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foto divulgação

pianista e compositora jocy oliveira

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desdenhada pelo machismo

Artista homenageada no festival Novas Frequências conta que sua obra foi destruída na ditadura.

Por Lucas Brêda

Jocy de Oliveira queria fazer um “dramaeletrônico” quando criou “Apague Meu Spotlight”, há quase seis décadas. O espetáculo, de coreografias expressionistas, com cenários compostos por luzes e a voz dos atores se misturando à música, seria uma espécie de ópera com música eletroacústica. “Na época, no Brasil, não existia nada em matéria de música eletrônica e muito menos um estúdio”, diz a artista.

A solução encontrada por ela foi trabalhar a música de sua peça por correspondência, enviando e recebendo fitas de Luciano Berio, amigo da artista e nome fundamental da música experimental do século passado, direto do Estúdio de Fonologia de Milão. Segundo Fernanda Montenegro, que atuou na peça, o “Municipal foi sacudido por essa presença sonora única durante dez dias”.

No começo dos anos 1960, a criação de Oliveira já estava à frente da tecnologia de seu próprio país. E esse traço de pioneirismo e inovação com a música eletrônica e as peças em formato multimídia guiaram a artista em mais de seis décadas de carreira, com uma obra que

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