Revista FundsPeople maio e junho

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ENTREVISTAS

NICOLAS JANVIER, COLUMBIA THREADNEEDLE EVY HAMBRO, BLACKROCK LEGISLAÇÃO

ENVIRONMENTAL, SOCIAL AND GOVERNANCE - ARTIGO 8º OU ARTIGO 9º? NEGÓCIO

OS FUNDOS TEMÁTICOS COM MAIS ÊXITO NA EUROPA COM ESTILO

NÚMERO 38 MAIO E JUNHO 2021

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TÉCNICA, TÁTICA, ADRENALINA, SAUDADE... JAPÃO, EXPLOSÃO DE CULTURA

SELECIONADORES FAVORITOS PROXIMIDADE MANTÉM-SE EM (NOVO) ANO DE AFASTAMENTOS MAIS UM ANO EM QUE OS VENDAS DAS GESTORAS INTERNACIONAIS ACEITARAM O DESAFIO DO VOTO DIGITAL PROPOSTO PELA FUNDSPEOPLE. QUE NOMES SURGEM NA LISTA DOS SELECIONADORES FAVORITOS?


DWS CONCEPT KALDEMORGEN, COMBINANDO ATIVOS EFICIENTEMENTE HÁ 10 ANOS No seu 10º aniversário, o fundo multi-ativo DWS Concept Kaldemorgen continua a entregar com sucesso uma estratégia de alocação flexível de ativos com gerenciamento de controle de risco rigoroso Mais informações sobre o fundo: https://go.dws.com/kaldemorgenPT Investimentos estão sujeitos a riscos

A DWS é uma das principais entidades gestoras de activos do Mundo. Em Portugal, a entidade responsável pela comercialização dos produtos e serviços da DWS é a DWS International GmbH e autorizado a exercer actividades de intermediação financeira em Portugal, em Regime de Livre Prestação e Serviços. Os clientes podem aceder aos produtos ou serviços da DWS através de uma ou mais entidades, que serão identificadas de acordo com os contratos, acordos, materiais promocionais ou outra documentação relativa aos produtos ou serviços oferecidos. Este documento foi preparado sem considerar as necessidades particulares de investimento, objectivos ou circunstâncias financeiras pessoais de qualquer investidor. Antes de tomar uma decisão de investimento, os investidores devem considerar, com ou sem a ajuda de um consultor, se os investimentos e estratégias descritos ou fornecidos pela DWS são apropriados, com base nas suas necessidades específicas de investimento, perfil de investidor, objectivos e circunstâncias financeiras. Por outro lado, este documento tem apenas a finalidade de informar, não constituindo uma oferta, recomendação ou pedido para concluir uma transacção, e não deve ser considerado como aconselhamento personalizado ou recomendação de investimento. A DWS não presta aconselhamento fiscal ou jurídico. Os investidores devem consultar os seus próprios consultores fiscais e advogados considerando os investimentos e estratégias sugeridos pela DWS. Os investimentos com a DWS não são garantidos, a menos que o contrário seja expressamente especificado. A menos que seja notificado de outra forma para uma situação específica, os instrumentos financeiros não são garantidos por nenhuma entidade governamental nem pela DWS. Embora as informações contidas neste documento tenham sido obtidas de fontes consideradas fiáveis, a sua exactidão, integridade ou equilíbrio não pode ser garantida e não deve ser considerada enquanto tal. Todas as opiniões e estimativas contidas neste documento, incluindo declarações relativas ao futuro, reflectem o entendimento da DWS na presente data do documento e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio e envolvem uma série de pressupostos que podem não ser válidos. Os investimentos estão sujeitos a vários riscos, incluindo flutuações de mercado, mudanças regulatórias, risco de contraparte, possíveis atrasos no reembolso e perdas de rendibilidades e do capital investido. O valor dos investimentos pode diminuir ou aumentar, e o investidor pode não recuperar o valor inicialmente investido durante o período de duração do investimento. Além disso, podem ocorrer flutuações substanciais no valor do investimento, mesmo em curtos períodos de tempo. A presente publicação contém declarações relativos ao futuro. Declarações relativas ao futuro incluem, mas não se limitam a, suposições, estimativas, projecções, opiniões, modelos e análise de rendimento hipotético. Os eventos futuros expressos constituem o julgamento da DWS até a data da divulgação deste documento. As declarações relativas ao futuro envolvem elementos significativos de avaliações subjectivas e análises, e a modificação das mesmas e/ou a consideração de factores diferentes ou adicionais podem ter um impacto significativo nos resultados incluídos. Assim, os resultados reais podem variar, mesmo substancialmente, dos resultados previstos neste documento. Nenhuma representação ou garantia é concedida pela DWS quanto à razoabilidade ou integridade de tais declarações prospectivas ou para qualquer outra informação financeira contida neste documento. Os termos e condições de qualquer investimento estão exclusivamente previstos nas disposições detalhadas, incluindo considerações de risco que são referidos nos documentos. Para tomar decisões de investimento, o investidor deve considerar toda a documentação final relativa à transacção (o Prospecto, as Informações Fundamentais Destinadas aos Investidores, os Relatórios anuais e semestrais, entre outros) e não apenas no resumo contido neste documento. Este documento não pode ser reproduzido ou divulgado por escrito sem a autorização da DWS. A circulação e distribuição deste documento pode ser restrito por lei ou regulamento em alguns países, incluindo os Estados Unidos da América. Este documento não é dirigido nem deve ser distribuído ou usado por qualquer pessoa ou entidade que seja cidadão, residente ou esteja localizado em qualquer localidade, estado, país ou outra jurisdição, incluindo os Estados Unidos da América, onde a distribuição, publicação, disponibilidade ou uso é contrário a qualquer lei ou regulamento, ou que sujeita a DWS a qualquer requisito de registro ou licenciamento que actualmente não se encontre naquela jurisdição. Pessoas que detenham este documento podem ser obrigadas a informar-se sobre e a respeitar as referidas restrições. Este documento não pode ser distribuído no Canadá, no Japão, nos Estados Unidos da América nem junto de qualquer pessoa que seja cidadão, residente ou local dos Estados Unidos da América. Rentabilidades passadas não são garantia de rentabilidades futuras. Nada do que é referido no presente documento constitui uma representação ou garantia quanto a rentabilidades futuras. O Prospecto e/ou as Informações Fundamentais Destinadas aos Investidores (IFI), aos quais deve ser anexado o último relatório anual auditado e o correspondente relatório semestral, se este for mais recente do que o último relatório anual, contêm a informação completa sobre o fundo. Os referidos documentos constituem a única base legal na qual os investidores devem apoiar a sua decisão de investimento para a aquisição ou subscrição de unidades de participação/acções do fundo. Se um instrumento financeiro é denominado numa divisa diferente da do investidor, qualquer flutuação na taxa de câmbio pode afectar negativamente o preço ou o valor do instrumento financeiro ou a sua rentabilidade, de modo que o investidor assume integralmente o risco cambial. O instrumento financeiro descrito neste documento pode não ser apropriado ao perfil de investidor de todos os investidores e, antes de decidir pelo investimento, o investidor deve assegurar-se que entende cabalmente as condições, características e riscos da transacção e que realizou um estudo independente da adequação da operação aos seus objectivos e circunstâncias pessoais, incluindo os possíveis riscos e benefícios da realização da referida operação. A informação mencionada anteriormente pode ser obtida em formato digital ou físico, sem qualquer custo, junto do consultor financeiro, da DWS International GmbH, ou no endereço www.funds.dws.com/pt. CRC: 083138


EDI ENTRE A MUDANÇA E A CONSTÂNCIA TO RIAL P

38 I MAIO E JUNHO 2021

A INDÚSTRIA VIVE TEMPOS DE MUDANÇA, COM A IMPLEMENTAÇÃO DA SFDR, POR EXEMPLO, MAS TEM DE HAVER ESPAÇO PARA O ELOGIO DA CONSTÂNCIA.

aterson era um jovem condutor de autocarro que partilhava com o sítio onde vivia o seu próprio nome. Todos os dias eram feitos da mesma mesmice. O despertador tocava às 6h14 embora já estivesse invariavelmente acordado, dava o mesmo beijo à mulher todos os dias, passeava o seu bulldog inglês no mesmo horário... sempre! Quem viu este filme com Adam Driver no papel principal sabe do que falo. Ora Paterson – que é também o nome do filme – parece ser um elogio à rotina, à mesmice, ao sempre igual. A verdade é que se elogia pouco esses estádios de constância e de inalteração da vida. São muitas vezes igualmente bons quando comparados com os grandes feitos disruptivos. Nesta revista, a constância, surge logo abrir no tema que dá o mote à edição. Não só porque in-va-ri-a-vel-men-te queremos dar ênfase, todos os anos, aos selecionadores estrela do mercado nacional, mas também pelos protagonistas visados. Elogiemos: há nomes que aparecem nesta votação de forma consecutiva, sem deixar margem para dúvidas de que são, de facto, exímios no trabalho que executam há já muito tempo. Mas não vos contei tudo, calma. Apesar de Paterson viver preso à melancolia do igual, preenche também todos os dias o seu caderno de poemas. Permite-se a ser novo numa pequena tarefa como esta, que, quem sabe, um dia, pode vir a torná-lo famoso. O que era de nós, de facto, sem um pequeno desvio à média, sem uma distração do dia-a-dia, sem, pelo menos, tentarmos a mudança. A indústria financeira vive essa fase no que à aplicação dos princípios ESG diz respeito. Duas advogadas explicam-nos o que está em causa na aplicação da diretiva SFDR, mais concretamente no que aos artigos 8.º e 9º diz respeito. Quais as diferenças entre os fundos que se regem por um ou pelo outro? Como reagiu a indústria a esta implementação? Nesse limbo entre a constância e a mudança, mais uma análise muito pertinente nas páginas que se seguem: com recurso à opinião de vários profissionais, quisemos perceber se o contexto atual pode ser o augúrio de uma crise que já conhecemos, ou se, por outro lado, estamos bastante longe do que aconteceu em 2000. Vivemos tempos diferentes dessa altura, podemos abrir-lhe o apetite sobre o tema. É como diz Paterson num dos seus poemas: “Quando somos crianças aprendemos que existem três dimensões: altura, largura e profundidade. Como uma caixa de sapatos. E mais tarde compreendemos que existe uma quarta dimensão: o tempo”. MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 3


IN DI CE 38 I MAIO E JUNHO 2021

92

PANORAMA

12 A atração emergente 14 I can (not) see clearly now, the rain is gone… 18 Barómetro ABC 22 O novo Produto Individual de Reforma PanEuropeu (PEPP) 28 Ranking Selo FundsPeople 42 ESG e temáticos dão impulso à indústria europeia de fundos

TENDÊNCIAS

46 Selecionadores favoritos: proximidade mantém-se em (novo) ano de afastamentos 50 Os fundos temáticos com mais êxito na Europa 54 Desta vez é diferente [ ]! [X]?l 58 As escolhas dos gestores nacionais e a sabedoria do coletivo nas ações americanas 62 A questão da correlação 66 ESG: Artigo 8º ou artigo 9º 69 Mapa das Sociedades Independentes de Consultoria para Investimento em Portugal 73 A pandemia não interrompe o crescimento do número de fundos transfronteiriços… mas trava-o 76 Inteligência Artificial na gestão de portefólios

ENTREVISTAS 80 Nicolas Janvier, CFA 84 Emília Vieira 86 Evy Hambro 90 Luiz Estrada 92 Didier Saint-Georges 96 Pedro Carvalho

84

86

PRODUTOS

98 O s alternativos procuram recuperar o investidor 104 Small caps EUA 108 Dívida asiática em moeda local para diversificar as carteiras 112 Metas alcançadas e compromissos por cumprir no financiamento sustentável 116 ETF em fundos de ações portugueses 120 Gestão de poupança para a reforma: as pedras no caminho 124 Bitcoin como investimento

ESTILO DE VIDA

128 Técnica, tática, adrenalina, saudade... 130 Japão, explosão de cultura 4  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

80

90


AS LOS G SE

Dê valor aos seus investimentos.

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Material publicitário

DEPENDEN

A nossa jornada em investimentos sustentáveis iniciou-se há mais de 30 anos com o nosso primeiro produto ASG. Na Nordea, retornos e responsabilidade importam. Retornos e Responsabilidade. É o nosso ADN Nórdico. Soluções Nordea ASG STARS Estratégia Global Gender Diversity Estratégia Global Social Empowerment Os fundos Nordea 1 de ações Emerging Stars, Global Stars, European Stars e North American Stars foram reconhecidos pelos principais selos ESG1

LuxFLAG, Towards Sustainability, Forum Nachhaltige Geldanlagen, ISR e obtiveram o European SRI Transparency Code2 1) Forum Nachhaltige Geldanlagen (FNG-Siegel) reconhece a validade dos fundos Nordea 1 – Emerging Stars Equity Fund (3 estrelas) e Nordea 1 – European Stars Equity Fund (3 estrelas) durante 2021. Towards Sustainability reconhece a validade dos fundos Nordea 1 – Emerging Stars Equity Fund, Nordea 1 – Global Stars Equity Fund, Nordea 1 – European Stars Equity Fund e Nordea 1 – North American Stars Equity Fund de 11.2020 a 11.2021. LuxFLAG ESG Label reconhece a validade dos fundos Nordea 1 – Emerging Stars Equity Fund, Nordea 1 – Global Stars Equity Fund e Nordea 1 – North American Stars Equity Fund de 01.10.2020 a 30.09.2021 e do fundo Nordea 1 – European Stars Equity Fund de 01.07.2020 a 30.06.2021; Label ISR reconhece a validade dos fundos Nordea 1 – Emerging Stars Equity Fund, Nordea 1 – Global Stars Equity Fund e Nordea 1 – North American Stars Equity Fund de 22.11.2019 a 21.11.2022. 2) O logo European SRI Transparency significa que a Nordea Investment Funds S.A. está comprometida em fornecer informações precisas, adequadas e oportunas para permitir que as partes interessadas, em particular os consumidores, entendam as políticas e práticas de Investimento Socialmente Responsável SRI (Socially Responsible Investment) relacionadas ao fundo. Informações detalhadas sobre as Diretrizes Europeias de Transparência SRI podem ser encontradas no site www.eurosif.org. As Diretrizes de Transparência são geridas pela Eurosif, uma organização independente. O logo Europeu de Transferência SRI reflete o comprometimento do gestor do fundo conforme detalhado acima e não deve ser considerado como um endosso sobre qualquer companhia, organização ou indivíduo em particular. Os fundos mencionados fazem parte da Nordea 1, SICAV, uma sociedade de investimento de capital variável sediada em Luxemburgo (Société d’Investissement à Capital Variable), legalmente constituída conforme as leis de Luxemburgo e com a Diretiva2009/65/EC do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de Julho de 2009. Este documento é material publicitário e não divulga todas as informações pertinentes relativas aos subfundos apresentados. Qualquer decisão de investimento nos subfundos deve ser feita com base no Prospecto em vigor e no documento de Informações Fundamentais Destinadas ao Investidor (KIID), que estão disponíveis, juntamente com os relatórios anual corrente e semi-anual do sub-fundo, por via electrónica em inglês e na língua local do mercado onde o mencionado OICVM está autorizado para distribuição, e poder ser solicitado, sem ônus, junto a Nordea Investment Funds S.A., 562, rue de Neudorf, PO Box 782, L-2017 Luxemburgo, representantes locais, agentes de informação, ou nossos distribuidores. Nosso distribuidor em Portugal é BEST - Banco Electrónico de Serviço Total, S.A., devidamente constituído sob as leis de Portugal e registado na CMVM como intermediário financeiro. Publicado pela Nordea Investment Funds S.A., sita em 562, rue de Neudorf, P.O. Box 782, L-2017 Luxembourg, que é autorizado pela Comission de Surveillance du Secteur Financier.


CO LABO RA DO RES

22

112 PEDRO JESUS SÉRGIO BRITO Analista, APFIPP O novo Produto Individual de Reforma Pan-Europeu (PEPP)

66

116 DIANA RIBEIRO DUARTE E MARGARIDA TORRES GAMA,

FERNANDO LUQUE

Advogadas sénior, Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva e Associados ESG: artigo 8.º ou artigo 9.º?

76

CONTRIBUTOS DO MÊS

Audit & Assurance associate partner, Financial Services, Mazars Metas alcançadas e compromissos por cumprir no financiamento sustentável

Editor, Morningstar ETF em fundos de ações portugueses

124 SOFIA GUERRA Aluna do Mestrado em Finanças, Católica Porto Business School e vencedora do concurso Champion Ship 2020 A inteligência artificial e a gestão de carteiras

104

JUAN LUIS GARCÍA ALEJO Diretor geral, Andbank Wealth Management (Andbank España) Bitcoin como investimento

128 PEDRO BARATA, CFA Gestor de carteiras, Ask Patrimónios e diretor executivo, CFA Society Portugal Técnica, tática, adrenalina, saudade...

38 I M AIO E JUNHO 2021 ANAÏS GFELLER Analista sénior, Allfunds Ações small caps EUA

108

130 BORJA PICÓN Analista de fundos, Inversis Dívida asiática em divisa local para diversificar as carteiras

Nota de redação A Primer Decil Consultores y Editores S.L. informa-o que os seus dados de carácter pessoal, obtidos na sua condição de subscritor da revista FundsPeople fazem parte do ficheiro 397084/2010 inscrito na Agência Espanhola de Proteção de Dados, sendo os mesmos apenas utilizados para os fins de envio desta revista e outras informações sobre produtos e/ ou atividades da entidade e/ou daquelas com as quais sejam celebrados acordos, assim como produtos e/ou atividades

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de patrocinadores e/ou colaboradores da revista e/ou da entidade, incluindo-se o envio de comunicações comerciais através de meios de comunicação à distância, efetuando, de igual modo, resumos estatísticos e/ou históricos. O leitor tem reconhecidos os direitos de acesso, retificação, cancelamento e oposição dos seus dados pessoais mediante comunicação individual que deverá enviar para o seguinte endereço de correio electrónico: protecciondatos@fundspeople.com A FundsPeople é uma revista dirigida exclusivamente a profissionais do sector financeiro e, em particular, a

MARGARIDA GONÇALVES Analista financeira - Private Banking Internacional, BPI Japão, explosão de cultura

entidades consideradas como contrapartes elegíveis ou investidores profissionais, ao abrigo da legislação aplicável. A informação sobre instituições de investimento coletivo ou outros instrumentos financeiros, constante da FundsPeople é apresentada unicamente com fins informativos e ilustrativos e nunca deve ser interpretada como uma oferta de venda ou uma recomendação de investimento. A informaçao não constitui uma descrição completa das instituições de investimento coletivo ou de outros instrumentos financeiros, mercados, ou desenvolvimentos a que se faz referência.


Ser um investidor responsável significa ser 100% responsável Desde o seu início, o investimento responsável tem sido um dos pilares fundamentais da razão de ser de Amundi. Em 2018, definimos um plano ambicioso para expandir a integração dos critérios do ESG(1) na nossa gestão de fundos(2). Estamos orgulhosos em anunciar que em 2021 cumprimos com os objectivos estabelecidos neste plano. 100% dos nossos fundos abertos(2) já incluem uma análise do impacto ambiental e social das empresas em que investimos(3). Os critérios de ESG são, portanto, centrais para toda a nossa actividade. O que é que isto significa? Significa que classificamos as empresas de acordo com: • a sua contribuição para a transição energética, com foco na redução das emissões de CO2 estabelecidas pelo Acordo de Paris; • a sua contribuição para o desenvolvimento económico e a coesão social nos países onde operam. Isto significa que damos preferência às empresas com as melhores classificações na composição das nossas carteiras; e que subestimamos ou excluímos as empresas com as classificações mais baixas. Na Amundi, acreditamos que as empresas que têm um impacto positivo na sociedade são também aquelas que terão melhores resultados económicos e rentabilidade a longo prazo. Ser um gestor de activos responsável significa trabalhar todos os dias no interesse dos nossos clientes e da sociedade.

Amundi.com Para clientes profissionais. (1) ESG: Ambiental, Social e Governação Corporativa pelo seu acrónimo em inglês. (2) Todos os fundos abertos geridos activamente pela Amundi, aos quais pode ser aplicada uma metodologia de classificação ESG. (3) Mais detalhes da análise e política do ESG de Amundi podem ser encontrados no seu sítio web: http://about.amundi.com/Responsible-Investor O investimento envolve riscos de perda de capital. As informações promocionais não contratuais não constituem aconselhamento, recomendação, ou solicitação de investimento para comprar ou vender. Informação fornecida pela Amundi Asset Management, SAS (“Société par Actions Simplifiée”) com um capital social de 1.086.262.605 Euros e aprovada pelo regulador francês (Autorité des Marchés Financiers - AMF) sob o número GP 04000036 como empresa de gestão de carteiras, Bd Pasteur 90 - 75015 Paris - França - 437 574 452 RCS Paris Amundi Iberia SGIIC, SAU, registada sob o número 31 no registo SGIIC da CNMV (Pº de la Castellana 1, Madrid 28046). - amundi.com - Janeiro de 2021. - © Getty Images. |


DI RE TÓ RIO ÍNDICE DE EMPRESAS 38 I MAIO E JUNHO 2021

BNY Mellon IM 20, 28, 124 BPI Gestão de Activos 22, 28, 46, 62 BPI Vida e Pensões 22, 46 Brown Advisory 18, 20, 54, 104 22, 28, 46, 116 Caixa Gestão de Ativos Candriam 20, 28, 46, 50 20, 28 Capital Group Capital Strategies 46 Carmignac 20, 28, 92 Carne Global Financial Services 69 Casa de Investimentos 22, 84 CGD Pensões 22 Columbia Threadneedle Investments 12, 20, 28, 46, 80 Commonwealth Bank of Aus. 73 CPR AM 20, 28, 50 Credit Suisse 20, 28, 42, 50 Crédito Agrícola Gest 22, 46 DEF Deka Investments 50 DNB AM 28, 46 Dolat Capital 69 DPAM 20 Dunas Capital - Gestão de Activos 22 46 DWM - Millennium BCP DWS 20, 28, 46 ECS - SGFII 22 Edmond De Rothschild AM 20, 28 Eleva 20, 28 Epsilon Capital 14, 20, 28 Eurizon 12, 20, 28, 46 Evli 20, 28 Federated Hermes 28 Fidelidade 22, 46 Fidelity International 20, 28, 46, 50, 73 First Eagle Investment Management 20, 28 First Fund Box 22 Floresta Atlântica 22 Flossbach von Storch 14, 18, 20, 28, 42, 62 Franklin Templeton Investments 20, 28, 46, 73, 104 Fundsmith 28 Futuro 22 GHI

ABC ABANCA 46, 96 Aberdeen Standard Investments 20, 28, 42, 46, 73 14, 18, 46 Acatis Aegon Asset Management 98 22, 120 Ageas Pensões Algebris Investments 42 28, 104 Alger Allfunds 12 20, 28, 46 AllianceBernstein Allianz Global Investors 20, 28, 42, 50, 73 Alvarium AM 46, 69 Amerprise Financial 12 AMP Capital 28 Amundi 12, 20, 28, 42, 46, 50, 73, 116 Atlantic 22 Atrium 46 Aviva Investors 42 AXA IM 14, 20, 28 Baluarte Wealth Advisors 46, 69 Banco Atlântico Europa 46 Banco Best 46 Banco Itaú 90 Bankinter GA 22, 46 Banque de Luxembourg 28 BBVA AM 54 BBVA Fundos 22 Bestinver 54 BiG - Banco de Investimento Global 46 BIZ Capital - SGOIC 22 BlackRock 18, 20, 28, 42, 46, 50, 73, 86, 98 18, 20, 28 Bluebay AM BlueCrow Capital 69 BMO Financial Group 12 BMO GAM 20, 28, 46, 98 BMO Portugal 22 BNP Paribas AM 20, 28, 42, 50, 73, 104

GAM 20, 28 Gané AG 62 Gef 22 Gesfimo 22 GFM Capital 22 22 GNB - SGFP GNB - SGP 22 GNB Fundos Mobiliários 22 GNB Gestão de Ativos 28, 46, 120 GNB Real Estate 22 Goldman Sachs AM 20, 28, 42, 46 Gow Capital 69 69 Grow Advisory Handelsbanken Asset Management 50 Hawkclaw Capital Advisors 69 Hermes Investment 46 HSBC 28, 42, 73 IM Gestão de Ativos 22, 28, 46 Imofundos 22 Imopolis 22 Imorendimento 22 Institutional Investment - Partners GmbH 22 Insula Capital 22 Interfundos 22 Invesco 20, 28, 42, 46, 73, 116 Invest Gestão de Activos 22, 46 iShares 42, 50, 73 JKL J.P. Morgan 12 J.P. Morgan AM 12, 14, 18, 20, 28, 42, 46, 73, 104 Janus Henderson 14, 20, 28, 46, 98 46 Julius Baer Group Jupiter AM 18, 20, 28, 46 KBC Asset Management 42 La Financiere De L’Echiquier 20, 28 Lazard AM 20, 28

8  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

Legal & General IM 42, 50 Libertas 22 Liontrust AM 46 Lisbon Family Office 69 LM Capital Wealth Management 20, 28, 46 Lombard Odier 12 22 LYNX Asset Managers Lyxor 12, 116 MN M&G Investments 20, 28, 46, 50 Man Group 14, 20, 28, 98 Marshall Wace 28 Mazars 112 Mediolanum 12 Mercer 28, 42 18, 20, 28, 46, 62 MFS IM Mirabaud 20, 28 Mirae Asset 20, 28 Montepio Gestão de Activos 22, 46, 116 22 Montepio Valor Morgan Stanley IM 18, 20, 28, 42, 46 20, 28 Muzinich Natixis 46 20, 28, 46 Neuberger Berman Nikko AM 50 Ninety One Fund Managers 20, 28 NN IP 20, 28, 46 Nomura AM 42 Nordea AM 18, 20, 28, 42, 46 Norfin 22 Novo Banco 46 Nuveen 12 OPQ Oddo BHF Asset Management 18, 20, 28 OFI AM 20 22, 46, 120 Optimize Investment Partners Partners2u 69 Pictet AM 18, 20, 28, 42, 50, 98 PIMCO 14, 18, 20, 28, 42, 62 Polar Capital 20, 28 Previsão 22 Private SCI 69 Profile - SGFIM 22 Prosteste Investe (Tree Family Office) 69 RST RAM Active Investments 28 Real Vida Seguros 22, 46, 120 Reap Family Office 69 Refundos 22 Robeco 20, 28, 42, 46, 50 Ruffer 20, 28 22 S.G.F.P. Banco de Portugal Santander AM 22 Santander Pensões 22 Santander Totta 46 18, 20, 28, 73 Schroders Seilern 20, 28 SFS - Gestão de Fundos 22 SGF 22, 120 Silar - SICAFI, SA 22 Silvip 22 22 Sixty Degrees Sky Harbor 28 Square Asset Management 22 State Street 42, 73 T. Rowe Price 14, 20, 28, 104 TF Turismo Fundos 22 UWXYZ UB Asset Management 20, 28 UBS AM 20, 28, 42, 73, 116 Vanguard 28, 73, 116 Victoria - Seguros de Vida, SA 22 Vila Gale Gest 22 Violas Ferreira - SICAFI, SA 22 Vontobel AM 20, 28, 46 12 VP Bank Wellington Management 28 Wells Fargo AM 28 Xtrackers 42, 116

CEO GONZALO FERNÁNDEZ gonzalof@fundspeople.com REDAÇÃO NACIONAL MARGARIDA PINTO, Editor - Portugal margarida.pinto@fundspeople.com CATARINA VINAGRE, Reporter catarina.vinagre@fundspeople.com INTERNACIONAL ÓSCAR RODRÍGUEZ, Reporter orodriguez@fundspeople.com ANA PALOMARES, Reporter ana.palomares@fundspeople.com REGINA RIVERA, Reporter regina.webb@fundspeople.com DAVIDE MOSCA, Reporter davide.mosca@fundspeople.com FILIPPO LUINI, Reporter filippo.luini@fundspeople.com ANÁLISE Diretora MARÍA FOLQUÉ, Global Head of Analysis mfolque@fundspeople.com MIGUEL RÊGO, CFA, Head of Analysis - Portugal miguel.rego@fundspeople.com SAMUEL CAPUCHO, Fund Analysis Intern samuel.capucho@fundspeople.com MONTSERRAT FORMOSO, Senior Fund Analyst mformoso@fundspeople.com SIMONE VIDOTTO, Senior Fund Analyst simone.vidotto@fundspeople.com MARKETING RAQUEL ALONSO, Marketing Manager raquel.alonso@fundspeople.com IÑIGO IMBERT, Business Development Manager iimbert@fundspeople.com BORJA ANTÓN, Marketing & Business Development borja.anton@fundspeople.com AIDA CISNEROS, Events Manager - Iberia aida.cisneros@fundspeople.com GEMA VELASCO, Branded Content Manager - Iberia gema.velasco@fundspeople.com DAVIDE PASIMENI, Head of Italy davide.pasimeni@fundspeople.com GIOVANNA VAGALI, Events & Branded Content Manager - Italy giovanna.vagali@fundspeople.com CONSULTORIA: ANTONIO SALIDO, CEO, NUVIX CONSULTING SL. PAGINAÇÃO: ANTONIO CAPA E RODRIGO PÉREZ, KEMBEKE ESTUDIO. FOTOGRAFIA E VÍDEO: VITOR DUARTE E MÁXIMO GARCÍA, OJIPLÁTICO TRADUÇÕES: CRISTINA JAOUEN, FULLY INVESTED TRANSLATION. IMPRESSÃO: RIVADENEYRA EDITADO por © Primer Decil Consultores y Editores S.L. Todos os direitos reservados. SUBSCRIÇÕES: pt.fundspeople.com DEPÓSITO LEGAL M-48220-2008 REDAÇÃO MADRID Velázquez, 126. 4 Izquierda. 28006 Madrid Tel. (+34) 91 755 35 58 redaccion@fundspeople.com es.fundspeople.com REDAÇÃO LISBOA Espaço Amoreiras . Rua D. João V, nº 24, 1.03, E.26 - 1250-091 Lisboa Tel. (+351) 210 415 957 portugal@fundspeople.com PUBLICIDADE publicidad@fundspeople.com


Global inflation

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Oct

Apr

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Mar

Feb

Jan

Dec

Oct

Nov

2020

2.1

Sep

May

2.3

Aug

Apr

2.1

Jun

Feb 1.8

Jul

Jan

Mar

Dec

Global economy Eurozone Developed Emerging

1.9 1.4

2.7

1.2

0.6

0.9

0.5

0.4

2.9

2.8

2.6

2.1

1.5

1.4

1.5

1.4

1.7

1.2

1.3

1.0

1.0

0.8

0.7

1.0

1.3

1.4

1.2

0.7

0.3

0.1

0.3

0.4

-0.2

-0.3

-0.3

1.9

1.4

1.6

1.3

1.5

1.1

1.4

1.3

1.3

1.1

0.9

1.2

1.6

1.7

1.6

0.8

0.4

0.4

0.2

0.9

0.2

0.0

0.1

0.2

1.6

1.4

0.9

-0.1

0.0

-0.2

-0.2

-0.3

1.1

1.1

1.1

0.9

0.8

0.3

0.5

0.2

0.2

0.2

0.5

0.4

0.2

0.1

0.1

-0.3

-0.4

0.8

-0.5

-1.0

-0.6

-0.3

1.1

1.3

1.6

0.9

0.6

0.6

0.4

0.2

0.2

0.5

0.8

1.1

0.9

0.1

-0.7

-0.9

-0.3

-0.7

-0.6

-0.6

-0.9

-0.8

0.2

-0.3

0.5

1.3

1.1

1.5

1.1

1.4

-0.9

-0.7

-1.9

-2.1

-2.3

-2.3

-2.0

-2.1

0.6

0.6

0.6

0.8

1.1

1.1

0.9

0.5

-0.3

-0.8

-0.6

-0.6

-1.1

-1.2

-1.5

-1.0

1.3

1.3

1.6

1.8

1.7

1.5

1.3

0.8

-0.2

0.1

0.9

0.7

1.0

0.6

0.4

0.2

0.1

-0.3

-0.3

-0.1

0.2

-0.2

-0.4

-1.0

-1.0

-1.3

-1.2

-1.4

-1.1

-0.9

-0.8

0.5

1.1

1.7

0.5 1.5 0.4

0.5

1.7

1.1 1.6 0.7

0.1

1.1

1.0 2.1 0.5

0.4

1.2

1.7 2.1 1.1

0.2

1.4

1.1 1.8 0.7

0.6

1.7

0.7 1.9 0.7

1.1

1.6

0.8 2.0 0.7

1.0

1.4

0.8 2.2 0.8

0.8

2.0

1.7

0.6

0.9 1.0

0.6

1.5

-0.3

0.9

1.2 1.2

0.4

0.2

2.1

1.8

1.9

1.9

2.1

2.0

2.0

2.1

1.7

1.7

1.5

1.5

1.3

1.8

1.7

1.5

0.8

0.5

0.6

1.0

0.2

0.5

0.7

1.9

1.6

1.5

1.9

2.0

1.8

1.6

1.8

1.7

1.7

1.8

2.1

2.3

2.5

2.3

1.5

0.3

0.1

0.6

1.0

1.3

1.4

1.2

1.2

0.0

-0.4

-0.9

0.5

-0.5

0.3

0.2

0.2

0.5

0.9

0.7

0.7

0.5

0.3

0.2

0.2

0.5

0.8

0.7

1.9

1.7

1.5

2.3

2.5

2.7

2.7

2.8

2.8

3.0

3.8

4.5

4.5

5.4

3.2

2.8

2.7

2.5

2.8

3.1

2.8

2.8

3.1

3.1

2.9

2.7

2.6

2.7

0.0

-0.4

0.4

0.4

5.2

4.3

3.0

3.0

0.1 3.3

0.1

0.1

2.4

0.3

2.5

0.2

2.7

0.1

-0.3

0.0

0.3

0.7

1.0

0.1

0.6

0.6

0.7

0.9

0.9

0.4

0.4

0.4

0.4

0.6

1.1

1.9

-0.2

0.0

-1.0

-1.2

-0.7

-0.5

-0.3

-0.6

-0.3

0.1

2.6

2.9

3.0

3.0

3.2

3.1

3.3

4.0

4.6

5.5

7.4

7.6

6.6

5.8

7.2

6.3

6.2

6.7

6.7

7.3

7.6

6.9

3.7

0.5

3.8

0.4

3.9

0.6

4.6

0.7

4.9

0.7

4.7

0.6

3.4

3.2

3.4

2.9

0.0

0.2

2.5

0.7

3.3

4.3

4.2

4.0

3.3

2.4

1.9

2.1

1.3

2.3

1.4

0.3

1.0

0.2

2.0

0.8

1.5

1.7

2.2

1.1

0.2

2.1

1.3

2.0

2.4

2.7

1.5

-0.1

2.4

1.4

3.1

1.6

3.9

4.3

4.8

4.4

3.9

4.0

4.4

4.3

4.0

3.8

3.2

3.0

3.0

3.0

2.8

3.2

3.7

3.3

2.2

2.8

3.3

3.6

4.1

4.0

4.1

3.3

4.3

5.0

5.2

5.3

5.2

5.1

4.7

4.6

4.3

4.0

3.8

3.5

3.0

2.4

2.3

2.5

3.1

3.0

3.2

3.4

3.6

3.7

4.0

4.4

Source: Bank of Mexico, DGBAS, ECB, Goskomstat of Russia, IBGE, India Ministry of Statistics & Programme Implementation, Japan Ministry of Internal Affairs & Communication, Korean National Statistical Office, National Bureau of Statistics China, ONS, Refinitiv Datastream, Riksbank, Statistics Indonesia, Swiss National Bank, US Federal Reserve, J.P. Morgan Asset Management. Figures shown are for headline inflation and are % change year on year. Heatmap colours are based on the respective central bank target inflation rates. Blue is below target, white is at target and red is above target. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.

6

Global inflation expectations Global economy

Simplify the complex with Market Insights

2019

2.1 1.6

Emerging Eurozone France Germany Italy Spain Greece Ireland Sweden Switzerland UK US Japan China Indonesia Korea Taiwan India Brazil Mexico Russia

| 6

GTM – UK

2018

Global Developed

| 7

GTM – UK

Headline inflation

Market-based inflation expectations

% change year on year

%, 5y5y inflation swap

4

4

Forecast

US UK

UK

Headline inflation target

Eurozone

3

Japan

3 US

2

2

1

1 Eurozone

0

0 Japan

-1

'15

'16

'17

'18

'19

'20

'21

-1

'22

'15

'16

'17

'18

'19

'20

'21

Source: (Left) Bank of Japan, BLS, Eurostat, ONS, Refinitiv Datastream, J.P. Morgan Asset Management. Headline inflation is measured using Consumer Price Index (CPI). Japan CPI has been adjusted down by two percentage points from April 2014 to March 2015 to remove the estimated impact of the consumption tax hike over this period. Forecasts are from Bloomberg contributor composite. (Right) Bloomberg, J.P. Morgan Asset Management. 5y5y inflation swap represents the market’s expectation of five-year average inflation, starting in five years’ time. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.

7

Global earnings expectations and equity valuations Consensus estimates for global earnings per share

x, multiple

77x

80x 40x

625 EM

Equities

Current

35x

Japan

550

Range since 1990

US

Average since 1990

30x

Europe ex-UK

475

| 48

GTM – UK

Global forward price-to-earnings ratios

Index level, next 12 months’ EPS in GBP rebased to 100 at Jan 2000

UK 400

25x

325

20x 15x

250

10x

175

5x

100 25

0x '00

'02

'04

'06

'08

'10

'12

'14

'16

'18

Europe ex-UK

US

'20

UK

Japan

EM

Source: (Left) FTSE, IBES, MSCI, Refinitiv Datastream, Standard & Poor’s, TOPIX, J.P. Morgan Asset Management. MSCI indices are used for Europe ex-UK and EM. UK is FTSE All-Share, US is S&P 500 and Japan is TOPIX. EPS is earnings-per-share. (Right) IBES, MSCI, Refinitiv Datastream, Standard & Poor’s, J.P. Morgan Asset Management. MSCI indices are used for all regions/countries (due to data availability), except for the US, which is represented by the S&P 500. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.

48

Global income Equity

% yield

Fixed income

Equities

10.6

Alternatives

10 8

Convertibles

Average UK inflation: 0.9% (12 months to November 2020)

6 4 2 0

0.1

0.2

UK cash

UK Gilts

| 49

GTM – UK

Asset yield comparison 12

7.2

1.4

1.8

2.0

UK IG

DM equity

EM equity

FTSE AllShare

4.9

4.3

4.3

4.6

Global REITs

EM debt

DM high yield

3.4

Global Global convertibles infrastructure

Global transport

Equity index yields % yield

Buyback yield

5

Dividend yield

4 3 2 1 0

49

MSCI World

S&P 500

FTSE All-Share

MSCI Japan

MSCI Europe ex-UK

MSCI EM

Source: (Top) Bloomberg Barclays, BofA/Merrill Lynch, Clarkson, Drewry Maritime Consultants, FTSE, MSCI, Refinitiv Datastream, J.P. Morgan Asset Management. Additional yield often comes with associated capital and/or liquidity risk. Global transport yield is as of September 2020 and global infrastructure yield is as of June 2020. Yields for the bond indices are yield to worst and dividend yields for the equity indices. Global transport levered yield is rental income minus operating expenses, debt amortisation and interest expenses, expressed as a percentage of equity value. Global convertibles: Bloomberg Barclays Global Convertibles; DM equity: MSCI World; EM equity: MSCI EM; UK Gilts: UK 10-year yield; UK IG: Bloomberg Barclays Sterling Agg. – Corporates; Global REITs: FTSE NAREIT Index; DM high yield: BofA/Merrill Lynch Developed Markets High Yield Constrained; EM debt: J.P. Morgan EMBI Global; Global infrastructure: MSCI Global Infrastructure Asset Index – Low risk. (Bottom) Bloomberg, FTSE, MSCI, Refinitiv Datastream, Standard & Poor’s, J.P. Morgan Asset Management. Buyback yield is last 12 months’ buybacks divided by the market cap of the index. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.

Fixed income yields

| 69

GTM – UK

Fixed income yields %

Developed market government bonds

8 7

Investment-grade bonds

High yield bonds

Emerging market bonds

6 5

Fixed income

4 3 2 1 0 Return beta to MSCI World

-1

-0.1

0.0 -0.1

0.1 -0.2

0.1

0.2

0.3

0.2

0.2

0.2

0.2

0.4

0.5

0.4

0.5

0.5

0.3

0.0

0.3

0.1

0.4

0.5

-2

69

Source: Bloomberg, Bloomberg Barclays, ICE BofA, J.P. Morgan Economic Research, Refinitiv Datastream, J.P. Morgan Asset Management. Beta to MSCI World is calculated using monthly total returns since 2008. Indices used are as follows: Euro IG: Bloomberg Barclays Euro-Aggregate – Corporate; Global IG: Bloomberg Barclays Global Aggregate – Corporate; UK IG: Bloomberg Barclays Sterling Aggregate – Corporate; US IG: Bloomberg Barclays US Aggregate – Corporate; Euro HY: ICE BofA Euro Developed Markets Non-Financial High Yield Constrained Index; Global HY: ICE BofA Global High Yield Index; US HY: ICE BofA US High Yield Constrained Index; EMD corporate: CEMBI Broad Diversified; EMD local: GBI-EM Global Diversified: EMD local – China: GBI-EM China: EMD sovereign: EMBI Global Diversified; EMD sov. IG: EMBI Global Diversified IG; EMD sov. HY: EMBI Global Diversified HY. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.

Global government bond yields and inflation expectations Nominal 10-year government bond yields

% 4.5 US

UK

UK

6

US

4.0

Germany

Germany 3.5

5

Fixed income

| 70

GTM – UK

10-year government bond breakeven inflation rates

% yield 7

3.0

4

2.5 3 2.0 2

1.5

1

1.0

0 -1

0.5

'98

'00

'02

'04

'06

'08

'10

'12

'14

'16

'18

'20

0.0

'98

'00

'02

'04

'06

'08

'10

'12

'14

'16

'18

'20

Source: (All charts) Bloomberg, J.P. Morgan Asset Management. 10-year government bond breakeven inflation rates are the difference in yield between nominal and inflation-protected government bonds, and are a market-based measure of average inflation expectations over the next 10 years. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.

70

Oil

160

Crude oil production by country Million barrels per day

Oil price

1,800

Rigs

25

1,600

140

1,400

120

OPEC (ex-Saudi Arabia & Iraq) 20

1,200

100

15 1,000

US

Other assets

80 800 60

Russia 10

600

40

400

20 0

| 78

GTM – UK

WTI crude oil price and US rig count USD/barrel (LHS); number of rigs (RHS)

Saudi Arabia 5

200

'07 '08 '09 '10 '11 '12 '13 '14 '15 '16 '17 '18 '19 '20 '21

Iraq 0

0

'07 '08 '09 '10 '11 '12 '13 '14 '15 '16 '17 '18 '19 '20 '21

Source: (Left) Baker Hughes, Bloomberg, J.P. Morgan Asset Management. (Right) EIA, Refinitiv Datastream, J.P. Morgan Asset Management. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.

78

Metals

GTM – UK

Gold vs. real US 10-year Treasury yield 2,200

Index level, rebased to 100 in Jan 2007 -1.5

31 Dec 2020

2,000

| 79

Metal prices

$ per Troy ounce (LHS); %, inverted (RHS)

Gold (LHS)

$1,898

Real 10-year yield (RHS)

-1.1%

-1.0

200 175 150

1,800 -0.5

Copper 125

1,600

Other assets

0.0

100

1,400

Aluminium 0.5

1,200

Zinc

50 1.0

1,000

800

75

'12

'13

'14

'15

'16

'17

'18

'19

'20

'21

1.5

Nickel

25 0

'07 '08 '09 '10 '11 '12 '13 '14 '15 '16 '17 '18 '19 '20 '21

Source: (Left) Refinitiv Datastream, J.P. Morgan Asset Management. Real yield is the US 10-year Treasury inflation-protected security yield. (Right) Bloomberg, J.P. Morgan Asset Management. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.

79

Visit www.jpmorganassetmanagement.pt


38 I MAIO E JUNHO 2021 NOTÍCIAS 1. O recém implementado serviço de gestão discricionária de carteiras do ABANCA

O MAIS

2. Emília Vieira (Casa de Investimentos): “investir em ações a um ano ou dois não faz sentido; tentar adivinhar e entrar e sair do mercado é um jogo perdedor”.

VISTO EM

3. Que fundos imobiliários nacionais mais valorizaram em 2020?

/

4. A LMCapital Wealth Management em 2020 5. Inflação: demónio ou sinal de que a economia está viva? 6. Ativos para proteger as carteiras da inflação 7. As tendências e os desafios que impactam os Family Offices 8. Três meses depois os emergentes conquistam o lugar de mais rentáveis a um ano

Período de recolha de dados: 05/04/2021 - 05/05/2021 em fundspeople.com/pt/

PERFIS

Adelaide Marques Cavaleiro

Hussein Sacoor SIG Capital

BBVA Asset Management

Bruno Minoya Perez Banco Carregosa

Filipa Venda IM Gestão de Ativos

Jose Maria Cazal Ribeiro Julius Baer

José António De Mello MFO e MFW

Alexandre Castro Nunes

Emanuel Silva IM Gestão de Ativos

LM Capital Wealth Management

GNB Gestão de Ativos

Casa de Investimentos

Amundi

Caixa Gestão de Ativos

Allfunds

Fundo de Invest. Mobiliário Aberto de Acções Santander Acções Port. CA

NB Obrigações Europa – Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Obrigações

Alves Ribeiro PPR/OICVM Fundo de Invest. Mobiliário Aberto de Poup. Reforma

Caixa Seleção Global Moderado – Fundo de Invest. Mobiliário Aberto

Fidelity Funds Global Focus Fund A-DISTUSD

BlackRock Global Funds World Technology Fund A2

EMPRESAS

IM Gestão de Ativos

Interfundos

PRODUTOS

Caixa Ações Líderes Globais Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Ações

Fundo de Invest. Mobiliário Aberto Santander Acções América CA

10  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO


CENTRAL BANKS CAN'T PRINT GOLD AND SILVER JUPITER GOLD & SILVER FUND Central banks have been printing apparently limitless amounts of cash. Whether this will ultimately translate into a sharp rise in inflation remains to be seen. But if inflation does rear its head, having exposure to gold and silver might look like a rather prudent decision. The Jupiter Gold & Silver Fund blends exposure to gold and silver bullion, and gold and silver mining equities. Our team rotates these weightings according to their view of market conditions. We call this human advantage 'the value of active minds'. To discover more reasons to consider an allocation now, visit www.jupiteram.com As with all investing, your capital is at risk. Sector concentration risk: the Fund's investments are concentrated in natural resource companies, and may be subject to a greater degree of risk and volatility than a fund following a more diversified strategy.

For Investment Professionals Only. Not for use by Retail Investors. This advert is for informational purposes only and is not investment advice. There is no guarantee that the Fund will achieve its objective. A capital loss of some or all of the amount invested may occur. The Key Investor Information Document and Prospectus are available from Jupiter. Jupiter Asset Management (Europe) Limited is registered in Ireland and authorised and regulated by the Central Bank of Ireland. JAM001947-001-0421.


PANORAMA RADAR INTERNACIONAL

EUA Ameriprise Financial compra o negócio da BMO em EMEA

A Ameriprise Financial, cuja gestora de ativos é a Columbia Threadneedle, anunciou a aquisição do negócio de gestão de ativos na EMEA da BMO Financial Group (BMO) por 845 milhões de dólares. Esta aquisição aumentará os ativos da Columbia Threadneedle para aos 671.000 milhões de dólares.

EUA J.P. Morgan promove a diversidade A divisão da gestão de patrimónios da J.P. Morgan anunciou que contratará 300 assessores financeiros afro e hispano-americanos até 2025, como parte de uma campanha mais ampla para promover a diversidade racial no setor financeiro. A equipa diretora da empresa sublinhou a importância de que os funcionários do grupo reflitam a diversidade da sua clientela.

REINO UNIDO MIFL amplia a sua oferta

A Mediolanum International Funds Ltd (MIFL), a plataforma europeia de gestão de ativos do grupo Mediolanum, alocou três novos mandatos de ações por um valor superior aos 1.000 milhões de euros a três boutiques de gestão britânicas: Cadence, Intermede e RWC. Graças a estes acordos, as três gestoras ganharão acesso à rede de distribuição da MIFL em Itália, Espanha e Alemanha.

FRANÇA Amundi negoceia a compra da Lyxor

A Amundi negoceia com a Société Générale a compra da sua filial Lyxor, especializada em ETF. A operação, pela qual a Amundi pagará 825 milhões de euros em dinheiro, deverá estar completada o mais tardar em fevereiro de 2022. Graças a esta aquisição, a Amundi converter-se-á no segundo maior provedor de fundos índice da Europa, com ativos geridos no valor de 142.000 milhões de euros e uma quota de mercado de 14%.

EUA Nuveen cresce na energia verde

A gestora norte-americana redobra a sua aposta no setor das energias limpas. A Nuveen comprou a Greenworks Lending, sociedade com sede em Connecticut especializada em empréstimos a longo prazo para operações destinadas a reduzir as emissões de carbono de imóveis comerciais e industriais.

A ATRAÇÃO

BRASIL Lombard Odier abre uma nova sede

A gestora suíça Lombard Odier reforça a sua aposta no mercado latino-americano com a inauguração de um novo escritório em São Paulo. A entrada no mercado local responde à estratégia do grupo de estar mais próximo dos clientes da região. A direção da nova filial recai em Matteo Dignola, responsável do mercado latino-americano na gestora.

EMERGEN 12  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO


A OPINIÃO DE

HOLANDA Allfunds entra em bolsa

O Allfunds começou a negociar na Bolsa de Euronext Amsterdam. Estreou-se com uma capitalização de 7.240 milhões de euros, protagonizando a maior OPV da história de uma empresa especializada na distribuição de fundos. A operacão constitui um importante passo na estratégia de crescimento da wealthtech para acelerar a transformação digital do setor da gestão de patrimónios, otimizar o seu negócio e incrementar a sua envergadura para os próximos anos.

HUNGRIA Novo nome para a filial da Eurizon

Continua a mudança de marca das sociedades estrangeiras controladas pela Eurizon, a divisão de gestão de ativos do grupo Intesa Sanpaolo. Assim, a filial húngara, a CIB Investment Fund Management, passará a operar com o nome da Eurizon Asset Management Hungary. O CIB Bank continurá a ser o principal distribuidor dos fundos da sociedade.

CHINA VP Bank aposta no mercado chinês

A boutique com sede no Liechtenstein VP Bank adquirirá uma participação de 3,4% da sociedade chinesa Hywin Holdco no contexto de um acordo com a Hywin Wealth Management e sua filial Hywin Asset Management Hong Kong. O acordo contempla a colaboração em produtos e serviços e, em concreto, a gestão de investimentos e a custódia de ativos de clientes de Hywin em Hong Kong e nas suas filiais.

NTE

CHINA J.P. Morgan AM prossegue a sua expansão

Continua a expansão da J.P. Morgan Asset Management na China. A gestora investiu 410 milhões de dólares no negócio de gestão de ativos do China Merchants Bank. Com esta operação, o gigante norte-americano, que gere um património de 2,3 biliões de dólares, controlará 10% das ações da CMB Wealth Management, sociedade com sede em Shenzhen e um capital de 1.000 milhões de dólares.

Em abril, a indústria tem desenvolvido a sua atividade corporativa em diversas áreas geográficas, sendo relevante a aposta nos mercados emergentes, especialmente na China.

ALEX CROOKE Co-responsável de Ações para a EMEA e Ásia Pacífico, Janus Henderson Investors

TENDÊNCIAS DE RECUPERAÇÃO NOS INVESTIMENTOS EM AÇÕES, NÃO APENAS VALUE VS GROWTH Se pensarmos no que está a acontecer, este ano tem sido dominado pela vacinação e pelo desenvolvimento da COVID-19. Temos, definitivamente, observado uma tendência de afastamento do crescimento a qualquer custo de 2020 e lucros defensivos, no sentido de uma perspetiva do que vai abrir em breve. Também vamos ver o desenvolvimento de algumas das maiores tendências seculares que já temos visto acerca dos impactos ambientais: veículos elétricos, iniciativas verdes pela mão dos governos. Isto vai levar a muito gasto de investimento e, portanto, oportunidades para as empresas nas quais investimos. Um outro aspeto a ser considerado são as cadeias de fornecimento globais. Os países estão a desenvolver formas de evoluir as indústrias nacionais para lidar com estas questões de abastecimento. Espera-se uma produção mais localizada. Por outro lado, os setores que vão enfrentar dificuldades são provavelmente mais defensivos e impactados pelas ascendentes yields das obrigações. Diferentes mercados têm conduzido essas tendências de diferentes formas. Temos visto um ressurgimento nos cíclicos, indústria e recuperação. É importante que não vejamos isto como uma espécie de growth versus value. Alguns setores vão continuar com dificuldades. Por outro lado, algumas das perspetivas growth precisam de um prazo muito longo para se concretizar. MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 13


PANORAMA SMART CONSENSUS por Miguel Rêgo, CFA

I CAN (NOT) SEE CLEARLY NOW, THE RAIN IS GONE…

Dissipam-se, aparentemente, algumas névoas que engolfaram o planeta em março de 2020, mas o caminho está longe de estar límpido e solarengo.

A

s vacinas poderão pôr fim ou amenizar as consequências da segunda maior pandemia em 100 anos e a névoa do COVID-19 poderá diluir-se e aumentar a visibilidade na economia. Pelo menos no que se refere ao impacto da pandemia. Isto porque outras névoas se levantam agora e escurecem o caminho, sendo a

mais recente a inflação e a incerteza que esta traz no que se refere a taxas de juro. Há uma década que convivemos com uma nova forma de encarar a política monetária. Uma experiência que se materializou numa expansão monetária sem precedentes. Mas os gráficos que se mostravam em 2009, de uma subida vertiginosa da base monetária, normalmente dos EUA, são os

mesmos que se usam agora para argumentar que a inflação descontrolada é inevitável. A verdade, no entanto, é que os movimentos da base monetária em 2020 eclipsam dos de 2008/2009 e a natureza dos estímulos de resposta à pandemia é um tanto ou quanto diferente daquela que caracterizou a resposta à Grande Crise Financeira. Em suma, a antítese do refrão da música de Jimmy Cliff que inspirou o título. O caminho não é límpido e solarengo, como raramente é nos mercados e investimentos. A inflação é um risco. A falta de inflação, também. A reação do Fed será tudo menos previsível e só o futuro dirá qual o cenário que se vai materializar.

AS AÇÕES REINAM

Olhando para o passado recente, os movimentos na carteira de Smart Consensus refletem uma postura cada vez menos pró-obrigações. É especialmente evidente a mudança de sinal da segunda derivada da evolução do peso das obrigações depois de março de 2020. A pandemia trouxe consigo taxas ainda mais baixas por um período mais prolongado. Se isso foi bom a curto pra-

FUNDOS QUE COMPÕEM A CARTEIRA DE CONSENSO DA FUNDSPEOPLE EM 2021 (*) FUNDO

CATEGORIA MORNINGSTAR

SELO FUNDSPEOPLE 2021

AXA WF Optimal Income

Mistos Flexíveis

DABC DABC

Epsilon Fund Enhanced Constant Risk Contribution

Mistos Flexíveis

DABC

FvS Multiple Opportunities II

Mistos Flexíveis

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

Acatis Gané Value Event Fonds

Mistos Moderados

Janus Henderson Balanced

Mistos Moderados

JPM Global Balanced

Mistos Moderados

Man AHL TargetRisk

Mistos Moderados

PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset

Mistos Flexíveis

Ruffer Total Return Intl

Mistos Moderados

T. Rowe Price Global Allocation

Mistos Moderados

14  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

Capitalizando no trabalho que envolve o Selo FundsPeople, a nossa equipa de Análise construiu uma carteira de consenso Smart Consensus, que será a mesma para Espanha, Portugal e Itália. A carteira Smart Consensus é composta pelos fundos das categorias mistos moderados e mistos flexíveis que tiveram selo nos três países. O resultado é uma carteira formada por 10 fundos multiativos com o mesmo peso, seis moderados e quatro flexíveis. Fonte: elaboração própria com dados da Morningstar. Dados de 29 de fevereiro de 2021. (*) Carteira Smart Consensus FundsPeople 2020, com Selos FundsPeople 2021.


DISTRIBUIÇÃO POR ATIVOS OBRIGAÇÕES AÇÕES LIQUIDEZ E OBRIGAÇÕES A CURTO PRAZO OUTROS (DIVISAS, ALTERNATIVOS E IMOBILIÁRIOS)

70% 60% 50%

zo nas carteiras com mais duration, não é um bom augúrio para o investidor em obrigações a longo prazo. Desde então, sai reforçada a liquidez, mas principalmente saem reforçadas as ações. É o caso do Janus Henderson Balanced Fund, que viu o peso das ações na sua carteira reforçado para o seu limite de 65% no início do primeiro trimestre, bem como do FvS Multiple Opportunities Fund que “repetidamente tirou partido da debilidade de preços para expandir posições individuais no setor”, segundo o gestor e cofundador da Flossbach von Storch, Bert Flossbach. “Uma posição estratégica de 9,3% em ouro no final do primeiro trimestre mantém-se como a nossa apólice de seguro contra os riscos no sistema financeiro, no contexto da subida esperada do endividamento. Em contraste, reduzimos quase completamente o nosso investimento em ações. Adicionalmente, mantemos uma posição em liquidez na ordem dos 13% no sentido de poder tirar vantagem de oportunidades que possam surgir. Os recentes generosos ganhos de preço em ações de empresas cíclicas não nos tentam a aumentar maciçamente as nossas participações neste segmento no futuro. Os perdedores de ontem não serão, necessariamente, os vencedores de amanhã. Como investidores de longo prazo, o nosso objetivo continua a ser identificar modelos de negócios convincentes de forma sustentável e, portanto, ser capazes de suportar as flutuações de curto prazo e as rotações do mercado”, comenta Bert Flossbach.

TAXAS DE JURO CONTROLADAS?

Já Phil Gronninger, CFA, client portfolio manager na Janus Henderson Investments interpreta a subida de

40% 30% 20% 10% 0%

M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M 2019

2020

2021

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA COMPONENTE DE AÇÕES EUROPA (INCLUI REINO UNIDO)

AMÉRICA DO NORTE (EUA E CANADÁ)

EMERGENTES (INCLUI PAÍSES ASIÁTICOS DESENVOLVIDOS)

JAPÃO E AUSTRÁLIA

70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%

M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M 2019

2020

2021

ALOCAÇÃO DA COMPONENTE DE OBRIGAÇÕES CORPORATIVAS

SOBERANAS

CASH

OUTRAS

70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%

M M A A M M JJ JJ A A S S O O N N D D JJ FF M M A A M M JJ JJ A A SS O O N N D D JJ FF M M 2019 2019

2020 2020

2021 2021

MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 15


P

AR

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PANORAMA SMART CONSENSUS

AR

TNE

A OPINIÃO DE DARA WHITE Responsável de Ações de mercados emergentes, Columbia Threadneedle Investments

A CARTEIRA DE

DIFERENÇAS ENTRE O TLUX GLOBAL EMERGING MKTS EQ FD E OS SEUS CONCORRENTES?

BERT FLOSSBACH

Cofundador e gestor, Flossbach von Storch

“Reduzimos quase completamente o nosso investimento em ações. Adicionalmente, mantemos uma posição em liquidez na ordem dos 13% no sentido de poder tirar vantagem de oportunidades que possam surgir. Os recentes generosos ganhos de preço em ações de empresas cíclicas não nos tentam a aumentar maciçamente as nossas participações neste segmento no futuro. Os perdedores de ontem não serão, necessariamente, os vencedores de amanhã.”

PHIL GRONNIGER, CFA

gestor de carteiras, Janus Henderson Investors

“A subida das taxas de juro no primeiro trimestre foi ampla para os padrões históricos, refletindo a rápida mudança nas expectativas de crescimento e inflação. No entanto, embora as taxas nas maturidades mais longas provavelmente subirão, prevemos que o aumento será ordenado a partir daqui, e sem perturbações significativas nos mercados de ações”.

taxas de juro do primeiro trimestre como “amplas pelos padrões históricos, refletindo mudanças rápidas nas expetativas de crescimento e inflação”. No entanto, “enquanto as taxas nas maturidades mais longas irão provavelmente aumentar”, antecipa uma subida que será “controlada, a partir de agora, e sem uma disrupção significativa dos mercados de ações”. 16  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

Na componente de obrigações do fundo multiativos da Janus Henderson Investments começaram a “reduzir a duração depois de o partido democrata ter assumido o controlo do Senado dos EUA no início de janeiro, à espera que estímulos fiscais adicionais possam levar ao aumento das taxas de juros. Reduzimos ainda mais a nossa exposição, pois tanto as notícias relacionadas com o COVID-19 como as perspetivas económicas melhoraram, enquanto a duração do benchmark subiu”. Adicionalmente, reduziram significativamente a alocação a títulos corporativos com grau de investimento, cortando ou vendendo nomes que, na sua opinião, “tinham potencial limitado para um estreitamento de spreads adicional, particularmente no espaço BBB”. Procuraram “selecionar títulos high yield classificados como BB”, incluindo muitos que esperam que sejam “estrelas em ascensão” e que passaram por “elevações de classificação de crédito para grau de investimento nos próximos trimestres”. Adicionaram também “exposição em todos os mercados securitizados, por exemplo, em ABS”, que esperam que beneficiem “da força do consumidor”. Posto isto, não obstante as névoas que aparentemente sempre estarão no caminho daqueles cuja função é gerir a incerteza, a mensagem da música de Jimmy Cliff é de um caminho límpido e solarengo adiante. Sejam quais forem os caprichos dos mercados, que o sejam num mundo em que a pandemia seja algo do passado. Que por diante esteja apenas um Bright (bright) sunshiny day.

• Research fundamental bottom-up, utilizando sistematicamente ESG e ferramentas de research quantitativa. • Foco nos stewards of capital: negócios que podem sustentar e acelerar um crescimento rentável com fortes equipas de administração, vantagens competitivas, balanços saudáveis e ROIC elevado/a subir. • O processo de investimento é construído à volta do princípio de não fazer apostas não intencionais, criando uma visão informada do universo ao estabelecer metas de preços tanto no upside como no downside em três grupos: todas as ações no portefólio; todas as ações consideradas para inclusão no portefólio; todas as posições do benchmark com um peso de 25 pontos base ou mais. • O research fundamental é suportado pelas nossas equipas independentes de investimento quantitativo e responsável, utilizando modelos proprietários multi-fator. • Uma robusta disciplina de venda para melhorar a proteção do downside, corrigir viéses comportamentais e em última instância criar convicção nas ações detidas - se uma ação cai 20% face ao mercado, desde o nível inicial de compra, ativa-se um corte da posição entre um terço a metade. Posteriormente, é iniciada uma revisão de 30 dias, com dois cenários possíveis: reconstruir a posição ou vender completamente. • 73% do alfa derivado do stock picking valida a nossa filosofia de bottom-up stock pickers.


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PANORAMA BARÓMETRO

DESCUBRA OS FUNDOS COM SELO São produtos que contam com a preferência dos analistas, se destacam pela sua consistência ou por serem blockbuster.

N

um mercado como o português, que conta com mais de 2.555 fundos registados para venda, a FundsPeople divulga os fundos com Selo FundsPeople 2021. São 557 produtos com selo, que se destacam por um ou vários dos seguintes três critérios:

DA Favoritos dos Analistas. Fundos

que acumulam um mínimo de cinco votos dos selecionadores dentro de cada questionário anual realizado em Portugal, Espanha e Itália, dirigido aos analistas de fundos, sobre os seus produtos favoritos. Existem 34 fundos que conseguem este selo.

D B Blockbuster.

São os ‘super-vendas’ do mercado. Incluem-se os produtos com mais de 100 milhões de euros distribuídos no mercado ibérico ou 50 milhões de euros no caso dos produtos nacionais. Adicionalmente, a estes últimos exigem-se captações líquidas a três anos superiores ou iguais a um quarto dos AUM no fecho do ano: cerca de 405 fundos alcançam esta classificação.

tegoria, a partir da base da Morningstar Direct, com referência ao final do último ano. São analisados os fundos registados para venda em Portugal, com uma antiguidade mínima de três anos à data de referência da análise. De cada fundo é selecionada uma classe, a mais representativa segundo um conjunto de critérios. Esta classe selecionada será comparada com os restantes fundos da sua categoria através de dois scorecards. No primeiro, são considerados critérios de rentabilidade e volatilidade acumulada a 3 e 5 anos, e no se-

gundo, dados individuais dos últimos cinco anos civis. Em ambos os casos, a rentabilidade e a volatilidade têm um peso de 65% e 35%, respetivamente. Do modelo resultam os fundos que se situam no primeiro quintil em ambos os scorecards. Há 213 fundos com classificação Consistente FundsPeople. Nos três casos são excluídas da análise as categorias de fundos com garantia de capital, target date, do mercado monetário, obrigações de muito curto prazo e rentabilidade ou maturidade objetivo.

PRODUTOS COM A TRIPLA CLASSIFICAÇÃO DO SELO FUNDSPEOPLE 2021 FUNDO Acatis Gané Value Event Fonds BlackRock Global Funds - World Technology Fund BlueBay Funds - BlueBay Invest. Grade Euro Govern. Bond F. Brown Advisory US Equity Growth Flossbach von Storch - Bond Opportunities JPMorgan Funds - Emerging Markets Equity Fund

lise da FundsPeople, dirigida por Maria Folqué, desenvolveu um modelo de seleção próprio para destacar os produtos mais consistentes em cada ca-

18  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

Technology Sector Equity Europe Fixed Income US Equity Large Cap Growth Global Fixed Income Global Emerging Markets Equity

Jupiter Global Fund - Jupiter Dynamic Bond

Global Fixed Income

MFS Meridian Funds - European Value Fund

Europe Equity Large Cap

MFS Meridian Funds - Prudent Wealth Fund

Aggressive Allocation

Morgan Stanley Investment Funds - Asia Opportunity Fund

Asia ex-Japan Equity

PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset Fund Schroder International Selection Fund EURO Corporate Bond

DC Consistentes. A equipa de Aná-

CATEGORIA Moderate Allocation

Flexible Allocation Europe Fixed Income

Nordea 1 - Global Climate and Envir. Fund

Global Equity Mid/Small Cap

Oddo BHF Avenir Europe

Europe Equity Mid/Small Cap

Pictet-Multi Asset Global Opportunities

Cautious Allocation

PIMCO GIS Income Fund

Global Fixed Income

Schroder Internat. Sel. F. EURO Corp. Bond

Europe Fixed Income


Ásia, pensar pequeno para investir bem

DIOGO GOMES

Senior CRM UBS AM Iberia.

O COVID-19 afetou as vendas de automóveis na China, mas o sector de luxo manteve-se relativamente bem no primeiro semestre de 2020. Embora as vendas totais de automóveis tenham diminuído 19,9% em termos anuais, as vendas de modelos de luxo cresceram 1% de acordo com a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis (CAAM). Consideramos que este dado é indicativo da força da tendência do consumidor “premium”, tanto na China como em toda a Ásia. Uma tendência assente no crescimento da classe média e na aspiração dos consumidores de transitarem para bens e serviços de maior qualidade. CHINA MEIDONG: UM SUCESSO ASIÁTICO NO UNIVERSO DAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS China Meidong, empresa que gere concessionárias de automóveis de média e alta gama em toda a China, é uma das empresas que beneficiou da tendência do consumo “premium”, uma história de sucesso que confirma a nossa tese de investimento, uma entre muitas. Por isso acreditamos que esta classe ativos merece que lhe dediquemos maior atenção.

TRÊS RAZÕES PELAS QUAIS VALE A PENA OLHAR DE PERTO PARA AS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS ASIÁTICAS: 1. É UM UNIVERSO DE INVESTIMENTO POUCO ANALISADO As pequenas e médias empresas asiáticas tem sido menos estudadas pelos analistas, especialmente desde a entrada em vigor do MIFID, acreditamos que esta situação representa uma grande oportunidade para gerar valor para os investidores. Estimamos que apenas 6,1% do MSCI Asia ex-Japan Small to Mid Cap é coberto por mais de 20 analistas. 2. OS INVESTIDORES PODEM INVESTIR EM TEMÁTICAS MAIS ESPECÍFICAS ATRAVÉS DAS PEQUENAS E MEDIAS EMPRESAS As empresas de grande capitalização tendem a ter linhas de negócio diversificadas, enquanto que as pequenas e medias empresas podem estar concentradas em áreas mais específicas. Por exemplo, a Samsung Electronics, uma das maiores empresas asiáticas, tem negócios de semicondutores, produtos de consumo e smartphones. Isto pode ser interessante para os investidores que procuram exposição a todas estas áreas. No entanto, se

um investidor quisesse adotar uma estratégia mais centrada nos semicondutores, teria mais sentindo investir em empresas mais pequenas. Além disso, investir nestas temáticas estruturais através de pequenas e medias empresas, numa fase mais precoce, significa um maior potencial de crescimento. 3. AS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS COMPLEMENTAM A EXPOSIÇÃO ÀS EMPRESAS DE GRANDE CAPITALIZAÇÃO O universo das pequenas e médias empresas é um subconjunto muito diferente do universo das empresas da grande capitalização asiáticas. Se escolhermos os 10 melhores fundos que têm com índice de referencia o Asia ex-Japan e olharmos para as 10 principais posições, pelo menos metade repete-se. No entanto, nos 10 melhores fundos que investem em pequenas e medias empresas asiáticas, constatamos que a seleção de ações é muito diferente. O universo de investimento das pequenas e médias empresas asiáticas tem mais de 3.000 ações. Carteiras com 40-80 ações tendem naturalmente a diferenciar-se e a ter um perfil de risco diferente das carteiras que investem em empresas de grande capitalização.

% OF STOCKS

ANALYST COVERAGE OF COMPANIES BY NUMBER OF STCOKS (%) 100

91,2

77,4 49,2

50

27,8

21,2 6,1

0 10 or more

5 or more MSCI Aisa ex-JP

20 or more

• AS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS ASIÁTICAS PERMITEM AOS INVESTIDORES EXPOSIÇÃO A TENDÊNCIAS FUNDAMENTAIS DE LONGO PRAZO COMO O CONSUMO “PREMIUM” E A INOVAÇÃO.

MSCI Aisa ex-JP SMID

FUENTE: MSCI, Jefferies as of Aug 2020.

% OF STOCKS

3 YEARS PERFORMANCE (%)* 50 40 30 20 10 0

46,9 29,3

26,1

22,9

23,3

10 or more

5 or more MSCI Aisa ex-JP

30,7

20 or more MSCI Aisa ex-JP SMID

FUENTE: Factset Alpha tester, MSCI. Jefferies as of Aug 2020. Note: Based on average stock performance.

• AS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS DA ÁSIA ESTÃO, EM TERMOS RELATIVOS, POUCO ANALISADAS. OFERECEM AOS INVESTIDORES ACESSO A TEMÁTICAS ESPECÍFICAS E COMPLEMENTAM A EXPOSIÇÃO ÀS EMPRESAS DE GRANDE CAPITALIZAÇÃO.

• UMA GESTÃO ATIVA, APOIADA POR UMA ANÁLISE FUNDAMENTAL DAS EMPRESAS, PERMITE IDENTIFICAR OPORTUNIDADES NESTE UNIVERSO INVESTIMENTO, PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS, POTENCIAIS VENCEDORES A LONGO PRAZO QUE SE ENCONTRAM DESVALORIZADAS.


PANORAMA BARÓMETRO

OS FUNDOS INTERNACIONAIS SUPER-VENDAS NA PENÍNSULA IBÉRICA

ara ter o Selo de Blockbuster (B), os produtos internacionais devem alcançar os 100 milhões de euros de património distribuído no mercado P ibérico. Fonte: gestoras e diferentes entidades distribuidoras.

01 FIXED INCOME

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02 MULTIATIVOS E ALTERNATIVOS

500 1.000 BGF EURO SHORT DURATION BOND A2 EUR DWS FLOATING RATE NOTES LC MUZINICH ENHANCEDYIELD S-T HUSD ACC A CARMIGNAC PF SÉCURITÉ F EUR ACC MS INVF EURO CORPORATE BOND I FIDELITY EURO SHORT TERM BOND Y-ACC-EUR JUPITER DYNAMIC BOND I EUR Q INC AXAIMFIIS EUROPE SHORT DUR HY A CAP EUR PIMCO GIS INCOME INSTITUTIONAL USD ACC SCHRODER ISF EURO CORP BD I ACC EUR UBAM DYNAMIC US DOLLAR BOND AC USD NORDEA 1 - LOW DUR EURP COV BD BI EUR MS INVF SHORT MATURITY EURO BOND I FVS BOND OPPORTUNITIES IT GAM MULTIBOND LOCAL EMERGING B. USD C VONTOBEL EUR CORP BD MID YLD B EUR AXAIMFIIS US SHORT DUR HY A CAP USD JPM US AGGREGATE BOND D (ACC) USD JPM GLOBAL CORP BD A (ACC) USD CARMIGNAC PF UNCONS EURO FI F EUR ACC GS EM MKTS DBT BASE ACC USD NORDEA 1 - EUROPEAN COVERED B. BP EUR AXAWF EURO CREDIT SHORT DUR I CAP EUR JANUS HENDERSON HRZN E. CORP BD I2 EUR INVESCO EURO SHORT TERM BOND C EUR ACC JPM GLOBAL STRAT BD A PERF (ACC) EURH MFS MERIDIAN EMERGING MKTS DBT A2 USD NEUBERGER BERMAN SHRT D. DBTUSD I ACC NN (L) US CREDIT P CAP USD INVESCO EURO CORPORATE BOND C EUR ACC PIMCO GIS GLINGD CRDT INSTL USD INC VONTOBEL TWENTYFOUR STRAT. HI HDG EUR MS INVF GLOBAL FIXED INCOME OPPS Z UBAM GLOBAL HIGH YIELD SOLUTION AC USD PIMCO GIS GLB BD INSTL USD ACC PICTET-EUR SHORT TERM CORP BDS I ALLIANZ ENHANCED SHRT TRM EURO I13 EUR GS EM CORP BD I ACC USD BLUEBAY INV GRD EURO GOVT BD I EUR ACC ROBECO EURO CREDIT BONDS FH € CANDRIAM BDS EURO HIGH YLD R EUR CAP DWS INVEST ESG EURO BONDS (SHORT) FC AMUNDI FDS GLBL AGGT BD I USD C BLUEBAY INV GRD EURO AGGT BD I EUR JPM US SHORT DURATION BOND A (ACC) USD JPM INCOME OPP A PERF (ACC) EURH SLI EUROPEAN CORPORATE BD D ACC EUR JPM GLOBAL SHORT DURAT. BD A(ACC)EURH PICTET-SHORT TERM EM CORP BDS I USD MS INVF EURO CORPORATE BD - DUR HGD Z

DWS CONCEPT KALDEMORGEN EUR SC JPM GLOBAL INCOME A (DIV) EUR BSF FIXED INCOME STRATEGIES I2 EUR PICTET-MULTI ASSET GLOBAL OPPS I EUR JANUS HENDERSON UK ABS RET R£ ACC JPM GLOBAL INCOME CNSRV C (ACC) EUR BSF EUROPEAN ABSOLUTE RETURN D2 EUR INVESCO PAN EUROPEAN HI INC C EUR ACC BGF GLOBAL ALLOCATION A2 NORDEA 1 - STABLE RETURN BP EUR M&G (LUX) OPTIMAL INCOME C EUR ACC PIMCO GIS DYN MLT-ASST INSTL EUR ACC M&G (LUX) DYNAMIC ALLOCATION C EUR ACC PICTET TR - DIV ALPHA I EUR MFS MERIDIAN PRUDENT CAPITAL I1 EUR MFS MERIDIAN PRUDENT WEALTH I1 USD FVS - MULTI ASSET - DEFENSIVE IT BSF GLOBAL EVENT DRIVEN Z2 USD ALLIANZ CREDIT OPPORTUNITIES IT13 EUR MAN GLG ALPHA SELECT ALT ILH EUR ACC BNY MELLON GLBL RL RET (EUR) W ACC

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500 1.000 SCHRODER ISF EURO CRDT CON. C ACC EUR JPM EU GOVERNMENT BOND C (ACC) EUR INVESCO GLOBAL TTL RET EUR BD C EUR ACC AS SICAV I EM CORP BD X ACC USD EDRF BOND ALLOCATION A EUR ACC BLUEBAY INVESTMENT GRADE BD B EUR INVESCO GLOBAL INV GRD COR. C EURH ACC JPM INCOME A (ACC) USD FIDELITY US DOLLAR BOND A-DIS-USD AB AMERICAN INCOME C INC BGF US DOLLAR BOND A2 USD AXAIMFIIS US CORP ITMT BDS A USD DIS BGF EURO BOND A2 EUR MUZINICH EUROPEYIELD HEUR ACC S FIDELITY GLOBAL INFL-LINK BD Y-ACC-EUR H NN (L) GREEN BOND I CAP EUR SCHRODER ISF EURO BOND I ACC EUR TEMPLETON GLOBAL BOND W(MDIS)USD SLI EUROPEAN CORPORATE BD SRI D ACC EUR JPM EURO GOVT SHORT DUR BD A (ACC) EUR BGF EMERGING MARKETS LCL CCY BD A2 USD BGF EURO CORPORATE BOND A2 EUR AMUNDI FDS EURO CORP BD I EUR C AMUNDI FDS PIONEER US BD A2 USD C NORDEA 1 - EMERGING MARKET BOND BP EUR BNP PARIBAS EURO MEDIUM TERM BD C C MUZINICH EMERGINGMKTSSHRTDUR H.ACC S FRANKLIN EUROPEAN TTL RET W(ACC)EUR NN (L) EURO FIXED INCOME P CAP EUR NINETY ONE GSF EM LCLCCYTLRTDT S ACCEUR AMUNDI FDS EM MKTS BD C EUR C BNP PARIBAS ENHANCED BOND 6M I C MUZINICH SHORTDURATIONHY HEUR ACC A BGF GLOBAL HIGH YIELD BOND C1 USD ALLIANZ ADVCD FXD INC S/D W EUR GS GLBL HI YLD BASE INC USD GS GLOBAL FIXED INC (HDG) I INC EUR UBAM DYNAMIC EURO BOND AC EUR BNP PARIBAS EURO GOVERNMENT BD PRIVL C ALLIANZ EURO OBLIG COURT TERME ISR I C/D DWS INVEST EURO CORPORATE BDS FC ALLIANZ EURO CREDIT SRI IT EUR PICTET-USD SHORT MID-TERM BONDS I VONTOBEL TTFR ABS RET CRDT HI HDG EUR FIDELITY US HIGH YIELD A-DIS-USD CANDRIAM SST BD GLBL HIYLD I € ACC DWS INVEST ASIAN BONDS USD IC JPM EMERG MKTS CORP BD A (ACC) USD DWS INVEST EURO-GOV BONDS FC UBAM ABS RET LOW VOL FXD INC IPC EUR

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FRANKLIN K2 ALT STRATS I(ACC)EUR-H1 PICTET TR - ATLAS I EUR FIDELITY GLOBAL MLT AST INC A-ACC-USD NINETY ONE GSF GLB MA INC I ACC USD FIRST EAGLE AMUNDI INTERNATIONAL RU-C FVS MULTIPLE OPPORTUNITIES II IT JPM GLOBAL CONVERT (EUR) D (ACC) EUR CANDRIAM RISK ARBITRAGE C PICTET TR - AGORA I EUR CARMIGNAC PF PATRIMOINE F EUR ACC JPM GLOBAL MACRO OPPS A (ACC) EUR LEGG MASON WA MCR OPPBD PR USD ACC MFS MERIDIAN GLOBAL TOTAL RET A2 USD ELEVA UCITS ELEVA ABS RET EURP S EUR ACC PICTET TR - CORTO EUROPE I EUR MAN AHL TARGETRISK I USD ALLIANZ DYN MLTAST STGY SRI15 IT EUR BSF AMERICAS DIV EQ ABS RET D2 EUR H SCHRODER GAIA EGERTON EQ I ACC EUR UBS (LUX) SF BALANCED (EUR) Q-ACC ALLIANZ STRATEGY 15 IT EUR

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500 1.000

20  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

500 1.000 MUZINICH GLOBAL TACT CRDT HUSD ACC R VONTOBEL EMERGING MKTS DBT I USD FIDELITY EUROPEAN HI YLD Y-EUR MUZINICH AMERICAYIELD HEUR ACC R MS INVF EMERGING MKTS CORP DEBT Z TEMPLETON GLOBAL TTL RET W(ACC)USD ALLIANZ FLOATING RATE NOTES+ I EUR FRANKLIN US GOVERNMENT W(MDIS)USD NINETY ONE GSF EM LCL CCY DBT I ACC EUR ODDO BHF EURO CREDIT SHORT DUR DP-EUR BGF FIXED INCOME GLOBAL OPPS D2 EUR HDG SCHRODER ISF EM DBT ABS RT I ACC USD MS INVF EURO STRATEGIC BOND I THREADNEEDLE (LUX) EUROPEAN STRAT BD AE AMUNDI FDS PINR STRAT INC A USD C AMUNDI RSPNB INVESTING IMP GR BDS DP C AXAWF GLOBAL INFL BDS I CAP EUR AXAWF GLOBAL INFL SH DUR BDS I CAP EUR H AXAWF GLOBAL STRATEGIC BDS F CAP GBP H AXAWF US HIGH YIELD BONDS I CAP USD CARMIGNAC PF UNCONS CREDIT A EUR ACC EPSILON FUND EMERG BD TTL RET I EUR ACC EURIZON BOND AGGREGATE RMB Z EUR ACC EVLI SHORT CORPORATE BOND B GAM STAR MBS TOTAL RETURN INSTL USD ACC LAZARD CREDIT FI PVC EUR M&G (LUX) EM MKTS BD C USD ACC M&G (LUX) EURO CORP BD CI EUR ACC MFS MERIDIAN GLOBAL OPPC BD I1 USD NEUBERGER BERMAN EM DBTHRDCCY USD I C NORDEA 1 - EUROPEAN FINCL DBT BI EUR NORDEA 1 - EUROPEAN HIGH YLD BD BI EUR NORDEA 1 - FLEXIBLE FIXED INCOME BI EUR PIMCO GIS CAPITAL SCS INSTL USD ACC PIMCO GIS DIVERS INC INSTL USD ACC PIMCO GIS DYNAMIC BD INSTL ACC PIMCO GIS EM MKTS BD ESG INS USD ACC PIMCO GIS EM MKTS BD INSTL USD ACC PIMCO GIS EURO BOND INSTL EUR ACC PIMCO GIS EURO CREDIT INSTL EUR ACC PIMCO GIS EURO INCOME B. INSTL EUR ACC PIMCO GIS GLB HI YLD BD INSTL USD ACC PIMCO GIS LOW AVRG DUR INSTL USD ACC PIMCO GIS TTL RET BD INSTL USD ACC PIMCO GIS US HI YLD BD INSTL USD ACC T. ROWE PRICE DYN GLB BD IH GBP UBAM EURO CORPORATE IG SOLUTION IC EUR UBAM MEDIUM TERM US CORP. BD AC USD

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MAN GLG INNOVATION EQ ALT IN USD ACC JANUS HENDERSON BALANCED A2 USD UBS (LUX) SF YIELD (EUR) Q-ACC ALLIANZ DYN MLTAST STGY SRI50 IT EUR BMO REAL ESTATE EQUITY MARKET NEUTRAL ALLIANZ INCOME AND GROWTH I H2 EUR ALLIANZ DYN MLTAST STGY SRI75 I EUR EDRF INCOME EUROPE IA EUR SCHRODER GAIA SIRIOS US EQ E ACC EUR HDG AMUNDI FDS GLOBAL MA CNSRV M2 EUR C AMUNDI RENDEMENT PLUS I C EURIZON ABSOLUTE PRUDENT R ACC FVS MULTI ASSET - BALANCED IT LAZARD CONVERTIBLE GLOBAL PC EUR M&G (LUX) INCOME ALLOCATION C EUR ACC NEUBERGER BM UNCRLTD STRATS GBP I5 ACC OFI FINCL INV PRECIOUS METALS I PIMCO GIS CMDTY REAL RET INSTL USD ACC RUFFER TOTAL RETURN INTL I GBP CAP

■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■

500 1.000

500 1.000


03 AÇÕES

500 1.000

■■■■■■■■■■ ROBECO GLOBAL CONSUMER TRENDS D € ■■■■■■■■■■ MS INVF GLOBAL BRANDS A ■■■■■■■■■■ MS INVF GLOBAL OPPORTUNITY Z ■■■■■■■■■■ MS INVF US ADVANTAGE I ■■■■■■■■■■ CAPITAL GROUP NEW PERS (LUX) ZL ■■■■■■■■■■ FIDELITY GLOBAL TECHNOLOGY Y-DIS-EUR ■■■■■■■■■■ ALLIANZ EUROPE EQUITY GROWTH IT EUR FIDELITY EUROPEAN DYNAMIC GR A-DIS-EUR ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■■■■■■■■■■ MFS MERIDIAN EUROPEAN VALUE A1 EUR ■■■■■■■■ ALLIANZ GLOBAL ARTFCL INTLGC WT4 EUR ■■■■■■■■ FRANKLIN TECHNOLOGY W ACC USD ■■■■■■■■ NORDEA 1 - GLOBAL CLIMATE & ENVIR BI EUR ■■■■■■■■ ROBECO BP US PREMIUM EQUITIES IH € ■■■■■■■ SCHRODER ISF EM MKTS I ACC USD ■■■■■■■ VONTOBEL US EQUITY I USD ■■■■■■■ BGF WORLD TECHNOLOGY A2 USD ■■■■■■■ PICTET-SECURITY I USD ■■■■■■■ FIDELITY CHINA CONSUMER Y-ACC-USD AXA ROSENBERG US ENH IDX EQ ALP A $ ACC ■ ■ ■ ■ ■ ■ FIDELITY INSTL EURP LARGERCOMS R-ACC-EUR ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■■■■■■ PICTET - ROBOTICS I EUR ■■■■■■ INVESCO GLBL CONSMR TRNDS A USD ACC ■■■■■■ INVESCO JAPANESE EQ ADV A JPY ACC ■■■■■■ AMUNDI FDS PINR US EQFDM GR A EUR C INVESCO PAN EUROPEAN EQUITY A EUR ACC ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■■■■■■ FRANKLIN US OPPORTUNITIES W(ACC)USD JPM EMERGING MARKETS EQUITY A (DIST) USD ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■■■■■■ BGF CONTINENTAL EURP FLEX E2 EUR ■■■■■■ BGF WORLD HEALTHSCIENCE A2 EUR ■■■■■■ SEILERN WORLD GROWTH CHF H R ■■■■■■ PICTET-GLOBAL MEGATREND SEL I EUR ■■■■■■ UBS (LUX) EF CHINA OPPO(USD) Q USD ACC ■■■■■■ JPM US SELECT EQUITY A (ACC) USD ■■■■■■ MS INVF US GROWTH I ■■■■■ DPAM INVEST B EQS NEWGEMS SUST W CAP ■■■■■ VONTOBEL MTX SUST EMMKTS LDRS I USD ■■■■■ FIDELITY EM MKTS Y-DIST-USD ■■■■■ MS INVF ASIA OPPORTUNITY Z ■■■■■ BROWN ADVISORY US EQ. GROWTH $ P ACC ■■■■ PICTET-DIGITAL PUSD ■■■■ SCHRODER ISF EURO EQUITY I ACC EUR ■■■■ SCHRODER ISF ASIAN OPPORTS I ACC USD MFS MERIDIAN EUROPEAN RESEARCH A1 EUR ■ ■ ■ ■ ■■■■ MFS MERIDIAN GLOBAL EQUITY A1 USD ■■■■ GAM STAR CONTINENTAL EURP EQ GBP ACC ■■■■ ODDO BHF AVENIR EUROPE CR-EUR CREDIT SUISSE (LUX) DIGITAL HEALTH EQUITY ■ ■ ■ ■ ■■■■ CPR INVEST GLBL DSRPT OPP R EUR ACC ■■■■ PICTET-WATER I EUR ■■■■ PICTET - GLOBAL ENVIR OPPS I EUR ■■■■ DWS INVEST TOP DIVIDEND IC BGF NEXT GENERATION TECHNOLOGY I2 USD ■ ■ ■ ■ ■■■■ AMUNDI FDS EUROLAND EQUITY A EUR C ■■■■ GS EM CORE® EQ I ACC USD CLOSE MFS MERIDIAN EUROPEAN SMLR COMS A1 EUR ■ ■ ■ ■ ■■■ JPM US TECHNOLOGY A (DIST) USD ■■■ JPM EUROPE STRATEGIC VALUE C (DIST) EUR ■■■ JPM EUROPE EQUITY PLUS A PERF (ACC) EUR ■■■ BNP PARIBAS AQUA C C ■■■ GS US CORE® EQUITY BASE ACC USD SNAP

500 1.000 SCHRODER ISF EMERGING ASIA I ACC EUR BNY MELLON LONG-TERM GLBL EQ USD C ACC JPM GLOBAL HEALTHCARE C (ACC) USD PICTET-CLEAN ENERGY I USD PICTET-USA INDEX P USD THREADNEEDLE (LUX) GLOBAL FOCUS ZU BGF SUSTAINABLE ENERGY D2 JPM JAPAN EQUITY A (DIST) USD LM CLEARBRIDGE INFRAS VAL PR EUR ACC CANDRIAM EQS L BIOTECH R USD CAP BNP PARIBAS ENERGY TRANSITION C C JANUS HENDERSON HRZN GLBTECH. H2USD GS JAPAN EQUITY BASE ACC JPY SCHRODER ISF GLB CLMT CHG EQ I ACC USD FIDELITY WORLD Y-DIS-EUR POLAR CAPITAL GLOBAL TECH INC AMUNDI FDS EUROPEAN EQ VAL M2 EUR C M&G (LUX) EURP STRAT VAL CI EUR ACC JPM ASIA PACIFIC EQUITY A (ACC) EUR PICTET-EUROPE INDEX P EUR FIDELITY FAST EUROPE A-ACC-EUR JPM EUROPE DYNAMIC TECHS FD C (DIST) EUR AMUNDI IS MSCI NORTH AMERICA IE-C AB AMERICAN GR PTF C ACC LEGG MASON CB US LG CP GR X USD ACC M&G (LUX) GLB DIVIDEND CI EUR ACC THREADNEEDLE (LUX) PAN EURP SMCPOPPS ZE FIDELITY GERMANY A-DIS-EUR MS INVF GLOBAL PROPERTY I SCHRODER ISF JAPANESE EQ I ACC JPY BGF WORLD MINING D2 JANUS HENDERSON HRZN GLBLPTYEQSI2USD JPM US VALUE A (DIST) GBP DWS DEUTSCHLAND IC FIDELITY GLOBAL DIVIDEND Y-ACC-USD JPM EM MKTS SMALL CAP A (ACC) PERF USD PICTET-NUTRITION I EUR FRANKLIN INDIA I(ACC)USD AB SUSTAINABLE GLB TMTC AXXUSDACC CANDRIAM EQS L ONCLGY IMPCT I USD CAP FIDELITY IBERIA A-DIS-EUR UBS (LUX) EF GREATER CHINA (USD) Q AB EUROZONE EQ PTF IX ACC DWS INVEST GLOBAL INFRAS FC ALLIANZ EUROLAND EQUITY GROWTH IT EUR JUPITER EUROPEAN GROWTH D EUR ACC BGF WORLD GOLD A2 USD JPM GLOBAL FOCUS D (ACC) EUR PICTET-JAPANESE EQUITY OPPS PJPY GS GLOBAL CORE® EQ I INC USD SNAP NN (L) US ENH CR CONCNTR EQ P CAP USD AB INTERNATIONAL HC AX USD ACC THREADNEEDLE (LUX) GLOBAL TECH AU USD GS EMERGING MARKETS EQ BASE ACC USD TEMPLETON GROWTH (EURO) I(ACC)EUR MFS MERIDIAN US VALUE A1 USD FIDELITY ASIA FOCUS Y-DIS-USD SCHRODER ISF CHINA OPPS I ACC USD BNP PARIBAS EUROPE SMALL CAP I C FIDELITY AMERICA A-DIS-USD

■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■

500 1.000

■ JPM US SMALLER COMPANIES A (DIST) USD ■ GS GLOBAL MILLENNIALS EQ I ACC USD JANUS HENDERSON HRZN EUROLAND H2 EUR ■ BGF EUROPEAN SPECIAL SITUATIONS A2 EUR ■ ■ DWS AKTIEN STRATEGIE DEUTSCHLAND IC ■ SCHRODER ISF US LARGE CAP I ACC USD ■ EDRF BIG DATA N EUR ■ JPM CHINA A (DIST) USD MIRABAUD SUSTAINABLE GLBL FCS A USD ACC ■ UBAM 30 GLOBAL LEADERS EQUITY AHC USD ■ ■ ALLIANZ THEMATICA WT4 EUR ■ SCHRODER ISF ASIAN TTL RET C ACC USD ■ BNP PARIBAS SMART FOOD I CAP ■ FIDELITY EUROPEAN GROWTH Y-DIS-EUR JANUS HENDERSON GLB TECH&INNO A2 USD ■ ■ BSF EUROPEAN OPPS EXTENSION A2 EUR ■ ALLIANZ CHINA A SHARES AT USD ■ FIDELITY GLB DMGRPHCS Y-ACC-USD ■ AS SICAV I ASIA PAC EQ X ACC USD ■ BGF EURO-MARKETS A2 EUR ■ VONTOBEL CLEAN TECHNOLOGY B EUR ■ INVESCO PAN EUR STRUCTEQ C EUR ACC LEGG MASON CB US EQ SUST L. PR EURHACC ■ ■ ODDO BHF AVENIR EURO CR-EUR JPM EUROPE STRATEGIC GROWTH C (DIST) EUR ■ ■ MS INVF GLOBAL QUALITY Z ■ PICTET-PREMIUM BRANDS I EUR ■ AS SICAV I CHINA A SHARE EQ I ACC USD ■ FIDELITY EUROPEAN LGR COMS Y-DIS-EUR ■ AS SICAV I EUROPEAN EQ A ACC EUR ■ CAPITAL GROUP INV CO OF AMER(LUX) Z ■ LEGG MASON RY US SMCP OPP X USD ACC ■ UBS (LUX) ES EURO COUNTRS INC€ Q-ACC ■ INVESCO ASIA CONSUMER DEM. C USD ACC ■ PICTET SMARTCITY I EUR ■ UBS (LUX) ES L/T THMS $EUR H P ■ AS SICAV I JAPANESE EQ X ACC JPY ■ ECHIQUIER ARTIFICIAL INTELLIGENCE B EUR ■ BNP PARIBAS DISRPT TECH CL D ■ BNP PARIBAS US SMALL CAP CLASSIC R ■ CANDRIAM SST EQ EM MKTS R € ACC ■ JPM EUROLAND EQUITY C (DIST) EUR ■ AXA ROSENBERG GLB EQ ALPHA A USD ACC AXA ROSENBERG US EQUITY ALPHA A USD ACC ■ ■ AXAWF FRAM ROBOTECH I CAP USD AXAWF FRAMLINGTON DGTL E. I CAP EURHDG ■ ■ BROWN ADVISORY US SUST GR USD C ACC CARMIGNAC PF GRANDE EUROPE F EUR ACC ■ ■ ELEVA UCITS ELEVA EURP SEL I EUR ACC LAZARD GLOBAL LSTD INFRAS EQ A ACC EUR H ■ MIRAE ASSET ASIA GREAT CONSUMER EQ I USD ■ ■ MIRAE ASSET ASIA SECT LDR EQ I USD CAP NEUBERGER BERMAN US MLTCP O. USD1 IACC ■ ■ NORDEA 1 - EMERGING STARS EQUITY BI EUR ■ POLAR CAPITAL BIOTECH S INC ■ POLAR CAPITAL NORTH AMERICAN S ■ T. ROWE PRICE US EQ I USD ■ T. ROWE PRICE US LG CAP GR EQ I USD ■ T. ROWE PRICE US SMLR CM EQ Q USD TEMPLETON GLB CLIMATE CHANGE A(YDIS)EUR ■

Fundos com mais de 1.000 milhões de euros nas mãos de clientes ibéricos.

OS FAVORITOS DOS ANALISTAS EUROPEUS EM 2021

Entre parêntesis o número total de votos. FUNDO Jupiter Dynamic Bond (25) Morgan Stanley US Advantage Fund (16) Morgan Stanley Global Opportunity (15) Robeco Global Consumer Trends (13) Capital Group New Perspective Fund (12) Fundsmith Equity (9) Flossbach von Storch Bond Opportunities II (9) PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset Fund (9) MFS Meridian Funds Prudent Wealth Fund (8) Seilern World Growth (8) T. Rowe Price Japanese Equity Fund (8) DPAM Equities NewGems Sustainable (7)

CATEGORIA Obrigações Ações Ações Ações Ações Ações Obrigações Multiativos Multiativos Ações Ações Ações

FUNDO Flossbach von Storch Multiple Opportunities II (7) BMO Real Estate Equity Market Neutral (7) Morgan Stanley IF Asia Opportunity Fund (7) Morgan Stanley INVF US Growth Fund (7) Acatis Gane Value Event Fonds (6) Brown Advisory US Equity Growth (6) Allianz Global Artificial Intelligence (6) BlackRock BGF World Technology Fund (6) JP Morgan Emerging Market Equity (6) BlueBay Invest. Grade Euro Govern. Bond Fund (5) Eleva Absolute Return Europe (5) Eleva European Selection (5)

CATEGORIA Multiativos Alternativos Ações Ações Multiativos Ações Ações Ações Ações Obrigações Alternativos Ações

FUNDO Fidelity Funds European Dynamic Growth (5) MFS Meridian European Value (5) Oddo Avenir Europe (5) Ruffer Total Return International (5) Schroder EUR Corporate Bond (5) Vontobel MTX Sustainable Emerging Mark. Lead. (5) BlackRock BSF European Absolute Return (5) BlackRock BSF Global Event Driven (5) Brown Advisory US Sustainable Growth Fund (5) Fidelity Funds Euro Short Term Bond (5)

CATEGORIA Ações Ações Ações Multiativos Obrigações Ações Alternativos Alternativos Ações Obrigações

MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 21


PANORAMA FÓRUM APFIPP

por Sérgio Brito

TOTAL DE FUNDOS MOBILIÁRIOS PATRIMÓNIO

FUNDOS DE CURTO PRAZO HARMONIZADOS

CAPTAÇÕES LÍQUIDAS

16000

PATRIMÓNIO 400 300 200 100 0 -100 -200 -300 -400 -500 -600

14750 13500 12250 11000

MARÇO 2020

MARÇO 2021

O NOVO PRODUTO INDIVIDUAL DE REFORMA PAN-EUROPEU (PEPP) Falta menos de um ano para a chegada de um novo instrumento de poupança para a reforma, de âmbito paneuropeu: o PEPP.

22  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

uito embora o PEPP tenha sido criado, em 2019, pelo Regulamento (UE) 201/1238, de 20 de junho, o diploma só é aplicável 12 meses após a publicação de um conjunto de atos delegados (Regulamentação de 2º nível), o que foi concretizado no passado dia 22 de março de 2021, através do Regulamento Delegado (UE) 2021/473 da Comissão, de 18 de dezembro de 2020. Assim, a partir do final de março do próximo ano, os cidadãos europeus passam a dispor de um novo produto de poupança individual para a reforma, de âmbito pan-europeu. O Regulamento PEPP reveste-se de grande relevância, desde logo, pela sinalização, por parte do Parlamento Europeu e do Conselho Europeu, da importância da poupança para a reforma, como forma de complementar os regimes de seguran-

M

CAPTAÇÕES LÍQUIDAS

2200

150 120

1925

90 60

1650

30 0

1375

-30 -60

1100

-90

MARÇO 2020

MARÇO 2021

ça social dos vários estados-membros, assegurando uma melhor adequação dos rendimentos dos cidadãos europeus após a vida ativa e, adicionalmente, da importância de canalizar essa poupança para o financiamento da economia, potenciando o crescimento. O tratamento fiscal que for conferido ao PEPP é fundamental para o sucesso do produto. Neste aspeto, realça-se a Resolução do Parlamento Europeu, de 4 de abril de 2019, que recomenda um tratamento fiscal favorável, sugerindo 3 abordagens: • Análise dos incentivos fiscais em vigor para os produtos de reforma individuais e avaliação dos respetivos custos, eficácia e efeitos redistributivos e, se aplicável, resolução das ineficácias e dos efeitos regressivos; • Concessão ao PEPP do mesmo benefício fiscal previsto para os produtos individuais de reforma nacionais, mesmo nos casos em que as características do PEPP não coincidam inteiramente com todos os critérios nacionais; • Concessão de um benefício fiscal específico ao PEPP, harmonizado a nível da União, a estabelecer num acordo fiscal multilateral entre os Estados-Membros. Para Portugal antecipam-se duas opções possíveis: a) A concessão ao PEPP do mesmo benefício fiscal previsto para os produtos individuais de reforma nacionais, aparentemente positivo, mas que em face


FUNDOS DE OBRIGAÇÕES PATRIMÓNIO

FUNDOS MISTOS

CAPTAÇÕES LÍQUIDAS

2500

90

PATRIMÓNIO

FUNDOS DE AÇÕES CAPTAÇÕES LÍQUIDAS

6000

0 2000

1500

5000

50

MARÇO 2020

4000

-100

-120

-200

da sua reduzida liquidez acabaria por ser um entrave ao seu desenvolvimento; b) A concessão ao PEPP e às contribuições individuais para fundos de pensões de um benefício fiscal específico de dedução à coleta dado que são ambos produtos de poupança de longo prazo para a reforma e com reduzida liquidez. Uma característica fundamental do PEPP, que lhe transmite o carácter pan-europeu, é a existência de subcontas nacionais, que não são mais do que divisões contabilísticas construídas de modo a respeitar as regras específicas que um estado-membro determinar relativamente ao acesso ao produto e aos respetivos benefícios. O mesmo PEPP, com uma política de investimento única, poderá ser utilizado pelos cidadãos europeus, mesmo quando mudam de país de residência, desde que passem a contribuir para a subconta relativa a esse país. Em termos de opções de investimento, cada produtor de PEPP deverá disponibilizar um PEPP base, cujo objetivo é assegurar ao investidor uma elevada proteção do capital, seja através de garantia formal (por exemplo, um seguro), seja através da utilização de técnicas de mitigação de risco que confiram uma elevada probabilidade de recuperar o capital e, simultaneamente, de gerar uma rendibilidade superior à inflação. Este PEPP base tem custos reduzidos, sendo o comissionamento máximo de 1%. O Regulamen-

20

2000

0 -20

-50 -150

MARÇO 2021

40

0

-90 -150

60

100

-30 -60

CAPTAÇÕES LÍQUIDAS

2500

150

60 30

PATRIMÓNIO 200

3000

-250

MARÇO 2020

MARÇO 2021

to Delegado (UE) 2021/473 veio dispor que este limite deve abranger todos os custos (administrativos, de investimento e de distribuição), embora permita que o custo da garantia, quando exista, não seja considerado. O Regulamento Delegado (UE) 2021/473 determina, igualmente, o modo como as estratégias de investimento e as técnicas de mitigação de risco são consideradas consentâneas com o objetivo de permitir a recuperação do capital pelo investidor. Cada produtor de PEPP poderá disponibilizar até mais cinco opções de investimento, todas fazendo uso de técnicas de redução de risco para assegurar uma proteção adequada para os investidores, mas o PEPP Base constitui a default-option. Pelo menos a cada cinco anos, os investidores terão a possibilidade de alterar a sua opção de investimento, sem custos associados. A celebração de um contrato PEPP deverá ser sempre precedida da prestação de aconselhamento por parte do seu produtor ou do seu distribuidor, para assegurar a adequação do produto ao cliente, tendo em conta as suas exigências e necessidades. Os investidores em PEPP têm, igualmente, a possibilidade de transferir o capital acumulado para o PEPP de um outro produtor, pelo menos a cada cinco anos, incorrendo num custo máximo de 0,5%.

-40

1500

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MARÇO 2020

MARÇO 2021

O REGULAMENTO REVESTE-SE DE GRANDE RELEVÂNCIA PELA SINALIZAÇÃO, POR PARTE DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO EUROPEU, DA IMPORTÂNCIA DA POUPANÇA PARA A REFORMA

Na fase de pagamento, o investidor tem à sua disposição um leque variado de opções, designadamente, através de renda, pensão, em capital (uma única prestação), levantamentos faseados ou qualquer combinação das anteriores. O Regulamento PEPP determina que o investidor PEPP tenho acesso a um conjunto vasto de informação, que MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 23


PANORAMA FÓRUM APFIPP

ESTADOS MEMBRO SÃO SOBERANOS E PODEM DETERMINAR REGRAS NACIONAIS DE ACESSO

lhe permita tomar uma decisão de investimento fundamentada, na fase inicial e, posteriormente, fazer o acompanhamento do seu investimento. Nesta medida, constituem elementos fundamentais o DIF PEPP (documento pré-contratual) e a Declaração sobre os benefícios do PEPP (na vigência do contrato). O detalhe sobre o conteúdo destes documentos encontra-se estabelecido no Regulamento Delegado (UE) 2021/473. Em matéria de especificidades nacionais, para além da questão fiscal, em

AS GESTORAS EM MARÇO DE 2021

ORGANIMOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO

(Dados em milhões de euros) GESTÃO DE PATRIMÓNIOS

MARÇO 2021

QUOTA (%)

BMO Portugal Caixa Gestão de Ativos Santander Asset Management GNB - SGP BPI Gestão de Activos Montepio Gestão de Activos Crédito Agrícola Gest Bankinter G. Activos - Suc. Portugal Optimize Investment Partners Dunas Capital - Gestão de Activos LYNX Asset Managers Total

14.407,40 9.673,28 5.733,82 4.872,27 3.621,51 1.621,78 1.302,35 614,20 97,45 26,88 18,04 41.988,99

34,31 23,04 13,66 11,60 8,62 3,86 3,10 1,46 0,23 0,06 0,04

DEZEMBRO 2020 14.762,92 9.791,52 5.795,08 5.136,82 3.453,23 1.607,07 1.367,44 564,55 90,16 23,18 7,02 42.598,98

QUOTA (%)

VAR. (%) 2021

34,66 22,99 13,60 12,06 8,11 3,77 3,21 1,33 0,21 0,05 0,02

-2,41 -1,21 -1,06 -5,15 4,87 0,92 -4,76 8,79 8,08 15,98 157,02 -1,43

Nota: Amostra = 86,6% do total de activos da Gestão de Patrimónios (Em março de 2021)

FUNDOS DE PENSÕES Ageas Pensões CGD Pensões BPI Vida e Pensões GNB - SGFP S.G.F.P. Banco de Portugal Futuro Santander Pensões BBVA Fundos Real Vida Seguros SGF Previsão Victoria - Seguros de Vida Total

DEZEMBRO 2020 6.427,66 4.434,82 3.160,32 2.463,10 2.108,48 1.829,83 1.143,83 569,96 240,24 87,75 79,86 16,30 22.562,16

QUOTA (%) 28,49 19,66 14,01 10,92 9,35 8,11 5,07 2,53 1,06 0,39 0,35 0,07

DEZEMBRO 2019 5.975,90 4.099,88 3.095,33 2.340,93 2.048,88 1.723,12 1.161,31 506,94 251,23 79,60 79,45 16,58 21.379,13

QUOTA (%)

VAR. (%) 2020

27,95 19,18 14,48 10,95 9,58 8,06 5,43 2,37 1,18 0,37 0,37 0,08

7,56 8,17 2,10 5,22 2,91 6,19 -1,51 12,43 -4,37 10,24 0,52 -1,70 5,53

Nota: Amostra = 97,9% do total gerido por Fundos de Pensões (Em dezembro 2020)

24  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

que os estados-membros são soberanos, estes podem, ainda, determinar regras nacionais de acesso ao produto (limite de idade para iniciar a acumulação, duração mínima da fase de acumulação, montante mínimo e máximo das contribuições e respetiva periodicidade), bem como no que respeita ao acesso aos benefícios (idade mínima para aceder aos benefícios, antecedência mínima face à idade de reforma para iniciar a acumulação e condições de reembolso antes da idade de reforma).

MARÇO 2021

QUOTA (%)

1.256,52 1.173,91 1.056,47 928,26 527,36 520,20 434,29 422,14 386,14 369,55 368,88 352,78 291,10 288,64 276,03 273,36 255,46 249,19 188,62 176,28 159,80 151,14 130,19 102,83 100,43 82,30 64,36 60,62 31,25 25,26 23,92 17,26 12,09 10.756,65

11,68 10,91 9,82 8,63 4,90 4,84 4,04 3,92 3,59 3,44 3,43 3,28 2,71 2,68 2,57 2,54 2,37 2,32 1,75 1,64 1,49 1,41 1,21 0,96 0,93 0,77 0,60 0,56 0,29 0,23 0,22 0,16 0,11

FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO

MARÇO 2021

QUOTA (%)

Caixa Gestão de Ativos IM Gestão de Ativos BPI Gestão de Activos Santander Asset Management GNB Fundos Mobiliários Bankinter Gest. Activos - Suc. Portugal Montepio Gestão de Activos Optimize Investment Partners Invest Gestão de Activos Dunas Capital - Gestão de Activos Crédito Agrícola Gest BIZ Capital - SGOIC LYNX Asset Managers Casa de Investimentos - GPFIM Sixty Degrees -SGFIM GFM Capital - SICAF IAF Total

5.234,22 3.449,93 2.905,04 2.802,54 688,27 220,90 159,34 154,17 131,63 31,77 19,95 16,83 16,72 11,27 8,98 5,74 15.857,30

33,01 21,76 18,32 17,67 4,34 1,39 1,00 0,97 0,83 0,20 0,13 0,11 0,11 0,07 0,06 0,04

Interfundos Square Asset Management GNB Real Estate Caixa Gestão de Ativos BPI Gestão de Activos Norfin Montepio Valor Silvip SFS - Gestão de Fundos GEF Santander Asset Management LYNX Asset Managers Imofundos Libertas Fundiestamo Insula Capital Institutional Investment Fidelidade - SGOIC First Fund Box Violas Ferreira - SICAFI, SA TF Turismo Fundos Profile Atlantic ECS - SGFII Imopolis Refundos Gesfimo - Espírito Santo Irmãos Vila Gale Gest Imorendimento Crédito Agrícola Gest Floresta Atlântica Invest Gestão de Activos Silar - SICAFI, SA Total

DEZEMBRO 2020 1.269,80 1.148,07 1.066,43 931,22 531,68 551,74 424,03 405,94 394,20 376,37 418,17 352,27 296,58 285,30 274,32 274,71 255,31 242,64 188,57 175,64 161,46 198,33 128,35 102,95 103,17 42,03 57,43 61,93 31,06 31,55 24,33 17,22 12,06 10.834,87

DEZEMBRO 2020 4.798,01 3.200,07 2.741,19 2.558,42 664,71 191,60 158,66 144,66 115,02 37,84 20,03 3,92 16,75 5,70 7,04 5,20 14.668,82

QUOTA (%)

VAR. (%) 2021

11,72 10,60 9,84 8,59 4,91 5,09 3,91 3,75 3,64 3,47 3,86 3,25 2,74 2,63 2,53 2,54 2,36 2,24 1,74 1,62 1,49 1,83 1,18 0,95 0,95 0,39 0,53 0,57 0,29 0,29 0,22 0,16 0,11

-1,05 2,25 -0,93 -0,32 -0,81 -5,72 2,42 3,99 -2,04 -1,81 -11,79 0,15 -1,85 1,17 0,62 -0,49 0,06 2,70 0,02 0,36 -1,03 -23,79 1,43 -0,11 -2,65 95,80 12,07 -2,11 0,61 -19,95 -1,70 0,23 0,33 -0,72

QUOTA (%)

VAR. (%) 2021

32,71 21,82 18,69 17,44 4,53 1,31 1,08 0,99 0,78 0,26 0,14 0,03 0,11 0,04 0,05 0,04

9,09 7,81 5,98 9,54 3,54 15,30 0,43 6,58 14,44 -16,03 -0,43 329,48 -0,20 97,67 27,63 10,33 8,10


P

AR

P

R

TNE R

AR

TNE

A OPINIÃO DE

As especificidades nacionais serão objeto de divulgação e atualização por cada supervisor nacional e referenciadas num registo público central, mantido pela EIOPA, onde constarão todos os PEPP aprovados, com a indicação das subcontas oferecidas e das jurisdições em que são distribuídos. A nível nacional aguarda-se, portanto, com expectativa, pelo enquadramento fiscal do PEPP e, naturalmente pela definição das restantes especificidades nacionais, que se espera que seja

ENTRADAS E SAÍDAS DOS FUNDOS MOBILIÁRIOS Dados em milhões de euros 1500

1.500

um fator potenciador do sucesso do produto. Tendo em conta a atualidade e a relevância do tema para a APFIPP e para as suas Associadas, iremos organizar um webinar sobre este tema, no próximo dia 16 de junho que contará com dois painéis: um que incidirá sobre os aspetos regulatórios do PEPP e o outro que abordará uma perspetiva de mercado do novo produto. Os interessados em participar devem contactar a APFPIP para mais informações.

MARÇO 2021

DESDE INÍCIO DO ANO

IM Gestão de Ativos

96,286

220,853

Santander Asset Management

84,224

215,084

376,148

BPI Gestão de Activos

80,098

151,984

252,603

Caixa Gestão de Ativos

61,054

286,626

686,399

GNB Fundos Mobiliários

13,137

20,001

109,986

Bankinter Gestion Activos - Suc. Portugal

8,574

27,317

60,663

Invest Gestão de Activos

3,617

13,175

36,330

Optimize Investment Partners

2,656

5,479

12,245

Casa de Investimentos - GPFIM

1,709

4,611

10,252

BIZ Capital - SGOIC

1,648

12,933

16,621

Montepio Gestão de Activos

0,363

-3,177

-16,059

FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO

Crédito Agrícola Gest

1.250 1000

1.000

944,465

0,000

0,000

GFM Capital - SICAF IAF

0,000

0,000

0,000

LYNX Asset Managers

-0,702

-0,525

2,853

Dunas Capital - Gestão de Activos

-5,518

-6,181

-9,150

Sixty Degrees -SGFIM Total

0,000

ÚLTIMOS 12 MESES

n.a.

n.a.

n.a.

347,147

948,180

2.483,356

MARÇO 2021

DESDE INÍCIO DO ANO

ÚLTIMOS 12 MESES

750 500 500

FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO *

250 00

-250 -500 -500

-750 -1000 -1000

-1.250 -1.500 -1500

MARÇO 2021

Fundos PPR

99,094

246,037

581,781

F. Multi-Activos Defensivos

92,258

303,448

655,484

Fundos de Curto Prazo Euro

63,503

185,852

499,587

F. Acções da U.E., Suíça e Noruega

55,579

55,357

41,379

Outros F. Acções Internacionais

50,516

131,559

342,243

Fundos Flexíveis

40,028

89,198

F. Multi-Activos Equilibrados

201,233

22,079

47,993

83,872

F. Acções da América do Norte

6,472

9,310

-23,488

Fundos de Obrigações Euro

5,464

2,928

170,770

F. Multi-Activos Agressivos

2,602

3,762

0,871

F. Obrigações Taxa Indexada Euro

1,833

2,018

62,251

F. Mercado Monetário Internacional

0,803

1,973

6,184

Fundos de Acções Sectoriais

0,450

-0,331

-8,584

FIA de Retorno Absoluto

0,000

0,000

-0,016

Fundos PPA

-0,013

-0,011

-0,071

Fundos de Acções Ibéricas

-0,181

-0,556

-2,194

FIA de Obrigações

-0,193

-0,717

-1,785

F. Mercado Monetário Euro

-0,420

-7,605

173,451

FIA Flexíveis

-0,692

-0,506

3,322

Fundos de Obrigações Internacional

-0,748

2,716

-11,149

-7,150

-3,258

-40,693

-31,197

-61,025

Outros FIA Outros Fundos

-191,813

Fundos de Acções Nacionais

-52,939

-59,961

-59,281

Total

347,147

948,180

2.483,356

BEGOÑA GOMEZ Responsável de Vendas, Invesco

PEHI: PORQUÊ AÇÕES E PORQUÊ VALUE? Num mundo no qual a maior parte das obrigações oferecem rentabilidades próximas do zero ou até negativas, a geração de income nas estratégias mistas tornou-se numa verdadeira arte. A equipa gestora do Invesco Pan European High Income Fund aposta nas ações para alcançar um nível atrativo de income, ainda que sempre com uma abordagem de risco moderado (a parte das ações mantém-se em torno dos 20% da carteira). Atualmente, a rentabilidade por dividendo da parte das ações é superior à rentabilidade das obrigações (4% vs. 2,9%). Outra das características da carteira é o viés value da parte das ações. Com os olhos postos nas valorizações, as empresas value não só apresentam valorizações mais ajustadas, mas também o momento económico favorece os setores mais ligados ao ciclo. Os estímulos monetários e fiscais, o excesso de aforro e o saneamento doméstico na Europa, a solvência do setor financeiro - que aguentou perfeitamente a crise - e as melhores previsões de crescimento económico graças ao avanço das vacinas deverão beneficiar precisamente dos setores mais value do mercado. De facto, isto vem acontecendo já nos últimos meses e pensamos que esta tendência continuará vigente pela extrema diferença de valorizações com as empresas growth. O fundo está no quartil 1 em todos os prazos (YTD e 1, 3, 5 e 10 anos). MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 25




PANORAMA BARÓMETRO

FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO

SELO

RENTABILIDADE ANUAL 5 ANOS

3 ANOS

1 ANO

DADOS A 5-5-21 VOLAT. 3 ANOS

DIVISA BASE

GESTOR

ASIA FIXED INCOME Schroder ISF Asian LclCcy Bd C Acc USD DWS Invest Asian Bonds USD IC Eurizon Bond Aggregate RMB Z EUR Acc

DABC 3,41 DABC 5,89 DABC

EMERGING MARKETS FIXED INCOME Jupiter Glbl Em Mkt Crp Bd I USD Acc GS Em Mkts Dbt Base Acc USD GS EM Corp Bd I Acc USD AS SICAV I Frntr Mkts Bd X Acc USD AS SICAV I EM Corp Bd X Acc USD PIMCO GIS Em Mkts Bd ESG Ins USD Acc PIMCO GIS Em Mkts Bd Instl USD Acc Jupiter Global EM Sht Dur Bd I USD Acc Nordea 1 - Emerging Mkt Debt TR BC EUR JPM Emerg Mkts Corp Bd A (acc) USD Neuberger Berman EM DbtHrdCcy USD I C MFS Meridian Emerging Mkts Dbt A2 USD MS INVF Emerging Mkts Corp Debt Z Candriam Sst Bd Em Mkts R $ Acc M&G (Lux) Em Mkts Bd C USD Acc Neuberger Berman Shrt DurEM DbtUSD I Acc Pictet-Short Term Em Corp Bds I USD JPM Emerg Mkts Inv Grd Bd A (acc) EURH Nordea 1 - Emerging Market Bond BP EUR Vontobel Emerging Mkts Dbt I USD Amundi Fds Em Mkts Bd C EUR C NN (L) Em Mkts Corp Dbt X Cap EUR H i Muzinich EmergingMktsShrtDur HEUR Acc S Schroder ISF EM Dbt Abs Rt I Acc USD Capital Group EM Lcl Ccy Dbt(LUX) Z T. Rowe Price Em Lcl Mkts Bd I USD Epsilon Fund Emerg Bd Ttl Ret I EUR Acc Ninety One GSF EM Lcl Ccy Dbt I Acc EUR GAM Multibond Local Emerging Bond USD C BGF Emerging Markets Lcl Ccy Bd A2 Ninety One GSF EM LclCcyTlRtDt S AccEUR

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

7,10 4,80 6,85 5,02 6,58 7,11 6,30 5,29 6,26 4,88 5,94 5,21 5,87 5,56 5,29 3,73 5,09 4,91 5,09 3,30 4,83 4,43 4,73 4,55 4,76 4,48 2,86 4,39 2,49 4,22 2,14 3,88 3,59 3,70 4,99 3,63 3,23 3,45 2,79 2,72 2,14 2,52 2,01 2,38 2,65 1,75 2,58 1,19 0,76 0,82 2,01 0,61 1,30 -0,24 0,45 -1,49

6,68 9,69 18,58 22,66 5,82 10,28 16,40 12,28 9,58 11,49 6,72 9,80 6,54 10,15 2,63 8,47 -6,10 7,49 8,18 9,08 8,64 11,02 -15,27 19,70 5,50 11,19 1,58 8,55 8,05 11,83 0,72 7,93 1,12 6,18 8,82 6,96 9,55 13,53 12,33 14,09 10,16 13,80 13,32 9,41 12,23 7,17 0,91 5,72 3,26 11,08 4,45 11,30 4,49 3,57 4,34 11,60 -0,01 11,09 2,33 12,59 2,55

EUROPE FIXED INCOME Carmignac Pf Credit A EUR Acc NB Euro Bond NB Obrigações Europa FIMAO BNP Paribas Euro High Yld Bd I C Nordea 1 - European Fincl Dbt BI EUR Lazard Credit Fi SRI PVC EUR Candriam Bds Euro High Yld R EUR Cap Schroder ISF EURO Corp Bd I Acc EUR BlueBay High Yield Bond R EUR Carmignac Pf Flexible Bond F EUR Acc Fidelity European Hi Yld Y-EUR Schroder ISF EURO Crdt Convct C Acc EUR Allianz Euro Credit SRI IT EUR BlueBay Inv Grd Euro Aggt Bd I EUR Muzinich Europeyield HEUR Acc S Nordea 1 - European High Yld Bd BI EUR Franklin European Ttl Ret W(acc)EUR T. Rowe Price Euro Corp Bd Z EUR BlueBay Investment Grade Bd B EUR BlueBay Inv Grd Euro Govt Bd I EUR Acc Eurizon Bond Aggregate EUR Z EUR Acc Threadneedle (Lux) European Strat Bd AE MS INVF Euro Strategic Bond I ODDO BHF Euro High Yield Bond CI-EUR Schroder ISF EURO Bond I Acc EUR Janus Henderson Hrzn Euro Corp Bd I2 EUR Invesco Euro Corporate Bond C EUR Acc

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

6,55 6,94 4,77 6,17 5,40 4,66 4,43 4,77 3,03 4,84 4,69 3,48 4,56 4,57 4,60 2,59 3,26 3,48 3,99 2,30 3,19 3,94 2,90 2,95 2,68

22,18 10,70 EUR Pierre Verlé, Alexandre Deneuville 9,75 8,55 EUR Vasco Teles 12,52 8,55 EUR Vasco Teles 17,92 8,99 EUR Olivier Monnoyeur, Gilles Caraguel 17,64 10,88 EUR Jacob Topp 16,27 9,42 EUR François Lavier 11,11 6,55 EUR Nicolas Jullien, Thomas Joret, Philippe Noyard 8,52 6,30 EUR Patrick Vogel 15,96 8,72 EUR Justin Jewell, Rajat Mittal 12,72 5,22 EUR Guillaume Rigeade, Eliezer Ben Zimra 16,40 10,45 EUR Peter Khan, Andrei Gorodilov, James Durance 9,54 7,13 EUR Patrick Vogel 9,36 7,42 EUR Hervé Dejonghe, Laetitia Talavera-Dausse 5,92 4,68 EUR Kaspar Hense, Mark Dowding 14,65 9,71 EUR Thomas Samson 12,85 9,67 EUR Torben Skødeberg, Laust Johnsen, René Kallestrup 6,88 4,79 EUR Sonal Desai, John W. Beck, David Zahn 7,92 5,54 EUR David X Stanley 8,27 6,00 EUR Andrzej Skiba, Thomas Moulds, Marc Stacey 3,41 4,43 EUR Kaspar Hense, Mark Dowding 4,88 4,58 EUR 7,69 5,16 EUR Ryan Staszewski 5,11 4,96 EUR Marco Spaltro, Richard Class, Richard Ford, Leon Grenyer 12,68 8,17 EUR Janis HECK, Frauke Wolkewitz, Alexis Renault 3,76 4,38 EUR James Ringer, Paul Grainger 6,44 5,26 EUR Thomas Ross, Tim Winstone 5,72 5,65 EUR Julien Eberhardt, Tom Hemmant, Paul Read

28  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

5,31 -1,09 5,23 2,77 3,82 -0,69

11,01 5,50 5,25 4,85 4,71 4,65 4,57 4,41 4,34 4,33 4,22 4,21 4,05 3,92 3,59 3,57 3,57 3,50 3,50 3,44 3,39 3,30 3,29 3,29 3,20 3,20 3,09

6,73 USD Chow Yang Ang, Julia Ho 9,26 USD Osvaldo Kwan, Henry Wong 6,24 EUR USD USD USD USD USD USD USD USD EUR USD USD USD USD USD USD USD USD EUR EUR USD EUR EUR EUR USD USD USD EUR EUR USD USD EUR

Alejandro Arevalo Samuel Finkelstein, Ricardo Penfold, Angus Bell, Kay Haigh Angus Bell Kevin Daly Siddharth Dahiya Javier Romo, Yacov Arnopolin, Pramol Dhawan Javier Romo, Pramol Dhawan, Michael A. Gomez Alejandro Arevalo Ida Andreasen, Thede Rüst, Anna Tandstad Ege Pierre-Yves Bareau, Leah Parento, Scott D. McKee Rob Drijkoningen, Gorky Urquieta, Bart van der Made Ward Brown, Matthew W. Ryan Warren Mar, Jens Nystedt, Sahil Tandon, Budi Suharto, Magda Branet, Diliana Deltcheva, Christopher Mey Claudia Calich Bart van der Made, Nish Popat, Jennifer Gorgoll Luke Chua, Alain Nsiona Defise Pierre-Yves Bareau, Emil Babayev, Scott D. McKee Cathy L. Hepworth Wouter Van Overfelt, Luc D’hooge Ray Jian, Yerlan Syzdykov Joep Huntjens, Martijn Kleiberg Warren Hyland Abdallah Guezour Luis Freitas de Oliveira, Kirstie Spence, Robert H. Neithart Andrew J. Keirle Luca Sibani Antoon de Klerk, Werner Gey van Pittius Paul McNamara Sergio Trigo Paz, Michal Wozniak, Laurent Develay Antoon de Klerk, André Roux


FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO

RENTABILIDADE ANUAL

SELO

5 ANOS

N (L) Green Bond I Cap EUR N DWS Invest Euro Corporate Bds FC JPM EU Government Bond C (acc) EUR PIMCO GIS Euro Bond Instl EUR Acc MS INVF Euro Corporate Bond I Robeco Euro Credit Bonds FH € Vanguard €z Infl-Lnkd Bd Idx € Acc Vontobel EUR Corp Bd Mid Yld B EUR Franklin European Corp Bd I(acc)EUR DWS Invest Euro-Gov Bonds FC MS INVF Euro Bond I Vanguard € Govt Bd Idx € Acc PIMCO GIS Euro Income Bond Instl EUR Acc ASSII-Euro Cp Bd D Acc EUR BGF Euro Corporate Bond A2 PIMCO GIS Euro Credit Instl EUR Acc ASSII-EuCpBdS&RInv D Acc EUR Nordea 1 - European Covered Bond BP EUR BNP Paribas Euro Government Bd Privl C Amundi Fds Euro Corp Bd I EUR C BGF Euro Bond A2 Vanguard SRI € Invm Grd Bd Idx € Acc M&G (Lux) Euro Corp Bd CI EUR Acc NN (L) Euro Fixed Income P Cap EUR NB Corporate Euro A Caixa Obrigações LP FIMAO EdRF Bond Allocation A EUR Acc Caixagest Oportunidades FIAMA AXAIMFIIS Europe Short Dur HY A Cap EUR Evli Short Corporate Bond B Nordea 1 - Low Dur Eurp Cov Bd BI EUR Carmignac Pf Sécurité F EUR Acc Fidelity Euro Short Term Bond Y-Acc-EUR Allianz Credit Opportunities IT13 EUR ODDO BHF Euro Credit Short Dur DP-EUR Invesco Euro Short Term Bond C EUR Acc GS ESG Enh Euro Shrt Du Bd Plus I Acc € Pictet-EUR Short Term Corp Bds I AXAWF Euro Credit Short Dur I Cap EUR BNP Paribas Enhanced Bond 6M I C Allianz Advcd Fxd Inc S/D W EUR IMGA Rendimento Semestral FIMA IMGA Rendimento Mais FIMA BNP Paribas Euro Medium Term Bd C C DWS Invest ESG Euro Bonds (Short) FC IMGA Euro Taxa Variável FIMA MS INVF Short Maturity Euro Bond I DWS Floating Rate Notes LC Allianz Euro Oblig Court Terme ISR I C/D Allianz Enhanced Shrt Trm Euro I13 EUR Allianz Floating Rate Notes+ I EUR JPM Euro Govt Short Dur Bd A (acc) EUR BGF Euro Short Duration Bond A2 EUR UBAM Dynamic Euro Bond AC EUR MS INVF Euro Corporate Bd - Dur Hgd Z UBAM Euro Corporate IG Solution IC EUR

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

FIXED INCOME MISCELLANEOUS PIMCO GIS Capital Scs Instl USD Acc GAM Star MBS Total Return Instl USD Acc

DABC DABC

GLOBAL FIXED INCOME GS Glbl Hi Yld Base Inc USD Vanguard Global Credit Bond Ins USDH Acc Legg Mason BW Glb Inc Opt A USD Acc GS Global Fixed Income R Acc USD

DABC DABC DABC DABC

3 ANOS

1 ANO

DADOS A 5-5-21 VOLAT. 3 ANOS

DIVISA BASE

GESTOR

2,39 3,00 1,40 5,31 EUR Alfred Meinema, Bram Bos, Jovita Razauskaite 2,83 2,98 6,69 6,08 EUR Oliver Krenn, Karsten Rosenkilde 2,25 2,96 1,77 4,24 EUR Iain T. Stealey, Séamus Mac Góráin 2,82 2,89 2,44 4,03 EUR Andrew Thomas Balls, Lorenzo Pagani, Andrew Bosomworth 3,07 2,88 7,02 6,13 EUR Dipen Patel, Richard Ford, Leon Grenyer 2,52 2,72 5,81 5,41 EUR Victor Verberk 2,69 2,66 9,36 5,97 EUR — 2,50 2,62 6,49 7,01 EUR Mondher Bettaieb, Claudia Wyss 2,47 2,53 5,78 4,98 EUR Marc Kremer, Emmanuel Teissier, David Zahn 2,09 2,50 1,79 4,63 EUR Moritz Rieper, Ernest Maul, Jakob Fink, Ulrich Willeitner 1,93 2,46 1,27 3,43 EUR Marco Spaltro, Richard Class, Richard Ford, Leon Grenyer 1,78 2,43 0,59 3,91 EUR — 3,62 2,42 8,39 5,41 EUR Ketish Pothalingam, Eve Lagrellette Tournier, Alfred T. Murata 2,32 2,41 5,72 5,76 EUR Felix Freund, Craig MacDonald 2,31 2,36 5,29 5,20 EUR Jozef Prokes, Tom Mondelaers 2,56 2,35 4,28 5,15 EUR Eve Lagrellette Tournier, Andreas Berndt 2,17 2,30 5,38 6,10 EUR Josef Helmes 2,20 2,29 1,42 2,21 EUR Henrik Stille 1,70 2,23 0,80 4,17 EUR Cedric Scholtes, Alberto Talero 2,45 2,12 6,50 6,72 EUR Alexandra Van Gyseghem, Hervé Boiral 1,73 1,97 1,83 4,28 EUR Michael Krautzberger, Ronald van Loon 1,93 2,92 3,97 EUR 2,28 1,86 4,59 5,28 EUR Stefan Isaacs 1,20 1,81 2,10 4,51 EUR Hans van Zwol, Jaco Rouw, Sylvain De Ruijter 1,89 1,77 8,92 5,99 EUR Hugo Custódio 1,29 1,70 -0,39 3,75 EUR Joel Carvalheira 2,54 1,64 10,19 5,27 EUR Julien Tisserand, Nicolas Leprince 2,34 1,46 3,49 3,17 EUR — 1,74 1,24 9,94 7,59 EUR Yves Berger, James Gledhill 1,36 1,18 7,46 4,98 EUR Juhamatti Pukka 1,18 2,30 1,06 EUR Henrik Stille 1,12 1,09 6,23 3,13 EUR Marie-Anne Allier 0,84 0,92 1,31 1,98 EUR Rick Patel, Ario Emami Nejad 0,89 2,15 1,84 EUR Hervé Dejonghe, Grégoire Docq 1,15 0,76 5,58 4,64 EUR Haiyan Ding, Alexis Renault 0,58 0,50 2,45 2,09 EUR Luke Greenwood, Lyndon Man 0,61 0,48 2,41 2,13 EUR Richard Mulley, Jacqueline Leary 0,54 0,41 3,35 2,71 EUR Jon Mawby, Mathieu Magnin, Charles-Antoine Bory 0,43 0,35 2,46 2,37 EUR Anne Velot, Thomas Coudert, Boutaina Deixonne 0,38 0,34 3,50 2,70 EUR Fadi Berbari, Eric Plantier 0,35 0,33 2,25 1,77 EUR Ralf Jülichmanns, Maxence-Louis Mormede 0,62 0,29 4,18 3,55 EUR Aitor Zubeldia, Ana Aguiar 0,72 0,23 5,06 4,32 EUR Duarte José, Ana Aguiar 0,08 0,10 1,25 1,89 EUR Arnaud-Guilhem Lamy, Eric Plantier 0,30 0,08 2,72 1,92 EUR Carsten Weins, Daniel Kittler 0,16 0,05 2,84 2,64 EUR Aitor Zubeldia, Ana Aguiar 0,07 -0,13 1,74 1,50 EUR Sarah Singh, Richard Class, Dipen Patel, Richard Ford -0,01 -0,22 2,06 2,38 EUR Torsten Haas, Christian Reiter -0,17 -0,26 0,44 0,88 EUR Ali Ozenici, Vincent Tarantino -0,21 -0,26 0,36 0,47 EUR Klaus Kusber, Lars Dahlhoff, Florian Urbschat -0,15 -0,26 0,52 1,01 EUR Ali Ozenici, Guillaume Zilliox, Vincent Tarantino -0,29 -0,27 0,18 0,82 EUR Iain T. Stealey, Séamus Mac Góráin -0,09 -0,34 1,48 1,94 EUR Christopher Allen, Jozef Prokes, Michael Krautzberger -0,32 -0,44 1,82 2,25 EUR Philippe Gräub 8,82 EUR Dipen Patel, Richard Ford, Leon Grenyer 0,95 EUR Philippe Graub 6,90 2,56

10,21 5,44 3,65

7,31 2,92

9,34 6,71

15,22 40,50 8,38 -2,30 7,73 2,76 7,19 2,44

11,22 12,09

USD USD

Philippe Bodereau, Matthieu Loriferne, Michael Bogecho Tom J. Mansley

19,14 USD Robert Magnuson 7,42 USD 6,78 USD Anujeet S. Sareen, Jack P. McIntyre, Brian L. Kloss 6,31 USD Hugh Briscoe

MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 29


PANORAMA BARÓMETRO

FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO

RENTABILIDADE ANUAL

SELO

5 ANOS

. Rowe Price Glb HY Bd Z USD T PIMCO GIS Divers Inc Instl USD Acc SKY Harbor Global Sust HY A USD Acc PIMCO GIS Glb Hi Yld Bd Instl USD Acc Candriam Bds Global Hi Yld R EUR Cap T. Rowe Price Glb High Inc Bd I USD JPM Global Corp Bd A (acc) USD PIMCO GIS Income Institutional USD Acc MFS Meridian Global Oppc Bd I1 USD M&G (Lux) Global HY ESG Bd L USD Acc FvS Bond Opportunities IT PIMCO GIS GlInGd Crdt Instl USD Inc PIMCO GIS Glb Bd Instl USD Acc Muzinich Global Tact Crdt HUSD Acc R BGF Global High Yield Bond C1 USD Candriam Sst Bd Glbl HiYld I € Acc Legg Mason WA Mcr OppBd PR USD Acc Fidelity Global Bond A-Dis-USD Pictet Absolute Ret Fxd Inc ZX USD UBAM Global High Yield Solution AC USD M&G (Lux) Glb Corp Bd C H EUR Acc Vanguard Glb Bd Idx $ H Acc MS INVF Global Fixed Income Opps Z PIMCO GIS Dynamic Bd Instl Acc AXAWF Global Strategic Bds F Cap GBP H Muzinich Enhancedyield S-T HUSD Acc A Vontobel TwentyFour StratInc HI Hdg EUR Pictet Global Sustainable Crdt HZ EUR Amundi Fds Glbl Aggt Bd I USD C GS Global Fixed Inc (Hdg) I Inc EUR Jupiter Dynamic Bond I EUR Q Inc Invesco Global Inv Grd CorpBd C EURH Acc Muzinich LongShortCreditYld HEUR Acc NR Amundi Rspnb Investing Imp Gr Bds DP C Invesco Global Ttl Ret EUR Bd C EUR Acc AXAWF Global Infl Bds I Cap EUR T. Rowe Price Dyn Glb Bd Ih GBP BGF Fixed Income Global Opps D2 EUR Hdg RAM (Lux) Tactical Glb Bd Total Rtrn J Fidelity Global Infl-Link Bd Y-Acc-EUR H BSF Fixed Income Strategies I2 EUR Nordea 1 - Flexible Fixed Income BI EUR AXAWF Global Infl Sh Dur Bds I Cap EUR H JPM Global Strat Bd A perf (acc) EURH UBAM Abs Ret Low Vol Fxd Inc IPC EUR JPM Global Short Duration Bd A(acc)EURH Templeton Global Bond W(Mdis)USD Templeton Global Ttl Ret W(acc)USD

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

STERLING FIXED INCOME Vontobel Ttfr Abs Ret Crdt HI Hdg EUR

DABC

US FIXED INCOME NN (L) US Credit P Cap USD Capital Group US Corp Bd (LUX) Z Fidelity US Dollar Bond A-Dis-USD BNY Mellon US Muncpl Infras Dbt USD WAcc PIMCO GIS US Hi Yld Bd Instl USD Acc AXAWF US High Yield Bonds I Cap USD JPM Income A (acc) USD Schroder ISF US Dllr Bd C Acc USD AXAIMFIIS US Corp Itmt Bds A USD Dis PIMCO GIS Ttl Ret Bd Instl USD Acc Fidelity US High Yield A-Dis-USD BGF US Dollar Bond A2

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

30  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

6,28 5,67 6,07 5,42 5,38 6,07 3,37 4,86 5,10 3,75 3,46 2,81 4,23 4,61 2,22 2,60 4,46 3,52 2,26 3,94 3,33 1,52 3,01 4,90 2,83 2,66 2,16 3,11 2,82 1,98 2,70 2,67 -0,50 1,90 1,12 1,03 1,59 0,82 0,49 0,98 0,17 -0,50 0,21 -0,06

3 ANOS

6,96 6,93 6,33 6,32 6,28 6,14 5,95 5,89 5,85 5,71 5,66 5,56 5,24 5,14 5,02 5,02 5,01 4,98 4,91 4,86 4,85 4,65 4,45 4,36 4,31 4,17 4,08 4,07 3,97 3,95 3,86 3,51 3,47 3,10 3,05 2,96 2,71 1,96 1,84 1,76 1,34 1,29 1,14 1,03 0,00 -0,13 -1,22 -2,91

1 ANO

7,94 1,14 8,20 4,25 13,10 8,94 -5,01 3,62 -4,53 4,92 5,34 -3,12 -5,24 -1,59 6,67 10,53 0,50 -5,07 -5,53 3,22 3,74 -8,71 -1,93 -0,30 5,56 -0,62 14,67 6,51 -3,78 2,04 4,68 4,92 7,76 2,14 4,41 2,53 6,75 7,76 3,84 3,54 6,68 -0,18 4,65 5,55 0,79 0,40 -9,83 -9,17

DADOS A 5-5-21 VOLAT. 3 ANOS

DIVISA BASE

GESTOR

9,74 USD Michael Della Vedova, Rodney M. Rayburn 7,61 USD Eve Lagrellette Tournier, Alfred T. Murata, Sonali Pier 8,15 USD Hannah H. Strasser 8,36 USD Sonali Pier, David Forgash, Andrew Jessop 5,73 EUR Nicolas Jullien, Thomas Joret, JC Tamavakis 12,10 USD Michael Della Vedova, Mark J. Vaselkiv 7,57 USD Lorenzo Napolitano, Andreas Michalitsianos, 7,01 USD Alfred T. Murata, Daniel J. Ivascyn, Joshua Anderson 6,74 USD David P. Cole, Ward Brown, Joshua P. Marston 9,37 USD Stefan Isaacs, James Tomlins 6,39 EUR Frank Lipowski 8,08 USD Jelle Brons, Mohit Mittal, Mark R. Kiesel 6,37 USD Andrew Thomas Balls, Lorenzo Pagani, Sachin Gupta 6,97 USD Michael L. McEachern 8,80 USD James Keenan, David Delbos, Mitchell S. Garfin 5,13 EUR Nicolas Jullien, Thomas Joret, JC Tamavakis, Philippe Noyard 9,16 USD — 5,10 USD Rick Patel, Ario Emami Nejad 6,16 USD Ella Hoxha, Andres Sanchez Balcazar 8,24 USD Philippe Graub 5,79 EUR Ben Lord 6,82 USD — 7,83 EUR James Caron, Utkarsh Sharma, Christian G. Roth 6,25 USD Mohsen Fahmi, Daniel J. Ivascyn, Marc P. Seidner 6,81 GBP Nick Hayes, Nicolas Trindade 7,53 USD Tatjana Greil-Castro 7,17 EUR Gary Kirk, Eoin Walsh, Felipe Villarroel, Mark Holman 6,54 EUR Philipp Buff, Frédéric Salmon 7,66 USD Laurent Crosnier, Myles Bradshaw 3,96 EUR Hugh Briscoe 4,69 EUR Ariel Bezalel 6,97 EUR Luke Greenwood, Lyndon Man 3,07 EUR Brian Lieberman 4,49 EUR Alban de Faÿ 4,32 EUR Julien Eberhardt, Jack Parker, Paul Read 5,14 EUR Jonathan Baltora, Elida Rhenals 5,66 GBP Arif Husain 5,54 EUR Rick Rieder, Bob Miller, Aidan Doyle 2,90 EUR Clement Perette, Gilles Pradere 2,51 EUR Timothy Foster, Ian Robert Fishwick 3,61 EUR Johan Sjogren, Michael Krautzberger, Tom Mondelaers 1,96 EUR Søren Brogaard Lolle, Karsten Bierre, Caroline Henneberg 1,73 EUR Jonathan Baltora, Elida Rhenals 3,21 EUR Iain T. Stealey, Andrew Headley, Jeff Hutz, Lisa Coleman 0,88 EUR Philippe Graub 1,50 EUR Iain T. Stealey, Roger Hallam, Linda Raggi 7,74 USD Calvin Ho, Michael J. Hasenstab 8,94 USD Calvin Ho, Michael J. Hasenstab

1,99

1,18

3,80

2,39

EUR

Chris Bowie

4,36 4,02 2,89 5,78 5,86 4,45 2,85 2,99 2,92 5,23 2,04

7,84 7,43 6,77 6,72 6,45 6,45 6,07 6,03 6,01 5,68 5,48 5,04

-4,42 -6,79 -9,45 -2,84 6,64 5,95 3,05 -5,78 -3,32 -6,94 6,56 -7,21

8,05 7,36 6,96 7,87 8,69 7,94 8,11 6,39 7,08 6,37 9,65 7,06

USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD

Anil Katarya, Travis King Scott Sykes, Karen Choi Rick Patel, Ario Emami Nejad Jeffrey Burger, Thomas C. Casey Sonali Pier, Andrew Jessop Carl Whitbeck, Michael P. Graham J. Andrew Norelli, Andrew Headley, Thomas G. Hauser Lisa Hornby, Neil G. Sutherland Frank Olszewski, Guillaume Arnould Mohit Mittal, Mark R. Kiesel, Scott A. Mather Alexandre Karam, Harley Lank Rick Rieder, Bob Miller



PANORAMA BARÓMETRO

FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO

RENTABILIDADE ANUAL

SELO

5 ANOS

3 ANOS

1 ANO

DADOS A 5-5-21 VOLAT. 3 ANOS

DIVISA BASE

GESTOR

mundi Fds Pioneer US Bd A2 USD C A 5,02 DABC 2,45 Amundi Fds Pinr Strat Inc A USD C 4,94 DABC 2,73 AB American Income C Inc 4,94 DABC 2,72 UBAM Medium Term US Corporate Bd AC USD DABC 2,05 4,93 GS US Mortgg Bckd Secs I Acc USD DABC 1,74 4,64 JPM US Aggregate Bond D (acc) USD 4,62 DABC 1,52 AXAIMFIIS US Short Dur HY A Cap USD 4,60 DABC 3,03 Pictet-USD Short Mid-Term Bonds I 3,54 DABC 1,05 JPM US Short Duration Bond A (acc) USD 3,36 DABC 0,89 GS US Dollar Short Dur Bond I Acc USD 3,36 DABC Franklin US Government W(Mdis)USD 3,35 DABC 0,70 Muzinich Americayield HEUR Acc R DABC 3,00 3,15 PIMCO GIS Low Avrg Dur Instl USD Acc 2,85 DABC 1,05 UBAM Dynamic US Dollar Bond AC USD 1,66 DABC 0,53 Muzinich ShortDurationHY HEUR Acc A 1,50 DABC 1,39 JPM Income Opp A perf (acc) EURH -0,69 DABC 0,38

-3,35 3,31 0,91 -5,52 -7,66 -8,84 -0,71 -7,57 -7,04 -6,89 -9,61 15,06 -7,16 -6,97 10,28 2,92

7,30 USD Bradley Komenda, Kenneth J. Taubes, Timothy D. Rowe 8,31 USD Kenneth J. Taubes, Jonathan Scott, Andrew Feltus 8,39 USD Scott A. DiMaggio, Matthew S. Sheridan 6,82 USD Philippe Gräub 6,30 USD — 6,79 USD Richard D. Figuly, Justin Rucker 6,71 USD Carl Whitbeck, Peter V. Vecchio 6,12 USD Jon Mawby, Mathieu Magnin, Charles-Antoine Bory 6,22 USD Cary J. Fitzgerald, Toby Maczka 6,17 USD Richard Mulley, Jacqueline Leary 6,45 USD Neil Dhruv, Paul Varunok 8,81 EUR — 6,09 USD Jerome M. Schneider, Scott A. Mather 6,52 USD Philippe Gräub 5,64 EUR David A. Bowen 2,97 EUR William H. Eigen, Jeffrey Wheeler

ASIA EQUITY JPM Pacific Equity A (dist) USD

DABC

15,76

13,87

33,62

15,19

USD

Aisa Ogoshi, Robert Lloyd

ASIA EX-JAPAN EQUITY MS INVF Asia Opportunity Z Fidelity Asia Pacific Opps A-Acc-EUR JPM Asia Growth A (acc) USD Schroder ISF Emerging Asia I Acc EUR T. Rowe Price Asian Opp Eq I USD Schroder ISF Asian Opports I Acc USD Mirae Asset Asia Great Consumer Eq I USD GS Asia Equity R Acc USD Schroder ISF Asian Ttl Ret C Acc USD UBS (Lux) ES As Smlr Coms (USD) P-acc Fidelity Sustainable Asia Eq Y-Dis-USD AS SICAV I Asia Pac Eq X Acc USD JPM Asia Pacific Equity A (acc) EUR Threadneedle Asia Ins Acc GBP Mirae Asset Asia Sect Ldr Eq I USD Cap

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

25,24 17,07 18,72 19,81 16,90 18,32 14,93 16,64 14,98 12,78 15,72 13,39 15,67 14,81 12,63

21,87 18,65 16,27 16,12 15,40 14,58 14,37 14,25 13,22 13,04 12,53 12,31 11,98 11,91 9,19

44,34 42,72 44,49 46,88 37,09 46,47 22,11 44,21 46,02 35,72 40,05 40,68 44,22 40,49 47,59

18,66 18,62 16,83 17,43 16,17 18,12 15,75 16,81 15,99 16,19 16,40 15,86 17,05 17,92 17,79

USD EUR USD EUR USD USD USD USD USD USD USD USD EUR GBP USD

Anil Agarwal, Kristian Heugh Anthony Srom Joanna Kwok, Mark Davids Louisa Lo Eric C. Moffett Toby Hudson Joohee An, Sol Ahn Sumit Mangal Robin Parbrook, King Fuei Lee Raymond M. Wong, Projit Chatterjee, Shou-Pin Choo Dhananjay Phadnis Pruksa Iamthongthong Oliver R. Cox, Alice Wong, Mark Davids George Gosden, Soo Nam Ng Rahul Chadha, Wei Wei Chua

CONSUMER GOODS & SERVICES SECTOR EQUITY Invesco Glbl Consmr Trnds A USD Acc DABC BNP Paribas Consumer Innovtr Cl C DABC Fidelity Global Cnsmr Inds A-Dis-EUR DABC Pictet-Premium Brands I EUR DABC BNP Paribas Smart Food I Cap DABC Invesco Asia Consumer Demand C USD Acc DABC

22,74 17,46 14,14 14,93 8,97 13,16

24,03 20,46 16,28 16,21 10,83 9,24

73,30 48,09 35,04 51,16 40,09 27,82

24,55 18,24 13,53 19,24 16,51 17,27

USD EUR EUR EUR EUR USD

Ido Cohen, Juan R. Hartsfield Geoffry V. Dailey, Pamela J. Woo Aneta Wynimko Caroline Reyl, Laurent Belloni Michael Landymore Shekhar Sambhshivan, Mike Shiao, William Yuen

ENERGY SECTOR EQUITY BGF Sustainable Energy D2 Pictet-Clean Energy I USD

DABC 16,88 DABC 16,90

22,84 21,33

64,88 56,04

17,43 20,29

USD USD

Alastair Bishop, Charlie Lilford Xavier Chollet, Christian Roessing, Manuel Losa

EQUITY MISCELLANEOUS Pictet-Water I EUR BNP Paribas Aqua C C Pictet-Nutrition I EUR

DABC 12,59 DABC 13,11 DABC 10,83

16,02 15,76 12,38

32,32 44,11 33,69

16,18 17,99 13,92

EUR EUR EUR

Louis Veilleux, Cédric Lecamp, Peter Rawlence Bruce Jenkyn-Jones, Hubert Aarts Gertjan Van der Geer, Mayssa Al Midani, Alex Howson

EUROPE EMERGING MARKETS EQUITY Schroder ISF Emerging Europe C Acc EUR

DABC 10,74

6,45

29,03

26,30

EUR

Mohsin Memon, Rollo Roscow

EUROPE EQUITY LARGE CAP DNB Fund Nordic Equities retail A BGF Continental Eurp Flex E2 EUR Candriam Eqs L Eurp Innovt R EUR Cap Allianz Europe Equity Growth IT EUR Threadneedle Pan Eurp Focus Ins Acc GBP Fidelity FAST Europe A-ACC-EUR Carmignac Pf Grande Europe F EUR Acc AXAWF Fram Switzerland A Cap EUR BSF European Opps Extension A2 EUR Fidelity European Dynamic Gr A-Dis-EUR NN (L) European Sust Eq P Cap EUR

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

17,22 16,39 15,63 15,23 15,18 14,99 14,16 13,97 13,78 13,15 12,84

46,53 52,89 34,86 43,91 28,75 18,74 34,03 22,74 44,80 18,18 40,52

17,03 18,26 14,41 17,76 14,77 15,06 14,79 12,73 17,85 15,51 15,66

EUR EUR EUR EUR GBP EUR EUR EUR EUR EUR EUR

Øyvind Fjell Giles Rothbarth Geoffroy Goenen, Antoine Hamoir Robert Hofmann, Marcus Morris-Eyton Frederic Jeanmaire Fabio Riccelli, Karoline Rosenberg Mark Denham Guillaume Robiolle, Hervé Mangin David Tovey, Christopher Sykes Fabio Riccelli, Karoline Rosenberg Pieter Schop, Oskar Tijs, Ivo Luiten, Jeroen Bos

32  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

13,15 14,06 13,16 12,51 9,90 11,77 13,12 12,28 13,57 11,87 11,45


Insights Portugal

Tudo o que precisa de saber sobre a gestão de ativos em Portugal O Insights Portugal recolhe todas as ideias sobre o negócio da gestão de ativos em Portugal: conversas entre players da indústria nacional e provedores de estratégias de cariz internacional, opiniões de reguladores e associações da indústria sobre o atual contexto, abordando ainda as tendências que vão marcar o futuro da gestão de ativos, bem como aquelas que têm vindo progressivamente a modelar a forma de se fazer negócio em Portugal

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PANORAMA BARÓMETRO

FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 RENTABILIDADE ANUAL

DADOS A 5-5-21 VOLAT. 3 ANOS

DIVISA BASE

FUNDO

SELO

S SICAV I European Eq A Acc EUR A BGF European Special Situations A2 Echiquier Positive Impact Europe A Allianz Euroland Equity Growth IT EUR Threadneedle European Sel Ins Acc GBP MFS Meridian European Value A1 EUR JPM Europe Strategic Growth C (dist) EUR Jupiter European Growth D EUR Acc MGI Eurozone Equity M1 EUR Fidelity Sustainable Euroz Eq E-Acc-EUR T. Rowe Price Eurp Eq I EUR GAM Star Continental Eurp Eq GBP Acc UBS (Lux) EF Euro Countrs Oppo (EUR) P Candriam Sst Eq EMU R € Acc Pictet-Quest Europe Sust Eqs I EUR Eleva UCITS Eleva Eurp Sel I EUR acc HSBC GIF Euroland Growth M1C BGF Euro-Markets A2 DWS Aktien Strategie Deutschland IC MFS Meridian European Research A1 EUR EdR SICAV Euro Sustainable Eq A EUR Fidelity Germany A-Dis-EUR Pictet-Europe Index P EUR JPM Euroland Equity C (dist) EUR DWS Invest II Eurp Top Div XC Janus Henderson Hrzn Euroland H2 EUR Schroder ISF EURO Equity I Acc EUR Amundi Fds Euroland Equity A EUR C CS (Lux) European Div Plus Eq EB EUR DWS Deutschland IC Fidelity European Lgr Coms Y-Dis-EUR Fidelity European Growth Y-Dis-EUR JPM Europe Equity Plus A perf (acc) EUR M&G (Lux) Eurp Strat Val CI EUR Acc AB Eurozone Eq Ptf IX Acc Invesco Sus Pan Eurp Stu Eq C Acc EUR Fidelity Iberia A-Dis-EUR Amundi Fds European Eq Val M2 EUR C AB European Eq Ptf C Acc UBS (Lux) ES Euro Countrs Inc€ Q-acc Invesco Pan European Equity A EUR Acc JPM Europe Strategic Value C (dist) EUR Fidelity Instl Eurp LargerComs R-Acc-EUR

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

10,54 12,22 10,68 12,10 12,32 11,65 11,41 11,55 10,01 11,26 9,71 11,05 11,82 10,98 10,79 10,68 12,72 9,96 8,44 9,77 8,31 9,70 8,87 9,67 8,89 8,63 8,54 7,71 8,45 10,02 7,91 9,70 7,91 8,59 7,60 10,67 7,31 7,87 7,28 8,75 6,69 8,37 6,62 7,44 6,31 9,11 5,57 6,48 5,26 7,09 5,25 8,44 5,06 7,55 4,92 5,19 4,76 8,88 4,55 6,40 4,40 6,49 4,37 6,03 4,03 5,95 2,87 8,51 2,79 4,78 2,61 4,08 1,82 6,77 1,65 5,76 1,47 4,17 0,92 3,68 -0,64 3,97 -1,53

23,91 14,67 EUR Ben Ritchie, Jonathan Allison, Sanjeet Mangat 34,82 16,14 EUR Stefan Gries 27,80 14,69 EUR Adrien Bommelaer, Luc Olivier 39,54 18,95 EUR Andreas Hildebrand, Darina Valkova 30,20 16,21 GBP Benjamin Moore 27,60 14,65 EUR Florence Taj, Gabrielle G. Gourgey, Benjamin Tingling 33,60 15,80 EUR Ben Stapley, Michael Barakos 19,82 14,55 EUR Mark Heslop, Mark Nichols 37,99 17,16 EUR 33,56 17,42 EUR Vincent Durel 30,61 15,48 EUR Dean Tenerelli 43,78 17,69 GBP Nial Gallagher 37,05 16,59 EUR Jeremy Leung, Maximilian Anderl 35,92 18,75 EUR Geoffroy Goenen, Laurent Milliat 25,42 16,92 EUR Laurent Nguyen 35,97 18,33 EUR Eric Bendahan 35,81 18,45 EUR Patrick Gautier, Abderrahman Belcaid 42,79 19,56 EUR Andreas Zoellinger, Tom Joy 47,02 25,58 EUR Tim Albrecht, Hansjörg Pack 21,75 14,79 EUR Gabrielle G. Gourgey 32,01 16,45 EUR Marc Halperin, Jean-Philippe Desmartin 30,72 19,75 EUR Christian Von Engelbrechten 30,12 16,89 EUR Jean−Michel Piuz, Roland Riat 43,69 21,30 EUR Zenah Shuhaiber, Philippa Clough, Richard Webb 21,47 15,84 EUR Stephan Werner, Marc Althaus 38,55 21,78 EUR Nick Sheridan 34,67 20,73 EUR Martin Skanberg 38,32 20,87 EUR Fabio Di Giansante, Lorenzo Angelini 16,07 14,14 EUR Felix Maag, Nicola Nolè 43,43 25,49 EUR Christoph Ohme, Tim Albrecht 23,82 18,56 EUR Matt Siddle, Helen Powell 23,70 18,46 EUR Matt Siddle, Helen Powell 29,65 19,31 EUR Nicholas Horne, Ben Stapley, Michael Barakos 35,50 21,63 EUR Richard Halle 37,36 21,73 EUR Tawhid Ali, Andrew Birse 23,93 16,11 EUR Alexander Uhlmann, Thorsten Paarmann 22,72 18,77 EUR Karoline Rosenberg, Mac Elatab 44,66 25,10 EUR Andreas Wosol, Roberto Campani 31,31 20,70 EUR Tawhid Ali, Andrew Birse 22,78 15,74 EUR Ian Paczek, Patrick Zimmermann, Urs Räbsamen 33,90 22,66 EUR Tim Marshall, John Surplice, Martin Walker 38,89 24,03 EUR Ian Butler, Thomas Buckingham, Michael Barakos 24,85 EUR Matt Siddle, Helen Powell

EUROPE EQUITY MID/SMALL CAP Threadneedle (Lux) Pan Eurp SmCpOpps ZE Candriam Eqs L Europe S&M Cp C EUR Cap Echiquier Agenor SRI Mid Cap Eurp A T. Rowe Price Eurp Smlr Cm Eq I EUR Oddo BHF Avenir Europe CR-EUR MFS Meridian European Smlr Coms A1 EUR BNP Paribas Europe Small Cap I C Oddo BHF Avenir Euro CR-EUR BPI Portugal FIAA

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

14,61 13,61 13,54 14,96 11,48 8,38 9,29 10,89 2,80

14,37 14,10 12,21 12,00 9,61 8,54 8,16 8,01 0,06

44,89 49,33 28,13 57,19 34,82 28,56 35,06 36,16 24,47

19,26 19,44 15,02 20,76 17,80 17,54 19,84 19,52 18,78

EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR

Philip Dicken, Mine Tezgul Geoffroy Goenen, Christian Solé José Berros, Guillaume Puech, Stéphanie Bobtcheff Ben Griffiths Pascal Riegis, Sébastien Maillard, Grégory Deschamps Sandeep Mehta, Peter F. Fruzzetti Fiona Wills, Damien Kohler Pascal Riegis, Sébastien Maillard, Grégory Deschamps Pedro Maruny

FINANCIALS SECTOR EQUITY Jupiter Financial Innovt D GBP Acc

DABC 14,56

14,18

39,24

21,87

GBP

Guy de Blonay

GLOBAL EMERGING MARKETS EQUITY Nordea 1 - Emerging Stars Equity BI EUR JPM Emerging Markets Equity A (dist) USD Threadneedle Global EM Eq Ins Acc GBP Capital Group New World (LUX) Z Wellington EM Development D USD Acc UnH Candriam Sst Eq Em Mkts R € Acc Fidelity Em Mkts Y-DIST-USD

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

15,16 14,31 14,23 13,15 12,85 12,31 12,24

46,29 43,75 51,47 39,66 48,05 50,94 49,07

17,86 17,53 20,04 15,89 17,72 17,30 17,90

EUR USD GBP USD USD EUR USD

Juliana Hansveden, Emily Leveille Leon Eidelman, Austin Forey Dara J. White Jonathan Knowles, Nicholas J. Grace, Akira Shiraishi Daire T. Dunne, Simon Charles Henry Philip Screve, Mohamed Lamine Saidi, Jan Boudewijns Nick Price, Amit Goel

34  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

5 ANOS

16,58 15,68 12,65 13,19 15,12 15,40 13,54

3 ANOS

1 ANO

GESTOR


OS SEUS INVESTIMENTOS ESTÃO A FAZER A DIFERENÇA? JANUS HENDERSON HORIZON GLOBAL SUSTAINABLE EQUITY FUND Invista com impacto positivo Três décadas de experiência em investimento sustentável Seleção de empresas inovadoras à procura de respostas para desafios ambientais e sociais Redução da pegada de carbono Abordagem consistente que tem proporcionado um retorno mais de 10% acima do índice de referência desde o lançamento* *Informação válida no final de janeiro de 2021. O desempenho apresentado é líquido de comissões. O fundo foi lançado a 29/05/2019. O índice de referência é o MSCI World index.

janushenderson.com/pt/gse

Apenas para profissionais. Documento para fins promocionais. Capital em risco. Nada no presente anúncio deve ser interpretado como aconselhamento. O presente anúncio não é uma recomendação de venda, compra ou de um investimento. Leia toda a documentação do organismo de investimento antes de investir. O Janus Henderson Horizon Fund (o “Fundo”) é uma SICAV luxemburguesa constituída a 30 de maio de 1985, gerida pela Henderson Management S.A. Emitido na Europa pela Janus Henderson Investors. Janus Henderson Investors é o nome sob o qual são fornecidos produtos e serviços de investimento pela Henderson Global Investors Limited (n.º reg. 906355) (registada em Inglaterra e País de Gales em 201 Bishopsgate, London EC2M 3AE e regulada pela Financial Conduct Authority) e pela Henderson Management S.A. (n.º reg. B22848 em 2 Rue de Bitbourg, L-1273, Luxemburgo e regulada pela Commission de Surveillance du Secteur Financier). Janus Henderson, Janus e Henderson são marcas comerciais da Janus Henderson Group plc ou de uma das suas subsidiárias. © Janus Henderson Group plc. CCAT_2055/0421


PANORAMA BARÓMETRO

FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 RENTABILIDADE ANUAL

FUNDO

SELO

Capital Group Em Mkts Gr (LUX) Z ells Fargo (Lux) WF EM Eq I EUR Acc W Schroder ISF Em Mkts I Acc USD GS Emerging Markets Eq Base Acc USD Federated Hermes Glb Em Mkts R EUR Acc Vontobel mtx Sust EmMkts Ldrs I USD JPM Em Mkts Small Cap A (acc) perf USD GS EM CORE Eq I Acc USD Close

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

GLOBAL EQUITY LARGE CAP GS Global Millennials Eq I Acc USD DPAM INVEST B Eqs NewGems Sust W Cap MS INVF Global Opportunity Z Schroder ISF Glb Clmt Chg Eq I Acc USD AMP Capital Global Companies I USD Acc CPR Invest Glbl Dsrpt Opp R EUR Acc Robeco Global Consumer Trends D € Seilern World Growth CHF H R Threadneedle (Lux) Global Focus ZU AB SICAV I Stbl Gl Tmtc PtflAXXUSDAcc Allianz Thematica WT4 EUR Capital Group New Pers (LUX) ZL Fundsmith Equity T Acc UBAM 30 Global Leaders Equity AHC USD Pictet - Global Envir Opps I EUR Fundsmith Equity T EUR Acc Pictet-Security I USD Legg Mason MC Glb L-T Uncons A USD Acc Vontobel Clean Technology B EUR NSF SICAV Wealth Defender Glbl Eq I USD Caixa Ações Líderes Globais FIMAA MS INVF Global Quality Z Pictet-Global Megatrend Sel I EUR MGI Global Equity M-7 € Acc Mirabaud Sustainable Glbl Fcs A USD Acc Fidelity Glb Dmgrphcs Y-Acc-USD BNY Mellon Long-Term Glbl Eq USD C Acc Fidelity Global Focus E-Acc-EUR Candriam Eqs L Glbl Demography C EUR Cap MS INVF Global Brands A Pictet SmartCity I EUR Fidelity World Y-Dis-EUR Ninety One GSF Glb Qual Eq Inc IX Inc $ Mercer Sustainable Glbl Eq M-2$ BPI Ações Mundiais FIAA BPI GIF Opportunities R JPM Global Focus D (acc) EUR Templeton Glb Climate Change A(Ydis)EUR Fidelity Global Dividend Y-Acc-USD MFS Meridian Global Equity A1 USD AXA Rosenberg Glb Eq Alpha A USD Acc M&G (Lux) Glb Dividend CI EUR Acc NB Momentum Sustentável FIMAA GS Global CORE Eq I Inc USD Snap Mirabaud Sust Glbl Hi Div A USD Acc BL-Equities Dividend B EUR BNY Mellon Global Equity Inc USD C Inc UBS (Lux) ES L/T Thms $EUR H P CS (Lux) Global Div Plus Eq EB USD DWS Invest Top Dividend IC Templeton Growth (Euro) I(acc)EUR

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

22,51 20,84 25,01 19,62 20,32 16,67 17,54 17,95 17,03 16,73 15,01 15,85 16,15 14,53 13,73 16,48 13,39 13,29 14,60 14,26 13,89 14,17 13,17 13,79 12,66 12,41 10,21 14,60 9,76 12,29 12,59 12,51 10,26 8,89 9,73 10,88 11,05 10,75 12,01 8,61 7,94 8,40 11,25 7,85 5,20 5,59

GLOBAL EQUITY MID/SMALL CAP BNP Paribas Energy Transition C C Nordea 1 - Global Climate & Envir BI EUR

DABC DABC

36  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

VOLAT. 3 ANOS

DIVISA BASE

36,98 38,20 42,49 43,89 37,90 28,02 44,85 45,31

16,77 17,66 17,58 17,36 18,17 15,73 18,30 16,81

USD EUR USD USD EUR USD USD USD

28,77 25,15 24,64 23,50 22,83 22,54 21,99 21,38 21,07 20,43 20,11 19,45 18,48 18,37 17,97 17,97 17,85 17,50 17,46 17,40 16,40 16,11 15,99 15,63 15,46 15,25 15,22 15,07 14,89 14,84 14,70 14,61 14,59 13,99 13,96 13,70 13,45 11,70 11,57 10,90 10,88 10,82 10,78 10,29 10,00 9,99 9,92 9,91 8,40 6,67 3,68

56,87 43,46 46,41 63,73 35,85 44,32 38,90 36,69 28,45 42,09 37,96 42,52 27,31 26,01 37,90 25,22 31,75 27,65 48,89 24,92 31,09 18,27 35,93 39,12 26,86 32,57 23,60 37,78 34,35 13,55 27,87 37,17 18,75 35,53 22,56 24,08 37,75 47,38 17,06 23,71 31,97 33,37 30,62 35,43 19,70 11,42 18,50 47,92 16,12 10,51 23,70

16,74 USD Nathan Lin, Alexis Deladerrière, Laura Destribats 16,55 EUR Alexander Roose, Dries Dury, Quirien Lemey, Tom Demaecker 18,08 EUR Kristian Heugh 17,60 USD Simon Webber, Isabella Hervey-Bathurst 15,34 USD Neil Mitchell, Andy Gardner, David Naughtin, Simon Steele 19,93 EUR Wesley Lebeau, Estelle Ménard 15,32 EUR Richard Speetjens, Jack Neele 16,75 CHF Marco Lo Blanco, Michael Faherty 14,59 USD Dave Dudding 16,11 USD Daniel Charles Roarty 15,83 EUR Andreas Fruschki, Gunnar Miller 16,64 USD Jonathan Knowles, Brady L. Enright, Noriko H. Chen 14,46 GBP Terry Smith 15,15 USD Martin Moeller, Fares Benouari 16,85 EUR Gabriel Micheli, Luciano Diana, Yi Du 13,93 EUR Terry Smith 17,25 USD Yves Kramer, Alexandre Mouthon, Rachele Beata 13,55 USD Zehrid Osmani, Yulia Hofstede 17,64 EUR Pascal Dudle, Stephan Eugster 15,11 USD — 14,54 EUR — 14,54 EUR Christian Derold, Bruno Paulson, Vladimir A. Demine 16,77 EUR Hans Peter Portner 16,31 EUR 14,25 USD Anu Narula, Paul Middleton 13,79 USD Aneta Wynimko, Alex Gold, Oliver Hextall 14,77 USD — 15,51 EUR Amit Lodha 15,89 EUR Allan Foll, Theany BAZET 13,94 EUR Bruno Paulson, Vladimir A. Demine, Nathan Wong 15,97 EUR Ivo Weinoehrl, Andreas Kringlen, Benjamin Lerner 17,30 EUR Jamie Peter Harvey, Jeremy Philip Elliot Podger 13,66 USD Clyde Rossouw, Abrie Pretorius 14,34 USD 15,27 EUR Rui Araújo 15,20 EUR Rui Araújo 18,21 EUR Rajesh Tanna, Timothy Woodhouse, Helge Skibeli 18,63 EUR Maarten Bloemen, Craig Cameron, Tina M. Sadler 12,31 USD Daniel Roberts 21,02 USD Roger M. Morley, Ryan P. McAllister 17,85 USD — 22,48 EUR Stuart Rhodes 15,12 EUR Fatima Só 18,45 USD Len Ioffe, Osman Ali, James Park, Takashi Suwabe 14,40 USD Anu Narula, Paul Middleton 10,58 EUR Jérémie Fastnacht, Guy Wagner 15,43 USD Jonathan Bell, Paul Flood, Ilga Haubelt, Robert Hay 19,78 EUR Joseph R. Elegante, Alix Foulonneau, Bruno Bertocci 14,28 USD Felix Maag, Aude Scheuer 12,56 EUR Thomas Schüssler, Stephan Werner 16,65 EUR Peter M. Moeschter, Herbert J. Arnett, Warren Pustam

27,59 19,78

184,70 49,66

38,79 18,14

5 ANOS

3 ANOS

13,62 12,94 15,06 13,58 13,76 15,08 10,93 12,64

11,57 11,20 11,18 10,81 10,06 8,85 8,68 8,16

18,21 18,10

DADOS A 5-5-21

1 ANO

EUR EUR

GESTOR

Victor D. Kohn, Chapman Taylor, Eu-Gene Cheah Jerry Zhang, Derrick Irwin, Richard Peck Robert Davy, Tom Wilson Basak Yavuz, Hiren Dasani Gary Greenberg Roger Merz, Thomas Schaffner Amit Mehta, Austin Forey Len Ioffe, Osman Ali, Dennis Walsh, James Park

Ulrik Fugmann Thomas Sørensen, Henning Padberg


Mercados emergentes: Lidar com os líderes • MS INVF Emerging Leaders Equity Fund investe em líderes de

mercado que tiram proveito do crescimento nos mercados emergentes.

• No cerne da estratégia encontra-se uma focalização disciplinada em

ideias e temáticas de crescimento a longo prazo.

• A integração de fatores ambientais, sociais e de governança tem

estado, desde o início, no centro do processo de investimento.

Desempenho do investimento (% líquido de comissões) em USD RETORNOS ANUALIZADOS (%)

RETORNOS ANO CIVIL (%)

YTD

1 ANO

3 ANOS

5 ANOS

LANÇA

2020

2019

2018

2017

2016

Ações Classe Z

-2,57

91,33

19,46

16,21

10,02

58,88

26,14

-12,78

26,73

2,53

MSCI Emerging Markets (Net) Index

2,29

58,39

6,48

12,07

6,02

18,31

18,42

-14,57

37,28

11,19

Dados em 31 de Março de 2021. O desempenho passado não é um indicador fiável dos resultados futuros. Os retornos tanto podem aumentar como baixar devido às flutuações cambiais. Todos os dados de desempenho são calculados entre valores líquidos do ativo (VLA a VLA), líquidos de encargos, e não contemplam as comissões e os custos incorridos com a emissão e resgate de unidades de participação. A fonte de todos os dados de desempenho e do Índice é a Morgan Stanley Investment Management.

www.morganstanley.com/im PARA USO EXCLUSIVO DE CLIENTES PROFISSIONAIS EMEA: Esta comunicação de marketing foi emitida pela MSIM Fund Management (Ireland) Limited. A MSIM Fund Management (Ireland) Limited é regulada pelo Banco Central da Irlanda. A MSIM Fund Management (Ireland) Limited foi constituída na Irlanda como sociedade de direito irlandês conhecida por “private company limited by shares” com o número de registo comercial 616661 e com sede social em The Observatory, 7-11 Sir John Rogerson’s Quay, Dublin 2, D02 VC42, Irlanda. © 2021 Morgan Stanley. Todos os direitos reservados.

CRC 3450301 Cad. 28/02/2022 10016973


PANORAMA BARÓMETRO

FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO

RENTABILIDADE ANUAL

SELO

5 ANOS

3 ANOS

1 ANO

DADOS A 5-5-21 VOLAT. 3 ANOS

DIVISA BASE

GESTOR

BNP Paribas Climate Impact I C anguard Global Small-Cap Idx USD Acc V

19,24 55,03 17,76 EUR Bruce Jenkyn-Jones, Jon Forster DABC 16,15 DABC 12,62 12,51 50,89 21,65 USD —

GREATER CHINA EQUITY Allianz China A Shares AT USD JPM China A (dist) USD AS SICAV I China A Share Eq I Acc USD BNP Paribas China Eq Cl C UBS (Lux) EF Greater China (USD) Q Schroder ISF China Opps I Acc USD UBS (Lux) EF China Oppo(USD) Q USD acc Fidelity China Consumer Y-Acc-USD

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

24,67 23,61 23,61 20,42 22,05 19,24 20,50 16,52

HEALTHCARE SECTOR EQUITY Polar Capital Biotech S Inc JPM Global Healthcare C (acc) USD AB International HC AX USD Acc BGF World Healthscience A2 Candriam Eqs L Biotech R USD Cap NN (L) Health Care X Cap USD Candriam Eqs L Onclgy Impct I USD Cap

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

20,96 21,98 12,07 17,51 13,32 16,28 12,00 15,93 12,28 14,06 9,98 13,84

INDIA EQUITY Schroder ISF Indian Opports C Acc USD Franklin India I(acc)USD

DABC 10,44 DABC 8,02

7,97 32,50 22,71 USD — 4,52 38,82 24,46 USD Sukumar Rajah

INFRASTRUCTURE SECTOR EQUITY DWS Invest Global Infras FC LM ClearBridge Infras Val PR EUR Acc Lazard Global Lstd Infras Eq A Acc EUR H

DABC DABC DABC

9,97 9,46 3,44

JAPAN EQUITY JPM Japan Equity A (dist) USD T. Rowe Price Japanese Equity I EUR Threadneedle Japan Ins Acc GBP Jupiter Japan Select D USD Acc GS Japan Equity Base Acc JPY Invesco Japanese Eq Adv A JPY Acc Pictet-Japanese Equity Opps PJPY Vanguard Jpn Stk Idx $ Acc AS SICAV I Jpn SmlrComs X Acc JPY Schroder ISF Japanese Eq I Acc JPY Janus Henderson Hrzn Jpn Smr Coms A2 USD AS SICAV I Japanese Eq X Acc JPY

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

LATIN AMERICA EQUITY DWS Invest Brazilian Equities LC DWS Invest Latin American Eqs NC

DABC 17,03 14,40 53,80 37,86 EUR — DABC 9,81 7,21 46,43 31,93 EUR —

LONG/SHORT EQUITY JPM US Hedged Equity A (acc) USD Pictet TR - Mandarin I USD Schroder GAIA Egerton Eq I Acc EUR Man GLG Innovation Eq Alt IN USD Acc Eleva UCITS Eleva Abs Ret Eurp S EUR acc Pictet TR - Atlas I EUR Janus HndrsnAbsolute Return A2 GBP Schroder GAIA Sirios US Eq E Acc EUR Hdg Pictet TR - Corto Europe I EUR

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

12,99 12,04 7,39 -0,17 3,81 2,64

10,71 10,56 9,99 8,40 6,19 5,60 2,02 1,77 1,17

9,66 14,31 29,85 4,18 9,68 13,86 4,59 11,79 4,56

8,51 7,30 13,38 6,34 4,33 3,19 6,83 11,11 3,88

USD USD EUR USD EUR EUR GBP EUR EUR

Hamilton Reiner, Raffaele Zingone Lan Wang-Simond John C. Armitage Priya Kodeeswaran Eric Bendahan Matthieu Fleck Luke Newman, Benjamin Wallace John F. Brennan Phillipe Sarreau

NATURAL RESOURCES SECTOR EQUITY BGF World Mining D2

DABC 17,09

18,00

67,92

25,35

USD

Olivia Markham, Evy Hambro

PRECIOUS METALS SECTOR EQUITY BGF World Gold A2

DABC

3,59

14,36

-3,48

33,01

USD

Thomas Holl, Evy Hambro

REAL ESTATE SECTOR EQUITY Janus Henderson Hrzn GlblPtyEqsA2USD Janus Henderson Hrzn PanEurpPtyEqs A2EUR MS INVF Global Property I

DABC DABC DABC

7,67 8,32 1,67

11,26 8,42 1,57

21,84 25,02 18,89

17,12 19,35 21,46

USD EUR EUR

Guy Barnard, Tim Gibson, Greg Kuhl Guy Barnard, Nicolas Scherf Desmond Foong, Laurel Durkay, Michiel te Paske

TECHNOLOGY SECTOR EQUITY Allianz Global Artfcl Intlgc WT4 EUR

DABC

38,18

89,37

25,35

EUR

Sebastian Thomas

38  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

6,44 6,62 5,99

27,83 23,30 20,97 18,19 17,13 15,17 15,05 11,64

11,67 11,45 13,63 10,70 12,01 10,41 10,52 8,09 8,69 7,55 9,56 5,99 9,14 5,81 7,88 5,49 9,15 5,49 9,19 5,09 9,19 4,87 5,92 4,64

53,26 52,36 45,58 37,88 24,27 40,93 18,11 32,59

21,16 21,03 19,42 17,97 18,02 18,60 17,07 17,94

USD USD USD USD USD USD USD USD

Anthony Wong, Chao-Yang Sunny Chung Howard Wang, Rebecca Jiang Nicholas Yeo David Choa, Maxwell Yang Denise Cheung, Morris Wu, Bin Shi Louisa Lo Denise Cheung, Morris Wu, Bin Shi Raymond Ma, Hyomi Jie

33,09 21,84 15,80 15,34 13,56 13,49 8,85 13,99 7,06 20,54 8,48 12,87 17,08

USD USD USD EUR USD USD USD

David Pinniger, Gareth Powell Anne Marden, Laurence McGrath, Matthew G. Cohen Vinay Thapar, John H. Fogarty Erin Xie Rudi Van den Eynde, Servaas Michielssens Jeff Meys, Tjeerd van Cappelle, Anastasia Naymushina Rudi Van den Eynde, Servaas Michielssens

6,94 16,73 12,43

14,79 15,27 13,91

EUR EUR EUR

Manoj H. Patel, Francis X. Greywitt Nick Langley, Charles Hamieh, Shane Hurst John Mulquiney, Warryn Robertson, Bertrand Cliquet,

24,74 23,65 26,20 22,76 22,60 19,51 26,69 18,65 18,43 20,05 22,43 15,00

18,29 USD Nicholas Weindling, Shoichi Mizusawa, Miyako Urabe 17,43 EUR Archibald A. Ciganer 16,40 GBP Daisuke Nomoto 15,88 USD Dan Carter, Mitesh Patel 14,51 Yen Ichiro Kosuge 16,13 Yen Tadao Minaguchi 15,71 Yen Adrian Hickey 14,29 USD — 17,07 Yen Hisashi Arakawa 14,75 Yen Kazuhiro Toyoda 17,74 USD Yun Young Lee 15,97 Yen Chern-Yeh Kwok


FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO

RENTABILIDADE ANUAL

SELO

5 ANOS

PM US Technology A (dist) USD J BGF World Technology A2 Fidelity Global Technology Y-Dis-EUR Franklin Technology W Acc USD Threadneedle (Lux) Global Tech AU USD Polar Capital Global Tech Inc Janus Henderson Glb Tech&Inno A2 USD BNP Paribas Disrpt Tech Cl D Pictet - Robotics I EUR Janus Henderson Hrzn GlbTechLdrs H2USD AXAWF Framlington Dgtl Ecoy I Cap EURHdg JPM Europe Dynamic Techs Fd C (dist) EUR AXAWF Fram Robotech I Cap USD Pictet-Digital PUSD EdRF Big Data N EUR BGF Next Generation Technology I2 Echiquier Artificial Intelligence B EUR

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

UK EQUITY LARGE CAP Ninety One GSF UK Alpha IX Inc GBP

DABC

3 ANOS

35,23 37,39 35,11 35,92 29,97 33,04 30,47 32,51 27,87 31,08 30,28 28,96 28,39 28,83 25,57 26,70 25,17 26,20 26,37 25,66 24,11 22,44 22,77 21,38 18,88 17,95 19,12 17,50

DADOS A 5-5-21 VOLAT. 3 ANOS

DIVISA BASE

63,78 23,98 61,86 21,42 56,05 19,37 53,64 20,18 63,59 23,29 39,98 17,85 43,21 18,33 40,11 18,82 50,44 21,55 44,37 18,34 59,85 21,19 60,18 20,47 44,09 20,60 38,66 16,16 49,66 19,70 92,78 56,59

USD USD EUR USD USD USD USD EUR EUR USD EUR EUR USD USD EUR USD EUR

Joseph Wilson, Timothy RV Parton Tony Kim HyunHo Sohn Jonathan Curtis, Matthew Cioppa, Dan Searle Paul H. Wick Ben Rogoff, Nick Evans, Fatima Lu Denny Fish Pamela J. Woo, Pamela Hegarty John Gladwyn, Peter Lingen Graeme Clark, Richard Clode, Alison Porter Tom Riley, Jeremy Gleeson Jonathan Ingram, John Baker, Alex Whyte Tom Riley, Jeremy Gleeson Sylvie Sejournet, Olivier Djopwouo, Stanislas Effront Xiadong Bao, Jacques-Aurélien Marcireau Tony Kim Rolando Grandi

19,80

GBP

Simon Brazier

1 ANO

4,39

4,05

US EQUITY LARGE CAP BLEND Wells Fargo (Lux) WF USAllCpGr I USD Acc DABC Franklin US Opportunities W(acc)USD DABC Ninety One GSF American Fran A Inc USD DABC JPM US Select Equity A (acc) USD DABC BL-Equities America B USD DABC Schroder ISF US Large Cap I Acc USD DABC Amundi IS MSCI North America IE-C DABC Vanguard U.S. 500 Stk Idx $ Acc DABC Pictet-USA Index P USD DABC AXA Rosenberg US Enh Idx Eq Alp A $ Acc DABC T. Rowe Price US Eq I USD DABC Neuberger Berman US MltCp Opps USD1 IAcc DABC GS US CORE Equity Base Acc USD Snap DABC NN (L) US Enh Cr Concntr Eq P Cap USD DABC Polar Capital North American S DABC Capital Group Inv Co of Amer(LUX) Z DABC

23,02 20,59 18,24 16,10 15,03 16,28 15,51 15,48 15,14 15,04 14,33 14,94 14,80 13,54 14,62 12,05

26,36 23,56 20,28 19,01 18,68 18,46 18,36 18,03 17,69 17,54 16,63 15,50 15,13 15,12 14,93 13,60

43,24 35,68 28,37 33,58 28,35 37,77 34,55 32,10 31,59 32,45 31,60 35,96 33,23 29,74 43,86 27,46

21,10 USD Joseph M. Eberhardy, Robert Gruendyke 18,88 USD Sara Araghi, Grant Bowers 15,51 USD Paul Vincent 17,84 USD Steven G. Lee, Scott Davis 17,25 USD Luc Bauler, Henrik Blohm 17,44 USD Frank Thormann 17,98 EUR Arnaud Choblet 17,37 USD — 17,31 USD David Billaux, Stéphane Cornet 17,36 USD — 16,41 USD Jeffrey Rottinghaus 19,41 USD Richard S. Nackenson 17,65 USD Len Ioffe, Osman Ali, Dennis Walsh 18,09 USD Vincent J. Costa 20,90 USD Andrew Holliman, Richard Wilson 16,06 USD Joyce E. Gordon, James B. Lovelace, Grant L. Cambridge

US EQUITY LARGE CAP GROWTH MS INVF US Growth I DABC MS INVF US Advantage I DABC Brown Advisory US Sust Gr USD C Acc DABC Wells Fargo (Lux) WF USLrgCpGr IEUR Acc DABC T. Rowe Price US Lg Cap Gr Eq I USD DABC AB American Gr Ptf C Acc DABC AB Sustainable US Tmtc A USD DABC Brown Advisory US Equity Growth $ P Acc DABC Amundi Fds Pinr US EqFdm Gr A EUR C DABC Legg Mason CB US Eq Sust Ldrs PR EURHAcc DABC Legg Mason CB US Lg Cp Gr X USD Acc DABC Vontobel US Equity I USD DABC

32,90 25,42 22,19 23,71 19,65 20,02 18,32 16,45 17,94 18,44 16,15

38,46 30,35 26,93 24,39 24,07 23,20 22,90 22,57 21,07 21,05 20,87 18,73

71,35 52,48 33,08 29,56 39,00 30,35 38,55 26,33 30,89 49,50 31,99 26,95

24,72 20,18 16,30 17,52 17,97 15,43 16,99 17,19 16,59 17,00 17,65 16,29

US EQUITY LARGE CAP VALUE AXA Rosenberg US Equity Alpha A USD Acc DWS Invest CROCI US Dividends USD LC JPM US Value A (dist) GBP MFS Meridian US Value A1 USD NN (L) US High Dividend P Cap USD Robeco BP US Premium Equities IH € Fidelity America A-Dis-USD

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

13,64 15,24 34,78 13,24 13,63 27,14 10,33 11,59 31,84 8,87 10,73 24,79 9,90 10,03 22,17 10,32 8,42 50,28 7,33 8,24 33,46

18,93 USD — 20,87 USD Julien Boulliat, Shinil Balakrishnan 20,23 GBP Andrew Brandon, Clare A. Hart, David Silberman 18,05 USD Nevin P. Chitkara, Steven R. Gorham 17,09 USD — 22,29 EUR Duilio R. Ramallo 17,85 USD Angel Agudo, Ashish Bhardwaj

US EQUITY SMALL CAP Alger Small Cap Focus I US T. Rowe Price US Smlr Cm Eq Q USD Legg Mason RY US SmCp Opp X USD Acc BNP Paribas US Small Cap Classic R JPM US Smaller Companies A (dist) USD

DABC DABC DABC DABC DABC

24,47 19,72 31,39 23,73 22,42

26,35 19,09 18,15 14,99 13,61

26,65 22,84 18,22 15,46 13,80

36,24 46,29 95,74 53,95 47,49

17,59

GESTOR

EUR EUR USD EUR USD USD USD USD EUR EUR USD USD

USD USD USD USD USD

Alexander T. Norton, Jason C. Yeung, Armistead B. Nash Alexander T. Norton, Jason C. Yeung, Armistead B. Nash David B. Powell, Karina Funk Michael T. Smith, Christopher J. Warner Taymour R. Tamaddon Vinay Thapar, Frank V. Caruso, John H. Fogarty Daniel Charles Roarty Kenneth M. Stuzin Andrew Acheson, Paul Cloonan Mary Jane McQuillen, Derek J. Deutsch Peter Bourbeau, Margaret B. Vitrano Matthew Benkendorf, Chul Chang, Edwin Walczak

Amy Y. Zhang Curt J Organt James J. Harvey, James P. Stoeffel, Boniface A. Zaino Geoffry V. Dailey, Pamela J. Woo Don San Jose, Daniel J. Percella, Jon Brachle

MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 39


PANORAMA BARÓMETRO

FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO

RENTABILIDADE ANUAL

SELO

5 ANOS

3 ANOS

1 ANO

DADOS A 5-5-21 VOLAT. 3 ANOS

DIVISA BASE

GESTOR

CONVERTIBLES Lazard Convertible Global PC EUR Schroder ISF Glb Convert Bd C Acc USD JPM Global Convert (EUR) D (acc) EUR BNP Paribas Europe Sm Cp CnvrtI C

DABC DABC DABC DABC

13,55 8,04 7,57 4,32

13,87 10,83 10,01 3,45

28,64 17,79 39,23 19,21

10,51 8,14 12,71 7,60

EUR USD EUR EUR

Arnaud Brillois Peter Reinmuth, Chris Richards Paul Levene, Hart Woodson Caroline de Bourleuf, Eric Bouthillier

COMMODITIES BROAD BASKET PIMCO GIS Cmdty Real Ret Instl USD Acc

DABC

3,22

4,17

47,10

15,40

USD

Mihir P. Worah, Lorenzo Pagani, Greg E. Sharenow

COMMODITIES SPECIFIED Ofi Fincl Inv Precious Metals I

DABC

8,93

15,76

32,26

15,50

EUR

Benjamin Louvet, Olivier Daguin

ALTERNATIVE MISCELLANEOUS BSF Global Event Driven Z2 USD Candriam Risk Arbitrage C

DABC DABC

5,68 0,54

8,70 0,46

2,80 2,59

7,54 1,98

USD EUR

Mark McKenna Stéphane Dieudonne, Fabienne CRETIN-FUMERON

GLOBAL MACRO JPM Global Macro D (acc) USD JPM Global Macro Opps A (acc) EUR Eurizon Absolute Prudent R Acc

DABC DABC DABC

2,40 3,97 0,43

3,06 3,05 0,70

-2,75 11,76 0,28

6,49 5,13 1,83

USD EUR EUR

Shrenick Shah, Josh Berelowitz, Benoit Lanctot Shrenick Shah, Josh Berelowitz, Benoit Lanctot Roberto Bianchi

MARKET NEUTRAL Aegon Global Eq Mkts Netrl EURH C Acc MW Systematic Alpha UCITS B USD BSF European Absolute Return D2 EUR Man GLG Alpha Select Alt ILH EUR Acc Pictet TR - Agora I EUR BMO Real Estate Eq Mkt Netrl B Acc EUR DCI Market Netrl Crdt UCITS A Fndr USD BSF Americas Div Eq Abs Ret D2 EUR H

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

3,59 2,33 5,90 3,96 2,23 1,99 -0,37

5,91 16,39 4,83 -1,19 4,49 2,74 4,07 2,96 3,13 5,14 2,53 2,00 2,23 -10,72 -2,10 -3,25

5,70 EUR David Pringle 7,27 USD 4,42 EUR David Tovey, Stefan Gries 3,41 EUR Charles Long, Nick Judge 5,76 EUR Elif Aktug, Vincent Ijaouane 2,41 EUR Alban Lhonneur, Marcus Phayre-Mudge 6,22 USD 6,02 EUR Travis Cooke, Raffaele Savi

MULTIALTERNATIVE NN (L) Alternative Beta I Cap USD Nordea 1 - Alpha 10 MA BP EUR Franklin K2 Alt Strats I(acc)EUR-H1 Neuberger Bm Uncrltd Strats GBP I5 Acc Pictet TR - Div Alpha I EUR

DABC DABC DABC DABC DABC

5,71 3,68 2,57 1,92

7,67 3,23 2,29 1,16 1,01

6,44 6,54 6,09 6,38 3,56

AGGRESSIVE ALLOCATION Allianz Dyn MltAst Stgy SRI75 I EUR MFS Meridian Prudent Wealth I1 USD Barclays GlobalBeta Port 5 A Acc GBP BSF Managed Index Port Growth A2 EUR Barclays GlobalBeta Port 4 A Acc GBP MFS Meridian Prudent Capital I1 EUR First Eagle Amundi International RU-C BL-Global 75 B EUR

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

10,50 8,52 8,49 8,47 7,27 6,08 5,29

ALLOCATION MISCELLANEOUS HSBC GIF Mgd Solu Asia Focsd Inc AC

DABC

CAUTIOUS ALLOCATION GS Global MA Cnsv I Acc USD Amundi Fds Global MA Cnsrv M2 EUR C Ninety One GSF Glb MA Inc I Acc USD Invest Alves Ribeiro PPR FIMA Pictet-Multi Asset Global Opps I EUR Invesco Pan European Hi Inc C EUR Acc ODDO BHF Polaris Moderate CR EUR Caixa Seleção Global Moderado FIMA JPM Global Income Cnsrv C (acc) EUR UBS (Lux) SF Yield (EUR) Q-acc Allianz Dyn MltAst Stgy SRI15 IT EUR Caixa Inv Socialmente Resp FIMA FvS - Multi Asset - Defensive IT Bankinter 25 PPR/OICVM B FIMA M&G (Lux) Optimal Income C EUR Acc Nordea 1 - Balanced Income BP EUR Allianz Strategy 15 IT EUR BPI Moderado FIAF Amundi Rendement Plus I C

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

40  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

5,65

5,02 5,11 3,85 6,24 3,51 4,59 2,79 3,31 3,79 3,28 2,93 3,15 1,51 2,11 1,61 2,50

12,03 2,23 13,44 -2,42 4,36

10,27 31,28 9,83 4,64 9,77 27,62 8,87 26,56 8,73 23,57 7,93 0,98 7,49 17,69 6,77 5,74 5,91 6,97 6,22 5,02 4,49 4,13 3,88 3,76 3,65 3,55 3,39 3,36 3,23 3,05 2,41 2,36 1,97 1,90 1,87 1,84

8,23 5,61 14,48 1,93 14,21 9,94 14,96 7,67 11,40 9,03 15,49 8,77 11,03 3,40 11,67 10,73 2,11 4,08 7,88 9,86

USD EUR EUR GBP EUR

Willem van Dommelen, Stan Verhoeven, Daan van Gemert Asbjørn Trolle Hansen, Claus Vorm, Karsten Bierre, Per Walter Anthony Zanolla, Brooks Ritchey, Robert Christian Fred Ingham, Jeffrey Majit, David Kupperman, Ian Haas Philippe de Weck, Federico Canè

13,51 EUR Cordula Bauss, Andreas de Maria Campos, 5,92 USD Edward Dearing, Barnaby M. Wiener 14,72 GBP — 13,73 EUR Stephen Walker, Christopher Downing, Rafael Iborra 13,66 GBP — 5,89 EUR David P. Cole, Edward Dearing, Barnaby M. Wiener 13,29 USD Kimball Brooker, Julien Albertini, Matthew B. McLennan 7,67 EUR Joël Reuland 7,47

USD

Denis James Gould

7,72 USD Christopher Lvoff, David Copsey, Shoqat Bunglawala 5,39 EUR Enrico Bovalini, Francesco Sandrini, Luigi Cesari 6,44 USD Jason Borbora-Sheen, John Stopford 8,87 EUR Paulo Monteiro 4,61 EUR Andrea Delitala, Marco Piersimoni 9,36 EUR Thomas H. Moore, Stephanie Butcher, Paul Read 5,08 EUR Peter Rieth 7,09 EUR — 5,51 EUR Michael Schoenhaut, Eric J. Bernbaum 8,68 EUR Roland Kramer, Sebastian Richner, Daniel Rudis 5,01 EUR Cordula Bauss, Andreas de Maria Campos 7,79 EUR — 6,75 EUR Elmar Peters 7,44 EUR Miguel Taledo de Sousa 7,29 EUR Richard Woolnough 3,29 EUR Søren Brogaard Lolle, Karsten Bierre, Caroline Henneberg 4,63 EUR Cordula Bauss, Massimiliano Pallotta, Alistair Bates 4,46 EUR Eduardo Monteiro 6,39 EUR Alexandre Burgues, Yannick Quenehen


FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO

RENTABILIDADE ANUAL

SELO

5 ANOS

3 ANOS

0,92 DABC 0,84 DABC 1,07 0,88 0,66 DABC 2,58

FLEXIBLE ALLOCATION Ninety One GSF Glb Mac Allc IX Acc USD FvS Multiple Opportunities II IT BNY Mellon Glbl Rl Ret (EUR) W Acc PIMCO GIS Dyn Mlt-Asst Instl EUR Acc DWS Concept Kaldemorgen EUR SC Epsilon Fund Enh Const Rk Contrib I€ Acc AXAWF Optimal Income E Cap EUR pf M&G (Lux) Dynamic Allocation C EUR Acc

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

MODERATE ALLOCATION Janus Henderson Balanced A2 USD T. Rowe Price Glb Alloc I USD BGF Global Allocation A2 Allianz Income and Growth I H2 EUR Carmignac Pf Patrimoine Europe A EUR Acc Acatis Gané Value Event Fonds A Capital Group Global Allc (LUX) Z Ruffer Total Return Intl I GBP Cap Jupiter Merlin Intl Bal D EUR Acc Man AHL TargetRisk D H EUR JPM Global Balanced A (acc) EUR Allianz Dyn MltAst Stgy SRI50 IT EUR Caixa Seleção Global Arrojado FIMA Fidelity Global Mlt Ast Inc A-Acc-USD Carmignac Pf Patrimoine F EUR Acc MFS Meridian Global Total Ret A2 USD FvS Multi Asset - Balanced IT UBS (Lux) SF Balanced (EUR) Q-acc JPM Global Income A (div) EUR BPI Dinâmico FIAF M&G (Lux) Income Allocation C EUR Acc Nordea 1 - Stable Return BP EUR

DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC

10,27 12,31 10,97 8,23 10,95 10,19 10,81 10,16 9,15 10,07 8,01 9,03 4,95 7,92 7,41 7,64 6,78 6,37 6,71 6,91 6,45 5,31 6,30 4,60 5,34 4,28 5,16 4,07 5,05 4,91 4,83 5,33 4,39 3,97 3,63 3,11 3,51 5,34 3,05 1,19 2,28

P

R

TNE

AR

AR

R

P

Santander Poupança Prudente FPR FIAA aixa Seleção Global Defensivo FIMA C EdRF Income Europe Ia EUR

TNE

A OPINIÃO DE DAVID OLDER Responsável de Ações e gestor de fundos, Carmignac

DADOS, UMA NOVA MATÉRIA-PRIMA Não há forma de o evitar: o Big Data está destinado a crescer. A cada minuto, são enviados 200 milhões de emails, realizadas quatro milhões de pesquisas no Google, publicados 300.000 tweets e partilhadas 2,5 milhões de publicações no Facebook. 90% dos dados totais à escala

9,27 7,12 4,19 5,88 5,00 3,84 3,34 3,97

9,93 8,88 7,57 7,11 5,35 3,24 1,91 0,86

1 ANO

3,57 4,65 9,37

DADOS A 5-5-21 VOLAT. 3 ANOS

DIVISA BASE

GESTOR

4,83 EUR Carmen Borondo 3,57 EUR — 8,61 EUR Julien de Saussure

18,73 12,07 17,40 15,00 11,11 9,43 21,57 17,81

9,67 9,02 7,27 5,47 7,11 5,65 10,31 12,91

USD EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR

Iain Cunningham, Jimmy Elliot Bert Flossbach Andrew Warwick, Suzanne Hutchins, Aron Pataki Mihir P. Worah, Geraldine Sundstrom Henning Potstada, Christoph-Arend Schmidt Maria Bruna Riccardi Stéphane Castillo-Soler, Serge Pizem Juan Nevado, Craig Moran

14,28 19,32 21,07 35,73 20,92 22,55 11,97 16,78 15,75 9,12 20,38 20,79 18,61 6,05 20,29 5,72 6,15 21,11 19,07 13,22 15,77 4,39

10,80 USD Greg J. Wilensky, Jeremiah Buckley, Michael Keough 10,52 USD Charles M. Shriver 10,38 USD Russ Koesterich, David Clayton, Rick Reider 13,67 EUR David J. Oberto, Douglas G. Forsyth, Justin M. Kass 6,89 EUR Keith Ney, Mark Denham 12,89 EUR Henrik Muhle, Uwe Rathausky 8,51 EUR Paul Flynn, Andrew A. Cormack, Tomonori Tani 9,76 GBP Jacques Hirsch, Alex Lennard 8,77 EUR Algy Smith-Maxwell, John Chatfeild-Roberts 7,91 EUR Russell Korgaonkar 9,40 EUR Katy Thorneycroft, Gareth Witcomb, Jonathan M. Cummings 9,57 EUR Cordula Bauss, Marcus Stahlhacke 10,85 EUR — 8,52 USD Eugene Peter Philalithis, George Efstathopoulos, Becky Qin 7,35 EUR Keith Ney, David Older, Rose Ouahba 11,96 USD Jonathan W. Sage, Nevin P. Chitkara, Robert Spector 8,80 Euro Elmar Peters 11,15 Euro Roland Kramer, Sebastian Richner, Daniel Rudis 9,79 Euro Michael Schoenhaut, Eric J. Bernbaum 7,22 Euro Eduardo Monteiro 11,39 Euro Steven Andrew 5,79 Euro Asbjørn Trolle Hansen, Claus Vorm, Kurt Kongsted

mundial foram criados nos últimos anos. A informação é o petróleo do século XXI e a análise é o motor de combustão. As empresas são beneficiadas através da conservação de dados: o crescimento exponencial dos dados exige uma maior necessidade de armazenamento. Os dados são armazenados em centros de dados locais ou na nuvem privada das empresas e são utilizados para melhorar a experiência do cliente, otimizar as decisões e os preços e melhorar a gestão de riscos, mediante o fomento da qualidade da Inteligência Artificial (IA). A quantidade de dados conduz à acumulação de vantagens para qualquer empresa baseada na IA a grande escala (Internet, software, pagamentos, veículos autónomos, etc.).

Na Carmignac, não só utilizamos o Big Data para obter uma visão geral das empresas e estabelecer uma opinião divergente do consenso, como também mantemos investimentos nas empresas que armazenam os dados, dado o seu ritmo de crescimento exponencial, bem como nas empresas que os utilizam para otimizar o seu negócio e melhorar a experiência do cliente. Observamos ainda um potencial por explorar, sobretudo no âmbito da saúde, onde a introdução da utilização de Big Data está destinada a melhorar drasticamente a vida dos pacientes. A nossa exposição ao Big Data abrange os centros de dados, o software e os atores da IA e representa cerca de 15% da nossa estratégia de ações globais. MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 41


PANORAMA O SETOR EM NÚMEROS

na Europa

Barómetro

JANEIRO E FEVEREIRO

por Catarina Vinagre

ESG E TEMÁTICOS DÃO IMPULSO À INDÚSTRIA EUROPEIA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO O mercado europeu de fundos de investimento mantém a sua rota de crescimento e aproxima-se a passos largos dos 12 biliões de euros.

FUNDOS INTERNACIONAIS QUE MAIS CAPTAM

(PRODUTOS EUROPEUS DISTRIBUÍDOS EM VÁRIOS PAÍSES)

EM FEVEREIRO 2021

EM AÇÕES

EM MULTIATIVOS E OUTROS

VOL.

FUNDO

VOL.

BlackRock Gl.F. Next Generation Tech. F. DABC

1.220

SPDR Bloomberg SASB US Corp. ESG UCITS ETF

4.568

JPMorgan Funds China Fund DABC

912

FUNDO PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset

VOL. 1.008

iShares China CNY Bond UCITS ETF

984

GS SI SICAV GS Q. Mod. S. on the Bl. Comm. I. T. R.

419

954

CS Wealth F. 1 CS (Lux) Credit Suisse HtC Fund

398

Morgan Stanley Asia Opportunity DABC

890

ABN AMRO F. Candriam Em. Mark.Susta. B.

BlackRock Global Funds World Tech. F. DABC

874

BlackRock Global Funds - China Bond Fund

942

Allianz Gl.Inv.F. Allianz Inc. and Growth DABC

371

Allianz Gl. Inv. F.Allianz Gl. Art. Intell. DABC

772

ABN AMRO F. Candriam Gl. Sust. High Yield B.

607

BlackRock Gl. Funds Gl. Allocation F. DABC

369

JPMorgan Funds China A-Share Opp. Fund

744

HSBC Global Government Bond Index Fund

540

BlackRock Strat. Funds Gl.Event Driven Fund

364

Xtrackers S&P 500 Equal Weight UCITS ETF

739

Algebris Financial Credit Fund

466

L&G Longer Dated All Commodities UCITS ETF

343

iShares Core MSCI EMU UCITS ETF

736

Nordea 1 Low Duration Eur. Covered B. F. DABC

414

BlackRock Global Funds ESG Multi-Asset Fund

261

iShares Core MSCI World UCITS ETF

705

L&G ESG Emerg.Mark. Corp. B. (USD) UCITS ETF

400

UBS (Lux) Key Sel. Sicav China All.Opp. (USD)

240

Nordea 1 Global Climate and Environment

659

KBC Bonds Strategic Euro Corporate Bonds

398

BlackRock Liability Sol. F. III £ Tailored F. LXVII

235

FUNDO

EM JANEIRO 2021

EM OBRIGAÇÕES

FUNDO

VOL.

FUNDO

VOL.

FUNDO

VOL.

UBS (Lux) Inst. F. Eq. Eur. (ex UK ex S.) Pas. II

1.515

BlackRock Global Funds China Bond Fund

982

PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset

UBS (Irl) ETF plcMSCI ACWI ESG U. UCITS ETF

1.269

iShares China CNY Bond UCITS ETF

853

Allianz Gl. Inv. F. Allianz Inc. and G. DABC

361

Allianz Gl. Inv. F. Allianz China A-Shares DABC

1.096

Aviva Investors Emerging Mark. Local Currency B.

416

Invesco Physical Gold ETC

344 246

532

BNP Paribas Funds Energy Transition DABC

883

Mercer Global Investments Ab. Ret. Fixed Inc.

375

Mercer Gl. Invest. Mercer Investment Fund 19

Amundi Index MSCI USA SRI (ETF)

872

HSBC GIF Global Government Bond

364

Flossbach von Storch SICAV Mult. Opport.

232

UBS (Lux) Inst.F. Eq. Eur. (ex UK ex Swit.) Passive

868

Nomura Funds Ireland Global Dynamic Bond

334

Amundi Physical Gold ETC

228

JPMorgan F. China A-Share Opp.Fund

853

BlackRock Fixed Inc. Sel. iShares Green B. I. F.

320

Amundi 12 M

184

BlackRock Gl. F. Next Gen.Tech. Fund DABC

830

Flossbach von Storch Bond Opportunities DABC

315

UBS (Lux) Key Sel. Sicav China Alloc.Opp. (USD)

176

JPMorgan Funds China Fund SELO B

827

HSBC GIF Asian High Yield Bond

310

iShares Physical Gold ETC

175

iShares Core MSCI World UCITS ETF

806

iShares $ High Yield Corporate Bond UCITS ETF

305

iShares Bloomberg Roll Sel. C. Swap UCITS ETF

165

Fonte: Broadridge FundFile e J.P. Morgan AM. Em milhões de euros.

42  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO


ESG

O investimento socialmente responsável tem-se vindo a tornar numa tendência estrutural, uma verdadeira onda verde que se espalha rapidamente pela indústria. De acordo com dados da Morningstar, atualmente um em cada quatro euros em fundos na Europa já é ESG. Uma amostra disso é o facto de cada vez encontrarmos mais fundos ESG entre os que mais captam a nível europeu. Por exemplo, no segmento das ações, o BNP Paribas Funds Energy Transition, um fundo com Selo FundsPeople 2021 pela sua classificação de Blockbuster, alcançou captações na ordem dos 883 milhões de euros em janeiro. Já em fevereiro, o Nordea 1 Global Climate and Environment obteve subscrições líquidas no valor de 659 milhões euros. Contudo, esta é uma tendência que não só se tem visto nos fundos tradicionais, como também entre os ETF. Os fundos de gestão passiva são

presença assídua entre os que mais captam, porém, nos meses de janeiro e fevereiro, destacou-se o facto de haver vários ETF ESG no Top, quer no segmento das ações, quer no das obrigações. O UBS (Irl) ETF plc - MSCI ACWI ESG Universal UCITS ETF, da UBS AM, alcançou em janeiro o segundo lugar do pódio ao conseguir um volume de captações acima de 1.200 milhões de dólares. No segundo mês do ano, o SPDR Bloomberg SASB

US Corporate ESG UCITS ETF, produto sob a alçada da State Street, conseguiu 4.568 milhões de euros em subscrições líquidas, um valor muito acima da média do conjunto.

TECNOLOGIA

Outra das tendências que se tem vindo a registar entre os fundos europeus que mais captam é a preponderância de produtos ligados à tecnologia e à inteligência artificial no segmento das ações.

DISTRIBUIÇÃO DAS CAPTAÇÕES LÍQUIDAS NA EUROPA, EM JANEIRO E FEVEREIRO MERCADO Internacional (*) Reino Unido Alemanha

OBRIGAÇÕES

AÇÕES

OUTROS

MISTOS

MONETÁRIOS

TOTAL

26.186

81.564

3.994

3.413

-67.701

47.456

2.733

-2.263

-142

-149

-11.255

-11.076

-168

992

1.757

1.219

19.395

23.195

117

2.361

1.710

566

-13.794

-9.039

Suíça

3.853

1.646

756

522

-319

6.459

Itália

-209

1.140

-478

-1.024

1.102

532

919

3.333

49

-261

-682

3.358

França

Suécia Espanha TOTAL

1.062

641

-72

432

14

2.076

34.494

89.414

7.574

4.719

-73.240

62.961

DISTRIBUIÇÃO DO PATRIMÓNIO NA EUROPA EM FEVEREIRO MERCADO Internacional (*)

OBRIGAÇÕES 1.930.468

AÇÕES 2.629.380

OUTROS 152.452

MISTOS

MONETÁRIOS

TOTAL

588.911

929.595

6.230.806

Reino Unido

281.109

893.812

42.114

199.375

130.854

1.547.264

Alemanha

125.951

223.349

162.925

182.604

14.406

709.235

França

102.114

210.117

60.994

63.170

268.133

704.527

Suíça

196.453

266.229

54.304

67.750

24.995

609.731

Itália

200.887

92.575

12.952

217.962

24.777

549.153

62.696

334.645

3.022

58.358

18.877

477.597

Suécia Espanha TOTAL

86.139

42.251

17.862

41.966

6.775

194.993

3.260.091

5.017.187

547.867

1.559.590

1.464.682

11.849.416

O MERCADO EUROPEU DE FUNDOS VALE ATUALMENTE 11,8 BILIÕES DE EUROS MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 43

*Inclui Luxemburgo e Dublin. Dados em milhões de euros

A

indústria europeia de fundos de investimento soma e segue. Após ter recuperado das quedas causadas pelo primeiro impacto da pandemia, não voltou a olhar para trás e continua a desenvolver-se. Os dados da Broadridge FundFile e da J.P. Morgan AM, recolhidos em exclusivo para a FundsPeople, revelam que o mercado europeu de fundos entre janeiro e fevereiro cresceu mais 107.244 milhões de euros, passando a valer 11,8 biliões de euros. Embora o mercado tenha crescido, as captações líquidas na Europa foram mais tímidas em janeiro e fevereiro face aos meses anteriores. Esta quebra foi motivada, sobretudo, pela classe dos monetários, já que em fevereiro o segmento ficou em terreno negativo em praticamente todas as praças europeias.


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AR

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PANORAMA O SETOR EM NÚMEROS

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A OPINIÃO DE LUCÍA GUTIERREZ-MELLADO Diretora de Estratégia, J.P. Morgan AM

O INVESTIMENTO EM ESG E TECNOLOGIA TEM AJUDADO A INDÚSTRIA EUROPEIA A CRESCER

O BlackRock Global Funds Next Generation Technology Fund, fundo com Selo FundsPeople 2021 pela sua classificação de Blockbuster, é um dos principais. No somatório dos meses de janeiro e fevereiro, as captações do produto da BlackRock ascenderam a 2,050 milhões de euros. Vale ainda referir o BlackRock Global Funds World Technology

Fund e Allianz Global Artificial Intelligence, também eles habitués entre os fundos com maior volume de subscrições líquidas, que em fevereiro atingiram os 874 e 772 milhões de euros, respetivamente.

GESTORAS

Relativamente aos grupos internacionais, no segmento que inclui os monetários, em janeiro a entidade que mais captou foi a UBS AM com 5.680 milhões de euros. Em fevereiro foi a vez da State Street subir para o topo da tabela o atingir os 6.889 milhões de euros. No que concerne o grupo que não inclui os monetários a BlackRock foi a gestora que obteve um maior volume de captações, quer em janeiro, quer em fevereiro. Contudo, destacou-se principalmente no primeiro mês do ano ao atingir os 12.103 milhões de euros, um montante bastante acima da média de 5.066 milhões de euros do conjunto das cinco gestoras que mais captaram.

GRUPOS QUE MAIS CAPTAM EM FEVEREIRO Em milhões de euros. COM MONETÁRIOS

SEM MONETÁRIOS

State Street

6.889

BlackRock

Credit Suisse

3.300

State Street

5.185

Morgan Stanley

3.035

JP Morgan AM

3.910

Pictet

2.724

Credit Suisse

3.349

Allianz GI

2.300

Pictet

2.429

8.380

GRUPOS QUE MAIS CAPTAM EM JANEIRO Em milhões de euros. COM MONETÁRIOS

SEM MONETÁRIOS

UBS

5.680

BlackRock

JP Morgan AM

3.992

UBS

4.616

Allianz GI

2.828

JP Morgan AM

3.391

Robeco/ORIX

2.272

Allianz GI

2.945

Pictet

2.198

Robeco/ORIX

2.272

44  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

12.103

PORQUÊ E COMO REPENSAR UMA CARTEIRA 60:40? Um dos desafios mais imediatos que enfrentam os investidores após a pandemia é como construir uma carteira resiliente que continua a proporcionar uma rentabilidade atrativa apesar do baixo nível a que se encontram as yields da dívida pública. A dívida pública costumava proporcionar rendimentos e possíveis rentabilidades positivas em épocas de recessão e mercados bearish. Por isso, manter uma exposição equilibrada às ações e à dívida pública foi sempre um ponto-chave para construir carteiras sólidas. Não obstante, as yields da dívida pública estão extraordinariamente baixas atualmente, por isso, oferecem rentabilidades e possibilidades de subida muito escassas. Esta situação obriga os investidores a adotar uma abordagem de diversificação mais criativa. Mudar a abordagem para uma alocação de ações muito maior para impulsionar a rentabilidade implicará a aceitação de uma volatilidade consideravelmente maior. Na nossa opinião, o mais acertado é que os investidores considerem incluir nas carteiras fundos de gestão alternativa líquidos. Talvez noutros ciclos se consideraram opcionais, mas do nosso ponto de vista tornaram-se num elemento indispensável já que oferecem alfa, rendimentos e diversificação.


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6th

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TENDÊNCIAS CAPA por Catarina Vinagre

ANDRÉ PINTO, CFA BPI GA

CARLA PRATES

CARLA VEIGA

LM Capital

GNB GA

SELECIONADORES FAVORITOS PROXIMIDADE MANTÉMSE EM (NOVO) ANO DE AFASTAMENTOS

Mais um ano em que os vendas das gestoras internacionais aceitaram o desafio do voto digital proposto pela FundsPeople. Que nomes surgem na lista dos selecionadores favoritos?

O

ano passado não esteve isento de eventos que impactaram a atividade de seleção de fundos. Passado o teste, ou seja, ultrapassados os momentos de maior volatilidade e incerteza, quisemos o testemunho dos responsáveis de vendas das gestoras internacionais que atuam em Portugal, ao cederem-nos os

46  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

nomes dos seus quatros selecionadores de fundos favoritos. Na edição de 2021 da votação, a oitava, ficámos a conhecer quem são os 40 profissionais que, para os vendas de 33 gestoras internacionais, mais se destacam no mundo da seleção de fundos nacional pela qualidade do seu trabalho. Entre os 23 mais votados, que contam com dois ou mais votos, estão caras

bem conhecidas como Carla Veiga, da GNB Gestão de Ativos, Rui Broega, do BiG, ou Rui Machado, da IM Gestão de Ativos, que marcaram presença em todas as edições. Há ainda lugar para caras novas como Carla Prates, da LM Capital, Eduardo Monteiro, da BPI Gestão de Ativos, José Calheiros, do Bankinter GA, ou Tiago Rêgo, da Fidelidade.


CARLOS PINTO

DUARTE FRANCISCO

EDUARDO MONTEIRO

Optimize IP

DWM do Millennium bcp

BPI GA

GUILHERME CARDOSO

GUILHERME PIEDADE

INÊS CASTRO

DWM do Millennium bcp

Caixa Gestão de Ativos

DWM do Millennium bcp

JOÃO PAULO SILVA

JOÃO PINA GOMES

JOSÉ CALHEIROS

Novo Banco

ABANCA

Bankinter GA

A INFLAÇÃO, AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS OU OS CRITÉRIOS ESG SÃO OUTROS DOS DESAFIOS AUSCULTADOS PELOS VENDAS DAS GESTORAS INTERNACIONAIS QUANDO FALAM COM OS SELECIONADORES MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 47


TENDÊNCIAS CAPA

LUÍS ANDRADE, CFA

MARTA MARTINS

NUNO SALVADOR

IMGA

GNB GA

Bankinter GA

PAULO MONTEIRO

PAULO SÁ

RENATO ROCHA

Invest GA

Santander Totta

Atrium

RICARDO LÍBANO

RUI BROEGA

RUI CASTRO PACHECO

IMGA

BiG

Banco Best

EMBORA DISTANTES FISICAMENTE, NA OPINIÃO DOS RESPONSÁVEIS DE VENDAS DAS GESTORAS INTERNACIONAIS A PROXIMIDADE COM O CLIENTE AUMENTOU 48  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO


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A OPINIÃO DE MÁRIO PIRES Diretor de clientes institucionais e do mercado português, Schroders

RUI MACHADO

TIAGO RÊGO

IMGA

Fidelidade

O ATUAL AMBIENTE DE TAXAS DE JURO NEGATIVAS NO FIXED INCOME EUROPEU TEM SIDO A PRINCIPAL PREOCUPAÇÃO DOS SELECIONADORES DE FUNDOS PORTUGUESES

ENTIDADES QUE RESPONDERAM NOME

Aberdeen SI Acatis AllianceBernstein Allianz GI Amundi AXA IM BlackRock Candriam Capital Stategies Partners Columbia Threadneedle Investments DNB AM DWS Eurizon Capital

RESTANTES VOTADOS NOME

ENTIDADE

Fidelity International Franklin Templeton Goldman Sachs AM

Ana Onofre

Montepio GA

Hermes Investment

Bernardo Godinho

Banco Atlântico Europa

Invesco

Elisabete Pinto Pereira

Novo Banco

J.P. Morgan AM

Fábio Sequeira

BPI Vida e Pensões

Janus Henderson Investors

João Eufrásio

BMO GAM

Jupiter AM

João Henriques

Bankinter GA

Liontrust AM

João Pisco, CFA

Alvarium AM

M&G Investments

Luís Alvarenga, CFA

BPI GA

MCH Investment Strategies

Luís Barreto Xavier, CFA

Julius Baer

MFS IM

Madalena Teixeira

BPI Vida e Pensões

Morgan Stanley

Martim Amaral Neto

Real Vida Seguros

Natixis IM

Miguel Taledo de Sousa

Bankinter GA

Neuberger Berman

Pedro Carvalho

ABANCA

NN IP

Ricardo Almeida

Real Vida Seguros

Nordea AM

Ricardo Duarte Silva

CA Gest

Robeco

Rita González

Baluarte

UBS AM

Ruben Silva

BPI GA

Vontobel AM

UMA OPORTUNIDADE HISTÓRICA EM VALOR O eterno debate entre valor e crescimento mantém-se e está talvez mais aceso do que nunca. Alguns investidores pensam que a estratégia de valor já não faz sentido e apenas o crescimento proporciona rentabilidades atrativas. Na Schroders, acreditamos que isto é um erro. Se analisássemos apenas o comportamento agregado do índice MSCI USA Growth poderíamos pensar que era assim, já que ele valorizou 43% em 2020, enquanto o MSCI USA Value conseguiu apenas 1%, mas uma análise mais profunda leva-nos a outras conclusões. O índice de crescimento foi impulsionado pela forte rentabilidade de um pequeno número de empresas com grande peso relativo, o que enviesa perceções. Inversamente, no MSCI USA Value, 18% das empresas obtiveram rentabilidade superior a 22%. Se isto não invalida a superioridade do retorno do crescimento, demonstra que um número razoável de ações de valor gerou muito bons resultados. Antecipando a vacinação e a recuperação económica, o valor descolou no terceiro trimestre de 2020. Contudo, o diferencial de avaliação de value face a growth continua próximo de máximos históricos, pelo que a oportunidade em valor mantém elevada atratividade. Além disso, o valor permite exposição à recuperação económica, diversificando face à qualidade ou crescimento, ajuda a reduzir riscos de avaliação e a beneficiar de um eventual regresso da inflação. MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 49


TENDÊNCIAS NEGÓCIO por Óscar R. Graña

OS FUNDOS TEMÁTICOS COM MAIS ÊXITO NA EUROPA A análise dos maiores produtos do mercado deixa a descoberto quais são as alavancas sobre as quais se estão a apoiar as gestoras que contam com as estratégias mais procuradas pelos investidores.

50  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO


OS 30 PRODUTOS TEMÁTICOS COM MAIOR VOLUME EM ATIVOS NA EUROPA FUNDO

TEMÁTICA

PATRIMÓNIO (EM MILHÕES DE EUROS)

RENTABILIDADE A 1 ANO (%)

RENTABILIDADE ANUALIZADA A 3 ANOS (%)

RENTABILIDADE ANUALIZADA A 5 ANOS (%)

ANO DE CRIAÇÃO

13,1

14,7

2008

25,9

2015

Pictet Global Megatrend Selection

Mútilplas temáticas

11.144

16,5

Nikko AM ARK Disruptive Innovation

Tecnologia

8.345

145,8

Pictet Robotics

Robótica e automatização

7.654

39,3

21,3

Allianz Global Artificial Intelligence

Inteligência artificial e big data

7.290

86,9

37,4

Pictet Water

Recursos naturais

6.823

6,1

10,8

12,5

2000

14,3

2006

31,8

2007

2018 2017

Pictet Security

Segurança

6.530

12,4

14,5

CS (Lux) Digital Health Equity

Tecnologia/Saúde

6.042

86,2

41,8

iShares Global Clean Energy ETF

Transição energética

5.622

139,3

52,5

Fidelity China Consumer

Consumo

4.936

34,5

12,3

19,7

2011

Pictet Digital

Conectividade

4.571

22,7

16,0

18,6

1997

Pictet Clean Energy

Transição energética

3.686

46,4

20,6

19,5

2007

Handelsbanken Hållbar Energi

Transição energética

3.454

126,6

37,4

29,5

2014

BNP Paribas Aqua

Recursos naturais

3.373

10,6

12,3

15,4

2008

2017

iShares Automation & Robotics ETF

Robótica e automatização

3.323

30,6

15,2

BNP Paribas Energy Transition

Transição energética

3.096

191,9

35,6

CS (Lux) Robotics Equity

Robótica e automatização

3.054

26,4

17,6

RobecoSAM Smart Energy

Transição energética

2.986

60,1

26,7

Deka Industrie 4.0

Tecnologia

2.943

31,0

15,9

ACS Climate Transition World Equity

Transição energética

2.539

M&G Global Themes

Mútilplas temáticas

2.517

7,1

9,3

13,0

1973

BNP Paribas Disruptive Technology

Tecnologia

2.511

32,7

26,1

26,0

2013

BNP Paribas Aqua

Recursos naturales

2.467

9,3

10,7

13,7

2015

L&G Cyber Security ETF

Conectividad

2.070

29,6

26,6

22,0

Fidelity Sust Water & Waste

Recursos naturais

1.994

3,3

RobecoSAM Sustainable Water

Recursos naturais

1.979

15,1

12,2

14,8

2020

CPR Silver Age

Demografia

1.860

-3,5

1,7

5,1

2009

iShares Healthcare Innov ETF

Tecnologia/Saúde

1.855

43,8

17,9

Candriam Eqs L Oncology Impact

Tecnologia/Saúde

1.747

24,4 5,4

Pictet SmartCity

Conectividade

1.626

RobecoSAM Smart Energy

Transição energética

1.588

2016 29,5

2013 2016

24,7

2020 2016 2020

2015 2018

2016 2018

10,3

10,0

2010 2009

Fonte: Morningstar com dados do volume total do fundo a nível europeu, no final de janeiro de 2021.

O

s fundos temáticos estão a tomar o seu lugar nas carteiras dos investidores europeus. Muitos conseguiram alcançar patrimónios geridos muito relevantes. São cerca de trinta os que atualmente superam os 1.500 milhões de euros em ativos na Europa. No ano passado foi um exercício especialmente positivo para este tipo de estratégias. Segundo dados da Refinitiv, o crescimento patrimonial experimentado por estes produtos foi de 60%, o que situou o volume total em fundos temáticos na Europa nos 463.000 milhões. As entradas líquidas estiveram perto

dos 85.000 milhões. 74% desse dinheiro (63.000 milhões) foi parar a fundos de gestão ativa, face aos 22.000 milhões que captaram os produtos passivos. Dos 30 produtos maiores do mercado, apenas quatro são ETF (três da BlackRock e um da Legal & General). Para Detlef Glow, diretor de Análise da Refinitiv em EMEA, isto não é de estranhar. “Tratam-se de investimentos dos quais se espera que a gestão ativa represente um valor acrescentado”, afirma. Curiosamente, o interesse pelos fundos temáticos continua a ser um padrão muito distinto de outras tendências surgidas na indústria. A sua MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 51


TENDÊNCIAS NEGÓCIO

ENTRADAS LÍQUIDAS EM FUNDOS TEMÁTICOS NA EUROPA EM 2020 POR CATEGORIA E POR TIPO DE VEÍCULO CATEGORIA

TOTAL ENTRADAS LÍQUIDAS NA EUROPA

Ações Setor Tecnologia

ENCAIXE NAS CARTEIRAS

Investidores institucionais e particulares procuram o mesmo: combinar as suas posições em fundos de ações globais com estratégias que ofereçam uma baixa sobreposição com o MSCI World e que invistam em empresas onde existe um forte crescimento secular. Tudo isto acompanhado, além disso, de uma componente ESG. Dadas as consequências provocadas pela crise da COVID-19, não é surpreendente que a tecnologia e a saúde tenham sido as temáticas mais procuradas pelos investidores europeus no ano passado. Mais de metade dos fluxos líquidos registados por estes produtos foram para estas. 52  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

ENTRADAS LÍQUIDAS APENAS EM FUNDOS PASSIVOS

124.540

109.240

Ações Setor Saúde

66.970

58.550

8.420

Ações Setor Real Estate Global

38.750

19.680

19.070

Ações Setor Real Estate Europa

34.910

16.570

18.340

Ações Temática Infraestruturas

30.110

26.980

3.130

Ações Temática Energia Alternativa

26.040

20.800

5.240

Ações Temática Água

22.260

20.090

2.180

Ações Setor Ouro e Metais Preciosos

19.850

16.260

3.580

Ações Setor Biotecnologia

adoção começou pelo mundo do wealth management e agora está a estender-se ao cliente institucional. “Atualmente, entre 70% e 80% do dinheiro que está nestes produtos provém de bancas privadas e investidores de retalho. No entanto, desde há dois anos que existe um crescente interesse por parte do cliente institucional, que está a chegar com força”, revela Gonzalo Rengifo, diretor geral da Pictet AM na Península Ibérica e América Latina.

ENTRADAS LÍQUIDAS APENAS EM FUNDOS ATIVOS

15.300

15.150

14.240

910

Ações Setor Financeiro

14.000

6.080

7.920 2.450

Ações Setor Consumo discricionário

12.070

9.610

Ações Setor Utilities

11.590

10.780

810

Ações Setor Materiais

9.590

7.210

2.370

Ações Setor Energia

8.170

6.250

1.920

Ações Setor Real Estate UK

7.260

6.410

850

Ações Setor Industrial

5.690

2.700

2.990

Ações Setor Consumo Básico

5.410

3.730

1.680

Ações Setor Comunicação

3.600

2.140

1.460

Ações Temática Recursos Naturales

3.200

3.200

0

Ações Setor Real Estate Ásia-Pacífico

1.600

920

690

Ações Temática Agricultura

1.590

1.520

70

Ações Setor Real Estate USA

1.360

490

860

463.700

363.440

100.260

TOTAL

Fonte: Refinitiv com dados a 31 de dezembro de 2020. Volume de captações na Europa em milhões de euros.

Em conjunto com o interesse pelos produtos vinculados a estes dois setores, em 2020 também surgiram novas tendências no que concerne a procura. A mais importante, os temáticos vinculados a energias alternativas. Dos 26.000 milhões de euros nestas estratégias atualmente, 11.000 foram captados no ano passado. A grande aceitação destes produtos nas carteiras dos investidores europeus situou alguns deles no limite da sua capacidade. Isto está a vivê-lo, por exemplo, a Pictet AM, gestora com uma das gamas de temáticos com mais sucesso comercial. Cinco dos 10 fundos com mais ativos na Europa estão nas mãos da empresa suíça, sendo o Pictet Global

Megatrends Selection o seu fundo bandeira. Trata-se do único produto que, por agora, conseguiu superar a barreira patrimonial dos 10.000 milhões de euros. Ainda que este fundo ainda tenha capacidade, a gestora viu-se obrigada a a restringir o acesso com fechos parciais. É o caso do Pictet Water, do Pictet Security e do Pictet Robotics.

TRACK RECORD É CHAVE

No momento de determinar as razões que motivam o sucesso comercial dos fundos nas primeiras posições do ranking por ativos, inovação precoce e track record representam uma vantagem competitiva clara. Das 30 estratégias que mais património gerem, 26


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A OPINIÃO DE JUAN CARLOS DOMÍNGUEZ Responsável de Vendas, AXA IM

O MUNDO DOS TEMÁTICOS BENEFICIA MAIS FORTEMENTE QUEM CHEGOU PRIMEIRO. AS GESTORAS COM MAIS TRACK RECORD SÃO AS QUE ESTÃO A DOMINAR

têm um track record superior a três anos e 20 passam dos cinco. Hoje, no mundo dos temáticos, ganha quem chegou mais cedo. A entidade que inovou antes e demonstrou a sua capacidade de gestão conta com o aval da sua experiência. Isto não é uma questão banal porque os universos de investimento temáticos estão em contínua transformação e é preciso saber adaptar-se a eles. Se analisarmos as carteiras dos fundos temáticos com um histórico mais vasto, pode observar-se que são estratégias que vão mudando e adequando-se aos tempos. Por exemplo, quando há 14 anos foi criado o Pictet Clean Energy, o fundo tinha como foco as energias renováveis. A baixa competitividade das mesmas face aos combustíveis fósseis levou-os a mudar a levar a carteira na direção da eficiência energética, onde o gás natural era o combustível de transição. Agora voltou à sua origem, dada a queda do custo das renováveis e dos objetivos de emissões zero fixadas por governos, com um alto peso também em empresas tecnológicas nicho. O mesmo pode dizer-se do Pictet Digital. Primeiro investiu em TMT (tecnologia, meios de comunicação e

telecomunicações) e depois voltou-se para empresas relacionadas com a transição digital. Ou do Allianz Global Artifical Intelligence, que no início tinha uma maior exposição a negócios vinculados aos semicondutores, à nuvem ou a aplicações de inteligência artificial, mas que pouco a pouco foi mudando para empresas que não desenvolvem esta tecnologia, mas que beneficiam dela. O peso destas últimas passou nos últimos anos de 10% para mais de um terço da carteira. Menos pureza em troca de gerar mais rentabilidade. Ainda que cada entidade aplique a sua própria metodologia, em geral, os gestores de fundos temáticos costumam apostar em empresas que tendem a ser menos cíclicas, mais conectadas aos crescimento e focadas na inovação e na tecnologia. São empresas que apresentam crescimentos de lucros de duplo dígito, o que se está a traduzir em rentabilidades também de duplo dígito. Dos 25 fundos com mais património na Europa com um track record superior a três anos, 23 foram capazes de gerar retornos anualizados acima de 10%. Neste sentido, os bons resultados são outro dos fatores que estão a funcionar como um poderoso anúncio.

US SHORT DURATION HIGH YIELD PARA UM INVESTIDOR EM EUROS Nesta conjuntura de obrigações, as estratégias centradas na geração de carry (cupões) parecem-nos ter muito sentido. Para isso, queremos recordar os pontos-chave da nossa estratégia AXA US Short Duration High Yield, que já cumpre 20 anos. Não tem índice de referência já que o faz é selecionar obrigações às quais falta menos de três anos para o seu vencimento. Este horizonte de curto prazo permite analisar que empresas das quais se compram obrigações não correm risco de incumprimento. É, portanto, uma estratégia total return uma vez que procura preservar capital. Estas características fazem com que não seja um fundo para apostar em high yield, já que o seu beta histórico é de apenas 0,4. Num contexto de subida de taxas, a sua curta duração nominal e de crédito procura proteger a carteira. De facto, o que prejudica a sua duração nominal é amplamente compensado pelo que ganha pela sua duração de crédito (compressão do spread). Nos últimos anos o custo de cobertura Eur/USD fez com que os investidores que pensam em euros perdessem o interesse nesta estratégia. Agora, felizmente, a forte redução deste custo volta a colocar o fundo como uma opção de investimento muito interessante. MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 53


TENDÊNCIAS GESTÃO por Miguel Rego, CFA

DESTA VEZ É DIFERENTE

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Na ausência de uma bola de cristal é muito difícil saber se serão as semelhanças ou as diferenças entre hoje e o final do século passado a dirigir o futuro dos mercados.

O

s mercados têm memória curta, é certo, mas fica hoje em dia mais fácil, com a internet, olhar para o passado e perceber o quanto a comunidade investidora consegue repetir os mesmos comportamentos. Não obstante, é também possível viajar a esse passado - o Google é uma verdadeira máquina de viajar no tempo - para perceber quão diferente é a conjuntura e quanto isso pode tranquilizar os investidores com receio de que a história se repita. No mínimo, é um exercício divertido. Exatamente num exercício dessa categoria, deparei-me com um artigo intitulado Power to the People, publicado na Fortune a 11 de outubro de 1999, onde o autor descrevia o seguinte:

54  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

“Lentamente, mas implacavelmente, investir tornou-se parte integrante da vida quotidiana na classe média americana. As pessoas falam sobre o mercado da mesma maneira que falam sobre a sua saúde, a escola dos filhos ou o clima. Sintonizam a CNBC. Têm os seus portefólios constantemente atualizados nos computadores dos seus escritórios. Sabem quais dos seus vizinhos gostam de fundos de investimento e quais negociam ações da era da Internet. Metade da população às vezes parece que está num clube de investimento. Existe um nível de consciência - e um nível de sofisticação - sobre o mercado que é simplesmente sem precedentes. Tornou-se parte da cultura popular”. Uns meses depois, no princípio dos anos 2000, outro autor escrevia na


CNN que “muito pouco do que Warren Buffett tem tocado ultimamente se tem tornado em ouro.” Neste artigo intitulado Buffett hits a bumpy road falava-se dos maus resultados que a Berkshire Hathaway mostrava num contexto em que o Nasdaq e as ações de tecnologia em geral subiam como foguetes e ganhar dinheiro parecia fácil. Warren Buffett era descrito como um “tecnofóbico” que “não consegue perceber o conceito de e-mail”. Fast forward 20 anos e a história repete-se. Por um lado, os títulos nos jornais. No artigo Everyone’s a Day Trader Now, publicado a 25 de julho de 2020 no The Wall Street Journal lia-se: “Presos em casa no confinamento, milhões de americanos estão a operar nos mercados como nunca an-

tes. Na E*Trade Financial Corp., os investidores abriram cerca de 260.500 contas de retalho apenas em março [de 2020], mais do que em qualquer ano já registado. O rival mais recente, Robinhood Markets Inc., criador de uma aplicação de negociação extremamente popular, registou um recorde de três milhões de novas contas no primeiro trimestre”. E, por outro, a difamação de Warren Buffett: “Got Berkshire Hathaway in Your Portfolio? OK, Boomer”, também no WSJ e abstenho-me de entrar em detalhe porque o título diz tudo. Muitas outras histórias e referências poderiam ser um recurso para ilustrar as semelhanças entre os mercados dos dias de hoje e os do final do século passado que culminaram na

histórica bolha das dot.com. A conjuntura? Diferente. Muito diferente. Por altura da bolha das dot.com a teoria monetária moderna era uma criança e os impactos que terá a passagem da teoria à prática só o futuro o dirá. De igual forma, as redes sociais online eram inexistentes, transacionar ações custava euros e dólares (plural) e não frações dos mesmos ou nada, entre muitas outras diferenças.

SIMETRIA OU ASSIMETRIA

Kenneth Stuzin, CFA gestor de ações norte-americanas na Brown Advisory vê as semelhanças, principalmente no que diz respeito à euforia. “Os investidores não estão a fazer o seu trabalho de análise. A Tesla, por exemplo, é uma excelente empresa e assenta MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 55


TENDÊNCIAS GESTÃO

KENNETH STUZIN, CFA

Gestor, Brown Advisory

A INFLUÊNCIA DOS INVESTIDORES DE RETALHO CONTINUA A AUMENTAR Investidores de retalho recorrem a alavancagem Saldos - margin debt:

Atividade de trading continua a mudar de fundos para ações individuais ETF DO S&P 500 (EIXO DA ESQUERDA) AÇÕES DO S&P 500 (EIXO DA DIREITA)

“Uma das coisas que vejo diferente relativamente à conjuntura dos anos 90 é que as empresas e ações que dizemos hoje que estão ridiculamente caras, em termos gerais, têm modelos de negócio e mercados alvo bastante bem definidos e interessantes.”

RICARDO SEIXAS

Diretor de Ações Ibéricas, Bestinver

RELATIVO AO PIB DO TRIMESTRE ANTERIOR (ESQUERDA) AJUSTADO A DÓLARES DE DEZEMBRO DE 2020 (DIREITA)

%

%

%

USD mil milhões

20

0,30

3,4

950

15

0,25

2,8

750

10

0,20

2,2

550

5

0,15

1,6

350

0,10

1,0

0 12

15

18

21

150 99

02

05

08

11

14

17

20

Fonte: Bloomberg; FINRA; Google; Refinitiv Eikon; cálculos do Bank for International Settlements.

“Evidentemente, quando tentamos começar a extrapolar tendências muito fortes a probabilidade de nos enganarmos vai-se traduzir num erro enorme de valorização.”

JORGE BOTELHO

CIO, BBVA AM Portugal

“Existe uma maior sensibilidade da economia às taxas de juro derivada do aumento do endividamento, o que vai obrigatoriamente manter estruturalmente baixas as taxas de juro de longo prazo durante um longo período de tempo.”

56  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

nos ombros de uma das pessoas mais brilhantes dos dias de hoje. Contudo, a cotação dos últimos tempos está a descontar uma história impressionante. Todos os veículos elétricos teriam que ser produzidos pela Tesla nos próximos cinco anos. Além disso, não teriam que dominar apenas o espaço EV, mas também o espaço das baterias. Temos que evocar todos estes temas para justificar as valuations. Isto tresanda a euforia e a investimento momentum. A Tesla não vai valer zero, mas há que perceber que existem muitos headwinds competitivos no segmento em que opera”, esclarece. “No entanto, uma das coisas que vejo diferente relativamente à conjuntura dos anos 90 é que as empresas e ações que dizemos hoje que estão ridiculamente caras, em termos gerais, têm modelos de negócio e mercados alvo bastante bem definidos e interessantes. Nos anos 90 toda e qualquer empresa que dissesse que era B2C ou

B2B – o que só por si não significa nada – subia em bolsa. A qualidade dos nomes hoje em dia é infinitamente mais elevada”, exclama. Ricardo Seixas, diretor de Ações Ibéricas na Bestinver mostra-se cauteloso na sua avaliação. “Vejo alguns focos que se assemelham, em alguma medida, não querendo ser alarmista e atribuir etiquetas de bolha em alguns setores. Evidentemente, quando tentamos começar a extrapolar tendências muito fortes a probabilidade de nos enganarmos vai-se traduzir num erro enorme de valorização. Foi o que aconteceu nos 2000 com as dot.com e agora também com algumas empresas de tecnologia”. Para o profissional, “tudo o que seja minimamente disruptivo e onde se possa fazer uma extrapolação de uma tendência de curto prazo recente, justifica pagar valores absolutamente estratosférico por coisas que não se vão materializar. Isso aconteceu em todos os ativos onde historicamente se


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A OPINIÃO DE ÁLVARO CABEZA Responsável de negócio na Península Ibérica, UBS AM

Pesquisas na web antecipam volume em opções o que aponta para uma maior atividade de retalho EFEITO DAS PESQUISAS NO GOOGLE (DIA t) NO VOLUME EM CALL OPTIONS (DIA t+1)

Coeficientes Std

RETORNO DAS AÇÕES NO DIA t

0,4

0,3

0,2

0,1

0,0 TODAS

MODERADAMENTE ELEVADO

ELEVADO

MUITO ELEVADO

viram bolhas e vamos sempre ter situações de segmentos de mercado que se possam prestar a isso”. Para Jorge Botelho, CIO da BBVA AM Portugal, encontramos “um pouco de tudo, muitas semelhanças mas também há muitas diferenças”. “Tal como em 2000, há uma bolha de valorização em alguns segmentos do setor tecnológico, mas que não deve ser entendida como generalizada a todos os seus segmentos. Por outro lado, e tal como em 2000, os mercados estão a cometer o erro de ignorar que a tecnologia é também uma commodity. Hoje, mais do que nunca, as empresas tradicionais detêm maior flexibilidade para ajustar os seus modelos de negócio, sendo isso evidente na indústria automóvel e no setor de energia, mas também em alguns setores de serviços, como no retalho ou no setor financeiro”, diz. O CIO “identifica um padrão que ocorreu a seguir a 2000 e que agora se está a repetir, onde os setores mais

POR ALTURA DA BOLHA DAS DOT. COM A TEORIA MONETÁRIA MODERNA ERA UMA CRIANÇA E OS IMPACTOS QUE TERÁ A PASSAGEM DA TEORIA À PRÁTICA SÓ O FUTURO O DIRÁ tradicionais e de estilo value vão continuar a reduzir o hiato de valorização com os setores de growth durante ainda algum tempo”. Contudo, aponta duas diferenças relevantes entre aquele que era o enquadramento económico da altura e o atual. Por um lado, a “diferença conjuntural, que advém do excesso de liquidez existente, que vai possibilitar a regeneração e simultaneamente estimular as fusões e aquisições entre distintos estádios de modelos de negócio”. Por outro, “a outra diferença mais estrutural, advém de existir uma maior sensibilidade da economia às taxas de juro, devido ao aumento do endividamento, o que vai manter estruturalmente baixas as taxas de juro de longo prazo durante um longo período de tempo. Estas duas diferenças, por si só, vão dar um maior suporte aos bons, mas aparentemente caros modelos de negócio de alguns segmentos do setor tecnológico”.

AÇÕES ASIÁTICAS: TRÊS GRANDES TENDÊNCIAS DE INVESTIMENTO As ações asiáticas estão numa fase de expansão. A transição do consumo asiático para bens de alta qualidade é uma das tendências mais significativas e relevantes. À medida que as economias asiáticas se desenvolvem, os padrões de consumo e de gastos afastamse das necessidades básicas e orientam-se para bens e serviços de consumo discricionário, em particular marcas de luxo. Consequentemente, as empresas líderes neste segmento estão bem posicionadas para beneficiarem desta tendência. Por outro lado, o aparecimento de referências tecnológicas globais asiáticas é um outro fator de grande relevância. Consideramos que esta nova dinâmica associada a uma procura crescente de produtos de alta tecnologia, favorece as perspetivas sobre o sector tecnológico asiático. Algumas empresas asiáticas relacionadas com este universo serão certamente um bom investimento. Finalmente, à medida que as economias asiáticas se desenvolvem, o sector financeiro também se desenvolve. Em países como a Índia ou a Indonésia, a concessão de crédito em proporção ao PIB continua a ser muito reduzida se compararmos com as economias desenvolvidas. Isto significa que existe um grande potencial de crescimento para as empresas que operam no setor financeiro, principalmente para aquelas que souberam posicionarse para beneficiar desta tendência.

MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 57


TENDÊNCIAS ESTRATÉGIAS por Samuel Capucho

AS ESCOLHAS DOS GESTORES NACIONAIS E A SABEDORIA DO COLETIVO NAS AÇÕES AMERICANAS

Numa altura em que o S&P500 continua a renovar máximos históricos, como evoluíram ao longo dos últimos 15 anos as ações norte-americanas com mais peso nas carteiras dos fundos nacionais? Seriam uma combinação vencedora? 58  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO


AÇÕES NORTE-AMERICANAS COM MAIS PESO NA CARTEIRA AGREGADA DOS FUNDOS NACIONAIS NOS ÚLTIMOS 15 ANOS ANOS

2020

2019

2018

2017

2016

2015

2014

2013

2012

2011

3,8%

4,1%

3,6%

2,7%

2,6%

2,0%

1,1%

1,0%

1,2%

1,4%

Apple

5,6%

5,9%

Nike

5,3%

4,5%

United Parcel Service

5,0% 4,6%

4,3%

2,9%

2,7%

2,8%

Microsoft

4,6%

4,9%

4,3%

3,7%

3,2%

2,6%

VISA

4,3%

4,5%

4,0%

3,6%

2,8%

Procter & Gamble

4,1%

4,1%

4,1%

4,4%

Pfizer

2,7%

1,8%

2007

2006

2005

1,2% 1,4%

0,9% 0,9%

2,8%

4,2%

UnitedHealth Group Walt Disney

2008

3,4% 4,0%

3M

2009

1,7%

Alphabet

Intel

2010

1,1% 5,8%

3,7%

Coca Cola

3,4%

Johnson & Johnson

3,7%

2,8% 3,5%

3,2%

McDonald's ExxonMobil

1,9%

1,0%

1,8% 2,8%

2,6%

2,1%

1,3%

1,1%

Royal Gold

1,2%

0,9%

1,1%

1,1%

1,7%

1,2%

1,4%

1,1%

General Electric

1,4%

Newmont Corporation

0,9%

AIG

0,9%

Home depot

0,8%

Wells Fargo

1,0%

JPMorgan Chase

1,0%

Merck & Co.

1,0%

Fonte: Elaboração própria, com dados da CMVM

A

FundsPeople não deixa de satisfazer os mais curiosos pelo mercado bolsista norte-americano e, depois de observado o panorama de exposição das ações europeias nos fundos portugueses nos últimos 15 anos, surge com o mesmo intuito, metodologia e horizonte temporal, a análise de exposição das ações norte-americanas nos fundos nacionais. Fruto desse exercício teórico realizado para o panorama europeu, procurámos responder a algumas questões e deixámos uma provocação no final do mesmo. Agora, outras questões se intrometem no nosso caminho, mas

todas com o mesmo objetivo: saber se a sabedoria do coletivo dos gestores nacionais superaria o índice de referência. Assim, com base nos dados divulgados a cada fecho de ano pela CMVM das ações de mercados fora da União Europeia, na tabela estão representadas as ações norte-americanas com mais peso nas carteiras dos fundos nacionais nos últimos 15 anos. De notar que, dentro deste universo de ações, há momentos em que o top 10 de ações de empresas de fora da UE foi dominado por títulos brasileiros ou suíços. Todavia, o foco deste exercício será unicamente nas ações norte-americanas e, como tal, estes títulos não foram considerados.

Adicionalmente, construímos uma carteira teórica, desta vez composta pelas ações americanas entre as 10 mais investidas no agregado dos fundos domiciliados em Portugal, com base nos mesmos dados. Em cada ano observado assumimos como posição inicial as ações norte-americanas com maior peso na carteira agregada dos fundos nacionais ponderados por esse mesmo peso. No final do ano, a carteira voltaria a ser ajustada com os respetivos pesos de final do ano. Importa também realçar que este é um exercício puramente teórico, que não considera custos de transação ou de gestão. Também de notar que esta carteira MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 59


TENDÊNCIAS ESTRATÉGIAS

PERFORMANCE DA CARTEIRA TEÓRICA VS S&P 500 CARTEIRA TEÓRICA

S&P 500

450,00% 400,00% 350,00% 300,00% 250,00% 200,00% 150,00% 100,00% 50,00% 0% 2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

2020

Fonte: Elaboração própria, com dados da CMVM.

teórica é isso mesmo: teórica. Por isso, não apresenta nenhuma restrição que qualquer fundo harmonizado, e até alternativo, poderia estar sujeito. Desta feita, primeiramente vamos observar como terão evoluído as ações norte-americanas com mais peso nas carteiras dos fundos com domicílio português e, logo de seguida, procurar saber se a sabedoria coletiva dos gestores nacionais superaria o S&P500 tal como superou o Eurostoxx 50.

SETORES FAVORITOS

Percebemos facilmente que no conjunto dos anos considerados, o título que mais vezes constava entre as 10 ações norte-americanas com mais peso na carteira agregada dos fundos nacionais era a Apple. Em percentagem, foi também a ação da gigante tecnológica que angariou o maior peso investido pelas estratégias lusitanas das 24 ações expostas na tabela. Contudo, a escolha dos gestores nacionais pela Apple só começou a ter relevância a partir de 2011. Até então, a 60  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

empresa não constou entre esse top 10, e a empresa mais destacada das carteiras dos fundos nacionais era a ExxonMobil. Sectorialmente, as empresas mais procuradas pelos gestores nacionais foram as empresas tecnológicas, farmacêuticas e de serviços financeiros. Todavia, curiosamente, nos anos da crise financeira global, existia um ligeiro investimento em empresas de materiais - ouro mais especificamente - como é o caso da Royal Gold. Desta forma, sinteticamente, podemos dividir estes 15 anos em três momentos. Num primeiro momento, de 2005 a 2009, em que as ações de empresas que operavam nas matérias-primas como o petróleo e o ouro, eram os títulos que, em termos agregados, mais pesavam na carteira dos fundos nacionais. Um segundo momento, de 2010 a 2013, em que se constatava pouco peso das ações norte-americanas nas carteiras agregadas dos fundos nacionais - ao passo que em 2010, na carteira agregada dos fundos, não se registou nenhuma

posição. Por fim, um terceiro momento, de 2014 a 2020, em que em termos agregados, os títulos norte-americanos começaram a destacar-se com maior peso nas carteiras dos fundos nacionais.

SABEDORIA DO COLETIVO?

A sabedoria do coletivo de gestores de fundos portugueses revelou ótimos resultados quando observámos a rentabilidade de uma carteira teórica onde constavam as ações europeias mais investidas no coletivo de fundos do mercado português. Mas será que a conclusão é a mesma ao realizarmos o mesmo exercício teórico para uma carteira teórica composta pelas ações norte-americanas mais investidas no agregado de fundos nacionais? O gráfico ilustrado demonstra a performance da nossa carteira teórica – a sabedoria do coletivo - contra a performance do índice S&P500. E, uma vez mais, a sabedoria do coletivo mostraria uma boa performance relativa na maioria dos anos representados.


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A OPINIÃO DE ANA CARRISSO Senior sales manager, Fidelity International

www.fundspeople.com https://bit.ly/2ShNiBr

A sabedoria do coletivo dos gestores portugueses superaria o Eurostoxx 50?

APESAR DOS MÁXIMOS HISTÓRICOS ATINGIDOS PELO S&P500 EM 2020, A TEORIA DA SABEDORIA DA MULTIDÃO DE GESTORES DE FUNDOS PORTUGUESES TERIA IGUALMENTE BONS RESULTADOS Na prática, neste período de 15 anos, a rentabilidade acumulada desta carteira teórica seria de 327%, enquanto a do S&P500 seria de 190%. Em termos comparativos com a rentabilidade acumulada da nossa carteira teórica de ações europeias, estes valores são bem mais positivos. Focando a atenção no que foi a evolução ao longo dos anos da estratégia de investimento teórica e do índice de referência, observamos que a nossa carteira teórica adicionaria alfa face ao S&P500, mesmo em períodos de crise. Por exemplo, em 2007 e 2008, há uma grande mais valia – o reduzido drawdown. Ou seja, nestes anos em que apenas duas ações norte-americanas apareciam no top 10 das ações de fora da União Europeia e, portanto, apenas duas ações fariam parte da carteira, as matérias-primas dominavam. Por um lado, uma empresa do setor petrolífero - a ExxonMobil - que caiu com a queda do índice. Por outro, uma empresa de exploração de ouro, que funcionou como instrumento de cobertura, e foi a empresa responsável por esta melhor performance relativamente ao índice de referência - a Royal Gold. Neste sentido, a sabedoria do coletivo de gestores portugueses adicionaria aqui um alfa significativo face ao S&P500.

O ano 2018 foi igualmente negativo para o S&P500. Uma vez mais, esta estratégia de investimento teórica ultrapassaria o índice de referência – impulsionada essencialmente pela rentabilidade da Procter & Gamble nesse ano. Em apenas dois destes 15 anos analisados o índice de referência estaria acima desta carteira teórica. Mas mesmo nesses dois momentos, a diferença de performance é marginal. Além disso, tal como verificámos com a performance da carteira teórica composta por ações europeias, tem-se vindo a registar uma maior discrepância entre a rentabilidade da carteira teórica composta por ações norte-americanas e o S&P500. Assim, apesar dos máximos históricos atingidos pelo S&P500 em 2020, a teoria da sabedoria da multidão de gestores de fundos nacionais teria igualmente bons resultados ao longo dos últimos anos, ou até melhores. Depois das duas aplicações teóricas à indústria nacional de gestão de ativos do termo popularizado por James Surowiecki, no livro The Wisdom of Crowds, poderia dizer-se que a teoria da média das suposições, opiniões ou inclinações de um grupo é de facto melhor do que qualquer suposição, opinião ou inclinação particular escolhida do grupo.

AÇÕES VERDES PREMIUM REFLETEM UM AMANHÃ MAIS SUSTENTÁVEL No dia 22 de abril foi celebrado o Dia Internacional da Terra, dedicado a incentivar o movimento ambiental em todo o mundo. Nesta ocasião, o tema foi Restaurar a Nossa Terra e focou-se nas tecnologias verdes emergentes e no pensamento inovador que pode restaurar os ecossistemas e facilitar a descarbonização a nível mundial. As alterações climáticas despoletaram políticas de descarbonização por todo o mundo para ajudar a atingir a neutralidade em carbono. O mundo precisa urgentemente de descarbonizar, a um ritmo mais rápido do que aquele que temos visto. Enquanto investidores podemos desempenhar um papel maior ao apoiar esta mudança porque uma transição para uma economia mais sustentável é liderada por empresas tecnológicas verdes, as quais são vitais para ajudar a atingir o objetivo global de zero emissões líquidas até 2050. E nós podemos investir nelas. Na realidade, pensamos que o atual premium verde para várias ações expostas à transição para uma economia sustentável é justificado devido a vários drivers estruturais e à melhoria dos fundamentais. A tendência de descarbonização está atualmente numa fase inicial de desenvolvimento e será impulsionada por uma combinação de inovação, melhoria da economia, apoio governamental e mudança do comportamento do consumidor, tudo isto em resposta às alterações climáticas. São as ações expostas a estes temas, mas com tecnologias superiores e com dinâmicas favoráveis e competitivas que vão conduzir oportunidades de investimento superiores para os investidores. MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 61


TENDÊNCIAS PLANIFICAÇÃO por Regina R. Webb

A QUESTÃO DA

CORRELAÇÃO

Perguntámos a gestores multiativos pela correlação entre obrigações e ações e a sua implicação para as carteiras. Estamos a viver uma mudança de tendência? Ou na realidade é um regresso à normalidade?

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ode ser que o rendimento fixo cada vez ofereça menos rentabilidade, o que nos obrigue a eleger entre assumir risco de crédito ou retornos negativos. Inclusive que em alguns casos estejam ambos de mãos dadas. Mas pelo menos oferecem diversificação e proteção de capital... não? As turbulências dos mercados em março de 2020 recordaram que obrigações e ações podem cair ao mesmo tempo. Que chegadas a um ponto crítico, há carteiras que não se livram de uma correção. Então, se é assim, continua a ter valor manter obrigações em carteira? É uma pergunta que está há algum tempo na mente dos investidores. Uma dúvida que inclusive poderá estar a impactar o apetite por fundos mistos ou multiativos UCITS que tiveram um ano 2020 complicado em termos de fluxos. Assim, depois do estalar da pandemia, estes produtos sofreram saídas de 44.000 milhões de euros na Europa em março de 2020, segundo dados da EFAMA. Embora a recuperação do mercado tenha ajudado a reativar o apetite, não foi suficiente. Apenas os meses seguintes bastaram para elevar as entradas líquidas totais no final de 2020 até aos 14.000 milhões. É um número que contrasta com os 48.000 milhões de en-

62  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

tradas em 2019. Ou os 89.000 milhões anuais de média nos últimos 10 anos. “Uma explicação da menor procura por este produto é que a correlação entre os mercados de ações e de obrigações se tornou positiva, reduzindo-se os benefícios de diversificação que oferecem os fundos multiativos”, analisa Thomas Tilley, economista sénior da EFAMA.

É um argumento plausível. Apreciamo-lo com clareza no gráfico da Morningstar Direct que reflete as quatro fatídicas semanas de março. Semana após semana as obrigações e a bolsa norte-americana moveram-se a par e passo. Tanto na subida como na descida. Elmers Peters, gestor da Flossbach von Storch, experienciou-o em

OPINIÃO

LUÍS ALVARENGA, CFA

Gestor de carteiras, BPI Gestão de Ativos

DÍVIDA PÚBLICA AINDA DIVERSIFICA Apesar das yields em terreno negativo, a dívida pública ainda proporciona diversificação. Por um lado, no investimento em obrigações, os retornos não são só gerados pelo carry. Existem outras formas de gerar performance. Por outro, factualmente, é possível dizer que as obrigações governamentais têm uma correlação inferior à unidade com os portefólios de ações. Essa correlação muda e varia ao longo do tempo, mas não é um, pelo que a inserção deste ativo numa carteira multiativos pode trazer diversificação. Por isso acredito que existe espaço para esta classe de ativos na construção de uma carteira diversificada, especialmente quando o benchmark de obrigações governamentais europeias nos últimos 20 anos apenas registou um ano negativo, de -0,3%. Adicionalmente, se há coisa que vimos nos últimos 20 anos é que quando os tempos se tornam mais difíceis há sempre a possibilidade de os gestores olharem para as obrigações alemãs e outras, de forma a encontrar alguma forma de safe haven.


primeira mão. Durante a correção de março de 2020, os 10% em ouro nas suas carteiras multiativos tiveram um efeito estabilizador. Mas a contribuição das obrigações foi negativa. “Este último foi notável. Tínhamos aumentado sucessivamente a qualidade creditícia nas nossas carteiras de obrigações antes do início da crise e, por isso, consideramo-nos orientados para a defensiva”, explica. Desde o início de 2020 tinham-se centrado em vencimentos mais curtos para compensar várias ações sensíveis às taxas de juro na sua carteira. “No entanto, devido ao facto de muitos investidores da zona euro terem investido a sua liquidez em papel de curto prazo, tendo em conta as taxas de juro zero e negativas, este segmento viu-se submetido a uma forte pressão no começo da crise”, explica. Mais do que centrar-se na correlação entre obrigações e ações, Rob Almeida gestor do MFS Meridian Funds Diversified Income Fund, defende analisar a causalidade. E recorda um ponto chave: a correlação negativa entre ações e obrigações durante os últimos 30-40 anos é uma anomalia. “Isto provoca uma conceção errada sobre a diversificação”, aponta. “Na minha opinião, a correlação positiva recente deve considerar-se como a norma e o começo de uma tendência de reversão à média”.

POR DETRÁS DO MOVIMENTO

Na realidade, se analisarmos a tendência das últimas décadas, a correlação entre obrigações e ações é positiva, concretamente de 0,3% face aos -0,3% de média nos últimos 30 anos, segundo calcula Almeida. “As obrigações têm oferecido exclusivamente aos investidores três coisas: rentabilidade similar às ações, proteção contra a queda da volatilidade, e seguramente contra o risco das ações. Diria que nenhum destes atributos é sustentável a longo prazo”, sentencia. Há que entender o porquê deste movimento. “A ve-

RENTABILIDADE DE UMA CARTEIRA 60%-40%: UM FUTURO COMPLICADO Carteira equilibrada 60% obrigações/ 40% ações CONTRIBUIÇÃO DAS OBRIGAÇÕES

10%

CONTRIBUIÇÃO DAS AÇÕES

EUA 7,9%

8% 6%

3,1%

4% 2% 0% RENTABILIDADE ANUAL NOS ÚLTIMOS 10 ANOS

10%

PREVISÃO AMUNDI PRÓXIMOS 10 ANOS

EUROPA

8% 6%

5,1%

4%

2,3%

2% 0% RENTABILIDADE ANUAL ÚLTIMOS 10 ANOS

PREVISÃO AMUNDI PRÓXIMOS 10 ANOS

Fonte: Bloomberg. Amundi AM. Modelo CASM, Amundi AM Quant Solutions e equipas de Análise. Dados a 31 de dezembro de 2020.

locidade e razão do aumento das yields das obrigações determina a correlação entre obrigações e ações”, recorda Marcus Huettinger, estratega de mercado de capitais da GANÉ AG. Um aumento lento e constante das yields, devido a uma recuperação saudável do crescimento pode ser digerido pelos mercados e conduzir a uma correlação negativa. Mas um salto inesperado nas yields ou um aumento baseado num banco central mais agressivo pode resultar em perdas para as obrigações e ações. “Com rentabilidades próximas de mínimos his-

tóricos, as obrigações oferecem menos potencial para amortecer os riscos numa carteira de ativos múltiplos”, sentencia. Mas ficar apenas com a fotografia de um instante, para gestores como Peters, é demasiado curtoprazista. Em 2020 puderam aproveitar o posterior estreitamento dos prémios de risco e as obrigações contribuíram positivamente para a rentabilidade. Os gestores multiativos continuam a apostar no papel das obrigações. Inclusive numa correção conseguem encontrar valor. “Durante as quedas do primeiro trimestre de 2020, o MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 63


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TENDÊNCIAS PLANIFICAÇÃO

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A OPINIÃO DE ANA CLAVER GAVIÑA, CFA Responsável de negócio para a Península Ibérica e Chile, Robeco

COMPORTAMENTO DAS AÇÕES E OBRIGAÇÕES NA CRISE

A EXPERIÊNCIA DA ROBECO E O PLANO DE AÇÕES DE FINANÇAS SUSTENTÁVEIS DA UE

As quatro semanas de março de 2020 AÇÕES (S&P500)

OBRIGAÇÕES (BBgBarc U.S. Treasury 20 + Yr ldx)

15% 10% 5% 0% -5% -10% -15% -20% SEMANA 1

SEMANA 2

SEMANA 3

SEMANA 4

Fonte: Mornigstar Direct.

que chamamos de duração segura de elevada qualidade acrescentou valor no contexto de uma carteira multiativos”, afirma Geraldine Sundstrom, gestora do PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset Fund. De facto, a exposição à dívida pública norte-americana, canadiana e, em certa medida, australiana foi um dos principais fatores que contribuíram para a rentabilidade das suas carteiras dinâmicas multiativos nesse período. E é uma posta que persiste no fundo. “As suas yields subiram nas últimas semanas e isto fá-los mais valiosos no contexto da carteira”, defende. “O problema das obrigações é principalmente o seu baixíssimo nível de rendimento, o que justifica a procura de alternativas”, explicam da Amundi. Vêmo-lo bem no gráfico da página anterior. A carteira equilibrada tradicional terá dificuldades para alcançar os objetivos nominais conseguidos nos últimos 10 anos.

FLEXIBILIDADE 2.0

Na opinião da equipa de Multiativos da Amundi, as correlações não mu64  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

daram ainda, mas poderemos estar próximos disso. “Num mundo inflacionista, que é um cenário de risco que temos cada vez mais em conta para o médio e longo prazo, mudarão de forma mais drástica; veja-se a situação dos anos 70, quando a correlação obrigações/ações era significativamente positiva num mundo de elevada inflação”, acrescenta. Todos coincidem em que se aproximam mudanças. “Os próximos 30 anos não se parecerão em nada aos últimos 30”, vaticina Almeida. “As correlações entre as classes de ativos serão mais elevadas (negativas ou positivas) e as yields, mas baixas”. Os gestores multiativos devem demonstrar um novo nível de flexibilidade, avisa Huettinger. “Devem estar preparados para aplicar capital nas classes de ativos e empresas mais atrativas, independentemente de uma alocação de ações/obrigações que antes parecia apropriada”, defende. Sundstrom coincide: “Os investidores terão que ser mais ágeis para captar oportunidades e proteger o capital”.

O capital costuma fugir do risco e da falta de transparência, o que faz com que conseguir a confiança dos investidores seja um ponto-chave. Por isso, a UE pôs em marcha o seu Plano de Finanças Sustentáveis, uma forte reestruturação para mostrar o quão sustentáveis são os fundos de investimento. Em concreto, o regulamento de divulgação (SFDR) tratará de tornar mais comparável e compreensível o perfil de sustentabilidade dos fundos para o investidor. Há muito tempo a Robeco classificou a sua gama de investimento para facilitar aos clientes a sua aproximação à sustentabilidade, isto é, o seu grau de compromisso ou estilo de investimento, agrupando os produtos nas seguintes categorias: Sustainability Inside, com a maioria das suas estratégias a incluir a integração total ESG e as ferramentas de voto e interação; as mais especificamente centradas na sustentabilidade, na categoria sustainability focused; e Investimento de Impacto, perante a consciencialização do investidor para gerar um impacto positivo e medível. As duas primeiras categorias ficariam incluídas na definição do Artigo 9 do SFDR; e a terceira no Artigo 9. A Robeco tem vindo a integrar os critérios ESG no seu processo habitual de investimento desde 2010. O nosso profundo conhecimento e experiência são a nossa melhor garantia.


AB Sustainable Global Thematic e AB Sustainable US Thematic

Gestão sustentável baseada nos ODS das Nações Unidas

AB Sustainable Global Thematic y AB Sustainable US Thematic são dois fundos temáticos sustentáveis, sendo o primeiro global e o segundo focado nos E.U.A.. O objetivo destes fundos é o de contribuir para o atingimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. Para isso, a equipa escolhe unicamente empresas cujos produtos e serviços permitam atingir um ou vários desses objetivos, como por exemplo:

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TENDÊNCIAS LEGAL

por Diana Ribeiro Duarte e Margarida Torres Gama

ESG ARTIGO 8º OU ARTIGO 9º? O Regulamento SFDR entrou recentemente em vigor e tem sido dos temas que tem marcado o debate no mundo da gestão de ativos. Mas qual terá sido o seu verdadeiro impacto nas gestoras de ativos?

N

o quadro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável, e da afirmação e compromisso com esses objetivos constantes da Comunicação da Comissão Europeia de 22 de novembro de 2016, entrou em vigor no passado mês de março o Regulamento (UE) 2019/2088 do Parlamento Euro-

66  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

peu e do Conselho, de 27 de novembro de 2019, relativo à divulgação de informações relacionadas com critérios ESG no sector financeiro (SFDR), introduzindo exigências sem precedentes a uma multiplicidade de intervenientes e consultores no mercado financeiro. O Regulamento SFDR estabelece regras harmonizadas para os participantes no mercado financeiro sobre transparência e requisitos de divul-


gação de informações relacionadas com ESG no que diz respeito a produtos financeiros, designadamente quanto ao impacto dos riscos em matéria de ESG no seu processo de tomada de decisões de investimento ou nas suas atividades de consultoria ou aconselhamento. Este regulamento é complementado e alterado pelo mais recente Regulamento (UE) 2020/852 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 18 de junho de 2020, (Regulamento Taxonomia), que fornece os critérios para determinar se uma atividade económica se qualifica como ambientalmente sustentável. De entre as entidades abrangidas pelas obrigações de informação resultantes do SFDR destacamos pela sua relevância as (i) gestoras de organismos de investimento alternativos, (ii) gestoras de fundos de capital de risco, (iii) criadores de produtos de pensão e prestadores de produtos individuais de reforma pan-europeus, (iv) empresas de seguros e mediadores de seguros que distribuem produtos de investimento com base em seguros e (v) empresas de investimento e instituições de crédito que prestam serviços de gestão de carteiras e de consultoria para investimento.

O SFDR entrou em vigor a 29 de dezembro de 2020 e é aplicável desde 10 de março de 2021, ainda que a entrada em vigor de alguns dos objetivos específicos do Regulamento Taxonomia tenha sido diferida para 2022 e 2023.

ARTIGO 8º OU ARTIGO 9º?

A questão tem impacto para efeitos da determinação dos elementos a disponibilizar em matéria de ESG no âmbito da informação pré-contratual dos produtos financeiros. Os requisitos de transparência que devem ser cumpridos dependem da categoria do produto financeiro – daí o relevo da distinção. O mercado jurídico tem já ensaiado algumas distinções. Um produto financeiro cairá no âmbito de aplicação do artigo 9.º quando o seu objetivo for ter essencialmente investimentos ESG, ou seja, a maioria do respetivo portefólio. Neste sentido, um produto deste tipo será (i) um investimento numa atividade económica (ii) que contribui para um objetivo ESG, (iii) na medida em que o investimento não prejudique de forma significativa quaisquer daqueles objetivos e (iv) a empresa alvo siga boas práticas de governance. Assim, não é suficiente um investimento que contribua para um objetivo ESG – o

UM PRODUTO FINANCEIRO CAIRÁ NO ÂMBITO DE APLICAÇÃO DO ARTIGO 9º QUANDO O SEU OBJETIVO FOR TER ESSENCIALMENTE INVESTIMENTOS ESG

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TENDÊNCIAS LEGAL

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A OPINIÃO DE MIGUEL LUZARRAGA Responsável na Península Ibérica, AllianceBernstein

ALÉM DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS, O INVESTIMENTO EM BAIXAS EMISSÕES DE CARBONO E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

NO PRIMEIRO MÊS DE APLICAÇÃO DA SFDR TERÁ HAVIDO 2,5 MIL MILHÕES DE EUROS APLICADOS EM FUNDOS CLASSIFICADOS DE ACORDO COM OS ARTIGOS 8º E 9º

investimento tem de simultaneamente não prejudicar de modo relevante quaisquer objetivos ESG. O facto de o investimento ter igualmente um objetivo financeiro não o retira do âmbito do artigo 9º, mas o facto de um produto em termos práticos cumprir os ditos objetivos ESG mas não se encontrar obrigado ou expressamente mandatado para o fazer vai provavelmente retirá-lo do âmbito do artigo 9º. Por outro lado, o artigo 8º cobre produtos que promovem características E ou S independentemente de o resultado do investimento ser efetivamente em produtos ESG (diferentemente do artigo 9º). Nestes produtos, a informação prestada aos clientes refere os fatores E 68  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

e S tidos em consideração na alocação do capital investido do produto. Em termos práticos, esta distinção só se tornará mais palpável após várias classificações de produtos financeiros por parte dos fundos e demais intervenientes do mercado.

A RESPOSTA DO MERCADO

No seu primeiro mês de aplicação, o SFDR teve já um grande impacto nas decisões de investimento, desde logo, das gestoras de ativos. De acordo com a informação pública, terá havido investimentos de até 2,5 mil milhões de euros em fundos classificados de acordo com os artigos 8º e 9º do SFDR, representando 25% de todos os ativos europeus. O mercado está a mudar rapidamente e os operadores do mercado financeiro procuram obter uma melhor classificação ESG, investindo massivamente em produtos financeiros classificados no âmbito dos artigos 8º e 9º do SFDR. A crescente regulamentação tenderá, sem dúvida, a incentivá-los a adotar aspetos ESG nos seus processos de investimento, conduzindo a uma inevitável conexão entre o investimento rentável e sustentável.

Investir em empresas comprometidas com baixas emissões de carbono é ambientalmente benéfico e potencialmente compensador. O relógio corre em direção a uma meta global de zero emissões líquidas de carbono até 2050. E um número pequeno, mas crescente de empresas está a ampliar o escopo do seu foco de descarbonização para incluir a redução de emissões e prevenção, especialmente nas suas instalações, que sozinhas são responsáveis por 40% de todas as emissões globais de CO2. Embora poucas empresas avaliem as economias de emissões de carbono agora, acreditamos que o número crescerá rapidamente. O crescimento das vendas ficará cada vez mais dependente da capacidade da empresa de acelerar a entrega ou adoção de metas de economia. Novas políticas para cumprir o Acordo de Paris e combater as mudanças climáticas são catalisadores constantes para maiores gastos públicos e ajudar países e empresas. Poucas empresas conhecem a sua verdadeira pegada de carbono. Mas num mundo de investimentos cada vez mais consciente do meio ambiente, todas deveriam priorizar e dominar, na nossa opinião. Ao fazer isso, os investidores devem prestar mais atenção em como as emissões do Escopo 4 afetam as metas de produção geral de uma empresa para traçar uma imagem mais precisa da sua competitividade de longo prazo e potencial de retorno.


TENDÊNCIAS ADVISORY por Margarida Pinto

MAPA DAS SOCIEDADES INDEPENDENTES DE CONSULTORIA PARA INVESTIMENTO EM PORTUGAL Umas entraram mais recentemente no mercado, outras nem tanto, mas têm em comum a base do serviço que prestam: a consultoria para investimento. Entre no mundo das 16 SCI nacionais.

C

om diferentes abordagens à consultoria para investimento no contexto das definições impostas por MiFID II - independente, não independente ou um misto das duas - estas entidades posicionam-se no mercado como prestadores de um serviço de aconselhamento de gestão de carteiras e património fora da tradicional alçada das instituições financei-

ras. São vulgarmente conhecidas pela sua sigla SCI (Sociedades de Consultoria para Investimento) e têm caraterísticas diferentes entre si. Traços que as definem, e que vão desde a forma como foram criadas, até às áreas de negócio a que se dedicam atualmente. Contas feitas, são 16 as SCI independentes de entidades bancárias a operar em Portugal. Hoje mostramos-lhe quem são e o que fazem. MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 69


TENDÊNCIAS ADVISORY

BALUARTE

ALVARIUM INVESTMENT ADVISORS É a antiga Guggenheim Investment Advisors, que desde 2020 ganhou um novo nome e imagem. Em Portugal apresenta uma licença de consultoria para investimento desde 2004. É um multi family office global, que atua como parceiro de investimento e como uma boutique que providencia soluções à medida para famílias, fundações ou outras instituições. Com representação em Londres, Suíça, Miami, Portugal e Hong Kong, a entidade é consultora externa, como revelava um relatório e contas da entidade, da fundação Champalimaud. Em Portugal Ricardo Rodrigues (na fotografia) é o managing director, Tomé Canelas, executive director, e existem três portfolio managers a trabalhar a partir de Portugal: João Pisco, CFA, António Bernardo e Tiago de Fontes Pereira de Mello.

Nascida em 2014, a Baluarte conta com Pedro Assis como fundador e diretor geral. Foi criada como um multi family office, apostando em trazer para Portugal o nível de conhecimento técnico e de serviço associado a este tipo de intermediário financeiro. Apesar de ter como clientes principais indivíduos, famílias e instituições com patrimónios e níveis de exigência acima da média, prestam consultoria a patrimónios de todos os montantes. Está autorizada a prestar consultoria para investimento em Portugal, Espanha e Itália. Desde 2019, presta serviços de consultoria em estrutura de capital a clientes corporativos. Cada elemento da equipa conta com mais de 25 anos de experiência em mercados financeiros e gestão de ativos. A equipa é constituída por Pedro Assis, diretor geral, Rita González, partner – Investimentos e Miguel Cordovil, partner – Clientes (na fotografia da esquerda para a direita).

CARNE GLOBAL FINANCIAL SERVICES Desde abril de 2019 que a entidade está registada em Portugal como Sociedade de Consultoria para Investimento, segundo as informações vigentes no website da CMVM. A entidade descreve-se no seu sítio na internet como gestora do governance, compliance, e de requisitos regulatórios e substanciais de gestoras de ativos, empresas seguradoras, fundos de pensões ou gestoras de patrimónios. Em Portugal, é Victoria Roquette a responsável pelo negócio.

BLUECROW CAPITAL Comemorou em 2020 os seus 10 anos, após a sua criação pela mão de António Mello Campello, partner da entidade. Está focada no serviço de consultoria para investimento, estando, no entanto, integrada num grupo que se dedica também à gestão de veículos de capital de risco. Entrepreneur Family Office é a forma como se definem, num espetro de atuação que vai desde o apoio na gestão de carteiras ao suporte de vertentes patrimoniais dos clientes. São, desde 2018, o consultor de investimento do fundo Discovery Fund, um fundo de investimento multi-ativos focado no mercado global, gerido pela Lynx AM. Da equipa fazem parte Duarte Calheiros e António Mello Campello (na fotografia da esquerda para a direita).

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LISBOA DOLAT CAPITAL A sua filosofia de investimento é a gestão passiva e o buy-and-hold. Os modelos de gestão de carteiras utilizados são desenvolvidos internamente e inspirados nas melhores práticas internacionais, como os fundos soberanos e os fundos de universidades (endowment funds). Em termos de linhas de negócio, prestam o serviço de Diretor de Investimentos Externo (E-CIO) com particular destaque para fundações e empresas familiares. A segunda linha de negócio é a Dolat.Digital, uma plataforma que tem como missão propor planos de investimento personalizados, ultra diversificados e com custos radicalmente baixos. A equipa é constituída por Carim Habib, managing partner, Filipa Pita, associate, Cristiana Almeida, analyst e Bruno Costa, partner (na fotografia da esquerda para a direita).


GOW CAPITAL A entidade apresenta uma conexão entre Miami, São Paulo e Lisboa. Conta com profissionais experientes em mercados financeiros de vários mercados e, segundo o seu website, focam-se em tarefas como o planeamento financeiro e patrimonial, planeamento sucessório, definição da política de investimentos e asset allocation, entre outras atividades. A equipa é constituída, segundo o website da entidade, por três sócios-fundadores: Domingos Pereira Coutinho, Miguel Moser e João César Tourinho. Maria Eugênia López é sócia. Da equipa faz ainda parte Roberto Hargreaves e Gustavo Tourinho.

LISBON FAMILY OFFICE É constituída com o cunho de um dos mais experientes (e conhecidos) profissionais da gestão de ativos nacional: Francisco Carneiro. O seu negócio concretiza-se em duas vertentes: participam como consultores independentes no processo de investimento de grandes casas internacionais e executam a consultoria para investimento tradicional, consoante as necessidades do cliente. Praticam um modelo de comissionamento fixo. As valências da entidade nascem da vasta experiência de Francisco Carneiro nos investimentos alternativos, em complemento com o trabalho de Manuel Moura, o engenheiro e quantitativo da entidade. A seleção de títulos é dirigida por modelos de base técnica e fundamental. A equipa é constituída por Manuel Moura, analista, e Francisco Carneiro, managing partner (na fotografia da esquerda para a direita).

GROW ADVISORY REAP FAMILY OFFICE Bernardo Ribeiro e Pedro Assunção fundaram o Reap Family Office em 2010. Uniram a experiência na banca privada com a experiência no research e na gestão de ativos, para criar esta sociedade. São da opinião de que neste negócio uma solução nunca serve todos, e por vezes serve mesmo apenas para um. Como valências têm a consolidação de contas e rentabilidade que fazem, com a “produção de um relatório próprio consolidando toda a informação dos diversos bancos”. Bernardo Ribeiro e Pedro Assunção (na fotografia da esquerda para a direita) são fundadores e managing partners da entidade.

Focam-se em servir os seus clientes ao nível dos ativos financeiros, com a construção de carteiras adequadas aos mesmos, mas prestam também aconselhamento de investimento na área de energia e de imobiliário. Fazem a análise de oportunidades existentes e aconselhamento de investimento em veículos de ativos não cotados, como NPLs.

PROTESTE INVESTE - CONSULTORIA PARA INVESTIMENTO (TREE FAMILY OFFICE)

PRIVATE SCI Nasceu do track record de alguns profissionais da área financeira, nomeadamente da área de banca privada. É esse também o background de Pedro António, managing partner (na fotografia). Apresenta como bandeiras a independência, a isenção e a segurança na tomada de decisão sobre os seus instrumentos financeiros estratégicos. Pedro António, Luís Santiago Pinto, Luís Araújo e Mafalda Dutschke, são os quatro partners da entidade.

É detida pela DECO PROTESTE, integrando o Grupo Euroconsumers. Pedro Catarino (na fotografia) é o responsável de negócio desta SCI nascida há quatro anos, numa altura em que ainda se faziam sentir os efeitos da última crise financeira. Nesta sua primeira fase de existência, a entidade dedica-se ao aconselhamento de diferentes tipos de clientes, especialmente investidores particulares e famílias com elevados patrimónios. O objetivo da entidade é ter uma visão completa do património familiar do cliente. De momento, a entidade está a trabalhar diferentes “dimensões e abordagens” ao nível de produto e de mercado, para assim servirem outras necessidades já identificadas.

MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 71


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TENDÊNCIAS ADVISORY

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A OPINIÃO DE

HAWKCLAW CAPITAL ADVISORS Tem Francisco Falcão (na fotografia) como fundador e atual CIO da entidade. Com um foco muito grande na componente de investimento obrigacionista, a entidade aponta atenções para algumas estratégias e temáticas de investimento. São elas a digitalização, a cibersegurança, jogos de computador, comércio online, descarbonização, eletrificação ou energias renováveis. Em 2019, a entidade foi mesmo a primeira SCI nacional a aderir aos PRI das Nações Unidas. A entidade acredita na relevância das questões ambientais, sociais e de governança corporativa (ESG), visto que podem afetar o desempenho das carteiras de investimento ao longo do tempo a vários níveis dentro das empresas, dos sectores e regiões.

PORTO

PARTNERS2U Em 2020 reviu o seu posicionamento no mercado e afinou a sua forma de atuar. Um processo que resultou da obtenção do CFA Charter por parte dos dois consultores da casa, Emanuel Vieira e Alexandre Mota Nessa clarificação de posicionamento a entidade identifica três níveis de serviço que prestam. O mais abrangente, o Full Advising, tem em conta o enquadramento completo patrimonial do cliente; um segundo nível, apelidado de Asset Management Advising, consiste na alocação estratégica do portefólio e recomendações de investimento de acordo com o perfil de investidor do cliente. Por fim, o serviço mais simples, o Auditing Advising. Os ETF são um dos instrumentos de eleição da entidade, embora também privilegiem o investimento direto, nomeadamente em dívida pública. A equipa é constituída por Emanuel Vieira, CFA, que assume as funções de CIO e Alexandre Mota, CFA, e CEO da entidade (na fotografia da esquerda para a direita).

OUTRAS SCI LISTADAS PELA CMVM SEM INFORMAÇÃO DISPONÍVEL ONLINE: ASTEER – Sociedade de Consultoria para Investimento, Unipessoal LDA

OS CONSULTORES DE INVESTIMENTO QUE OPERAM DE FORMA AUTÓNOMA: Ana Maria Celestino Alberto dos Santos Costa Pereira Hugo Ricciardi O Neill

KPX Consultoria de Investimento

Manuel Alberto Gaspar Soares

PPSA (Europe)

Pedro Braga da Cruz

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LAURA DONZELLA Responsável de distribuição institucional e de retalho para a Península Ibérica, América Latina e Ásia, Nordea AM

AS ESTRELAS GLOBAIS DE UM AMANHÃ SUSTENTÁVEL Os fundos ESG STARS da Nordea estão na vanguarda do investimento sustentável. Criam um impacto duradouro ao investir exclusivamente em empresas de elevada qualidade com fortes características ambientais, sociais e de governança (ESG). Na gestão da estratégia Global Stars Equity da Nordea, a equipa de investimento leva a cabo uma rigorosa análise fundamental bottom-up na qual consideram o impacto de vários fatores de risco ESG, os quais incorporam no seu modelo de avaliação final. Os analistas ESG da equipa de Investimentos Responsáveis da NAM colaboram com os gestores da carteira, ao proporcionar-lhes informação valiosa sobre os possíveis riscos e oportunidades que em última instância são tidos em conta na avaliação da empresa. Cada empresa dentro da estratégia Global Stars Equity da Nordea , assim como todas as potenciais novas empresas, são avaliadas para determinar se realizam negócios de maneira responsável em relação aos seus stakeholders. O sólido e provado modelo de pontuação proprietário da equipa de Investimentos Responsáveis atribui uma pontuação prospetiva a cada empresa de A, B ou C onde as empresas com classificação C não são elegíveis para os fundos ESG STARS. A cobertura atual de empresas qualificadas internamente ascende a aproximadamente 600.


TENDÊNCIAS I+D

por Ana Palomares e Catarina Vinagre

A PANDEMIA NÃO INTERROMPE O CRESCIMENTO DO NÚMERO DE FUNDOS TRANSFRONTEIRIÇOS… MAS TRAVA-O A consultora PwC publicou o seu relatório anual Global Fund Distribuition no qual resume a atividade transfronteiriça das gestoras.

O

bom comportamento que protagonizaram, em linhas gerais, os mercados de valores durante 2020 devido às políticas monetárias e fiscais para enfrentar o impacto da COVID-19 na economia, é talvez a razão principal porque 2020 foi outro ano positivo para a indústria da gestão de ativos. Segundo estimativas da Inverco (associação de fundos espanhola), o património estimado das instituições de investimento coletivo a nível mundial situava-se nos 51,3 biliões de euros no final do ano passado, o que implica um aumento de 5.0%. E esse crescimento deixou-se notar também no que concerne os fundos transfronteiriços, o que é o mesmo que dizer fundos que se comercializam em mais do que um país. Os números foram

publicados pela PwC Luxembourg na 21ª edição do seu relatório anual Global Fund Distribuition. Segundo esse estudo, no fecho do ano passado havia um total de 14.128 fundos de investimento transfronteiriços após se alcançar os 128.520 registos (7.062 novos), o que implica um crescimento de 0,7% e de 5,8%, respetivamente. Apesar dos números serem positivos, são muito inferiores à média dos últimos 10 anos (5,98% e 7,42%), o que demonstra um certo abrandamento na comercialização transfronteiriça de novos fundos por parte das gestoras de ativos (primeiro gráfico). Robert Glover, sócio da PwC Luxembourg, explica as causas que podem estar por detrás. “Dados que os gestores de ativos travaram os planos de expansão, tanto de novos fundos como de novas jurisdições, os esforços centraram-se em

PORTUGAL NA LINHA DA FRENTE Uma das conclusões mais interessantes que se retira do estudo da PwC é relativa ao nosso país. Portugal é o mercado da Europa onde ser registou um maior aumento do número de novos registos (749) em 2020. Segundo explicam da consultora, este crescimento deveu-se especialmente à procura de ETF por parte dos investidores no país. Só em 2020 foram registados 637.

MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 73


TENDÊNCIAS I+D

EVOLUÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA Número de fundos transfronteiriços e número de registos por país. LUXEMBURGO

IRLANDA

REINO UNIDO

FRANÇA

JERSEY

OUTROS

160.000

16.000

150.000 13.669

Número de registos transfronteiriços

128.520 121.458

11.732

120.000

11.222

100.000

9.436

90.000

96.548

70.000 5.907

60.000

56.492

5.170

4.875

83.505

7.441 72.264

6.525 58.553

62.812

10.000

91.027

7.907 7.366

103.531

9.869

8.511

80.000

12.000

113.495

10.430

110.000

14.128

14.000

12.607

130.000

50.000

14.031

8.000

76.500

65.931

6.000

49.226 43.304

40.000

4.000

36.411

Número de fundos transfronteriços

NÚMERO DE FUNDOS TRANSFRONTEIRIÇOS

140.000

30.000 48.754 20.000

2.000

10.000 0

0 2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

2020

5,8

7,0

7,3

7,6

7,7

7,9

7,9

7,7

7,7

7,8

8,0

8,1

8,2

8,2

8,3

8,7

9,1

Média de registos por fundos transfronteiriços Fonte: PwC Luxemburg.

AS GESTORAS COM MAIS PRESENÇA CROSS BORDER RANKING

GESTORA

PAÍSES NOS QUAIS DISTRIBUEM (INCLUI O DE DOMICÍLIO)

1

Franklin Templeton

2

Fidelity Investments

47

3

HSBC Holdings

43

4

Schroders

42

59

5

BlackRock

41

6

Allianz Group

38

6

Invesco

38

8

J.P. Morgan

36

9

Amundi Group

35

10

Aberdeen St. Inv.

34

10

BNP Paribas

34

10

Commonwealth Bank of Aus.

34

10

UBS Group

34

Fonte: PwC Luxemburg.

74  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

desenvolver a sua pegada de distribuição com os produtos existentes e nos mercados maduros”, afirma. Não obstante, o impacto da COVID-19 não foi igual em todas as regiões. Por exemplo, enquanto em África e na Europa o crescimento em número de registos foi de apenas 4% e de 5%, em regiões como o Médio Oriente e a América, o aumento foi de 42% e 18%, respetivamente. A fotografia que nos deixa a consultora no que respeita aos ETF está muito mais desfocada. Segundo os seus dados, o número de fundos cotados transfronteiriços diminuiu 6,2% para os 4.482 em 2020 após o fecho record de 297 produtos devido, segundo explicam, ao “aumento da concorrência, às fusões e aquisições e à falta de captação de ativos”.

De facto, é preciso ter em conta que a indústria de provedores de ETF está muito concentrada, até ao ponto de que, segundo dados da Morningstar, os três primeiros (iShares, Vanguard e State Street) concentrarem 67,4% dos ativos sob gestão a nível mundial.

O REI LUXEMBURGUÊS

Apesar de a chegada do Brexit ter levado muitas gestoras a optar pela Irlanda na hora de registar os seus fundos transfronteiriços perante a dificuldade de continuar a comercializar os veículos britânicos fora do Reino Unido, o Luxemburgo manteve o seu estatuto de grande mercado comercializador do mundo. De facto, segundo dados da consultora, desses 14.128 fundos transfronteiriços, 7.410 estão domiciliados no Luxemburgo, o que repre-


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A OPINIÃO DE

AS ESTRATÉGIAS QUE CONCENTRAM O MAIOR NÚMERO DE REGISTOS

2020 2019

Número de registos transfronteriços.

GEORGE SAFFAYE Gestor do BNY Mellon Mobility Innovation Fund, BNY Mellon IM

DISRUPÇÃO, TECNOLOGIA E 2021. PARA ONDE VAMOS?

AÇÕES EUROPEIAS AÇÕES GLOBAIS AÇÕES SETORIAIS OBRIGAÇÕES GLOBAIS OBRIGAÇÕES EUROPEIAS AÇÕES EUA AÇÕES EMERGENTES OBRIGAÇÕES EUA AÇÕES ÁSIA PACÍFICO ALTERNATIVOS OBRIGAÇÕES EMERGENTES MISTOS EUROPA AÇÕES JAPÃO RETORNO ABSOLUTO MISTOS EUA 0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

16.000

Fonte: PwC Luxemburg.

PORTUGAL É O PAÍS EUROPEU ONDE A DISTRIBUIÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE FUNDOS MAIS CRESCEU EM 2020 https://bit.ly/3e1Gf8m

senta 57% do total, face aos 33% dos fundos irlandeses. Não obstante, nos últimos três foi a quota irlandesa a que mais cresceu. Assim o vemos em dados de 2018, quando o peso da Irlanda era de 26% face aos 62% do Luxemburgo.

GESTORAS MAIS ATIVAS

São muitas as gestoras que distribuem os seus fundos em mais do que um mercado. Segundo o relatório da PwC Luxembourg, a mais ativa neste sentido continua a ser a Franklin Temple-

ton, presente em 58 mercados de todo o mundo, seguida da Fidelity Investments, em 47 praças, e da HSBC, em 43 mercados (na tabela). As três gestoras mantêm assim o mesmo lugar no ranking que tinham em 2019, ainda que haja mudanças nas posições seguintes. Por exemplo, a quarta gestora mais ativa agora é a Schroders em substituição da BlackRock, que cai para a quinta posição do ranking. E o sexta lugar é partilhado pela Invesco, quinta em 2019, e pela Allianz Global Investors, que escala da 11ª posição.

Acreditamos que as tendências positivas de 2020 vão continuar durante 2021. Ainda que a pandemia continue a representar uma fonte importante de risco, esperamos que a combinação de taxas de juro baixas, mas ascendentes, os baixos níveis de inventário, as novas fontes de inovação em mobilidade, a regulação mais rigorosa, a maior consciencialização ambiental e as mudanças nas preferências dos consumidores se traduzam em fatores cíclicos e estruturais que vão impulsionar a procura em todo o setor da mobilidade. Em 2020, a volatilidade causada pela pandemia contribuiu para acelerar a transformação digital da economia. A pandemia acelerou a inovação e a disrupção tecnológica em praticamente todos os setores. Na nossa opinião, esta mudança será o catalisador de muitas outras, desde a angariação e retenção de clientes através de interações digitais até a uma economia sem fricções liderada por modelos de negócio disruptivos. Acreditamos que as empresas vão aumentar as suas capacidades tecnológicas remotas e sustentáveis, ainda que isto não irá substituir por completo o comportamento normal dos consumidores e das empresas. Este investimento em tecnologias remotas e móveis apoia tendências de gastos mais elevados à medida que a economia global for recuperando. O que é mais interessante de uma perspetiva de longo prazo é a forma como as empresas vão usar a tecnologia daqui em diante, a partir da experiência da pandemia, que as levou a adotar a transformação digital com maior convicção. MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 75


76  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

Aa é c náli de ada se de de Ling vez sen inf ua ma tim orm ge is a en aç m N plic tos ão at ad ou ec ura a e a on l (P at Int om LN rav elig ica ), s és ên me en do cia nte do uso art rel per do ifici ev mit Pr al e an te. ida u oces moc ma sam ion ex en al tra to çã o

ÓL D IO E S

INT AR ELI NA TIF GÊ PO GE IC NC RT STÃ IAL IA EF O TENDÊNCIAS FUNDS SERVICES por Sofia Guerra


RECEITAS DO MERCADO MUNDIAL DE PROCESSAMENTO DE LINGUAGEM NATURAL DE 2017 A 2025 50.000

43.289

MERCADO EM MILHÕES DE DÓLARES AMERICANOS

40.000

37.330

30.356

30.000

23.999 20.000

17.578 12.399 10.000

8.211 3.187

5.075

0 2017

2018

2019

2020

2021

2022

2023

2024

2025

Fonte: Statista.

A

gestão de portefólios envolve a tomada de decisões quanto à alocação de ativos com o objetivo de construir uma carteira com risco e retorno específicos. As técnicas de inteligência artificial (IA) podem facilitar este processo, na medida em que existem várias áreas dentro da gestão de carteiras onde estas técnicas podem ser aplicadas. A análise fundamental pode ser considerada como elemento central da gestão de carteiras e pode ser consideravelmente facilitada pela IA. A aplicação mais significativa da IA, na análise fundamental, é a análise textual. Esta é possível através

da análise de sentimentos ou IA emocional, que consiste no uso de Processamento de Linguagem Natural (PLN), análise de texto, linguística computacional e biométrica para identificar, extrair, quantificar e estudar sistematicamente a informação subjetiva. As abordagens PLN permitem a extração de informação economicamente relevante, de várias fontes de texto, tais como relatórios anuais de empresas, notícias, artigos, e mesmo publicações no Twitter. Ao contrário das técnicas mais tradicionais de análise textual, tais como abordagens baseadas em dicionários que extraem informação apenas de palavras

individuais no texto, as abordagens de PLN também podem interpretar o contexto e a estrutura das frases. Assim, tem havido um crescente interesse nas técnicas de PLN, não circunscrito à área financeira, que aumenta a probabilidade dos investimentos nestas abordagens aumentarem na medida dos respetivos avanços tecnológicos. Estima-se que as receitas provenientes dos processos de linguagem natural cresçam drasticamente nos próximos anos. Prevê-se que o mercado seja quase 14 vezes maior, em 2025, do que era em 2017. Quanto à otimização de portefólios, a teoria moderna do portefólio de MarMAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 77


TENDÊNCIAS FUNDS SERVICES

UTILIZAÇÃO MUNDIAL DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA GESTÃO DE ATIVOS EM 2020 A considerar, mas sem nenhuma ação neste momento

35% 6%

Não pretende utilizar

12%

6%

17%

Outros

Atualmente a utilizar

Atualmente em avaliação prática

24% A considerar

kowitz oferece tipicamente a base teórica. No entanto, há desafios que surgem na prática. Primeiro, os pesos ótimos dos ativos são altamente sensíveis às estimativas dos retornos esperados no futuro, que são por natureza incertas. Em segundo lugar, estimar a matriz de variância-covariância, que está no cerne da teoria de Markowitz, requer uma grande 78  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

série de dados temporais e a assunção de correlações estáveis entre os retornos dos ativos, que nem sempre se verifica, causando instabilidade na matriz. As técnicas de IA também podem ajudar a melhorar estas lacunas das técnicas clássicas de construção de portfólios. Em primeiro lugar, a IA pode produzir estimativas de retorno e risco mais preci-


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A OPINIÃO DE NED NAYLOR-LEYLAND Diretor de Estratégia, Ouro e Prata, Jupiter Asset Management

A IA PODE PRODUZIR ESTIMATIVAS DE RETORNO E RISCO MAIS PRECISAS DO QUE AS PRODUZIDAS POR OUTROS MÉTODOS sas do que as produzidas por outros métodos e que podem ser utilizadas dentro de estruturas tradicionais de construção de carteiras. Em segundo lugar, as técnicas de IA podem fornecer abordagens alternativas de construção de carteiras que geram pesos dos ativos no portfólio mais precisos e, ao mesmo tempo, produzir carteiras otimizadas com melhor desempenho do que as geradas pelas técnicas lineares tradicionais. Outra técnica popular de IA, na construção de carteiras, é a dos algoritmos evolutivos, que têm a flexibilidade para resolver problemas mais complexos de alocação de ativos. Estes são capazes de, por exemplo, incorporar o risco do modelo não produzir estimativas precisas de volatilidades e de retorno dos ativos no problema de otimização para reduzir o erro de previsão.Para que este tipo de algoritmos seja eficaz, é crucial a criação de funções que sejam adequadas à grande quantidade de dados alimentados no sistema, e que estes, por sua vez, sejam de qualidade. As carteiras otimizadas que utilizam esta abordagem acabam por verificar maiores rácios Sharpe do que aquelas que consideram apenas o retorno e a volatilidade nas suas funções objetivas.

Adicionalmente, as redes neurais artificiais (RNA) têm a capacidade de capturar relações não lineares entre ativos sem qualquer conhecimento prévio sobre a estrutura subjacente dos dados. Tal pode ser útil para replicar carteiras de referência, tal como índices, resultando em custos de transação de reequilíbrio da carteira mais baixos, bem como em custos reduzidos de gestão e monitorização da carteira. Apesar de todos os benefícios presentes na utilização de IA na gestão de portefólios, esta ainda é pouco utilizada, para este efeito a nível mundial, segundo estatísticas de 2020. Num inquérito a nível global, apenas 6% dos gestores de ativos inquiridos declararam utilizar inteligência artificial para a gestão de portefólios. Contudo, 76% dos inquiridos declararam estar a considerar ou a avaliar a introdução desta tecnologia como uma ferramenta adicional para análise e gestão de portefólios.

A autora do artigo é aluna do Mestrado em Finanças da Católica Porto Business School, que venceu recentemente o concurso Champion Ship 2020, organizado pela Católica Porto Investment Club e patrocinado oficialmente pela gestora Sixty Degrees. O artigo teve por base um artigo de uma newsletter da gestora.

ALAVANCAGEM, MOMENTUM E NARRATIVA PARA O OURO E PARA A PRATA A reação dos mercados obrigacionistas às orientações da Fed tem oscilado entre o muito dovish e muito hawkish. Durante muito tempo, o comportamento das taxas de juro dominou o debate, sendo atualmente o comportamento da inflação. Existe uma acentuada inflação nos preços dos alimentos. No passado, esta inflação esteve correlacionada com os preços do ouro e da prata. A maioria dos investidores tem tendência para considerar o ouro como uma cobertura da inflação. O ouro perdeu temporariamente os três fatores necessários para um bom desempenho nos mercados modernos, o LMN (Leverage, Momentum, Narrative). Poderão ser boas notícias para quem pensa aumentar a alocação ao ouro! Curiosamente, a prata tem tido um melhor desempenho do que o ouro, apesar de ter perdido alguma dinâmica, ainda mantém a narrativa, o que ajudou a sustentá-la. Tem havido uma grande diferenciação no desempenho das ações subjacentes aos metais monetários, entre as que têm tido bons resultados nos últimos meses, e as que foram prejudicadas pelos cortes de posições por parte dos detentores de índices. O conceito de um superciclo de commodity perdura há anos. O comportamento das matérias-primas implica um superciclo, que considero ser um superciclo monetário, que poderá estar a acabar, com repercussões para todos os ativos. Tirando partido deste superciclo, nos últimos meses comprámos ações de elevada qualidade que caíram muito sem razão aparente. Quando ocorrer uma alteração nas taxas reais, o mercado de metais monetários deverá recuperar a LMN, fazendo sentir-nos otimista em relação ao futuro. MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 79


ENTREVISTAS GURU

por Samuel Capucho

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“Uma estratégia de small caps que se comportou bem durante 2020”, quem o diz é Nicolas Janvier, o responsável pelo fundo Threadneedle (Lux) American Smaller Companies. De facto, o desempenho deste fundo foi cerca de 11,2% superior ao seu índice de referência. Qual foi a mensagem principal que o gestor deixou? A metodologia que o próprio adotou na gestão. TNE

RESPONSÁVEL DE AÇÕES NORTE-AMERICANAS E GESTOR DO THREADNEEDLE (LUX) AMERICAN SMALLER COMPANIES FUND MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 81


ENTREVISTAS GURU

RETORNO AJUSTADO AO RISCO A metodologia de tomar especial atenção aos retornos ajustados ao risco foi fundamental para capturar o prémio de risco das small caps de uma forma consistente e previsível.

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Threadneedle (Lux) American Smaller Companies Fund da casa gestora americana Columbia Threadneedle Investments não deixa margem para dúvidas quanto ao seu foco de investimento. Esta estratégia, lançada em 1997, especializa-se desde então em ações de small cap americanas. Mas foi durante o último ano que este tipo de investimento e, consequentemente este fundo, viu os seus retornos alcançarem excelentes resultados. Os números falam por si - o American Smaller Companies valorizou mais de 110% durante os últimos 12 meses. Em termos comparativos com o indicador de referência - o Russell 2500 Index - a sua performance foi cerca de 11,2% superior. Como máximo responsável por esta estratégia de investimento desde 2015, Nicolas Janvier, CFA, pode ser considerado o principal protagonista deste sucesso. O próprio descreve que o seu principal objetivo como gestor ativo é “oferecer retornos consistentes e previsíveis para os clientes”. No entanto, como se capta o prémio de risco das small caps de uma forma consistente e previsível? Que filosofia está por detrás deste veículo de investimento, como se carateriza e, não menos importante… como adaptou a mesma ao downturn de 2020?

O SEU PASSADO RECENTE

“Tudo à volta deste fundo é focado no retorno ajustado ao risco”, começa por introduzir o gestor quando questionado sobre o processo de investimento e filosofia do fundo. O que é certo é que o Threadneedle (Lux) American Smaller Companies teve um ano de 2020 fantástico. Tanto quando o mercado estava em baixo, tanto quando o mercado recuperou. “O fundo teve um forte desempenho face ao seu benchmark”, assinala. Contudo, quais foram os pontos fundamentais que, aos olhos do responsável, mais contribuíram para essa boa performance? Nicolas Janvier acredita em dois pontos fun82  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

damentais. Um primeiro tem a ver com a análise upside e downside. “Em todas as ações que temos no portefólio, fazemos tanto a análise do upside potencial, como a análise do downside potencial, e então estabelecemos um target nos dois sentidos”, apresenta. Deste modo, a equipa de gestão sabe que se as coisas não correrem como esperado qual é o potencial downside. Já o segundo ponto destacado pelo gestor – “tão importante quanto o primeiro”, refere - tem a ver com a diversificação da carteira. “Se olharmos para a construção do portefólio do fundo, observamos que está bem diversificado e equilibrado para todos os setores e indústrias”, aborda. Portanto, apesar das 66 ações mantidas em carteira pelo Threadneedle (Lux) American Smaller Companies, o gestor crê que todos os setores da economia estão bem representados no fundo. Neste sentido, “em períodos de stress, possuir uma boa diversificação tende a ajudar e a proteger a carteira da queda do mercado”, reforça. Assim, Nicolas Janvier acredita que o exercício de tomar especial atenção aos retornos ajustados ao risco e o facto de o Threadneedle (Lux) American Smaller Companies estar diversificado por todos os setores, foram duas razões fundamentais para o fundo ter atingido uma boa performance quando o mercado estava pessimista.

POSICIONAMENTO ATUAL

“O portefólio do fundo está hoje concentrado no setor industrial, mas comparativamente ao índice de referência, é um peso relativamente pequeno”, diz. Por outro lado, segundo o gestor, o setor a que o fundo está menos exposto é o setor energético. Porquê? Apesar de a equipa de gestão se importar com o investimento responsável, a razão é porque Nicolas Janvier acredita que esse setor hoje em dia é muito problemático. No entanto, a mensagem principal que pretende deixar é clara. “O fundo tem como racional base procurar


“NÃO ESTAMOS MUITO EXPOSTOS AO RISCO SETORIAL, O NOSSO FOCO ESTÁ NO RISCO ESPECÍFICO DAS AÇÕES E É ASSIM QUE ALOCAMOS O ORÇAMENTO DE RISCO” pequenas ideias que tenham um grande potencial de crescimento”, coloca. O gestor também abordou uma diferente perspetiva de observar o bom desempenho do fundo. Nicolas Janvier acredita que, apesar de considerar que um olhar sobre a performance vs. benchmark seja importante, o profissional está mais focado no rácio de informação. Assim sendo, o que realmente importa é como se alcançou tais retornos e não quanto se alcançou. “O fundo está no primeiro quartil a um, três e cinco anos, mas se observamos o rácio de informação - porque o nosso tracking error tende a ser relativamente menor do que os nossos peers - também está quase sempre posicionado no primeiro quartil”, acrescenta. Nesse sentido, as-

sinala que esse é um grande driver para o fundo, e não é por mero acaso: “É como entregamos retornos ajustados ao risco superiores”, coloca. Assim, o que diferencia este fundo da concorrência? “O que se vê no nosso fundo é que estamos posicionados numa relativa neutralidade setorial. A nossa concorrência, na Europa em particular, tende a ser muito orientada para empresas de crescimento e, portanto, assume muito risco de estilo growth. No nosso fundo estamos mais dispersos entre estilos. Não assumimos muito risco de setor. Não assumimos muito risco de fatores. O nosso foco está no risco específico das ações e é assim que alocamos o nosso orçamento de risco”, responde.

E OS FATORES ESG?

O posicionamento do fundo em termos de critérios ESG não deixou de ser abordado. Apesar dos recentes envolvimentos relativos a este tema, o Threadneedle (Lux) American Smaller Companies vem desde há muito tempo a integrar o investimento sustentável e responsável. Neste contexto, o gestor refere a equipa de 16 profissionais com que trabalha simultaneamente para procurar as melhores empresas posicionadas em termos de critérios ESG, mas também uma ferramenta proprietária - um rating de investimento sustentável desenvolvido pela própria casa gestora. MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 83


ENTREVISTAS GESTOR PORTUGUÊS por Miguel Rêgo, CFA

Emília Vieira CEO, CASA DE INVESTIMENTOS

“NÃO TEMOS A NECESSIDADE DE ESTAR COLADOS A UM ÍNDICE OU EM ESTAR CERTOS TODOS OS DIAS” Os princípios que regem a filosofia de investimento da Casa de Investimentos não são novidade. São, isso sim, princípios provados e comprovados historicamente por alguns dos mais bem sucedidos investidores a longo prazo, onde se inclui Warren Buffett.

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ontudo, se são assim tão conhecidos e comprovados, porque não seguem todos a mesma receita? A resposta é simples e foi dada pelo próprio CEO da Berkshire Hathaway: Ninguém quer ficar rico devagar. Paciência e uma boa dose de otimismo são as qualidades necessárias para ser bem sucedido numa abordagem de investimento que capitaliza no poder composto do crescimento de negócios com vantagens competitivas sustentáveis, qualidade de gestão, balanços sólidos e boas rentabilidades e gestão do capital. Estas são, segundo Emília Vieira, CEO da Casa de Investimentos, as qualidades dos “negócios excecionais” em que investem globalmente e no contexto do fundo lançado recentemente, em formato PPR, e que possibilita o acesso dos investidores de menor património à estratégia da entidade gestora de Braga. Com uma abordagem bottom-up de seleção de títulos a nível global, Emília Vieira esclarece que o foco do Casa Global Value PPR/OICVM “passa por analisar e avaliar oportunidades concretas de investimento, construindo a partir daí o melhor portefólio possível numa lógica permanente de análise risco-retorno”. Não quer com isto dizer que são alheios à situação económica ou específica de determinadas regiões ou setores, mas sim que têm “a preocupação de, consciente84  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

mente, focar a atenção da equipa na análise de determinados setores ou empresas que pareçam promissoras ou então situações que o mercado possa estar a interpretar de uma forma diferente ao nosso julgamento e onde possamos detetar oportunidades de valor”. Mas uma nota importante: “a constituição da carteira resulta, naturalmente, do processo de análise de oportunidades que, conforme explicámos anteriormente, não tem limites ou obrigações de investimentos geográficos ou setoriais”.

PROCESSO

Para o screening do mercado recorrem a ferramentas desenvolvidas internamente “de modo a poder identificar títulos que possam eventualmente ser bons candidatos a ocupar um lugar na carteira, quer pela sua qualidade, quer eventualmente por apresentarem um desconto significativo face a um valor que nos pareça razoável”. Segue-se a análise fundamental e a due diligence de forma a aferir se título apresenta as características que procuram e qual poderá ser o “valor justo para o negócio se o comprássemos todo”. “Devo salientar que mesmo um título que chega a esta fase e se conclua ter as características de qualidade suficientes para pertencer à carteira de investimentos e que para além disso transacione a desconto face ao valor que consideramos ser justo, não significa obrigatoriamente que venha a fazer parte da carteira de investimentos. Se chegarmos à conclusão que uma troca de ativos não acrescenta mais qualidade ou mais potencial de retorno, não adicionamos o ativo à carteira”.

CARTEIRA DE CONVICÇÃO

A carteira da entidade bracarense pode ser apelidada de convicção. De todo o universo disponível, o fundo está investido em 27 empresas que deverão, além disso, passar bastante tempo em carteira. “Consideramos que entre 20 a 30 empresas de grande qualidade nos permitem a diversificação adequada. Nesta altura o fundo está investido em 27 empresas. Gostamos de comprar e manter e, por isso, o turnover esperado é baixo. Gostamos de manter os custos de transação baixos”, esclarece a profissional. “Tipicamente temos uns 10-20 títulos numa situação de watchlist que vamos mantendo sob uma vigilância mais apertada na eventualidade do mercado nos oferecer uma oportunidade de entrada a preços mais baixos.” “A grande vantagem que temos na Casa de Investimentos e que esperamos que os nossos clientes valorizem, é não ter necessidade de estarmos colados a um índice ou em estar certos todos os dias. Procuramos estar certos a longo prazo”. Veja na primeira parte da entrevista a Emília Vieira os detalhes do lançamento do fundo, dos parceiros e da equipa que tornam o projeto possível. https://bit.ly/3eY8HY6


EXPERIÊNCIA ACADÉMICA Co-fundadora da Casa de Investimentos, Emília Vieira tem um percurso profissional que combina a engenharia financeira quantitativa e as finanças corporativas com diversas experiências como professora em contexto universitário.

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ENTREVISTAS GURU

por Óscar R. Graña

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O mundo está a mudar. Está a passar do usar e deitar fora, para práticas de consumo mais responsáveis. É uma tendência imparável que terá a sua continuidade por três fatores: o aumento da legislação, a mudança nas preferências dos consumidores e a resposta das empresas para centrar-se em práticas circulares. É precisamente este conceito, a economia circular, sobre a qual trabalha Evy Hambro. Trata-se de uma temática ainda hoje muito desconhecida que, segundo o gestor, o mercado está a subestimar. TNE

GESTOR DO BLACKROCK CIRCULAR ECONOMY MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 87


ENTREVISTAS GURU

O QUE É A FUNDAÇÃO ELLEN MACARTHUR? A Fundação Ellen Macarthur, pilar fundamental sobre o qual assenta o BGF Circular Economy Fund, foi criada no ano de 2010 com o objetivo de acelerar a transição da economia circular. Desde o seu nascimento, esta organização de beneficência emergiu como líder de opinião global, colocando a economia circular na agenda dos responsáveis pela tomada de decisões em todo mundo. “A associação exclusiva com a Fundação Ellen MacArthur permite-nos garantir que o fundo se mantém fiel à temática e capta as oportunidades existentes dentro dos diferentes setores”, indica Evy Hambro.

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BGF Circular Economy é uma das grandes apostas da BlackRock na sua gama de fundos temáticos. Trata-se de uma estratégia muito peculiar. A gestora americana criou o fundo em outubro de 2019 em colaboração com a Fundação Ellen MacArthur (EMF). Como parceiro especialista da BlackRock, a EMF proporciona uma visão competente e orientação sobre a compreensão do que é circular e do que não é. Para Evy Hambro, gestor do fundo, isto permite definir o universo abordável para a sua carteira. “O enfoque no consumo de ter, usar e desperdiçar, não só é insustentável, como é cada vez mais antieconómico, tanto para os consumidores e produtores como para o meio-ambiente”, afirma o gestor. “Face a um contexto de expansão da população mundial e com um rendimento disponível cada vez maior, procurando mais comodidade, esta economia linear representa mil milhões de dólares de valor desperdiçado em matérias primas, em processos de fabricação e em custos de eliminação. Um enfoque alternativo de consumo, a economia circular, está a mobilizar-se rapidamente e isto apresenta oportunidades de crescimento para as empresas. É uma temática que o mercado está a subestimar”. Concretamente, Evy Hambro investe nos adotantes, beneficiários e facilitadores da economia circular a nível mundial em todas as indústrias e setores. Concretamente, procura uma combinação de todos eles, sem nenhum tipo de restrição geográfica ou setorial, através de um processo disciplinado de construção da carteira que otimiza o risco para garantir que os investimentos estejam diversificados e reflitam as ideias de maior convicção. “O universo de investimento inclui qualquer empresa que permita, adote ou beneficie da economia circular. Como 88  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

não está predefinido, traçámos o nosso próprio universo de investimento à medida com a ajuda da Fundação Ellen MacArthur”, explica Ambro. Para isso, “identificámos uma lista de empresas relacionadas com a temática aproveitando os nossos trabalhos de investigação. Em seguida, colaborámos com um provedor externo que utiliza algoritmos, ferramentas de recompilação de dados e análise da cadeia de fornecimento para identificar outros valores relacionados com a temática. Centrando-nos nos mais relevantes e aplicando restrições de liquidez, criámos um universo de investimento de cerca de 500 empresas. Apenas alocamos capital àquelas nas quais temos a convicção de que existe uma oportunidade de valor importante”, sublinha. A equipa examina o universo de investimento em função das métricas de valorização, rendimento e ESG com o objetivo de identificar temas para a carteira. Também geram ideias através de um enfoque que combina a análise fundamental bottom-up das empresas com o da super-posição macroeconómica e setorial top-down. “Dedicamos tempo a analisar a dinâmica do mercado de uma empresa, os impulsionadores das receitas, os estados financeiros, as valorizações e os riscos do cenário central. Tentamos entender os fatores que influenciam o preço de uma ação e também o que o mercado está a antecipar ou a passar ao lado”, explica o gestor. “Isto inclui o acompanhamento dos fatores ESG, para o qual nos baseamos em dados internos e externos, para além de trabalhar estreitamente com a equipa de gestão de investimentos da BlackRock. Este processo garante que a equipa compreende os fatores que impulsionam a criação de valor de uma empresa e o preço das suas ações”. A sua associação com a Fundação Ellen MacArthur ajuda-os a mapear um universo de investimento o mais


“O ENFOQUE DE CONSUMO DE TER, USAR E DESPERDIÇAR NÃO SÓ É INSUSTENTÁVEL, COMO É CADA VEZ MAIS ANTIECONÓMICO”

puro possível para a temática. Neste sentido, Hambro espera que as empresas nas quais investe mantenham uma exposição de 20% das receitas à economia circular. No entanto, também tem em conta empresas que atualmente não alcançam este patamar, mas que estão na direção de garantir que chegarão lá num futuro próximo. “Para todas as empresas que hoje contam com uma percentagem abaixo dos 20% de exposição à economia circular, aplicamos medidas de sustentabilidade mais restritas do que para o resto dos negócios”, reconhece. Segundo o gestor, a mudança para uma economia circular continua em marcha e, em muitos aspetos, como a redução dos recipientes de plástico utilizados pelas empresas de comércio eletrónico e o aumento da procura de plásti-

cos biodegradáveis, viu-se mesmo acelerada pela crise. “A adoção da circularidade tem continuado a experimentar um forte impulso nos últimos meses. Em vez de utilizar a pandemia como desculpa para reduzir os esforços de circularidade, tem-nos encorajado especialmente ver nas últimas atualizações de resultados o que as empresas que se centram cada vez mais nesta área têm feito”. O mundo está a mudar. Do usar e deitar fora está a passar-se para práticas mais sensatas. “Esperamos que se continue a prestar atenção ao consumo responsável e às mudanças na forma de gerir os resíduos impulsionados pela confluência de três fatores chave: o aumento da legislação, a mudança das preferências dos consumidores que favorecem as alternativas sustentáveis e as respostas das empresas para se centrarem nas práticas circulares”. As empresas sustentáveis têm sido algumas das mais resistentes nos recentes movimentos de mercado. Evy Hambro acredita que a realocação a grande escala do capital para essas entidades continuará a longo prazo à medida que a luta contra as mudanças climáticas se converta numa prioridade para os investidores de todo o mundo. Isto faz com que estejamos perante o surgimento de uma grande oportunidade de investimento, atualmente ainda muito pouco explorada, que na gestora ainda estão dispostos a aproveitar. “Gerimos fundos temáticos desde o ano 2000 e sabemos como fazê-lo”, conclui. MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 89


ENTREVISTAS DISTRIBUIDOR

por Miguel Rêgo, CFA

TAILOR MADE “O processo de aconselhamento tem sempre por base um horizonte temporal mínimo de 18 a 24 meses e com um olhar mais tailor made e individualizado por perfil de cliente”

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Luiz Estrada RESPONSÁVEL COMERCIAL DO SEGMENTO DE BANCA PRIVADA EM PORTUGAL, BANCO ITAÚ

“PODEMOS DIZER QUE OS FUNDOS DE GESTÃO ATIVA SÃO A ESPINHA DORSAL DAS NOSSAS SUGESTÕES DE ALOCAÇÃO” Como resposta a uma crescente procura por apoio no processo de relocalização de clientes brasileiros em Portugal, o Banco Itaú decidiu-se pela criação de uma unidade de private banking no nosso país.

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vontade de implementação no nosso país já tinha sido dada a conhecer por Luiz Estrada, responsável comercial e responsável pelo segmento de banca privada em Portugal, numa entrevista recente publicada no website da FundsPeople. Ainda na sua génese, a oferta deste segmento de negócio do banco brasileiro em Portugal suporta-se muito em toda a estrutura global de gestão de ativos e patrimónios que caracteriza a instituição financeira. Na vertente de consultoria para investimento, neste momento apenas no modelo não independente, a oferta de produtos “está vinculada aos produtos distribuídos” nas unidades de Zurique e Miami, “sempre validando com os nossos comités locais”, esclarece o profissional. O processo de aconselhamento tem sempre por base um horizonte temporal mínimo de 18/24 meses e com um “olhar mais tailor made e individualizado por perfil de cliente”. “A nossa equipa de estrategas reúne-se mensalmente no comité de investimentos para definir as alocações macro dos nossos modelos de portefólio. Eventualmente, durante o mês, caso exista algum tema onde se julgue necessário, realiza-se algum ajuste no rumo ou ritmo de alo-

cação. Com esse cenário básico definido, os banqueiros e os advisors avaliam com base no mandato contratado com o cliente quais serão as recomendações para cada um dos clientes com base no perfil de risco e suitability”, detalha. Em relação à gestão discricionária esta é garantida pela Itaú Asset. “O maior exemplo aqui são as carteiras discricionárias que oferecemos para os clientes e que desejam seguir 100% a alocação discutida no nosso comité de investimento, que são distribuídas através de uma família de fundos de fundos que chamamos de AAA, via Luxemburgo e que representam hoje aproximadamente 10% do total sob gestão no Itaú Private Internacional”, explica, enumerando os três tradicionais perfis de investidor disponíveis e que orientam a alocação da gama de fundos AAA - conservadora, moderada e de crescimento. “Além dessa estratégia temos outras estratégias discricionárias dedicadas ao private para alocações em hedge funds, retorno absoluto e long only onde trazemos as principais casas globais como Coatue, 2 Sigma, Third Point, Tudor entre outras”, acrescenta.

FUNDOS DE INVESTIMENTO

“Podemos dizer que os fundos de gestão ativa são a espinha dorsal das nossas sugestões de alocação”, revela Luiz. Isto porque, como revela, acreditam e confiam muito no trabalho de curadoria dos gestores e fundos que hoje é desempenhado pela equipa de fundos de fundos. “Mais de 40 pessoas participam desse processo”, detalha. A ideia é trazer para a prateleira os best in class para cada classe, subclasse de ativos e/ou estratégia de gestão. Segundo o profissional, hoje em dia, e apenas na plataforma internacional (excluindo o Brasil), trabalham “com mais de 55 gestoras além da própria Itaú Asset, sendo que 24 das 55 são gestoras de hedge funds de estratégias variadas”, comenta. “Os fundos de gestão passiva, o investimento direto, e também os produtos estruturados são complementares à nossa estratégia de alocação onde podemos, de acordo com o desejo do cliente, agregar estratégias temáticas ou trazer oportunidades táticas de curto prazo para as carteiras”, aponta. Já no caso das obrigações e outros instrumentos de fixed income, seja pelo perfil e apetite de risco do cliente ou por estar no seu ADN, acabam “por ter uma alocação razoável em títulos de mercado emergentes da América Latina, que pode ser interessante para clientes com perfil de buy and hold”. No caso dos alternativos, Luiz Estrada salienta que a procura “tem aumentado bastante nos últimos anos”. “Acredito que isto acontece principalmente pelo ambiente de juros baixos que vivemos, mas também pelo entendimento cada vez maior pelos clientes da importância dessa classe de ativos na gestão dos seus portfólios, dada a baixa correlação desses fundos com as classes de ativos tradicionais”, esclarece. “Temos feito um esforço na direção de democratizar mais essa classe para os nossos clientes disponibilizando os fundos através de feeders próprios com tickets de entrada mais pequenos”, acrescenta. MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 91


ENTREVISTAS GURU

por Margarida Pinto

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Em 2019, o conhecido Carmignac Portfolio Patrimoine passou pelo seu momento extreme makeover. O fundo com Selo FundsPeople 2021 pela classificação de Blockbuster, viu a sua cúpula gestora mudar de uma liderança emblemática, para uma tríade de gestores muito qualificados: Rose Ouahba, David Older e Keith Ney, este último incorporado recentemente a esta estratégia. Neste momento o fundo está concentrado na gestão do risco de taxas de juro, como explica Didier Saint-Georges, mas também em tirar partido do poder de lucros gerado por determinadas empresas tecnológicas, rigorosamente selecionadas TNE

DIRETOR-GERAL E MEMBRO DO COMITÉ DE INVESTIMENTOS 92  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO


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ENTREVISTAS GURU TRÊS GESTORES O expertise em obrigações de Rose Ouahba e de ações de David Older, viu-se recentemente complementado com a integração recente de Keith Ney, um veterano gestor de fundos da casa, onde está há mais de 15 anos. Terá como desafio juntar à gestão do fundo as suas capacidades comprovadas no cruzamento de classes de ativos.

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o final de 2019 o Carmignac Portfolio Patrimoine teve o seu momento extreme makeover. Conhecido por ter uma das lideranças mais emblemáticas (e duradouras) da Europa até então, o Carmignac Portfolio Patrimoine mudou de mãos gestoras. Tornou-se um produto gerido a duas mãos por essa altura, quando Edouard Carmignac passou o testemunho a Rose Ouahba e David Older. Mais recentemente outra incorporação: Keith Ney um veterano da Carmignac, que se juntou à equipa gestora e compôs a tríade que agora dá a cara pela estratégia. Contemporânea destas mudanças foi também a criação do Comité de Investimento Estratégico da entidade, do qual Didier Saint-Georges faz parte. “Uma equipa coesa de profissionais muito experientes”, descreve o também diretor geral da entidade, explicando que “o objetivo deste grupo é ajudar todos os gestores de fundos relativamente aos componentes top-down das suas estratégias de investimento.” O Carmignac Portfolio Patrimoine, fundo com Selo FundsPeople pela classificação de Blockbuster, não podia ser mais conhecido na indústria financeira e ao mesmo tempo ter uma definição mais simples. “Oferecer uma solução para os aforradores de longo prazo, que procuram uma performance também de longo prazo, juntamente com uma gestão rigorosa do risco durante os períodos de fortes correções de mercado”, começa por dizer Didier Saint-Georges à FundsPeople. O gestor acrescenta que “este padrão de performance é procurado através da combinação da forte geração de alfa através da seleção de títulos, uma alocação de ativos estratégica via uma análise top-down e uma gestão do risco disciplinada”. Em 2020, os números oferecem um bom augúrio de que tal foi cumprido. O fundo registou uma performance absoluta de 12,40%, o que acima do seu indicador de referência correspondeu a 7,22%. Em 2021, o excedente de performance face ao seu benchmark continua, e desde o início do ano, com referência quase ao término de abril, o produto apresenta uma outperformance próxima de 3%. Mas não são re94  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

sultados em vão. Didier Saint-Georges justifica que esta performance tem sido “largamente construída na gestão disciplinada da tendência crescente de taxas de juro”. Do lado das ações, por sua vez, o profissional aponta um detrator dos resultados, mais concretamente as ações de crescimento de elevada qualidade. Estas, refere, prejudicaram a performance do fundo “num contexto de mercados conduzidos maioritariamente por setores altamente cíclicos”. Contudo, estas ações fazem parte da visão de longo prazo da gestora, e entram na sua convicção de investimentos atual.

O POTENCIAL DAS TECNOLÓGICAS

A gestão do contexto de taxas de juro é precisamente uma das convicções mais enraizadas no fundo. Didier Saint-Georges explica que “o risco de que as taxas de juro subam para lá do limiar da dor para todos os mercados financeiros” é algo que monitorizam de muito perto. Escolhem fazê-lo tratando este risco com “uma gestão muito ativa da duração modificada do fundo”. Por outro lado, no campo acionista, uma das convicções que estão a refletir na carteira do fundo tem que ver com “o poder de lucros das empresas tecnológicas de elevada qualidade”, em concreto as da China e dos Estados Unidos. O fundo dá mostras dessa convicção, pois “está largamente investido nesta temática”, que preveem que deva “apresentar um desempenho superior a longo prazo, concretamente em alturas de incerteza”. Ora 2021, na visão do diretor geral da Carmignac, não poderia estar mais alinhado com a palavra incerteza. Contrariamente a 2020, em que as “decisões eram difíceis”, mas “binárias”, 2021 é visto pelo diretor geral como um ano em que “os mercados vão ter de lidar com complexidade”, mas não só: com o desconhecido. A experimentação tanto política como fiscal “sem precedentes”, “o rescaldo de uma reabertura económica depois de meses de confinamento”, já para não falar da corrida entre “o aumento da vacinação à escala global e o surgimento de novas variantes”, são fatores que preocupam a entidade. Nesse sentido, Didier Saint-Georges entende que não é tempo de previsões. “Sentimos que a


“2021 É UM ANO EM QUE OS MERCADOS TERÃO DE LIDAR COM COMPLEXIDADE, CONTRARIAMENTE A 2020, EM QUE AS DECISÕES ERAM DIFÍCEIS, MAS BINÁRIAS” melhor forma de agir hoje em dia é estar preparado para lidar com uma grande quantidade de incógnitas”, atesta o diretor geral.

FLEXIBILIDADE FACE AO INCÓGNITO

Este foco de lidar com o desconhecido estende-se à gestão diária do fundo, claro, e nesse sentido o diretor-geral sublinha que “o produto permanece focado em convicções bottom-up, de forma preservar o potencial de performance de longo prazo”. A inflação é precisamente um desses temas difíceis de adereçar por esta alturar. “Quão permanente será o próximo aumento da inflação é uma questão extremamente difícil de concluir, por enquanto”, explica. Assim, para além de se manter fiel a determinadas convic-

ções, o fundo consegue paralelamente “mostrar-se pronto para ter flexibilidade para se ajustar à função de reação que os mercados têm, nomeadamente ao nível dos dados económicos e de decisões políticas”, assegura. Seria estranho terminar esta conversa sem tocar no posicionamento do fundo em termos de critérios ESG. Contudo, o Carmignac Portfolio Patrimoine é já mais um do grupo nesta temática, já que tal como a restante gama de fundos convencionais da casa avalia os riscos ESG através do seu modelo proprietário de nome START. “A análise proprietária completa o pilar ESG e a pontuação geral ESG, identificando riscos deste nível e oportunidades”, avança. A exclusão de determinados setores em carteira, faz também parte da política de investimentos do fundo. Do universo saem fora “setores insustentáveis”, como as empresas mineradoras de carvão, os produtores de tabaco, entretenimento para adultos, e empresas que infrinjam de algum modo as diretrizes de negócios da OCDE e do Pacto Global das Nações Unidas. Por fim, o envolvimento do fundo passa também pelo “active ownership e pela política de engagement através de uma participação com direito de voto de 100%”, relata. Estas três facetas do fundo, no entender de Didier Saint-Georges, falam por si. “São um compromisso forte relativamente ao investimento responsável”, conclui. MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 95


ENTREVISTAS 5 MINUTOS por Margarida Pinto

ÊXITO DO ESG Em Portugal, as estratégias de gestão discricionária reúnem mais de 70 milhões de euros, sendo a Alpha Responsável a preferida dos clientes.

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Pedro Carvalho RESPONSÁVEL PELA EQUIPA DE GESTÃO DISCRICIONÁRIA

CARTEIRAS DE GESTÃO DISCRICIONÁRIA PARA TODOS OS GOSTOS

No final de 2020 o ABANCA passou a seguir o mesmo modelo de carteiras de gestão discricionária do que em Espanha. Três estratégias que assentam em fundos estrangeiros, e com distintos objetivos de investimento.

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oi no sentido de alinhar a oferta com o que já era feito no país vizinho, que o ABANCA lançou, ainda em 2020, um novo serviço de gestão discricionária de carteiras em Portugal. Um serviço que alinha ainda mais o banco com os seus objetivos sustentáveis, como explica agora à FundsPeople Pedro Carvalho, responsável pela equipa de gestão discricionária. “O ABANCA enquanto primeiro banco ibérico a aderir aos Princípios das Nações Unidas para o Investimento Responsável, tem uma forte preocupação com um alinhamento da sua oferta de produtos e serviços com estes mesmos princípios, nomeadamente a preocupação de se guiar por critérios ambientais, sociais e de políticas de governo corporativo na realização de operações nos segmentos de produtos e serviços de investimento e seguros”, começa por explicitar. Foi nesse sentido que, tal como em Espanha, passaram a disponibilizar “três estratégias alternativas de investimento”, mais concretamente as estratégias Alpha Cíclica, Alpha Responsável e Alpha Exponential Future.

FUNDOS INTERNACIONAIS

Transversal às três é o facto de todas as carteiras serem constituídas exclusivamente por fundos internacionais. A mais antiga das três, criada em 2017, é a estratégia Alpha Cíclica, que, como explica o responsável, tem

como objetivo “a obtenção de rentabilidades totais positivas ao longo do ciclo económico, criando carteiras diversificadas que se adaptem a cada uma das fases económicas e de mercado”. Prossegue, e conta que “o processo de investimento conjuga uma distribuição de ativos top-down (baseada no house view do ABANCA), com uma seleção bottom-up dos melhores fundos internacionais”. A forma ativa de gerir as carteiras “procura gerar alpha e controlar o risco das carteiras combinando ideias e fontes de rentabilidade”. Mais recente é a Alpha Responsável, que teve início em 2019 e, como o nome indica, tem por base os critérios ESG (sustentabilidade ambiental, compromisso social e bom governo corporativo). Pedro Carvalho explica que no caso desta estratégia serão escolhidos os fundos de investimento que “cumprirem critérios de investimento socialmente responsáveis no processo de tomada de decisões sobre os ativos”. Ultrapassados esses critérios ESG, aplicam-se o que o profissional apelida de “critérios de gestão tradicional”, que têm por base “a análise quantitativa (fatores de rentabilidade e de risco) e qualitativa”. Por fim, a vez da Alpha Exponential Future, também ela existente desde 2019. “Tem como objetivo identificar e investir nas megatendências que irão definir o mundo no futuro e que contam com um crescimento exponencial a longo prazo”, aponta, explicando que “a seleção dos ativos é efetuada dentro de três temáticas”, que são “a inovação, a demografia e a sustentabilidade”. A democratização destas estratégias acontece em toda a linha. Desde logo no segmento a quem se dirigem, que é eclético. “Adequa-se basicamente a todo o tipo de clientes, desde clientes de retalho, como contrapartes elegíveis, como também clientes profissionais”, atesta Pedro Carvalho. Por outro lado, os montantes mínimos de subscrição desceram recentemente dos 100.000 euros para os 50.000 euros, para que os produtos sejam acessíveis “a um conjunto mais vasto de clientes”. Este serviço de gestão discricionária de carteiras, em Espanha, já chega aos 700 milhões de euros de montante gerido. Em Portugal, “ainda a dar os primeiros passos”, as carteiras, revela Pedro Carvalho, reúnem mais de 70 milhões de euros, entre a gestão discricionária de carteiras e os unit-linked, que replicam essas mesmas estratégias. A estratégia Alpha Responsável é por esta altura “a mais escolhida pelos clientes”, devido “à forte procura de produtos ESG”. MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 97


PRODUTOS COMPARAÇÃO por Oscar R. Graña

OS ALTERNATIVOS

PROCURAM RECUPERAR O INVESTIDOR

GESTORA: AEGON AM LANÇAMENTO: 21/06/2016 DIVISA: EURO PATRIMÓNIO: 115 ISIN: IE00BYZJ2476

GESTORA: BLACKROCK LANÇAMENTO: 27/02/2009 DIVISA: EURO PATRIMÓNIO: 1.616 ISIN: LU0414666189

GESTORA: BMO GLOBAL AM LANÇAMENTO: 03/12/2012 DIVISA: EURO PATRIMÓNIO: 366 ISIN: IE00B7WC3B40

RENTABILIDADE 1 ANO: 20,7 RENTABILIDADE 3 ANOS: 5,5 RENTABILIDADE 5 ANOS: -

RENTABILIDADE 1 ANO: 1,09 RENTABILIDADE 3 ANOS: 3,24 RENTABILIDADE 5 ANOS: 1,72

RENTABILIDADE 1 ANO: 0,56 RENTABILIDADE 3 ANOS: 2,46 RENTABILIDADE 5 ANOS: 2,1

1 1 1 2017

2018

2019

2020

98  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

2021

2 2 2 2017

2018

2019

2020

2021

2017

2018

-0,63

0,43

-2,99

1,94

3,88

3,4 -1,01

4,52

-8,21

4,82

3,2

9,09

4,43

BMO REAL ESTATE EQUITY MARKET NEUTRAL

4,28

BLACKROCK SF EUROPEAN ABSOLUTE RETURN

21,82

AEGON GLOBAL EQUITY MARKET NEUTRAL

Fonte: Morningstar Direct. Dados na divisa base do fundo 31 março de 2021. Dados do património emmilhões de euros.

Os fundos UCITS de gestão alternativa acumulam três anos de saídas de dinheiro na Europa e uma perda da confiança por parte do cliente. Não obstante, há fundos que convém destacar. Analisamos seis dentro da categoria de market neutral.

33 3 2019

2020

2021


O

s fundos UCITS de gestão alternativa viveram em 2020 um annus horribilis na Europa, o pior de que há memória. Ainda que, em termos gerais, os resultados a nível de rentabilidade não fossem especialmente negativos (segundo dados da Morningstar, em conjunto, o retorno médio em euros dos fundos domiciliados no mercado europeu foi de -0,26%), o problema é que este número não reflete fielmente o que experienciou o investidor. O ano passado foi de emoções fortes. No primeiro semestre, a rentabilidade média em euros conseguida pelos

fundos de gestão alternativa foi de -8%. “Quando se produziu a grande correção, os gestores destes produtos mantinham uma importante exposição ao risco. Reduziram-nas após as quedas, pelo que a sua exposição ao mercado em fase de recuperação era mais baixa”, revela Juan José González de Paz.

CRISE DE CONFIANÇA

Tal como explica o consultor sénior na equipa de Solutions da Natixis Investment Managers, na hora de voltar a construir posições, os gestores sentiram-se mais confortáveis quando os mercados começaram a acalmar, perdendo desta forma uma boa parte da

AQUANDO DA GRANDE CORREÇÃO OS GESTORES DESTES FUNDOS MANTINHAM UMA GRANDE EXPOSIÇÃO AO RISCO

PICTET TOTAL RETURN AGORA

GESTORA: JANUS HENDERSON LANÇAMENTO: 01/02/2017 DIVISA: DÓLAR PATRIMÓNIO: 385 ISIN: LU1542613549

GESTORA: MAN GROUP LANÇAMENTO: 19/02/2010 DIVISA: EURO PATRIMÓNIO: 1.143 ISIN: IE00B3LJVG97

GESTORA: PICTET AM LANÇAMENTO: 03/07/2014 DIVISA: EURO PATRIMÓNIO: 1.433 ISIN: LU1071462532

RENTABILIDADE 1 ANO: 3,4 RENTABILIDADE 3 ANOS: 3,69 RENTABILIDADE 5 ANOS: -

RENTABILIDADE 1 ANO: -0,37 RENTABILIDADE 3 ANOS: 3,37 RENTABILIDADE 5 ANOS: 5,2

RENTABILIDADE 1 ANO: 7,46 RENTABILIDADE 3 ANOS: 3,75 RENTABILIDADE 5 ANOS: 4,07

2018

2019

2020

2021

8,15 2,83

4,11

-0,12

-0,63

2,69

4,36

-0,75

0,12

4 4 2017

5,33

4,18

6,32

14,27

MAN GLG ALPHA SELECT ALTERNATIVE

6,41

JANUS HENDERSON GLOBAL EQUITY MARKET NEUTRAL

5 5 5 6 6 6 2017

2018

2019

2020

2021

2017

2018

2019

2020

2021

MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 99


PRODUTOS COMPARAÇÃO

AEGON GLOBAL EQUITY MARKET NEUTRAL

GESTOR DAVID PRINGLE

OBJETIVO: DEFENDER O ZERO Trata-se de um fundo de ações globais de retorno absoluto que é gerido com uma abordagem neutra ao mercado. O seu objetivo é gerar rentabilidades positivas independentemente das condições do mercado, mantendo um baixo nível de volatilidade e escassa correlação com os mercados subjacentes. Em primeiro lugar, propõem-se a gerar fontes de rendimentos diferenciadas que não mostrem correlação com outras classes de ativos nem com as condições do mercado de ações. Em segundo lugar, procura defender o zero, ou seja, permanecer neutros no mercado. Este é o elemento chave da estratégia. O fundo investe nas melhores ideias que encontra David Pringle. Parte de uma análise fundamental bottom-up, mas mantém uma baixa exposição líquida (+/- 10%). Isto permitelhe gerar alfa até em períodos nos quais o mercado de ações regista rentabilidades negativas. O beta da carteira está sujeito a limites rigorosos (+/- 0,1).

100  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

BLACKROCK SF EUROPEAN ABSOLUTE RETURN

GESTOR STEFAN GRIES

FLEXIBILIDADE E BAIXA CORRELAÇÃO Este fundo é gerido por Stefan Gries, que se apoia na equipa de Ações Europeias da BlackRock, composta atualmente por 17 profissionais, entre gestores e analistas. A estratégia baseia-se em adotar posições longas em empresas com maior potencial de revalorização e curtas nas que veem com fundamentais mais débeis. A exposição líquida ao mercado oscila entre +25% e -25%. Entre as principais características deste popular produto da BlackRock destaca-se o facto de ter uma posição por ação de +5%/-3% face ao valor liquidativo do fundo, uma exposição bruta máxima de 150% e de poder, se o considerarem necessário na equipa, estar a 100% em liquidez. A correlação do fundo com o MSCI Europe desde a sua posta em marcha é de 0,14 e o beta moveu-se sempre historicamente em torno de zero. Atualmente, o produto está em soft close.

BMO REAL ESTATE EQUITY MARKET NEUTRAL

GESTOR ALBAN LHONNEUR

ALFA DE REITS EUROPEUS O objetivo deste fundo é gerar rentabilidades positivas em qualquer contexto de mercado, através de posições long-short em REITS europeus. Trata-se de uma estratégia market neutral e a sua faixa de exposição líquida ao mercado varia entre +/10%. Os responsáveis deste produto da BMO Global AM implementam uma estratégia de pair trade em valores num mesmo subsetor (como, por exemplo, residencial alemão, centros comerciais…). Também adotam uma exposição longa a certos subsetores. A estratégia atual do fundo vem sendo implementada desde dezembro de 2013 e gerou desde então uma rentabilidade anualizada de 3,31% com uma volatilidade próxima de 2%. Em 2020, moveram rapidamente a carteira no início da crise sanitária para subsetores defensivos e uma exposição líquida negativa levando o fundo a subir 4,43% no ano. O fundo é gerido pela equipa de Real Estate da BMO, que gere cerca de 2.600 milhões de euros.


JANUS HENDERSON GLOBAL EQUITY MARKET NEUTRAL

GESTOR STEVE JOHNSTONE

RETORNO POSITIVO A 12 MESES

Trata-se de um fundo que tem como objetivo proporcionar uma rentabilidade positiva (absoluta), independentemente das condições imperativas no mercado, em qualquer período de 12 meses. Esta estratégia da Janus Anderson Investors investe em ações e faz um amplo uso de derivados para adotar posições longas e curtas em empresas que o gestor acredita que vão subir ou baixar de valor. Normalmente, combina cada posição longa numa sociedade com uma posição de tamanho curto equivalente noutra empresa, com o objetivo de beneficiar da divergência de preços entre as exposições longas e curtas do par. O produto é gerido ativamente com referência à taxa sem risco dos EUA, já que constitui a base do objetivo de rentabilidade do fundo e o nível acima do qual se podem cobrar comissões de performance. O gestor tem total discrição para eleger os investimentos e não é limitado por nenhum índice de referência.

MAN GLG ALPHA SELECT ALTERNATIVE

GESTORES CHARLES LONG E NICK JUDGE

PICTET TOTAL RETURN AGORA

GESTORES ELIF AKTÜG E VINCENT IJAOUANE

NADA DE APOSTAS BINÁRIAS

IDENTIFICANDO CATALISADORES

Estamos perante um fundo de retorno absoluto UCITS de ações long-short com abordagem market neutral. Investe em empresas altamente líquidas do mercado britânico. A carteira é composta por entre 100 e 150 valores. Os gestores têm como objetivo obter rentabilidades positivas através da seleção de títulos a 12 meses. O seu processo de investimento baseia-se na análise fundamental. Realizam uma estimativa dos lucros da empresa a dois ou três anos, segundo o seu próprio processo de análise e comparam com o consenso do mercado. O acesso e as visitas às empresas são, para eles, um fator chave. Realizam 300 por ano. Não fazem apostas macro, algo que cumprem estritamente desde o referendo do Brexit, já que desde então decidiram não se posicionar em eventos binários. O fundo encontrase em soft close desde junho de 2018, permitindo só entradas a clientes existentes dependendo da capacidade da estratégia.

Este é um fundo UCITS IV neutral face ao mercado, long-short por pares, de alta convicção e centrado na parte mais líquida das ações europeias, ou seja, nas ações de maior capitalização. O objetivo principal da estratégia é a preservação de capital e o crescimento a longo prazo, baseado em conseguir uma rentabilidade absoluta em todas as condições de mercado ao longo do ciclo e com volatilidade moderada. O que procuram os gestores do fundo é identificar catalisadores dos preços das ações. A seleção por avaliação é característica, mas o aspeto mais importante é a identificação destes catalisadores, tratando de isolar o risco idiossincrático e extrair alfa ou excedente de rentabilidade face ao risco assumido, tanto em posições longas como curtas. O pontochave é o conhecimento das empresas, antecipando-se a decisões empresariais estratégicas. A nível da carteira, a exposição líquida face ao mercado pode oscilar entre os 10% e os 20%. O objetivo de exposição bruta é de 250%.

MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 101


PRODUTOS COMPARAÇÃO

2 22 2 2.437

115

91

2018

299 249

85

2017

366

381

1.929

104

21

3 33 3

BMO REAL ESTATE EQUITY MARKET NEUTRAL

1.432

86

2019

2020

1.616

1.055 2021

2017

151

2018

2019

2020

2021

2017

2018

2019

2020

2021

Fonte: Morningstar Direct. Dados de património em milhões de euros.

1 11 1

BLACKROCK SF EUROPEAN ABSOLUTE RETURN

AEGON GLOBAL EQUITY MARKET NEUTRAL

6

21

1

20

19

MAPA

4

risco/ rentabilidade

6

4 5

2

3 2

18

18

1

Aegon Global Equity Market Neutral Fund

2

BlackRock Strategic Funds European Abs. Return Fund

3

BMO Real Estate Equity Market Neutral Fund

4

Janus Henderson Global Equity Market Neutral Fund

5

Man GLG Alpha Select Alternative

6

Pictet TR Agora

Divisa base (dólar) 17

10

17

10 15

0

15

0

20 15

25 20

20

2

4

25

Divisa base (euro)

25

6

Rentabilidade anualizada 3 anos (%)

AEGON GLOBAL EQUITY MARKET NEUTRAL FUND

BLACKROCK SF EUROPEAN ABSOLUTE RETURN FUND

BMO REAL ESTATE EQUITY MARKET NEUTRAL FUND

JANUS HENDERSON GLOBAL EQUITY MARKET NEUTRAL FUND

MAN GLG ALPHA SELECT ALTERNATIVE

PICTET TR AGORA

RENT. ANUAL A 3 ANOS

5,50

3,24

2,46

3,69

3,37

3,75

VOLATILIDADE A 3 ANOS

5,69

4,39

2,36

3,74

3,29

5,60

-8,49

-5,54

-2,43

-4,32

-2,04

-2,39

MÁXIMO DRAWDOWN 3 ANOS RÁCIO SHARPE 3 ANOS

0,24

0,10

-0,03

0,61

0,14

0,12

ALFA 3 ANOS

-0,90

0,27

-1,46

1,65

0,54

-1,64

BETA 3 ANOS

0,22

0,04

0,09

0,04

0,03

0,19

102  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

Fonte: Morningstar Direct. Dados na divisa base do fundo a 28 de fevereiro de 2021.

19

Volatilidade 3 anos (%)

20


JANUS HENDERSON GLOBAL EQUITY MARKET NEUTRAL

44 4

385

MAN GLG ALPHA SELECT ALTERNATIVE

55 5

PICTET TOTAL RETURN AGORA

66 6

275

1.433

1.143 1.314

893

67 9

28

2017

2018

2019

1.465

1.406

1.200 1.169

1.125

236 2020

2021

2017

2018

2019

2020

2021

O ANO PASSADO FOI O TERCEIRO CONSECUTIVO DE REEMBOLSOS EM PRODUTOS UCITS DE GESTÃO ALTERNATIVA NA EUROPA subida. Foi na segunda metade do ano quando este tipo de estratégias voltou a levantar voo e recuperar boa parte das perdas que tinham sofrido no primeiro semestre. Mas, no que concerne a confiança do cliente, já era tarde. O dano já estava feito e a credibilidade destes produtos já tinha sido afetada. Voltou-se a destacar que, em muitos casos, são estratégias com direccionalidade, precisamente o que o cliente procura evitar com elas. E o dinheiro começou a sair fortemente. Com dados da Refinitiv, a nível de fluxos, 2020 fechou com reembolsos líquidos na Europa na ordem dos 80.000 milhões de euros. E o pior é que chove sobre o molhado. “O ano passado foi o terceiro consecutivo de reembolsos em produtos UCITS de gestão alternativa na Euro-

pa. Isso demonstra que os investidores não estão nada contentes com os resultados oferecidos por estas soluções”, aponta Detlef Glow, diretor de Análise da Refinitiv para a EMEA. Em 2018, os reembolsos rondaram os 30.000 milhões, e em 2019 os 60.000. Somando os 80.000 que desertaram em 2020, nestes três anos a fuga de dinheiro da categoria ascende a 170.000 milhões de euros. A experiência de utilizador não está a ser boa e, sem resultados, é difícil reverter a tendência. Para piorar a situação, o que funciona nem sempre está disponível. Muitos dos fundos que nos últimos anos conseguiram ter bons resultados foram recebendo fluxos que obrigaram as gestoras a restringir as entradas. Foi bastante habitual ver produtos

2017

2018

2019

2020

2021

que assim que alcançaram um certo tamanho, se viram obrigados fechar por questões de capacidade. Como consequência, a oferta mais atrativa fica fora da montra. O que procura o investidor nestas estratégias é descorrelação. No final de contas, muitos produtos dizem, nos seus folhetos, ter como principal objetivo: gerar retornos positivos independentemente das condições de mercado. Mas isto cumpre-se pouco e o cliente começa a olhar para outros lados na hora de procurar diversificadores para as suas carteiras. Na parte líquida, atualmente a ameaça para os fundos UCITS de gestão alternativa provém das obrigações chinesas denominadas em renminbis, as quais estão a atrair importantes fluxos a nível europeu. Na parte ilíquida, perseguem os mercados privados, com um património que cresceu desde 2008 a um ritmo anual de 9%. “Hoje em dia representam 66% dos ativos que gerem as gestoras e 60% das receitas que recebem no negócio dos alternativos”, sublinham na consultora Boston Consulting Group.

A informação sobre Organismos de Investimento Coletivo ou outros instrumentos financeiros incluída na FundsPeople é apresentada apenas com fim informativo e ilustrativo e não deve ser interpretada como uma oferta de venda ou recomendação de investimento. A informação não representa uma descrição completa dos OIC ou outros instrumentos financeiros e mercados a que faz referência.

MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 103


PRODUTOS CARTEIRAS

por Anaïs Gfeller

DESDE O QUARTO TRIMESTRE DE 2020 ATÉ FINAIS DE MARÇO DE 2021, AS PEQUENAS EMPRESAS DOS EUA GERARAM UMA RENTABILIDADE MUITO SUPERIOR À DAS GRANDES EMPRESAS DESTE PAÍS. HÁ VÁRIAS RAZÕES QUE EXPLICAM ESTE MELHOR COMPORTAMENTO RELATIVO 104  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO


DISTRIBUIÇÃO SETORIAL DAS CARTEIRAS FUNDO

SELO FUNDS PEOPLE 2021

MATERIAIS BÁSICOS

SERVIÇOS COMUNICAÇÃO

CONSUMO CÍCLICO

CONSUMO DEFENSIVO

SAÚDE

INDÚSTRIA

REAL ESTATE

TECNOLOGIA

ENERGIA

SERVIÇOS FINANCEIROS

UTILITIES

Alger Small Cap Focus Fund

DABC

0

0

4,65

3

43,35

8,4

0

32,74

0

0

0

BNP Paribas Funds US Small Cap

DABC

1,46

2,7

12,34

1,59

20,27

18,53

6,48

14,48

1,73

16,35

2,32

JPMorgan Funds US Smaller Companies Fund

DABC

2,55

0

15,33

5,26

14,16

19,36

7,04

13,1

0

16,81

1,44

Legg Mason Royce US Small Cap Opportunity Fund

DABC

10,19

2,39

14,49

2,26

9,07

25

3,65

13,58

2,25

9,21

0,97

T. Rowe Price Funds SICAV US Smaller Companies Equity Fund

DABC

4,21

2,71

9,48

3,65

14,29

17,74

7,6

21,58

2,23

11,6

3,29

Fonte: FundsPeople e Morningstar Direct. Critérios de seleção: fundos de ações small caps dos EUA com Selo FundsPeople em 2021. Dados em %, extraídos a 20 de abril de 2020.

A

s empresas de pequena capitalização dos EUA são uma das classes de ativos de melhor desempenho em 2021, superando de longe as grandes capitalizações dos EUA - enquanto o índice Russell 2000 TR acumula um retorno de 12,7% (no final de março de 2021), o S&P 500 TR retornou 6,2% no mesmo período. Esse bom desempenho das small caps norte-americanas começou no início do quarto trimestre de 2020 e, desde então, gerou uma rentabilidade muito superior à das grandes empresas: de um de outubro de 2020 a 31 de março de 2021, o Russell 2000 TR ganhou 48,1% ante os 19,1% acumulados pelo S&P 500 nos últimos seis meses. Existem vários motivos para esse melhor desempenho relativo. Até ao início da pandemia, as pequenas capitalizações dos EUA tiveram um desempenho inferior por três anos (2017, 2018 e 2019) do que as grandes capitalizações do país porque

o mercado era liderado por grandes empresas de tecnologia. Ainda assim, o Russell 2000 Growth Index postou retornos semelhantes ao longo desse período para o S&P 500 TR. Como em todos os mercados de ações, as mais desfasadas no universo das pequenas empresas americanas foram as consideradas value-style, que são justamente aquelas que tiveram uma expressiva recuperação nos últimos seis meses, impulsionadas pela rotação do crescimento para o valor que os mercados de ações mundiais experimentaram. Assim, o Russell 2000 Value TR ganhou 61,6% desde um de outubro de 2020 e superou significativamente o Russell 1000 Value TR. O anúncio das primeiras vacinas eficazes contra a COVID-19, juntamente com a vitória eleitoral de Joe Biden em novembro passado, foram os motores dessa forte rotação de mercado, baseada na expectativa de que as campanhas de vacinação terão sucesso e permitirão a reabertura económi-

A BOA EVOLUÇÃO DAS SMALL CAPS DOS EUA COMEÇOU NO PRINCÍPIO DO QUARTO TRIMESTRE DE 2020

MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 105


P

AR

P

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TNE R

PRODUTOS CARTEIRAS

AR

TNE

A OPINIÃO DE

JUAN SAN PÍO Diretor comercial da Amundi ETF, Indexing & Smart Beta para a Península Ibérica e América Latina, Amundi ETF

A EXPETATIVA DA REABERTURA ECONÓMICA ESTÁ POR DETRÁS DA ROTAÇÃO DO GROWTH PARA O VALUE ca, impulsionada, por sua vez, por estímulos fiscais adicionais e pelo novo plano de infraestrutura. Embora essa rotação tenha sido positiva para ações sensíveis ao crescimento económico, foi ainda mais benéfica para as empresas de pequena capitalização, que tendem a ser mais orientadas para os seus respetivos mercados domésticos. Dada a robustez dos dados económicos dos EUA, essa tendência pode continuar por vários meses. Destacamos dois fundos de investimento na categoria Equity US Small Cap.

OS FUNDOS

O objetivo do Brown Advisory US Smaller Companies, gerido por Christopher A. Berrier, é obter valorização do capital investindo em pequenas empresas americanas com potencial de crescimento acima da média. A capitalização de mercado das posições da carteira normalmente varia de mil milhões de dólares a quatro mil milhões de dólares no momento da compra. O gestor, que mantém um horizonte de investimento de longo prazo, foca na identificação de empresas com fundamentais sólidos, que negoceiam a preços atrativos e apresentam divergências claras entre a avaliação do gestor e o consenso de mercado. A carteira é relativamente concentrada, investindo em cerca de 50-80 ações. O tamanho das posições depen106  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

de principalmente do grau de convicção que emana do processo de seleção de ações bottom-up, mas geralmente varia entre 0,5% e 5%. Embora o fundo não seja limitado em termos setoriais, a carteira normalmente mantém uma exposição à indústria bastante próxima do seu índice de referência (Russell 2000 Growth), portanto a seleção de títulos é frequentemente a principal fonte de retornos. Robert Kaynor lidera o Schroder ISF US S&M Cap Equity desde março de 2019, quando o seu antecessor, Jenny Jones, se reformou. O fundo investe em empresas americanas de pequena e média capitalização, definidas como aquelas que estão nos 40% inferiores do mercado dos EUA por capitalização de mercado no momento da compra. O objetivo de investimento do fundo é superar o seu índice de referência (Russell 2500) em 300-400 pontos base por ano ao longo de um ciclo de mercado. O processo de investimento segue principalmente uma abordagem bottom-up e concentra-se na análise fundamental para identificar empresas com valor atrativo e que tenham uma posição competitiva nos seus respetivos setores. Por esse motivo, a construção de portefólio enfatiza as empresas da mais alta qualidade e tende a exibir um perfil de risco um pouco mais defensivo do que os seus pares.

OS ETF TÊM UM PAPEL A DESEMPENHAR NO INVESTIMENTO RESPONSÁVEL Em 2020, os ETF ESG captaram 42.000 milhões de euros, face aos 17.000 de 2019. Para entender este crescimento, a Amundi realizou um estudo sobre 171 investidores profissionais europeus que confirma que 69,7% planeia aumentar a sua alocação durante o próximo ano. Alinhar os investimentos com valores pessoais ou corporativos tornou-se a principal razão desdes investimentos (77,3%). O fio condutor da rentabilidade do investimento ESG (50%) e a gestão do risco (48,5%) também pesam mais do que a crescente regulação (24,2%). Além disso, 67% considera o investimento ESG como core e não satélite nas suas carteiras. Prova disso é o lançamento de versões ESG de índices tradicionais como o S&P500 ESG e o Eurostoxx 50® ESG. A gestão passiva tem os mesmos direitos de voto do que a ativa. 45,7% dos inquiridos confirmou que não investirá numa empresa que não considere as questões ESG na sua política de voto. 79,8% reconhece que o compromisso (engagement) e voto são essenciais ou muito relevantes. Ao selecionar um ETF, a intensidade ESG apareceu como critério principal, acimo do provedor do índice ou da experiência ESG da gestora, confirmando a importância de desenvolver diferentes soluções para se adaptar às necessidades e restrições do cliente. 74,2% considera o clima nas suas carteiras e 64,9% procura estar alinhado com o Acordo de Paris. A Amundi foi das primeiras a oferecer exposição aos índices PAB Paris-Aligned Benchmark e CTB Climate Transition Benchmark da União Europeia em 2020.


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Um Padrão Global de Sustentabilidade para Fundos Os investidores estão atualmente a ser confrontados com o crescente interesse em investimentos sustentáveis. A Morningstar disponibiliza serviços como investigação, ferramentas e análises para ajudar os investidores a entender estes fatores de sustentabilidade, realizar operações de due diligence, avaliar o risco e oportunidades de ESG. Morningstar Sustainability Rating™ e Morningstar Portfolio Carbon Metrics™ foram desenvolvidos para ajudar os investidores a avaliar o desempenho das empresas através de fatores ambientais, sociais e de governança, para que possam construir os seus planos de investimento de uma forma mais responsável. Descubra como pode integrar estes valores sustentáveis na sua estratégia de investimento a longo prazo. Para mais informação: global.morningstar.com/SustainableInvesting ou envie um correio eletrónico para sales.esp@morningstar.com

Morningstar Sustainability Rating™

Above Average Percentage Rank in Category: 23 Sustainability Score: 48


PRODUTOS EMERGENTES por Borja Picón

DÍVIDA ASIÁTICA

EM MOEDA LOCAL

PARA DIVERSIFICAR

AS CARTEIRAS O interesse dos investidores nestes ativos aumentou à medida que as taxas de juro globais caíram para mínimos recorde. Analisamos as suas características, evolução e a melhor forma de exposição.

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uando se trata de investir em obrigações asiáticas, temos duas opções possíveis para os investidores: o mercado de títulos em dólares e o mercado de títulos em moeda local. Em ambos os casos, estamos a investir em dívidas emitidas por governos ou empresas asiáticas. O mercado de fixed income denominado em dólares é dominado por títulos corporativos, enquanto o 108  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

mercado de moeda local é dominado pelo governo ou soberanos de países asiáticos. Esse tipo de ativo é emitido na moeda de um país asiático, como o baht tailandês para a Tailândia ou a rupia indiana para a Índia. O mercado de moeda local é representado pelo benchmark Markit iBoxx Asian Local Bond, composto por dívida soberana (79,8%), quasi-soberana (13,8%) e corporativa (6,3%) com classificação de crédito

de investimento. Geograficamente, a China, a Coreia do Sul e Singapura respondem por 49% do total. Ao investir nesta classe de ativos, devemos analisar o desempenho em duas partes: o dos títulos e o das moedas. Estas últimas se valorizarão ou depreciarão conforme os fundamentais dos países e as políticas monetárias relacionadas e relativas a cada moeda. A liquidez desse tipo de ativo é elevada, uma vez que o volume das


EVOLUÇÃO DA RENTABILIDADE DO MARKIT IBOXX ASIAN LOCAL BOND INDEX

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Fonte: Inversis com dados da Morningstar.

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PRODUTOS EMERGENTES

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A OPINIÃO DE ÁLVARO ANTÓN LUNA Responsável de negócio para Portugal e Espanha, Aberdeen Standard Investments

EM TERMOS DE DIVISA, A DÍVIDA ASIÁTICA SERÁ FAVORECIDA PELA POSSÍVEL DEPRECIAÇÃO DO DÓLAR AMERICANO emissões é grande e a base de investidores bastante diversificada. Os principais destinatários são fundos de pensões, seguradoras e bancos, que tendem a manter posições de longo prazo. A estes devem ser adicionados os investidores individuais em cada um dos mercados locais, que também procuram exposição a títulos do governo do seu país. O interesse por títulos em moeda local aumentou à medida que as taxas de juros globais caíram para mínimos históricos, na procura por diversificação e descorrelação nas carteiras. Este movimento intensificou-se após a pandemia: encontrar oportunidades em obrigações está a revelar-se um desafio. Em termos de retorno-risco, historicamente este tipo de ativo ofereceu uma relação mais atrativa em comparação com a dívida emergente em moeda local e forte. A nível global, tem registado uma rentabilidade superior à da dívida empresarial europeia com grau de investimento e da dívida soberana global, e em linha com a dívida empresarial americana com grau de investimento, mantendo a volatilidade controlada e uma baixa correlação com o Tesouro americano e as ações. Do ponto de vista fundamental, em comparação com a dívida de outras regiões emergentes ou desenvolvidas, as obrigações soberanas asiáticas são mais sólidas com endividamento relativamente baixo, sendo o risco de crédito ou de default dos títulos subjacentes muito baixo. O seu crescimento nos últimos anos tem sido superior ao do resto do 110  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

mundo, contribuindo atualmente com mais da metade de todo o crescimento do PIB global. Isso deve-se ao forte avanço da China, que durante 2020 foi a única grande economia do mundo com crescimento positivo do PIB. Isto teve um impacto positivo nas restantes economias asiáticas, que beneficiaram desta boa dinâmica. De acordo com o World Economic Outlook do Fundo Monetário Internacional, a Ásia deve crescer entre 2019 e 2025 quase 35% no acumulado contra 7% no acumulado nos países desenvolvidos. Por outro lado, a avaliação da dívida soberana asiática em moeda local (rating A/A2) é atrativa. Os atuais níveis de spread estão acima da média histórica em comparação com os mercados de dívida soberana desenvolvidos e baratos em relação à dívida emergente da América Latina (rating BBB/ Baa2). Em termos de moedas, acreditamos que essa dívida será favorecida pela possível desvalorização do dólar norte-americano em decorrência de estímulos fiscais, política monetária e flexibilização quantitativa. Na Inversis, consideramos que esses níveis de yield-spreads representam uma porta de entrada para os investidores que procuram diversificar as suas carteiras com rentabilidade atrativa e menor correlação com alguns ativos em mercados desenvolvidos. Acreditamos que a melhor forma de investir neste ativo é através de um fundo de investimento como o Schroder ISF Asian Local Currency Bond ou o Aberdeen Standard SICAV I Asian Local Currency Bond Fund, este último de curta duração.

PORQUE É QUE AS EMPRESAS DE QUALIDADE OBTÊM MELHORES RESULTADOS? Existem dois motivos. O primeiro tem que ver com a consistência dos rendimentos. Nas empresas com modelos de negócio sólidos e posições competitivas fortes, as suas vantagens fazem com que seja mais provável que continuem a fazer o mesmo durante mais tempo do que o esperado pelo mercado. O segundo motivo está no âmbito da psicologia do comportamento. Os desvios de comportamento do investidor médio podem estimular padrões de rendimento que criam oportunidades para os investidores mais racionais. Resultados passados não são uma garantia de resultados futuros. No entanto, não temos motivos para pensar que estas razões já não são válidas. Centrando-nos nas abordagens históricas da qualidade, vemos que as estratégias quantitativas se baseiam em dados retrospetivos. Não pretendem analisar o que impulsionou a rentabilidade da empresa. Por seu lado, os modelos qualitativos ajudam a explicar a qualidade, mas não a medem, e não se centram intrinsecamente no que poderia mudar no futuro. Uma combinação de medidas quantitativas e ferramentas qualitativas também não é suficiente. São as pessoas que gerem as empresas, por isso avaliar a qualidade da gestão é fundamental. Além disso, a análise deve ser prospetiva, com o objetivo de compreender se os rendimentos do passado vão persistir no futuro. Cria-se uma abordagem dinâmica e centrada no futuro da qualidade, com base numa análise fundamental profunda.


Um símbolo de sucesso desportivo na Antiguidade

Um símbolo atual de dedicação ao sucesso no investimento

O nosso maior êxito é a consistência Na T. Rowe Price, as melhores decisões de investimento começam por compreender os nossos clientes e por pôr os seus interesses em primeiro lugar. A nossa análise global rigorosa, a gestão prudente de riscos e a ênfase na geração sistemática de rentabilidade a longo prazo provaram ser uma combinação vencedora. Por este motivo, desde que estabelecemos a nossa presença em Espanha, em 2015, fomos premiados 9 vezes nas diferentes categorias e 6 vezes como Melhor Entidade Gestora de Fundos Global. É para nós uma enorme honra receber o prémio de Melhor Entidade Gestora de Fundos Global* também em 2021.

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PRODUTOS ISR por Pedro Jesus

METAS ALCANÇADAS E COMPROMISSOS POR CUMPRIR

NO FINANCIAMENTO

SUS TEN TÁVEL

Um estudo da Mazars mostra que embora sejam amplamente reconhecidos os riscos e oportunidades associados à sustentabilidade, ainda há caminho por fazer na implementação de práticas projetadas.

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INTEGRAÇÃO DE CRITÉRIOS ESG EM ESTRUTURAS DE GESTÃO DE RISCO (% de bancos avaliados) 100

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0 DEFINEM POLÍTICAS ESG

INCLUEM O RISCO CLIMÁTICO EM POLÍTICAS E APETÊNCIA PELO RISCO

ADOTAM MÉTRICAS DE RISCO E/OU RATINGS DE CLIENTES ASSOCIADOS AO CLIMA

APENAS 32% DOS BANCOS QUESTIONADOS DESENVOLVERAM PRODUTOS VERDES PARA CLIENTES PARTICULARES

Fonte: Mazars.

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financiamento sustentável constitui-se atualmente como um tema central na agenda internacional, num esforço cada vez mais visível para alinhar o sistema financeiro global e as necessidades de investimento com metas propostas de neutralidade carbónica. No sentido de identificar a visão atual desta realidade, a Mazars procedeu em 2021, à semelhança do que já havia realizado no ano anterior, a uma avaliação sobre as práticas responsáveis no setor bancário internacional (o estudo Responsible banking practices), na qual analisou a forma como os bancos incorporam o tema da sustentabilidade nas suas práticas comerciais. O estudo demonstra que são amplamente reconhecidos os riscos e oportunidades associados às questões relacionadas com a sustentabilidade, tendo, no entanto, sido constatado que a implementação

de práticas projetadas para atingir objetivos sustentáveis ainda se encontra numa fase de desenvolvimento. A análise global do estudo demonstra que a maioria dos bancos avaliados promovem uma cultura de sustentabilidade, alocando a responsabilidade por esta matéria a funções mais seniores, embora, a integração de competências ESG (Environmental, Social, Governance) na seleção de gestores e a medição do desempenho destes critérios na definição da remuneração continuem a ser práticas pouco frequentes.

INFORMAÇÃO QUANTITATIVA

Verifica-se igualmente que metade das instituições encontram-se a testar a metodologia PACTA (Paris Agreement Capital Transition Assessment) para alinhar as suas carteiras financeiras com os objetivos do Acordo de Paris, não tendo, no entanto, ainda reflexo nos seus compromissos

oficiais com a neutralidade climática. Apesar de a generalidade dos bancos implementar standards de relatórios de sustentabilidade, principalmente com foco em objetivos climáticos, a falta de informação quantitativa continua a tornar um desafio medir o impacto financeiro das alterações climáticas (apenas 22% dos bancos divulgam dados quantitativos sobre a materialidade dos riscos climáticos). O estudo revela ainda que quase 80% dos bancos desenvolveram uma oferta de green bonds, embora apenas 32% desenvolveram produtos verdes para clientes particulares. Comparar a oferta continua a ser um desafio devido à falta de estruturas de relatórios padronizados. Sintetizando: comparando os resultados obtidos com o estudo realizado no ano anterior, verifica-se que, na amostra dos bancos analisados, foram observados progressos em todas as MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 113


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PRODUTOS ISR

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A OPINIÃO DE ANTHONY WONG, CFA Gestor de ações chinesas, Allianz Global Investors

EVOLUÇÃO POR CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO DE REFERÊNCIA 2020

10 COISAS A SABER SOBRE AS AÇÕES DA CHINA

AVALIAÇÃO DE REFERÊNCIA 2021

49%

Implementar medidas para promover uma cultura e governance para a sustentabilidade

74% 59%

Integrar uma estratégia ambiciosa e de longo-prazo para a sustentabilidade

74% 48%

Integrar ESG e riscos climáticos em estruturas de gestão de risco

59%

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Alinhar a divulgação com standards de relato ESG

70% 47%

Desenvolver serviços e produtos responsáveis

82%

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Fonte: Mazars.

dimensões avaliadas, nomeadamente: (i) a percentagem média de bancos que desenvolveu uma oferta de produtos responsáveis alcançou os 82% comparativamente ao ano anterior (47%); (ii) os bancos que promoveram uma cultura de sustentabilidade e atualizaram as suas estruturas de governo em conformidade aumentou para metade (51%), embora haja um aumento semelhante (45%) na percentagem de bancos que alinharam as suas divulgações com os padrões de relatórios ESG; e (iii) identificaram-se desfasamentos claros em áreas como a incorporação de critérios ESG e climáticos em estruturas de gestão de risco e implementação de estratégias de sustentabilidade (aumento de 22% e 20%, respetivamente). Não há dúvida que os players no mercado financeiro estão a tornar as suas práticas mais sustentáveis e que têm desenvolvido progressos nesta área. Os resultados mais recentes são encorajadores, mas revelam também trabalho por realizar. O setor precisa de implementar processos adicionais 114  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

relacionados com a gestão dos riscos climáticos, melhorando metodologias e quantificando os impactos relacionados com o clima nos seus relatórios e avaliações internas. Esta é uma tendência também verificada no mercado nacional (impulsionada pelo compromisso de alcançar a neutralidade carbónica da economia portuguesa até 2050), tendo-se assistido de forma gradual a uma transformação da cultura financeira, que se espera que se venha a acentuar nos próximos anos. A expetativa é que todas as organizações, particularmente aquelas com impacto significativo na economia ou uma atividade de interesse público, implementem processos que assegurem o respeito para com temas ambientais e sociais. Espera-se que os desenvolvimentos positivos nesta área e que deverão ganhar cada vez maior importância nos próximos anos, permitam que os agentes no mercado financeiro desempenhem um papel determinante na formação de um futuro mais sustentável para a economia global.

Antes amplamente fora do alcance dos investidores estrangeiros, os mercados de ações da China estão a abrir-se à medida que a economia do país se transforma. Das cotadas em Shenzhen e Hong Kong ao board da STAR, equivalente ao Nasdaq, as empresas chinesas estão a atrair um significativo capital por parte dos investidores. Eis o que precisa saber: (i) O mercado de ações da China é grande e profundo (sendo a capitalização de mercado combinada das bolsas de valores de Xangai, Shenzhen e Hong Kong – mais os American Depositary Receipts cotados nos EUA – de 18,8 biliões de USD, significativamente acima dos 10 biliões de USD de ações na zona euro); (ii) A China está a investir em inovação – e as empresas inovadoras estão a beneficiar (sublinhase aqui que o número total de pedidos de patentes anuais no país cresceu mais de 450% entre 2009 e 2019); (iii) Os mercados de ações da China assemelhamse agora à economia dinâmica da China; (iv) Alguns investidores podem ter-se questionado anteriormente sobre os padrões de governança empresarial da China, mas as coisas estão a mudar; (v) Os mercados da China podem ser altamente líquidos; (vi) Os mercados de ações da China podem ser voláteis, mas também o podem os mercados dos EUA; (vii) Os mercados de ações da China não são monolíticos; (viii) As ações chinesas não se movem em sincronia com outros mercados de ações; (ix) Os investidores estrangeiros são cada vez mais atraídos pelas ações da China; e (x) Os principais índices globais estão a adicionar um grande número de ações chinesas, refletindo a crescente importância da China para os mercados globais de ações. Provavelmente, isso é também um sinal de que mais investimento estrangeiro fluirá para a região no futuro.


ALLIANZ THEMATICA INVESTIR NO MUNDO DE AMANHÃ Participe nas mudanças estruturais do nosso tempo investindo nas temáticas mais apaixonantes, com a ajuda da Allianz Thematica. O último ano mostrou a rapidez com que algumas megatendências se estão a tornar uma parte integrante da nossa vida quotidiana. Temas como a digitalização, o crescente amor pelos animais de estimação, a escassez de água e a energia do futuro vão continuar a ser investimentos interessantes. Com a Allianz Thematica pode investir de forma flexível nos temas mais promissores.

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O investimento no Fundo envolve riscos. Os investimentos no Fundo e o rendimento obtido poderão oscilar para cima e para baixo, dependendo dos valores ou previsões existentes no momento do investimento e, portanto, poderá não recuperar o seu investimento na íntegra. O Allianz Thematica é um subfundo da Allianz Global Investors Fund SICAV, uma sociedade de investimento aberta de capital variável constituída de acordo com a legislação luxemburguesa. O valor das unidades de participação/ações, que pertencem às Categorias de Unidades de Participação/Ações do Subfundo que não sejam denominadas na divisa base, poderá estar sujeito a uma bastante elevada volatilidade. É possível que a volatilidade de outras Categorias de Unidades de Participação/Ações seja diferente. A existência de rendimentos no passado não constitui uma promessa ou garantia de rendimentos no futuro. Os produtos dos fundos de investimentos poderão não estar disponíveis em todas as jurisdições ou para certas categorias de investidores. Para obter uma cópia gratuita do prospecto, documentos de constituição, cotações diárias, informações fundamentais destinadas aos investidores e últimos relatórios financeiros anuais e semestrais, entre em contacto com a entidade gestora através do endereço abaixo indicado ou em www.allianzgiregulatory.eu. Por favor leia atentamente estes documentos antes de investir, os quais são obrigatórios. Este material promocional foi elaborado pela Allianz Global Investors GmbH, www.allianzgi.com, uma sociedade de investimento de responsabilidade limitada, constituída na Alemanha, com sede em Bockenheimer Landstrasse 42-44, 60323 Frankfurt/M, com número de registo no tribunal local de Frankfurt/M, HRB 9340, autorizada pelo Bundesanstalt für Finanzdienstleistungsaufsicht (www.bafin.de). #1311034 Janeiro 2021.


PRODUTOS ETF

por Fernando Luque

ETF EM FUNDOS DE AÇÕES

PORTUGUESES Analisámos as carteiras de fundos de ações nacionais para ver em que medida os gestores desses fundos usam ETF nas suas carteiras considerando o mais recente portefólio incluído na base de dados da Morningstar.

116  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

E

xistem várias vantagens que os ETF apresentam para gestores profissionais. Apesar dos seus baixos custos, da sua facilidade de operação (na compra ou venda) e sobretudo da sua grande diversidade (existem ETF em praticamente todas as categorias de ações da Morningstar) os fundos de ações portugueses investem relativamente pouco em ETF. De um total de ativos sob gestão de cerca de 2,6 mil milhões de euros, o total investido em ETF de ações ascende a cerca de 26,6 milhões de euros, ou seja, cerca de 1%. Dos 41 fundos de ações domiciliados em Portugal, detetámos a presença de ETF nas carteiras de apenas 12 fundos.


PRINCIPAIS PROVEDORES Embora ao nível do número de produtos a iShares seja claramente a dominante (dos 39 ETF presentes nas carteiras dos fundos de ações nacionais, 24 são produtos da iShares), é a Lyxor que domina em termos de volume investido. Quase 60% do dinheiro investido em ETF é em produtos Lyxor, graças aos mais de 14 milhões de euros investidos no ETF Lyxor PSI 20®.

XTRACKERS 8% VANGUARD 1%

AMUNDI 1% INVESCO 1%

UBS 1% ISHARES 29%

REPARTIÇÃO POR PROVEDORES

LYXOR 59%

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PRODUTOS ETF

LISTA DE ETF PRESENTES NAS CARTEIRAS Amundi IS MSCI Emerging Markets ETF-C €

iShares STOXX Europe 600 Oil & Gas (DE)

Amundi IS MSCI Japan ETF-C EUR

iShares STOXX Europe 600 Telecom (DE)

Invesco MSCI Emerging Markets ETF

iShares STOXX Europe 600 Utilities (DE)

iShares Core MSCI World ETF USD Acc

iShares US Financials ETF

https://bit.ly/3eM0ma4

iShares Core S&P 500 ETF USD Acc

iShares US Industrials ETF

ETF em fundos de ações portugueses

iShares EURO STOXX 50 (DE)

Lyxor MSCI AC AsiaPac Ex Jpn ETF Acc EUR

iShares EURO STOXX Banks 30-15 (DE)

Lyxor MSCI Emerging Markets ETF Acc EUR

iShares Global Clean Energy ETF USD Dist

Lyxor New Energy (DR) ETF Dist A/I

iShares Global Energy ETF

Lyxor PSI 20® ETF

iShares Global Water ETF USD Dist

Lyxor World Water (DR) ETF Dist A/I

iShares MSCI All Country Asia ex Jpn ETF

UBS ETF MSCI USA SRI USD A dis

iShares MSCI Australia ETF

Vanguard FTSE Emerging Markets ETF

iShares MSCI EM ETF USD Dist

Xtrackers MSCI Europe ETF 1C

iShares MSCI Europe Health Care Sec ETF

Xtrackers MSCI Japan ETF 1C

iShares MSCI Europe SRI ETF EUR Acc

Xtrackers MSCI World ETF 1C

iShares MSCI New Zealand ETF

Xtrackers Nikkei 225 ETF 1D

iShares MSCI Singapore ETF

Xtrackers S&P ASX 200 ETF 1D

www.fundspeople.com

iShares STOXX Europe 600 Bas Res (DE) iShares STOXX Europe 600 HealthCare (DE) iShares STOXX Europe 600 Insurance (DE)

AS DUAS PRINCIPAIS CATEGORIAS QUE INVESTEM EM ETF SÃO AS DE AÇÕES GLOBAIS E SETORIAIS 118  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

Fonte: Morningstar. Dados mais recentes disponíveis a 21 de abril de 2021.

Já o percentual médio que os ETF representam nessas carteiras chega a 3,8%, mas com muitas variações de um ETF para outro. Por exemplo, o peso do iShares Global Water ETF USD e do iShares Global Water ETF USD na carteira do Caixagest Energias Renováveis FIAMA atinge os 17,1% e 10,9%, respetivamente. O iShares Core MSCI World ETF USD e o Xtrackers MSCI World ETF 1C representam 12,6% e 11,6% da carteira do BPI Reforma Global Equity PPR/OICVM FIAA. Estes são os únicos quatro ETF que ultrapassam os 10% nas carteiras analisadas.

AÇÕES GLOBAIS E SETORIAIS

Curiosamente, dada a imensa gama e variedade de produtos disponíveis na Europa e nos Estados Unidos, pode-se esperar encontrar ETF principalmente

nas carteiras de fundos de ações americanas. No entanto, nenhum fundo nacional nessas categorias investe em ETF. Os fundos da categoria Morningstar Portugal Equities também não investem de forma relevante em ETF. É verdade que, neste caso, a utilização de futuros sobre o índice bolsista português representa uma concorrência importante dos ETF. Mas encontramos um fundo, o IMGA Ações Portugal, que investe uma pequena parte da sua carteira, 1,6%, no ETF Lyxor PSI 20®. O desempenho deste ETF face aos fundos de ações portugueses é bastante curioso. No primeiro trimestre deste ano e nos últimos 12 meses, os fundos de ações portugueses tiveram uma performance claramente superior ao ETF, mas após três anos e cinco anos, este último tem uma vantagem significativa.


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A OPINIÃO DE JAVIER GARCÍA DÍAZ Responsável de Negócio de Gestoras de Fundos para Portugal, Espanha e Andorra, BlackRock

A GESTÃO INDEXADA CUMPRE MEIO SÉCULO COM OS OLHOS NUM FUTURO PROMISSOR

O PESO DOS ETF NOS FUNDOS SETORIAIS FUNDO

Caixagest Energias Renováveis

CATEGORIA

ETF

Sector Alternative Energy

Montepio Euro Telcos

Sector Communications

Montepio Euro Energy

Sector Energy

Montepio Euro Healthcare

Sector Healthcare

Montepio Euro Utilities

Sector Utilities

PESO %

iShares Global Water ETF USD

17,1

Lyxor World Water (DR) ETF

10,9

iShares Global Clean Energy ETF

6,1

Lyxor New Energy (DR) ETF

4,8

iShares STOXX Europe 600 Telecom

6,1

iShares STOXX Europe 600 Oil & Gas

2,2

iShares STOXX Europe 600 HealthCare

5,6

iShares MSCI Europe Healthcare Sec ETF

1,8

iShares STOXX Europe 600 Utilities

2,8

Fonte: Morningstar. Dados mais recentes disponíveis a 21 de abril de 2021.

Os ETF também não são abundantes na categoria de ações da Europa. Estão presentes em apenas um fundo, o Montepio Acções Europa. No seu portefólio encontramos dois fundos negociados em bolsa referenciados a dois índices das bolsas de valores do Velho Continente: o Xtrackers MSCI Europe ETF 1C e o iShares EURO STOXX 50 (DE). Percebemos um pouco mais de presença de ETF em fundos de ações emergentes. O portefólio do Caixa Acções Oriente inclui os seguintes ETF focados em países específicos: iShares MSCI Australia ETF, Xtrackers S&P ASX 200 ETF 1D, iShares MSCI Singapore ETF, Xtrackers MSCI Japan ETF 1C e iShares MSCI New Zealand ETF. O outro fundo que investe em ETF adota outra estratégia. Investe em dois ETF mais gerais: o Vanguard FTSE Emerging Markets ETF e o Lyxor MSCI Emerging Markets ETF Acc EUR. As duas principais categorias de fundos que investem de forma mais decisiva em ETF são as de ações globais e ações setoriais. Na categoria de ações globais destaca-se claramente o BPI Reforma Glo-

bal Equity, investindo nada menos que 56% da sua carteira através de ETF, incluindo o iShares Core MSCI World ETF USD e o Xtrackers MSCI World ETF 1C, com 12,6% e 11,6% da carteira, respetivamente. Os outros dois fundos em que detetamos a presença de ETF são o IMGA Global Equities Selection e o NB Momentum Sustentável. Ambos optaram por dedicar parte do peso aos mercados emergentes por meio de fundos negociados em bolsa. Assim, no portefólio do IMGA Global Equities Selection, encontramos ETF como o ETF Amundi IS MSCI Emerging Markets, o ETF Invesco MSCI Emerging Markets e o Lyxor MSCI AC AsiaPac Ex Jpn ETF Acc EUR. No portefólio do NB Momentum Sustentável, os dois ETF de mercados emergentes que encontramos são o ETF iShares MSCI All Country Asia ex Japan e o ETF iShares MSCI EM. Por fim, sem dúvida, a categoria, ou melhor, as categorias onde os fundos negociados em bolsa estão mais presentes são as categorias setoriais. Na tabela indicamos os ETF presentes nas carteiras desses fundos.

Os fundos indexados começaram a andar há meio século na Califórnia, não muito longe de onde se desenvolveram os primeiros microships. Enquanto os segundos não demoraram a tornar-se num elemento que revolucionou a forma de conceber a vida das pessoas, os primeiros evoluíram de uma forma mais pausada, mas não menos constante. O desenvolvimento de veículos permitiu democratizar o investimento e aproximá-lo a segmentos que não tinha acesso a ferramentas de planificação financeira a longo prazo. Os ETF demonstraram que o investimento não deve ser complexo nem inacessível. De facto, a sua expansão levou a que este tipo de veículos representem já cerca de 10% dos ativos investíveis a nível global . Na iShares sentimo-nos muito orgulhosos do trabalho que desempenhamos para levar a gestão indexada à posição que ocupa hoje em dia, o que nos incentiva a continuar a cumprir a nossa vocação de liderar o progresso no mundo dos investimentos, já que na BlackRock perseguimos a meta de ajudar as pessoas a planificar da melhor maneira possível o seu património com os olhos postos no longo prazo, num horizonte temporal que casa na perfeição com a natureza destes veículos. MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 119


PRODUTOS INSTITUCIONAL por Samuel Capucho

GESTÃO DE POUPANÇA PARA A REFORMA

AS PEDRAS NO CAMINHO Muitas são as questões que hoje se colocam no que toca à gestão de poupança para a reforma. Como um pilar relevante do caminho de uma vida mais confortável na reforma, os gestores de fundos de pensões enfrentam nos dias de hoje uma conjuntura pouco amigável.

O

s fundos de pensões posicionam-se como a solução de poupança para a reforma que mais agrega ativos em Portugal. Neste sentido, questionámos os responsáveis pelos cinco fundos de pensões mais rentáveis a cinco anos - segundo a APFIPP e com dados a março - sobre as pedras no caminho e as possíveis soluções de quem tem a responsabilidade de gerir o melhor possível o património dos aforradores. Atualmente, qual é o maior desafio na gestão de poupança a longo prazo? E, com a atual conjuntura económica, de que forma podemos maximizar os resultados dessa gestão? Estas, que parecem ser perguntas simples, podem tornar-se questões complexas, prin120  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

cipalmente nos dias de hoje. Carlos Pinto, senior investment manager da Optimize Investment Partners, quando confrontado com esta pergunta, resumiu bem as principais dificuldades. “Taxas de juro nulas, aliadas à inflação, acabam por ser um verdadeiro flagelo às poupanças dos aforradores no longo prazo”, introduzia o gestor.

DESAFIO/OPORTUNIDADE?

“O maior desafio na gestão da poupança a longo prazo consiste em conseguir definir estratégias de investimento que consigam maximizar o retorno da poupança dos clientes com o menor risco possível”, introduz Pedro Barata, gestor na GNB Gestão de Ativos. Para o gestor, se o foco é no longo prazo, vários estudos demonstram que o inves-

timento no mercado acionista é aquele que melhor retorno consegue gerar. No entanto, é certo que esse investimento traz mais volatilidade e desafios. Nesse sentido, Pedro Barata, começa por enumerar dois possíveis contratempos e respetivas soluções decorrentes do ato de assumir maior risco na gestão de poupança. Por um lado, “o gestor tem de ter sempre presente que o horizonte temporal do seu mandato de gestão é o longo prazo e, como tal, não se deve precipitar na tomada de decisões de gestão resultantes da volatilidade de curto prazo”. Com efeito, Pedro Barata partilha a visão de que é muitas vezes quando há mais volatilidade no mercado que surgem as melhores oportunidades de investimento, sendo que, nessas alturas, deve-se aproveitar para


RICARDO ALMEIDA

PEDRO BARATA

Real Vida Seguros

GNB Gestão de Ativos

“A DIFICULDADE/OPORTUNIDADE TEM A VER COM A PROCURA DE UM EQUILÍBRIO ENTRE O ACRÉSCIMO DE RENTABILIDADE ESPERADA E O ACRÉSCIMO DE VOLATILIDADE QUE A INTRODUÇÃO DE NOVAS CLASSES DE ATIVOS TRAZ PARA UMA CARTEIRA DE INVESTIMENTOS”

“VÁRIOS ESTUDOS JÁ DEMONSTRARAM QUE QUANDO FALAMOS EM POUPANÇA DE LONGO PRAZO, É ATRAVÉS DO INVESTIMENTO NO MERCADO ACIONISTA QUE SE CONSEGUEM MELHORES RETORNOS”

reforçar posições. Por outro lado, para o profissional, um outro aspeto fundamental é uma comunicação eficaz e constante entre cliente e gestor que gere as suas poupanças, com o objetivo de evitar decisões precipitadas que possam vir a ter um impacto negativo na rentabilidade. Mas como, num contexto de taxas de juro nulas e inflação, se pode gerir da melhor forma a poupança? “Neste

caso, exige-se uma gestão mais criteriosa na seleção de obrigações evitando as de longa duração”, aponta Carlos Pinto. Desta forma, há que “dar preferência por emissões que apresentem yields acima da inflação, mantendo uma forte exposição às ações que apresentem uma tendência de crescimento mais previsível no longo prazo”, refere. Já Ricardo Almeida, responsável pela gestão das carteiras de ativos

O EQUILÍBRIO ENTRE O ACRÉSCIMO DE RENTABILIDADE ESPERADA E O ACRÉSCIMO DE VOLATILIDADE É UMA DIFICULDADE MAS TAMBÉM UMA OPORTUNIDADE

dos fundos de pensões na Real Vida Seguros, resume bem o já partilhado pelos colegas de gestão. “A dificuldade/oportunidade tem a ver com a procura de um equilíbrio entre o acréscimo de rentabilidade esperada e o acréscimo de volatilidade que a introdução de novas classes de ativos traz para uma carteira de investimentos”, assinala. Todavia, para o gestor da Real Vida Seguros, não é apenas nas classes de ativos tradicionais, como as de menor risco, onde as taxas de retorno esperadas poderão ser mais baixas. “Também nas restantes classes de ativos, como nas ações ou no crédito corporativo, em resultado deste mesmo ambiente de baixas taxas de juro, as valorizações observadas levam-nos a antecipar que MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 121


PRODUTOS INSTITUCIONAL

VALDEMAR DUARTE

LUIS LOBO JORDÃO, CFA

Ageas Pensões

SGF

“POR MAIS ESTRANHO QUE PAREÇA, O PRINCIPAL DESAFIO PARA A GESTÃO DA POUPANÇA DE LONGO PRAZO É QUE ELA EXISTA EM QUANTIDADE SUFICIENTE”

“O NOSSO FOCO ESTÁ EM MOSTRAR AOS PORTUGUESES QUE UMA EXPOSIÇÃO ACIONISTA RELEVANTE É FUNDAMENTAL NO INVESTIMENTO A LONGO PRAZO”

também aqui as taxas de retorno que podemos esperar no futuro sejam inferiores ao que o passado nos mostrou”, apresenta. “Isto é particularmente relevante (e representa um significativo desafio) para as taxas de retorno mais elevadas que frequentemente são esperadas por parte de alguns produtos de poupança ou fundos de pensões a longo prazo”, acrescenta.

POUPANÇA SUFICIENTE?

Também Valdemar Duarte, diretor geral da Ageas Pensões, vai ao encontro de ideias já partilhadas ao afirmar que “num horizonte temporal de médio longo prazo, ao maior risco corresponde quase sempre uma maior rendibilidade”. No entanto, o profissional mostra uma diferente perspetiva ao relevar 122  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

que um dos principais desafios para a gestão de poupança de longo prazo, “é que ela exista em quantidade suficiente”, coloca. Valdemar Duarte continua e acrescenta: “Apesar de vivermos tempos de persistência de taxas de juro muito baixas, na sua maioria mesmo negativas, os instrumentos financeiros de mercado disponíveis têm conseguido gerar níveis de rendibilidade muito interessantes”. Assim, a sua visão vai no mesmo sentido que os restantes gestores: a de se assumir mais risco. Mas deixa ainda um conselho: “Fugir da armadilha das garantias anuais”. Por outro lado, destaca que outro relevante desafio “com que toda a gestão de poupança e por maioria de razão a poupança de longo prazo se debatem é a incorporação dos fatores de sustentabilidade dos investimentos, conduzindo

o processo de decisão de investimentos a ser norteado pela incorporação dos fatores ESG”, diz.

PANORAMA NACIONAL

Em Portugal já sabemos que, devido à pandemia do COVID-19, a poupança das famílias foi reforçada. Contudo e, tal como diz o responsável da Ageas Pensões, ela concentrou-se em depósitos bancários. Nesse sentido, para o diretor geral, “é necessário reforçar a literacia da população permitindo separar o que é risco financeiro puro do que foram aplicações fraudulentas e implementar um enquadramento fiscal atrativo que estimule o sacrifício de algum rendimento presente em favor de melhor bem-estar futuro”. Ainda relativamente ao plano nacional, a visão de Luís Lobo Jordão, CFA,


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A OPINIÃO DE ÁLVARO FERNÁNDEZ E MARIO GONZÁLEZ Diretores de desenvolvimento de negócio, Capital Group

CARLOS PINTO

PERSPETIVAS PARA A DÍVIDA EMERGENTE

Optimize Investment Partners

“TAXAS DE JURO NULAS, ALIADAS À INFLAÇÃO, ACABAM POR SER UM VERDADEIRO FLAGELO ÀS POUPANÇAS DOS AFORRADORES NO LONGO PRAZO”

FUNDOS DE PENSÕES COM MAIOR RENTABILIDADE A 5 ANOS FUNDO

ENTIDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES

RENTABILIDADE ANUALIZADA NOS ÚLTIMOS 5 ANOS

Real Reforma Jovem

Real Vida Seguros

7,16%

SGF Reforma Stoik

SGF

5,61%

Horizonte Ações

Ageas Pensões

4,89%

Multireforma Ações

GNB - SGFP

4,30%

Optimize Capital Pensões Ações

Real Vida Seguros

3,62%

Fonte: APFIPP, dados de 31 de março de 2021

gestor das estratégias Stoik na SGF, vai no mesmo sentido que a de Valdemar Duarte. “O maior desafio tem sido convencer os portugueses para a necessidade de colocar as suas poupanças a trabalhar para si. De abdicar um pouco dos ativos garantidos e explorar opções mais rentáveis”, comenta. Aliás, num mercado tradicionalmente conservador, a importância e dificuldade desta tarefa ganha

outra dimensão. “Há algum tempo que o nosso foco está em mostrar aos portugueses que uma exposição acionista relevante é fundamental no investimento a longo prazo. Os investidores tendem a ser muito avessos ao risco e a optar por ter as suas poupanças em ativos garantidos. No entanto, esses ativos têm visto a sua remuneração desaparecer nos últimos anos”, diz Luís Lobo Jordão.

As perspetivas de risco da dívida dos mercados emergentes para 2021 estão bastante ajustadas, com valorizações que oferecem algumas boas oportunidades. Entre os fatores que sustentam esta classe de ativos destaca-se a melhoria dos seus fundamentais e a recuperação do crescimento mundial, assim como o aumento do preço das matérias-primas. Se falarmos dos fundamentais, os mercados emergentes contam atualmente com uma sólida tela de fundo macroeconómica. Trata-se de uma classe de ativos que gosta do crescimento e estamos a avançar para uma subida sincronizada da economia mundial. Do ponto de vista das valorizações, estamos próximos de níveis historicamente baratos nas taxas de câmbio agregadas dos mercados emergentes. Há boas oportunidades de valorização tanto na dívida de moeda local como em alguns dos setores de maior rendimento em dólares. Se combinarmos os spreads e as valorizações pensamos que este ativo é atrativo em comparação com outros mercados de obrigações. Há oportunidades na exposição a moedas distintas do dólar porque as divisas locais estão baratas e as curvas de yields estão bastante pronunciadas. A dívida local dos mercados emergentes tem um perfil de volatilidade moderadamente alto, mas não devemos renunciá-la especialmente com as taxas de câmbio destes países em níveis historicamente baixos. MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 123


PRODUTOS ALTERNATIVOS por Juan Luis García Alejo

BITCOIN

COMO INVESTIMENTO

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tecnologia baseada em cadeias de blocos ganhou totalmente a classificação de tecnologia disruptiva. Uma tecnologia que tem o poder de transformar de maneira profunda a forma como entendemos as relações sociais e económicas. Faz parte de um conjunto de inovações como a inteligência artificial, o par 5G-IoT (internet das coisas), o cloud computing e outras, mediante a substituição e transformação de muitos negócios. A disrupção em sentido amplo é uma das megatendências que identificámos como chave e à qual qualquer investidor tem de estar exposto na mesma. A partir desta primeira reflexão fica claro, portanto, que a bitcoin é só a ponta do iceberg: a blockchain já está presente no nosso dia a dia de múltiplas maneiras. Algumas formas que hoje conhecemos e outras que ainda não somos capazes de imaginar. Esta é a essência da disrupção. Uma segunda reflexão é a do contexto temporal em que vamos poder

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A bitcoin - as criptomoedas - são aplicações de uma tecnologia que está a ganhar tração e presença de forma acelerada: a cadeia de blocos, a blockchain. A Bitcoin é, simplesmente, a primeira aplicação que usou blockchain (2008); mas não é a única. Nem a última. beneficiar do impulso disruptor. Devemos pensar que será por um longo período de tempo. Ao longo de bastantes anos poderemos ver uma evolução nos usos da blockchain. Um marco de referência, que por semelhança nos deve permitir entender esta afirmação é o relativo ao desenvolvimento da internet (outra disrupção fundacional, mas bem assente desde há anos!). O nascimento desta disrupção tem a sua origem em 1972 com a criação do protocolo TCP/IP, com a Arpanet. Da Arpanet até ao Zoom, por exemplo, existe meio século de avanços. Também de retrocessos. Adivinhar que a Arpanet ia derivar em negócios como os das redes sociais ou a Amazon não era previsível. Elejamos um ponto especial no tempo do desenvolvimento da internet: a entrada em bolsa da Terra em 1999. Naquele momento os analistas avaliavam o seu negócio a partir do resumo de três: o de ISP (provedor de serviços de internet: colocar em contacto as pessoas e cobrar por isso), o da publicidade na rede e o e-commerce. O primeiro representava 85% da valorização. Hoje o valor da internet cria-se em torno dos últimos dois conceitos. Assim, a disrupção derivada da blockchain poderíamos dizer que está nos primeiros estádios do seu ciclo de vida. Seguindo a matriz de desenvolvimento de tecnologias exposta por Iansiti e Lahkani, hoje estamos perante aplicações de blockchain que repre-

sentam diferentes graus de novidade; mas ainda em estádios de complexidade baixos. Fica pendente a grande revolução de transformação e substituição de negócios. A bitcoin e o seu uso para pagamentos constitui uma novidade cada vez menor e cuja complexidade dentro do ecossistema do que pode proporcionar a blockchain não é elevada. Mas foi o primeiro passo e o mais tangível para se expor esta cadeia de blocos. Ou pelo menos, o mais popular. E, desde logo, não o único. A blockchain tem múltiplas aplicações em marcha hoje em dia que quiçá são menos conhecidas do público em geral. Falamos de projetos de registo de propriedades, projetos relativos a pagamentos, carsharing, armazenamento na nuvem, identidade digital, mercado de música, gestão de serviços públicos, rastreabilidade alimentar, certificação de autoria, smart contracts... De forma mais tangível podemos falar de soluções para que, por exemplo, a Iberdrola possa acreditar a origem verde de parte da energia que produz. Ferramentas para verificar a rastreabilidade de acreditações profissionais ou de títulos educativos. Projetos de on-boarding digital únicos para diferentes soluções de mobilidade dentro das grandes cidades. Se estes são o ecossistema e as perspetivas, há que avaliar de que forma se pode conseguir exposição à disrupção que representa a tecnologia da blockchain.

PODEMOS DIZER QUE A DISRUPÇÃO DERIVADA DA BLOCKCHAIN ESTÁ NOS PRIMEIROS ESTÁDIOS DO SEU CICLO DE VIDA MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 125


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PRODUTOS ALTERNATIVOS

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A OPINIÃO DE ISABEL DE LINIERS Senior sales, DWS Iberia

O MERCADO ESTÁ A ACOLHER UMA MUDANÇA DE ATITUDE DOS INVESTIDORES INSTITUCIONAIS RELATIVAMENTE À BITCOIN

As criptomoedas: no coração da bitcoin, como já dissemos, está a blockchain. Recentemente assistimos ao diálogo ativo entre detratores e defensores do mesmo. Em todo o caso, podemos dizer que é um ativo especulativo, parafraseando a presidente do BCE; mas sem irmos mais além. O mercado está a acolher uma mudança de atitude por parte dos investidores institucionais em relação à bitcoin. Um número crescente de instituições que permite usá-la como meio de pagamento: Pay Pal e Square. Recentemente, o dono dos Sacramento Kings anunciava que permitirá aos seus jogadores receber parte do seu salário em bitcoin. Investidores reputados como Stanley Druckenmiller ou Paul Tudor Jones puseram parte do seu património em criptomoeda. A Tesla e a Microstrategy colocaram parte da sua tesouraria nela. Ainda assim, não há muita unanimidade. Há poucos meses a J.P. Morgan realizava um questionário entre os seus clientes institucionais e o resultado refletia duas coisas: apenas 22% planeiam investir em criptomoedas; no entanto, 58% veem que é um fenómeno que está aqui para ficar. A melhor estratégia de investimento que se pode levar a cabo é aquela que parte do interesse, mas também de um certo agnosticismo. Tomar posições suficientemente pequenas para que em caso de fracasso o seu impacto seja possível de assumir; mas ter um posicio126  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

namento que permita beneficiar de um eventual cisne branco (lei de Metcalf e winner takes it all) parece uma aproximação natural. Como se se tratasse de um prémio de uma opção de compra sobre um êxito que se pode dar. Ou não. Há outras formas de exposição à blockchain. Se vamos mais além das criptomoedas, existem fórmulas para poder participar em projetos que usam a tecnologia da blockchain. Num extremo das possibilidades encontramos um número crescente de projetos empresariais que procuram dar continuidade aos seus negócios pela via de maior financiamento. Este tipo de fórmulas fica restringida a um grupo de clientes mais pequeno e acostumado ao investimento na economia real. No outro extremo das possibilidades encontramos por sua vez fórmulas de exposição indireta. Investir em empresas que usam ou oferecem serviços baseados em blockchain, que vendem hardware/placas gráficas para a mineração de criptomoedas, serviços de pagamentos... É uma exposição indireta, mas na qual encontramos nomes como a IBM, Amazon, Nvidia, Mastercard, Canaan ou Silvergate. E nestes casos pode-se procurar a exposição por via de veículos como ETF (a nível profissional, por exemplo), o Amplify Transformational Data Sharing ETF) ou fundos de investimento UCITS como o BNY Mellon Blockchain Innovation Fund (centrado em blockchain).

10 ANOS A COMBINAR ATIVOS DE FORMA EFICIENTE A gestão de produtos multiativos faz parte do ADN da DWS. Este ano estamos a comemorar porque maio marca 10 anos desde o lançamento daquele que se tornou um de nossos fundos bandeira: o DWS Concept Kaldemorgen. O fundo, com o seu nome original (difícil de pronunciar e até engraçado) não deixa ninguém indiferente, pois é, sem dúvida, uma história de sucesso. Leva o nome do fundador do seu conceito e filosofia, Klaus Kaldemorgen, ex-CIO da DWS e líder da equipa Total Return, que é acompanhado por cinco gestores e dois especialistas em controlo de risco. Esta equipa tem a estrutura e dinamismo de uma boutique, mas com os recursos de uma grande casa de gestão global como a DWS, o que a torna única. O fundo foi lançado como uma solução flexível para investidores de perfil moderado, com o objetivo de lhes dar acesso ao mercado de capitais, mas com risco controlado e acesso a uma carteira diversificada e gerida de forma ágil. Desde então, tem conseguido enfrentar com sucesso diversas tempestades, transformando momentos de volatilidade em oportunidades, e preservando o interesse dos seus investidores, sobretudo em tempos difíceis. 10 anos depois, o fundo continua a destacar-se pela sua consistência e retornos ajustados ao risco, superando as principais classes de ativos e ostentando o Selo FundsPeople com a sua classificação de Blockbuster.


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ESTILO DE VIDA FUTSAL por Pedro Barata, CFA

TÉCNICA, TÁTICA, ADRENALINA,

SAUDADE...

Um hobby que infelizmente ficou em stand-by com a atual pandemia, se é que não morreu em definitivo nos moldes como o conhecemos. A esperança de um regresso à normalidade é algo que ocupa os corações dos jovens atletas, mas não só. Também dos orgulhosos treinadores.

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ara mim, foi precisamente algo que começou por ser uma brincadeira para ocupar o tempo, enquanto o meu filho treinava futsal nos escalões de formação de um clube de bairro da periferia de Lisboa. Em vez de ficar parado a assistir aos treinos, com o aval do treinador principal comecei a ajudar como assistente. Com o tempo, esta função foi evoluindo e ganhando dimensão, com uma componente mais técnica, tática e motivacional, com algumas formações pelo meio. Dois treinos por semana ao final do dia e competições ao fim de semana, passaram a constar obrigatoriamente na minha agenda. O cheiro do balneário, os estágios, as competições, a adrenalina de estar no banco ou a assistir à evolução e formação de um conjunto de crianças, são memórias que ficam para sempre. A evolução de alguns miúdos é extraordinária. Invariavelmente, nos primeiros treinos, aparecem com muita timidez, a pedir licença para tocar na bola, alguns com uma técnica muito rudimentar, a fazer crer que nunca tinham tocada numa bola. No entanto, não há nada que não se consiga com muito trabalho e dedi128  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

cação. Semanas após semanas, meses após meses, ou até anos, as evoluções são notórias. Ganham técnica, agilidade tática e confiança nas suas reais capacidades. Os melhores acabam por ser recrutados pelos grandes de Lisboa. Já eu, fico com a esperança de ter treinado o futuro Ricardinho do futsal português (para quem não sabe, Ricardinho é o melhor jogador português de futsal de todos os tempos, o equivalente ao Cristiano Ronaldo).

O PRÉ-PANDEMIA

A época desportiva de 2018/2019 foi a mais notável com o clube de bairro a ombrear com os grandes de Lisboa pelo campeonato distrital de Lisboa (escalão benjamins). Vitórias diante do Benfica e Sporting fizeram alimentar o sonho, mas uma derrota em casa, na segunda volta diante do Sporting fez-nos morrer na praia, terminado a competição como vice-campeão. No final da época, a equipa de sonho do clube de bairro foi dizimada. Os grandes não querendo passar por mais vergonhas acenaram para os melhores jogadores e os convites do clube do coração não se podiam recusar. No ano seguinte, esta mesma equipa, com

os seus craques a jogarem com a camisola do adversário, foi completamente dizimada pelo Sporting e pelo Benfica. A vingança estava feita.

O REGRESSO À VISTA

Um sinal de esperança de um regresso a esta dinâmica que tanto alegra os atletas e os treinadores é que após 13 meses de paragem total e forçada, os treinos passam de novo a ser permitidos, com o início da terceira fase do plano de desconfinamento neste mês de abril. Um bem-haja, apesar de a expetativa ser muito baixa. Estima-se que apenas 35% dos atletas de formação das modalidades amadoras retomem as atividades. Por um lado, clubes sem capacidade financeira para suportar os custos da paragem fecharam portas em definitivo. Por outro, muitos atletas desistiram do seu sonho e arranjaram outros desportos e entretenimentos. Os que ficam, forçosamente mais gordos e menos ágeis vão passar pela dureza dos treinos físicos de forma a gradualmente recuperarem a condição física. Estes são os verdadeiros campeões, que esperam impacientemente há 13 meses por praticarem o seu desporto de eleição, com os seus amigos.


ESPERANÇA. Após 13 meses de paragem total e forçada, os treinos passam de novo a ser permitidos. Contudo, estima-se que apenas 35% dos atletas de formação das modalidades amadoras retomem as atividades.

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ESTILO DE VIDA VIAGEM por Margarida Gonçalves

JAPÃO

EXPLOSÃO DE CULTURA

Do caos e frenesim de Tóquio, às paisagens de cortar a respiração proporcionadas pelos templos antigos, passando ainda pela riquíssima gastronomia. Como não nos sentirmos em Lost in Translation?

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ma das viagens que mais me marcaram foi ao Japão. Talvez pelas diferenças culturais mas seguramente pelas belíssimas paisagens e experiências gastronómicas (e que vão muito para além do sushi, de que sou fã incondicional). Como tinha na altura bons amigos a morar em Tóquio decidimos juntar o útil ao agradável e lá fomos! Visitámos Tóquio e Quioto e passámos ainda pela zona montanhosa de Hakone (incrível museu de escultura ao ar livre!). Depois de uma maratona aérea de quase 24 horas aterrámos em Tóquio de manhã bem cedo. Sem ceder à tentação de dormir e com firme intenção de derrotar o jet-leg, começámos a descobrir a cidade… A casa dos nossos amigos ficava em Minato-ku, uma zona residencial e também comercial, muito habitada pela comunidade estrangeira e muito perto de Roppongi, um bairro boémio, cheio de restaurantes e bares. 130  FUNDSPEOPLE I MAIO E JUNHO

Foi uma base perfeita para - usando o metro - visitar outras zonas de Tóquio. O google maps foi o nosso melhor amigo para nos orientarmos na cidade... Não há indicações em inglês e apanhar o metro ou o autocarro certos pode ser um desafio! Começámos por Omotesando e tivemos uma introdução relativamente tranquila ao caos de Tóquio, com lojas fantásticas, enormes e sofisticadas. Seguimos depois para Harajuku, que fica bastante perto de Omotesando e é uma experiência a todos os níveis surpreendente! Naquela tarde quente de sábado milhares de adolescentes japoneses passeavam alegremente na Takeshita St., muitos com indumentárias no mínimo curiosas... É impossível ficar indiferente à multidão que se movimenta como uma mola humana frenética, ao som de uma música vibrante e ensurdecedora. Foi tal a intensidade que recebemos com alegria a notícia que a Takeshita St. nos levaria a um parque muito tran-

quilo e agradável e que merece sem dúvida uma visita, o Meiji Shrine. Nos dias seguintes continuámos a explorar a cidade. Um dos pontos a não perder é Shibuya, uma zona incrível e muito conhecida de Tóquio. O Shibuya Crossing é imperdível e recomendo uma subida ao primeiro andar do McDonald’s que existe numa esquina para melhor apreciar o espetáculo de milhares e milhares de pessoas a atravessar a estrada (e que será reconhecido pelos fãs do Lost in Translation). Outro dos imperdíveis de Tóquio era – na altura - a zona do mercado do peixe, em Tsukiji, mais tarde definitivamente encerrado em 2018. Lembro-me que comemos sushi fresquíssimo no Shutoku, excelente recomendação obtida no Go Juu em Lisboa dias antes da partida. O bairro de Ginza é outro must see, com prédios volumosos de arquitectura rica e futurista, com edifícios icónicos como o De Beers Building, a Maison Hermes ou a Mikimoto Boutique. Viajar ao Japão e não andar de Shinkasen (o comboio de alta velocidade) é quase como ir a Roma e não ver o Papa… por isso optámos por este meio de transporte para seguir a nossa viagem para Kyoto, antiga cidade imperial, que vale sobretudo pelos locais históricos e templos antigos. Começámos pelo Fushimi Inari Taisha. É um templo absolutamente incrível. Ao princípio pode parecer apenas mais um templo absolutamente sobrelotado de turistas, mas à medida que se sobe a montanha começamos a apreciar verdadeiramente como é especial e quanto mais subimos menos turistas encontramos. Vale a pena vencer o cansaço e alcançar o topo. O Kinkaku-ji (ou Templo Dourado) é francamente bonito, num setting fantástico e o Ginkaku-ji (ou Templo de Prata) também vale muito a pena.


IMPERDÍVEL Os templos Kinkaku-ji e Ginkaku-ji são locais obrigatórios na viagem, com paisagens circundantes maravilhosas.

Embora o templo em si não seja tão bonito, o jardim circundante é lindíssimo e é lá que começa o Caminho do Filósofo, uma via exclusivamente pedonal que se estende por cerca de dois quilómetros ao longo de um canal, muito agradável e realmente propícia a pensar um pouco na vida! Higashiyama é uma zona absolutamente imperdível de Kyoto, cheia de história e que nos transporta para outra época e para um Japão mais verdadeiro e tradicional. As ruelas entre Kiyomizudera e Yasaka Shrine são particularmente pitorescas e fazem-nos sentir personagens de um filme antigo. Quando é que acaba a pandemia para começar a planear nova expedição? MAIO E JUNHO  I  FUNDSPEOPLE 131


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