NEWSLETTER FMVG N.º 21 JAN-MAR 2020 | CULTURA ALGARVE

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FOTO: MARINELA MALVEIRO

NEWSLETTER | N.º 2 1 | JAN - MAR 2020

Intervenção na paisagem assume papel central na FMVG em 2020 p. 2

Membro do CG da FMVG recebe Medalha de Mérito Cultural p. 8

Ramalho Eanes inaugura Percurso Eco-Botânico em Querença p. 13


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EDITORIAL FILIPE DA PALMA

TEMPO DE VALORIZAR A TERRA

Gabriel Guerreiro Gonçalves, Presid. FMVG

Ao citar Silva Varejota (1865-1905), poeta de Querença, evoco Manuel Gomes Guerreiro (1919-2000), filho da mesma freguesia e cujo pensamento irá nortear a actividade desta Fundação ao longo do ano que agora começa. O respeito pelo conhecimento telúrico, o amor à Terra e à floresta, os alertas para o consumo e desperdício desenfreados de recursos naturais em nome do “conforto tecnológico” constituem um legado do ilustre académico e primeiro Reitor da Universidade do Algarve que ambicionamos honrar. Homenagear Manuel Gomes Guerreiro neste exercício, 100 anos após o seu nascimento, traduz-se na inauguração do Percurso EcoBotânico com o seu nome. O Percurso tem autoria do reputado arquitecto paisagista Fernando dos Santos Pessoa, em colaboração com João Marum e João Rodrigues. Começou a ser construído no início de 2019. Implantado numa encosta de Querença, junto à Fundação Manuel Viegas Guerreiro (FMVG), reúne um conjunto muito expressivo da flora mediterrânica. A interpretação intuitiva deste património será complementada com vários conteúdos à disposição. Desde logo, uma base de dados online com informação técnica e científica sobre o acervo vegetal, através de dispositivo móvel e de códigos QR. Por outro lado, foram realizados vários vídeos de promoção do Percurso que acrescentam outras referências à paisagem e que podem alcançar públicos à escala global. Cientes da importância do ensino na edificação de uma sociedade mais justa, porque mais esclarecida, e parafraseando Manuel Gomes Guerreiro, no sentido em que a escola faz de nós melhores cidadãos, continuaremos a pro-

«Eu na Terra é que semeio De todo o meu alimento, Da Terra tiro o sustento E eu na Terra é que passeio» mover várias literacias junto da comunidade escolar, a partir de Querença. Numa parceria com a Câmara Municipal de Loulé (CML), prosseguiremos na partilha de recursos técnicos e humanos com outras escolas deste e de outros concelhos, através das suas bibliotecas. Acresce o projecto «Valorização e Aproveitamento da Floresta Mediterrânica», também em parceria com a CML, que nos confiou a sua execução e desenvolvimento. O projecto, a financiar pelo PADRE - Plano de Acção de Desenvolvimento de Recursos Endógenos aguarda aprovação ao abrigo deste Programa. Perseguimos a nossa missão de contribuir para um novo e cada vez mais amplo olhar sobre a serra, para a compreensão do binómio Homem/Território. É deste que resultam novas paisagens, esculpidas por saberes singulares, ancestrais e irrecuperáveis quando perdidos na voraz e insaciável contemporaneidade. Públicos e parceiros Persistiremos junto dos mais novos e dos demais que nos visitam na interpretação do património cultural da região; na leitura dos traços do passado como explicação do presente e como indício do futuro, numa aliança com o turismo ambiental e sustentável. Convocaremos investigadores portugueses e estrangeiros para produzir novos estudos, para desbravar novas linhas de investigação. Partilharemos o saber. Apostaremos em eventos que conciliem linhas de conhecimento com uma nova ordem de ideias para o Planeta, garantindo o alcance dessa mensagem através de uma linguagem global, com recurso a conteúdos trilingues e às novas tecnologias. Acções inclusivas da comu-

nidade local e integradoras, sempre que possível, das várias culturas que habitam o mundo, como nos ensinou o Patrono que dá nome a esta Fundação. Recordando 2019 Continuaremos a preservar as lições de Manuel Viegas Guerreiro. Essa herança cultural foi resgatada em 2019, nos 30 anos da criação dos Estudos Gerais Livres pelo Mestre e pelos Professores Agostinho da Silva e Alexandre Laffayete. Não esquecemos a «aula livre» proferida pela Senhora Ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, que tanto enriqueceu a abertura da 4.ª edição do Festival Literário Internacional de Querença (FLIQ). Do ano agora findo, recorde-se também a homenagem ao notável escritor e ensaísta, Nuno Júdice. Esta constituiu um dos grandes momentos do FLIQ, congregando vários investigadores e muitos admiradores do autor. A exposição «A Imagem do poema: 50 anos de vida literária de Nuno Júdice» prolonga a sua intenção e poderá ser visitada até 4 de Maio na biblioteca da FMVG. Registe-se ainda a tão recente apresentação pública da Hemeroteca Digital do Algarve na sede da Fundação. O local escolhido reveste-se de pleno significado, uma vez que o Engenheiro Luís Guerreiro foi seu mentor e ex-Presidente da FMVG. A apresentação contou com a presença de eminentes figuras da cultura e das senhoras secretárias de Estado da Inovação e da Modernização Administrativa e Adjunta do Património Cultural. Dar valor a 2020 No início de 2020 impõe-se agradecer a todas as pessoas, associações, organizações, em-


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IMPRENSA

REPORTAGEM, POESIA E ALGARVE Artigo do Público e poema de Leonel Neves são ponto de partida para crónica de Fernando Alves. Transcreve-se abaixo a crónica do escritor e jornalista da TSF e divulga-se o artigo e o poema que estiveram na sua génese. Para ouvir de viva voz, clique AQUI.

presas e instituições públicas e privadas que têm vindo a desenvolver acções conjuntas com a FMVG. Congratulamo-nos pela confiança depositada. Acreditamos que novas sinergias irão germinar ao longo dos próximos 12 meses. Desejamos que este seja um ano de tolerância, generosidade e espírito de cooperação no país e no mundo, nos grandes e pequenos desafios. No encalço da divulgação de novos estudos e ensaios sobre Manuel Viegas Guerreiro, mas também em áreas consentâneas com a melhoria de vida das populações (ambiente, economia, saúde), da valorização do património cultural, da promoção do território e de novas redes de colaboração, ansiamos superar os nossos objectivos em nome de uma cultura verdadeiramente ampla e universal.

Gabriel Guerreiro Gonçalves, presidente do Conselho de Administração da Fundação Manuel Viegas Guerreiro

N.R.: Os textos produzidos pela FMVG não seguem o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A sua adopção nos demais é da responsabilidade dos respectivos autores.

O repórter Idálio Revez foi ao Centro de Experimentação Agrária de Tavira e trouxe muito que contar. Devíamos pensar seriamente na espantosa realidade que ele nos desvenda esta manhã, em duas páginas do jornal Público. O centro reúne a maior colecção do país em árvores de fruto, cerca de mil variedades – sublinha o repórter. Só de alfarrobeiras, mais de 40 espécies, 300 variedades de citrinos. Enfim, um património em risco de desaparecer por falta de pessoal e interesses imobiliários, conta Idálio Revez. Este é o quadro de fundo, a triste realidade de uma instituição científica sob tutela da Direcção Geral de Agricultura do Algarve, possuidora de um importante património genético e ali abandonada à triste sina da morte lenta, reduzida a três funcionários – dois deles em baixa médica. O repórter conversa com o agrónomo João Costa que está de abalada, agora chegada a idade da reforma. Ele ajudou a criar a maior colecção de fruteiras mediterrânicas: romãzeiras, alfarrobeiras, amendoeiras e figueiras… Agora mostra, na palma da mão, os frutos que só deveriam chegar no Verão. O crescimento dos frutos secos fora de época é já também um sinal inquietante da mudança do clima. Este Verão em Janeiro, diz-nos, lá no ameaçado Centro de Experimentação de Tavira, o Inverno de um sonho. Se a Ministra da Agricultura, depois de ler a reportagem de Idálio Revez, se meter no carro

oficial para uma visita ao agrónomo de Tavira, recomendo-lhe que encomende para a viagem, num qualquer alfarrabista, um livro de poemas de Leonel Neves, um grande meteorologista algarvio, um dos pioneiros do serviço meteorológico nacional. Leonel Neves correu mundo, fez fados para Amália, deixou uma obra poética importante: em 1968, publicou na Guimarães Editores um livro intitulado Natural do Algarve. Ora, esse livro, mais tarde reeditado pela Universidade do Algarve, com prefácio de David Mourão-Ferreira, inclui um poema em louvor da alfarrobeira “que concebe os frutos, íntima e discreta, e nos dá pão de mula com lágrimas lá dentro”. Um outro poema desse livro é sobre a semente: “Um dia, o vento trouxe uma semente; / A terra que no muro dormitava / Lembrou-se que era terra… e, de repente / Brotou do muro uma figueirabrava!”. Era isso, num tempo de estações certas. O Plano Nacional de Leitura incluiu, aliás, um livro de Histórias e Canções em Quatro Estações com textos de Matilde Rosa Araújo, Ilse Losa, Alexandre Honrado e Leonel Neves. O do poeta algarvio era um conto que contava como era a Primavera, quando o fruto da árvore, “íntima e quieta”, esperava pelo Verão para espalhar o seu perfume. Fernando Alves


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Nota: O engenheiro agrónomo João Costa é membro do Conselho Geral da FMVG desde Maio de 2019.


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REPORTAGEM, in jornal Público Por Idálio Revez


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EM LOUVOR DA

ALFARROBEIRA Todas são árvores de amar, estas que moram à nossa beira: A amendoeira, de namorar; amante esplêndida, a figueira; mas moça séria, para casar, fecunda e firme, - a alfarrobeira. A mais bonita encanta e desespera os namorados com o seu riso breve. Trouxe o inverno pássaros de neve que acharam no Algarve a primavera, e deles a amendoeira fez um véu para os turistas que se encantam, vendo-a. Mas cada flor que a tonta ofereceu é menos uma amêndoa... A figueira é diferente: com seus modos de matrona de beijos pequeninos, embala a fome aos donos e a todos, - pássaros, vagabundos e meninos. Mas no inverno já ninguém a ama, e atira ao vento os braços desprezados como uma mãe que chama moços mortos no mar ou emigrados...

A alfarrobeira, não! Séria, quieta, mal se vê, não se despe nem se perde; concebe os frutos íntima e discreta, no silêncio da sua copa verde. Fruto? Um esquife negro, nunca centro de um bucólico olhar ou de uma gula. O que é uma alfarroba? Pão de mula, com lágrimas lá dentro... Suor que em choro enrola tanta esperança morta... Sementes de alfarroba que o Algarve exporta e que depois importa como tinta, como cola. Tinta para um cartaz com amendoeiras, cola de caixa com figuinhos lampos, - são as lágrimas negras que nos campos por nós choram as alfarrobeiras. Eu, que de todas sou bom amigo e bom vizinho, sempre vos digo: A amendoeira, de namorar... Amante esplêndida, a figueira... Mas moça séria, para casar, - a alfarrobeira!

FOTO: MARINELA MALVEIRO

Leonel Neves

O livro de poemas de Leonel Neves Natural do Algarve foi editado em 1968 pela Guimarães Editores, reeditado com prefácio de David Mourão-Ferreira em 86, pela Universidade do Algarve, e pode ser consultado na Biblioteca da Fundação Manuel Viegas Guerreiro.


TELMA VERÍSSIMO


DISTINÇÃO

MEMBRO DO CG DA FMVG RECEBE MEDALHA DE MÉRITO CULTURAL A Fundação Manuel Viegas Guerreiro (FMVG) congratula-se pela justíssima atribuição da Medalha de Mérito Cultural ao amigo e notável membro do Conselho Geral da FMVG, Cláudio Torres. O reconhecimento pelo Estado português da inteira dedicação do Professor ao património cultural, dignifica o nosso país. O arqueólogo Cláudio Torres é director do Campo Arqueológico de Mértola e tem dedicado a sua vida à investigação histórica e à arqueologia peninsular. A notícia publicada, à data, no jornal Público pode ler-se na página seguinte. Cláudio Torres foi amigo de Manuel Viegas Guerreiro.


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NOTÍCIA, in jornal Público Fonte: LUSA


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DIÁRIO DE CAMPO RAMALHO EANES inaugura Percurso Eco-Botânico MANUEL GOMES GUERREIRO no Dia Internacional da FLORESTA

A Fundação Manuel Viegas Guerreiro (FMVG) e a Câmara Municipal de Loulé (CML), inauguram no próximo dia 21 de Março em Querença, o Percurso Eco-Botânico Manuel Gomes Guerreiro (PEB-MGG). O PEB-MGG decorre de uma candidatura conjunta ao programa de financiamento CRESC Algarve 2020 e constitui um núcleo representativo da flora mediterrânica da sub-região do barrocal algarvio. Homenageia o ilustre “filho da terra”, Gomes Guerreiro (1919-2000), assinalando ainda o centenário do seu nascimento. Cientista e académico, foi um dos grandes precursores da ecologia como ciência em Portugal, primeiro Reitor da Universidade do Algarve e secretário de Estado do Ambiente no I Governo Constitucional (1976-77), presidido por Mário Soares. O General Ramalho Eanes, então Presidente da República, irá descerrar a placa de inauguração do novo jardim in situ de Querença. De grande relevância do ponto de vista da conservação da natureza, o PEB-MGG cumpre ainda a vocação da educação ambiental e social. Reúne os mundos natural, rural, patrimonial e multimédia e disponibiliza dados científicos, fotografias e vídeos através de uma aplicação para Android e iOS. Toda a informação sobre as espécies presentes, algumas endémicas, com valor essencial para a região, poderá ser consultada no sítio oficial da FMVG. A intervenção pretende recuperar a importância da floresta e da flora mediterrânicas numa altura em que são prementes as acções climáticas, contrariando a diminuição em área dos ecossistemas naturais e dos valores florísticos e faunísticos. Esta é uma das visões de Fernando dos Santos Pessoa, mentor do projecto: «As espécies presentes estão preparadas para alguma varia-

bilidade climática em termos de aridez. Visito sítios da Argélia em que chove 400mm de água por ano que é o que chove no barrocal, no sotavento. Aqui cada vez chove menos, e lá também. Portanto, a flora mediterrânica é a única salvação para isto não ser um deserto.» O PEB-MGG é assinado por Fernando Pessoa e dois discípulos, os arquitectos paisagistas João Marum e João Rodrigues. O fundador e antigo presidente do actual Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas acredita que as espécies agora plantadas irão formar um coberto vegetal em paralelo com a instalação da flora espontânea e que, daqui a 10 anos, se poderá redescobrir com maior evidência a riqueza florística do Algarve. Para o presidente da FMVG, Gabriel Guerreiro Gonçalves, o PEB-MGG constitui uma oportunidade exemplar de valorização e divulgação do interior do Algarve: «Este projecto tem um elevadíssimo interesse científico, dado o carácter único desta sub-região, o barrocal algarvio. Valor esse que foi amplamente demonstrado por Manuel Gomes Guerreiro, filho de Querença e destacada figura do séc. XX. Homem sábio, foi acérrimo defensor da floresta mediterrânica.» A transferência de conhecimento e a mediação com vários públicos são outros dos desígnios do PEB-MGG: «Consideramos que esta é mais uma forma de potenciar o turismo cultural da região e de afirmar a serra como lugar de saber, atraindo investigadores, fazendo a ligação com as escolas e público em geral. Por outro lado, este projecto é aglutinador do conhecimento ancestral da população de Querença que se exprime também neste Percurso.» No dia da inauguração, além da participação da comunidade da aldeia, a FMVG vai estrear um videoclipe de um tema original encomendado para o efeito com autoria de Helena Madeira (harpa e voz) e dança contemporânea (Inês Mestrinho), num elogio à paisagem do barrocal algarvio.


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de com a celebração do Dia Internacional das Florestas, da Árvore e do Dia Mundial da Poesia. Lembrando o pensamento de Manuel Gomes Guerreiro, de que o Homem é apenas um hóspede da Terra: a biosfera é «a sua hospedaria e a sua despensa e, simultaneamente, a sua habitação.»

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Do programa fazem ainda parte uma mostra bibliográfica de Manuel Gomes Guerreiro e uma instalação fotográfica designada Qrença na Paisagem, com fotografia de Filipe da Palma. Com um investimento superior a 200 mil euros, a obra foi co-financiada pelo programa CRESC Algarve 2020 e pela CML. A inauguração coinci-

Alunos de Querença varejam oliveira e produzem azeite. A oficina foi dinamizada dia 5 de Fevereiro na FMVG. De Quarteira à serra, Luísa Soutinho, Maria Alice e Patrícia Serôdio, da EB1/JI D. Francisca de Aragão mostraram aos alunos da EB1/JI de Querença que o azeite com que temperam a salada e fazem bolos vem de uma árvore comum: a oliveira. Os mais pequenos colheram e esmagaram as azeitonas, explorando todo o ciclo do azeite. A iniciativa está inserida na troca de saberes entre bibliotecas, através da

A Orquestra Clássica do Sul (OCS) trouxe «Cenas da Montanha» a Querença, num concerto que elevou o final da tarde do dia 21 de Fevereiro. O concerto integra o ciclo de música de câmara Iberia! Cumpriu-se o seguinte programa: L. Boccherini, quarteto em Sol maior, op. 44 nº 4, La Tiranna Spagnola; Vianna da Motta, Cenas da Montanha; J. Turina, La Oración del Torero e Luiz Costa, Quarteto nº 2 (1930). A interpretação esteve a cargo do agrupamento de câmara da OCS: Emil Chitakov, Sabina Kolodziej, nos

RBCL - Rede de Bibliotecas do Concelho de Loulé, que a FMVG integra. Poderá visionar a actividade AQUI. Anteriormente, a Maria José Mackaaij e o MoMo, que colaboram com a FMVG, visitaram os alunos da EB1 D. Francisca de Aragão. Ambas as acções decorreram em parceria com a Câmara Municipal de Loulé, o agrupamento Vertical de Escolas Padre João Coelho Cabanita, Loulé e o agrupamento de Escolas D. Dinis, Quarteira.

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Concerto da OCS em Querença

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Partilha de saberes entre bibliotecas

violinos, Ângela Silva, na viola e Mikhail Shumov, no violoncelo. Após o concerto, muito aplaudido, cerca de duas dezenas de pessoas permaneceram em convívio na Fundação Manuel Viegas Guerreiro, prolongando um final de tarde magnífico que teve início com o evento alinhado para as 19H. Querença foi ponto de encontro entre a OCS, público da aldeia, dos concelhos de Loulé e Faro. Lídia Jorge e Carlos Albino estiveram entre os presentes.


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OPINIÃO, in jornal Público Por Pedro Ferré, Professor catedrático na Universidade do Algarve, membro do Conselho de Administração da FMVG


www.fundacao-mvg.pt

FICHA TÉCNICA

Edição: FMVG Textos: Gabriel Gonçalves, Marinela Malveiro | Textos transcritos ou digitalizados: Fernando Alves, Idálio Revez, Pedro Ferré, jornal Público | Poema: Leonel Neves Paginação e Design: Marinela Malveiro Fotografia: Filipe da Palma, Marinela Malveiro, Telma Veríssimo, jornal Público Secretariado: Fátima Marques Impressão: Gráfica Comercial Arnaldo Matos Pereira, Lda., Zona Industrial de Loulé Lt. 18, Loulé | T. 289 420 200


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