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Plantas como mediadoras
from Programa Educativa do Museu Nacional da República: Mediação como pesquisa e prática documentária
Qual seria o papel da arte, do museu e de seus educativos neste momento? Partimos dessa pergunta, considerando que arte e museu podem, significativamente, pensar e atuar em diferentes aspectos da vida cotidiana e das relações sociais em tempos de pandemia.
Desde o contato físico como fator de contágio à perda do olfato como sintoma da doença, passando pela advertência sobre as aglomerações, a pandemia levanta questões estéticas, cognitivas e políticas, que o Programa Educativa busca desdobrar com diferentes interlocutores e públicos interessados.
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De algum modo, porém, a pandemia não chegou sem avisar. São diversos e antigos os alertas científicos e dos povos originários, que apontam para mudanças em nossas relações com o mundo, tais como a crise ecológica, o aquecimento global, os desastres ambientais. Nesse contexto, ganham relevância questões de saúde pública e questões ambientais de ordem planetária. Os museus, assim como outras instituições culturais, estão tendo que aprender a existir em uma nova realidade. São inúmeros os desafios e as novas orientações para o trabalho de mediação com o “giro digital” dos museus, que, a partir disso, precisam estar nas redes sociais para se conectar com os públicos.
Na reformulação do projeto da Educativa, assumimos a natureza e, mais especificamente, as plantas como orientação para as pesquisas e outras ações com os públicos. Pensamos as plantas como mediadoras, pois elas têm uma capacidade de articular os diversos eixos de atuação da Educativa. As plantas são importantes não só pelo que produzem, mas também pelo que podem nos ensinar. É por meio delas, com elas e a partir delas que pensamos e propomos grande parte de nossas ações. Com as plantas podemos falar tanto das artes quanto da vida.