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EDIÇÃO N° 2 2019
FUNDO BARNABAS - AGÊNCIA DE AJUDA PARA A IGREJA PERSEGUIDA - TRAZENDO ESPERANÇA PARA OS CRISTÃOS QUE SOFREM
QUERALA E CELEBES
Esperança e restauração depois do desastre duplo
ZANZIBAR
A vida para Cristãos perseguidos na ilha que é um resort natural
ÍNDIA
Cristãos corajosos enfrentando aumento da opressão e sofrimento
Esperança no centro do desastre
A Diferença do Fundo Barnabas Nós trabalhamos: ●● Direcionando nossa ajuda prioritariamente para Cristãos, embora possa beneficiar outros (“Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé. ” Gálatas 6:10, ênfase adicionada) ●● Direcionando recursos de Cristãos para Cristãos (nós não enviamos pessoas, só enviamos dinheiro) ●● Direcionando o dinheiro através de estruturas existentes nos países para qual o dinheiro é enviado (ex. Igrejas locais ou organizações Cristãs) ●● Utilizando o dinheiro para financiar projetos desenvolvidos por Cristãos locais em suas comunidades, países ou regiões ●● Considerando qualquer pedido, independentemente do tamanho ●● Agindo como parceiros iguais com a Igreja perseguida, nos quais os lideres ajudam no direcionamento geral ●● Agindo em nome da Igreja perseguida, sendo a sua voz – tornando suas
Como nos encontrar Brasil Londrina - PR Telefone: +55 43 3029-8705 Email: informacoes@barnabasfund.org EUA 6731 Curran St, McLean, VA 22101 Telefone (703) 288-1681 ou ligue grátis 1-866-936-2525 Fax (703) 288-1682 Email usa@barnabasaid.org Austrália PO BOX 3527, LOGANHOLME, QLD 4129 Telefone (07) 3806 1076 ou 1300 365 799 Fax (07) 3806 4076 Email bfaustralia@barnabasfund.org
O que faz com que o Fundo Barnabas seja diferente de outras organizações Cristãs que lidam com perseguição?
necessidades conhecidas pelos Cristãos ao redor do mundo e a injustiça de sua perseguição conhecida a governantes e as organizações internacionais
Nós buscamos: ●● suprir tanto necessidades práticas como espirituais ●● encorajar, fortalecer e capacitar a Igreja local e comunidades Cristãs existentes – para que eles possam manter sua presença e testemunho ao invés de montar nossa própria estrutura e enviar missionários ●● enfrentar a perseguição em sua raiz tornando conhecido os aspectos da fé Islâmica e outras ideologias que podem resultar em injustiça e opressão aos Cristãos e a outros ●● informar e habilitar Cristãos no Ocidente para responder ao Islamismo, que tem sido um desafio crescente para a Igreja, para a sociedade e para as missões em seus próprios países ●● facilitar a interseção global pela Igreja
perseguida provendo material de oração compreensível ●● defender e proteger nossos voluntários, equipes, parceiros e beneficiados ●● manter nossos custos baixos
Nós acreditamos: ●● nós somos chamados a endereçar ideologias tanto religiosas quanto seculares que negam à completa Liberdade das minorias Cristãs – enquanto continuamos a mostrar o amor de Deus para todas as pessoas ●● no ensino Bíblico claro de que Cristãos devem tratar todas as pessoas, de todas as religiões e credos com compaixão, mesmo aqueles que buscam persegui-los ●● no poder que a oração tem de mudar a vida e situação das pessoas, seja pela graça para enfrentar o sofrimento ou pelo livramento “O que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram. ”
Você pode entrar em contato o Fundo Barnabas nos seguintes endereços Fax 024 7683 4718 De fora do Reino Unido Telefone +44 24 7623 1923 Fax +44 24 7683 4718 Email info@barnabasfund.org Número de registro de caridade 1092935 Empresa registrada na Inglaterra com o número 4029536 Para uma lista com todas instruções, favor entrar em contato Barnabas Fund UK em Coventry endereço acima. Nova Zelândia PO Box 276018, Manukau City, Auckland, 2241 Telefone (09) 280 4385 ou 0800 008 805 Email office@barnabasfund.org.nz
Brüder que irá prover um recibo para deduzir imposto. Favor mencionar que a doação e para “SPC 20 Barnabas Fund”. Se quiser que sua doação vá para um projeto especifico, do Fundo Barnabas, favor informar o escritório do Fundo Barnabas em Pewsey, UK. Titular da conta: Hilfe für Brüder International e.V. Número da conta: 415 600 Banco: Evang Kreditgenossenschaft Stuttgart IBAN: DE89520604100000415600 BIC: GENODEF1EK1 Irlanda do Norte e República da Irlanda PO Box 354, Bangor, BT20 9EQ Telefone 028 91 455 246 ou 07875 539003 Email ireland@barnabasfund.org
Reino Unido 9 Priory Row, Coventry CV1 5EX Telefone 024 7623 1923
Alemanha Doadores da Alemanha podem enviar doações para o Fundo Barnabas via Hilfe für
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Publicado por Barnabas Aid Inc.
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MARÇO/ABRIL 2019
Todo esforço foi feito para encontrar os autores e obter permissão para as histórias e imagens utilizadas nesta publicação. O Fundo Barnabas pede
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(Mateus 25:40)
A menos que mencionado, as referências da Bíblia são retiradas da Nova Versão Internacional. Capa: Jovem Cristã sobrevivente do terremoto e tsunami em Celebes
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Editorial
Conteúdo
Uma Meditação de Páscoa
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Compaixão em ação Ajuda médica e treinamento agrícola para Cristãos pobres no Zimbábue
S
E quando o cálice que você dá está quase transbordando Com sofrimento amargo, difícil de entender, Nós recebemos isto alegremente, confiando, embora com tremor, De uma mão tão boa e tão amada.1 Este cálice de sofrimento nada mais é do que o cálice que nosso Senhor Jesus Cristo tomou (Lucas 22:42). A agonia do Getsêmani, a traição, a captura indevida, o falso aprisionamento, espancamento e tortura, o julgamento injusto, a sentença de morte indevida, a rejeição das multidões, o abandono pelos Seus discípulos, e acima de tudo, o terrível momento na cruz onde foi como se o Pai tivesse virado Seu rosto, fazendo com que Jesus gritasse em agonia, “Meu Deus, meu Deus, Por que me abandonaste?” (Mateus 27:46). A realidade da experiência Cristã nasceu da dor e do sofrimento. Isto é quando tudo deu errado e ainda assim nós temos esperança e continuamos. Esta é a experiência que testa a natureza de como somos e a qualidade da fé que temos. Mas o sofrimento nesta vida não é o fim. Existe esperança - a esperança da ressureição é uma realidade. Jesus morreu e ressuscitou novamente gloriosamente. Para Sohail e Aasia Bibi houve uma “ressurreição” ao serem soltos da prisão. Mas para outros incontáveis que vivem com falsas acusações, a ignomínia e vergonha e morrem sem serem absolvidos ou libertos, existe uma esperança de vida eterna com Jesus, onde “tudo vai ficar bem, e tudo vai ficar bem, e todas as coisas vão ficar bem”. 1 Tradução para o Inglês por Fred Pratt Green e Keith Clements
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Fé corajosa Cristãos na Índia enfrentam aumento da perseguição e marginalização
Impulsionando
ohail, um jovem Cristão Paquistanês de uma família pobre, foi preso e acusado de assassinato, baseado no fato de que ele é alto, como um dos quatro suspeitos. Ele estava no trabalho quando o assassinato aconteceu, mas sem dinheiro ou influência, ele não podia contratar um bom advogado. Em seu julgamento não foi chamada nenhuma testemunha do seu local de trabalho para refutar a acusação falsa, e ele foi considerado culpado. No Paquistão, a pena normal para assassinato é enforcamento. Mas pelo fato de que ninguém conseguia identificar positivamente Sohail, o juiz deu a ele prisão perpétua. Ao invés de cair no desespero e raiva pelo tratamento injusto, Sohail achou que sua fé em Cristo lhe deu suporte tanto no período antes do seu julgamento, quando temia receber a pena de morte, quanto depois do julgamento quando recebeu o veredito que ficaria décadas na cadeia. Sohail viu a enorme necessidade ao seu redor e decidiu que queria ajudar aqueles, que como ele, foram colocados em situações desesperadoras. Para os que estavam no corredor da morte, ele iria falar de uma esperança e perdão em Cristo, ele iria andar com eles para a forca, ou até mesmo carregar aqueles que tivessem em colapso exaustos . A fé de Sohail era tão grande que ele requereu, junto às autoridades, autorização para realizar uma reunião de Natal para os prisioneiros Cristãos, onde os Muçulmanos também compareceram. Então ele conseguiu permissão para construir uma igreja, a qual ele e outros detentos Cristãos construíram com suas próprias mãos. Ele sempre passava tempo lendo na biblioteca da prisão, onde foi que descobriu que poderia entrar com um recurso. Aos poucos ele juntou seu caso, e depois de dez anos atrás das grades ele foi solto sob fiança. Demorou mais cinco anos para que ele finalmente limpasse seu nome. Ao ser solto, Sohail casou-se com sua noiva, que o esperou por uma década. Depois de dois anos de alegrias juntos, ela morreu no parto. Mas Sohail deixou de lado sua dor e continuou servindo os prisioneiros, especialmente aqueles no corredor da morte, viajando por todo o Paquistão para ajudá-los e encorajá-los. A experiência de Sohail da falsa acusação e esperar por uma sentença de morte não é diferente de outros Cristãos Paquistaneses, Aasia Bibi, que conheceu bem o que é sofrer como seu Senhor sofreu - ser acusada falsamente, ser espancada, cuspiram nela, a prenderem, julgaram, declararam culpada e a sentenciaram com pena de morte. Apesar de tudo isso, ela permaneceu fiel ao seu Senhor e confiando de que Ele iria libertá-la. Santos anteriores enfrentaram o mesmo sofrimento terrível como os fiéis dos dias modernos. Um deles foi Dietrich Bonhoeffer (1906-1945), Um pastor e teólogo alemão que se opôs fortemente contra o regime Nazista. Da prisão, Bonhoeffer escreveu um hino que inclui este verso:
Uma História da Perseguição Cristã
Parte 10: Perseguição no Extremo Oriente – parte 2
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Sujeitos à perseguição Ataques, incêndios e assassinatos na tropical Zanzibar
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Em Resumo Repressão do governo Chinês: 130 presos na Igreja Early Rain e a censura do Primeiro Mandamento
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Esperança e confiança na ajuda de Deus Recuperação do desastre duplo em Querala e Celebes
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Em contato Doce sucesso do evento de apicultura em Redruth, Reino Unido transforma vidas no Paquistão
como barnabas está ajudando Poder de Deus em ação através de missionários Quenianos Em regiões remotas e perigosas do Quênia, o Fundo Barnabas está ajudando missionários Quenianos a compartilhar as Boas Novas de Cristo para povos Muçulmanos ainda não alcançados. Primeiro, os dedicados missionários vivem nas comunidades por dois anos, aprendendo a língua e a cultura para que possam testemunhar e discipular novos convertidos de maneira sensível e relevante. Os 30 missionários, que receberam treinamento e uma ajuda para as necessidades básicas, estão vendo respostas poderosas para suas orações. Uma família Muçulmana pediu para um dos missionários ajudar a carregar uma mulher, supostamente morta, para o local do enterro. No caminho, o missionário sentiu que Deus estava falando que a mulher não estava realmente morta. Ele segurou a mão da mulher e orou, “Pai, que Sua glória e poder sejam mostrados para essas pessoas através desta ação. Viva!” Neste momento, a mulher tossiu. Ele disse ao Barnabas, “Este incidente fez com que todos que estavam naquele cortejo começassem a perguntar mais sobre Jesus Cristo, em cujo o Nome a mulher foi ‘trazida de volta à vida’ diante de seus olhos.”
O Fundo Barnabas está ajudando missionários Quenianos locais a plantarem igrejas e estabelecer comunidades de fiéis em locais que estão sob ameaça terrorista R$ 143.700,00 para sustentar 30 missionários no Quênia. Aproximadamente R$ 384,00 por mês para sustentar um missionário Queniano Referência do Projeto: 25-017
Dois projetos ajudando Cristãos no Zimbábue 2018 foi o pior ano de declínio da economia do Zimbábue desde 2008, quando pela primeira vez, o Fundo Barnabas proveu alimentos e outros tipos de ajuda para os Cristãos mais necessitados. O Fundo Barnabas está ajudando Cristãos idosos necessitados a ter acesso a tratamentos médicos vitais. Martin perdeu tudo no colapso de 2008 e dorme no sofá de um amigo em um asilo. Martin recebeu tratamento para várias infecções dentárias e próteses para substituir os dentes que perdeu. Ele nos disse, “A dor era insuportável, mas eu não tinha como procurar tratamento, então sofri em silêncio. Não tenho palavras para agradecer por tirar minha dor.” Com comida tão escassa, muitos estão famintos no Zimbábue. O Fundo Barnabas está sustentando um programa Cristão de treinamento agrícola, sustentando 13 instrutores do Zimbábue para aumentar a produção de alimento. Em 2018, 264 fazendeiros frequentaram dez sessões de treinamento de novos métodos de cultivo que aumenta significantemente o rendimento das colheitas.
Indústria de alimentos provê emprego e refeições nutritivas para Cristãos desabrigados no Iraque Cristãos Iraquianos desabrigados em Erbil, no Curdistão Iraquiano, estão a salvos e seguros, depois de terem fugido de Mossul e das Planícies de Nínive quando o Estado Islâmico tomou a região em 2014. Mas como recém-chegados, é muito difícil para encontrar emprego para se sustentar. O Barnabas ajudou apoiando uma igreja a estabelecer uma indústria de processamento de alimentos. A fábrica vai processar frango, peixe, batata e massa em vários tipos de alimentos. Vai prover empregos para 65 Cristãos locais desabrigados e necessitados, além de gerar renda para o ministério da igreja.
“Nós somos tão gratos pelo apoio. Saber que pessoas se importam e querem ajudar é confortante ... sabendo que existem pessoas dispostas a nos ajudar em nossa velhice torna tudo menos assustador.” R$ 52.101,00 em ajuda médica para 104 idosos Cristãos carentes. R$ 95.800,00 em treinamento de agricultores para melhorar o rendimento da colheita Referência do Projeto: 91-762 Referência do Projeto: 91-751
Cristãos Iraquianos desabrigados no Curdistão Iraquiano R$ 427.072,00 para montar e equipar a fábrica de processamento de alimentos Referência Projectdo reference: Projeto: 17-1396 20-1376
Fortalecido e encorajado. Isto é o que ouvimos frequentemente dos Cristãos que receberam ajuda do Fundo Barnabas. Obrigado por tornar isso possível. Aqui estão somente alguns exemplos das diversas maneiras pelas quais temos ajudado os Cristãos perseguidos e que vivem sobre opressão.
Garotas órfãs no Paquistão crescem em lar carinhoso Jovens meninas Cristãs das províncias de Punjab e Sindh no Paquistão, como órfãs, sofrem de grande carência, seja por seus pais estarem muito doentes ou por estarem incapacitados para cuidar delas. O Lar Abba, em Lahore, a qual o Fundo Barnabas ajudou a construir, proporciona um lar carinhoso, além de alimentá-las e dar uma educação Cristã. As meninas se desenvolvem com o cuidado carinhoso e dedicado, se tornando mais saudáveis e psicologicamente mais felizes. Acamado com doença renal, o pai da Jennifer não podia trabalhar. Sua família estava passando por extrema dificuldade. Sua mãe estava tendo que escolher entre alimentar seus filhos ou pagar pelo tratamento médico de seu marido. Jennifer chegou ao Lar com sete anos tão fraca por falta de comida que seu desenvolvimento físico e psicológico estava abaixo da média para uma criança de sua idade. Mas com o cuidado da equipe – assim como roupas e cama apropriadas, três refeições nutritivas ao dia, roupas e estudo – ela está crescendo bem e melhorando em todos os aspectos. Agora Jennifer gosta de praticar esportes e a equipe do Lar notou que ela realiza as tarefas diárias “alegremente”.
Jennifer está com aparência saudável e sorri alegremente – com melhoras físicas e psicológicas substanciais em relação à terrível condição na qual chegou ao Lar Abba R$ 12.574 para ajudar por seis meses no sustendo do Lar Abba para meninas Referência do Projeto: 41-1095
Piso aquecido possibilita que fiéis da Ásia Central continuem se reunindo durante os meses frios Os invernos na Ásia Central são muito frios, e frequentemente, os prédios das igrejas são muito simples com instalações básicas e aquecimento insuficiente. Isso significa que se reunir para adorar com o clima congelante pode ser um teste de resistência, com o qual os idosos não podem lidar. A quantidade de participantes reduz durante os meses frios. O Fundo Barnabas ajudou na aquisição de um novo sistema de aquecimento do piso para uma igreja de um país da Ásia Central. Nossa ajuda também possibilitou aprimorar a cozinha, reconstruir os banheiros e o piso do pátio foi trocado. Agora, o prédio da igreja está adequado para diversos propósitos e pode ser usado confortavelmente para adoração, apoio e outros ministérios durante todo o ano.
Ajuda Barnabas Março/Abril 2019 5
Fortalecendo convertidos Casaqueses isolados nas montanhas da Mongólia Convertidos Casaqueses de igrejas pequenas e isoladas na Mongólia têm poucas oportunidades de receber encorajamento pastoral ou instruções na Palavra de Deus. Os novos convertidos, de origem Muçulmana, também estão enfrentando perseguição contínua das autoridades locais e de seus vizinhos Muçulmanos. Em um seminário de três dias financiado pelo Fundo Barnabas, 54 convertidos receberam orientação espiritual de um time de líderes de igreja, adoraram juntos e passaram tempo lendo e estudando a Bíblia. Um convertido não estava indo à igreja havia um bom tempo, mas depois do seminário ele “tomou coragem” com a pregação e decidiu se tornar um pastor. Desde então ele tem pregado o Evangelho para uma comunidade cujas casas foram destruídas por um deslizamento de terra. Outro convertido entusiasmado disse que agora ele quer “ler a Bíblia todos os dias”. O seminário, que custou somente R$ 288,00 por pessoa, estabeleceu conexões entre grupos de convertidos espalhados assim como fortaleceu a fé de cada um.
Agora, com o novo sistema de aquecimento do piso instalado, a igreja (foto) está cheia novamente e até mesmo com os membros mais idosos da congregação, que podem adorar confortavelmente R$ 16.286,00 para aprimoramentos no prédio da igreja e sistema de aquecimento Instalação do aquecimento debaixo do piso custou R$ 14.524,00, para trocar o piso do pátio R$ 3.861,00 e melhorias na cozinha R$ 3.861,00 Referência do Projeto: 00-637 (Fundo para Prédios de Igrejas)
Convertidos Casaqueses, muitos deles jovens e isolados, estudam a Bíblia cuidadosamente juntos no seminário financiado pelo Barnabas na Mongólia R$ 15.731,00 Referência do Projeto: 111-1353
Índia
6 Março/Abril 2019 Ajuda Barnabas
Fé Corajosa
Cristãos oprimidos na Índia
U
m dos países mais densamente povoado do mundo, a nação secular da Índia é o lar de aproximadamente 64 milhões de Cristãos. Embora numerosos, correspondem a uma pequena minoria de aproximadamente 2% em um país onde 80% da população de 1.3 bilhões de habitantes é Hindu. O Hinduísmo é fortemente ligado à identidades Indiana, e portanto, alguns Hindus desconfiam de seguidores de qualquer outra religião e frequentemente não os consideram patriotas.
A perseguição de Cristãos assim como de outras minorias tem aumentado na Índia desde que Narendra Modi se tornou o Primeiro Ministro em 2014. Houve um aumento acentuado de incidentes de perseguição contra Cristãos em 2017, quando 736 foram relatados pela União Evangélica da Índia (dos quais 351 foram violentos). Isto se compara com os 348 incidentes de perseguição relatados em 2016. No entanto, é provável que muitos incidentes não se tornem conhecidos, então o número real pode ser muito maior.
Especialmente as comunidades Cristãs estão sendo alvos de extremistas religiosos e grupos militantes. A intensificação da violência também está sendo vista em vários dos estados mais estáveis onde, no passado, a perseguição era muito menos frequente.
Leis anti conversão torna os Cristãos vulneráveis a perseguição
Leis anti conversão de “Liberdade Religiosa” têm sido introduzidas pelo governo nacionalista do Partido Bharatiya Janata (PBJ) em
Índia vários estados. Isto bane o uso de força, falsificação ou atração para conversão, mas torna os Cristãos, que são ativos em compartilhar sua fé vulneráveis a acusações falsas. Em Jharkhand, uma lei recente de “Liberdade Religiosa” que foi aprovada em Setembro de 2017 exige que qualquer um que quiser mudar de religião tem que obter uma permissão de um magistrado. Nesta lei, acusações de conversão sob “coerção” são punidas com uma sentença de três anos de prisão. Frequentemente, as acusações de que Cristãos estão quebrando a lei anti conversão levam à violência ou prisões e têm sido usadas como uma desculpa para atacar Cristãos e interromper cultos em igrejas. O Partido Bharativa Janata é a favor de que as leis sejam aplicadas em nível nacional.
Ajuda Barnabas Março/Abril 2019 7
conhecidas como “Ghar Wapsi” (regresso) encorajando esta prática. Em Janeiro de 2017, Bartu Urawn, um Cristão de 50 anos convertido de uma área tribal no leste da Índia, foi amarrado, juntamente com sua esposa, e mergulhado em um lago gelado por 17 horas por moradores locais que exigiam que renunciasse sua fé. Bartu se recusou, dizendo repetidamente, “Eu não vou negar a Cristo … Eu vou continuar acreditando até meu último suspiro.” Ele morreu logo em seguida – uma investigação policial subsequente concluiu que sua morte foi decorrente de “causas naturais”. Frequentemente as comunidades Cristãs rurais na Índia são muito isoladas e particularmente expostas à assaltos e ataques de quadrilhas, especialmente à prédios
“Eu não vou negar a Cristo… Eu vou continuar acreditando até meu último suspiro.” A próxima eleição geral, que deve ocorrer entre Abril e Maio de 2019, representa uma ameaça específica para a minoria Cristã na Índia. Em períodos eleitorais as políticas e ideologias nacionalistas são promovidas e a tensão aumenta, frequentemente aumentando a perseguição. O partido opositor também oscilou para a direita, o que pode levar a ainda mais intolerância em relação as minorias religiosas.
Cristãos enfrentam exclusão social, sabotagem e opressão
Ataques contra Cristãos incluem agressões violentas, exclusão social e a sabotagem dos prédios das igrejas e casas o que pode forçar os Cristãos a fugirem das vilas, prejudicando as comunidades. Cristãos também enfrentam pressão para renunciar sua fé sob ameaças de violência e boicote, com campanhas populares
de igrejas quando Cristãos estão reunidos para orar e adorar. A resposta da ação policial é muito fraca. Com muita frequência, as vítimas Cristãs são presas pela polícia, enquanto os autores da violência permanecem livres.
Cristãos Dalits em desvantagem dobrada Muitos Cristãos também são Dalits – no nível mais baixo do sistema de casta Hindu – e embora existam cotas para garantir que os Dalits tenham acesso à educação e trabalho, isto não se aplica àqueles que são Muçulmanos ou Cristãos. Dalits Cristãos desprovidos destes benefícios estão em desvantagem dobrada. Eles estão entre os mais pobres da sociedade e extremamente vulneráveis a ataques. A perseguição contra eles inclui sabotagem das casas, igrejas e suprimento de água o que por sua vez os leva a ficarem desabrigados e à miséria profunda.
Primeira origem do Cristianismo na Índia De acordo com a tradição Cristã do Sul da Índia, o Evangelho foi levado ao subcontinente Indiano pelo apóstolo Tomé, que chegou em 50 ou 52 DC. Os Cristãos Mar Thoma do estado de Kerala acreditam que ele fundou igrejas em sete cidades no sudoeste da Índia, instalando uma cruz em cada uma e ganhou milhares de convertidos de diversas castas por causa de seus milagres e do exemplo de sua vida santificada. A tradição também diz que ele sofreu muitas acusações falsas entre outros tipos de oposições. Por fim, acerca do ano 72, ele foi martirizado em Chennai onde foi esfaqueado até a morte por se recusar a adorar Kali, a deusa Hindu. Em 883, um peregrino notável que visitou seu túmulo nas proximidades de Mylapore foi Sighelm, um embaixador do reino Inglês de Wessex, cuja visita foi uma forma de agradecimento do Rei Alfredo, o Grande. Escritores Cristãos antigos relatam que o apóstolo Nathanael (Bartolomeu) também visitou a Índia no primeiro século para pregar, levando com ele uma cópia do evangelho de Mateus em Hebraico. Evidências documentais sugerem que o Cristianismo alcançou partes do subcontinente Indiano no começo do terceiro século. Em 225 DC havia um bispo de Baith Lapat (depois Gundeshapur e agora Shahabad, no norte da Índia) cuidando dos Cristãos Indianos que tinham se convertido através de missionários da Pérsia e Mesopotâmia. Parece que uma Igreja Indiana foi estabelecida no começo do quarto século quando John, o Persa, assinou o Credo Niceno no ano 325, “em nome das igrejas de toda a Pérsia, e da grande Índia”.
Índia
8 Março/Abril 2019 Ajuda Barnabas
Produção de açúcar de palma dá uma nova esperança para comunidades Cristãs remotas O Fundo Barnabas está provendo meios de subsistência para pessoas Kandhmal Kui que vivem em vilas rurais remotas no estado de Odisha (antigamente chamado Orissa) no nordeste da Índia. Em Agosto de 2008, pelo menos 50 Cristãos foram assassinados na região. Alguns foram queimados vivos e outros foram cortados em pedaços em um tumulto de violência anti Cristã. Três vilas foram limpas de Cristãos, com casas, igrejas, campos de refugiados e até mesmo orfanatos destruídos completamente por extremistas. Nestas comunidades pobres e espezinhadas a produção de açúcar de palma
está levando nova esperança, saúde e uma renda estável. Com baixo custo e algum treinamento simples, as famílias podem colher a seiva da palmeira para produzir o açúcar que pode ser vendido localmente, proporcionando uma renda segura e estável. O açúcar de palma, é um adoçante natural, rico em minerais e conhecido por trazer benefícios ao sistema digestivo e saúde respiratória como também no aumento da imunidade. Líderes da comunidade local apreciaram o sucesso do programa empreendedor de baixo custo como uma maneira sustentável e “digna” das famílias gerarem renda.
Crianças Cristãs felizes e saudáveis na frente de um anúncio dos produtos naturais com açúcar de palma feitos em seu vilarejo
Índia ...
Barnabas está ajudando crianças Cristãs a terem um futuro promissor em Bangalore Agora, o ministério infantil Divya Shanthi em Bangalore, no sul da Índia, tem um maravilhoso prédio novo para a escola. Financiado principalmente por doadores do Barnabas, o prédio foi finalizado em 2018. O ministério cuida de 63 crianças que vivem no pequeno complexo, além de outras 500 que frequentam diariamente a escola entre outras atividades.
Este prédio melhora drasticamente as instalações educacionais que a escola pode oferecer a seus alunos, provendo salas extras, um laboratório, uma sala de computação e uma biblioteca. Os professores e as crianças estão igualmente entusiasmados com o ambiente espaçoso, iluminado e alegre que agora eles têm para trabalhar e estudar. Outras melhorias permitem que cada uma das meninas que moram no lar tenha seu armário para as roupas e objetos pessoais, o que elas amaram. Especialmente as crianças gostaram dos novos banheiros com chuveiros e vasos modernos. Antes elas tomavam banho com um balde e uma caneca e os vasos eram muito simples. Cerca de 522 alunos frequentam a escola, desde a pré-escola até o sexto período, incluindo alunos com necessidades especiais. O Fundo Barnabas ajuda subsidiando mensalidades escolares as quais a escola oferece para alunos pobres e desfavorecidos. Isto possibilita que escapem do ciclo de pobreza ao obter boa educação escolar e qualificações que melhoram suas perspectivas de futuro e desenvolve suas comunidades. Muitos conseguirão empregos bem remunerados, dos quais seus pais só puderam sonhar a respeito.
Ajuda Barnabas Março/Abril 2019 9
Patrocine uma criança Cristã indiana em Divya Shanthi Arjun, um brilhante aluno em Divya Shanthi, está indo bem na escola e também estuda e memoriza as Escrituras todo Sábado na escola Bíblica Através do alto padrão da educação Cristã, na nova e bem equipada escola, as crianças serão capazes de escapar do ciclo desesperador de analfabetismo e pobreza, conseguindo empregos decentes e levando nova esperança para suas famílias e comunidades. Se comprometa com uma doação mensal regular e você vai proporcionar que uma criança se desenvolva fisicamente, intelectualmente e espiritualmente. R$ 96,00 é o custo para alimentar, vestir e educar uma criança no Lar para Crianças de Divya Shanthi
Veja o panfleto Fluxo Vivo enviado junto com esta revista para maiores informações e doações.
Mas você pode patrocinar uma criança na escola doando regularmente qualquer valor, grande ou pequeno. Nós vamos te dar um cartão de oração com uma fotografia e detalhes da criança que está patrocinando, assim como informações atualizadas a respeito de seu progresso. Para doar ou patrocinar uma criança em Divya Shanthi ligue: 43 99958 9537 / 43 99646 0259 ou visite nosso website: barnabasfund.org/divya-shanthi
Impulsionando
Uma História da
Perseguição Cristã 10
Perseguição no Extremo Oriente – parte 2
CORÉIA É possível que o Evangelho tenha alcançado a Coreia entre o sétimo e nono séculos, graças ao trabalho de missionários Siríacos Ocidentais que seguiram a Rota da Seda para a China, mas não existem fortes evidências disto. À parte desta possibilidade, é notável que o Cristianismo na Coréia tenha se desenvolvido inteiramente sem missionários estrangeiros aparentemente por 200 anos. Os únicos Cristãos não Coreanos que pisaram em solo Coreano antes de 1794 foram soldados das tropas de Cristãos entre as forças militares Japonesas na década de 1590. Não se sabe se chegaram a discutir sua fé com a população Coreana enquanto tentavam conquistá-los. Os Coreanos devem ter conhecido Cristãos enquanto viajavam para outros países do Leste da Ásia, e levaram o Evangelho de volta para sua terra natal. Coreanos morando no Japão na segunda metade do século dezesseis podem ter conhecido e conversado com Cristãos lá, tanto missionários estrangeiros quando Cristãos Japoneses. Os primeiros fiéis Coreanos conhecidos são alguns dos prisioneiros de guerra levados de volta da Coréia por Japoneses como trabalhadores escravizados na década de 1590. Mais de 2.000 deles se tornaram Cristãos no Japão, e pelo menos 24 foram martirizados lá. Por volta do mesmo período, Coreanos instruídos visitando a China encontraram Cristãos e literatura Cristã. O Neoconfucionismo era a religião do estado na Coréia e muitos Coreanos viam o Cristianismo como uma pequena variação do Budismo, uma religião que eles desprezavam. Mas alguns foram atraídos a estudar a fé monoteísta e, num ritmo lento, os Coreanos começaram a se converter, a maioria deles das classes média e alta. Um marco ocorreu em 1777 quando, pela primeira vez, um grupo de fiéis Coreanos começaram a orar juntos e reservar o sétimo dia para descansar. Logo eles estavam escrevendo hinos. A Igreja cresceu gradativamente com os Coreanos compartilhando o Evangelho uns com os outros. Em 1785, a polícia pegou alguns jovens se reunindo para adoração Cristã em uma clínica pertencente a Kim Beom-u em Seul. Eles foram todos detidos e Kim Beom-u foi preso. Ele foi torturado, mas se recusou a negar Cristo, então foi banido. Cerca de um ano depois ele morreu por causa de seus ferimentos, se tornando então, o primeiro mártir da nascente Igreja na Coréia. Em 1787, o rei ordenou que todos os livros Cristãos fossem destruídos e proibiu sua importação. Alguns Cristãos esconderam seus livros, mas muitos os queimaram - depois de memorizar seu conteúdo.
Reverência para pais e ancestrais – um desafio para Cristãos
Os rituiais ancestrais Confucianos Tradicionais se tornaram um problema para a jovem Igreja Coreana. Os rituais eram expressões de devoção filial (nesses rituais um Cristão deveria realizar com uma consciência limpa) ou eles estariam idolatrando (como a maioria dos Cristãos se sentia)? Em 1791, dois primos chamados Yun e Gwon foram executados por queimarem suas tabuletas ancestrais e não realizarem os rituais ancestrais. Suas casas foram destruídas e seus parentes banidos ou escravizados. Líderes da Igreja, juntamente com seus membros foram cercados e espancados, torturados e obrigados a renunciar sua fé em Cristo. A devoção filial era somente um aspecto da séria tensão entre a doutrina Cristã e a cultura Coreana. Os Coreanos consideravam que relacionamentos sociais (como devoção filial) eram essenciais para uma sociedade boa e estável. O Cristianismo enfatizava um relacionamento individual com um Deus transcendente e sua salvação pessoal. Isto parecia egoísmo irresponsável para os Coreanos Neoconfucianos. Nos Dez Mandamentos, devoção filial estava bem abaixo na lista, no 5°, ao invés de 1° mandamento. Amar o próximo parecia uma maneira duvidosa de organizar a sociedade em comparação com a ênfase Coreana de cuidar de sua família. O Cristianismo parecia como uma fórmula para a anarquia.
Missionários estrangeiros e a perseguição
Em 1794, o primeiro missionário estrangeiro chegou. Ele era Chinês e foi enviado em resposta dos insistentes pedidos dos Cristãos Coreanos. Nos cinco anos seguintes, o número de fiéis na Coreia mais do que dobrou para cerca de 10.000, mas as autoridades Coreanas logo descobriram a presença do missionário estrangeiro e uma ordem para sua prisão foi emitida (da qual ele escapou) e uma perseguição moderada se iniciou. O primeiro episódio de perseguição extrema a Cristãos Coreanos ocorreu em 1801. Foi iniciado pela Rainha Mãe Kim. Seu marido, o rei, tinha recebido muitas reclamações contra os Cristãos, incluindo que era muito inclusivo, tanto de classe quanto a gênero, contradizendo, desta maneira as crenças Neoconfucionistas de desigualdade humana. A rainha baniu o Cristianismo, depois disso, 672 Cristãos foram presos, a maioria das classes altas e mulheres correspondendo a um quarto deste número. Eles foram julgados no tribunal, espancados e torturados. Cerca de 400 foram exilados, 156 foram decapitados e muitos outros morreram na prisão.
Impulsionando
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A Carta de Seda
Em Outubro de 1801, um Cristão chamado Hwang Sa-yeong escreveu uma carta para o Bispo de Pequim em um pedaço de seda, para ser escondida no colarinho de um mensageiro. Em seus 13.311 pequenos caracteres Chineses, a Carta de Seda descreveu a perseguição da comunidade Cristã na Coréia, solicitou ajuda financeira,1 e pediu ao bispo que o Papa intercedesse ao imperador Chinês2 para decretar que missionários Ocidentais fossem permitidos na Coréia. Outras duas sugestões feitas na Carta de Seda eram para encerrar a perseguição aos Cristãos pelo governo Coreano e era para a China assumir parte da Coréia ou para navios de guerra Ocidentais ameaçassem a Coréia. Infelizmente para Hwang, o mensageiro o traiu e o conteúdo da carta chegou às autoridades Coreanas. Ele foi preso, julgado e executado pelo método reservado para os piores criminosos – morte por mil cortes. Cerca de cem supostos colaboradores também foram mortos. Um decreto foi então publicado dizendo que Cristãos deveriam ser tratados como traidores e condenados à morte para que não tivessem nenhum descendente. Depois disso, a Igreja na Coréia não era mais uma igreja para estudiosos aristocráticos, pois a maioria foi morta ou caíram na apostasia. Tornou-se uma igreja clandestina, dirigida principalmente por membros das classes média e baixa da sociedade, que enfrentou uma série de ataques de perseguição. Famílias inteiras foram privadas do sustento porque uma pessoa era Cristã. Desfavorecidos e marginalizados, cerca de três quartos da comunidade Cristã fugiu para as montanhas onde estabeleceram pequenas vilas Cristãs e tentaram sobreviver de forragem, agricultura de subsistência ou fazendo cerâmica. Os líderes das vilas organizavam orações diárias e reuniões especiais nos Domingos. Todas as classes sociais viviam juntas e compartilhavam a responsabilidade de cuidar das crianças órfãs pela perseguição. Outros marginalizados sociais se uniram aos Cristãos em suas vilas. Finalmente, em 1831, 0 primeiro missionário Europeu conseguiu entrar na Coreia e em seguida outros o seguiram. A Igreja cresceu,3 mas depois de alguns anos, as autoridades Coreanas descobriram os missionários, o que desencadeou a quarta maior perseguição (1839). Começou com a prisão dos líderes, muitos das quais eram mulheres pois muitos líderes homens já tinham sido martirizados. Três missionários Franceses se entregaram para as autoridades; suas cabeças foram penduradas em praça pública, mas isto não parou a perseguição. Pelo menos 254 Cristãos foram presos, dos quais 121 ou foram executados ou morreram na prisão. Famílias inteiras pereceram juntas. Quando as autoridades se deram conta de que aquelas pessoas estavam dispostas a morrer por Cristo, eles focaram em incentivar a apostasia. Fiéis de 13 a 79 anos foram torturados até a morte.
A Grande Perseguição (1866-1871)
Este período de perseguição e martírio culminou com a Grande Perseguição quando se estima que cerca de 8.000 Cristãos Coreanos morreram, o que é mais do que a metade da comunidade Cristã. Somente um décimo das mortes foram execuções oficiais; a maioria foi morta de maneira não oficial pelas autoridades, linchados por vizinhos ou morreram de fome nas montanhas. A Grande Perseguição foi pior do que as outras perseguições pois não estava focada somente nos líderes, mas também em Cristãos de qualquer posição na sociedade. A grande maioria dos mortos na Grande Perseguição eram fiéis comuns, pobres e sem educação, que não podiam se defender nos tribunais como os estudiosos líderes da igreja se defenderam em 1801.
Por alguns anos, o número de Cristãos presos diminuiu, mas a situação geral de perseguição piorou, pois a população geral começou a soltar sua raiva nos Cristãos, os quais diziam estarem ligados a agressores da Rússia e Europa. Em 1871, navios de guerra foram para retaliar contra a destruição do General Sherman. Ao saber que Cristãos Coreanos tinham feito contato com Americanos, o Grande Príncipe Coreano Heungseon anunciou que qualquer Coreano que pedisse a conciliação com os “bárbaros Ocidentais” estava traindo seu país. Ele então intensificou seus esforços para perseguir os Cristãos, mas neste momento eles estavam tão espalhados que poucos foram pegos.
Depois de 70 anos de perseguição
Depois de 70 anos de perseguição, a Igreja Coreana surgiu pobre, enfraquecida e marginalizada, mas começou a crescer novamente. Até este ponto, tinha sido inteiramente Católica, mas agora, a influência de missionários Protestantes começou a ser sentida. Os missionários Protestantes trabalhavam de uma maneira muito diferente dos Católicos. Os Protestantes levavam suas famílias com eles, viviam em casas estilo Americanas e usavam roupas Ocidentais. Os Católicos viviam em postos missionários construídas no tradicional estilo Coreano, se vestiam tanto com roupas Coreanas ou roupas do clero, e viviam com salários que eram uma fração do valor dos Protestantes. Em 1897 foi estabelecida uma missão Ortodoxa Russa para a Coréia. Cristãos Coreanos frequentemente preparavam o caminho se mudando para vilas não Cristãs. Então, depois de despertar interesse no evangelho e comprar propriedades, eles chamavam um missionário (estrangeiro ou Coreano) para se mudar e estabelecer uma igreja. Muitas mulheres solteiras e viúvas eram muito ativas no ministério; elas ficaram conhecidas como “mulheres Bíblias” e viajavam bastante com seu trabalho evangelístico e pastoral. Em 1891, missões Presbiterianas adotaram oficialmente o método de implantação de igrejas dos Três Autos,4 e outras missões seguiram o exemplo. Durante este período houve episódios ocasionais de perseuição. Alguns fatores no final do século dezenove ajudaram a Coreia a espalhar o Cristianismo: o Confucionismo estava perdendo a fascinação inicial na sociedade Coreana, o Ocidente era visto como um aliado contra o Japão, tradicional inimigo Coreano, e um anseio por modernização tinha se iniciado – o Protestantismo era visto como atrativamente moderno. Os Protestantes desenvolveram um ritual de homenagem aos Cristãos ancestrais, o que deve ter facilitado para Coreanos com dificuldades com a questão de veneração ancestral a se comprometer a seguir a Cristo. Em 1894, homens Coreanos, em números significativos, começaram a se converter ao Cristianismo normalmente levando junto toda sua família (algumas vezes todo seu vilarejo) a crer com eles. Os novos Cristãos eram muito zelosos em oração, em dar (trabalho ou arroz se não tivessem dinheiro) e sacrifício pessoal. Foi durante a década de 1980 que a cidade de Pyongyand, no nordeste do país, se tornou o centro do Cristianismo Protestante na Coreia e era chamada de “a Jerusalém do Oriente’ por ter muitos prédios de igrejas.
Sob o governo Japonês
Em 1905, o Japão ocupou a Coréia. A dureza do governo Japonês e a humilhação da situação causou uma onda de nacionalismo Coreano. Líderes Cristãos clamaram pelo arrependimento pessoal dos pecados como um prelúdio necessário para recuperação nacional. Mais reuniões de orações foram
...Impulsionando organizadas. Dezenas de milhares de Coreanos emigraram porque não queriam viver sob o governo Japonês, incluindo algumas comunidades religiosas que se mudaram em massa e estabeleceram vilarejos Cristãos em países vizinhos. Em 1906, líderes Católicos declararam que o governo Japonês era legítimo e Deus tinha nomeado autoridade na Coréia. Indo completamente contra os sentimentos populares na Coréia, esta postura teve um impacto negativo no crescimento da Igreja Católica na Coreia. Enquanto isso, um grande reavivamento Protestante começou, que culminou em Pyongyang em 1907. Em 1910, o Japão anexou formalmente à Coréia e continuou a governar a península até ser derrotado em 1945 no final da Segunda Guerra Mundial. Desta forma, o colonialismo e o imperialismo eram Japoneses, não Ocidentais. Isso, sem dúvidas poupou os Cristãos Coreanos de algumas hostilidades que Cristãos na China e Japão enfrentaram devido à sua pressuposta ligação com o Ocidente.
A Tentativa de Conspiração (Também chamada de 105-Incidência do Homem)
Primeiramente, os governantes coloniais Japoneses tentaram ganhar os Cristãos, especialmente os poderosos missionários Ocidentais, argumentando que eles e os missionários tinham o objetivo comum de estimular o povo Coreano. Mas, em 1911, algumas centenas de homens foram presos, em sua maioria Cristãos, acusados de conspiração para assassinar o governador geral Japonês. Destes, 123 foram levados a julgamento em Fevereiro de 1912. A maioria deles foi torturada e três já tinham morrido na prisão. O julgamento foi uma farsa e nenhuma prova foi dada exceto as próprias confissões dos homens. Entretanto, 105 foram condenados por traição e receberam sentenças de prisão. As nações Ocidentais protestaram (principalmente porque seus missionários foram acusados de encorajar conspirações) e as penas foram reduzidas.
O Movimento de Marcha da 1° Independência
Em 1915, o governo colonial Japonês proibiu a instrução religiosa em escolas particulares. Eles também determinaram que quando o imperador sacrificava no santuário Xintoísta, escolas particulares tinham que realizar cerimônias apropriadas. Esta foi umas das principais razões que fez com que Cristãos, preocupados com o impacto nas escolas Cristãs, se envolvessem no movimento de independência Coreana. A Declaração de Independência foi elaborada e assinada por 33 líderes religiosos, incluindo 16 Cristãos, e no dia 1° de Março de 1919, uma grande demonstração pró independência foi realizada. Os Japoneses proibiram os cultos no dia seguinte e começaram a prender pessoas. Demonstrações organizadas, não violentas, continuaram por semanas, frequentemente nas propriedades da igreja. A polícia e o exército Japonês atacaram os manifestantes; muitas vezes seguidos de motins. Milhares foram detidos, presos sem julgamentos, e foram torturados, violentados e açoitados. Novamente, os Cristãos eram os alvos principais, e praticamente todo pastor em Seul e Pyongyang acabaram na prisão. Muitos Cristãos foram mortos e muitas igrejas incendiadas. Em um caso os Japoneses prenderam cerca de 30 moradores em uma igreja Metodista antes de atearem fogo no prédio. Governos Ocidentais “Cristãos” condenaram a brutalidade Japonesa. Assim o Cristianismo de tornou vinculado com o nacionalismo Coreano tanto nas mentes dos Coreanos quanto dos Japoneses.
Vigilância, repressão e controle
Depois disto, a política colonial Japonesa se tornou menos militar
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em estilo, e algumas concessões foram feitas para a língua e cultura Coreana. Um novo governador geral flexibilizou as leis referentes a posse de propriedades da igreja. Mas ao mesmo tempo, a vigilância das atividades Cristãs foi intensificada. A década de 1920 também assistiu a ascensão do comunismo, que, sendo completamente ateísta, cirou um sentimento anti Cristão. Cristãos vivendo sob tanta opressão contínua encontraram conforto e força lembrando dos mártires do passado. Em 1925, os Japoneses começaram a forçar os Coreanos a provar sua lealdade aos governantes coloniais Japoneses, participando dos rituais no santuário do estado Xintoísta. Cristãos Coreanos resistiram a isto, considerando idolatria. Em 1935, dois professores, missionários Presbiterianos Americanos, se recusaram publicamente de participar das cerimônias de abertura de um centro educacional no santuário do estado Xintoísta. O resultado foi a perseguição generalizada de Cristãos Coreanos, com muitos pastores presos. Em 1937, as autoridades ordenaram que as próprias igrejas realizassem rituais Xintoístas e visitasse os santuários. A liderança Católica Coreana, aceitando o argumento do regime de que os rituais não eram religiosos, já tinham deliberado que Cristãos poderiam participar da adoração no santuário. Logo, várias denominações Protestantes emitiram declarações similares. Alguns membros das igrejas discordaram completamente de seus líderes neste assunto. Um grande número de pessoas deixou a igreja oficial, o que eles consideraram apostasia; eles emigraram, se mudaram para as montanhas, ou simplesmente esperaram pela volta de Cristo. Muitos Cristãos foram presos por não participar da adoração no santuário, e cerca de 50 morreram sob tortura na prisão. Aproximadamente 200 igrejas Protestantes foram fechadas. As autoridades Coreanas queriam que as igrejas cortassem suas ligações estrangeiras e que todas as denominações Protestantes se unissem em uma só. Em 1942 as igrejas estavam efetivamente sob controle completo do governo. Para cada reunião da igreja tinha que ser obtida uma permissão da polícia, e policiais sempre tinham que estar presentes nas reuniões. O conteúdo das reuniões também era rigorosamente regulado. Cristãos não podiam pregar ou ler passagens Bíblicas sobre o julgamento ou a Segunda Vinda de Cristo. Não era permitido cantar ou orar sobre o Reino de Deus ou o Senhorio de Cristo. Mas a verdadeira fé sobreviveu. Os Católicos tinham um longo histórico em ser igreja clandestina e os Protestantes tinham a tradição da auto- suficiência e adoração familiar nos cultos domésticos.
1945 e liberdade
A opressão chegou repentinamente ao fim quando o Japão foi derrotado em 1945. É uma triste ironia que foi o lançamento da segunda bomba atômica Americana em Nagasaki, que no passado tinha sido uma cidade Cristã,5 que, em 14 de Agosto, finalmente causou a rendição do Japão. Tropas soviéticas entraram no norte da Coréia no dia que Nagasaki foi bombardeada, e em Setembro, tropas americanas entraram pelo sul. Em 1945, a comunidade Cristã Coreana representava entre 2-3% da população total, mas uma porcentagem muito maior das classes instruídas. Portanto, os Cristãos desempenharam um papel significante na liderança da Coréia depois da Segunda Guerra Mundial e os governos interinos estabelecidos no norte e no sul eram ambos liderados por Cristãos. Igrejas e organizações Cristãs reabriram em todo o país, e projetos de construção de igrejas retomados. Fiéis que estavam adorando em particular se juntaram novamente às igrejas.
Impulsionando
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Muitos esperavam estabelecer uma nação Cristã. No entanto, em 1945, o centro do poder do Cristianismo Coreano estava no norte. Três quintos dos Protestantes (200.000 pessoas) viviam no norte assim como muitos de seus melhores líderes da igreja. Haviam também cerca de 100.000 Católicos.
1946 e Kim Il-sung
Em Janeiro de 1946 o líder pacifista Presbiteriano do governo interino do norte desapareceu misteriosamente e nunca mais foi visto. Um jovem guerreiro libertador comunista chamado Kim Il-sung tomou o poder. Ele veio das classes médias Cristãs e sua mãe e seu avô materno eram Presbiterianos fiéis. Kim começou uma repressão gradativa ao Cristianismo. Embora muitos Cristãos estivessem deixando o norte, aqueles que permaneceram resistiram fortemente às ações de Kim contra eles.
1948 e a divisão
Em 1948 a Coréia foi dividida em duas nações. Neste momento, cidadãos do norte que quisessem partir eram permitidos sair, e entre eles havia uma grande proporção de Cristãos. Os Cristãos do norte eram muito fechados quando chegaram ao sul como refugiados. Eles se uniram e não se juntaram às igrejas do sul, ao invés disso, começaram perto de 2.000 igrejas próprias. Os recém-chegados do norte desafiaram as igrejas do sul a um comprometimento Cristão maior, especialmente a ser conservadora, autossuficiente, auto propagadora, trabalhadora e anti comunista.
A Guerra da Coréia (1950-1953)
No Domingo, 25 de Junho de 1950 a Coréia do Norte lançou um ataque inesperado na Coréia do Sul. A maioria dos missionários Protestantes fugiram do país. Líderes da igreja Coreana e líderes Católicos estrangeiros foram feitos prisioneiros pelo rápido avanço do exército comunista, e depois levados de volta para o Norte quando os comunistas recuaram novamente. Estes líderes Cristãos nunca mais voltaram para o Sul. Estima-se que 500 morreram em cativeiro, alguns executados e outros pereceram de frio ou de fome. Entre o fim da Segunda Guerra Mundial e 1953, quando uma trégua foi feita na Guerra da Coréia, estima-se que 80.000 protestantes e 20.000 Católicos se mudaram da Coréia do Norte para a Coréia do Sul. Isto reduziu um terço da população Cristã do Norte.
Dois extremos opostos
Na Coréia do Sul, a igreja cresceu rapidamente, se tornando uma influência dominante na sociedade, e enviando missionários para o mundo todo. Em contraste, a Coréia do Norte, governada por Kim Il-sung e seus descendentes, é um
lugar de terrível perseguição e provavelmente o pior país do mundo para ser um Cristão. Os Cristãos correspondem a aproximadamente 30% da população da Coréia do Sul, mas somente Deus sabe quantos seguidores fiéis de Cristo existem na Coréia do Norte. Papai! Diga NÃO! O método normal de execução de pastores capturados pelos comunistas Norte Coreanos era atirar neles. Mas em um caso, um grande buraco foi cavado, no qual o pastor, sua esposa e vários de seus filhos foram colocados. Foi pedido para o pastor se arrepender de ter “enganado” seu povo por tantos anos ensinandoos a Bíblia. Se ele se recusasse, toda família seria enterrada viva. Seus filhos gritaram, “Papai, Papai! Pense em nós, papai!” O pai abalado começou a admitir sua culpa. Mas antes de terminar, sua esposa incentivou ele dizendo, “Papai! Diga NÃO!” “Silêncio, crianças,” ela continuou, “Esta noite nós cearemos com o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.” Ela começou a cantar um hino antigo In the sweet by and by, que começa assim, Há uma terra que é mais justa que o dia, E pela fé podemos ver à distância; Pois o Pai espera no caminho Para nos preparar uma morada lá. Seu marido e filhos se uniram a ela. Enquanto a terra era jogada de volta no buraco, e gradativamente a família foi enterrada, cada um cantando até que tivessem que se silenciar, primeiramente as crianças, quando a terra atingiu seus pescoços. Muitas pessoas assistiram esta execução, e quase todas elas se tornaram Cristãs. 1 A perseguição empobreceu grandemente a Igreja, uma vez que seus membros ricos tiveram suas propriedades confiscadas. 2 A Coréia tinha uma visão de mundo centrada na China e era muito respeitosa e subserviente em relação ao seu poderoso vizinho ao oeste, pagando tributos à China todos os anos. Os Coreanos sentiam ser natural que, como um país pequeno, devessem depender e servir um país maior. 3 O número de Cristãos aumentou de 6.000 para 9.000 em três anos 1836-1838. 4 As Igrejas deveriam de tornar autopropagadoras, autossuficientes e autônomas o mais rápido possível. 5 Veja “Uma História da Perseguição Cristã: 9 Perseguição no Extremo Oriente - parte 1” em Ajuda Barnabas (Janeiro-Fevereiro 2019) p. iii.
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Ajuda Barnabas Março/Abril 2019 11
Ataques ácidos, incêndios em igreja e assassinatos
a vida dos Cristãos na tropical Zanzibar
E
scondidos atrás de uma fachada de praias tropicais paradisíacas, imponentes castelos históricos, resorts cinco estrelas opulentes, os Cristãos em Zanzibar enfrentam o aumento da opressão e perseguição. Nos últimos cinco anos, igrejas foram incendiadas, líderes Cristãos foram brutalmente assassinados e Cristãos agredidos por extremistas Islâmicos que tomaram posse das ilhas. Zanzibar é um arquipélago pequeno, semiautônomo a 26 quilômetros da costa do continente na Tanzânia. Da população de 1,3 milhões de habitantes da ilha, 99% é Muçulmana, mas existe uma pequena minoria Cristã que inclui muitos convertidos do Islamismo. Quando a Tanganyika continental se juntou a Zanzibar para formar a Tanzânia em 1964, a população (da Tanganyika) era 35% Cristãos, 35% Muçulmanos e 35% de religiões tradicionais Africanas. Hoje na Tanzânia continental 60% da população é Cristã, com Muçulmanos somando 36%.
Um mercado moderno de pimenta. A principal exportação de Zanzibar é pimenta, historicamente o maior produtor mundial de cravos, mas hoje a agricultura é precária e o turismo se tornou a grande indústria nacional com mais de um milhão de turistas visitando as ilhas por ano
O Cristianismo se espalha por Zanzibar durante os períodos de atividade missionária Por causa de sua posição nas rotas de comércio marítimo, Zanzibar sempre foi um mercado importante entre África, Arábia e Pérsia. Também foi um ponto central para as trocas Arábicas de escravos, com 90% da população da ilha sendo escravizada em um momento da história. Inicialmente, no primeiro século DC, foi colonizada por Africanos e depois por Persas e Árabes que chegaram no décimo século, convertendo as ilhas ao Islamismo. Missionários Cristãos Europeus levaram o Cristianismo para a Tanzânia no século dezesseis e novamente no século dezenove. O missionário Britânico David Livingstone teve várias passagens por Zanzibar e uma casa na capital, Stone Town, foi dada a ele pelo Sultão. A construção, Casa de Livingstone, é hoje a Câmara Nacional de Comércio. Zanzibar tem seu próprio presidente, sistema judicial e legislativo. No Zanzibar, os Muçulmanos podem levar casos tanto para o tribunal civil quando para o qadi (sistema judiciário Islâmico) para assuntos legais de família ou qualquer outro assunto tratado na lei Islâmica. Ameaça de militantes Islâmicos a Cristão está aumentando A crescente ameaça de Islâmicos radicais na ilha está intimamente ligada a um grupo chamado Associação para Mobilização e Propagação Islâmica ou “Uamsho”. Originalmente estabelecido como uma ONG Islâmica para promover a cultura e herança dos arquipélagos Muçulmanos, Uamsho se radicalizou e tem estado envolvido em violentos protestos de rua, incêndios a igrejas e ataques com ácidos.
Em 2013, dois membros do Uamsho, ligados ao Boko Haram¹, foram responsáveis por um ataque com ácido terrível a duas mulheres Britânicas que estavam trabalhando como voluntárias em uma organização de caridade Cristã. O grupo, embora proibidos pelo governo, continua alistando seguidores com a promessa de independência do continente e implementação completa da sharia (lei Islâmica). Comunidades Muçulmanas desprezam os Cristãos que são vistos como “imorais” A considerada imoralidade dos turistas Ocidentais, que são tidos como Cristãos pelos habitantes locais, junto com a miserável pobreza e o aumento da influência de grupos extremistas Islâmicos criou uma situação hostil crescente para as comunidades Cristãs da ilha. Na Ilha Pemba, as igrejas precisam de constante proteção policial contra ataques incendiários. Na capital, uma igreja construiu muros de três metros de altura para proteger sua congregação depois de ser atacada por uma multidão em 2012. Açougueiros Cristãos e seus clientes também foram atacados por não utilizar o método halal (de acordo com os rituais Islâmicos) de abate.
O antigo mercado de escravos. Uma das salas subterrâneas que era usada para prender os escravos antes de serem levados para leilão no mercado ainda pode ser vista hoje. A Catedral Anglicana está construída no local onde era o mercado
1 Boko Haram é um grupo Islâmico militante muito violento da África Ocidental associado com o Estado Islâmico (EI), fundado em 2002 por Muhammed Yusuf no nordeste da Nigéria.
Em resumo
12 Março/Abril 2019 Ajuda Barnabas
Quatro Cristãos detidos no Nepal acusados de forçar conversão NEPAL
Em Novembro de 2018, perto de Catmandu, quatro Cristãos foram presos depois de serem secretamente filmados, e acusados de quebra as leis anti conversão do Nepal. Foi alegado que os indivíduos, dois deles de nacionalidade Japonesa, estavam fazendo “proselitismo” de porta em porta, “buscando Dalits (o nível mais baixo do sistema de casta Hindu, considerados “intocáveis” por Hindus de castas mais altas). Se condenados, os dois Nepaleses presos podem enfrentar cinco anos de prisão e uma multa de 50.000 rúpias (cerca de R$1.629), enquanto os Cristãos Japoneses podem receber a mesma sentença ou serem deportados. Em Setembro de 2018 uma nova lei entrou em vigor no Nepal, onde 85% da população é Hindu, que torna ofensivo “envolver ou encorajar a conversão religiosa” ou “ferir os sentimentos religiosos”.
Aumento dramático de ataques extremistas a Cristãos Indianos em Uttar Pradesh ÍNDIA
O número de ataques a igrejas feito por multidões e bem como prisões de Cristãos sob acusações falsas está aumentando em um ritmo dramático em Uttar Pradesh, o estado mais populoso da Índia. O número de incidentes relatados no estado Indiano em 2018 chegou a 64 no final de Outubro, maior do que no ano anterior que teve 50 incidentes durante os doze meses. A maioria foi realizado por nacionalistas de direita. Em Outubro de 2018, em um dos ataques, sete Cristãos ficaram gravemente feridos por uma multidão de cerca de 40-50 extremistas Hindus em um hotel na cidade de Agra. Nenhum dos agressores foi preso. Os Cristãos correspondem a somente 0,18% da população de Uttar Pradesh.
Vala comum de mártires Cristãos da Etiópia executados pelo Estado Islâmico é descoberta na Líbia LÍBIA
Na China, Igreja dos Três autos, aprovada pelo governo é obrigada a retirar o Primeiro Mandamento CHINA
Um vídeo postado pelo Estado Islâmico nas mídias sociais em 2015 mostrou a execução brutal de Cristãos da Etiópia em uma praia perto de Sirte, na costa norte da Líbia No dia 23 de Dezembro do ano passado, uma vala comum contendo os corpos de 34 Cristãos da Etiópia martirizados em 2015 por militantes do Estado Islâmico (EI) foi descoberta em Sirte, na Líbia. Os restos mortais foram exumados. De acordo com o Ministro do Interior da Líbia, a vala foi descoberta como resultado das evidências recolhidas de membros do EI que foram capturados. Sirte, a cidade natal do líder deposto, Coronel Gaddafi, foi controlada pelo EI em 2015 até serem derrotados no final de 2016 por forças locais com o apoio dos EUA. Esta é a segunda vala comum com Cristãos que foi descoberta em Sirte. Em Outubro de 2017 o corpos dos 20 mártires Egípcios foram descobertos e repatriados para o Cairo. Um mártir Ganês que foi morto junto também foi exumado. Todos que foram mortos se recusaram a negar a Cristo, o que teria salvo suas vidas.
Êxodo 20:3 em uma Bíblia Chinesa No dia 1° de Novembro de 2018, na província Chinesa de Henan, membros de uma igreja dos Três Autos, registrada, receberam a ordem para apagar o Primeiro Mandamento de um painel, durante a inspeção de agentes governamentais. Em uma intervenção incomum em uma igreja aprovada pelo estado, um agente ordenou que o Primeiro Mandamento, “Não terás outros deuses além de mim”, fosse removido do painel com os Dez Mandamentos fixado na frente do púlpito, dizendo que era uma “política nacional”. Então os agentes apagaram as palavras. Mais tarde naquele mesmo dia, a igreja retirou todos os Dez Mandamentos por causa da pressão das autoridades. No começo do ano, o Livro Branco sobre religião do governo comunista anunciou novas políticas de “sinicisação” (tornar Chinês) com a intenção de seletivamente reinterpretar o Cristianismo e as Escrituras.
Em resumo
Ajuda Barnabas Março/Abril 2019 13
A repressão do governo Chinês continua com 130 apreensões na Igreja da Aliança Early Rain CHINA
A polícia na China apreendeu 130 Cristãos da Igreja da Aliança Early Rain, uma “casa igreja” ilegal em Chengdu, na província de Sichuan. No primeiro de uma série de ataques, foram feitas 100 prisões, incluindo Wang Yi, o pastor da igreja, e sua esposa Jiang Rong. Ambos continuam na prisão onde estão presos desde o dia 9 de Dezembro sob acusações de “incentivar a subversão”. Outros 20 membros da congregação continuam presos. Posteriormente, na primeira semana de Janeiro, 30 estudantes, reunidos em um restaurante para um estudo Bíblico foram presos. Seus celulares foram confiscados e foram interrogados por diversas horas, antes de serem soltos. O pastor emitiu uma “Carta da Prisão de Chengdu” na qual deixa claro que ele não busca derrubar o governo, mas poder adorar livremente. Ele
escreve, “Me separar da minha esposa e filhos, arruinar a minha reputação, destruir a minha vida e minha família – as autoridades são capazes de fazer tudo isso. No entanto, ninguém neste mundo pode me forçar a renunciar minha fé.” No último ano, houve uma intensificação de ações do governo contra congregações Chinesas ilegais – conhecidas no país como “casa igreja”. Em Setembro de 2018, uma declaração assinada por 279 líderes religiosos declarou que as autoridades retiraram cruzes de prédios, obrigaram igrejas a hastear a bandeira Chinesa e a cantarem músicas patrióticas, e impediram que menores de idade frequentassem os cultos. O Fundo Barnabas lançou uma iniciativa global de oração pelo Pastor Wang Yi através de sua nova página chamada Cristãos Prisioneiros da Consciência:
www.barnabasfund.org/en/Christian-Prisoners-of-Conscience/Wang-Yi
Pastor Wang Yi
Cristãos no Myanmar ficam feridos em conflito liderado por monges Budistas MYANMAR (BIRMÂNIA)
Dois Cristãos no Myanmar (Birmânia) ficaram feridos quando foram cercados por moradores locais liderados por monges Budistas enquanto faziam seus preparativos de Natal. O conflito aconteceu no dia 24 de Dezembro do ano passado enquanto doze famílias Cristãs da etnia Chin
armavam uma tenda para celebrar o Dia de Natal pela primeira vez na vila de Sappie, que é de maioria Budista, no estado de Rakinem no sul do país. Um Cristão que viu tudo, disse que a multidão de aproximadamente 40 moradores locais foi liderada por monges Budistas que ignoraram os pedidos de mediação.
No Paquistão, dois irmãos Cristãos recebem sentença de morte por “blasfêmia” PAQUISTÃO
Advogados Cristãos Paquistaneses ajudando Cristãos perseguidos, apoiados pelo Fundo Barnabas No dia 13 de Dezembro de 2018, uma instância inferior em Punjab sentenciou dois irmãos Cristãos à morte por “blasfêmia”. Qasir e Amoon Ayub estão na prisão desde 2014 e são acusados de postar em 2011, material online “desrespeitoso”. O juiz emitiu seu veredito em audiência fechada dentro da prisão por questões de segurança. Os irmãos, que são ambos casados, estão sendo acusados pelas três leis de “blasfêmia” do Paquistão - Seções 295-A, B e C do Código Penal do Paquistão. No entanto, somente a acusação de “desonrar o nome “ de Maomé (295-C) que leva a pena de morte. Até hoje, ninguém foi executado por causa de lei, mas vários Cristãos entre outros receberam penas de morte. Um advogado que provê ajuda legal para os Cristãos com apoio do Fundo Barnabas disse que qualquer Cristão que esteja sendo julgado nas instâncias inferiores por “blasfêmia” tão pouco tempo depois da importante absolvição de Aasia Bibi, anunciada em 31 de Outubro de 2018, tem poucas chances de qualquer coisa que não seja a sentença de morte.
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14 March/April 2019 Barnabas Aid
Uma igreja desmoronada em Celebes Central. Oitenta e quatro igrejas foram devastadas pelo terremoto e tsunami na ilha da Indonésia
Esperança e confiança na ajuda de Deus em meio a desastre duplo
“O
Aramos para que o Senhor Jesus continue abençoando o Fundo Barnabas com os recursos para ajudar seguidores de Cristo, feridos, em cada canto do mundo.” Estas foram as palavras de um líder da igreja na Indonésia ao expressar sua gratidão pela ajuda emergencial vital dada pelos apoiadores do Fundo Barnabas para ajudar Cristãos lutando em condições desesperadoras depois do catastrófico terremoto e tsunami que atingiu Celebes em Setembro de 2018. Nos últimos meses de 2018, dois grandes desastres naturais levaram devastação para a vida já oprimida das minorias Cristãs da Índia e Indonésia. Trabalhando com nossas igrejas perceiras mo local, o Fundo Barnaba foi capaz de alcançar rapidamente as comunidades Cristãs com ajuda vital em ambas regiões, apesar do caos deixado.
Ao baixar o nível da água em Querala, a extensão da destruição foi revelada. Muitos lares entre outros prédios foram completamente destruídos
Esperança no centro do desastre A pior enchente em quase um século devastou a vida de Cristãos em Querala Em Agosto de 2018, o estado de Querala, no sul da Índia, vivenciou sua pior enchente em quase um século, resultante de chuvas de monções extraordinariamente pesadas. Mais de 480 vidas foram perdidas e quase 700.000 pessoas foram forçadas a procurar abrigo em campos de assistência lotados quando as enchentes e deslizamentos de terra destruíram lares, terras e meios de subsistência. Graças a resposta rápida e generosa de nossos apoiadores, o Fundo Barnabas foi capaz de rapidamente obter itens vitais incluindo arroz, dal (lentilhas), açúcar, artigos de higiene e medicamentos para Cristãos que ficaram totalmente necessitados pelo desastre. Muitos já estavam entre os mais pobres da população em suas comunidades. Somente duas semanas após as enchentes, a ajuda do Fundo Barnabas alcançou cerca de 1.800 Cristãos vítimas das enchentes.
Ajuda Barnabas Março/Abril 2019 15
suprimentos de emergência do governo estavam, em sua maior parte, sendo direcionados diretamente para a maioria Hindu em Querala e para a maioria Muçulmana em Celebes Central. A ajuda emergencial recebida pelos sobreviventes foi crucial, não apenas os mantendo vivos, mas também elevando o espírito e dando a eles, esperança. Um dos nossos parceiros na região nos disse, “É importante para quem recebe saber que companheiros Cristãos se esforçaram imensamente para comprar, transportar e distribuir artigos de socorro e saber que Deus está cuidando deles.”
Perda e destruição inimagináveis causados em Celebes Central
Então, no dia 28 de Setembro, a ilha de Celebes, na Indonésia, foi atingida por um poderoso terremoto de magnitude 7,5 seguido de um tsunami devastador que também causou uma grande liquefação do solo. Pelo menos 2.256 pessoas morreram enquanto mais de 70.000 lares e pelo menos 84 igrejas foram destruídas ou seriamente danificadas.
O Barnabas providenciou ajuda emergencial crítica para os Cristãos sobreviventes em Celebes, incluindo tendas e abrigos emergenciais. As vítimas do terremoto sabiam que Deus estava “cuidando deles” e foram encorajados quando ficaram sabendo que a ajuda veio de companheiros Cristãos Mais uma vez, nossos apoiadores responderam com grande generosidade ao drama de seus irmãos e irmãs em necessidade e angústia desesperadoras. O Fundo Barnabas foi capaz de fornecer sopas comunitárias e barracas para os desabrigados em cinco igrejas. Nossos parceiros locais também distribuíram pacotes com alimentos essenciais e providenciaram caminhões de água, tanques e geradores. As comunidades de minoria Cristã afetadas em ambos os desastres que atingiu a região estavam em muita necessidade, entre relatos de que os
Em tempos de desastres naturais, crianças, como esta jovem sobrevivente do terremoto na Indonésia, são os mais vulneráveis. E em locais de hostilidade ou violência anti Cristã, crianças Cristãs são duplamente vulneráveis
Famílias encontram abrigo seguro, aprendem e oram nas ruínas de Celebes A grande escala humanitária no desastre em Celebes, onde 20% da população é Cristã, foi impressionante. O local mais atingido foi Palu, a capital de Celebes Central, onde vive um grande número de Cristãos. Foi difícil chegar a várias comunidades Cristãs isoladas ao sul de Palu por causa da destruição e estradas bloqueadas. Mas o Fundo Barnabas distribuiu pacotes contendo itens essenciais como arroz, açúcar, óleo de cozinha, chá, café, material de higiene e deu cobertores e toalhas para as pessoas que tinham perdido seus lares. Um parceiro do Fundo Barnabas descreve o impacto dos abrigos temporários para as famílias Cristãs, “A Barnabas Fund partner described the impact of the temporary-shelters given to Christian families, “Estas tendas comunitárias são abrigos seguros para eles, onde podem se ajudar , realizar reuniões de oração e cultos aos Domingos nas tendas improvisadas onde as crianças estão dormindo durante a noite.” O Barnabas ajudou crianças Cristãs sobreviventes com alimento e roupas e também financiou um programa com base na igreja e forneceu recursos simples como livros, lápis e camisetas para ajudá-los a se recuperar do trauma que vivenciaram. Equipamentos e materiais escolares também foram fornecidos para que a escola básica pudesse recomeçar, trazendo a normalidade de volta a suas vidas.
16 Março/Abril 2019 Ajuda Barnabas
Esperança no centro do desastre
Em Lakuta, uma pequena comunidade no vale das montanhas com três igrejas e 200 famílias Cristãs foi completamente ignorada para distribuição de ajuda. Um parceiro local disse, “O próximo vilarejo é completamente Muçulmano e é para lá que foi toda ajuda.” Histórias de resiliência e sobrevivência em meio a trágicas perdas de centenas de vidas
Sr. Maklon, um fazendeiro de Celebes, teve seu campo de milho praticamente varrido de seus pés quando o terremoto atingiu seu vilarejo no vale montanhoso. Ele tinha acabado de deixar o campo para ir pra casa, simplesmente escapando por pouco de ser levado e enterrado na terra deslizante do desmoronamento. Ao chegar em sua casa destruída descobriu que sua esposa tinha morrido debaixo dos entulhos. Felizmente seus cinco filhos estavam a salvo. Os 15 kg de arroz e outras necessidades dados pelo Barnabas sustentou ele e seus filhos depois do terremoto, quando ele não podia cultivar seu campo. Surgiram muitos outros relatos de perdas trágicas de vidas, mas também histórias quase milagrosas de sobrevivência. Um contato do Barnabas nos contou de uma professora, frequentando um acampamento Bíblico na escola em uma área remota da região de Sigi. A professora conseguiu fugir com 50 alunos quando o tsunami atingiu o local, mas ficaram encurralados por redemoinhos de lodo líquido. “Eles clamaram ao Senhor, e de repente duas correntes de lodo vieram e o solo parou de se mover. Eles conseguiram subir no topo de um armazém de equipamentos que foi arrastado para perto deles, e eles começaram a orar e cantar até que o tsunami baixou.”
Comunidades Cristãs ignoradas pela ajuda do governo da Indonésia
Em uma áreas mais devastadas em Palu, os parceiros do Fundo Barnabas relataram que a ajuda emergencial do governo está sendo direcionada principalmente aos Muçulmanos, com muito pouco chegando aos Cristãos. Um contato disse, “Existem várias placas dizendo ‘khusus orang Muslin’ – somente para Muçulmanos, nos centros de distribuição e postos médicos. Como temíamos desde o princípio, dificilmente os Cristãos recebem qualquer coisa. Algumas pessoas recebem somente algum alimento e água e nada mais, algumas pessoas não recebem nada sequer.”
Sr Maklon, cujo filho mais velho é um pastor local, agradeceu a Deus. Até que a ajuda do Fundo Barnabas chegasse até ele, tudo o que ele tinha recebido do governo para sustentar sua família tinha sido dois quilos de arroz e três pacotes de macarrão instantâneo
Sra. Tin sobreviveu com seus filhos e netos, mas perdeu seu marido quando sua casa desabou. Ela agradece a Deus pela ajuda do Barnabas que os ajudou a sobreviver e a nova casa que ela vai receber em breve Mãe e avó, a Sra. Tin escapou com seus dois filhos e três netos quando sua casa desabou. Ajuda emergencial do Barnabas os ajudou a sobreviver, e eles estarão entre os primeiros a receber um lar seguro e resistente a terremotos. No momento do terremoto, Sra. Tin estava em casa na vila de Jonojindi com sua família quando um tremor avassalador lançou todos no chão. Eles correram da casa e todos chegaram a salvo com exceção do marido da Sra. Tin, que morreu quando a casa desmoronou. A família ficou sem nada, até a plantação de milho que provia a única maneira de conseguir seus poucos recursos foi devorado por um deslizamento maior que “partiu o monte ao meio” de acordo com testemunhas. Sra. Tin agradece à Deus pelo arroz e cobertores vitais fornecidos pelo Fundo Barnabas, e a nova casa que significa que não vão mais ter que morar no quintal em ruínas de sua irmã.
Esperança no centro do desastre Restaurando e reconstruindo: vidas, meio de subsistência e comunidades Cristãs em Celebes Central
Depois de a ajuda emergencial ter provido sustento vital, as vidas e meios de subsistência das vítimas precisam ser restauradas; prédios de igrejas e escolas Cristãs têm que ser reconstruídas dos escombros. O Fundo Barnabas está provendo casas simples, mas resistentes à terremoto na área de Palu para as famílias que são muito pobres para reconstruir as casas que perderam. Nós também estamos ajudando na construção de 12 pavilhões multiuso para substituir as igrejas danificadas ou destruídas no desastre. A construção do primeiro pavilhão multiuso resistente a terremotos já começou em Palu, Donggala e na região de Sigi. Estes pavilhões simples, de baixo custo são projetados para poder serem ampliados quando as finanças permitirem.
Varsha foi soterrada pela lama quando um deslizamento engoliu sua casa, matando seu tio. Ela sobreviveu porque conseguiu erguer o braço para fora da lama então seu irmão e sua mãe conseguiram puxá-la para fora. Os pais de Varsha são trabalhadores diaristas, mas desde as enchentes eles não têm conseguido trabalho Eles serão utilizados para adoração e encontros sociais, e prover acomodação para 70 pessoas. Um parceiro do Fundo Barnabas disse, “Estas vítimas desesperadas precisam de suporte espiritual assim como social para resgatar sua fé e esperança para o futuro de suas vidas.”
Enchentes impressionantes levam caos e pânico a Querala
A velocidade com a qual as enchentes engoliram Querala foi impressionante. Um dos nossos parceiros disse, “Houve pânico entre as pessoas a respeito do que fazer quando viram o surgimento da água da enchente alcançando suas casas. A água estava jorrando junto com os deslizamentos de terra. Algumas das pessoas não puderam ser resgatadas. Eles foram engolidos pela água num piscar de olhos.” No meio do caos, pessoas pegaram o que podiam, deixando para traz suas casas simples e seus míseros pertences. Muitos já eram pobres, sobrevivendo de remuneração diária, mas agora eles não têm nada. Dentro de poucas horas depois de receber pedidos de ajuda dos sobreviventes, os parceiros do Fundo Barnabas estavam transportando bens de primeiras necessidades incluindo roupas, colchões, alimentos, garrafas de água e medicamentos para os campos de ajuda. Centros de fornecimento de alimentos forneceram refeições
Ajuda Barnabas Março/Abril 2019 17
para as pessoas que chegavam à sua porta. O número oficial de Cristãos em Querala é de cerca de 18%, mas alguns Cristãos Indianos acreditam que o número real esteja perto de 30%. Mesmo assim, Cristãos em Querala enfrentam pressão e violência anti Cristã. Um líder da igreja na Índia estimou que 200.000 Cristãos foram afetados pelo desastre. Muitos deles são Dalits, considerados “intocáveis” pelas altas castas dos Hindus. Já desprezados e no nível mais baixo da sociedade, eles eram pobres antes das enchentes, mas agora eles estão necessitados. Surgiram relatos locais de que alguns Hindus de alta casta se recusaram a ser resgatados por pescadores Cristãos, porque o trabalho deles é considerado “modesto” e eles são considerados “intocáveis”. Outros relatos disseram que alguns Hindus viram as enchentes como punição divina porque Cristãos e Muçulmanos estão comendo carne de vaca, um animal considerado sagrado no Hinduísmo. À luz de tais atitudes, é esperado que Cristãos sejam discriminados na distribuição de ajuda geral. Barnabas está ajudando a reconstruir vidas quebrantadas em Querala “Minha casa está destruída. Por onde eu começo?”, disse um Cristão motorista de riquixá que perdeu tudo. O Barnabas está ajudando Cristãos desabrigados com projetos de reconstrução e de reparos. Só no distrito de Cochin ajudamos 90 famílias a retornarem para suas casas arrumando paredes rachadas, telhados danificados e removendo árvores derrubadas pelos deslizamentos de terra. A maioria dos reparos custa pouco mais do que 30.000 rúpias (R$ 1.548), e muitos custaram bem menos, mas isso significa que as pessoas podem voltar a viver uma vida normal. A maioria dos sobreviventes também perdeu seu meio de sustento. Os homens perderam as ferramentas necessárias para profissões como carpintaria e mulheres as máquinas de costura e outras ferramentas de artesanato se foram. As plantações de fazendeiros foram levadas e as terras estão impróprias para cultivar qualquer coisa. Parceiros locais do Fundo Barnabas estão trabalhando com pessoas para ajudar a encontrar maneiras alternativas para eles conseguirem um sustento provendo treinamento ou os ajudando a começar pequenos empreendimentos como criação de porcos ou galinhas. Mencionando Deuteronômio 15:11, um parceiro de projeto Indiano disse que o Fundo Barnabas “exemplifica os ensinamentos do nosso Senhor. Com certeza isto irá ajudá-los a recuperar e reestabelecer suas vidas.” Sempre haverá pobres na terra. Portanto, eu ordeno a você que abra o coração para o seu irmão israelita, tanto para o pobre como para o necessitado de sua terra. (Deuterômio 15:11)
18 Março/Abr il 2019 Ajuda Barnabas
Em contato
O que vai acontecer com seus teso uros terrenos quando você for para a gló ria?
Através de seu sábio planejamento e investimentos você pode continu ar sendo uma benção para a Igreja pers eguida durante muito tempo depois que tiver ido para a glória. Uma vez que seus entes queridos foram cuidados, qual será o seu legado?
Por favor lembre-se do Fundo Barnab as em
seu testamento Sua oferta pode ir longe para abenço ar outros Cristãos. O papel do Fundo Barnabas como canal de esperança e ajuda de Cristãos, através de Cristãos , para Cristãos significa que seu lega do será usado para maior impacto em sua vasta família Cristã, que estão sofr endo em Nome de Cristo.
Os inspire a se manter firmes em sua fé em meio às provações
Você pode levar restauração a fiéis que sofreram violência, alimentar Cristãos enfrentando fome e carência , dar abrigo para famílias desabrigadas, fortalecer Cristãos, irmãos e irmãs em Cristo com Bíb lias, treinar crianças para crescerem na fé através de educação Cristã, e leva r transformação para as vidas de fiéis desfavorecidos.
Seu legado pode viver por gerações
Sua oferta pode salvar da pobreza e sofrimento gerações futuras de Cristãos continuando seu testemu nho do amor de Cristo depois que sua peregrinação por esta terra estiver terminada, confirmando a conexã o de uns com os outros do Corpo de fiéis.
Doce sucesso no evento de apicultura em Redruth, Reino Unido que transforma vidas de Cristãos trabalhadores de olaria no Paquistão A congregação da Igreja Batista de Redruth tem estado ocupada com um evento de uma manhã de apicultura e mel, levantando R$ 7.185 para libertar do trabalho forçado, famílias de trabalhadores de olaria Paquistaneses. Participantes do evento da “manhã de mel” se deliciaram com bolos e biscoitos feitos com mel, enquanto aprendiam sobre o negócio de apicultura com um apicultor experiente que é membro da igreja. O gentil apicultor também doou todos os produtos deliciosos do mel de suas abelhas naquele ano que foram utilizados com entusiasmo no evento.
Esperança e ajuda para Cristãos perseguidos
Uma agência de ajuda com uma diferença
Ajuda alimentícia para Cristãos na Síria
de Cristãos
através de Cristãos
barnabasfund.org/brasil Barnabas está do lado dos nossos irmãos e irmãs Cristãos aonde eles sofrem discriminação e perseguição, provendo ajuda através de nossos parceiros locais, encorajando oração e contando sua história que não é contada. Sensibilizando, orando, advogando e despesas gerais corresponde a somente 14% de todo rendimento Nós enviamos 86% da sua doação para abençoar nossos irmãos e irmãs vivendo sobre pressão e perseguição pela sua fé
para Cristãos
No momento, infelizmente nós só aceitamos cartões internacionais e pagamentos pelo PayPal. Por favor, tenham paciência com a gente uma vez que em breve iremos aceitar cartões nacionais (Brasileiros). Se você não é capaz de doar neste momento, por favor continue orando por seus irmãos e irmãs em Cristo que estão sofrendo perseguição como resultado de sua fé. Muito obrigado e Deus te abençoe.
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Odiados sem um Motivo A notável história de Cristãos perseguidos ao longo dos séculos Patrick Sookhdeo “Se eles me perseguem, vocês também serão perseguidos,” disse o Senhor Jesus Cristo para Seus seguidores iniciais. Fiéis Cristãos têm sofrido pelo seu Senhor ao longo dos séculos e ao redor do mundo. Odiados sem um Motivo conta as gloriosas histórias de sua coragem, fé e resistência, incluindo muitos exemplos tocantes e inspiradores que são pouco conhecidos. Em um nível muito pessoal, o livro do Dr. Sookhdeo considera as diferentes maneiras nas quais Cristãos poderiam responder a perseguição. Ele também explora a ampla abrangência das causas da perseguição durante mais de duzentos anos, seja ela religiosa, política, econômica ou ideológica, encontrando lições do passado que são relevantes e aplicáveis no século vinte e um. ISBN: 978-1-7321952-4-0 Capa: Brochura Preço de venda recomendado: R$ 127,25 Postagem : R$ 20,50
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