BRIGHT – BUSSACO´S RECOVERY OF INVASIONS GENERATING HABITAT THREATS
PROGRAMA DE ACÇÕES DE CONTROLO E ERRADICAÇÃO DE EXÓTICAS INVASORAS E CONSERVAÇÃO/BENEFICIAÇÃO DE AUTÓCTONES
Redação e revisão: Luis Jordão, Nelson Matos, Joni Vieira Aprovação: António Franco
ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 1 2. MACRO-ZONAMENTO E OBJECTIVOS DE INTERVENÇÃO ..................................................... 2 2.1. Zonamento ......................................................................................................................................... 2 2.2. Objectivos Gerais de Intervenção ...................................................................................................... 3 2.2.1. Áreas Sociais ............................................................................................................................................. 3 2.2.2. Áreas de Conservação .............................................................................................................................. 4 2.2.3. Áreas de Conservação/Valorização ......................................................................................................... 5 2.2.4. Áreas de Contenção de Invasoras / Beneficiação .................................................................................. 7 2.2.5. Áreas de Monitorização de Invasoras...................................................................................................... 8 2.2.6. Áreas de Reconversão .............................................................................................................................. 9
3. INTERVENÇÕES E PROGRAMAÇÃO ................................................................................. 12 2.1. Métodos de Controlo........................................................................................................................ 12 2.2. Factores Complementares .............................................................................................................. 13 2.3. Programação Operacional ............................................................................................................... 13 2.4. Interligação com acções de voluntariado ........................................................................................ 14
4. REGISTOS E MONITORIZAÇÃO ....................................................................................... 16 4.1. Registos ........................................................................................................................................... 16 4.2. Monitorização ................................................................................................................................... 16
5. ASPECTOS COMPLEMENTARES ..................................................................................... 17 5.1. Áreas de adernal fora da cerca conventual ..................................................................................... 17 5.2. Perímetro Florestal .......................................................................................................................... 19 5.3. Apoio Técnico a Proprietários Marginais ......................................................................................... 20
ANEXOS .......................................................................................................................... 21 Fichas Orientadoras das Técnicas de Controlo/Erradicação a Aplicar .................................................. 21 Ficha de Registo de Actividades (folha excel) ........................................................................................ 43
1. INTRODUÇÃO Com o presente documento propõem-se as linhas directoras de intervenções do Projecto BRIGHT em termos de áreas de intervenção dos trabalhos de controlo e erradicação de exóticas invasoras e plantação de autóctones. Trata-se de um documento elaborado com a informação à data disponível e cuja operacionalização e detalhe passará pelas reuniões mensais de gestão do projecto, no âmbito das quais deverão ser aferidos e definidos em concreto os trabalhos específicos necessários a executar em cada parcela, mantendo contudo as orientações gerais para as mesmas estabelecidas ao nível dos objectivos de zonamento aqui apresentados. A prossecução dos trabalhos no terreno poderá ditar pequenos ajustes e reformulações destas linhas directoras, as quais deverão ser nesse caso objecto de discussão e proposta pela equipa técnica. Tais ajustes não deverão no entanto ser contrários às orientações globais aqui preconizadas, mas antes um aprofundamento das mesmas em função de um melhor conhecimento do terreno (designadamente ao nível da presença verificada de exóticas invasoras e/ou de espécies com interesse de conservação), bem como dos resultados que se venham a verificar ao nível da aplicação das técnicas de controlo e dos ensaios-piloto realizados. Pretende-se assim, dotar as equipas técnicas que se encontram no terreno de orientações concretas de planificação, ao nível das prioridades a estabelecer, técnicas a aplicar e plantações a efectuar, sem prejuízo de alguma flexibilidade que deverá ser dada à forma concreta de actuação, bem como, obviamente, à gestão e alocação das equipas de trabalho envolvidas. A cartografia produzida, envolvendo o zonamento da Mata e estabelecimento de principais objectivos de controlo/erradicação e de plantação/valorização por parcela, pode e deve ser entendida como dinâmica, tanto ao nível dos seus limites (constituição de sub-parcelas para melhor operacionalidade) como dos objetivos gerais estabelecidos (designadamente quando o reconhecimento do terreno pela intervenção em zonas de povoamentos densos e actualmente inacessíveis o justificar). Pretende-se assim, que este programa de trabalhos possa e deva ser regularmente criticado/actualizado, no sentido de melhor se atingirem os resultados globais a que o projecto se propõe, os quais constituem, em última análise, a conservação do adernal.
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2. MACRO-ZONAMENTO E OBJECTIVOS DE INTERVENÇÃO 2.1. Zonamento Tendo em atenção os valores naturais a conservar – em especial a área de adernal, tal como delimitada/cartografada nos trabalhos mais recentes da Universidade de Aveiro - bem como aspectos práticos relacionados com a rede de caminhos e estradas existentes na MNB, procedeu-se à classificação/zonamento das áreas de intervenção do projecto, tendo por alvo a tipologia de trabalhos a desenvolver – tanto em período de projecto como numa fase posterior. O zonamento proposto, que se apresenta na figura abaixo e integra a cartografia shapefile produzida, inclui as tipologias de parcela abaixo identificadas, a que se encontram associados objectivos gerais de intervenção que se descrevem nas secções posteriores: Áreas Sociais; Áreas de Conservação; Áreas de Conservação/Valorização; Áreas de Controlo de Invasoras / Beneficiação; Áreas de Monitorização de Invasoras; Áreas de Valorização e Reconversão.
Figura 1 – Zonamento da Mata Nacional do Bussaco na perspectiva de controlo de invasoras que ameaçam o adernal.
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As parcelas em causa resultam da “fusão” de vários níveis cartográficos, reconhecendo-se que os seus limites podem, por esse motivo apresentar uma configuração espacial ligeiramente distinta da verificada no terreno. Contudo, considerando que agregam toda a informação cartográfica actualmente disponível (e em especial as correcções de localização de alguns caminhos e vias cartografados a escalas mais detalhadas para efeitos de outras intervenções de requalificação promovidas pela FMB), deverão ser utilizadas como base de referência à programação e registo, sem prejuízo de, como adiante referido poderem vir a ser definidas sub-parcelas de menor dimensão a partir das agora apresentadas, bem como ajustados os respectivos limites e/ou os efetivos limites da Mata Nacional do Buçaco. Em termos globais, os objetivos do projecto tal como apresentado relacionam-se com intervenção em apenas nalgumas das tipologias atrás referidas, designadamente nas áreas de Conservação, de Conservação e Valorização (nas quais se distribui o adernal) e nas áreas de Valorização Reconversão (no Pinhal do Marquês, zona de maiores povoamentos de invasão). Contudo, atendendo aos recursos disponíveis e eventual possibilidade de com eles assegurar trabalhos adicionais de contenção, o presente documento define também, desde já, as linhas de orientação a aplicar às restantes áreas da Mata (designadamente aos restantes espaços atrás referidos) no sentido de assegurar uma maior eficácia à globalidade dos trabalhos e contribuir também para, se e quando possível, aí se desenvolverem esforços que auxiliem a dispor de melhores resultados, de longo prazo, para as intervenções preconizadas no curto/médio prazo.
2.2. Objectivos Gerais de Intervenção 2.2.1. Áreas Sociais Integram estas áreas algumas parcelas envolventes a edifícios com utilização turística e/ou de apoio ao funcionamento da FMB, com características de espaços verdes (áreas de jardim, ajardinadas e/ou agrícolas), nas quais as intervenções a realizar serão mínimas e deverão ter por objectivo:
controlo/erradicação de exemplares de espécies exóticas com características invasoras acentuadas, susceptíveis de representarem focos de disseminação por semente de novos exemplares (em particular dos exemplares de Cortaderia selloana, Ailanthus althissima e Acacia sp.), recorrendo às práticas recomendadas para estas espécies, conforme detalhado posteriormente neste documento;
monitorização regular e redução da presença/ocupação de espécies exóticas com características invasoras moderadas, sempre que viável do ponto de vista paisagístico e/ou de exploração (especialmente as áreas verdes ocupadas com Fascicularia bicolor e Tradescantia fluminensis , mas também exemplares de Robinia pseudoacacia e de outras espécies arbóreas com características invasoras usados para fins ornamentais);
promoção da substituição progressiva de exóticas por autóctones com valor ornamental através da integração desta preocupação nos projectos de recuperação paisagística
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aplicáveis, sempre que viável e quando não se comprometam os objectivos associados aqueles projectos (a ter em atenção sobretudo quando estejam em causa espécies ornamentais para as quais se conheçam, no contexto nacional e/ou internacional, comportamentos invasores). Do referido saliente-se que as intervenções do projecto nestas áreas serão de reduzida intensidade, muito localizadas. Poderão/deverão estar associadas a execução no âmbito de acções de envolvimento do público e/ou de voluntariado. Deverão ser especialmente integradas com os projectos de paisagismo e objectivos definidos para as mesmas ao nível dos valores ornamentais e culturais que lhes estão associados.
2.2.2. Áreas de Conservação Incluem-se nestas parcelas as áreas integralmente ocupadas por áreas de adernal mas também dos restantes habitats da mata climácica descritos por Lopes (2012): louriçais (5230PT1) e carvalhais de carvalho-alvarinho (9230PT1). São complementadas por outras áreas de distribuição desses habitats que envolvem áreas de orla e/ou transição para outros usos (de características naturais ou não), as quais se integraram nas áreas de Conservação/Valorização, descritas na secção seguinte. Considerando que estas são parcelas nucleares de distribuição/presença daqueles habitats - nas quais a sua constituição e estado de conservação se encontra muito próximo do estado natural - as intervenções preconizadas para as acções do projecto deverão restringir-se aos seguintes objectivos:
controlo/erradicação de todas as espécies exóticas. Em particular, deverá ter-se por alvo o controlo/erradicação de todos os exemplares isolados e núcleos de Acacia sp., Prunus laurocerasus e Pittosporum sp., bem como a promoção de acções de controlo físico/mecânico de pequenas áreas invadidas por Tradescantia fluminensis. Os trabalhos deverão ser promovidos numa perspectiva de curto/médio prazo, com objectivos de eliminação até ao final do projecto de todos os exemplares e áreas de ocupação actuais, apenas se mantendo, posteriormente, acções de seguimento. Devem recorrer a métodos de controlo que não envolvam a aplicação foliar de controlo químico, dada a presença e sensibilidade das espécies associadas ao habitat natural;
pontualmente, quando se verifique que das acções de controlo de exemplares arbóreos resulte a diminuição dos níveis de ensombramento e/ou quando as áreas ocupadas por Tradescantia fluminensis sejam superiores a 5 m2, o controlo/erradicação poderá ser acompanhado de acções valorização, incluindo a plantação de arbóreas e arbustivas características do habitat intervencionado, sempre que se verifique essa necessidade (p.e. devido à ausência ou reduzida presença de estrato herbáceo/arbustivo e/ou de regeneração natural de exemplares arbóreos). Os exemplares utilizados para esse fim deverão ter origem em propagação dos viveiros da FMB ou em recolha na Mata (nas parcelas envolventes), não podendo recorrer-se à introdução de plantas provenientes de aquisição externa;
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ocasionalmente, poderá ser necessário promover acções de manutenção sobre exemplares de espécies autóctones, quando estes se apresentem quebrados, em risco de queda e/ou apresentem sinais de doença ou podridão e a sua queda represente potencial perigo de destruição da envolvente, para pessoas e/ou para elementos de património edificado. O material cortado deverá ser triturado e mantido na área de distribuição do(s) habitat(s), associando o seu uso, sempre que possível, a acções de controlo de invasoras (para efeitos de apoio ao ensombramento do solo).
Do exposto, resulta que as intervenções do projecto nestas áreas serão de média intensidade, muito localizadas e requerem elevado cuidado e acompanhamento contínuo da equipa técnica. Deverão ter em conta a cartografia de detalhe elaborada pela Universidade de Aveiro no âmbito dos trabalhos de caracterização de referência, e, de uma forma genérica, englobar as respectivas recomendações na definição dos trabalhos de cada parcela. Em particular, no que respeita ao destino final do material resultante
do
controlo
de
Tradescantia
fluminensis,
deverá
promover-se
a
remoção
com
encaminhamento para compostagem. Quanto tal não seja viável, o material deverá ser amontoado em pequenos espaços de menor dimensão, coberto com estilha proveniente de ramagens locais (quando disponível) ou em última análise coberto para solarização, durante o período necessário. Dada a sensibilidade das áreas apenas poderão estar associadas a acções de envolvimento do público e/ou voluntariado quando estejam em causa grupos de pequena dimensão, e a possibilidade de orientação e acompanhamento contínuo por técnicos da equipa de projecto (1 técnico para cada 5 a 10 participantes, máximo de 30 participantes como condições genéricas de acompanhamento e máxima de envolvimento).
2.2.3. Áreas de Conservação/Valorização Incluem-se nestas áreas as parcelas parcialmente ocupadas por áreas de adernal e restantes habitats da mata climácica descritos pela Universidade de Aveiro: louriçais (5230PT1) e carvalhais de carvalhoalvarinho (9230PT1). Complementam as áreas nucleares referidas na secção anterior e integram, consoante a localização: características idênticas às Áreas de Conservação adjacentes, áreas de orla e transição dos habitats a conservar e, na restante partem, outros povoamentos (geralmente associados ao arboreto). No que respeita aos povoamentos associados ao arboreto, apresentam situações muito diversificadas. Registam-se tanto povoamentos quase exclusivamente compostos por exóticas (incluindo algumas com características invasoras) mas também povoamentos mistos, nos quais a densidade de autóctones associadas a habitats naturais (incluindo os que se pretende conservar mas também azereirais, medronhais, sobreirais e azevinhais) é por vezes bastante significativa. Neste contexto, as intervenções preconizadas para estas parcelas incluem:
nas áreas ocupadas por habitats a conservar (sub-parcelas de conservação, sejam elas de adernal, louriçal ou carvalhal), objectivos idênticos aos referidos na secção anterior;
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nas restantes áreas (sub-parcelas de valorização), em função do tipo de ocupação, exposição e exemplares de autóctones actualmente identificados, não só acções de controlo/erradicação de exóticas como também de valorização de habitat, visando a promoção de povoamentos nos quais se expanda a presença actual e futura de espécies dominantes de habitats naturais que se considera adequado promover. Incluem-se neste âmbito não só a promoção de áreas de adernal, louriçal e carvalhal mas também de outros habitats cuja ocorrência histórica na MNB se reconhece terá sido maior, face à actual presença, em níveis significativos, de algumas das suas espécies dominantes (como os azereirais, medronhais, sobreirais e azevinhais).
No contexto referido, e sendo os objectivos de intervenção para as sub-parcelas de conservação idênticos aos referidos na secção anterior, as intervenções a promover nas sub-parcelas de valorização deverão ser norteadas pelos seguintes objectivos:
controlo/erradicação de exemplares de espécies exóticas com características invasoras. Em particular, deverá ter-se por alvo o controlo/erradicação de indivíduos de Acacia sp., Pittosporum sp. e Prunus laurocerasus (recorrendo às boas práticas recomendadas para estas espécies, conforme detalhado posteriormente), bem como das áreas invadidas por Tradescantia fluminensis. Tais trabalhos deverão ser promovidos numa perspectiva de médio prazo (com objectivos de erradicação do total de exemplares e áreas ocupadas dentro do período do projecto), recorrendo prioritariamente a técnicas de controlo físico/mecânico e pontualmente, quando necessário, aplicação de controlo químico (de forma integrada e complementar). No caso específico de Tradescantia fluminensis deverão ser norteadas pelos resultados de ensaiospiloto envolvendo controlo físico/mecânico associado a controlo químico e/ou controlo biológico com posterior replicação, generalizada à(s) parcela(s), do(s) métodos que apresentem melhores resultados e/ou menores efeitos negativos (que à data de redacção deste documento passam essencialmente pela remoção em tapete, seguida do amontoar em pequenos locais, e cobertura com estilha ou solarização, incluindo ainda, em complemento, a plantação de Hedera sp. e/ou Vinca sp. como agentes de competição nas áreas libertas),
acompanhamento generalizado das acções de controlo por acções de valorização, com plantação simultânea de arbóreas características do habitat a promover. Os exemplares utilizados para cumprir esse objectivo deverão ter origem preferencial na propagação dos viveiros da FMB. Podendo, em casos excepcionais e apenas nos dois primeiros anos de projecto, recorrer-se à utilização de espécimes provenientes de aquisição externa. A regra geral a adoptar envolverá a plantação, na envolvente imediata (menos de 1 m de distância) de cada exemplar de exótica objecto de acção de controlo, de pelo menos um exemplar da espécie autóctone dominante do habitat a promover;
promoção de acções complementares de valorização dirigidas a áreas de clareira, mesmo que não ocupadas por invasoras – como as clareiras provocadas por queda de árvores e eventos similares –, executadas com plantação de espécies arbóreas e arbustivas associadas ao habitat a promover, seguindo esquema/densidades de plantação adequados a cada local;
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restrição generalizada à plantação de novos exemplares de espécies exóticas (mesmo que não apresentando características invasoras). As possíveis excepções relacionam-se apenas com a utilização de Cupressus lusitanica, ao longo dos trilhos associados à via-sacra e outros caminhos nos quais a sua ocorrência histórica e/ou intervenções associadas a reabilitação de valores histórico-patrimoniais se justifiquem (mediante intervenções de paisagismo previamente planificadas e aprovadas). Outras espécies poderão ainda ser utilizadas em acções de valorização e fomento da colecção dendrológica existente (que no caso de novas espécies deverão ser preferencialmente dirigidos a parcelas classificadas como Áreas de Controlo de Invasoras / Beneficiação e/ou Áreas de Monitorização de Invasoras);
Do exposto, resulta que as intervenções do projecto nestas áreas assumirão grande intensidade, e abrangem áreas extensas. No caso de envolverem sub-parcelas de conservação requerem elevado cuidado e acompanhamento contínuo por parte da equipa técnica. Apenas deverão estar associadas a acções de envolvimento do público e/ou voluntariado quando estejam em causa áreas de ensaio-piloto (p.e. para fins educacionais) e/ou grupos de voluntários de pequena dimensão, sempre com orientação e acompanhamento contínuo de técnicos da equipa de projecto (1 técnico para cada 5 a 10 participantes, máximo de 30 participantes como condições genéricas de acompanhamento e máxima de envolvimento). No caso de envolverem sub-parcelas de valorização, requerem também orientação e acompanhamento contínuo por técnicos, podendo ser afectas a acções de envolvimento público e voluntariado quando estejam em causa acções de controlo físico/mecânico, apoio ao controlo biológico (plantações) e/ou trabalhos de valorização (plantações). Os trabalhos de controlo químico, independentemente de serem executados em ensaios-piloto ou executados em áreas mais alargadas, devem ser apenas executados pela equipa de operários do projecto.
2.2.4. Áreas de Contenção de Invasoras / Beneficiação Incluem-se nestas áreas um conjunto de parcelas que são anexas às descritas na secção anterior e que se pretende assumam de futuro uma função de “zona-tampão” entre as áreas a conservar e valorizar do ponto de vista de habitats e espécies autóctones e as áreas de arboreto. Contrariamente ao previsto para as Áreas de Conservação/Valorização com as quais fazem fronteira, não se pretende nestas parcelas promover, mesmo que numa perspectiva de longo prazo, a expansão de povoamentos com espécies associadas a habitats naturais como os que o projecto pretende conservar. Estas são parcelas que, numa perspectiva de balanço entre os valores naturais e os do arboreto, deverão manter-se associadas a esta última ocupação. Contribuindo para esse contexto, as intervenções nestas parcelas deverão ter por objectivos:
controlo de invasoras (com benefícios directos para a conservação do arboreto e a eliminação de focos de invasão no interior da MNB);
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em associação, e numa perspectiva de conservação da biodiversidade genética da MNB, beneficiação das condições de crescimento de espécies autóctones cuja presença aqui se verifica ao nível de indivíduos isolados ou pequenos núcleos. Em especial destacam-se neste contexto um conjunto significativo de adernos (Phyllirea latifolia) de porte arbustivo e azereiros (Prunus lusitanica) de médio e grande porte, e respectiva regeneração, que deverão ser objecto de atenção especial no sentido de assegurar condições que potenciem o seu pleno crescimento.
No que respeita ao controlo de invasoras, as intervenções devem envolver trabalhos similares aos propostos para as sub-parcelas de valorização das Áreas de Conservação/Valorização. Em concreto, ter-se-á por alvo o controlo de todos os exemplares existentes de Acacia sp., o controlo com redução substancial dos exemplares de Pittosporum sp. Prunus laurocerasus e o controlo das áreas invadidas por Tradescantia fluminensis. Tais trabalhos deverão ser executados numa perspectiva de médio/longo prazo (com objectivos de controlo da totalidade de exemplares de Acacia sp e de 50% dos exemplares e áreas ocupadas pelas restantes espécies), recorrendo prioritariamente a técnicas de controlo físico/mecânico e pontualmente, quando necessário, aplicação de controlo químico (de forma integrada e complementar). No caso concreto de Tradescantia fluminensis deverão ser aqui replicados o(s) métodos que revelarem melhores resultados e/ou menores efeitos negativos nos ensaios piloto, com intervenções prioritárias nas áreas adjacentes a parcelas de Conservação/Valorização e intervenções mais moderadas ou mesmo ausência de intervenção nas áreas mais afastadas daquelas parcelas. Contrariamente ao definido para as Áreas de Controlo de Invasoras / Beneficiação, não se pretende aqui promover aumento de densidade de habitats autóctones para além daquele que é atingido pela sua presença natural. Nesse contexto, muito embora os trabalhos de controlo de exemplares arbóreos devam ser acompanhados de plantações de substituição (mantendo a regra de uma plantação por cada exemplar objecto de controlo), poderá recorrer-se ao uso de espécies exóticas análogas às existentes na envolvente e no arboreto (ou mesmo à diversificação e aumento da sua colecção), e não exclusivamente a espécies autóctones (tendo sempre contudo em atenção os condicionamentos legais e eventuais riscos de invasão das espécies exóticas). Ao nível da beneficiação de condições de desenvolvimento de autóctones, os trabalhos deverão envolver podas de formação nos exemplares de menor dimensão e fomento das condições da envolvente (incluindo eliminação de exemplares de exóticas que com elas estejam a competir), no sentido de, conjuntamente, se fomentar o seu melhor e mais rápido crescimento. 2.2.5. Áreas de Monitorização de Invasoras Incluem-se nestas áreas um conjunto de parcelas que são anexas às descritas na secção anterior e que se pretende sirvam objectivos de uma “zona-tampão” adicional. Trata-se de áreas que se encontram sobretudo associadas ao arboreto, em zonas mais afastadas do adernal e nas quais se registam na actualidade
alguns
focos
de
invasão
com
Acacia
sp.,
bem
como
povoamentos
consolidados/naturalizados de outras invasoras com características mais moderadas, especialmente Pittosporum sp. e Prunus laurocerasus. Muito embora a presença destes povoamentos no interior da Mata constitua obviamente uma preocupação, o facto de o seu comportamento ser menos agressivo que o de Acacia sp., associado ao BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats Programa de Acções de Controlo/Valorização p. 8
valor que os mesmos representam em termos de arboreto, são aspectos determinantes para a opção pela sua manutenção controlada, ao longo do período do projecto. Sem prejuízo de tal facto, desde já se recomenda que o final do projecto contemple, para o período que lhe sucede, uma estratégia actualizada para gestão destas áreas, coerente com objectivos de valorização do arboreto e de conservação do adernal e habitats naturais. A qual poderá, com a devida fundamentação, discussão entre partes envolvidas e consenso alargado, enveredar pela sua reconversão, mesmo que com fins ornamentais, através do fomento de espécies com características invasoras menos agressivas e legalmente permitidas, e/ou numa lógica de renaturalização como a que se promoverá durante o período do projecto nas áreas de Valorização e Reconversão. Para a proposta e adopção de tal solução haverá que dispor contudo dos resultados efectivos de estratégias mais moderadas de reconversão como as desde já preconizadas para as Áreas de Contenção de Invasoras / Beneficiação e para as Áreas de Conservação/Valorização, nas quais se procura atingir esse tipo de objectivo, de forma faseada e beneficiando de intervenções mais alargadas e espaçadas no tempo. As intervenções nestas parcelas deverão assim ter por objectivo exclusivo o controlo/erradicação de núcleos de invasoras legalmente não permitidas, incluindo pelo menos acções de controlo sobre indivíduos isolados e pequenos núcleos existentes de Acacia sp. e Ailanthus althissima. Relativamente aos povoamentos de Pittosporum sp. Prunus laurocerasus, assim como às áreas ocupadas por Tradescantia fluminensis, deverá assegurar-se sobretudo a sua monitorização e controlo de ocupação de novas áreas/parcelas, no sentido de evitar a sua expansão face à actual área de ocupação/distribuição. À semelhança do proposto para as Áreas de Contenção de Invasoras / Beneficiação esses trabalhos deverão se possível ser acompanhados da inventariação e monitorização do desenvolvimento de autóctones (incidindo especialmente sobre Phyllirea latifolia e Prunus lusitanica), bem como da correspondente execução de podas de formação nos exemplares de menor dimensão e fomento das condições da envolvente (incluindo eliminação de exemplares de exóticas que com elas estejam a competir), no sentido de se fomentar o seu melhor e mais rápido crescimento.
2.2.6. Áreas de Reconversão Incluem-se nestas áreas um conjunto de parcelas que se localizam na área do Pinhal do Marquês e sua envolvente. Aqui se identificam os focos de invasão por exóticas invasoras que se afiguram mais problemáticos no interior da MNB, tal como referido na candidatura e nos trabalhos associados à elaboração do POGMNB. Por esse motivo, a eliminação desses focos (sobretudo povoamentos densos de Acacia sp.) e reconversão destas áreas constitui um aspecto nuclear das intervenções do projecto em matéria de valorização de habitats naturais, a par com os trabalhos de conservação dirigidos para as Áreas de Conservação e Áreas de Conservação/Valorização.
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Integram parcelas que, no período que mediou a apresentação e aprovação do projecto, foram alvo de trabalhos de gestão florestal adjudicados a terceiros, no âmbito dos quais se procedeu ao corte de exóticas (especialmente Acacia sp. mas também Pittosporum sp. e Prunus laurocerasus) a par com o corte de pinheiros que se apresentavam em mau estado de conservação. Bem como várias parcelas que mantêm
povoamentos
densos
de
exóticas
invasoras
(especialmente
de
Acacia
sp.),
cujo
controlo/erradicação deverá ser assegurado no período de execução do projecto, a par com a sua reconversão generalizada para um conjunto de habitats naturais a fomentar (através da plantação das respectivas espécies dominantes e características e do fomento da regeneração natural). Neste contexto, os objectivos de intervenção para estas parcelas apresentam algumas semelhanças com os referidos para as sub-parcelas de valorização das Áreas de Conservação/Valorização, com a diferença de que aqui tanto os trabalhos de controlo e erradicação como os de valorização deverão ser executados com esforços significativamente maiores, dada a dimensão das invasões (tanto em área ocupada como em densidade relativa a outras espécies) e a necessidade de desencadear uma estratégia de reconversão de curto/médio prazo (envolvendo maior esforço de plantações). Face ao exposto, as intervenções a executar nestas áreas deverão ser norteadas pelos seguintes objectivos:
controlo/erradicação de povoamentos de espécies exóticas com características invasoras. Em particular, deverá ter-se por alvo o controlo/erradicação de Acacia sp., Pittosporum sp. e Prunus laurocerasus (recorrendo às boas práticas recomendadas para estas espécies, conforme detalhado posteriormente). Numa perspectiva complementar, deverão também ser alvo de idênticos trabalhos as áreas ocupadas por Tradescantia fluminensis, que aqui se apresenta com uma distribuição mais reduzida que noutros locais. Tais trabalhos deverão ser promovidos numa perspectiva de curto/médio prazo (com objectivos de controlo do total de indivíduos e áreas ocupadas dentro do período do projecto), recorrendo prioritariamente a técnicas de controlo físico/mecânico e pontualmente, quando necessário, aplicação de controlo químico (de forma integrada e complementar).
acompanhamento generalizado das acções de controlo por acções de reconversão de povoamentos, com plantação simultânea significativa de arbóreas características do habitat a promover. Os exemplares utilizados para cumprir esse objectivo deverão ter origem preferencial na propagação dos viveiros da FMB, podendo após os primeiros anos de projecto, em casos excepcionais (incluindo p.e. a oferta no âmbito de acções de voluntariado), recorrer-se à utilização de espécimes provenientes de aquisição externa. A regra geral a adoptar envolverá a plantação de espécies características do habitat a fomentar (em especial as arbóreas), em esquemas de plantação adaptados às condições do terrenos mas que promovam uma densidade significativa e com isso a possibilidade de um eficaz ensombramento do solo no sentido de evitar o rebentamento seminal das espécies invasoras presentes.
No que respeita a habitats a fomentar, as propostas de plantação deverão ser adoptadas ao nível de cada parcela considerando as condições de exposição, solo e topografia locais, procurando fomentar os exemplares de espécies autóctones que se verifiquem aí existir (melhor BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats Programa de Acções de Controlo/Valorização p. 10
adaptados e provavelmente os originais), bem como a restante regeneração observada ao longo das intervenções de controlo. Sem prejuízo de uma análise e validação/ponderação cuidada que deverá ser feita à medida que progridem os trabalhos de controlo, salientam-se desde já como principais possibilidades, dadas as existências já confirmadas: o
medronhais, envolvendo plantações de Arbutus unedo;
o
carvalhais, envolvendo os diversos gradientes existentes na mata, envolvendo plantações das diversas espécies que lhes estão associadas (Quercus robur, Quercus pyrenaica e Quercus faginea);
o
sobreirais, envolvendo plantações de Quercus suber;
o
azereirais, envolvendo plantações de Prunus lusitânica;
o
azevinhais, envolvendo plantações/sementeiras de Ilex aquifolium;
o
louriçais, envolvendo plantações de Laurus nobilis.
Para além do fomento das espécies atrás referidas, e especialmente nos casos em que os níveis de ensombramento e coberto sejam menores, as mesmas deverão/poderão ser acompanhadas de exemplares de outras espécies características do habitat, no sentido de assegurar uma maior diversidade às áreas intervencionadas. Como referência, desde já se consideram pelo menos algumas espécies referidas nas fichas do Plano Sectorial da Rede Natura 2000 para cada um dos habitats acima, as quais deverão ser utilizadas tendo em atenção as referidas fichas, as disponibilidades existentes em viveiro e as prioridades/possibilidades de produção anualmente estabelecidos:
Aderno, Phillyrea latifolia;
Amieiro, Alnus glutinosa;
Carrasco, Quercus coccifera;
Folhado, Viburnum tinus;
Abrunheiro, Prunus spinosa;
Aveleira, Corylus avellana;
Hera, Hedera sp.;
Gilbardeira, Ruscus aculeatus;
Vinca Vinca sp.
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3. INTERVENÇÕES E PROGRAMAÇÃO 2.1. Métodos de Controlo Em termos genéricos, os trabalhos de controlo deverão integrar metodologias como as que foram sintetizadas no âmbito do projecto INVADER, com a devida adaptação às condições locais. Deverão usar-se, designadamente, as orientações metodológicas e técnicas das fichas individualizadas disponibilizadas, que se anexam ao presente documento. Tal como preconizado na candidatura, as metodologias de controlo deverão integrar, por esta ordem de prioridades: o
controlo físico/mecânico, aqui se incluindo no caso das espécies arbóreas especialmente o descasque de tronco de exemplares adultos e o arranque com raiz de exemplares de pequena e média dimensão. Ocasionalmente, poderá ensaiar-se o corte, em complementaridade com a aplicação de tratamentos químicos, a título experimental e no sentido de verificar a sua eficácia relativamente a outras metodologias. No caso de Tradescantia fluminensis, deverá praticar-se o arranque manual, com o cuidado de minimizar a quebra de pequenos fragmentos que se possam constituir como novos focos de invasão, com subsequente uso de uma das seguintes soluções de destino final: encaminhamento para compostagem, amontoar em pequenos locais seguido de cobertura com estilha (quando disponível/eficaz), com tela plástica (solarização) ou de aplicação final de controlo químico;
o
controlo químico, recorrendo sempre a todos os cuidados e normas de segurança aplicáveis e preferencialmente adoptado em zonas externas a áreas mais sensíveis. Tomando em consideração as boas práticas existentes para outros locais e situações, preconiza-se que o controlo químico a aplicar – baseado em glifosato - seja localizado e aplicado em períodos adequados do ponto de vista meteorológico (ausência de chuva). No caso de exemplares adultos das espécies arbóreas deverá proceder-se à pincelagem de troncos descascados e/ou à injecção em fissuras e/ou buracos no tronco, a título de ensaio e eventual aplicação generalizada no caso de resultados mais eficazes do que o simples controlo mecânico; no caso de exemplares de pequena/média dimensão, poderá ensaiar-se a aplicação foliar sobre a regeneração de toiças e/ou sobre regeneração seminal, enquanto as plantas se encontram nas primeiras fases de desenvolvimento, sempre tendo em conta todos os requisitos de protecção de quaisquer exemplares de regeneração natural ou plantação existentes no interior das manchas a tratar (p.e. com recurso a sacos de plástico e outras barreiras físicas de curta duração). A aplicação alargada de controlo químico só deverá promover-se em locais onde as elevadas densidades de regeneração assim o exijam, sendo preferencial adoptar normalmente apenas o controlo mecânico, com apoio de voluntários, quando tal seja viável. No caso de Tradescantia fluminensis, o uso de químicos deverá ser ensaiado como alternativa ao arranque, apenas podendo a sua aplicação generalizar-se a parcelas onde o zonamento atrás referido o permita (i.e fora das parcelas de conservação). Noutras áreas (e nunca nas de conservação), o controlo
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químico poderá ser aplicado após o arranque manual, sobre os montes gerados, de forma localizada e com aplicação cuidada e muito controlada. o
controlo biológico, neste caso apenas aplicável às herbáceas (Tradescantia fluminensis) e, tal como preconizado em projecto, não se tratando de um verdadeiro controlo mas antes de um forte auxílio à regeneração e cobertura mais rápida dos estratos intervencionados, através do recurso a Hedera sp., Vinca sp., Ruscus aculeatus e outras herbáceas autóctones que, existindo em viveiro, se adequem às parcelas-alvo (i.e., respeitando uma transição de zonas mais húmidas para zonas mais secas análoga à que se verifica nas áreas não invadidas por Tradescantia). O fomento destas coberturas poderá/deverá também assegurar-se através de sementeiras directas, neste caso recorrendo a mão-de-obra extra de acções de voluntariado. Em qualquer dos casos, este método apenas deverá ser aplicado fora das parcelas de conservação.
2.2. Factores Complementares Nas intervenções a realizar deverá ter-se como objectivo geral não diminuir, em caso algum, o nível de ensombramento do subcoberto. O estrato arbóreo a manter deve permitir ensombramento, mesmo que seja constituído por exóticas invasoras como aquelas que se pretende eliminar; o banco de sementes de espécies como as acácias, ao ser “aquecido” pelo sol é “reactivado” e germina com grande rapidez, originando uma infestação muito superior e muito mais difícil de combater do que as áreas onde a invasão já existe mas se encontra mais ou menos “estável”, em níveis supra-arbustivos e arbóreos. Eliminar em curto espaço de tempo os níveis de ensombramento conduz a níveis de “invasão” muito superiores aos actuais, e portanto a um aumento do problema no médio prazo, conforme atestam muitos dos trabalhos realizados em áreas externas à Mata em que esta preocupação não foi considerada.
2.3. Programação Operacional Nas shapefiles produzidas foram definidos para cada parcela as classes de zonamento e consequentemente estabelecidos os objetivos de intervenção a respeito de controlo/erradicação de invasoras e de valorização de autóctones, em coerência com o atrás referido. A programação concreta das intervenções deverá basear-se nessa informação e ser objecto das reuniões mensais da equipa técnica de projecto e envolver, por parcela, a definição e calendarização dos trabalhos a realizar nos meses seguintes, tendo em conta aquelas orientações mas também, à medida que os trabalhos forem sendo executados, o progresso verificado e resultados obtidos. Para melhor assegurar a programação operacional, deverão ser avaliados, em cada parcela, as principais presenças verificadas (tanto ao nível de invasoras como de autóctones) e, quando aplicável, os habitats a promover e as necessidades mais relevantes em termos de plantações, através de reconhecimento adicional do terreno. Tendo em atenção os níveis de invasão actualmente registados, as equipas de trabalhos esperadas e a dimensão de trabalhos estimada em cada parcela, as acções de controlo deverão iniciar-se nas áreas de reconversão do Pinhal do Marquês (onde existem povoamentos mais densos e maiores necessidades de BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats Programa de Acções de Controlo/Valorização p. 13
plantações), descendo depois ao longo do vale para as Porta do Luso, e daí subindo, entrando na zona de adernal e seguindo depois ao longo desta até à Cruz Alta. Em paralelo, e após instalação dos respectivos ensaios-piloto, deverão também iniciar-se ao longo da Avenida dos Cedros, em direcção às Portas de Coimbra os trabalhos de controlo dirigidos a Tradescantia fluminensis (maioritariamente a realizar por parte da equipa responsável pelo viveiro e sempre que haja disponibilidade desta). Daí, deverão seguir ao longo das parcelas de conservação e conservação/valorização, em frente de trabalho, em direcção às Portas da Cruz Alta, até atingir o limite da Mata e da área de intervenção do BRIGHT. Em qualquer dos casos, os trabalhos deverão progredir em “frente de trabalho”, se possível devidamente delimitada no terreno através de linha de trabalho marcada com fita, envolvendo a passagem de uma parcela para outra que lhe seja adjacente, sempre se trate de acções de controlo inicial. Em função da avaliação regular dos resultados verificados, a frente de trabalho pode vir a não evoluir nalguns momentos, de forma a satisfazer necessidades de controlo de seguimento e/ou de controlo de monitorização em parcelas previamente intervencionadas mas que já requeiram, novamente, esforços de controlo. Nesses casos, e consoante a planificação mensal, as equipas deslocar-se-ão novamente às parcelas que necessitem desses trabalhos, regressando depois, uma vez concluído o controlo de monitorização ou seguimento, ao local onde haviam parado na frente de trabalho.
2.4. Interligação com acções de voluntariado Um dos aspectos-chave do projecto é o envolvimento de “mão-de-obra” externa nas acções de controlo de invasoras, como forma de apoiar necessidades que em muito extravasam aquelas que se poderiam executar apenas com as equipas internas. Sem prejuízo do real valor que estas acções darão aos trabalhos, elas deverão apenas ser promovidas com recurso a meios mecânicos (i.e. o público não especializado nunca deverá envolver-se em controlo químico) podendo consoante os públicos-alvo ser seleccionados trabalhos como o descasque de arbóreas de maior dimensão, o arranque de árvores de pequena dimensão e o arranque de herbáceas. No âmbito do estabelecimento mensal de objectivos, em função das ofertas de voluntariado recebidas e das suas necessidades, deverão definir-se áreas de intervenção específicas para cada pedido, as quais acompanharão, necessariamente, a frente de trabalho e as necessidades de controlo de seguimento/monitorização. Tendo em conta que esta tipologia de trabalhos – controlo de invasoras – é pouco conhecida e desperta por isso menos interesse nos grupos de voluntariado, cada acção de voluntariado deverá ser precedida do devido enquadramento explicativo, no sentido de melhor se perceberem os seus objetivos e resultados em termos de conservação. Poderá também ser necessário, a título simbólico e mesmo que as condições não sejam as mais favoráveis, assegurar a plantação de algun(s) exemplares de espécies arbóreas, arbustivas ou herbáceas, os quais deverão ser contudo coerentes com as restantes intervenções. Esta é uma das formas que a maior parte das equipas de voluntariado gosta de assegurar para “assinalar” a sua presença no local, pelo que, sempre que for solicitada, deverá merecer por isso alguma atenção. BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats Programa de Acções de Controlo/Valorização p. 14
Num campo de maior fidelização, deverá procurar assegurar-se, em interligação com o previsto no programa de envolvimento e voluntariado, a divulgação e possibilidade de apadrinhamento/custódia de parcelas, a qual deverá passar por uma formalização/contratualização específica, a estabelecer entre a FMB e a instituição parceira. Por parte da FMB, poderá prever-se a disponibilização de realização gratuita (financiada pelo projecto) de um conjunto regular de acções de voluntariado, bem como eventualmente outras regalias para os colaboradores da instituição (p.e. um número fixo de entradas na Mata, ou vouchers para outras actividades de animação promovidas pelo projecto). Por parte dos padrinhos, deverá procurar-se assegurar receitas anuais que dêem resposta à continuidade futura dos trabalhos, incluindo por exemplo o ‘apadrinhamento’ de reclusos a integrar como funcionários e o financiamento de despesas associadas à manutenção (pequenas ferramentas, terra, vasos, …).
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4. REGISTOS E MONITORIZAÇÃO 4.1. Registos Os registos das intervenções devem ser realizados ao nível da parcela, em formulário excel como o que se anexa ao presente documento, cuja estrutura poderá vir a ser ampliada à medida do desenvolvimento dos trabalhos e de necessidades adicionais que se verifiquem (designadamente adicionando colunas com informação mais detalhada e pormenorizada sobre cada espécie controlada/plantada). As parcelas a considerar serão as que constam da cartografia anexa, devendo respeitar-se em cada uma as orientações já definidas ao nível dos objectivos de controlo/erradicação (conformidade com o zonamento) e das prioridades de plantação/reconversão, tendo em atenção as respectivas existências. Contudo, uma vez que as parcelas agora definidas resultam ainda nalguns casos em áreas de trabalho de grande dimensão, algumas das quais superiores a 2 ha, poderá considerar-se a sub-divisão operacional em parcelas de menor dimensão, que melhor correspondam à progressão dos trabalhos no terreno e/ou a necessidades de maior detalhe de operação. Nesses casos, a cartografia deverá ser progressivamente actualizada no sentido de que, para cada parcela, seja sempre possível aferir o histórico de intervenções, designadamente ao nível do número de intervenções sucessivas aí realizadas, métodos aplicados e resultados verificados. No que respeita a plantações, e sem prejuízo dos números globais associados a cada parcela, deverá assegurar-se para o caso de exemplares arbóreos a recolha GPS dos locais onde foram efectuadas, com identificação da espécie utilizada, no sentido de assegurar a produção de cartografia detalhada dos locais onde as mesmas decorreram e da sua distribuição efectiva no interior de cada parcela.
4.2. Monitorização Regularmente, deverão ser produzidas estatísticas que permitam assegurar a análise da evolução dos trabalhos de controlo, através do recurso aos seguintes indicadores: o
área abrangida por trabalhos de controlo inicial de invasoras arbóreas (ha);
o
área abrangida por trabalhos de controlos de seguimento de invasoras arbóreas (ha);
o
área abrangida por trabalhos de controlo inicial de invasoras herbáceas (ha);
o
área abrangida por trabalhos de controlos de seguimento de invasoras herbáceas (ha).
Adicionalmente, e no que respeita aos trabalhos complementares de valorização e reconversão de habitats, deverão ser considerados os seguintes indicadores: o
quantidade de plantas produzidas em viveiro (por espécie e técnica propagação, nº);
o
quantidade de plantas instaladas no terreno (por espécie, nº);
o
área de plantações (por espécie, ha);
o
sucesso de plantações (%). BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats Programa de Acções de Controlo/Valorização p. 16
5. ASPECTOS COMPLEMENTARES 5.1. Áreas de adernal fora da cerca conventual No exterior da cerca conventual, em áreas adjacentes à MNB, na encosta sudoeste, a equipa da FMB coordenada pelo Nelson Matos identificou a existência de áreas que apresentam um coberto vegetal com caraterísticas semelhantes ao dos habitats que estão sob proteção, no interior, no âmbito do projeto BRIGHT, os quais não haviam sido identificados nos trabalhos do Plano de Gestão elaborado pela AFN (figura 2).
Figura 2 – Áreas de adernal no exterior da cerca conventual. (a vermelho: área perimetral sob responsabilidade histórica de gestão da Mata Nacional do Buçaco; a verde escuro: em coerência com registos históricos, área de adernal externo à cerca conventual sob possibilidade de gestão por parte da FMB; a verde claro: áreas de adernal e carvalhais galaico-portugueses em terrenos privados).
Estas áreas, com valores de conservação idênticos aos que se encontram dentro da cerca conventual – na prática áreas de conservação, pela tipologia de macro-zonamento adotada neste documento ascendem, de acordo com os levantamentos efetuados atá ao momento, a cerca de 5,5 ha (i.e. quase 1/3 da área de adernal existente no interior da Mata) e, à semelhança do que sucede no interior, também
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se encontram ameaçadas por fatores bióticos (espécies exóticas invasoras), como aquelas sobre as quais o projeto BRIGHT se debruça. Neste contexto, considera-se que num próximo relatório intercalar, e após uma melhor caracterização das referidas áreas (se possível com a colaboração da equipa da UA, mas caso contrário apenas com os recursos internos), se deverá equacionar a possibilidade de, junto da Comissão/Unidade LIFE+, solicitar a possibilidade de alargar os trabalhos do projeto aquelas novas áreas (caso a execução dentro da cerca conventual esteja a decorrer de forma que permita esse alargamento, i.e., mais adiantada do que o previsto). Nesse contexto, e de forma que não prejudique os objetivos estabelecidos nas restantes secções deste documento para as áreas dentro da cerca conventual, considera-se imprescindível assegurar formas de proteção destes valores, o que poderá passar por: a) numa perspetiva de mais curto prazo (enquanto não se atingem os objetivos de conservação dentro de Mata com os meios do Projeto), procurar soluções alternativas de meios, incluindo a negociação do Protocolo de colaboração que a Fundação Mata do Buçaco tem com a QUERCUS desde 23 de Novembro de 2012 que pressupõe, entre outros, a inscrição de áreas de áreas de adernal na rede de micro-reservas daquela ONGA. Neste caso, deveria equacionarse a possibilidade de a parcela de micro-reserva a designar incluir tanto as áreas externas como internas, e a QUERCUS procurar promover a angariação de recursos que permitam assegurar a custódia e gestão das áreas externas (p.e. com compensações aos respetivos proprietários), seja através e uma gestão a promover pela FMB seja pelo menor orientada pelos objetivos e métodos aplicados à área interna à Mata; b) numa perspetiva de médio prazo, propor à Comissão a mobilização dos mecanismos e meios do Projeto BRIGHT para esse fim, alargando na prática os seus resultados quantitativos (em termos de áreas de intervenção e objetivos práticos de conservação), e apenas quando já estejam assegurados os objetivos iniciais, i.e. os definidos nas secções anteriores, para o interior da Mata. Para atingir aqueles objetivos será necessário recolher e sobrepor informação sobre os proprietários de terrenos florestais confinantes e simultaneamente aferir a possibilidade/disponibilidade de os mesmos estabelecerem parcerias que permitam operacionalizar o objetivo máximo de proteção do adernal (no interior e exterior da cerca conventual). O protocolo de colaboração em acerto com o Grupo Portucel Soporcel poderá/deverá contribuir, simultaneamente, para alavancar os meios técnicos e humanos necessários a este desígnio, nomeadamente ao nível da sensibilização, informação e intermediação entre instituições e proprietários. Caberá portanto à equipa da FMB, neste contexto, uma papel determinante de agente aglutinador e mediador, interligando uma ONGA de âmbito nacional – a QUERCUS -, uma empresa com elevada capacitação técnica e presença na envolvente da Mata) seja por via da gestão direta seja pela aquisição de produções) – o Grupo Soporcel-Portucel -, os proprietários cujas propriedades abrangem a área de adernal externa à Mata, e eventualmente terceiros, sob um objetivo comum de assegurar contratos de custódia e gestão que permitam assegurar os objetivos de conservação. A qual, na ótica dos signatários, BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats Programa de Acções de Controlo/Valorização p. 18
deverá ficar sob alçada da FMB, contribuindo assim para alavancar e eventualmente alargar o seu papel de entidade gestora, já numa perspetiva mais vasta e associada à produção florestal e ao Perímetro Florestal (que poderá ser objeto, p.e., de uma futura candidatura LIFE+ em que se procure compatibilizar esses objetivos de produção, com o necessário controlo de invasoras e com os objetivos de conservação da Mata propriamente dita).
5.2. Perímetro Florestal Nas áreas exteriores à cerca conventual, e no sentido de assegurar uma maior sustentabilidade dos trabalhos promovidos pelo BRIGHT, verifica-se ser desejável a criação de uma faixa de salvaguarda mais ampla, que permita assegurar a conservação do conjunto de valores e biodiversidade da Mata Nacional do Buçaco (que incluem são só o adernal como outros habitats e diversas espécies de flora e fauna protegidos ao abrigo das Diretiva Habitats e Aves). Essa área-tampão, pode/deve constituir-se simultaneamente com uma perspetiva de controlo de espécies exóticas invasoras e de gestão de combustível, no sentido da minimização de risco de incêndio. Para o efeito, sem comprometer os objetivos diretos do projeto, poderá/deverá equacionar-se, ao longo da sua execução e no sentido de assegurar pelo menos a sua inclusão no Plano de Conservação PósLIFE, a criação de um perímetro de segurança de prevenção/contenção de invasões biológicas e contra incêndios, ao longo de cerca de 3 km de muro e com uma largura variável, consoante as áreas afetas à Mata Nacional do Buçaco e a existência nas áreas adjacentes a estas de outros habitats protegidos (p.e. adernais e carvalhais galaico-portugueses). O estado de degradação ecossistémica, devido a todas as contrariedades a que o perímetro florestal exterior ao muro tem estado sujeito, observável pela proliferação de espécies exóticas invasoras constantes do DL 565/99, constituindo uma acumulação de material vegetal potencialmente combustível, coloca a mata e, mais especificamente, o adernal objeto de conservação do BRIGHT, em elevado risco de incêndio. Neste âmbito encontra-se eficaz o Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios, que carece de efetiva implementação, através da constituição de uma faixa de redução de combustível integrada em sistema municipal de redes, em conformidade com a legislação relativa à defesa da floresta contra incêndios, nomeadamente o DL 124/2006, alterado pelo DL 17/2009. A FMB deverá contribuir ativamente para operacionalizar estes instrumentos, em articulação com as restantes entidades, procurando com o know adquirido no projeto auxiliar à solução de dois dos problemas mais prementes: a eliminação das exóticas invasoras, e, por esta via, a diminuição da carga de combustível presente nas imediações da Mata. Na prossecução destes objetivos será de fulcral importância o envolvimento do Município da Mealhada, assim como do ICNF.
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5.3. Apoio Técnico a Proprietários Marginais Ciente de que o cumprimento eficaz os objetivos acima explicitados não pode limitar-se geograficamente com o muro que cerca a Mata, a equipa técnica do BRIGHT deverá disponibilizar, no contexto das funções de disseminação e apoio à replicação dos resultados a que se encontra obrigado qualquer beneficiário de um projeto LIFE+/Biodiversidade, um serviço que permita a aplicação de idênticas técnicas e métodos por parte de outros parceiros. Esse objetivo pode/deve ser atingido através da criação/operação de um serviço público gratuito (financiado no período do projeto ao abrigo das necessidades de divulgação/disseminação, com afetação do pessoal técnico envolvido), designado de ‘Apoio Técnico a Proprietários Marginais’, já apresentado publicamente na edição de 2012 do Sement Event. Com esse mecanismo, que deverá manter-se operacional pelo menos até ao final do projeto – e se possível incluído no Plano de Conservação Pós-LIFE - deverá dar-se apoio técnico aos proprietários de terrenos limítrofes à Mata, designadamente ao nível do aconselhamento sobre os procedimentos a adotar e acompanhamento no terreno, de modo a gerir corretamente as invasões biológicas (com métodos análogos aos praticados pela equipa de projeto) e simultaneamente preservar os valores naturais locais.
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ANEXOS Fichas Orientadoras das Técnicas de Controlo/Erradicação a Aplicar
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Ficha de Registo de Actividades (folha excel)
Campos básicos do registo de actividades
Técnico FMB Acção do Projecto técnico da fmb responsável código BRIGHT
Designação/Descrição de Actividade/Tarefa descrever/designar (curto)
Tipo de Actividade conforme BRIGHT
Data DD-MM-AAAA
Combate Invasoras (quantidades) Combate Acacia (area)
Descasque Acacia (nº)
Combate Pitosp. (area)
hectares
nº
hectares
Descasque Pitosp Arranque Tradesc. (nº) (area)
nº
hectares
Plantações (quantidades) Vinca
Azereiro
Azevinho
Carvalho-alvarinho
Castanheiro
Folhados
Loureiro
Medronheiro
Sobreiro
nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
Campos Adicionais (envolvendo voluntariado) Entidade Externa Envolvida na Actividade Entidade
Origem
Nome do Responsável
Telefone/Móvel
nome da entidadeconcelho sede da entidade pessoa de contacto xxx xxx xxx
email da pessoa de contacto
Nº Participantes Actividade adultos
jovens
crianças
nº
nº
nº
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