ENTREVISTAS
ADAM SCHOR, CFA, NZS CAPITAL FABIO RICCELLI, FIDELITY LEGISLAÇÃO
Q&A DA COMISSÃO EUROPEIA SOBRE A REGULAÇÃO SFDR FUNDS SERVICES
NOVAS FERRAMENTAS PARA CHEGAR A NOVOS CLIENTES COM ESTILO
LIVRO: O LEOPARDO VIAGEM À ISLÂNDIA
SETEMBRO E OUTUBRO 21
OS VENDAS FAVORITOS: O FUTURO DA INDÚSTRIA DE GESTÃO DE ATIVOS
NÚMERO 40 SETEMBRO E OUTUBRO 2021
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VENDAS FAVORITOS: O FUTURO DA INDÚSTRIA DE GESTÃO DE ATIVOS NUM NOVO ANO EM QUE MANTER A PROXIMIDADE COM O CLIENTE VOLTOU A SER UM DESAFIO, OS SELECIONADORES DE FUNDOS NACIONAIS CONSIDERAM QUE OS VENDAS DAS GESTORAS INTERNACIONAIS SUPERARAM AS EXPETATIVAS. MAS O QUE HÁ PARA MELHORAR NO SEU TRABALHO? E O QUE ESPERAM DO FUTURO DA INDÚSTRIA?
DWS CONCEPT ESG BLUE ECONOMY Os oceanos são a chave para a saúde do nosso planeta: proporcionam emprego a milhões de pessoas, são o habitat de inúmeras espécies de plantas e animais, e mitigam as consequências das alterações climáticas. Como investidores, podemos participar no desenvolvimento de uma Economia Azul sustentável e contribuir para a conservação dos oceanos. Vamos começar?
Investimentos estão sujeitos a riscos. A DWS é uma das principais entidades gestoras de activos do Mundo. Em Portugal, a entidade responsável pela comercialização dos produtos e serviços da DWS é a DWS International GmbH e autorizado a exercer actividades de intermediação financeira em Portugal, em Regime de Livre Prestação e Serviços. Os clientes podem aceder aos produtos ou serviços da DWS através de uma ou mais entidades, que serão identificadas de acordo com os contratos, acordos, materiais promocionais ou outra documentação relativa aos produtos ou serviços oferecidos. Este documento foi preparado sem considerar as necessidades particulares de investimento, objectivos ou circunstâncias financeiras pessoais de qualquer investidor. Antes de tomar uma decisão de investimento, os investidores devem considerar, com ou sem a ajuda de um consultor, se os investimentos e estratégias descritos ou fornecidos pela DWS são apropriados, com base nas suas necessidades específicas de investimento, perfil de investidor, objectivos e circunstâncias financeiras. Por outro lado, este documento tem apenas a finalidade de informar, não constituindo uma oferta, recomendação ou pedido para concluir uma transacção, e não deve ser considerado como aconselhamento personalizado ou recomendação de investimento. A DWS não presta aconselhamento fiscal ou jurídico. Os investidores devem consultar os seus próprios consultores fiscais e advogados considerando os investimentos e estratégias sugeridos pela DWS. Os investimentos com a DWS não são garantidos, a menos que o contrário seja expressamente especificado. A menos que seja notificado de outra forma para uma situação específica, os instrumentos financeiros não são garantidos por nenhuma entidade governamental nem pela DWS. Embora as informações contidas neste documento tenham sido obtidas de fontes consideradas fiáveis, a sua exactidão, integridade ou equilíbrio não pode ser garantida e não deve ser considerada enquanto tal. Todas as opiniões e estimativas contidas neste documento, incluindo declarações relativas ao futuro, reflectem o entendimento da DWS na presente data do documento e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio e envolvem uma série de pressupostos que podem não ser válidos. Os investimentos estão sujeitos a vários riscos, incluindo flutuações de mercado, mudanças regulatórias, risco de contraparte, possíveis atrasos no reembolso e perdas de rendibilidades e do capital investido. O valor dos investimentos pode diminuir ou aumentar, e o investidor pode não recuperar o valor inicialmente investido durante o período de duração do investimento. Além disso, podem ocorrer flutuações substanciais no valor do investimento, mesmo em curtos períodos de tempo. A presente publicação contém declarações relativos ao futuro. Declarações relativas ao futuro incluem, mas não se limitam a, suposições, estimativas, projecções, opiniões, modelos e análise de rendimento hipotético. Os eventos futuros expressos constituem o julgamento da DWS até a data da divulgação deste documento. As declarações relativas ao futuro envolvem elementos significativos de avaliações subjectivas e análises, e a modificação das mesmas e/ou a consideração de factores diferentes ou adicionais podem ter um impacto significativo nos resultados incluídos. Assim, os resultados reais podem variar, mesmo substancialmente, dos resultados previstos neste documento. Nenhuma representação ou garantia é concedida pela DWS quanto à razoabilidade ou integridade de tais declarações prospectivas ou para qualquer outra informação financeira contida neste documento. Os termos e condições de qualquer investimento estão exclusivamente previstos nas disposições detalhadas, incluindo considerações de risco que são referidos nos documentos. Para tomar decisões de investimento, o investidor deve considerar toda a documentação final relativa à transacção (o Prospecto, as Informações Fundamentais Destinadas aos Investidores, os Relatórios anuais e semestrais, entre outros) e não apenas no resumo contido neste documento. Este documento não pode ser reproduzido ou divulgado por escrito sem a autorização da DWS. A circulação e distribuição deste documento pode ser restrito por lei ou regulamento em alguns países, incluindo os Estados Unidos da América. Este documento não é dirigido nem deve ser distribuído ou usado por qualquer pessoa ou entidade que seja cidadão, residente ou esteja localizado em qualquer localidade, estado, país ou outra jurisdição, incluindo os Estados Unidos da América, onde a distribuição, publicação, disponibilidade ou uso é contrário a qualquer lei ou regulamento, ou que sujeita a DWS a qualquer requisito de registro ou licenciamento que actualmente não se encontre naquela jurisdição. Pessoas que detenham este documento podem ser obrigadas a informar-se sobre e a respeitar as referidas restrições. Este documento não pode ser distribuído no Canadá, no Japão, nos Estados Unidos da América nem junto de qualquer pessoa que seja cidadão, residente ou local dos Estados Unidos da América. Rentabilidades passadas não são garantia de rentabilidades futuras. Nada do que é referido no presente documento constitui uma representação ou garantia quanto a rentabilidades futuras. O Prospecto e/ou as Informações Fundamentais Destinadas aos Investidores (IFI), aos quais deve ser anexado o último relatório anual auditado e o correspondente relatório semestral, se este for mais recente do que o último relatório anual, contêm a informação completa sobre o fundo. Os referidos documentos constituem a única base legal na qual os investidores devem apoiar a sua decisão de investimento para a aquisição ou subscrição de unidades de participação/acções do fundo. Se um instrumento financeiro é denominado numa divisa diferente da do investidor, qualquer flutuação na taxa de câmbio pode afectar negativamente o preço ou o valor do instrumento financeiro ou a sua rentabilidade, de modo que o investidor assume integralmente o risco cambial. O instrumento financeiro descrito neste documento pode não ser apropriado ao perfil de investidor de todos os investidores e, antes de decidir pelo investimento, o investidor deve assegurar-se que entende cabalmente as condições, características e riscos da transacção e que realizou um estudo independente da adequação da operação aos seus objectivos e circunstâncias pessoais, incluindo os possíveis riscos e benefícios da realização da referida operação. A informação mencionada anteriormente pode ser obtida em formato digital ou físico, sem qualquer custo, junto do consultor financeiro, da DWS International GmbH, ou no endereço www.funds.dws.com/pt. CRC: 085038 Agosto 2021
40 I SETEMBRO E OUTUBRO 2021
EDI TO RIAL O CAMPEONATO NACIONAL DE FUNDOS ESTRANGEIROS É PEQUENO PELOS PADRÕES EUROPEUS, MAS PROMETE VOOS CADA VEZ MAIS ELEVADOS.
NA CORRIDA PELO RECONHECIMENTO DO MERCADO
D
epois de anos de travessia do deserto, em 1996 a Ferrari tinha tudo para ganhar em F1. Tinha a vontade dos aficionados da marca e tinha um novo nome que já começava a ser galáctico: Michael Schumacher. As expetativas eram elevadas, mas nas primeiras corridas o carro deu sinais de não ser bom. Não bom o suficiente para quem o conduzia. Nesse mesmo ano, o Grande Prémio de França não o chegou a ser para o piloto alemão. O carro avariou ainda antes da partida, com uma nuvem de fumo a cobrir o piloto na volta preparatória. Algo tinha de ser mudado. Antes da corrida seguinte, começou a preparar-se uma nova máquina. Três mecânicos reuniam-se na garagem da Ferrari noite dentro a trabalhar... o campeonato não esperava. Em bom rigor: três mecânicos e um piloto. Schumacher queria fazer notar a sua presença, trabalhava lado a lado arduamente com os técnicos, valorizava-os estando também ele ali. Era o último a sair. O campeonato dos profissionais de vendas das gestoras internacionais obviamente que é vender fundos de investimento. Mas é muito mais que isso. No quinto ano em que pedimos aos selecionadores de fundos que elejam a crème de la crème de quem vende estes produtos, ficou provado que existiram muitas horas na garagem a construir o sucesso da relação que continuam a manter com o mercado nacional. Sabem que vendem fundos, mas tal como Schumacher encheu as mãos de óleo numa altura crítica, depois de quase dois anos de pandemia os vendas souberam reposicionar-se. Simplesmente estar lá para o cliente, na surdina dos dias que pareciam não ter fim. Nesta edição, encontra pela primeira vez uma mulher no primeiro lugar desta corrida pelo melhor vendas nacional. Mas encontra também perspetivas destes profissionais sobre o futuro da indústria, e sobre como se debatem para fazer ainda melhor no futuro. O campeonato nacional é pequeno no que diz respeito aos fundos estrangeiros, mas nesta revista mostramos-lhe a sua dimensão. Embora pequeno, promete voos cada vez mais elevados. Só em 2004 Michael Schumacher chegou aos píncaros da carreira, quando ganhou consecutivamente cinco títulos, feito nunca antes conquistado. Dos managers aos responsáveis da equipa, foi sempre uma a caraterística que sobressaiu no piloto alemão: trabalho árduo. Isto porque paciência nunca foi uma das suas virtudes. SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 3
40 I SETEMBRO E OUTUBRO
IN DI CE 80
PANORAMA 12 Potenciar o desenvolvimento 14 Ajustes para um mundo pós-pandemia 18 Barómetro ABC 22 Fórum APFIPP: o futuro das reformas 26 Ranking Selo FundsPeople 40 Mercado europeu de fundos põe o pé no acelerador
TENDÊNCIAS 44 Os vendas favoritos 50 A pandemia e as profissões de investimentos 54 + Risco = + Volatilidade? 58 Mercado português de fundos estrangeiros 62 É mais rentável investir em ETF ESG do que nos seus homólogos tradicionais? 66 Q&A da Comissão Europeia sobre o SFDR 68 O papel da tecnologia no wealth management 72 Inflação e natalidade 76 Ferramentas para chegar a novos clientes
80 Adam Schor, CFA 84 Duarte Rodrigues 86 Fabio Riccelli 90 Rui Coimbra 92 Francesco Sandrini 96 Sérgio Ruivinho e Nuno Basílio 98 Luís Freitas de Oliveira
102 O high yield tira partido da recuperação económica pós-COVID 108 Fundos de ações japonesas 111 Emergentes: tática ou estratégia 114 A importância da componente social no investimento sustentável 118 Responsáveis de vendas de ETF da gestoras internacionais em Portugal 122 Fundos de investimento: pilares das carteiras dos fundos de pensões nacionais 125 Alternativos: a nova fronteira para a indústria
ESTILO DE VIDA 128 Livro, O Leopardo 130 Islândia 4 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
90 92
ENTREVISTAS
PRODUTOS
84
86
96 98
Mais de 25.000 newsletters diárias*
Obrigado aos nossos patrocinadores... ...e a todos os que nos têm apoiado ao longo deste ano
*Soma global das webs, segundo dados do Google Analytics.
Mais de 200.000 profissionais do mundo da gestão de ativos*
CO LABO RA DO RES
76
22
JAVIER MUÑOZ E EVA GARCÍA Sócio responsável de Asset Management e sócia responsável de Lighthouse, KPMG em Espanha Novas ferramentas para chegar a novos clientes
SÉRGIO BRITO Analista, APFIPP O futuro das reformas
50
108 MIGUEL M. FALCÃO, CFA Board Member CFA Society Portugal Como a pandemia impactou as profissões de investimentos
62
ANAÏS GFELLER Analista sénior, Allfunds Ações Japão
114 SERGIO RÍOS GARCÍA
JOÃO URBANO GONÇALVES, CESGA
Gestor de fundos, Imantia Capital É mais rentável investir em ETF ESG do que nos seus homólogos tradicionais?
Gestor de ativos, Caixa Gestão de Ativos A importância da componente social no investimento sustentável
66
128
CONTRIBUTOS DO MÊS 40 I SETEMBRO E OUTUBRO 2021
GONÇALO MELO SAMPAIO
JOÃO PINA GOMES
Advogado, Cuatrecasas Q&A da Comissão Europeia sobre o SFDR
Gestor de produto, ABANCA Portugal O Leopardo
68
130 TATIANA MONTEIRO JOÃO TÁVORA CEO, Finlayer O papel da tecnologia no wealth management
Nota de redação ✡ Primer Decil Consultores y Editores S.L. informa-o que os seus dados de carácter pessoal, obtidos na sua condição de subscritor da revista FundsPeople fazem parte do ficheiro 397084/2010 inscrito na Agência Espanhola de Proteção de Dados, sendo os mesmos apenas utilizados para os fins de envio desta revista e outras informações sobre produtos e/ ou atividades da entidade e/ou daquelas com as quais sejam celebrados acordos, assim como produtos e/ou atividades
6 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
de patrocinadores e/ou colaboradores da revista e/ou da entidade, incluindo-se o envio de comunicações comerciais através de meios de comunicação à distância, efetuando, de igual modo, resumos estatísticos e/ou históricos. O leitor tem reconhecidos os direitos de acesso, retificação, cancelamento e oposição dos seus dados pessoais mediante comunicação individual que deverá enviar para o seguinte endereço de correio electrónico: protecciondatos@fundspeople.com ✡ FundsPeople é uma revista dirigida exclusivamente a profi ssionais do sector fi nanceiro e, em particular, a
Relationship manager, Capital Strategies Islândia - Vulcões, glaciares, campos de lava... e muito mais
entidades consideradas como contrapartes elegíveis ou investidores profi ssionais, ao abrigo da legislação aplicável. A informação sobre instituições de investimento coletivo ou outros instrumentos fi nanceiros, constante da FundsPeople é apresentada unicamente com fi ns informativos e ilustrativos e nunca deve ser interpretada como uma oferta de venda ou uma recomendação de investimento. A informaçao não constitui uma descrição completa das instituições de investimento coletivo ou de outros instrumentos fi nanceiros, mercados, ou desenvolvimentos a que se faz referência.
“EU SEI DE UM CAMINHO MELHOR...” Vasco da Gama (se não disse, pensou), 1498
Abraçar novas formas de pensar com ETFs de renda fixa Descubra como os fundos negociados em bolsa (ETFs) podem resolver os desafios do mercado obrigacionista.
Invista em algo maior. Capital em risco. O valor dos investimentos e a renda que você obtém podem diminuir e aumentar, e o valor inicial investido não pode ser garantido. Até 31 de Dezembro de 2020, emitido pela Investment Management (UK) Limited, autorizada e regulamentada pela Financial Conduct Authority. Sede registada:12 Throgmorton Avenue, Londres, EC2N 2DL. Tel: +44 (0)20 7743 3000. Registada em Inglaterra e no País de Gales, n.o 00796793. Para sua protecção, as chamadas telefónicas são normalmente gravadas. Consulte o site da Autoridade de Conduta Financeira para obter uma lista das actividades autorizadas realizadas pela BlackRock. A partir de 1 de Janeiro de 2021, caso o Reino ¬ ¬ ¨ ¥ ¯ Ğ ¬ Europeia, o emitente deste material é o Reino Unido: i) BlackRock Investment Management (UK) Limited para todos os países fora da União Europeia; e (ii) BlackRock (Países Baixos) B.V. para na União Europeia, BlackRock (Países Baixos) B.V. é autorizada e regulamentada pela Ğ İ Þ Ɓı ƁƀƉƆ ı ¬ ı IJ ƀƂƀ ś ƅƄƉ ƅƂƀƀı IJ ƃƁƂƀƅƄƉƅƂƀƀİ İċ ƁƇƀƆƈƃƁƁİ ¯¬ ı Þ ¬ İ Ğ ¬ ¶ BlackRock e não foi elaborado em relação a qualquer oferta deste tipo. © 2021 BlackRock, Inc. Todos os direitos reservados. 1687935.
DI RE TÓ RIO ÍNDICE DE EMPRESAS 40 I SETEMBRO E OUTUBRO 2021 ABC ABANCA 44 abrdn 20, 26, 44, 108 Acatis 14, 18 Aegon Asset Management 26 Ageas Pensões 22, 122 Algebris Investments 40 AllianceBernstein 20, 26, 44 Allianz Global Investors 20, 26, 40, 44, 122 AMP Capital 26 Amundi 20, 26, 40, 44, 92, 118, 122 ASK 44 Asset Preservation Advisors 12 Atlantic 22 ATLANTICO Europa 44 Aviva Investors 40 AXA IM 14, 20, 26, 122 Baluarte Wealth Advisors 44 Banco Best 44 Banco BPI 44 Banco Carregosa 44 Banco Invest 44 Banco Português de Gestão 44 Banco Santander Totta 44 Bankinter GA 22, 44 Banque de Luxembourg 26 BBVA AM 44, 122, 125 BBVA Fundos 22 BiG - Banco de Investimento Global 44 BIZ Capital - SGOIC 22 BlackRock 18, 20, 26, 40, 44, 102, 118, 125 Bluebay AM 18, 20, 26, 44, 102 BMO GAM 20, 122 BMO Portugal 22 BNP Paribas AM 20, 26, 40 BNY Mellon IM 20, 26, 72, 111 BPI Gestão de Ativos 22, 26, 84, 122 BPI Vida e Pensões 22, 122 Brown Advisory 18, 20, 26 Brown Brothers Harriman 12 Caixa Gestão de Ativos 22, 26, 122
Candriam Capital Group Capital Strategies Carmignac Carregosa Casa de Investimentos CGD Pensões Civen Columbia Threadneedle Investments CPR AM Credit Suisse Crédito Agrícola Gest CVC Capital Partners
20, 26, 44, 102 14, 20, 26, 40, 98 44 20, 26, 54 22 22 22, 122 12 20, 26, 108 26 26 22, 44 12
DEF DNB AM 26 DPAM 20, 26 Dunas Capital - Gestão de Activos 22 DWM - Millennium BCP 44 DWS 20, 26, 40, 44, 118, 122 Eastspring Investments 40 ECS - SGFII 22 Edmond De Rothschild AM 20, 26 Eleva 20, 26 Epsilon Capital 14, 20, 26 Eurizon 20, 26, 125 Eurobic 26 Evli 12, 20, 26 Evli Bank 12 FE fundinfo 12 Federated Hermes 26, 72 Fidelidade 22 Fidelity International 20, 26, 44, 86, 122 First Eagle Investment Management 20, 26 First Fund Box 22 Floresta Atlântica 22 Flossbach von Storch 14, 18, 20, 26, 40 Franklin Templeton Investments 20, 26, 44 FundConnect 12 Fundiestamo 22 Fundsmith 26 Futuro 22, 122
GHI GAM 20, 26, 44 Gef 22 Generali Investments 44 Gesfimo 22 GFM Gestão de Ativos 22 Glendower Capital 12 GNB 22 GNB - SGFP 22, 122 GNB Fundos Mobiliários 22 GNB Gestão de Ativos 26, 44, 122 GNB Real Estate 22 Goldaman Sachs 12 Golden Wealth Management 44 Goldman Sachs AM 12, 20, 26, 40, 108 Hawkclaw Capital Advisors 44 HSBC 26 IM Gestão de Ativos 22, 26, 44 iM Global 12, 125 Imofundos 22 Imopolis 22 Imorendimento 22 Insight Investment 40 Insula Capital 22 Interfundos 22, 122 Invesco 20, 26, 40, 44, 108, 118 Invest Gestão de Activos 22 iShares 40, 122
JKL J.P. Morgan J.P. Morgan AM
54 14, 18, 20, 26, 40, 44, 108, 111, 118, 125 Janus Henderson 14, 20, 26, 44, 54, 102, 125 Jupiter AM 18, 20, 26, 44, 72, 80, 108, 111 La Financiere De L’Echiquier 20, 26 La Française 44 Lazard AM 20, 26 Legal & General IM 40, 44 LGT Capital Partners 40 Libertas 22 LM Capital Wealth Management 20, 26
8 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
Lonvia Capital LYNX Asset Managers Lyxor
44 22 118, 122
MN M&G Investments 20, 26, 40, 125 Main First AM 72 Man Group 20, 26, 40 Marshall Wace 26 MCH Investments Strategies 44, 125 Mercer 26 Metropole Gestion 12 MFS IM 18, 20, 26 Millennium bcp 90 Mirabaud 20, 26 Mirae Asset 20, 26 Montepio Gestão de Activos 22 Montepio Valor 22 Moorgate Benchmarks 12 Morgan Stanley IM 18, 20, 26 Morningstar 12, 44, 54 Muzinich 20, 26, 111 Natixis 44 Neuberger Berman 20, 26, 40 Ninety One Fund Managers 20, 26, 40 NN IP 12, 20, 26 Nordea AM 12, 18, 20, 26, 40, 44 Norfin 22 Northern Trust AM 40 Novo Banco 44 NZS Capital 80
OPQ Oddo BHF Asset Management 12, 18, 20, 26, 44 OFI AM 20, 26 Optimize Investment Partners 22 Orbis 40 Pictet AM 18, 20, 26, 40, 44, 108, 111, 122, 125 PIMCO 14, 18, 20, 26, 40, 44 Polar Capital 20, 26 Previsão 22 Profile - SGFIM 22 Proshares 122
RST RAM Active Investments 26 Real Vida Seguros 22 Refundos 22 Robeco 20, 26 Ruffer 14 S.G.F.P. Banco de Portugal 22 Santander AM 22, 44 Santander Pensões 22 Schroders 12, 18, 20, 26, 40, 44, 108, 111, 122, 125 Schroders Capital 125 Seilern 20, 26 SFS - Gestão de Fundos 22 SGF 22, 96 Silar - SICAFI, SA 22 Silvip 22 Sixty Degrees 22 Sky Harbor 26 Square Asset Management 22 State Street 12, 118 Swiss Re 40 T. Rowe Price 14, 20, 26, 44, 102, 108 TF Turismo Fundos 22 True Potencial 12
UWXYZ UB Asset Management 20, 26 UBP 44 UBS AM 20, 26, 40, 44, 118, 125 ValueInvest LUX 40 Vanguard 26, 40, 108, 122 Victoria - Seguros de Vida, SA 22 Vila Gale Gest 22 Violas Ferreira - SICAFI, SA 22 Vontobel AM 20, 26 Wellington Management 26, 102 Wells Fargo AM 26 Xtrackers 40, 122 Zurich 40
CEO GONZALO FERNÁNDEZ gonzalof@fundspeople.com REDAÇÃO NACIONAL MARGARIDA PINTO, Editor - Portugal margarida.pinto@fundspeople.com CATARINA VINAGRE, Reporter catarina.vinagre@fundspeople.com INTERNACIONAL ÓSCAR RODRÍGUEZ, Reporter orodriguez@fundspeople.com ANA PALOMARES, Reporter ana.palomares@fundspeople.com REGINA RIVERA, Reporter regina.webb@fundspeople.com DAVIDE MOSCA, Reporter davide.mosca@fundspeople.com FILIPPO LUINI, Reporter filippo.luini@fundspeople.com ANÁLISE Diretora MARÍA FOLQUÉ, Global Head of Analysis mfolque@fundspeople.com MIGUEL RÊGO, CFA, Head of Analysis - Portugal miguel.rego@fundspeople.com SAMUEL CAPUCHO, Fund Analysis Intern samuel.capucho@fundspeople.com MONTSERRAT FORMOSO, Senior Fund Analyst mformoso@fundspeople.com SIMONE VIDOTTO, Senior Fund Analyst simone.vidotto@fundspeople.com MARKETING RAQUEL ALONSO, Marketing Manager raquel.alonso@fundspeople.com IÑIGO IMBERT, Business Development Manager iimbert@fundspeople.com AIDA CISNEROS, Events Manager - Iberia aida.cisneros@fundspeople.com GEMA VELASCO, Branded Content Manager - Iberia gema.velasco@fundspeople.com DAVIDE PASIMENI, Head of Italy davide.pasimeni@fundspeople.com GIOVANNA VAGALI, Events & Branded Content Manager - Italy giovanna.vagali@fundspeople.com CONSULTORIA: ANTONIO SALIDO, CEO, NUVIX CONSULTING SL. PAGINAÇÃO: ANTONIO CAPA E RODRIGO PÉREZ, KEMBEKE ESTUDIO. FOTOGRAFIA E VÍDEO: VITOR DUARTE E MÁXIMO GARCÍA, OJIPLÁTICO TRADUÇÕES: CRISTINA JAOUEN, FULLY INVESTED TRANSLATION. IMPRESSÃO: RIVADENEYRA EDITADO por © Primer Decil Consultores y Editores S.L. Todos os direitos reservados. SUBSCRIÇÕES: pt.fundspeople.com DEPÓSITO LEGAL M-48220-2008 REDAÇÃO MADRID Velázquez, 126. 4 Izquierda. 28006 Madrid Tel. (+34) 91 755 35 58 redaccion@fundspeople.com es.fundspeople.com REDAÇÃO LISBOA Espaço Amoreiras . Rua D. João V, nº 24, 1.03, E.26 - 1250-091 Lisboa Tel. (+351) 210 415 957 portugal@fundspeople.com PUBLICIDADE publicidad@fundspeople.com
40 I SETEMBRO E OUTUBRO
NOTÍCIAS 1. Os 10 maiores fundos imobiliários nacionais
O MAIS
2. Optimize IP estreia-se nos alternativos e lança o Optimize Disruption Fund
VISTO EM /
private banking sofrem quebra em 2020 5. A parceria da Optimize e do Lisbon Family Office em dois novos fundos nacionais
3. Dez advogados portugueses reconhecidos como os melhores na Península Ibérica
6. A FOMOBTINA
4. EuroBic: volume em fundos de investimento e no segmento de
8. Duas sugestões de leitura de um profissional da gestão de ativos
7. Os fundos de pensões que ofereceram maior retorno no último ano
Período de recolha de dados: 23/08/2021 - 21/09/2021 em fundspeople.com/pt/
PERFIS
Pedro Lino Optimize Investment Partners
Francisco Carneiro Lisbon Family Office
João Lampreia BiG - Banco de Investimento Global
José Maria Cazal Ribeiro Julius Baer
Elena Domecq J.P. Morgan Asset Management
José António De Mello Multi Family Wealth
Margarida Gonçalves BPI
Pedro Coutinho BiG - Banco de Investimento Global
GNB Gestão de Ativos
BiG - Banco de Investimento Global
Optimize Investment Partners
Casa de Investimentos
Golden Wealth Management
Allianz Global Investors
BlackRock Global Funds World Mining Fund
Santander Acções Portugal
Pictet Global Environmental Opportunities
Santander Sustentável
Acatis Gané Value Event Fonds
Pictet Clean Energy
EMPRESAS
Interfundos
Banco BEST
PRODUTOS
CA Património Crescente
BlackRock Global Funds World Technology
10 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
Ver o mundo através dos olhos do investidor
bnymellonim.com
REINO UNIDO
PANORAMA RADAR INTERNACIONAL
Nasce um gigante do capital de risco
EUA
Novos serviços da State Street O grupo State Street e Brown Brothers Harriman (BBH) chegaram a um acordo em que a State Street controlará os negócios de serviços de investimento da BBH, avaliados em 3.500 milhões de dólares em dinheiro, cobrindo custódia, serviços de contabilidade, gestão de fundos, mercados globais e tecnologia. O BBH continuará a administrar de forma independente os seus negócios de private banking e gestão de investimentos.
A CVC Capital Partners anunciou a compra da gestora de ativos alternativos Glendower Capital, focada exclusivamente em operações secundárias de capital de risco. A fusão das duas entidades criará um gigante no setor de mercados privados que administrará um capital aproximado de 113.000 milhões de euros.millones de euros.
EUA
REINO UNIDO
Morningstar cresce no setor dos índices
Cinven aposta no wealth management
A Morningstar, empresa independente líder em análise de investimentos, anunciou a compra da Moorgate Benchmarks, um provedor global com sede na Europa que oferece serviços de design, cálculo e gestão de índices de private equity. Com esta transação, a Moorgate Benchmarks tornar-se-á uma subsidiária da Morningstar.
A empresa internacional de capital de risco Cinven tornar-se-á acionista maioritária da True Potential, um dos grupos de serviços financeiros mais inovadores e de crescimento mais rápido do Reino Unido, de acordo com um comunicado. Sediada em Newcastle, a True Potential atua no segmento de gestão de patrimónios, fornecendo consultoria, uma plataforma de investimento e fundos para mais de 1,4 milhões de clientes de retalho.
EUA
IM Global Partner assume uma participação minoritária na Asset Preservation Advisors EUA
Goldman Sachs compra NN IP O grupo Goldman Sachs comprou a NN Investment Partners, gestora de ativos do holandês NN Group, por 1.600 milhões de euros. A transação, sujeita à aprovação regulatória, deve ser concluída no final do primeiro trimestre de 2022. Depois de concluída, os funcionários da NN IP juntar-se-ão à força de trabalho da Goldman Sachs Asset Management.
A gestora multiboutique iM Global Partner acelera sua expansão nos Estados Unidos com a aquisição de 42% da Asset Preservation Advisors (APA). A APA é uma empresa de consultoria independente especializada na gestão de carteiras de títulos municipais de alta qualidade.
POTENCIAR O
FRANÇA
ODDO BHF AM adquire a boutique value Metropole Gestion ODDO BHF AM anunciou a compra de 100% da Metropole Gestion, empresa francesa criada em 2002 e uma das precursoras do value em França. Esta união permitirá a distribuição das estratégias ODDO BHF AM nos EUA e no Reino Unido, onde a Metropole Gestion está presente.
DESENVOLVIM 12 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
A OPINIÃO DE
FINLÂNDIA
EVLI entra em bolsa A boutique nórdica Evli tornar-se-á numa empresa independente após dissociar-se do acionista bancário. O Evli Bank decidiu realizar uma cisão parcial na sua estrutura societária para criar uma nova empresa especificamente dedicada à gestão de ativos. Esta empresa será listada na bolsa de valores, enquanto o negócio de serviços bancários do Evli Bank será fundido com o da Fellow Finance, um dos principais fornecedores da Finlândia de crédito ao consumidor e serviços de empréstimo.
REINO UNIDO
FE fundinfo aponta para o norte da Europa FE fundinfo fortalece-se no norte da Europa com a compra da FundConnect, uma empresa dinamarquesa de dados e tecnologia para fundos de investimento. Com este acordo, a FE fundinfo pretende combinar as suas competências em dados e tecnologia para fundos no Reino Unido, Europa e Ásia com uma série de serviços complementares da FundConnect, reforçando a sua posição no Norte da Europa.
TAILÂNDIA
Nova aliança da Schroders A Schroders assinou um acordo com a empresa tailandesa Robowealth para lançar produtos e serviços de gestão de patrimónios voltados para investidores de retalho locais por meio da plataforma digital Robowealth. As soluções de riqueza serão apoiadas por um portefólio de fundos desenhado e assessorado pela gestora britânica, que pretende marcar presença num dos mercados de crescimento mais rápido da região asiática.
SINGAPURA
Nordea AM abre um hub ESG Em resposta ao crescimento do seu negócio na região de Ásia Pacífico, a Nordea Asset Management inaugurou um novo hub ESG em Singapura. Esta área, que completou o escritório de distribuição local inaugurado em 2013, vai aproximar o gestor dos seus clientes e permitir-lhe consolidar a sua análise das medidas que as empresas da região estão a aplicar ao nível da sustentabilidade.
MENTO
Novos serviços tecnológicos,ESG e Ásia: as tendências da indústria consolidam-se.
HAMISH CHAMBERLAYNE Responsável de ações sustentáveis globais, Janus Henderson Investors
INVESTIMENTO SUSTENTÁVEL - AS DÉCADAS DETERMINANTES No 30º aniversário da estratégia Global Sustainable Equity, olhamos para os desenvolvimentos que moldaram o ISR e o mundo em que vivemos. Os avanços científicos contribuíram para moldar a população global, que cresceu e se urbanizou rapidamente. A intensidade do impacto do Homem no planeta são claros. O crescimento da população levou ao aumento do consumo dos recursos finitos. Embora este não seja igual entre indivíduos, o efeito cumulativo é devastador. O aquecimento global derreteu calotas polares a um ritmo alarmante e a espessura do gelo ártico diminuiu em 40% desde os anos 70. Como resultado, eventos climáticos extremos tornaram-se mais prevalecentes. A Internet abriu as portas a uma riqueza de conhecimentos, formas variadas de comunicação e recursos educativos a todos os cantos do mundo, ajudando a colmatar o fosso educacional entre as populações urbanas e rurais. A ciência e a tecnologia melhoraram, assim como a nossa compreensão do que é necessário para tornar o planeta sustentável. Acreditamos que a inovação é chave para ultrapassar os obstáculos que se avizinham. Continuando a evoluir e a comprometer com as tecnologias já existentes, acreditamos que é possível, e essencial, mudar para o modelo económico circular. SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 13
PANORAMA SMART CONSENSUS por Samuel Capucho
gosto sem silly season. Será que é assim que podemos começar por caracterizar este mês? É que, na verdade, muitas foram as notícias e acontecimentos importantes que ocorreram nesses 31 dias. Enquanto, por um lado, crescia o sentimento negativo entre os gestores sobre a continuação do crescimento da economia mundial, por outro lado, também sucedeu a importante reunião de Jackson Hole. Num primeiro momento, a mensagem resultante dessa reunião foi bem recebida pelos mercados. Contudo, as pressões inflacionistas parecem continuar na ordem do dia. De facto, os gestores mostram essa preocupação e, enquanto assim for, a incerteza predominará entre os investidores, pelo menos a curto prazo. No geral, as mensagens transmitidas tanto por Julie Dickson, diretora de Investimentos do Capital Group Global Allocation da Capital Group, e por Maria Bruna Riccardi, responsável de Investimentos Quantitativos na Epsilon sobre a alocação do Epsilon Fund - Enhanced Constant Risk Contribution, parecem ir no mesmo sentido: começa a haver um ajuste das carteiras para um mundo pós-pandemia. “Embora nos últimos meses a afetação global de ativos entre ações e obrigações tenha permanecido praticamente inalterada, os ajustes que recentemente fizemos – tanto na parte acionista como obrigacionista – refletem a nossa visão de um mundo pós-pandémico. Tanto em termos de oportunidades, como de
AJUSTES NAS A CARTEIRAS PARA UM MUNDO PÓSPANDEMIA Apesar de agosto ser ainda a silly season, foi um mês que trouxe acontecimentos importantes para os mercados. Além disso, esta é uma altura em que as gestoras aproveitam para fazer ajustes nas suas carteiras de modo a beneficiarem de um mundo pós-pandemia.
FUNDOS QUE COMPÕEM A CARTEIRA DE CONSENSO DA FUNDSPEOPLE EM 2021 (*) FUNDO
CATEGORIA MORNINGSTAR
SELO FUNDSPEOPLE 2021
AXA WF Optimal Income
Mistos Flexíveis
DABC DABC
Epsilon Fund Enhanced Constant Risk Contribution
Mistos Flexíveis
DABC
Mistos Flexíveis
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
Acatis Gané Value Event Fonds
FvS Multiple Opportunities II
Mistos Moderados
Janus Henderson Balanced
Mistos Moderados
JPM Global Balanced
Mistos Moderados
Man AHL TargetRisk
Mistos Moderados
PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset
Mistos Flexíveis
Ruffer Total Return Intl
Mistos Moderados
T. Rowe Price Global Allocation
Mistos Moderados
14 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
Capitalizando no trabalho que envolve o Selo FundsPeople, a nossa equipa de Análise construiu uma carteira de consenso Smart Consensus, que será a mesma para Espanha, Portugal e Itália. A carteira Smart Consensus é composta pelos fundos das categorias mistos moderados e mistos flexíveis que tiveram selo nos três países. O resultado é uma carteira formada por 10 fundos multiativos com o mesmo peso, seis moderados e quatro flexíveis. Fonte: elaboração própria com dados da Morningstar. Dados de 29 de fevereiro de 2021. (*) Carteira Smart Consensus FundsPeople 2020, com Selos FundsPeople 2021.
DISTRIBUIÇÃO POR ATIVOS OBRIGAÇÕES AÇÕES LIQUIDEZ E OBRIGAÇÕES A CURTO PRAZO OUTROS (DIVISAS, ALTERNATIVOS E IMOBILIÁRIOS)
70% 60%
riscos”, começa por referir Julie Dickson, quando questionada sobre as recentes alterações na carteira do fundo.
AS APOSTAS Para um mundo pós pandemia, a profissional da Capital Group especifica a sua aposta em três nichos de mercado: empresas de semicondutores, consumo discricionário e empresas financeiras. Esta última opção, justifica, são empresas que “podem beneficiar do aumento das taxas de juro”. Também a profissional da Epsilon continua a preferir ativos de risco. “A afetação global de ativos tem sido caracterizada por um aumento constante de exposição a ações desde o início do ano, com uma exposição total média de 48%”, menciona. Mas, nos últimos meses, é na componente obrigacionista que mais ajustes parecem ter sido feitos. “Com a Fed a prever subidas das taxas de juro em 2023, ajustámos a duração da carteira de obrigações para uma subponderação”, coloca Julie Dickson. Adicionalmente, a profissional menciona um movimento particularmente interessante. “Aumentámos a nossa exposição à dívida pública chinesa”, afirma. “Este ativo tornou-se uma parte importante das nossas carteiras de obrigações. Acreditamos que a sua baixa correlação com a dívida pública dos mercados desenvolvidos, e a sua maior estabilidade monetária, fazem dela um investimento atrativo”, justifica. Já Maria Bruna Riccardi apresenta um pouco do trabalho de gestão que tem sido feito nesta componente. “Reduzimos gradualmente a nossa duração, aparando a exposição a obrigações americanas de maturidades longas”, aponta.
OS NÚMEROS Desta feita, os números de agosto da carteira de Smart Consensus em 2021 refletem um aumento da exposição a ações (e cash), contrastando com um declínio significativo do peso das obrigações, no
50% 40% 30% 20% 10% 0%
A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J 2019
2020
2021
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA COMPONENTE DE AÇÕES EUROPA (INCLUI REINO UNIDO) AMÉRICA DO NORTE (EUA E CANADÁ) EMERGENTES (INCLUI PAÍSES ASIÁTICOS DESENVOLVIDOS) JAPÃO E AUSTRÁLIA
70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%
A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J 2019
2020
2021
ALOCAÇÃO DA COMPONENTE DE OBRIGAÇÕES CORPORATIVAS
SOBERANAS
CASH
OUTRAS
70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%
A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J 2019
2020
2021
SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 15
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PANORAMA SMART CONSENSUS
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A OPINIÃO DE
A CARTEIRA DE JULIE DICKSON, CFA Diretora de Investimentos, Capital Group Global Allocation da Capital Group.
“Aumentámos a nossa exposição à dívida pública chinesa. Este ativo tornou-se uma parte importante das nossas carteiras de obrigações. Acreditamos que a sua baixa correlação com a dívida pública dos mercados desenvolvidos, e a sua maior estabilidade monetária, fazem dela um investimento atrativo.”
MARIA BRUNA RICCARDI Responsável de Investimentos Quantitativos, Epsilon.
“O atual ambiente de volatilidade/ correlação sugere uma abordagem mais conservadora na exposição a ações do que nos meses anteriores, salientando, ao mesmo tempo, a recuperação das características de diversificação das obrigações do Tesouro dos EUA.”
agregado das carteiras. Especificamente no que toca a esta componente obrigacionista, o que os dados demonstram é que tanto as obrigações corporativas como governamentais têm perdido preponderância nos fundos, em detrimento de liquidez. Aliás, “alguns gestores estão também a utilizar parte da liquidez como um instrumento de rendimento fixo de curta duração”, indica Julie Dickson. No que toca ao movimento ascendente das ações, apesar de a componente ainda não ter superado o seu pico registado em janeiro de 2021, está muito próximo de o igualar. Mais concretamente, em ago16 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
sto, as ações pesavam, em média, 57,09% nas carteiras dos fundos que compõem o Smart Consensus. Enquanto, os instrumentos de dívida, 23,02% - o seu valor mais baixo desde o início de 2019. Na verdade, sobreponderados na componente acionista estavam os fundos Capital Group Global Allocation Fund (Lux) e Epsilon Fund - Enhanced Constant Risk Contribution. Estes dois produtos contavam, no final de agosto, com uma exposição superior à média das carteiras. A responsável por Investimentos Quantitativos na Epsilon esclarece efetivamente o posicionamento do fundo relativamente à componente acionista: “Há uma sobreponderação de 4% em EUA em relação à zona euro e 6% para os mercados emergentes”. Julie Dickson, por outro lado, prefere comentar os grandes motores do produto sob a sua gestão. “O fundo mantém uma exposição relativamente elevada a empresas de produtos de consumo de alta qualidade, geradoras de cash-flow, e empresas de tecnologia de informação, onde existe uma combinação atrativa de potencial de crescimento de capital e boa rentabilidade de dividendos”, assinala. No entanto, apesar da preferência por ações, as duas profissionais parecem demonstrar preocupações, no que toca às expectativas futuras. “Permanecemos particularmente atentos ao impacto, no curto prazo, da inflação nas avaliações atuais das ações, e ao que a perspetiva de flexibilização da política monetária terá nos mercados de obrigações, equilibrado com um estímulo fiscal significativo para promover o crescimento contínuo”, afirma Julie Dickson. Maria Bruna Riccardi partilha a mesma visão: “O atual ambiente de volatilidade/correlação sugere uma abordagem mais conservadora na exposição a ações do que nos meses anteriores, salientando, ao mesmo tempo, a recuperação das características de diversificação das obrigações do Tesouro dos EUA”. Contudo, conclui: “Em termos de risco, continuamos a favorecer as ações em detrimento de outros ativos de risco”.
PAUL DOYLE Responsável de ações europeias (excluindo o Reino Unido), Columbia Threadnedle Investments
ANDAR NO DELICADO CAMINHO DA NORMALIZAÇÃO Apesar do nervosismo de verão nos mercados financeiros, esperamos que os governos normalizem cautelosamente a política monetária e que o crescimento global continue robusto. Acreditamos que ainda há um upside para as ações, especialmente em setores cíclicos preparados para ganhar com a reabertura económica. À medida que os bancos centrais caminham para a normalização da política monetária, está em curso um delicado ato de equilíbrio. Precisam de endurecer a política, mas nem demasiado cedo, nem muito depressa. Assim, o abrandamento da curva de yields dos EUA, em junho, sinalizou o receio de que a Fed pudesse agir demasiado depressa, pondo fim ao ciclo económico. Porém, estes receios são uma reação exagerada e o declínio das rentabilidades das obrigações de longo prazo deve ser temporário. Os mercados financeiros estão numa fase de transição entre as boas condições monetárias e fiscais dos últimos 18 meses e o regresso ao normal. Embora o crescimento económico possa estar a atingir o pico nos EUA, o crescimento global deverá aumentar na segunda metade deste ano, à medida que as regiões em atraso sobrecarregam o crescimento. Só a China está a abrandar na sequência de um agravamento da política monetária no início de 2021. Mesmo assim, é pouco provável que o crescimento do crédito chinês seja ainda mais reduzido, embora o endurecimento que já vimos pesará sobre a atividade durante vários meses.
Threadneedle (Lux) Global Focus
Consistência para um aumento da qualidade Uma solução de qualidade no mercado global de ações. Engloba as «melhores ideias» em títulos de rendimento variável mundiais. Investe em empresas de crescimento de qualidade com vantagens competitivas duradouras e capacidade para gerar rendibilidades sólidas e sustentáveis. Desempenho anualizado (liquido) YTD
2020
2019
2018
2017
2016
Fundo
21.4%
26.8%
33.9%
-2.0%
30.5%
-1.1%
Grupo de comparação
14.9%
25.7%
30.0%
-8.7%
28.9%
0.9%
Capital em risco. O desempenho passado não é um guia para o desempenho futuro. Retornos recebidos da Columbia Threadneedle Investments e da Morningstar em 31 de agosto de 2021. Retornos do fundo para a classe de ações LU0061474960, em EUR e líquidos de comissões, com base nos preços de fechamento globais com rendimento reinvestido não ajustado. Grupo de comparação: GIFS Offshore - Global Large Cap Growth Equity.
columbiathreadneedle.pt
O seu sucesso, a nossa prioridade.
Informações Importantes: Para efeitos de marketing. A Threadneedle (Lux) é uma sociedade de investimento de capital variável (“Société d’investissement à capital variable”, ou “SICAV”) constituída ao abrigo das leis do Grão-Ducado do Luxemburgo. A SICAV procede à emissão, resgate e transação de ações de diferentes classes. A sociedade gestora da SICAV é a Threadneedle Management Luxembourg S.A, à qual a Threadneedle Asset Management Ltd. e/ou determinadas subconsultoras fornecem serviços de consultoria. Determinados subfundos da SICAV estão registados em vários países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Finlândia, França, Hong Kong, Irlanda, Islândia, Itália, Liechtenstein, Luxemburgo, Macau, Noruega, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, Singapura, Suécia e Suíça; contudo, tal encontra-se sujeito às jurisdições aplicáveis e alguns subfundos e/ou classes de ações poderão não estar disponíveis em todas as jurisdições. As ações dos Fundos não poderão ser oferecidas ao público em qualquer outro país e o presente GRFXPHQWR QÀR SRGH VHU DOYR GH HPLVVÀR FLUFXODÄÀR RX GLVWULEXLÄÀR VDOYR SHUDQWH FLUFXQVW¿QFLDV TXH QÀR FRQVWLWXDP XPD RIHUWD S×EOLFD H HVWHMDP HP FRQIRUPLGDGH FRP D OHJLVODÄÀR ORFDO DSOLF¾YHO 2 SUHVHQWH PDWHULDO VHUYH VRPHQWH Ƃ QV GH LQIRUPDÄÀR H QÀR FRQVWLWXL XPD RIHUWD RX XP FRQYLWH SDUD XPD RIHUWD GH FRPSUD RX YHQGD GH TXDLVTXHU WÊWXORV RX RXWURV LQVWUXPHQWRV Ƃ QDQFHLURV RX SUHVWDÄÀR GH FRQVXOWRULD RX VHUYLÄRV HP WHUPRV GH LQYHVWLPHQWR 2 SUHÄR GH QHJRFLDÄÀR SRGH LQFOXLU XP DMXVWH GH GLOXLÄÀR VHPSUH TXH R IXQGR UHJLVWH LPSRUWDQWHV ƃ X[RV GH HQWUDGD H VDÊGD GH LQYHVWLPHQWR FRP H[FHÄÀR GH (QKDQFHG &RPPRGLWLHV 2 SURVSHWR FRQWÆP LQIRUPDÄÒHV PDLV GHWDOKDGDV $V VXEVFULÄÒHV GH XP )XQGR VÐ SRGHUÀR VHU HIHWXDGDV FRP EDVH QR 3URVSHWR H QR 'RFXPHQWR FRP DV ,QIRUPDÄÒHV )XQGDPHQWDLV 'HVWLQDGDV DRV ,QYHVWLGRUHV DWXDLV EHP FRPR QRV ×OWLPRV UHODWÐULRV DQXDO H LQWHUFDODU H QRV WHUPRV H FRQGLÄÒHV DSOLF¾YHLV &RQVXOWH D VHFÄÀR q)DWRUHV GH 5LVFRr GR 3URVSHWR SDUD REWHU LQIRUPDÄÒHV VREUH WRGRV RV ULVFRV DSOLF¾YHLV DR LQYHVWLPHQWR QRV IXQGRV HP JHUDO H QHVWH Fundo em particular. Encontram-se disponíveis outros documentos que não os KIID em inglês, francês, alemão, português, italiano, espanhol e neerlandês (não existindo Prospeto em neerlandês). Os KIID estão disponíveis em idiomas locais. Os documentos podem ser obtidos gratuitamente, mediante pedido por escrito à sociedade gestora em 44, rue de la Vallée, L-2661 Luxembourg, Grão-Ducado do Luxemburgo, junto da International Financial Data Services (Luxembourg) S.A. em 47, avenue John F. Kennedy, L-1855 Luxembourg, Grão-Ducado do Luxemburgo, ou acedendo a www.columbiathreadneedle.com. O resumo dos direitos do investidor está disponível no nosso site em inglês. A Threadneedle Management Luxembourg S.A. pode decidir pôr termo aos acordos realizados para a comercialização do Fundo. $V SRVLÄÒHV GD FDUWHLUD VÀR EDVHDGDV HP DYDOLDÄÒHV GH DWLYRV EUXWRV QR IHFKR JOREDO QÀR QD KRUD RƂ FLDO GR 1$9 2 5HQGLPHQWR +LVWÐULFR UHƃ HWH GLVWULEXLÄÒHV GHFODUDGDV QRV ×OWLPRV PHVHV 2 5HQGLPHQWR GH 'LVWULEXLÄÀR UHƃ HWH R PRQWDQWH SUHYLVÊYHO GH VHU GLVWULEXÊGR QRV SUÐ[LPRV PHVHV 2 5HQGLPHQWR 6XEMDFHQWH UHƃ HWH R UHQGLPHQWR DQXDOL]DGR OÊTXLGR GH GHVSHVDV GR IXQGR 2V UHQGLPHQWRV DSUHVHQWDGRV QÀR LQFOXHP TXDOTXHU HQFDUJR SUHOLPLQDU H RV LQYHVWLGRUHV SRGHUÀR HVWDU VXMHLWRV D LPSRVWRV VREUH DV UHVSHWLYDV GLVWULEXLÄÒHV Columbia Threadneedle Investments é o nome de marca global do grupo de empresas Columbia e Threadneedle. Emitido por Threadneedle Management Luxembourg S.A. Registada no Registre de Commerce et des Societes (Luxemburgo), N.º de registo B 110242, 44, rue de la Vallée, L-2661 Luxembourg, Grão-Ducado do Luxemburgo. 09.21 | J31865 |3555737
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PANORAMA BARÓMETRO
DESCUBRA OS FUNDOS COM SELO São produtos que contam com a preferência dos analistas, se destacam pela sua consistência ou por serem blockbuster.
um mercado como o português, que conta com mais de 2.555 fundos registados para venda, a FundsPeople divulga os fundos com Selo FundsPeople 2021. São 557 produtos com selo, que se destacam por um ou vários dos seguintes três critérios:
N
DA Favoritos dos Analistas. Fundos que acumulam um mínimo de cinco votos dos selecionadores dentro de cada questionário anual realizado em Portugal, Espanha e Itália, dirigido aos analistas de fundos, sobre os seus produtos favoritos. Existem 34 fundos que conseguem este selo.
D B Blockbuster.
São os ‘super-vendas’ do mercado. Incluem-se os produtos com mais de 100 milhões de euros distribuídos no mercado ibérico ou 50 milhões de euros no caso dos produtos nacionais. Adicionalmente, a estes últimos exigem-se captações líquidas a três anos superiores ou iguais a um quarto dos AUM no fecho do ano: cerca de 405 fundos alcançam esta classificação.
tegoria, a partir da base da Morningstar Direct, com referência ao final do último ano. São analisados os fundos registados para venda em Portugal, com uma antiguidade mínima de três anos à data de referência da análise. De cada fundo é selecionada uma classe, a mais representativa segundo um conjunto de critérios. Esta classe selecionada será comparada com os restantes fundos da sua categoria através de dois scorecards. No primeiro, são considerados critérios de rentabilidade e volatilidade acumulada a 3 e 5 anos, e no se-
gundo, dados individuais dos últimos cinco anos civis. Em ambos os casos, a rentabilidade e a volatilidade têm um peso de 65% e 35%, respetivamente. Do modelo resultam os fundos que se situam no primeiro quintil em ambos os scorecards. Há 213 fundos com classificação Consistente FundsPeople. Nos três casos são excluídas da análise as categorias de fundos com garantia de capital, target date, do mercado monetário, obrigações de muito curto prazo e rentabilidade ou maturidade objetivo.
PRODUTOS COM A TRIPLA CLASSIFICAÇÃO DO SELO FUNDSPEOPLE 2021 FUNDO Acatis Gané Value Event Fonds BlackRock Global Funds - World Technology Fund BlueBay Funds - BlueBay Invest. Grade Euro Govern. Bond F. Brown Advisory US Equity Growth Flossbach von Storch - Bond Opportunities JPMorgan Funds - Emerging Markets Equity Fund
CATEGORIA Moderate Allocation Technology Sector Equity Europe Fixed Income US Equity Large Cap Growth Global Fixed Income Global Emerging Markets Equity
Jupiter Global Fund - Jupiter Dynamic Bond
Global Fixed Income
MFS Meridian Funds - European Value Fund
Europe Equity Large Cap
MFS Meridian Funds - Prudent Wealth Fund
Aggressive Allocation
Morgan Stanley Investment Funds - Asia Opportunity Fund
Asia ex-Japan Equity
PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset Fund Schroder International Selection Fund EURO Corporate Bond
Flexible Allocation Europe Fixed Income
DC Consistentes. A equipa de Aná-
Nordea 1 - Global Climate and Envir. Fund
Global Equity Mid/Small Cap
lise da FundsPeople, dirigida por Maria Folqué, desenvolveu um modelo de seleção próprio para destacar os produtos mais consistentes em cada ca-
Oddo BHF Avenir Europe
Europe Equity Mid/Small Cap
18 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
Pictet-Multi Asset Global Opportunities
Cautious Allocation
PIMCO GIS Income Fund
Global Fixed Income
Schroder Internat. Sel. F. EURO Corp. Bond
Europe Fixed Income
DIOGO GOMES, senior CRM, UBS AM Iberia
No place to hide
A subida continua dos mercados acionistas nos últimos meses continua a trasladar rendimentos futuros para o presente. As nossas projeções de rendimentos esperados para as ações - especialmente paras as ações dos EUA - são das mais baixas dos últimos anos. As restantes bolsas mundiais apresentam valorizações mais razoáveis. Em sentido inverso, a subida dos rendimentos das obrigações do tesouro melhorou os rendimentos esperados das obrigações soberanas. No que diz respeito à relação rendimentos esperados e inflação, o mercado parece-nos pouco preparado para uma escalada das pressões inflacionistas. Uma reviravolta disruptiva das espectativas de inflação afetaria todos os mercados - a curto prazo não haveria lugar para proteger-se de rendimentos reais negativos. Parte da questão consiste em antecipar o cenário que o mercado está a considerar más provável, em particular que tipo de ambiente inflacionista poderemos ter. Se se tratar de uma inflação causada pelo estrangulamento da cadeia de
abastecimento durante a pandemia e a poupança acumulada, além de transitória, deveria permitir ao mercado acionista e imobiliário continuarem a gerar rendimentos reais positivos, enquanto que o mercado obrigacionista deveria ter um mau desempenho. Por outro lado, se o cenário for de estagflação, algo parecido como o que tivemos nos anos setenta, todos os ativos deveriam ter um mau desempenho. As obrigações indexadas à inflação poderiam oferecer algum grau de proteção, mas ainda assim teríamos rendimentos reais negativos. A gestão alternativa assim como as matérias primas, ouro e imobiliário deveriam ter um melhor comportamento relativo do que outras classes de ativos. Mais uma vez, identificar a natureza da inflação será fundamental para posicionar a carteira. A inflação ligada a um cenário de crescimento deveria beneficiar o imobiliário, enquanto que um cenário de estagflação beneficiaria provavelmente o ouro. As matérias-primas seriam provavelmente um dos fatores a contribuir para a inflação e, evidentemente,
teriam um melhor comportamento num cenário de crescimento. Em conclusão , acreditamos que as oportunidades que o mercado oferece ao investidor para beneficiar-se de um cenário inflacionistas são escassas. Uma observação à parte, como se pôde comprovar com a recente turbulência nos mercados acionistas chineses, a China continua a ter um ciclo económico próprio, distinto do resto do mundo, o que em si é uma oportunidade de diversificação para os investidores globais. A correlação das ações chinesas com o S&P 500 foi de 0,06 nos últimos catorze meses. Por outro lado, as obrigações governamentais chinesas continuam a ter uma baixa correlação com os outros mercados de obrigações, além de terem presentemente um rendimento nominal e real positivo. No entanto estamos a viver um período de transição neste mercado, com uma maior intervenção do governo chinês na procura de um equilíbrio entre objetivos económicos e sociais, o que naturalmente implica incerteza para os investidores.
PANORAMA BARÓMETRO
OS FUNDOS INTERNACIONAIS SUPER-VENDAS NA PENÍNSULA IBÉRICA Para ter o Selo de Blockbuster (B), os produtos internacionais devem alcançar os 100 milhões de euros de património distribuído no mercado ibérico. Fonte: gestoras e diferentes entidades distribuidoras.
01 FIXED INCOME
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02 MULTIATIVOS E ALTERNATIVOS
500 1.000 BGF EURO SHORT DURATION BOND A2 EUR DWS FLOATING RATE NOTES LC MUZINICH ENHANCEDYIELD S-T HUSD ACC A CARMIGNAC PF SÉCURITÉ F EUR ACC MS INVF EURO CORPORATE BOND I FIDELITY EURO SHORT TERM BOND Y-ACC-EUR JUPITER DYNAMIC BOND I EUR Q INC AXAIMFIIS EUROPE SHORT DUR HY A CAP EUR PIMCO GIS INCOME INSTITUTIONAL USD ACC SCHRODER ISF EURO CORP BD I ACC EUR UBAM DYNAMIC US DOLLAR BOND AC USD NORDEA 1 - LOW DUR EURP COV BD BI EUR MS INVF SHORT MATURITY EURO BOND I FVS BOND OPPORTUNITIES IT GAM MULTIBOND LOCAL EMERGING B. USD C VONTOBEL EUR CORP BD MID YLD B EUR AXAIMFIIS US SHORT DUR HY A CAP USD JPM US AGGREGATE BOND D (ACC) USD JPM GLOBAL CORP BD A (ACC) USD CARMIGNAC PF UNCONS EURO FI F EUR ACC GS EM MKTS DBT BASE ACC USD NORDEA 1 - EUROPEAN COVERED B. BP EUR AXAWF EURO CREDIT SHORT DUR I CAP EUR JANUS HENDERSON HRZN E. CORP BD I2 EUR INVESCO EURO SHORT TERM BOND C EUR ACC JPM GLOBAL STRAT BD A PERF (ACC) EURH MFS MERIDIAN EMERGING MKTS DBT A2 USD NEUBERGER BERMAN SHRT D. DBTUSD I ACC NN (L) US CREDIT P CAP USD INVESCO EURO CORPORATE BOND C EUR ACC PIMCO GIS GLINGD CRDT INSTL USD INC VONTOBEL TWENTYFOUR STRAT. HI HDG EUR MS INVF GLOBAL FIXED INCOME OPPS Z UBAM GLOBAL HIGH YIELD SOLUTION AC USD PIMCO GIS GLB BD INSTL USD ACC PICTET-EUR SHORT TERM CORP BDS I ALLIANZ ENHANCED SHRT TRM EURO I13 EUR GS EM CORP BD I ACC USD BLUEBAY INV GRD EURO GOVT BD I EUR ACC ROBECO EURO CREDIT BONDS FH € CANDRIAM BDS EURO HIGH YLD R EUR CAP DWS INVEST ESG EURO BONDS (SHORT) FC AMUNDI FDS GLBL AGGT BD I USD C BLUEBAY INV GRD EURO AGGT BD I EUR JPM US SHORT DURATION BOND A (ACC) USD JPM INCOME OPP A PERF (ACC) EURH SLI EUROPEAN CORPORATE BD D ACC EUR JPM GLOBAL SHORT DURAT. BD A(ACC)EURH PICTET-SHORT TERM EM CORP BDS I USD MS INVF EURO CORPORATE BD - DUR HGD Z
DWS CONCEPT KALDEMORGEN EUR SC JPM GLOBAL INCOME A (DIV) EUR BSF FIXED INCOME STRATEGIES I2 EUR PICTET-MULTI ASSET GLOBAL OPPS I EUR JANUS HENDERSON UK ABS RET R£ ACC JPM GLOBAL INCOME CNSRV C (ACC) EUR BSF EUROPEAN ABSOLUTE RETURN D2 EUR INVESCO PAN EUROPEAN HI INC C EUR ACC BGF GLOBAL ALLOCATION A2 NORDEA 1 - STABLE RETURN BP EUR M&G (LUX) OPTIMAL INCOME C EUR ACC PIMCO GIS DYN MLT-ASST INSTL EUR ACC M&G (LUX) DYNAMIC ALLOCATION C EUR ACC PICTET TR - DIV ALPHA I EUR MFS MERIDIAN PRUDENT CAPITAL I1 EUR MFS MERIDIAN PRUDENT WEALTH I1 USD FVS - MULTI ASSET - DEFENSIVE IT BSF GLOBAL EVENT DRIVEN Z2 USD ALLIANZ CREDIT OPPORTUNITIES IT13 EUR MAN GLG ALPHA SELECT ALT ILH EUR ACC BNY MELLON GLBL RL RET (EUR) W ACC
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500 1.000 SCHRODER ISF EURO CRDT CON. C ACC EUR JPM EU GOVERNMENT BOND C (ACC) EUR INVESCO GLOBAL TTL RET EUR BD C EUR ACC AS SICAV I EM CORP BD X ACC USD EDRF BOND ALLOCATION A EUR ACC BLUEBAY INVESTMENT GRADE BD B EUR INVESCO GLOBAL INV GRD COR. C EURH ACC JPM INCOME A (ACC) USD FIDELITY US DOLLAR BOND A-DIS-USD AB AMERICAN INCOME C INC BGF US DOLLAR BOND A2 USD AXAIMFIIS US CORP ITMT BDS A USD DIS BGF EURO BOND A2 EUR MUZINICH EUROPEYIELD HEUR ACC S FIDELITY GLOBAL INFL-LINK BD Y-ACC-EUR H NN (L) GREEN BOND I CAP EUR SCHRODER ISF EURO BOND I ACC EUR TEMPLETON GLOBAL BOND W(MDIS)USD SLI EUROPEAN CORPORATE BD SRI D ACC EUR JPM EURO GOVT SHORT DUR BD A (ACC) EUR BGF EMERGING MARKETS LCL CCY BD A2 USD BGF EURO CORPORATE BOND A2 EUR AMUNDI FDS EURO CORP BD I EUR C AMUNDI FDS PIONEER US BD A2 USD C NORDEA 1 - EMERGING MARKET BOND BP EUR BNP PARIBAS EURO MEDIUM TERM BD C C MUZINICH EMERGINGMKTSSHRTDUR H.ACC S FRANKLIN EUROPEAN TTL RET W(ACC)EUR NN (L) EURO FIXED INCOME P CAP EUR NINETY ONE GSF EM LCLCCYTLRTDT S ACCEUR AMUNDI FDS EM MKTS BD C EUR C BNP PARIBAS ENHANCED BOND 6M I C MUZINICH SHORTDURATIONHY HEUR ACC A BGF GLOBAL HIGH YIELD BOND C1 USD ALLIANZ ADVCD FXD INC S/D W EUR GS GLBL HI YLD BASE INC USD GS GLOBAL FIXED INC (HDG) I INC EUR UBAM DYNAMIC EURO BOND AC EUR BNP PARIBAS EURO GOVERNMENT BD PRIVL C ALLIANZ EURO OBLIG COURT TERME ISR I C/D DWS INVEST EURO CORPORATE BDS FC ALLIANZ EURO CREDIT SRI IT EUR PICTET-USD SHORT MID-TERM BONDS I VONTOBEL TTFR ABS RET CRDT HI HDG EUR FIDELITY US HIGH YIELD A-DIS-USD CANDRIAM SST BD GLBL HIYLD I € ACC DWS INVEST ASIAN BONDS USD IC JPM EMERG MKTS CORP BD A (ACC) USD DWS INVEST EURO-GOV BONDS FC UBAM ABS RET LOW VOL FXD INC IPC EUR
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FRANKLIN K2 ALT STRATS I(ACC)EUR-H1 PICTET TR - ATLAS I EUR FIDELITY GLOBAL MLT AST INC A-ACC-USD NINETY ONE GSF GLB MA INC I ACC USD FIRST EAGLE AMUNDI INTERNATIONAL RU-C FVS MULTIPLE OPPORTUNITIES II IT JPM GLOBAL CONVERT (EUR) D (ACC) EUR CANDRIAM RISK ARBITRAGE C PICTET TR - AGORA I EUR CARMIGNAC PF PATRIMOINE F EUR ACC JPM GLOBAL MACRO OPPS A (ACC) EUR LEGG MASON WA MCR OPPBD PR USD ACC MFS MERIDIAN GLOBAL TOTAL RET A2 USD ELEVA UCITS ELEVA ABS RET EURP S EUR ACC PICTET TR - CORTO EUROPE I EUR MAN AHL TARGETRISK I USD ALLIANZ DYN MLTAST STGY SRI15 IT EUR BSF AMERICAS DIV EQ ABS RET D2 EUR H SCHRODER GAIA EGERTON EQ I ACC EUR UBS (LUX) SF BALANCED (EUR) Q-ACC ALLIANZ STRATEGY 15 IT EUR
■■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■ ■ ■ ■ ■
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20 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
500 1.000 MUZINICH GLOBAL TACT CRDT HUSD ACC R VONTOBEL EMERGING MKTS DBT I USD FIDELITY EUROPEAN HI YLD Y-EUR MUZINICH AMERICAYIELD HEUR ACC R MS INVF EMERGING MKTS CORP DEBT Z TEMPLETON GLOBAL TTL RET W(ACC)USD ALLIANZ FLOATING RATE NOTES+ I EUR FRANKLIN US GOVERNMENT W(MDIS)USD NINETY ONE GSF EM LCL CCY DBT I ACC EUR ODDO BHF EURO CREDIT SHORT DUR DP-EUR BGF FIXED INCOME GLOBAL OPPS D2 EUR HDG SCHRODER ISF EM DBT ABS RT I ACC USD MS INVF EURO STRATEGIC BOND I THREADNEEDLE (LUX) EUROPEAN STRAT BD AE AMUNDI FDS PINR STRAT INC A USD C AMUNDI RSPNB INVESTING IMP GR BDS DP C AXAWF GLOBAL INFL BDS I CAP EUR AXAWF GLOBAL INFL SH DUR BDS I CAP EUR H AXAWF GLOBAL STRATEGIC BDS F CAP GBP H AXAWF US HIGH YIELD BONDS I CAP USD CARMIGNAC PF UNCONS CREDIT A EUR ACC EPSILON FUND EMERG BD TTL RET I EUR ACC EURIZON BOND AGGREGATE RMB Z EUR ACC EVLI SHORT CORPORATE BOND B GAM STAR MBS TOTAL RETURN INSTL USD ACC LAZARD CREDIT FI PVC EUR M&G (LUX) EM MKTS BD C USD ACC M&G (LUX) EURO CORP BD CI EUR ACC MFS MERIDIAN GLOBAL OPPC BD I1 USD NEUBERGER BERMAN EM DBTHRDCCY USD I C NORDEA 1 - EUROPEAN FINCL DBT BI EUR NORDEA 1 - EUROPEAN HIGH YLD BD BI EUR NORDEA 1 - FLEXIBLE FIXED INCOME BI EUR PIMCO GIS CAPITAL SCS INSTL USD ACC PIMCO GIS DIVERS INC INSTL USD ACC PIMCO GIS DYNAMIC BD INSTL ACC PIMCO GIS EM MKTS BD ESG INS USD ACC PIMCO GIS EM MKTS BD INSTL USD ACC PIMCO GIS EURO BOND INSTL EUR ACC PIMCO GIS EURO CREDIT INSTL EUR ACC PIMCO GIS EURO INCOME B. INSTL EUR ACC PIMCO GIS GLB HI YLD BD INSTL USD ACC PIMCO GIS LOW AVRG DUR INSTL USD ACC PIMCO GIS TTL RET BD INSTL USD ACC PIMCO GIS US HI YLD BD INSTL USD ACC T. ROWE PRICE DYN GLB BD IH GBP UBAM EURO CORPORATE IG SOLUTION IC EUR UBAM MEDIUM TERM US CORP. BD AC USD
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
MAN GLG INNOVATION EQ ALT IN USD ACC JANUS HENDERSON BALANCED A2 USD UBS (LUX) SF YIELD (EUR) Q-ACC ALLIANZ DYN MLTAST STGY SRI50 IT EUR BMO REAL ESTATE EQUITY MARKET NEUTRAL ALLIANZ INCOME AND GROWTH I H2 EUR ALLIANZ DYN MLTAST STGY SRI75 I EUR EDRF INCOME EUROPE IA EUR SCHRODER GAIA SIRIOS US EQ E ACC EUR HDG AMUNDI FDS GLOBAL MA CNSRV M2 EUR C AMUNDI RENDEMENT PLUS I C EURIZON ABSOLUTE PRUDENT R ACC FVS MULTI ASSET - BALANCED IT LAZARD CONVERTIBLE GLOBAL PC EUR M&G (LUX) INCOME ALLOCATION C EUR ACC NEUBERGER BM UNCRLTD STRATS GBP I5 ACC OFI FINCL INV PRECIOUS METALS I PIMCO GIS CMDTY REAL RET INSTL USD ACC RUFFER TOTAL RETURN INTL I GBP CAP
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
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03 AÇÕES
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■■■■■■■■■■ ROBECO GLOBAL CONSUMER TRENDS D € ■■■■■■■■■■ MS INVF GLOBAL BRANDS A ■■■■■■■■■■ MS INVF GLOBAL OPPORTUNITY Z ■■■■■■■■■■ MS INVF US ADVANTAGE I ■■■■■■■■■■ CAPITAL GROUP NEW PERS (LUX) ZL ■■■■■■■■■■ FIDELITY GLOBAL TECHNOLOGY Y-DIS-EUR ■■■■■■■■■■ ALLIANZ EUROPE EQUITY GROWTH IT EUR FIDELITY EUROPEAN DYNAMIC GR A-DIS-EUR ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■■■■■■■■■■ MFS MERIDIAN EUROPEAN VALUE A1 EUR ■■■■■■■■ ALLIANZ GLOBAL ARTFCL INTLGC WT4 EUR ■■■■■■■■ FRANKLIN TECHNOLOGY W ACC USD ■■■■■■■■ NORDEA 1 - GLOBAL CLIMATE & ENVIR BI EUR ■■■■■■■■ ROBECO BP US PREMIUM EQUITIES IH € ■■■■■■■ SCHRODER ISF EM MKTS I ACC USD ■■■■■■■ VONTOBEL US EQUITY I USD ■■■■■■■ BGF WORLD TECHNOLOGY A2 USD ■■■■■■■ PICTET-SECURITY I USD ■■■■■■■ FIDELITY CHINA CONSUMER Y-ACC-USD AXA ROSENBERG US ENH IDX EQ ALP A $ ACC ■ ■ ■ ■ ■ ■ FIDELITY INSTL EURP LARGERCOMS R-ACC-EUR ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■■■■■■ PICTET - ROBOTICS I EUR ■■■■■■ INVESCO GLBL CONSMR TRNDS A USD ACC ■■■■■■ INVESCO JAPANESE EQ ADV A JPY ACC ■■■■■■ AMUNDI FDS PINR US EQFDM GR A EUR C INVESCO PAN EUROPEAN EQUITY A EUR ACC ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■■■■■■ FRANKLIN US OPPORTUNITIES W(ACC)USD JPM EMERGING MARKETS EQUITY A (DIST) USD ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■■■■■■ BGF CONTINENTAL EURP FLEX E2 EUR ■■■■■■ BGF WORLD HEALTHSCIENCE A2 EUR ■■■■■■ SEILERN WORLD GROWTH CHF H R ■■■■■■ PICTET-GLOBAL MEGATREND SEL I EUR ■■■■■■ UBS (LUX) EF CHINA OPPO(USD) Q USD ACC ■■■■■■ JPM US SELECT EQUITY A (ACC) USD ■■■■■■ MS INVF US GROWTH I ■■■■■ DPAM INVEST B EQS NEWGEMS SUST W CAP ■■■■■ VONTOBEL MTX SUST EMMKTS LDRS I USD ■■■■■ FIDELITY EM MKTS Y-DIST-USD ■■■■■ MS INVF ASIA OPPORTUNITY Z ■■■■■ BROWN ADVISORY US EQ. GROWTH $ P ACC ■■■■ PICTET-DIGITAL PUSD ■■■■ SCHRODER ISF EURO EQUITY I ACC EUR ■■■■ SCHRODER ISF ASIAN OPPORTS I ACC USD MFS MERIDIAN EUROPEAN RESEARCH A1 EUR ■ ■ ■ ■ ■■■■ MFS MERIDIAN GLOBAL EQUITY A1 USD ■■■■ GAM STAR CONTINENTAL EURP EQ GBP ACC ■■■■ ODDO BHF AVENIR EUROPE CR-EUR CREDIT SUISSE (LUX) DIGITAL HEALTH EQUITY ■ ■ ■ ■ ■■■■ CPR INVEST GLBL DSRPT OPP R EUR ACC ■■■■ PICTET-WATER I EUR ■■■■ PICTET - GLOBAL ENVIR OPPS I EUR ■■■■ DWS INVEST TOP DIVIDEND IC BGF NEXT GENERATION TECHNOLOGY I2 USD ■ ■ ■ ■ ■■■■ AMUNDI FDS EUROLAND EQUITY A EUR C ■■■■ GS EM CORE® EQ I ACC USD CLOSE MFS MERIDIAN EUROPEAN SMLR COMS A1 EUR ■ ■ ■ ■ ■■■ JPM US TECHNOLOGY A (DIST) USD ■■■ JPM EUROPE STRATEGIC VALUE C (DIST) EUR ■■■ JPM EUROPE EQUITY PLUS A PERF (ACC) EUR ■■■ BNP PARIBAS AQUA C C ■■■ GS US CORE® EQUITY BASE ACC USD SNAP
500 1.000 SCHRODER ISF EMERGING ASIA I ACC EUR BNY MELLON LONG-TERM GLBL EQ USD C ACC JPM GLOBAL HEALTHCARE C (ACC) USD PICTET-CLEAN ENERGY I USD PICTET-USA INDEX P USD THREADNEEDLE (LUX) GLOBAL FOCUS ZU BGF SUSTAINABLE ENERGY D2 JPM JAPAN EQUITY A (DIST) USD LM CLEARBRIDGE INFRAS VAL PR EUR ACC CANDRIAM EQS L BIOTECH R USD CAP BNP PARIBAS ENERGY TRANSITION C C JANUS HENDERSON HRZN GLBTECH. H2USD GS JAPAN EQUITY BASE ACC JPY SCHRODER ISF GLB CLMT CHG EQ I ACC USD FIDELITY WORLD Y-DIS-EUR POLAR CAPITAL GLOBAL TECH INC AMUNDI FDS EUROPEAN EQ VAL M2 EUR C M&G (LUX) EURP STRAT VAL CI EUR ACC JPM ASIA PACIFIC EQUITY A (ACC) EUR PICTET-EUROPE INDEX P EUR FIDELITY FAST EUROPE A-ACC-EUR JPM EUROPE DYNAMIC TECHS FD C (DIST) EUR AMUNDI IS MSCI NORTH AMERICA IE-C AB AMERICAN GR PTF C ACC LEGG MASON CB US LG CP GR X USD ACC M&G (LUX) GLB DIVIDEND CI EUR ACC THREADNEEDLE (LUX) PAN EURP SMCPOPPS ZE FIDELITY GERMANY A-DIS-EUR MS INVF GLOBAL PROPERTY I SCHRODER ISF JAPANESE EQ I ACC JPY BGF WORLD MINING D2 JANUS HENDERSON HRZN GLBLPTYEQSI2USD JPM US VALUE A (DIST) GBP DWS DEUTSCHLAND IC FIDELITY GLOBAL DIVIDEND Y-ACC-USD JPM EM MKTS SMALL CAP A (ACC) PERF USD PICTET-NUTRITION I EUR FRANKLIN INDIA I(ACC)USD AB SUSTAINABLE GLB TMTC AXXUSDACC CANDRIAM EQS L ONCLGY IMPCT I USD CAP FIDELITY IBERIA A-DIS-EUR UBS (LUX) EF GREATER CHINA (USD) Q AB EUROZONE EQ PTF IX ACC DWS INVEST GLOBAL INFRAS FC ALLIANZ EUROLAND EQUITY GROWTH IT EUR JUPITER EUROPEAN GROWTH D EUR ACC BGF WORLD GOLD A2 USD JPM GLOBAL FOCUS D (ACC) EUR PICTET-JAPANESE EQUITY OPPS PJPY GS GLOBAL CORE® EQ I INC USD SNAP NN (L) US ENH CR CONCNTR EQ P CAP USD AB INTERNATIONAL HC AX USD ACC THREADNEEDLE (LUX) GLOBAL TECH AU USD GS EMERGING MARKETS EQ BASE ACC USD TEMPLETON GROWTH (EURO) I(ACC)EUR MFS MERIDIAN US VALUE A1 USD FIDELITY ASIA FOCUS Y-DIS-USD SCHRODER ISF CHINA OPPS I ACC USD BNP PARIBAS EUROPE SMALL CAP I C FIDELITY AMERICA A-DIS-USD
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■ JPM US SMALLER COMPANIES A (DIST) USD ■ GS GLOBAL MILLENNIALS EQ I ACC USD JANUS HENDERSON HRZN EUROLAND H2 EUR ■ BGF EUROPEAN SPECIAL SITUATIONS A2 EUR ■ ■ DWS AKTIEN STRATEGIE DEUTSCHLAND IC ■ SCHRODER ISF US LARGE CAP I ACC USD ■ EDRF BIG DATA N EUR ■ JPM CHINA A (DIST) USD MIRABAUD SUSTAINABLE GLBL FCS A USD ACC ■ UBAM 30 GLOBAL LEADERS EQUITY AHC USD ■ ■ ALLIANZ THEMATICA WT4 EUR ■ SCHRODER ISF ASIAN TTL RET C ACC USD ■ BNP PARIBAS SMART FOOD I CAP ■ FIDELITY EUROPEAN GROWTH Y-DIS-EUR JANUS HENDERSON GLB TECH&INNO A2 USD ■ ■ BSF EUROPEAN OPPS EXTENSION A2 EUR ■ ALLIANZ CHINA A SHARES AT USD ■ FIDELITY GLB DMGRPHCS Y-ACC-USD ■ AS SICAV I ASIA PAC EQ X ACC USD ■ BGF EURO-MARKETS A2 EUR ■ VONTOBEL CLEAN TECHNOLOGY B EUR ■ INVESCO PAN EUR STRUCTEQ C EUR ACC LEGG MASON CB US EQ SUST L. PR EURHACC ■ ■ ODDO BHF AVENIR EURO CR-EUR JPM EUROPE STRATEGIC GROWTH C (DIST) EUR ■ ■ MS INVF GLOBAL QUALITY Z ■ PICTET-PREMIUM BRANDS I EUR ■ AS SICAV I CHINA A SHARE EQ I ACC USD ■ FIDELITY EUROPEAN LGR COMS Y-DIS-EUR ■ AS SICAV I EUROPEAN EQ A ACC EUR ■ CAPITAL GROUP INV CO OF AMER(LUX) Z ■ LEGG MASON RY US SMCP OPP X USD ACC ■ UBS (LUX) ES EURO COUNTRS INC€ Q-ACC ■ INVESCO ASIA CONSUMER DEM. C USD ACC ■ PICTET SMARTCITY I EUR ■ UBS (LUX) ES L/T THMS $EUR H P ■ AS SICAV I JAPANESE EQ X ACC JPY ■ ECHIQUIER ARTIFICIAL INTELLIGENCE B EUR ■ BNP PARIBAS DISRPT TECH CL D ■ BNP PARIBAS US SMALL CAP CLASSIC R ■ CANDRIAM SST EQ EM MKTS R € ACC ■ JPM EUROLAND EQUITY C (DIST) EUR ■ AXA ROSENBERG GLB EQ ALPHA A USD ACC AXA ROSENBERG US EQUITY ALPHA A USD ACC ■ ■ AXAWF FRAM ROBOTECH I CAP USD AXAWF FRAMLINGTON DGTL E. I CAP EURHDG ■ ■ BROWN ADVISORY US SUST GR USD C ACC CARMIGNAC PF GRANDE EUROPE F EUR ACC ■ ■ ELEVA UCITS ELEVA EURP SEL I EUR ACC LAZARD GLOBAL LSTD INFRAS EQ A ACC EUR H ■ MIRAE ASSET ASIA GREAT CONSUMER EQ I USD ■ ■ MIRAE ASSET ASIA SECT LDR EQ I USD CAP NEUBERGER BERMAN US MLTCP O. USD1 IACC ■ ■ NORDEA 1 - EMERGING STARS EQUITY BI EUR ■ POLAR CAPITAL BIOTECH S INC ■ POLAR CAPITAL NORTH AMERICAN S ■ T. ROWE PRICE US EQ I USD ■ T. ROWE PRICE US LG CAP GR EQ I USD ■ T. ROWE PRICE US SMLR CM EQ Q USD TEMPLETON GLB CLIMATE CHANGE A(YDIS)EUR ■
Fundos com mais de 1.000 milhões de euros nas mãos de clientes ibéricos.
OS FAVORITOS DOS ANALISTAS EUROPEUS EM 2021 Entre parêntesis o número total de votos. FUNDO Jupiter Dynamic Bond (25) Morgan Stanley US Advantage Fund (16) Morgan Stanley Global Opportunity (15) Robeco Global Consumer Trends (13) Capital Group New Perspective Fund (12) Fundsmith Equity (9) Flossbach von Storch Bond Opportunities II (9) PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset Fund (9) MFS Meridian Funds Prudent Wealth Fund (8) Seilern World Growth (8) T. Rowe Price Japanese Equity Fund (8) DPAM Equities NewGems Sustainable (7)
CATEGORIA Obrigações Ações Ações Ações Ações Ações Obrigações Multiativos Multiativos Ações Ações Ações
FUNDO Flossbach von Storch Multiple Opportunities II (7) BMO Real Estate Equity Market Neutral (7) Morgan Stanley IF Asia Opportunity Fund (7) Morgan Stanley INVF US Growth Fund (7) Acatis Gane Value Event Fonds (6) Brown Advisory US Equity Growth (6) Allianz Global Artificial Intelligence (6) BlackRock BGF World Technology Fund (6) JP Morgan Emerging Market Equity (6) BlueBay Invest. Grade Euro Govern. Bond Fund (5) Eleva Absolute Return Europe (5) Eleva European Selection (5)
CATEGORIA Multiativos Alternativos Ações Ações Multiativos Ações Ações Ações Ações Obrigações Alternativos Ações
FUNDO Fidelity Funds European Dynamic Growth (5) MFS Meridian European Value (5) Oddo Avenir Europe (5) Ruffer Total Return International (5) Schroder EUR Corporate Bond (5) Vontobel MTX Sustainable Emerging Mark. Lead. (5) BlackRock BSF European Absolute Return (5) BlackRock BSF Global Event Driven (5) Brown Advisory US Sustainable Growth Fund (5) Fidelity Funds Euro Short Term Bond (5)
CATEGORIA Ações Ações Ações Multiativos Obrigações Ações Alternativos Alternativos Ações Obrigações
SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 21
PANORAMA FÓRUM APFIPP por Sérgio Brito
TOTAL DE FUNDOS MOBILIÁRIOS PATRIMÓNIO
FUNDOS DE CURTO PRAZO HARMONIZADOS
CAPTAÇÕES LÍQUIDAS
20000
PATRIMÓNIO 500 400
CAPTAÇÕES LÍQUIDAS
2200
150 120
1925
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O FUTURO DAS REFORMAS Perante a perspetiva de, nas próximas décadas, termos menos população e uma população mais envelhecida, os portugueses podem e devem assumir o seu papel na construção da sua reforma.
22 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
oi publicado no passado mês de maio, pela Comissão Europeia, o The Ageing Report 2021, que traça uma descrição das projeções demográficas para os diversos países da União Europeia nas próximas décadas, e das suas consequências económicas e orçamentais. No caso de Portugal, as conclusões deste exercício são bastante preocupantes e devem motivar uma profunda reflexão dos portugueses e dos seus representantes (especialmente o Governo e a Assembleia da República) sobre a Segurança Social que temos e o impacto que a manutenção do atual regime implica, particularmente no que respeita à pensão de reforma por velhice que teremos no futuro. Mas comecemos pela análise da evolução demográfica. Entre 2019 e 2070, espera-se que a população resi-
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dente em Portugal se reduza para 8,5 milhões (quase 2 milhões de pessoas a menos). A esperança média de vida à nascença aumenta para 85,7 nos homens (78,6 em 2019) e para 90,4 nas mulheres (84,8 em 2019), comportamento semelhante à esperança média de vida aos 65 anos que aumenta 4,8 anos nos homens, para 23,2 anos, e 4,5 anos nas mulheres, para 26,7 anos. A pirâmide demográfica inverte-se com o aumento de 11,1% no peso das camadas mais idosas da população (mais de 65 anos), para cerca de 1/3 da população total, ao passo que a população em idade ativa (entre 20 e 64 anos) se contrai em 9,8%, para 49,2% da população total. Assim, o rácio de dependência (pessoas com 65 ou mais anos em relação às pessoas com idade entre os 20 e 64 anos) aumenta 30 p.p. entre 2019 (37,3) e 2070 (67,3).
FUNDOS DE OBRIGAÇÕES PATRIMÓNIO
FUNDOS MISTOS
CAPTAÇÕES LÍQUIDAS
3000
60
PATRIMÓNIO
FUNDOS DE AÇÕES CAPTAÇÕES LÍQUIDAS
7000
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PATRIMÓNIO
CAPTAÇÕES LÍQUIDAS
3000
100 80
200 6000
2500
60
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30
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2500 20 10
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Teremos, portanto, nas próximas décadas, menos população e mais envelhecida. Quais as consequências desta evolução para os sistemas públicos de pensões? Como o nosso sistema de pensões assenta numa lógica de repartição, em que as pensões em pagamento são financiadas por contribuições dos trabalhadores no ativo, a diminuição da base contributiva (população ativa) e o aumento dos beneficiários (população idosa) teria, em teoria, um efeito catastrófico nas contas públicas, com o aumento da despesa com pensões e a diminuição das contribuições dos trabalhadores. Não é isso, contudo, que evidencia o relatório da Comissão Europeia. As contribuições para os sistemas públicos de pensões (inclui Segurança Social e CGA), de facto, diminuem de 13,3% do PIB em 2019 para 9,6% do PIB em 2070 (menos 3,7%), mas a despesa com pensões também diminui dos 12,7% registados em 2019 para 9,5% em 2070 (redução de 3,2%). Isto só é possível em resultado da redução nos benefícios (leia-se pensões de reforma) garantidos pelo Estado. No mesmo período, a taxa de substituição baixa de 74,0% para 41,4% e esta redução far-se-á sentir já em 2050, quando a taxa de substituição se fixará nos 43,5%.
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Ou seja, dentro de 30 anos, os novos reformados deverão receber de pensão de velhice 43,5% do valor do seu último salário, o que significa que terão um corte de mais de 50% nos seus rendimentos.
O QUE FAZER ENTÃO? É necessário que as pessoas se consciencializem de que terão que poupar durante a sua idade ativa para ter rendimentos adicionais que complementem a pensão paga pelo Estado. O aumento da literacia financeira desempenha um papel fundamental, não apenas para que as pessoas reconheçam a importância da poupança e, em particular, da poupança para a reforma, mas para que apreendam os conceitos nucleares fundamentais e possam aplicar essa poupança de modo informado e de acordo com os seus objetivos e preferências individuais. Para tal, é fundamental que estejam habilitados a identificar os produtos de investimento disponíveis, a assimilar as suas características e, assim, conseguir escolher os mais apropriados à sua realidade. Compete ao Estado implementar políticas públicas de aumento da literacia financeira, da mesma forma que lhe compete a implementação de estímulos (designadamente fiscais) que promovam a poupança para a reforma. O Estado deverá, ainda, criar condições que estimulem as empresas e
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AS CONCLUSÕES DESTE EXERCÍCIO SÃO BASTANTE PREOCUPANTES E DEVEM MOTIVAR UMA PROFUNDA REFLEXÃO DOS PORTUGUESES E DOS SEUS REPRESENTANTES
SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 23
PANORAMA FÓRUM APFIPP
COMPETE AO ESTADO IMPLEMENTAR POLÍTICAS PÚBLICAS DE AUMENTO DA LITERACIA FINANCEIRA E A IMPLEMENTAÇÃO DE ESTÍMULOS QUE PROMOVAM A POUPANÇA PARA A REFORMA
AS GESTORAS EM AGOSTO DE 2021
ORGANIMOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO
(Dados em milhões de euros) GESTÃO DE PATRIMÓNIOS Caixa Gestão de Ativos Santander Asset Management GNB BPI Gestão de Activos Montepio Gestão de Activos Crédito Agrícola Gest Bankinter Gestion de Activos Optimize Investment Partners Dunas Capital LYNX Asset Managers BMO Portugal Total
AGOSTO 2021
QUOTA (%)
9.729,46 5.869,83 4.790,92 4.005,41 1.640,99 1.313,98 700,80 102,88 27,94 18,56
34,50 20,81 16,99 14,20 5,82 4,66 2,49 0,36 0,10 0,07
28.200,78
DEZEMBRO 2020
QUOTA (%)
VAR. (%) 2021
22,99 13,60 12,06 8,11 3,77 3,21 1,33 0,21 0,05 0,02 34,66
-0,63 1,29 -6,73 15,99 2,11 -3,91 24,13 14,11 20,54 164,45 -100,00 -33,80
9.791,52 5.795,08 5.136,82 3.453,23 1.607,07 1.367,44 564,55 90,16 23,18 7,02 14.762,92 42.598,98
Nota: Amostra = 90,3% do total de ativos da Gestão de Patrimónios (Em agosto de 2021)
FUNDOS DE PENSÕES Ageas Pensões CGD Pensões BPI Vida e Pensões GNB - SGFP S.G.F.P. Banco de Portugal Futuro Santander Pensões BBVA Fundos Real Vida Seguros SGF Previsão Victoria - Seguros de Vida Total
JUNHO 2021 6.512,50 4.507,70 3.295,71 2.632,90 2.083,11 1.907,30 1.141,65 578,11 238,57 98,49 79,32 16,68 23.092,05
QUOTA (%) 28,20 19,52 14,27 11,40 9,02 8,26 4,94 2,50 1,03 0,43 0,34 0,07
DEZEMBRO 2020
QUOTA (%)
VAR. (%) 2019
28,49 19,66 14,01 10,92 9,35 8,11 5,07 2,53 1,06 0,39 0,35 0,07
1,32 1,64 4,28 6,89 -1,20 4,23 -0,19 1,43 -0,70 12,24 -0,67 2,33 2,35
6.427,66 4.434,82 3.160,32 2.463,10 2.108,48 1.829,83 1.143,83 569,96 240,24 87,75 79,86 16,30 22.562,16
Nota: Amostra = 98,0% do total gerido por Fundos de Pensões (Em junho 2021)
os trabalhadores a constituírem planos de pensões no âmbito da sua atividade profissional, recorrendo, nomeadamente, a modelos de auto-enrolment que já existem em diversos países e, também, criar incentivos para que as pessoas sacrifiquem o consumo presente por consumo futuro (na reforma). Neste âmbito, merece destaque o PEPP - Pan European Personal Pension Product, um produto de âmbito europeu, criado para fomentar a
AGOSTO 2021
QUOTA (%)
1.212,49 1.200,11 1.043,69 938,05 596,92 450,40 418,78 411,09 402,54 350,43 341,72 322,26 304,42 294,24 280,19 273,48 260,15 236,50 197,92 170,93 159,51 146,36 104,38 102,15 83,67 63,79 62,06 61,30 48,74 31,22 25,00 24,12 17,63 11,84 10.648,08
11,39 11,27 9,80 8,81 5,61 4,23 3,93 3,86 3,78 3,29 3,21 3,03 2,86 2,76 2,63 2,57 2,44 2,22 1,86 1,61 1,50 1,37 0,98 0,96 0,79 0,60 0,58 0,58 0,46 0,29 0,23 0,23 0,17 0,11
FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO
AGOSTO 2021
QUOTA (%)
Caixa Gestão de Ativos IM Gestão de Ativos BPI Gestão de Activos Santander Asset Management GNB Fundos Mobiliários Bankinter Gestion de Activos Optimize Investment Partners Montepio Gestão de Activos Invest Gestão de Activos Dunas Capital - Gestão de Activos Casa de Investimentos Crédito Agrícola Gest BIZ Capital GFM Gestão de Ativos * LYNX Asset Managers Sixty Degrees Total
6.216,18 3.917,62 3.207,38 3.137,76 826,49 294,28 173,36 164,39 160,95 32,77 20,95 19,97 19,86 19,58 18,19 9,51 18.239,24
34,08 21,48 17,59 17,20 4,53 1,61 0,95 0,90 0,88 0,18 0,11 0,11 0,11 0,11 0,10 0,05
Square Asset Management Interfundos GNB Real Estate Caixa Gestão de Ativos BPI Gestão de Activos Norfin Silvip Montepio Valor GEF LYNX Asset Managers Santander Asset Management SFS - Gestão de Fundos Libertas Imofundos Fundiestamo Insula Capital Fidelidade Institutional Investment First Fund Box Violas Ferreira TF Turismo Fundos Profile ECS - SGFII Imopolis Refundos Gesfimo - Espírito Santo Irmãos Carregosa Vila Gale Gest Atlantic Imorendimento Crédito Agrícola Gest Floresta Atlântica Invest Gestão de Activos Silar - SICAFI, SA Total
DEZEMBRO 2020
QUOTA (%)
VAR. (%) 2020
1.148,07 1.269,80 1.066,43 931,28 531,68 551,74 405,94 424,03 376,37 352,27 418,17 394,20 285,30 296,58 274,32 274,71 242,64 255,31 188,57 175,64 161,46 198,33 102,95 103,17 42,03 57,43
10,60 11,72 9,84 8,60 4,91 5,09 3,75 3,91 3,47 3,25 3,86 3,64 2,63 2,74 2,53 2,54 2,24 2,36 1,74 1,62 1,49 1,83 0,95 0,95 0,39 0,53
5,61 -5,49 -2,13 0,73 12,27 -18,37 3,16 -3,05 6,95 -0,52 -18,28 -18,25 6,70 -0,79 2,14 -0,45 7,22 -7,37 4,96 -2,68 -1,21 -26,20 1,39 -0,99 99,05 11,07
61,93 128,35 31,06 31,55 24,33 17,22 12,06 10.834,93
0,57 1,18 0,29 0,29 0,22 0,16 0,11
-1,02 -62,03 0,52 -20,78 -0,86 2,37 -1,82 -1,72
QUOTA (%)
VAR. (%) 2021
32,71 21,82 18,69 17,44 4,53 1,31 0,99 1,08 0,78 0,26 0,04 0,14 0,03 0,04 0,11 0,05
29,56 22,42 17,01 22,64 24,34 53,59 19,84 3,61 39,93 -13,38 267,34 -0,29 406,98 276,55 8,58 35,15 24,34
DEZEMBRO 2020 4.798,01 3.200,07 2.741,19 2.558,42 664,71 191,60 144,66 158,66 115,02 37,84 5,70 20,03 3,92 5,20 16,75 7,04 14.668,82
* - A GFM Gestão de Ativos assumiu a gestão da SICAF GFM Capital, anteriormente auto-gerida
24 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
P
AR
P
R
TNE R
AR
TNE
A OPINIÃO DE BEGOÑA GOMEZ Vendas, Invesco
poupança individual para a reforma, caracterizado por adotar uma política de investimentos que salvaguarde a poupança acumulada, por ter um custo reduzido (máximo de 1%), por permitir a portabilidade entre produtos, seja a nível nacional como a nível internacional, para além de estar sujeito a regras exigentes de boa governação. Espera-se que o produto tenha uma boa adesão dos portugueses, havendo a expectativa de que lhe seja conferido
ENTRADAS E SAÍDAS DOS FUNDOS MOBILIÁRIOS Dados em milhões de euros
1.500 1.250
um enquadramento regulamentar e fiscal adequado. Os portugueses podem e devem assumir o seu papel na construção da sua reforma, não apenas nas contribuições para a Segurança Social, que serão insuficientes para auferir uma pensão de reforma que permita a manutenção do seu padrão de vida atual, mas fazendo contribuições para planos de pensões complementares, seja de âmbito ocupacional (profissional), seja de âmbito individual.
FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO
DESDE INÍCIO DO ANO
ÚLTIMOS 12 MESES 1.194,846
Caixa Gestão de Ativos
428,068
991,454
IM Gestão de Ativos
256,933
622,421
1.171,387
Santander Asset Management
131,699
471,594
598,393
BPI Gestão de Activos
126,039
386,019
532,475
64,128
136,699
198,546
Bankinter Gestion de Activos
47,970
93,747
114,912
Invest Gestão de Activos
14,388
37,316
Optimize Investment Partners
5,786
18,403
21,211
Casa de Investimentos - GPFIM
5,056
13,565
19,206
Montepio Gestão de Activos
2,310
-3,627
-11,202
Dunas Capital - Gestão de Activos
0,572
-5,641
-6,912
LYNX Asset Managers
0,516
0,062
2,598
GFM Gestão de Ativos *
13,156
13,156
13,156
GNB Fundos Mobiliários
50,156
Crédito Agrícola Gest
0,000
0,000
0,000
BIZ Capital
-0,520
16,038
19,726
n.a.
n.a.
n.a.
1.096,102
2.791,206
3.918,499
Sixty Degrees -SGOIC Total
1.000
JUNHO-AGOSTO 2021
* - A GFM Gestão de Ativos assumiu a gestão da SICAF GFM Capital, anteriormente auto-gerida
750 FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO *
500
F. Multi-Activos Moderados
250 0 -250 -500 -750 -1000
296,721
496,191
496,191
699,787
934,884
Fundos de Acções Globais
195,758
315,852
315,852
Fundos Flexíveis
95,530
253,750
340,454
F. Multi-Activos Equilibrados
93,010
187,090
210,568
Fundos de Curto Prazo Euro
76,704
333,683
677,789
F. Multi-Activos Defensivos
51,834
393,851
640,571
Fundos de Obrigações Internacional
32,445
64,460
62,682
F. Multi-Activos Agressivos
15,376
27,519
24,062
FIA Flexíveis
16,057
13,698
13,277
F. Obrigações Taxa Indexada Euro
13,122
17,495
61,914
Fundos de Acções Nacionais
7,780
-49,441
-48,476
Outros F. Acções Internacionais
4,040
149,617
267,228
1,647
1,605
-7,191
1,497
3,844
8,054
0,000
0,000
0,000
Fundos PPA
0,000
-0,665
-0,705
FIA de Obrigações
-0,374
-1,544
-2,359
Fundos de Acções Ibéricas
-0,575
-1,593
-3,897
F. Acções da América do Norte
-1,697
20,224
-6,236
Fundos de Acções Europeias
-2,905
52,356
38,267
FIA de Retorno Absoluto
JUNHOAGOSTO 2021
ÚLTIMOS 12 MESES
265,833
F. Mercado Monetário Internacional
-1.500
DESDE INÍCIO DO ANO
Fundos PPR
Fundos de Acções Sectoriais
-1.250
JUNHO-AGOSTO 2021
Outros FIA Outros Fundos Fundos de Obrigações Euro F. Mercado Monetário Euro Total
-3,730
-3,757
-35,533
-7,699
-100,662
-192,526
-15,847
-14,204
71,745
-36,067
-67,527
49,103
1.096,102
2.791,206
3.918,499
* - Não inclui os Fundos geridos por 1 entidades (amostra = 99,95%)
UM TEMA PARA O SÉCULO XXI O facto de a China ter conseguido um papel de liderança no investimento internacional não é propriamente uma novidade. Pouco a pouco alcançou um papel preponderante cuja expressão máxima é a iniciativa Belt & Road, também chamada de Nova Rota da Seda. A China lançou este programa em 2013, que é o maior plano de investimento em infraestruturas de hoje. Tem como objetivo melhorar a conectividade da antiga Rota da Seda, que inclui 68 países na Ásia, Europa, Médio Oriente e África. Desde o seu lançamento, foram iniciados mais de 2.000 projetos de infraestruturas e a China assinou acordos de investimento com 140 países. Na Invesco temos o primeiro fundo temático de obrigações que oferece exposição direta a esta oportunidade: o Invesco Belt and Road Debt Fund. Este fundo investe em obrigações soberanas (em dólares) e obrigações corporativas investment grade e high yield de emitentes que beneficiam do aumento de capital e dos fluxos comerciais catalisados pelo RBI. O retorno anual do fundo é de cerca de 7% ao ano desde o seu lançamento há três anos, tem um YTM superior a 5% graças a uma abordagem flexível e ativa. O fundo tem uma volatilidade limitada a 6% anual durante a maior parte do tempo e exclui da carteira os países com piores ratings ESG para melhorar o seu perfil sustentável. SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 25
PANORAMA BARÓMETRO
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO
SELO
ASIA FIXED INCOME Schroder ISF Asian LclCcy Bd C Acc USD Eurizon Bond Aggregate RMB Z EUR Acc DWS Invest Asian Bonds USD IC
DABC DABC DABC
EMERGING MARKETS FIXED INCOME Aberdeen S Frntr Mkts Bd X Acc USD Jupiter Glbl Em Mkt Crp Bd I USD Acc PIMCO GIS Em Mkts Bd Instl USD Acc PIMCO GIS Em Mkts Bd ESG Ins USD Acc GS EM Corp Bd I Acc USD Aberdeen S EM Corp Bd X Acc USD M&G (Lux) Em Mkts Bd C USD Acc Neuberger Berman EM DbtHrdCcy USD I C JPM Emerg Mkts Corp Bd A (acc) USD Vontobel Emerging Mkts Dbt I USD MFS Meridian Emerging Mkts Dbt A2 USD MS INVF Emerging Mkts Corp Debt Z Capital Group EM Local Debt (LUX) Z Ninety One GSF EM Lcl Ccy Dbt I Acc EUR GS Em Mkts Dbt Base Acc USD Candriam Sst Bd Em Mkts R $ Acc Jupiter Global EM Sht Dur Bd I USD Acc T. Rowe Price Em Lcl Mkts Bd I USD Nordea 1 - Emerging Market Bond BP EUR Nordea 1 - Emerging Mkt Debt TR BC EUR Amundi Fds Em Mkts Bd C EUR C JPM Emerg Mkts Inv Grd Bd A (acc) EURH BGF Emerging Markets Lcl Ccy Bd A2 Neuberger Berman Shrt DurEM DbtUSD I Acc NN (L) Em Mkts Corp Dbt X Cap EUR H i Pictet-Short Term Em Corp Bds I USD Schroder ISF EM Dbt Abs Rt I Acc USD GAM Multibond Local Emerging Bond USD C Muzinich EmergingMktsShrtDur HEUR Acc S Epsilon Fund Emerg Bd Ttl Ret I EUR Acc Ninety One GSF EM LclCcyTlRtDt S AccEUR
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
EUROPE FIXED INCOME Carmignac Pf Credit A EUR Acc NB Obrigações Europa FIMAO NB Euro Bond Lazard Credit Fi SRI PVC EUR Fidelity European Hi Yld Y-EUR Nordea 1 - European Fincl Dbt BI EUR BNP Paribas Euro High Yld Bd I C Schroder ISF EURO Corp Bd I Acc EUR Candriam Bds Euro High Yld R EUR Cap Schroder ISF EURO Crdt Convct C Acc EUR Allianz Euro Credit SRI IT EUR Vanguard €z Infl-Lnkd Bd Idx € Acc Carmignac Pf Flexible Bond F EUR Acc BlueBay High Yield Bond R EUR BlueBay Inv Grd Euro Aggt Bd I EUR Eurizon Bond Aggregate EUR Z EUR Acc Franklin European Ttl Ret W(acc)EUR MS INVF Euro Strategic Bond I BlueBay Inv Grd Euro Govt Bd I EUR Acc Schroder ISF EURO Bond I Acc EUR JPM EU Government Bond C (acc) EUR Muzinich Europeyield HEUR Acc S DWS Invest Euro-Gov Bonds FC T. Rowe Price Euro Corp Bd Z EUR BlueBay Investment Grade Bd B EUR Nordea 1 - European High Yld Bd BI EUR ODDO BHF Euro High Yield Bond CI-EUR
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
RENTABILIDADE ANUAL 5 ANOS
DADOS A 31/08/2021
3 ANOS
1 ANO
VOLAT. 3 ANOS
2,85
6,10 6,03 5,09
5,34 13,06 5,57
6,48 5,87 9,30
USD EUR USD
Chow Yang Ang; Julia Ho; Monica Wang; Stephen Jen; Osvaldo Kwan; Henry Wong;
8,56 7,69 7,47 7,46 7,42 6,97 6,79 6,77 6,50 6,49 6,27 6,14 5,99 5,91 5,88 5,81 5,60 5,57 5,40 5,29 5,14 4,80 4,54 4,50 4,36 3,96 3,93 3,58 3,41 1,97
12,88 9,21 7,10 7,16 8,38 8,87 9,12 7,09 7,46 9,63 6,27 8,26 7,42 7,39 6,65 2,83 7,39 6,23 5,99 -6,10 8,34 1,49 5,71 5,22 4,19 5,97 4,51 3,65 4,69 1,77 4,78
12,02 9,83 10,15 9,78 10,40 11,58 10,48 10,93 9,16 14,00 9,65 11,29 10,40 10,60 11,84 8,56 8,60 10,28 13,44 7,49 13,77 6,90 11,01 7,95 9,19 7,65 5,61 10,29 7,10 3,37
USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD EUR USD USD USD USD EUR EUR EUR EUR USD USD EUR USD USD USD EUR EUR EUR
Kevin Daly Alejandro Arevalo; Reza Karim; Michael A. Gomez; Javier Romo; Pramol Dhawan; Javier Romo; Yacov Arnopolin; Pramol Dhawan; Angus Bell Siddharth Dahiya Claudia Calich Rob Drijkoningen; Gorky Urquieta; Scott D. McKee; Pierre-Yves Bareau; Leah Parento; Luc D’hooge; Wouter Van Overfelt; Matthew W. Ryan; Ward Brown; Neeraj Arora; Eric J. Baurmeister; Warren Mar; Sahil Tandon; Robert H. Neithart; Luis Freitas de Oliveira; Antoon de Klerk; Werner Gey van Pittius; Samuel Finkelstein; Ricardo Penfold; Angus Bell; Magda Branet; Diliana Deltcheva; Christopher Mey; Alejandro Arevalo Andrew J. Keirle Cathy L. Hepworth Ida Andreasen; Thede Rüst; Anna Tandstad Ege; Yerlan Syzdykov; Ray Jian; Scott D. McKee; Pierre-Yves Bareau; Emil Babayev; Sergio Trigo Paz; Michal Wozniak; Laurent Develay; Bart van der Made; Nish Popat; Jennifer Gorgoll; Joep Huntjens; Martijn Kleiberg; Luke Chua; Alain Nsiona Defise; Abdallah Guezour Paul McNamara Warren Hyland Luca Sibani Antoon de Klerk; André Roux;
10,96 7,94 7,90 5,86 5,54 5,47 5,34 5,01 4,96 4,94 4,88 4,77 4,75 4,67 4,60 4,56 4,34 4,31 4,24 4,17 4,09 4,07 4,06 3,89 3,87 3,78 3,72
9,94 10,70 6,91 10,09 9,03 8,58 11,08 5,53 6,22 6,02 5,04 8,11 5,57 7,93 2,78 2,31 2,70 2,53 1,06 2,47 1,03 7,97 0,89 4,14 4,82 6,62 6,85
10,68 8,73 8,57 9,26 10,34 10,75 8,94 6,27 6,44 7,06 7,35 5,90 5,18 8,64 4,56 4,43 4,72 4,87 4,21 4,30 4,16 9,67 4,25 5,54 6,00 9,60 8,10
EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR
Pierre Verlé; Alexandre Deneuville; Vasco Teles Vasco Teles François Lavier Peter Khan; Andrei Gorodilov; James Durance; Jacob Topp Olivier Monnoyeur; Gilles Caraguel; Patrick Vogel Philippe Noyard; Nicolas Jullien; Thomas Joret; Patrick Vogel Hervé Dejonghe; Laetitia Talavera-Dausse; — Guillaume Rigeade; Eliezer Ben Zimra; Justin Jewell; Rajat Mittal; Mark Dowding; Kaspar Hense;
4,06 6,01 4,09 3,92 4,39 4,18 4,00 3,82 2,97 4,06 2,45 3,65 2,71 2,31 1,93
2,24 2,53 2,57 1,63 0,15 2,55 1,97 2,06 1,87 1,36 1,92 0,80
7,53 7,14 4,79 4,31 5,97 4,47 3,86 4,16 3,96 2,95 2,75 3,14 4,19 3,33 1,98 2,69 2,77 2,45 1,69 4,08 1,61 2,75 2,91 4,02 3,46
DIVISA BASE
GESTOR
John W. Beck; David Zahn; Sonal Desai; Richard Ford; Leon Grenyer; Richard Class; Mark Dowding; Kaspar Hense; Paul Grainger; James Ringer; Iain T. Stealey; Séamus Mac Góráin; Thomas Samson Torsten Strohrmann; Oliver Eichmann; Moritz Rieper; David X Stanley Andrzej Skiba; Thomas Moulds; Marc Stacey; Sandro Naef; Torben Skødeberg; Laust Johnsen; Alexis Renault; Janis HECK; Frauke Wolkewitz;
26 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
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Fidelity Funds Sustainable Future Connectivity Fund
Uma selfie desde Marte. A sério? A sério.
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PANORAMA BARÓMETRO
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO
SELO
RENTABILIDADE ANUAL 5 ANOS
DADOS A 31/08/2021
3 ANOS
1 ANO
VOLAT. 3 ANOS
DIVISA BASE
2,19 2,53 2,41 2,06 2,18 2,29 1,37 2,10 1,26 2,21 2,05 1,88 1,47 2,90 1,72 1,92
2,84 3,75 3,81 3,58 2,78 3,56 0,73 1,25 0,63 1,21 2,56 3,17 0,57 4,18 2,74 3,67 3,24 4,43 2,52 0,46 2,67 0,20 2,41 0,51 5,00 0,07 2,72 1,53 1,09 1,46 2,98 4,59 3,63 0,67 0,03 3,11 0,45 2,29 1,51 1,52 0,85 0,57 0,59 0,91 1,30 0,86 0,32 0,91 0,77 -0,36 0,19 -0,25 -0,26 -0,23 -0,26 0,14
5,63 6,08 5,29 6,97 5,15 6,10 3,93 5,45 4,04 4,08 5,44 4,98 3,51 5,36 5,78 6,71 6,28 5,07 6,11 4,29 5,20 4,45 5,22 2,24 5,96 3,67 5,27 4,02 2,55 3,05 2,97 7,57 4,98 1,02 1,80 4,63 1,83 4,23 2,58 3,48 1,50 2,10 2,05 1,72 2,69 2,36 1,83 2,58 1,28 0,66 2,38 1,90 1,01 0,88 0,47 2,23
EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR
Paul Read; Julien Eberhardt; Tom Hemmant; Richard Ford; Leon Grenyer; Dipen Patel; Thomas Ross; Tim Winstone; Mondher Bettaieb; Claudia Wyss; Ryan Staszewski Oliver Krenn; Karsten Rosenkilde; — Alfred Meinema; Bram Bos; Jovita Razauskaite; Cedric Scholtes; Alberto Talero; Andrew Thomas Balls; Lorenzo Pagani; Victor Verberk David Zahn; Marc Kremer; Emmanuel Teissier; Richard Ford; Leon Grenyer; Richard Class; Ketish Pothalingam; Eve Lagrellette Tournier; Craig MacDonald; Felix Freund; Hervé Boiral; Alexandra Van Gyseghem; Richard Ford; Leon Grenyer; Dipen Patel; Julien Tisserand; Nicolas Leprince; Josef Helmes Michael Krautzberger; Ronald van Loon; Andreas Berndt; Eve Lagrellette Tournier; Sylvain De Ruijter; Hans van Zwol; Jaco Rouw; Tom Mondelaers; Jozef Prokes; Henrik Stille Hugo Custódio Joel Carvalheira Stefan Isaacs; Gareth Jandrell;
GESTOR
Invesco Euro Corporate Bond C EUR Acc MS INVF Euro Corporate Bond I Janus Henderson Hrzn Euro Corp Bd I2 EUR Vontobel EURO Corporate Bond B EUR Threadneedle (Lux) European Strat Bd AE DWS Invest Euro Corporate Bds FC Vanguard € Govt Bd Idx € Acc NN (L) Green Bond I Cap EUR BNP Paribas Euro Government Bd Privl C PIMCO GIS Euro Bond Instl EUR Acc Robeco Euro Credit Bonds FH € Franklin European Corp Bd I(acc)EUR MS INVF Euro Bond I PIMCO GIS Euro Income Bond Instl EUR Acc ASSII-Euro Cp Bd D Acc EUR Amundi Fds Euro Corp Bd I EUR C MS INVF Euro Corporate Bd - Dur Hgd Z EdRF Bond Allocation A EUR Acc ASSII-EuCpBdS&RInv D Acc EUR BGF Euro Bond A2 PIMCO GIS Euro Credit Instl EUR Acc NN (L) Euro Fixed Income P Cap EUR BGF Euro Corporate Bond A2 Nordea 1 - European Covered Bond BP EUR NB Corporate Euro A Caixa Obrigações LP FIMAO M&G (Lux) Euro Corp Bd CI EUR Acc Vanguard SRI € Invm Grd Bd Idx € Acc UBAM Euro Corporate IG Solution IC EUR Caixagest Oportunidades FIAMA Carmignac Pf Sécurité F EUR Acc AXAIMFIIS Europe Short Dur HY A Cap EUR Evli Short Corporate Bond B Nordea 1 - Low Dur Eurp Cov Bd BI EUR Fidelity Euro Short Term Bond Y-Acc-EUR ODDO BHF Euro Credit Short Dur DP-EUR Allianz Credit Opportunities IT13 EUR IMGA Rendimento Mais FIMA BNP Paribas Enhanced Bond 6M I C IMGA Rendimento Semestral A FIMA DWS Invest ESG Euro Bonds (Short) FC GS ESG Enh Euro Shrt Du Bd Plus I Acc € Invesco Euro Short Term Bond C EUR Acc Allianz Advcd Fxd Inc S/D W EUR Pictet-EUR Short Term Corp Bds I AXAWF Euro Credit Short Dur I Cap EUR BNP Paribas Euro Medium Term Bd C C IMGA Euro Taxa Variável A FIMA MS INVF Short Maturity Euro Bond I JPM Euro Govt Short Dur Bd A (acc) EUR DWS Floating Rate Notes LC BGF Euro Short Duration Bond A2 EUR Allianz Floating Rate Notes+ I EUR Allianz Euro Oblig Court Terme ISR I C/D Allianz Enhanced Shrt Trm Euro I13 EUR UBAM Dynamic Euro Bond AC EUR
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
0,59 0,38 0,45 0,25 0,46 0,41 0,32 0,44 0,32 -0,04 0,10 0,05 -0,30 -0,09 -0,19 -0,20 -0,21 -0,21 -0,37
3,59 3,56 3,49 3,48 3,43 3,40 3,38 3,37 3,31 3,30 3,01 3,00 2,88 2,88 2,79 2,75 2,72 2,70 2,67 2,67 2,63 2,60 2,49 2,46 2,40 2,37 2,33 2,17 1,94 1,92 1,90 1,52 1,41 1,39 1,29 0,99 0,89 0,88 0,86 0,79 0,77 0,76 0,76 0,62 0,60 0,55 0,51 0,41 0,36 -0,03 -0,15 -0,15 -0,23 -0,23 -0,29 -0,35
FIXED INCOME MISCELLANEOUS PIMCO GIS Capital Scs Instl USD Acc GAM Star MBS Total Return Instl USD Acc
DABC DABC
6,06 2,22
8,09 2,19
13,43 5,94
11,38 12,08
USD USD
Philippe Bodereau; Matthieu Loriferne; Tom J. Mansley
GLOBAL FIXED INCOME MS INVF Global Fixed Income Opps Z Legg Mason WA Mcr OppBd PR USD Acc Vanguard Global Credit Bond Ins USDH Acc Legg Mason BW Glb Inc Opt A USD Acc
DABC DABC DABC DABC
18,07 4,92
13,59 8,63 8,10 7,76
4,55 6,78 5,31 6,89
7,86 9,42 7,61 6,98
EUR USD USD USD
Christian G. Roth; Michael B. Kushma; Richard Ford; —
28 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
1,86 1,63 1,26 2,06 0,64 1,80 1,72 1,51 0,74 1,70
2,00 0,99 1,53 1,22 0,56 0,99
4,19
Philippe Graub — Marie-Anne Allier Yves Berger Juhamatti Pukka Henrik Stille Rick Patel; Ario Emami Nejad; Alexis Renault; Haiyan Ding; Sebastien Ploton; Grégoire Docq; Duarte José; Ana Aguiar; Eric Plantier; Fadi Berbari; Aitor Zubeldia; Ana Aguiar; Carsten Weins; Daniel Kittler; Richard Mulley; Jacqueline Leary; Luke Greenwood; Lyndon Man; Maxence-Louis Mormede; Ralf Jülichmanns; Jon Mawby; Mathieu Magnin; Charles-Antoine Bory; Anne Velot; Thomas Coudert; Boutaina Deixonne; Eric Plantier; Arnaud-Guilhem Lamy; Aitor Zubeldia; Ana Aguiar; Richard Ford; Leon Grenyer; Richard Class; Iain T. Stealey; Séamus Mac Góráin; Christian Reiter; Torsten Haas; Michael Krautzberger; Christopher Allen; Vincent Tarantino; Ali Ozenici; Guillaume Zilliox; Vincent Tarantino; Ali Ozenici; Klaus Kusber; Lars Dahlhoff; Florian Urbschat; Philippe Gräub
Anujeet S. Sareen; Jack P. McIntyre; Brian L. Kloss;
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 RENTABILIDADE ANUAL
DADOS A 31/08/2021
3 ANOS
1 ANO
VOLAT. 3 ANOS
DIVISA BASE
4,66 5,41 4,94 4,51 5,18 2,93 4,97 4,32 4,61 2,90 2,94 3,16 3,31 2,23
2,81 1,51 1,71 0,84 1,01 0,74 1,31 0,57 0,00 -0,53 0,17 -0,34
7,36 6,83 6,74 6,33 6,23 6,00 5,94 5,88 5,75 5,75 5,65 5,62 5,58 5,57 5,49 5,34 5,26 5,12 5,01 4,98 4,92 4,78 4,74 4,71 4,67 4,64 4,58 4,37 4,34 4,17 3,97 3,95 3,91 3,76 3,67 3,60 3,46 2,91 2,51 2,41 2,12 1,91 1,67 1,19 0,06 0,04 -0,71 -1,41
7,00 11,55 7,26 2,48 11,41 4,58 12,18 9,10 8,91 7,19 3,57 4,98 2,24 2,91 5,50 9,22 9,71 1,54 7,15 3,85 4,75 3,29 8,45 2,52 4,52 0,59 2,86 1,93 3,48 8,98 6,17 3,82 2,12 6,18 3,37 1,44 5,19 3,92 3,33 -0,05 0,66 3,38 1,63 2,30 -0,25 -0,27 0,65 2,02
7,75 9,94 5,66 6,42 12,24 7,75 8,31 7,08 8,54 6,79 6,92 8,21 5,73 5,92 5,07 9,53 10,96 5,08 7,08 4,72 5,45 6,35 9,01 6,96 7,06 3,98 6,54 6,88 6,14 8,42 5,49 7,68 4,16 7,63 3,05 4,55 6,12 2,68 5,51 2,85 1,96 1,76 3,47 3,17 0,84 1,48 7,44 8,33
USD USD EUR EUR USD USD USD USD USD GBP USD USD EUR USD EUR USD USD USD EUR EUR EUR USD USD EUR USD EUR EUR USD USD USD GBP USD EUR USD EUR EUR USD EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR USD USD
Daniel J. Ivascyn; Eve Lagrellette Tournier; Michael Della Vedova; Rodney M. Rayburn; Philippe Noyard; Nicolas Jullien; Thomas Joret; Frank Lipowski Mark J. Vaselkiv; Michael Della Vedova; Lisa Coleman; Lorenzo Napolitano; Hannah H. Strasser Daniel J. Ivascyn; Joshua Anderson; Andrew Jessop; Sonali Pier; David Forgash; Nick Hayes; Nicolas Trindade; Matthew W. Ryan; Erik S. Weisman; Mark R. Kiesel; Jelle Brons; Mohit Mittal; Ben Lord Hugh Briscoe Philippe Noyard; Nicolas Jullien; Thomas Joret; Stefan Isaacs; James Tomlins; Robert Magnuson Rick Patel; Ario Emami Nejad; Gary Kirk; Eoin Walsh; Felipe Villarroel; Ariel Bezalel Jonathan Baltora; Elida Rhenals; Andrew Thomas Balls; Lorenzo Pagani; James Keenan; David Delbos; Mitchell S. Garfin; Luke Greenwood; Lyndon Man; Michael L. McEachern Hugh Briscoe Frédéric Salmon; Philipp Buff; — Ella Hoxha; Andres Sanchez Balcazar; Philippe Graub Arif Husain Laurent Crosnier; Myles Bradshaw; Paul Read; Julien Eberhardt; Asad Bhatti; Tatjana Greil-Castro Brian Lieberman Alban de Faÿ Marc P. Seidner; Daniel J. Ivascyn; Mohsen Fahmi; Ian Robert Fishwick; Timothy Foster; Rick Rieder; Bob Miller; Aidan Doyle; Gilles Pradere; Clement Perette; Søren Brogaard Lolle; Karsten Bierre; Jonathan Baltora; Elida Rhenals; Michael Krautzberger; Tom Mondelaers; Lisa Coleman; Robert Michele; Iain T. Stealey; Philippe Graub Myles Bradshaw; Iain T. Stealey; Roger Hallam; Michael J. Hasenstab; Calvin Ho; Michael J. Hasenstab; Calvin Ho;
DABC
1,33
1,48
2,04
2,37
EUR
Chris Bowie
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
4,11 3,76 2,77
8,02 7,51 6,65 6,31 5,93 5,87 5,75 5,52 5,43 5,03 4,98 4,98 4,75
4,55 2,18 1,46 5,12 3,11 10,54 9,32 3,40 2,29 11,33 6,96 6,88 1,73
8,23 7,60 7,08 7,64 6,39 8,90 8,07 7,04 6,42 9,81 8,15 8,70 7,06
USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD
Anil Katarya; Travis King; Scott Sykes; Karen Choi; Rick Patel; Ario Emami Nejad; Thomas C. Casey; Jeffrey Burger; Neil G. Sutherland; Lisa Hornby; Andrew Jessop; Sonali Pier; Robert Houle; Michael P. Graham; Frank Olszewski; Guillaume Arnould; Scott A. Mather; Mark R. Kiesel; Mohit Mittal; Harley Lank; Alexandre Karam; Thomas G. Hauser; J. Andrew Norelli; Kenneth J. Taubes; Andrew Feltus; Jonathan Scott; Rick Rieder; Bob Miller;
FUNDO
SELO
PIMCO GIS Divers Inc Instl USD Acc T. Rowe Price Glb HY Bd Z USD Candriam Bds Global Hi Yld R EUR Cap FvS Bond Opportunities IT T. Rowe Price Glb High Inc Bd I USD JPM Global Corp Bd A (acc) USD SKY Harbor Global Sust HY A USD Acc PIMCO GIS Income Institutional USD Acc PIMCO GIS Glb Hi Yld Bd Instl USD Acc AXAWF Global Strategic Bds F Cap GBP H MFS Meridian Global Oppc Bd I1 USD PIMCO GIS GlInGd Crdt Instl USD Inc M&G (Lux) Glb Corp Bd C H EUR Acc GS Global Fixed Income R Acc USD Candriam Sst Bd Glbl HiYld I € Acc M&G (Lux) Global HY ESG Bd L USD Acc GS Glbl Hi Yld Base Inc USD Fidelity Global Bond A-Dis-USD Vontobel TwentyFour StratInc HI Hdg EUR Jupiter Dynamic Bond I EUR Q Inc AXAWF Global Infl Bds I Cap EUR PIMCO GIS Glb Bd Instl USD Acc BGF Global High Yield Bond C1 USD Invesco Global Inv Grd CorpBd C EURH Acc Muzinich Global Tact Crdt HUSD Acc R GS Global Fixed Inc (Hdg) I Inc EUR Pictet Global Sustainable Crdt HZ EUR Vanguard Glb Bd Idx $ H Acc Pictet Absolute Ret Fxd Inc ZX USD UBAM Global High Yield Solution AC USD T. Rowe Price Dyn Glb Bd Ih GBP Amundi Fds Glbl Aggt Bd I USD C Invesco Global Ttl Ret EUR Bd C EUR Acc Muzinich Enhancedyield S-T HUSD Acc A Muzinich LongShortCreditYld HEUR Acc NR Amundi Rspnb Invest Imp Green Bds DP C PIMCO GIS Dynamic Bd Instl Acc Fidelity Global Infl-Link Bd Y-Acc-EUR H BGF Fixed Income Global Opps D2 EUR Hdg RAM (Lux) Tactical Glb Bd Total Rtrn J Nordea 1 - Flexible Fixed Income BI EUR AXAWF Global Infl Sh Dur Bds I Cap EUR H BSF Fixed Income Strategies I2 EUR JPM Global Strat Bd A perf (acc) EURH UBAM Abs Ret Low Vol Fxd Inc IPC EUR JPM Global Short Duration Bd A(acc)EURH Templeton Global Bond W(Mdis)USD Templeton Global Ttl Ret W(acc)USD
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
STERLING FIXED INCOME Vontobel Ttfr Abs Ret Crdt HI Hdg EUR US FIXED INCOME NN (L) US Credit P Cap USD Capital Group US CorpBd (LUX) Z Fidelity US Dollar Bond A-Dis-USD BNY Mellon US Muncpl Infras Dbt USD WAcc Schroder ISF US Dllr Bd C Acc USD PIMCO GIS US Hi Yld Bd Instl USD Acc AXAWF US High Yield Bonds I Cap USD AXAIMFIIS US Corp Itmt Bds A USD Dis PIMCO GIS Ttl Ret Bd Instl USD Acc Fidelity US High Yield A-Dis-USD JPM Income A (acc) USD Amundi Fds Pio Strat Inc A USD C BGF US Dollar Bond A2
5 ANOS
3,79 1,98 4,26 2,92 2,21 2,75 3,39 2,32 2,27 2,04 2,48 1,85 2,22 4,02 0,44 2,24 2,33 2,67 1,89
2,52 4,89 5,01 2,69 2,63 4,44 3,32 2,24 1,75
GESTOR
SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 29
PANORAMA BARÓMETRO
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 RENTABILIDADE ANUAL
DADOS A 31/08/2021
3 ANOS
1 ANO
VOLAT. 3 ANOS
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
2,16 2,19 1,29 1,60 2,66 1,37 2,56 0,84 0,63 0,90 0,27 0,73 1,23 0,25 -0,25
4,74 4,70 4,27 4,23 3,87 3,72 3,47 2,71 2,52 2,47 2,33 2,21 1,62 0,84 -0,74
4,00 5,20 1,51 1,69 6,07 1,84 5,57 1,61 1,91 1,71 0,53 1,80 4,40 1,74 0,22
7,34 8,47 6,74 6,77 6,80 6,15 8,79 6,02 6,14 6,08 6,44 6,03 5,64 6,52 2,96
USD USD USD USD USD USD EUR USD USD USD USD USD EUR USD EUR
Kenneth J. Taubes; Timothy D. Rowe; Douglas J. Peebles; Scott A. DiMaggio; Steven S. Lear; Richard D. Figuly; Justin Rucker; Philippe Gräub Vernard Bond; Peter V. Vecchio; — — Jon Mawby; Mathieu Magnin; Charles-Antoine Bory; Cary J. Fitzgerald; Toby Maczka; Richard Mulley; Jacqueline Leary; Paul Varunok; Neil Dhruv; Scott A. Mather; Jerome M. Schneider; David A. Bowen Philippe Gräub William H. Eigen; Jeffrey Wheeler;
ASIA EQUITY JPM Pacific Equity A (dist) USD
DABC
13,94
14,54
23,57
15,20
USD
Aisa Ogoshi; Robert Lloyd;
ASIA EX-JAPAN EQUITY Fidelity Asia Pacific Opps A-Acc-EUR MS INVF Asia Opportunity Z Schroder ISF Emerging Asia I Acc EUR UBS (Lux) ES As Smlr Coms (USD) P-acc Mirae Asset Asia Great Consumer Eq I USD JPM Asia Growth A (acc) USD Schroder ISF Asian Ttl Ret C Acc USD T. Rowe Price Asian Opp Eq I USD Schroder ISF Asian Opports I Acc USD Fidelity Sustainable Asia Eq Y-Dis-USD Aberdeen S Asia Pac Eq X Acc USD Mirae Asset Asia Sect Ldr Eq I USD Cap Threadneedle Asia Ins Acc GBP GS Asia Equity R Acc USD JPM Asia Pacific Equity A (acc) EUR
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
13,84 18,88 15,35 11,90 12,28 13,88 11,86 13,00 13,84 12,64 11,03 10,76 12,25 11,52 12,21
17,16 16,30 15,86 15,78 15,27 14,82 13,81 13,54 13,19 13,17 12,92 12,79 12,54 11,80 11,04
30,21 -5,01 23,28 17,23 10,52 17,24 26,98 18,02 22,95 22,20 24,51 34,32 18,10 12,54 23,29
18,47 19,82 17,21 15,52 17,18 17,38 15,83 16,64 18,16 16,99 15,98 17,46 18,21 17,47 17,19
EUR USD EUR USD USD USD USD USD USD USD USD USD GBP USD EUR
Anthony Srom Kristian Heugh; Anil Agarwal; Louisa Lo Raymond M. Wong; Projit Chatterjee; ; Joohee An; Sol Ahn; Mark Davids; Joanna Kwok; King Fuei Lee; Robin Parbrook; Eric C. Moffett Toby Hudson Dhananjay Shrikrishna Phadnis Pruksa Iamthongthong Rahul Chadha; Phil S. Lee; Soo Nam Ng; George Gosden; Sumit Mangal Mark Davids; Oliver R. Cox; Alice Wong;
CONSUMER GOODS & SERVICES SECTOR EQUITY BNP Paribas Consumer Innovtr Cl C DABC Pictet-Premium Brands I EUR DABC Invesco Glbl Consmr Trnds A USD Acc DABC Fidelity Global Cnsmr Inds A-Dis-EUR DABC BNP Paribas Smart Food I Cap DABC Invesco Asia Consumer Demand C USD Acc DABC
17,54 16,07 18,93 13,68 8,85 7,94
17,78 17,41 17,03 15,13 11,46 6,27
30,66 41,00 25,26 21,17 33,61 -3,37
18,38 19,25 25,02 13,62 16,44 18,59
EUR EUR USD EUR EUR USD
Geoffry V. Dailey; Pamela J. Woo; Caroline Reyl; Laurent Belloni; Juan R. Hartsfield; Ido Cohen; Aneta Wynimko Michael Landymore Shekhar Sambhshivan; Mike Shiao; William Yuen;
ENERGY SECTOR EQUITY BNP Paribas Energy Transition C C BGF Sustainable Energy D2 Pictet-Clean Energy I USD
DABC DABC DABC
17,06 17,61 16,69
26,40 25,87 22,34
59,57 45,03 40,12
39,77 17,41 20,10
EUR USD USD
Edward Lees; Ulrik Fugmann; Alastair Bishop; Charlie Lilford; Xavier Chollet; Christian Roessing; Manuel Losa;
EQUITY MISCELLANEOUS Pictet-Water I EUR BNP Paribas Aqua C C Pictet-Nutrition I EUR
DABC DABC DABC
14,01 14,50 11,70
18,73 18,24 12,89
37,84 48,06 27,50
16,18 18,06 13,84
EUR EUR EUR
Louis Veilleux; Cédric Lecamp; Hubert Aarts; Bruce Jenkyn-Jones; Mayssa Al Midani; Alex Howson;
EUROPE EMERGING MARKETS EQUITY Schroder ISF Emerging Europe C Acc EUR
DABC
14,25
16,35
48,71
26,37
EUR
Mohsin Memon; Rollo Roscow;
EUROPE EQUITY LARGE CAP BGF Continental Eurp Flex E2 EUR BSF European Opps Extension A2 EUR DNB Fund Nordic Equities retail A Allianz Europe Equity Growth IT EUR Candriam Eqs L Eurp Innovt R EUR Cap Threadneedle Pan Eurp Focus Ins Acc GBP Carmignac Pf Grande Europe F EUR Acc NN (L) European Sust Eq P Cap EUR BGF European Special Situations A2 Threadneedle European Sel Ins Acc GBP Fidelity FAST Europe A-ACC-EUR AXAWF Fram Switzerland A Cap EUR
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
16,52 16,15 14,18 14,88 14,83 13,62 14,06 12,62 13,20 13,24 13,81 14,03
19,42 18,64 18,25 17,94 17,69 16,97 16,35 16,22 15,89 15,44 15,09 14,50
46,45 49,08 29,01 40,73 32,44 23,55 30,81 32,44 34,29 32,52 20,90 26,53
18,29 18,26 17,07 17,90 14,79 14,68 14,86 15,67 16,28 15,83 15,02 12,66
EUR EUR EUR EUR EUR GBP EUR EUR EUR GBP EUR EUR
Giles Rothbarth Christopher Sykes Øyvind Fjell Thorsten Winkelmann; Robert Hofmann; Geoffroy Goenen; Antoine Hamoir; Frederic Jeanmaire Mark Denham Pieter Schop; Oskar Tijs; Ivo Luiten; Jeroen Bos; Stefan Gries Benjamin Moore Fabio Riccelli; Karoline Rosenberg; Guillaume Robiolle; Hervé Mangin;
FUNDO
SELO
Amundi Fds Pio US Bond A2 USD C AB American Income C Inc JPM US Aggregate Bond D (acc) USD UBAM Medium Term US Corporate Bd AC USD AXAIMFIIS US Short Dur HY A Cap USD GS US Mortgg Bckd Secs I Acc USD Muzinich Americayield HEUR Acc R Pictet-USD Short Mid-Term Bonds I JPM US Short Duration Bond A (acc) USD GS US Dollar Short Dur Bond I Acc USD Franklin US Government W(Mdis)USD PIMCO GIS Low Avrg Dur Instl USD Acc Muzinich ShortDurationHY HEUR Acc A UBAM Dynamic US Dollar Bond AC USD JPM Income Opp A perf (acc) EURH
30 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
5 ANOS
DIVISA BASE
GESTOR
AB Sustainable Global Thematic e AB Sustainable US Thematic
Gestão sustentável baseada nos ODS das Nações Unidas
AB Sustainable Global Thematic y AB Sustainable US Thematic _ĕ ĕ Ǐ ĕ \ ĕ Ǐ \ sendo o primeiro global e o segundo focado nos " 1 # % ĕ ĕ Ǐ ĕ W ĕ ĕ Ǐ ǟ ǟ ĕ ǟ ĕ ĕ % ĕ 7 ĕ ĕ 'Ǐ \ n%7'o ǟ )ǟ4e 1 ǟ -ǟ ǟ ĕ ǟ Ǐ ǟ ĕ Ǐ ǟ ǟ Ǐ ĕ ĕ Ǐ ĕ 4ĕ ǟ ǟ Ǐ ĕǏ \ ĕ ĕ ĕ como por exemplo:
+ % ĕ ?K ǟf ǟ + % ĕ ÓCK ǟ ǟ ĕ a ǟ + % ĕ Ó<>K ĕ Ǐ ĕ ĕ Ǐ4_ĕ ĕ \ Com a nossa abordagem pretendemos combinar ĕ ĕ Ǐ \ ĕ ĕ ĕ ĕ Para obter mais informações sobre os fundos AB 'Ǐ ǟ ǟ ( ǟ ĕ ĕ % ĕ 7 ĕ ĕ 'Ǐ \ n%7'o ǟ )ǟ4e 1 ǟ
Visita www.alliancebernstein.com/go/sustentavel *OGPSNB§µFT FYDMVTJWBT QBSB QSPƘTTJPOBJT EF JOWFTUJNFOUP 0 WBMPS EPT JOWFTUJNFOUPT QPEF TPGSFS PTDJMB§µFT QPTJUJWBT PV OFHBUJWBT QFMP RVF PT JOWFTUJEPSFT QPEFS£P O£P SFBWFS P DBQJUBM JOWFTUJEP PSJHJOBMNFOUF 0 DBQJUBM FTU¡ FN SJTDP Estas informações foram disponibilizadas por AllianceBernstein (Luxembourg) S.à r.l. Société à responsabilité limitée, R.C.S. Luxembourg B 34 305, >Ľ@ Ǐ "Ǐ X *Ǐ +Ľ>@A? +Ǐ Ǐ ĕ #Ǐ ĕ 5ǟ ǟ ĕ +Ǐ Ǐ ĕ Ǐ ǟ ǟ ǟ &ĕ ĕ 'Ǐ ǟ Ǐ ' Ǐ . ǟ n&''.o % logótipo [A/B] é uma marca registada de AllianceBernstein e AllianceBernstein® é uma marca registada utilizada com autorização do seu proprietário, AllianceBernstein L.P. © 2021 AllianceBernstein IC2021479
PANORAMA BARÓMETRO
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO
SELO
RENTABILIDADE ANUAL 5 ANOS
DADOS A 31/08/2021 VOLAT. 3 ANOS
DIVISA BASE
14,48 14,24 14,22 13,77 13,04 12,89 12,66 12,60 12,33 12,02 11,86 11,50 11,37 11,31 11,13 10,19 10,07 10,05 9,93 9,16 9,09 9,07 8,70 8,61 8,57 8,12 6,97 6,97 6,74 6,66 5,76 5,71 5,33 5,29 5,05 4,28 4,15 3,26 3,25 2,95 1,70
33,81 36,37 36,95 23,43 18,92 35,49 29,60 24,16 30,04 32,85 28,93 33,44 32,05 26,63 29,03 27,70 33,98 25,65 27,78 22,19 35,99 29,95 34,32 30,98 34,69 17,65 31,36 18,08 17,32 28,12 30,71 26,63 25,41 25,23 34,98 30,43 34,46 37,54 34,10 22,12 20,52 26,22
18,98 17,48 16,07 14,78 15,43 17,22 15,49 14,67 17,35 18,87 14,58 19,52 18,24 14,60 16,85 16,61 25,42 16,46 18,42 14,73 21,58 16,89 20,74 20,57 21,24 19,64 19,22 15,75 14,15 25,10 21,76 16,07 18,49 18,58 21,61 20,69 25,06 24,85 22,68 15,74 18,78
EUR GBP EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR
Tobias Mueller Ben Ritchie; Jonathan Allison; Sanjeet Mangat; Vincent Durel Geoffroy Goenen; Laurent Milliat; Mark Heslop; Mark Nichols; Andreas Zoellinger; Tom Joy; Eric Bendahan Florence Taj; Gabrielle G. Gourgey; Laurent Nguyen Jeremy Leung; Maximilian Anderl; Tim Albrecht; Hansjörg Pack; Andreas Wendelken; Marc Halperin; Jean-Philippe Desmartin; Patrick Gautier; Abderrahman Belcaid; Gabrielle G. Gourgey Nick Sheridan Roland Riat; Jean−Michel Piuz; Fabio Di Giansante; Lorenzo Angelini; Martin Skanberg Richard Webb; Zenah Shuhaiber; Philippa Clough; Christian Von Engelbrechten; Tom Ackermans; Michael Barakos; Nicholas Horne; Ben Stapley; Stephan Werner; Marc Althaus; Nicola Nolè; Felix Maag; Tim Albrecht; Hansjörg Pack; Andreas Wendelken; Tawhid Ali; Andrew Birse; Alexander Uhlmann; Thorsten Paarmann; Matt Siddle; Helen Powell; Matt Siddle; Helen Powell; Richard Halle Tawhid Ali; Andrew Birse; Andreas Wosol; Roberto Campani; Michael Barakos; Ian Butler; Thomas Buckingham; John Surplice; Martin Walker; Tim Marshall; Ian Paczek; Urs Räbsamen; Grzegorz Ledwon; Karoline Rosenberg; Mac Elatab; Matt Siddle; Helen Powell;
3 ANOS
1 ANO
GESTOR
Allianz Euroland Equity Growth IT EUR GAM Star Continental Eurp Eq GBP Acc JPM Europe Strategic Growth C (dist) EUR Echiquier Positive Impact Europe A Fidelity European Dynamic Gr A-Dis-EUR MGI Eurozone Equity M1 EUR T. Rowe Price Eurp Eq I EUR Aberdeen S European Eq A Acc EUR Fidelity Sustainable Euroz Eq E-Acc-EUR Candriam Sst Eq EMU R € Acc Jupiter European Growth D EUR Acc BGF Euro-Markets A2 Eleva UCITS Eleva Eurp Sel I EUR acc MFS Meridian European Value A1 EUR Pictet-Quest Europe Sust Eqs I EUR UBS (Lux) EF Euro Countrs Oppo (EUR) P DWS Aktien Strategie Deutschland IC EdR SICAV Euro Sustainable Eq A EUR HSBC GIF Euroland Growth M1C MFS Meridian European Research A1 EUR Janus Henderson Hrzn Euroland H2 EUR Pictet-Europe Index P EUR Amundi Fds Euroland Equity A EUR C Schroder ISF EURO Equity I Acc EUR JPM Euroland Equity C (dist) EUR Fidelity Germany A-Dis-EUR JPM Europe Equity Plus A perf (acc) EUR DWS Invest II Eurp Top Div XC CS (Lux) European Div Plus Eq EB EUR DWS Deutschland IC AB Eurozone Eq Ptf IX Acc Invesco Sus Pan Eurp Stu Eq C € Acc Fidelity European Growth Y-Dis-EUR Fidelity European Lgr Coms Y-Dis-EUR M&G (Lux) Eurp Strat Val CI EUR Acc AB European Eq Ptf C Acc Amundi Fds European Eq Val M2 EUR C JPM Europe Strategic Value C (dist) EUR Invesco Pan European Equity A EUR Acc UBS (Lux) ES Euro Countrs Inc€ Q-acc Fidelity Iberia A-Dis-EUR Fidelity Instl Eurp LargerComs R-Acc-EUR
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
13,06 10,67 13,57 13,29 13,02 14,20 10,26 12,30 10,36 11,53 13,75 9,87 11,99 10,33 9,30 9,89 11,67 9,82 10,75 8,72 8,58 8,71 8,36 9,69 10,21 8,90 7,43 6,75 5,93 8,68 9,43 6,22 7,32 7,23 6,88 6,94 6,94 5,54 5,68 5,31 4,94
EUROPE EQUITY MID/SMALL CAP Threadneedle (Lux) Pan Eurp SmCpOpps ZE Candriam Eqs L Europe S&M Cp C EUR Cap Echiquier Agenor SRI Mid Cap Eurp A T. Rowe Price Eurp Smlr Cm Eq I EUR MFS Meridian European Smlr Coms A1 EUR BNP Paribas Europe Small Cap I C Oddo BHF Avenir Euro CR-EUR Oddo BHF Avenir Europe CR-EUR BPI Portugal FIAA
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
16,15 15,08 15,29 16,41 9,86 10,70 11,08 11,02 6,87
16,55 15,24 14,24 13,76 10,45 9,52 9,31 8,87 3,75
39,54 46,02 24,81 41,98 28,40 30,14 27,88 21,80 34,00
19,43 19,49 15,17 20,92 17,63 20,01 19,45 17,71 19,61
EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR
Philip Dicken; Mine Tezgul; Geoffroy Goenen; Christian Solé; Stéphanie Bobtcheff; José Berros; Guillaume Puech; Ben Griffiths Peter F. Fruzzetti; Sandeep Mehta; Damien Kohler; Fiona Wills; Pascal Riegis; Sébastien Maillard; Pascal Riegis; Sébastien Maillard; ; Pedro Maruny
FINANCIALS SECTOR EQUITY Jupiter Financial Innovt D GBP Acc
DABC
15,83
14,98
29,77
22,03
GBP
Guy de Blonay
GLOBAL EMERGING MARKETS EQUITY Nordea 1 - Emerging Stars Equity BI EUR Threadneedle Global EM Eq Ins Acc GBP Candriam Sst Eq Em Mkts R € Acc JPM Emerging Markets Equity A (dist) USD Capital Group New World (LUX) Z Capital Group EM Growth (LUX) Z Fidelity Em Mkts Y-DIST-USD Wellington EM Development D USD Acc UnH GS Emerging Markets Eq Base Acc USD
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
13,95 10,89 13,14 12,99 12,54 12,83 11,91 13,18 12,00
17,33 17,04 16,10 16,03 15,83 15,56 15,38 14,76 14,70
24,96 23,86 28,96 20,56 28,75 24,30 30,43 28,29 26,49
18,09 20,62 17,11 17,99 15,87 16,64 17,66 17,49 17,62
EUR GBP EUR USD USD USD USD USD USD
Juliana Hansveden; Emily Leveille; Dara J. White Philip Screve; Mohamed Lamine Saidi; Austin Forey; Leon Eidelman; Robert W. Lovelace; Carl M. Kawaja; Victor D. Kohn; F. Chapman Taylor; Eu-Gene Cheah; Nick Price; Amit Goel; Daire T. Dunne; Simon Charles Henry; Basak Yavuz; Hiren Dasani;
32 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
Andreas Hildebrand; Darina Valkova; Nial Gallagher Michael Barakos; Ben Stapley; Adrien Bommelaer; Luc Olivier; Fabio Riccelli; Karoline Rosenberg;
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 RENTABILIDADE ANUAL
DADOS A 31/08/2021
3 ANOS
1 ANO
VOLAT. 3 ANOS
DIVISA BASE
DABC DABC DABC DABC DABC DABC
9,92 12,18 11,41 9,38 10,42 10,00
13,55 12,84 11,82 11,56 10,24 9,01
36,42 25,76 19,10 17,72 27,76 14,76
17,93 17,54 18,10 18,71 16,92 15,88
USD USD EUR EUR USD USD
Austin Forey; Amit Mehta; Robert Davy; Tom Wilson; Gary Greenberg Jerry Zhang; Derrick Irwin; Richard Peck; Len Ioffe; Osman Ali; Dennis Walsh; James Park; Roger Merz; Thomas Schaffner;
GLOBAL EQUITY LARGE CAP MS INVF Global Opportunity Z MS INVF Global Quality Z MS INVF Global Brands A USD GS Global Millennials Eq I Acc USD Schroder ISF Glb Clmt Chg Eq I Acc USD DPAM INVEST B Eqs NewGems Sust W Cap AMP Capital Global Companies I USD Acc Threadneedle (Lux) Global Focus ZU Seilern World Growth CHF H R AB SICAV I Stbl Gl Tmtc PtflAXXUSDAcc CPR Invest Glbl Dsrpt Opp R EUR Acc Robeco Global Consumer Trends D € Vontobel Clean Technology B EUR UBAM 30 Global Leaders Equity AHC USD Pictet - Global Envir Opps I EUR Capital Group New Pers (LUX) ZL Fundsmith Equity T Acc Allianz Thematica WT4 EUR Legg Mason MC Glb L-T Uncons A USD Acc Pictet-Security I USD Fundsmith Equity T EUR Acc Fidelity Glb Dmgrphcs Y-Acc-USD NSF SICAV Wealth Defender Glbl Eq I USD Candriam Eqs L Glbl Demography C EUR Cap BPI Ações Mundiais FIAA BPI GIF Opportunities R Caixa Ações Líderes Globais FIMAA BNY Mellon Long-Term Glbl Eq USD C Acc MGI Global Equity M-7 € Acc Mirabaud Sustainable Glbl Fcs A USD Acc Pictet-Global Megatrend Sel I EUR Mercer Sustainable Glbl Eq M-2$ JPM Global Focus D (acc) EUR Ninety One GSF Glb Qual Eq Inc IX Inc $ Fidelity Global Focus E-Acc-EUR Fidelity World Y-Dis-EUR Templeton Glb Climate Change A(Ydis)EUR Pictet SmartCity I EUR MFS Meridian Global Equity A1 USD Fidelity Global Dividend Y-Acc-USD UBS (Lux) ES L/T Thms $EUR H P GS Global CORE Eq I Inc USD Snap NB Momentum Sustentável FIMAA AXA Rosenberg Glb Eq Alpha A USD Acc Mirabaud Sust Glbl Hi Div A USD Acc BL-Equities Dividend B EUR M&G (Lux) Glb Dividend CI EUR Acc BNY Mellon Global Equity Inc USD C Inc CS (Lux) Global Div Plus Eq EB USD DWS Invest Top Dividend IC Templeton Growth (Euro) I(acc)EUR
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
188,55 88,71 84,67 21,83 19,61 22,08
19,98 20,10 17,27 36,45 43,08 32,52 32,54 33,05 35,25 37,80 29,88 21,58 41,01 37,88 35,94 32,13 29,77 31,61 28,01 35,44 27,56 30,34 24,53 32,40 29,62 30,89 32,23 30,25 32,10 26,19 29,00 36,66 34,12 25,70 31,02 28,46 36,99 20,17 30,84 21,89 34,46 33,05 25,49 31,61 27,50 15,19 34,22 27,26 22,46 16,74 20,80
17,90 14,57 14,05 17,39 17,61 16,65 15,37 14,86 16,92 16,23 20,15 15,79 17,46 15,68 16,70 16,72 14,50 15,39 13,57 17,27 13,88 13,87 15,19 15,91 15,57 15,69 14,49 14,93 16,39 14,44 16,67 14,57 18,18 13,61 15,56 17,29 18,63 15,97 16,68 12,23 19,75 18,02 15,06 17,88 14,61 10,84 20,86 15,31 14,50 12,45 16,55
EUR EUR EUR USD USD EUR USD USD CHF USD EUR EUR EUR USD EUR USD GBP EUR USD USD EUR USD USD EUR EUR EUR EUR USD EUR USD EUR USD EUR USD EUR EUR EUR EUR USD USD EUR USD EUR USD USD EUR EUR USD USD EUR EUR
Kristian Heugh William D. Lock; Bruno Paulson; Vladimir A. Demine; William D. Lock; Bruno Paulson; Vladimir A. Demine; Nathan Lin; Alexis Deladerrière; Laura Destribats; Simon Webber; Isabella Hervey-Bathurst; Alexander Roose; Dries Dury; Quirien Lemey; Simon Steele; Neil Mitchell; Andy Gardner; Dave Dudding Marco Lo Blanco; Michael Faherty; Daniel Charles Roarty Estelle Ménard; Wesley Lebeau; Richard Speetjens; Jack Neele; Pascal Dudle; Stephan Eugster; Martin Moeller; Fares Benouari; Gabriel Micheli; Luciano Diana; Yi Du; Robert W. Lovelace; Steven T. Watson; Terry Smith Andreas Fruschki; Gunnar Miller; Zehrid Osmani; Yulia Hofstede; Yves Kramer; Alexandre Mouthon; Rachele Beata; Terry Smith Aneta Wynimko; Alex Gold; Oliver Hextall; — Allan Foll; Theany BAZET; Luís Alvarenga; Rui Araújo; Rui Araújo — —
12,21 10,41 13,03 14,30 11,12 9,62 11,24 9,08 11,19 13,23 11,79 11,34 9,91 8,32 11,16 8,08 8,16 4,95 4,99
83,45 51,76 48,74 26,07 24,23 24,02 22,97 22,57 21,71 21,60 20,98 20,97 20,92 20,52 20,46 19,51 18,63 18,58 17,85 17,83 17,53 16,79 16,60 16,54 16,47 16,47 15,73 15,49 15,43 15,16 15,03 14,83 14,28 14,19 14,09 13,96 13,52 13,15 13,06 11,72 11,57 11,45 11,40 10,66 10,58 10,29 10,03 9,46 8,71 5,91 2,95
GLOBAL EQUITY MID/SMALL CAP Nordea 1 - Global Climate & Envir BI EUR BNP Paribas Climate Impact I C Vanguard Global Small-Cap Idx USD Acc
DABC DABC DABC
18,48 16,82 11,97
22,30 22,08 10,76
42,40 50,71 43,22
18,06 17,75 21,51
EUR EUR USD
Thomas Sørensen; Henning Padberg; Bruce Jenkyn-Jones; Jon Forster; —
GREATER CHINA EQUITY Allianz China A Shares AT USD
DABC
20,14
31,80
20,11
20,12
USD
Anthony Wong; Kevin YOU;
FUNDO
SELO
JPM Em Mkts Small Cap A (acc) perf USD Schroder ISF Em Mkts I Acc USD Federated Hermes Glb Em Mkts R EUR Acc Wells Fargo (Lux) WF EM Eq I EUR Acc GS EM CORE Eq I Acc USD Close Vontobel mtx Sust EmMkts Ldrs I USD
5 ANOS
19,09 18,96 18,57 20,59 14,92 17,13 16,37 17,59 17,58 15,65 15,61 16,70 14,68 16,08 14,03 14,58 14,81 13,90 14,33 14,18 15,19 14,14
GESTOR
Anu Narula; Paul Middleton; Hans Peter Portner Helge Skibeli; Rajesh Tanna; Timothy Woodhouse; Clyde Rossouw; Abrie Pretorius; Ashish Kochar; Oliver Trimingham; Jeremy Philip Elliot Podger; Jamie Peter Harvey; Tina M. Sadler; Maarten Bloemen; Ivo Weinoehrl; Andreas Kringlen; Benjamin Lerner; Roger M. Morley; Ryan P. McAllister; Daniel Roberts Bruno Bertocci; Joseph R. Elegante; Len Ioffe; Osman Ali; James Park; Takashi Suwabe; Fatima Só — Anu Narula; Paul Middleton; Guy Wagner; Jérémie Fastnacht; Stuart Rhodes Robert Hay; Jonathan Bell; Paul Flood; Ilga Haubelt; Felix Maag; Aude Scheuer; Thomas Schüssler; Stephan Werner; ; Peter M. Moeschter; Herbert J Arnett Jr.;
SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 33
PANORAMA BARÓMETRO
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 RENTABILIDADE ANUAL
DADOS A 31/08/2021
3 ANOS
1 ANO
VOLAT. 3 ANOS
DIVISA BASE
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
17,58 17,89 14,26 14,02 14,87 13,16 9,76
21,15 17,56 16,20 14,17 13,02 9,31 7,67
9,14 5,55 0,27 9,24 -10,74 -15,92 -4,61
22,00 19,53 18,84 18,73 18,45 18,03 19,36
USD USD USD USD USD USD USD
Howard Wang; Rebecca Jiang; Nicholas Yeo David Choa; Maxwell Yang; Louisa Lo Bin Shi; Denise Cheung; Morris Wu; Bin Shi; Denise Cheung; Morris Wu; Raymond Ma; Hyomi Jie;
HEALTHCARE SECTOR EQUITY Polar Capital Biotech S Inc AB International HC AX USD Acc JPM Global Healthcare C (acc) USD BGF World Healthscience A2 NN (L) Health Care X Cap USD Candriam Eqs L Biotech R USD Cap Candriam Eqs L Onclgy Impct I USD Cap
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
21,23 14,91 13,44 12,65 11,14 12,11
19,20 15,74 14,31 13,60 11,77 10,59
37,85 26,40 23,47 19,42 19,05 16,94 20,38
22,25 13,48 14,99
USD USD USD EUR USD USD USD
Gareth Powell; David Pinniger; John H. Fogarty; Vinay Thapar; Matthew G. Cohen; Anne Marden; Erin Xie Jeff Meys; Tjeerd van Cappelle; Rudi Van den Eynde; Servaas Michielssens; Rudi Van den Eynde; Servaas Michielssens;
INDIA EQUITY Schroder ISF Indian Opports C Acc USD Franklin India I(acc)USD
DABC DABC
12,44 8,76
14,09 12,20
56,58 55,71
23,17 25,05
USD USD
— Sukumar Rajah
INFRASTRUCTURE SECTOR EQUITY LM ClearBridge Infras Val PR EUR Acc DWS Invest Global Infras FC Lazard Global Lstd Infras Eq A Acc EUR H
DABC DABC DABC
7,02 6,36 7,27
9,40 9,40 5,74
22,39 20,27 16,93
15,25 14,73 13,65
EUR EUR EUR
Nick Langley; Charles Hamieh; Shane Hurst; Manoj H. Patel; Francis X. Greywitt; John Mulquiney; Warryn Robertson;
JAPAN EQUITY JPM Japan Equity A (dist) USD Threadneedle Japan Ins Acc GBP T. Rowe Price Japanese Equity I EUR Jupiter Japan Select D USD Acc GS Japan Equity Base Acc JPY Aberdeen S Japanese Eq X Acc JPY Aberdeen S Jpn SmlrComs X Acc JPY Janus Henderson Hrzn Jpn Smr Coms A2 USD Pictet-Japanese Equity Opps PJPY Invesco Japanese Eq Adv A JPY Acc Vanguard Jpn Stk Idx $ Acc Schroder ISF Japanese Eq I Acc JPY
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
13,98 11,85 12,12 11,16 9,15 6,41 9,71 7,70 8,74 9,26 7,66 9,06
13,13 12,24 10,50 10,31 9,35 8,55 8,47 8,19 7,86 7,18 6,96 6,58
24,84 23,03 19,37 27,86 23,37 19,61 21,19 28,25 29,35 18,56 21,33 22,93
18,17 16,04 17,76 15,74 14,26 15,95 17,18 17,89 15,64 16,05 14,33 14,67
USD GBP EUR USD JPY JPY JPY USD JPY JPY USD JPY
Nicholas Weindling; Shoichi Mizusawa; Daisuke Nomoto Archibald A. Ciganer Dan Carter; Mitesh Patel; Ichiro Kosuge Chern-Yeh Kwok Hisashi Arakawa Yun Young Lee Adrian Hickey Tadao Minaguchi — Kazuhiro Toyoda
LATIN AMERICA EQUITY DWS Invest Brazilian Equities LC DWS Invest Latin American Eqs NC
DABC DABC
14,46 8,70
24,91 17,86
39,33 43,93
36,23 30,16
EUR EUR
— —
LONG/SHORT EQUITY Schroder GAIA Egerton Eq I Acc EUR Pictet TR - Mandarin I USD JPM US Hedged Equity A (acc) USD Man GLG Innovation Eq Alt IN USD Acc Eleva UCITS Eleva Abs Ret Eurp S EUR acc Pictet TR - Atlas I EUR Janus HndrsnAbsolute Return A2 GBP Pictet TR - Corto Europe I EUR Schroder GAIA Sirios US Eq E Acc EUR Hdg
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
12,07 11,34
1,75 2,77 4,26
10,78 9,52 9,46 6,21 6,04 5,85 3,72 1,98 1,49
12,18 9,99 17,29 1,90 4,84 7,79 9,02 5,25 12,10
13,33 6,95 8,46 6,42 4,18 3,01 6,82 3,87 10,96
EUR USD USD USD EUR EUR GBP EUR EUR
John C. Armitage Lan Wang-Simond Raffaele Zingone; Hamilton Reiner; Mike Corcell Eric Bendahan Matthieu Fleck Luke Newman; Benjamin Wallace; Phillipe Sarreau John F. Brennan
NATURAL RESOURCES SECTOR EQUITY BGF World Mining D2
DABC
15,98
20,82
37,90
24,77
USD
Evy Hambro; Olivia Markham;
PRECIOUS METALS SECTOR EQUITY BGF World Gold A2
DABC
1,12
18,03
-21,74
33,55
USD
Evy Hambro; Thomas Holl;
REAL ESTATE SECTOR EQUITY Janus Henderson Hrzn PanEurpPtyEqs A2EUR Janus Henderson Hrzn GlblPtyEqsA2USD MS INVF Global Property I
DABC DABC DABC
11,70 8,08 11,78
13,37 11,94 8,77
37,87 30,16 34,05
19,78 17,28 21,61
EUR USD EUR
Guy Barnard; Nicolas Scherf; Guy Barnard; Tim Gibson; Greg Kuhl; Michiel te Paske; Sven Van Kemenade; ;
TECHNOLOGY SECTOR EQUITY Allianz Global Artfcl Intlgc WT4 EUR BGF World Technology A2 JPM US Technology A (dist) USD Franklin Technology W Acc USD Echiquier Artificial Intelligence B EUR Threadneedle (Lux) Global Tech AU USD
DABC DABC DABC DABC DABC DABC
34,56 32,97 32,31 31,98 30,35 30,12
49,66 36,30 36,30 39,19 30,30 56,63
25,52 21,78 23,66 20,68 28,04 22,89
EUR USD USD USD EUR USD
Sebastian Thomas; James Chen; Tony Kim Timothy RV Parton; Joseph Wilson; Jonathan Curtis; Matthew Cioppa; Dan Searle; Rolando Grandi Paul H. Wick
FUNDO
SELO
JPM China A (dist) USD Aberdeen S China A Share Eq I Acc USD BNP Paribas China Eq Cl C Schroder ISF China Opps I Acc USD UBS (Lux) EF Greater China (USD) Q UBS (Lux) EF China Oppo(USD) Q USD acc Fidelity China Consumer Y-Acc-USD
34 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
5 ANOS
8,20
33,85 33,25 30,49 26,57
12,48 20,87
GESTOR
Material publicitário
Social Empowerment. Dê poder ao seu futuro. Contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária, com soluções ASG que façam sentido do ponto de vista económico. Dê valor aos seus investimentos.
Estratégia Global Social Empowerment Estratégia Global Gender Diversity Estratégia Global Climate and Social Impact
Nordea Asset Management é o nome funcional do negócio de gestão de ativos conduzido pelas seguintes entidades legais: Nordea Investment Funds S.A. e Nordea Investment Management AB (“as Entidades Legais”) e as suas sucursais e subsidiárias. Este documento é Material publicitário e tem o objetivo de prover o leitor com informação sobre as capacidades específicas da Nordea. Este documento (ou qualquer visão ou opinião expressa no mesmo) não representa um conselho de investimento nem uma recomendação de qualquer produto financeiro, estrutura de investimento ou instrumento, para entrar ou sair de certa operação ou para participar em qualquer estratégia de trading. Tal só poderá ser feito através de um Offering Memorandum, ou através de um contrato similar. O presente documento não poderá ser reproduzido ou divulgado sem autorização prévia. © As Entidades Legais aderentes à Nordea Asset Management e todas as suas sucursais e/ou subsidiárias.
PANORAMA BARÓMETRO
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO
SELO
RENTABILIDADE ANUAL 5 ANOS
3 ANOS
1 ANO
DADOS A 31/08/2021 VOLAT. 3 ANOS
DIVISA BASE
43,91 29,92 35,47 24,57 39,99 52,12 31,60 27,13 32,70 46,26 17,97 50,36
19,09 18,63 18,69 17,42 21,37 20,53 18,41 20,97 20,53 19,72 16,73
EUR USD EUR USD EUR EUR USD EUR USD EUR USD USD
HyunHo Sohn Denny Fish Pamela Hegarty; Pamela J. Woo; Ben Rogoff; Nick Evans; Fatima Lu; Peter Lingen; John Gladwyn; Jonathan Ingram; John Baker; Alex Whyte; Alison Porter; Graeme Clark; Richard Clode; Jeremy Gleeson; Tom Riley; Jeremy Gleeson; Tom Riley; Xiadong Bao; Jacques-Aurélien Marcireau; Sylvie Sejournet; Stanislas Effront; Tony Kim
GESTOR
Fidelity Global Technology Y-Dis-EUR Janus Henderson Glb Tech&Inno A2 USD BNP Paribas Disrpt Tech Cl D Polar Capital Global Tech Inc Pictet - Robotics I EUR JPM Europe Dynamic Techs Fd C (dist) EUR Janus Henderson Hrzn GlbTechLdrs H2USD AXAWF Framlington Dgtl Ecoy I Cap EURHdg AXAWF Fram Robotech I Cap USD EdRF Big Data N EUR Pictet-Digital PUSD BGF Next Generation Technology I2
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
27,21 27,11 25,90 27,59 23,26 23,49 24,69
17,85 15,35
30,09 27,34 25,66 25,43 24,52 24,25 23,79 22,18 21,38 17,16 14,61
UK EQUITY LARGE CAP Ninety One GSF UK Alpha IX Inc GBP
DABC
5,12
4,12
21,30
17,43
GBP
Simon Brazier
US EQUITY LARGE CAP BLEND Wells Fargo (Lux) WF USAllCpGr I USD Acc Franklin US Opportunities W(acc)USD Schroder ISF US Large Cap I Acc USD JPM US Select Equity A (acc) USD Amundi IS MSCI North America IE-C Vanguard U.S. 500 Stk Idx $ Acc Pictet-USA Index P USD T. Rowe Price US Eq I USD AXA Rosenberg US Enh Idx Eq Alp A $ Acc Neuberger Berman US MltCp Opps USD1 IAcc GS US CORE Equity Base Acc USD Snap NN (L) US Enh Cr Concntr Eq P Cap USD AXA Rosenberg US Equity Alpha A USD Acc Capital Group InvCoAmer (LUX) Z Polar Capital North American S
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
23,12 22,17 16,53 16,20 15,97 15,90 15,55 14,58 15,34 15,38 15,09 14,20 13,64 12,28 14,18
23,49 23,28 17,88 17,69 17,19 16,78 16,41 16,40 15,97 14,59 14,22 14,19 13,83 13,34 12,65
32,10 30,99 34,65 31,33 33,04 32,21 31,69 31,83 32,22 36,56 31,00 31,63 35,45 29,12 37,65
21,69 19,63 17,32 17,91 17,98 17,33 17,32 16,55 17,27 19,36 17,60 18,08 18,84 16,07 20,78
USD USD USD USD EUR USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD
Thomas C. Ognar; Joseph M. Eberhardy; Grant Bowers; Sara Araghi; Frank Thormann Steven G. Lee; Scott B. Davis; Arnaud Choblet — Stéphane Cornet; David Billaux; Jeffrey Rottinghaus — Richard S. Nackenson Len Ioffe; Osman Ali; Dennis Walsh; Vincent J. Costa — James B. Lovelace; Donald D. O'Neal; Andrew Holliman; Richard Wilson;
US EQUITY LARGE CAP GROWTH MS INVF US Growth I MS INVF US Advantage I Brown Advisory US Sust Gr USD C Acc Wells Fargo (Lux) WF USLrgCpGr IEUR Acc AB American Gr Ptf C Acc T. Rowe Price US Lg Cap Gr Eq I USD AB Sustainable US Tmtc A USD Brown Advisory US Equity Growth $ P Acc Ninety One GSF American Fran A Inc USD Legg Mason CB US Eq Sust Ldrs PR EURHAcc Legg Mason CB US Lg Cp Gr X USD Acc Amundi Fds Pio US EqFundmGr A EUR C BL-Equities America B USD Vontobel US Equity I USD
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
318,18 204,55 23,42 20,99 23,79 20,56 20,46 19,51 17,90 19,13 16,99 15,14 16,20
147,28 108,42 27,96 23,02 22,93 22,33 22,27 21,79 20,14 20,11 19,74 19,61 16,38 16,31
38,92 25,69 41,49 29,75 31,51 28,48 36,15 25,13 34,79 33,03 24,06 25,98 23,09 25,61
25,55 20,94 17,07 17,98 15,81 18,46 17,15 17,54 15,75 16,94 17,80 16,76 17,31 16,33
EUR EUR USD EUR USD USD USD USD USD EUR USD EUR USD USD
Dennis P. Lynch; David S. Cohen; ; Dennis P. Lynch; David S. Cohen; David B. Powell; Karina Funk; Michael T. Smith; Christopher J. Warner; Frank V. Caruso; John H. Fogarty; Vinay Thapar; Taymour R. Tamaddon Daniel Charles Roarty Kenneth M. Stuzin Paul Vincent Mary Jane McQuillen; Derek Deutsch; Peter Bourbeau; Margaret B. Vitrano; Paul Cloonan; Andrew Acheson; Luc Bauler; Henrik Blohm; Edwin Walczak; Matthew Benkendorf; Chul Chang;
US EQUITY LARGE CAP VALUE DWS Invest CROCI US Dividends USD LC JPM US Value A (dist) GBP MFS Meridian US Value A1 USD NN (L) US High Dividend P Cap USD Robeco BP US Premium Equities IH € Fidelity America A-Dis-USD T. Rowe Price US Smlr Cm Eq Q USD
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
12,30 9,92 8,82 9,29 9,40 6,33 17,34
11,57 10,48 10,26 8,72 8,03 6,12 18,56
30,52 36,21 32,55 30,77 38,15 34,29 39,95
19,84 20,19 17,91 16,92 22,28 17,72 19,57
USD GBP USD USD EUR USD USD
Julien Boulliat; Shinil Balakrishnan; Clare A. Hart; David Silberman; Andrew Brandon; Steven R. Gorham; Nevin P. Chitkara; — Duilio R. Ramallo Rosanna Burcheri; Ashish Bhardwaj; Curt J Organt
US EQUITY SMALL CAP Alger Small Cap Focus I US Legg Mason RY US SmCp Opp X USD Acc BNP Paribas US Small Cap Classic R JPM US Smaller Companies A (dist) USD
DABC DABC DABC DABC
22,29 15,80 12,10 11,23
14,88 13,77 11,19 9,75
20,77 73,64 41,16 37,28
22,98 31,11 23,30 22,18
USD USD USD USD
Amy Y. Zhang Boniface A. Zaino; James P. Stoeffel; Geoffry V. Dailey; Pamela J. Woo; Don San Jose; Daniel J. Percella; Jon Brachle;
CONVERTIBLES Lazard Convertible Global PC EUR JPM Global Convert (EUR) D (acc) EUR Schroder ISF Glb Convert Bd C Acc USD BNP Paribas Europe Sm Cp CnvrtI C
DABC DABC DABC DABC
12,19 7,87 7,35 4,61
12,69 11,18 10,07 5,20
16,19 16,88 13,51 14,18
10,70 12,84 8,90 7,56
EUR EUR USD EUR
Arnaud Brillois Paul Levene; Hart Woodson; Peter Reinmuth; Chris Richards; Eric Bouthillier; Caroline de Bourleuf;
36 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
ADELINE SALAT-BAROUX
Lead Fund manager EDR Fund Healthcare
O Sector da Saúde, Inovações sustentáveis
O SECTOR DA SAÚDE TEM TIDO UM COMPORTAMENTO MISTO, DEPOIS DE TER SIDO FAVORECIDO PELOS INVESTIDORES EM 2020. QUAL A SUA PERSPECTIVA ACTUAL? A combinação das eleições nos EUA em 2020, com os receios de uma reforma na saúde, e a rotação pró-cíclica do mercado, levaram os investidores a optar pela realização de “mais-valias” no final de 2020. O sector esteve volátil no início de 2021 com a rotação Cyclical/Value, resultando numa correcção em meados de Fevereiro de quase 25% para algumas acções de biotecnologicas. Continuamos convencidos que, apesar dos diversos movimentos de mercado, o sector da Saúde é um verdadeiro pilar das carteiras de acções. O que a crise Covid-19 revelou foi a capacidade do sector em mobilizar meios para resolver uma crise de saúde global. A capacidade de inovação, particularmente nas novas tecnologias das vacinas baseadas no RNA Mensageiro, é algo muito significativo e um factor de crescimento sustentável. Outro factor de crescimento estrutural é o contínuo aumento dos gastos globais em saúde, ligado a alterações demográficas. Acreditamos que a China é disso exemplo, pois actualmente os gastos com saúde são estimados em menos de 7% do PIB (1) e devem, nos próximos anos, convergir para a média da OCDE de cerca de 10% (2). COMO SE TEM COMPORTADO O FUNDO NESTE CONTEXTO? O EDR Fund Healthcare sofreu relativamente pouco com essa rotação e está a valorizar 15,4% YTD contra 12,4% (3) do MSCI World Healthcare; encontra-se bem classificado face aos seus pares tanto em YTD como acima de três anos. Enquan-
to muitos dos nossos pares têm alguma sobre-exposição a Style Factors ou a subsectores; o fundo assenta numa forte diversificação de risco, e inclui na sua carteira tanto empresas inovadoras em biotecnologia e no sector tecnológico da saúde, como de biofármacos com grande capitalização. Prestadores de serviços e seguradoras no ramo saúde, como a CVS, Anthem e a Brookdale Senior Living contribuíram fortemente para esse bom desempenho. E algumas acções de biotecnologia como a Dynavax, a chinesa Beigene e a Moderna, que tínhamos reforçado durante a correcção, também têm contribuído para essa performance. Além disso, continuamos disciplinados nos critérios de avaliação, o que nos permite evitar as “bolhas” que periodicamente afectam o sector da biotecnologia. COMO VÊ O AMBIENTE POLÍTICO NOS EUA, QUE IMPACTO DEVEMOS ESPERAR DE UMA POSSÍVEL REFORMA NOS PREÇOS DOS MEDICAMENTOS? A nova administração Biden pretende que a extensão da cobertura de saúde ao abrigo da Affordable Care Act se torne permanente. O custo dessas medidas é estimado em US$ 200bn nos próximos 10 anos (4) e as mútuas privadas de saúde beneficiam de uma parte da gestão dos programas Medicare e Medicaid. O preço dos medicamentos continua a ser objecto de debate nos Estados Unidos, mas o American Family Plan não inclui, para já, propostas sobre o tema. EM TERMOS DE AVALIAÇÃO, COMO COMPARA O SECTOR DA SAÚDE COM O RESTO DO MERCADO? A nível global, MSCI World
Healthcare Index está a transaccionar com um desconto de cerca de 10% face ao MSCI World, mas quando olhamos para cada subsector, estes podem ser bastante maiores. Grandes grupos biofarmacêuticos estão a negociar com um desconto de quase 40% em relação ao resto do mercado (5), e em mínimos relativos de 15 anos. Nós continuamos convictos da capacidade dessas empresas continuarem a crescer através de R&D e aquisições, como foi o caso aquisição da Alexion pela AstraZeneca. QUAL É O VOSSO MÉTODO PARA CAPTURAR A INOVAÇÃO? TEM ALGUNS EXEMPLOS DE ACÇÕES QUE ENTRARAM RECENTEMENTE NA CARTEIRA? Adicionámos alguns nomes que passaram por uma correcção desde Fevereiro, como a Sarepta, que desenvolve a SRP-9001, uma terapia genética para a “Distrofia Muscular de Duchenne”, uma doença hereditária que afecta dezenas de milhares de crianças. Embora os dados iniciais não tenham sido estatisticamente significativos, os dados recentes parecem promissores. Também iniciámos uma posição na Denali, que desenvolveu uma plataforma que facilita a passagem da barreira hematoencefálica. Essa barreira, que protege o sistema nervoso central, é difícil de ultrapassar, sendo um factor limitante na eficácia de medicamentos para doenças neurológicas. A Denali desenvolveu um tratamento para a doença de Hunter usando essa tecnologia, com resultados iniciais também promissores. No sector de tecnologia para saúde, a IQVIA foi também adi-
cionada ao portfólio. A IQVIA é resultado da fusão entre a IMS Health e a Quintiles, e conta com bases de dados exclusivas, expertise e ferramentas analíticas para fornecer serviços de advisory aos players de sistemas de saúde. HÁ UM ANO OBTEVERAM A CERTIFICAÇÃO SRI (6); HOUVE ALGUMA ALTERAÇÃO NA GESTÃO RESULTANTE DESSA CERTIFICAÇÃO? A nossa abordagem ESG (7) tem sido uma componente estruturante e diferenciadora da nossa gestão desde há vários anos, e a certificação SRI serviu para confirmar esta abordagem. É importante que o fundo seja construído com base em temas de crescimento sustentável, como o acesso aos cuidados de saúde pelo maior número de pessoas possível. A Sanofi Pasteur, que fornece vacinas contra a poliomielite há 40 anos, enquanto apoiante de programas de vacinação, doa regularmente doses para apoiar a erradicação da doença. E na mesma linha, recentemente aderimos à iniciativa “Access to Medicine Foundation”. 1. Bloomberg, Dezembro 2021 – 2. Esta previsão de crescimento é baseada nos pressupostos de mercado adoptados pela Edmond de Rothschild Asset Management - France (EDRAM) e não constitui promessa de crescimento. - 3. Desempenhos passados não constituem indicador de desempenhos futuros, não são constantes ao longo do tempo. Os dados de desempenho não têm em conta as comissões e despesas incorridas com a emissão e resgate de unidades de participação. Fonte : Bloomberg, EDRAM, em 25/06/21. O desempenho da Unidade de Categoria A EUR do subfundo EdR Fund Healthcare ao longo de 5 anos : 54,23% (9,04% anualizado), compara com 73,23% (11,6% anualizado) do Índice de Referência MSCI WORLD (NR). Desempenho da Unidade de Categoria A EUR em 2020 : 2,01% que compara com 5,38% do Índice de Referência MSCI WORLD (NR) – 4. Congressional Budget Office 2021 - 5. Bloomberg 07/06/2021 - 6. Socially Responsible Investment. - 7. ESG : Environmental, Social and Governance. Edmond de Rothschild Fund Healthcare é um subfundo do SICAV regulamentado pelo Luxemburgo, aprovado pelo CSSF e registado e aprovado para comercialização em Portugal.
PRINCIPAIS RISCOS DE INVESTIMENTO O fundo tem uma classificação de 6 numa escala de 7. O perfil de “alto risco/retorno” do fundo reflecte a sua capacidade de estar exposto até 110% ao mercado accionista. Os riscos descritos abaixo não são exaustivos: é da responsabilidade dos investidores analisar o risco de cada investimento e formular a sua própria opinião. Risco de Perda de Capital: O Subfundo apresentado neste documento não beneficia de nenhuma garantia ou protecção. Consequentemente o capital inicialmente investido pode não ser recuperado na sua totalidade. Risco Mercado Accionista o valor de uma ação pode flutuar devido a factores específicos da empresa emitente, bem como devido a factores exógenos, políticos ou económicos. Alterações nos mercados accionistas, bem como nos mercados de obrigações convertíveis , cujo desempenho está parcialmente correlacionado com o das acções subjacentes, podem levar a flutuações significativas no activo líquido que podem ter um impacto negativo sobre o valor líquido UCIT. Risco de Investir em Empresas de Pequena e Média Capitalização: O volume de empresas cotadas nestes mercados é menor; como tal os movimentos de mercado tanto na subida como na descida, são mais pronunciados e rápidos que nas empresas de grande capitalização. O Valor Líquido dos Activos pode, como tal variar de forma rápida e significativa. Risco Cambial: O capital pode ser exposto ao risco cambial no caso de incluir títulos ou investimentos denominados em divisa diferente da do subfundo. O risco cambial corresponde ao risco de queda no Valor Líquido dos Ativos de um subfundo quando um investimento é feito em uma divisa que não o euro e esta divisa desvaloriza em relação ao euro no mercado cambial. A exposição a esse risco pode representar até 100% do património líquido. Em particular, o subfundo pode estar exposto a flutuações no GBP, USD e CHF. Riscos associados ao Sector da Saúde DISCLAIMER Junho de 2021. Publicidade. Este documento é emitido pela Edmond de Rothschild Asset Management (França). Documento não vinculativo. Este documento é apenas para fins informativos. Qualquer reprodução, divulgação ou disseminação sem o consentimento prévio do Grupo Edmond de Rothschild é estritamente proibida. As informações fornecidas neste documento não devem ser consideradas como uma oferta ou uma solicitação a ser tratada por qualquer pessoa em qualquer jurisdição onde seja ilegal ou onde a pessoa que a fornece não esteja qualificada para o fazer. Não se destina a constituir, e não deve ser interpretado como aconselhamento para investimento, jurídico ou fiscal ou uma recomendação para comprar, vender ou continuar a deter qualquer investimento. A EdRAM não assume qualquer responsabilidade pelas decisões de investimento baseadas neste documento. As informações sobre títulos aqui contidas não devem ser interpretadas como uma opinião da Edmond de Rothschild Asset Management (França) sobre o desempenho futuro dos preços das empresas mencionadas ou, quando aplicável, sobre o desempenho provável dos preços dos instrumentos financeiros que podem ser emitidos por estas empresas. As informações fornecidas neste documento não devem ser consideradas como uma oferta de compra ou venda destas acções. É provável que as participações em carteira sofram alterações ao longo do tempo. O Fundo aqui apresentado pode não ser registado e/ou autorizado no seu país. Deve procurar o conselho do seu consultor profissional se tiver alguma dúvida sobre a adequação do Fundo mencionado à sua situação específica. Os dados numéricos, comentários, projecções e outros elementos contidos nesta apresentação reflectem a visão da EdRAM sobre os mercados e a sua evolução, tendo em conta o contexto económico e a informação disponível na altura. Estes podem ter perdido a sua relevância no momento em que o investidor toma conhecimento dos mesmos. Consequentemente, a EdRAM não aceita qualquer responsabilidade pela qualidade e exactidão das informações e dados económicos fornecidos por terceiro. Qualquer investimento envolve riscos específicos. Recomendamos aos investidores que assegurem a adequação de qualquer investimento à sua situação individual, recorrendo a aconselhamento independente e apropriado sempre que necessário. Além disso, os investidores devem ler o Documento de Informação do Investidor Principal (KIID) e/ou qualquer outra documentação legal exigida pela regulamentação local, que lhes é fornecida antes de qualquer subscrição e que está disponível em www.edmond-de-rothschild.com na secção “Fund Center” ou através de solicitação de forma gratuita. “Edmond de Rothschild Asset Management”; ou “EdRAM”; é o nome comercial da entidade de gestão de activos do Grupo Edmond de Rothschild. GLOBAL DISTRIBUTOR : EDMOND DE ROTHSCHILD ASSET MANAGEMENT (FRANÇA) 47, rue du Faubourg Saint-Honoré, 75401 Paris Cedex 08 - Societé anonyme governed by an executive board and a supervisory board with capital of 11,033,769 euros - Registo AMF No. GP 04000015 - 332.652.536 R.C.S. Paris - MANAGEMENT COMPANY : EDMOND DE ROTHSCHILD ASSET MANAGEMENT (LUXEMBURGO) 16, Boulevard Emmanuel Servais, L – 2535 Luxemburgo - SUB INVESTMENT MANAGER: EDMOND DE ROTHSCHILD ASSET MANAGEMENT (FRANÇA) 47, rue du Faubourg Saint-Honoré, 75401 Paris Cedex
PANORAMA BARÓMETRO
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO
SELO
RENTABILIDADE ANUAL 5 ANOS
DADOS A 31/08/2021
3 ANOS
1 ANO
VOLAT. 3 ANOS
DIVISA BASE
GESTOR
COMMODITIES BROAD BASKET PIMCO GIS Cmdty Real Ret Instl USD Acc
DABC
5,09
8,61
39,70
15,13
USD
Nicholas J. Johnson; Lorenzo Pagani; G
COMMODITIES SPECIFIED Ofi Fincl Inv Precious Metals I
DABC
6,72
16,15
-4,42
15,61
EUR
Benjamin Louvet; Olivier Daguin;
ALTERNATIVE MISCELLANEOUS BSF Global Event Driven Z2 USD Candriam Risk Arbitrage C
DABC DABC
5,11 0,06
6,31 0,32
7,94 2,07
7,23 2,04
USD EUR
Mark McKenna Stéphane Dieudonne;
GLOBAL MACRO JPM Global Macro Opps A (acc) EUR JPM Global Macro D (acc) USD Eurizon Absolute Prudent R Acc
DABC DABC DABC
4,31 2,35 0,33
4,98 3,32 1,15
10,18 7,12 -0,81
4,75 6,61 1,56
EUR USD EUR
Shrenick Shah; Josh Berelowitz; Benoit Lanctot; Shrenick Shah; Josh Berelowitz; Benoit Lanctot; Roberto Bianchi
MARKET NEUTRAL Aegon Global Eq Mkts Netrl EURH C Acc BSF European Absolute Return D2 EUR Man GLG Alpha Select Alt ILH EUR Acc MW Systematic Alpha UCITS B USD BMO Real Estate Eq Mkt Netrl B Acc EUR DCI Market Netrl Crdt UCITS A Fndr USD Pictet TR - Agora I EUR BSF Americas Div Eq Abs Ret D2 EUR H
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
4,42 3,41 6,96 4,06 2,57 1,62 2,37 0,35
8,12 5,10 4,67 4,64 3,12 1,64 0,95 -2,06
12,12 4,20 5,10 8,17 2,99 -1,20 -1,03 -2,44
5,35 4,62 3,54 7,52 2,47 6,56 6,37 5,95
EUR EUR EUR USD EUR USD EUR EUR
David Pringle Stefan Gries Nick Judge
Elif Aktug; Vincent Ijaouane; Raffaele Savi; Travis Cooke;
MULTIALTERNATIVE NN (L) Alternative Beta I Cap USD Nordea 1 - Alpha 10 MA BP EUR Franklin K2 Alt Strats I(acc)EUR-H1 Neuberger Bm Uncrltd Strats GBP I5 Acc Pictet TR - Div Alpha I EUR
DABC DABC DABC DABC DABC
5,66 3,85 2,35
7,31 5,81 2,23 1,40 1,36
16,33 9,62 8,71 2,18 0,34
6,66 6,72 6,13 6,15 3,44
USD EUR EUR GBP EUR
Willem van Dommelen; Stan Verhoeven; Asbjørn Trolle Hansen Anthony Zanolla; Brooks Ritchey; Robert Christian; Fred Ingham; Jeffrey Majit; David Kupperman Philippe de Weck; Federico Canè;
AGGRESSIVE ALLOCATION Allianz Dyn MltAst Stgy SRI75 I EUR Barclays GlobalBeta Port 5 A Acc GBP BSF Managed Index Port Growth A2 EUR Barclays GlobalBeta Port 4 A Acc GBP MFS Meridian Prudent Wealth I1 USD First Eagle Amundi International RU-C BL-Global 75 B EUR MFS Meridian Prudent Capital I1 EUR
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
11,03 9,87 8,78 8,76 8,68 5,79 5,80
11,54 10,92 10,21 9,90 9,78 7,68 7,53 6,94
31,50 24,38 22,90 21,37 11,89 19,29 8,16 7,36
13,55 14,78 13,75 13,71 5,75 13,26 7,89 5,58
EUR GBP EUR GBP USD USD EUR EUR
Marcus Stahlhacke; Friedrich Kruse; — Stephen Walker; Christopher Downing; — Barnaby M. Wiener; Edward Dearing; Matthew B. McLennan; Kimball Brooker; Joël Reuland Barnaby M. Wiener; David P. Cole; Edward Dearing;
ALLOCATION MISCELLANEOUS HSBC GIF Mgd Solu Asia Focsd Inc AC
DABC
3,69
5,41
6,82
7,55
USD
Denis James Gould
CAUTIOUS ALLOCATION Amundi Fds Global MA Cnsrv M2 EUR C GS Global MA Cnsv I Acc USD Invest Alves Ribeiro PPR FIMA Invesco Pan European Hi Inc C EUR Acc Caixa Seleção Global Moderado FIMA ODDO BHF Polaris Moderate CR EUR JPM Global Income Cnsrv C (acc) EUR Pictet-Multi Asset Global Opps I EUR Allianz Dyn MltAst Stgy SRI15 IT EUR UBS (Lux) SF Yield (EUR) Q-acc Caixa Inv Socialmente Resp FIMA FvS - Multi Asset - Defensive IT Ninety One GSF Glb MA Inc I Acc USD Nordea 1 - Balanced Income BP EUR M&G (Lux) Optimal Income C EUR Acc Allianz Strategy 15 IT EUR Bankinter 25 PPR/OICVM B FIMA Amundi Rendement Plus I C BPI Moderado FIAF EdRF Income Europe Ia EUR Caixa Seleção Global Defensivo FIMA Santander Poupança Prudente FPR FIAA
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
4,88 5,07 5,65 4,27 3,48 3,07
2,23 2,03 2,49 0,90 0,55
7,73 7,68 5,96 5,10 4,55 4,36 4,33 4,26 4,24 4,23 4,22 4,17 4,12 3,65 3,26 3,25 3,24 3,12 2,58 1,82 1,66 1,34
10,92 11,99 11,71 9,96 8,32 5,74 7,13 7,93 8,94 10,61 8,37 3,92 7,16 3,77 6,41 5,30 6,26 6,18 4,68 8,38 2,73 1,42
5,22 7,85 8,78 9,28 7,07 5,15 5,52 4,48 5,03 8,68 7,78 6,70 6,34 3,35 7,17 4,65 7,39 6,22 4,40 8,56 3,43 4,84
EUR USD EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR USD EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR EUR
Luigi Cesari; Enrico Bovalini; Francesco Sandrini; David Copsey; Shoqat Bunglawala; Paulo Monteiro Paul Read; Paul Causer; Thomas H. Moore; — Peter Rieth Gerhardt (Gary) P. Herbert; Michael Schoenhaut; Andrea Delitala; Marco Piersimoni; Marcus Stahlhacke; Friedrich Kruse; Roland Kramer; Sebastian Richner; Daniel Rudis; — Stephan Scheeren; Elmar Peters; John Stopford; Jason Borbora-Sheen; Søren Brogaard Lolle; Karsten Bierre; Richard Woolnough Cordula Bauss; Massimiliano Pallotta; Alistair Bates; Miguel Taledo de Sousa Yannick Quenehen; Alexandre Burgues; Eduardo Monteiro Julien de Saussure — Carmen Borondo
FLEXIBLE ALLOCATION Ninety One GSF Glb Mac Allc IX Acc USD FvS Multiple Opportunities II IT
DABC DABC
8,84 7,15
10,63 9,51
20,59 10,26
9,54 8,80
USD EUR
Iain Cunningham; Jimmy Elliot; Bert Flossbach
38 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
1,48
3,27 2,99 3,73 2,99 3,04 2,16 2,89 1,83
Marcus Phayre-Mudge; Alban Lhonneur;
FUNDOS COM SELO FUNDSPEOPLE EM 2021 FUNDO
BNY Mellon Glbl Rl Ret (EUR) W Acc PIMCO GIS Dyn Mlt-Asst Instl EUR Acc DWS Concept Kaldemorgen EUR SC Epsilon Fund Enh Const Rk Contrib I€ Acc M&G (Lux) Dynamic Allocation C EUR Acc AXAWF Optimal Income E Cap EUR pf
SELO
DABC DABC DABC DABC DABC DABC
RENTABILIDADE ANUAL 5 ANOS
DADOS A 31/08/2021
3 ANOS
1 ANO
VOLAT. 3 ANOS
3,81
7,50
10,27
7,27
EUR
Andrew Warwick; Suzanne Hutchins; Aron Pataki; Mihir P. Worah; Geraldine Sundstrom;
DIVISA BASE
GESTOR
5,74
6,78
9,29
5,66
EUR
4,61
5,64
10,43
7,07
EUR
Klaus Kaldemorgen; Henning Potstada;
3,74
4,46
8,86
5,51
EUR
Maria Bruna Riccardi
4,56
3,84
14,20
12,69
EUR
Juan Nevado; Craig Moran;
3,40
3,06
12,74
10,22
EUR
Serge Pizem; Stéphane Castillo-Soler;
MODERATE ALLOCATION Janus Henderson Balanced A2 USD Allianz Income and Growth I H2 EUR Carmignac Pf Patrimoine Europe A EUR Acc BGF Global Allocation A2 T. Rowe Price Glb Alloc I USD Man AHL TargetRisk D H EUR Acatis Gané Value Event Fonds A Capital Group Glob Alloc (LUX) Z Ruffer Total Return Intl I GBP Cap Jupiter Merlin Intl Bal D EUR Acc Allianz Dyn MltAst Stgy SRI50 IT EUR MFS Meridian Global Total Ret A2 USD Caixa Seleção Global Arrojado FIMA JPM Global Balanced A (acc) EUR Carmignac Pf Patrimoine F EUR Acc FvS Multi Asset - Balanced IT M&G (Lux) Income Allocation C EUR Acc Fidelity Glb Mlt Ast Inc A-Acc-USD UBS (Lux) SF Balanced (EUR) Q-acc JPM Global Income A (div) EUR BPI Dinâmico FIAF
P
R
TNE
AR
AR
R
P
Nordea 1 - Stable Return BP EUR
DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC DABC
TNE
A OPINIÃO DE GERGELY MAJOROS Membro do Comité de Investimento, Carmignac
AS RECENTES MUDANÇAS NA CHINA PARA UM MAIOR CONTROLO REGULAMENTAR A fim de proporcionar uma solução duradoura para vários desequilíbrios (domínio do mercado, desigualdade social e condições de trabalho inseguras), Pequim anunciou umas
10,92
11,41
18,47
10,75
USD
E. Marc Pinto; Greg J. Wilensky; Jeremiah Buckley;
10,14
10,95
18,92
14,08
EUR
Douglas G. Forsyth; Michael E. Yee; Justin M. Kass; Keith Ney; Mark Denham;
10,88
16,34
6,78
EUR
7,78
10,62
18,58
10,39
USD
Russ Koesterich; David Clayton; Rick Reider;
9,39
10,52
19,13
10,59
USD
Charles M. Shriver Russell Korgaonkar
8,94
10,48
16,13
8,51
EUR
9,38
9,95
12,32
12,84
EUR
Henrik Muhle; Uwe Rathausky;
7,85
9,59
16,31
8,46
EUR
Thomas H. Høgh; Hilda L. Applbaum; ;
4,94
9,28
18,94
9,71
GBP
Jacques Hirsch; Alex Lennard;
7,59
8,57
15,54
8,72
EUR
Algy Smith-Maxwell; John Chatfeild-Roberts;
7,38
7,65
21,63
9,64
EUR
Marcus Stahlhacke; Friedrich Kruse;
5,28
7,64
17,83
9,97
USD
Steven R. Gorham; Katrina A. Mead; Owen Murfin;
5,98
7,37
14,23
10,83
EUR
—
6,08
7,09
13,43
9,37
EUR
Katy Thorneycroft; Gareth Witcomb
3,36
6,03
8,50
7,31
EUR
Rose Ouahba; Keith Ney; David Older;
5,06
5,99
7,09
8,68
EUR
Stephan Scheeren; Elmar Peters;
5,61
5,83
16,94
11,26
Euro
Steven Andrew
3,89
5,28
11,37
8,58
USD
Eugene Peter Philalithis; George Efstathopoulos;
5,28
5,25
15,40
11,14
Euro
Roland Kramer; Sebastian Richner; Daniel Rudis;
3,72
4,58
14,09
9,76
Euro
Gerhardt (Gary) P. Herbert; Michael Schoenhaut;
3,80
4,44
8,69
7,15
Euro
Eduardo Monteiro
1,87
3,91
11,24
5,88
Euro
Asbjørn Trolle Hansen; Claus Vorm; Kurt Kongsted;
medidas regulamentares muito mais duras do que as medidas semelhantes observadas em 2015 e 2018. Isto tem assustado os investidores. Deverão os investidores esperar que, para assegurar a prosperidade comum ou pela rivalidade estratégica em alta tecnologia entre os EUA e a China, as autoridades chinesas estejam dispostas a enfraquecer permanentemente os principais grupos de Internet do país ou a atacar a propriedade privada? Certamente que não. Uma tal política seria contrária ao objetivo estratégico e necessário do governo de abrir gradualmente os mercados de capitais da China e de reforçar o estatuto do yuan como moeda de reserva internacional. Além disso, por muito duras que essas medidas possam parecer, a vontade
do governo de atacar o dano cada vez mais flagrante que está a ser feito à sociedade pelo domínio do mercado alcançado por uma série de empresas não é realmente muito diferente de uma série de preocupações frequentemente manifestadas no Ocidente. Do mesmo modo, a tendência para oportunidades cada vez mais desiguais para as crianças, com custos exorbitantes de tutoria pós-escolar e os preços de propriedades elevados nas proximidades de boas escolas, não é de modo algum exclusiva da China. Nem, aliás, as condições de trabalho precárias de milhões de trabalhadores por conta própria no país. Assim, acreditamos que a China ainda é um mercado em que vale a pena investir desde que se proceda de forma seletiva. SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 39
PANORAMA O SETOR EM NÚMEROS
JUNHO E JULHO
MERCADO EUROPEU DE FUNDOS PÕE O PÉ NO ACELERADOR
na Europa
Barómetro
por Catarina Vinagre
Nada trava a indústria europeia de fundos de investimento, que continua a crescer a alta velocidade e já ultrapassou a barreira dos 13 biliões de euros.
FUNDOS INTERNACIONAIS QUE MAIS CAPTAM (PRODUTOS EUROPEUS DISTRIBUÍDOS EM VÁRIOS PAÍSES) EM AÇÕES
EM JUNHO 2021
FUNDO
FUNDO
EM MULTIATIVOS E OUTROS VOL.
FUNDO
VOL.
1.434
Allianz Gl. Inv. F.- Allianz I. and G. D A B C
Aviva Investors - Global Sovereign Bond Fund
804
Man Funds VI plc - Man AHL TargetRisk
447
1.199
iShares Core EUR Corp Bond UCITS ETF
778
Flossbach von Storch SICAV - M. Opportunities
386
1.046
ValueInvest LUX - Macquarie VI LUX Global
1.336
iShares $ Treasury Bond 1-3yr UCITS ETF
iShares MSCI USA Mom, Factor ESG UCITS ETF
1.242
iShares MSCI USA Value Factor ESG UCITS ETF iShares Core MSCI World UCITS ETF
656
PIMCO GIS Income Fund / SELO BC
730
BlackRock Strategic F. - Gl. Event Driven Fund
322
Vanguard F. Plc - Vanguard S&P 500 UCITS ETF
627
UBS (Lux) Bond Sicav - China Fixed Inc. (CNY)
690
Allianz Gl. Inv. F. - Allianz Strategy Select 30
268
Zurich Invest US Equity Index CCF Fund
606
Xtrackers II Eurozone Gov. Bond UCITS ETF
661
DWS Concept Kaldemorgen D A B C
267
Ninety One GSF Global Franchise Fund
524
iShares China CNY Govt Bond UCITS ETF
642
Schroder ISF-Cross Asset Mom. Component
265
iShares EURO STOXX Small UCITS ETF
522
iShares China CNY Bond UCITS ETF
579
Invesco Physical Gold ETC
261
Capital Group New Persp. (LUX) D A B C
454
Nordea 1 - Low Dur. Europ. Cov. B. F. D A B C
518
LGT Premium Strategy GIM
246
BlackRock Index Selection - iShares Devel. W.I. F.
428
Neuberger Berman Short D. E. M. D. F. D A B C
493
BlackRock Global Funds - Gl. All. F. D A B C
230
FUNDO iShares Core MSCI World UCITS ETF
EM JULHO 2021
EM OBRIGAÇÕES VOL.
VOL. 1.054
FUNDO
VOL.
FUNDO
VOL.
Aviva Investors Global - GBP Return Plus
697
Allianz G. Inv. F. - Allianz Inc. and G. D A B C
801
M&G (Lux) Investment F. 1 - E. M. B.F. D A B C
689
Record - Em. Market Sustainable Finance
653
iShares MSCI World Value Factor UCITS ETF
736
Xtrackers MSCI Emerging Markets UCITS ETF
634
Eastspring Investments Asian Local Bond
672
Swiss RE F. (Lux) I - L. T. Asset All. Fund Euro
319
Xtrackers MSCI World UCITS ETF
582
JPMorgan Funds - Income Fund D A B C
610
Flossbach von Storch SICAV - M. Opportunities
283
Vanguard F. Plc - Vanguard S&P 500 UCITS ETF
553
Amundi Ultra Short Term Bond SRI
593
Pictet - Multi Asset Gl.Opportunities D A B C
235
L&G RAFI Multi-Factor Climate Transition Index F.
454
Nordea 1 - Low Dur. Europ. Cov.B.F. D A B C
437
BlackRock Gl. Funds - ESG Multi-Asset Fund
224
UBS (Lux) F. S. - MSCI Jap. Soc.Resp. UCITS ETF
440
Invesco US Senior Loan Fund
431
Orbis SICAV Global Balanced SA Fund
182
Dimensional Fund - Global Core Equity
406
Algebris Financial Credit Fund
380
Flossbach von Storch - Multiple Opp. II D A B C
171
Dodge & Cox Worldwide - Global Stock Fund
393
iShares China CNY Bond UCITS ETF
376
Amundi Funds Gl. Multi-Asset Cons. D A B C
161
BlackRock Gl.Funds - Emerging Markets Fund
383
Insight Liquid ABS Fund
375
BlackRock Gl. Funds - Gl. Allocation F. D A B C
153
Fonte: Broadridge FundFile e J.P. Morgan AM. Em milhões de euros.
40 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
J
mais de 1,3 biliões de euros e não há sinais de abrandamento.
CLASSES DE ATIVOS Colocando sob o microscópio as classes de ativos, a maior ilação que tiramos é que a gestão passiva continua a mostrar a sua preponderância. Não só no campo das ações, onde já tem vindo a ser hábito, como também agora no das obrigações, os ETF e fundos indexados voltam a destacar-se pelas captações alcançadas.
Começando pelas ações, o iShares Core MSCI World UCITS ETF, um produto sob a alçada da iShares (BlackRock) fez-se notar ao captar 2.101 milhões de euros no somatório dos meses em análise. No espaço das obrigações, é o iShares $ Treasury Bond 1-3yr UCITS ETF que dá nas vistas uma vez que em julho obteve captações líquidas que ascenderam a 1.434 milhões de euros, muito acima da média do Top 10.
DISTRIBUIÇÃO DAS CAPTAÇÕES LÍQUIDAS NA EUROPA, EM JUNHO E JULHO MERCADO Internacional.(*)
OBRIGAÇÕES
AÇÕES
OUTROS
MISTOS
MONETÁRIOS
TOTAL
19.689
33.488
-986
10.697
17.159
Reino.Unido
1.568
-484
-1.046
-1.392
1.979
625
Alemanha
1.421
4.570
1.249
3.412
447
11.100
França
80.047
812
-1.184
1.486
33
7.102
8.250
Suíça
4.344
-752
-695
1.087
115
4.100
Itália
958
859
-329
2.223
464
4.175
2.214
3.115
-1
46
65
5.440
Suécia Espanha
3.604
1.258
-729
1.099
53
5.286
TOTAL
34.611
40.871
-1.049
17.206
27.385
119.023
DISTRIBUIÇÃO DO PATRIMÓNIO NA EUROPA EM JULHO MERCADO Internacional (*)
OBRIGAÇÕES
AÇÕES
OUTROS
MISTOS
MONETÁRIOS
TOTAL
2.067.716
3.004.392
112.297
651.566
952.678
6.788.651
Reino Unido
307.546
1.010.555
40.979
213.604
138.569
1.711.252
Alemanha
133.799
262.074
167.367
201.675
16.112
781.026
França
121.806
237.017
46.060
68.503
279.779
753.165
Suíça
214.844
318.192
55.804
75.989
25.071
689.899
Itália
582.806
208.892
106.024
10.465
230.571
26.853
Suécia
66.832
397.411
2.588
65.154
18.260
550.245
Espanha
92.139
53.785
15.792
61.672
6.711
230.098
3.499.520
5.771.168
495.285
1.725.142
1.511.211
13.002.326
TOTAL
NOS PRIMEIROS SEIS MESES DO ANO, O MERCADO CRESCEU 1,3 BILIÕES DE EUROS SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 41
*Inclui Luxemburgo e Dublin. Dados em milhões de euros
unho e julho trouxeram consigo vários movimentos que tingiram o panorama macroeconómico na Europa. Na última reunião do Banco Central Europeu do primeiro semestre, Christine Lagarde afirmou que o tapering ainda não estava em cima da mesa e em julho manteve o tom marcadamente acomodatício, afastando a ideia de subida de taxas de juro. Além disso, no início de julho o BCE levou a cabo a sua primeira revisão estratégica desde 2003 e fixou nos 2% a nova meta para a inflação. Do outro lado do Atlântico, nos Estados Unidos, e em contraste com o BCE, a Reserva Federal dos EUA surpreendia os mercados em junho com um tom mais hawkish ao falar da subida das taxas pela primeira vez desde o rebentar da pandemia. Em julho voltou a colocar em alvoroço alguns investidores ao avisar que a normalização da política monetária se aproximava e assim o confirmou em setembro. Mas será que os mercados se deixaram afetar? Através dos dados recolhidos pela Broadridge e pela J.P. Morgan, exclusivamente para a FundsPeople, podemos concluir que o mercado de fundos continua a bater recordes. Em julho superou a marca dos 13 biliões de euros, o que representa um crescimento de 595.277 milhões face a abril deste ano. Mas não é a única conclusão a que chegamos. Se alargarmos a nossa análise a 2019 e 2020, percebemos que o ritmo de crescimento aumentou significativamente. Em 2019, a indústria europeia fechou o ano a valer 10,9 biliões de euros, tendo isto demonstrado uma subida de 500 milhões de euros face a janeiro desse ano. Em 2020, mesmo com as quedas causadas pelo começo da pandemia, o ano fechou com o segmento a valer 11,6 biliões de euros, o que se traduz num crescimento de 700 milhões de euros no exercício. Porém, apenas nos primeiros seis meses de 2021, o mercado já cresceu
P
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PANORAMA O SETOR EM NÚMEROS
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A OPINIÃO DE LUCÍA GUTIERREZ-MELLADO Diretora executiva, J.P. Morgan AM
ATIVOS CHINESES CONTINUAM A SER ESSENCIAIS
A BLACKROCK É A GESTORA QUE MAIS SE DESTACA EM TERMOS DE CAPTAÇÕES LÍQUIDAS É também de referir que no segmento obrigacionista se registou uma aposta na Ásia, em particular na China, como universo de investimento. No campo dos multiativos e outros, sem dúvida que o Allianz Income and Growth se distingue. Este produto, gerido desde 2011 por Doug Forsyth, foi líder em captações em julho e julho, tendo encaixado 1.457 milhões de euros na
totalidade dos dois meses. Além disso, o fundo conta Selo FundsPeople 2021 pelas suas classificações de Favorito dos Analistas e Blockbuster.
BLACKROCK LIDERA Olhando agora para as entidades gestoras, em junho a J.P. Morgan sobressaiu no segmento que inclui os monetários. A gestora americana conseguiu obter captações líquidas na ordem dos 13.801 milhões de euros, mais do dobro da Goldman Sachs que captou 5.608 milhões de euros. Porém, a BlackRock é o grupo internacional que mais se destaca. A casa gestora não só dominou o segmento sem monetários em julho, como em ambos os conjuntos de fundos em julho. Apenas nestes dois meses a gestora que na Península Ibérica é comandada por Aitor Jauregui arrecadou 20.400 milhões de euros.
GRUPOS QUE MAIS CAPTAM EM JUNHO Em milhões de euros. COM MONETÁRIOS
SEM MONETÁRIOS
JP Morgan AM
13.800
BlackRock
5.682
Goldman Sachs
5.608
JP Morgan AM
2.831
Legal & General
2.837
DWS
2.154
BlackRock
1.972
Allianz GI
1.546
DWS
1.552
M&G
1.267
GRUPOS QUE MAIS CAPTAM EM JULHO Em milhões de euros. COM MONETÁRIOS
SEM MONETÁRIOS
BlackRock
7.289
BlackRock
5.455
Amundi
5.998
DWS
1.837
Northern Trust
2.716
Schroders
1.452
DWS
2.461
UBS
1.426
BNP Paribas
2.203
JP Morgan AM
1.398
42 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
Após ter um desempenho melhor do que outros mercados durante grande parte da pandemia, os valores chineses caíram nos últimos meses. Embora a flutuação inicial tenha sido justificada pelas preocupações com o abrandamento da economia chinesa, os declínios mais recentes têm sido impulsionados por um endurecimento da regulamentação centrada em setores específicos. No setor tecnológico, estão a ser tomadas medidas para fazer face à utilização inadequada do poder de mercado e aumentar a competitividade. O setor da educação, por outro lado, também sofreu alterações regulamentares: o governo deixará de aprovar a criação de novas empresas privadas de ensino. Além disso, as empresas de reforço escolar existentes terão de se tornar instituições sem fins lucrativos -a educação não formal tornou-se um dos principais desafios em termos de política social. No entanto, a nosso ver, os ativos chineses continuam a ser um ativo essencial no que diz respeito à construção de carteiras. Pequim tem feito um grande esforço para abrir os seus mercados aos investidores internacionais e esperamos que isso continue a ser uma prioridade. A volatilidade a curto prazo não alterou fundamentalmente a oportunidade de investimento a longo prazo na China, que se baseia na inovação tecnológica e no aumento da procura interna.
INVISTA COM IMPACTO POSITIVO FUNDO JANUS HENDERSON HORIZON GLOBAL SUSTAINABLE EQUITY Três décadas de experiência em investimento sustentável* Seleção de empresas inovadoras à procura de respostas para desafios ambientais e sociais Redução da pegada de carbono Abordagem consistente que tem proporcionado um retorno, em termos anualizados, mais de 8 % acima do índice de referência desde o lançamento** *Estratégia lançada a 01/08/1991. O fundo foi lançado a 29/05/2019. **Os dados referem-se à categoria de ações A2 USD no final de julho de 2021. O desempenho apresentado é líquido de comissões. O índice de referência é o MSCI World index.
janushenderson.com/pt/gse
Apenas para profissionais. Documento para fins promocionais. Capital em risco. Nada no presente anúncio deve ser interpretado como aconselhamento. O presente anúncio não é uma recomendação de venda, compra ou de um investimento. Leia toda a documentação do organismo de investimento antes de investir. O Janus Henderson Horizon Fund (o “Fundo”) é uma SICAV luxemburguesa constituída a 30 de maio de 1985, gerida pela Henderson Management S.A. Emitido na Europa pela Janus Henderson Investors. Janus Henderson Investors é o nome sob o qual são fornecidos produtos e serviços de investimento pela Henderson Global Investors Limited (n.º reg. 906355) (registada em Inglaterra e País de Gales em 201 Bishopsgate, London EC2M 3AE e regulada pela Financial Conduct Authority) e pela Henderson Management S.A. (n.º reg. B22848 em 2 Rue de Bitbourg, L-1273, Luxemburgo e regulada pela Commission de Surveillance du Secteur Financier). Janus Henderson, Janus e Henderson são marcas comerciais da Janus Henderson Group plc ou de uma das suas subsidiárias. © Janus Henderson Group plc. CCAT_2442/0921
TENDÊNCIAS CAPA por Catarina Vinagre
VENDAS FAVORITOS: O FUTURO DA INDÚSTRIA DE
GESTÃO DE ATIVOS Num novo ano em que manter a proximidade com o cliente voltou a ser um desafio, os selecionadores de fundos nacionais consideram que os vendas das gestoras internacionais superaram as expetativas. Mas o que há para melhorar no seu trabalho? E o que esperam do futuro da indústria? 44 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
E
mbora a vacinação tenha permitido algum regresso à normalidade, à semelhança de 2020, 2021 também foi um ano em que os contactos se fizeram, na sua maioria, remotamente. Para a profissão de vendas, que bebe tanto da comunicação, foi necessário um esforço extra para responder às necessidades dos selecionadores e analistas de fundos em Portugal e colmatar a falta do cara a cara que tantas vezes é crucial neste segmento. Para os vendas das gestoras internacionais, o objetivo foi o mesmo de sempre: manter o cliente como prioridade. No rescaldo das eleições autárquicas, a FundsPeople também organizou o seu próprio sufrágio, precisamente para apurar quem se destaca pelo seu trabalho de vendas de soluções de gestão de ativos. Uma vez mais desafiámos os selecionadores de fundos portugueses a levantarem a ponta do véu e a revelarem quem consideram ser os melhores vendas das gestoras internacionais, quer devido às suas competências na promoção e venda de fundos, quer no devido acompanhamento do cliente. Ao contrário das autárquicas, onde a abstenção costuma ocupar uma margem importante, os selecionadores exerceram o seu direito ao voto de forma massiva. O resultado? 32 sales mencionados por 28 selecionadores de 23 entidades gestoras portuguesas. Pela primeira vez, a pessoa mais votada é uma mulher. Cristina Carvalho, desde 2015 na Amundi, é a responsável de ven-
das mais votada. Foi a eleita por 13 selecionadores de fundos nacionais. O segundo lugar do pódio é partilhado por Ana Carisso, da Fidelity International, e André Themudo, da BlackRock, ambos com 12 votos. A fechar o Top 3 está Tiago Forte Vaz, da Pictet AM.
ONDE MELHORAR Muito embora estes sejam, de acordo com os selecionadores portugueses, os profissionais que mais se destacam na área, estes profissionais consideram que há sempre algo a melhorar na forma como executam o seu trabalho. A FundsPeople questionou-os sobre os aspetos que pretendem aperfeiçoar ou desenvolver em 2022. Tiago Forte Vaz começa por contar que vê sempre o seu ofício como um work in progress onde existem sempre áreas para melhorar, quer seja na forma como comunicam, nos conteúdos que partilham ou no expertise que aprofundam. “Mas mais importante para mim é a atitude que temos perante as coisas, a energia e a dedicação que pomos naquilo que fazemos, e essa vou continuar a tentar que seja sempre a melhor”, confessa. Na mesma linha, Ana Carisso considera que será também crucial “aproveitar o desenvolvimento da tecnologia em prol de uma maior eficiência em determinadas tarefas”. O poder filtrar e personalizar ainda mais a informação que envia e a quem a envia, e conseguir melhorar o nível de serviço e rapidez nas respostas são fatores
FORAM 32 OS VENDAS MENCIONADOS. PELA PRIMEIRA VEZ, UMA MULHER É A MAIS VOTADA SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 45
TENDÊNCIAS CAPA
13
NECESSIDADES DOS CLIENTES SÃO A GRANDE PREOCUPAÇÃO DOS VENDAS determinantes. Além disso, para a profissional da Fidelity no próximo ano será importante “abraçar esta nova fase semi-presencial de forma sensata, encontrando novas fórmulas para marcar a diferença e ir um passo à frente das necessidades dos clientes”. E são justamente as necessidades dos clientes um dos pontos que André Themudo refere. “Para continuar a progredir, acho fundamental perceber as necessidades dos meus clientes e da minha equipa, manter um espírito curioso e pôr-me sempre no lugar dos investidores que confiam as suas poupanças nos produtos da BlackRock”, comenta.
O FUTURO Já pensou como estará a indústria da gestão de ativos daqui a 10 anos? A FundsPeople lançou aos vendas favoritos o desafio de partilharem as suas perspetivas para o setor na próxima década. As respostas foram claras: a evolução vista nos últimos anos vai continuar e a concentração e digitalização do setor terão ainda mais destaque. É precisamente dessa evolução que Ana Carisso e Tiago Forte Vaz 46 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
VOTOS
12
VOTOS
12
VOTOS
11
VOTOS
CRISTINA CARVALHO
ANA CARRISSO
ANDRÉ THEMUDO
TIAGO FORTE VAZ
AMUNDI
FIDELITY INTERNATIONAL
BLACKROCK
PICTET AM
10
VOTOS
8
VOTOS
7
VOTOS
5
VOTOS
MÁRIO PIRES
FRANCISCO AMORIM
VASCO JESUS
MÁRIO AMIGO
SCHRODERS
JUPITER AM
MCH INVESTMENT STRATEGIES
NORDEA AM
4
VOTOS
3
VOTOS
3
VOTOS
2
VOTOS
ROMUALDO TRANCHO
ISABEL LINIERS
MIGUEL LUZARRAGA
BORJA MATEO
ALLIANZ GLOBAL INVESTORS
DWS
ALLIANCE BERNSTEIN
BLUEBAY AM
2
VOTOS
2
VOTOS
2
VOTOS
DIOGO GOMES
FRANCISCO NETO
JUAN FIERRO
UBS AM
SCHRODERS
JANUS HENDERSON INVESTORS
1
VOTO
ALMUDENA MENDAZA SANZ GENERALI INVESTMENTS 1
1
VOTO
1
VOTO
1
VOTO
1
VOTO
ÁLVARO ANTÓN LUNA
DIEGO ANDRÉS GUTIÉRREZ
BEGOÑA GÓMEZ
CHRIS MASSEY
ABRDN
CANDRIAM
INVESCO
LEGAL & GENERAL
1
VOTO
CRISTINA GARCÍA DE SOLA
1
VOTO
1
VOTO
1
VOTO
DANIEL PINGARRÓN
ELENA GUANTER
IVÁN DÍEZ
NATIXIS IM
CANDRIAM
LONVIA CAPITAL
ODDO BHF AM 2
1
VOTO
1
VOTO
1
VOTO
1
VOTO
JUANMA JIMENEZ
MANUEL ARROYO
MARGARITA SELGA
PEDRO COSTA FELIX
PIMCO
J.P. MORGAN AM
ODDO BHF AM
CAPITAL STRATEGIES PARTNERS
1
VOTO
1
VOTO
1
VOTO
1
VOTO
PEDRO MASOLIVER
REYES GARCIA-REOL
RITA FERNANDES
TERESA MOLINS
T. ROWE PRICE
LA FRANÇAISE AM
GAM
FRANKLIN TEMPLETON3
começam por falar. Os dois profissionais coincidem ao acreditarem que nos últimos anos temos assistido a uma evolução positiva no mundo da gestão de ativos. Isto verificou-se através da “inovação em produtos de investimento, redução nas comissões de gestão, melhorias na informação que enviamos aos investidores, esforços dirigidos a uma maior formação por parte dos assessores e gestores”, refere Ana Carisso. Segundo Tiago Forte Vaz, a indústria está cada vez “mais focada em encontrar soluções de investimento, num contexto cada vez mais complexo e tem demonstrado uma capacidade não só de adaptar as novas necessidades dos investidores, mas também ser ela própria motor de mudança”. A concentração da indústria também foi muito mencionada. De acordo com André Themudo, “o mundo da gestão de ativos é um negócio onde a escala é um fator importante”.
1 2 3
no ano passado pertencia à Natixis IM no ano passado pertencia à UBP no ano passado pertencia à Legg Mason AM
SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 47
P
AR
P
R
TNE R
TENDÊNCIAS CAPA
AR
TNE
A OPINIÃO DE MÁRIO PIRES Diretor de Clientes Institucionais e do Mercado Português, Schroders
ENTIDADES QUE PARTICIPAM
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: QUEM GANHA E PERDE NOS EMERGENTES
ABANCA ASK ATLANTICO Europa Baluarte Banco Best Banco BPI Banco Carregosa Banco Invest Banco Português de Gestão Bankinter Gestión de Activos – Sucursal em Portugal BBVA AM BiG BPI GA CA Gest DWM do Millennium bcp GNB GA Golden Wealth Management HawkClaw Capital Advisors IMGA Novo Banco Optimize IP Santander AM Santander Totta
Prevê que dentro de 10 anos existam menos gestoras e que os próprios clientes exijam mais. Também Cristina Carvalho é da opinião de que “possivelmente continuaremos a observar a concentração da indústria devido à pressão sobre os custos”. A digitalização é também um tema que tem marcado a atualidade em todos os quadrantes da indústria. Cristina Carvalho vê “um potencial de crescimento enorme quer na gestão de ativos, quer na distribuição entre canais, marketing, publicidade”. Para a especialista isto ajudará a estar mais perto e mais disponível para o cliente, mas sem a exigência da presença física.
ESG A tendência para o investimento centrado em critérios ambientais, sociais e de governance (ESG) tem vindo a 48 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
UM DOS TEMAS QUE OS VENDAS PREVEEM MUDAR NA INDUSTRIA É A SUA CONCENTRAÇÃO crescer quer no segmento da gestão ativa como passiva. Para os vendas das gestoras internacionais esta propensão vai continuar e irá marcar notoriamente o futuro. De acordo com Cristina Carvalho, “a gestão de ativos vai manter a caminhada para integrar a 100% os critérios ESG não só como objetivo de investimento, mas também na implementação de políticas mais sustentáveis”. Para a profissional da Amundi, haverá também mais regulação, o que poderá trazer uma melhoria na transparência e evitar o greenwashing, além de haver alguma “tendência para o desenvolvimento de uma etiqueta comum europeia”. André Themudo menciona também o tema. “Vai ser um mundo onde o conceito de investimento sustentável será o standard aceite por todo o ecossistema financeiro”, prevê.
A transição energética é como uma corrida de fundo, que criará vencedores e perdedores, e as medidas para alcançar a neutralidade carbónica terão grande impacto nos mercados emergentes, muitos deles produtores - ou consumidores de recursos naturais estruturais a esta mudança. Do lado dos vencedores estarão, por isso, mercados exportadores de metais essenciais à descarbonização global das economias – como o do alumínio, cobalto, cobre ou níquel. Grande parte das oportunidades estarão nestes exportadores de commodities, assim como nos que detiverem a tecnologia necessária para gerar, armazenar, distribuir e consumir energia de fontes renováveis. Da mesma forma, alguns dos eram até aqui importadores líquidos de energias fósseis poderão reduzir custos (e até converter-se em exportadores de renováveis), beneficiando os seus balanços. Do outro lado, estarão os produtores de combustíveis fósseis, que vão enfrentar um declínio de longo prazo nas suas receitas fiscais e de exportação, e que vão precisar de adaptar as suas economias e finanças públicas ao novo paradigma de baixo carbono. Isto será especialmente desafiante para os países que não constituíram reservas a partir das anteriores receitas de exportação. A revolução verde tem este potencial de inverter o valor que atribuíamos tradicionalmente a vários sectores e geografias, e a corrida à descarbonização continuará a fazê-lo no mercado das commodities e em muitos países emergentes.
Global inflation Feb
Mar
Apr
May
Jun
Jul
2.0
1.9
2.1
2.4
2.7
3.0
2.8
2.2
1.4
1.1
1.4
1.6
Aug
Jan
2.1
1.5
1.4
1.2
1.4
1.4
1.6
1.8
1.6
1.5
1.5
1.4
1.3
1.2
1.5
1.7
1.9
1.7
1.1
0.3
0.1
0.5
0.7
0.6
0.6
0.5
2.7
2.6
2.5
3.0
3.2
3.3
3.1
3.1
3.0
2.9
3.3
3.8
4.1
4.7
4.4
3.8
3.2
2.6
2.7
2.9
2.8
2.6
2.1
1.5
1.4
Eurozone France Germany Italy Spain Greece Ireland Sweden Switzerland UK US Japan China Indonesia Korea Taiwan India Brazil Mexico Russia
1.5
1.4
1.7
1.2
1.3
1.0
1.0
0.8
1.9
1.4
1.6
1.3
1.5
1.1
1.4
1.3
1.3
1.1
1.6
1.4
1.5
1.3
2.0
1.4
1.6
1.7
1.4
1.2
1.2
0.9
1.1
1.1
1.1
0.9
0.8
0.3
0.5
0.2
0.7
1.0
0.9
1.3
1.2
1.1
1.4
1.6
1.1
0.2
1.2
1.7
1.5
0.2
0.7
1.6
1.7
0.5
0.3
0.8
1.7
0.4
0.1
0.4
1.4
0.2
0.1
0.3
0.4
0.9
0.1
0.4
0.2
0.6 -0.3
-0.2
0.9
0.9
-0.3
0.2
-0.1
-0.4
0.8
0.9 0.4 1.7
-0.3
0.0
0.0
-0.3
0.1
-0.2
-0.5
Nov
Dec
2.1
Oct
Nov
2.2
Sep
May
Oct
2020 Sep
Apr 2.3
Aug
Feb
2.1
Jun
1.8
Jul
Jan
Mar
Dec
Global economy Eurozone Developed Emerging
1.9
1.6
Emerging
0.2
-0.2
-1.0
-0.3
-0.6
-0.3
1.2
1.0
1.1
1.3
1.6
0.9
0.6
0.6
0.4
0.2
0.2
0.5
0.8
1.1
0.9
0.1
-0.7
-0.9
-0.3
-0.7
-0.6
-0.6
-0.9
-0.8
0.6
0.5
0.8
1.0
1.1
0.6
0.2
0.4
0.1
0.2
-0.3
0.5
1.1
1.1
0.4
0.2
-0.9
-0.7
-1.9
-2.1
-2.3
-2.3
-2.0
-2.1
0.7
1.1
1.7
1.0
1.1
0.8
0.8
0.5
0.6
0.6
0.6
0.8
1.1
1.1
0.9
0.5
-0.3
-0.8
-0.6
-0.6
-1.1
-1.2
-1.5
-1.0
2.2
2.0
1.9
1.8
2.1
2.1
1.6
1.5
1.3
1.3
1.6
1.8
1.7
1.5
1.3
0.8
-0.2
0.1
0.9
0.7
1.0
0.6
0.4
0.2
0.8
0.7
0.7
0.7
1.1
0.5
0.7
0.4
0.5
0.1
-0.3
-0.3
-0.1
0.2
-0.2
-0.4
-1.0
-1.0
-1.3
-1.2
-1.4
-1.1
-0.9
-0.8
2.1
1.8
1.9
1.9
2.1
2.0
2.0
2.1
1.7
1.7
1.5
1.5
1.3
1.8
1.7
1.5
0.8
0.5
0.6
1.0
0.2
0.5
0.7
0.3
1.9
1.6
1.5
1.9
2.0
1.8
1.6
1.8
1.7
1.7
1.8
2.1
2.3
2.5
2.3
1.5
0.3
0.1
0.6
1.0
1.3
1.4
1.2
1.2
0.3
0.2
0.2
0.5
0.9
0.7
0.7
0.5
0.3
0.2
0.2
0.5
0.8
0.7
0.4
0.4
0.1
0.1
0.1
0.3
0.2
0.0
-0.4
-0.9
0.5
-0.5
1.9
1.7
3.2
1.5
2.8
1.3
2.3
2.7
0.8
-0.1
2.5
2.5
0.5
0.2
2.7
2.8
0.4
0.2
2.7
3.1
0.6
0.6
2.8
2.8
0.7
0.7
2.8
2.8
0.7
0.9
0.6
0.9
0.4
3.0
3.1
3.1
0.0
-0.4
0.4
0.4
3.8
4.5
2.9
4.5
2.7
0.0
5.4
2.6
0.2
0.4
5.2
2.7
0.7
0.6
1.1
4.3
3.0
1.5
1.1
1.9
-0.2
3.3
3.0
2.4
2.7
2.5
2.2
2.7
2.0
2.4
1.5
1.7
1.3
1.4
1.4
1.0
0.1
-0.3
0.0
0.3
0.7
1.0
0.1
0.0
-1.0
-1.2
-0.7
-0.5
-0.3
-0.6
-0.3
1.6 0.6 0.1
2.1
2.0
2.6
2.9
3.0
3.0
3.2
3.1
3.3
4.0
4.6
5.5
7.4
7.6
6.6
5.8
7.2
6.3
6.2
6.7
6.7
7.3
7.6
6.9
3.7
3.8
3.9
4.6
4.9
4.7
3.4
3.2
3.4
2.9
2.5
3.3
4.3
4.2
4.0
3.3
2.4
1.9
2.1
2.3
2.4
3.1
3.9
4.3
4.8
4.4
3.9
4.0
4.4
4.3
4.0
3.8
3.2
3.0
3.0
3.0
2.8
3.2
3.7
3.3
2.2
2.8
3.3
3.6
4.1
4.0
4.1
3.3
4.3
5.0
5.2
5.3
5.2
5.1
4.7
4.6
4.3
4.0
3.8
3.5
3.0
2.4
2.3
2.5
3.1
3.0
3.2
3.4
3.6
3.7
4.0
4.4
Source: Bank of Mexico, DGBAS, ECB, Goskomstat of Russia, IBGE, India Ministry of Statistics & Programme Implementation, Japan Ministry of Internal Affairs & Communication, Korean National Statistical Office, National Bureau of Statistics China, ONS, Refinitiv Datastream, Riksbank, Statistics Indonesia, Swiss National Bank, US Federal Reserve, J.P. Morgan Asset Management. Figures shown are for headline inflation and are % change year on year. Heatmap colours are based on the respective central bank target inflation rates. Blue is below target, white is at target and red is above target. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.
6
Global inflation expectations Global economy
Simplify the complex with Market Insights
2019
2.1
| 6
GTM – UK
2018
Global Developed
| 7
GTM – UK
Headline inflation
Market-based inflation expectations
% change year on year
%, 5y5y inflation swap
4
4
Forecast
US UK
UK Headline inflation target
Eurozone
3
Japan
3 US
2
2
1
1 Eurozone
0
0 Japan
-1
-1 '15
'16
'17
'18
'19
'20
'21
'22
'15
'16
'17
'18
'19
'20
'21
Source: (Left) Bank of Japan, BLS, Eurostat, ONS, Refinitiv Datastream, J.P. Morgan Asset Management. Headline inflation is measured using Consumer Price Index (CPI). Japan CPI has been adjusted down by two percentage points from April 2014 to March 2015 to remove the estimated impact of the consumption tax hike over this period. Forecasts are from Bloomberg contributor composite. (Right) Bloomberg, J.P. Morgan Asset Management. 5y5y inflation swap represents the market’s expectation of five-year average inflation, starting in five years’ time. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.
7
Global earnings expectations and equity valuations Global forward price-to-earnings ratios x, multiple
77x
80x 40x
625 EM
Equities
Current
35x
Japan
550
Range since 1990
US
Average since 1990
30x
Europe ex-UK
475
| 48
GTM – UK
Consensus estimates for global earnings per share Index level, next 12 months’ EPS in GBP rebased to 100 at Jan 2000
UK 400
25x
325
20x
15x
250
10x
175
5x
100
0x
25 '00
'02
'04
'06
'08
'10
'12
'14
'16
'18
Europe ex-UK
US
'20
UK
Japan
EM
Source: (Left) FTSE, IBES, MSCI, Refinitiv Datastream, Standard & Poor’s, TOPIX, J.P. Morgan Asset Management. MSCI indices are used for Europe ex-UK and EM. UK is FTSE All-Share, US is S&P 500 and Japan is TOPIX. EPS is earnings-per-share. (Right) IBES, MSCI, Refinitiv Datastream, Standard & Poor’s, J.P. Morgan Asset Management. MSCI indices are used for all regions/countries (due to data availability), except for the US, which is represented by the S&P 500. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.
48
Global income Equity
% yield
Fixed income
Equities
10.6
Alternatives
10
Convertibles
8
7.2
Average UK inflation: 0.9% (12 months to November 2020)
6
0.1
0.2
UK cash
UK Gilts
1.4
1.8
2.0
UK IG
DM equity
EM equity
4.9
4.3
4.3
4.6
Global REITs
EM debt
DM high yield
3.4
4 2
| 49
GTM – UK
Asset yield comparison 12
0 FTSE AllShare
Global Global convertibles infrastructure
Global transport
Equity index yields % yield
Buyback yield
5
Dividend yield
4 3 2 1 0 MSCI World
S&P 500
FTSE All-Share
49
MSCI Japan
MSCI Europe ex-UK
MSCI EM
Source: (Top) Bloomberg Barclays, BofA/Merrill Lynch, Clarkson, Drewry Maritime Consultants, FTSE, MSCI, Refinitiv Datastream, J.P. Morgan Asset Management. Additional yield often comes with associated capital and/or liquidity risk. Global transport yield is as of September 2020 and global infrastructure yield is as of June 2020. Yields for the bond indices are yield to worst and dividend yields for the equity indices. Global transport levered yield is rental income minus operating expenses, debt amortisation and interest expenses, expressed as a percentage of equity value. Global convertibles: Bloomberg Barclays Global Convertibles; DM equity: MSCI World; EM equity: MSCI EM; UK Gilts: UK 10-year yield; UK IG: Bloomberg Barclays Sterling Agg. – Corporates; Global REITs: FTSE NAREIT Index; DM high yield: BofA/Merrill Lynch Developed Markets High Yield Constrained; EM debt: J.P. Morgan EMBI Global; Global infrastructure: MSCI Global Infrastructure Asset Index – Low risk. (Bottom) Bloomberg, FTSE, MSCI, Refinitiv Datastream, Standard & Poor’s, J.P. Morgan Asset Management. Buyback yield is last 12 months’ buybacks divided by the market cap of the index. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.
Fixed income yields
| 69
GTM – UK
Fixed income yields % 8
Developed market government bonds
Investment-grade bonds
High yield bonds
Emerging market bonds
7 6 5
Fixed income
4 3 2 1 0 Return beta to MSCI World
-1
-0.1
0.0 -0.1
0.1 -0.2
0.1
0.2
0.3
0.2
0.2
0.2
0.2
0.4
0.5
0.4
0.5
0.5
0.3
0.0
0.3
0.1
0.4
0.5
-2
69
Source: Bloomberg, Bloomberg Barclays, ICE BofA, J.P. Morgan Economic Research, Refinitiv Datastream, J.P. Morgan Asset Management. Beta to MSCI World is calculated using monthly total returns since 2008. Indices used are as follows: Euro IG: Bloomberg Barclays Euro-Aggregate – Corporate; Global IG: Bloomberg Barclays Global Aggregate – Corporate; UK IG: Bloomberg Barclays Sterling Aggregate – Corporate; US IG: Bloomberg Barclays US Aggregate – Corporate; Euro HY: ICE BofA Euro Developed Markets Non-Financial High Yield Constrained Index; Global HY: ICE BofA Global High Yield Index; US HY: ICE BofA US High Yield Constrained Index; EMD corporate: CEMBI Broad Diversified; EMD local: GBI-EM Global Diversified: EMD local – China: GBI-EM China: EMD sovereign: EMBI Global Diversified; EMD sov. IG: EMBI Global Diversified IG; EMD sov. HY: EMBI Global Diversified HY. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.
Global government bond yields and inflation expectations Nominal 10-year government bond yields
% 4.5 US
UK
UK
6
US
4.0
Germany
Germany 3.5
5
Fixed income
| 70
GTM – UK
10-year government bond breakeven inflation rates
% yield 7
3.0 4 2.5 3 2.0 2 1.5 1
1.0
0
0.5
-1
0.0 '98
'00
'02
'04
'06
'08
'10
'12
'14
'16
'18
'98
'20
'00
'02
'04
'06
'08
'10
'12
'14
'16
'18
'20
Source: (All charts) Bloomberg, J.P. Morgan Asset Management. 10-year government bond breakeven inflation rates are the difference in yield between nominal and inflation-protected government bonds, and are a market-based measure of average inflation expectations over the next 10 years. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.
70
Oil
160
| 78
GTM – UK
WTI crude oil price and US rig count
Crude oil production by country
USD/barrel (LHS); number of rigs (RHS)
Million barrels per day
Oil price
1,800
Rigs
25
1,600
140
1,400
120
OPEC (ex-Saudi Arabia & Iraq) 20
1,200 100
15 1,000
US
Other assets
80
Russia
800 10
60 600 40
400
20
Saudi Arabia 5
200
0
Iraq 0
0
'07 '08 '09 '10 '11 '12 '13 '14 '15 '16 '17 '18 '19 '20 '21
'07 '08 '09 '10 '11 '12 '13 '14 '15 '16 '17 '18 '19 '20 '21
Source: (Left) Baker Hughes, Bloomberg, J.P. Morgan Asset Management. (Right) EIA, Refinitiv Datastream, J.P. Morgan Asset Management. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.
78
Metals
GTM – UK
Gold vs. real US 10-year Treasury yield
Index level, rebased to 100 in Jan 2007
2,200
-1.5
31 Dec 2020
2,000
| 79
Metal prices
$ per Troy ounce (LHS); %, inverted (RHS)
Gold (LHS)
$1,898
Real 10-year yield (RHS)
-1.1%
200
175 -1.0 150
1,800
Copper
-0.5 125 1,600
Other assets
0.0
100
1,400
Aluminium 75 0.5
1,200
Zinc
50 1.0
1,000
Nickel
25
800
1.5 '12
'13
'14
'15
'16
'17
'18
'19
'20
'21
0 '07 '08 '09 '10 '11 '12 '13 '14 '15 '16 '17 '18 '19 '20 '21
Source: (Left) Refinitiv Datastream, J.P. Morgan Asset Management. Real yield is the US 10-year Treasury inflation-protected security yield. (Right) Bloomberg, J.P. Morgan Asset Management. Past performance is not a reliable indicator of current and future results. Guide to the Markets - UK. Data as of 31 December 2020.
79
Visit www.jpmorganassetmanagement.pt
TENDÊNCIAS NEGÓCIO
COMO A PANDEMIA IMPACTOU AS PROFISSÕES DE
por Miguel M. Falcão, CFA
50 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
IN VES TI MEN TOS
O COVID-19 alterou abruptamente a nossa forma de trabalhar. Da noite para o dia, substituiu-se o escritório pela casa, as deslocações de casa para o trabalho, pelas da cama para a mesa, as reuniões presenciais pelas videochamadas. Será que estas alterações vieram para ficar? TEMAS
CONTEXTO
CONTEÚDO
CULTURA
1. RESILIÊNCIA DA INDÚSTRIA
As profissões de investimentos mostraram-se resilientes durante a disrupção do COVID
2. EMERGE O MODELO HÍBRIDO
O futuro do trabalho em gestão de investimentos é híbrido
3. NECESSIDADE DE FLEXIBILIDADE
As necessidades de flexibilidade na pandemia foram extremas
4. ESTRUTURA DE TRABALHO
As profissões de investimentos são adequadas para um contexto híbrido
5. ENGAGEMENT DO CLIENTE
Os modelos de gestão de relação com os clientes têm que se adaptar
6. RISCOS OPERACIONAIS
Os riscos multiplicam-se perante uma cultura e responsabilização fracas
7. CONSTRUIR NOVOS SKILLS
Há uma maior urgência para que se aprendam novos skills
8. INCLUSÃO SOCIAL
O S de ESG coloca a diversidade, justiça e bem estar em foco
9. MUDANÇA DE ATITUDE
Disrupção das motivações de trabalho e compromisso da indústria
10. FOCO NO PROPÓSITO
Um propósito mais forte pode gerar um maior envolvimento dos colaboradores
Fonte: The Future of Work in Investment Management, CFA Institute.
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ara aferir as novas tendências laborais no setor dos investimentos, o CFA Institute realizou, entre março e abril de 2021, um inquérito junto de cerca de 4.600 profissionais de 120 mercados, denominado The Future of Work in Investment Management – o qual vou aqui analisar. - O setor resistiu à crise. Alguns economistas recorrem à letra K para descrever o recente desempenho económico, dado que, enquanto alguns setores resistiram ou até proliferaram (comércio digital, p.e.), outros con-
traíram-se expressivamente (turismo, p.e.). Aparentemente, o setor dos investimentos mostrou-se resiliente, com apenas 15% dos inquiridos a revelar ter sofrido reduções salariais (fixo + variável) por causa da pandemia, tendo a maioria de tais reduções sido pequena e provavelmente temporária. Acresce que 75% está confiante quanto à segurança do seu emprego e 61% está otimista relativamente a oportunidades de carreira. - O regime remoto e flexível é apreciado. 81% gostaria de continuar a trabalhar remotamente (pelo menos,
75% DOS INQUIRIDOS ESTÃO CONFIANTES QUANTO À SEGURANÇA DO SEU EMPREGO
SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 51
TENDÊNCIAS NEGÓCIO
POLÍTICAS ESTÃO A ADAPTAR-SE PARA SUPORTAR O TRABALHO REMOTO PRÉ-COVID
PÓS-COVID
8% 23%
15%
POLÍTICA DE TRABALHO REMOTO
POLÍTICA DE TRABALHO REMOTO 78% 77%
3%
SUPORTE LIMITADO: DISPONÍVEL APENAS EM DETERMINADAS CIRCUNSTÂNCIAS OU APENAS COM ALGUNS MANAGERS
3%
23%
FORTE SUPORTE: CULTURALMENTE ACEITE E FÁCIL DE OBTER APROVAÇÃO
23%
SEM SUPORTE
POLÍTICA DE TRABALHO FLEXÍVEL
75%
POLÍTICA DE TRABALHO FLEXÍVEL
75%
Fonte: Investment Organizations Survey.
em alguns dias da semana). Por sua vez, mais de 75% dos empregadores afirma que continuará a permitir o trabalho remoto e a flexibilidade horária. A mudança é, de facto, radical: o colaborador passa a poder viver onde quiser, enquanto o empregador também passa a poder contratar onde quiser – trabalhar, desde um lugar remoto do Alentejo, para uma grande gestora de ativos sediada em Londres pode passar a ser uma realidade. - A temida perda de produtividade não se concretizou. A ideia de ter mode52 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
los de trabalho remoto e flexível não é nova... E houve até célebres tentativas falhadas. Na década passada, a Yahoo e o Bank of America recuaram em grandes programas de trabalho remoto, por concluírem que tais restringiam a colaboração e a produtividade. Contudo, o setor dos investimentos tem as suas próprias particularidades e, diria que até mais relevantemente, a tecnologia e as mentalidades avançaram desde então. De facto, apenas 18% dos inquiridos acredita ter-se tornado menos eficiente neste novo modelo, en-
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A OPINIÃO DE JUAN CARLOS DOMÍNGUEZ Managing director, AXA IM
A MAIOR EXIGÊNCIA NA CONCILIAÇÃO DA VIDA PROFISSIONAL COM OS AFAZERES FAMILIARES PÔSNOS A FALAR MAIS SOBRE AS NOSSAS VIDAS PESSOAIS quanto apenas 17% dos empregadores se mostrou notoriamente preocupado com perdas de produtividade. - As funções comerciais foram as mais desafiadas. A interação remota com clientes é considerada mais desafiante e menos frutífera. Como tal, embora não seja expetável que o número de deslocações volte aos níveis pré-COVID, é desejada a retoma de algumas interações presenciais, admissivelmente nos primeiros contactos com potenciais clientes e em pontos de situação mais aprofundados. - Há novos desafios regulatórios e de compliance. Também aqui há necessidades de adaptação, e.g., no que respeita a privacidade de dados e propriedade intelectual. De facto, se novas tecnologias são usadas para comunicar, novos métodos para monitorizar a informação comunicada são também necessários. Além disso, a distância física dos colegas e aos mecanismos de controlo poderá aumentar o sentimento de impunidade. 15% acredita que os comportamentos não éticos aumentarão, enquanto 59% espera um maior escrutínio regulatório. - A gestão de equipas teve que se adaptar. Apenas 58% está confiante que os gestores de equipas serão bem-sucedidos neste novo modelo de trabalho. Claramente, também esta função foi muito desafiada e, obviamente, o grau de sucesso dependerá do tipo de tarefas, das características da equipa e da capacidade de adaptação do gestor.
- A imperatividade da formação. 91% sente necessidade de desenvolver as suas competências para poder evoluir na carreira. Perante a profunda diminuição das interações presenciais e a inerente alteração da forma como aprendemos, somos avaliados e progredimos na carreira, temos também de reforçar e repensar os modelos de formação. Tal é particularmente notório no caso dos colaboradores mais juniores, por serem os que mais dependem do contacto com os colegas e chefias para aprender. - A cultural organizacional mudou e a inclusão social aumentou. A maior exigência na conciliação da vida profissional com os afazeres domésticos e familiares (56% tem crianças e/ou outros dependentes) pôs-nos a falar mais abertamente sobre as nossas vidas pessoais, o que, segundo 59% dos empregadores, é benéfico para a cultura organizacional. Acresce que os empregadores aumentaram a sua preocupação com a saúde (mental e física) e responsabilidades familiares dos colaboradores. - Mais pragmatismo e menos romantismo. Os inquiridos passaram a valorizar mais a flexibilidade no trabalho e a remuneração monetária, em detrimento da possibilidade de aprenderem coisas novas e/ou de trabalharem em algo interessante e que os fascina. O mundo do trabalho mudou. Cabe-nos a nós adaptarmo-nos e agarrar as novas oportunidades.
AFORRO NESTE CONTEXTO DE TAXAS NEGATIVAS Entendemos que é difícil dar resposta aos aforradores que procuram colocar o seu dinheiro em ativos de pouco risco e não perder dinheiro. As taxas a curto prazo na zona euro parecem que se vão manter em negativo uma boa temporada. Na AXA IM adaptámos recentemente um dos nossos fundos para que possa dar resposta a esta necessidade. Não há magia, mas fazemos os possíveis. A nossa resposta chama-se AXA WF Global Short Duration Bonds. Reduzimos a comissão de gestão em cerca e 40%, mudámos a divisa de denominação para euros, definimos um objetivo de retorno anual de EONIA +150 pb (antes de gastos) sobre uma base bianual, e estabelecemos o compromisso de manter uma classificação creditícia média de investment grade. Apoiamo-nos no facto de contarmos com uma das maiores gamas da indústria em fundos de obrigações de curta duração, 12 estratégias distintas com mais de 15 mil milhões de euros em ativos sob gestão. Assim, podemos selecionar as melhores obrigações de curta duração a nível mundial para conseguir a carteira ótima para cada momento de mercado. E tudo isto pensando no resultado final em euros. Há uma enorme procura latente por soluções para aforradores e confiamos que a nossa resposta serve tanto para o cliente institucional como para banqueiros e agentes. SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 53
TENDÊNCIAS GESTÃO por Samuel Capucho
+ RISCO = + VOLATILIDADE?
QUANDO AS CARTEIRAS TROCAM AS CONTAS ÀS EVIDÊNCIAS Numa conjuntura onde nas diversas vertentes da gestão de ativos nacional se poderia assumir uma necessidade de mais risco no sentido de obter algum retorno, a volatilidade das carteiras de fundos perfilados nacionais tem vindo a moderar-se.
https://bit.ly/3j9OPEF 54 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
VOLATILIDADE MÉDIA
MÉDIA MÓVEL
40 35 30 25 20 15 10
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5 0
Fonte: Dados retirados da Morningstar Direct
VOLATILIDADE MÉDIA DOS FUNDOS PERFILADOS MODERADOS VOLATILIDADE MÉDIA
MÉDIA MÓVEL
24 20 16 12 8
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Fonte: Dados retirados da Morningstar Direct .
VOLATILIDADE MÉDIA DOS FUNDOS PERFILADOS DEFENSIVOS VOLATILIDADE MÉDIA
MÉDIA MÓVEL
16 14 12 10 8 6 4
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A TENDÊNCIA É A MESMA Com base em dados da Morningstar, a principal variável que fomos analisar foi a volatilidade histórica, medida através do desvio-padrão anualizado. Como (talvez) não seria de esperar, os números demonstram que os fundos perfilados defensivos, moderados ou agressivos, têm vindo a decrescer em termos de volatilidade média, pelo menos nos últimos 10 anos. Por exemplo, em 2010, a volatilidade média dos fundos perfilados mais defensivos oscilava entre os 3% e os 7%. Já em 2021, esse indicador flutua entre os 2%
VOLATILIDADE MÉDIA DOS FUNDOS PERFILADOS AGRESSIVOS
AGO-10
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abraçar de mais risco como solução para obter retorno num mundo de taxas nulas ou negativas tem sido alvo de constante debate nos últimos tempos. Recentemente, numa mesa redonda com profissionais de gestão de ativos, colocou-se como questão principal: poderão os investidores ver-se forçados a abraçar as ações como a única solução para obter retorno nos portefólios? De facto, as opiniões parecem ir todas no mesmo sentido: com as atuais taxas em níveis negativos, a única solução para os investidores parece ser assumir mais risco. Movimento que se apelidou então da grande migração dos portefólios conservadores. Por outro lado, e para ilustrar a necessidade que se tem sentido de executar este movimento, no segmento segurador, a ASF destacava como risco para o setor que supervisiona a concentração do risco de crédito no limiar do grau de investimento numa evidente necessidade deste segmento institucional de descer na escala do risco de crédito (dentro do investment grande) para obter yields, no mínimo positivas. Mas focando no universo de fundos mobiliários, olhámos para os três segmentos dos fundos perfilados nacionais (defensivos, moderados e agressivos) com o objetivo de perceber se esta ideia de que é necessário mais risco para rentabilizar os portefólios se tem traduzido em maior volatilidade das carteiras.
Fonte: Dados retirados da Morningstar Direct.
SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 55
TENDÊNCIAS GESTÃO
QUALIDADE DA CARTEIRA DE INVESTIMENTOS DAS EMPRESAS DE SEGUROS E DOS FUNDOS DE PENSÕES 31-12-2019
31-12-2020
Empresas de seguros (excluido unit-linked)
Fundos de pensões
70%
70%
58,4
60%
60%
55,3 50%
50%
40%
40%
36,5 36,0
30%
30%
27,7 26,0
24,5 20,4
20,0
20%
20% 9,0 9,9
10%
10%
3,6 3,7
4,9
2,2 4,2 0,4 0,6
0% CQS0
CQS1
17,4
CQS2
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CQS5
2,7 0,1 0 CQS6
2,7 2,2 0%
NR
CQS0
CQS1
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CQS4
3,5 0,3 0,2 0,2 0 CQS5
CQS6
1,6
NR
Fonte: ASF
“ESTA REPRESSÃO FINANCEIRA EMPURRA OS CLIENTES COM PERFIS MAIS DEFENSIVOS PARA INVESTIMENTOS MAIS EQUITY LIKE”, COMENTAVA RAMÓN CARRASCO, DA CARMIGNAC, NUM ENCONTRO FUNDSPEOPLE e 3%. De facto, mesmo se observarmos o gráfico referente aos fundos perfilados moderados, ou agressivos, conseguimos verificar este decréscimo também nessas duas categorias de produtos. Adicionalmente, como seria de esperar, em março de 2020 – quando a pandemia eclodiu a nível mundial – registou-se um pico de volatilidade média em todas as categorias de fundos. Todavia, os valores atingidos por esse pico dependem 56 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
do risco assumido em cada categoria de fundos. Desta forma, nas estratégias mais agressivas, a volatilidade média chegou a atingir os 38%, enquanto nas mais defensivas os 15%. As médias móveis a 30 meses, também representadas nos três gráficos, permitem observar de forma mais límpida a tendência do indicador da volatilidade a longo prazo. Assim, é de notar que, principalmente nos fundos perfilados de cariz moderado e mais agressivo, a média móvel tem vindo a aumentar ao longo dos últimos meses. Mas a tendência é clara: a volatilidade média tem vindo a decrescer a longo prazo em todas as categorias. Todavia, é curiosa esta constatação visto que os profissionais têm passado a mensagem de que descemos no nível de perfil de crédito e que aumentamos a ponderação em ações. Assim sendo,
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A OPINIÃO DE NINA PETRINI Responsável de ETF e investimento passivo, UBS AM Iberia
VOLATILIDADE NO MERCADO OBRIGACIONISTA VXY VOLATILITY INDEX (ESQ)
FOI O ANO DE 2021 DECISIVO PARA OS ETF SUSTENTÁVEIS?
MOVE INDEX (DIR)
16
120
14 100 12 80 10
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6 40 4 20 2
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Fonte: CMVM, Relatório Sobre os Mercados de Valores Mobiliários de 2020
o que poderá justificar tal cenário? Fica em aberto a resposta à questão Será que a volatilidade poderá não ser, por vezes, o melhor indicador para medir o conceito de risco?
OBRIGAÇÕES A CMVM, no relatório sobre os mercados de valores mobiliários de 2020, exibiu um gráfico onde incluiu o índice de volatilidade J.P. Morgan G7 (VXY) e o índice MOVE. Pelo gráfico, é possível compreender a elevada incerteza vivida no mercado obrigacionista durante o primeiro trimestre de 2020, principalmente ao repararmos no índice MOVE, “que registou valores substancialmente acima da média dos últimos dez anos”, refere a entidade no relatório. Já no longo prazo, e principalmente através deste último índice - o fear index do mercado de obrigações -, vê-se que o
segmento de obrigações não se tem tornado mais volátil, apesar dos números mostrarem cada vez mais emitentes do universo high yield e a concentração das carteiras nos segmentos de risco de crédito no limiar do investment grade, como visível no gráfico abaixo. Tom Ross, gestor de carteiras de obrigações de empresas, da Janus Henderson Investors, ilustrava recentemente isso mesmo à FundsPeople. O gestor comentava que no primeiro semestre deste ano, as obrigações BB representavam 60% de todo o mercado global de high yield, contra 55% no final de 2019, e após um crescimento de 30%, contra 46% há dez anos. O profissional assinalava ainda que o segmento com menor cotação (CCC e inferior) representava 10% do mercado de high yield, o mesmo que no final de 2019, mas abaixo dos 14% de há dez anos.
O ano de 2020 foi um ano recorde para os ativos ESG geridos de forma passiva, registaram um aumento de 203% na Europa em relação ao ano anterior, com um total de ativos sob gestão de 100 mil milhões de dólares. Por outro lado, a rentabilidade também contribuiu para o bom desempenho deste mercado. Desde o início de 2020 até ao final do primeiro semestre de 2021, o índice sustentável MSCI World SRI obteve 38,14%, vs 31,02% do índice tradicional MSCI World*. Os investidores interessados em participar no processo de descarbonização da economia e em alinhar-se com os objetivos de Paris podem usar dois tipos de Índices: Climate Transition Benchmark e Paris Aligned Benchmark. Os índices de referência CTB e PAB têm objetivos muito semelhantes, diferindo apenas em determinados critérios de seleção. O Climate Transition Benchmark posiciona a carteira numa trajetória de descarbonização, ou seja, num caminho gradual para a redução da pegada de carbono. O Paris Aligned Benchmark vai mais longe. Alinha imediatamente a carteira com os objetivos ideados para 2030: uma redução de 50% da pegada de carbono e a exclusão direta de todas as atividades relacionadas com combustíveis fósseis. A UBS AM foi pioneira na área da sustentabilidade, lançando os primeiros UBS ETF ações SRI em 2011. O percurso feito até agora mostra que a comunidade de investimento apoia este desafio e entende que a falta de ação não é uma opção. *Fonte: Bloomberg
SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 57
TENDÊNCIAS NEGÓCIO por Miguel Rêgo, CFA
O PEQUENO, MAS RELEVANTE MERCADO NACIONAL DE FUNDOS ESTRANGEIROS Apesar da pequenês do mercado português de fundos de investimento estrangeiros, este não é irrelevante. Isso é visível no constante e crescente interesse das entidades gestoras estrangeiras pelo desenvolvimento de negócio no nosso país. Mas quão relevante é?
58 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
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s dados de 2020 divulgados pela EFAMA mostram que o mercado de fundos estrangeiros em Portugal ascendia nesse ano a 32 mil milhões de euros. Em comparação, os números de fundos locais – incluindo fundos imobiliários e mobiliários – ascendiam a 25 mil milhões de euros, dos quais apenas pouco mais de 12 mil milhões diziam respeito a fundos UCITS ou OICVM. No que à distribuição de fundos internacionais diz respeito, no entanto, os números de 2020 mostram uma dimensão superior à do conjunto dos fundos domiciliados em Portugal. Mostram também uma tendência de
crescimento significativa, não só em número de fundos registados para venda, como em ativos sob gestão. Tomando como ponto de partida e referência os valores de 2020 e, portanto, os 32 mil milhões de euros distribuídos no nosso país, o que nos propomos é a compilar os dados e detalhes divulgados pelas entidades regulatórias, supervisoras e instituições representantes dos segmentos da gestão de ativos nacional e desconstruir esse valor agregado nos diversos segmentos de investidores em Portugal. Posto isto, há que ter em mente que os valores a que chegámos são uma mera aproximação daquela que será a dimensão do mercado de fundos es-
GESTÃO DE FUNDOS MOBILIÁRIOS
DISTRIBUIÇÃO AO RETALHO
Fica evidente que o investimento direto é rei nas carteiras da gestão de patrimónios em Portugal e que os instrumentos de dívida são os ativos predominantes.
A gestão de fundos de investimento é outro dos grandes segmentos consumidores de fundos estrangeiros.
A distribuição de fundos de investimento estrangeiros diretamente ao retalho é executada por 16 entidades, segundo a CMVM.
As diversas entidades gestoras com licença para executar gestão de patrimónios ou gestão discricionária em Portugal (34 entidades gestoras) agregavam ativos sob gestão, no final de 2020, na ordem dos 48,83 mil milhões de euros.
Numa recente análise com base nas séries longas disponibilizadas pela CMVM, vemos que as unidades de participação estrangeiras cresceram dos 2% do total de ativos sob gestão em Portugal, para mais de 30% do total em meados de 2020.
São entidades que disponibilizam nas suas plataformas de investimento uma vasta e crescente oferta de fundos estrangeiros.
As unidades de participação de fundos estrangeiros ocupam mais de um quinto do total de ativos sob gestão, o que ascende a 9,92 mil milhões de euros.
As unidades de participação de fundos estrangeiros no agregado das carteiras dos fundos nacionais ascendem a 4,70 mil milhões de euros.
O montante total distribuído, à data de 31 de dezembro, ascendia a 4,82 mil milhões de euros, um valor que tem vindo a crescer significativamente ao longo dos últimos anos.
9,92
4,70
4,82
MIL MILHÕES DE EUROS em fundos estrangeiros nas carteiras da gestão de patrimónios nacional
MIL MILHÕES DE EUROS em fundos estrangeiros nas carteiras da dos fundos mobiliários nacionais
MIL MILHÕES DE EUROS em fundos estrangeiros distribuídos diretamente ao retalho
GESTÃO DE PATRIMÓNIOS
SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 59
TENDÊNCIAS NEGÓCIO
ENTIDADES SEGURADORAS
O setor segurador surge como aquele com a maior dimensão no panorama da gestão de ativos nacional.
Fundos próprios, unit-linked, provisões técnicas dos segmentos vida e não vida, seguros PPR… as carteiras de investimento, no final de 2020, atingiam os 51,38 mil milhões de euros.
GESTORAS DE FUNDOS DE PENSÕES
As gestoras de fundos de pensões têm mais de 23,05 mil milhões de euros em ativos sob gestão em soluções de investimento orientadas para a reforma e que incluem os fundos de pensões PPR.
https://bit.ly/38bP6kq
O que os números nos dizem sobre quanto vale o mercado português de fundos estrangeiros Veja com maior detalhe os números que suportam esta compilação no artigo do Insights Portugal da FundsPeople.
Os dados da ASF indicam que 33% do total dos ativos estão alocados a fundos de investimento, o que representa 7,6 mil milhões de euros.
27,36
Os números divulgados pela ASF mostram que, apesar de o investimento direto ser também rei nas carteiras das seguradoras, os fundos de investimento atingiam, no final do ano passado, os 7,10 mil milhões de euros.
MIL MILHÕES DE EUROS em fundos de investimento internacionais em Portugal
7,10
7,60
6,78
MIL MILHÕES DE EUROS em fundos estrangeiros nos balanços das entidades seguradoras
MIL MILHÕES DE EUROS em fundos estrangeiros nas carteiras dos fundos de pensões
MIL MILHÕES DE EUROS Ajustamento para acautelar a duplicação de valores.
60 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
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A OPINIÃO DE ANA CARRISSO Senior Sales Manager para Portugal e Espanha, Fidelity International
BOAS PERSPETIVAS PARA AS AÇÕES EUROPEIAS trangeiros em Portugal. Valores geridos em sucursais e unidades internacionais de instituições nacionais, ativos geridos por entidades estrangeiras com representação ou atividade em Portugal e, principalmente, ativos sob consultoria para investimento, poderão não estar refletidos na sua plenitude, ou nem sequer surgir nos números divulgados. As nossas fontes, nomeadamente a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) e a Associação Portuguesa de Fundos, Pensões e Patrimónios (APFIPP), divulgam periodicamente dados do mercado que nos permitem então observar com maior detalhe (à data de final de 2020, por uma questão de uniformidade) como se distribui em Portugal o mercado de fundos estrangeiros entre os grandes setores investidores e distribuidores.
AJUSTAMENTOS E TOTAL O total bruto ascende a 34 mil milhões de euros em fundos estrangeiros. Não obstante, os diferentes setores que compõem a indústria não são estanques e as relações entre as diversas entidades fazem com que se verifique alguma duplicação de valores. É aqui que o precioso detalhe divulgado pela APFIPP ajuda, nomeadamente a desagregação das carteiras de investimento por tipo de cliente. Evidentemente, os valores divulgados apenas refletem as carteiras das entidades associadas, mas estas representam mais de 87% do total do mercado e todas as maiores entidades gestoras. Os valores a considerar para ajustamentos seriam os representados nas seguintes rubricas:
- Fundos de pensões residentes – 11 mil milhões de euros são geridos pela gestão de patrimónios – o que resulta numa estimativa de ajustamento na escala do peso deste montante no total dos ativos da da gestão de patrimónios, ou seja, 22% do total de fundos estrangeiros ou 2,32 mil milhões de euros; - Seguradoras residentes – 22 mil milhões de euros geridos pela gestão de patrimónios – o que, na mesma lógica do ponto anterior, resulta num ajustamento de 4,46 mil milhões de euros. Posto isto, resultam os seguintes valores: - Dos 9,92 mil milhões subtrair os 2,32 mil milhões referidos e os 4,46 mil milhões também indicados. Resultam então 3,14 mil milhões de euros na gestão de patrimónios, líquidos dos ativos das seguradoras e fundos de pensões; - 4,70 mil milhões de euros na gestão de fundos mobiliários; - 4,82 mil milhões de euros distribuídos ao retalho; - 7,10 milhões de euros nos balanços das seguradoras; - 7,60 mil milhões de euros na gestão de fundos de pensões. - Resultando num total de: 27,36 mil milhões de euros em fundos de investimento internacionais em Portugal É um valor bastante próximo daquele reportado pela EFAMA e que poderá ser encarado, como referido, como um valor aproximado do que à dimensão do mercado diz respeito. Irrelevante? Longe disso. E a evolução que se tem verificado faz com que Portugal se torne cada vez mais interessante como mercado para a gestão de ativos internacional.
As perspetivas para as ações europeias para o último trimestre do ano continuam otimistas a médio e longo prazo, uma vez que a aceleração do processo de vacinação sustenta as perspetivas de uma reabertura significativa dos mercados, apesar da hegemonia da variante Delta. Além disso, a Europa está altamente exposta a uma recuperação da atividade económica global graças ao seu forte setor de exportação, que, por sua vez, está a conduzir a um bom crescimento dos lucros das empresas. O BCE espera que a atividade económica europeia acelere, impulsionada pelo aumento das despesas dos consumidores e pela procura global, bem como pelas políticas monetárias e fiscais acomodatícias. A atual tendência da inflação tem sido, em grande parte, impulsionada pela reabertura e perturbações do abastecimento, pelo que é considerada transitória. Os dados do PMI dos serviços mostram que os preços dos consumíveis estabilizaram na Europa e que os tempos de execução dos fornecedores no setor industrial continuaram a melhorar. Isto sugere que os bottlenecks na oferta de bens e mão de obra que foram endémicos no segundo trimestre e que acabaram por limitar a atividade global e aumentar os preços, estão a começar a diminuir. SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 61
TENDÊNCIAS PLANIFICAÇÃO por Sergio Ríos García
É MAIS RENTÁVEL INVESTIR EM
ETF ESG
DO QUE NOS SEUS HOMÓLOGOS TRADICIONAIS? Para responder a esta pergunta comparámos a evolução dos principais índices e os seus equivalentes ESG. A resposta? Depende da geografia e do tipo de ativo. 62 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
COMO SE COMPORTAM OS ÍNDICES ESG FACE AOS ÍNDICES GERAIS? ETF
RENTABILIDADE 2017
RENTABILIDADE 2018
RENTABILIDADE 2019
RENTABILIDADE 2020
RENTABILIDADE 2021
RENTABILIDADE DESDE O LANÇAMENTO VERSÃO ESG
VOLATILIDADE DESDE O LANÇAMENTO VERSÃO ESG
S&P UCITS ETF
6,73%
0,24%
33,78%
8,60%
18,90%
89,52%
20,10%
S&P 500 ESG UCITS ETF
6,22%
-0,31%
32,95%
7,27%
19,32%
84,73%
20,52%
MSCI EUROPE
-
-
26,74%
-3,21%
15,56%
25,89%
18,29%
MSCI EUROPE ESG
-
-
28,27%
0,13%
14,60%
33,67%
17,47%
MSCI WORLD
-
-
30,04%
6,41%
16,68%
60,65%
18,41% 18,46%
MSCI WLD ESG LEAD EXTR
-
-
30,42%
6,71%
17,67%
62,42%
MSCI EM
36,47%
-15,36%
17,85%
18,01%
7,43%
71,12%
15,61%
MSCI EM SRI UCITS
33,85%
-10,50%
16,27%
17,46%
10,51%
76,05%
16,49%
*Dados da Bloomberg e cálculos realizados a partir do NaV de cada um deles desde o lançamento da versão ESG.
PAGA-SE MAIS PELA GESTÃO SUSTENTÁVEL? REGIÃO ETF
CUSTOS
CUSTOS (ESG)
DIF
Emergente
0,29%
0,24%
0,05%
Europa
0,19%
0,19%
0,00%
Japão
0,34%
0,16%
0,18%
Estados Unidos
0,10%
0,15%
-0,05%
Global
0,26%
0,24%
0,02%
*Dados de média do TER de cada ETF. Por exemplo, num índice como o S&P 500 os custos totais por replicar o índice geral vão desde os cinco aos 15 pontos bases, enquanto que na gama sustentável vão desde os nove aos 12 pontos base. Fonte: Bloomberg.
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s fabricantes de ETF lançaram-se ao mundo verde e responsável com uma oferta que se incrementa constantemente. Nos últimos meses é raro ver produtos de nova criação que não apliquem algum factor de sustentabilidade. A chegada da SFDR (Regulamento sobre a divulgação das finanças sustentáveis) exigiu às gestoras categorizar os seus produtos de investimento em função do seu nível de compromisso sustentável. E foi precisamente isto que impulsionou a aparição de ETF com caraterísticas sustentáveis (artigo 8) e com o objetivo de impacto (artigo 9). Os fundos
NA EUROPA O VEÍCULO ESG É MAIS RENTÁVEL DO QUE O TRADICIONAL. NOS EUA ACONTECE O CONTRÁRIO
que procuram impacto são bem claros na sua definição: independentemente do objetivo do fundo, deve identificar-se um impacto favorável. No entanto, dentro dos fundos com caraterísticas sustentáveis existem múltiplas possibilidades. E cada provedor ou fabricante de fundos utiliza um critério diferente: existem veículos com exposição ao mercado tradicional, mas melhorado com matizes ESG; existem metodologias best in class; investimentos temáticos; exclusões negativas ou diferentes graus de compromisso ambiental. Embora pareça que o mercado já não se questiona se os investimentos sustentáveis são ou não uma moda, SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 63
TENDÊNCIAS PLANIFICAÇÃO
SOBREPOSIÇÃO NO CASO DAS OBRIGAÇÕES Toma-se como exemplo um dos maiores ETF e mais representativos de crédito Euro, o Bloomberg Barclays Euro Aggregate Corporate ÍNDICE GENERAL
VERSÃO ESG
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*Rentabilidade acumulada de ambos ETF desde o lançamento da versão ESG. Fonte: Bloomberg.
continua a ser um tema pessoal, quase de crença, se esses investimentos estão a aportar valor às carteiras. À margem dessas preferências pessoais, é mais ou menos rentável investir com critérios ESG? Vejamos. Comparemos os principais índices e os seus homólogos ESG. Estes últimos de maneira generalizada, vão realizar uma série de exclusões de atividades polémicas como tabaco, álcool, carvão térmico, armas, etc., juntamente com uma seleção de títulos com preferência pelos mais bem posicionados no social, ambiental e governance. 64 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
Como se pode ver na tabela superior, há diferenças no rendimento dependendo da geografia. Nos Estados Unidos, no acumulado desde o seu lançamento, o veículo ESG fica quase cerca de 5% atrás do S&P 500. Por ano, no entanto, as diferenças são menos evidentes. Na Europa acontece o contrário. Tomando como referência o MSCI Europe, pode observar-se como o Velho Continente cumpre com essa aura de região sustentável, em que o rendimento do veículo ESG desde o seu lançamento supera em cerca de
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A OPINIÃO DE ANA CLAVER GAVIÑA, CFA Responsável de negócio para a Península Ibérica, América Latina e US Off shore, Robeco
O UNIVERSO DAS OBRIGAÇÕES É MAIS DIFÍCIL DE COMPARAR. O INVESTIMENTO SUSTENTÁVEL ESTENDE-SE A TODO O TIPO DE OBRIGAÇÕES, MAS A DÍVIDA SOBERANA ESTÁ MENOS REPRESENTADA 7% o tradicional. Para além disso, importa mencionar que em 2020, o índice ESG caiu cerca de 3% menos do que o índice geral.
MERCADOS EMERGENTES No caso dos emergentes é parecido, tanto no acumulado (+5%), como no melhor comportamento em quedas. Por último, para ter uma visão global, tomamos como referência o MSCI World, índice que tem um peso superior a 60% em ações americanas. Talvez por isto ou pelo conceito de ESG Leaders aplicado, fica ligeiramente atrás do índice geral desde o lançamento. Importa referir que a teoria nos diz que as empresas com melhores práticas sustentáveis apresentam menor volatilidade nos seus resultados, comportando-se de uma maneira mais estável. Anualizando a volatilidade dos índices do quadro, não fica patente este facto, sendo, com alguma exceção, pouco relevante. O que acontece com os custos? Paga-se mais pela gestão sustentável? A resposta parece ser não. Tomando os custos de um total de 45 ETF de índices globais e de 36 ETF sobre os mesmos índices, mas com caraterísticas sustentáveis, não se veem grandes diferenças com exceção do Japão. E o que acontece nas obrigações? No caso das obrigações é algo diferente. O lançamento de novos produtos de dívida sobrepôs-se praticamente com as suas versões ESG. Por isso, o
universo é algo mais reduzido e com menos histórico para comparar. Para além disso, e embora o investimento sustentável se possa estender a todo o tipo de obrigações, a parte da dívida soberana está menos representada, já que o grosso das gamas se orienta para o crédito corporativo.
OBRIGAÇÕES Como exemplo, tomamos um dos ETF maiores e representativos de crédito Euro, com ativos sob gestão de mais de onze mil milhões de euros face ao seu homólogo com critérios ESG (o índice de referência seria o Bloomberg Barclays Euro Aggregate Corporate). Pode ser por falta de histórico, pode ser pela sobreposição entre ambas as carteiras ou porque o lucro do investimento sustentável requer maior prazo e outros objetivos, mas não se vê uma aportação de valor, já que a versão sem caraterísticas ESG fica acima em 0,23% e o tracking error entre ambos no período selecionado é apenas de 0,15%. Definitivamente, o investimento ESG face ao tradicional pode chegar a ser mais rentável (ou não), mais caro (ou não), dependendo da geografia e do tipo de ativo, pelo que o investidor deverá contemplar ambas as alternativas em função de onde quer investir. Os ETF selecionados para este estudo cumprem com os seus objetivos de réplica sobre o índice selecionado. Por cada área geográfica utilizamos a gama de uma gestora distinta, as que têm o maior histórico possível para ver o funcionamento de diferentes filtros ESG.
RELER E REFLETIR: BENEFICIAR OS INVESTIDORES E A SOCIEDADE Torna-se fácil descobrir o propósito da Robeco no seu relatório anual: “permitir que os investidores tenham ganhos, ao mesmo tempo que se procura o benefício da sociedade como um todo”. A Robeco desde 1929 trabalhou ao combinar dados objetivos como o engenho humano, oferecendo aos nossos clientes estratégias inovadoras baseada em provas empíricas, desenvolvendo especificamente um profundo conhecimento e experiência em investimento sustentável. Prestamos muita atenção ao círculo virtuoso onde se retroalimenta a titularidade ativa e uma análise exigente, mas sempre a partir da abordagem de integração de parâmetros ESG nas decisões de investimento, e satisfazendo a necessidade de impacto do investimento que reclamam os clientes e a sociedade. Por isso, saber investir em sustentabilidade não é fácil. Uma gestora não se torna um investidor sustentável apenas porque exclui do seu universo de investimento certas atividades. Hoje, mais do que nunca, ao estabelecer uma perspetiva clara do futuro deve considerar a sustentabilidade como motor de mudanças estruturais. Esta última crise global surpreendeu todos, mas olhemos adiante, porque a recuperação oferece ao mundo uma oportunidade única de crescimento do lado da sustentabilidade. E isto convém a todos, sem dúvidas. SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 65
TENDÊNCIAS LEGAL por Gonçalo Melo Sampaio
Q&A DA COMISSÃO EUROPEIA SOBRE O
SFDR As perguntas respondidas pela Comissão Europeia não esclarecem todas as questões relativas à nova dicotomia introduzida pelo SFDR. Mas já são um auxílio.
66 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
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o início do presente ano, uma porção significativa dos players do meio financeiro foram confrontados com o início da produção de efeitos de mais um marco de natureza regulatória, desta vez respeitante a deveres de informação relativa à sustentabilidade no setor dos serviços financeiros. Referimo-nos ao Regulamento (UE) 2019/2088 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de novembro de 2019, também designado por SFDR. Muitos dos novos deveres de divulgação de informação já se encontram em vigor desde o dia 10 de março, ainda que a aplicação plena do SFDR esteja condicionada até à publicação da versão final das respetivas normas técnicas de regulação. Sem prejuízo, as autoridades de supervisão europeias recomendaram aos intervenientes e consultores abrangidos que sigam o atual projeto de normas técnicas de re-
gulação, embora tenham permanecido dúvidas sobre a interpretação de aspetos específicos do SFDR. Face a tais dúvidas, as referidas autoridades de supervisão apresentaram à Comissão Europeia um conjunto de perguntas, às quais solicitaram esclarecimento urgente, que foram finalmente abordadas no dia 26 de julho. Parece-nos ser relevante destacar um conjunto específico de respostas apresentadas pela Comissão Europeia, concretamente aquelas que poderão auxiliar os intervenientes e consultores a melhor compreender as fronteiras existentes entre os chamados produtos light green e dark green. Recordamos que os produtos light green são aqueles que promovem características ambientais e/ou sociais, desde que as empresas em que são efetuados os investimentos respeitem as práticas de boa governação. Por outro lado, os produtos dark green são aqueles que têm como objetivo investimen-
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A OPINIÃO DE MIGUEL LUZARRAGA Responsável para a Península Ibérica, AllianceBernstein
A COMISSÃO CONFIRMA QUE NÃO BASTARÁ A UM PRODUTO FINANCEIRO INTEGRAR RISCOS EM MATÉRIA DE SUSTENTABILIDADE PARA SER CONSIDERADO LIGHT GREEN tos sustentáveis, desde que tenha sido designado um índice de referência. Ainda que a regulação de ambos tenha em comum a mesma preocupação de evitar o greenwashing, a própria Comissão reforça que esta distinção é relevante para direcionar produtos a investidores com uma maior ou menor preferência em relação a fatores de sustentabilidade.
PRODUTOS LIGHT GREEN Um dos primeiros pontos esclarecidos pela Comissão foi que os produtos light green não têm de assumir uma determinada tipologia para serem qualificados como tal. Assim, a Comissão não estabeleceu, para já, limiares mínimos a respeito das políticas, objetivos, limites ou metodologias de investimento, para que se considere que um determinado produto está a promover características ambientais e/ou sociais. Deste modo, os produtos light green poderão continuar a sua prática de mercado, ferramentas e estratégias, tais como screening, estratégias de exclusão, investimento temático ou redistribuição de receitas e comissões. A Comissão chega mesmo a confirmar que estas práticas não são incompatíveis com os produtos dark green, desde que os investimentos se enquadrem na definição de investimentos sustentáveis descrita no SFDR. Outro aspeto confirmado pela Comissão é o de que não bastará a um produto financeiro integrar riscos em matéria de sustentabilidade – isto é, um acontecimento de natureza ambiental, social ou de governação que possa provocar um impacto negativo significati-
vo efetivo ou potencial no valor do seu investimento – para ser considerado um produto light green. Ainda, questionada sobre se a mera inclusão de termos como ESG, sustentável ou sustentabilidade na designação do produto financeiro seria suficiente para ser considerado um produto light green, a Comissão apresentou um conceito abrangente de promoção. Para esta, será promoção qualquer constatação, direta ou indireta, através de divulgação, relatório ou mesmo a transmissão da mera impressão de que os investimentos prosseguidos pelo produto financeiro incluem características ambientais ou sociais no âmbito das suas políticas ou objetivos de investimento. Esta promoção poderá ser concretizada, por exemplo, através de documentação pré-contratual ou periódica, folhetos de comercialização, descritivos de categorização de produtos, estratégias de investimento ou alocação de ativos ou ainda através da utilização de termos específicos nas designações dos produtos, seja esta formalizada em papel, suporte duradouro, sítios web ou plataformas de partilha de documentos. Ainda que os esclarecimentos resumidos acima, bem como os restantes encontrados no documento da Comissão, não tenham encerrado todas as questões a respeito da nova dicotomia introduzida pelo SFDR, parece-nos que são um elemento cuja consideração auxiliará à adaptação relativamente àquela que se mostrou ser uma das principais preocupações regulatórias deste ano.
O PANORAMA DA INFLAÇÃO Uma abordagem unilateral da estabilidade dos preços está ameaçada à medida que os decisores políticos começam a concentrar-se naquilo que são preocupações mais proeminentes. Está em curso uma mudança no panorama da inflação. Mas como será o novo regime? A noção de um banco central independente tornou-se um dos princípios-chave das boas práticas de governação. Após a elevada inflação da década de 1970, a mensagem era muito simples: manter a inflação baixa. O equilíbrio político está a mudar, à medida que os governos tentam reparar os danos económicos da COVID-19, combater as desigualdades, fazer grandes investimentos para mitigar as alterações climáticas e gerir níveis recorde de dívida. Desde o final da II Guerra Mundial, houve três regimes distintos de inflação global, com Japão a insinuar um quarto: 1) Os anos pós-II Guerra Mundial, em que os governos usaram a política fiscal para prosseguir ativamente os seus objetivos e a repressão financeira mista e a inflação para ajudar a reduzir a dívida pública. 2) A década de 1970, quando a inflação aumentou em dois dígitos. 3) A era de orientação para a inflação iniciada na década de 1990, com a adoção generalizada da independência dos bancos centrais, metas formais de inflação e a realização de uma estabilidade quase-preço (uma taxa de inflação anual de 2,0%). 4) Japanificação, com a inflação em torno de níveis de zero e crescimentos mínimos. SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 67
TENDÊNCIAS ADVISORY por João Távora
O PAPEL DA TECNOLOGIA NO WEALTH MANAGEMENT O wealthtech acaba por capacitar os consultores financeiros, permitindo que estejam mais centrados no cliente e na relação que criam com ele. Contas feitas, acabam por estar centrados naquilo que realmente importa.
68 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
C
om a democratização da tecnologia, e ao olharmos com detalhe para o negócio de wealth management em Portugal, identificamos algumas dificuldades na jornada da gestão de carteiras, nomeadamente: (i) a crescente regulação e reporting e o repto que representa cumprir com todos os requisitos legais; (ii) dificuldade de ter uma visão agregada de todo o património do cliente; (iii) necessidade de diversas plataformas, complicando a gestão de portefólios e trazendo custos acrescidos de implementação e manutenção das mesmas e (iv) limitações de tempo, o que dificulta que os consultores possam fazer prospeção de novos clientes. Neste sentido têm surgido soluções no segmento wealthtech com o propósito de criar produtos e serviços
digitais, que melhoram a atividade dos diferentes intervenientes na cadeia de valor da poupança, investimentos e gestão de ativos, tentando trazer princípios de simplicidade na experiência de utilização, bem como recorrência, automatização e democratização. Assim, o desafio é a criação de uma plataforma que ligue consultores financeiros, clientes e informação de mercado atualizada em tempo real e que consiga combinar a gestão da carteira do cliente, com ferramentas analíticas, de risco e de rebalanceamento de modo a fornecer uma visão e execução holísticas sobre os portefólios em vários bancos do cliente numa única ferramenta. Através da melhoria de cada etapa do processo de investimento, e tornando-o contínuo, o wealthtech capacita os consultores financeiros, permitindo que estejam mais centrados no cliente,
TOTAL DE ATIVIDADE DE INVESTIMENTO GLOBAL (VC, PE E M&A) NAS FINTECH 2018-2021 CONTAGEM DE NEGÓCIOS
VALOR DE NEGÓCIO (MILHARES DE MILHÕES)
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932
941
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890
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Fonte: Pulse of Fintech H1’21, Global Analysis of Investment in Fintech, KPMG International, junho 2021
focando-se assim no que realmente importa: relacionamentos sólidos e aquisição de novos clientes.
MAIS EFICIÊNCIA No aconselhamento financeiro em Portugal os financial advisors independentes deparam-se muitas vezes, por um lado, com as plataformas bancárias, que são uma espécie de homebanking, mas isso faz com que o advisor tenha de ter tantos acessos quanto bancos os seus clientes tiverem; por outro lado, as outras plataformas tecnológicas existentes, que, por norma, têm setups muito longos e um foco em funcionalidades específicas o que não oferece uma cobertura end-to-end do workflow diário do consultor. Assim, reduzir de forma substancial a alocação do tempo dos consultores financeiros a tarefas sem valor acrescen-
tado, aumentando assim a sua eficiência, deve ser o principal objetivo a curto prazo das sociedades de consultoria financeira. Tendo em consideração que estas empresas em tempo de pandemia tiveram que se adaptar usando tecnologias virtuais para manter as suas reuniões com os clientes, assumimos que este renovado conforto com a tecnologia provavelmente tenderá a mudar as práticas de aconselhamento no futuro. Com o avanço da tecnologia, a consultoria financeira ganha a capacidade de automatizar partes de serviços financeiros, incluindo temas como negociação online, execução automática de ordens, reporte a reguladores, bem como grandes melhorias no rastreamento de documentos e registos de propostas de aconselhamento. O acesso à informação e a manutenção do cliente bem informado sobre os seus investimentos fazem SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 69
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TENDÊNCIAS ADVISORY
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A OPINIÃO DE LAURA DONZELLA Responsável de distribuição institucional e de retalho para a Península Ibérica, América Latina e Ásia, Nordea AM
FUNÇÕES DO WEALTHTECH O QUE OS INVESTIDORES QUEREM (CX)
• Tudo é fácil, intuitivo e eficiente EFICIENTE (ex. elevada automação, sem atritos, integrado, e colaborativo)
• Nunca paramos de aprender sobre vocês, para vos servirmos melhor • A nossa equipa, algoritmos, e ferramentas: todos trabalham para vocês • Experienciam a nossa equipa como uma só • Antecipamos as suas necessidades, e ouve o nosso feedback antes de pensar em nós
INTELIGENTE (ex. inteligência auto-consciência e elevado envolvimento)
• Apresente ao seu próprio ritmo, através de simulações e interações • Estamos sempre disponíveis para si, em qualquer lugar, em tempo real • Compreendemos quem é e como se sente • Tratamo-lo como um ser humano, racional e emocional
CONFIÁVEL (ex.humano, moderno, fiável e transparente)
• Apreciamos a sua confiança e recompensamos a lealdade • Atuamos sempre no seu melhor interesse e de forma compatível com as regulações • O preço é transparente e baseado no valor
O QUE OS CONSULTORES QUEREM (AX)
• Tornamos o vosso trabalho fácil, mais rápido e melhor • Pode fazer o seu trabalho em vários dispositivos (ex. telemóvel, tablet, desktop) • Guiamo-lo no seu trabalho, antes de ter de procurar o que precisa • Ajudamo-lo a si e à sua equipa a serem como um só • Ampliamos os seus pensamentos e intuições e fornecemos-lhe as melhores ideias e insights • Pode envolver-se e aconselhar os seus clientes numa base contínua • Tem as ferramentas para co-criar com os seus clientes ou com potenciais clientes
• Compreendemos as suas necessidades únicas e permitimoslhe customizar a sua experiência • Estamos sempre a apoiá-lo e criamos transparência de forma a ajudá-lo, não a geri-lo • Ajudamo-lo a fazer crescer o seu negócio da forma que pretende
Fonte: The future of wealth management revisited, Winter 2020, 0 Deloitte Development LLC
parte integrante do papel que a tecnologia desempenha. O desenvolvimento de uma proposta financeira é uma jornada importante e um bom consultor financeiro desempenha um papel crítico neste processo, mas, sem a tecnologia para complementar, esta jornada pode tornar-se cada vez mais difícil à medida que nos aprofundamos cada vez mais na 4ª Revolução Industrial. A tecnologia está em toda a parte e a evoluir a passos largos e, se não for adotada, o segmento tradicional de Wealth Management pode ficar para trás. Quer seja um consultor financeiro ou um investidor, sem a presença de tecnologia nos seus processos de planeamento financeiro será mais difícil 70 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
prosperar e sobreviver. A tecnologia existe para apoiar, simplificar e potenciar eficiência, ao invés de ameaçar esta indústria, assim, os modelos e ofertas de aconselhamento automatizado cada vez menos representam uma ameaça para os consultores financeiros, mas sim um facilitador ou oportunidade para seus negócios. É perfeitamente claro que o aporte de um advisor humano é essencial e nunca pode ser substituído pela tecnologia, no entanto, nos dias de hoje e nos anos que virão, tanto o consultor como a tecnologia serão vitais para melhorar substancialmente a experiência do cliente e modernizar o segmento de gestão de carteiras ou patrimónios.
UMA ABORDAGEM COMPROVADA E PREPARADA PARA OS DESAFIOS DO FUTURO Após uma Era de baixas taxas de juro, uma volatilidade crescente e um rally continuado dos ativos de risco, parece que a conjuntura começa a alterar-se. A volatilidade continua na ordem do dia, e as expectativas dos mercados quanto ao aumento da inflação e à evolução futura das taxas de juro alertam os investidores para a necessidade de se prepararem para tempos difíceis. Por isso, os investidores começam a prepararse, especialmente num contexto de diversificação para os que procuram uma carteira equilibrada. A estratégia Stable Return da Nordea é uma solução equilibrada, com um histórico comprovado e capaz de navegar neste complexo paradigma, pois pode participar em bull markets e oferecer proteção em bear markets. Com uma abordagem fundamental bottom-up de equilíbrio de riscos, a estratégia combina fontes de retorno agressivas e defensivas com baixa correlação, conseguindo uma verdadeira diversificação. O equilíbrio da carteira consegue-se sem recurso excessivo da duração, graças às fontes de retorno alternativas de carácter defensivo. Com elas, os gestores podem enfrentar o aumento das taxas de juro e simultaneamente manter a liquidez da carteira. Além disso, a estratégia está também preparada para lidar com uma maior inflação, pois os ativos em carteira têm valorizações atrativas e um poder de fixação de preços alto (ou seja, têm a possibilidade de passar o aumento dos preços para os seus clientes). Em suma, a abordagem comprovada da estratégia Stable Return pode ajudar os investidores a navegar em ambientes complexos e gerar retornos atrativos ajustados ao risco ao longo do tempo.
O investimento responsável está no nosso ADN há 15 anos Hoje este compromisso é partilhado pelas boutiques da nossa plataforma Queremos contribuir para construir um futuro sustentável e apoiar a sociedade em que vivemos
As boutiques da nossa plataforma
Generali Insurance Asset Management **
Generali Investments Partners *
Generali Global Infrastructure Real Estate
Saiba mais em www.generali-investments.com *Designação comercial da entidade: Generali Investments Partners S.p.A Società di Gestione del Risparmio ** Designação comercial da entidade: Generali Insurance Asset Management S.p.A Società di Gestione del Risparmio O Grupo Generali presta muita atenção aos investimentos responsáveis e aplica um Filtro Ético de Grupo desde 2006. A aplicação do Filtro Ético de Grupo faz parte do processo de avaliação discricionária da sociedade gestora e os resultados desta avaliação são confidenciais A informação contida neste documento proporciona uma orientação geral sobre os produtos e serviços oferecidos pelas sociedades de gestão de ativos pertencentes ao Grupo Generali, cuja atividade é coordenada pela Generali Investments Partners S.p.A Società di Gestione del Risparmio. Em nenhum caso constitui uma oferta, recomendação ou incentivo a (i) investir em títulos e unidades de investimento coletivo ou (ii) solicitar uma oferta de serviços de investimento. Este documento não está associado a um contrato ou compromisso nem deve entender-se como a base do mesmo. Também não se deve considerar uma recomendação explícita ou implícita da estratégia de investimento ou de assessoria nesta matéria. Antes de subscrever um contrato de serviços de investimento, cada potencial cliente receberá os documentos estabelecidos pela legislação atual, os quais deverá ler atentamente antes de tomar qualquer decisão de investimento. Nenhuma parte deste documento pode ser (i) copiada, fotocopiada ou duplicada por nenhum meio ou (ii) redistribuída sem o consentimento prévio da Generali Investments Partners S.p.A Società di Gestione del Risparmio. A Generali Investments Partners S.p.A Società di Gestione del Risparmio e a Generali Insurance Asset Management S.p.A. Società podem modificar periodicamente este documento e não se responsabilizam por possíveis erros ou omissões, nem pelos danos ou prejuízos que podem derivar do uso inadequado da informação contida neste documento. A Generali Investments é uma marca comercial da Generali Investments Partners S.p.A., Società di gestione del risparmio, Generali Insurance Asset Management S.p.A. Società di gestione del risparmio, Generali Investments Luxembourg S.A. e Generali Investments Holding S.p.A. Parte da informação contida neste documento foi obtida através de fontes externas à Generali Investments Partners S.p.A. Società di Gestione del Risparmio. Ainda que se considere que esta informação é fiável para os fins que se perseguem, não se garante que seja exata ou exhaustiva.
TENDÊNCIAS I+D por Ana Palomares
COMO VARIOU O ÍNDICE DE PREÇOS DO CONSUMIDOR (IPC) DESDE O BABY BOOM < -1,99 -1,99 - 1,85 1,85 - 4,48 4,48 - 7,02 > 7,02
1970 Fonte: Banco Mundial.
A INFLAÇÃO PODE A
CONTINUAR A SUBIR, SE A NATALIDADE NÃO AUMENTA?
O aumento dos preços no consumo é o grande risco que os mercados enfrentam a curto prazo, mas alguns especialistas apontam que não deve ser motivo de preocupação no longo prazo, aludindo à tendência demográfica.
72 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
subida que a inflação experimentou nos últimos meses converteu-se no grande risco com o qual os mercados tiveram de lidar. Sobretudo tendo em conta que a subida mais abrupta aconteceu precisamente nos EUA, a primeira economia do mundo e cuja política monetária marca o caminho oficial para o resto dos bancos centrais. O consenso diz que mais do que estrutural este aumento da inflação (os dados de junho deixam o IPC anual em 5,4%) é meramente transitório. E embora a duração do termo transitório não esteja muito clara, algumas análises apontam para a componente demográfica como uma das causas que impedirão ver a inflação em taxas elevadas no longo prazo. Na verdade, a onda demográfica é uma das que compõem o tsunami que os mercados enfrentam a longo prazo, segundo Kim Catechis, estratega do Franklin Institute. “Os países que
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2020 mais contribuíram para o crescimento global estão a envelhecer mais rápido do que outros e isso é um desafio, já que o perfil demográfico pode desacelerar as pressões inflacionárias e também a economia”, afirma. E ilustra esta explicação com o gráfico da página 84, no qual se vê uma correlação quase perfeita entre a taxa de fertilidade e o IPC dos EUA.
MENOS TRABALHADORES No caso da União Europeia a correlação não é tão exata como a que se vê nos EUA devido à variedade dos dados por país em ambos os rácios, fertilidade e IPC, mas ainda assim são vários os estudos que apontam sobre o impacto que tem a redução da classe trabalhadora (devido a uma menor natalidade) no crescimento e na inflação. Por exemplo, segundo estimativas da OCDE, o crescimento potencial do PIB per capita reduzir-se-á em 0,25 pontos percentuais na década de 2030,
e não só por causa do menor avanço da força laboral, mas também pela redução da produtividade no trabalho associada ao envelhecimento. Já para não falar do impacto de um menor consumo na economia. “O envelhecimento demográfico repercute-se no consumo, que geralmente atinge o pico entre os 40 e os 45 anos de idade; assim, em torno dos 75 anos o consumo de uma pessoa praticamente se reduz para metade”, afirma Ariel Bezalel, responsável de Obrigações da Jupiter AM. E segundo o relatório de Perspetivas da população mundial da ONU, em 2050 uma em cada seis pessoas terá mais de 65 anos (16%), face aos 9% que representava em 2011. É esta uma das razões pelas quais Bezalel prevê uma era prolongada de taxas baixas. Para além disso, segundo apontam outros especialistas, esse processo de envelhecimento aparece juntamente com outros fatores que, a priori,
são deflacionistas. “Outras razões adicionais para o contexto de baixas taxas de juro são, por exemplo, a queda dos preços devido ao aumento do uso da automatização e da robótica e, consequentemente, a menor pressão salarial em determinados postos de trabalho da indústria manufatureira”, afirma Adrian Daniel, gestor de multiativos da MainFirst.
TAXAS DE JURO BAIXAS O Japão, a nação mais envelhecida do mundo, e que há duas décadas luta para gerar inflação sem êxito, é o país que alguns tomaram como referência para tentar elucidar sobre o futuro do que a maioria dos Estados ocidentais esperam. “Baseando-se na experiência do Japão até agora, inclinamo-nos para pensar que o impacto do envelhecimento da população é deflacionista”, afirma Silva Dall’Angelo, economista sénior da Federated Hermes. E acrescenta que “para além disso, no futuSETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 73
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ROB ZEUTHEN Gestor da estratégia BNY Mellon Mobility Innovation, BNY Mellon IM
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IPC (taxa interanual em %, média 5 anos)
EUA Rácio de fertilidade (filhos por mulher) *
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A OPINIÃO DE
CORRELAÇÃO ENTRE A TAXA DE FERTILIDADE E O IPC
UNIÃO EUROPEIA 1,60
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IPC harmonizado (taxa média anual em %)
Fonte: Franklin Templeton Institute.*A taxa de fertilidade abarca os últimos 22 anos.
Rácio de fertilidade (filhos por mulher)
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TENDÊNCIAS I+D
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Fonte: Eurostat.
ro a maior procura de cuidados poderá estimular os avanços da robótica, outra tendência deflacionista”. No entanto, Cateherine Doyle, da equipa da BNY Mellon Global Real Return Fund, indica que embora a demografia possa parecer deflacionista, há outros fatores que indicam uma tendência de subida dos preços. “A escassez da mão de obra é evidente (empresas como a Amazon estão a ter que persuadir os potenciais funcionários com prémios para a construção) e o setor manufatureiro está a sofrer o desabastecimento de componentes básicos, pelo que parece que as tendências inflacionárias são dominantes”, afirma a especialista. A dúvida está em se os bancos centrais podem manter as políticas aco74 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
modatícias inclusive com uma inflação em alta. A este respeito, é importante recordar que tanto a Fed como o BCE optaram nos últimos meses por variar as suas políticas relativamente à inflação flexibilizando os seus objetivos. O motivo subjacente nestas mudanças é impedir que os bancos centrais se vejam obrigados a subir taxas por causa de aumentos dos preços pontuais ou transitórios, como se define o atual. Ao fim e ao cabo, as estatísticas mostram que a inflação não fez outra coisa do que cair nos últimos anos a nível global. Um exemplo disso é que, nos últimos 40 anos, se reduziu o número de países com taxas mais elevadas, como se aprecia nos mapas-mundo das páginas 82 e 83.
CONDUÇÃO INTELIGENTE, INVESTIMENTO INTELIGENTE Imagine a cena: vai a conduzir numa estrada movimentada com muito trânsito, ultrapassa um grupo de camiões que circula a grande velocidade em fila indiana. Ao passar perto do último camião do grupo, nota que o condutor não segura o volante, nem os seguintes condutores. Ainda mais surpreendente: o primeiro camião do grupo não tem condutor. Isto pode parecer uma cena de ficção científica exagerada, mas na verdade é algo que está a acontecer neste momento, à medida que reguladores e outros grupos de interesse em todo o mundo começam a entender o potencial que oferece a autonomia nos veículos. De qualquer forma, este é apenas um exemplo das opções oferecidas pela nova tecnologia. Estas novas tecnologias, em breve omnipresentes, englobam todo um ecossistema de empresas. Por isso, os investidores que desejem estar expostos a estes avanços tecnológicos podem encontrar oportunidades de investimento atrativas em toda a cadeia de valor. O universo das empresas de mobilidade não é apenas constituído por empresas líderes e de beta muito elevado. Muitas empresas de automóveis tradicionais, fabricantes de eletrónica, fornecedores de produtos básicos e empresas químicas são os principais contribuintes para a inovação da mobilidade. As empresas de interesse podem estar em diferentes partes do mundo, uma vez que o movimento para a mobilidade inteligente é global. De uma perspetiva de longo prazo, estas tecnologias vieram aqui para ficar.
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Um Padrão Global de Sustentabilidade para Fundos Os investidores estão atualmente a ser confrontados com o crescente interesse em investimentos sustentáveis. A Morningstar disponibiliza serviços como investigação, ferramentas e análises para ajudar os investidores a entender estes fatores de sustentabilidade, realizar operações de due diligence, avaliar o risco e oportunidades de ESG. Morningstar Sustainability Rating™ e Morningstar Portfolio Carbon Metrics™ foram desenvolvidos para ajudar os investidores a avaliar o desempenho das empresas através de fatores ambientais, sociais e de governança, para que possam construir os seus planos de investimento de uma forma mais responsável. Descubra como pode integrar estes valores sustentáveis na sua estratégia de investimento a longo prazo. Para mais informação: global.morningstar.com/SustainableInvesting ou envie um correio eletrónico para sales.esp@morningstar.com
Morningstar Sustainability Rating™
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TENDÊNCIAS FUNDS SERVICES por Javier Muñoz Neira e Eva García San Luis
NOVAS FERRAMENTAS PARA CHEGAR A NOVOS CLIENTES Neste artigo analisamos as principais tendências na gestão de ativos para, a partir delas, destacar algumas das tecnologias digitais que vão impactar as mesmas. 76 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
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digitalização vai ser uma das chaves de transformação e modernização do setor da gestão de ativos, tal como acontece noutros setores de negócio. Conceitos como big data, inteligência artificial (IA), automatização de processos ou desintermediação de canais, fazem já parte da estratégia a curto e médio prazo das entidades a operar no setor. Como vai a digitalização afetar a gestão de ativos? Para responder a esta pergunta, analisemos primeiro quais são as principais tendências que observamos neste momento. Por um lado, encontramo-nos com novos perfis de cliente procedentes de gerações digitais que motivam mu-
danças nas expetativas e na procura e que exigem novas propostas de valor e formas de operar diferentes. Os clientes pedem serviços mais à medida e personalizados, um aconselhamento mais integral e planificado ao longo da sua vida como investidor e novos objetivos não financeiros vinculados com a sustentabilidade. Exigem também novos canais 24/7 em tempo real, maior flexibilidade para operar e estar informados, uma percepção clara do valor, num contexto de segurança sem fissuras, empatia com a entidade, valores e integridade. Em segundo lugar, os dados vão ter um papel central: por um lado, o perfil das preferências dos clientes permite fazer propostas de valor melhor adaptadas às necessidades e gostos de cada um deles. Por outro lado, a análise exaustiva de como se comportam os objetivos potenciais de investimento para otimizar a rentabilidade e adaptar-se ao perfil de risco dos clientes. Como terceira tendência, há que mencionar as mudanças regulatórias constantes e profundas que procuram sobretudo mais proteção para o cliente, mais transparência na informação que facilitam às entidades (por exemplo, na relação com a discriminação dos custos dos serviços), novos e mais complexos relatórios para os supervisores (por exemplo a normativa SFDR vinculada a fatores ESG), mais e nova documentação sobre governance e cumprimento, e novos riscos a mitigar como o da resiliência e continuidade do negócio.
Em quarto lugar, o aparecimento de novas plataformas avançadas e integradas de estrutura flexível, na nuvem, centradas nos dados, que representa importantes processos de transformação operacional dirigidos a procurar a consultoria digital num sistema híbrido entre robô humano e a integração da inteligência artificial.
MAIS ALÉM DO CLIENTE Finalmente, as entidades estão a concentrar-se, para além disso, em reestruturar as suas operações mais além das funções de contacto com o cliente, para permitir a transformação digital de toda a organização, sendo um elemento chave de êxito deste processo o alinhamento entre a estratégia e o modelo operativo, que reforça aspetos relevantes como: a monitorização da informação de clientes, a melhoria da informação de clientes, a melhoria da experiência do cliente de um ponto de vista global e integrado, a redução de custos e a maximização da eficiência operativa, a rastreabilidade e a transparência, a escalabilidade e a sustentabilidade do modo operativo e a flexibilidade e agilidade para adaptar-se às mudanças, conseguindo-se, em última instância, a transformação em entidades com contextos digitalmente integrados, transparentes, cognitivos e seguros. Como se pode ver, muitas destas tendências são consequência dos processos de transformação digital que afetam todos os setores e a sociedade no seu conjunto. Neste ponto é impor-
TAL COMO A NETFLIX FAZ COM AS SÉRIES, AS GESTORAS TÊM QUE OFERECER SOLUÇÕES ADAPTADAS ÀS PREFERÊNCIAS DE CADA INVESTIDOR
tante destacar aqui algumas das tecnologias digitais que vão impactar as tendências que mencionámos. Tal como a Netflix faz recomendações personalizadas de filmes e séries aos seus clientes, as entidades de gestão de ativos têm que ser capazes de oferecer soluções de investimento adaptadas às preferências de cada investidor. A microsegmentação de clientes, utilizando algoritmos avançados de machine learning, permite gerir as carteiras de ativos adaptando-se às expetativas de rentabilidade e perfil de risco. É importante mencionar também o uso da inteligência artificial para automatizar e validar os investiSETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 77
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TENDÊNCIAS FUNDS SERVICES
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A OPINIÃO DE MARK NASH Gestor de fundos, Estratégias Alternativas de Fixed Income, Jupiter AM
UMA ESTRATÉGIA DE FIXED INCOME MELHORADA
NÃO BASTA QUE A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PROPONHA COMBINAÇÕES DE INVESTIMENTO EXCELENTES. HÁ QUE EXPLICAR PORQUE É QUE ESSA COMBINAÇÃO É A BOA mentos. Aqui é necessário combinar tecnologias que permitam analisar as tendências de todos os mercados nos quais se opera (leitura automática das notícias que podem marcar as tendências, modelos de previsão, etc.), calcular os riscos por mercado e por ativo e, por último, otimizar a carteira de ativos combinando a informação de riscos e rentabilidade. Neste ponto é relevante destacar que estas ferramentas serão uma ajuda para o gestor de ativos, que será quem toma as decisões, tal como sucede nos sistemas de medicina assistida. Por isso não basta que o sistema possa propor combinações de investimento excelentes, mas sim que, para além disso, seja capaz de explicar por que é que essa combinação é a boa. Menção merece também a análise automatizada das normativas, cada vez mais abundante e complexa, para assessorar melhor os clientes e garantir o seu cumprimento. Por exemplo, o sistema poderá analisar sistematicamente o texto das novas normativas e gerar resumos das mudanças regulatórias e o seu impacto nos investimentos de cada 78 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
cliente. Do ponto de vista das operações internas e compliance, um sistema similar poderá alertar sobre a aparição de novos relatórios que pede o regulador e que informação deverá conter. Finalmente, há que fazer referência às novas arquiteturas das plataformas de gestão interna. Estas terão que atender a múltiplos canais, estar operacionais continuamente, sem erros, integrar os sistemas de inteligência artificial e devem poder adaptar-se rapidamente às novas necessidades e mudanças regulatórias que vão aparecendo. Por esse motivo, é necessário sistematizar a arquitetura das plataformas de gestão interna utilizando soluções orientadas a microserviços e comunicadas por eventos, abandonando as arquiteturas tradicionais monolíticas. Estes são só alguns dos exemplos mais representativos de tecnologia que farão parte habitual da gestão de ativos. Para implantá-los, cada gestor deve definir a sua estratégia dentro do contexto das tendências e eleger as tecnologias que melhor se alinham com a estratégia.
A definição de políticas monetárias mudou. Os estímulos fiscais vieram para ficar à medida que se abordam questões de desigualdade e mudança climática, passando os bancos centrais para uma posição menos relevante. O contexto será mais favorável para a economia global, mas menos para o mercado de obrigações. O crescimento económico e inflação mais elevados poderão levar a um aumento das yields e, por isso, será necessário olhar-se para o retorno absoluto, de modo a alcançar-se rentabilidades positivas. Serão necessários fundos que possam assumir posições curtas e procurar investimentos de valor relativo, sendo essencial ser-se flexível. Estes fundos procuram alcançar retornos positivos em todos os contextos de mercado, e nivelar as rentabilidades à medida que o ciclo avança. Nas obrigações, tal situação exige características adequadas no que se refere a duration, yield curve, exposição a crédito, país e exposição cambial. Os fundos podem utilizar uma cobertura de derivados completa para atingir esse objetivo, procurando rentabilidades diversificadas em todo o fixed income. Os fundos tradicionais e com benchmarks terão dificuldades em obter rentabilidades positivas, à medida que se restringem as políticas monetárias e a inflação aumenta. A procura de rentabilidades através de taxas de juro, spreads e divisas, tanto em posições longas e curtas, coloca as estratégias alternativas de obrigações numa boa posição para terem um desempenho consistente e acima da média.
Fundspeople.com, uma nova web, uma oferta completa de serviços Apresentamos o novo fundspeople.com, uma plataforma que recolherá toda a oferta de serviços que sob o conceito FundsPeople, evolving together definem a nossa cultura, baseada em seis áreas estratégicas: News, Community, Events, Analysis, Learning e Data.
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ENTREVISTAS GURU por Samuel Capucho
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O mundo está em constante disrupção. Estamos a passar da era industrial analógica para a era digital, e o velho modelo em que as empresas apenas maximizavam o valor para os acionistas está a ser ultrapassado. É precisamente a partir desta mudança que Adam Schor pretende trabalhar neste novo fundo. Um produto muito peculiar, com uma abordagem holística, onde a capacidade de uma empresa criar mais valor do que aquele que retira é fundamental. TNE
PRESIDENTE E RESPONSÁVEL DE RISCO DA NZS CAPITAL SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 81
ENTREVISTAS GURU UMA IDEIA PLAUSÍVEL? Adam Schor acredita mesmo que, tal como há uma classe de ativos de imobiliário, também haverá uma classe de ativos de inovação. “Vemos uma procura e interesse crescentes por inovação, e as pessoas estão a ficar mais conscientes de quão rápido o ambiente à nossa volta pode mudar de um momento para o outro”.
istribuído pela Jupiter, mas gerido diretamente pelo seu parceiro NZS Capital, o Jupiter NZS Global Equity Growth Unconstrained fund SICAV, lançado em maio de 2021, é um fundo muito jovem no mercado. Como parceiro especialista, a NZS oferece características muito atrativas: uma visão especializada e completamente focada naquilo que é a gestão deste fundo. Acima de tudo isto, é expert na temática da inovação, onde há muito crescimento e muitas oportunidades de investimento. Pelo seu robusto nome podemos desde logo verificar que se trata de um fundo global de ações. Esta é, mais concretamente, uma “estratégia de investimento composta por uma carteira global de empresas com a capacidade de se adaptarem e prosperarem num mundo em constante evolução”, introduz Adam Schor, CFA, presidente e responsável de risco da NZS Capital. Trata-se, desta forma, de um produto que pretende escrutinar uma palavra-chave: disrupção. Uma palavra que, nos dias de hoje, tem de ser considerada sinónimo de oportunidade para os investidores. Mas é a filosofia de investimento implementada nesta estratégia que salta mais à vista, sendo através dela que a equipa de gestão se pretende diferenciar da restante oferta de fundos deste universo. O conceito base passa por investir em empresas que potenciam ao máximo o valor de Non-Zero-Sum (ou NZS). Este conceito, explica Adam, “baseia-se num cenário win-win, ou seja, que procura o benefício para todas as partes envolvidas no fundo”. Para tal acontecer, a equipa de gestão admite que alguns modelos de negócio têm de ser repensados, de forma a que uma empresa crie mais valor do que aquele que retira à sociedade. A equipa da NZS, que conta no seu conjunto com mais de 70 anos de experiência, acredita que os vencedores serão as empresas que se focarem em criar mais valor para todos. Desde clientes, colaboradores, sociedade, ambiente e, claro, acionistas. “Ao criarem mais valor para todos os envolvidos, as empresas promovem adaptabilidade, inovação e sucesso a longo prazo”, realça Adam.
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Nesta ótica, trata-se de uma estratégia muito peculiar e diferenciadora. De facto, Adam acredita que o modelo que as empresas seguem de apenas gerar valor para os acionistas já não é mais atrativo. “É, na verdade, um modelo que está a ser ultrapassado”, revela.
UMA ABORDAGEM HOLÍSTICA Por outras palavras, trata-se de uma abordagem holística que pretende acompanhar a disrupção do mundo em que vivemos. “Neste ambiente de profunda disrupção e, consequentemente, com um ritmo crescente de inovação, precisamos de empresas que sejam adaptáveis”, comenta Adam. “Ou contribuem e fazem parte da mudança, ou têm de ser capazes de se adaptar à mudança”, acrescenta, em jeito de conselho. Como resultado, empresas que são mais abertas, mais adaptáveis, e mais recetivas à disrupção, são empresas que criam mais valor e refletem melhor a abordagem principal: Non-Zero-Sum. “Esta é a nossa ideia. Se conseguirmos investir em inovação e disrupção em empresas que têm esta característica NZS, vamos conseguir ter empresas que criem valor, que sobrevivam a tempos incertos de inovação e disrupção”, reitera. Aos olhos de Adam Schor, enquanto no velho modelo uma empresa apenas maximizava o valor para o acionista, uma empresa hoje precisa de fazer mais do que isso. “Se uma empresa não está a servir adequadamente os clientes, e se está a tentar proteger-se com uma vantagem competitiva, essa empresa está vulnerável à disrupção”, afirma. Assim, à luz dos muitos desafios que as empresas enfrentam hoje em dia, este parece ser mais um. E, num mundo competitivo como este, as que não conseguirem acompanhar, serão substituídas. O profissional justifica esta ideia através de dois simples exemplos. Por um lado, refere o negócio farmacêutico. “Durante muito tempo, o modelo de negócio das farmacêuticas passava pela ida do cidadão às farmácias”. No entanto, hoje sabemos que tal modelo abriu caminho para a disrupção. “Hoje em dia há farmacêuticas que funcionam com encomendas por correio e, portanto, a ideia de ter uma vantagem competitiva em que não se oferece valor aos clientes e, em vez disso, tira-se valor aos mesmos, foi abolida”, realça.
“SE CONSEGUIRMOS INVESTIR EM INOVAÇÃO E DISRUPÇÃO EM EMPRESAS QUE TÊM ESTA CARACTERÍSTICA NZS, VAMOS CONSEGUIR TER EMPRESAS QUE CRIEM VALOR, QUE SOBREVIVAM A TEMPOS INCERTOS DE INOVAÇÃO E DISRUPÇÃO” Por outro lado, o mesmo aconteceu no modelo de negócio das empresas do setor imobiliário dos Estados Unidos. “Quando se vendia uma casa, as empresas cobravam uma comissão fixa de 6%. Contudo, devido às visitas virtuais que agora são habituais, elas conseguiram diminuir esse custo para os utilizadores e, com isso, criaram mais valor”, afirma. Neste sentido, a filosofia por detrás da equipa de gestão da NZS Capital volta a dar provas dadas. Adam vai mais
além e coloca um pensamento não tão popular: “Acreditamos que a ideia de vantagem competitiva, que toda a gente fala, é uma vulnerabilidade. É dessa forma que se mantém o cliente agarrado a esta era digital e hoje em dia não se pode manter o consumidor agarrado”.
OS VERDADEIROS DRIVERS Este processo faz com que o fundo esteja muito focado no setor tecnológico e nos serviços de comunicação. As razões serão facilmente percetíveis: são os setores onde a inovação e a disrupção vão ser os puros drivers. No entanto, refere Adam Schor, nos próximos tempos vê esta ideia alastrar-se a outros setores como, por exemplo, os serviços financeiros, a saúde e a indústria. Se assim for, “a equipa de gestão estará pronta e acompanhará esse movimento”, assinala. Seria estranho terminar esta conversa sem mencionar o posicionamento do fundo em termos de critérios ESG. Na verdade, no Jupiter NZS Global Equity Growth Unconstrained fund, o ESG está incluindo em todo o processo de investimento. “Nós despendemos algum tempo a olhar para a natureza da empresa e levamos o ESG a ser integrado em todo o processo”. Como resultado, Adam acredita que a abordagem NZS como um todo é outra forma de refletir ativamente os critérios ESG. SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 83
ENTREVISTAS GESTOR PORTUGUÊS por Margarida Pinto
Duarte Rodrigues GESTOR DO BPI GIF HIGH INCOME BOND, BPI GESTÃO DE ATIVOS
“O MAIS IMPORTANTE É ENCONTRAR EMPRESAS COM TENDÊNCIAS POSITIVAS DO PONTO DE VISTA FUNDAMENTAL” O fundo da BPI GA tem vindo a notabilizar-se no segmento de high yield no mercado nacional. Passada a tormenta de março de 2020, tirar partido da recuperação no póspandemia tem sido chave. BPI GIF High Income Bond é o fundo high yield com melhor relação rentabilidade e risco em 2021. Duarte Rodrigues, gestor do produto desde 2019, confessa que desde final de 2020 que têm uma visão positiva para os ativos de risco, em especial nesta classe de high yield, mas também para setores mais cíclicos, e “mais fortemente impactados pela pandemia”. Toda esta visão, apresenta agora o profissional, “refletiu-se no posicionamento do fundo desde então e, salvo ligeiras alterações, tem-se mantido ao longo deste ano”. Claro que a pandemia acabou por ter repercussões no produto. A grande quantidade de fallen angels no mercado
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em 2020 teve o seu impacto, “tanto no mercado investment grade como no mercado high yield”. Nessa altura, a equipa acabou por procurar “tirar partido de algumas oportunidades relacionadas com este movimento técnico”. As empresas em carteira que têm privilegiado, desde então, vão desde “empresas de setores industriais e de consumo (construtoras, empresas de shipping, fabricantes automóveis…), até empresas altamente impactadas pela pandemia e que oferecem um elevado potencial de recuperação no pós-pandemia”, diz. A alocação ao setor financeiro tem sido estratégica nos últimos anos, mais concretamente em instrumentos subordinados (AT1 e LT2). “Estamos a falar genericamente de instituições de grande dimensão, de boa qualidade de crédito, cujas obrigações subordinadas apresentam um prémio de risco e um potencial de remuneração muito interessante, ao mesmo tempo que são um elemento diversificador numa carteira de high yield mais tradicional”, justifica. Resumidamente, o gestor atesta que todos estes temas “têm tido uma performance muito satisfatória ao longo deste ano”, com uma outperformance face aos restantes setores. A fórmula do sucesso foi apenas uma: “A alocação a estes setores, bem como a seleção individual em cada setor”, realça Duarte Rodrigues, enfatizando que esta filosofia foi o principal driver de performance do fundo, tanto em termos absolutos como relativos.
SELEÇÃO INDIVIDUAL O mercado high yield europeu é o que está mais representado em carteira. O gestor explica que a abordagem é “eminentemente fundamental e assenta na seleção individual de empresas, com base em métricas e fatores de risco específicos”. Quando olha para uma empresa, procura “tendências positivas ao nível das métricas de crédito e com boas perspetivas de desalavancagem”, mas também “empresas com modelos de negócio sólidos, mas expostas a outros fatores de risco”. A análise de crédito é, portanto, onde assenta o processo de investimento do fundo. Nesse sentido, torna-se essencial “a componente de research”, para “gerar novas ideias de investimento”, mas também para “monitorizar a qualidade de crédito dos emitentes em carteira”. O gestor atesta: “Mais importante que encontrar as empresas com melhores métricas de crédito, é encontrar empresas com tendências positivas do ponto de vista fundamental, bem como empresas com modelos de negócio sólidos, mas expostas a outros fatores de risco, e que lhe proporcionem perfis de risco/retorno mais interessantes”.
AMANTE DE DESPORTO Duarte Rodrigues é grande adepto de desporto. Chegou a competir em BTT e pratica surf já há alguns anos. Mais recentemente começou a praticar desportos de combate e ciclismo.
A fotografia do produto em termos setoriais acaba por ser resultado da “seleção bottom up” que executam, embora não prescindam de um objetivo de diversificação ao nível dos emitentes e das indústrias. A componente macro também é integrada no processo, “como forma de otimizar o posicionamento da carteira”. “Este processo procura avaliar as condições macro do universo de obrigações, onde se incluem as condições macroeconómicas, earnings das empresas, valuation das várias classes de obrigações, bem como expetativas de taxas de default”, especifica. A gestão do risco, por sua vez, está presente
em toda a linha. Procuram “mitigar vários riscos, através da diversificação, da monitorização do risco de crédito e do risco de liquidez”. A compressão de spreads continua a ser visível, claro, mas na opinião do especialista “o mercado ainda apresenta um nível elevado de dispersão”, sendo por isso capazes de “encontrar valor e oportunidades no mercado de high yield”. “Se por um lado os spreads estão em valores historicamente baixos, por outro lado, temos visto uma melhoria clara dos fundamentais e das métricas de crédito, com a gradual abertura da economia”, verifica o gestor. SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 85
ENTREVISTAS GURU por Regina R. Webb
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Não aspire debater sobre macroeconomia com Fabio Riccelli. O gestor da Fidelity define-se, antes de tudo, como um stock picker. Não olha para o índice, sentencia. E para isso, evita explicitamente que a parte macro entre em jogo na sua tese de investimento. Quer que o motor principal da carteira seja endógeno aos negócios pelos quais aposta. É uma maneira de entender o investimento que nasceu dos seus primeiros passos no mundo das empresas de pequena e média capitalização. “A primeira pergunta que me faço perante uma empresa é: como gera dinheiro? A segunda é se é um modelo sustentável”, conta. TNE
GESTOR DO FIDELITY FUNDS EUROPEAN DYNAMIC GROWTH FUND SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 87
ENTREVISTAS GURU
PAGAR CARO PARA COMPRAR BARATO Estamos perante um fundo growth de ações europeias. Mas a procura do crescimento vem acompanhado de uma exigência com as valorizações. “No investimento, apenas se ganha dinheiro se se comprar uma empresa abaixo do seu valor intrínseco”, defende Riccelli. É que para o gestor comprar barato não é sinónimo de um PER baixo. Pelo contrário, está disposto a pagar um prémio pelos bons negócios e deixar que o tempo e a paciência os convertem em pechinchas.
ara entender o Fidelity Funds European Dynamic Growth Fund há que conhecer de onde vem o seu gestor. Desde que saiu da universidade em 1998, Fabio Ricelli esteve ligado à Fidelity toda a sua vida profissional. Os seus primeiros passos no mundo do investimento foram como analista, cobrindo os setores sanitário e de tecnologia médica, e depois como cogestor na equipa de Bolsa Europeia de Small Caps. Mas sempre ligado ao universo das empresas de pequena e média capitalização. “Os valores de pequena capitalização tratam-se de um mundo de stock pickers. Há pouco espaço para a parte macro”, afirma Ricelli. E é uma maneira de entender o investimento que perdura no seu estilo décadas mais tarde. “Quando comecei como gestor de fundos, parei para pensar qual era a minha vantagem competitiva como profissional”, conta. Assim, todos os fundos que liderou na Fidelity sempre tiveram a sua marca: a seleção bottom-up de títulos levada ao extremo. Ricelli aspira ativamente a eliminar a visão macroeconómica da sua análise financeira. “Quero que o motor principal de qualquer dos meus investimentos seja endógeno ao negócio”, defende. “Porque iria comprar uma tese de investimento cujo núcleo fosse um dado ou um valor macro do qual não tenho nenhuma ideia de onde estará em 12 meses”, refere. Não se trata de ignorar a parte macro. Por exemplo, num contexto inflacionário é importante que as empresas tenham poder de fixação de preços. Ou seja, não permitir que sejam o centro de uma tese de investimento. “A primeira pergunta que me faço perante uma empresa é: como gera dinheiro? A segunda é se é um modelo sustentável”, conta. Isto dá ao gestor uma boa ideia do ris-
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co que pode comportar uma empresa. O fundo também conta com uma camada ESG. Na verdade, está organizado sob o artigo 8 da SFDR. Esta filosofia fez com que a carteira dos seus fundos tenha um viés para o growth de qualidade. O Fidelity Funds European Dynamic Growth não é uma exceção. 90% da estratégia, com Selo Funds People 2021, pela sua dupla classificação de Favorito dos Analistas e Blockbuster, poder-se-ia dividir em quatro setores. Saúde, tecnologia, consumo e indústria. Seria muito estranho ver empresas de materiais ou banca. Tudo pela mesma razão: porque é onde pode usar o seu critério de análise fundamental. “Há setores que não são terreno para quem se move pela seleção de títulos. Pode-se fingir ser um stock picker em energéticas, mas a realidade é que quando compras uma petrolífera o verdadeiramente determinante será o preço do petróleo. E o mesmo acontece com as financeiras. A banca é um negócio de commodities; movem-se pela macroeconomia”, defende. Ricelli prefere distanciar-se de nichos demasiado sensíveis aos movimentos do ciclo. “Eu não aloco capital à fase onde nos encontramos no ciclo”, sentencia.
COMPRAR BARATO SENDO GROWTH Apesar dessa predileção por negócios de qualidade, a valorização é outro elemento crucial da sua filosofia. “No investimento só se ganha dinheiro se se comprar uma empresa abaixo do seu valor intrínseco. Tudo mais é especulação”, sentencia. Assim, Ricelli é muito ciente do que para ele é o maior risco de um gestor growth: pagar um elevado preço e que esse crescimento acabe por não se materializar. Pode ser-se growth e comprar barato? Na opinião de Ricelli, sim. Se se tem a paciência suficiente. O gestor
“EU NÃO ALOCO CAPITAL EM FUNÇÃO DE ONDE NOS ENCONTRAMOS NO CICLO” aspira manter as ideias na carteira durante muitos anos. Há valores nos quais está investido 10 anos, embora a média ronde os 4-5 anos. Para o gestor, comprar barato não se refere a um múltiplo baixo. De facto, defende que o PER que se deveria estar disposto a pagar por uma empresa capaz de crescer 10% anualmente durante 10 anos é muito superior ao que o mercado paga por ela. “Os investidores tendem a subvalorizar o verdadeiramente sustentável que pode chegar a ser o crescimento e a qualidade”, assegura. Assim, em termos de métricas financeiras, o fundo geralmente mover-se-á com um PER superior à média do mercado. Algo que não preocupa Ricelli, já que também
mostra um crescimento médio de lucros muito superior à média. “Penso no fundo como se fosse uma empresa. Inclusive em anos maus a carteira experimentou um crescimento dos lucros”, conta. Apesar de os fundamentais serem bons, está disposto a pagar um prémio. Na verdade, considera que estão a pagar menos do que o mercado. “Porque obtenho mais por cada euro investido do que se apostasse numa empresa sem crescimento ou de baixa qualidade”, explica. No entanto, como seguro contra imprevistos, exige a cada posição um potencial de revalorização. Procura pelo menos 10% de rentabilidade anual ao longo de um ciclo de investimento. Isto é, um potencial de subida de 50%. SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 89
ENTREVISTA DISTRIBUIDOR Margarida Pinto
Rui Coimbra RESPONSÁVEL DE BANCA PRIVADA, MILLENNIUM BCP
“PREOCUPAÇÃO COM A SUSTENTABILIDADE TEM ESTADO CADA VEZ MAIS PRESENTE NO MOMENTO DE ALOCAR CAPITAL” 2020 foi um ano de superar barreiras. Encurtaram-se distâncias com a tecnologia, e os clientes tornaramse mais conscientes daquilo que representa a busca por retorno. Preocupações ESG passaram para o início da lista. dúvida com a qual Rui Coimbra se confrontou em 2020 foi seguramente partilhada por muitos outros responsáveis bancários. “Como conseguir estar próximos dos clientes e manter a confiança que depositam em nós?”, questionou-se no eclodir da pandemia. A presença física era impossível, mas, para além disso, colocava-se a questão do distanciamento tecnológico. “Grande parte dos nossos clientes não usavam o website ou a app”, explica agora o responsável de Banca Privada do Millennium bcp. A jornada pela frente foi grande. Focaram-se num “trabalho enorme” que fez crescer em mais de 300% o número de clientes com a app da instituição. Mas não só. Aumentaram exponencialmente os contactos com clientes, “em especial quando os mercados estavam a cair”, de forma a apoiá-los e esclarecê-los. Adicionaram ainda pontes de contacto, como as Private Talks, onde partilhavam digitalmente conhecimento com os clientes. Assumindo desde início que aquele seria “um choque económico exógeno e temporário”, conta que a estratégia de investimento no período “assentou no pressuposto que
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a recuperação seria rápida”. Contudo, na impossibilidade de fazerem “um market timing perfeito após a correção”, focaram-se em realçar “a importância de manter os investimentos”. Conta que foram tendo uma preferência “por ativos de risco, favorecendo o investimento em ações, em dívida empresarial e também em commodities”. A gestão ativa das carteiras, por sua vez, permitiu que fizessem uma adaptação do investimento à evolução da pandemia. Reforçaram a exposição “a setores e regiões mais resilientes ao contexto pandémico, designadamente ao setor tecnológico e à Ásia”, ao mesmo tempo que fortaleceram posições em setores que podiam “beneficiar da recuperação, nomeadamente com um pendor para o estilo value”. A filosofia da entidade assenta, portanto, em três vetores: elevada diversificação das carteiras, gestão ativa na alocação, e a seleção de fundos de investimento internacionais best in class. Uma fórmula que considera positiva, já que as carteiras geridas apresentaram nos últimos 10 anos retornos acumulados de 38% (3% de retorno ao ano) e 126% (9% ao ano) respetivamente nas carteiras mais conservadora e mais agressiva.
PRIVATE BANKERS CERTIFICADOS A rede de private bankers da entidade continua a ser uma das mais extensas do país. Conta com 50 private bankers e 10 especialistas de investimento, estando os private bankers certificados ao nível do aconselhamento financeiro, “com o grau mais exigente da DMIF II”. Fisicamente têm presença em Lisboa, Cascais, Porto, Braga e Aveiro. “Quando faz sentido o contacto pessoal os nossos private bankers vão ao encontro dos clientes”, explica. Rui Coimbra ausculta o crescente interesse “por investir fora de Portugal, e em particular por empresas com baixo risco de ESG, onde a preocupação com o ambiente e a sustentabilidade tem sido cada vez mais presente no momento de alocar capital”. Para fazer face a esta preocupação, as equipas “prepararam uma seleção de alternativas orientadas para minimizar o risco ESG”, disponibilizando ainda “um conjunto de alternativas passivas que permitem investir nas mais diversas temáticas de investimento”. Sobre o que apelida de ânsia de retorno, o responsável destaca uma consciência maior dos clientes. “Demonstram já um nível de sofisticação que os leva a entender que no clima atual de taxas de juro baixas, o retorno que se obtém está sempre associado a risco acrescido e, como tal, têm recorrido às nossas equipas para diversificarem exposição de forma eficiente e informada”, aponta. Nas tendências atuais que reconhece fala ainda de “um aumento gradual da diversificação”, onde o peso do imobiliário tem sido crescente.
FOCO ESG Face às preocupações ESG dos clientes, a instituição criou uma seleção de alternativas orientadas para minimizar o risco ESG. Os clientes podem investir em diversas temáticas, como energia limpa ou investigação do genoma humano.
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ENTREVISTAS GURU por Óscar R. Graña
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Se há uma estratégia no universo de fundos mistos conservadores que está a atrair cada vez mais o interesse dos investidores ibéricos é aquela que nos apresenta Francesco Sandrini, um produto que a Amundi herdou da Pioneer Investments que nos últimos três anos conseguiu gerar uma rentabilidade anualizada de 6%, mais do dobro da conseguida pela média da sua categoria. E, tudo isso, respeitando uma banda de volatilidade que se situa entre 5% e 7%. TNE
RESPONSÁVEL PELO AMUNDI FUNDS GLOBAL MULTI ASSET CONSERVATIVE SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 93
ENTREVISTAS GURU FLEXIBILIDADE ENTRE BANDAS Os intervalos de classes de ativos nos quais se move o fundo são bastante amplos. Mantém um perfil de risco conservador, com um limite máximo de investimento de até 30% em ações. Um dos pontos chave do seu melhor comportamento relativo é o facto de ter sido capaz de mostrar uma maior resistência em fases de queda.
Amundi Funds Global Multi Asset Conservative é um dos grandes legados que a Amundi recebeu depois da compra da Pioneer Investments. Em primeiro lugar, porque se trata de uma estratégia que se destaca pelo seu bom track record, com uma rentabilidade anualizada nos últimos três anos de 6,1%, mais do dobro do gerado pela média da sua categoria (2,7%), segundo dados da Morningstar. Em segundo lugar, porque a filosofia que segue este fundo misto conservador encaixa perfeitamente nessa necessidade que têm os investidores ibéricos de encontrar produtos que lhes gerem rentabilidade assumindo um baixo risco, o que no último ano fez disparar os fluxos em direção à estratégia. Ambas são razões que contribuíram de maneira decisiva para que este ano o fundo desfrute do Selo FundsPeople, com as classificações Blockbuster e Consistente. O fundo está sob a direção da equipa de multiativos da Amundi. Faz parte de uma gama que, no total, atesoura um volume de ativos que ronda os 45.000 milhões de euros. No caso concreto do Amundi Funds Global Multi Asset Conservative, o seu património atual alcança os 3.400 milhões. O interesse por esta estratégia não se circunscreve apenas ao mercado ibérico. “Nos últimos tempos temos visto fluxos de entrada por parte de investidores institucionais da Ásia, França, Suíça e Escócia. A escala que a Amundi nos deu foi o trampolim perfeito para a descolagem do produto”. Quem o diz é Francesco Sandrini, responsável de Multiativos na entidade. Trata-se de um dos pais fundadores do sistema sobre o qual se cimenta a gestão deste produto: o da diversificação efetiva. O processo de investimento consta de quatro pilares: estratégia macro, cobertura macro, estratégias satélite e estratégias de seleção. Utilizam um enquadramento de orçamento de risco próprio para alocar e gerir ativamente o risco. “Na gestão não delega-
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94 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
mos absolutamente nada. O fundo é fabricado internamente”, sublinha Sandrini. Na altura de fazer a alocação de ativos seguem três passos: um a médio prazo, que vem determinado pela alocação dinâmica de ativos; outro a mais curto prazo, impulsionado pela alocação tática; e um processo de orçamento de risco, que aloca o risco entre as estratégias. “Este processo está amplamente suportado pelos nossos modelos de alocação de ativos próprios, como o Advanced Investment Phazer e a metodologia Asset Class Attractivess. É um traço caraterístico do fundo, que o torna único na sua categoria”, destaca. Sandrini mostra-se convencido de que o valor acrescentado que o fundo fornece está na capacidade que tem a equipa de confrontar a sua visão macroeconómica com essa habilidade para selecionar em cada momento os melhores ativos para a carteira. “Entrar num setor e saber que ações têm maiores probabilidades de comportar-se bem ou aquelas que mais afetadas se vão ver por um determinado evento é, para nós, o que nos permite descriminar e tomar decisões rápidas, como aconteceu no final de 2020 com a grande rotação do growth para os títulos cíclicos”. Na opinião da equipa, atualmente a recuperação económica já está refletida no preço. “Estamos a entrar num cenário tardio do ciclo, que obriga a estar alerta. É um momento em que as empresas cíclicas e value podem passar o testemunho às de qualidade, dada a maior visibilidade em termos de lucros que oferecem nestas últimas. E também para nos mantermos prudentes nos mercados emergentes. Na verdade, nas ações preferimos os mercados desenvolvidos. Em obrigações, priorizamos o investment grade, embora também apostemos no high yield europeu e americano”. Na sua opinião, um dos segredos que sustentam o êxito do fundo é a sua capacidade de se adaptar às distintas condições de mercado. “Dado que os mercados evoluem
“A CAPACIDADE DE ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS DE CONDIÇÕES DE MERCADO TORNOU-SE ALGO AINDA MAIS IMPORTANTE HOJE EM DIA” constantemente, há que ser muito proactivo na alocação de ativos para gerar alfa. Assim, em função das mudanças na nossa avaliação de riscos, contexto económico, valorizações, fluxos ou aspetos técnicos, realizamos ajustes às ponderações de referência. Por exemplo, recentemente assumimos posições curtas em materiais, dado que a correção da China está muito ligada a este setor”, exemplifica.
A seu ver, o mercado está cheio de desafios. “Às vezes, tende a ser levado pelos fundamentais. Outras, por seu lado, é conduzido por fatores macro. Também há momentos disruptivos, como aconteceu nos últimos dois anos, período em que os fluxos se viraram para o ESG. Isto foi importante para nós já que, embora desde que incorporámos na Amundi a maneira de gerir praticamente não mudou, aproveitámos sim todo o conhecimento e os recursos da Amundi para incluir no nosso processo de análise os critérios ambientais, sociais e de governo”. Isto foi para eles algo muito importante que lhes permitiu não ficar de fora num contexto em que o cliente procura este tipo de produto. Não nos podemos esquecer que, nesta indústria, a teoria de seleção natural de Darwin também se aplicaca: não sobrevive o mais forte mas aquele que melhor se adapta. SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 95
ENTREVISTAS 5 MINUTOS por Miguel Rêgo, CFA
96 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
DAR DESTAQUE À REFORMA Os administradores consideram seu dever para com a comunidade “trazer para o dia de hoje as temáticas da reforma e da necessidade de poupança em função dos ciclos de vida de cada pessoa”
Sérgio Ruivinho e Nuno Basílio ADMINISTRADORES EXECUTIVOS, SGF
O CAMINHO DIGITAL PARA A INOVAÇÃO DA SGF A entidade gestora de fundos de pensões independente quer ver reforçado o valor percebido dessa independência e consolidar a imagem de provedor de soluções de poupança. ano de 2020 foi um ano de consolidação na SGF. A Golden Actives, acionista da Golden Wealth Management, adquiriu 14,49% adicionais do capital da entidade gestora de fundos de pensões e consolidou a sua posição de acionista maioritário, com 71,30% da gestora. Em termos da estrutura, a administração é agora assegurada por Nuno Basílio e Sérgio Ruivinho que dividem as responsabilidades como administradores executivos. Dividem responsabilidades, mas partilham a linha diretora para o sucesso do projeto. “O que almejamos é estar no top of mind quando alguém pense em poupança”, dizem em entrevista à FundsPeople. Apesar do aumento da taxa de poupança das famílias portuguesas que se verificou recentemente, os profissionais acreditam “que o tema da poupança não reside de forma habitual na mente das pessoas”, como coloca Sérgio Ruivinho. Como tal, consideram seu dever para com a comunidade “trazer para o dia de hoje as temáticas da reforma e da necessidade de poupança em função dos ciclos de vida de cada pessoa”, acrescenta. Com um negócio pautado pela independência, que “já em si, é um fator diferenciador” dos seus concorrentes, como aponta Nuno Basílio, consideram que a liberdade de selecio-
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nar os melhores instrumentos do mercado, sem quaisquer constrangimentos, representa uma das grandes valências da SGF e da sua abordagem à poupança. Por outro lado, acrescenta, a independência numa perspetiva de especialização significa que apenas se dedicam “a encontrar as melhores soluções de poupança, sem desfocar com outras soluções sejam elas de crédito ou seguros”.
SIMPLIFICAR Para cumprir com o grande objetivo definido e capitalizar as suas valências, Sérgio Ruivinho indica o caminho de uma “aposta forte no online”, no sentido de “simplificar, para todos os segmentos de mercado, o ato de poupar”. “Achamos que é fundamental simplificar o processo, facilitando uma ação que já de si, é difícil de tomar, em determinadas faixas etárias”, alerta. Este que é “um dos maiores projetos e desafios que a SGF tem em mãos”, a digitalização, vai ser posto em prática em duas vertentes. “A primeira e a nossa razão de ser, são os nossos clientes”, diz Nuno Basílio. “Estamos a trabalhar com um parceiro na definição de uma solução tecnológica que permita aos clientes a consulta das suas aplicações na SGF online, mas adicionalmente poder proceder a reforços, alterações de produtos, entre outros procedimentos”, diz. Para o profissional, o desafio é ainda maior porque pretendem “cada vez mais ter um negócio de base digital e, portanto, de raiz, este projeto incorporará o onboarding digital de novos clientes”. Como consequência, aponta, esta vertente “será acompanhada de alterações substanciais a nível interno, com o objetivo de tornar a SGF paperless no mais curto de espaço de tempo possível”. Para os administradores, estes passos no digital são essenciais para acomodar o lançamento de um produto em formato PEPP (Pan European Pension Product) em que estão a trabalhar. Apesar de questões sobre o produto que estão ainda por esclarecer, como a fiscalidade, ambos os profissionais acreditam que pode ser um game changer para a SGF. Por fim, e como apelida Sérgio Ruivinho de “algo inescapável” encontramos o tema ESG. “Na SGF estamos convictos da importância do tema e estamos a trabalhar em adaptações a vários níveis na empresa. Em termos do Art 8º do Regulamento 2019/2088 ainda não temos nenhum fundo abrangido, mas estamos a estudar estratégias de gestão que se enquadrem no mesmo”, conclui. SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 97
ENTREVISTAS GURU por Regina R. Webb
98 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
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As obrigações de mercados emergentes nasceram como classe de ativos há 35 anos. Três anos mais tarde, Luis Freitas de Oliveira iniciou a sua carreira profissional. O gestor viu evoluir o mundo da dívida emergente de um nicho quase ilíquido para uma das últimas opções para o investidor de obrigações num mundo de taxas zero. Um universo que aborda com o devido respeito que pede um mercado tão grande e tão heterógeno: análise fundamental independente e uma equipa gestora diversa nos seus processos de análise e nas suas perspetivas. “É ingénuo pensar que a mesma pessoa que te fala sobre as perspetivas da Mongólia, pode ter uma opinião válida sobre a dívida do Senegal”, defende. TNE
GESTOR DE CARTEIRAS E PARTNER, CAPITAL GROUP SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 99
ENTREVISTAS GURU UMA CARREIRA LIGADA A UMA CLASSE DE ATIVOS No princípio da sua carreira, como analista de investimentos de ações, focou-se no setor financeiro. Posteriormente, foi expandindo o seu trabalho até ao ponto em que, como gestor, tem coberto todo o espectro de ativos. Como consequência, a sua posição única permitelhes ter uma perspetiva global e uma sólida visão dos mercados emergentes e, em particular, dos de obrigações, uma classe de ativos que tem crescido ao longo da sua carreira. Porque, se ele tem 32 anos de experiência no setor, a dívida emergente apenas conta com 35.
ara Luis Freitas de Oliveira o investimento deve nascer da análise, do entendimento sobre o que se está a colocar na carteira do cliente. “Não se pode investir na base da intuição ou seguindo o pensamento das massas”, afirma o gestor de carteiras e partner do Capital Group. É uma filosofia que o tem acompanhado durante as suas três décadas de carreira profissional. Toda uma trajetória ligada aos mercados emergentes. Durante esse tempo, o gestor tem vivido em primeira mão a passagem à maturidade de uma classe de ativos. Freitas de Oliveira recorda o mercado emergente de há três décadas, quando as dificuldades de liquidez tornavam verdadeiramente viável apenas quatro países e, principalmente, em dívida emitida em dólares. Agora o gestor pode falar com clientes sobre o boom em empresas emergentes. Com o crescimento, veio a diversificação. Não só na oferta, mas também nas dinâmicas que entram em jogo. A partir das perspetivas do risco, os emergentes já não se movem como um universo único. O que afeta a China ou a Rússia pode ser muito distinto, como vimos no colapso da lira turca há dois verões. Há 20 anos um evento assim teria tido repercussões nos restantes emergentes. Em 2019, apenas esteve nos títulos da imprensa durante uns meses. Também amadureceu o universo de investimento. O gestor recorda a banca latino-americana dos anos 80, fragmentada e em constante risco de colapso. “Atualmente muitas empresas de países emergentes têm presença em fundos globais; são reconhecidas como empresas internacionais”, conta. Transfere todo esse conhecimento para o Capital Group Emerging Market Debt Local Currency (Selo FundsPeople 2021 pela classificação de Consistente), e o Capital Group Emerging Markets Total Opportunities, duas das grandes apostas da gestora em Portugal. E uma classe de ativos tão variada como é a dos emergentes beneficia da diversidade das equipas de gestão. No Capital Group acreditam firmemente que o mundo é muito complexo. Demasiado para depender da única
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100 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
mente de um gestor estrela. É parte do ADN da entidade norte-americana: converter no seu forte o facto de cada pessoa aportar os seus próprios vieses, opiniões e visões. Para eles, é um valor acrescentado para o processo de investimento que a equipa gestora tenha maneiras distintas de entender o mundo. “A diversidade de pensamento é muito importante. Será um exercício inútil se tivermos dois gestores da mesma proveniência étnica, que estudaram na mesma universidade, que jogaram golf no mesmo clube e que tiveram a mesma forma de ver o mundo”, sentencia Luis Freitas de Oliveira.
UM VISÃO MAIS GRANULAR Essa diversidade de opiniões também se estende à maneira de abordar a classe de ativos. A equipa de obrigações e ações emergentes trabalham juntas. Ao contrário de muitos gestores de obrigações, ouvimos o profissional falar comodamente de conceitos mais próprios do mundo do equity, como o retorno sobre o capital investido. “Gostamos de transferir essa capilaridade para as equipas e para os fundos. Trata-se de aportar novas maneiras de entender o mercado e de perceber os riscos”, explica. Em pré-pandemia, os analistas de ações e de obrigações viajavam juntos. Isto permite à equipa de dívida sentar-se com perfis muito distintos daqueles a que a indústria está habituada; escutar os ministros das finanças e bancos centrais, mas também as empresas privadas onde a Capital Group é acionista. E essa foto mais ampla serviu de alavanca em mais de uma ocasião. Recentemente, para entender as eleições do Perú, cujo candidato vencedor acabou por ser Pedro Castillo. O atual presidente do país, marcadamente de extrema esquerda, tem gerado dúvidas no mercado de dívida com os seus discursos a favor da nacionalização de empresas privadas. “Falar com os CEO de empresas no Perú ajudou-nos a ter uma visão muito mais granular”, conta Freitas de Oliveira. “O banco central do país é como uma parede; apenas vai oferecer a versão oficial. Por outro lado, uma empresa do setor privado deu-nos outra visão”.
“O INVESTIMENTO TEM QUE COMEÇAR PELA ANÁLISE. NÃO PODE SER POR INTUIÇÃO OU SEGUINDO O PENSAMENTO DAS MASSAS” SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 101
PRODUTOS COMPARAÇÃO por Ana Palomares
A
O HIGH YIELD
TIRA PARTIDO DA RECUPERAÇÃO ECONÓMICA PÓS-COVID Este tipo de estratégias consegue ganhar até 8% desde o início do ano num contexto de taxas de juro 0%.
CANDRIAM SUSTAINABLE BOND GLOBAL HIGH YIELD
GESTORA: BLACKROCK LANÇAMENTO: 4/1/99 DIVISA: DOLAR PATRIMÓNIO: 2.179,58 ISIN: LU0331284363
GESTORA: BLUEBAY LANÇAMENTO: 2/11/10 DIVISA: DOLAR PATRIMÓNIO: 2.176,00 ISIN: LU0549549052
GESTORA: CANDRIAM LANÇAMENTO: 18/9/17 DIVISA: EURO PATRIMÓNIO: 1.452,74 ISIN: LU1644441476
RENTABILIDADE 1 ANO: 7,05 RENTABILIDADE 3 ANOS: 5,24 RENTABILIDADE 5 ANOS: 4,6
RENTABILIDADE 1 ANO: 8,91 RENTABILIDADE 3 ANOS: 7,95 RENTABILIDADE 5 ANOS: 6,76
RENTABILIDADE 1 ANO: 5,5 RENTABILIDADE 3 ANOS: 5,49 RENTABILIDADE 5 ANOS: -
-1,79
2,61
-3,13
2,24
6,76
9,7
6,65
12,94
-4,58
2,24
5,58
6,22
9,04
BLUEBAY GLOBAL HIGH YIELD BOND FUND
11,04
BGF GLOBAL HIGH YIELD BOND
2017
2018
2019
2020
2021
102 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
2017
2018
2019
2020
2021
2017
2018
2019
2020
2021
Fonte: Morningstar Direct. Dados na divisa base do fundo a 31 de agosto de 2021. Dados do património em milhões de euros.
política ultra-acomodatícia levada a cabo pelos bancos centrais na sua luta contra os efeitos do coronavírus e a recuperação económica que aconteceu no calor da campanha de vacinação massiva e esse regresso à normalidade que permitiu, tem sido o melhor ambiente que poderia enfrentar o universo high yield. Os dados falam por si. Segundo os dados da Morningstar, as diferentes categorias de obrigações high yield acumulam yields médias este ano que vão desde os 7% aos 9%. E isso é muito num contexto de taxas 0% e inflação a subir, o que deixa as rentabilidades reais em muitas taxas do ren-
dimento fixo em negativo. No entanto, esses dois braços nos quais se apoia o mercado de dívida de elevado rendimento não são já tão robustos como eram no início do ano. Isso, juntamente com o estreitamente dos spreads e as elevadas valorizações, leva muitos a perguntarem-se se o high yield ainda tem caminho para percorrer. A seu favor tem que, de momento, o risco de crédito continua a ser favorável já que, como explicam desde a gestora UBP, “as expetativas de incumprimento apontam para níveis inferiores à média: menos de 1% em 2021, quando a média histórica a longo prazo se situa em 3,6% nos Estados Unidos”. E é de esperar que este risco de incumpri-
mento se mantenha sob controlo, sempre e quando não se reverta de forma dramática a senda de recuperação que se iniciou já há um ano com a notícia da primeira vacina contra a COVID-19.
ONDE ESTÁ O RISCO De facto, da Janus Henderson avisam que o surgimento de novas variantes ou o aumento pronunciado de casos que levem a um novo confinamento “poderão afetar em maior medida a dívida high yield, ao causar um abrandamento do crescimento mundial e uma melhoria dos fundamentais corporativos, assim como levar a uma diminuição da confiança dos investidores na classe de ativos”. Algo que, de momento, não
sucedeu já que os fluxos trimestrais para fundos globais de high yield que se vendem na Europa têm vindo a ser positivos desde abril de 2020, segundos dados da Morningstar. Outro grande risco que enfrenta o rendimento fixo em geral, e o high yield em particular, é que essa inflação transitória se converta finalmente num problema que obrigue os bancos centrais a subir taxas antes do tempo. “A aceleração do contexto económico poderá conduzir a um aumento de inflação e a uma postura mais dura por parte dos bancos centrais mundiais, o que provocaria uma subida das taxas. Até agora, a volatilidade das taxas de juro teve pouco impacto nos
T. ROWE PRICE FUNDS SICAV GLOBAL HIGH YIELD BOND FUND
WELLINGTON M. FUNDS (IRELAND) PLC - GLOBAL HIGH YIELD BOND FUND
GESTORA: JANUS HENDERSON LANÇAMENTO: 19/11/13 DIVISA: DOLAR PATRIMÓNIO: 1.489,45 ISIN: LU0978624350
GESTORA: T. ROWE PRICE LANÇAMENTO: 28/6/01 DIVISA: DOLAR PATRIMÓNIO: 1.106,11 ISIN: LU0133083732
GESTORA: WELLINGTON MANAG. LANÇAMENTO: 28/9/12 DIVISA: EURO PATRIMÓNIO: 802,04 ISIN: IE00B28HXJ67
RENTABILIDADE 1 ANO: 9,22 RENTABILIDADE 3 ANOS: 7,94 RENTABILIDADE 5 ANOS: 7,43
RENTABILIDADE 1 ANO: 10,1 RENTABILIDADE 3 ANOS: 7,34 RENTABILIDADE 5 ANOS: 6,65
RENTABILIDADE 1 ANO: 6,72 RENTABILIDADE 3 ANOS: 4,69 RENTABILIDADE 5 ANOS: 4,14
2019
2020
2021
2018
4,55
2021
-3,32 2017
2019
2017
2018
2019
2020
2,38
10,28 2020
-5,47
4,94
2018
5,17
8,17 -1,86
2,82
6,64
8,83 2017
6,61
16,14
14,49
JANUS HENDERSON HORIZON GLOBAL HIGH YIELD BOND FUND
2021
SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 103
PRODUTOS COMPARAÇÃO
BGF GLOBAL HIGH YIELD BOND
GESTOR JOSÉ AGUILAR
BLUEBAY GLOBAL HIGH YIELD BOND FUND
GESTOR JUSTIN JEWELL
CANDRIAM SUSTAINABLE BOND GLOBAL HIGH YIELD
GESTOR THOMAS JORET
UM FUNDO DE CONVICÇÕES GERIDO EM EQUIPA
A PRESERVAÇÃO DE CAPITAL, OBJETIVO NÚMERO UM
A COMBINAÇÃO DE RENDIMENTO FINANCEIRO E SOCIAL
Oferecer uma rentabilidade ajustada ao risco com uma carteira muito diversificada é o primeiro objetivo deste fundo gerido em equipa. Para essa seleção das mais de 300 emissões com as quais conta a carteira contam com uma ampla equipa integrada por mais de 30 analistas, quatro gestores de carteiras sénior e oito júnior dedicados a high yield. O estilo de gestão responde a um processo de análise bottom up que realizam de maneira independente tanto por regiões como por setores, incluindo ideias de muito alta convicção. Segundo explica a equipa gestora, durante a primeira parte do ano estiveram expostos aos créditos com classificação B e acrescentaram de forma seletiva setores mais expostos ao COVID-19, como a energia, linhas aéreas e lazer. Agora, perante uma economia que abranda e com um estreitamento dos spreads, optaram por reduzir o risco embora mantendo intactas as suas posições principais.
O investimento em dívida de elevado rendimento não implica assumir uma perda patrimonial. Pelo menos não no caso deste fundo da Bluebay que tem a preservação de capital como o seu objetivo número um. Para isso baseiam o seu processo de investimento em cinco passos: geração de ideias por parte de toda a equipa gestora, seleção preliminar, análise detalhada estudando os riscos potenciais do ponto de vista de análise creditícia, construção de carteira e gestão dinâmica, não só no processo inicial mas ao longo de todo o ciclo de investimento. Embora no contexto de retirada de estímulos se poderia considerar como um handicap para este tipo de investimentos, o gestor considera que continuam a haver grandes oportunidades de mercado. “Somos da opinião de que o clima creditício continuará a melhorar dada a melhoria nos resultados das empresas”, afirma. No entanto, optou-se por reduzir o risco na carteira desfazendo posições no setor imobiliário chinês.
Persegue um duplo objetivo. Por uma parte, o financeiro já que procura obter uma rentabilidade superior ao índice de referência num horizonte a longo prazo, com menores drawdowns e volatilidade. E, por outra parte, o objetivo sustentável: “Em termos de KPI de sustentabilidade, o fundo tem como objetivo uma pegada de carbono <70%”, afirma o seu gestor. E é este último que explica, por exemplo, que não invistam no setor que tem sempre mais peso nos índices de dívida high yield: o energético. Na verdade, segundo reconhece o gestor, para além dos riscos inerentes aos investimentos de obrigações como são por exemplo a subida de taxas ou uma deterioração do risco de crédito, o grande risco deste fundo é que se produza uma subida abrupta do petróleo. “Isso levaria a um rendimento superior das empresas energéticas e, portanto, a um rendimento inferior da estratégia face aos seus homólogos e ao índice de referência”, afirma Joret.
104 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
JANUS HENDERSON HORIZON GLOBAL HIGH YIELD BOND FUND
GESTOR TOM ROSS
T. ROWE PRICE FUNDS SICAV GLOBAL HIGH YIELD BOND FUND
GESTOR MICHAEL DELLA VEDOVA
WELLINGTON M. FUNDS (IRELAND) PLC - GLOBAL HIGH YIELD BOND FUND
GESTOR CHRIS JONES
GERAR DIVIDENDOS COM DÍVIDA DE HIGH YIELD
A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE FUNDAMENTAL
GESTÃO ATIVA PARA TOCAR NA RENTABILIDADE
Um enfoque flexível, dinâmico e trabalho em equipa são três dos pontos chave que este fundo representa, que tem como objetivo servir como veículo de geração de rendimentos, dando ao investidor uma rentabilidade de cerca de 1,75% superior ao índice ICE BofAML Global High Yield Constrained ao longo de um período de cinco anos. Como se consegue este objetivo? Com uma gestão muito ativa tanto na seleção de emissores que incluem em carteira como no risco creditício que assumem. Este último é algo a que prestam muita atenção num momento como o atual em que o grande risco que assume a carteira é precisamente uma desaceleração da economia. Como parte da estratégia de redução do risco da carteira, o produto está subponderado em risco China e adopta um posicionamento neutral a ligeiramente subponderado no seu setor imobiliário, embora mantenha a sobreponderação a emergentes.
A gestão ativa e global são duas das caraterísticas que apresenta este fundo da T. Rowe Price que procura gerar alfa, mas com um caráter defensivo que lhes permite cortar as perdas quando o mercado retrocede. A chave para o conseguir é a importância da análise fundamental. “É a parte mais importante daquilo que fazemos: investimos num mercado de crédito, e a única maneira de entender este mercado é fazendo os trabalhos de casa”, afirma Della Vedova. E para isso mantêm reuniões constantes com as equipas de gestão para analisar “se estão a cumprir os seus objetivos, e averiguar se se estão a criar ineficiências, reduzindo custos, melhorando as margens e reduzindo a alavancagem do balanço”, explica o gestor. Atualmente, onde veem as melhores oportunidades é nas empresas operadoras de cabo que geram receitas recorrentes, e daí a sua sobreponderação no setor. Também estão muito expostos ao defensivo setor das utilities.
O fundo gerido por Chris Jones seleciona as suas emissões de uma forma ativa e procura bater a longo prazo a rentabilidade do índice ICE BofA Global High Yield Constrained. Quando se analisa a carteira com a qual conta atualmente o fundo vê-se uma clara preferência pelas emissões com qualidade creditícia B e por EUA como região com uma maior sobreponderação. O fundo está também muito exposto à recuperação económica que se iniciou no último ano à medida que a campanha da vacinação conseguiu reduzir o impacto do coronavírus. Em concreto, cerca de 35% da sua carteira está em emissões relacionadas com o setor do consumo. Também mostra predileção pelo setor das comunicações que pesa no portefólio 12%. No entanto, a sua carteira está muito diversificada já que a primeira posição, a Ford, apenas supera os 2% da mesma. Este produto foi lançado há nove anos e desde o seu lançamento acumulou uma rentabilidade anualizada de 4,8%.
SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 105
BGF GLOBAL HIGH YIELD BOND
CANDRIAM SUSTAINABLE BOND GLOBAL HIGH YIELD
BLUEBAY GLOBAL HIGH YIELD BOND FUND
1.452
2.176
2.179 1.765
1.104 1.697 1.558
1.071 1.054
1.171
464 58
893
1.045 2017
2018
82 2019
2020
2021
2017
2018
2019
2020
2021
2017
2018
2019
2020
2021
Fonte: Morningstar Direct. Datos de património en milhões de euros.
PRODUTOS COMPARAÇÃO
10
4
2
MAPA
5
RISCO/ RENTABILIDADE 6
3
1 6
4
1
BlackRock Global Funds - Global High Yield Bond Fund
2
BlueBay Funds - BlueBay Global High Yield Bond Fund
3
Candriam Sustainable Bond Global High Yield
4
Janus Henderson Horizon Global High Yield Bond Fund
5
T. Rowe Price Funds SICAV - Global High Yield Bond Fund
6
Wellington M. Funds (Ire.) plc - Global High Yield Bond Fund
Divisa base (euro) Divisa base (dólar)
2 3
9
6
15
12
Rentabilidade anualizada 3 anos (%)
BGF GLOBAL HIGH YIELD BOND
RENT. ANUAL A 3 ANOS
BLUEBAY GLOBAL HIGH YIELD BOND FUND
CANDRIAM SUSTAINABLE BOND GLOBAL HIGH YIELD
JANUS HENDERSON HORIZON GLOBAL HIGH YIELD BOND FUND
T. ROWE PRICE FUNDS SICAV GLOBAL HIGH YIELD BOND FUND
WELLINGTON MAN. FUNDS (IRELAND) PLC - GLOBAL HIGH YIELD BOND FUND
5,24
7,95
5,49
7,94
7,34
4,69
9
9,05
5,07
10,48
9,8
9,7
MÁXIMO DRAWDOWN 3 ANOS
-12,4
-12,07
-5,84
-15,06
-14
13,72
RÁCIO SHARPE 3 ANOS
0,49
0,77
0,49
0,68
0,66
0,33
VOLATILIDADE A 3 ANOS
ALFA 3 ANOS
-1,7
1,28
1,3
0,55
-0,56
-2,48
BETA 3 ANOS
0,39
0,39
0,34
0,45
0,42
0,54
106 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
Fonte: Morningstar Direct. Dados na divisa base do fundo a 30 de agosto de 2021.
Volatilidade 3 anos (%)
8
JANUS HENDERSON HORIZON GLOBAL HIGH YIELD BOND FUND
T. ROWE PRICE FUNDS SICAV GLOBAL HIGH YIELD BOND FUND
WELLINGTON M. FUNDS (IRELAND) PLC - GLOBAL HIGH YIELD BOND FUND 993
1.489 1.400 1.241
802 1.214 335
1.169
1.146
484
222
1.106
122
207
148 2017
2018
2019
2020
2021
spreads, mas continua a ser um risco importante para o futuro”, afirmam da T. Rowe Price. Perante a possibilidade de que alguns desses riscos se materialize, o que se começa a ver entre os gestores de fundos de rendimento fixo global high yield selecionados para esta comparativa é uma redução do risco que assumem nas suas carteiras. E uma das vias que mais se tem repetido é a de cortar exposição a China no seu setor imobiliário à medida que a insegurança sobre potenciais erros políticos se tornou mais evidente”, afirma Justin Jewell, gestor do BlueBay Global High Yield Bond Fund. A mesma decisão tomou Tom Ross, gestor do Janus Henderson Horizon Global High Tield Bond Fund já que “embora as valorizações deste segmento sejam atrativas, reduzimos o risco, dado que acreditamos que os ativos imobiliários chineses continuarão a mostrar volatilidade e poderão acentuar a sua debilidade”. Há que não esquecer que se houve um claro protagonista no
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mercado no verão foi a China e as suas novas medidas regulatórias em alguns setores chave e isso não só se notou na queda da cotação das ações, mas também despertou dúvidas no mercado de obrigações. A outra grande via de redução de risco nas carteiras foi a de aumentar a qualidade creditícia das emissões onde investem preferindo mais títulos B do que C. “Favorecemos os jogadores BB de maior qualidade que reforçámos recentemente. Depois de um ano de compressão do mercado high yield, acreditamos que os BB oferecem um valor atrativo face aos mercados de investment grade e CCC sobre uma base ajustada ao risco”, afirma Thomas Joret, gestor da Candriam. “Temos estado sobreponderados a créditos com a classificação B, já que esperávamos e continuamos a esperar uma compressão dos spreads entre as classificações”, afirma a equipa gestora do BGF Global High Yield Bond, que sobrepondera também os mercados desenvolvidos face aos emergentes.
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Embora o contexto leve a ser-se mais seletivo do que no passado, e mais flexível para adaptar-se às mudanças de contexto de mercado, isso não quer dizer que o mercado high yield esgotou já todo o seu potencial, sobretudo em comparação com outros tipos de rendimento fixo. “Desconfiamos das ajustadas valorizações que apresenta atualmente o mercado high yield, tanto em termos de yields como de spreads. No entanto, em termos relativos, acreditamos que oferecem um bom carry face a outras classes de rendimento fixo num contexto de baixas taxas”, aponta Joret.
A informação sobre Organismos de Investimento Coletivo ou outros instrumentos financeiros incluída na FundsPeople é apresentada apenas com fim informativo e ilustrativo e não deve ser interpretada como uma oferta de venda ou recomendação de investimento. A informação não representa uma descrição completa dos OIC ou outros instrumentos financeiros e mercados a que faz referência.
SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 107
PRODUTOS CARTEIRAS por Anaïs Gfeller
A MÁ GESTÃO DA PANDEMIA PELO GOVERNO JAPONÊS SIGNIFICOU OUTRO CAPÍTULO NA INSTABILIDADE POLÍTICA DO PAÍS E TEM SIDO UM OBSTÁCULO PARA AS AÇÕES JAPONESAS EM COMPARAÇÃO COM ALGUNS DOS PRINCIPAIS ÍNDICES DE MERCADOS DESENVOLVIDOS 108 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
DISTRIBUIÇÃO SETORIAL: PRINCIPAIS ÁREAS DE ATIVIDADE FUNDO
SELO FUNDSPEOPLE
MATERIAIS BÁSICOS
Aberdeen Standard Japanese Equity Fund
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9,37
Goldman Sachs Japan Equity Portfolio
DABC
Invesco Japanese Equity Advantage Fund
SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO
CONSUMO CÍCLICO
CONSUMO DEFENSIVO
SAÚDE
INDÚSTRIA
TECNOLOGIA
SERVIÇOS FINANCEIROS
2,23
15,02
6,42
12,65
20,61
22,23
6,90
11,31
2,82
13,28
5,34
10,97
25,91
19,56
6,18
DABC
10,95
14,49
12,60
4,30
12,74
20,80
16,05
7,34
JPMorgan Funds Japan Equity Fund
DABC
3,14
4,80
10,51
2,32
16,25
24,44
29,30
5,56
Jupiter Japan Select
DABC
4,95
11,47
15,63
1,30
11,29
14,85
18,93
15,71
Pictet Japanese Equity Opportunities
DABC
4,91
3,71
16,20
5,74
7,85
23,23
24,90
11,83
Schroder ISF Japanese Equity
DABC
3,16
9,88
19,27
2,40
11,23
15,47
20,53
12,95
T. Rowe Price Funds Japanese Equity Fund
DABC
5,43
12,98
11,70
2,86
13,25
31,74
18,09
1,15
Threadneedle Japan Fund
DABC
3,62
4,41
10,50
4,95
11,69
26,27
24,24
9,77
Vanguard Japan Stock Index Fund
DABC
5,19
7,97
15,98
6,61
10,22
21,36
17,48
9,03
Fonte: Morningstar. Dados em % a 31 de agosto de 2021. Critérios de seleção: fundos con Selo FundsPeople em 2021 da categoria EAA Fund Japan Large-Cap Equity segundo a Morningstar.
A
s ações japonesas ficaram para trás de alguns dos principais índices do mercado desenvolvido este ano: no final de agosto, o TOPIX havia ganho 9,9% (JPY/ NTR) em comparação com os 17,9% do MSCI World (USD/NTR) e 21,2% do S&P 500 (USD/NTR). Esse mau comportamento relativo deve-se principalmente à má gestão da pandemia por parte do governo japonês e ao lento início da campanha de vacinação. Na verdade, esses problemas custaram ao primeiro-ministro Yoshihide Suga o seu cargo, depois de ver a popularidade desabar. A três de setembro, Suga anunciou que não se candidataria à reeleição para
liderar o Partido Liberal Democrático (LDP), atualmente no governo. O mercado recebeu a notícia com alegria, pois está confiante que o sucessor de Suga aplicará novas medidas de estímulo, e o TOPIX avançou quase 5,5% (JPY/ NTR) na semana após o anúncio. O novo líder do LDP, Fumio Kishida, apresentado no final de setembro, permitirá ao partido chegar em boas condições às eleições gerais deste outono. O desempenho relativamente pior das ações japonesas e os retornos modestos até agora neste ano escondem grandes divergências em termos de estilo e tamanho. Se o primeiro trimestre do ano foi caracterizado pela vantagem avassaladora do valor sobre o crescimento, impulsionado pela
O MERCADO CONFIA EM QUE O SUCESSOR DE SUGA APLIQUE NOVAS MEDIDAS DE ESTÍMULO SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 109
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PRODUTOS CARTEIRAS
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A OPINIÃO DE JUAN SAN PIO Director comercial da Amundi ETF, Indexing & Smart Beta para a Península Ibérica e América Latina
recuperação cíclica global, essa tendência foi particularmente forte no Japão. Somente no primeiro trimestre, o TOPIX Value Index (JPY/NTR) ganhou 16,3%, em comparação com uns modestos 2,7% para o TOPIX Growth Index (JPY/NTR). Em abril, o mercado japonês sofreu uma correção da qual não recuperou até o final de agosto, quando voltou aos níveis do final de março. O mercado como um todo registou ligeiros avanços entre maio e julho, embora não tenha mostrado uma direção clara em termos de estilo ou tamanho. Desde o final de julho e, sobretudo, desde a saída de Suga, o estilo de crescimento voltou a estar em voga e superou o valor, tendência que coincide com o que vem a ocorrer em todo o mundo (exceto nos mercados emergentes), onde o crescimento tem superado o valor desde o início do terceiro trimestre.
ESTRATÉGIAS Destacamos dois fundos de ações japoneses de nosso grupo de comparáveis. O primeiro deles é o Invesco Japanese Equity Advantage Fund. Gerido desde o seu lançamento pela Tadao Minaguchi, a filosofia deste fundo baseia-se na crença de que empresas com abundantes fluxos de caixa livres vinculados a valores intangíveis oferecem retornos atrativos de longo prazo se compradas a preços também atrativos. Por isso, o processo de investimento tem como foco empresas capazes de manter ou melhorar a sua geração de fluxo caixa livre, identificada por meio da análise dos seus atributos e forças intangíveis. Esta ênfase na geração de fluxo caixa livre, ao invés dos lucros, ajudou o gestor a encontrar empresas de qualidade nos estilos de crescimento e valor. A 110 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
carteira segue uma abordagem totalmente bottom-up e de longo prazo, concentrando-se em 40-60 ações de alta convicção. O fundo oferece exposição core, blend e todo o terreno a ações japonesas. O segundo fundo a destacar é o Baillie Gifford WW Japanese Fund. A Baillie Gifford gere ações japonesas desde 1960. A gestora lançou o seu primeiro fundo de investimento em 1981, a estratégia all-cap em 1994 e a estratégia de crescimento, à qual este fundo pertence, em 2009. A gestão do fundo está a cargo de Donald Farquharson desde o seu lançamento. Em 2018, o gestor também se tornou o responsável da equipa de investimentos no Japão, quando a sua antecessora, Sarah Whitley, se aposentou após 38 anos na empresa. Seguindo a filosofia de crescimento da Baillie Gifford - baseada na crença de que as empresas de crescimento são geralmente altamente subvalorizadas - o fundo mantém uma abordagem de seleção de ações fundamental de longo prazo. A governança corporativa e a gestão responsável (stewardship) são parte integrante do processo e o gestor está a desenvolver novos padrões para aprimorar os critérios sociais e ambientais aplicados na sua análise. A equipa, que não tem preconceitos sobre quais os setores que irão emergir como empresas de crescimento atrativas no futuro, investe principalmente em quatro categorias de crescimento: crescimento estrutural, campeões de crescimento, situações especiais e crescimento cíclico. O resultado é uma carteira concentrada em 35-55 ações, com elevada active share (> 80%) e baixo turnover, mas bastante diversificada em termos de exposição setorial.
CINCO RAZÕES PARA A CRESCENTE PROCURA E INOVAÇÃO EM OBRIGAÇÕES ESG EM GESTÃO PASSIVA O rendimento fixo está a ficar para trás relativamente às ações no que respeita aos critérios ESG. Mas isto está a começar a mudar; aumenta a procura, tal como a disponibilidade de soluções de obrigações ESG passivas eficientes, como demonstram os fluxos. A sua atratividade é evidente: o seu baixo custo permite aos investidores incorporar a sustentabilidade nas suas carteiras com custos menores; oferecem transparência, podendo conhecer os componentes do índice subjacente; diversificação e resiliência, ao poder repartir o risco entre centenas ou milhares de títulos; liquidez, inclusive em momentos de tensão no mercado; e elevada correlação com a sua equipa equivalente não ESG com um mínimo tracking error. Para além do investimento ESG, cada vez mais se vê a necessidade na gestão de riscos a longo prazo e os investidores utilizam os ETF como veículo para implementar as obrigações ESG nas suas carteiras. Esperamos que isto aumente a inovação, conduzindo a uma maior oferta para que os investidores possam incorporar a sustentabilidade nas suas carteiras.
PRODUTOS EMERGENTES por María Folqué
EMERGENTES
TÁTICA OU ESTRATÉGIA Vale a pena ter de forma permanente uma parte da carteira em emergentes ou é melhor um investimento oportunístico? Os investidores pronunciam-se.
O
s riscos estão sempre muito perto das oportunidades e às vezes intimamente ligados. As economias emergentes oferecem um maior crescimento, mas também uma maior vulnerabilidade. Num contexto de possível mudança de sinal da política monetária das economias desenvolvidas, e perante a desigualdade das taxas de vacinação tendo em conta a recuperação económica, perguntamo-nos sobre as expetativas dos mercados emergentes.
Patrick Zweifel, economista chefe da Pictet AM, reflete sobre o momento atual. “Os mercados emergentes tiveram uma onda de subida em 2020, mas, perante o aumento das yields da dívida dos EUA, os investidores enfrentam-se com o facto de nos próximos trimestres estes mercados poderem comportar-se pior”. Mas, na sua opinião, será estranho que num período de forte recuperação se tenham expandido menos rápido do que as economias desenvolvidas. Zweifel destaca que, de facto, ações SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 111
PRODUTOS EMERGENTES
A RECUPERAÇÃO PÓS-COVID DAS EXPORTAÇÕES DO NORTE DE ÁSIA 2019 BASE 100 EXPORTAÇÕES DO NORTE DE ÁSIA (CHINA, COREIA DO SUL E TAIWAN)
PARA OS EUA
PARA A UE
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Fonte: CEIC, J.P. Morgan Asset Management Multi-Asset Solutions.
e obrigações de mercados emergentes podem continuar a proporcionar rentabilidades excecionais, já que se comportam melhor em períodos de elevada inflação e forte crescimento”. Na verdade, prossegue, “historicamente este foi o melhor contexto para os mercados emergentes, mesmo coincidindo com um aumento da rentabilidade das obrigações dos EUA”. Ian Smith, gestor da Newton, que faz parte da BNY Mellon Investment Management, considera que “as ações dos países emergentes deveriam ser uma alocação estratégica para qualquer investidor que tenha um horizonte temporal suficientemente longo para resistir à maior volatilidade destes países”. Smith 112 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
recorda que nem todas as possibilidades de investimento são atrativas, mas algumas sim. “Muitas destas oportunidades de crescimento evoluem em torno do facto de algumas economias e indústrias serem menos maduras. Uma grande quantidade de produtos e serviços têm pouca penetração, dada uma coorte de classe média mais pequena. E muitos setores estão mais fragmentados, o que oferece importantes oportunidades de consolidação para as melhores empresas”, explica.
CONDIÇÕES Do âmbito das obrigações, Warren Hyland, gestor do Muzinich &Co, mostra-se de acordo sobre uma alocação
estratégica, embora sob certas circunstâncias. “Acreditamos que a alocação a dívida corporativa emergente deverá ser uma alocação estratégica dentro de uma carteira de obrigações mais ampla”. Assegura que, “embora os ativos dos mercados emergentes possam ser mais voláteis, o setor corporativo pode oferecer aos investidores de obrigações uma forma de equilibrar as suas carteiras. Como classe de ativos, as empresas dos mercados emergentes oferecem um elevado rácio de Sharpe em períodos de três anos”. O horizonte de investimento deverá compensar a volatilidade no curto prazo. Também a partir das obrigações, Alejandro Arévalo, responsável de Dívida de Mercados Emergentes na Jupiter AM, aponta que os mercados
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A OPINIÃO DE ÁLVARO ÁLVARO ANTÓN ANTÓN LUNA LUNA Responsável Responsávelde deNegócio Negóciopara paraPortugal Portugalee Espanha, Aberdeen Standard Espanha, Investments abrdn
EUROPA: A EUROPAANA DESTILARIA VANGUARDA DAS MELHORES DOEMPRESAS CAPITALISMO DE BEBIDAS DO MUNDO RESPONSÁVEL
emergentes mudaram. “Em 2013 eram muito mais vulneráveis a um dólar mais forte e a uma política mais restritiva do que agora. Estes países aprenderam com os erros do passado e, em geral, embora com algumas exceções, gerem a política fiscal muito melhor hoje em dia”, aponta. Perante o dilema da tática ou da estratégia, Dorian Carrell, gestor de fundos multiativos, e Jerome Leibovici, analista da Schroders, preferem apostar num enfoque multiativos. Na sua opinião, uma gestão ativa “que abarque toda a estrutura de capital, com ênfase na seleção de títulos, é a forma ótima de captar e combinar os pontos fortes individuais de cada classe de ativos”. Nesta combinação, as ações oferecem mais crescimento e a dívida em divisa forte aporta consistência e diversificação, enquanto que a aposta em dívida em moeda local oferece um perfil de investimento mais tático.
NEUTRALIDADE Embora a posição estratégica pareça impor-se, a tática também tem o seu lugar. Assim, na J.P. Morgan AM optam por um posicionamento neutral no cenário atual. “Mantemo-nos neutrais em ações dos mercados emergentes, que provavelmente se veem travadas pela sua elevada exposição ao estilo de crescimento e pela limitada descida do dólar a curto prazo. Somos neutrais em obrigações em divisa forte, já que as perspetivas económicas dos mercados emergentes são melhores, mas a longa duração apresenta alguns ventos con-
O HORIZONTE DE INVESTIMENTO DEVERIA COMPENSAR A VOLATILIDADE NO CURTO PRAZO tra à rentabilidade”. Assim, declaram-se neutrais em obrigações em divisa local já que, embora seja apoiada pela recuperação mundial e os rendimentos sejam atualmente atrativos, as taxas estão a começar a subir em alguns países de mercados emergentes. A neutralidade rompe-se no caso das divisas, uma classe de ativos em que a gestora americana está sobreponderada, “já que parece ser a forma preferida de investir na contribuição para o crescimento mundial por parte das economias dos mercados emergentes”. Por último, uma mensagem mais esperançosa: “Os dados comerciais do norte de Ásia (que inclui a China, Coreia do Sul e Taiwan), que representam aproximadamente a metade das exportações totais dos mercados emergentes, sugerem que as vendas para os EUA e para a União Europeia se mantiveram bem nos últimos meses, superando os níveis pré-COVID”.
Nos últimos 20 anos, o índice MSCI Quando a Beverages presidente aumentou da European Comissão quatro vezes. Europeia Se compararmos anunciou o com o AcordoMSCI VerdeEurope, da UE, descreveu-o índice que cresceu 1,5 como no vezes “o momento mesmo período, europeuo saldo é equivalente à chegada do muito positivo. Homem Qual é o àsegredo Lua”. Não do exagerou. sucesso O investimento deste grupo de para empresas tornar ahá Europa mais verde e o primeiro muito estabelecidas? A continente aposta neutro em carbono em é de cuidada e incansável nas2050 marcas, umseu no bilião crescimento de euros. e fomento, no Para além do eambiente, as e até, investimento em aquisições considerações sociais também por vezes, na alienação. sãomarcas importantes e a são Europa As premium umavolta força a posicionar-se na linha daempresas frente. poderosa no setor. Para as A Europa éaasua região que europeias, oferta demais nível de tem reconhecido o mito do valor entrada é, na maioria, já num segmento para os acionistas e redirecionado premium, o que lhes permite aumentar atenções os preços para alémodacapitalismo inflação. Porém, responsável. as marcas premium exigem elevados Não éde sóinvestimento, importante a oforma, níveis que se traduz massacrifi também como é que essas em car os lucros de hoje em prol empresas das vendasode fazem. amanhã. Também Só é possível estão a de fazê-lo abordar formaalguns consistente dos numa problemas de sociais mais prementes. perspetiva longo prazo. Normalmente, O envolvimentoassociamos familiar e deos fundações EUA compermite também a biotecnologia que as empresas e os progressos na medicina, a consigam mudar de rumo mas de forma Europa começa independente e mais a ganhar eficiente, terreno como é nesse no campo. visível caso da cerveja sem álcool. Os A corrida à Lua foi um objetivo três maiores fabricantes de cerveja na audaz eforam Europa ambicioso. corajosos A corrida e conseguiram para uma descarbonizar e construir criar tendência mundial que uma sociedade mais sustentável poderia ter sido extremamente danosa é, possivelmente, para as suas marcasum e empresas. desafio Embora ainda ocorrido maior e urgente. À tenha alguma canibalização, medida esta foi bastante que vamos limitada recuperando e trouxe das consequências sociais e margens mais elevadas. ambientais da atual pandemia, Estas empresas chegam a o objetivo paratodos praticamente o futuro os mercados não é do apenas reconstruir melhor de mundo. São grandes o sufieciente formaabarcar mais ecológica, sim para o planetamas e, mesmo reconstruir assim, os consumidores de forma mais sentem justa. uma Nesse âmbito, a Europa as suas afi nidade com as marcaseartesanais empresas que comercializam. são protagonistas. SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 113
PRODUTOS ISR por João Urbano
A IMPORTÂNCIA DA COMPONENTE SOCIAL NO
INVESTIMENTO SUSTENTÁVEL O foco na componente S do ESG cresce cada vez mais e mais, embora as questões ligadas à parte social sejam as mais difíceis de quantificar. Como se avalia a componente S, e como se implementa nos investimentos?
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termo ESG praticamente dispensa apresentações nos dias de hoje. Mas se por alguma razão andou distraído nos últimos tempos, a sigla diz respeito a um conjunto de características ambientais, sociais e de governo societário que as sociedades gestoras têm vindo a incorporar no seu processo de investimento por considerarem que as empresas que se destacam nestes campos, a par dos aspetos financeiros tradicionais, estão mais preparadas para gerir riscos futuros e gerar maior valor para os acionistas.
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Nos últimos tempos, o foco principal, assim como os esforços políticos, foram maioritariamente direcionados à criação de uma economia mais verde e, por conseguinte, aos aspetos ambientais do ESG. A componente G de governo societário recebeu igualmente a sua quota de atenção, particularmente depois da crise financeira que virou os holofotes para a importância de uma estrutura de governo societário robusta. Recentemente, tem-se assistido a um crescente foco na componente S. Ao observar os critérios sociais, os investidores estão interessados na forma como uma empresa gere os seus
FONTES DE CAPITAL PARA GESTORES DE INVESTIMENTO DE IMPACTO Lado esquerdo: percentagem de AuM: n=184; AuM=94 mil milhões. Exclui dois outliers. Lado direito: percentegam de entrevistados a gerir capital de cada tipo de investidor; n=186
18%
Fundos de pensões
16%
38%
Investidores de retalho
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Instituições financeiras diversificadas 8% 8%
Seguradoras
HNWI (High Networth individuals)
6%
Family offices
5%
Fundações
3%
Fundos de fundos
3%
Fundos soberanos
1% 10%
25%
DFI (Development Financial Institution)
6%
2%
40%
35% 56% 51% 60% 25% 10%
Endowments Instituições religiosas Outros
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Fonte: Global Impact Investing Network (GIIN) - Annual Impact Investor Survey 2020. Nota: outras fontes de capital incluem financiamento de governos, empresas, outros investidores institucionais, fundos de pensões profissionais, consultores de investimento, universidades, e organizações sem fins lucrativos. Alguns entrevistados não foram capazes de providenciar a discriminação que se alinhe com as fontes de capital referidas; estas respostas foram também consideradas na categoria outros.
relacionamentos com colaboradores, fornecedores, clientes e respetivas comunidades onde opera. Por exemplo, os investidores procuram perceber se uma empresa oferece um ambiente de trabalho seguro e saudável para os seus colaboradores ou se doa tempo, dinheiro ou recursos para retribuir às comunidades onde opera. Condições de trabalho inseguras ou desconsideração pelo meio envolvente ou pelas preocupações dos clientes geram riscos reais para muitas empresas. Por outro lado, empresas que tratam bem os seus colaboradores e retribuem à sociedade são vistas como menos arriscadas,
podendo inclusive beneficiar de uma maior produtividade e capacidade para atrair melhores talentos.
COMO SÃO AVALIADOS Observando mais de perto, talvez possamos concluir que os investidores não dedicaram tempo suficiente a questões sociais porque estas são difíceis de quantificar. Por um lado, as empresas ainda não adotaram estruturas de reporting uniformes, como já ocorre com as dimensões E e G. Por outro, os temas abrangem uma gama ampla de tópicos, desde a proteção do consumidor, segurança dos produtos, legislação laboral e
segurança no trabalho, diversidade ou o combate à corrupção, direitos humanos, entre outros. Para complicar ainda mais, as questões são avaliadas de forma diferente entre países. A título de exemplo, determinados países valorizam mais temas de direitos humanos e prevenção do trabalho infantil e outros a diversidade no local de trabalho. Não obstante a amplitude de indicadores sociais, existem plataformas que ajudam a mapear a construção e a incorporação destas questões nos investimentos, como são o caso dos UNGPs1, da GRI2 e da SASB3. Também os fornecedores de research e SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 115
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PRODUTOS ISR
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A OPINIÃO DE ANDREAS FRUSCHKI, CFA Diretor de Ações Temáticas, Allianz Global Investors (AllianzGI)
PARA AS GESTORAS E OS INVESTIDORES, OS INVESTIMENTOS DE IMPACTO TÊM SIDO UM VEÍCULO PREFERENCIAL PARA IMPULSIONAR A COMPONENTE SOCIAL ratings ESG têm aperfeiçoado progressivamente a qualidade e a variedade dos dados que oferecem, com novas métricas que vão mais além dos dados reportados pelas empresas, como são exemplo os dados de controvérsias de fontes de notícias externas.
COMO IMPLEMENTAR • Para as sociedades gestoras e os investidores, os investimentos de impacto (Impact Investing), investimentos feitos com a intenção de gerar mudanças sociais/ambientais mensuráveis e retornos financeiros positivos, têm sido um veículo preferencial para impulsionar a componente social do investimento sustentável. A Global Impact Investing Network (GIIN) avança no seu estudo anual4 um investimento total nestas estratégias de US$ 2 biliões de dólares até 2025 contra cerca de 715 mil milhões em 2019. Uma ferramenta a que vários investidores e sociedades gestoras têm recorrido para definir os seus objetivos de impacto são os ODS5 da ONU. O estudo da GIIN concluiu que cerca de seis em cada dez entrevistados têm como alvo o impacto social e ambiental e, em média, oito diferentes temas de impacto
alinhados aos ODS. Dentro dos vários ODS, o Objetivo 8 referente a Trabalho Decente e Crescimento Económico, enquadrado na esfera do pilar social, foi o mais visado pelos investidores. • Por parte das empresas, a crise pandémica virou vários holofotes do investimento sustentável para a componente social e para o papel das empresas no apoio à sociedade em geral. Como exemplo desta importância, entre vários setores de destaque, um que viu o seu papel ser determinante no último ano e meio foi o setor financeiro. Como ferramenta primária para a transmissão financeira, o papel dos bancos tem sido central desde o início da crise COVID-19, facilitando empréstimos garantidos pelo governo, disponibilizando moratórias, facilitando o trabalho e a transmissão financeira de forma remota e levando a cabo iniciativas de apoio social (doações, caridade, entre outros). A pandemia mudou os bancos, no que muitos consideram ser uma mudança para melhor, com as instituições financeiras a reinventarem estratégias e a assumirem um novo papel social naquele que poderá ser o rascunho de um novo modelo de atuação para o setor.
1. United Nations Guiding Principles on Business and Human Rights. 2. Global Reporting Initiative. 3. Sustainability Accounting Standards Board. 4. Global Impact Investing Network (GIIN) - Annual Impact Investor Survey 2020. 5. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. São reservados à Caixa Gestão de Ativos, SGOIC, S.A. (CXA) os direitos de autor pessoais e morais sobre o texto a publicar pela FundsPeople, sendo permitida a sua publicação e/ou adaptação, nomeadamente, para publicar a totalidade/ excertos/ adaptações do mesmo noutra publicação da CXA ou do grupo CGD para envio a Clientes, para tradução, para publicação no site da CXA ou no site da CGD.
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TRIPLO ALFA AO INVESTIR EM ÁGUA A escassez de água afeta mais de 40% da população mundial. Para garantir o acesso a um abastecimento de qualidade e um tratamento eficaz de águas residuais, é necessário investir em infraestruturas hidráulicas. Em 2008, lançámos nos EUA a estratégia Allianz Global Water, que chegou à Europa em forma de fundo em 2018 e que conta com mais de 700 milhões de euros em ativos. O objetivo é que os investimentos gerem um triplo alfa: benefícios financeiros, ambientais e sociais. O fundo investe em empresas cujos produtos e serviços melhoram o abastecimento, a qualidade ou a eficiência da água, ajudando a promover a sustentabilidade dos recursos hídricos mundiais. E fá-lo com um universo de investimento alinhado com quatro dos ODS e com as suas metas subjacentes. Os sistemas públicos de água potável, águas residuais e pluviais dos EUA são uma reminiscência de um velho manto de retalhos de tubagens e condutas de diferentes séculos e com vários graus de funcionalidade. Muitos tubos têm quase 100 anos e estão a operar com uma capacidade superior para a qual foram desenhados originalmente; ultrapassaram a sua vida útil e perdem enormes quantidades de água. Não há dúvida de que a Lei de Infraestrutura de Água Potável e Saneamento de 2021 – aprovada já este ano no Senado – reflete uma primeira etapa crítica para fechar a lacuna de financiamento existente. A participação do setor privado vai ser crucial para ajudar a cobrir o resto das necessidades.
CRESCIMENTO. O CAMINHO DA CHINA. A China está a seguir o seu próprio caminho de crescimento transformador, o que está a criar oportunidades para os investidores. A China está a evoluir. Uma estratégia de crescimento ambiciosa, através de inovações em tecnologia e ciência, está a consolidar o país como um importante motor económico. É o momento adequado para investir e fazer parte do crescimento da China.
Saiba mais sobre as oportunidades de investimento na China: lu.allianzgi.com
O investimento no Fundo envolve riscos. Os investimentos no Fundo e o rendimento obtido poderão oscilar para cima e para baixo, dependendo dos valores ou previsões existentes no momento do investimento e, portanto, poderá não recuperar o seu investimento na íntegra. Este material promocional foi elaborado pela Allianz Global Investors GmbH, www.allianzgi.com, uma sociedade de investimento de responsabilidade limitada, constituída na Alemanha, com sede em Bockenheimer Landstrasse 42-44, 60323 Frankfurt/M, com número de registo no tribunal local de Frankfurt/M, HRB 9340, autorizada pelo Bundesanstalt für Finanzdienstleistungsaufsicht (www.bafin.de). Para informações sobre o Resumo dos Direitos dos Investidores em inglês ver (www.regulatory. allianzgi.com). Fonte: Allianz Global Investors. Julho 2021. #1724270
PRODUTOS ETF por Laura Rey
BLACKROCK Javier García Díaz
DWS César Muro Esteban
Responsável de Negócio de Gestoras de Fundos para Espanha, Portugal e Andorra
Responsável de Vendas em Investimento Passivo para Portugal e Espanha
“A sustentabilidade é um dos temas que mais está a transformar a indústria de gestão de ativos e os nossos clientes querem participar na tendência”
“Nos ETF não se pode ficar pelo simples, um índice e um tracking. Para vender o produto requerem-se maiores conhecimentos e entender muitos mais aspetos”.
QUEM SÃO OS RESPONSÁVEIS DE VENDAS DE ETF DA GESTORAS INTERNACIONAIS EM PORTUGAL Identificámos os profissionais à frente da gestão passiva em Portugal. À FundsPeople analisam o futuro da indústria, os desafios que enfrentam neste segmento e de que maneira atendem a procura dos clientes. 118 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
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m Portugal, uma análise da Morningstar para a FundsPeople dava conta de que de um total de cerca de 2,6 mil milhões de euros existentes nos fundos de ações nacionais, o total investido em ETF ascende a cerca de 26,6 milhões de euros, ou seja, cerca de 1% (dados de abril de 2021). Se observarmos a tendência mundial relativamente à gestão indexa-
STATE STREET GLOBAL ADVISORS Ana Concejero Moreno Diretora de Vendas para Espanha e Portugal
“Umas das iniciativas de maior crescimento são as carteiras modelo (também conhecidas como carteiras geridas) formadas por ETF”
da, o futuro é promissor. Segundo a BlackRock, o universo investível aproxima-se dos 200 biliões de dólares, dos quais apenas 8,5 biliões se encontram veiculados em ETF, o que faz com que as suas possibilidades de crescimento sejam mais destacáveis. Esta ideia é partilhada por praticamente todas as gestoras internacionais que comercializam em Portugal produtos de gestão indexada. A maioria prefere usar o termo indexada em vez de passiva. A justificação que vem da maior gestora do mundo é que “qualquer decisão de investimento é uma decisão ativa”, assim nos explica Javier García Díaz, responsável de Negócio de Gestoras de fundos para Portugal, Espanha e Andora na BlackRock. Javier está na gestora desde 2014. Anteriormente trabalhou três anos e meio em Londres na F&C Investments como responsável de Vendas para Espanha e Andorra. Antes da etapa em Londres, fez parte da equipa de Vendas da Merril Lynck IM em Madrid. Ao perguntar-lhe pela equipa dedicada à gestão indexada explica-nos que eles fazem parte da filosofia One BlackRock. O que significa que todos os membros da
LYXOR Pedro Coelho
UBS AM Nina Petrini
Responsável de ETF para a Península Ibérica e América Latina
Responsável de ETF para a Península Ibérica e América Latina
“A indústria na Península Ibérica tem que colocar o foco na formação e educação dos seus stakeholders, com o objetivo de criar um ambiente propício ao desenvolvimento do uso de ETF”
Na relação gestão ativa e passiva, “ambos os lados vão lado a lado, ajudam-se e compensamse, sendo duas faces da mesma moeda. É uma convergência natural”
equipa implantam toda a oferta de capacidades quando se reúnem com os clientes. Nestas reuniões o que mais percebe é um crescente interesse por três temas muito atuais: sustentabilidade, produtos diferenciados para uso estratégico e técnico e o próprio ecossistema de ETF. Se nos fixarmos noutras gestoras, existe na verdade uma equipa especializada na venda da gestão passiva, embora na maioria tenha poucas pessoas, de momento. Na DWS, por exemplo, são dois profissionais na equipa de vendas dedicadas a este segmento. O responsável é César Muro Esteba que, com uma dilatada experiência no setor, mais de 20 anos, juntou-se ao grupo DWS em 2007 e desde 2013 que tem a seu cargo liderar o desenvolvimento de negócio dos Exchange Traded Products (ETP) da Xtrackers em Portugal e Espanha. Previamente esteve no Deutsche Bank e no Banco Popular no negócio de banca privada. César assinala como um dos principais desafios para a gestão passiva a carência de trespasse, algo que existe para os fundos mobiliários em Espanha, mas que não se aplica em nenhum dos tipos de veículos em Portugal. Para o profissio-
nal “seria muito útil na gestão discricionária de carteiras”, explica. Neste sentido, Ana Concejero Moreno, diretora de Vendas para Portugal e Espanha na State Street Global Advisors (SSGA), vê-o como uma das vias de maior crescimento. A implementação de carteiras modelo formadas por ETF são muito populares nos EUA e crescentemente na Europa. No entanto, lamenta que “devido à falta de harmonização fiscal dos ETF na Península Ibérica não conseguiram avançar, colocando o investidor ibérico em desvantagem face ao resto dos investidores na Europa”.
EDUCAR Ana Concejero lidera as operações comerciais da SSGA na Península Ibérica desde 2017. Antes de se juntar à gestora, assessorou entidades como a BMO Global Asset Management e o Deutsche Börse, e esteve 10 anos na BlackRock ocupando distintos postos de responsabilidade. Ana é membro fundador da Women in ETF na EMEA, uma organização sem fins lucrativos cujo objetivo é educar, apoiar e proporcionar oportunidades de networking da indústria dos ETF.
INVESCO Laure Peyranne Diretora de ETF para a Península Ibérica, América Latina e US Offshore
“O crescente interesse dos investidores pelos ETF empurra as gestoras para oferecer constantemente aos clientes novas soluções inovadoras de investimento” É aqui, em terreno formativo, onde Pedro Coelho, responsável de ETF na Lyxor Iberia e América Latina, assinala um dos principais desafios da indústria. Acredita que a formação e a educação dos diferentes stakeholders ajudará a criar um ambiente próprio ao desenvolvimento de ETF. Pedro Coelho ocupa este cargo desde 2019 e previamente passou pela UBS. Anteriormente trabalhou em instituições como a NN Investment Partners e Skandia enfocado na distribuição de fundos de gestão ativa e indexada para o segmento institucional. Da UBS, a sua responsável, Nina Petrini, coloca trabalhos de casa ao setor para capturar o potencial que oferece este tipo de gestão. A chave: o conhecimento. “O negócio de ETF na Península ibérica está a crescer e é cada vez mais sólido e estável. Sem dúvida, este desenvolvimento requer um conhecimento profundo da sua indústria financeira para saber situar, distribuir e orientar”. Nina Petrini é responsável de ETF para a Península Ibérica e Latam na UBS AM desde final de 2019. A sua trajetória prévia está ligada ao segmento da banca de investimento trabalhanSETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 119
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Diretor comercial de Amundi ETF, Indexing & Smart Beta para a Península Ibérica e América Latina
“Sem dúvida a liquidez, os baixos custos e a diversificação (já que frequentemente se utilizam para fazer apostas táticas) têm sido os três aspetos mais procurados pelos nossos clientes durante anos”.
“A rotação para estratégias com critérios ESG é um tema relevante. Dado o seu volume, a gestão passiva pode ter um importante papel através do exercício de engagement e do voto”
do em entidades como a Lehman Brothers, Nomura e Barclays Capital. O futuro passará por oferecer soluções inovadoras de investimento constantemente aos clientes, explica Laure Peyrane, diretora de ETF para a Península Ibérica, América Latina e US Offshore da Invesco. Sempre, isso sim, com o foco na sustentabilidade, como mencionávamos ao princípio, uma das solicitações mais feitas pelos clientes. Laure, antes de se juntar à Invesco em 2018, trabalhou durante seis anos como diretora da Amundi para ETF, Index e estratégias Smart Beta para a Península Ibérica e Latam e também esteve sete anos na Société Générale como responsável de Vendas. Não restam dúvidas de que a sustentabilidade é um catalisador para o impulso dos ETF na região. No entanto, o universo de opções abre a porta a novos produtos. Lorena Martínez-Olivares, responsável de Negócio de ETF para Portugal e Espanha da J.P. Morgan AM, vinculada à entidade desde que começou a sua carreira profissional em 1999, enumera-nos um leque de possibilidades,
como são os ETF de obrigações, temáticos, smart beta e ETF de gestão ativa. Juan San Pío, diretor comercial de Amundi ETF, Indexing & Smart Beta para a Península Ibérica e América Latina, explica-nos que justamente o desenvolvimento destas estratégias e gamas, que aconteceram pela adaptação da indústria às necessidades dos clientes, é um dos fatores para ser otimistas relativamente ao crescimento da gestão passiva. Unem-se também os atributos próprios deste tipo de gestão: flexibilidade, liquidez, transparência e eficiência nos custos. Juan San Pío juntou-se à Amundi em janeiro de 2019 vindo da Lyxor, onde era responsável de ETF e Investimento Indexado para a Península Ibérica e América Latina. Anteriormente trabalhou em entidades como a Société Genérale, Santander AM e Morgan Stanley. Embora todos os protagonistas deste artigo realcem os atributos destes veículos de investimento, nenhum se posiciona contra a gestão ativa. Para todos ambas são complementares e cada uma tem o seu espaço dentro de uma carteira.
120 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
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Responsável do Negócio de ETF para Portugal e Espanha
AMUNDI ETF Juan San Pío
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J.P. MORGAN AM Lorena MartínezOlivares
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PRODUTOS ETF
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A OPINIÃO DE ANDRÉ THEMUDO Responsável de Desenvolvimento de Negócio para Portugal, Espanha e Andorra, BlackRock
BIG DATA PARA LEVAR INVESTIMENTO SUSTENTÁVEL PARA O PRÓXIMO NÍVEL Os critérios do ESG, que se referem às considerações ambientais, sociais e de governance de uma empresa, já não são novidade no mundo do investimento. No entanto, a inquestionável integração destes princípios ainda não conseguiu clarificar a necessidade de integrar e processar toda a informação relacionada com estas três iniciais destinadas a mudar o mundo. O problema pode ir ainda mais longe, uma vez que não existem critérios fundamentais para a análise ou divulgação desta informação, pelo que os investidores decidiram responder a este desafio com uma grande ferramenta: big data e inteligência artificial. E não estão errados, uma vez que na BlackRock acreditamos que estas tecnologias vão orientar a evolução do investimento sustentável. A integração de big data permitir-nos-á ir além dos métodos de exclusão e classificação simples de ESG para identificar realmente as empresas que geram valor de uma forma muito mais transversal tanto para os acionistas como para os seus grupos de interesse, o que na BlackRock conhecemos como o fundo duplo. A adaptação desta abordagem facilita a criação de processos de análise muito mais rigorosos e que atenuam riscos como o conhecido greenwashing.
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PRODUTOS INSTITUCIONAL por Samuel Capucho
FUNDOS DE INVESTIMENT O PILARES DAS CARTEIRAS DOS FUNDOS DE PENSÕES NACIONAIS Dos 2.940 milhões de euros em fundos de pensões abertos em dezembro de 2020, 37,4% eram ativos em fundos de investimento. Em que produtos e em que entidades gestoras os fundos de pensões nacionais mais investem?
O
s problemas com os atuais sistemas públicos de pensões são bastante conhecidos. Neste contexto, tal como uma esferográfica não funciona sem tinta, poupar para a reforma vai deixar de funcionar da maneira tradicional. E os fundos de pensões de cariz privado podem ser a tinta para esta caneta. Isto é, surgem como solução para manter o poder de compra nos anos dourados. O universo de fundos de pensões abertos tem, como consequência, crescido significativamente nos últimos anos – concretamente 45% em dois anos. Foram de pouco mais de 2 mil milhões de euros para um total de quase 3 mil milhões. Um peso pesado do investimento institucional em Portugal. Um outro detalhe relevante é que a confiança que os gestores de fundos de pensões nacionais têm depositado na gestão de terceiros reflete-se no facto de, só em 2020, estes fundos terem passado de pesar 36,35% na alocação, para 41%, segundo dados da Associa122 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
ção Portuguesa de Fundos, Pensões e Patrimónios (APFIPP). É neste sentido que a FundsPeople foi colocar sob o microscópio as carteiras dos fundos de pensões abertos nacionais e compilar os fundos de terceiros que mais atraem o interesse dos gestores de fundos de pensões. Considerámos, especificamente, os produtos com mais de 10 milhões de euros sob gestão e fomos descobrir – através dos dados de carteiras com referência ao final de 2020 – quais os fundos com maior destaque nas carteiras desses produtos, o respetivo montante investido e as gestoras que mais arrecadam dinheiro. Efetivamente, segundo dados de dezembro de 2020 da APFIPP, havia 2.940 milhões de euros em carteira nos fundos de pensões abertos. Desse montante, 37,4% (1.098 milhões) estavam em fundos de investimento no universo de fundos de pensões abertos com mais de 10 milhões de euros em ativos sob gestão. Uma percentagem que é também superior ao
peso dos fundos de investimento no total dos ativos em fundos de pensões (abertos e fechados).
QUEM MAIS ATRAI Ao analisarmos a tabela à direita, onde estão representados os 43 fundos mais investidos pelos fundos de pensões, verificamos que estes agregam mais de 782 milhões de euros. Representam, desta forma, 27% do total em carteira dos fundos de pensões abertos. Já os três produtos mais investidos somam 260 milhões de euros, ou seja, cerca de 9% do montante total investido. O BMO Euro Bond Fund da BMO Global Asset Management, o iShares Core MSCI Europe UCITS ETF, sob gestão da iShares, e o BMO Eurozone Equity Fund, também sob alçada da BMO GAM, são os três fundos que mais pesam. Aliás, o fundo de obrigações BMO Euro Bond Fund é o produto que lidera o ranking. É mesmo o único fundo com um montante investido superior a 110 milhões de euros.
FUNDOS MAIS INVESTIDOS PELOS FUNDOS DE PENSÕES FUNDO
ENTIDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES
GESTORA DO FUNDO
MONTANTE INVESTIDO (€)
BMO Euro Bond Fund I Acc EUR
BMO GAM
Ageas Pensões
112.813.166
iShares Core MSCI Europe UCITS ETF EUR
iShares
BBVA AM; BPI Vida e Pensões
93.809.919
BMO Eurozone Equity Fund
BMO GAM
Ageas Pensões
53.408.246
iShares € Ultrashort Bond UCITS ETF
iShares
Ageas Pensões; BBVA AM; Futuro
44.029.997
NB Corporate Euro
GNB Gestão de Ativos
GNB SGFP
35.556.319
BMO Responsible Euro Corporate Bond Fund
BMO GAM
Ageas Pensões
34.029.876 30.692.448
Amundi Floating Rate Euro Corporate 1-3 UCITS ETF
Amundi
Ageas Pensões
NB Eurobond
GNB Gestão de Ativos
GNB SGFP
25.471.805
Lyxor Core EURO STOXX 300
Lyxor
Ageas Pensões
22.519.670
Fundimo
Caixa Gestão de Ativos
CGD Pensões
21.726.325
Allianz Europe Equity Growth
Allianz Global Investors
BBVA AM; BPI Vida e Pensões; CGD Pensões
16.916.254
Amundi Floating Rate USD Corporate UCITS ETF
Amundi
Ageas Pensões
16.878.270
NB America Growth
GNB Gestão de Ativos
GNB SGFP
iShares S&P500 € Hedged ETF
iShares
Ageas Pensões; Futuro
14.870.022
15.557.131
DWS Floating Rate Notes
DWS
BBVA AM; Futuro
14.381.960
AF Portfólio Imobiliário
Interfundos
Ageas Pensões
13.683.441
AXA World Funds - Euro Credit Short Duration
AXA IM
BBVA AM
13.164.279
Fidelity Funds - European Dynamic Growth Fund
Fidelity
BPI Vida e Pensões
12.565.765 12.446.875
iShares EURO STOXX UCITS ETF
iShares
Ageas Pensões
NB Momentum Sustentável
GNB Gestão de Ativos
GNB SGFP
11.234.378
BPI Alternative Fund (Lux)
BPI Gestão de Ativos
BPI Vida e Pensões
10.606.601
NB Rendimento Plus
GNB Gestão de Ativos
GNB SGFP
10.092.171
Fonte: Dados de carteiras disponibilizados pelas entidades gestoras, com referência ao final de 2020.
FUNDOS COM MAIS DE UMA ENTIDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES A INVESTIR FUNDO
ENTIDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES
GESTORA DO FUNDO
MONTANTE INVESTIDO (€)
iShares Core MSCI Europe UCITS ETF EUR
iShares
BBVA AM; BPI Vida e Pensões
93.809.919
iShares € Ultrashort Bond UCITS ETF
iShares
Ageas Pensões; BBVA AM; Futuro
44.029.997
Allianz Europe Equity Growth
Allianz Global Investors
BBVA AM; BPI Vida e Pensões; CGD Pensões
16.916.254
iShares S&P500 € Hedged ETF
iShares
Ageas Pensões; Futuro
14.870.022 14.381.960
DWS Floating Rate Notes
DWS
BBVA AM; Futuro
Schroder International Selection Fund EURO Equity
Schroders
CGD Pensões; Real Vida Seguros
iShares Core S&P 500 UCITS ETF
iShares
BBVA AM; BPI Vida e Pensões
5.926.381
iShares Core Euro Corporate Bond UCITS ETF
iShares
BBVA AM; Futuro
5.034.134
6.465.502
Fonte: Dados de carteiras disponibilizados pelas entidades gestoras, com referência ao final de 2020.
Na verdade, é possível ver que constam vários fundos da entidade gestora internacional BMO GAM no topo da tabela. Até julho de 2021, esta entidade era a gestora dos maiores fundos de pensões abertos nacionais, pertencentes à Ageas Pensões. Entidade essa que – relembramos – internalizou, entretanto, a sua gestão. Além disso, de notar também o surgimento dos primeiros fundos sob gestão nacional na quinta e oitava posição do ranking. São eles o NB Corporate Euro e o NB Euro Bond, ambos da GNB Gestão de Ativos.
Adicionalmente, se bem se recorda da análise feita aos fundos estrangeiros com mais destaque nas carteiras dos fundos perfilados, o Allianz Europe Equity Growth da Allianz Global Investors pode não lhe parecer desconhecido. Este que era o fundo com maior montante investido pelos perfilados, surge agora na 11.ª posição deste ranking.
GESTÃO PASSIVA
https://bit.ly/3DlcFoX
Análise feita aos fundos estrangeiros com mais destaque nas carteiras dos fundos perfilados
E que relevância têm os fundos de gestão passiva nas carteiras dos fundos de pensões nacionais? Entre os 43 fundos que constam na tabela abaixo, 11 são SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 123
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PRODUTOS INSTITUCIONAL
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A OPINIÃO DE VALERIA VINE Especialista de investimento, Capital Group
https://bit.ly/3B99GOw
Consulte no Insights Portugal a lista completa dos fundos de investimento presentes nas carteiras dos fundos de pensões GESTORAS COM MAIS MONTANTE INVESTIDO ENTIDADES GESTORAS iShares
VALOR TOTAL INVESTIDO (€) 216.151.409
BMO GAM
205.348.513
GNB Gestão de Ativos
116.320.630
Amundi Lyxor BlackRock
74.149.401 42.145.274 36.308.343
Allianz Global Investors
34.428.316
Fidelity
33.543.764
Caixa Gestão de Ativos
26.774.243
Pictet AM
25.173.143
Fonte: Dados de carteiras disponibilizados pelas entidades gestoras, com referência ao final de 2020.
de gestão passiva. A entidade gestora que leva o troféu neste campo é a iShares. Coloca oito estratégias de gestão passiva entre essas 11. Também será interessante observar que estes 11 fundos de gestão passiva agregam entre si mais de 239 milhões de euros (8% do montante total investido pelos fundos de pensões nacionais). Entre os 17 fundos que possuem mais de uma gestora de fundos de pensões nacional investida, apenas três desses produtos contam com o investimento de três gestoras nacionais. Falamos dos fundos iShares Ultrashort Bond UCITS ETF, Allianz Europe Equity Growth e Morgan Stanley US Advantage Fund. Destes três, o produto que reúne mais consenso entre as gestoras de fundos de pensões nacionais é o iShares Ultrashort Bond UCITS ETF, que conta com mais de 44 milhões de euros investidos, distribuídos pelos produtos da Ageas Pensões, BBVA Asset Management e Futuro. 124 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
No entanto, não é este fundo que reúne o maior montante investido. Quando observamos essa métrica, é o fundo de gestão passiva iShares Core MSCI Europe UCITS ETF EUR que ganha terreno. Por sua vez, e pela análise até aqui feita, não será nenhuma surpresa que a entidade gestora internacional com maior montante investido seja a iShares. Tratam-se concretamente de 216 milhões de euros. Se repararmos também no montante total investido – 1.098 milhões – a iShares e a BMO GAM levam para casa 1/5 desse montante. Para além dessas, a casa nacional GNB Gestão de Ativos também tem uma boa preponderância, ficando em terceiro lugar neste ranking. Relacionando com a gestão passiva, do montante total investido pelos fundos de pensões, as casas gestoras conhecidas de gestão passiva, como a iShares, Lyxor, Xtrackers, Proshares, ou Vanguard, representam 11%.
RESILIÊNCIA NOS MERCADOS EMERGENTES 2020 alertou para a necessidade de diversificação até nas ações que pagam dividendos. Enquanto na Europa e o Reino Unido vimos o nível de pagamentos de dividendos colapsar em 2020, os mercados emergentes (ME) provaram ser mais resilientes, caindo apenas 8,8%. Isto deveu-se ao Norte da Ásia, que ocupa 65% do MSCI EM Index, e que saiu mais rapidamente das consequências da COVID-19 do que o resto do mundo. Outro fator de apoio da resiliência dos dividendos tem sido o forte balanço de muitas das empresas. As empresas de ME tendem a ter almofadas de liquidez maiores como resposta ao contexto económico, social e político em que atuam. Estas empresas também lidam com mercados de financiamento no curto prazo menos desenvolvidos e com flutuações nas taxas de câmbio. A relativa maior percentagem de cashflows aponta para perspetivas de crescimento positivas quando se fala de pagamento de dividendos dos ME. Parte deste otimismo vem da crescente cultura de governance das empresas dos ME. À medida que a região se torna mais integrada nos índices globais, as empresas habituam-se às necessidades dos investidores internacionais. Isto inclui um crescente ênfase na governance e nos retornos aos acionistas. As perspetivas para os dividendos parecem atrativas no longo prazo, suportadas por relativamente baixos rácios de pagamento a crescer a partir de uma base historicamente baixa.
PRODUTOS ALTERNATIVOS por Regina R. Webb
ALTERNATIVOS
A NOVA FRONTEIRA PARA A INDÚSTRIA
Com taxas de juro zero e uma maior correlação entre obrigações e ações, em momentos de volatilidade, os alternativos posicionam-se para ganhar maior espaço nas carteiras. As gestoras internacionais procuram adiantar-se à procura do cliente e já fazem as suas apostas estratégicas no mercado.
O
que têm em comum os seguintes títulos? Fidelity cria uma nova área de crédito privado não cotado. BlackRock alia-se com um fundo soberano de Singapura para lançar uma boutique de capital privado ESG. Schroders adquire uma participação maioritária na especialista em alternativos RF Eclipse e unifica as suas capacidades em ativos privados sob a marca Schroders Capital. Poste Italiane aposta nos ativos reais com a compra de 40% da Eurizon Capital Real Asset SGR. As gestoras internacionais puseram o foco dos seus esforços estratégicos no mundo dos alternativos. Apesar dos produtos de gestão passiva estarem a aumentar a alocação a beta, os alternativos estão a abrir o seu espaço na geração de alfa. É a previsão de um recente relatório da PwC sobre o futuro da indústria. São as duas tendências que liderarão o crescimento nos próximos cinco anos, segundo prevê a consultora. E é uma expansão que beberá de vários motores. Talvez o mais conhecido seja o private equity, mas a PwC defende que as gestoras têm um papel a desem-
penhar na dívida privada, ajudando em casos como o investimento em infraestruturas ou aportando financiamento a empresas mais pequenas.
AS RAZÕES O primeiro ponto a tocar é o porquê destes movimentos estratégicos. E o certo é que se poderá resumir em este ser o momento propício. Como explica David Bint, especialista de investimento multiativos da abrdn, os investidores interessam-se sempre pelos ativos que oferecem aspetos diferentes de ações e obrigações, mas interessam-se ainda mais quando as perspetivas de rentabilidade dessas classes de ativos tradicionais são mais frágeis. E é o ponto onde nos encontramos agora. Trata-se da encruzilhada atual. “O cumprimento dos objetivos de rentabilidade num contexto em que as rentabilidades esperadas nos ativos de risco que negoceiam em bolsa são mais baixas, e em que a diversificação tradicional entre obrigações e ações se vê questionada”, explica Álvaro Cabeza, responsável da UBS AM Ibéria. “Tudo isto traz incerteza sobre o potencial dos retornos esperados futuros”, coinci-
de Ignacio de la Maza, responsável do canal intermediário para EMEA e América Latina na Janus Henderson Investors. “Para além disso, há que ter em conta as potenciais mudanças de políticas dos bancos centrais”. Isto, explica, reforça o atrativo de ampliar o horizonte de investimento mediante o uso de alternativos para melhorar a geração de receitas, os ganhos da diversificação e o perfil de risco/recompensa. E Nicolas Campiche, CEO da Pictet Alternative Investments, está de acordo. Na sua opinião, com a pandemia aumentou a importância dos fatores que fazem com que os investimentos alternativos sejam um componente essencial na alocação de ativos. “Podem ser capazes de gerar rentabilidade superior em comparação com os ativos tradicionais, especialmente num contexto de baixas rentabilidades, assim como proteger contra a inflação”, defende. Por isso, os especialistas como Andrew Beer, gestor da Dynamic Beta Investments (partner da iM Global Partner), tem claro que os ativos alternativos serão uma área de elevado crescimento esta década. SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 125
PRODUTOS ALTERNATIVOS
ESTIMATIVAS DO PATRIMÓNIO GLOBAL FUNDOS
MANDATOS
ALTERNATIVOS CAGR EM ALTERNATIVOS 7,8%
CAGR EM ALTERNATIVOS 6,8%
CAGR EM ALTERNATIVOS 5,8%
147,4 139,1
130,8
13,6
19,8 18,9
112,3
18,0
6,8%
7,8%
3,1%
78,7 9,0 54,8
58,3
62,0
48,5
36,5
33,2
50,2
2015
2020 (ESTIMATIVA)
57,9 2025 (PIOR CENÁRIO
61,9
2025 (CENÁRIO BASE)
65,5
2025 (MELHOR CENÁRIO)
Fonte: Projeções da PwC AWM Research Centre. Dados em biliões de dólares. CAGR dos ativos alternativos: crescimento anual composto.
OPINIÃO
JORGE SILVEIRA BOTELHO CIO, BBVA Asset Management Portugal
Com a suspensão do ciclo tradicional de taxa de juro, os investimentos em fundos alternativos são um fator crítico de sucesso para a geração de alfa num portefólio, permitindo mitigar a ausência de taxa de juro e potenciar a geração de retornos em distintos ativos reais de forma descorrelacionada. O foco deve estar em dois tipos de estratégias; as líquidas, de muito baixa volatilidade, que permitam substituir estratégias de crédito e tirar partido da dispersão de retornos, como os fundos de equity short & long, e as ilíquidas, que potenciem geração de retornos consistentes de longo prazo, como os fundos de private debt & equity.
126 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
Especificamente, vaticina que alocação de ativos se moverá desde o rendimento fixo tradicional até aos hedge funds e outras classes alternativas para melhorar as perspetivas de retorno. “Os alternativos representam uma parte cada vez maior do mercado e ignorá-los seria como ignorar as ações europeias ou a dívida corporativa norte-americana”, sentencia Carla Bergareche, diretora geral da Schroders para Portugal e Espanha. E também a procura está a evoluir. O capital de risco ou os ativos privados na sua dimensão mais ampla tem sido tradicionalmente um âmbito dos investidores institucionais. Segundo deteta Carla Bergareche, os investidores particulares estão a começar a representar uma maior percentagem da base de investidores. O acesso a alternativos para o investidor menos institucional é uma última brecha para as gestoras. E estamos a ver esforços por juntar ambos os mundos. Por exem-
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A OPINIÃO DE ANTONIO ROYO-VILLANOVA Especialista sénior de investimento passivo, DWS Group
OS MOTORES: GESTÃO PASSIVA E ALTERNATIVA 2019
2020 EST. CENÁRIO BASE
2025 EST. CENÁRIO BASE
Património global
110,9
112,3
139,1
4,4%
Fundos*
49,9
50,2
61,9
4,3%
- Investimento ativo
PRODUTOS
CAGR 2020-25 ESTIMATIVA
38,0
37,8
45,2
3,6%
- Investimento passivo
11,9
12,4
16,7
6,1%
ETF
5,7
6,1
8,6
7,1%
Mandatos
47,8
48,5
58,3
3,7%
- Investimento ativo
36,3
36,3
43,2
3,6%
- Investimento passivo
11,5
12,2
15,1
4,2%
Alternativos
13,2
13,6
18,9
6,8%
*Nota: Estes dados contêm dados do seu cenário base de recuperação. Fonte: Projeções da PwC AWM Research Centre. CAGR: crescimento anual composto. Em biliões de dólares.
plo, a J.P. Morgan AM e a MCH Investment Services assinaram no ano passado um acordo para abrir a banca privada a estratégias de investimento alternativo da J.P. Morgan AM destinadas a proporcionar elevado valor acrescentado em ativos reais como imobiliário, transporte e infraestruturas.
FUTUROS NICHOS ESTRELA Um ponto onde coincidem as gestoras é que há que ser ágeis a desembarcar neste terreno. “A chave está em saber identificar as boas ideias e estratégias muito cedo e estar entre os primeiros a abrir mercados”, afirma Alicia García, responsável da M&G para Portugal, Espanha e Andorra. Mas pelas suas qualidades intrínsecas, o nicho dos alternativos é um mercado complexo na hora de traduzir oportunidades em produtos de reinvestimento. Muitos recordarão vários sustos de iliquidez em momentos críticos, como o encerramento de múltiplos fundos imobiliários britânicos com o anúncio do Brexit. Como ressalta Alicia García, o mix de produto é fundamental. E De la Maza coincide: “A dificuldade está em encontrar estratégias que verdadeiramente aportem valor de diversificação e descorrelação e tenham um track record demonstrável e provado”. Ainda assim, as gestoras estão a posicionar-se. A grande maioria já contava com uma gama de produtos alterna-
tivos com histórias consolidadas. Mas a inovação prossegue. Por exemplo, na M&G estão a explorar ideias novas em classes de ativos estabelecidas: dentro dos empréstimos alavancados ABS-CLO, mas em áreas inovadoras ainda com poucos atores, como os empréstimos ao consumo. Outros, como Beer, veem o próximo boom no espaço de estratégias de réplica de hedge funds baseados em fatores. “Estão entre os produtos UCITS multiestratégia de melhor retorno nos últimos cinco anos”, afirma o especialista. As gestoras também estão à procura de unir duas tendências fortes no mercado. Como a Pictet AM, que lançou um fundo temático de capital privado centrado no espaço de software empresarial, fintech, cibersegurança, Internet de consumo e indústria 4.0. E agora prevê lançar mais adiante um similar em biotecnologia, tecnologia médica e nutrição. A verdade é que os alternativos são uma classe de ativos que abarca muito mais do que o mundo dos hedge funds. Como recorda Bint, também o são investimentos em energias renováveis e infraestruturas sociais, participações imobiliárias, títulos colateralizados, obrigações de mercados emergentes, capital privado e uma gama de oportunidades especiais que incluem os direitos de autor, da música e da saúde, o financiamento de litígios e o arrendamento de ativos.
TÍTULOS VERDES CORPORATIVOS As obrigações tornaram-se menos emocionantes, mas apesar dos desafios atuais de um ambiente de yields comprimidas, spreads mais baixos, a incerteza de inflação contínua e a volatilidade em níveis anteriores à crise, há segmentos de mercado interessantes. Os títulos verdes são um deles. Vemos as yields ficarem baixas por mais tempo, já que não esperamos subidas de taxas até 2023, com o programa de compras a ter um declínio suave em 2022. Na inflação esperamos uma moderação em 2022, com o consumo e as interrupções de fornecimento a diminuir, e a pressão salarial a baixar. A sustentabilidade está a atrair cada vez mais a atenção, pois os governos desejam atingir as metas líquidas de carbono zero mais cedo. A emissão de títulos sustentáveis tem sido incrível, ultrapassando já os números de 2020, chegando a quase 600 mil milhões de dólares. Na Europa, os títulos sustentáveis representam 25% das emissões totais no ano. Os títulos verdes também alcançaram novos máximos e metade das emissões vieram destas empresas. Apesar dos níveis dos preços das commodities, muitos emissores corporativos relataram ganhos sólidos e o outlook do rating da Moody’s reflete uma forte recuperação dos fundamentais. Se adicionarmos a volatilidade decrescente, isso torna os spreads ajustados ao risco atrativos. O ETF Xtrackers EUR (ou USD) Corporate Green Bond UCITS é uma solução única que oferece exposição de 100% a empresas nas quais os investidores, graças às verificações transparentes de elegibilidade do índice, podem vincular os seus valores aos ODS. SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 127
ESTILO DE VIDA LITERATURA por João Pina Gomes
O LEOPARDO UMA REFLEXÃO SOBRE A PASSAGEM DO TEMPO E SOBRE A FRAGILIDADE HUMANA Oferecendo um retrato sobre a Sicília do século XIX, o livro O Leopardo é uma boa introdução à ilha italiana. Uma história perfeita para quem se aventura a conhecer o local, percebendo a evolução da sociedade siciliana. m agosto de 2011 fui pela primeira vez à Sicília. O objetivo da viagem foi a comemoração do aniversário de um familiar. Na bagagem, e porque ia para a Sicília, levei comigo o livro O Leopardo de Giuseppe Tomasi di Lampedusa (Il Gattopardo em italiano). O Leopardo é considerada uma das mais importantes obras da literatura moderna italiana. Já tinha visto a versão cinematográfica realizada em 1963 por Luchino Visconti, um filme que não me havia cativado apesar das estrelas que nele participaram (Burt Lancaster, Claudia Cardinale ou Alain Delon, só para citar alguns
E
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exemplos) e do facto de ter ganho a Palma de Ouro no Festival de Cannes. Comecei a ler o livro à saída de Lisboa, continuei na longa escala de Milão e acabei de o ler já em Palermo. Foi escrito em meados do século XX e retrata a evolução da sociedade siciliana durante o período da reunificação italiana no século XIX (o Risorgimento) liderada por Giuseppe Garibaldi, militar e patriota italiano que, com a conquista de Nápoles e do Reino das duas Sicílias, foi determinante para a unificação italiana com a Casa de Saboia como sua Casa Reinante. O livro permite-nos compreender a forma como a sociedade estava organizada, o seu sistema de
classes, como evoluiu nas décadas posteriores à reunificação e até mesmo compreender a sociedade siciliana do século XX.
A HISTÓRIA Conta a história da aristocrática e antiga família Salina e do seu patriarca Príncipe Fabrizio Corbera. Como consequência das profundas alterações políticas o poder e influência da velha aristocracia, na qual a família Salina se inclui, diminui permitindo a ascensão de uma burguesia rural. O livro começa em 1860, ano em que Giuseppe Garibaldi desembarca na Sicília, pouco tempo antes do fim do Reino das duas Sicílias e da anexação da ilha ao recém-
UMA MUITO BOA INTRODUÇÃO À SICÍLIA, UMA ILHA COM CINCO MILHÕES DE HABITANTES
-formado Reino de Itália cujo Rei será Victorio Emanuel. À medida que a narrativa evolui, Don Fabrizio assiste ao fim da sociedade que ele conheceu na sua juventude, à perda de influência dele e da sua família, ao surgimento de novos valores e à emergência de novos atores na nova sociedade siciliana. O Leopardo deixou-nos frases universais como “tudo deve mudar para que tudo fique como está” ou “Nós fomos os Leopardos, os Leões; quem nos
substituirá serão os pequenos chacais, as hienas; e todos - Leopardos, chacais e ovelhas - continuaremos a acreditar que somos o sal da terra”. É, sobretudo, uma obra que permite ao leitor refletir sobre a passagem do tempo e sobre a fragilidade humana. Ao mesmo tempo, ajuda-nos a imaginar como era a Sicília do século XIX, uma sociedade muito tradicional, mas prestes a mudar profunda e irreversivelmente por via das alterações vindas do Norte, trazidas pelo exército
de Garibaldi (os camisas vermelhas). Descreve também como eram as cidades e edifícios que ainda hoje existem. Trata-se de uma obra prima literária e uma muito boa introdução à Sicília, uma ilha com cinco milhões de habitantes, com características diferentes do resto de Itália (comida, língua, costumes) e com múltiplos tesouros arquitetónicos helénicos, romanos, bizantinos, árabes e normandos. Lá é imprescindível uma visita a Taormina, ao Vale dos Templos, Palermo e Monreale, Vila Romana del Casale (Piazza Armerina), Siracusa, Monte Etna e, porque não, ao arquipélado das ilhas Eólicas situadas no nordeste da ilha (Lipari, Vulcano, Salina, Stromboli, Filicudi, Alicudi e Panarea). SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 129
ESTILO DE VIDA VIAGEM por Tatiana Monteiro
ISLÂNDIA VULCÕES, GLACIARES, CAMPOS DE LAVA... E MUITO MAIS Não restam dúvidas sobre porque é que a Islândia é cenário de séries como Game of Thrones. Das paisagens de cortar a respiração até aos banhos nas águas geotérmicas, difícil mesmo é pronunciar os nomes das cidades... e regressar a casa.
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trevo-me a dizer que a Islândia é um dos sítios mais bonitos à face da terra. Pouco mais de uma semana na Islândia a dar a volta à ilha de caravana (na verdade uma carrinha adaptada porque autocaravana limita alguns passeios) é uma experiência inesquecível. É possível dar a volta ao país todo seguindo pela ring road, a estrada circular que atravessa a ilha ao longo de 1.300 km. Em teoria, é possível contornar a ilha com 17 horas de condução seguida. Na prática, com todas as paragens obrigatórias e espontâneas, é mesmo melhor guardar pelo menos uma semana bem preenchida. Palco das filmagens de vários filmes e séries como Interstellar e Game of Thrones, é fácil perceber o motivo. Começamos em Reykjavik, uma cidade irreverente e cheia de vida. Lá podemos ver alguns vestígios da crise
A
Reykjavik
ISLÂNDIA Superfície: 103.000 km2 Habitantes: 357.050 hab Capital: Reykjavik Moeda: Coroa islandesa
financeira de 2008 que abalou o país, sendo até possível comprar souvenirs numa loja que anteriormente era um banco. Escolher chocolates dentro de um cofre de um banco é sempre uma experiência diferente.
NATUREZA SEM FIM Rapidamente avançamos na viagem porque Reykjavik é uma cidade bonita, mas há coisas mais impressionantes para ver. A escolha por onde começar a volta à ilha, se pelo norte ou pelo sul, foi feita com base nas condições meteorológicas mais propícias para ver a aurora boreal. Uma vez que uma semana é pouco tempo, é preciso ter alguma sorte e fazer algum planeamento para conseguir assistir a este fenómeno, estudando bem as condições meteorológicas e os melhores sítios para observar. O lago Myvatn, passagem obrigatória pela sua beleza, é um dos melhores sítios para ver a aurora boreal.
Em apenas uma semana é possível ver geysers a explodir mesmo à nossa frente de cinco em cinco minutos, ver um sem número de cascatas gigantescas (incluindo a maior da Europa), fazer hicking num dos vários glaciares da ilha, passar por trás da queda de água da cascata Seljalandfoss, andar de barco na Jokulsarlon, a fantástica lagoa dos icebergs, e chegar mesmo a provar um iceberg. Subir a crateras de vulcões, apanhar um barco para ver baleias, caminhar pelos campos de lava e entre formações vulcânicas e, claro, ir a banhos na famosa Blue Lagoon. Hverir, uma das zonas geotermais mais ativas da Islândia, é também imperdível. Com uma paisagem incrível, o característico cheiro a enxofre é bastante intenso, mas como já vamos com alguns dias de habituação a este cheiro, nada de novo. No regresso a Portugal, até saudades temos do cheiro muito característico quando tomamos banho; é que em toda a ilha a água quente canalizada é de origem geotérmica.
É impossível enumerar tudo o que há para ver e fazer na Islândia em 4.000 caracteres. Por exemplo, é ainda possível mergulhar na fenda que separa as placas tectónicas da América do Norte e Eurásia (para os mais aventureiros) e ver o mais antigo parlamento do mundo, tudo no mesmo sítio - Þingvellir. Para além de tudo isto, apenas absorver as paisagens que vemos da janela do carro é por si só breathtaking. Há montanhas a perder de vista para todos os gostos e de todas as formas. Vulcões, glaciares e campos de lava tornam-se banais. Os fiordes na região leste da ilha são também uma viagem de carro a não perder. É também aqui que se escontra a vila mais bonita da Islândia Seyðisfjörður. Difícil mesmo é conseguir pronunciar os nomes dos sítios e regressar a casa. É sem dúvida um excelente investimento! SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 131
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1) Fonte: IPE “Top 500 Asset Managers” publicado em Junho 2021 com dados de Dezembro de 2020. Fundos sem garantia de capital ou rentabilidade. Este material destina-se apenas a investidores e distribuidores institucionais, profi ssionais, qualificados ou sofisticados. Documento promocional não se destina a cidadãos ou residentes dos Estados Unidos da América ou a qualquer “pessoa americana“, tal como defi nido nos regulamentos ao abrigo da “US Securities Act of 1933”. A compra de unidades deve basear-se nos últimos Prospectos, KIID, Artigos de Associação, e relatórios anuais e semestrais registados na CMVM. Para mais informações, consulte a documentação legal actual, disponível a pedido e gratuitamente na Amundi Iberia SGIIC, SAU, a principal entidade de marketing em Espanha e registada na CNMV sob o nº 31 (Pº de la Castellana 1, Madrid 28046), ou em www.amundi.com. Antes de efectuar qualquer assinatura, os interessados devem certifi car-se de que esta é permitida pelos regulamentos em vigor, verifi car as suas implicações fiscais e consultar os documentos regulamentares em vigor. Deve ser considerado se os riscos associados são apropriados para potenciais investidores, que devem assegurarse de que compreendem o conteúdo do documento. O investimento envolve riscos, os accionistas podem perder a totalidade ou parte do capital inicialmente investido. Rentabilidades passadas não garantem resultados futuros. Documento com carácter publicitário, simplificado, e sem valor contratual. Em caso algum constitui uma recomendação, pedido, oferta ou aconselhamento sobre investimentos. Informação fornecida pela Amundi Asset Management, SAS (“Société par actions simplifi ée“) com um capital social de 1.086.262.605 euros e aprovada pelo regulador francês (Autorité des Marchés Financiers - AMF) sob o número GP 04000036 como sociedade gestora de carteiras, Bd Pasteur 90 - 75015 Paris-França - 437 574 452 RCS Paris. |
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