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EDIÇÃO N° 3 2019
FUNDO BARNABAS - AGÊNCIA DE AJUDA PARA A IGREJA PERSEGUIDA - TRAZENDO ESPERANÇA PARA OS CRISTÃOS QUE SOFREM
SUDESTE ASIÁTICO Bíblias fortalecem fiéis longâminos
NIGÉRIA
300 mortos em ataques, enquanto Deus intervém para salvar 72 vidas
SEU FILHO. SUA ESCOLHA.
Nova campanha para apoiar o direito dos pais de retirar os filhos
TERRITÓRIOS QUE DEUS NÃO IRÁ ESQUECER Deus é fiel para com Seu povo na Ásia Central
A Diferença do Fundo Barnabas Nós trabalhamos: ●● Direcionando nossa ajuda prioritariamente para Cristãos, embora possa beneficiar outros (“Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé. ” Gálatas 6:10, ênfase adicionada) ●● Direcionando recursos de Cristãos para Cristãos (nós não enviamos pessoas, só enviamos dinheiro) ●● Direcionando o dinheiro através de estruturas existentes nos países para qual o dinheiro é enviado (ex. Igrejas locais ou organizações Cristãs) ●● Utilizando o dinheiro para financiar projetos desenvolvidos por Cristãos locais em suas comunidades, países ou regiões ●● Considerando qualquer pedido, independentemente do tamanho ●● Agindo como parceiros iguais com a Igreja perseguida, nos quais os lideres ajudam no direcionamento geral ●● Agindo em nome da Igreja perseguida, sendo a sua voz – tornando suas
Como nos encontrar Brasil Londrina - PR Telefone: +55 43 3029-8705 Email: informacoes@barnabasfund.org EUA 6731 Curran St, McLean, VA 22101 Telefone (703) 288-1681 ou ligue grátis 1-866-936-2525 Fax (703) 288-1682 Email usa@barnabasaid.org Austrália PO BOX 3527, LOGANHOLME, QLD 4129 Telefone (07) 3806 1076 ou 1300 365 799 Fax (07) 3806 4076 Email bfaustralia@barnabasfund.org
O que faz com que o Fundo Barnabas seja diferente de outras organizações Cristãs que lidam com perseguição?
necessidades conhecidas pelos Cristãos ao redor do mundo e a injustiça de sua perseguição conhecida a governantes e as organizações internacionais
Nós buscamos: ●● suprir tanto necessidades práticas como espirituais ●● encorajar, fortalecer e capacitar a Igreja local e comunidades Cristãs existentes – para que eles possam manter sua presença e testemunho ao invés de montar nossa própria estrutura e enviar missionários ●● enfrentar a perseguição em sua raiz tornando conhecido os aspectos da fé Islâmica e outras ideologias que podem resultar em injustiça e opressão aos Cristãos e a outros ●● informar e habilitar Cristãos no Ocidente para responder ao Islamismo, que tem sido um desafio crescente para a Igreja, para a sociedade e para as missões em seus próprios países
perseguida provendo material de oração compreensível ●● defender e proteger nossos voluntários, equipes, parceiros e beneficiados ●● manter nossos custos baixos
Nós acreditamos: ●● nós somos chamados a endereçar ideologias tanto religiosas quanto seculares que negam à completa Liberdade das minorias Cristãs – enquanto continuamos a mostrar o amor de Deus para todas as pessoas ●● no ensino Bíblico claro de que Cristãos devem tratar todas as pessoas, de todas as religiões e credos com compaixão, mesmo aqueles que buscam persegui-los ●● no poder que a oração tem de mudar a vida e situação das pessoas, seja pela graça para enfrentar o sofrimento ou pelo livramento
●● facilitar a interseção global pela Igreja
“O que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram. ”
Você pode entrar em contato o Fundo Barnabas nos seguintes endereços Fax 024 7683 4718 De fora do Reino Unido Telefone +44 24 7623 1923 Fax +44 24 7683 4718 Email info@barnabasfund.org Número de registro de caridade 1092935 Empresa registrada na Inglaterra com o número 4029536 Para uma lista com todas instruções, favor entrar em contato Barnabas Fund UK em Coventry endereço acima. Nova Zelândia PO Box 276018, Manukau City, Auckland, 2241 Telefone (09) 280 4385 ou 0800 008 805 Email office@barnabasfund.org.nz
Brüder que irá prover um recibo para deduzir imposto. Favor mencionar que a doação e para “SPC 20 Barnabas Fund”. Se quiser que sua doação vá para um projeto especifico, do Fundo Barnabas, favor informar o escritório do Fundo Barnabas em Pewsey, UK. Titular da conta: Hilfe für Brüder International e.V. Número da conta: 415 600 Banco: Evang Kreditgenossenschaft Stuttgart IBAN: DE89520604100000415600 BIC: GENODEF1EK1 Irlanda do Norte e República da Irlanda PO Box 354, Bangor, BT20 9EQ Telefone 028 91 455 246 ou 07875 539003 Email ireland@barnabasfund.org
Reino Unido 9 Priory Row, Coventry CV1 5EX Telefone 024 7623 1923
Alemanha Doadores da Alemanha podem enviar doações para o Fundo Barnabas via Hilfe für
Singapura Cheques em dólares da Singapore nominais a “Olive Aid Trust” devem ser enviados para:
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Publicado por Barnabas Aid Inc.
nomes podem ter sido modificados ou omitidos. Obrigado pela compreensão.
MARÇO/ABRIL 2019
Todo esforço foi feito para encontrar os autores e obter permissão para as histórias e imagens utilizadas nesta publicação. O Fundo Barnabas pede
6731 Curran St, McLean, Virginia 22101, USA Email info@barnabasfund.org
(Mateus 25:40)
A menos que mencionado, as referências da Bíblia são retiradas da Nova Versão Internacional. Capa: Cristãos na Ásia Central
Olives Aid Sdn Bhd, P.O. Box 03124 Subang Jaya, 47507 Selangor, MALAYSIA Doadores da Singapura podem enviar doações para Fundo Barnabas online via Olive Aid Trust: Beneficiário: OLIVE AID TRUST Nome do Banco: United Overseas Bank (Malaysia) Berhad Código Swift: UOVBMYKL Localização: KUALA LUMPUR Número da conta: 140901-654-0 Sede International The Old Rectory, River Street, Pewsey, Wiltshire SN9 5DB, UK Telefone 01672 564938 Fax 01672 565030 De fora do Reino Unido: Telefone +44 1672 564938 Fax +44 1672 565030 Email info@barnabasfund.org
Editorial
Conteúdo
Quando Deus envia carruagens de fogo
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*Mais detalhes na página 12
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Ásia Central Equipando a crescente Igreja em países da Antiga União Soviética da Ásia Central
Impulsionando
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eus é glorificado quando Seu povo fiel enfrenta perseguição, até à morte. Mas às vezes Ele escolhe glorificar Seu nome através de uma intervenção dramática para salvar vidas na terra. Um maravilhoso rol de heróis da fé, o qual lemos no décimo primeiro capítulo de Hebreus, se move perfeitamente do final até a segunda metade do versículo 35. Com uma perspectiva divina, parece que todos são abençoados, seja por uma intervenção dramática e milagrosa ou pela honra do sofrimento e do martírio. O Fundo Barnabas frequentemente relata a violência contra os Cristãos que tem assolado por vários anos o norte da Nigéria. Sejam os militantes do Boko Haram ou agricultores Fulanis, o comportamento em geral é muito conhecido – homens armados invadem as vilas de maioria Cristã matando quem não consegue fugir. Então eles incendeiam as casas, igrejas, lojas de alimentos e qualquer escola ou clínica que possa haver. Milhares de Cristãos já morreram em tais ataques, principalmente mulheres, crianças e idosos que não conseguem fugir. Muitos outros ficaram desabrigados e desamparados. Em Fevereiro e Março, uma série de tais ataques deixou aproximadamente 300 Cristãos mortos* só no estado de Kaduna; estupros brutais e mutilações com machetes (um tipo de facão) também foram relatados. Na vila de Karamai, 41 pessoas morreram, praticamente todas eram mulheres e crianças mais alguns idosos e homens cegos. No distrito de Kajuru, os corpos de 73 mulheres, algumas grávidas e 101 crianças, incluindo bebês no colo de suas mães, foram enterrados em sepulturas coletivas. Mas ao mesmo tempo, surgiu na Nigéria, através de uma missão social internacional muito respeitada e realista, notícias de um acontecimento contrastante. Esta envolve um grupo de aproximadamente 500 Cristãos que se converteram do Islamismo. Excepcionalmente eles se reuniram nesse grande número depois de sofrerem ataques dos militantes Islâmicos do Boko Haram. Mas então eles foram atacados novamente. A maioria conseguiu escapar, mas 76 foram capturados elevados para o campo do Boko Haram onde foram torturados. Os quatro homens, líderes dos fiéis capturados receberam ordens do Boko Haram para renunciar sua fé Cristã e retornarem para o Islamismo, ou eles seriam mortos. Os quatro se recusaram e de fato foram mortos na frente de seus familiares e amigos. Uma semana depois, as quatro viúvas dos homens assassinados receberam a ordem para renunciarem sua fé e retornarem para o Islamismo, caso contrário, seus filhos seriam mortos. Foi dado a elas tempo para pensar sobre esta terrível escolha, mas, enquanto estavam juntas e agoniadas naquela noite, as crianças entraram correndo no quarto, e animadas disseram para suas mães que Jesus tinha aparecido para elas e disse para elas que tudo ficaria bem. Então Jesus apareceu para todos os 72 do grupo e disse para eles não temerem pois Ele iria protegê-los. Ele disse que eles não deveriam renunciá-Lo mas permanecerem fortes, e que ELe é o Caminho, a Verdade e a Vida. No dia seguinte, os militantes do Boko Haram alinharam as crianças contra a parede e perguntaram para as quatro mães se elas iriam negar Jesus e voltar para o Islamismo. Todas disseram “Não.” Os soldados prepararam suas armas para mirar nas crianças, quando de repente começaram a arranhar suas próprias cabeças e a gritar “Cobras! Cobras!” Eles correram do local e alguns deles caíram mortos no chão. Um dos homens Cristãos alcançou a arma de um militante morto, mas uma menina de apenas quatro anos de idade, a mais nova das crianças, colocou sua mão em seu braço e o parou. “Você não precisa fazer isso”, ela disse. “Você não consegue ver o homem de branco lutando por nós?” Alguns perguntam se tal história maravilhosa pode ser verdade. Esta é uma ótima pergunta. Todos nós sabemos que Deus pode fazer tais milagres, como por exemplo quando Ele cobriu a montanha com cavalos e carruagens de fogo para salvar Eliseu do rei Arameu (2 Reis 6:17). Mas nem todas as afirmações feitas pela igreja Perseguida no século vinte e um é precisa. Portanto, os Cristãos locais da Nigéria montaram um Comitê de Discernimento para investigar a história contada pelos 72 sobreviventes. Uma das ações do Comitê de Discernimento era criar um livro com 26 figuras de Jesus. O livro foi mostrado para cada um dos 72 homens, mulheres e crianças, para os quais foi pedido que escolhessem a imagem que mais parecia com o homem que apareceu para eles naquela noite. Todos os 72 escolheram a mesma imagem. Então vamos nos alegrar pois nosso soberano Senhor continua agindo com poder para salvar o Seu povo daqueles que planejam fazer mal a eles. Nós podemos nos perguntar por que Ele não faz isso sempre, por que, até mesmo desta vez, Ele permitiu que os quatro maridos e pais fossem assassinados. Mas, como Cristãos, sabemos que Seus caminhos não são nossos caminhos (Isaías 55:8) e podemos nos consolar pois Ele está trabalhando em todas as coisas juntas para o bem eterno daqueles que O amam (Romanos 8:28).
Compaixão em Ação “Jardim do chá” escolas Cristãs dão nova esperança em Bangladesh
Uma História da Perseguição Cristã Parte II: Sul da Ásia
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Seu Filho Sua Escolha A liberdade para pais decidirem sobre relacionamentos e educação sexual
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Em Resumo Quase 300 Cristãos Nigerianos assassinados por militantes Fulanis
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Bíblias para o Sudeste Asiático Mais de 100.000 Bíblias distribuídas para Cristãos famintos da Palavra de Deus
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Em Contato Fluxo de doações para projeto de abastecimento de água em Camarões
como barnabas está ajudando Centro Cazaque ajuda convertidos rejeitados Muitos Muçulmanos, entre outros estão se convertendo ao Cristianismo no Cazaquistão, frequentemente salvos através de ministérios de igrejas que os ajudam a vencer problemas com drogas e alcoolismo. Mas muitos ainda enfrentam rejeição pela maioria da sociedade, especialmente se deixaram o Islamismo para seguir a Cristo. Uma igreja local está construindo um prédio para esses novos crentes, onde eles podem viver enquanto gradativamente vão se acostumando com sua nova vida e novo estilo de vida. Durante este tempo, a igreja os ajuda a encontrar emprego, resolver a documentação e – quando possível – restaurar os relacionamentos com suas famílias. O ministério se auto sustenta no que diz respeito às necessidades cotidianas. Eles criam lobos de caça Cazaques, o que gera uma boa renda. Eles também têm pequenas comunidades agrícolas que provém alimento assim como trabalho para alguns dos novos convertidos. Mas estes projetos não geram renda suficiente para arcar com os custos de construção do prédio para acolhimento, então o Barnabas interveio.
Quando um sanduíche depois da igreja significa muito para refugiados Sudaneses Durante a terrível guerra civil do Sudão, quando o Sul de maioria Cristã tentou resistir a implantação da lei sharia pelo Norte, cerca de 5 milhões de Sudaneses do Sul fugiram de sua terra natal. Alguns se estabeleceram no Egito, mas vivem em extrema pobreza. No Cairo, o Barnabas ajuda cinco igrejas a alimentar Cristãos Sudaneses que frequentemente viajam horas de estômago vazio para irem à Igreja. Dezenas de milhares de sanduíches e lanches de todas as variedades, desde feijão a falafel, são fornecidos todos os anos para centenas de Cristãos Sudaneses. Memi (19 anos) realmente reconhece o alimento como “um sinal da bondade de Deus nas circunstâncias tão ruins na qual vivemos”. Christina (22 anos) escapou do Sudão junto com seus pais e sete irmãos e irmãs. Ela perdeu muitos anos de estudo por causa da guerra civil e somente recentemente completou o segundo grau no Egito. Ela diz, “Nosso culto dura três horas no Domingo, e somos muito gratos por recebermos sanduíches depois do culto.”
“Permanecer e Dar Frutos” conferência de mulheres em Uganda Em Dezembro de 2018, mais de mil mulheres Cristãs de todo o norte de Uganda foram encorajadas e ensinadas em uma conferência com o tema “Permanecer e Dar Frutos” (João 15:1-17). O Fundo Barnabas ajudou com os custos da conferência. Uma sessão teve o título “Minha filha e a influência Muçulmana”. Muitos Muçulmanos Africanos procuram ativamente meninas Cristãs para casar e converter ao Islamismo. Alguns recebem dinheiro para conseguirem esposas Cristãs (pagam mais se for filha de pastor). Esta parte da conferência alertou e preparou mães Cristãs para que estejam cientes do perigo de suas filhas serem conquistadas por homens Muçulmanos românticos. Também cobriu o tema de como ajudar uma filha que já se casou com um Muçulmano. “Eu sei o que fazer quando minha filhar tiver um namorado Muçulmano. Eu pensava que estávamos adorando o mesmo Deus com os Muçulmanos. Meus olhos foram abertos,” disse uma mãe.
Pastor da Igreja com um dos lobos de caça Cazaques R$ 33.197,00 para material de construção e ferramentas; o trabalho de construção é feito por voluntários da igreja e do Ministério Referência do projeto: 00-637 (fundo de contrução de igreja e ministério)
Alimentando jovens refugiados Cristãos Sudaneses no Egito
Mães Cristãs aprendem como proteger suas filhas em um contexto Islâmico
R$ 23.756,00
R$ 21.323,00
Referência do projeto: 48-1138
Referência do projeto: PR1387
Compaixão em ação
Fortalecido e encorajado. Isto é o que ouvimos frequentemente dos Cristãos que receberam ajuda do Fundo Barnabas. Obrigado por tornar isso possível. Aqui estão somente alguns exemplos das diversas maneiras pelas quais temos ajudado os Cristãos perseguidos e que vivem sobre opressão.
“Jardim do chá” escolas proporcionam educação em áreas remotas de Bangladesh Lindas plantações de chá, conhecidas também como “Jardins do Chá”, nas remotas montanhas de Sylhet, no nordeste de Bangladesh são tratadas por trabalhadores dos jardins do chá que sofrem com baixos salários, analfabetismo e falta de habilidades. Muitos deles são Cristãos. O Fundo Barnabas sustenta cinco pequenas escolas Cristãs primárias nesta região provendo parte dos recursos para pagamento dos salários de cinco professores. Em 2018, as cinco escolas tiveram um total de 188 alunos matriculados (96 meninos e 92 meninas). Nilmoni, é uma das trabalhadoras dos jardins do chá, viúva e com dois filhos pequenos em uma das escolas. Shuvankar, seu filho quer ser um professor para que possa ajudar sua comunidade subdesenvolvida a prosperar na educação. Ele é grato ao Fundo Barnabas por ajudar a escola, sem o qual ele não poderia “aprender a luz da educação”.
Shuvankar com sua irmã e sua mãe viúva R$ 10.572,00 direcionado para o salário dos cinco professores por um ano Referência do projeto: PR1438
Fortalecendo igrejas no antigo reino Hindu do Nepal A igreja começou como um mero grão de mostarda no Reino Hindu do Nepal em 1951, escondida, mas crescendo … e crescendo … e crescendo. O Barnabas está ajudando a financiar cursos de educação teológica no Nepal para treinar e equipar novos convertidos e líderes. No final do segundo semestre de 2018 foram treinados 70 tutores e 288 novos alunos se matricularam nos cursos de treinamento Bíblico. Um membro de uma igreja explica o efeito dos cursos, “ Eu ia para a igreja, lia a Bíblia e cantava no louvor, mas isso era tudo; na verdade eu não tinha entendido nada. Agora eu vejo muita diferença na minha vida. Eu entendi e reconheci a importância da adoração, do estudo da Bíblia, da igreja e da comunhão, assim como os métodos de estudos Bíblicos.” Singa Bahadur Tamang dá uma perspectiva do pastor. Agora, depois de estudar, os membros de sua igreja estão “ajudando a igreja através de encontros em casa, trabalhos financeiros entre outros tipos. Antes eles nunca tinham perguntado sobre o trabalho da igreja”.
Pastor Singa Bahadur Tamang R$ 76.350,00 para treinar e equipar líderes de igrejas e membros Referência do projeto: 89-946
Ajuda Barnabas Maio/Junho 2019 5
Alimento e roupa de cama para Cristãos desabrigados no Myanmar (Birmânia) O Barnabas continua fornecendo itens essenciais para ajudar a tornar suportável a vida de Cristãos Kachin perseguidos sofrendo nas difíceis condições dos campos de pessoas desabrigadas internamente (PDI). Uma recente doação garantiu cobertores (R$ 54,00 cada) e sacos de dormir (R$ 27,00 cada) em três campos remotos, trazendo carinho e conforto, com o começo da temporada de frio, quando as temperaturas caem significativamente. “Mang” (68 anos) fugiu apressadamente com sua família quando os ataques do exército chegaram a sua vila há sete anos. Partindo sem nada, eles estavam “famintos, assustados e com frio” ainda crendo que Deus estava cuidando deles. Mang expressou sua gratidão, “Eu sei que Deus ouviu minhas orações e mesmo pessoas de longe estão orando por nós e nos dando esses presentes.” Peixe seco e soja fermentada também foram distribuídos para as famílias desabrigadas. Estes alimentos simples são ricos em proteínas. “Paw” (67 anos) disse, “Nosso futuro está nas mãos de Deus. Muito obrigado por compartilhar a mensagem de esperança conosco, e muito obrigado pelos deliciosos peixes secos e grãos de soja.”
Mang ficou maravilhada com seus novos cobertores, substituindo os antigos que “não aqueciam mais” R$ 266.111,00 para alívio de 5.400 pessoas Referência do projeto: 75-763
6 Maio/Junho 2019 Ajuda Barnabas
Ásia Central
TERRITÓRIOS QUE DEUS NÃO IRÁ ESQUECER
Barnabas pagou metade dos custos de um seminário para líderes de cerca de 100 pequenas congregações no Cazaquistão
(Por motivos de segurança, algumas vezes nós não publicamos os nomes das pessoas, grupos de igrejas e especificação de locais em nações da antiga União Soviética)
Ásia Central
A
perseguição a Cristãos em países da antiga União Soviética na Ásia Central é, com certeza, má notícia. Mas, ironicamente, também é boa notícia pois é evidência de que as pessoas destes países estão aceitando as Boas Novas de Jesus Cristo em grande número e seguindo a Ele fielmente. Historicamente, comunidades Cristãs existiram nesta vasta região, mas foram destruídas pela invasão do Islamismo que começou por volta do século oitavo. No século vinte, as religiões da região foram brutalmente oprimidas pela União Soviética comunista. Quando ela se dividiu em 1991, não foram somente novos países que passaram a existir, mas também fugazes igrejas de convertidos do Islamismo emergiram, que agora lutam por suas vidas espirituais, oprimidas por ditaduras seculares e também por Muçulmanos extremistas. Em 2018 o Fundo Barnabas sustentou 49 projetos nesta região, dos quais 42 são permanentes, fornecendo para nossos irmãos e irmãs em Cristo apoio e recursos para ajudá-los com os problemas práticos que enfrentam, para os encorajar em sua fé e possibilitar que continuem espalhando as Boas Novas de Jesus Cristo.
Barnabas Aid May/June 2019 7
conseguirem, tornando-as assim, ilegais. Desde 2011, uma organização religiosa no Cazaquistão precisa ter 50 membros para viver localmente, enquanto no Quirguistão, uma lei de 2009 exige 250 assinaturas de membros para conseguir o registro, e no Turcomenistão, desde 2016, 50 membros fundadores são exigidos. O Turcomenistão tem suas raízes Cristãs desde o século terceiro, mas agora é um país isolado e fechado, dominado pelo Islamismo e pelo culto à personalidade presidencial. Igrejas no Cazaquistão que não conseguem se registrar estão sujeitas a invasão policial em suas reuniões e nas casas dos membros; multas, detenção e prisão; apreensão de equipamentos da igreja e de literatura Cristã; e ao fechamento de prédios de igrejas. Mas em Abril de 2018, foi exigido que até mesmo igrejas registradas do oeste do país enviassem os nomes completos, idades, aonde esdudam e número de identificação designado pelo estado de todas as pessoas com menos de 18 que frequentam as reuniões da igreja. Um agente do governo admitiu que a exigência de dados pessoais, “não foi feita para os Muçulmanos ... somente para os Cristãos”.
Perseguição se torna pessoal no Quirguistão
Frequentemente em países da Ásia Central a perseguição mais dolorosa é contra Cristãos que se converteram do Islamismo. É com frequência que estes Cristãos são envolvidos em um constante conflito com a comunidade Islâmica local e até mesmo membros da família que se voltam contra eles. No Quirguistão, uma nação sem litoral com seis milhões de pessoas, dos quais 86% são Muçulmanos, os perseguidores são frequentemente protegidos ou encorajados por policiais corruptos. Em Maio de 2018, uma mulher Cristã do Quirguistão, recentemente convertida do Islamismo, foi mantida cativa em sua casa e espancada por sua família Muçulmana por se recusar a renunciar sua fé em Cristo. No dia 2 de Janeiro de 2018, uma igreja foi incendiada na mesma região. Quando a polícia chegou para investigar o incêndio, eles queriam saber porque os membros estavam frequentando a igreja ao invés de irem na mesquita. Eles chegaram a insinuar que os fiéis teriam colocado fogo no próprio prédio. Em Outubro de 2018, três homens Muçulmanos quase mataram Eldos, um Cristão de 25 anos convertido do Islamismo, em um ataque na região de Issyk-kul no Quirguistão. Os agressores tentaram forçá-lo a dizer a shahada (o credo Islâmico), cuja recitação é considerada a conversão ao Islamismo por Muçulmanos. Eldos foi espancado maldosamente e deixado sangrando com traumatismos graves, um ferimento no olho e a suspeita de hemorragia no cérebro. Supostamente a polícia tentou mascarar a motivação religiosa do ataque alegando que Eldos foi espancado por tocar música muito alto.
Pequenas igrejas forçadas a violar a lei
Quirguistão, Cazaquistão e Turcomenistão, todos esses países exigem que igrejas sejam registradas, mas as regras para fazer o registro são impossíveis para pequenas igrejas
Crianças frequentando a Escola Dominical em uma cidade do sudeste do Quirguistão
Em uma cidade de uma área dominada por Muçulmanos no sudeste do Quirguistão, o Barnabas fornece ajuda financeira mensal para o pastor de uma comunidade Cristã vibrante. A rede de pequenas congregações de Cristãos convertidos do Islamismo é obrigada a funcionar de forma sigilosa devido à oposição de mesquitas locais, ostracismo social por parte da comunidade Muçulmana e até mesmo ameaças de violência. O pastor e sua esposa visitam as famílias Cristãs que se converteram do Islamismo, os encorajando a ficarem firmes em sua fé. O pastor também realiza encontros regulares em sua própria casa, e tem um ministério para crianças e adolescentes. “Nós temos bons contatos com as pessoas locais e as visitamos em suas casas, compartilhamos o Evangelho e lemos a Bíblia. Alguns deles começaram a frequentar nossas reuniões Cristãs de Domingo,” o pastor nos disse em Janeiro de 2019.
Negócios Cristãos protegidos contra pobreza Frequentemente Cristãos convertidos do Islamismo são perseguidos, não sendo aceitos em empregos. No Quirguistão, muitos negócios só empregam Muçulmanos e insistem que pratiquem o Islamismo
Ásia Central
8 May/June 2019 Barnabas Aid
R Ú S S I A
1. Azerbaijão 10 milhões (96% Muçulmanos, 3% Cristãos) 2. Cazaquistão 18.5 milhões (70% Muçulmanos, 26% Cristãos) 3. Quirguistão 6 milhões (86% Muçulmanos, 14% Cristãos) 4. Tajiquistão 8.9 milhões (90% Muçulmanos, 1.5% Cristãos) 5. Turcomenistão 5.5 milhões (89% Muçulmanos, 9% Cristãos) 6. Uzbequistão 30 milhões (93% Muçulmanos, 4% Cristãos) Esses números são estimativas, pois variam de acordo com as fontes.
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ARÁBIA SAUDITA
ativamente. Com isso, muitos homens Cristãos, que não podem aceitar estas condições, são forçados a deixar suas comunidades em busca de emprego, deixando suas esposas e filhos para trás e suas pequenas igrejas enfraquecidas por sua ausência. Em uma comunidade remota do Quirguistão, o Fundo Barnabas providenciou o sustento para cinco famílias Cristãs convertidas do Islamismo, que estavam em dificuldades para comprarem gado. As famílias foram abençoadas pela ajuda de um descrente que conhecia o mercado de gado. Ele conseguiu as melhores cabeças de gado pelo menor preço, possibilitando que as famílias comprassem 18 animais. “Quando nós compramos cinco cabeças de gado para um dos irmãos, seus filhos não conseguiram dormir porque ficaram a noite toda olhando para os animais! Todas as famílias ficaram muito felizes,” disse um dos Cristãos. Claro que as vacas produzem leite, mas, o mais importante é que elas produzem adubo que é processado usando minhocas para produzir composto bio húmus, que é vendido na primavera. “Ninguém em nossa região trabalha com a produção de bio húmus e é um produto extremamente valioso,” disse um dos homens Cristão. O gado faz com que estes irmãos em Cristo permaneçam com suas famílias e continuem desempenhando papéis importantes em suas congregações Cristãs locais.
Construindo a igreja, tijolo por tijolo
Por causa de sua pobreza, frequentemente congregações na Ásia Central enfrentam dificuldades com os custos de seus locais de reunião. O Fundo Barnabas, portanto, ajuda com a compra, construção e renovação ou equipando os prédios das igrejas. Frequentemente os membros das igrejas ajudam com seu trabalho na construção ou na decoração. Em 2018, no Tajiquistão, uma nação muito pobre que, segundo estimativas, 90% da população é Muçulmana e somente 1,5% é Cristã, o Barnabas financiou a instalação de um sistema
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MONGÓLIA 3 4
I N A C H
ÍNDIA
de aquecimento novo em uma igreja para que os devotos, como crianças e idossos, possam frequentar os cultos durante os meses congelantes de inverno. Em outro país da Ásia Central, foram fornecidos aquecedores e janelas novas para impedir que o frio entre no prédio compartilhado por várias congregações. Frequentemente o Barnabas sustenta prédios registrados de igrejas, o que é pouco, numericamente, mas que podem ser compartilhados por muitas congregações. Ajuda substancial foi dada para construir um novo prédio para uma igreja no Cazaquistão, que agora é compartilhado por quatro congregações. Ter um prédio permanente é muito importante para Cristãos no Cazaquistão. Um prédio permanente possibilita que a igreja comece o processo de registro para que possam se reunir legalmente. Fortalecendo pastores através de treinamentos Um aspecto crucial do trabalho do Barnabas na Ásia Central é possibilitar que líderes de igrejas locais recebam treinamento ministerial e ensino Bíblico que frequentemente não tiveram a oportunidade de receber. Isto ajuda principalmente aqueles que cuidam de novos convertidos, que estão enfrentando perseguição. Em Março de 2018, o Barnabas financiou um retiro de uma semana para uma associação de pastores no Cazaquistão. Foi realizado em uma área turística nas montanhas, uma vez que é menos provável que as autoridades interfiram em tais lugares. Tais encontros também podem ajudar a treinar pastores em uma ampla variedade de habilidades: como resolver conflitos na igreja, ajudar pessoas com problemas familiares e melhorar a segurança para evitar que sejam perseguidos. Um benefício extra destes retiros é que líderes de igrejas isoladas e muito pressionadas e trabalhadores podem encorajar uns aos outros. “O Cazaquistão é um país muito grande e muitos dos líderes de nossas igrejas não têm qualquer comunicação uns com os outros ou com líderes mais velhos de nossa associação,” um dos
Ásia Central
Barnabas Aid May/June 2019 9
organizadores disse ao Barnabas que “alguns desses pastores estão à beira de um colapso emocional . Estes encontros os ajudam a se recuperar emocional e espiritualmente.” Em 2018, nós também financiamos um seminário de três dias no Cazaquistão para ajudar o treinamento de líderes de pequenos grupos de aproximadamente 100 congregações domiciliares, atendendo aproximadamente 600 Cristãos. “Minha
Com a ajuda do Barnabas, um grupo de pastores do Cazaquistão visitou a Mongólia, para realizar um seminário para convertidos do Islamismo Cazaqueses que moram na Mongólia
casa igreja está à beira do colapso. Eu queria deixar o ministério. Eu sou grato que pessoas tão boas chegaram e realizaram um seminário,” disse um dos pastores, que ficou espiritualmente animado e motivado a continuar seu ministério. Frequentemente os convertidos do Islamismo escolhem se encontrar em pequenos grupos do que em grandes reuniões, para não chamar atenção da maioria Muçulmana.
Esperança para Uzbequistão com o novo presidente
Por muitos anos, o Uzbequistão era o pior país na Ásia Central em relação ao seu tratamento para com os Cristãos, mas o Presidente Shavkat Mirziyoyev, que assumiu o poder em 2016 é muito mais tolerante em relação a atividades religiosas do que seu antecessor. Em 2017 foram realizadas no Uzbequistão, celebrações oficiais para marcar o aniversário de 500 anos da Reforma Protestante e, pela primeira vez em quase duas décadas, congregações locais e prédios de igrejas conseguiram obter o registro para poderem funcionar legalmente. A primeira Bíblia em Uzbeques foi disponibilizada em 2017, e naquele ano, 3.000 foram vendidas legalmente pela Sociedade Bíblica do Uzbequistão. Das quais, quinhentas foram financiadas pelo Fundo Barnabas. “É importante para nós porque estas cópias são oficialmente autorizadas para o uso e não podem ser confiscadas,” disse um contato local do Barnabas. Cerca de 93% da população do Uzbequistão é Muçulmana. No século quatorze, Tamerlane, que é celebrado como um herói entre o povo Uzbeque, quase erradicou o Cristianismo por completo. E, apesar da atitude um pouco mais tolerante do governo central, Cristãos – principalmente convertidos do Islamismo
– ainda enfrentam perseguição de outras fontes como parentes Muçulmanos, agentes do governo local e extremistas Islâmicos. Se reunir para orar em casas particulares continua sendo ilegal e geralmente aqueles que são pegos são levados ao tribunal no dia seguinte e têm que pagar uma multa. Graças à Deus – as multas se tornaram muito menores desde que Mirziyoyev assumiu o poder.
É ilegal dar a Palavra de Deus como presente Em Janeiro de 2019, um Cristão foi multado no valor de duas semanas de trabalho por dar uma cópia do Novo Testamento em Usbeques como um presente para uma mulher. O tribunal ordenou que o livro fosse destruído. Usar o Novo Testamento para “propósitos missionários” é um crime, de acordo com o Comitê do Governo para Assuntos Religiosos. Na delegacia o homem foi informado que seu caso seria conduzido pelo Departamento de “Luta contra o Extremismo e o Terrorismo” e que ele estava sendo acusado de infringir duas leis distintas. Elas eram Artigo 184-2 do Código Administrativo que se refere à produção e armazenamento ilegal ou importação de material religioso para distribuição e o Artigo 240-2 banindo o proselitismo. O Sudeste do Uzbequistão faz fronteira com o Tajiquistão. Como no Uzbequistão, as autoridades do Tajiquistão se esforçam para impedir que Muçulmanos obtenham literatura Cristã. Em Janeiro de 2019, 5.000 calendários enviados para Cristãos em igrejas evangélicas registradas no Tajiquistão foram queimados pelas autoridades. Os calendários continham versículos Bíblicos e as autoridades disseram para um líder da igreja que o número de calendários era muito maior do que o número de Cristãos que acreditam ter no país. Importação e distribuição literatura religiosa devem ser aprovada pelas autoridades Tajiquistanesas e apreensões parecidas levaram Cristãos à prisão. Como o Pastor Bakhrom Kholmatov, pai de três
Calendários com versículos Bíblicos para 2019, confiscados e queimados pelas autoridades do Tajiquistão
Autoridades do Tajiquistão filmaram a queima dos 5.000 calendários contendo versículos Bíblicos
Ásia Central
10 May/June 2019 Barnabas Aid
filhos com pouco mais de 40 anos, que foi preso em 2017 com pena de três anos de prisão depois que a polícia confiscou hinários “subversivos” em sua igreja. Assistência médica vital financiada pelo Fundo Barnabas levou grande alívio para Cristãos assolados pela pobreza e líderes Cristãos em outro país da Ásia Central. Os Cristãos enfrentam tanta perseguição que tiveram efeitos adversos em sua saúde. O Barnabas financiou uma equipe de médicos que visitou uma região remota onde existe uma igreja. A equipe ficou por uma semana, usando o próprio prédio da igreja como uma clínica temporária. Mais de 600 Cristãos e 46 pastores de vilas próximas visitaram a clínica e receberam assistência médica sem custos. “Cristãos levaram seus amigos não convertidos e isto foi um bom testemunho. Ajudou-nos a mostrar o amor de Jesus por eles,” um contato local do Barnabas nos relatou.
2.042
Cristãos em três países da Ásia Central receberam treinamento teológico e outros treinamentos de liderança com a ajuda do Fundo Barnabas em 2018
14.500
Bíblias e outros itens da literatura Cristã foram fornecidos pelo Fundo Barnabas em dois países da Ásia Central em 2018
Olhando para o futuro
Em muitos países da antiga União Soviética os Cristãos são envolvidos em uma constante luta para seguir sua fé e em muitas regiões é negado a eles a liberdade de se reunirem para adorar livremente. Entretanto, desde a queda do regime comunista Soviético, centenas de novas igrejas foram plantadas em muitas comunidades e existe grande esperança de mais boas novas no futuro. Doações para o Fundo Geral da Ásia Central (referência 00-1125) serão usadas para ajudar diversos projetos na Ásia Central, alguns deles são muito delicados para se escrever a respeito.
AZERBAIJÃO:
De perseguidora a seguidora Uma vaca desempenhou um papel único na vida de Rena, que de perseguidora se tornou uma seguidora de Cristo em uma cidade no Azerbaijão, uma nação que 96% da população é muçulmana. Rena frequenta uma igreja que está crescendo, a qual recebe ajuda do Fundo Barnabas para pagar os custos de aluguel de um local para se reunir. Ela compartilhou seu testemunho com um contato local do Fundo Barnabas. Rena estava furiosa porque sua irmã e sua mãe tinham se tornado Cristãs e as desprezou, além de gritar com elas, “Vocês vão nos envergonhar diante das pessoas, talvez coloque uma cruz na nossa casa?” Sua mãe simplesmente segurou um Novo Testamento e disse, “Se você soubesse sobre este livro, você iria querer lê-lo.” Um dia Rena perdeu sua vaca e passou três dias procurando em vão pelo animal. Ela disse ao Barnabas que no terceiro dia ela pensou, “Elas dizem que Jesus Cristo está vivo. Se é verdade que minha vaca retorne para mim, e eu vou acreditar nEle. “Quando escureceu nós estávamos andando na estrada e nas luzes dos carros eu vi alguma coisa correndo em nossa direção. Era a minha vaca! Então eu disse, ‘Senhor, eu acredito que Você é real’ e quando eu voltei para meu quintal com a vaca eu disse ‘Minha vaca foi encontrada e Jesus Cristo fez isso acontecer!’ Desde aquele dia eu sou uma Cristã e eu estou seguindo a Jesus,” Rena nos disse. Agora a igreja plantou mais duas novas igrejas em uma cidade e vila no Azerbaijão e em Novembro de 2018 celebrou o primeiro aniversário de seu registro oficial como igreja. Anteriormente seu pedido foi rejeitado seis vezes!
Uma mulher é batizada em 2018 no Azerbaijão
A igreja que Rena frequenta no Azerbaijão celebrou o aniversário de seu registro em Novembro de 2018. Anteriormente, o pedido de registro da igreja tinha sido rejeitado seis vezes antes de ser aceito
Um ministério infantil em uma igreja no Azerbaijão se beneficiou da ajuda do Barnabas em pagar dois terços dos custos de aluguel de duas salas adicionais
Impulsionando
Uma História da
Perseguição Cristã A Cruz de Taxila foi descoberta em 1935 perto do local da antiga cidade de Sircape, perto de Taxila, no Paquistão. Datada provavelmente do segundo século d.C., a cruz é considerada por Cristãs Paquistanesas como um sinal tangível do patrimônio do seu país
11 Sul da Ásia Presença dos primeiros Cristãos1
Os Cristãos do Sul da Índia têm fortes tradições de que o Evangelho foi levado para o subcontinente Indiano pelo apóstolo Tomé, em 50 ou 52 d.C. Os Cristãos de Mar Thoma de Kerala acreditam que ele fundou igrejas em sete cidades e ganhou milhares de convertidos de diversas castas. A tradição também diz que ele sofreu muitas acusações e oposições de outros reis. Finalmente ele foi morto a facadas em Chennai por se recusar a adorar Kali, uma deusa Hindu. Os Faquires de Thatta Nagar, no Paquistão, também acreditam que são descendentes de convertidos batizados por Tomé em Thatta (próximo da cidade moderna de Karachi). Eles alegam possuir os livros entre outros artefatos que provariam a ligação mas não os mostram para estranhos.2 O mais antigo relato escrito sobre Thomas no Sul da Ásia é da Igreja Siríaca e provavelmente foi escrito entre 180 e 230 d.C. Descreve Tomé pregando nas vilas do território do Rei Gundapharos, uma figura histórica real. Sua capital era Sirkap (perto de Taxila no Paquistão moderno) e ele provavelmente governou de 21 a 50-60 d.C. De acordo com este documento, tanto Rei Gundapharos e seu irmão se tornaram Cristãos, e mais tarde Tomé se mudou para evangelizar em outro reino Indiano, onde ele foi martirizado.3 Quaisquer detalhes de momentos anteriores, existe uma forte evidência documental de que o Cristianismo alcançou partes do subcontinente no começo do terceiro século. Um documento escrito por volta de 196 d.C, menciona Cristãos entre os Kaishans que dominavam então o território equivalente ao Afeganistão moderno e grande parte do Paquistão. Em 225 havia um bispo de Batih Lapat (posteriormente Gundeshapur, agora Shahabad, no norte da Índia) cuidando de Cristãos Indianos que tinham se convertido através de missionários da Pérsia e Mesopotâmia. Também existia uma comunidade Cristã em Baluchistan (no Paquistão moderno). A milenar Crônica de Sert (ou Saard) relata que o Bispo Dudi de Basra “foi para a Índia, onde ele evangelizou muitas pessoas”. Isto provavelmente ocorreu nos últimos cinco anos do terceiro século. Em 325, João, o Persa, assinou o Credo Niceno “em nome de [das igrejas] toda Pérsia e da grande Índia...” Vinte anos mais tarde um grupo de aproximadamente
400 Cristãos, incluindo presbíteros e leigos, homens, mulheres e crianças, migraram de Edessa para o sudeste da Índia. O líder espiritual deles era o Bispo José, que em sonho tinha visto que os Cristãos Indianos estavam sendo humilhados e perseguidos e precisavam de ajuda. A organização prática do grupo foi feita por um empresário Cristão chamado Knai Thoma (Tomás de Caná). Os recém-chegados do Oriente Médio ensinaram, encorajaram e fortaleceram a fé dos enclausurados Cristãos Indianos, converteram muitos outros Indianos ao Cristianismo, e ergueram prédios de igrejas. No entanto, os Knananites, como se tornaram conhecidos, nunca se casaram com fiéis Indianos. Suas comunidades agora somam 300.000 e continuam mantendo sua distinção étnica assim como uma consciência de suas origens Judaicas. Posteriormente eles foram perseguidos pelos Muçulmanos. Depois ainda, foram perseguidos pelos Portugueses que tentaram erradicar seus costumes e rituais Judaicos. Em 525, aproximadamente, um comerciante Alexandrino conhecido como Cosmas Indicopleutes (Cosmas o Marinheiro Indiano) relatou que havia igrejas em Malabar, em Kalyan (perto de Bombaim), no vale do Ganges e entre “o restante dos Indianos”. Ele também relatou que havia uma igreja no Sri Lanka, mas era inteiramente composta de imigrantes Cristãos da Pérsia e não indígenas do Sri Lanka. Enquanto isso a igreja do século sexto no Afeganistão estava florescendo com bispos em nove cidades. Missionários da Igreja Siríaca do Leste eram muito efetivos em levar o Evangelho para o Sul da Ásia. Mas em áreas Hindu eles enfrentaram uma contraofensiva dos Brahmins determinados em impedir o avanço do Cristianismo, não por violência, mas criando novas lendas Hindu e forjando pilares “ancestrais” e inscrições em pedras.
Árabes, Mongóis e a eliminação da Igreja no noroeste De acordo com algumas fontes, a primeira batalha entre
Muçulmanos e Asiáticos do Sul ocorreu em 643, quando um exército Árabe derrotou o Rei de Zabulistan (no Afeganistão moderno). No ano seguinte um conflito semelhante aconteceu em Sindh – os Muçulmanos saíram vitoriosos novamente. Durante dois séculos ocorreram guerras por esta região, até que os Muçulmanos
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ii Maio/Junho 2019 Ajuda Barnabas
estabeleceram seu governo. Quando Genghis Khan (1162-1227) uniu várias tribos nômades da Mongólia, ele semeou as sementes para o crescimento do maior império terrestre que já havia existido. O que agora é o Afeganistão e parte do Paquistão foi conquistado pelos Mongóis na metade do século treze, mas logo o Império Mongol se dividiu em quatro impérios separados. O Afeganistão e o Paquistão caíram no território do Império Ilkhan, que era a porção sudoeste do antigo Império Mongol unificado. Em 1282 Ahmed Tekuder se tornou sultão do Império Ilkhan. Ele nasceu em uma família Cristã, mas se converteu ao Islamismo, mudou seu nome de Nicholas para Ahmed, e usou seu poder como sultão para propagar sua nova religião. Os esforços de Islamização de Tekuder não foram populares e ele foi deposto em 12184. Em 1295, sob o Sultão Mahmood Ghazan, cuja mãe era Cristã, o Império Ilkhan adotou o Islamismo como a religião do estado. Ghazan começou seu reinado perseguindo não Muçulmanos. Judeus e Cristãos foram forçados a pagarem o imposto clássico do Islamismo, a jizya, como um sinal de subordinação e foi relatado que muitos foram massacrados. Dois anos depois, um aliado Mongol importante, que tinha ajudado Ghazan a assumir seu trono, foi morto, depois do qual Ghazan reverteu suas políticas religiosas e começou a punir intolerância religiosa e tentou construir bons relacionamentos com não Muçulmanos. Mas o período de descanso para os Cristãos no Afeganistão e Paquistão não durou muito. No final do século quatorze, os Cristãos tinham sido efetivamente eliminados pelo temível Timur (também conhecido por Timur Lenk, Tamerlão e inúmeras outras variações).
Cristãs, que estavam sob o governo Português, perguntando, “me envie dois sacerdotes estudados que possam trazer com eles o livro principal da Lei e o Evangelho, pois eu desejo estudar e aprender a lei e o que é melhor e mais perfeito nisso”. Os missionários foram devidamente enviados e Akbar permitiu que pregassem e fizessem convertidos; ele até doou fundo para construir uma igreja em Lahore em 1600.
Imperador Jehangir
Em 1605, Akbar foi sucedido por seu filho Jehangir. Ele usava um crucifixo dourado em seu pescoço e começou seu reinado sendo ainda mais favorável aos Cristãos do que seu pai tinha sido. No entanto, ele também foi mais favorável aos Muçulmanos do que seu pai tinha sido, e algumas vezes tentou forçar os Cristãos a apostatar. Quando os Goans Portugueses confiscaram um navio Mughal em 1613, a atitude de Jehangir para com os Cristãos teve uma mudança repentina, para pior. Ele cortou seu apoio financeiro para o clero Cristão e fechou prédios de igrejas em Lahore e Agra, que anteriormente ele tinha apoiado com generosos presentes. A vida se tornou tão difícil para os Cristãos em Lahore que em 1614 todos eles se mudaram para Agra. No ano seguinte as boas relações foram restauradas entre o Imperador Jehangir e os Portugueses, e alguns anos depois Jehangir interviu para impedir que Muçulmanos em Thatta queimassem um prédio de uma igreja nova e assassinassem seu sacerdote. Em 1624 a igreja em Lahore foi reaberta, no entanto, parece que os refugiados de Lahore em Agra nunca voltaram para casa.
Imperador Shah Jahan
Uma nova fase de invasões Muçulmanas começou no ano 1001, quando o líder Mameluco Turco, Mahmud de Gahzni (no Afeganistão moderno) fez a primeira de muitas incursões militares no norte da Índia. Seus sucessores continuaram conquistando o norte da Índia em direção ao leste. Um sultanato foi organizado em Deli no começo do século treze, governado de acordo com a sharia: Hindus e Cristãos foram subjugados como dhimmi (não Muçulmanos conquistados em um estado Islâmico) e exigido que pagassem a jizya. As dinastias Muçulmanas Turcas do norte da Índia impediram que os Mongóis penetrassem mais ao sul no subcontinente, mas eles mesmo continuaram a avançar mais ao sul. Em 1344, o avanço dos exércitos Muçulmanos em direção ao sul foi interrompido por uma aliança dos estados Hindus, mas a esta altura, é bem provável que o Cristianismo tenha sido mais ou menos eliminado do norte e do centro da Índia. Uma presença Cristã permaneceu no sul da Índia e continua intacta até hoje.
O filho de Jehangir sucedeu seu trono imperial em 1926, tomando o título de Shah Jahan (rei do mundo). Quatro anos antes ele tentou se rebelar contra seu pai e ficou decepcionado pois os Portugueses se recusaram a apoiá-lo. Assim que se tornou imperador ele teve sua revanche cortando os fundos que seu pai tinha pago para os Portugueses na corte Mughal. Depois de lidar impiedosamente com outros inimigos, ele voltou seu foco para os missionários Portugueses e em 1632 ordenou a destruição do povoado Português de Hugli em Bengal. Um exército Mughal de 150.000 cercou Hugli, que foi defendida por somente 700 militares Cristãos Indianos e 300 militares Europeus. Depois de três meses, Hugli caiu e mais de 4.000 Cristãos foram capturados. Muitos destes Cristãos cativos foram mortos, alguns vendidos como escravos, alguns foram forçados a se converter ao Islamismo e outros se converteram voluntariamente para salvar suas vidas. Por volta de 1633, Shah Jahan ordenou que todos os locais de adoração Cristã deveriam ser fechados ou destruídos. Nesta época ele também emitiu um decreto proibindo a conversão do Islamismo para outra religião. A adoração Cristã também foi proibida. Depois de alguns anos Shah Jahan permitiu que algumas igrejas fossem reconstruídas e missões fossem reabertas.
Imperador Akbar
Imperador Aurangzeb
Muçulmanos Turcos e a eliminação da Igreja no norte e no centro da Índia
Por grande parte da Índia e por muitos séculos, elites Muçulmanas dominaram a população formada principalmente por Hindus, com uma minoria Cristã inserida nela. O tratamento dos Cristãos (e dos Hindus) dependia do capricho do imperador no comando. O Imperador Mughal4 Akbar (governou de 1556 -1605) foi uma pessoa excepcional e fascinado por religião de todos os tipos. Ele aboliu a jizya, criando, desta maneira status iguais para todos os sujeitos seja qual fosse sua religião. Em 1579, ele enviou para Goa, missionários Cristãos para levarem para ele as Escrituras
Shah Jahan pretendia que seu filho mais velho , Dara Shikoh, o sucedesse. Dara Shikoh seguiu um tipo de Islamismo místico e era favorável para que todas as religiões coexistissem em harmonia. Mas em 1658, um dos seus irmãos mais novos, Aurangzeb, o derrotou em uma batalha e tomou o trono de seu pai. Desde sua juventude, Aurangzeb tinha sido muito devoto e um Muçulmano sério. Ele adotou uma forma clássica de Islamismo que era muito conservadora e extrema. Em 1668, começou a emitir uma série de decretos impondo uma forma
... Impulsionando rigorosa da sharia, fechando escolas Hindus e destruindo templos Hindus. Todas as apresentações públicas de religiões não Muçulmanas foram proibidas, mas os Cristãos sofreram apenas incidentes espalhados de perseguição, focado principalmente em missionários estrangeiros. Cristãos Indígenas continuaram sob o governo Mughal, e os Mughals continuaram lutando contra outros governos locais. Em 1735, foi relatado através de Lahore que oficiais Cristãos formaram a elite do exército Mughal e ficaram famosos por sua lealdade e coragem – e ainda mais por sua devoção Cristã, o que, aparentemente, o inimigo achou mais assustador de tudo.
Sultão Hyder Ali
Hyder Ali (1722-1782) governou Mysore, um dos reinos do Sul da Índia. Também operou na região onde os Portugueses, cuja força estava em declínio, e os Britânicos cuja força estava crescendo. Em 1748, Hyder Ali montou um cerco ao forte em Mangalore, em território Português. Dentro do forte tinha aproximadamente 80.000 Cristãos Indianos que ficaram em dúvida se os Portugueses poderiam defendê-los contra as forças Muçulmanas de Hyder Ali. Ele ofereceu salvar as vidas dos Cristão se eles se rendessem a ele, mas eles se recusaram, ao invés disso, escolheram acreditar na promessa Britânica de ir salvá-los. Infelizmente os Britânicos nunca apareceram, e o forte caiu diante de Hyder Ali. Enfurecido porque os Cristãos tinham buscado a ajuda dos militares Britânicos ao invés de se renderem a ele, então Hyder Ali enviou 60.000 dos Cristãos para andar 326 quilômetros até sua capital em Srirangapatna, perto de Mysore. Destes, somente 20.000 chegaram, sabe-se que 20.000 morreram no caminho e os outros 20.000 continuam sem explicação.
Sultão Tipu
Hyder Ali foi sucedido por seu filho Tipu, frequentemente chamado de Sultão Tipu, que continuou matando não Muçulmanos em uma escala similar à do seu pai. Em Mangalore, ele matou aproximadamente 25.000 Hindus e pelo menos 25.000 Cristãos. O Sultão Tipu também tentou converter tanto Hindus quando Cristãos para o Islamismo. Alguns Cristãos ele obrigou a se converter ameaçando cortar suas orelhas e narizes. Outro de seus métodos era a circuncisão forçada. Em 1784 ele circuncisou 30.000 Cristãos (algumas fontes dizem 50.000). Apesar disto, o Sultão Tipu é altamente aclamado na Índia por seu sucesso militar contra os Britânicos. Somente quando foi traído por um ajudante, que foi subornado pelos Britânicos, que finalmente Tipu foi derrotado e morto em Srirangapatna em 1799. As vitoriosas tropas Britânicas eram comandadas pelo Coronel Arthur Wellesley, que mais tarde se tornou Duque de Wellington. Infelizmente, a morte do Sultão Tipu não cessou a violência, uma vez que os Britânicos continuaram seus esforços para dominar a Índia. No ano seguinte, por exemplo, Wellesley afogou 5.000 Indianos no rio Malpurba quando atacou um campo militar no dia 30 de Julho de 1800, com todos os outros ocupantes do campo mortos de outras maneiras ou levados prisioneiros. Estes capturados incluíram mulheres e crianças assim como homens.5 Mais de três séculos depois, o Sultão Tipu ainda é, de certo modo, responsável pela contínua violência na área em que governou. Seu nome reverbera poderosamente em Karnataka, seu estado natal, quando Hindus protestam e casos de tribunal acontecem todos os anos desde que o governo do estado decidiu, em 2014, marcar o aniversário do Sultão Tipu no dia 10 de Novembro com uma celebração pública. Chegou a acontecer algumas mortes nos tumultos entre Hindus e Muçulmanos.
Ajuda Barnabas Maio/Junho 2019 iii
Governo Britânico
A derrota do Sultão Tipu em 1799 foi o começo de um longo processo que eventualmente levou o governo Britânico a governar a Índia (ao invés de governar pela Companhia Britânica das Índias Orientais). Durante o próximo século e meio, o controle Britânico impediu em grande parte a perseguição religiosa organizada no subcontinente. Claro que uma exceção a isso foi a perseguição individual de convertidos por suas famílias. Missionários Ocidentais seguiram no caminho das conquistas militares Britânica na Índia, mas os estrangeiros viram poucos frutos de seus esforços evangelísticos. Os convertidos isolados, em grande parte, eram rejeitados por suas famílias, o que significa que eram dependentes dos missionários e frequentemente viviam no complexo da missão. Alguns foram mortos. Outra exceção foi o “Motim Indiano” ou “Rebelião Indiana” em 1857. Esta revolta foi fortemente motivada pela preocupação de Indianos tanto Hindus como Muçulmanos de que os Britânicos estavam tentando impor o Cristianismo a eles. Claro que existiam muitos outros motivos não menos importantes, como o tratamento racista dos oficiais Britânicos com as tropas Indianas, mas o desejo principal dos Indianos de proteger suas religiões não tem sido reconhecido adequadamente até agora. William Dalrymple, que olhou 20.000 documentos rebeldes da época, concluiu que o motim era basicamente uma guerra de religião: “Sem dúvida, havia uma infinidade de reclamações particulares, mas agora está inequivocamente claro que os rebeldes se viam lutando uma guerra para preservar sua religião e a articularam como tal.” Quando os soldados rebeldes Indianos entraram em Deli no dia 11 de Maio de 1857 eles caçaram e mataram não somente os Britânicos, mas também os Cristãos Indianos que eles encontraram, sendo a maioria dos quais teriam se convertido recentemente do Hinduísmo ou Islamismo.6 Dado que todos os Britânicos (e todas as pessoas brancas) eram considerados como Cristãos, de fato isto foi uma tentativa de exterminar a presença Cristã. No ano seguinte o Reverendo William Owen publicou um livro registrando a coragem e a fidelidade de muitos Cristãos que foram perseguidos severamente ou mortos durante a revolta porque se recusaram a negar Cristo. Estes Cristãos, incluindo Indianos (convertidos do Islamismo, Hinduísmo e Sikh) e Britânicos (Owen faz uma distinção cuidadosa entre os que eram fiéis Cristãos e os que não eram). Ele também destaca que muitos Cristãos Indianos, por exemplo, no Sul da Índia, Bengala e o noroeste responderam ao surto de motins expressando sua lealdade aos Britânicos e oferecendo ajuda de qualquer maneira que pudessem. Também houve casos de Indianos não Cristãos protegendo fiéis Indianos, por exemplo, Hindus protegendo Cristãos de ataques de Muçulmanos.7 Owen também observa com tristeza de que houve Cristãos que salvaram suas vidas apostatando, principalmente entre os Britânicos. É difícil, se não impraticável, comparar o número de apostatas entre os Ingleses com aqueles entre os nativos convertidos. Parece, no entanto, a partir de um exame cuidadoso de várias afirmações coletadas recentemente, que convertidos Hindus e Muçulmanos têm sido verdadeiros a seus padrões de cruz em uma proporção maior do que aqueles que nasceram e cresceram em nossa terra Cristã … é muito gratificante saber que entre os nativos convertidos os que apostataram são muito poucos se comparados com aqueles que permaneceram firmes na hora da provação. Em alguns lugares onde
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iv Maio/Junho 2019 Ajuda Barnabas
havia dois ou três que apostataram havia dezenas que permaneceram firmes.8 O povo Britânico ficou muito chocado com o “Motim Indiano” e muitos viram como punição divina pelos pecados da GrãBretanha como nação. Um “dia de humilhação nacional” foi realizado na Grã-Bretanha no dia 7 de Outubro de 1857 com cultos especiais. Diversos pregadores identificaram pecados nacionais diferentes, mas muitos Cristãos com mentalidade missionária consideraram que o principal foi o fracasso da GrãBretanha em evangelizar mais efetivamente a Índia. De fato, a Companhia das Índias Orientais alimentou positivamente o Hinduísmo.9 É interessante contrastar com o ponto de vista Indiano de que eles tinham sido submetidos a conversão agressiva patrocinada pelo governo Britânico. Depois da revolta de 1857, a reputação dos missionários Ocidentais ficou seriamente denegrida. Ao mesmo tempo, o governo colonial Britânico foi instituído formalmente, tomando o lugar do governo informal da Companhia das Índias Orientais. Uma nova maneira de governar foi estabelecida, que envolvia órgãos eleitos locais e Indianos participando da administração do país. O estado de direito era muito evidente, com grupos religiosos controlados pelo direito civil – por exemplo, impedindo que as seitas Hindus rivais se engajassem violentamente umas contra as outras. Parece que isto abriu o caminho para uma maior liderança Cristã de indígenas de alcance Cristão na Índia. Isso, por sua vez, levou ao foco de alcançar os estratos mais baixos da sociedade, como os “intocáveis” e os povos tribais. (Missionários ocidentais tinham evangelizado principalmente as castas mais altas.) Em 1870, começaram movimentos de massa do Cristianismo no Sul da Índia, principalmente entre os “intocáveis” dentro dos povos Telugos e Tâmeis. Em 1873 começaram as conversões em massa em Punjab, novamente entre as pessoas mais pobres, através de testemunhos de evangelistas Indianos.10 A perseguição era rara para estes convetidos, que tinham sido convertidos por outros Indianos e não pelos Ocidentais. Depois de meio século, a dramática taxa de crescimento da igreja diminuiu, que coincidiu com o começo do ativismo de Gandhi por volta de 1920.
Depois da independência
A Índia recebeu a independência do governo Britânico em 1947 e foi simultaneamente dividia em um estado da maioria Hindu (Índia) e um estado de maioria Muçulmana (Paquistão). No pânico e confusão que se seguiu, com 15 milhões de pessoas que se deslocaram urgentemente para atravessar as recém
anunciadas fronteiras em uma direção ou na outra, estima-se que pelo menos um milhão de pessoas morreram. Os Cristãos eram vistos como “neutros” e alguns Hindus assim como alguns Muçulmanos usavam cruzes, esperando não serem atacados por seguidores de outras grandes religiões. Muitos Cristãos de verdade foram mortos. Os vários países modernos do Sul da Ásia, com suas maiorias Hindu, Muçulmana ou Budista, têm cada um sua história de discriminação, perseguição e outras opressões em suas minorias Cristãs, variando em grau de lugar para lugar. Na maioria dos casos esta opressão aumentou significativamente nas últimas décadas, mas o espaço não permite a inclusão destas informações aqui. Uma versão mais completa deste artigo pode ser encontrada no último livro de Patrick Sookhdeo chamado Odiados Sem uma Razão: a notável história da perseguição Cristã através dos séculos, McLean, Virginia, Isaac Publishing, 2019, capítulo 12.
1 Para maiores informações sobre a primeira Igreja no Sul da Ásia, veja Patrick Sookhdeo, Um Povo Traído: o impacto da Islamização na Comunidade Cristã do Paquistão, Christian Focus Publications and Isaac Publishing, 2002. Disponível no escritório do Fundo Barnabas mais próximo ou online: https://barnabasfund.org/en/shop/product/ a-people-betrayed 2 John Rooney, Sombras na Escuridão, Rawalpindi, Centro de Estudo Cristão, 1984, p.45. 3 Os detalhes do martírio são diferentes daqueles das tradições orais no Sul da Índia. 4 Os imperadores Mughal eram descendentes de Timur. 5 R.G. Burton, A Campanha de Wellington na Índia, Sucursal de Inteligência do Exército Indiano, 1908. 6 “Motim Indiano era ‘guerra de religião’”, entrevista com William Dalrymple, BBC News website’s Soutik Biswas, última atualização 6 de Setembro de 2006. 7 William Owen, Memórias de Mártires Cristãos e outros Sofredores pela Verdade na Rebelião Indiana, Londres, Simpkin, Marshall e Co., Novembro 1858. 8 Owen, pp.28-29. 9 Brian Stanley, “Respostas Cristãs ao Motim Indiano de 1857”, em W.J. Sheils (ed.), A Igreja e a Guerra: Documentos Lidos na Vigésima Primeira Reunião de Verão e Vigésima Segunda Reunião de Inverno da Sociedade de História Eclesiástica, Estudos da História da Igreja 20, Oxford, Basil Blackwell, 1983, pp.279-281. 10 Sookhdeo, Um Povo Traído, pp.55-57.
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Bíblias para o Sudeste Asiático
Barnabas Aid May/June 2019 11
Bíblias preciosas semeiam “milhões de sementes” no Sudeste Asiático
Biíblias para o Sudeste Asiático
12 Maio/Junho 2019 Ajuda Barnabas
A congregação do Pastor John está crescendo rapidamente na alegria do Senhor
“M
Pastor Michael, um exsoldado infantil, disse que as Bíblias do Fundo Barnabas vão “construir” as pessoas
uito obrigado a todos vocês por enviar a Luz, a Palavra de Deus para nosso povo. Deus sabe das maiores necessidades do nosso povo e Ele tocou e usou todos vocês para prover Bíblias com hinos para nós.” Estas foram as palavras do Pastor “John”, de 70 anos, que, por 46 anos tem ministrado a Cristãos em uma região remota do Sudeste Asiático que, por décadas tem sido devastada por conflitos internos. O Cristianismo chegou à região há mais de 100 anos, mas poucos fiéis tiveram a chance de dar sequer uma olhada em uma Bíblia. Um pequeno número de vilas têm uma única cópia estimada das Escrituras em sua língua nativa, compartilhada entre todos os moradores. Outros fiéis só têm versos que foram cuidadosamente copiados a mão ou decorados. Todas as Bíblias tiveram que ser cuidadosamente escondidas por estes Cristãos pobres de tribos isoladas das montanhas pois, se descobertas, as
Jovens da vila de Mary pararam de usar drogas depois que as Bíblias chegaram
Escrituras eram confiscadas e queimadas pelos militares e agentes do governo que os têm perseguido por muitos anos. Por 40, dos 46 anos do ministério do Pastor John, ele não tinha uma Bíblia e mal tinha dinheiro para comprar comida. Cuidadosamente ele economizou dinheiro durante sete anos e, em 2010, ele finalmente conseguiu comprar uma Bíblia por aproximadamente R$ 129,00 – pelo menos dois meses de salário para aqueles que têm um trabalho fixo nesta região do Sudeste Asiático. A querida Bíblia do Pastor John era a única da vila. Ele compartilhou a Palavra de Deus cuidadosamente, mas ele reconheceu que pelo acesso às Escrituras serem tão limitado, “nosso padrão espiritual cresceu muito lentamente”. Agora, sua congregação está crescendo rapidamente no conhecimento de sua fé e regozijo no Senhor, graças aos apoiadores do Fundo Barnabas. Através de suas doações generosas, nós distribuimos 32.485 Bíblias para Cristãos na região, o suficiente para cada família receber um exemplar.
“Vocês nos deram a Luz, e de agora em diante as pessoas podem adquirir sabedoria.” disse o Pastor John.
Bíblias para o Sudeste Asiático
Pastor Mark agradece os apoiadores do Fundo Barnabas por “semearem as melhores sementes no melhor solo”
Ajuda Barnabas Maio/Junho 2019 13
Pastor Luke disse que as novas Bíblias deram “água para quem estava com sede”
Este trabalho é parte da nossa missão de sustentar o povo de Deus em lugares de perseguição e opressão ao redor do mundo com o presente das Escrituras. O pastor John expressou sua gratidão dizendo, “Vocês nos deram a Luz, e de agora em diante as pessoas podem adquirir sabedoria.” O pastor “Michael” era uma criança soldado, recebeu uma arma de uma milícia
Rachel disse que Deus respondeu as orações dos Cristãos por Bíblias através dos apoiadores do Fundo Barnabas
étnica quando tinha nove anos. Quando tinha 20 anos, ele se perdeu depois de uma batalha e foi recebido por um pastor e aceitou a Cristo. Agora, com 61 anos, ele trabalha como pastor, mas disse que nesta região até mesmo drogas ilegais eram mais fáceis de serem obtidas do que uma Bíblia. “As drogas destroem vidas,” ele disse. “Conseguir uma Bíblia é a coisa mais
Cristãos se enfileiraram animados para finalmente segurarem suas próprias Bíblias, quando a remessa de cópias preciosas enviadas pelo Fundo Barnabas chegou em uma área remota do Sudeste Asiático
14 Maio/Junho 2019 Ajuda Barnabas
difícil. Muito obrigado por vocês terem doado as Bíblias. Isto vai fortalecer nosso povo.” Outras igrejas viram “grandes mudanças” desde que as Escrituras chegaram. “Mary” disse ao Barnabas que os jovens eram muito rebeldes em sua igreja, com alguns até caindo nas drogas. Ela disse “Depois que recebemos as Bíblias, eles começaram a ler a Palavra e aprenderam a temer a Deus. Agora eles obedecem seus pais e pararam de usar drogas. Agora, na nossa vila não tem mais nenhum traficante.” O pastor “Luke”, 46 anos, enfrentou muitos perigos quando se aventurou em áreas não
“Vocês deram água para quem estava com sede” disse Pastor Luke. Cristãs para compartilhar o Evangelho. Por três vezes ele fugiu de barreiras de apedrejamento, por cinco vezes foi espancado por líderes das vilas e uma vez ele apanhou e foi espancado por uma gangue de jovens que o mantiveram preso em um quarto por sete dias sem comida. Mas sua maior dificuldade era não ser
Bíblias para o Sudeste Asiático
capaz de conseguir uma Bíblia – até nas raras ocasiões que viu alguma para vender, o custo de até R$ 132,00 era simplesmente além de seu alcance. “A maioria das pessoas da vila não tem renda, mas eles só comem o que produzem em suas fazendas. Os trabalhadores de fazendas trabalham oito horas por dia e ganham somente cerca de R$ 10,00, então é muito difícil comprar uma Bíblia.” Tudo isso mudou com a chegada das Bíblias, sem custo, do Fundo Barnabas. O pastor “Mark” era uma das poucas pessoas na região que tinha uma Bíblia, mas foi confiscada e queimada pela polícia em 1991. Convertido do Budismo, uma vez o Pastor Mark foi preso por dois meses por compartilhar o Evangelho com soldados em um acampamento do exército, mas ele continuou ministrando enquanto estava na prisão e levou cinco detentos à Cristo. Através de tudo isso, ele acreditava que um dia Deus ia dar outra Bíblia para ele. “Sempre que eu tenho dinheiro para comprar uma Bíblia, não tem Bíblias para vender,” ele disse. “Mas depois de 25 anos sem uma Bíblia, Deus me deu uma Bíblia gratuitamente. Quando eu recebi a Bíblia, eu clamei ao Senhor e louvei a Deus sem cessar.”
Milhares de preciosas Bíblias empilhadas em paletes prontas para começarem a jornada para o Sudeste Asiático
Bíblias para o Sudeste Asiático
Ajuda Barnabas Maio/Junho 2019 15
Bíblias fortalecem a fé das pessoas e acendem o fogo do reavivamento Cristão ao redor do mundo As Bíblias dadas, no ano passado, pelo Fundo Barnabas para Cristãos ao redor do mundo acendeu o fogo do reavivamento em igrejas, fortaleceram a confiança do povo no Senhor e ajudou refugiados a vencerem os traumas mentais da guerra civil. Em Uganda, nós entregamos 2.100 Bíblias em um campo de ajuda para refugiados fugindo da guerra civil no Sudão do Sul. Pastores disseram que as Escrituras ajudaram homens, mulheres e crianças traumatizadas a ficarem “sem ira e ódio”. Eles disseram, “As pessoas estão recebendo o coração para perdoar e desenvolver um espírito de unidade independentemente de pertencer” e adicionalmente a isso, “seria um excelente começo para contribuir para a paz.”
As Bíblias são carregadas em caminhões, prontas para responder as orações de Cristãos clamando pelas Escrituras Ele completou seus agradecimentos aos apoiadores do Fundo Barnabas, “Vocês semearam as melhores sementes no melhor solo. Então estas sementes irão se multiplicar mais de um milhão de vezes.” “Rachel” lembra que ela estava “com sede” de ler a Palavra de Deus quando se tornou seguidora do Senhor Jesus há mais de 35 anos atrás quando tinha 19 anos, “mas eu não conseguia encontrar uma Bíblia, nem mesmo para comprar.” Uma vez ela foi presa por compartilhar o Evangelho em uma região de fronteira e passou 13 dias temendo por sua vida, até que ela escapou da prisão. Desde 2000, Rachel se uniu a outros Cristãos na região em oração por Bíblias. “Todas as igrejas têm orado esta oração,” ela disse. “Agora, depois de 17 anos de oração, Deus respondeu as orações do nosso povo através de todos vocês.”
Em 2018, o Fundo Barnabas distribuiu 100.864 Bíblias, Novos Testamentos e porções das Escrituras em sete idiomas em seis países Cristãos que escaparam da terrível perseguição das autoridades da Eritréia, e agora estão vivendo em Israel, ficaram radiantes em receber 5.000 Bíblias em Tigrinia, a língua oficial da Eritreia. Líderes da Igreja disseram que isso vai permitir que orem mais efetivamente, e fortaleça sua fé. As 800 Bíblias entregues na Guiné “acenderam o fogo do reavivamento” nas igrejas. A maioria foi dada para os novos convertidos, mas algumas também foram dadas a pastores pregando com Bíblias tão velhas que tinham páginas faltando ou até mesmo um livro todo perdido. Pastores locais disseram que as Bíblias vão ajudar os novos convertidos a se tornarem “mais comprometidos e enraizados em Cristo” e “definitivamente isso vai levar ao desenvolvimento e fortalecimento da igreja local e nacional”.
Fundo de Literatura Cristã (referência do projeto 00-360) Fundo de Bíblias e Escrituras (referência do projeto 00-362)
Em Resumo
16 Maio/Junho 2019 Ajuda Barnabas
Intervenção Divina salva 72 prisioneiros Nigerianos do pelotão de fuzilamento do Boko Haram
Vinte morreram em ataque a bomba a catedral nas Filipinas FILIPINAS
As vidas de 72 Nigerianos convertidos ao Cristianismo, vindos do Islamismo, mantidos em cativeiro por militantes do Boko Haram foram falvas pela intervenção de Deus. Setenta e seis homens, mulheres e crianças foram levados para o acampamento dos terroristas, onde foram torturados. Os quatro homens, líderes do grupo receberam a ordem para renunciar sua fé em Cristo e voltar para o Islamismo. Quando se recusaram, firmes no seu Salvador, foram mortos. Na semana seguinte, as esposas dos quatro homens que foram martirizados receberam a ordem para renunciar sua
fé ou seus filhos seriam executados. Enquanto as mães lutavam com este terrível fardo, as crianças revelaram que o senhor Jesus tinha aparecido para elas e disse que “tudo ficaria bem”. De acordo com relatos, o Senhor Jesus apareceu, então, para todo o grupo e disse para eles não temerem, que Ele iria protegê-los. Eles não deveriam renunciá-Lo, mas permanecerem firmes sabendo que “Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida”. Na manhã seguinte, as crianças foram alinhadas contra a parede pelos terroristas e as quatro mães se recusaram a renunciar a Jesus Cristo. Os soldados mirando começaram a esfregar suas próprias cabeças gritando “Cobras!” Alguns saíram correndo e outros caíram mortos. Ouviram a criança Cristã mais nova dizer, “Vocês não podem ver o homem de branco lutando por nós?” Doas as 72 vidas foram poupadas e agora os membros do grupo estão vivendo em segurança. (Mais detalhes na página 3.)
UZBEQUISTÃO
Uma mãe Uzbeque, que recentemente tinha deixado o Islamismo para seguir a Cristo, foi morta por seu marido no dia 9 de Fevereiro. “Umida” estava tentando fugir do país quando seu marido a encontrou no Aeroporto de Tashkent, forçando ela a entrar em um carro e cortando sua garganta. Anteriormente, o homem havia trancado Umida em casa para evitar que ela fosse à igreja e a proibiu de ver seu filho de dois anos. Uzbequistão, parte da antiga União Soviética, é oficialmente secular, mas estima-se que 93% da população seja Muçulmana.
NIGÉRIA
Enquanto as mães lutavam com este terrível fardo, as crianças revelaram que o Senhor Jesus tinha aparecido para elas e disse que “tudo ficaria bem”. De acordo com relatos, o Senhor Jesus apareceu, então para todo o grupo e disse para eles não temerem, que Ele iria protegê-los.
Cristã Uzbeque morta pelo marido por causa de sua fé
Aproximadamente 300 Nigerianos mortos por militantes Fulanis Cenário de destruição do lado de fora da catedral em Jolo, nas Filipinas, onde dois terroristas ligados ao Estado Islâmico explodiram bombas durante um culto matinal Fonte da imagem: Agência de Notícias Tasnim (CC BY 4.0) Autoridades nas Filipinas suspeitam que militantes ligados ao Estado Islâmico (EI) foram os responsáveis pelo bombardeio de uma catedral que matou 20 pessoas e deixou pelo menos 100 feridos no sul do país no dia 27 de Janeiro. O ataque na ilha de Jolo, a capital da província de Sulu, aconteceu seis dias depois que eleitores de Sulu rejeitaram sua inclusão na Região Autônoma de Bangsamoro do sul das Filipinas, o que os eleitores nas regiões maiores tinham aprovado. A criação da Região Autônoma e a introdução de Lei Básica de Bangsamoro, incluindo elementos da sharia (lei Islâmica), é uma tentativa do governo de encontrar uma solução política para encerrar décadas de guerras entre grupos Muçulmanos jihadistas no sul, onde o Islamismo é forte, e o exército do país de maioria Cristã. Isto vai permitir uma Islamização da região no futuro, levando preocupação de como isso vai impactar negativamente os não Muçulmanos morando na região.
NIGÉRIA
Casas queimadas na vila Karamai Contatos do Fundo Barnabas relataram que, em Fevereiro e Março, aproximadamente 300 pessoas foram mortas em pelo menos sete vilas predominantemente Cristãs no estado de Kaduma, na Nigéria. No dia 14 de Fevereiro, 41 foram mortos quando homens armados invadiram a vila de Karamai. A maioria dos mortos eram mulheres e crianças, ou idosos e cegos que não conseguiram fugir. No dia 11 de Março, mais 71 pessoas morreram em uma ataque da milícia Fulani na vila Dogon Noma. No dia 16 de Março, foram relatadas mais seis mortes em Nandu Gbok. Em Fevereiro e Março, no distrito de Kajuju, os corpos de aproximadamente 73 mulheres, algumas grávidas, e 101 crianças, incluindo bebês, foram enterrados em um “enterro em massa”. De acordo com estimativas da igreja, nos últimos dois anos, militantes Fulanis mataram mais de 6.000 na Nigéria.
Em Resumo
Ajuda Barnabas Maio/Junho 2019 17
Suprema Corte do Paquistão descarta sumariamente a petição contra a absolvição de Aasia Bibi PAQUISTÃO
No dia 29 de Janeiro, a Suprema Corte do Paquistão descartou a petição pedindo a revisão de sua decisão de absolver Aasia Bibi, a mulher Cristã que passou quase oito anos no corredor da morte acusada falsamente de “blasfêmia”. Os juízes declararam que o
peticionário não conseguiu encontrar nenhum erro no veredito original da corte dado dia 31 de Outubro de 2018. A Suprema Corte tinha originalmente retirado as acusações contra Aasia alegando que eram “invenção” e descrevendo seus acusadores como pessoas que não inspiram confiança.
Asif Saeed Khosa, o Chefe de Justiça do Paquistão, presidiu a Suprema Corte durante a decisão mantendo a absolvição de Aasia Bibi
Mãe Cristã do Paquistão é forçada a se converter ao Islamismo por sequestrador PAQUISTÃO
De acordo com fontes de notícias locais, uma mãe Cristã Paquistanesa, com três filhos, foi sequestrada, torturada e forçada a se converter ao Islamismo por um homem Muçulmano que então, a forçou a se casar com ele. Saima Iqbal, que já era casada com um homem Cristão, descreveu em lágrimas em um vídeo no Facebook, como ela foi arrancada de sua casa no dia 25 de Fevereiro. O marido de Saima, Naveed Iqbal, relatou o sequestro à policia, mas inicialmente eles se recusaram a investigar e ficaram do lado do sequestrador. Sr. Iqbal disse que a polícia só fez alguma coisa depois que ameaçou colocar fogo em si mesmo. Sra. Iqbal voltou para seu marido e filhos de 4, 8 e 13 anos depois que seu sequestrador foi preso no dia 5 de Março. “Eu contestei a conversão e o casamento forçados de minha esposa na corte dos magistrados,” disse Sr. Iqbal, que está esperando o
julgamento da corte. No Paquistão, meninas e mulheres não Muçulmanas são muito vulneráveis a sequestro, conversão forçada e casamento com Muçulmanos, e raramente as autoridades intervém. Cada ano, estima-se que, no Paquistão cerca 700 meninas e moças Cristãs e cerca 300 meninas e moças Hindus sofrem este tipo de abuso, de acordo com o relatório de 2014 de uma ONG do Paquistão.
Mãe Cristã Paquistanesa, Saima Iqbal, voltou para seu marido depois de uma provação angustiante quando foi sequestrada Fonte da Imagem: International Minorities Concern (vídeo do Facebook)
A perseguição na China se intensifica contra a Igreja Early Rain CHINA
Mais 44 prisões de membros da Igreja da Aliança Early Rain foram feitas e um jornalista Chinês, Cristão, foi preso depois de escrever como uma idosa, mãe do Pastor Wang Yi, que está preso, foi selvagemente espancada por um policial. Zhang Guoqing, que é jornalista e diácono da igreja, foi preso por “provocar problemas”, de acordo com a declaração emitida pela igreja em Chengdu, na província de Sichuan, no dia 2 de Março. ele publicou a história de como a mãe do pastor, Chen Yaxue, foi espancada por um policial no dia 24 de Fevereiro depois de se recusar a revelar a senha de seu cartão em um caixa eletrônico. As 44 prisões realizadas no dia 24 de Fevereiro, incluíam dez crianças e um neném de dois meses. “Isto é só a ponta do iceberg,” dizia a declaração. Trezentos membros da congregação já foram detidos ou presos desde que a atual onda de perseguição contra a Early Rain começou, em Dezembro de 2018. O pastor Wang Yi e sua esposa, Jiang Rong, estão na prisão desde o dia 9 de Dezembro acusados de “incitar a subversão”. O Fundo Barnabas lançou uma iniciativa global de oração pelo Pastor Wang Yi, e por outros presos por sua fé Cristã. Visite nossa webpage: www.barnabasfund.org/ChristianPrisoners-of-Conscience
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18 Maio/Junh o 2019 Ajuda Barnabas
Em Contato
Doações fluem para o projeto de água dos Camarões com alunos desistindo de suas bebidas gaseificadas Cerca de 150 alunos da escola primária e do jardim de infância que estavam sedentos para ajudar o trabalho do Fundo Barnabas nos Camarões vieram com uma maneira criativa de arrecadar dinheiro bebendo somente água ou leite durante uma semana inteira. Foi uma tarefa difícil tanto para os alunos quanto para os professores da escola na Irlanda do Norte, pois significada abrir mão de sua bebida gaseificava e polpas favoritas, assim como do chá e do café. Eles levaram o desafio magnificamente e arrecadaram a incrível quantia de R$ 10.196,00, o suficiente para construir uma cisterna de água no noroeste dos Camarões. Isto irá abastecer de água limpa e segura para aldeões Cristãos perseguidos que, de outra forma, teriam que andar muitos quilômetros para encontrar suprimentos. Frequentemente os Cristãos da região enfrentam ataques de militantes do Boko Haram, que saqueiam o gado e outros alimentos estocados, queimam casas e igrejas e matam ou sequestram os habitantes. De acordo com as Nações Unidas, os terroristas forçaram a fuga de mais de 170.000 camaroneses. Por exemplo, só no dia 24 de Janeiro de 2019, 190 casas foram destruídas nas vilas predominantemente Cristãs de Gochi e Toufou. Quatro igrejas também foram saqueadas, um hospital Cristão foi incendiado e rebanhos e itens de casa foram roubados.
Agende uma visita
do Fundo Barnabas na sua igreja ou evento espe cial de sua ig reja “N
ós não tínham os ideia do qu anto o Barnab fazendo!” diss as estava e um apoiado r em um even to recente. Nós,
do Fundo Bar nabas somos perseguida e apaixonados é com entusias pela Igreja mo que comp Deus está faze artilhamos o ndo através d que e todos os asp trabalho. Nós ectos do nosso podemos fala r na sua igreja em um evento em um culto, especial, sobr ou e o contexto, perseguições os desafios e as que os Cristão s enfrentam em redor do mun muitos países do. Se você ti ver in ao do Fundo Bar nabas, por favo teresse em agendar uma vi sita r entre em co ntato com a ge nte. Contato: info rmacoes@ba rnabasfund.o (43) 3029-870 rg ou ligue 5
A equipe do Fundo Barnabas sai para conhecer apoiadores, antigos e novos apreciaram Membros da equipe do Fundo Barnabas do Reino Unido apoiadores, novos aos s vinda conhecer nossos apoiadores, e dar as boasnos dias eceu acont que evento na ERC (Exibição de Recursos Cristãos), 13 e 14 de Março, de 2019. e compartilhar Foi uma oportunidade ideal para atualizar os apoiadores ho de ajudar trabal nosso com outros visitantes da exibição, detalhes do ssados em intere m estava a Igreja perseguida ao redor do mundo. Eles ho com trabal nosso ndo aprender sobre nossos projetos existentes, inclui s. olaria em o forçad famílias Cristãs Paquistanesas com trabalho
Ajuda alimentícia para Cristãos na Síria
Que o Senhor Jesus os alcance em Amor e Paz, este é o desejo do Fundo Barnabas – Brasil. “Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé”. Gl.6:10
Esperança e ajuda para Cristãos perseguidos
Somos gratos pela vida de todos que têm acompanhado nosso trabalho e também caminhado conosco em oração pelos Cristãos que tanto sofrem perseguição ao redor do mundo. É com grande alegria em nossos corações e também com grande temor, pois a responsabilidade é ainda maior, que anunciamos, pois com a graça de Deus que finalizamos o processo de abertura e regularização do Fundo Barnabas no Brasil, assim como de nossa conta bancária. Com isso além de continuar orando em favor de nossos irmãos e irmãs podemos agora, ajudar também de forma prática. Caso Deus toque seu coração para efetuar ofertas para a Igreja Perseguida, você pode enviar seus dados para o e-mail: informacoes@barnabasfund. org ou enviar este formulário preenchido para o endereço do nosso escritório (veja contra capa da revista) para que seja emitido um boleto. Telefone para contato (43) 3029-8705
Uma agência de ajuda com uma diferença
Lembrando que ofertas de quaisquer valores são bem-vindas e farão grande diferença no socorro aos Irmãos e Irmãs, crianças, jovens, adultos e anciões que tem experimentado o sofrimento e o martírio por amor à Jesus.
Barnabas está do lado dos nossos irmãos e irmãs Cristãos aonde eles sofrem discriminação e perseguição, provendo ajuda através de nossos parceiros locais, encorajando oração e contando sua história que não é contada.
Sim, eu gostaria de me manter informado com as notícias sobre a igreja perseguida e como o Fundo Barnabas traz esperança e ajuda
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Odiados sem um Motivo A notável história de Cristãos perseguidos ao longo dos séculos “Se eles me perseguem, vocês também serão perseguidos,” disse o Senhor Jesus Cristo para Seus seguidores iniciais. Fiéis Cristãos têm sofrido pelo seu Senhor ao longo dos séculos e ao redor do mundo. Odiados sem um Motivo conta as gloriosas histórias de sua coragem, fé e resistência, incluindo muitos exemplos tocantes e inspiradores que são pouco conhecidos. Em um nível muito pessoal, o livro do Dr. Sookhdeo considera as diferentes maneiras nas quais Cristãos poderiam responder a perseguição. Ele também explora a ampla abrangência das causas da perseguição durante mais de duzentos anos, seja ela religiosa, política, econômica ou ideológica, encontrando lições do passado que são relevantes e aplicáveis no século vinte e um.
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