ferramenta conecta doadores e beneficiários de forma mais assertiva

O portal Doe Alimentos www.doealimentos.com.br movimentou mais de 17 mil transações ao longo de 2022, gerando a aquisição de 203 toneladas de alimentos para 968 instituições, o equivalente a 600 mil pratos de comida para pessoas em situação de vulnerabilidade social.

A ferramenta é uma grande facilitadora, pois simplifica as doações, tanto para as pessoas que desejam ajudar ao próximo, como para a Rede de Bancos de Alimentos do RS que faz chegar às organizações cadastradas os itens que elas mais necessitam para atender aos seus beneficiários.

Em poucos cliques, seja pelo computador ou smartphone, é possível ajudar a quem mais precisa.

www.doealimentos.com.br

Como funciona

É muito fácil ajudar no combate à fome: basta acessar o portal www.doealimentos.com.br, fazer um breve cadastro e, de forma rápida, montar a sacola de doações com os diversos itens disponíveis no site. O doador pode escolher doar produtos como arroz, leite, feijão, café, farinha de trigo e óleo de soja, em valores variados. Outra opção é comprar cestas prontas, nos valores de R$ 50,00, R$ 90,00 ou R$ 150,00; ou ainda, tornar-se um doador recorrente.

Todos podem aderir à causa de combate à fome, seja como doador ou incentivador. Uma estratégia é organizar eventos e aliar a solidariedade como tema, em festas ou eventos diversos, no qual convidados e participantes são estimulados a contribuir pelo portal Doe Alimentos para reverter em ajuda a pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Quem desejar se associar a essa grande causa de combate à fome, pode oferecer ao seu público um QR Code rastreável, direcionado para a plataforma Doe Alimentos. Para tanto, basta solicitar um link e QR Code à Rede de Banco de Alimento do RS. Com certeza será uma ação contemporânea e humanitária.

Acesse o QR Code acima e fale conosco.

26 • REVISTA FAZER BEM • ed 12 •janeiro 2023 TECNOLOGIA SOCIAL
Peça

Banco de Alimentos e Sindipan-RS assinam termo de cooperação para combater a fome

Enquanto 33,1 milhões de brasileiros não têm o que comer, o país apresenta um desperdício anual de 27 milhões de toneladas de alimentos. Os dados são da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) e da Organização das Nações Unidas (ONU), respectivamente. A pesquisa da Rede Penssan mostra, ainda, que grande parte da população brasileira convive com a insegurança alimentar em algum grau, seja leve, moderado ou grave. São 125,2 milhões de pessoas que não têm certeza se terão o que comer a curto prazo, por isso limitam a qualidade ou quantidade de alimentos nas refeições diárias.

É um quadro alarmante, mas que vem sendo combatido incessantemente pela Rede de Bancos de Alimentos do Rio Grande do Sul sob vários cenários, inclusive jurídico. A Rede teve grande participação na aprovação da Lei 14.016/20, que dispõe sobre o combate ao desperdício e doação de alimentos excedentes. Agora segue trabalhando na regulamentação da Lei que norteia um “modus operandi” para as doações.

A Lei 14.016, que dispõe sobre o combate ao desperdício e doação

de alimentos excedentes, sancionada em 23 de junho de 2020, trouxe a segurança jurídica necessária para que empresários de restaurantes, bares, hotéis, padarias, confeitarias, indústrias de massa e biscoitos, indústrias de refeições coletivas, entre outros estabelecimentos do setor alimentício possam doar itens não comercializados, que estejam próprios para o consumo humano.

Cooperação com o Sindipan-RS

A Rede está executando um projeto piloto acordado com o Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria e de Massas Alimentícias e Biscoitos do RS (Sindipan-RS).

Pelo termo de cooperação assinado entre ambas as entidades, o Sindipan atuará na divulgação e conscientização, estimulando a cooperação de seus associados no combate à fome, doando a instituições sociais os itens excedentes do dia, que estiverem no prazo de validade, respeitando os quesitos higiênico-sanitários e nutricionais, e em perfeitas condições para o consumo humano.

Para tanto, o Banco de Alimentos elaborou a Cartilha de Doação de Excedentes para o Sindipan, abordando a Lei 14.016, e procedimentos como temperatura correta, processos, embalagens, logística, entre outros tópicos.

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Presidentes da Rede de Bancos de Alimentos, Paulo Renê Bernhard (assinando) e do Sindipan-RS, Arildo Bennech Oliveira, assinam termo de cooperação durante posse de Arildo para mais uma gestão à frente do sindicato estadual

Pioneirismo do Sindipan na adoção da nova Lei de combate ao desperdício

O Sindipan-RS possui 7 mil padarias e confeitarias associadas, de todo o Estado. Destas, quase a metade já distribui os produtos excedentes para as comunidades locais. “Temos um grande número de empresas a serem conscientizadas sobre as possibilidades de doações, amparadas, agora, por lei”, destaca o presidente do Sindipan-RS, Arildo Bennech Oliveira.

O sindicato já está fazendo divulgações por diferentes canais de comunicação e tem recebido um ótimo retorno dos associados. “Normalmente os comércios, de bairro principalmente, já são referência de apoio e amparo à comunidade sempre que necessário, mas nosso desejo é ampliar ainda mais essas ações, para que possam ser diárias, pois a fome não espera”, afirma o presidente.

O empresário, que é proprietá-

rio do grupo Superpan, que fabrica pães e itens de confeitaria, atua fortemente na área social e é um colecionador de prêmios de diversas áreas, como o Prêmio de Responsabilidade Social do Instituto Ethos, pelo forne cimento de pães e alimentos à creche Palhacinho Triste, no município de Viamão. “As doações ajudam a mi nimizar o sofrimento das pessoas. E todos podem contribuir, de alguma forma”, ressalta.

Arildo é vice-presidente da FIERGS e voltou a assumir recen temente a gestão do Sindipan para o triênio 2022-2025 e salienta que deseja atuar como um fomentador da área social no setor, ao assumir o compromisso de combater o des perdício e a fome. “Vamos trabalhar muito na divulgação da lei e cons cientização dos associados, propa gando a Cartilha elaborada pelo Banco de Alimentos”.

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Arildo Bennech Oliveira é vice-presidente da FIERGS e voltou a assumir recentemente a presidência do Sindipan para o triênio 2022-2025 Advogada Suzany Reck Herrmann também é diretora voluntária do Banco de Alimentos

Nutricionistas do Banco de Alimentos mostram o caminho para doação de excedentes alimentares

Lei garante segurança jurídica aos doadores: o que diz a advogada Suzany Reck Herrmann

Até a aprovação da lei, conforme destaca a advogada Suzany Reck Herrmann, diretora voluntária do Banco de Alimentos de Porto Alegre, não era proibido doar alimentos. Contudo, havia a previsão de responsabilização do doador caso houvesse algum dano em consequência do alimento doado. “Isto, por óbvio, refletia em um pensamento que seria mais seguro jogar fora o alimento do que doálo, para se evitar um possível risco indenizatório, englobando inclusive a esfera criminal”, indica a advogada. Ou seja, não era incentivado a prática de doações de alimentos excedentes.

“A lei vigente expressa que a relação entre doador e beneficiário não configura uma relação de consumo”, explica Suzany. Dessa maneira, a incidência de qualquer responsabilização a quem doa, somente ocorre nos casos comprovados de dolo, consoante previsão dos artigos 3º e 4º, respectivamente.

Art. 3º - O doador e o intermediário somente responderão nas esferas civil e administrativa por danos causados pelos alimentos doados se agirem com dolo. Art. 4º - Doadores e eventuais intermediários serão responsabilizados na esfera penal somente se comprovado, no momento da primeira entrega, ainda que esta não seja feita ao consumidor final, o dolo específico de causar danos à saúde de outrem.

Falar em dolo, segundo a advogada, é falar em má-fé, um ato consciente de alguém que induz e confirma um erro. Quem deseja doar espontaneamente, sem a intenção de fazer mal, não será responsabilizado.

“Não restam dúvidas quanto ao grande avanço legal e, também, de caráter humanitário. Falar em desperdício é falar de toda uma cadeia produtiva afetada, é falar de prejuízos e incentivo à fome, afinal é um absurdo que de um lado tenham pessoas passando fome e, de outro lado, o excedente sendo jogado fora”, ressalta a advogada Suzany Reck Herrmann.

Considerando tratar-se de uma legislação recente, que traz consigo uma segurança jurídica ao que era preconizado até então, a Rede de Bancos de Alimentos vem trabalhando na elaboração de manuais com orientações para que as empresas do setor alimentício tenham total segurança no processo de doação dos alimentos excedentes ou não comercializados. “Nossa equipe de Segurança Alimentar, formada por profissionais das faculdades de Nutrição, Gastronomia e Engenharia Alimentar tem trabalhado na formatação de manuais de regulamentação da referida lei para diferentes áreas, com o propósito de combater a fome no Rio Grande do Sul e no País”, destaca o presidente da Rede de Bancos de Alimentos do RS, Paulo Renê Bernhard.

Já são três manuais redigidos: um para o setor da indústria de refeições coletivas, outro para restaurantes, bares e afins, e este mais recente, para padarias e confeitarias. “Os manuais possibilitam uma padronização que organiza todo o processo de doação, oferecendo segurança tanto para o empresário quanto para os beneficiários”, destaca a nutricionista chefe do Banco de Alimentos, Adriana Lockmann.

Experiência anterior

De 2017 a 2019 o Banco de Alimentos executou um projeto piloto com a Padaria Piratini, localizada na Av. Assis Brasil, no bairro Sarandi, em Porto Alegre. “Foi uma parceria maravilhosa, na qual orientávamos sobre procedimentos de segurança alimentar e a padaria doava para o Banco de Alimentos os produtos não comercializados e sem ingredientes mais perecíveis, como nata, por exemplo. Recebíamos bolos, pizzas e salgadinhos e oferecíamos aos nossos alunos de todos os cursos, assim como para a comunidade do entorno”, relembra a nutricionista do Banco de Alimentos.

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Diretoria do Sindipan esteve reunida com Banco de Alimentos para definir termos da parceria

A doação de excedentes de alimentos é um ato legal

fome é um fenômeno mundial e o Brasil, da mesma forma, tem o desafio de buscar alternativas para combatê-la. A doação de excedentes de alimentos para o consumo humano é a primeira medida lógica para evitar o desperdício, no entanto, infelizmente, o desconhecimento da lei faz com que muitos empresários do ramo paguem para se desfazer dos alimentos in natura, processados e/ou industrializados que poderiam ser buscados e entregues às famílias vulneráveis.

A Lei Federal nº 14.016, de 23 de junho de 2020, que dispõe sobre o tema, é clara: a doação dos excedentes de alimentos por estabelecimentos que os produzam ou os forneçam, como empresas, hospitais, supermercados, cooperativas, restaurantes, lanchonetes e todos os demais estabelecimentos que forneçam alimentos preparados prontos para o consumo de trabalhadores, de empregados, de colaboradores, de parceiros, de pacientes e de clientes em geral, será gratuita, sem a incidência de qualquer encargo que a onere. Ademais, não se trata de

relação de consumo, mas de ato humanitário. Em razão disso, a responsabilidade do doador encerra-se no momento da primeira entrega do alimento ao intermediário ou, no caso da doação direta, ao beneficiário final, e somente é possível a responsabilização civil, administrativa e/ou penal se for comprovado o dolo, ou seja, a intenção do doador de causar danos à saúde de outrem.

Importante salientar que são passíveis de doação os alimentos in natura, industrializados e as refeições prontas, não comercializados e ainda próprios ao consumo humano, que estejam dentro do prazo de validade; não tenham comprometidas a sua integridade e a segurança sanitária, mesmo que haja dano na embalagem; e que tenham mantidas as suas propriedades nutricionais, mesmo que tenham sofrido dano parcial ou apresentem aspecto comercialmente indesejável. Excedentes de alimentos previamente distribuídos para o consumo não são considerados aptos à doação e à reutilização.

Em outubro de 2020, buscando divulgar a legalidade e fomentar a doação dos excedentes de alimentos,

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E NUTRICIONAL
ALIMENTAR

o Ministério Público do Rio Grande do Sul firmou Protocolo de Intenções com o Banco de Alimentos do Rio Grande do Sul, SESC Comunidade, Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável de Porto Alegre, Município de Porto Alegre, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esporte, Fundação de Assistência Social e Cidadania, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Mitra Arquidiocese de Porto Alegre, Associação Gaúcha de Supermercados, Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, Supermercado Gecepel Ltda., Supermago Comércio Ltda., RM Comércio de Produtos Alimentícios e Negócios Ltda. e as Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul, ajustando o fluxo de doações dos alimentos in natura, industrializados e processados.

Posteriormente, na esteira da Lei Federal, no âmbito estadual e municipal, a legislação veio esclarecer, orientar e regulamentar as doações. No Rio Grande do

do a doação de alimentos, buscando-os ou recebendo-os, distribuindo-os a quem precisa, como creches, escolas, asilos, casas de acolhimento, associações de bairros e etc. Agregando às doações, as entidades assistenciais beneficiadas recebem treinamento de boas práticas sobre segurança alimentar, higiene e aproveitamento dos alimentos.

Hoje existem 25 Bancos de Alimentos associados, atendendo em 31 municípios, o que conforta quem deseja doar alimentos, já que os Bancos possuem profissionais habilitados a receberem os alimentos que estão aptos ao consumo humano e, conforme já explicitado, a responsabilidade civil, administrativa e penal do doador, devida em caso de dolo apenas, cessa com a primeira entrega, ou seja, assim que entregue ao Banco de Alimentos.

O Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19 no Brasil apurou que 33,1 milhões de pessoas não têm garantido o que comer. Este estudo realizado em 2022 tam-

Sul, a Lei Estadual nº 15.390, de 3 de dezembro de 2019, foi recentemente regulamentada pelo Decreto nº 56.663, de 19 de setembro de 2022, e a Lei do Município de Porto Alegre nº 12.905, de 18 de novembro de 2021, foi regulamentada pelo Decreto nº 21.246, de 19 de novembro de 2021.

Além de a regulamentação legislativa amparar quem deseja doar alimentos, o Estado, desde o ano de 2000, conta com o Banco de Alimentos que arrecada, recepciona e distribui as doações para entidades assistenciais cadastradas. É uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público e sem fins lucrativos, com profissionais extremamente qualificados, que atuam intermedian-

bém informou que a metade da população brasileira convive com a insegurança alimentar em algum grau, seja leve, moderado ou grave. Ora, o Brasil, o Estado do Rio Grande do Sul e o Município de Porto Alegre possuem legislação específica orientando e amparando o doador, instituições tradicionais com ampla expertise para intermediar a doação de alimentos, incontáveis estabelecimentos produtores e fornecedores de alimentos, potenciais doadores e milhares de famílias vulneráveis ansiando por solidariedade. O esforço conjunto do Estado e da sociedade civil tem o condão de resolver ou, pelo menos, atenuar significativamente a fome.

Então, por que não doar?

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Há legislação específica orientando e amparando o doador... O esforço conjunto do Estado e da sociedade civil tem o condão de resolver ou, pelo menos, atenuar significativamente a fome. Então, por que não doar?
Dra. Cinara Vianna Dutra Braga Promotora de Justiça.

Os verdadeiros heróis no combate à fome

Uma das mentes mais brilhantes da ciência, o cientista Albert Einstein (1879-1955), já enfatizava o quão importante é o equilíbrio da troca na vida, demonstrando que a lei do retorno de “dar e receber” tem resultados efetivos. Uma frase atribuída a ele resume bem essa teoria: “A vida não dá e nem empresta, não se comove e nem se apieda. Tudo que ela faz é retribuir e transferir aquilo que nós lhe oferecemos”. Livros e estudos também complementam esse conceito, vivenciado rotineiramente nas operações da Rede de Bancos de Alimentos do RS e dos Bancos Sociais, que testemunham a cada dia o valor dos heróis que permitem que a roda da generosidade e empatia continue girando até chegar aos mais necessitados.

No livro Dar e Receber, o psicólogo, pesquisador e professor da Wharton School da Universidade da Pensilvânia (EUA) Adam Grant reuniu suas conclusões de pesquisas so-

bre os motivos pelos quais algumas pessoas chegam ao topo da escala de sucesso, enquanto outras não. Ele explica que um dos grupos de pessoas estudadas, os doadores, integram um tipo raro de indivíduo que ajuda os outros sem esperar nada em troca. Segundo ele, as pessoas mais bem-sucedidas nas mais variadas carreiras não são as mais egoístas e nem as que agem com base no toma lá dá cá. Os que chegam mais longe são os doadores. É do autor a criação do software Givitas, uma plataforma projetada para ajudar organizações sem fins lucrativos e corporações diversas a implementar os princípios de seu livro.

Ademais, recentemente, em meados de 2020, evidências científicas documentaram fortes associações entre voluntariado, saúde e bem-estar. Um estudo da Universidade Harvard, a mais antiga dos Estados Unidos e uma das melhores universidades do mundo, revelou

que praticar o bem não só ajuda o próximo como também traz benefícios à própria saúde de quem pratica boas ações. O resultado da pesquisa, realizada durante quatro anos com quase 13 mil pessoas com mais de 50 anos, demonstrou que quem praticava mais de cem horas por ano de serviços voluntários reduziu em 44% o risco de mortalidade e em 17% o risco de desenvolver limitações físicas.

Esse grupo também se mostrou fisicamente mais ativo e com uma situação psicossocial melhor, com mais sentimentos envolvendo positividade e propósito de vida; e menos sintomas depressivos, falta de esperança e solidão.

Como se percebe, atuar coletivamente pelo bem social é uma via de mão dupla e apesar de jamais considerarem esse um dos motivos de estender a mão ao próximo, os instituidores e mantenedores de nossos Bancos Sociais mostram-se verdadeiros heróis incansáveis na busca de ajudar ao próximo, como, por exemplo, os três empresários que destacamos a seguir: Adir Luiz Fração

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, Flavio Ronald Burin e Frederico Gerdau Johannpeter A missão do Banco de Alimentos não seria possível de ser efetivada sem os fundamentais apoios recebidos. A seguir, três exemplos desses heróis sem capa que permitem que mais pratos fiquem cheios: os empresários Adir Fração, Frederico Gerdau e Flavio Burin

“Fazer o bem, faz bem”

As gerações da família Fração no Brasil mantêm em sua rotina a tradição de seus antepassados – que vieram da Província de Padova, na Itália e se estabeleceram inicialmente em Jaguari, e alguns anos depois, foram para Santa Maria – de olhar para o próximo com empatia e compaixão. Está no DNA da família a preocupação com o social e com os mais necessitados e não poderia ser diferente com o diretor do Banco de Alimentos Adir Luiz Fração, um dos fundadores e mantenedores da instituição. O diretor tem uma fundamental participação no crescimento das operações da Rede de Bancos de Alimentos. “Adir vem trabalhando incansavelmente como diretor voluntário na difusão de novos bancos de alimentos”, conta o presidente do Banco de Alimentos de Porto Alegre e da Rede de Bancos de Alimentos do RS, Paulo Renê Bernhard.

Foi assim em Santa Maria, berço da família, que os Fração ajudaram a criar o Banco de Alimentos da cidade há cinco anos e permanecem como mantenedores, através da Centers, empresa do Grupo. “Eu sou muito grato por ter essa oportunidade de auxiliar no combate à fome. É uma ação que me proporciona alegria e vitalidade”, justifica Adir, comprovando os resultados do estudo dos pesquisadores da Universidade de Harvard. “Fazer o bem, faz bem”, ressalta o diretor voluntário.

Doação de caminhões

Uma das maiores e mais tradicionais transportadoras do país, a transportadora Expresso Mercúrio era da família Fração e acompanhando o perfil de seus sócios, era uma empresa cidadã. Seguindo seus princípios e valores, a empresa foi umas das primeiras a acreditar no potencial de criação de uma organização sem fins lucrativos para combater a fome, e em 2000 se uniu a outros instituidores para fundar o Banco de Alimentos de Porto Alegre, o primeiro do gênero no Brasil.

“Nossa família acreditou muito no propósito do Banco de Alimentos de Porto Alegre. Era algo inovador e que vinha preencher uma lacuna, unindo empresários e organizações pelo empenho de erradicar a fome, a começar por nossa capital”, relembra Adir.

Em pouco tempo de operação, o Banco de Alimentos de Porto Alegre recebeu mais um grande apoio da família: a doação de um caminhão para que um terceiro importante pilar sustentasse a iniciativa: a logística, completando os pilares de coleta e armaze-

nagem. “Já tínhamos a parceria de empresários, por intermédio do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística no Estado do Rio Grande do Sul – SETCERGS, que auxiliavam no transporte de doações, mas para o Banco expandir era necessário ter um caminhão próprio. Por isso, a Expresso Mercúrio doou o primeiro veículo, que trabalhou até pouco tempo”, lembra Adir Fração. (Leia mais na página 40) Alguns anos depois, quando o Banco de Alimentos cresceu ainda mais, os quatro troncos familiares da Mercúrio se cotizaram, compraram e doaram um segundo caminhão. Até hoje, como diretor voluntário, Adir não cansa de contribuir de uma forma ou de outra, trabalhando ativamente nas operações do Banco de Alimentos, seja divulgando o trabalho e captando mais mantenedores, seja difundindo a iniciativa para a criação de mais bancos de alimentos.

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A família de Adir Fração foi responsável pela doação de dois caminhões para o Banco de Alimentos de Porto Alegre, além de fundar e manter o Banco de Alimentos de Santa Maria

Engajado no combate à fome, Flavio Ronald Burin auxilia sistematicamente várias instituições, como o Banco de Alimentos, entidade na qual é diretor

alimento à mesa de quem mais precisa é uma questão de humanidade”

Dar o exemplo não é a melhor maneira de influenciar os outros. É a única. A frase eternizada pelo filósofo, médico alemão e Nobel da Paz de 1952 Albert Schweitzer (1875-1965), considerado um dos homens mais importantes do século XX, reflete bem o cotidiano do empresário Flavio Ronald Burin, diretor do Banco de Alimentos de Porto Alegre. Contribuições a famílias e a organizações sociais fazem parte de seu planejamento mensal. Extremamente organizado, ele já deixou registrado em testamento seu desejo de continuidade de seu trabalho social e solidário.

Quando começou a fazer doa-

ções de forma sistemática, o empresário buscou instituições confiáveis e ao longo de sua vida vem ampliando sua forma de contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos mais necessitados. Mais recentemente, no início da pandemia, quando o flagelo da fome ficou ainda mais forte, ele foi buscar informações sobre o Banco de Alimentos de Porto Alegre e testemunhou a seriedade das pessoas que lutam pelo combate à carência nutricional e alimentar, desde a diretoria até equipe e mantenedores.

“Vi que era um compromisso social organizado, planejado e executado por profissionais capacitados, com um trabalho excepcional

e rigorismo em relação à higiene, transporte e armazenamento dos itens que darão alívio à fome crônica. Por isso, decidi me engajar à causa”.

Hoje, mais do que ser um mantenedor, Burin integra o corpo diretivo do Banco de Alimentos e assim como os demais diretores, faz tudo de forma voluntária.

Para ele, colocar alimentos à mesa da população em situação de vulnerabilidade é fundamental e alerta que o Banco de Alimentos necessita de mais apoio do empresariado para que todos contribuam com o mínimo necessário ao ser humano. É uma questão de humanidade.

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“Colocar
Flavio Ronald Burin administra sua empresa, a Rodex Equipamentos Industriais, sob os princípios de responsabilidade social

Responsabilidade social na empresa e na sociedade

Com o mote de amparo voltado para alimentação e educação, Burin também tem consciência de que sua responsabilidade vai além de proporcionar empregos e subsistência a dezenas de famílias. Além de fazer distribuição de resultados como uma forma de bonificação, constantemente faz palestras com temas diversos aos funcionários da sua empresa, a Rodex Equipamentos Industriais - atacadista de máquinas e equipamentos para uso industrial – e sempre aborda a responsabilidade de todos como cidadãos, incentivando atos solidários, que podem começar pela vizinhança. E essa prática tem dado frutos: dia desses um funcionário comentou que havia doado um rancho a um vizinho que estava necessitando. “É recompensador ver tais atitudes se propagando cada vez mais”, afirma o empresário.

Não é à toa que o turnover na Rodex é baixíssimo.

Esse senso social vai muito além dos muros de seu negócio. Há muito tempo Flavio Burin

auxilia famílias e instituições necessitadas e há 4 anos contribui financeiramente para 30 mulheres chefes de famílias, moradoras do Morro da Polícia, e recebe um relatório de acompanhamento de uma pessoa conhecida, que já trabalhava incentivando a autonomia e empoderamento delas. E os resultados são visíveis, algumas beneficiárias já caminham para sua autonomia, fazendo bolos e outros itens para vender. “É preciso ter continuidade e persistência para observarmos as mudanças positivas”, destaca Burin, que no total de sua rotina mensal auxilia pessoalmente cerca de 50 famílias.

Além disso, contribui mensalmente para cinco instituições sem fins lucrativos, como a Pequena Casa da Criança, localizada na Vila Maria da Conceição, no bairro Partenon, em Porto Alegre, que serve 1.500 refeições por dia aos seus beneficiários e atende a mais de 800 pessoas, crianças e idosos em situação de vulnerabilidade social. Além da colaboração regular, o empresário está se articulando com outros doadores para a construção de uma nova escola para a Pequena Casa.

Legado de geração para geração

Muito das ações sociais de Flavio Burin são herança de exemplos deixados por seu pai, Antonio Burin, que criou várias Apaes em diferentes cidades e sempre contribuiu como pode em várias obras sociais. Entre os quatro irmãos, Flávio foi quem mais seguiu o legado do espírito solidário do pai, o primeiro prefeito de Gaurama. Mas seus irmãos,

sempre que podem, também contribuem com ações sociais. E seguindo os passos do pai, Burin também está dando continuidade a esse legado familiar.

Sua filha Vitória, que também atua na Rodex, está se interessando por obras sociais e sua outra filha, Júlia, em breve deve ser contagiada por essas práticas solidárias. Am-

bas sabem que o pai já fez um testamento registrando sua intenção de conservação de seus donativos, para não haver interrupção nos auxílios feitos atualmente, quando ele não estiver mais por aqui. “Não quero que aconteça o mesmo que ocorre normalmente quando alguém faz a passagem e não deixa tudo organizado”, aponta.

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O diretor do Banco de Alimentos de Porto Alegre, empresário Flavio Burin entre as filhas Vitória e Júlia

“Conclamo a todos empresários: ajudem as pessoas”

Écrescente o movimento corporativo que prioriza relacionamento comercial com parceiros que possuem programas socialmente responsáveis e atuam sob a ética do desenvolvimento sustentável, ambiental e social. Este é um ponto crucial para o Grupo Gerdau, que faz criteriosa análise dos aspectos ESG (Environmental, Social and Corporate Governance, em português, ambiental, social e governança) de todos os envolvidos durante tomadas de decisões estratégicas, conforme destaca o empresário Frederico Gerdau Johannpeter, que junto com os irmãos Germano, Klaus e Jorge administrou durante anos a empresa familiar. “O empresariado tem a obrigação de assumir compromisso com o bem comum”, destaca o empresário.

Sob essa convicção, a Gerdau acaba de estabelecer novas cláusulas ESG para contratações de fornece-

dores. A partir de dezembro de 2022, eles poderão incorporar ações de comprometimento social e ambiental à consolidação da parceria com a companhia, incluindo, entre outros pontos, a valorização de um ambiente diverso e inclusivo e a possibilidade de investirem um percentual do valor contratado em projetos sociais, ambientais, culturais e científicos.

As cláusulas também incluem o incentivo ao uso de energias renováveis e biocombustíveis, gestão do consumo de água e da geração de resíduo, entre outros.

Solidariedade

Para Frederico Gerdau, mais do que vislumbrar uma projeção no mercado, uma empresa tem que ser gerida baseada na ética e justiça social. “É preciso que cada um faça o máximo possível para minimizar o sofrimento humano. Por isso conclamo a todos

empresários: ajudem as pessoas”.

Foi exatamente esse cuidado com as pessoas que impulsionou os membros da família Gerdau Johannpeter a se unirem ainda mais para amenizar uma das piores consequências da pandemia: o aumento da fome. “Além dos projetos sociais já apoiados pelo Instituto Helda Gerdau, que é mantido pela família, e pela empresa, ampliamos as contribuições pessoais, com doações sistemáticas de alimentos”, revela Frederico Gerdau, primeira pessoa a contribuir financeiramente para o Banco de Alimentos de Porto Alegre, logo após a sua criação, em 2000. “A fome é cruel, impede o crescimento, a esperança e a vida que todo ser humano merece”, completa.

A família Gerdau Johannpeter é uma das principais mantenedoras do Banco de Alimentos de Porto Alegre e, na pandemia, quintuplicou

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Um dos maiores empresários do Brasil, Frederico Gerdau Johannpeter acentua a importância de o empresariado assumir o compromisso com o bem social, como o combate à fome

Sustentabilidade em todas as dimensões

Apesar de dispensar apresentações, alguns indicadores precisam ser ressaltados sobre a companhia, signatária do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo.

Há muitos anos a empresa gaúcha, destaque no cenário internacional, vem colecionando premiações que reconhecem o trabalho e os investimentos aplicados no desenvolvimento social e ambiental. As mais recentes são o Destaque 2022 no Guia Melhores do ESG e também no ranking das Maiores e Melhores promovidos pela revista Exame, além de ter alcançado no ano passado o prêmio de Empresa do Ano, também concedido pela Exame.

A Gerdau figura entre as empresas mais inovadoras do Brasil, conforme o anuário Valor Inovação Brasil, assim como acumula prêmios nas mais diversas áreas, como diversidade e comunicação, e muito mais.

A maior empresa brasileira produtora de aço, que emprega mais de 30 mil pessoas, tem buscado ser cada vez mais sustentável em todas as dimensões – ambiental, social e governança. Os investimentos também alcançam programas de terceiros, por meio de editais, assim como por apoio a organizações que já executam trabalhos sociais relevantes, sempre buscando fomentar uma sociedade mais justa e igualitária.

as doações de recursos à organização, por intermédio do Instituto Helda Gerdau.

A ação permitiu a aquisição de quatro milhões de quilos de alimentos, suficientes para 12 milhões de refeições. Foram mais de 1 milhão de pessoas beneficiadas, que receberam ainda kits com dois milhões de itens de higiene e limpeza.

“A família tem um caráter extremamente benevolente e sensível às questões humanas e nós, do Banco de Alimentos, somos muito gratos por toda sua generosidade”, destaca o presidente do Banco de Alimentos de Porto Alegre e da Rede de Bancos de Alimentos do RS, Paulo Renê Bernhard.

Qualidade de vida

Como uma árvore forte, enraizada, a cultura empresarial baseada nos valores da família Gerdau se ramificou e as iniciativas sociais foram

multiplicadas, fundamentadas na qualidade de vida das pessoas, a começar por seus colaboradores.

Na década de 1970, por exemplo, a Gerdau concedia duas cestas básicas por mês aos seus trabalhadores. “Naquela época não havia a facilidade que existe hoje para se efetuar compras”, relembra Frederico Gerdau.

Na mesma época a indústria passou a doar os alimentos não consumidos nos refeitórios para instituições sociais próximas, a fim de evitar o desperdício. A prática, realizada pioneiramente pela Gerdau há 50 anos, agora é lei.

A lei federal 14.016/20 dispõe sobre o combate ao desperdício e a doação de excedentes por empresas produtoras e fornecedoras de alimentos. (Leia mais na página 27)

A preocupação e cuidado com as questões sociais estão no DNA da família Gerdau Johannpeter. Frederico Gerdau Johannpeter e seus irmãos Germano, Klaus e Jorge são a quarta geração dos Gerdau, que construíram uma das maiores potências empresariais mundiais, cuja empresa foi fundada há 120 anos pelo imigrante alemão Johannes Heinrich Kaspar Gerdau, conhecido por João Gerdau, bisavô dos quatro irmãos.

Frederico aponta como principal fator da projeção da responsabilidade social, praticada tanto pelo Grupo Gerdau como pelos membros da família, o legado de seus antepassados. “Sempre convivemos em um ambiente que cultivava o hábito de tratar bem a todos. Damos e recebemos. Assim é a vida”, destaca, relembrando uma história familiar em tempos pós guerra. “A família enviava alimentos para os sobreviventes da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) na Alemanha, via navegação”, conta o empresário.

O gene humanitário se reflete nos negócios desde o princípio. Quando João Gerdau adquiriu a fábrica de pregos Pontas de Paris, em Porto Alegre, em 1901, logo apoiou ações sociais em igrejas e hospitais, e essa prática só cresceu.

Por isso a família decidiu criar em 1963 a Fundação Gerdau, que em 2005 passa a ser Instituto Gerdau, responsável por coordenar as diretrizes do investimento social da companhia. Em 2020, a família criou o Instituto Helda Gerdau, em homenagem à mãe de Germano, Klaus, Jorge e Frederico, com intuito de separar as ações filantrópicas da empresa, que seguem no Instituto Gerdau, daquelas praticadas pelos quatro ramos da família.

janeiro 2023• ed 12 • REVISTA FAZER BEM • 37
Cuidar das pessoas está no gene familiar
Germano, Klaus, Frederico e Jorge Gerdau Johannpeter (esq para dir) dão continuidade ao legado deixado pelos antepassados

Amparo do Instituto Helda Gerdau garantiu 12 milhões de refeições em 2022

Não fosse a determinante participação do Instituto Helda Gerdau no amparo ao Banco de Alimentos de Porto Alegre para minimizar os graves efeitos da crise ocasionada pela pandemia, muitas pessoas não poderiam ser atendidas pela instituição e estariam em uma situação imprevisível de fome, miséria, sofrimento e desesperança. O verdadeiro socorro oferecido nos últimos três anos pela família Gerdau Johannpeter, por intermédio do Instituto Helda Gerdau, permitiu que milhares de famílias tivessem alimento à mesa. Somente em 2022, o Instituto doou 4 milhões de quilos de alimentos, o equivalente a 12 milhões de refeições, quantidade suficiente para atender 270 mil famílias.

A mão estendida pela família equilibrou uma balança desigual, já que houve um aumento significativo de pessoas necessitadas contrastando com a diminuição no número de doações durante os dois primeiros anos de pandemia.

Desde a sua fundação, em 2020, o Instituto Helda Gerdau representa uma nova fase de envolvimento da família Gerdau Johannpeter. O Instituto, que é uma associação sem fins lucrativos criada para potencializar iniciativas de impacto

positivo voltadas para o empreendedorismo social, com apoio direto dos membros da família, leva mais que o nome da matriarca Helda Gerdau Johannpeter, que deixou um legado filantrópico e ensinamentos sobre a importância de praticar o bem, colaborar e ser útil à sociedade.

Helda, chamada carinhosamente de Oma Helda – oma é avó, em alemão – costurou roupas para orfanatos, asilos e comunidades carentes. Auxiliou os flagelados da enchente de 1941 em Porto Alegre e os necessita-

dos da Segunda Guerra Mundial.

Neta de João Gerdau, que fundou a Gerdau junto com o filho mais velho e pai de Helda, Hugo Gerdau, ela era casada com Curt Johannpeter, alemão radicado no Brasil que assumiu a direção da Gerdau quando o sogro faleceu, em 1946, e foi responsável por uma fase decisiva de expansão da empresa.

Seus quatro filhos, Germano, Klaus, Jorge e Frederico Gerdau Johannpeter, a quarta geração da família, estiveram à frente da empresa por muitos anos e seguindo o DNA filantrópico da família, criaram o Instituto Helda Gerdau.

Valores familiares

O Instituto nasceu do valor familiar de responsabilidade com o próximo, com o propósito de gerar novas e melhores oportunidades para públicos vulneráveis e que favoreçam uma economia mais justa e inclusiva.

Suas ações têm como foco as temáticas educação, saúde e geração de renda e crescimento econômico, com apoio a projetos que busquem, por meio de inovação e tecnologia, gerar novas oportunidades para grupos vulneráveis, desenvolver a sociedade e contribuir para um país mais inclusivo.

38 • REVISTA FAZER BEM • ed 12 •janeiro 2023 MATÉRIA
ESPECIAL
A fome é cruel, impede o crescimento, a esperança e a vida que todo ser humano merece
Frederico Gerdau Johannpeter
Helda Gerdau Johannpeter

Longevidade e prosperidade empresarial exige agenda ESG, como se vê nas regras da Gerdau

O zelo e a atenção com as questões sociais e ambientes devem estar intrinsecamente inseridos em todos os modelos de negócios, seja por valores e princípios ou mesmo por exigência do mercado, como os requisitos das novas cláusulas ESG estabelecidas pela Gerdau para contratações de fornecedores. O mundo já acompanha atento a esse termo que vem cada vez mais ganhando força: ESG, do inglês Environmental, Social and Corporate Governance, que em português significa Ambiental, Social e Governança. O fato é que a implementação efetiva de uma agenda ESG é uma decisão estratégica sem volta, caso a empresa projete uma vida longa e próspera.

Para entender esse conceito, cujos pilares passaram a incorporar as esferas econômica e financeira tradicionais para garantir a existência humana, causando um impacto social positivo na sociedade de uma forma economicamente sustentável, vejamos o quadro abaixo.

Os três pilares ESG

Environmental ou Ambiental

Esse pilar determina práticas sustentáveis que promovam o gerenciamento de resíduos e efluentes, a economia circular, uso de energias renováveis, redução de emissões de gases de efeito estufa (CO2, gás metano), eficiência energética e preservação ambiental.

Para alcançar esse índice, as empresas precisam reduzir as emissões de carbono, a fim de evitar o aquecimento global, além de adotar programas de eco eficiência e, até mesmo, desenvolver produtos voltados ao setor ambiental. Assim como fazer a gestão dos resíduos, incluindo a logística e manufatura reversa de eletrônicos.

Social

O pilar social determina ações sociais que contribuem com o bom relacionamento e ambiente de trabalho para os colaboradores, inclusão e diversidade, direitos humanos, proteção de dados e práticas para ajudar comunidades ou pessoas carentes.

Uma empresa alinhada a este critério social é aquela que reconhece seus colaboradores, desenvolve pessoas, oferece melhorias na qualidade de vida com boas relações de trabalho, promove doações e auxílios aos mais necessitados e incentiva o trabalho voluntário dentro de comunidades.

Corporate Governance ou Governança

A governança corporativa nada mais é do que regras de compliance, código de conduta das empresas e toda a forma de administração, que deve primar pela transparência e atendimento às legislações vigentes.

Algumas ações que podem ser citadas são: definir, assegurar, promover e induzir boas práticas dentro da companhia, com total ética e transparência na governança, garantir a gestão eficiente de riscos, adotar práticas de proteção aos direitos dos acionistas, ter um conselho totalmente independente e o compromisso da geração de valor aos investidores.

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Fonte: Ambipar Group

Banco de Alimentos de Porto Alegre recebe doação de novo caminhão

Patrocinadores

O Banco de Alimentos de Porto Alegre recebeu a doação de um novo caminhão, que passa a integrar a frota da instituição. O veículo, um Volkswagen patrocinado pelas empresas Transrio e Facchini Implementos Rodoviários com apoio do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística no Estado do RS (SETCERGS), assume as funções do velho e bom guerreiro Mercedes Benz, modelo MBB1513, doado pela Expresso Mercúrio, da família Fração, logo após a fundação do Banco de Alimentos de Porto Alegre, em 2000.

Após mais de 20 anos percorrendo quilômetros e quilômetros, passando por vielas e difíceis acessos irradiando bondade e entregando esperança e felicidade a milhares de famílias, chegou a hora do descanso do velho companheiro Mercedes. “Somos extremamente gratos a todos que se empenharam em proporcionar os veículos que transportaram e transportam no dia a dia os alimentos e insumos que recebemos para aliviar a dor da fome”, afirma o presidente do Banco de Alimentos de Porto Alegre, Paulo Renê Bernhard.

Para o presidente do SETCERGS, Sérgio Mário Gabardo, que se dedicou para que o novo caminhão se tornasse realidade, a sociedade também precisa

se comprometer com as questões sociais. “As empresas devem ser socialmente responsáveis e sustentáveis, pilares que devem ser construídos juntos com a gestão de um negócio, para que ele alcance o real significado de sucesso”, afirma. “É preciso que todos se unam e estendam a mão a quem mais precisa. Todos temos algo a doar, seja tempo, conhecimento ou algum bem, como alimentos, algo essencial à vida”, completa Gabardo.

O diretor regional da Transrio, o maior grupo de concessionárias MAN/Volkswagen do Brasil, com forte atuação no mercado de caminhões e ônibus através de 14 filiais distribuídas em cinco estados brasileiros, Ronaldo Peirano, conta que a ideia da doação do veículo surgiu após uma reunião em 2021. “O caminhão usado pelo Banco de Alimentos, até então, estava velho. Então, decidimos realizar esse novo sonho de renovação”.

Conforme o diretor do Banco de Alimentos João Pierotto Neto, que é vice-presidente extraordi -

Na foto, da esquerda para direita: o presidente do Banco de Alimentos Paulo Renê Bernhard, o presidente do Conselho de Administração do Banco de Alimentos e Coordenador do Conselho de Cidadania da FIERGS Jorge Luiz Buneder, o diretor do Banco de Alimentos e vice-presidente extraordinário de Responsabilidade Social na NTC Logística João Pierotto, o diretor de Gestão do SETCERGS Roberto Machado (que na ocasião estava representando o presidente do SETCERGS, Sérgio Gabardo), o gerente de Operações dos Bancos Sociais, Gilmar Ximenes da Luz, e o gerente Comercial da Facchini, Geraldo Bertuol

40 • REVISTA FAZER BEM • ed 12 •janeiro 2023 NOSSOS APOIADORES
Muitas mãos se uniram para que um novo veículo fosse destinado ao Banco de Alimentos
Cerimônia de entrega do Volkswagen ocorreu na sede do SETCERGS

nário de Responsabilidade Social na Associação Nacional do Transporte de Carga e Logística - NTC Logística, além de doar o caminhão, a Transrio ainda assumiu a responsabilidade da manutenção do mesmo durante um ano. “Houve um engajamento muito especial dos envolvidos, por acreditarem no trabalho sério desempenhado pelo Banco de Alimentos, que leva dignidade e esperança às fa -

mílias menos favorecidas”, afirma Pierotto, que já foi presidente do SETCERGS por duas gestões e atua ativamente colaborando na diretoria do Banco de Alimentos. Ele foi um dos responsáveis pela conquista do novo caminhão, entregue em agosto, ao explanar a situação do antigo veículo a Gabardo e às empresas doadoras.

O gerente comercial da Facchini, Geraldo Bertuol, disse que era

impossível negar o pedido de ajuda. “A Facchini não podia dizer não a esse pedido. Se todo mundo ajudar um pouco, as coisas podem ser melhores”, afirma. A Facchini. que doou o baú, desenvolve, produz e distribui implementos rodoviários para todos os segmentos de transportes nas categorias pesados, médios e leves, contando com 10 fábricas com linhas integradas, 29 distribuidores no Brasil e 9 distribuidores no exterior.

SETCERGS tem sido grande parceiro

O presidente do Banco de Alimentos destaca a parceria com o SETCERGS desde a fundação do Banco de Alimentos, há 22 anos. “São os caminhões de associados do Sindicato que realizam a logística, seja em atividades de arrecadação, seja em ações pontuais, como em eventos, campanhas e até catástrofes”, ressalta Paulo Renê Bernhard.

Essa parceria, iniciada em 2000, tem como grande mentor o diretor do Banco de Alimentos Adir Luiz Fração, que na época era o presidente do SETCERGS e apresentou o projeto do Banco no Sindicato, desenvolvendo todo o planejamento logístico. Ele também foi um dos responsáveis, ao lado de sua família, pela doação de dois caminhões, o primeiro por intermédio da Expresso Mercúrio e o segundo pela diretoria da Mercúrio representada pelos seus quatro núcleos familiares, se cotizaram e compraram o segundo veículo.

“Percebemos que o Banco de Alimentos necessitava, com urgência, de um caminhão próprio, para agilizar ainda mais as entregas, pois a logística garante muito mais do que a chegada

das doações ao destino. Ela proporciona a segurança alimentar, um dos propósitos do Banco, ao manter os alimentos em perfeitas condições para o consumo”, afirma Adir Fração.

“Adir tem sido incansável no trabalho de constante aprimoramento de nossas funções nestes 22 anos. Temos muita gratidão por isso”, ressalta o presidente do Banco de Alimentos, Paulo Renê.

Vida dedicada à solidariedade

João Pierotto Neto, que foi presidente do SETCERGS de 2001 a 2004, seguiu acompanhando o amigo Adir Fração nas ações de combate à fome ao longo dos anos. “As pessoas gostam de ajudar, só precisam confiar no processo, e no caso do Banco de Alimentos temos pessoas honradas

garantindo a lisura do trabalho. A felicidade de quem colabora é visível, desde os doadores e instituidores até os motoristas e ajudantes dos caminhões. Todos se unem sob o espírito da solidariedade”, destaca. Pierotto, que é vice-presidente extraordinário de Responsabilidade Social na Associação Nacional do Transporte de Carga e Logística - NTC Logística, tem trabalhado incansavelmente em prol do Banco de Alimentos, sendo um multiplicador das ações da instituição. Ao longo dos anos vem trabalhando na difusão da Rede de Bancos de Alimentos pelo País, com o objetivo de criar novos Bancos de Alimentos no Brasil, disseminando essa importante iniciativa de proporcionar alimentos a pessoas em situação de vulnerabilidade.

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Adir Fração, Paulo Renê Bernhard e João Pierotto Neto durante lançamento do Banco de Alimentos de Santa Catarina Família Fração doou primeiro caminhão ao Banco de Alimentos

HOMENAGEM PÓSTUMA

O legado deixado por Renan Proença

Com sólidas convicções de responsabilidade social, o empresário Francisco Renan Oronoz Proença cumpriu sua missão e partiu para outro plano em outubro de 2022, deixando um marcante legado para a sociedade e uma lacuna nas relações humanas e empresariais, pelo ser muito humano que foi. Consciente de seu compromisso social, ele prezava pelo desenvolvimento econômico e social e esteve à frente de diversas entidades representativas, como FIERGS, CIERGS, SESI, Associação Brasileira das Indústrias de Artefatos de Couro e Artigos de Viagem (Abiacav), Sindicouro-RS e Centro da Indústria Fabril de Bento Gonçalves, além de presidir o Grupo Fasolo. Foi durante uma de suas gestões como presidente da FIERGS (1999-2005) que foi fundado o primeiro Banco de Alimentos do Brasil, em Porto Alegre, em 2000. Instituição esta que Renan apoiou desde a elaboração do projeto, apresentado pelo amigo e industrial Jorge Luiz Buneder.

Buneder, então Coordenador do Conselho de Cidadania da FIERGS, destaca o caráter humanitário e social de Renan Proença. “Foi uma pessoa benevolente e generosa, e somos extremamente gratos pelo seu incondicional apoio à criação do Banco de Alimentos de Porto Alegre”, diz Buneder.

Empresário e dirigente de classe, criou e apoiou inúmeras ações em prol do desenvolvimento econômico e social, como o Banco de Alimentos

Legado

O legado deixado por Renan Proença é robusto. Entre suas iniciativas estão a concepção de um sistema de financiamento para os trabalhadores, como farmácia e supermercado do SESI, a criação do programa Meu Primeiro Negócio, destinado a estimular o empreendedorismo, a construção da nova sede da Federação das Indústrias, onde mais tarde foi construído o Teatro do Sesi e o Pavilhão de Exposições, hoje Centro de Eventos FIERGS e esteve à frente do lançamento do Fórum Regional do Sul, entidade que reuniu as três federações das indústrias dos estados do RS, Santa Catarina e Paraná em prol do desenvolvimento da região.

Renan Proença foi um homem à frente de seu tempo. Ele trouxe seu compromisso social em diversas áreas desde Quaraí, a sua terra natal,

até Bento Gonçalves, cidade que o acolheu tão bem, e depois para todo o Rio Grande do Sul e Brasil afora, como dirigente de classe. Renan Proença também era conhecido por todos os ambientes em que circulava por seu perfil humanitário. Ele valorizava e reconhecia muito o conhecimento alheio, prestigiando todos que se relacionavam e trabalhavam com ele, desde funções administrativas a operacionais. Até por isso era reconhecido pelos seus pares como um empresário chão de fábrica. Nascido em Quaraí, formado em Farmácia e Bioquímica, Proença deixa a esposa, Yeda Lúcia Fasolo Proença, os filhos Carolina e Márcio e netos, além de uma infinidade de amigos e admiradores.

Gratidão

Em nome dos Bancos Sociais queremos deixar aqui nossa gratidão a esse grande homem que foi Renan Proença. Também queremos agradecer em nome de todos os beneficiados por suas ações, sejam instituições ou pessoas das mais diversas comunidades, sejam colaboradores das indústrias gaúchas. Muito obrigado!

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Muito além dos muros escolares

Com apoio do Banco de Alimentos, instituições cadastradas conseguem estender atendimento a mais famílias e pessoas em situação de vulnerabilidade social

A parceria com o Banco de Alimentos de Porto Alegre tem mais de uma década, mas foi durante a pandemia que os laços se estreitaram ainda mais, com a ampliação da oferta de cestas básicas que possibilitou, consequentemente, a expansão do atendimento da Escola de Educação Infantil Santa Catarina, localizada na Vila Nova Brasília, no bairro Sarandi, em Porto Alegre, para fora de suas instalações, atendendo também a famílias da comunidade, em situação de extrema pobreza.

A escola atende 97 crianças na instituição e outras 80 famílias em situação de vulnerabilidade social. “São residentes ao lado de um dique que enfrentam uma dura realidade, seja por não terem uma renda fixa, trabalham com coleta de resíduos, ou mesmo não têm trabalho, ou seja por serem doentes ou idosos. O fato é que graças a ampliação da ajuda do Banco de Alimentos conseguimos estender o atendimento a essas pessoas”, destaca Luana Rodrigues, diretora da Escola.

Os 97 alunos da escola fazem quatro refeições ao dia. Pela manhã, eles chegam e têm seu café prontinho, recepcionando-os para mais um dia de alegrias e aprendizado. Depois almoçam, fazem lanche da tarde e no final do dia, jantam. Afinal, com fome, ninguém é feliz ou mesmo aprende algo.

Segurança nutricional e alimentar

A escola participa do projeto Cozinha Nota 10 do Banco de Alimentos, pela qual as cozinheiras da casa participam de capacitações para manter a qualidade e segurança alimentar, a fim de evitar riscos de contaminações dos alimentos, atenden-

do às boas práticas de manipulação em todas as etapas do processo de produção das refeições. “Além disso, com as capacitações e orientações oferecidas pela equipe do Banco de Alimentos conseguimos oferecer uma alimentação mais saudável e segura, com menos sal, menos açúcar e menos gordura”, afirma Luana.

A diretora da escola faz questão de destacar o empenho das cozinheiras Simone Alves e Andréia Salazar. “Muito além de cozinhar, elas dedicam muito amor e carinho para o bem das crianças”.

A escola também conta com a dedicação da nutricionista Alexandra de Souza Barcellos, que trabalha há 11 anos na instituição, depois de ter feito estágio no Banco de Alimentos, e da coordenadora Simone Minotti Maria.

Dedicação inspirada em dona Paulina

A diretora Luana Rodrigues segue o legado de sua mãe, dona Paulina Rodrigues, que fundou a escolinha como uma organização sem fins lucrativos após perder uma filha no Natal, portadora de Síndrome de Down. Aos poucos, o vazio deixado pela perda foi sendo preenchido pelo conforto dado às crianças da comunidade, primeiro com a oferta de café da manhã e depois com atividades recreativas e educacionais, até obter o status de escola, após formalizar a organização e firmar convênio com a Secretaria Municipal da Educação de Porto Alegre (Smed).

Sensibilizada pela carência do bairro, ela decidiu agir e oferecer aos vizinhos um apoio que aparentemente poderia ser visto como pequeno, mas na verdade era de um valor incalculável. “Tinha um local abandonado aqui na Vila e ali ela decidiu fazer esse trabalho voluntário para os vizinhos”, conta a filha, que já está na Santa Catarina há 24 anos.

Formada em Pedagogia, com pós em Psicopedagogia, Luana atua na escola desde seus 9 anos de idade, quando começou a ajudar nas atividades voluntárias da mãe, que faleceu há seis anos.

44 • REVISTA FAZER BEM • ed 12 •janeiro 2023 CONVERSANDO COM OS BENEFICIÁRIOS
Dona Paulina Rodrigues fundou a Escola Santa Catarina para ajudar a vizinhança

Mais do que alimentos, Acompar oferece alento e esperança de dias melhores

O Banco de Alimentos de Porto Alegre tem sido um grande parceiro da Ação Comunitária Participativa (Acompar), que atua na região do bairro Santa Rosa, na zona Norte de Porto Alegre. A cooperação tem um papel fundamental na rotina da organização, mas se tornou extremamente importante durante os piores momentos da pandemia da Covid-19, em 2020, quando a associação não manteve atendimentos presenciais, mas esteve de portas abertas para ajudar a comunidade.

Conforme a coordenadora de Educação Infantil do Núcleo III da Acompar, Fernanda Fraga Rodrigues, as cestas básicas que foram distribuídas para a população atendida ajudaram muito, proporcionando muito mais do que a necessidade básica de alimentação, mas também alento, conforto e esperança.

“O Banco de Alimentos sempre esteve muito presente conosco, doando alimentos e itens de higiene, assim como materiais de construção e reformas, e ministrando cursos de boas práticas e manipulação de alimentos e aulas de educação alimentar saudável”, destaca Fernanda.

A instituição participa dos projetos Nutrindo o Amanhã e Cozinha Nota 10. “Só temos a agradecer por todo acompanhamento das equipes do Banco de Alimentos, que nos dão um suporte de muito valor para que consigamos melhorar a qualidade nutricional de nossos beneficiários”, afirma Fernanda, que completa “parceiros como o Banco de Alimentos auxiliam as instituições sociais fortalecendo de forma eficaz as iniciativas do Terceiro Setor no combate à fome, violência e miséria”.

Conheça a Acompar

Fundada em 1967, a Acompar já recebeu relevantes premiações como a Comenda Porto do Sol, conferida pela Câmara de Vereadores, e o Selo Doar, concedido pelo Instituto Doar pela qualidade de gestão e transparência da instituição.

A entidade atende a 700 crianças e jovens em cinco núcleos de atendimento, sendo três núcleos para crianças de zero a 5 anos, da Educação Infantil, e dois de convivência, que ocorrem no contraturno escolar. O Núcleo de Convivência 1 atende crianças de 6 a 14 anos, e o Núcleo de Convivência 2 atende jovens de 14 a 16 anos.

Ações de rua

Além disso a Acompar mantém convênio com a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) e Secretaria Municipal da Educação de Porto Alegre (Smed), fornecendo serviços de abordagem social junto a adolescentes e moradores de rua. O atendimento aos jovens ocorre principalmente após comunicação ou solicitação de abordagens em sinaleiras. A equipe da Acompar busca estabelecer um vínculo de confiança e apoio para oferecer oportunidades de inserção no mercado de trabalho, com vagas disponibilizadas por empresas parceiras.

Instituição atende a 700 crianças e adolescentes da Zona Norte de Porto Alegre Equipe da Acompar realiza abordagens sociais

A ação junto a população em situação de rua mantém um roteiro de atendimento vinculado a políticas de assistência social do município, de acordo com a necessidade de cada família ou indivíduo, buscando na rede de apoio os serviços necessários para cada situação.

janeiro 2023• ed 12 • REVISTA FAZER BEM • 45

Voluntariado: o principal pilar do Banco de Alimentos

Ser voluntário é muito mais do que doar tempo ou outros recursos, como o financeiro. Ser voluntário em uma causa social é permitir-se vivenciar uma rica relação, cheia de empatia e solidariedade. E mais, ser voluntário é um ato de doação de energia e generosidade, pela qual é possível ser um agente transformador e cidadão na sociedade e de ser

tados até a sede do Banco de Alimentos da cidade. Neste dia tão importante é quando se comprova, mais uma vez, a importância dos parceiros da área de logística para que a missão seja cumprida.

Renato revela que é um grande admirador do Banco de Alimentos e diz que atuar pessoalmente no transporte das doações do Sábado Solidário de Porto Alegre permite que uma oportunidade ímpar de se ter uma sensação de bem-estar incrível.

Por isso, é fato que não são apenas os beneficiários de uma ação social que ganham. O voluntário também vivencia um bem-estar interior inigualável. É esse sentimento que o empresário Renato Kopacek Ferronato, proprietário da Trans-

portadora Rodovia Sul, experimenta toda vez que embarca em um de seus caminhões e ele mesmo põe a mão na massa nos Sábados Solidários que ocorrem uma vez por mês em Porto Alegre. A ação, que acontece em todo o Estado, recebe milhares de quilos de alimentos na saída dos supermercados, que necessitam ser transpor-

expresse sua gratidão e retribua à sociedade todas as conquistas alcançadas em sua vida. “É extremamente gratificante fazer esse trabalho voluntário em uma causa tão importante, realizada por uma instituição tão séria, que é modelo para o Brasil”, destaca.

Além desta empresa, muitas

46 • REVISTA FAZER BEM • ed 12 •janeiro 2023 VOLUNTARIADO
Os voluntários são agentes de transformação que têm sido fundamentais para o cumprimento da missão dos Bancos de Alimentos do RS no combate à fome
Empresário Renato Ferronato faz questão de ajudar pessoalmente a transportar as doações dos Sábados Solidários

outras transportadoras disponibilizam gratuitamente seus veículos para transportar as doações até a sede do Banco de Alimentos.

Sábado Solidário

O Sábado Solidário é uma ação fixa, que ocorre no primeiro sábado de cada mês, em frente a supermercados parceiros do Banco de Alimentos. Contando com o apoio de voluntários, sejam de captadores ou de empresas de logística, a rede de Bancos de Alimentos consegue recolher alimentos e itens de higiene e limpeza diretamente da população, para então doar a mais de 900 organizações beneficiárias no Estado.

Mais de 100 supermercados participam do Sábado Solidário no Rio Grande do Sul. Em Porto Alegre, cerca de 20 supermercados das Redes Big, Nacional, Rissul, Carrefour, Desco, Asun e duas lojas do Zaffari são parceiros da ação.

Sucesso de todas as ações depende muito do grupo de voluntários

O impacto que as atitudes solidárias causam na vida dos beneficiados e dos voluntários é extremamente significativo. “O serviço de

voluntariado permite que a sociedade participe conosco e proporcione a realização desta grande missão de combate à fome”, destaca Lucelene Navarro, gerente administrativa/financeira da Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais, que coordena as ações dos voluntários da organização.

São muitas as oportunidades da comunidade se engajar nesta causa como um voluntário. Além do Sábado Solidário, o Banco de Alimentos tem parcerias com outras instituições para promover ações e conta com apoio de voluntários para executá-las, como o Trote Solidário, organizado pelo o Núcleo

Acadêmico do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), o Festival do Japão, a Expoagas, o Natal do Bem e Cavalgadas do Bem, entre outras ações.

O Banco de Alimentos também conta com um grande número de voluntários de instituições parceiras, como o Rotary Clube, Lions Club, escoteiros, maçonaria, assim como de estudantes universitários, funcionários de empresas, funcionários de sindicatos, membros de diaconias e muitos outros que doam este bem tão precioso que é o tempo, em prol de uma sociedade mais justa, sem fome.

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Voluntários ajudam na separação dos itens a serem entregues aos beneficiários

INTERNACIONAL

Diretora do Banco de Alimentos de Porto Alegre visita organização de Genebra

Bancos de Alimentos de Porto Alegre e de Genebra dão importante passo para projeto de colaboração, idealizado a partir da visitação

A diretora do Banco de Alimentos de Porto Alegre professora Denise Zaffari es teve na Suíça e conheceu as atividades do Partage (compartilhar, em português), o Banco de Alimentos de Genebra. Denise, que é coordenadora do Curso de Nutrição Campus POA e professora do Curso de Nutrição e do Mestrado em Nutrição e Alimentos da Unisinos, esteve acompanhada de sua colega de universidade professora Daniela Schneid Schuh, quando tiveram a oportunidade de trocar experiências, conhecendo a realidade local e apresentando a instituição gaúcha, que atua na área de Segurança Alimentar e Nutricional, distribuindo alimentos, materiais de higiene e atuando na educação alimentar e em saúde a instituições sociais.

A visita técnica ocorreu em 16 de agosto de 2022. As profissionais foram recebidas por Julien Rigoulet, assistente de comunicação e captador de recursos do Partage, que se surpreendeu com a ação do Sul do Brasil, que tem uma escala diferente de atendimento, já que assiste a mais de 233 mil famílias, ou, quase um milhão de pessoas por ano.

Missão

Denise e Daniela estiveram na Suíça em uma missão de trabalho no Banco de Dados de uma pesquisa sobre obesidade, diabetes e Covid-19, em parceria entre o Mestrado Pro-

fissional em Nutrição e Alimentos da Unisinos e o Departamento de Medicina Interna do Centre Hospitalier Universitaire de Vaudois, em Lausanne, na Suíça. Paralelamente, visitaram alguns centros de pesquisa a fim de cumprir seu importante papel de instituição universitária de nutrir a sociedade com conhecimento e desenvolvimento em várias áreas.

O projeto de colaboração, iniciado a partir desta visita, entre os Bancos de Alimentos de Porto Alegre e de Genebra, proporcionará a troca de experiências entre as duas Instituições que, mesmo com realidades diferentes, têm um único propósito, minimizar a fome e suas inúmeras consequências.

As cestas básicas distribuídas pelo Partage contêm alimentos não perecíveis e hortifruti, que são distribuídos em transporte refrigerado

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Professoras da Unisinos Daniela (esq) e Denise, que é diretora do Banco de Alimentos, estiveram em missão de trabalho na Suíça

Como funciona o Partage

O Banco de Alimentos de Genebra atende 50 instituições, assistindo a mais de 12 mil adultos e crianças, semanalmente. Para cumprir seu compromisso, a instituição tem o apoio do governo suíço, que paga o salário de 80% dos funcionários. Muitos trabalhadores são voluntários de um programa de reabilitação mental e física governamental.

Cerca de 80% das doações são oriundas de empresas privadas e a organização também realiza o Sábado Partage duas vezes ao ano para arrecadar doações em supermercados locais.

As cestas básicas distribuídas contêm alimentos não perecíveis, hortifruti e produtos de higiene. A quantidade de itens em cada sacola depende de cada caso e são definidas por nutricionistas voluntárias. Os alimentos refrigerados ou congelados são entregues em transporte refrigerado.

Em períodos de férias escolares, as famílias retiram as cestas básicas nas organizações de referência.

Realidades diferentes, mas operações similares

Além de combater a insegurança alimentar, doando alimentos para pessoas em maior vulnerabilidade social, o Partage tem outra iniciativa em comum com o Banco de Alimentos de Porto Alegre: a busca pelo equilíbrio entre o desperdício e a carência alimentar. Para tanto, o Banco de Genebra distribui os produtos que não foram comercializados pelos locais de venda a quem mais necessita. Uma ação semelhante à do Banco de Porto Alegre, que com apoio das indústrias de refeições coletivas vem trabalhando há 20 anos para minimizar a fome com a distribuição dos alimentos excedentes.

A instituição gaúcha tem trabalhado para ampliar esta prática com um projeto piloto em parceria com o Sindipan-RS, após a aprovação da Lei 14.016/20, que dispõe sobre o combate ao desperdício de alimentos e a doação de excedentes para o consumo humano. (Leia mais na página 27)

Visitas técnicas internacionais

Diretores do Banco de Alimentos de Porto Alegre já visitaram outras instituições pelo mundo:

Nova Iorque (EUA)

Em dezembro de 2021, a diretora volun tária Suzany Reck Herrmann fez uma visita técnica ao Food Bank For New York City, nos Estados Unidos. O estado de Nova York já aplica uma lei que determina que empresas que gerem duas toneladas ou mais de alimentos não utilizados por semana devem doar ou compostar o excedente da produção. A distribuição das doações é feita por 25 mil boxes que saem dos pavilhões para os pontos de distribuição, divulgados previamente.

Emirados Árabes

Suzany Reck Herrmann também visitou o UAE Food Bank, em Dubai, o primeiro ban co de alimentos nos Emirados Árabes Unidos, em 22 de abril de 2022. A organização possui o projeto Um Bilhão de Refeições e está empe nhada em distribuir alimentos aos necessitados, eliminando o desperdício de alimentos, colaborando com as autoridades locais e instituições de caridade para criar um ecossistema abrangente para armazenar, embalar e distribuir alimentos.

França

O diretor Adir Luiz Fração, esteve no Banque Alimentaire des Alpes-Maritimes, em Nice, na França, que trabalha com a doação de alimentos para 30 municípios da região. A or ganização tem como maior destaque o trabalho realizado por voluntários, principalmente Rotarianos e Leões. A França possui mais de 70 Bancos de Alimentos e conta com a participação do governo e da União Europeia, que arcam com 65% dos custeios dos Bancos.

Portugal

A diretora Denise Zaffari conheceu a me todologia do Banco Alimentar de Lisboa, em Portugal, que foi inspiração para a criação do Banco de Alimentos de Porto Alegre, o primei ro no Brasil.

Um de seus principais diferenciais são as fontes de doações. Eles recebem alimentos provenientes do varejo, da indústria e da sociedade civil.

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Bancos de Alimentos e de Livros promovem ações pela qualidade de vida dos idosos

Na Semana do Idoso, público atendido pelos projetos dos Bancos Sociais teve a oportunidade de participar de um circuito de atividades

Viver mais, e melhor. Esse é um desejo inerente à maioria das pessoas, seja para si próprio ou para quem se ama. E é exatamente esse o propósito de projetos específicos para idosos do Banco de Alimentos e do Banco de Livros, que buscam incentivar os beneficiários das instituições a levarem uma vida mais saudável e longeva com mais qualidade de vida. Seguindo esse ideal, os dois

bancos sociais realizaram uma ação conjunta durante a Semana do Idoso, promovendo atividades diversas na sede dos Bancos Sociais.

Nos dias 18 e 20 de outubro, 67 idosos participaram de um circuito de atividades que incluíram prática de Tai Chi Chuan, oficina de temperos, bingo do chá, da hora do conto e de cuidados com a saúde, com a aferição de pressão arterial e de glicose, feitos em parceria com a Escola de Enfermagem Eseg.

Além disso, durante os encontros foi promovido um coffee break com a equipe do projeto Oficina do Sabor, que elaborou receitas como antepasto com casca de banana, bolo de banana e maçã e muffin de legumes. Não poderia faltar um bailinho,

por isso a música embalou toda a moçada de 60 a 93 anos presente, que se jogou na dança, inclusive quem estava de bengala e andador. “Além de ser um momento educativo, com informações sobre cuidados para uma vida melhor, o evento também proporcionou integração social e descontração”, afirma a nutricionista chefe do Banco de Alimentos, Adriana Lockmann.

As ações contemplaram um pouco dos programas executados para este público, integrando objetivos dos projetos Passos da Longevidade, Oficina do Sabor e Funcionalidade, do Banco de Alimentos, e do projeto “A Leitura Unindo Gerações”, do Banco de Livros, que atende idosos residentes e não residentes de asilos e centros de convivência de Porto Alegre.

Durante o evento, a contação de histórias encenou a obra da autora Léa Cassol, chamada O Chá das Maravilhas, na qual a equipe do projeto “A Leitura Unindo Gerações” encenou um personagem.

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Escola de Enfermagem Eseg ajudou na aferição de pressão arterial e de glicose

Banco de Alimentos

O projeto tem a proposta de estimular a adoção de um estilo de vida mais saudável entre os idosos atendidos pelas instituições cadastradas, contando com o apoio de profissionais das áreas de Nutrição, Fisioterapia e Educação Física. Suas atividades incluem a prática de exercícios terapêuticos, associados à alimentação saudável, com oficinas de saúde que abordam temas pertinentes à saúde do idoso, de forma lúdica, atrativa e de fácil compreensão.

Conheça os projetos contemplados nas atividades da Semana do Idoso

Passos da Longevidade

Projeto interdisciplinar que visa manter e desenvolver a qualidade da saúde dos idosos participantes de grupos em instituições parceiras, por meio dos três pilares: Nutrição, Psicologia e Serviço Social. Implementado em 2015, o projeto se propõe a auxiliar as comunidades a manterem seus idosos independentes e autônomos.

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Projeto Funcionalidade

Banco de Alimentos

Projeto Oficina do Sabor

Tem como objetivo estimular práticas alimentares saudáveis através de oficinas culinárias com idosos de instituições cadastradas, com a finalidade a mudança do padrão alimentar desregrado e a melhora na adesão ao tratamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (diabetes, hipertensão, alteração nos níveis de colesterol e osteoporose). Incentiva, também, a prática de hábitos alimentares saudáveis para a prevenção de doenças, bem como autonomia, independência e melhora na autoestima.

Este projeto leva às casas de longa permanência (asilos) e grupos de convivência de leitura com dinâmicas, escrita, música e contação de histórias, possibilitando que idosos participem de atividades, restabelecendo vínculos e oportunizando a experiência de aprender com este relacionamento.

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Projeto “A Leitura Unindo Gerações”
Banco de Livros

SIMERS

FORMATURA DOS BANCOS SOCIAIS

Capacitação profissional dos Bancos Sociais

Mais uma emocionante formatura dos Bancos de Vestuários, Computadores e Materiais de Construção foi celebrada, no dia 14 de dezembro, no novo auditório da Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais da FIERGS. Durante a cerimônia, foram entregues, em parceria com o SENAI-RS, 58 certificados de conclusão dos cursos de qualificação profissional.

No segundo semestre de 2022, o Banco de Vestuários ofereceu os cursos de Costura Básica, com a professora Cristiane da Rosa, contando com 21 formandos; e Costureiro Industrial, com a professora Elisângela Lima, com 24 formandos. Já o Banco de Computadores realizou o curso de Reparador de Micro Computadores, com o professor Everton Castro de Souza, formando 8 alunos.

O Banco de Materiais de Construção desenvolveu o curso de Pedreiro de Alvenaria, com o professor Genaro Rodrigues, formando 5 pessoas.

Os cursos dos Bancos Sociais da FIERGS são gratuitos e podem

ser realizados por grande parte da população carente. As aulas ocorrem nas instalações dos Bancos Sociais e são ministradas pelo SENAI-RS, que confere a certificação aos alunos. Durante o período de aulas, os alunos recebem materiais didáticos, vale transporte, uniforme e alimentação, gratuitamente.

Após a realização dos cursos, a Fundação procura acompanhar o desenvolvimento dos alunos, doa matéria prima e oferece novas possibilidades.

Participaram da mesa diretiva o diretor superintendente dos Ban-

cos Sociais, Paulo Renê Bernhard, e executivos do SENAI-RS, o gerente de Operações do SENAI da Construção Civil e Automotivo, Rafael Freire; o coordenador técnico Rogério da Silva Basso; e a coordenadora pedagógica Jaqueline Rampelotti. A formatura foi coordenada pela gerente Administrativo Financeiro da FGBS Lucelene Navarro e pela coordenadora dos cursos dos Bancos Sociais Fabiana Mattos. A formatura contou com coffee break preparado pelas cozinheiras do Banco de Alimentos e doações do Sindipan-RS e Padaria Piratini.

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58 formandos de cursos de costura, computadores e construção receberam os certificados de conclusão

Melhorias nas instalações dos Bancos Sociais

pelo pleno funcionamento dos Bancos Sociais, que bateram recordes de doações, retomaram projetos e cursos parados devido à pandemia e criaram programas, além de realizar melhorias em suas instalações.

A união dos diversos Bancos Sociais fortaleceu o trabalho da Fundação. Em parceria, os Bancos Sociais estão transformando a realidade de comunidades carentes, levando saúde, alimento, conhecimento e esperança à população. A união dos Bancos permitiu a montagem de novos espaços de leitura em escolas infantis, presídios, hospitais e outras

instituições. Ajudou ainda a restaurar cozinhas em ONGs e beneficiou milhares de participantes dos seis programas de saúde e nutrição desenvolvidos.

O ano também foi de transformação. Todos os pavilhões receberam benfeitorias. No pavilhão 8, uma área foi criada para os cursos do Banco de Materiais de Construção. O amplo ambiente permite o desenvolvimento de projetos envolvendo alvenaria, hidráulica e elétrica. Vestiários e banheiros foram reformados.

O pavilhão 2 ganhou dois espaços: um dedicado ao Bazar dos

to Leituras e Costuras, uma parceria com o Banco de Vestuários, que permitirá oficinas de costura e leitura para idosos.

O pavilhão 3, pertencente ao Banco de Vestuários, agora conta com três salas para cursos gratuitos. Ganhou espaço exclusivo para armazenamento dos resíduos têxteis doados, além de showroom para expor e valorizar peças confeccionadas pelos alunos dos cursos e artesãos do Projeto Reciclando com Arte. Neste pavilhão, também foi construído o novo auditório dos Bancos Sociais, com capacidade para 60 pessoas, onde ocorrem formaturas dos cursos de Qualificação Profissional, e uma sala de fisioterapia para o Projeto Passos da Longevidade.

O Banco de Livros (pavilhão 4) teve o seu design reformulado, com estantes e mobiliários. Já a Cozinha Experimental do Banco de Alimentos e o Laboratório de Análise Sensorial, no pavilhão 7, foram reformados e ganharam equipamentos graças ao apoio de empresas e a utilização de recursos de editais.

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Bazar dos Bancos Sociais Sala de aula do Banco de Computadores

Quinto volume do livro “Vozes de um Tempo” é lançado na Feira do Livro

O Banco de Livros lançou na 68ª Feira de Porto Alegre, em 8 de novembro, o 5º volume do Livro “Vozes de Um Tempo”. A cerimônia ocorreu no Espaço Jovem Petrobras, na Praça Alfândega, e contou com a participação do presidente do Banco de Livros, Waldir da Silveira, e da bibliotecária responsável pelo Banco de Livros, Neli Miotto. Quatro apenados autores, das cidades de Arroio do Meio, Júlio de Castilhos e Tupanciretã, autografaram as obras.

A iniciativa integra o projeto Passaporte para o Futuro, idealizado em 2012 pelo Banco de Livros, a partir de parceria com a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e o Balcão da Cidadania. São 10 anos ininterruptos de trabalho, cujo maior objetivo é assegurar às pessoas privadas de liberdade o acesso à informação e à literatura, visando o desenvolvimento da pessoa e o preparo para o exercício da cidadania, além de subsidiar apenados e apenadas com materiais literários para a preparação para o ENEM, para pessoas privadas de liberdade.

O mais recente volume do “Vozes de um Tempo” recebeu 465 textos e ilustrações, de 48 estabelecimentos prisionais, para seleção. Foram selecionados 159, de 139 autores, para a composição da obra. Muito acima das pouco mais de 80 produções de quando foi realizada a primeira publicação, em 2012. “É uma demonstração

de empenho dos profissionais que atuam no projeto, que visa proporcionar o acesso à informação e traz a arte como diálogo, fazendo da leitura uma ponte para a liberdade, abrindo portas e janelas para além das grades e muros, ao integrar a sociedade civil às vozes de um tempo de quem está recluso”, enfatiza Neli Miotto, bibliotecária responsável pelo Banco de Livros.

“É gratificante observar o retorno positivo dos privados de liberdade, que se dá com o aumento nas solicitações de livros e nos índices de leitura, aprovações no ENEM e, principalmente, nas produções de textos, que são a base desta obra”, destaca

Banco

Waldir da Silveira, presidente do Banco de Livros.

Participaram ainda do evento a diretora do Departamento de Políticas Penais (DPP) da SJSPS, Lea Duarte, que representou o secretário da pasta, Mauro Hauschild; o diretor do Departamento de Tratamento Penal (DTP) da Susepe, Cristian Colovini; o presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, Maximiliano Ledur; e a professora e doutora em Ciências Criminais, Simone Schroeder.

O Banco de Livros participou da 68ª Feira do Livro de Porto Alegre, realizada de 28 de outubro a 15 de novembro, recebendo livros novos e usados no estande do próprio Banco de Livros e também no estande do Banrisul, no qual havia uma caixa coletora. A população pode continuar doando em todo o Estado, em estacionamentos Safe Park, que também funcionam como ponto de arrecadação durante o ano todo.

Mais de 2 milhões de exemplares já foram recebidos através da iniciativa, que desde 2009, tem como presidente Waldir da Silveira. Com as doações, o Banco criou salas de leitura e biblioteca em 1.500 escolas infantis, presídios, bibliotecas comunitárias, unidades da Fase, postos de saúde e outras instituições. Cerca de 85% das beneficiadas também receberam computadores, mesas e outros itens para montar espaços de leitura.

O Banco de Livros realiza a captação de livros, faz a triagem, a higienização, visitas técnicas, verifica necessidades quanto a infraestrutura e acervo das instituições, seleciona o acervo de acordo com o perfil do público-alvo atendido, organiza o espaço de leitura e, finalmente, entrega as obras para circulação.

56 • REVISTA FAZER BEM • ed 12 •janeiro 2023 BANCOS SOCIAIS - BANCO DE LIVROS
de Livros recebe doações na 68ª Feira do Livro de Porto Alegre
Presidente do Banco de Livros, Waldir da Silveira, reafirma a importância do projeto e também pede autógrafo para os autores presentes

“Um texto publicado em um livro mudou a minha vida”

Ela sempre gostou de escrever. Na adolescência, compunha músicas de rap, em outra fase, mais românticas. A mãe escreve poemas. Mas apesar de a veia artística estar latente, ela jamais imaginou que um dia veria seu nome escrito como autora em um livro. Mas Joice Rodrigues, hoje universitária do curso de Direito, superou adversidades e abraçou uma oportunidade ao conhecer o projeto Passaporte para o Futuro, realizado pelo Banco de Livros em parceria com a Susepe e o Balcão da Cidadania em unidades prisionais. Joice é uma das autoras da primeira edição do livro Vozes de um Tempo, editado em 2012. “Eu estava detida há dois anos e decidi conhecer essa proposta, e me encantei”, conta a universitária.

O texto escrito por Joice, “O Tempo”, trouxe para ela muito mais

do que projeção. Ele representou uma mudança espetacular no seu estilo de vida. Ela, que tinha o Ensino Fundamental incompleto, voltou a estudar, a confiar em si mesma e passou a projetar um futuro próspero e cheio de desejo de ajudar mais pessoas. “O texto publicado no livro mudou a minha vida. Meu sonho agora é atuar na minha comunidade ajudando principalmente crianças e jovens. Quem sabe atuar no Conselho Tutelar?”, diz Joice.

Para ela, é extremamente importante a realização de projetos sociais dentro das casas de detenção, pois eles abrem espaço para as pessoas serem ouvidas, mostrarem suas personalidades e habilidades, com a possibilidade de mudarem a realidade do momento.

Mãe de seis filhos, Joice tem orgulho de poder ser uma inspiração

para eles, provando que basta aproveitar as chances que a vida oferece, para que o futuro possa ser desenhado com mais cor e alegria.

Projeto do Judiciário para acolhimento a vítimas de violência doméstica recebe doações de livros e móveis

O Banco de Livros e o Banco de Mobiliários doaram livros e móveis para a Biblioteca da Vara de Violência Doméstica, no Foro Central. Os livros estão à disposição na sala e no corredor do Juizado, e também na sala Central Multidisciplinar, onde crianças aguardam para atendimentos.

A proposta integra o Projeto Borboleta, do Judiciário, que tem como objetivo acolher, orientar e dar dignidade a mulheres que so-

frem violência. Para a titular do 1º Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, de Porto Alegre, juíza Madgéli Frantz Machado, as iniciativas são fundamentais para o combate ao ciclo da violência. “Os dados demonstram que as mulheres que conseguem chegar até o sistema de Justiça possuem mais proteção”, enfatizou a juíza Madgéli durante o lançamento do projeto, que contou também com a abertura da exposição “Borboletas pela paz, construindo novos horizontes”.

Durante o lançamento, a juíza da 1° Vara da Violência Doméstica e Familiar de Porto Alegre, Márcia Kern, agradeceu o apoio dos Bancos Sociais, “Além das manifestações artísticas, se vê no nosso ambiente a palavra. A palavra escrita, que sempre nos foi tão cara, quando muitas vezes, tivemos que nos calar. A escrita é capaz de muitas coisas”, disse a magistrada.

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Joice Rodrigues, estudante de Direito, participou da primeira edição do livro Vozes de um Tempo Doação dos Banco de Livros e de Mobiliários beneficiarão mulheres e crianças atendidos no Foro Central

Móveis e itens de decoração são doados para 20 instituições com apoio do Instituto Cyrela

Os Bancos de Mobiliários, Livros e Vestuários, uniramse com o Instituto Cyrela neste Natal para alavancar o acesso ao conhecimento, ao desenvolvimento do aprendizado e a montagem de novos espaços de leitura em diversas entidades do terceiro setor.

No mês de dezembro, foi criado um novo projeto com o apoio do Instituto Cyrela. Foram construídos e restaurados pelo Banco de Mobiliários diversas cadeiras, mesas, estantes, sofás e cantoneiras; confeccionados pelo Banco de Vestuários tapetes e almofadas; e doados pelo Banco de Livros centenas de exemplares, para a criação de espaços de leitura em 20 instituições de diferentes bairros da periferia de

Porto Alegre, com a intenção de beneficiar 2.424 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Os primeiros 10 espaços foram instalados em dezembro de 2022 e os demais serão montados em janeiro de 2023. Em parceria, os Bancos Sociais da FIERGS estão conseguindo transformar a realidade das comunidades carentes, levando mais saúde, bem-estar, conhecimento e esperança à população.

Parceria

Quero-Quero

Neste exercício, o Banco de Mobiliários contou com a parceria da empresa QueroQuero, que doou centenas de ferramentas e equipamentos para as atividades do dia a dia do Banco, que iniciou o planejamento para desenvolvimento de novos cursos em 2023.

58 • REVISTA FAZER BEM • ed 12 •janeiro 2023 BANCOS SOCIAIS - BANCO DE MOBILIÁRIOS
Criação de espaços de leituras em 20 organizações beneficiará mais de 2.400 crianças e adolescentes
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