Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho Gerência de Extensão e Relações Institucionais
PROJETOS DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
2018
SUMÁRIO Apresentação ................................................................................................................................................. 2 Projetos de Extensão na Escola de Governo da Fundação João Pinheiro .............................. 3 Projeto Fica Ativo! Cidadania ................................................................................................................... 5 Projeto Fica Ativo! Repensar .................................................................................................................... 9 Cursinho Educar .......................................................................................................................................... 13 João Pinheiro Júnior .................................................................................................................................. 16 Observatório de Políticas Públicas....................................................................................................... 19 Sociedade de Debates .............................................................................................................................. 21 Teatro .............................................................................................................................................................. 23 Projeto Rondon ........................................................................................................................................... 26 10envolver Capacidades .......................................................................................................................... 29 Programa de Internato em Administração e Gestão Municipal – Prinagem ....................... 32
APRESENTAÇÃO Ao favorecer a troca de saberes entre estudantes e a sociedade, acredita-se que a extensão universitária tem uma importante contribuição para a formação acadêmica e cidadã dos alunos. Busca-se, por meio do tripé ensino, pesquisa e extensão a coesão entre reflexão acadêmica, prospecção de novos conteúdos e percepções e de inserção na sociedade concomitantemente à validação das teorias à luz da percepção social vivenciada. A Escola de Governo da Fundação João Pinheiro foi criada pela Lei nº. 10.961, de 14 de dezembro de 1992, e trata-se de uma Instituição de Ensino Superior que oferece cursos de graduação, capacitação e pós-graduação lato sensu e stricto sensu, visando formar e capacitar recursos humanos para a administração pública, prioritariamente para o Estado. As atividades de extensão universitária são parte das competências da Escola de Governo, que aliadas aos estágios extracurricular e curricular supervisionado, e às atividades complementares de graduação, se somam à formação teórica, e visam promover um conjunto de conhecimentos e atitudes, com vistas a preparar os estudantes para a complexidade e os desafios da gestão pública. A construção do significado e o peso da extensão na Escola de Governo passaram por conquistas graduais, como a criação da Gerência de Extensão e Relações Institucionais (Geri), o aumento do número de funcionários da Gerência, o crescimento expressivo e diversificação das atividades de extensão, a obtenção de um orçamento próprio e aumento do reconhecimento pelos alunos da importância da sua participação (SOUZA 2017). A Gerência de Extensão e Relações Institucionais foi instituída pelo Decreto Estadual nº 45.670, de 3 de agosto de 2011. Ela é a unidade da Escola de Governo responsável por proporcionar, concomitantemente ao processo de formação oferecido pelo Curso de Administração Pública (Csap), práticas e projetos de extensão universitária que conduzam ao contato com a sociedade e se constitui como um espaço de debate e reflexão dos estudantes. Para tanto, a Geri coordena um conjunto de projetos e promove atividades diversas que dão vida à extensão universitária.
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PROJETOS DE EXTENSÃO NA ESCOLA DE GOVERNO DA FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO O Projeto Pedagógico do Curso de Administração Pública estabelece as atividades complementares de graduação, que podem ser desenvolvidas na forma de atividades de ensino, pesquisa e extensão, que se constituem em um dos componentes da matriz curricular do Csap e visam ao desenvolvimento, à avaliação e ao reconhecimento de competências e conhecimentos adquiridos por meio de práticas opcionais, interdisciplinares, transversais e independentes, que contribuam para o enriquecimento da formação dos alunos. Agrupando os projetos e programas de acordo com os tipos de conhecimentos, habilidades e atitudes que os estudantes desenvolvem de acordo com as atividades e intervenções realizadas, a Geri classifica as atividades de extensão universitária na Escola de Governo em projetos sociais, projetos de imersão municipal e projetos de desenvolvimento acadêmico/profissional, que se articulam e se complementam em dimensões de formação definidas no projeto pedagógico: social, profissional e acadêmica.
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Os projetos sociais são os que permitem que os estudantes estejam em contato com pessoas da comunidade nos entornos da universidade, preferencialmente em áreas de vulnerabilidade social, desenvolvendo atividades em conjunto, proporcionando o contato com a realidade social, ao mesmo tempo em que favorecem a troca de saberes, sejam eles sistematizados, vivenciais e populares. Por sua vez, os projetos de imersão municipal abrangem as iniciativas que levam o estudante do Csap a conhecer
in loco a diversidade da realidade brasileira, possibilitando aos mesmos o desenvolvimento da capacidade de reflexão crítica sobre a experiência obtida durante o período de observação e atuação nas regiões visitadas. Há ainda os projetos de aperfeiçoamento profissional/acadêmico, iniciativas que, pela natureza de suas atividades, incentivam a pesquisa e o estudo mais aprofundados de determinados temas ou o desempenho técnico. Todos os projetos têm uma coordenação discente, que é supervisionada pela Geri. Ao coordenador cumpre o papel de gerenciar a equipe, viabilizar os encontros, subsidiar a Geri no acompanhamento dos projetos, administrar os conflitos e tomar decisões. Com tudo isso, espera-se que os estudantes agreguem conhecimentos e experiências de diferentes realidades, desenvolvendo habilidades para sua formação e atuação no setor público frente às diversidades e desafios da gestão de políticas públicas.
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PROJETO FICA ATIVO! CIDADANIA Tipo de projeto
Social
Ciclo do projeto
Semestral
Número de alunos participantes
15
Número de beneficiários por semestre
140 jovens e adultos
Ano de criação
2013
Estudantes da EG em um encontro com a turma da EJA em 2018/2. Fonte: Acervo da Geri
Histórico Criado no ano de 2013, o Fica Ativo! Cidadania surge a partir da demanda dos estudantes participantes do Diretório Acadêmico do Csap e do Núcleo Social da João Pinheiro Consultoria Júnior em conjugar os conhecimentos sobre administração pública com a realização de um projeto social. Identificaram a Escola Dora Tomich
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Laender e iniciaram um projeto piloto em uma das turmas de Educação de Jovens e Adultos. No semestre seguinte, o projeto se expandiu para toda a escola no período da noite e desde então é renovado a cada semestre, sempre na mencionada escola municipal, localizada no bairro Serra Verde, na região de Venda Nova (Belo Horizonte), com as turmas do Ensino de Jovens e Adultos (EJA). Público-alvo Alunos do Ensino de Jovens e Adultos que frequentam a Escola Municipal Dora Tomich Laender. Justificativa Muitas vezes as escolas não apresentam espaços de discussão que consigam fomentar o pensamento crítico dos alunos, o que se mostra muito importante para viabilizar a participação cidadã e possibilitar a mudança das realidades sociais. Assim, o projeto visa levar temas de relevância cidadã para discussão com os alunos. Objetivos Capacitar os estudantes do EJA a perceber a realidade social em que se encontram, além de passarem a valorizar a convivência e a atuação cidadã como forma de mudança da realidade. Durante as discussões, espera-se ainda aumentar o conhecimento dos alunos em temas de relevância para o cotidiano dos mesmos, e que podem ser importantes também para a consolidação do que é aprendido na sala de aula. Metodologia O Projeto Fica Ativo! Cidadania se estrutura sobre metodologias participativas e ainda na discussão como método de fomento a atividade cidadã. Essas, por meio da integração de conhecimentos e experiências de vários indivíduos, grupos e instituições, permitem o diagnóstico da situação presente de determinado contexto social, bem como o planejamento de intervenções de forma participativa. Assim, conhecer o cotidiano das pessoas, trocar informações e saberes, valorizar as experiências locais, pesquisando e testando ferramentas que de alguma forma busquem contribuir para a compreensão dos problemas, são práticas na busca da consolidação da metodologia participativa em todas as etapas que o constituem.
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Os temas a serem debatidos nos encontros são construídos de forma conjunta. O encontro inaugural é característico pela apresentação e primeiro contato entre equipe de trabalho e turma da EJA e, a partir daí, os participantes de cada turma são instigados por sua equipe de trabalho a opinarem sobre temas que achem interessantes de serem trabalhados, segundo suas preferências ou necessidades. As sugestões são compiladas e as coordenadoras e as equipes de trabalho se organizam para que os temas pedidos sejam explorados em discussões ao longo do ano letivo. Os encontros são realizados no ambiente da sala de aula, no horário de uma aula (duração aproximada de uma hora e meia), sendo que as carteiras devem ser colocadas preferencialmente no formato de semicírculo, possibilitando maior contato e participação dos alunos, com os alunos da Escola de Governo. O debate deve ser a forma primordial de desenvolver os encontros, sendo que os alunos da Escola de Governo atuam como facilitadores do tema, trazendo dinâmicas, imagens, músicas, reportagens ou questionamentos para introduzir o assunto. Ao fazer uma breve exposição de interpretações e dados sobre a temática, a proposta é fomentar a participação e diálogo. Destaca-se a importância de criar um ambiente em que as pessoas se sintam confortáveis em apresentar suas opiniões, dúvidas e argumentos. Ademais, por vezes será necessário estimular a participação, já que nem sempre os jovens e adultos estão dispostos a falar. A temática preferencialmente deve ser a mesma para todas as turmas, caso seja possível. Porém, cientes da diferença entre os grupos, os encontros podem acontecer com temas diferentes entre eles. Os coordenadores do projeto se revezam entre as salas, por meio de rodízio, possibilitando maior acompanhamento dos encontros e sugestão de melhorias. Após todos os encontros é realizada reunião em que cada dupla/trio conta aos demais sobre suas atividades, apontando possíveis falhas e sucessos e recebendo sugestões dos demais. Ao final da reunião, é decidido o tema do próximo encontro.
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Estudantes da EG em um encontro com a turma da EJA em 2017/1. Fonte: Acervo da Geri
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PROJETO FICA ATIVO! REPENSAR Tipo de projeto
Social
Ciclo do projeto
Semestral
Número de alunos participantes
8
Nº de beneficiários por semestre
20 adolescentes e jovens
Ano de criação
2014
Estudantes da EG em um encontro com os jovens no Repensar em 2016/1. Acervo da Geri
Histórico O projeto começou a ser estruturado em 2013 como uma iniciativa do Núcleo Social da João Pinheiro Consultoria Júnior, juntamente com o Diretório Acadêmico do Csap. Após um ano de estudo e desenvolvimento de propostas de intervenção, em parceria com o programa estadual Fica Vivo!, o projeto piloto foi realizado com adolescentes participantes das oficinas do Fica Vivo! no Conjunto Felicidade. Entre 2015 e 2017, recebeu financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais
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(Fapemig) na linha projetos de pesquisa científica e tecnológica. Atualmente, sua coordenação está na Gerência de Extensão e Relações Institucionais da EG/FJP. Público-alvo Adolescentes e jovens moradores de áreas de periferia de Belo Horizonte. Justificativa Os jovens participantes do Fica Ativo Repensar vivem em uma realidade de vulnerabilidade social. Serviços básicos como educação, saúde e lazer muitas vezes são entregues de maneira precária, criando uma segregação social de oportunidades. Nesse cenário, os jovens se situam à margem da participação democrática, dificultando a construção de identidades sensíveis à diversidade cultural; solidariedade; cidadania; assim como o fortalecimento de autoestima e do sentimento de pertencimento comunitário. Desse modo, espera-se que o projeto, a partir da investigação científica nos campos sociais a que se propõe, por meio da realização de estratégias de pesquisa-ação, da apropriação da arte como instrumento de modificação social, da conscientização de direitos e do reconhecimento dos envolvidos sobre suas realidades, possibilite ações transformadoras que gerem impactos sociais. Objetivo Um dos resultados da situação de vulnerabilidade social é a banalização da violência e de outras questões como os abusos, agressões, consumo de drogas e tráfico. Mudar essa realidade é uma tarefa complexa, mas faz-se necessário incitar o reconhecimento e mudança, o que é justamente objetivo principal do projeto. Para tanto, considera-se fundamental que os jovens tenham oportunidades de refletir sobre seus direitos, o que significa tomar iniciativas coletivas e individuais, fazer uso de associações, laços de confiança e solidariedade para construir estratégias para romper a dependência social e para que consigam, com isso, desenvolver autonomia, dignidade, poder de decisão e cidadania.
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Metodologia O projeto é desenvolvido em parceria com alguma instituição que esteja no território, e que faça a ligação entre a Fundação João Pinheiro e os adolescentes da comunidade. Nas primeiras edições o Fica Vivo foi o principal parceiro, e mais recentemente tem se optado pela parceria com as escolas. Ao entrar em contato com a escola, divulga-se o projeto para os alunos, preferencialmente do Ensino médio, que são convidados a participar dos encontros fora do horário escolar, uma vez por semana, na própria escola. Dada uma equipe de até oito universitários, acredita-se que uma média de 20 adolescentes e jovens seja o ideal para o trabalho conjunto. Estruturado em quatro eixos, o projeto se configura na realização de 16 encontros com os adolescentes, em uma crescente construção conjunta de entendimentos e debates, cujo fim é o desenvolvimento de capacidades individuais e coletivas dos adolescentes. O trabalho se inicia com quatro encontros que buscam propiciar uma leitura, a partir da ótica desses jovens, sobre suas comunidades e a relação e/ou visão que eles têm delas. Logo, essa primeira etapa configura-se como o reconhecimento da realidade que será trabalhada. A partir daí, a ideia é que se construam as bases necessárias para desenvolver ou aprimorar as noções de empoderamento individual e coletivo que os participantes já tenham. A base das intervenções será a valorização do diálogo como uma ferramenta de resolução de conflitos e alcance de interesses coletivos. Dessa maneira, a segunda etapa do projeto é basicamente de desconstruções e construção do diálogo como peça fundamental da convivência em comunidade. Quando os jovens tomam conhecimento do poder que a mobilização e a ação em grupo têm, torna-se interessante sua provocação para que comecem a explorar os direitos que possuem enquanto cidadãos. Paralelamente, é importante que se trate dos deveres também e se incentive uma atuação em sociedade voltada para essas duas variáveis do convívio coletivo, pois busca-se mostrar que eles potencialmente são os agentes de transformação de sua própria realidade. Portanto, a terceira etapa pode ser definida como o fortalecimento da noção de cidadania. Se os participantes do projeto alcançam uma visão mais crítica do mundo a sua volta, pautada no uso pleno de seus direitos enquanto cidadãos, a ideia de empoderamento,
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seja ele individual ou coletivo, já pode ser tratada. Assim, alcança-se a quarta e última etapa, que culmina na realização de um produto final relacionado à arte e elaborado pelos adolescentes e que represente os aprendizados e suas percepções sobre o que foi o projeto para o grupo.
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CURSINHO EDUCAR Tipo de projeto
Social
Ciclo do projeto
Anual
Número de alunos participantes
15
Nº de beneficiários por semestre
40
Ano de criação
2014
Aplicação de simulado no Cursinho Educar em 2016. Fonte: Acervo da Geri
Histórico Inspirado em iniciativas de universitários que fornecem cursinhos populares para jovens vestibulandos de baixa renda, o Educar, capitaneado pelo Núcleo Social da João Pinheiro Consultoria Júnior, formou sua primeira turma em 2014. Desde então, anualmente são abertas 40 vagas para alunos interessados. Em 2016 a Fundação João Pinheiro firmou um acordo de cooperação com a Associação Profissionalizante do Menor (Assprom), de modo que 50% das vagas ofertadas são para os adolescentes da associação.
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Público-alvo Jovens de baixa renda que querem acessar o ensino superior e precisam se preparar para fazer o Exame Nacional do Ensino médio (Enem) e outros vestibulares. Justificativa Os alunos de baixa renda atendidos pelo projeto dificilmente conseguiriam frequentar os cursinhos pré-vestibulares tradicionais, o que dificulta muito o acesso ao ensino superior, praticamente inviabilizando sua entrada em uma universidade. Considerando que a educação é o principal mecanismo de ascensão social, e que o ensino superior significa uma melhoria de renda para o futuro profissional, a entrada desses alunos de baixa renda nas universidades significa também dar a oportunidade de mudança e de melhoria dos padrões de vida dos mesmos. Objetivo Ampliar a oportunidade de acesso à universidade pela população de baixa renda, por meio do oferecimento de curso noturno gratuito preparatório para o Enem. Os objetivos específicos referem-se ao fornecimento de ensino qualificado, por meio do trabalho voluntário de professores e monitores que cursam ou já concluíram o ensino superior, fornecimento de estrutura básica necessária para que as aulas sejam bem aproveitadas e seu conteúdo seja transmitido e reforçado; e envolvimento ao máximo dos alunos do Csap no projeto. Metodologia Entre novembro e dezembro, realiza-se ampla divulgação das vagas do cursinho, sendo que são matriculados os vinte primeiros alunos a se inscreverem, desde que atendam ao requisito de serem de escola pública e de baixa renda. As demais vinte vagas são reservadas aos jovens vinculados à Assprom. A equipe do Cursinho Educar é formada pelos professores, que são estudantes do Csap, e por um ou dois coordenadores, além da equipe da Geri que auxilia na organização do cursinho.
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Além das aulas, acontecem reuniões entre a equipe e são aplicados simulados em cada semestre, formulados pelos professores baseando-se no modelo do Enem, para treinar os alunos nesse tipo de método avaliativo. São ofertadas também monitorias em relação às disciplinas que os estudantes têm maior dificuldade e também podem ser agendados “aulões” aos sábados para reforço de determinadas matérias. Ao final de cada semestre, é aplicado um formulário de avaliação em que os professores são avaliados pelos alunos e os professores avaliam a coordenação.
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JOÃO PINHEIRO JÚNIOR Tipo de projeto
Acadêmico/ profissional
Ciclo do projeto
De acordo com a demanda
Número de alunos participantes
25, aproximadamente
Ano de criação
1998
Membros da João Pinheiro Júnior em 2017/1. Fonte: Acervo da Geri
Histórico A João Pinheiro Júnior foi criada em 1998 por alunos do Curso de Administração Pública (Csap) da Fundação João Pinheiro, com vistas a desenvolver diferentes tipos de projetos na área pública, possibilitando que os alunos membros tenham, durante a graduação, experiências em diversas temáticas da Administração e conheçam de perto a realidade de órgãos e municípios do Estado de Minas Gerais, além de trabalharem em equipe e buscarem também o desenvolvimento interno da empresa.
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Público-alvo Principalmente as administrações Municipais, atendendo também associações, empresas e demais entidades que precisam de algum produto/projeto que a Consultoria Júnior está apta a ofertar. Justificativa As administrações municipais muitas vezes precisam de soluções mais rápidas e que não conseguem ser supridas por sua equipe própria, precisando recorrer a um prestador de serviço externo. Consultorias privadas costumam cobram um valor acima do que é possível de ser pago pelas mesmas, além de apresentarem uma dificuldade maior de contratação, que deve ser feita por meio de licitação. A empresa júnior, por outro lado, pode ser uma opção viável, uma vez que apresenta valores bem menores que os de mercado, e que pode ser contratada por meio da dispensa de licitação, tal como disposto no art. 24 da Lei n° 8.666/93. Por essas características, a contratação da empresa júnior passa a ser uma boa opção, viável também para associações, empresas e outras entidades que buscam pelos serviços que a empresa pode ofertar. Objetivo Realizar projetos relacionados a políticas públicas, gestão e estratégia, planejamento e orçamento e ainda capacitações e treinamento para administrações municipais, secretarias, empresas e outras entidades. Metodologia A empresa oferece, a cada semestre, de acordo com sua demanda, vagas para os graduandos em Administração Pública da Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho. Os alunos selecionados após o processo trainee são alocados em uma das Diretorias ou Núcleos de Extensão da empresa. A empresa pode ser contratada por seus diversos clientes para desenvolver projetos sob demanda nas áreas de políticas públicas, gestão e estratégia, planejamento e orçamento e ainda capacitações e treinamento.
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Após realizar reuniões com os potenciais clientes e definir o escopo do projeto, seleciona-se entre os membros da empresa quem fará parte daquela equipe. Cada projeto apresenta um gerente e conta com a supervisão de um professor/pesquisador da Fundação João Pinheiro indicado pela Geri.
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OBSERVATÓRIO DE POLÍTICAS PÚBLICAS Tipo de projeto
Acadêmico/profissional
Ciclo do projeto
2 semestres
Número de alunos participantes
21
Ano de criação
2014
Alunos do Observatório de Políticas Públicas de Estabilidade no Setor Público em 2017/2. Fonte: Acervo da Geri
Histórico O Projeto teve sua primeira edição no segundo semestre de 2014, tendo surgido por iniciativa dos alunos, buscando aliar o desenvolvimento do estudo acadêmico com a devolução para a sociedade do que foi constatado durante os estudos sobre as políticas públicas realizadas no país.
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Público-alvo Cidadãos. Justificativa Percebe-se que muitas vezes a sociedade não toma conhecimento acerca dos resultados e da efetividade das políticas públicas realizadas pelo Estado. Assim, buscando maior transparência, os graduandos em conjunto com o professor orientador, buscam criar produtos que sintetizem de forma clara, objetiva e acessível os resultados de alguma política pública implementada, permitindo o aumento do controle social. Objetivo O projeto visa colocar os alunos do curso de graduação em contato com o estudo de algum tema de interesse relacionado às políticas públicas em conjunto com o professor orientador de modo a criar um produto que tenha relevância para a sociedade. Metodologia Os alunos formam grupos que partilham o interesse pela mesma área e procuram algum professor que trabalhe com o tema ou pedem que a Geri os ajude a encontrar um orientador. O grupo produz um plano de trabalho contendo as datas de reuniões, a bibliografia indicada e o produto. Além disso, são produzidos relatórios bimestrais. Anteriormente o projeto deveria ter como produto final, obrigatoriamente, um artigo. Porém, a partir de 2017, pensando-se na transmissão do que foi aprendido pelo grupo para a sociedade, passaram a ser aceitos, além dos artigos, diversos outros produtos, como vídeos, blogs, sites, jornais dentre outros, desde que facilitem o repasse de informações sobre o que foi aprendido.
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SOCIEDADE DE DEBATES Tipo de projeto
Acadêmico/profissional
Ciclo do projeto
Semestral
Número de alunos participantes
5, aproximadamente
Ano de criação
2015
Encontro da Sociedade de Debates em 2018/1. Fonte: Acervo da Geri
Histórico O projeto teve sua primeira edição no segundo semestre de 2015, buscando criar a possibilidade de discussão entre os alunos do Curso de Administração Pública sobre diversos temas e criando argumentos para diferentes pontos de vista. Público-alvo Alunos do Curso de Administração Pública. Justificativa Melhorar a oratória, bem como a capacidade de discussão dos alunos e de assumirem diferentes pontos de vista sobre diferentes temas.
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Objetivo Tem como objetivo difundir a cultura de debates na Fundação João Pinheiro e integrar os alunos no cenário nacional em que cresce a ocorrência de debates competitivos. O objetivo é impactar a comunidade da instituição de modo a proporcionar análises da situação política, econômica e social, promovendo a diversidade cultural e a liberdade de expressão, fomentando o desenvolvimento intelectual, contribuindo para a formação de sujeitos ideologicamente autônomos e intelectualmente hábeis a convencer e, especialmente, capacitando os cidadãos para serem protagonistas de sua própria realidade. Metodologia Os debates realizados no modelo Parlibrasil são realizados por quatro duplas, cujos integrantes denominam-se membros ou deputados, e são presididos por uma mesa de adjudicadores (avaliadores/juízes). Os membros realizam seus discursos na seguinte ordem e exercerão as seguintes funções: Primeiro Membro da Defesa; Primeiro Membro da Oposição; Segundo Membro da Defesa; Segundo Membro da Oposição; Terceiro Membro da Defesa (Extensão da Defesa); Terceiro Membro da Oposição (Extensão da Oposição); Quarto Membro da Defesa (Whip da Defesa); Quarto Membro da Oposição (Whip da Oposição). Cada membro faz um discurso substancial de sete minutos de duração e pode levantar pontos de informação durante os discursos dos membros das duplas opositoras. O debate tem moção previamente definida pela coordenação da Sociedade de Debates, variando entre temas atuais, polêmicos e lúdicos. Ao final de cada debate, os adjudicadores se reunirão e definirão as colocações de cada dupla, do primeiro ao quarto lugar, e, quando em uma competição ou torneio, os conceitos e notas de cada dupla e membro. Ao final de cada debate e após a definição das colocações, dos conceitos e das notas de cada dupla e membro, será proferida a adjudicação oral (feedback) em que, segundo o regulamento de cada evento, as colocações das duplas na partida serão ou não anunciadas.
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TEATRO Tipo de projeto
Acadêmico/profissional
Ciclo do projeto
Dois semestres
Número de alunos participantes
7
Ano de criação
2014
Encontro do grupo de Teatro em 2018/1 Fonte: Acervo da Geri
Histórico Em 2014, uma estudante do Csap, graduada em Artes Cênicas, propôs para a Gerência de Extensão uma iniciativa com um recorte voltado para o Teatro Político. O projeto ocorreu durante os anos de 2014 e 2015 e foi interrompido em função da saída da coordenadora do projeto da Escola de Governo. No entanto, em 2017, a proposta foi retomada por outros estudantes que se interessavam pela inclusão do modelo teatral na Extensão. Desde então, coletivamente, os estudantes envolvidos no projeto têm construído os rumos dessa extensão, propondo metodologias, temas de abordagem e intervenções.
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Público-alvo O projeto é voltado para todos os estudantes do Curso de Administração Pública (Csap), sendo também bem-vindos pesquisadores, professores e demais estudantes e funcionários da Fundação João Pinheiro que se interessarem. Justificativa A partir da compreensão de que a formação acadêmica deve ser complementada por experiências que se estendam para além das dimensões pedagógicas formais, a oficina de teatro surge como uma oportunidade que oferece aprendizados por meio de metodologias que não as tradicionais. Trata-se de um importante espaço no seio acadêmico para a valorização das artes e para o tratamento da arte teatral, em específico, como fenômeno de conscientização acerca de pautas políticas transversais às áreas de conhecimento que a Administração Pública envolve. Objetivo Por meio da experiência teatral, estimular a criatividade e explorar as dimensões da linguagem corporal enquanto componentes de expressão. Possibilitar oportunidades que favoreçam o autoconhecimento e a sensibilidade. Motivar e promover um ambiente de abordagem crítica acerca de temáticas de naturezas sociopolítica e cultural. Metodologia O projeto ocorre ao longo de 10 a 12 encontros por semestre, com duração de uma hora. Esses encontros são divididos em três fases. No entanto, a programação pode ser coletivamente alterada pelos oficineiros, conforme o interesse do grupo. A primeira fase do projeto tem duração de dois ou três encontros e objetiva delinear as perspectivas e as expectativas do grupo. Além disso, objetiva-se, neste momento, proporcionar experiências de autoconhecimento e conhecimento do outro. São realizadas atividades com foco em jogos corporais e dinâmicas coletivas. Na segunda fase do projeto, que dura três ou quatro encontros, o foco se consolida nas habilidades de expressão, com a realização de jogos corporais, jogos de linguagem e leitura e encenação de textos verbais ou visuais. Na terceira etapa, com duração de três, quatro ou cinco encontros, a metodologia segue a linha dos grandes teóricos acerca do Teatro
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do Oprimido. São definidos textos-base para encenação e, a partir deles, produtos são apresentados, podendo ser cenas curtas, intervenções plásticas, músicas cantadas, textos declamados, dentre outros.
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PROJETO RONDON Tipo de projeto
Imersão
Duração
1 mês
Número de alunos participantes
8
Ano de criação
1967
Coordenação do projeto
Ministério da Defesa
Alunos no Projeto Rondon na Operação Cristalândia no Tocantins, em 2017/1. Fonte: Acervo da Geri
Histórico O Projeto Rondon é uma iniciativa do Ministério da Defesa (MD) que na década de 1960 visava à integração do território nacional e ao desenvolvimento do patriotismo de estudantes universitários. Em 2004, o projeto passou por um realinhamento e, desde então, em parceria com o Ministério da Educação e outros ministérios, vem atuando na busca pelo desenvolvimento sustentável das comunidades e no fortalecimento da cidadania dos estudantes universitários. A Fundação João Pinheiro participa do Projeto Rondon desde 2005, tendo completado mais de 70 operações.
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Público-alvo Gestores públicos, lideranças comunitárias, jovens e demais interessados da comunidade. Justificativa O projeto reconhece a importância de levar a juventude universitária a conhecer a realidade do Brasil, principalmente seus municípios no interior do país, e a se engajarem no processo de desenvolvimento. Reconhecendo as deficiências estruturais de comunidades em regiões pouco desenvolvidas e as demandas por bem-estar dessas populações, o projeto se justifica por possibilitar aos estudantes a oportunidade de conhecerem essas realidades, socializarem seus saberes e, na interação com as comunidades, elaborarem propostas e criarem soluções participativas. Objetivo Desenvolver ações que tragam benefícios permanentes para as comunidades, principalmente as relacionadas com a melhoria do bem estar social e a capacitação da gestão pública. Busca, ainda, consolidar no universitário brasileiro o sentido de responsabilidade social, coletiva, em prol da cidadania, do desenvolvimento e da defesa dos interesses nacionais, contribuindo na sua formação acadêmica e proporcionando-lhe o conhecimento da realidade brasileira. Metodologia O Ministério da Defesa divulga edital com as informações da operação a ser realizada e orientações para inscrição das Instituições de Ensino Superior. A Gerência de Extensão inicia seu processo interno de seleção de projetos a serem encaminhadas ao MD. Os alunos se organizam em grupos de oito pessoas e apresentam seus projetos, composto por diagnóstico da situação socioeconômica dos municípios da operação, bem como propostas de intervenção e trabalho com a comunidade nas áreas de Trabalho, Comunicação, Meio Ambiente e Tecnologia e Produção. Após a seleção, a Coordenação-Geral do Projeto Rondon divulga a relação das IES selecionadas com a designação dos respectivos municípios onde serão desenvolvidos
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os trabalhos. Divulgados os resultados, a Geri identifica dois professores/pesquisadores da FJP que poderão coordenar o grupo, representando a instituição no projeto. A Fundação João Pinheiro participa da viagem precursora, que tem como objetivo conhecer os interlocutores do município, ajustar a proposta de trabalho e definir o cronograma de atividades. Aos estudantes selecionados, cumpre a preparação das oficinas, seu conteúdo, dinâmicas e materiais necessários. A última etapa é o desenvolvimento da operação, que é realizada pela equipe da FJP e tem duração de cerca de 20 dias. Os estudantes realizam diversas oficinas, com vistas ao aprimoramento da administração pública, fortalecimento da participação social, capacitação de produtores locais, mobilização e realização de campanhas na área de educação ambiental e disseminação de tecnologias sociais que melhorem a qualidade de vida das comunidades.
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10ENVOLVER CAPACIDADES Tipo de projeto
Imersão
Duração
15 dias
Número de alunos participantes
8
Ano de criação
2015
Participantes do 10envolver Capacidades na cidade de Monte Formoso em 2017/1. Fonte: Acervo da Geri
Histórico O projeto 10Envolver é uma iniciativa da Coordenadoria de Inclusão e Mobilização Sociais (Cimos) do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), que tem como objetivo contribuir para a melhoria das condições de vida nos dez municípios mineiros com os menores Índices de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M). Em 2015, a Escola de Governo da FJP juntou-se ao projeto, na perspectiva do Projeto 10Envolver – Capacidades, cujo objetivo é a melhoria das capacidades administrativas e o fortalecimento e aprimoramento da participação social. Desde então, um grupo de oito alunos, juntamente com um professor/pesquisador da FJP e representantes do
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Ministério Público, viaja para as localidades, realizando intervenções junto à gestão municipal por 15 dias. Justificativa O estado de Minas Gerais está subdividido em 853 municípios, cada qual com suas especificidades, sendo que, dentre essas centenas de localidades, algumas não atingiram um nível de desenvolvimento socioeconômico considerado desejável para a garantia da qualidade de vida de seus cidadãos. Nessa perspectiva, diversas iniciativas são desenvolvidas no sentido de melhorar essa situação, entre elas o projeto 10Envolver, realizado pelo Ministério Público, que compreende que é necessário o fortalecimento da sociedade civil e de instâncias de participação popular, como conselhos municipais, associações comunitárias, sindicatos e escolas para a melhoria das condições de vida nos municípios. Com vistas a somar esforços à estratégia da Cimos, a participação dos estudantes da Escola de Governo trabalha junto às administrações públicas destes municípios com o intuito de melhorar a sua capacidade administrativa e de desenvolvimento social, considerando as possibilidades de contribuição da formação de administradores públicos frente às carências das prefeituras de municípios no interior de Minas Gerais. Objetivo
O projeto tem por objetivo envolver os alunos do Csap para trabalharem junto às administrações públicas dos municípios contribuindo com a melhoria de sua capacidade administrativa, em um processo de aprendizado e troca com os gestores locais e Ministério Público, debatendo a necessidade de implantação, melhoria ou aperfeiçoamento dos instrumentos de participação social na formulação de políticas públicas. Metodologia
O projeto é conduzido pela Coordenadoria de Inclusão e Mobilização Sociais (Cimos) do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) e que faz o monitoramento junto às promotorias regionais dos municípios com menor IDH-M do estado. A partir da avaliação da Cimos, define-se o município a ser contemplado. A Geri faz a seleção de um grupo de oito estudantes que elabora o diagnóstico prévio
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do município, levantando dados sobre a situação socioeconômica e da gestão municipal. Esse diagnóstico utiliza informações de censos, além de fontes como o Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS), que fornecem informações gerais do município. O grupo de oito estudantes é normalmente dividido em duplas que irão trabalhar de forma conjunta com a equipe da administração local em diversas secretarias da administração municipal, tal como for demandado, como, por exemplo, Secretaria de Administração, Educação, Saúde, Agricultura e Assistência Social. Os produtos entregues também mudam de acordo com a demanda das secretarias, sendo que podem ser feitas oficinas com os servidores, breves capacitações, oficinas com a população, cartilhas de processos, redesenhos de processos, planilhas de controle, dentre outras. Ao final da imersão, é produzido um relatório pelos participantes, que será entregue para a administração municipal, com as observações sobre o município, além da explicação acerca dos produtos desenvolvidos. Outro relatório é produzido para o Ministério Público com informações que possam servir de embasamento para futuras ações do órgão.
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PROGRAMA DE INTERNATO EM ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO MUNICIPAL – PRINAGEM Tipo de projeto
Imersão
Duração
1 mês
Número de alunos participantes
2 alunos por município
Ano de criação
2016
Alunos do Prinagem em Bom Despacho em 2017/2. Fonte: Acervo da Geri
Histórico O Prinagem foi criado em 2016, a partir de debates sobre a necessidade de oportunizar aos estudantes de Administração Pública a vivência da realidade das gestões no interior do estado de Minas Gerais. Em julho do referido ano, o programa atendeu dois municípios e, desde então, tem enviado estudantes durante o período de férias escolares, geralmente em duplas, a municípios em diversas regiões de Minas Gerais.
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Público-alvo Prefeituras Municipais do estado de Minas Gerais. Justificativa Em Minas Gerais, o Estado tem o grande desafio de administrar uma desigualdade que se estende não apenas por todo o território mineiro, mas que também se expressa na contraposição entre o urbano e o rural, nas relações entre as classes sociais e na grande vulnerabilidade de vários grupos que são objeto de discriminação. E essas desigualdades se sobrepõem de maneira impiedosa, pois que imperam também no contexto intra-regional. Problemas complexos exigem o engajamento de todos os atores envolvidos para interagir e partilhar nas decisões sobre como resolvê-los ou atenuá-los. Por isso, o governo está envolvendo outros setores da administração estadual e uma diversidade de atores locais, por meio das arenas participativas, consubstanciadas nos Fóruns Regionais, na construção de instâncias de diagnóstico, planejamento e gestão de intervenções coordenadas para reduzir a incidência de vulnerabilidades sociais e reverter seus efeitos sobre os segmentos sociais situados na base da pirâmide social. A Escola de Governo da FJP pode contribuir para potencializar e apoiar a capacidade de pequenos municípios de prestar serviços e ter acesso aos programas e recursos estaduais, federais e internacionais, assim como utilizar novas tecnologias para estreitar as conexões entre os cidadãos e os municípios. Adicionalmente, o desenvolvimento das atividades pelos discentes oferece a eles a oportunidade de aprender de perto as relações entre governo, administração pública e sociedade, vinculando o ensino acadêmico aos serviços e gestão públicos, numa perspectiva multidisciplinar. A imersão do corpo técnico e discente da Escola de Governo da FJP no âmbito da administração
municipal,
visando
melhorias
na
prestação
de
serviços
e
desenvolvimento de produtos no campo da gestão e administração pública, se coaduna com os objetivos inseridos no novo modelo de desenvolvimento econômico e social sustentável proposto para Minas Gerais. Além disso, possibilita a expansão e diversificação dos processos de aprendizagem, ao permitir que os discentes possam colocar em prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula. Com isso, é possível a produção de um conhecimento que transcende a esfera acadêmica, pois que se
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coaduna com um processo de troca de saberes, experiência e vivência, no âmbito de um confronto com a realidade concreta. A exposição dos discentes a situações que os permitam colocar em prática os conhecimentos teóricos adquiridos possibilita não apenas um aprimoramento da formação do quadro dos futuros gestores públicos estaduais, mas, sobretudo, que daí resultem
atividades
capazes
de
apontar alternativas
para
a
promoção
do
desenvolvimento institucional, nas instâncias estadual e municipal, propícias a fomentar o desenvolvimento econômico e social, respeitando as especificidades e contribuindo para reduzir desigualdades regionais. Da mesma forma, e a um só tempo, a busca da eficácia das ações governamentais, nos níveis estadual e municipal, significa a justa e necessária preocupação com a melhoria da prestação dos serviços, orientada pela boa governança, o que implica incorporar outros setores e atores sociais, bem como apoderar-se de novas tecnologias de comunicação, informação e sociais para transformar o papel do Estado, sua relação com os cidadãos e o papel do servidor público. Objetivo Fomentar a formação cidadã de profissionais que, para além dos conteúdos teóricos, compreendam as realidades sociais e das gestões municipais e sejam estimulados a pensar em soluções para os problemas complexos enfrentados frente aos recursos disponíveis e ainda colaborar para o fortalecimento das capacidades de planejamento e de execução de políticas públicas dos municípios mineiros, especialmente os de frágeis indicadores socioeconômicos. Metodologia O Prinagem é desenvolvido em parceria com as prefeituras municipais, que, ao manifestarem interesse em receber os estudantes, assinam com a Fundação João Pinheiro um Termo de Cooperação Técnica, em que as prefeituras se responsabilizam pelo transporte, hospedagem e alimentação dos estudantes, e ainda indicam uma pessoa de referência na administração municipal, que será o tutor da equipe de alunos durante a imersão.
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Formalizada a parceria com o município, seleciona-se uma dupla de estudantes por município, ao mesmo tempo em que se inicia o diálogo para compreender quais são as demandas apresentadas por parte das administrações municipais para as intervenções dos estudantes e ainda identifica-se o professor que será orientador. Os discentes devem elaborar um diagnóstico prévio buscando dados e informações que possam auxiliar o conhecimento do município e de sua organização social e econômica e, na medida do possível, identificar elementos de relevância para a atuação da Administração Pública Municipal. Realiza-se um planejamento inicial das ações que serão executadas, configurando-se, contudo, uma sugestão, um guia, que somente se concretizará (ou não) após a chegada dos estudantes no município e conhecimento das demandas in loco. Durante o período em que os alunos permanecem no município, em especial na primeira semana, será realizada uma agenda de conhecimento da administração pública e da realidade do município com atividades programadas. Essa agenda visa definir atividades que possibilitem aos estudantes conhecer a realidade do município e confrontá-la com o diagnóstico elaborado no período de planejamento da imersão. Deverão ser previstas para essa semana atividades como reuniões e observações dos participantes, objetivando compreender melhor a rotina e o desenvolvimento socioeconômico, as condições de desenvolvimento e a vida cultural. Enquanto permanecem no município, os alunos recebem o suporte, via e-mail ou celular, do professor orientador, que é responsável por supervisionar as atividades de campo, incluindo a coleta de dados e informações, indicando bibliografias, fazendo sugestões e validando as atividades realizadas. Embora os alunos possam auxiliar no assessoramento técnico nas áreas de políticas públicas, gestão de projetos, mapeamento e redesenho de processos, gestão de pessoas e administração de materiais e patrimônio, o cerne das atividades é a sua implementação em conjunto com os servidores locais e com a comunidade, estando estas sempre pautadas na realidade e nas disponibilidades que as prefeituras apresentam. Ao final do período de imersão, especialmente na última semana de estadia no município, os estudantes iniciam um plano de ação junto aos setores da administração pública municipal nos quais se atuaram, concluindo as atividades desenvolvidas,
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repassando as informações e tirando dúvidas com vistas a estimular e buscar a possível continuidade das atividades até então construídas. Concluído o tempo de imersão e retornando os alunos para Belo Horizonte, estes devem elaborar um produto final, que pode ser um vídeo, um relatório ou outro, apresentando todas as atividades desenvolvidas, seus desafios e potencialidades, que é entregue à Geri com vistas ao compartilhamento dos aprendizados e à gestão da informação. Ademais, os estudantes respondem ao questionário em que expressam sua percepção em relação à experiência da imersão.
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Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho Gerência de Extensão e Relações Institucionais Telefone: (31) 3448 9594
E-mail: mauro.silveira@fjp.mg.gov.br
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