Projeto de Pesquisa "Arte e Natureza: Pedagogias e Poéticas da Mãe Terra"

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA INSTITUTO LATINO-AMERICANO DE ARTE, CULTURA E HISTÓRIA

PROJETO DE PESQUISA Arte e Natureza: Poéticas e Pedagogias da Mãe Terra Professoras: Dra. Gabriela Canale Miola Dra. Angelene Lazzareti

Foz do Iguaçu 2019-2021


Still da videoinstalação “Verde não é MilitarV (2019), de Murilo Xavier. Foz do iguaçu.

INTRODUÇÃO


O projeto de pesquisa Arte e Natureza: Poéticas e Pedagogias da Mãe Terra tem como temática central a relação entre Arte e Natureza a partir do estudo sobre poéticas e pedagogias críticas e criativas. A investigação, de cunho teórico-prático, possui como disparadores os eixos “Urgências da Natureza em tempos de Antropoceno”, “Arte e Pesquisa”, “Arte e Natureza” e “Arte, Natureza e Ensino”. Os eixos são desdobrados em possibilidades de exploração diversas, caracterizadas por referências dos campos da Arte, Biologia, Sociologia e Filosofia. A fundamentação da pesquisa, calcada em diferentes áreas do conhecimento, objetiva a construção de um saber interdisciplinar, questão alinhada aos princípios formativos da Universidade Federal da Integração Latino-Americana e com sua missão de “formar recursos humanos aptos a contribuir com a integração latino-americana, com o desenvolvimento regional e com o intercâmbio cultural, científico e educacional da América Latina”. No projeto, contempla-se a interlocução entre teorias estruturadas textualmente no formato acadêmico com outras, sobretudo, a produção e circulação artística, estas entendidas em sua prática, crítica e fruição. Serão organizados e refletidos criticamente referenciais de distintas naturezas (textos, audiovisuais, reportagens, pinturas, performances, desenhos, grafites, danças, encenações, fotografias, etc.) a fim de investigar como a espécie humana se relaciona com a Natureza como tema, prática comportamental, e/ou cosmovisão. Serão observadas distintas acepções de Natureza e suas transversalidades, principalmente as relativas ao universo das Artes. Dentre as noções de Natureza abordadas, está aquela do projeto moderno Ocidental cujas consequências desastrosas violentam ecossistemas culminando no que alguns pesquisadores têm chamado de Antropoceno (CRUTZEN). Este termo se refere ao período atual da história do planeta Terra e uma nova era geológica em que se observam transformações intensas nos regimes ecológicos do planeta ocasionados pela atuação da espécie humana. Dentre as características deste panorama estão, por exemplo, o aumento das temperaturas, intensa urbanização, sistemas poluentes de produção de energia, poluição, degelos, desaparecimento de espécies animais e vegetais, mudanças nas chuvas e rios. Essas catástrofes em curso são resultantes de uma construção extensa e complexa, na qual há uma percepção hierárquica entre a espécie humana, as demais espécies e o planeta como um todo. Pretende-se analisar este percurso de perto, observando as estratégias


econômicas, políticas, discursivas, sociológicas, históricas e antropológicas transversais que embasaram a ideia de hierarquia e desenvolvimentismo a qualquer preço – causas basilares do Antropoceno. Outras acepções de Natureza serão observadas nas quais La Madre Tierra é encarada como grande educadora, mãe de todos, matriz da vida, da criação e da fertilidade. Nestas perspectivas, são os sujeitos que pertencem à Terra e não a Terra que pertence, no sentido de posse, aos sujeitos que nela habitam. A conexão com a natureza, compreendida como sagrada, é um princípio norteador de diversas culturas que promovem a preservação ambiental e uma relação harmoniosa, sustentável, e de aprendizagem com a natureza de forma ética, o que se reflete nas bases constitucionais de países como Bolívia e Equador (Buen vivir). O Buen Vivir é um movimento sóciopolítico desenvolvido por comunidades indígenas, que faz crítica aos modos de vida das sociedades dominantes, marcados pelo consumo desenfreado e pela desconexão com a natureza. Segundo este movimento, é necessário criar um equilíbrio entre necessidades e recursos disponíveis, tendo como norteadora a responsabilidade ambiental segundo a qual fazer o bem para o planeta é fazer o bem para nós mesmos. O sentido de partilha e de comunidade é também predominante nesta filosofia de vida. Alinhada a esta filosofia, a noção de escuta será compreendida como princípio artístico para a intensificação da sensibilidade e da percepção sobre a Natureza. Desde os processos de constituição e formação na infância, geralmente, passamos por um aprendizado da fala, nossos familiares e professores nos ensinam a falar e com o decorrer do desenvolvimento, sobretudo nas práticas de formações artísticas (das artes performativas), exercitamos diferentes tipos de técnicas vocais, diferentes formas de vocalizar. Mas como aprendemos a escutar? E como seria uma aprendizagem da escuta voltada para a Natureza como campo de experiência? O corpo fala, dizendo e ouvindo. O ouvir está ligado a um ato fisiológico do ser, já o escutar é um ato psicológico que se mescla à percepção, apropriação e recriação dos elementos escutados. Este escutar é ser “tocado” (objetiva e subjetivamente) pela fala, portanto, por quem fala, incluindo as sonoridades como falas do mundo. Além disso, a percepção intensificada sobre a escuta que se faz não apenas com os ouvidos, mas com o corpo todo, e também nos discursos sociais, apresenta dizeres transformados por diferentes formas de escutar. Assim, escutamos sentindo ecos que nos fazem retornar a nós e que nos expulsam de nós


consecutivamente. Isso se dá porque escutar é sempre escutar além de nós mesmos, trata-se de escutar o outro, receber o outro, deixar-se ocupar pelo outro, legitimar a existência do outro, e abrigar em si as diferentes vozes do mundo e dos outros em ressonâncias dinâmicas e contagiosas – no melhor sentido dessa palavra. Neste projeto, estar à escuta como princípio artístico é intensificar a percepção sobre a natureza, escutá-la com o corpo todo para perceber, reconhecer e legitimar sua existência dentro e fora dos corpos. A natureza se torna lugar de experiência para o corpo que está à escuta, dedicado a um espaço de abertura no qual ser afetado e permitir se afetar por esse espaço é fator determinante. Esta pesquisa pretende contribuir com a construção de um corpo de arte e pesquisa que está à escuta, um corpo que é afetivo, que aguarda a vinda do outro e recebe-se na vinda do outro, portanto, respeita-o como a si. Estar à escuta é aceitar o risco de ser afetado, profundamente, de tocar esse lugar de afetação como uma experiência de fronteira. Logo, a compreensão sobre sentir expandese, pois a forma como nos permitimos ser tocados é premissa para formas singulares de tocar, escutar profundamente é primordial para formas singulares e profundas de dizer. A escuta é uma possibilidade de estar com, de criação compartilhada, de contato feito de tato e contágio, zona de comunicação semântica e não semântica, feita de sentido e de presença. Escutar a Natureza como princípio artístico é escolher criar com ela e não sobre ela. A alteridade, desencadeada pelo processo de escuta, será deslocada ou expandida daquela que compreende apenas a acepção do encontro do eu com o outro, sendo ambos seres humanos. A alteridade promovida desde o contato com a Natureza passa pela escuta de si como parte integrante de la Madre Tierra. Pensaremos a arte como espaço privilegiado de sensibilização - tanto dos pesquisadores quanto daqueles que entrarão em contato com os resultados da pesquisa. Nesse sentido, propõe-se verificar a expansão do campo das artes promovido pelas produções relativas a Arte e Natureza que ultrapassam a mera representação da paisagem. Abordagens sobre a Natureza são cada vez mais presentes na produção de artistas contemporâneos que trabalham com diversas linguagens. A questão ambiental é também investigada em inúmeros eventos, debates, produções intelectuais e estudada em grupos de pesquisa vinculados a diferentes áreas do conhecimento no mundo todo. Dada a pertinência da conscientização sobre estes temas, este projeto almeja a


estimulação de debates, eventos, elaboração de artigos, revistas e livros, além da produção no campo das poéticas artísticas. Ações artísticas, oficinas e laboratórios de criação serão desenvolvidos como campo de pesquisa, fortalecendo o vínculo entre teoria e prática, ao compreender a produção artística como espaço de saber. O projeto sustenta a ideia de que criar é, também, uma forma de pensar, a partir de articulações de caráter qualitativo, nas quais a elaboração reflexiva se dá de modo incorporado ao processo da criação artística. O saber, nessa perspectiva, nasce da experiência e está voltado à ela de forma localizada. Ao observar obras e práticas relacionadas à Natureza, essa pesquisa pretende perceber suas estratégias de articulação entre saberes filosóficos, culturais e materiais. Essas três perspectivas são pertinentes para observar as articulações entre Estética, Ética e Técnica. Nesse sentido, será pertinente refletir sobre como muitas obras de Arte e Natureza expandem o campo das artes: seja pela introdução de materiais que até pouco tempo lhes eram externos, seja no deslocamento para espaços naturais deixando os espaços controlados de exposição e circulação de arte. Ou seja, alargando o conceito de arte como aquilo que é produzido pela nossa espécie em processos de dominação do natural para incluir a ideia de criação compartilhada, ou co-criação, cujo processo se dá tanto pelo gesto do artista quanto pelo desenvolvimento de formas de vida nos ciclos que não são controlados por ele. Assim, nos perguntaremos para quais novas concepções de arte esses artistas e essas criações apontam. No campo das Poéticas, serão realizadas investigações teórico-práticas nas áreas das Artes Visuais e das Artes Cênicas, propondo diálogos interdisciplinares entre as diferentes linguagens, suportes e perspectivas de criação. As pesquisadoras e os pesquisadores envolvidos realizarão um mapeamento de criações artísticas que tenham relação marcante com a natureza, sobretudo àquelas que constroem um traço identitário vinculado a tal temática. A estreita relação entre comunidade e meio ambiente endereça parte das atividades do projeto ao contexto comunitário, à ações coletivas e produções integrativas em termos culturais. A investigação, organização e reflexão sobre as produções de Arte Contemporânea relacionadas ao escopo temático e temporal do projeto promoverá um levantamento de artistas, obras, eventos e estudos, apresentando o status atual do tema no campo das Artes. Munidos destes materiais, os pesquisadores desenvolverão suas criações intelectuais e artísticas orientadas a estimular o debate e a


sensibilização do público sobre a Natureza. Os processos criativos poderão empregar diferentes metodologias, linguagens e suportes a partir de práticas com desenho, pintura, vídeo, fotografia, instalação, performance, dança ou teatro. Interessa investigar também sistemas pedagógicos institucionais ou não-formais concebidos a partir dos princípios da sustentabilidade, que compreendam a natureza como matriz para um aprendizado humano, sensível e político. O estudo sobre propostas de ensino, currículos e cursos inspirará propostas metodológicas, reflexões e atuações em rede junto a espaços interessados em fortalecer tais práticas formativas. Essa ação oferece um relevante aporte aos processos de aprimoramento curricular da Universidade Federal da Integração Latino-Americana. Este projeto apresenta, também, especial pertinência se relacionado ao Curso de Letras - Artes e Mediação Cultural da UNILA, pois pretende realizar, ainda, um estudo léxico envolvendo diferentes línguas. Para tanto, serão pesquisados termos convergentes à essa área de investigação. Termos, esses, que podem estar localizados em diferentes áreas do conhecimento, suscitando mergulhos transdisciplinares. Essa pesquisa léxica incluirá expressões em diferentes línguas e exercícios de tradução que podem se dar nas variadas manifestações das palavras “que abarcam a confluência das linguagens verbal, corporal, sonora, visual e plástica” (UNILA, 2013, p.5). Destacamos, ainda em relação ao campo do Ensino, que serão analisadas propostas, sobretudo de universidades latino-americanas, cujas bases são as cosmovisões de povos originários e/ou aquelas que desenvolvem práticas e pesquisas de ensino e criação artísticas decoloniais. A Educação poderia ser o mais eficiente caminho para estimular a consciência cultural do indivíduo, começando pelo reconhecimento a apreciação da cultura local. Contudo, a educação formal no Terceiro Mundo ocidental foi completamente dominada pelos códigos culturais europeus e mais recentemente, pelo código cultural norte-americano. A cultura indígena só é tolerada na escola sob a forma de folclore, de curiosidade e de esoterismo; sempre como uma cultura de segunda categoria. Em contraste, foi a própria Europa que, na construção do ideal moderno das artes, chamou a atenção para o alto valor das outras culturas do leste e do oeste, através da apreciação das gravuras japonesas e das esculturas africanas. Desta forma os artistas modernos europeus foram os primeiros a criar uma justificação do multiculturalismo, apesar de analisar a cultura dos outros sob os


próprios cânones de valores. Somente no século 20, os movimentos de descolonização e de liberação criaram a possibilidade política para que os povos que tinham sido dominados reconhecessem sua própria cultura e seus próprios valores (BARBOSA, 2015).

Nesse sentido, apontaremos as linhas abissais e suas rupturas na arte para uma Ecologia dos Saberes que contempla tanto os saberes científicos como aqueles invisibilizados no processo de colonização (SANTOS, 2009). O pensamento moderno ocidental continua a operar mediante linhas que dividem o mundo humano do subhumano, de tal forma que princípios de humanidade não são postos em causa por práticas desumanas. As colônias representam um modelo de exclusão radical que permanece atualmente no pensamento e práticas modernas ocidentais tal como aconteceu no ciclo colonial. Hoje, como então, a criação e ao mesmo tempo a negação do outro lado da linha fazem parte de princípios e práticas hegemônicos. Almejamos, a partir desse contexto, refletir sobre como se processa, no campo do simbólico, os novos agenciamentos sobre concepções para além do Humanismo, a respeito dos limites da ideia de civilização atentando para os impactos ecológicos dela, em que se inclui, além da espécie humana, todas existentes no planeta. Um dos objetivos da pesquisa é possibilitar “giro decolonial” que tem marcado as Ciências Sociais no campo das artes: “giro decolonial” (BALLESTRIN, 2013) significa o movimento de resistência teórico e prático, político e epistemológico, à lógica da modernidade/colonialidade, aquela que compatibilizou o progresso de poucos com graus indescritíveis de violência e miséria. A “decolonialidade” é acrescida como seu terceiro elemento, a fim de valorizar a investigação das inúmeras resistências e oposições no continente, ainda pouquíssimo narradas pela história oficial. Trazê-las à luz torna-se o desafio decolonial que impactaria nas teorizações nascidas a partir do “Terceiro Mundo” – não apenas para o “Terceiro Mundo”, como uma “contracultura bárbara” – de modo a se poder postular a “diversalidade como projeto universal” (MIGNOLO, 2003, p.420), um cosmopolitismo mais plural e simétrico (MIGLIEVICH, 2017)

EIXOS E POSSIBILIDADES DE EXPLORAÇÃO


1. Urgências da Natureza em tempos de Antropoceno 1.1 Projeto Moderno Ocidental e o extrativismo (Natureza=Recursos Naturais) 1.2 Catástrofes contemporâneas 1.3 Cosmovisões de La Madre Tierra 1.3.1 Naturaleza como professora 1.3.2 Buen Vivir, Bem-viver (o direito jurídico na Natureza) 1.4 Princípios da Ecologia (Biodiversidade, Biosfera e Comunidades) 1.5 Sustentabilidade e contemporaneidade 2. Arte e pesquisa 2.1.1 Relações entre sujeito e objeto de pesquisa 2.1.2 A natureza singular da pesquisa artística 2.1.3 Relações entre teoria e prática na pesquisa em Artes 2.1.4 Processo criativo como campo de investigação 3. Arte e Natureza 3.1 Os saberes da Natureza ressoando nas Artes (observando criações e desenvolvendo práticas de cocriação como pesquisa) 3.2 Ações na Natureza (artes cênicas, artes visuais e derivas) 3.3 Arte-ativismo (ecofeminismo, feminismo comunitário, bioarte, arte ambiental, etc.) 3.4 Co-criações: biologia e ação humana conjugadas no campo da Arte 3.5 Abya Ayala como força ancestral (“A terra de sangue vital” pré-colombiana) 3.6 Rituais, Cultura e Natureza 3.7 Preservação como prática artística 3.7 Artes Visuais e Natureza (Land Art, Arte Ambiental, Arte Relacional) 3.8 Artes do Corpo e Natureza (Corpo-paisagem, Animais, Escuta das naturezas cíclicas, Trabalho sobre ervas e elementos) 4. Arte, Natureza e Ensino 4.1La Madre Tierra como grande educadora 4.2 Processos de criação artísticos sobre Natureza e processos de ensino

OBJETIVOS Objetivo Geral Desenvolver uma pesquisa de cunho teórico-prático sobre as relações entre Arte e Natureza a partir do estudo sobre poéticas e pedagogias críticas e criativas amparadas em perspectivas decoloniais a fim de investigar possíveis ampliações no campo das Artes e sua aproximação transversal com outras áreas.


Objetivos específicos -Investigar diferentes noções de Natureza em distintos campos do conhecimento -Pesquisar a ideia de Antropoceno e Catástrofes contemporâneas -Estudar cosmovisões de La Madre Tierra -Desenvolver estratégias metodológicas amparadas na compreensão da arte como campo de pesquisa -Mapear artistas e criações artísticas de produção relacionada com a temática Natureza -Debater sobre arte e ativismo em relação aos movimentos feministas e ecológicos -Refletir sobre práticas e saberes ancestrais que relacionam Natureza e Arte -Articular práticas artísticas de preservação ambiental -Criar manifestações artísticas relacionadas ao tema em diferentes linguagens estéticas -Pesquisar teórica e praticamente Arte e Natureza no campo das Artes Visuais -Investigar teórica e praticamente Arte e Natureza no campo das Artes do Corpo -Mapear e estudar propostas de Ensino e Aprendizagem convergentes com o tema -Produzir material artístico e intelectual, eventos, oficinas, laboratórios, debates e publicações relacionadas com a pesquisa desenvolvida LINHAS DE PESQUISA Poéticas Contemporâneas História e Crítica das Artes Ecofeminismo Arte, Ensino, Educação e Natureza Estudos do Corpo

METODOLOGIA Uma das inspirações para a construção metodológica da pesquisa é a Artografia (IRWIN), método em construção desde os anos 70 e que engloba muitos pesquisadores dos campos da Educação e das Artes em diferentes países. Nesta proposta o fazer


artístico é compreendido como base para a pesquisa. Nesse sentido, a produção artística não serve para ilustrar a pesquisa, não é um adendo da investigação que representa elementos estudados, tampouco o objeto a ser observado para a extração de um conhecimento. A arte, antes, constitui a pesquisa de forma basilar, arte e texto se constroem de modo integrado no mesmo processo a partir da compreensão de que o conhecimento pode ser concebido na experiência. Tendo a experiência como campo de saber, os limites entre pesquisador e objeto pesquisado se fundem, dando lugar a uma trama de relações. A arte se torna o lugar no qual a pesquisa é vivenciada, corporificada e processada tanto pelo pesquisador, quanto pelo leitor. Saberes totalitários não possuem lugar nessa perspectiva metodológica, trata-se de um modelo qualitativo que abarca a criação artística nas suas diferentes linguagens. Aqui, a questão a ser pensada não é apenas onde a arte está inserida na pesquisa, mas, também, onde a criação artística nos situa como pesquisadores e como leitores. A artografia propõe outras formas de entrar em relação com uma investigação, propiciando que a pesquisa seja escutada e olhada a partir da criação artística. Acreditamos que não apenas a pesquisa se constrói durante uma investigação, o pesquisador também se constrói durante este processo: “Daí decorre que: nem o sujeito pesquisador nem a metodologia ‘precedem’ a investigação, mas ambos se constituem em e com o seu desenvolvimento. A distinção entre pesquisador e pesquisado neste tipo de abordagem metodológica torna-se enfraquecida e dissipada.” (OLIVEIRA, 2013 p. 8). A articulação entre teoria, prática e criação faz com que a pesquisa produza mais sentidos do que fatos e dados rígidos. Ao não apresentar produtos acabados como conclusão e ao compreender a arte como parte fundante da pesquisa, essa perspectiva proporciona que um leitor posterior se torne também um investigador, uma vez que ele não receberá informações encerradas. O leitor será convidado a construir seus próprios sentidos a partir do material da pesquisa, pois terá contato não apenas com o texto produzido, mas também com a fruição artística oferecida na tessitura entre texto e arte como a parte criativa de seu processo de leitura. Tal proposta de metodologia reorienta papéis, responsabilidades e possibilidades de relação entre pesquisa, pesquisador e leitor. A artografia não busca responder questões ou comprovar hipóteses prévias, mas oferecer material que estimule outras perguntas e outras compreensões sobre a própria


ideia de pesquisa. Em última instância, a artografia objetiva possibilitar encontros, convidando o leitor a experienciar a pesquisa como um processo criativo desdobrado em ambos – processo criativo para o pesquisador que assim constrói a investigação e, também, para o leitor que acessa a pesquisa, inclusive, por meio da arte, tornando-se um cocriador. Quando visualizamos a pesquisa como um processo, um trajeto ou uma caminhada, é necessário acolher os desvios, desequilíbrios e fracassos como partes igualmente importantes. Este modelo, que inspira parte da metodologia a ser adotada na presente pesquisa, propõe um caminho que nos aproxima da possibilidade de movimentação entre as questões que nos engajam como pesquisadoras, artistas e professoras. Esse modo relacional de produção de pesquisa não se vincula a execução de mapas pré-determinados, por esse motivo, elencamos neste projeto diversas possibilidades de exploração no campo da investigação sobre Arte e Natureza. Os inúmeros elementos descritos como temas e subtemas nos oferecem uma constelação abrangente e complexa, uma vez que os universos implicados nos campos da Natureza e das Artes são extensos. No processo da investigação, compreendido também como processo de criação, elementos serão selecionados, experienciados, dissolvidos, destacados, alguns temas serão geradores de saltos, outros de quedas, e nossas perguntas serão disparadoras de outros processos que terão suas características desenhadas pelos diferentes sujeitos implicados na pesquisa. Não nos comprometemos, portanto, a exaurir cada subtema citado neste projeto, visualizamos tais elementos como pulsões, possíveis espaços para mergulho ou respiro. Disso decorre a crença de que os saberes e criações possíveis entre Arte e Natureza não estão prontos, não possuem trajetos obrigatórios ou dados estanques por se tratarem de universos em constante movimento. Assim, nos colocamos também em movimento, considerando possíveis caminhos, mas, sobretudo, encontramo-nos disponíveis para construir um processo aberto aos acontecimentos que o próprio processo desencadeia. Esta abertura também chamamos de escuta, uma intensificação da sensibilidade perceptiva como um princípio artístico. Já a existência de um lugar aberto (em nós) sugere que haja um espaço onde entrar, e se está aberto, entramos. Entendemos a abertura (e a escuta) também como modo de pensamento, no sentido de que estar aberto sugere que se esteja aberto a – ou seja, um direcionamento de si ao fora. Estar aberto ao mundo, aos acontecimentos, às


relações, aos corpos, aos objetos; estar aberto, ainda, à própria abertura, que se abre ‘a' – estar aberto divide o corpo de um pesquisador ao meio, coloca-o em estado de disponibilidade aos movimentos que estão dentro e fora de si. Estar aberto não tem um fim, trata-se de uma postura receptiva que articula reajustes incessantes a partir do que existe diante de si. Reorganizações de si em função do que acontece no espaço dessa abertura, que não se fecha em nada, pois o movimento de abertura abre em função de sua condição de existência. No campo desta abertura, a pesquisa Arte e Natureza: Poéticas e Pedagogias da Mãe Terra já encontrava-se em curso antes mesmo da escrita deste projeto. Ele não é, portanto, um projeto de futuro, mas, antes, a presentificação de uma investigação que já havia se apresentado entre nossas perguntas, já se desenhava entre nossas atividades artísticas e docentes como um tema emergente. A exemplo disso, no primeiro semestre de 2019 foram iniciadas atividades, leituras e debates que culminaram com a proposta desse projeto. Foram realizadas reuniões no Laboratório de Artes Visuais da UNILA em que os discentes e uma das coordenadoras do projeto investigaram suas relações com a Natureza como ponto de partida. Trabalhamos sobre algumas conexões da Natureza com as religiões de matriz africana; memórias familiares de uso de plantas como processos de cura; experiências sensoriais nos espaços de preservação da Natureza em Foz do Iguaçu; catarses experimentadas no contato com plantas e animais, entre outros. A partir dessas memórias acessamos diferentes materiais bibliográficos tanto do campo da Medicina, da Filosofia, da Literatura e das Artes.


Projeto da videoinstalação “Verde não é Militar”, de Murilo Xavier na exposição Corpo-Planta. Foz do Iguaçu, 2019.

Nessas múltiplas relações foram se delineando obras de arte cuidadosamente montadas na exposição intitulada “Corpo-Planta”. Nela, foram apresentados trabalhos de Gabriela Canale, Lucas Gauchinho, Murilo Xavier e João da Silva como parte do I Seminário do Núcleo de Arte e Tecnologia Latino-americano, em maio e junho de 2019.


“Florada-peixes, Flor de Água sobre a Terra”, de Lucas Gauchino, na exposição Corpo-Planta. Foz do Iguaçu, 2019.

As obras relacionam diversas linguagens e memórias, são instalações multissensoriais que refletem material, ética e esteticamente alguns dos embates e conexões entre Tecnologias e Natureza.

“Amor interracial”, de Um João da Silvana exposição Corpo-Planta. Foz do Iguaçu, 2019.


Audioinstalação “Tecnologias do Tempo: carta para Lygia Clark”, de Gabriela Canale, na exposição CorpoPlanta. Foz do Iguaçu, 2019.

A exposição foi aberta ao público e a visitação à “Corpo-Planta” fez parte das disciplinas “Genealogia das Artes”, “Estéticas Contemporâneas” e “Direção de Arte”. Durante essas aulas, muitos campos de mediação se estabeleceram, relacionados aos escopos de cada disciplina. Essa experiência foi a semente para pensarmos dentro desse projeto as possíveis relações com o Ensino.


Audioinstalação “Natureza-Morta: epistemicídio em três Atos” , de Gabriela Canale, na exposição CorpoPlanta na visitação dos estudantes de Letras-Artes e Mediação Cultural, Foz do Iguaçu, 2019.

Além do exemplo citado, as demais ações em desenvolvimento no projeto partem do lugar de fala das proponentes abrindo interlocuções e redes. Trata-se de uma escolha ética e política de dialogar com interesse e respeito aos lugares de pertencimento, destacando a missão institucional da UNILA de “formar recursos humanos aptos a contribuir com a integração latino-americana, com o desenvolvimento regional e com o intercâmbio cultural, científico e educacional da América Latina” (UNILA). Como artistas, partimos de propostas de criação e interlocução com criações de variados espaços e tempos. Almejamos uma dupla investigação que incluirá a criação de um elenco crítico de artistas e obras relacionadas aos temas da pesquisa. O elenco e as criações provenientes dessa pesquisa serão organizados criticamente em publicações acadêmicas, além de circularem por espaços de arte como festivais, congressos, seminários e ações de arte nos espaços públicos. Como educadoras de Artes, partimos da responsabilidade de sermos duas dos três únicos professores da área de Artes de toda instituição. Nesse sentido, a pesquisa se debruça também sobre práticas e reflexões de Ensino que ressoam em nossas atuações docentes. Para tanto, investigaremos educadores que desenvolvem perspectivas


inovadoras dentro dos saberes acadêmicos relacionando-os aos saberes ancestrais, como Centro de Arte y Naturaleza - Universidad Nacional Tres de Febrero (Argentina); Licenciatura em pedagogia de La Madre Tierra – Universidad de Antioquia (Colômbia); e Grupo Nature-Art-Education – Aalto University (Finlândia). Faremos leituras críticas de seus trabalhos, organizadas em publicações acadêmicas e na conformação de uma rede de Arte, Ensino e Natureza cujo objetivo, a médio prazo, será a organização de um evento em que esses sujeitos possam dialogar. É importante destacar que situamos a pesquisa no espaço cultural, econômico, político, histórico e geográfico de nossa atuação: a cidade de Foz do Iguaçu e suas fronteiras com Argentina e Paraguai. Esse espaço diverso será o disparador de muitas das ações artísticas do projeto. Nesse sentido, serão investigadas características idiossincráticas desse lugar no que se refere às relações com a Natureza em distintas perspectivas, observando seus agenciamentos paradoxais sobre o tema. Um deles é a destruição dos ecossistemas marcada de forma profunda pelo ciclo do agronegócio e pela criação da hidrelétrica Itaipu Binacional. O sistemático desmatamento derrubou e submergiu as árvores da Mata Atlântica e atingiu os animais presentes nesses espaços. A Mata Atlântica é a segunda maior floresta pluvial tropical do continente americano. É um bioma riquíssimo em diversidade animal e vegetal, ela é composta por cinco tipos de florestas e está associada a pelo menos seis tipos de ecossistemas. Nela, vivem mais de 8 mil espécies endêmicas de plantas, fungos, aves, anfíbios, aves e mamíferos (Myers et al., 2000). Esse bioma foi violentamente dizimado nas últimas décadas, restando apenas 7% dele no território brasileiro (TABARELLI). A expansão do agronegócio na região de Foz do Iguaçu se intensificou a partir de 1970, chegando a muitas regiões do Paraguai. Há inclusive um termo para designar os brasileiros que fizeram essa migração: são os brasiguaios. O outro agenciamento sobre a Natureza vai no sentido oposto do agronegócio baseado na monocultura, que é o da preservação. Ela se dá basicamente em três escalas: a prática doméstica do cultivo de plantas, a urbanização que inclui plantas nos espaços públicos e as reservas ambientais estruturadas a partir de normas federais. Apesar de Foz do Iguaçu não ter legislação específica sobre arborização e ainda não estar implementado o Plano de Gestão Ambiental (BASGAL, 2018, p.15-16), as “plantas


domésticas” e as árvores e são muito presentes na paisagem urbana. Há, inclusive, muito comumente, a prática de hortas. Para além do perímetro urbano, a região de Foz do Iguaçu possui resquícios da Mata Atlântica preservados. Dois, em especial, protegidos por leis ambientais. Entre esses polos de destruição e preservação circulam práticas e discursos complexos. Como um dos principais polos de turismo do mundo, Foz do Iguaçu abriga o turismo ecológico. Aqui nos interessa observar as estratégias de dominação da Natureza e também outras, sistematicamente invisibilizadas pelo desenvolvimentismo e pelo turismo, pois Foz do Iguaçu é o segundo maior ponto turístico do Brasil, recebendo mais de 3 milhões de visitantes por ano (PDIT, 2014). Na rota vendida em pacotes, geralmente estão as visitas ao Parque das Aves, às Cataratas do Iguaçu e à usina Hidrelétrica de Itaipu. O discurso apresentado nas falas dos trabalhadores desses espaços, nos materiais de divulgação e na sinalização indicam que a preservação é premissa fundamental desses lugares. A narrativa produzida pelo turismo se associa àquele da propaganda, que tem por objetivo seduzir e conduzir a experiências de prazer e, em última instância, do consumo. Esses espaços e práticas de acesso à natureza no campo do turismo se estabelecem na ambiguidade de terem um caráter pedagógico sobre a urgência da preservação por um lado e, por outro, invisibilizam os impactos ecológicos da presença humana naqueles mesmos lugares. A partir do panorama exposto, não apenas nossos lugares de fala, mas também os lugares de escuta estarão voltados para espaços de contato direto com a natureza local, considerando as estruturas econômicas, políticas e sociais relativas a tais espaços. Escutaremos as águas, a exemplo das reservas de água doce dos Rios Iguaçu e Paraná, Aquífero Guarani, o segundo maior do mundo, das Cataratas do Iguaçu, e da Itaipu, a segunda maior hidrelétrica do mundo. Escutaremos a flora, seja na monocultura da soja (58% da produção local), do milho (26% da produção local) e do trigo (7% da produção local); ou as plantas e seus usos tanto cotidianos domésticos quanto medicinais, manipulados por grupos Guaranis. Escutaremos as regiões de preservação ambiental, na Argentina, por exemplo, temos o Parque Nacional del Iguazú, com mais de 67 mil hectares, já no Brasil, localiza-se o Parque Nacional do Iguaçu com mais de 185 mil hectares, sendo a região preservada ao redor do Lago Iguaçu de 104 mil


hectares, totalizando 110000 hectares de florestas ao redor dos Parques Nacionais (SCHORSCH, 2008, P.55).

REFERÊNCIAS

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Tópicos

Utópicos.

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