Dia Internacional dos Museus
João Queiroz, um arquiteto tranquilo Conversa com Alexandre Alves Costa no café Majestic
18 maio, 2015
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Breve biografia
João Marcelino Queiroz, filho de Abílio de Sequeira Pinto Queiroz e Branca Laura Pimentel de Lima Queiroz, nasceu no Porto a 23 de Junho de 1892. Enquanto jovem, viveu na casa dos seus Pais, na Rua de Santa Catarina, em frente do Café Majestic. Por detrás desta típica casa burguesa portuense, implantada, pois, no lado poente da rua, a família conservou um belo jardim. Muitas outras, pelo contrário, souberam rentabilizá-lo especulativamente construindo pequeníssimas casas em banda de um ou dois pisos a que se chamaram “ilhas”. E, assim, sacrificaram, apesar dos suspiros, tristemente românticos das esposas, as maravilhosas japoneiras ou os floridos rododendros, tão viçosos nesta terra de nevoeiros, destruindo as grutas artificiais, com água corrente, onde se colocava em data precisa a imagem do S. João, os canteiros com buxo, as árvores de fruto, as pencas, as galinhas e os coelhos que sempre tinham de criação. Assim ficou intocado o quintal da família Queiroz.
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Sete anos depois do nascimento de João Queiroz, no ano de 1899, a peste bubónica atingiu gravemente a população da cidade. As senhoras falavam disso ao chá e saiam à rua cada vez mais cobertas com véus negros de renda, chapéu e luvas. De vez em quando organizavam um piquenique no campo, recheado de bolinhos de bacalhau e coxas de frango, ou um passeio fluvial a Entre-os-Rios, para comer lampreia, no tempo dela. Respiravam o ar puro que a cidade tinha perdido, vestiam-se de claro e faziam fotografias de grupo. Camilo Castelo Branco refere a autoridade do chefe de família na promoção destes passeios: Vamos aos ares do campo; não leias mais por amor de Deus!
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A casa da família Queiroz, liberta da vizinhança pouco higiénica da classe laboriosa possuía, do outro lado da rua, um grande terreno com amoreiras que alimentavam os bichos que dariam a seda para forrar as embalagens que produziam industrialmente. Isso acarretou, não só, ares mais saudáveis que, apesar de tudo, não impediram o nascimento de uma menina de saúde frágil e de compleição física menos corrente, acarretou, também, algumas curiosidades com algum interesse para a petite histoire da arquitectura portuense.
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Em frente à casa paterna, do outro lado da rua, João Queiroz construiu, nos anos 20, encomendada pelo seu pai e em terreno da família, a sua primeira obra, já (ou ainda) moderna, na sua racionalidade funcional e depuração de desenho. Foi numa sala das traseiras desta casa, que montou, numa pequena sala, o escritório onde trabalhou toda a vida. No terreno das amoreiras, entretanto sacrificadas, se veio a construir, ainda, a piscina do Sport Club do Porto, onde todos aprendemos a nadar, o Café Majestic, o antigo Jardim/Cinema Passos Manuel, depois Cine Teatro Olímpia e, finalmente, o Coliseu do Porto.
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Restaram como propriedade da família a casa do atelier e cinco lugares cativos, um para cada filho, na plateia desta última sala de espetáculos. Foi, assim, consequência de relações familiares que o Arquiteto João Queiroz construiu as suas primeiras obras, todas as referidas, excepto o Coliseu, embora este tenha, também, sido objecto de um projeto seu, não concretizado.
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A sua veia artística levou a que, em 1911 se matriculasse no Curso Preparatório de Desenho da Escola de Belas Artes do Porto, tendo concluído o Curso de Arquitectura Civil em 1920.
Obtém o Diploma de Arquiteto em 1926, depois de ter trabalhado durante dois anos na Administração Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Em 1945, com 52 anos requere matrícula no Curso de Urbanologia, recém criado. Não se lhe conhece nenhum trabalho relacionado com esta área disciplinar. 8
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Tanto ele como o seu irmão Abílio eram, na sua juventude, muito conhecidos no Porto pelas suas pândegas mais ou menos inocentes e mais ou menos noturnas. O Ateneu Comercial ou o Cortejo de Carnaval dos Fenianos, mas, sobretudo, as ruas do centro da cidade, eram o palco das suas mais informais traquinices cujos ecos, nem sempre pacíficos, tentavam, com ajuda das manas, que não chegassem aos ouvidos da D. Branca.
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Durante a I Guerra Mundial de 14/18 foi mobilizado e entrou na Escola de Guerra tendo prestado serviço no Quartel-General e no Hospital Militar. Sob ameaça de transferência do Porto baixou ao Hospital, passando depois à reserva. Por ocasião da 2.ª Grande Guerra, durante os anos 40, foi novamente incorporado, tendo-se reformado no ativo.
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O Capitão Queiroz, como era conhecido, era um homem bom, republicano, por natureza sociável e de grande simplicidade, foi pessoa de muitas e pacíficas relações na sua cidade natal e, talvez por isso, autor de vastíssima obra. Participou na tentativa de derrube da ditadura, em Fevereiro de 27, tendo estado preso na Cadeia da Relação. Destes factos não possuímos provas documentais, nem se constata a existência de qualquer outra atividade política que, eventualmente, tivesse perturbado a placidez do seu quotidiano.
Foi coproprietário e fundador da Casa Sant’Ana, situada na Rua de Santa Catarina. Ali se vendiam artigos regionais, objetos, azulejos, ferros forjados. Na sua loja de artigos decorativos, passava, no final do dia, algumas horas de cavaqueira, antes de tomar o carro eléctrico que o levava perto da sua casa, na então 12
Travessa de Ant贸nio Cardozo, projeto seu de 1929, de arquitectura em estilo portugu锚s modernizado, como escreveu na mem贸ria descritiva.
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Aqui viveu cerca de cinquenta anos. Pelo contrário, profissionalmente, foi um homem isolado. Sempre trabalhou só, desenhando, ele próprio, todas as peças do projeto. O número crescente de clientes, sobretudo na década de quarenta, não fez crescer o seu pequeno escritório, mas sim as suas horas de trabalho tranquilo. É impressionante o número de processos com a sua assinatura que se encontram nos arquivos da Câmara. O discurso da ortodoxia moderna, dos seus colegas “modernos”, acentuou o seu isolamento.
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O estilo ou o discurso do método O estilo era, na primeira metade do século XX, uma questão de gosto, para clientes e arquitetos, ambos longe das questões de natureza mais ideológica que nunca interessaram muito, nem a uns nem a outros. Estes projetavam sem a prioris moralistas sobre a qualidade do cliente, dos seus programas e dos seus gostos. Provavelmente, ao longo da nossa história, foi muitas vezes, se não foi, sempre, assim. O arquiteto era possuidor de um saber construtivo e tipológico, aprendido na tradição e confrontado com a produção da sua época, um saber manuseado com bom senso e de acordo com o comitente que, de facto, programava totalmente a encomenda, da escala à linguagem. Os arquitetos sabiam desenhar as alternativas, diria decorativas, que lhe confeririam significado. No nosso século XIX, que se prolonga largamente pelo XX, não existiram arquitetos comprometidos com algum estilo particular, antes o que os caracterizava era a possibilidade de manuseamento da diversidade das linguagens. Teriam os seus gostos, certamente que tinham, mas isso não os impedia de servir os clientes. Não houve, por isso, arquitetos de estilo português, nem este viria a constituir alguma vez uma normativa ou uma maneira de fazer universal, não fora o salazarismo, devidamente policiado pela figura tutelar de Raul Lino com o seu bom gosto na construção de casas simples, codificado e transformado em critério de avaliação, ativa e empenhadamente anti-moderno.
Bem diferente de Lino foi o Capitão Queiroz, oriundo de uma geração de arquitetos portuenses, bastante heterodoxos, a que pertencem, entre outros, Manuel Marques, Júlio Brito ou Rogério de Azevedo, por sua vez muito distintos dos seus colegas lisboetas como Cristino da Silva, Ramos, Pardal Monteiro, Cottinelli, Cassiano Branco ou Segurado. 15
No caso do Porto ĂŠ mais evidente a forma como o manuseamento dos instrumentos disciplinares admitia rupturas e perdas de continuidade, do ponto de vista do estilo.
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Assim foi João Queiroz, sem grande consciência disso, com uma razoável dose de empirismo e de sentido da eficácia. Desenhou sem a-prioris moralistas ou ideológicos sobre a qualidade do cliente, dos seus programas e dos seus gostos ou sobre o significado das linguagens.
Quando procurado por um cliente declarava-se capacitado para projetar em manuelino, romano-bizantino, em moderno ou em português – que é como você vai mais bem servido! 17
Talvez se tratasse de uma menor profundidade cultural que alguma perda de coerência. Confesso-vos que tenho dúvidas sobre esta matéria.
João Queiroz projetou na sua cidade natal o Cine Teatro Olímpia, o Cinema Trindade e uma hipótese não construída para o Cinema Batalha, o Café Majestic, inicialmente chamado Elite, na linha dos cafés tardoromânticos como foram as Brasileiras de Lisboa e Porto. 18
Projetou vรกrias lojas. Uma, aqui bem perto, na Rua de Santa Catarina,
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a Casa Othello com montra circular que fez escândalo pelo seu vanguardismo. Construiu duas moradias geminadas na Av. Castelo Branco, já demolidas, interessante exemplo de adaptação ao granito de um gosto art nouveau muito urbano e projetou uma quantidade enorme de outras, sobretudo na zona ocidental da cidade, onde o gosto dito português, nem sequer é dominante, sendo uma das mais famosas e menos interessante, a Casa dos Arcos, na Rua António Aroso. Fora do Porto estão identificadas, pelo menos, a Capela de Santo António em S. João da Madeira e escola Primária da Meadela. Já idoso, João Queiroz integra-se na nova lógica do prédio de rendimento e projeta a gosto do mercado, saudoso do tempo em que aquele gosto coincidia com o seu.
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Com a mesma naturalidade com que viveu, morreu aos 90 anos, no dia 25 de Fevereiro de 1982.
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Biblioteca A biblioteca profissional de João Queiroz, generosamente doada pelos seus herdeiros à Fundação Instituto Marques da Silva, é constituída por 106 exemplares, na sua grande maioria monografias, a que teríamos que acrescentar, ainda, a coleção dos Boletins dos Monumentos Nacionais, oferecidos a um seu familiar. Viajou. Temos alguns dados que comprovam idas a Espanha, e a França, podendo, eventualmente, ter realizado outras viagens.
A sua ida a França teve como objectivo o cumprimento de uma missão militar, durante a guerra de 14/18. Não parece que outras eventuais deslocações ao estrangeiro tenham ido muito além de simples lazer. Sendo seguramente úteis e produtivas para a conformação ou consolidação de uma cultura arquitectónica que ultrapasse as nossas fronteiras, sem nenhuma prova de terem constituído, no seu caso, viagens programadas com esse objectivo específico, não se conhecendo relatos ou documentos sobre visitas a importantes edifícios do passado ou exemplos de arquitectura contemporânea. Não teriam sido verdadeiras viagens de estudo como tantos fizeram na nossa tradição disciplinar. Apesar dessa tradição, não existem notícias de muitas viagens dos seus colegas de geração, excepto uma visita aos Castelos do Loire, por Rogério de Azevedo, quando estudava o Palácio dos Duques, em Guimarães a que, provavelmente, teria acrescentado algumas visitas a igrejas românicas que, seguramente, o ajudaram a concluir, com erudição, a cabeceira da Igreja de S. Pedro de Rates. Manuel Marques foi bolseiro em Paris e só isso bastava para ter estado no centro do mundo tendo passado para a sua periferia para viver o resto da sua vida entre Avintes e o Porto. Valeram-lhe o contacto que manteve com Marques da Silva e o seu extraordinário talento. Do Engenheiro e Arquiteto Júlio Brito temos a certeza, por experiência própria, que, além de ter nascido em Paris, se deslocava com frequência até Barroselas. 27
Se as retirarmos do seu forte empenho reacionário e neo-ruralista, parecem aplicáveis a estes homens as “Palavras Loucas” de Alberto D’Oliveira, de 1894: Quanto menos corrermos a Europa, em sud-express, mais jornadearemos em Portugal, na mala-posta, a cavallo, lendo as serras, soletrando os panoramas. Somos um povo de poetas: quanto menos livros, quanto menos comboios, melhor. Também não ficava mal um citação de Alberto Caeiro Deixem-me que lhes lembre, antes de prosseguir nas nossas reflexões sobre a Biblioteca de João Queiroz e, também, no reconhecimento deste maravilhoso espaço, lhes lembre que neste café, se reuniam todas as noites, até ao seu encerramento, inúmeros estudantes de arquitectura e foi aqui, em 1965, na noite do falecimento do nosso saudoso mestre Júlio Brito, que lhe prestamos a mais bonita homenagem, assistindo a uma aula sua ministrada pelo nosso colega Coutinho que muito bem o imitava. E foi rindo-nos que honramos a sua memória, recordando o seu tripé com três pés, e, por isso, propriamente dito, até ao que, só com um pé, tinha o nome especial de estaca, lembrando a escala, a que chamava um duplo decímetro daqueles pequeninos e da sua fúria quando, acusado de ter chumbado cerca de 70% dos alunos, declarou que isso era impossível porque nem trinta alunos tinha. João Queiroz nunca foi professor. O que ele gostava mesmo era de projetar e de construir. A sua biblioteca profissional que ele guardava no seu escritório tinha objectivos muito pragmáticos e de grande operatividade. Quando, ainda que muito superficialmente, a observei, apeteceu-me tomá-la como objecto de estudo para desenvolver uma investigação que comprovasse a hipótese de ela poder ser considerada como modelo da maioria das bibliotecas dos muitos arquitetos que não viajaram e, cruzando o seu conteúdo com as contribuições dos bolseiros de Paris, aprofundar o entendimento da arquitectura corrente que se praticou no Porto, praticamente até aos anos 50 do século XX. E digo eu, atrevendo-me a alguma generalização que espero um dia, um qualquer estudante de doutoramento, à míngua de temas, venha a comprovar, que não se trata, e neste caso assim é, de bibliotecas muito eruditas e muito menos recheada de textos teóricos.
Exceção para os “Entretiens sur l'architecture” de Viollet le Duc e uma História da Arquitectura muito ilustrada, em quatro volumes “L'architecture du Vme au XVIIme siécle: et les arts qui en dépendent”, edições muito importantes para quem trabalhou ou vai trabalhar nos Monumentos Nacionais ou para quem se oferece para projetar em neo qualquer estilo.
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Depois, tudo o resto, são monografias sobre arquiteturas, prédios de habitação e moradias urbanas e rurais, sobre tipologias variadas, cinemas, igrejas, teatros garagens, pavilhões de exposição, jardins, cafés, bares e restaurantes, ou artes decorativas, mobiliário, escultura, pintura ou vitrais, cerâmica, azulejos, ferros forjados, decoração de interiores, montras de lojas, objetos de design, candeeiros ou espelhos. Seguem-se, os livros técnicos sobre serralharia ou carpintaria, por exemplo, plenamente preenchidos com pormenores construtivos. Todas estas monografias, ou a maior parte, são coleções de estampas soltas, muito facilmente manuseáveis, com fotografias e desenhos de obras, reais ou em projeto, com designação de autorias que podem ir de, para nós, ilustres desconhecidos, até Mallet Stevens, Perret ou Le Corbusier. O dominante é, sem dúvida, a cultura francesa. Deixo-vos algumas imagens.
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E para terminar gostaria, ainda, de fazer duas observaçþes que reputo da maior importância.
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Uma primeira constatação é o apagamento das questões funcionais ou económicas, para dar a maior importância às questões formais, a que estes arquitetos chamam estilo.
Fora os saberes implícitos do saber construir a que raramente se referem, a arte do arquiteto é o manuseamento estilístico. A arquitectura é, para eles, alguma coisa significante que nada tem de abstrato.
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Sem serem ideológicos, porque não reconhecem nenhum estilo como redentor, a importância que dão à forma tem a ver com as circunstâncias, envolvente e gosto do cliente, mas é, diríamos, a artisticidade o seu objeto central. Para Lino o estilo tem que ver com o cumprimento de objectivos programáticos, poderíamos dizer de natureza cultural, tendo, no seu caso, degenerado em cultura política. Por isso o seu enfeudamento ao nacionalismo tem menos a ver com cultura do que com a política do espírito.
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Daí, e esta é a segunda observação, estes arquitetos não temerem a designação nem as formas modernas, antes as usarem sem lhes consignarem nenhum fundamento ideológico, na pior das hipóteses “bolchevista”.
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Em certo sentido são sempre modernos, quando repõe a unidade do estilo nos Monumentos, quando usam o estilo português modernizado, os volumes cúbicos à Le Corbusier ou os fazem encurvar à maneira dos móveis “deco”.
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Estes são os nossos mais amáveis arquitetos modernos, os que transferem a sua amabilidade para a construção da cidade onde vivemos.
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Por isso, eu costumo dizer: bem diferente de Lino foi Jo達o Marcelino Queiroz.
Alexandre Alves Costa, maio de 2015
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