cultura do N0 18 – setembro 2015
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automóveis e motocicletas
lançamentos - impressões - história
Jaguar
XE
Formula inter
honda nc 750X
triumph tiger xr
ktm 390 duke
subaru wrx sti
ford focus fastback
honda pop 110i honda cg 160
E DI TOR I
AL
É a vez dos sedãs esportivos
N
esta edição da Revista Cultura do Automóvel mostramos três sedãs esportivos – uma tendência no mercado mundial –, cada um com sua personalidade. O Ford Focus, o mais acessível dos três, quer conquistar o pai de família com o perfil esguio dos Mustags fastback dos anos 60. Já o sofisticado Jaguar XE aposta na popularidade dos sedãs médios para emplacar suas quatro versões do mesmo carro. E o esportivo por natureza Subaru WRX volta renovado com duas versões cheias de potência. Difícil seria escolher qualquer um desses carros. nnn
No campo das motocicletas, muitas novidades, desde as mais populares Honda CG e Pop até a pequena radical KTM 390 Duke, que impressiona pela dirigibilidade. O polo industrial de Manaus está produzindo e nos enviando motocicletas cada vez mais brasileiras e cada vez mais cativantes, como é o caso da Honda NC 750X e das novas Triumph. nnn Mas não deixamos de mostrar os clássicos, que cada vez mais se colocam em nosso caminho, por todos os lugares onde formos nos fins de semana. Conheça também uma nova categoria do nosso automobilismo esportivo.
NESTA EDIÇÃO No 18 - Setembro 2015
18 sumário
04 Pelo Mundo
O que acontece no mundo dos lançamentos de automóveis
06 Ford Focus Fastback
A versão sedã do novo Focus tem nome imponente e perfil esportivo
08 Jaguar XE
O novo sedã esportivo da marca inglesa acaba de chegar
12 Subaru WRX
Entre um esportivo e outro ainda mais esportivo, a indecisão
18 KTM 390 Duke Tamanho e agilidade de 125, com desempenho de moto 3 vezes maior 20 Triumph Tiger XR e XC
As versões simplificadas das trail têm melhor relação custo/benefício
22 Honda CG 160 Em sua nona geração, a mais popular moto brasileira está mais potente 26 Honda Pop 110i
Pela primeira vez em 9 anos a popular das populares foi remodelada
28 Honda NX 750X Versátil ao extremo, a crossover com jeitão de scooter melhorou 32 Fórmula Inter
Uma nova categoria de competição para quem quer fazer carreira
34 Clássicos Um encontro no interior de São Paulo ao lado do museu do Buick
pelo mundo
harley-davidson mostra linha 2016
Com novidades nas famílias Sportster, Softail e Touring
A Harley-Davidson Iron 883, a essência do estilo Dark Custom inspirado nas bobbers feitas em garagens, tem visual mais moderno
A nova edição limitada Série S da HarleyDavidson, composta pelos modelos Fat Boy S e Softail Slim S, tem o motor Twin Can 110 Screamin’ Eagle e acabamento diferenciado. As novidades para toda a linha Softail 2016 são o motor High Output Twin Cam 103, herança do Projeto Rushmore, e o cruise control para os modelos Softail, que agora têm acelerador eletrônico. O
item passa a ser equipamento de série para os modelos Heritage Softail Classic, Softail Deluxe, Fat Boy S e Softail Slim S e estará disponível como acessório para todos os demais modelos Softail. Já a Heritage Softail Classic recebe, além do motor High Output Twin Cam 103 e do cruise control, novos elementos visuais e estruturas de
suporte reforçadas para os alforjes laterais. Quanto à estradeira Road Glide Ultra, os dois anos em que ficou fora do line up da marca foram bem utilizados para trazê-la de volta com todas as vantagens do Projeto Rushmore, tanto em
relação ao visual quanto ao desempenho, à tecnologia, à aerodinâmica e à ergonomia, para o piloto e para o passageiro. O motor da Road Glide Ultra é o High Output Twin Cam 103. As novas Harley-Davidson 2016 já chegaram a nas concessionárias norteamericanas e também em alguns outros paises. O lançamento no Brasil será no Salão Duas Rodas, que acontece de 6 a 12 de outubro, no Anhembi.
Assim como a Iron 883, a Forty-Eight 1200 também recebeu melhorias nas suspensões e no assento e tem agora rodas mais leves 4 Setembro 2015 Cultura do Automóvel
pelo mundo
é muito
novo hyundai ix35
Modelo tem agora três versões, com variações nas listas de equipamentos
Quando passou a ser produzido no Brasil, em Anápolis, GO, o Hyundai iX35 ganhou um motor flex. Isso foi em 2013. Agora o suv recebeu algumas modificações, com novos itens de série em três versões e pequenas mudanças visuais. A nova
grade tem três filetes cobrindo a colmeia interna, os faróis auxiliares têm novas molduras e foi adicionado um spoiler dianteiro. O toque de atualidade é dado pela fita de leds nos faróis principais. O motor é um 2.0 flex 16V de 167 cv com câmbio
automático de seis marchas. Para o lançamento, uma edição especial de 300 unidades sairá na cor laranja, na versão intermediária, e tem o nome “Launching Edition” na tampa do porta-malas. A nova versão de entrada agora custa R$ 99.990, o
mesmo que a versão anterior do iX35, só que esta tinha lista de equipamentos equivalente à versão intermediária. A nova versão intermediária custa R$ 109.990 e a versão top de linha do novo Hyundai iX35 tem preço de R$ 122.990.
Cultura do Automóvel Setembro 2015 5
impressões
Ford Focus Fastback Sedã com nome e pinta de esportivo. Mas muito familiar
Q
uando a expectativa natural é ver a nova versão sedã de um hatch ser chamada de “sedan”, ou algo parecido, e na hora das apresentações o novo carro é colocado ao lado de um Ford Mustang dos anos 60, a reação é de uma agradável surpresa. Não apenas pela comparação entre o novo sedã da linha Focus com um dos mais icônicos fastback da história, mas também pela sacada de diferenciá-lo de todos os outros sedãs médios do mercado, que muitas vezes ainda não deixaram de ser simplesmente um hatch “com bunda”. O novo Focus Fastback chega já com uma imagem mais esportiva para um carro da família.
A maior diferença entre o Focus Fastback e o Hatch, com exceção do maior porta-malas, é a única opção do motor Duratec 2.0 de quatro cilindros e injeção direta, exclusivamente com o câmbio automatizado de dupla embreagem e seis marchas. O hatch é oferecido também com o 1.6 Sigma de injeção indireta e câmbio manual de cinco marchas. Um dos pontos altos do carro é o motor DirectFlex de injeção direta. A eficiência dos injetores diretamente nas câmaras de combustão dispensam o sistema de partida a frio com etanol, uma vantagem em relação a qualquer outro motor flex. O Duratec 2.0 tem 178 cv de
6 Setembro 2015 Cultura do Automóvel
potência e 22,6 kgfm de torque. Esses números, aliados à excelente caixa automatizada PowerShift de dupla embreagem e seis marchas, realmente dão ao Ford Focus Fastback um jeitão bastante esportivo, mesmo para um sedã. Ou melhor, para um Fastback, termo historicamente utilizado em qualquer tipo de carroceria, de duas ou de quatro portas, quando o vigia traseiro mantém praticamente a mesma grande inclinação da pequena tampa do porta-malas. Com isso, o coeficiente de resistência aerodinâmica do carro (Cx) melhorou 4%, passando de 0,306 para 0,296. A intenção da Ford foi dotar o novo carro de
mais esportividade, lembrando que a passagem de um carro compacto ou médio com carroceria hatch ocorre quando o motorista também está passando para uma fase mais madura de sua vida, geralmente quando chegam os filhos. Por isso o porta-malas maior é tão importante. No novo Focus, ele tem capacidade para 421 litros, contra os 316 litros do hatch. Complementando a esportividade com a tecnologia, o Focus Fastback oferece dirigibilidade superior, tanto pela suspensão traseira multilink, que lhe confere uma ótima estabilidade, como pelos acionadores do câmbio no volante, permitindo trocas esportivas manual-
impressões a favor Primeiro, o motor Duratec 16V com injeção direta. Mas a beleza da carroceria e a dirigibilidade também se destacam
contra Nada a criticar, a não ser o preço, que o coloca frente aos importados
Interior sofisticado, totalmente conectado, e com bastante conforto
O perfil do Ford Focus Fastback é esguio, como nos Mustang fastback dos anos 60
Adotando a identidade frontal da marca, o novo Focus ficou com um visual mais agradável
ford focus fastback
Ficha técnica Motor: 4 cil. diant. transv. Cilindrada: 1.999 cm3 Cabeçote: 16V inj. direta Potência: 178 cv Torque: 22,6 kgfm Câmbio: autom., 6 m Tração: dianteira Rodas: liga leve, 17” Compr. : 4.538 mm Largura: 1.823 m m Altura: 1.469 mm Entre-eixos: 2.648 mm Porta-malas: 421 litros Largura: 1.770 mm Largura: 1.770 mm
mente mesmo na posição automática “D”. Há ainda a posição Sport no seletor do câmbio. Todos os itens do novo Focus Fastback que merecem destaque são os mesmos do Hatch 2.0, como o assistente de frenagem, o sistema de estacionamento automático e o sistema keyless de entrada e ignição sem o uso da chave. O preço do novo Focus Fastback Titanium Plus é de R$ 96.900. As outras três versões são a Titanium, por R$ 87.900, a SE Plus, por R$ 79.990 e a SE, por R$ 77.990. Cultura do Automóvel Setembro 2015 7
lançamento
Jaguar XE Novo sedã da marca inglesa em quatro versões
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lançamento
Q
ue a marca inglesa Jaguar tem muita história, provavelmente todos sabem. O próprio nome inspira muito respeito, principalmente relacionado ao desempenho e à esportividade. Menos divulgado é que a marca pertence atualmente à empresa indiana Tata Motors, que detém também o controle da marca Land Rover. Mas isso não diminui a importância de seus carros, pelo contrário, dá a dimensão mais global
que todas as indústrias automobilísticas precisam atualmente para se manterem competitivas nesse mercado. Antes de pertencer à Tata, as duas marcas britânicas eram de propriedade da Ford, período esse e que os novos modelos Jaguar praticamente perderam toda a sua identidade. Mas fiquem felizes, admiradoras da marca do felino: a forte personalidade original desses carros está de volta. O mais recente lançamento
mundial da Jaguar confirma essa afirmação e os brasileiros poderão, a partir de outubro deste ano, comprar o novo Jaguar XE. Mesmo não ostentando os fortes traços dos modelos dos anos 60, que caracterizaram os carros produzidos pela jaguar até que fosse adquirida pela Ford nos anos 90, não se pode negar que os seus carros atuais primam pela beleza de suas linhas. O novo Jaguar XE é um belíssi-
mo sedã, com perfil quase de um cupê ou de um fastaback, principal característica visual do carro e o que deverá atrair o público que a marca pretende atingir. Mas não será fácil tarefa convencer esse público de sedãs compactos premium a migrar para a marca, uma vez que a concorrência é muito forte nesse segmento, com modelos como o BMW Série 3, o Audi A4 e o A5 e o MercedesBenz Classe C.
Cultura do Automóvel Setembro 2015 9
lançamento jaguar xe O Jaguar XE R-Sport tem a pegada da esportividade. Tem bancos de couro, body kit que ressalta o visual esportivo XE, com saias laterais, parachoque dianteiro e traseiro diferenciados e um aerofólio traseiro. Assim como nas duas versões anteriores, o XE R-Sport tem motor 2.0 de quatro cilindros, mas tem rodas de 18 polegadas e suas suspensões são calibradas para oferecer maior estabilidade em retas e curvas, logicamente com um carta redução no conforto. As versões Pure, Pure Tech e R-Sport do novo Jaguar XE são equipadas com motor 2.0 Si4 Turbo de 240 cv e com o câmbio automático de 8 marchas. O Jaguar XE S, por sua vez, tem o mesmo motor 3.0 V6 de 340 cv de potência do superesportivo Jaguar F-Type, com o mesmo câmbio ZF de 8 marchas. Tem bancos esportivos de couro e
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O Jaguar XE S é o mais caro e potente da linha
acabamentos de fibra de carbono. Externamente, XE S tem para-choque dianteiro exclusivo, com amiores entradas de ar, aerofólio traseiro, pinças de freio vermelhas e rodas de 19 polegadas. O novo jaguar XE tem tração traseira e monobloco com 75% de alumínio em sua composição. O XE ocupará uma faixa de mercado entre o Jaguar XF e o luxuoso XJ, topo de linha da marca.
Ficha técnica jaguar xe s
São quatro versões de acabamento e motores na nova linha Jaguar, o de entrada 2.0 Pure, que começa custando R$ 169.900, o 2.0 Pure Tech, que custa R$ 177.000, o R-Sport, por R$ 199.990 e o S, que custa R$ 299.000. Desde o primeiro, todos primam pela composição de equipamentos de série. A versão de entrada da linha, o Jaguar XE Pure, tem bancos em couro , volante multifuncional de couro, sistema Stop/ Start, câmbio automático de 8 marchas, monitoramento de pressão dos pneus, faróis de xenônio com luzes diurnas de leds, sistema de navegação e sensor de estacionamento traseiro. Já a versão Pure Tech inclui equipamentos de conforto e estilo, como o teto solar elétrico, a câmera traseira, o sensor de estacionamento dianteiro e o limpador de para-brisas automático com sensor de chuva.
Motor: V6 Supercharger Cilindrada: 2.995 cm3 Cabeçote: 24 V Potência: 340 cv Torque: 45,9 kgfm Câmbio: automático, 8m Tração: traseira Compr. : 4.672 mm Largura: 2.075mm Altura: 1.416 mm Entre-eixos: 2.835 mm Peso: 1.665 kg Porta-malas: 455 litros
jaguar xe lançamento
O Jaguar XE S tem interior de couro Taurus com alcantara ou apenas couro
Motorzão V6 de 340 cv e 46 kgfm
Sistema de som e navegação Jaguar
No console, o XE S tem seletor de marchas para o câmbio automático de 8 velocidades. Mas tem também as borboletas no volante Cultura do Automóvel Setembro 2015 11
impress玫es
Subaru WRX
A discreta esportividade aparente. Mas com uma fera na alma
12 Setembro 2015 Cultura do Autom贸vel
O
s fãs de um dos sedãs mais esportivos já produzidos para o uso “comum” já não aguentavam mais esperar: finalmente chegaram as duas versões do Subaru WRX 2015. Esse novo carro foi lançado no exterior no ano passado, mas só agora começa
impressões a ser distribuido para venda no Brasil. Tanto em sua versão um pouco mais mansa, o Subaru WRX, quanto a bastante apimentada, o Subaru WRX STI, o novo carro passa a ser considerado um modelo independente dentro da gama de veículos da marca japo-
nesa. A linha Subaru Impreza, que até então tinha no WRX e no WRX STI suas versões esportivas, continua sua trajetória como carro de passeio, enquanto os dois WRX, de carroceria nova, chegam completamente novos. Finalmente.
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impressões subaru WRX sti
Apesar da posição esportiva e da “pegada” de competição, o Subaru WRX STI tem habitáculo agradável de confortável
Tanto o Subaru WRX quanto o WRX STI têm como compromisso principal o desempenho, sendo que este último leva ainda o desenvolvimento radical da STI – Subaru Tecnica International – subsidiária da marca que prepara os veículos de competiçãoe também o WRX STI. O Subaru WRX STI é vendido no Brasil em versão única de acabamento, com ampla lista de equipamentos de série, como teto solar elétrico, faróis de xenônio, rodas aro 18 polegadas de alumínio forjado, bancos revestidos de couro, ar-condicionado duplo e detalhes de acabamento de carbono.
O Subaru WRX STI até que seria um sedã discreto, não fosse o enorme aerofólio traseiro, montado na tampa do porta-malas. Mas os detalhes visuais também não disfarçam a esportividade: as rodas forjadas BBS de 18 polegadas, os pneus 245/40 e as saias inferiores, que aproximam o carro do solo, são bastante chamativas. O para-choque tem um extrator de ar na parte inferior, que combina perfeitamente com a dupla saída de escapamento com quatro ponteiras cromadas. No interior, o Subaru WRX STI também tem visual bastante esportivo. Os bancos têm laterais e
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Frente agressiva, porém mais comum que a dos primeiros modelos
impressões
subaru WRX sti
O novo Subaru WRX é mais alto e mais largo que os antecessores, baseados no Impreza. Mas o que chama a atenção no STI é o enorme aerofólio
Espaço também no banco traseiro
Motor 2.5 de 4 cilindros boxer de 310 cv e 40 kgfm
Ficha técnica subaru WRX STI
a favor Em comum com o WRX, a estabilidade da tração integral. Mas o STI é muito mais esportivo, com motor mais potente, câmbio manual e suspensões de competição. Tudo a favor
contra Como excesso de esportividade não conta como contra, só podemos achar que o STI é inferior ao WRX apenas no sistema de injeção, que no motor menor é direta
Câmbio manual de 6 marchas
Sistema de tração Symmetrical All-Wheel Drive (SAWD)
Motor: Dianteiro,longitud. Cilindros: 4 boxer Alimentação: injeção Cilindrada: 2.457 cm3 Potência: 310 cv Torque: 40 kgfm Câmbio: manual, 6 m Tração: integral Rodas: liga leve, 18” Pneus: 245/40 - R18 Compr. : 4.595 mm Largura: 1.795 m m Altura: 1.475 mm Entre-eixos: 2.650 mm Peso: 1.516 kg Tanque: 60 litros Porta-malas: 460 litros
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impressões subaru wrx
Interior igual ao do STI, porém com o seletor do câmbio CVT contrastando com a esportividade
costuras vermelhas, assim como outros detalhes vermelhos, na alavanca do câmbio e no centro do painel de instrumentos. O interior é preto, do assoalho ao teto. O volante tem a parte inferior achatada, como se usa em carros de competição. Um outro display de cristal líquido de 4,3 polegadas fica na parte superior do painel de instrumentos, que inclui manômetro de pressão do turbo, sistema de ar-condicionado e computador de bordo. O Subaru WRX STI tem motor boxer turbo de 2,5 litros, com 310 cv de potência e 41,5 kgfm de torque. A velocidade é limitada eletronicamente em 255 km/h e o STI acelera de zero a 100 km/h em 5s2. O Subaru
WRX STI tem de tração integral Symmetrical All-Wheel Drive (SAWD) e câmbio manual de seis marchas. Um pouco mais “civilizado”, o Subaru WRX tem motor boxer turbo de 2.0 litros com injeção direta, potência de 270 cv e torque de 35,7 kgfm. Além da cilindrada e da potência de seus motores, a grande diferença entre o Subaru WRX e o WRX STI está na adoção do câmbio continuamente variável Sport Lineartronic, um CVT bastante esportivo. Como todo CVT, esse câmbio, com a opção básica selecionada, mantém o motor na rotação mais adequada ao torque e à eficiência energética, enquanto varia a velocidade do automóvel. Mas
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existe a opção de oito marchas virtuais, com troca automática ou manual pelos paddle shifts no volante. O primeiro Subaru WRX surgiu em 1992, para participar do Campeonato Mundial de Rali (WRC – World Rally Championship). Naquela ocasião, o carro era chamado de Impreza GT. Depois de bons resultados em competições, o WRX foi evoluindo, ganhando até uma versão STI. O Subaru WRX também tem versão única de acabamento, com a mesma lista de equipamentos de série do STI. A transmissão tem um sistema chamado Subaru Intelligent Drive (SI-DRIVE), que permite a escolha das características de direção
Symmetrical All-Wheel Drive
do veículo entre três modos - “Intelligent”, “Sport e “Sport Sharp”. Durante a avaliação dos dois veículos em uma pista de competição, logicamente o WRX STI se mostrou muito mais adequado para contornar as curvas de forma irrepreensível, mas principalmente devido ao câmbio manual. O WRX, mesmo com o câmbio automatizado e com alguns cavalos a menos no motor, ainda assim se mostrou bastante esportivo e rápido, após a adaptação do piloto à resposta um pouco mais lenta de reaceleração em saidas de curvas do câmbio CVT. O Subaru WRX STI custa R$ 194.900 e o Subaru WRX custa R$ 147.900.
impressões
subaru wrx
A ausência do enorme aerofólio do STI faz do Subaru WRX um sedã mais elegante, sem grande perda de esportividade
Interior mais sóbrio que o do STI
Motor 2.0 de 4 cilindros boxer com injeção direta: 270 cv
Ficha técnica subaru WRX
a favor O que o Subaru WRX tem de superior ao STI, e que até pode compensar a menos potência, é a tecnologia do motor de menor cilindrada, que tem até injeção direta. O motor é mais eficiente
contra Para que o WRX não se aproximasse demais da esportividade do STI, ele foi dotado de um câmbio CVT, que apesar de tudo é o mais esportivo que se tem notícia.
Espaço no banco traseiro
Visto de frente, o WRX é idêntico ao STI
Motor: diant. longitud. Cilindros: 4 boxer Alimentação: inj. direta Cilindrada: 1.998 cm3 Potência: 270 cv Torque: 35,7 kgfm Câmbio: CVT Tração: integral Rodas: liga leve, 18” Pneus: 245/40 - R18 Compr. : 4.595 mm Largura: 1.795 m m Altura: 1.475 mm Entre-eixos: 2.650 mm Peso: 1.529 kg Tanque: 60 litros Porta-malas: 460 litros
Cultura do Automóvel Setembro 2015 17
impressões
ktm 390 duke
É pura diversão. Com estilo
N
ão há como negar que o que primeiro se nota na nova KTM 390 Duke, que acaba de ser lançada no Brasil, é a sua aparência. Com grafismo multicolorido e desenhos ousados nas poucas peças de plástico que tentam cobrir sua essência, na verdade é o quadro de treliça aparente e pintado de uma vibrante cor laranja que mais atrai os olhares. E deve ser feita uma advertência a esses novos admiradores da marca austríaca: apesar de a 390 Duke ter o tamanho e o peso de uma 125, ela tem o temperamento de uma motocicleta três vezes maior. Isso para ser bem exato, já que seu monocilindro tem 375 cm3 de cilindrada, exatamente três vezes 125. Com peso em ordem de marcha de 150 kg, os 44 cv a 9.500 rpm da Duke garantem a diversão até mesmo dos motociclistas um pouco mais pesados. Mais, até, se a avaliação for feita dentro de um kartódromo de traçado extremamente travado, como foi o caso. Se os
3,6 kgfm de torque do não tão pequeno motor, que surgem às 7.250 rpm, não forem suficientes para uma pilotagem um tanto tranquila, abra o gas e aproveite o brinquedo em suas rotações bem superiores. O motor da Duke 390 foi projetado para isso mesmo. Monocilíndrico refrigerado a água, ele tem o diâmetro do pistão muito maior que o seu curso (89 mm x 60 mm), o que faz a rotação querer disparar a qualquer toque do acelerador. As quatro válvulas no cabeçote acionadas por dois comandos de válvulas DOHC e balancins roletados de alumínio garantem que essa valente usina de potência não ficará sem alimentação nas altas rotações. A injeção de gasolina é Bosch EFI com corpo de borboleta de 46 mm.
18 18Setembro Setembro2015 2015Cultura Culturado doAutomóvel Automóvel
Quanto à agilidade da 390 Duke, além do baixo peso do conjunto é o quadro de treliça de aço que faz com que o espaço entre duas curvas sucessivas muito próximas seja vencido com tanta facilidade. Logicamente respaldado pelas suspensões WP de 150 mm de curso (a dianteira upside-down) e pelos freios desenvolvidos na Brembo com ABS Bosch desligável (nem precisa). Por sinal, os freios merecem efusivos elogios à parte. Na parte que atrai também aqueles motociclistas que se preocupam
com a tecnologia da informação, a 390 Duke também se dá muito bem. O conjunto de intrumentos no painel incorpora tudo digital, com bela apresentação visual. Só não dá para ficar lendo tudo o que ele mostra durante uma sessão de adrenalina na pista, uma vez que o conjunto é muito baixo e as indiçações muito pequenas, principalmente o conta-giros. A nova KTM 390 Duke é produzida em Manaus, AM, e custa R$ 21.990.
impressões Ficha técnica ktm 390 duke
a favor Não é apenas o visual jovem e colorido que atrai olhares para a 390 Duke, mas isso faz também com que ela transmita uma mensagemde extrema agilidade e diversão
contra É uma moto radical que, mesmo se prestando para qualquer tipo de uso, inclusive urbano, traz com essa característica algumas restrições, como a do conforto
Motor: monocilíndrico,4T Cabeçote: 4V, DOHC Cilindrada: 375 cm3 Diâm/curso: 89/60 mm Potência: 44 cv Torque: 3,6 kgfm Câmbio: 6 marchas Pneus D: 110/70 ZR17 Pneus T: 150/60 ZR17 Cáster: 65° Trail: 94 mm Vão livre: 172 mm Altura do banco: 800mm Entre-eixos: 1.367 mm Peso: 139 kg Tanque: 11 litros
A cor laranja marca a personalidade da moto
Painel completo porém de difícil visão
O quadro de treliça tubular é a alma da moto Cultura do Automóvel Setembro 2015 19
lançamento
Triumph Tiger XC e XR Marcando a produção da 10.000ª motocicleta na fábrica de Manaus, a Triumph lança versões mais simples da linha Tiger
A
sexta fábrica de motocicletas Triumph no mundo, inaugurada em Manaus, AM, há 34 meses, acabou de produzir a 10.000ª unidade, a nova Tiger 800 XR, modelo de entrada da linha Adventure da marca inglesa, que foi completamente reformulado e começa a ser comercializado em agosto no mercado nacional. A nova linha Tiger 800 estreou no Brasil em abril, nas XRx e XCx. Agora, duas novas versões se unem a essa família, a Tiger 800 XR,
custando R$ 37.690, e a Tiger 800 XC, com preço de R$ 40.790. As quatro versões da linha Tiger 800, deverão responder por 70% das vendas da marca no Brasil. Como nas versões top de linha, a XRx e a XCx, as novas Tiger 800 ganharam visual diferenciado e mais moderno e um bom pacote de itens de tecnologia, que tem foco no piloto. Para custar cerca de R$ 4 mil a menos que suas respectivas versões completas, as novas Tiger 800 têm menos recursos eletrôni-
20 Setembro 2015 Cultura do Automóvel
cos, mas mantêm as mesmas características mecânicas. Enumerando as diferenças, enquanto as versões “x” têm modos de pilotagem, que controlam também os freios ABS, as versões mais simples têm acelerador eletrônico com o ABS e o controle de tração apenas “ligados ou desligados”. Tanto a Tiger XC quanto a XR não têm protetor de motor de série, não têm tomada 12 volts na traseira (apenas na dianteira), não têm protetor de mão, cavalete central e controlador de
velocidade. Tudo isso é de série nas versões “x”, mas podem ser incorporados na nova linha como acessórios. Tanto a Tiger 800XC quanto a Tiger 800 XR só têm disponíveis as cores branca e preta, enquanto as “x” têm a cor azul. Inaugurada em outubro de 2012, a Fábrica 6 da Triumph, localizada em Manaus (AM), responde hoje por 95% das vendas da marca no mercado brasileiro. Em 2015, por exemplo, deverão ser montadas nesta linha, até dezembro, cerca de 4.300 motoci-
lançamento
O Tiger XC (esq) tem caráter off road, com rodas raiadas, enquanto que a Tiger XR (dir) é mais estradeira, com rodas de liga leve
Tanto a Tiger XC quanto a XR têm as mesmas características mecânicas das versões “x”, mas têm menos recursos eletrônicos
motocicletas iniciais para 7.000 unidades por ano. Mas o limite de 5.000 unidades anuais só poderá ser ultrapassado se a empresa aumentar os 8 componentes nacionais para 15. Para se ter ideia da evolução da Fábrica 6 nestes 34 meses, em outubro de 2012 a unidade produzia até sete motocicletas por dia – divididas entre os modelos Bonneville T100, Speed Triple e Tiger 800 XC. Hoje, são montadas até 35 motocicletas por dia. Cada moto leva, em média, 3 horas e 20
minutos para ser montada do início ao fim do processo. A fábrica de Manaus produz 12 motocicletas diferentes: Bonneville T100, Thruxton, Street Triple 675, Street Triple 675R, Speed Triple, Tiger 800 XRx, Tiger 800 XCx, Tiger Sport, Daytona 675, Daytona 675R, Tiger Explorer e Tiger Explorer XC. Somente quatro modelos comercializados no mercado brasileiro são importados: Rocket III Roadster, Thunderbird Storm e Commander, e Trophy SE.
Ficha técnica triumph tiger XC
cletas do total de 4.500 que a empresa planeja comercializar no País. No ano passado, a produção da Fábrica 6 atingiu um volume de 2.375 motocicletas do total de 2.500 unidades vendidas no mercado nacional. Em maio deste ano, a unidade passou de 1.845,94 m² para 2.945,94 m² de área construída, com número de funcionários crescendo de 19 trabalhadores para os atuais 62. Com isso, a capacidade produtiva da linha também foi significativamente ampliada das 5.000
Motor: 3 cil. em linha Cabeçote: DOHC, 12V Cilindrada: 799 cm3 DiamxCurso:74x61,94mm Potência: 95 cv Torque: 8,1 kgfm Câmbio: 6 marchas Cáster: 23,5º Trail: 85 mm Pneus D: 100/90 19 Pneus T: 150/70 17 Compr. : 2.215 mm Largura: 795 mm Altura: 1.350 mm Altura do banco: 810 mm Entre-eixos: 1.530 mm Peso: 213 kg Tanque: 19 litros
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impressões
Honda CG 160 Motor passa a ter 160 cm3. E a moto ficou mais bonita
O
mercado nacional de motocicletas está, assim como quase tudo neste país, em crise. Mas é sempre bom estabelecer alguns parâmetros sempre que for mencionado o termo
crise. Não como a repentina queda nas vendas de automóveis, os números que regem o mercado motociclístico começaram a diminuir há alguns anos, por outros motivos, de forma que ainda
22 Setembro 2015 Cultura do Automóvel
pode-se ver a queda no interesse pelas motos como algo não tão alarmante. Em números relativos, nota-se que a fatia destinada às motocicletas de média a alta cilindrada vem crescen-
do, o que mostra uma certa maturidade no mercado. Mas ainda é a base da pirâmide que sustenta essa indústria, com mais da metade das motocicletas vendidas pertencentes às faixas de
impressões
A Fan 2016 ganhou as rodas de liga leve da Titan 2015
A CG 160 Fan ficou com o mesmo painel de instrumentos
Motor de 160 cm3 com 15,1 cv. O escapamento é novo
O tanque é novo, assim como as carenagens laterais e o bocal
Das duas CG 160, a Fan teve menos alterações estéticas. Lanterna traseira e piscas permaneceram os mesmos
menores cilindradas, os modelos de entrada. Para a Honda, os números são ainda mais favoráveis: a marca detém nada menos que 81% do mercado nacional, sendo que o modelo
mais vendido é a Honda CG. Mesmo assim, a líder do mercado ainda aposta na evolução, razão de ter apresentado as novas gerações dos seus produtos de base. A Honda CG passa a
ter o novo motor que já equipa a linha Bros, com cilindrada de 162,7 cm3. A nona geração da Honda CG também ganhou melhorias funcionais e visuais. O novo motor OHC (Over Head
Camshaft), monocilíndrico, 4 tempos e com comando de válvulas único no cabeçote, tem, além do melhor desempenho, menores valores de emissão de poluentes, pronto para o Promot 4.
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impressões Honda cg 160
O tanque de combustível e as carenagens laterais são novas
As rodas de liga leve da Titan têm novo desenho
Nova alça traseira, de alumínio, e nova carenagem traseira
A CG Titan ganhou painel de instrumentos novo, com conta-giros
O escapamento ficou mais esportivo na CG 160 Titan
O novo bocal de combustível é do tipo competição
A carenagem dianteira da Honda CG 160 Titan também é nova
Trava para capacete com chave
24 Setembro 2015 Cultura do Automóvel
impressões
honda cg 160
a favor Para uma motocicleta que começou sua vida para ser a utiltária das utilitárias, a CG 160, Fan ou Titan, é muito bonita e atualizada
contra O que faz a CG ser tão boa, bonita e eficiente faz também ela ficar cada vez mais cara. Mas ainda é um modelo de entrada e vale o que custa
Honda CG 160
Ficha técnica
A Honda CG, que no próximo ano completa quatro décadas de produção em Manaus, foi totalmente remodelada em sua nona geração. A versão 2016 da utilitária street tem agora motor de 160 cm³, com visual mais atual. Lançada em 1976, a linha CG representa 75,91% das vendas de sua categoria , com a mais de 11 milhões de unidades comercializadas nestes quase 40 anos de mercado. A Honda CG é também o veículo automotor mais vendido do país, com 28.549 unida-
des da versão Titan em junho de 2015. Na CG 160 Titan, a carenagem do farol é nova, agora pintada na mesma cor do tanque. Na CG 160 Fan ela mantém o formato agora com acabamento injetado preto fosco. O tanque de combustível manteve a capacidade de 16,1 litros tem novo desenho nas duas versões, incluindo uma tampa esportiva de engate rápido, inspirada nos modelos de alta cilindrada. As semi-carenagens e os defletores também são novos. O
painel de instrumentos da CG 160 Titan tem novo desenho, com a adoção do conta-giros. O suporte do pedal do garupa é agora de alumínio e tem novo posicionamento das pedaleiras, para mais conforto do acompanhante. O escapamento também foi remodelado e a CG 2016 tem ponteira mais curta. Um destaque são as novas rodas de liga leve da CG 160 Titan, pintadas de preto fosco. A CG 160 Fan passa a ter rodas de liga leve preto fosco. O novo motor de 162,7
Motor: monocil. 4T. Cilindrada: 162,7 cm3 Combustível: flex Potência: 15,1 cv Torque: 1,54 kgfm Câmbio: 5 marchas Pneu (d): 80/100 18M Pneu (t): 100/80 18M Entre-eixos: 1.315 mm Comprimento:2.031mm Largura: 739 mm Altura: 1.087 mm Tanque: 16,1 litros Alturadobanco:790 mm Peso: 121 kg
cm³ tem maior potência, passando de 14,3 para 15,1 cv de potência e de 1,45 para 1,61 kgfm de torque. A Honda CG 160 Fan 2016 está disponível nas cores vermelha, cinza e preta e a Honda CG 160 Titan 2016 na cores e vermelha, branca e preta. A garantia é de três anos, sem limite de quilometragem, com fornecimento gratuito de óleo nas primeiras sete revisões. Os preços são de R$ 7.990 para a Honda CG Fan e R$ 9.290 para a Honda CG Titan.
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impressões
Honda Pop 110i Agora com mais cilindrada. E com injeção
A
Honda Pop 100, um dos modelos mais vendidos da marca, ganhou sua primeira remodelação desde que foi lançada no final de 2006. Ela passa a ser a
Honda Pop 110i, que ganhou aumento de cilindrada e potência e também a tão esperada injeção eletrônica de gasolina. Mas não foi desta vez que a Pop 110i
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passou a ser flex. Com alterações radicais na parte mecânica, a Honda Pop 110i ganha também algumas melhorias funcionais e estéticas. O motor da Pop tem
agora 109,1 cm³ de cilindrada, o que elevou a potência para 6,17 cv para 7,9 cv. O torque passou de 0,74 kgfm para 0,9 kgfm, um aumento de mais de 20%, o que é
impressões a favor A facilidade de pilotagem e a versatilidade. O melhor mesmo é o preço
contra Não é uma moto bonita, mas não nasceu para desfilar. Nada ruim, se for relevado o câmbio “tudo para baixo”
O novo painel de instrumentos tem agora a luz da injeção e o tanque de 4,2 litros fica embaixo do banco
Novo escapamento, para funcionar com o motor injetado. Visualmente, nota-se o novo cabeçote
Por exigência legal, os piscas traseiros, que antes eram incorporados à lanterna, agora são separados
honda pop 110i
Ficha técnica Motor: monocil. 4T. Cilindrada: 109,1 cm3
Diâm/curso:50/55,6mm Alimentação: injeção Potência: 7,9 cv Torque: 0,9 kgfm Câmbio: 4 marchas Pneus D: 60/100 17M Pneus T: 80/100 14M Compr. : 1,843 mm Vão livre: 141 mm Alturadobanco:749 mm Entre-eixos: 1.234 mm Peso: 87 kg (seco) Tanque: 4,2 litros
facilmente notado nas primeiras aceleradas com o modelo. Visualmente, a nova Pop 110i tem novos para-lama dianteiro e farol, este com maior área de iluminação e lâmpada mais forte, de 35/35w. O novo painel tem velocímetro, luzes indicadoras de direção, indicadores de funcionamento do sistema elétrico e mecânico. Nas cores vermelha, preta e branca, a Pop 110i é produzida na fábrica de Manaus, AM, e está disponível nas concessionárias Honda custando R$ 5.100. Cultura do Automóvel Setembro 2015 27
impressões
Honda
NC 750X Ganhou, potência e torque. Manteve a versatilidade
V
árias são as qualidades que uma boa motocicleta pode ter. Para aqueles que procuram desempenho radical, as superesportivas são as ideais, porém com a contrapartida de oferecerem pouco conforto para o piloto, em quaisquer forma de utilização. As naked urbanas são bem mais versáteis e se prestam bem para o uso no dia a dia, só que sem aptidão para uma estrada não asfaltada. Já as motocicletas de uso misto se adaptam a qualquer tipo de terre-
no, até oferecendo mais conforto de pilotagem no uso urbano, contudo ainda podem ter alguma restrição na altura do banco ou na robustez das suspensões. É aí que entra um dos mais recentes estilos para as motocicletas, as crossoveres. Crossover, como o próprio nome em inglês a define, é a motocicleta que extrai o melhor de cada estilo em prol do conforto de pilotagem, da versatilidade para uso urbano e
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impressões
da polivalência em relação a pisos não tão lisos. Há dois anos a Honda lançou a NC 700X, uma crossover fácil de ser pilotada e extremamente dócil aos comandos, e agora ela reformulou o modelo e apresenta agora a nova NC 750X. Visualmente muito parecida com a versão
anterior, a Honda NC 750X pode ser diferenciada facilmente pelo motor pintado de preto (antes era cinza) e por detalhes mais sutis, como o banco com revestimento rugoso, para reduzir o deslizamento do piloto ou garupa em frenagens, e os pneus, que mudaram do Continental para o Pirelli.
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impressões
a favor Extremamente versátil, tem boa dirigibilidade e maneabilidade. O porta-capacete é muito útil. Torque é ponto positivo
contra Não é defeito, mas sim característica: o motor de baixa rotação às vezes parece um tanto limitado. Mas basta se acostumar
A maior cilindrada, que passou de 670 cm3 para 745 cm3, foi obtida pelo aumento do diâmetro dos pistões de 73 mm para 77 mm. O curso de 80 mm foi mantido. Com isso, a potência aumentou para 54,8 cv a 6.250 rpm (antes era 52,5 cv à mesma rotação) e o torque passou dos 6,4 kgfm para 6,94 kgfm, nos dois casos à rotação de 4,750 rpm. O aumento de cilindrada de cerca de 11% foi responsável por 4,4% a mais na potência e 8% no torque, este último o mais notado na pilotagem, graças à sua curva com valores mais acentuados na faixa das 2.000 rpm. De acordo com a Honda, esses novos valores permitiram
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uma melhora de cerca de 10% no desempenho e até 6% no consumo de combustível. A velocidade máxima passou de 167,1 km/h para 174,7 km/h, uma melhora de quase 5%. Além dessas alterações, o motor da nova NC 750 ganhou mais um eixo contrabalanceiro, o que tornou o bicilíndrico refrigerado a água ainda mais suave. Visualmente, pouca coisa mudou na Honda NC. O motor agora é cinza e o painel de instrumentos digital ganhou novas funções, como o visualizador de marcha engatada e o computador de bordo com indicação de consumo instantâneo, consumo médio e quantidade de combustível utilizado. O
banco tem nova textura, para evitar que o garupa deslize em acelerações e frenagens mais acentuadas. Rodando com a nova Honda NC 750X, a melhora no torque em baixas rotações é mais facilmente notada do
Ficha técnica honda nc 750x
As diferenças mecânicas são mais fáceis de serem compreendidas, quando analisadas friamente pelos números envolvidos, porém mais sutis de serem notadas quando se está ao comando da nova Honda NC 750X.
Motor: 4T, refr. a água Cilindros: 2 em linha Cabeçote: 8 válvulas Cilindrada: 745 cm3 Potência: 54,8 cv Torque: 6,94 kgfm Câmbio: 6 marchas Tração: eixo-cardã Rodas: liga leve Pneus: 120/70 ZR19 (d) 160/60 ZR17 (t) Compr. : 2.207 mm Largura: 953 m m Altura do banco: 831 mm Entre-eixos: 1.538 mm Peso: 205 kg Tanque: 14,1 litros
impressões
Porta-capacete “dentro” do tanque
Banco do garupa escamoteável
que o aumento da potência máxima, o que apenas poderia ser notada em pilotagem mais agressiva. E esse não é o objetivo dessa motocicleta, que tem um motor vigoroso porém de baixa rotação, o que originou algumas reclamações na versão de 670 cm3 e foi resolvido no de 745 cm3. É que o corte eletrônico de rotações, que acontecia muito cedo, bem próximo da rotação de potência máxima (6.250 rpm) agora entra em funcio-
Belo painel de instrumentos digital, de fácil leitura
Pequeno para-brisa frontal ajuda na proteção do vento
namento 400 rpm mais acima, o que praticamente elimina a possibilidade do incômodo corte de aceleração quando se passa muito da rotação ideal de funcionamento. O novo pneu Pirelli, além da óbvia diferença no desenho da banda de rodagem, tem formato mais acentuado no corte tranversal, o que facilita muito as manobras em curvas em baixas velocidades. Isso ficou bem perceptível. A Honda NC 750X é
produzida na fábrica de Manaus, AM, enquanto que sua versão custom, a CTX 700N, continua a ser importada com o motor antigo. A razão de a CTX não ganhar o motor novo é que, como é feita para o mercado global, deve se adaptar às legislações locais. No Japão, por exemplo, para passar de uma 700 cm3 para uma 750 cm3, o motociclista deve fazer um exame e passar para uma nova categoria de habilitação. Já na
Europa, onda a CTX também é vendida, passar dos 700 cm3 para os 750 cm3 significa passar para uma nova faixa de tributação, o que elevaria muito o preço final. A Honda NC 750X custa R$ 28.890 na versão normal e R$ 31.100 com freios equipados com o sistema antitravamento ABS. A cor branca continua e foi adicionada a nova cor preta à família NC. Não existe mais a Honda NC na cor vermelha.
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apresentação
Formula Inter A nova categoria de fórmula poderá revelar novos talentos
U
ma boa notícia para aqueles que ainda gostariam de brilhas nas pistas de corridas do Brasil: nosso automobilismo voltará a ter uma categoria de monopostos para quem quer seguir carreira nas grandes categorias nacionais e internacionais. A nova Fórmula Inter pretende oferecer condições para que pilotos de todas
as idades e experiências possam se profissionalizar e viver da competição, democratizando o acesso ao automobilismo por meio de uma categoria de bastante interesse e com boa relação custo/ benefício. Esses são justamente os objetivos da Fórmula Inter, mais nova modalidade de fórmula que terá início em janeiro de
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2016, participando do Campeonato Paulista de Automobilismo, supervisionado pela Federação de Automobilismo de São Paulo (FASP). A Fórmula Inter nasceu como um negócio, por isso respeitará os desejos do mercado e dos envolvidos diretamente. Foi projetado um carro único, adequado à realidade brasileira, que será
oferecido aos pilotos e equipes em condições especiais, e virá acompanhado de uma adequada infraestrutura. A idéia é criar um automobilismo profissional com praticamente os mesmos custos de categorias amadoras, começando com o mais moderno carro de fórmula nacional da atualidade.
apresentação
O carro, chamado de F.Inter MG-15, foi projetado e construido aqui mesmo no Brasil, com tecnologia e materiais de ponta
A categoria adota o modelo “seat and drive”, ou seja, o piloto paga pelo aluguel do equipamento e dos serviços, e ao chegar à pista para competir encontra o carro pronto para sentar e pilotar. O valor promocional de lançamento para a locação antecipada será de R$ 11.990 por prova. Todos os carros serão propriedades da Formula Inter, e portando, serão mantidos pela mesma, garantindo qualidade, segurança e competitividade. Além disso, a categoria irá oferecer a todos os seus participantes acesso à Academia F. Inter, que vai ministrar aulas de mecânica, dados, pilotagem, media training, marketing, entre outras disciplinas complementares para quem deseja se aprimorar na profissão, tudo sob a supervisão do ex-piloto de Fórmula 1 e Fórmula Indy Roberto Pupo Moreno. A primeira turma com 10 selecionados já está formada. O F-Inter MG-15 foi desenvolvido pela Minelli, com a experiência de mais de 45 anos de
quem já fez história no automobilismo brasileiro. Será, também, certificado por engenheiros de universidades nacionais, que se valeram das melhores práticas construtivas, dos mesmos softwares utilizados pelos principais fabricantes de veículos de competição em todo o mundo, e dos mais resistentes e avançados materiais, privilegiando a segurança, performance e competitividade. O nome Fórmula Inter é uma homenagem ao autódromo de Interlagos, um dos circuitos mais famosos do mundo, onde tantos fizeram história, onde tantos sonhos e paixões marcaram para sempre a nossa memória. O Fórmula Inter foi projetado e construído em São Paulo, nos arredores do Autódromo de Interlagos. Seu projeto de engenharia foi testado, validado e certificado em testes nos melhores softwares de simulação, que asseguram o atendimento às melhores normas de segurança, resistência e eficiência torcional.
Cerca de 95% dos componentes do carro foram desenvolvidos e são produzidos na fábrica da Formula Inter. Além disso, foram adotadas algumas soluções de sustentabilidade como o etanol como combustível e tinta a base de água. O carro tem um desenho inovador de grandes dimensões e sua aerodinâmica foi projetada utilizando os mesmos softwares (Computer Fluid Design) utilizados por uma das principais equipes de Fórmula 1. A carenagem e as asas foram produzidas no Brasil por controle numérico computadorizado (CNC), em compostos de fibra de carbono, o que garante qualidade e elevado padrão de acabamento. Além de ter crash box dianteiro e traseiro, os destaques para a segurança vão para os side pods estruturais em plano inclinado – que evitam que o piloto seja atingido por impacto lateral – e pelo habitáculo de fibra de carbono, com extrator de banco e anel de segurança para a
cabeça do piloto. O volante é de fibra de carbono, com painel eletrônico “on-board”. O Fórmula Inter vai utilizar rodas de fabricação própria de liga de magnésio de aro de 13 polegadas, com tala de 8 polegadas na dianteira e 11 polegadas na traseira. Os pneus são Pirelli PZero slick, de medidas 225/40 VR13 na frente e 265/540 VR13 atrás. O powertrain é composto por um motor 2.0 de quatro cilindros e 16 válvulas, com injeção direta, com potência de 191 cv e torque de 21 kgfm, acoplado a uma caixa de câmbio nacional de 4 marchas com trambulador em “H”. A velocidade máxima estimada para Interlagos é de cerca de 245 km/h. O carro que esteve presente na apresentação à imprensa é bonito e bem acabado, e a idéia de voltarmos a ter uma uma categoria-escola no Brasil é muito bem recebida por aqueles que sabem que o início de uma carreira no automobilismo é realmente muito penosa.
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classicos
Encontro na fazenda
N
o km 104 da Rodovia Castello Branco, em São Paulo, quem visita a fazenda Alvorada, que se tornou um empreendimento imobiliário, pode ter uma surpresa. Lá repousam cerca de 40 Buicks de 1903 até os dias de hoje, em um galpão transformado em museu. Foi lá tam-
bém que aconteceu a terceira edição do Encontro de Autos Antigos, que atraiu colecionadores da região e até de São Paulo. Além de ser um local muito bonito e de clima agradável, mesmo no inverno, fica a menos de uma hora da capital por uma das melhores auto-estradas do esta-
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No interior de São Paulo, bem perto da capital, acontece um encontro de carros antigos ao lado de um museu exclusivo da marca Buick
do de São Paulo. Dentro do museu, praticamente a história da Buick, marca de prestígio da General Motors, pode ser contada pelos modelos expostos em ordem cronológica. Do lado externo ao museu, no gramado, os colecionadores expuseram seus carros, com destaque para um
Dodge Challenger 1970, uma picape Chevrolet 1950, um Ford Mustang Shelby e um Chevrolet Camaro 1971. Entre os fora-desérie brasileiros que foram populares nos anos 80, se destacaram o Alfa Romeo da L’Automobile e o Tarpan, ambos com mecânica VW.
classicos
Cultura do Autom贸vel Setembro 2015 35