CARS
PLAZA
PHOTOMATON
Refletindo sobre os espaços comumente criados pela estrada, buscamos alterar esse panorama e mudar essa antiga visão de contaminação pelas autopistas. O pré julgamento de como "deveriam" ser os espaços próximos a esses fluxos, nos direciona a projetar espaços inóspitos aos pedestres, e foi justamente isso que buscamos evitar neste projeto. Mostrando que é possível criar espaços com vida e movimento não apenas de carros, mas também, de pessoas. Assim como uma máquina Photomaton em um ambiente de passagem, há espaço para lugares no espaço da estrada. Nós, como arquitetos, temos que lidar com diversos parâmetros no momento do projetar. Sempre na busca de garantir que todos os pontos se unam de maneira harmônica e garantindo que cada espaço seja o melhor que pode ser, no melhor lugar que poderia estar. E foi pensando nisso que o programa foi disposto de maneira cuidadosa, levando em consideração a cidade que o circunda e o fluxo dos pedestres a fim de que a estação de serviço seja um elemento de ligação da cidade e não um obstáculo. O objetivo não é criar um monumento para ser vendido. O objetivo é criar novos lugares, novas vistas e novos ambientes para os portugueses da região, buscando atender, de acordo com o programa proposto, a necessidade real dos moradores do local. Evidentemente, jamais deveremos limitar o espaço construído apenas a alguns usuários. Os beneficiários diretos serão os que vivem no local, mas quando a arquitetura é ponderada com responsabilidade e visando ser não um monumento, mas uma nova maneira de pensar as ações e os espaços, ela consequentemente mudará a maneira de ver a vida, e com isso, ela deixa de ser local para ser objeto de mudança do espaço global. A diretriz inicial do projeto constituiu na busca pela valorização da memória do local. Para isso, optamos pela releitura da construção original, estudando a possibilidade de implantar, no novo, elementos que lembrassem o que ali antes havia. Com isso, optamos por aproveitar ao máximo os matérias da demolição dos antigos galpões e criar em todo o novo projeto, um ciclo que garanta uma maior auto-suficiência e aproveitamento dos recursos. Os principais elementos estruturais do projeto vieram dos antigos galpões. As treliças e os agregados foram reaproveitados, e foram adicionados novos elementos que, através da sua repetição, trazem para o novo espaço o ritmo característico de um nó urbano, mas gerando em seu interior, a surpresa de um espaço aconchegante. A organização do projeto se dá por meio de 3 níveis. Os grandes espaços com praças abrigadas estão no nível mais baixo do terreno para possibilitar a sua total visibilidade. O nível intermediário é para acesso dos veículos, e para os pedestres serve como um espaço de conexão entre as outras duas cotas. E finalmente, o nível mais alto traz a natureza para o projeto, que o percorre e o observa em toda a sua extensão de maneira privilegiada. O vão central do conjunto de pórticos constitui uma grande praça coberta e a circulação através rampas que abraçam tal espaço permite a sua continuação de maneira vertical. Os artistas estão dispostos de maneira livre no espaço, que tem uma grande flexibilidade para comportar os diferentes tipos de obras. As rampas se unem na parte mais alta e criam um mercado aberto, que além da ligação vertical que tem com a praça, possui uma ligação em nível com os dois espaços de horta que o rodeia. E para manter vivo o antigo, a chaminé mantida dispõe ao seu redor a principal praça do projeto e abriga o Museu Castelo de Maia que com seu novo mirante permite que a principal obra a ser contemplada possa ser vista com todo o seu esplendor: A CIDADE.
Reflecting on the spaces commonly created by the road, we seek changing this situation and that antique vision of contamination by the freeway. The idea about how those spaces next to these flows should be, directs us to imagine inhospitable spaces to pedestrians and that is precisely what we want to avoid in this Project. Showing that it is possible to create spaces with life and movement, not only of cars but also people. As a Photomaton machine in a flow, on the road space there are places for places. We, as architects, have to deal with different parameters while designing. Looking to ensure that all points unite harmoniously and that each space is the best as it can be, placed on the best spot. Reflecting about it, the program was carefully arranged, considering the city that surrounds it and the main flows as a connection and not an obstacle. The intention is not to create a monument to be sold, it is to create new places, new sights and new environments for the Portuguese people, reaching, according to the proposed program, the actual needs of the local residents. Evidently, we should never limit a built space just to a few users. The direct beneficiaries will be those who live nearby. But when the architecture is weighted with responsibility, a new way of thinking actions and spaces, it consequently changes the way we see life. Therefore, it turns from local to a global scale object. The project’s guideline consisted in looking for the appreciation of the local memory. Thus, we designed a rereading of the original construction, studying
the possibility of reference elements that was there once. We chose to recreate the most of the materials from the demolition of old the blocks, ensuring a self-sufficiency of resources. The main structural elements of the project came from the old hangars. The trusses and the aggregates were reused and there were added to them new elements that, through repetition, bring to the new space the characteristic rhythm of an urban node and generates in its interior, the surprise of a cozy place. The project organization is accomplished through 3 levels. The wide spaces with sheltered plazas are on the lower ground level to enable their full visibility. The intermediate level is for vehicles and pedestrians access, and it serves as a connector space between the other two levels. Finally, the highest level brings nature to the project, it runs through it all and observes its entire length in a privileged way. The central span of the gantries conforms a large covered plaza and the circulation through ramps that embrace the space and allows its vertical prolongation. The artists were arranged freely in this space, which has great flexibility to accommodate the different types of artworks. The ramps are joined in the highest part and create an open market, which is vertically connected to the Plaza and horizontally to the two nursery plant houses surrounding it. To keep the ancient alive, the chimney was maintained in the middle of the main plaza with its new observatory which allows contemplation of the main work of art in all its splendor: THE CITY.
SUBER
2009274176 B
PLANTS
PHOTOMATON
PLAN +4m esc. 1_500
+4m
+2,5m
A
A
2.
1.
3.
+2,5m
+4m
+4m
VEHICLE AREA STAFF AREA PLAINT NURSERY
B B
DISCO MUSEUM PLAINT NURSERY MINIMARKET RESTAURANT
+4m
anaerobic digestors demolition _ aggregate _ reorder EARTHWORK
NEW ELEMENT
CARS
compost
plaint nursery
restaurant
PLAN 0m esc. 1_500
URBAN FLOW wc
5.
INTERNAL FLOW
0m +1m
0m
0m
A
A 7.
6.
8.
0m
0m
+1m 0m
+1m
-3m
0m
-3m 4.
B B
-3m
PLAN -3m esc. 1_500
-1,5m
-3m
A
A 10.
15.
-3m
9.
-3m
-1,5m
11.
-3m
16.
13.
12.
PLAN +4m 1. MINIMARKET 2. PLANT NURSERY 3. MAGAZINE AREA WITH A READING ROOM
SECTION B esc. 1_250
PLAN -3m 9. AREA FOR ARTISTS 10. STAFF AREA 11. RESTAURANT 12. ESPLANADE 13. MUSEUM CASTELO DE MAIA 14. WC 15. ANAEROBIC DIGESTORS 16. WET AREA 4. DISCO
4.
B
SECTION A esc. 1_250
PLAN 0m 4. DISCO 5. FUEL STATION AREA 6. JET WASH AREA 7. MAINTENANCE GARAGE 8. PARKING 2. PLANT NURSERY
-3m
14.