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N0 5 – maio 2013
automóveis e motocicletas
lançamentos - impressões - história
Ford New Fiesta 2014 motocicleta
honda pcx
Motor 1.6 DOHC de 130 cv e câmbio PowerShift de 6 marchas automatizado e dupla embreagem impressões
lançamento
apresentação
mercedes-benz vw saveiro kia cerato classe A
E DI TOR I
AL
A cultura também da motocicleta
N
ão são só novidades no mundo dos automóveis que atraem aqueles que querem adquirir cultura veicular. Apesar dos muito lançamentos no período, de salões internacionais e inovações na indústria, a memória de quem lembra qual foi o primeiro carro em que andou, do pai, do tio ou do avô, ou mesmo a primeira motocicleta “roubada” do vizinho que pilotamos, sem que o pessoal de casa soubesse, está ligada à memória da indústria, que cada vez mais se esforça em recuperá-la.
se aposenta este ano após 56 anos de bons serviços no país. nnn Falando em novidades, o novo Ford Fiesta promete abalar as idéias pré-concebidas, apresentando uma versão do compacto cheia de beleza, tecnologia e desempenho. nnn Entre os comerciais leves, a veterana picape VW Saveiro fica mais atraente, adotando a identidade global da marca.
nnn Nesta edição temos dois exemplos claros disso, o Museu da Honda em Indaiatuba, no interior de São Paulo, que resgata todas as motocicletas produzidas na fábrica brasileira de Manaus, e o encontro dos amantes e proprietários de Kombis, a simpática perua que
nnn Acompanhe a revista Cultura do Automóvel e o site marazzi.com.br para conhecer um pouco mais desse fascinante mundo do que é movido por motores. Sejam eles a gasolina, a etanol, a óleo diesel ou elétricos.
NESTA EDIÇÃO
5
No 5 - Maio 2013
sumário
04 Pelo Mundo
O que acontece no mundo dos lançamentos de automóveis
06 Volkswagen Saveiro
A linha das picapes compactas da marca também ganha sua reestilização
10 Mercedes-Benz Classe A
O modelo de entrada da marca alemã chega ao Brasil em sua terceira geração
12 Ford New Fiesta hatch
Agora produzido no Brasil, o New Fiesta hatch tem novo motor e novo câmbio
14 Honda CR-V
O utilitário esportivo da Honda agora também tem motor flex
16
Kia Sorento A Kia já mostrou o utilitário esportivo Sorento em sua nova roupagem
18
Kia Cerato O sedã médio coreano totalmente renovado pode enfrentar a concorrência
20
Honda PCX Mais um scooter urbano para deslocamento fácil e confortável
24
MINI Parade Acompanhamos o passeio dos proprietários de MINI em um fim de semana
26 Encontro do Sampa Kombi Clube
A Kombi começa a se despedir e os apaixonados organizam um encontro
28
Museu Honda A Honda mostra seu acervo de motos e cria museu no interior de São Paulo
pelo mundo
incentivo para fiat 500 elétrico
A Fiat da América do Norte vai dar uma forcinha para quem quiser comprar ou fazer leasing do Fiat 500e 2013. Por US$ 199 por mês mais US$ 999 na assinatura do contrato de leasing, os moradores da Califórnia podem ter a versão elétrica do Cinquecento, que começa a ser vendido naquele estado no próximo mês. Nessa oferta de lançamento, que inclui todos os incentivos estaduais e créditos federais, o Fiat Cinquecento elétrico custará o mesmo que o Fiat 500 Pop a gasolina e apenas US$ 200 a menos que o Fiat 500 Lounge. O Fiat 500e pode rodar até 140 km com uma carga de bateria e um sistema de navegação por GPS, de série na versão, indica ao condutor onde estão os postos de recarga na Califórnia para o Cinquecento elétrico.
honda fit twist 2014
Chegou em abril a versão 2014 do Fit Twist, que foi apresentado no Salão de São Paulo do ano passado e acabou conquistando seu público por oferecer alguns itens exclusivos, diferentes daqueles encontrados na linha normal do modelo. Exteriormente, as principais diferenças
ford mostrou o novo mondeo no salão de xangai O novo Mondeo fez sua primeira aparição mundial no Salão de Xangai, que terminou em 29 de abril. O sedã, conhecido como Fusion no Brasil e na América do Norte, dividiu as atenções com o Fiesta ST, versão esportiva do compacto que faz parte de uma estratégia da marca para aumentar a participação dos 4 Março 2012 Motor Quatro
esportivos na China. A Ford mostrou também seu sistema interativo de conectividade SYNC com MyFord Touch no idioma mandarim, Na parte de segurança, uma das atrações foi o cinto de segurança traseiro inflável, tecnologia já usada no Explorer e em breve no novo Mondeo.
estão nos parachoques com detalhes de alumínio fosco e nas molduras dos paralamas. Por dentro o Twist tem bancos também exclusivos no formato e no tecido de revestimento. O Honda Fit Twist 2014 custa R$ 57.900 na versão com câmbio manual e R$ 60.900 com câmbio automático.
pelo mundo
conceito GLA foi a grande Atração da Mercedes em Xangai
duas novas honda para o fora de estrada A Honda CRF 250L tem uso misto, para a terra e para uso urbano. Já a Honda CRF 110F é específica para crianças se iniciarem no mundo off road A Honda XR 250 Tornado, motocicleta de uso misto fabricada no Brasil que deu lugar à Honda XRE 300, estava fazendo falta. Mas já existe uma substituta para seus excelentes dotes trilheiros: a nova CRF 250L, importada da Tailândia. A CRF 250L tem, entre outras boas características, motor monocilíndrico com duplo comando de válvulas e refrigeração a água, além da suspensão dianteira por
garfo invertido, mais eficiente para uso em trilhas. Mas ela vai bem também no uso urbano, possuindo todos os equipamentos obrigatórios para emplacamento. Para a garotada, chegou também a Honda CRF 110F, exclusiva para a terra e inspirada na irmã maior CRF 450 R. A Honda CRF 250L custa R$ 18.490 e a CRF 110F custa R$ 7.490. Motor Quatro Março 2012 5
lançamento
Nova VW Saveiro
Além da identidade global da VW, a picape ganha também nova arquitetura eletrônica e opcionais
A
picape Volkswagen Saveiro foi o último modelo entre os automóveis compactos da marca a receber o facelift que o deixaria com a identidade global. Leia-se “frente parecida com a do Jetta e outros”. Antes que isso soe como uma crítica, convém olhar para as fotos do 6 Junho 2012 Motor Quatro
carro para notar que, se a Saveiro já era um utilitário robusto e versátil, além de ter linhas agradáveis, a nova frente a deixou toda a linha ainda mais atraente. Utilizando o mesmo conjunto de faróis e grade da linha Gol, a Saveiro acabou ficando com a exclusividade de
um para-choque dianteiro só seu, incorporando o que o departamento de design da Volkswagen chama de “musculatura” adicional nas extremidades, reforçando a imagem de robustez do veículo. São completamente novos também o capô e os para-lamas dianteiros.
lançamento
Longe dos olhares exteriores, a nova Saveiro tem como principal inovação a adoção da nova arquitetura eletrônica, já introduzida nas linhas 2014 do Gol, do Voyage e do Fox. Essa estrutura permite incluir nos carros uma série de soluções voltadas à segurança e ao conforto dos usuários.
As versões oferecidas para o VW Saveiro são a de entrada –, que pode ter o pacote Trend –, com cabines simples e estendida, Trooper e Cross, estas apenas com cabine estendida. A picape compartilha com Gol e Voyage o motor EA-111 1.6l VHT flex, que tem potência de
104 cv e torque de 15,6 kgfm (com etanol). O câmbio é manual de 5 marchas e não há a opção do câmbio automatizado i-Motion. Outra alteração na oferta da Saveiro 2014 é a reformulação dos pacotes de itens opcionais oferecidos para todas as versões. Os equipamen-
tos foram reagrupados, reduzindo o número de combinações e tornando mais fácil a escolha dos pacotes para quem está comprando qualquer uma das versões. De resto, há ainda muitas pequenas alterações na linha Saveiro, principalmente no que se refere a detalhes.
Motor Quatro Junho 2012 7
lançamento Volkswagen saveiro
O interior de todas as versões foi renovado nos materiais de revestimento e nas cores e texturas
Câmbio, apenas manual
Na versão de entrada, cabine simples ou estendida, a Saveiro tem de série faróis com moldura escurecida e novas coberturas das caixas de rodas dianteiras, modificadas para adequação aos novos para-lamas. Os limpadores do para-brisa são do tipo aerowischer. Com o pacote opcional Trend, tanto a Saveiro CS quanto a CE têm faróis de parábola dupla e moldura escura, parachoque dianteiro da
As novas faixas nas portas e na tampa traseira são exclusivas dessa versão. A versão top da linha, a Saveiro Cross, tem muita coisa a mais que a trooper. Também disponível apenas com cabine estendida, a Cross ganhou um para-choque exclusivo com dois grandes faróis auxiliares redondos. São faróis de dupla função, de neblina e longo alcançe, mudando de função junto com o facho dos faróis principais.
mesma cor da carroceria e grade preta com friso cromado. Espelhos externos, maçanetas das portas e frisos laterais também são pintados. As rodas de aço de 14 polegadas têm calotas com desenho Trophy e o rack de teto também faz parte do pacote Trend. O nome Trend aparece em letras cromadas nas duas laterais do veículo e, estranhamente, o nome Saveiro, que nas versões de entrada tem letras
cromadas na lateral esquerda da tampa da caçamba, com o pacote Trend ele tem letras pintadas no centro da tampa traseira. A Saveiro Trooper (esta sim, uma versão, e não um pacote opcional de equipamentos) só existe com cabina estendida. A mais que a Trend CE, ela tem retrovisores, maçanetas e frisos laterais na cor original do plástico e rodas de liga leve de 15” com desenho “Stuttgart”.
volkswagen saveiro 1.6
Ficha técnica Motor: 4 cil. em linha Cilindrada: 1.598 cm3 Combustível: flex Potência: 104 cv Torque: 15,6 kgfm Câmbio: manual, 5 m Tração: dianteira Rodas: aço, 14” Pneus: 175/70-R14 Compr. : 4.493 mm Largura: 1.893 mm Altura: 1.497 mm Entre-eixos: 2.750 mm Tanque: 55 litros Peso: 1.020 kg Cap. carga: 715 kg
8 Junho 2012 Motor Quatro
A Saveiro Cross tem itens exclusivos como piscas nos retrovisores e chave de faróis rotativa
volkswagen saveiro lançamento
Detalhes visuais diferenciam as versões da Saveiro. A Trooper tem para-choque na cor da carroceria e retrovisores, maçanetas e frisos pretos
A grade do radiador, tipo colmeia com friso cromado, também é nova e vem pintada em preto brilhante, trazendo com destaque o nome Cross. Nas laterais, as molduras pretas das caixas das rodas, dianteiras e traseiras, assim como a moldura da parte interior das portas, têm acabamento texturizado. O retrovisores externos têm pintura Chrome Effect luzes dos piscas incorporadas. As rodas de liga leve são de
15 polegadas e os pneus de uso misto, com medidas 205/60 R15. Na parte traseira, a Saveiro Cross tem capota marítima de série na caçamba. O santantônio preto e os racks de teto são específicos para a Saveiro Cross. Por dentro, a nova Saveiro tem várias novidades, como vidros elétricos e trava central de série, além das funções viabilizadas pela nova arquitetura eletrônica.
A Trooper vem de fábrica com airbags frontais com desativação para o airbag do passageiro, freios ABS e o sistema I-System, que concentra, no painel, informações do rádio, o status do telefone e dados do computador de bordo. Quando equipada com ajuste elétrico dos espelhos, a Saveiro tem também a função “tilt down”, que regula automaticamente o lado do passageiro, apontando para o
meio-fio toda vez que a marcha à ré é engatada. A Saveiro Cross é ainda mais diferenciada das outras versões no que diz respeito ao interior. é a única que tem o seletor de faróis rotativo, no painel (e não na chave de seta), incluindo os faróis auxiliares de neblina e longo alcance (nas outras é no centro do painel, acima do console). A Saveiro Cross tem pedaleiras esportivas e pode ter bancos de couro.
todas as versões
Cabina simples
Cabine estendida
Trooper
Cross
R$ 33.490 Desde a versão mais simples, a Saveiro tem banco do motorista com regulagem de altura, conta-giros e vidros e travas elétricas. Ar-condicionado, freios ABS e airbags são opcionais.
R$ 36.610 A mesma configuração da CS, que o pacote Trend adiciona a direção hidráulica, para-choque na cor da carroceria, faróis com máscara negra e chave do tipo canivete. A caçamba é 26% menor que a da cabina simples.
R$ 43.390 Apenas com cabine estendida, tem de série para-choques na cor da carroceria, direção hidráulica, babageiro no teto, freios com ABS e duplo airbag, com chave para desativação do lado do passageiro.
R$ 48.990 A Saveiro Cross, além das diferenças visuais exteriores e dos pneus com desenho de uso misto All Terrain, tem de série o ar-condicionado, os faróis auxiliares de dupla função e o sensor de estacionamento. Motor Quatro Junho 2012 9
lançamento
Mercedes-Benz Clas
Esqueça o que você sabe de Mercedes Classe A. Este é me
V
ocê lembra daquela história de “Você, de Mercedes”, que rolou uns 15 anos atrás? Era o slogan da campanha publicitária do Mercedes-Benz Classe A, compacto das marca alemã que foi produzido no Brasil. É, a idéia de fazer um carro popular com uma marca nada popular não deu certo, mas o Classe A não morreu. Chegou a ser importado para o Brasil em sua segunda geração, bem diferente da primeira e nada popular, mas sucumbiu até mesmo ante 10 Setembro 2012 Motor Quatro
ao próprio Mercedes-Benz Classe B. E agora volta em uma nova geração, chamada de NGCC (New Generation of Compact Cars – nova geração de carros compactos), com direito a uma campanha publicitária ainda mais polêmica. O carro é totalmente novo, seguindo os passos da segunda geração do Classe B, o primeiro a fazer parte do NGCC, porém, com uma característica mais esportiva. Em relação à composição mecãnica, o Mercedes-Benz
Classe A virá ao país apenas na configuração A200, com motor 1.6 de 4 cilindros com injeção direta de gasolina e turbo-compressor. A potência é de 156 cv, com torque de 25,5 kgfm. Já a transmissão é dotada do câmbio 7G-DCT, que tem dupla embreagem automática com a opção de trocas manuais por meio de acionadores do tipo borboleta atrás do volante. Essa transmissão, por sinal, é o que o carro tem de mais interessante. Não há o tradicional seletor de alavanca no console,
para posicionas as funções do câmbio, mas sim uma pequena haste na coluna de direção para esse fim. Muito prático. Os modos de condução da transmissão são Economy, Sport e Manual. No primeiro, as trocas de marchas são automáticas e feitas em baixas rotações, privilegiando o conforto e o consumo de combustível. No segundo, também automático, as mudanças ocorrem em rotações mais altas, e o último só faz as trocas manualmente, pelas borboletas do volante.
lançamento
O Mercedes-Benz A200 Urban difere do Style pelo friso cromado nas janelas, rodas de 17” e escapamento duplo
Ficha técnica
esmo classe “A” São duas as versões de acabamento, o Style e o Urban. O primeiro, de aparência mais sofisticada, tem rodas de 16” com pneus 205/55 R16, grade na cor do veículo e friso cromado na linha de cintura. O Urban, mais esportivo, tem rodas de 17” com pneus 225/45 R17, grade na cor prata, escapamento duplo, frisos cromados nas molduras das janelas e instrumentos brancos. O Mercedes A200 Style tem preço de R$ 99.900 e o A200 Urban custa R$ 109.900.
O A200 tem motor 1.6 de 156 cv
mercedes-benz a200
sse A
No Urban, volante esportivo de três raios, revestido de couro
No A200 Urban, os relógios do painel têm fundo branco
A alavanca seletora de marchas não é no console, mas na coluna
Motor: 4 cil. em linha Cilindrada: 1.595 cm3 Diâmetro: 83 mm Curso: 73,7 mm Tx. compr.: 10,3:1 Combustível: gasolina Potência: 156 cv Torque: 25,5 kgfm Câmbio: autom, 7 m Tração: dianteira Rodas: liga, 16” ou 17” Pneus: 205/55 R16 Pneus: 225/45 R17 Compr. : 4.292 mm Largura: 12.022 mm Altura: 1.433 mm Entre-eixos: 2.699 mm Tanque: 55 litros Peso: 1.189 kg Porta-malas: 341 litros Motor Quatro Setembro 2012 11
lançamento
Ford New Fiesta Hatch O New Fiesta ficou acessível, nacional e ganhou câmbio automático
D
esde que foi lançado no Brasil, em 2010, o Ford New Fiesta tem agradado seus usuários, pela atualidade do projeto por sua beleza. Mas era um compacto premium, importado do México e com algumas limitações técnicas. A versão hatch, de 2011, aumentou seu público alvo, mas ainda era um carro importado e um tanto caro. Isso foi resolvido, pelo menos no caso do hatch, 12 Dezembro 2011 Motor Quatro
com o lançamento da versão brasileira, produzida na fábrica de São Bernardo do Campo, em São Paulo. Além de ganhar uma versão de entrada, com motor 1.5 16V, e com isso resolver a questão do preço (o New Fiesta S custa R$ 38.990), o carrinho ficou realmente mais bonito e ganhou uma versão top, com direito a motor 1.6 com comando variável e câmbio automatizado de duas embreagens.
O motor Sigma DOHC 1.5 16V do New Fiesta S tem duplo comando de válvulas no cabeçote e potência de 111 cv. Duas inovações nessa linha de motores flex são a adoção do sistema de partida a frio Easy Start, sem tanquinho de gasolina, e o sistema de partida automático. Um só toque na chave e o sistema coloca o motor em funcionamento. O New Fiesta SE 1.5 custa R$ 42.490.
As duas versões que têm o motor Sigma 1.6 16V TiVCT, que tem comando variável na admissão e no escape e potência de 130 cv, são a intermediária SE e a top Titanium. O SE custa R$ 45.490 e pode ter como opcional o câmbio automatizado Powershift, por mais R$ 3.500 (R$ 48.990). Mas a versão mais interessante é a Titanium, que tem preço de R$ 51.490. Com câmbio Powershift custa R$ 54.990.
lançamento
A grande mudança estética ocorreu na grade frontal, mais bonita e agressiva. A traseira do hatch permanece
O melhor do novo Ford Fiesta é o câmbio automatizado Powershift
Interior agradável com espaço rwzoável e excelente posição de dirigir
O Ford New Fiesta Titanium é um carro completo. Tem sete airbags, bancos e volante revestidos de couro, controlador de velocidade de cruzeiro, sensor de estacionamento, sensor de chuva, acendimento automático dos faróis, retrovisor interno eletrocrômico e rodas de alumínio de 16”, além do ar-condicionado digital, dos controles de tração e estabilidade (Advance Trac), vidros elétricos com abertura e fechamento global, sistema SYNC com comandos de voz em português e controles no volante já disponíveis na versão SE. Com o Powershift, é 10!
Ficha técnica ford new fiesta hatch
Porta-malas com capacidade de 281 litros
Motor: diant.longitudinal Cilindros: 4 em linha Cabeçote: DOHC 16V Cilindrada: 1.597 cm3 Potência: 130 cv Torque: 16,2kgfm Combustível: flex Câmbio: m. 5m (aut. 6) Tração: dianteira Pneus: 195/55 R15 ou Pneus: 195/50 R16 Compr. : 3.960 mm Largura: 1.970 mm Altura: 1460 mm Entre-eixos: 2.480 mm Peso: 1.126 kg (1.153 kg) Tanque: 51 litros Porta-malas: 281 litros Motor Quatro Dezembro 2011 13
apresentação
Honda CR-V
O
etanol como alternativa à gasolina pode não ser atualmente tão vantajoso, mas uma marca que pretende fincar as raízes de seu produto em nosso mercado deve se preocupar em oferecer essa opção aos seus clientes. Assim pensa a Honda, que acaba de equipar a quarta geração do CR-V com um 14 Dezembro 2011 Motor Quatro
motor flex. Para compensar o maior consumo desse combustível em relação à gasolina, o tanque foi aumentado em 13 litros, ficando agora com 71 litros de capacidade. Outro destaque do Honda CR-V 2013 é a adoção do Flex One, sistema de partida a frio sem o subtanque de gasolina. Agora, ao
Agora também tem motor flex
abrir as portas do carro com o controle remoto da chave, o etanol que se encontra na linha começa a ser aquecido para entrar em combustão. Para 2013, o Honda CR-V não terá mais a disponibilidade da versão de entrada com câmbio manual, ficando apenas as versões LX 4x2 e EXL 4x4, ambas com câmbio automático e
motor 2.0 flex. A versão LX ficou mais equipada, incorporando o sistema Bluetooth, a chave do tipo canivete e o alarme ultrassônico, itens antes apenas disponível na versão top ELX. O Honda CR-V LX custa R$ R$ 98.900 e o Honda EXL 4x4 tem preço sugerido de R$ 114.900.
apresentação
A quarta geração do Honda CR-V, completamente reprojetada, chegou em 2012 com motor a gasolina e agora com motor flexível
O CR-V ELX tem 6 airbags com OPDS (Occupant Position Detection)
Porta-malas de 589 litros, podendo aumentar rebatendo os bancos
honda cr-v
Ficha técnica
Sistema de áudio do CR-V LX
No ELX, navegador de série
Motor 2.0 16V com i-VTEC de 153 cv para as duas versões do CR-V
Motor: 4 cil. em linha Cabeçote: i-VTEC 16V Cilindrada: 1.997 cm3 Combustível: flex Potência: 155 cv Torque: 19,5 kgfm Câmbio: autom., 5 m Tração: diant (LX) Pneus: 225/65-R17 Compr. : 4.530 mm Largura: 1 .820 mm Altura: 1.650 mm Entre-eixos: 2.620 mm Tanque: 71 litros Peso: 1.965 kg (LX) Porta-malas: 589 litros Motor Quatro Dezembro 2011 15
lançamento
Kia Sorento
Muda para ficar parecido com o irmão mais jovem
A
maior mudança no Kia Sorento 2013 pode ser notada na frende do carro: o afilamento do conjunto de faróis e lanternas e os novos formatos do farol de neblina e da lanterna traseira inferior. Apesar de pouca coisa, o Sorento ganhou uma imagem bem mais jovial e atuali16 Outubro 2012 Motor Quatro
zada, o que ocorreu inclusive com a participação no projeto visual do chefe de Design e hoje presidente da Kia Motors, Peter Schreyer. As duas versões do Kia Sorento, a S.263 com motor de 4 cilindros 2.4 e a S.670 com motor V6 3.5 são equipadas com um kit multimídia com
GPS integrado ao sistema de som, controle de iPod e Bluetooth com comando de chamada no volante, câmera de ré, tela sensível ao toque, calculadora e conversor de unidades. O motor Lambda II a gasolina de 3,5 litros tem potência de 278 cv e torque de 34,2 kgfm. Já o
motor Theta II de 2,4 litros, também a gasolina, tem potência de 174 cv e torque de 23,0 kgm. Ambos estão disponíveis em nosso mercado apenas com o câmbio automático de 6 marchas. O Sorento S.670 3,5 V6 tem também a opção da transmissão com tração integral 4x4.
lançamento
As duas versões têm ar-condicionado Dual Zone e computador de bordo
Não há muitas diferenças de equipamentos entre as duas versões, com exceção dos airbags – dois no S.263 e dez no S.670 –, ESP, controle de frenagem em declives e câmera de ré.
As duas versões do Kia Sorento têm 7 lugares, com volume de bagagem de 1.047 litros na configuração 5 lugares, 2.052 litros com as duas fileiras traseiras rebatidas e 258 litros com 7 passageiros.
kiA sorento
Ficha técnica
As mudanças na grade, faróis e lanternas deixaram o Sorento mais jovem, parecido com o Sportage
Motor: dianteiro, longitud. Cilindros: V6 DOHC 24V Combustível: gasolina Cilindrada: 3.470 cm3 Potência: 278 cv Torque: 34,2,4 kgfm Câmbio: autom., 6m Tração: integral Rodas: alumínio, 16” Pneus: 205/60 R16 Compr. : 4.685 mm Largura: 1.885 m m Altura: 1.710 mm Entre-eixos: 2.700mm Vão livre: 203 mm Peso: 1.904 kg Tanque: 70 litros Porta-malas: 1.047 litros Motor Quatro Outubro 2012 17
impressões kia cerato
Kia Cerato Totalmente novo, até no nome, que inclui “All New”. Menos o motor
N
essa história de nova geração, às vezes tem gato. Mas não é o caso do Kia Cerato. Ou, como se costuma chamar uma nova geração de um modelo, New Cerato. Mas a Kia está chamando seu novo carro de All New Cerato. Tudo novo mesmo nessa terceira geração do modelo, menos o motor. 18 Agosto 2012 Motor Quatro
Isso é fácil de explicar: como o motor da segunda geração do Cerato já tinha versão flex no Brasil (é o mesmo do Kia Soul e do Hyundai HB20) e o novo motor acompanha o carro lá fora ainda não está preparado para funcionar com o nosso etanol, optou-se por manter nosso flex.
Mas o motor Gamma 1.6 flex dá conta do recado. Com seus 128 cv de potência e 16,5 kgfm de torque, ele é bem espertinho. Quando chegar o novo motor, convertido para flex, teremos mais assunto para o Cerato. O câmbio do Cerato tem 6 marchas, tanto o manual quanto o automático, que tem também
controles no volante para mudanças manuais. A direção com assistência elétrica tem três modos operacionais, que alteram a firmeza de acordo com cada situação: conforto, normal e esporte. Além das grandes mudanças visuais, que o deixaram muito mais bonito e atual, o novo Cerato tem mais espaço
impressões
kia cerato
Se depender da beleza externa, o All New Cerato não terá problema algum em conquistar seus próximos compradores
Interior renovado, com mais espaço para os ocupantes. No porta-malas cabe 421 litros. Só o motor é que ficou defasado. Mas é flex
Duas coisas são incontestáveis no novo Cerato, a beleza da carroceria, tanto das linhas quanto nos detalhes, e o conforto interno, principalmente na versão automática.
contra Justamente o que “sobrou” do Cerato velho, o motor. Ele não é ruim, mas se mostra um tanto fraco com o câmbio automático. Com o câmbio manual ele melhor um pouco.
interno que o anterior. Com a distância entreeixos 50 mm maior, foi possível melhorar um pouco cada uma das dimensões internas, em especial para as pernas do motorista. O portamalas passa a ter agora 421 litros de capacidade. Muito bem equipado para a sua categoria, o All New Cerato tem condições de enfrentar todos os sedãs médios, logicamente na versão e faixa de preço adequada. Na hora de dirigir o novo Cerato, é possível avaliá-lo sob dois pontos
de vista: o do conforto e o do desempenho. Com o câmbio automático, o Cerato é excepcional quanto ao conforto e silêncio interno. Bom para uso urbano. Analisando pelo lado do desempenho, o câmbio automático limita as possibilidades, e o carro parece ser fraco. Aí entra o câmbio manual: podendo aproveitar melhor a faixa de rotação do motor, o Cerato émuito agradável na estrada. O Cerato manual custa R$ 67.400 e o automático custa R$ 71.900.
Ficha técnica kia cerato
a favor
Motor: Dianteiro,transv. Cilindros: 4 em linha Cabeçote: DOHC, 16V Cilindrada: 1.591cm3 Potência: 128 cv Torque: 16,5 kgfm Câmbio: man. ou aut., 6m Tração: dianteira Rodas: liga leve, 16” Pneus: 205/60 R16 Compr. : 4.560 mm Largura: 1.780 m m Altura: 1.460 mm Entre-eixos: 2.700 mm Peso: 1.205 kg (man) Tanque: 50 litros Porta-malas: 421 litros Motor Quatro Agosto 2012 19
impressões
HONDA PCX
FOTOS honda / Caio mattos
Um scooter ágil e cheio de tecnologia. E também cheio de charme
20 Outubro 2012 Motor Quatro
A Painel com velocímetro analógico e marcador de combustível digital
Chave da trava e ignição ao lado da abertura do banco e do tanque
O banco de dois níveis é espaçoso e tem apoio lombar para o piloto
Honda até que estava avisando, mas não foram todos que entenderam o recado. Tudo indicava que o próximo scooter lançado pela marca teria uma grande dose de tecnologia aplicada. E assim é o Honda PCX, veículo de concepção simples mas bem dotado de equipamentos que chega às lojas da rede no fim deste mês de maio. À primeira olhada, o PCX até parece um maxi-scooter, mas o motor monocilíndrico de 150 cm3 o coloca em uma categoria chamada de Family pela Honda. De uso essencialmente urbano mas com boas possibilidades de proporcionar viagens agradáveis, o PCX não leva a cilindrada no nome, justamente por parecer maior do que realmente é. Entre as novidades tecnológicas do PCX, destacamse os sistemas ISS – Idling Stop System, que desliga o motor após três segundos em marcha lenta, e o ESP – Enhanced Smart Power, que alonga sensivelmente a relação final de transmissão quando o veículo se encontra em uma velocidade de cruzeiro constante. Esses dois sistemas visam a economia de combustível, o primeiro atuando em uso urbano e o segundo funcionando de forma ideal em estradas ou vias expressas. Como em algumas motocicletas mais sofisticadas da marca, o scooter PCX conta com sistema CBS de freios (Combined Brake System), que aciona apenas o disco dianteiro pelo manete direito e tanto o disco dianteiro quanto o tambor traseiro pelo manete esquerdo. O painel de instrumentos do Honda PCX tem o velocímetro analógico e o odômetro e o marcador de nível de combustível e digitais, além de algumas luzes indicadoras.
impressões O banco do PCX é longo e anatômico, em dois níveis e com um pequeno apoio lombar para o piloto. Apesar de confortável, tem a densidade da espuma ligeiramente dura, o que pode comprometer o conforto depois de algumas horas montado. A altura até o solo é de 760 mm. Embaixo desse banco há um grande compartimento para acomodar pequenos objetos, além de um capacete fechado. Ou muitos objetos sem o capacete. Ou seja, é possível ir ao supermercado com um Honda PCX. Isso é versatilidade. A bertura é elétrica, por meio de um botão ao lado da chave de ignição. É o mesmo botão que abre a tampa de acesso ao bocal de abastecimento. O tanque de combustível, que fica embaixo dos pés do piloto, tem 5,9 litros de capacidade. Há ainda dois pequenos porta-luvas nas duas laterais internas da carenagem. O piloto apoia os pés em grandes plataformas integradas à carenagem e o garupa tem um par de pedaleiras retráteis, que podem ser dobradas.
a favor A tecnologia joga a favor do PCX. Os sistemas ISS e EPS, que facilitam a pilotagem e permitem reduzir sensivelmente o consumo de combustível formam o melhor desse scooter
contra Para um scooter com motor de 150 cm3, o porte do Honda PCX é imponente. O desempenho, no entanto, ainda é o de um scooter de 150 cm3. O banco é um tanto duro. Motor Quatro Outubro 2012 21
impressões honda pcx Equipado com motor monocilíndrico quatro tempos de comando de válvulas no cabeçote (OHC – Over Head Camshaft), com cilindrada de 153 cm3 refrigerado a água, o PCX tem injeção eletrônica PGM-FI e entrega a potência máxima de 13,6 cv a 8.500 rpm, com torque máximo de 1,41 kgfm a 5.250 rpm. A transmissão é feita por uma embreagem automática centrífuga que aciona o sistema CVT (V-Matic), composto de duas polias variáveis e uma correia lisa em forma de “V”. Não há marchas e a relação final varia de forma contínua (infinitas marchas). O melhor do motor da Honda PCX é o sistema ISS – Idilling Stop System, que desliga o motor depois de 3 segundos em marcha lenta. do scooter quando ele estiver parado em marcha lenta após três segundos. Após o desligamento do motor, uma luz indicadora de ativação do sistema piscará no painel informando ao piloto que o motor
Na suspensão traseira, dois amortecedores 22 Outubro 2012 Motor Quatro
O sistema ESP alonga a relação de transmissão
não está funcionando. Para religar, basta apenas acionar o acelerador que o scooter inicia seu movimento. Assim, ao parar em um semáforo ou com trânsito intenso, após três segundos, o motor desliga. Ao acelerar, automaticamente, ele volta a funcionar. O sistema pode ser ativado ou desativado, conforme desejo do cliente, por um botão localizado no punho direito.
Q
O sistema de transmissão CVT tem duas polias de diâmetro variável
Aquecida, a água da refrigeração percorre um caminho mais longo
A estrutura do Honda PCX é tubular de aço, do tipo berço, com distância entre-eixos de 1.315 mm. O comprimento total é de 1.917 mm. A suspensão dianteira tem garfo telescópio com curso de 100 mm e a traseira, com dois amortecedores, tem curso de 85 mm. As rodas de 14 polegadas têm pneus de medidas 90/90 na dianteira e 100/90 na traseira, o que facilita o uso nos pisos urbanos irregulares. Ao guidão, o PCX passa uma sensação de firmeza, mesmo em estradas, a mais de 120 km/h, e os freios com o sistema combinado são adequadamente eficientes. A posição de pilotagem é agradável para um scooter e o painel de instrumentos permite fácil visualização das informações, principalmente do velocímetro. O PCX 2014 começa a ser vendido neste mês de maio com preço público sugerido de R$ 7.990. As cores disponíveis são apenas duas, vermelho metálico e branco perolizado. A garantia é de um ano, sem limite de quilometragem.
Ficha técnica Motor monocilíndrico OHC, com comando de válvulas no cabeçote
Continuous Variable Transmission –, há o sistema ESP que, ao detectar que o veículo está trafegando a uma velocidade constante, alonga a relação final, aumentando o diâmetro da polia motriz e reduzindo o diâmetro da polia movida, fazendo com que, sem
alterar a velocidade, o motor tenha sua rotação reduzida. é como se fosse uma marcha overdrive dos automóveis. Outro sistema interessantes é o de refrigeração do motor, que tem dois circuitos de água, um para baixas e outro para altas temperaturas.
honda pcx
uem diria, um scooter com a mesma tecnologia de alguns automóveis que custam dez vezes mais! Pelo menos dois sistemas do Honda PCX são muito interessantes, o ISS – Idling Stop System – e o ESP – Enhanced Smart Power. O primeiro desliga o motor depois de 3 segundos em que ele se encontra em marcha lenta, após ter trafegado a pelo menos 10 km/h. Isso é muito útil em semáforos, para economia de gasolina. Ao acionar o acelerador, imediatamente o motor a combustão volta a funcionar, movendo o scooter. Esse sistema tem a ajuda de outros subsistemas, como o ACG – Alternating Current Generator –, que transforma o gerador elétrico em um motor de partida – e o e o Swing Back, que sempre coloca o pistão na posição mais favorável para que o motor reinicie seu funcionamento instantaneamente. Isso ao mesmo tempo em que a válvula de escape do motor abre ligeiramente, para facilitar a partida. Isso é feito por um ressalto no eixo de comando de válvulas instalado no cabeçote do motor (OHC – Over Head Camshaft). Na transmissão, que é feita pelo sistema de polias variáveis CVT –
impressões
honda pcx
Motor: monocilíndrico4T Cabeçote: OHC Cilindrada: 153 cm3 Refrigeração: a água Potência: 13,6 cv Torque: 1,41 kgfm Câmbio: CVT Transmissão: correia V Partida: elétrica Pneu (d): 90/90 R 14 Pneu (t): 100/90 R 14 Compr. : 1.917 mm Largura: 738 m m Altura: 1.094 mm Entre-eixos: 1.315 mm Altura do banco: 760 mm Peso: 124 kg Tanque: 5,9 litros Motor Quatro Outubro 2012 23
especial
MINI Parade
Uma revenda MINI de São Paulo reúne periodicamente seus clientes para passeios nos finais de semana
N
ão é apenas porque é “bonitinho” e competente que o MINI atrai seus compradores. Assim como acontece com algumas marcas premium de automóveis e motocicletas, os proprietários de MINI tamém se reúnem para eventos de fim de semana, como este Mini Parade. O Mini parade foi organizado pela revenda Caltabiano, a primeira a comercializar a marca no Brasil e que está completando 24 Novembro 2011 Motor Quatro
quatro anos de atividade. O destino desta vez foi Embu das Artes, no interior de São Paulo, com percurso de 170 Km passando pelas rodovias Castelo Branco e Raposo Tavares, além de sinuosos trechos entre Santana do Parnaíba, Pirapora do Bom Jesus e Araçariguama. Ao final do dia, em Embu das Artes, aconteceu um campeonato de autorama com todos os participantes. Os carrinhos? MINI, é claro!
especial
Motor Quatro Outubro 2011 25
clássicos
O refúgio da guerreira
No ano que marca o fim da mais famosa perua brasileira, colecionadores e apaixonados tentam preservar a memória e o acervo da querida Kombi
F
oi em 1957 que a primeira VW Kombi brasileira saiu da linha de montagem da fábrica de São Bernardo do Campo, em São Paulo. Dois anos antes do Fusca. Milhares de aperfeiçoamentos depois, sem perder o formato de “pão de forma” que lhe é característico, 56 anos depois ela deve se aposentar, vencida – em uma dura batalha– pela tecnologia em nome da segurança. Mas a legião de fãs desse utilitário não a deixará morrer, e o grande sucesso de um simples encontro em uma manhã de domingo em torno da Kombi já diz tudo sobre a sua preservação. Pelas fotos pode-se notar que não são apenas as relíquias de colecionadores que estão sendo colocados de volta à vida, mas qualquer uma delas que ainda tem condições de rodar.
26 Maio 2010 Motor Quartro
clássicos As fotos falam por si: Kombis de todos os tipos, de todos os anos, nas mais diversas condições de preservação
Motor Quartro Maio 2010 27
clássicas
A história de Detentora de uma importante história no cenário motociclístico brasileiro, a Honda cria o seu museu, o Honda Fan Club, para mostrar todas as motocicletas já produzidas na fábrica de Manaus, AM
A
história da motocicleta brasileira não é tão pobre como alguns supõem. Antes mesmo que as grandes marcas se instalassem por aqui, vimos o surgimento de alguns pequenos fabricantes que, com a incipiência desse mercado, acabaram sumindo. Foi na década de 70, no entanto, que tudo aconteceu. Com a facilidade de importação alguns anos 28 Março 2011 Motor Quatro
antes, as marcas japonesas chegaram com relativa força, empurrada também pela nova cultura “jovem” que o mundo experimentava. Foi quando a Honda se instalou no Brasil: em 1971, a marca japonesa começou suas importações oficiais. Quem não lembra da CB 350, da CB 360 e das maravilhosas CB 500 Four e CB 750 Four? Mas aí veio o golpe: em 1976 as importações de veículos foram
drasticamente interrompidas. Mas a Honda já havia construído sua fábrica em Manaus, AM, quando, nesse mesmo ano, lançou sua primeira motocicleta brasileira, a CG 125. Com direito até ao Rei Pelé como garoto propaganda, mal sabíamos nós que assim se iniciaria tanto um fenômeno comercial em duas rodas quanto um legado brasileiro na produção de motocicletas.
clássicas
e uma marca Tudo começou com a Honda CG 125
A CB 400 de 1980 e suas seguidoras
A linha off road XL começou em 1982
A linha NX deu continuidade à linha XL
CBX 750F de 1986: a mais esperada
A C100 Dream, de 1992: volta ao Cub
Na trilha da CG 125 vieram, em 1978, a ML 125 e, no ano seguinte, a 125 Turuna. Tudo isso para esperar o grande lançamento que viria em 1980, a Honda CB 400. Daí foi uma sequência de modelos que fizeram e ainda fazem parte da história da indústria nacional e dos motociclistas contemporâneos. Superando a Honda CB 400 em questão de impacto e ansiedade do público, a
Honda CBX 750F, de 1986, foi o auge dessa época. Até que as importações foram novamente incentivadas. Mesmo assim, os produtos da marca continuaram a cativar almas e corações, desta vez amparados com a nova tecnologia global que podia, então, ser absorvidas pelos produtos nacionais. A iniciativa da Honda em reunir seus principais produtos nacionais
O Rei Pelé e a primeira Honda nacional
em um ambiente repleto de história certamente vai atrair todos aqueles que um dia viveram parte dessa história. E também aqueles que, mesmo chegando depois do início dessa saga, gostam de motocicletas e estão interessados em conhecer mais sobre a marca que lidera com grande folga o mercado motociclístico no Brasil. Marca cuja tradição se confunde com a nossa história. Motor Quatro Março 2011 29
clássicas
museu honda
CG 125
1976
Honda CG 125 A pioneira. Foi lançada juntamente com a inauguração da fábrica de manaus, em 1976. Apesar de tecnicamente simples, tinha visual avançado para sua época, antecipando de como seriam as motocicletas de pequeno porte a partir daí. Motor: monocilíndrico 125 cm3 Potência: 11,0 cv Câmbio: 4 marchas Produção: 235.635 unidades Outras versões: Today, Titan.
CG 125 a álcool
1981
Honda CG 125 a álcool Mais uma vez foi a pioneira. No auge do Proálcool, quando os automóveis estavam migrando para esse combustível, a Honda CG 125 ganhou sua versão “verde”, o que incluia um tanquinho de gasolina para partida a frio com uma bomba manual de injeção. Antecipou o câmbio de 5 marchas para a CG. Motor: monocilíndrico 125 cm3 Potência: 10,5 cv Câmbio: 5 marchas Produção: 2.655 unidades
125 ml
1978
30 Março 2011 Motor Quatro
Honda 125 ml Era a versão de luxo da linha CG, lançada em 1978. A sigla do modelo, “ML”, vinha após a cilindrada. Tinha o mesmo motor OHV da CG, mas o câmbio era de 5 marchas, de posição de marchas convencional. Tinha o freio dianteiro era a disco, com acionamento por cabo de aço, e suspensão dianteira Ceriani. Motor: monocilíndrico 125 cm3 Potência: 11,0 cv Câmbio: 5 marchas Produção: 161.511 unidades
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clássicas
turuna
1986
Honda turuna A primeira Turuna surgiu em 1979, como uma versão esportiva da CG 125. E podia mesmo ser considerada esportiva, já que inaugurou o motor OHC, com comando de válvulas no cabeçote. Em 1983 a Turuna ganhou sistema elétrico de 12 volts e em 1986 perdeu o charme, ficando igual à CG. Motor: monocilíndrico 125 cm3 Potência: 12,5 cv Câmbio: 5 marchas Produção: 78.163 unidades
cb 400 honda cb 400 Para um mercado fechado para motos há 4 anos, a chegada da CB 400 foi como o grito de liberdade para os motociclistas da época. Mesmo sendo uma motocicleta de tamanho médio, era considerada uma moto grande. Motor: bicilíndrico 400 cm3 Potência: 40,0 cv Câmbio: 6 marchas Produção: 67.550 unidades Outras versões: CB 400 II (1982) e Tucunaré (1983)
1980 xl 250R honda xl 250R Foi outra motocicleta recebida com grande festa pelos brasileiros, principalmente aqueles que gostavam de uma boa aventura no on/off road. Em 1984 veio a XLX 250R, com carburador duplo e motor com válvulas radiais (RFVC). Em 1987 voltou a ter carburador simples. Motor: monocilíndrico 250 cm3 Potência: 22,0 cv Câmbio: 6 marchas Produção: 50.193 unidades
1980 Motor Quatro Março 2011 31
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cb 450 honda cb 450 dx A CB 450 DX foi a última versão da linha CB 450, que começou em 1983 com as versões Esporte e Custom. No ano seguinte acaba a CB 400 e lhe dá o lugar a CB 450 (básica). Em 1986 as três versões são substituídas por uma só, a extremamete simplificada CB 450TR. Em 1987 vem a DX, bem equipada. Motor: bicilíndrico 400 cm3 Potência: 43,0 cv Câmbio: 6 marchas Produção: 20.010 unidades
1987 XL 125S honda xl 125S A versão menor da XL 250R (por isso ganhou o apelido de “xiselinha”) chegou em 1984, junto com a XLX 250R, que a partir daí se tornou a “xiselona “. Com a suspensão traseira de dois amortecedores, a xiselinha não era muito apropriada para o fora de estrada, mas era muito valente. Motor: monolíndrico 125 cm3 Potência: 12,5 cv Câmbio: 5 marchas Produção: 109.813 unidades
1984 cbx 750f honda cbx 750f Foi o lançamento mais esperado de todos os tempos: a promessa de uma moto de 4 cilindros era um sonho que se realizava em 1986. Em 1987, a nacionalização tirou algumas sofisticações como o TRAC antimergulho e a roda dianteira de 16 polegadas. Em 1990 ganhou carenagem integral e o nome Indy. Motor: tetracilíndrico 750 cm3 Potência: 82,0 cv Câmbio: 6 marchas Produção: 995 (86) 7.246 (87 a 89) 3.161 (Indy)
1986 32 Março 2011 Motor Quatro
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xlx 350R honda xlx 350r Foi uma versão mais potente e de linhas mais atualizadas da XLX 250R. Mas manteve alguns de seus problemas, como a dificuldade de ligar o motor no pedal e à grande alta taxa de compressão. Em 1989 ela ganhou um descompressor automático que facilitava a tarefa, mas continuou sem partida elétrica. Motor: monocilíndrico 350 cm3 Potência: 30,0 cv Câmbio: 6 marchas Produção: 40.436 unidades
1987 cbx 150 aero honda cbx 150 aero A CBX 750 DX foi a inspiração para esse modelo, que depois se tornou CBX 200 Strada, CBX 250 Twister e finalmente CB 300. O nome Aero veio das estradeiras aerodinâmicas produzidas no esterior, na época. Introduziu a partida elétrica em motocicletas de pequeno porte. Motor: monocilíndrico 150 cm3 Potência: 15,9 cv Câmbio: 5 marchas Produção: 38.065 unidades
1988 nx 150 honda nx 150 Substituiu a XL 125S e iniciou importante saga em nosso mercado. Primeiro com o motor da Aero, depois com o motor da Strada (NX 200, com o páralama dianteiro rente ao pneu), depois fundindo-se com a linha XL para se tornar a NX-4 Falcon. Sua herança está presente ainda na atual NXR 150 Bros. Motor: monocilíndrico 150 cm3 Potência: 12,5 cv Câmbio: 6 marchas Produção: 178.46 unidades
1988 Motor Quatro Março 2011 33
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cbr 450 SR honda cbr 450 SR Com um excepcional quadro de tubos de aço, freios excelentes e suspensão traseira Pro-Link, o que faltava mesmo na CBR era motor, apesar de ter 3 cv a mais que o da CB 450 normal. Ainda assim era uma delícia de ser pilotada e hoje se transformou em uma motocicleta cult. Motor: bicilíndrico 450 cm3 Potência: 46,3 cv Câmbio: 6 marchas Produção: 13.891 unidades
1989 c100 dream
1992
honda c100 dream Foi a aposta da Honda em um segmento de entrada, com um produto de grande tradição comercial da marca em vários mercados de grande volume do mundo. A Dream trazia consigo, se não um apelo visual, pelo menos uma grande aptidão à economia, tanto de combustível como na manutenção. Motor: monolíndrico 97 cm3 Potência: 7,5 cv Câmbio: 4 marchas rotativo embreagem automática Produção: 77.582 unidades
cb 500 honda cb 500 Após 3 anos do fim da CB 450, outra bicilíndrica chega ao mercado, a CB 500. A grande diferença mecânica entre os motores era que a 450 tinha os pistões com ignição a 180o, enquanto a 500 tinha a ignição a 270o (os pistões subiam e desciam alternadamente). Abriu o mercado para as atuais naked. Motor: bicilíndrico 500 cm3 Potência: 54,0 cv Câmbio: 6 marchas Produção: 20.264 unidades
1997 34 Março 2011 Motor Quatro