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Abertura — Tuîa

Este é um projeto pensado e desenhado a muitas mãos — para alcançar muitas outras. A Educativa Museu Nacional desejou e trabalhou para construir caminhos de diálogo entre áreas do conhecimento e, sobretudo, entre pessoas.

Ao longo de 2021, o mundo enfrentou desafios que há muito se enunciavam — e se concretizaram de maneira incontornável. Nesse contexto, o Museu Nacional da República reforçou sua confiança na importância social da arte e da educação e recebeu este projeto educativo.

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Em nossos primeiros passos, vimos que a iniciativa se tratava de conectar pessoas em torno de um projeto pedagógico, de modo que os participantes contribuíssem a partir de suas experiências em áreas que ultrapassassem o lugar-comum da mediação cultural. Buscamos, assim, educadores com atuação em botânica, antropologia, curadoria, museologia, educação popular. Buscamos também produtoras, consultoras, comunicadoras, designers, intérpretes de Libras, técnicas. Convidamos escolas, professoras, artistas, ativistas, pesquisadoras e, por fim, encontramos mais que a encomenda: pessoas conectadas por um interesse genuíno em conhecer interlocutores e em criar fissuras em práticas que há muito não comportam a diversidade de modos de viver e de saber o mundo. As vivências e o labor de cada uma das pessoas que participou deste projeto se imprimem nas ações que aqui foram gestadas e iniciadas. Às vezes adubo, às vezes chão; outras semente, outras ainda oxigênio: trajetórias nutrizes se mesclaram nessa construção.

Foram muitos os desafios de um trabalho com decisões e fazeres partilhados — na proximidade do cotidiano e na artificial distância dos corpos em meio à pandemia. Um dos papéis da Tuîa foi criar condições para que as atividades e o traçado deste projeto pudessem alcançar muitos dos seus auspiciosos objetivos, o que

foi realizado com responsabilidade e comprometimento.

A confiança e o acolhimento do Museu Nacional permeou todo o nosso projeto. A convicção na importância de um projeto educativo, em uma instituição de tamanha relevância no Distrito Federal, mostrou-se no cotidiano com a diretora do Museu, Sara Seilert, e as incansáveis Morena Reis e Taís Castro, museóloga e fotógrafa sem as quais a pesquisa do acervo não poderia ter sido realizada. A elas, nosso muito obrigada.

Esta publicação busca retornar à esfera pública o caminho trilhado pela equipe e por nossos públicos e parceiros, fortalecer elos na pesquisa em mediação cultural e chamar para perto pessoas com quem possamos partilhar desejos, práticas, interesses e esperanças ao pensar o lugar dos museus e de seus educativos neste momento — bem como a invenção dos que virão.

Bruna Neiva

Tuîa

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