ALCINO SOUTINHO uma apresentação
JORGE FIGUEIRA
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Publicação do texto proferido pelo Professor Doutor Jorge Figueira durante a cerimónia de assinatura do Protocolo de Doação do Acervo do Arquitecto Alcino Soutinho à Fundação Marques da Silva, decorrida no Palacete Lopes Martins, no dia 19 de Junho de 2014.
UM
Quero começar por agradecer à arquitecta Andrea
-me esforçado por transmitir a ideia que a expe-
Soutinho e à família, e ainda à Fundação Marques
riência do Porto, a cultura do Porto — a Escola do
da Silva, o convite para fazer uma breve apresen-
Porto — não é um projecto individual, mas uma
tação da obra do arquitecto Alcino Soutinho, neste
sensibilidade comum, com naturais ramificações.
momento tão importante como é o da doação do
E, nesse sentido, o percurso e a obra de Alcino Sou-
espólio a esta prestigiada instituição.
tinho são peças fundamentais para a definição dessa experiência.
Aceitei de imediato o convite, embora com alguma inconsciência, é claro, porque este momento tem
Também gosto de falar hoje sobre esta obra e sobre
um grande simbolismo e aquilo que eu vou dizer
este arquitecto porque há actualmente uma certa
e mostrar é apenas um fragmento, uma pequena
antipatia pela forma arquitectónica, pelos arquitec-
parte, daquilo que se pode dizer e mostrar sobre a
tos que constroem e pelos edifícios – em favor do
obra de Alcino Soutinho.
processo, da informalidade e do activismo social.
Mas aceitei com prazer este convite. Não interes-
Convinha lembrar que alguns arquitectos por-
sam aqui tanto as razões pessoais, mas eu tenho-
tugueses, como Alcino Soutinho, tiveram uma
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actividade política quando esta de facto obrigava
Por isso seguir a sua obra é um enorme prazer,
a um heroísmo pessoal.
particularmente para quem, como eu, trabalha com a teoria e com a história. Porque mesmo com
E que a arquitectura pode e deve ter um projecto
um certo carácter lacónico e contenção, um deco-
social, mas este social não se refere apenas a si-
ro que é típico no Porto, Soutinho deixa escapar
tuações de catástrofe ou de miséria, nem o arqui-
preferências, segue caminhos que não são óbvios.
tecto é formado para ser um assistente social, por
A sua competência técnica e artística garante-nos
mais mérito que o activismo humanitário possa
a tradução eficaz dessas opções. E sem estas “es-
ter e tem.
capadelas”, a arquitectura portuguesa seria bem mais pobre.
Felizmente, Alcino Soutinho deixou-nos muitas obras, com muitas formas, muita construção, e foi um arquitecto particularmente sensível à necessidade de encontrar soluções que tentam traduzir a sociedade onde vivemos para a servir, melhorar ou transformar.
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DOIS
ALcino Soutinho no Pavilhão Carlos Ramos / EBAP
Queria começar este breve slide-show, mostrando
arquivo alexandre alves costa, s.d.
esta bela imagem que o Alexandre Alves Costa me
disponibilizou, e com ela fazer uma homenagem a um certo tempo da Escola de Belas Artes do Porto. Não foi assim há tantos anos, parecem muitos mais. Eu ainda fui aluno nas Belas Artes, experimentei este clima; mas não digo isto com nostalgia, ou só em parte, porque havia então muitos problemas no ensino de arquitectura. Mas hoje, nós arquitectos, estamos enredados numa teia académica e científica que trata mal esta herança, até porque basicamente a desconhece. As exigências tecnocráticas e às vezes falsamente científicas mal nos deixam respirar ao fundo de uma escada de caracol, quanto mais esboçar este sorriso. Alguma bonomia, sentido de humor, convivialidade, humanidade, artisticidade, o tempo longo, tem de sobreviver nas nossas escolas. O necessário reforço da cientificidade não deve matar o que esta imagem significa. A omnipresença da tecnologia não nos deve transformar em tecnólogos.
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O espaço de bonomia ligado a um grande profissionalismo, que Soutinho representa, não deve desaparecer das nossas escolas nem da nossa arquitectura.
TRÊS
Proponho-vos então uma breve viagem pela obra de Alcino Soutinho em quatro tempos.
Um primeiro essencialmente assinalado pela Pousada do Castelo em Vila Nova de Cerveira (1973), em que é notória a influência “orgânica”, de Alvar Aalto, tão importante para esta geração (anos 1960/70). Um segundo, onde Soutinho assume uma influência clássica que o vai aproximar de abordagens pós-modernas, particularmente na Câmara de Matosinhos (anos 1970/80). Um terceiro, onde vários projectos de habitação colectiva sugerem uma arquitectura corrente, mes-
POUSADA DOS CASTELO
mo que de alto standard (anos 1990).
VILA NOVA DE CERVEIRA / 1973
CÂMARA DE MATOSINHOS MATOSINHOS / 1970-80
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MUSEU DO NEO REALISMO
E um quarto tempo, onde uma monumentalidade
VILA FRANCA DE XIRA / 2002
neo-modernista, se é permitido o paradoxo, surge
QUINTA DAS SEDAS MATOSINHOS / 2000
como arquitectura de diversos equipamentos culturais (anos 2000). É interessante verificar como, embora sem ser deliberado, ou, muito menos, pretensiosamente assumido, Soutinho percorre correntes da cultura arquitectónica que são dominantes ou actuantes nesses vários tempos. É permeável embora nunca perca a compostura arquitectónica. A Pousada do Castelo enquadra-se na cultura “orgânica” que por influência de Bruno Zevi e por intermédio das palavras e obras de Fernando Távora e Álvaro Siza permite que a arquitectura do Porto corporize uma das mais centrais abordagens desse tempo; A Câmara de Matosinhos reflecte a complexa premissa de ser um edifício que representa os cidadãos, e ter por isso de “comunicar” valores de civilidade, o que leva Soutinho a integrar elementos também clássicos e não só modernos, decorativos e não só abstractos;
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Com um assinalável conjunto de edifícios de habitação colectiva, no Porto, Matosinhos e Gaia, Soutinho está próximo da velha aspiração de “fazer cidade”, com uma arquitectura culta introduzida como arquitectura corrente; Por último, Soutinho parece adoptar com grande convicção uma corrente neo-moderna, no regresso a uma linguagem que não é neutra, antes solidamente abstracta, e que empresta aos equipamentos culturais um brilho branco, talvez oportuno num momento em que Portugal já seria europeu, e a crise ainda não se adivinhava. O que é constante nestas firmes deambulações é a solidez da estrutura e da construção, o manuseamento adequado dos materiais, o saber técnico ao serviço de ideias de arquitectura.
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1ยบ tempo
POUSADA DOS CASTELO VILA NOVA DE CERVEIRA / 1973
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Pousada do Castelo em Vila Nova de Cerveira (1973) Nesta intervenção gostaria de sublinhar a capacidade de adaptação de uma estrutura moderna a um contexto histórico, com preocupação perante as famosas “preexistências” e a topografia, procurando um acerto que não inibe a “construção de raiz”. A arquitectura do Porto será famosa por esta sensibilidade e também pela capacidade de integrar várias metodologias simultaneamente: restauro, recuperação, reabilitação, edifício novo. Mas também é notória a filiação em Alvar Aalto, tão importante na matriz da Escola do Porto, neste edifício que se integra no conjunto da cidadela, com um skyline orgânico. A pedra e o reboco liso pintado de branco eram um statement do Porto, convocando o modernismo e a expressão vernacular, sem aparente contradição.
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2º tempo
Edifício dos Paços do Concelho, Museu Municipal Amadeo de Souza Cardoso (e Biblioteca Albano Sardoeira), Amarante (1972 e 1978) Esta precursora intervenção no Convento de S. Gonçalo, uma estrutura complexa e alterada ao longo da história, é de facto uma das primeiras intervenções no património, no nosso tempo, a par com Távora, que interpreta a história do edifício no sentido de valorizar elementos expressivos e integrar novas estruturas quando considera necessário. Não há a veleidade de remontar arqueologicamente o tempo do edifício. A reconstituição dos dois claustros é feita com um volume que ficará célebre na época e que tem duas faces: uma neoplástica e outra clássica. Sendo ambas unidas por uma estrutura reticulada, um pano de vidro à maneira da Casa Beires, de Álvaro Siza, que se mostra aqui por detrás desta falsa ruína. A duplicidade de “faces” funciona bem no contexto da intervenção e prenuncia a collage da futura Câmara de Matosinhos.
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Câmara de Matosinhos (1981) Para a Câmara de Matosinhos, Alcino Soutinho adopta dispositivos arquitectónicos abrangentes, clássicos e modernistas. Talvez se possa falar de uma Collage City, por referência ao livro de Colin Rowe e Fred Koetter. Isto é, de uma colagem de temas diversos que visam criar uma arquitectura hospitaleira, cívica, democrática, comunicante. A solidez marmórea tem ecos mediterrânicos; as referências a Aalto e a Frank Lloyd Wright são visíveis no interior; é um monumento com dispositivos modernos. Se na fachada, e aqui o termo volta a ser aplicável, o edifício é caracterizado por um porticado ondulante de inspiração clássica, no átrio principal a reintrodução do azulejo na arquitectura “erudita” decora um open space que se expande horizontal e verticalmente. Há uma diferença explorada entre a máscara neoEdifício dos Paços do Concelho Museu Municipal Amadeo de Souza Cardoso (e Biblioteca Albano Sardoeira)
clássica do edifício, que cria sombras e recortes vincados, e o interior, que é moderno e tem o espa-
AMARANTE / 1972 E 1978
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CÂMARA DE MATOSINHOS 1981
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ço como “protagonista”. A colagem exterior-interior é agravada pela densidade ocre da volumetria, em contraste com a cor azul-azulejo nos pilares e nas paredes do átrio. O topo do edifício é um exercício de pós-modernismo que é raro encontrarmos com tanta veemência mesmo na arquitectura de Lisboa: um volume fracturado ao meio, com um pórtico em curva, que cai sobre as escadas; uma síntese brilhante das tentações cenográficas do pós-modernismo.
Casa Pinto de Sousa (Ofir, 1984) Este é também um projecto que pertence muito a esta época. Mesmo que o volume seja compacto e cúbico, ao modo de Adolf Loos, a chaminé, os óculos, o porticado voluntariamente desproporcionado dão-lhe o carácter de uma reinstalação de temas domésticos, palacianos, que o pós-modernismo procurava. Se o clima é de um revivalismo art deco, a abordagem é free style, isto é, não se procura recriar um estilo único e dominante mas Casa pinto de sousa
convocar sinais que possam introduzir um certo
Ofir / 1984
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luxo de domesticidade reencontrada. A “complexidade e contradição” de Robert Venturi, uma das passwords da época, é aqui visivelmente explorada.
BPI (Porto, 1993) A Sede Norte do BPI, na Avenida da Boavista, no Porto, representa o ponto alto de uma arquitectura que é erguida como corrente mas que na verdade é muito sabedora, culta, e até provocatória. A solução do gaveto é sobriamente imaginativa; no contacto com o passeio, uma estrutura porticada é discretamente uma alusão ao pós-modernismo classicista; no desenho das cornijas em continuidade com o edifício contíguo, é citada a solução do “Bonjour Tristesse”, de Álvaro Siza, em Berlim; a modulação dos vãos, que são generosos, remete para uma arquitectura de escritórios pré-“pano de vidro”, ao modo da Escola de Chicago. Esta obra está para o edifício de escritórios como a Câmara de Matosinhos para o poder autárquico. É aqui encontrado o registo certo entre a consis-
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tência construtiva, uma vocação decorativa, e a sobriedade do edifício de escritórios como parte de um todo maior. Um historicismo suave, quase velado, que não renega, pelo contrário, aquilo que nos dizia Kenneth Frampton há pouco tempo: “A arquitectura sempre foi uma arte burguesa”. A caracterização do espaço interior tem uma evidente carga decorativa, mais uma vez cruzando referências clássicas como a materialidade grave do mármore, com elementos modernos como a geometria da caixa da entrada ou o desenho dos tectos.
SEDE BPI porto / 1993
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3º tempo
CONJUNTO RESIDENCIAL NA QUINTA DAS SEDAS
EDIFÍCIOS DE HABITAÇÃO CASTELO DO PRADO
MATOSINHOS / 2000
MATOSINHOS / 2000
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Nos edifícios de habitação que foi construindo em Matosinhos, Gaia e no Porto, a partir dos anos 1990, Soutinho conseguiu um raro equilíbrio entre a sobriedade e a cultura arquitectónica. Uma arquitectura corrente, o que não significa o mesmo que vulgar ou simplificada, e que é um objectivo confessado dos arquitectos do Porto. O Conjunto Residencial na Quinta das Sedas (Matosinhos, 2000) é uma estrutura de grande urbanidade, qualificando uma área periférica com uma arquitectura sólida e experimentada, onde o jogo de varandas pontua, como nos Edifícios de Habitação Castelo do Prado (Matosinhos, 2000), pontuam os bicos, ou no Conjunto Residencial “Varandas da Venezuela” (Porto, 2002), as curvas. Não são edifícios neutros ou banais, mas discretos; cultos mas despretensiosos; são a resposta moderna à cidade residencial, bem consolidada, do Porto oitocentista.
CONJUNTO RESIDENCIAL VARANDAS DA VENEZUELA PORTO / 2002
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4º tempo
BIBLIOTECA FLORBELA ESPANCA E CENTRO DE EXPOSIÇÕES MATOSINHOS / 2000
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Neste quarto tempo, Soutinho redescobre, de acordo com o “espírito do tempo”, a genealogia modernista que nunca tinha explorado abertamente. Este é o momento em que a arquitectura moderna brasileira está a ser recuperada, em que há um reencontro com as vanguardas, agora sob a forma das reescritas historiográficas ou como modelo mainstream. A Biblioteca Florbela Espanca e Centro de Exposições (Matosinhos, 2000) mostra que passadas duas décadas da construção da Câmara de Matosinhos, ali perto, a cultura arquitectónica dominante é outra, e outros são os estímulos visuais e construtivos. É, de facto, uma máquina neo-moderna, com muitos temas do cânone – as palas, as janelas longas, os grandes “panos de vidro”, os pilares – agora com uma expressão estrutural e construtiva sólida, e já não a fragilidade experimental dos anos 1920/30.
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A Biblioteca Municipal Manuel Alegre (Águeda, 2000) é uma intervenção numa topografia complexa, em articulação com uma vivenda recuperada. Reemerge aqui a linguagem moderna das paredes lisas e grandes “panos de vidro”, uma linguagem abstracta de assimétricas composições, que se contrapõe com grande acerto topográfico à linguagem do edifício preexistente. O Museu do Neo-Realismo (Vila Franca de Xira, 2002) é igualmente um elogio à arquitectura moderna, ao formalismo dos volumes “puros” e recortes vincados. Nestas últimas obras, Alcino Soutinho parece querer retomar a grande narrativa formal da arquitectura moderna do início do século XX, em cruzamento com a sensibilidade topográfica e ambiental do pós-2ª guerra, numa síntese feliz das conquistas da arquitectura.
BIBLIOTECA MUNICIPAL MANUEL ALEGRE ÁGUEDA / 2000
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MUSEU DO NEO-REALISMO VILA FRANCA DE XIRA / 2002
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QUATRO
Alcino Soutinho é capaz do mesmo rigor estrutu-
arquitectura portuguesa, e, na verdade, a arquitec-
ral e construtivo em diversas facetas estilísticas,
tura europeia do nosso tempo.
que foram testando a passagem do tempo. A prova da sua sabedoria está no modo como os seus
Porque Alcino Soutinho era ousado e corria riscos,
edifícios resistem, estrutural e construtivamente;
mesmo se nunca perdia a mão, a sua arquitectura
como consequência também as formas resistem
traduz muito bem os avanços, recuos e flutuações
às variações meteorológicas da arquitectura. Era
da cultura arquitectónica sendo por isso matéria
talvez um arquitecto ecléctico mas não no modo
obrigatória de estudo e celebração.
superficial ou meramente estilístico a que geralmente esse conceito é associado.
Muito obrigado.
Gostava de concluir dizendo que os investigadores e estudiosos irão encontrar neste arquivo, aqui na Fundação Marques da Silva, matéria do maior relevo para compreender a arquitectura do Porto, a
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Casa pinto de sousa Ofir / 1984
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LISTAGEM DE OBRAS
CÂMARA DE MATOSINHOS 1981
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1958
1973
• Conjunto de 4 habitações na Rua S. João de Brito / Porto
• Adaptação da Estalagem do Castelo de S. João da Foz / Porto
1959
• Pousada de D. Diniz / Vila Nova de Cerveira
• Concurso para o Monumento aos Calafates / Porto
• Cantina da ESBAP / Porto
1960
• Estudo de Ordenamento das Ilhas da Boega e dos Amores /
• Casa dos Magistrados / Vila da Feira
Vila Nova de Cerveira
1963
• Complexo habitacional na Rua 5 de Outubro / Porto
1974
• Habitações unifamiliares / Matosinhos, Gondomar, Paços de Brandão e Esposende
• Cinco estabelecimentos comerciais Lima 5 / Porto
1964
• SAAL - Bairro da Maceda / Porto
1977
• Complexos habitacionais rurais / Mouramorta, Régua, Barcelos, Mirandela
• Reordenamento da Praça Teixeira de Pascoaes / Amarante
1978
• Conjunto de 2 habitações na Rua do Lidador / Porto • Conjunto de 3 habitações na Arca d’Água / Porto
• Museu Amadeo de Souza-Cardoso e Biblioteca Albano
1965
Sardoeira / Amarante
• Conjuntos habitacionais / Bragança, Santo Tirso, Amarante,
• Plano de Pormenor da Quinta dos Frades / Amarante
Esposende, Póvoa do Varzim, Vila do Conde e Arcos de Valdevez
• Palco Polivalente para espectáculos ao ar livre no Palácio de
1968
Cristal / Porto
1979
• Habitação unifamiliar / Vila Nova de Gaia • Plano de Pormenor da Zona da Cerca / Amarante
• Adaptação e ampliação da Casa do Curro para os Paços do
1972
Concelho / Monção
• Edifício dos Paços do Concelho / Amarante
• Conjunto habitacional / Ovar
• Complexo residencial / Barcelos
• Postos de Turismo / Porto e Lamego
• Habitação unifamiliar / Rio Maior
• Plano de Pormenor da Zona a Norte da EN15 / Amarante
• Plano de Pormenor / Vagos
• Parque de Estacionamento subterrâneo / Amarante
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1980
1986
• Habitação unifamiliar /Portimão
• Reutilização do antigo Hospital Distrital / Viana do Castelo
• Instalações administrativas da empresa têxtil Eurel / Porto
• Equipamento mobiliário e decoração do Hotel Santa Luzia /
• Plano de Pormenor para unidade turística da Torreira / Murtosa
Viana do Castelo
• Anteplano do conjunto turístico de S. Pedro / Ovar
• Recuperação e ampliação de uma habitação unifamiliar no
• Concurso para o Monte Picoto / Braga
Bairro Marechal Gomes da Costa / Porto
1987
• Internationaler Wettbewerb “Wohnpark am Lutzowplatz” / Berlim
1981
• Habitação unifamiliar / Barreiro
• Câmara Municipal de Matosinhos / Matosinhos
• Remodelação e ampliação de habitação na Av. dos
• Intervenção no Centro Histórico / Sines
Combatentes / Porto
• Novos programas habitacionais para o centro urbano de
• Bloco habitacional / Amarante
1988
Santo André / Sines • Bloco habitacional / Guimarães
• Departamento de Engenharia Cerâmica e do Vidro da
• Posto abastecedor de combustíveis / Sines
Universidade de Aveiro / Aveiro
1982
• Remodelação e ampliação de uma habitação / Guimarães
• Fast-food “Max Burger” / Porto
• Instalações da Cooperativa Árvore / Porto
• Ampliação de uma Clínica Oftalmológica no Campo Alegre
• Instalações Administrativas da fábrica Rodrigues e Irmão,
/ Porto
Lda / Guimarães
1984
• Instalações das Edições Asa / Gondomar
1989
• Habitação unifamiliar - Pinto de Sousa / Ofir • Plano de Pormenor da Zona Costeira entre a Granja e
• Estação dos CTT / Lixa
Espinho (concurso) / Vila Nova de Gaia e Espinho
• Estudo de recuperação e adaptação do Mosteiro de Tibães /
• Recuperação de um conjunto de edifícios / Amarante
Braga
1985
• Projecto de arruamento e arranjos exteriores do Campus
• Instalações do Banco de Portugal / Porto
Universitário da Universidade de Aveiro / Aveiro
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• Remodelação e ampliação de uma habitação / Albergaria-
• Solar da Viscondessa das Devesas / Vila Nova de Gaia
a-Velha
• Banco Central de Investimentos / Lisboa
1990
• Conjunto de edifícios para habitação e comércio na Rua de
• Adaptação do Pátio das Nações da Floor da Bolsa de
Tânger / Porto
Valores / Porto
• Conjunto de edifícios para instalação dos Serviços da
• Habitações unifamiliares /Albergaria-a-Velha, Valença
Companhia de Seguros Bonança / Porto
do Minho e Guimarães
• Habitações unifamiliares / Leça da Palmeira e S. Mamede
• Remodelação e ampliação de uma habitação na Av.
• Concurso para ampliação do ISCTE / Lisboa
Marechal Gomes da Costa / Porto
• Concurso para o Pólo Industrial e Tecnológico da Maia
1994
• Remodelação e ampliação de uma habitação na Av. dos Combatentes / Porto
• Museu de Santa Joana / Aveiro
1991
• Bolsa de Derivados do Porto / Porto
1996
• Departamento de Química da Universidade de Aveiro / Aveiro
• Ampliação da Câmara Municipal de Felgueiras
• Conjunto de edifícios para habitação, comércio e escritórios
Reordenamento da Praça do Município de Felgueiras
/ Matosinhos
• Reitoria da Universidade Nova de Lisboa
1992
• Concurso para o Auditório Municipal de Famalicão
• Concurso para Torre Teledifusora / Vila Nova de Gaia
• Concurso para o Polidesportivo da Universidade Nova de
• Concurso para a Novafacar / Matosinhos
Lisboa
1993
• Concurso para o Metro do Porto
1997
• Casa-Museu Guerra Junqueiro / Porto • Sede Norte do Banco Fonsecas & Burnay (actual Banco
• Conjuntos habitacionais da Lavra 1, Lavra 2 e Perafita /
Português de Investimento - BPI) / Porto
Matosinhos
• Plano e Projecto da Marginal Norte da Póvoa de Varzim /
• Conjunto habitacional para a Urbanização de Quires / Maia
Póvoa de Varzim
• Urbanização e Edifícios da Quinta da Calçada / Amarante
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• Adaptação da fábrica Ach. Brito a conjunto habitacional / Porto
• Centro de Estágios do FCP / Vila Nova de Gaia
• Reservatório de Pedrouços / Maia
• Biblioteca Municipal Manuel Alegre / Águeda
• Habitações unifamiliares na Quinta do Lago / Loulé
• Plano de expansão da Exponor / Matosinhos
• Concurso para ETAR de Sobreiras / Porto
• Edifícios de habitação na Quinta das Sedas (lote 1) / Matosinhos
• Concurso para o Santuário de Fátima (convite)
• Reconversão urbana do largo entre a rua Chã e a rua do •
1998
Loureiro (no âmbito da Porto 2011) / Porto
• Banco Central de Investimentos / Porto
• Biblioteca e Centro de Exposições da Câmara Municipal
• Habitação unifamiliar em Canidelo / Vila Nova de Gaia
de Matosinhos
• Clínica Polivalente / Porto
• Conjunto habitacional para a Rua Marechal Saldanha / Porto
• Concurso para o Centro de Compostagem Lipor / Maia
• Habitações unifamiliares / Porto e Vila Nova de Gaia
1999
• Conjunto habitacional na antiga Fábrica de Redes /
• Projecto de Urbanização Turística do Eco Resort / Tróia
Matosinhos
• Complexo Multiusos da Arrábida / Vila Nova de Gaia
• Bloco habitacional na Foz / Porto
2001
• Habitação unifamiliar / Ofir • Conjunto habitacional na Av. Manuel Teixeira Ruela /
• Museu do Carro Eléctrico / Porto
Matosinhos
• Ampliação da FBAUP / Porto
• Conjunto habitacional na Rua do Farol / Porto
• Remodelação da Casa do Passal (Fundação Aristides Sousa
• Loteamento em Vilar do Paraíso / Maia
Mendes) / Cabanas do Viriato
• Bloco habitacional / Matosinhos
• Reconversão do antigo Hospital Distrital de Viana do
• Concurso para a Piscina Atlântica / Figueira da Foz
Castelo em Escola Superior de Arte & Design
• Concurso para Empreendimento EDP na Marginal do Porto
• Santuário de Nossa Senhora do Amparo / Mirandela
• Concurso para o Museu de Tecnologia do Mar / Matosinhos
• Centro Cultural de Alfândega da Fé
2000
• Edifícios de habitação na Quinta das Sedas (lote 2) /
• Estação de Tratamento de Águas do Lever / Vila Nova de Gaia
Matosinhos
• Edifícios de habitação Castelo do Prado / Matosinhos
• Centro Comercial em Algés / Lisboa
30
2003
• Plano de Urbanização em Custóias / Matosinhos • Bloco de escritórios / Porto
• Museu do Futebol Clube do Porto
2002
• Habitação unifamiliar / Afife
• Edifícios de habitação na Quinta das Sedas (lote 3) /
• Edifício de escritórios / Águeda
Matosinhos
• Edifício de comércio, escritórios e habitação / Alfândega da Fé
• Plano e projecto da Frente Marítima de Vila do Conde
• Parques de Estacionamento subterrâneo e reordenamento da
• Projecto de inserção do Metro do Porto na Zona Urbana de
Praça Teixeira de Pascoaes / Amarante
Matosinhos
• Remodelação exterior do Hotel Tuela / Porto
• Museu do Neo-Realismo / Vila Franca de Xira
• Sociedade Protectora dos Animais / Vila Nova de Gaia
• Complexo habitacional na rua da Venezuela / Porto
• Concurso para a Sede da Lombardia / Itália
• Câmara Municipal de Seregno / Itália (com Luca Dubini,
• Concurso para a Ampliação da Faculdade de Letras de Lisboa
2004
Enrico Molteni e Andrea Liverani) • Clínica Oftalmológica Ribeiro Barraquer / Porto
• Recuperação e readaptação da Quinta das Janelas / Óbidos
• Conjunto de edifícios terciários na Exponor / Matosinhos
• Recuperação e readaptação Quinta Val Pereiras / Ponte de Lima
• Remodelação da Sede da Sociedade de Numismática
• Conjunto de 14 habitações unifamiliares / Óbidos
Portuguesa / Porto
• Plano de pormenor “Gist Brocades” / Matosinhos
• Plano de Pormenor do Pinhal de Menéres / Vila do Conde
• Plano da Seca do Bacalhau / Vila Nova de Gaia
• Remodelação da Sede do Barclays Bank / Porto
• Cobertura da Rua Brito Capelo / Matosinhos
• Habitação unifamiliar / Porto
• Edifício de comércio e habitação na Rua da Constituição / Porto
• Bloco de habitação na Av. Brasil / Vila do Conde
• Ponte pedonal em Lever / Vila Nova de Gaia
• Bloco habitacional em Matosinhos Sul
• Edifício terciário na Boavista / Porto
• Recuperação de uma habitação unifamiliar em Touguinhó
• Concurso para o Insituto Bacteriológico Camara Pestana / Lisboa
2005
/ Vila do Conde • Recuperação de moradias em S. Paio de Antas / Esposende
• Edifícios de habitação para os lotes 7 e 8 dos terrenos da Efanor / Matosinhos
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• Projecto de Urbanização Turística do Eco Resort - 2ª fase / Tróia
Sporting de Espinho
• Conjunto de 26 habitações unifamiliares / Óbidos
• Edifícios de habitação para a Rotunda da Fonte Luminosa
• Conjunto de 28 habitações em banda / Óbidos
/ Matosinhos
• Conjunto de 2 edifícios de habitação em Nevogilde / Porto
• Concurso para a remodelação da Fábrica do Álcool / Açores
• Recuperação e adaptação de 2 edifícios na Praça do Infante
• Concurso para Empreendimento Poligreen / Leiria
2008
/ Porto • Conjunto de 4 edifícios de habitação em Arcozelo / Vila
• Parque de Estacionamento Luís I / Vila Nova de Gaia
Nova de Gaia
• Parque de Estacionamento e arranjos exteriores do Centro
• Unidade Geriátrica / Vila Nova de Gaia
Cívico de Vila Nova de Gaia
2006
• Conjunto de 12 habitações unifamiliares / Óbidos
• Conjunto de cinco edifícios de habitação na antiga “Gist
• Loteamento para 16 habitações unifamiliares / Matosinhos
2009
Brocades” / Matosinhos • Habitação unifamiliar em Afife / Viana do Castelo
• Auditório Municipal de Matosinhos
• Habitação unifamiliar / Porto
• Loteamento S. Mamede Infesta / Matosinhos
• Torre de escritórios / Matosinhos
• Arranjos exteriores e jardins da zona envolvente à
• Concurso para a Universidade Aberta / Seixal
Biblioteca de Águeda
• Concurso para um edifício na Rua Damasceno Monteiro
• Conjunto de 40 moradias em Ponta Delgada / Açores
/ Lisboa
• Conjunto de 10 moradias / Matosinhos
• Concurso para Central de Camionagem / São João da Madeira
• Concurso para Plano de Pormenor na Amareleja
2007
• Concurso para Escola em Felgueiras
• Edifícios de habitação para o Lote 4 da Quinta das Sedas
• Concurso para Empreendimento Turístico Gestoliva / São
/ Matosinhos
Pedro de Moel
2010
• Readaptação da ampliação da Câmara Municipal de Felgueiras
• Habitação unifamiliar em S. Mamede Infesta / Matosinhos
• Plano de Pormenor para a zona do campo de futebol do
• Conjunto de 40 moradias em Ponta Delgada / Açores
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• Conjunto de 10 moradias / Matosinhos
• Edifício para habitação Marques Pinto / Matosinhos
• Concurso para Escola Agrária / Santo Tirso
• Templo Lisboa IJCSUD - 2011
• Concurso para a Escola Luís Verney / Lisboa
• Boîte Spinus - 1986 / Espinho
• Concurso para o Templo Água Vida / Oeiras
• Boîte Twin’s - 1981 / Porto
• Concurso para o Parques de estacionamento Pirâmide /
• Centro Comercial Sotril - 1984 / Amarante
Oeiras
• Litografia / Maia
• Concurso para Parque de estacionamento / Almeirim
• STCP Brito Capelo - 1999 / Matosinhos
• Concurso para Cooperativa / Paredes • Concurso para o Plano da Marginal de Caminha • Concurso para o Centro Interpretativo Tapete de Arraiolos / Arraiolos
2011 • Museu da Língua Portuguesa / Matosinhos • Moradias em Palmares / Lagos • Bloco habitacional na Av. Brasil / Porto • Concurso para as Piscinas Municipais / Marinha Grande • Concurso para as Piscinas Municipais / S. João da Madeira • Concurso para a Biblioteca Municipal de Grândola
2012 • Concurso para a Quinta Marques Gomes / Vila Nova de Gaia • Concurso para o Túnel de Águas Santas / Maia • Concurso para a ETAR de Matosinhos • Concurso para o Loteamento do Bairro do Aleixo / Porto • Habitação Cunha Barros / Vila Nova de Gaia • Habitação José Júlio S. Carvalho / Moledo
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Ficha técnica Título: Alcino Soutinho - uma apresentação Autor: Jorge Figueira Imagem de capa: Desenho de Álvaro Siza Vieira, s/d Imagens: Acervo Arquitecto Alcino Soutinho Design: Ana Pinto Revisão: Paula Abrunhosa Porto, Fevereiro de 2016 © Fundação Instituto Arquitecto José Marques da Silva