CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA – UniCEUB FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - FATECS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GRUPO DE PESQUISA: SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL
CAROLINA AQUINO AMADOR – 2130166/3 CAROLINA SOUSA MARCIAL – 2134029/6 DANIELA DE ALENCAR FIGUEIREDO – 2108051/4 GABRIELLA DE CARVALHO DOWLING – 2135148/3 MARIA LUIZA OLIVEIRA BRAGA – 2117132/5 SARA PRADO NOVAIS MOURA – 2131554/0
AMBIENTES INTERNOS – CONFORTO UTILIZANDO SUSTENTABILIDADE
PROFESSORA: Dra. MARUSKA TATIANA NASCIMENTO DA SILVA ORGANIZADORA: REBECCA GISSONI ALMEIDA
BRASÍLIA - DF OUTUBRO, 2013
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SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS .......................................................................................................................... 4 1 – INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 5 2 – EMBASAMENTO TEÓRICO ...................................................................................................... 6 2.1 – Conceitos Iniciais .......................................................................................................... 6 2.1.1 – O que é? .................................................................................................................. 6 2.1.3 – Onde é utilizado? .................................................................................................... 7 2.1.4 – Como é feito? ....................................................................................................... 11 2.1.5 – Qual a utilidade? ................................................................................................... 14 2.1.5.1 – Conforto térmico ........................................................................................... 15 2.1.5.2 – Conforto Acústico ......................................................................................... 16 2.1.5.3 – Conforto Luminoso ....................................................................................... 17 2.1.5.4 – Materiais Sustentáveis ................................................................................... 18 2.1.6 – Custos X Benefícios ............................................................................................. 19 2.1.7– Vantagens e Desvantagens .................................................................................... 19 2.1.7.1 – Vantagens ...................................................................................................... 20 2.1.7.2 – Desvantagens ................................................................................................. 20 2.1.8 – Comparativo com tecnologia convencional ......................................................... 21 2.1.9 – Mão de obra .......................................................................................................... 22 2.1.10 – Importância para gerações futuras ...................................................................... 23 2.1.11 – Notícias Recentes ............................................................................................... 23 2
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2.1.12 – Normas técnicas e leis relacionadas ................................................................... 26 2.1.12.1 - Conforto térmico .......................................................................................... 26 2.1.12.2 - Conforto acústico ......................................................................................... 26 2.1.12.3 - Iluminação .................................................................................................... 27 2.2 – Conceitos Específicos .................................................................................................. 27 2.2.1 – Vidros duplos........................................................................................................ 27 2.2.2 – Tintas sem cheiro .................................................................................................. 28 2.2.3 – Inércia térmica ...................................................................................................... 29 2.2.4 – Conforto acústico.................................................................................................. 29 2.2.5 – Qualidade do ar..................................................................................................... 32 2.2.6 – Iluminação natural ................................................................................................ 34 2.2.7 – Materiais não-convencionais ................................................................................ 36 2.2.8 – Disposição do ambiente ........................................................................................ 38 2.2.9 – Aproveitamento de materiais para decoração....................................................... 38 3 – DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ........................................................................................... 40 4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................................... 41 5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................... 42
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Centers for Disease Control and Prevention (CDC) em Atlanta, Geórgia ................ 7 Figura 2 - Casa “Guarda-Sol” em Venice, California ................................................................ 8 Figura 3 - Park Passive, Seattle, Austrália ................................................................................. 9 Figura 4 - Telhado verde do Colégio Estadual Erich Walter, Rio de Janeiro, Brasil ............... 10 Figura 5 - Clima tropical úmido ............................................................................................... 12 Figura 6 - Clima tropical seco .................................................................................................. 13 Figura 7 - Clima tropical seco .................................................................................................. 13 Figura 8 - Algumas formas de circulação do ventos de circulação do vento. .......................... 16 Figura 9 - Painel de vedação sendo revestido e tubulação na parte interna ............................. 22 Figura 10 - Revestimento HDM King Size .............................................................................. 24 Figura 11 - Casa popular feita de taipa de pilão ....................................................................... 26 Figura 12 - Lã de isolamento acústico, Isosoft Piso, da Trisoft® ............................................ 30 Figura 13 - Manta PROMAlaje da Promaflex® ....................................................................... 31 Figura 14 - Aplicação PROMAlaje .......................................................................................... 32 Figura 15 - Esquema de um Processo de Climatização Típico ................................................ 34 Figura 16 - Esquema de espaço interior para receber a luz natural .......................................... 35 Figura 17 - Isolante de algas marinhas NeptuTherm® ............................................................ 37
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1 – INTRODUÇÃO
Esta pesquisa tem como tema a solução de sustentabilidade e conforto para Ambientes Internos e foi desenvolvida pelas estudantes de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo, Carolina Aquino Amador, Carolina Sousa Marcial, Daniela de Alencar Figueiredo, Gabriella de Carvalho Dowling, Maria Luiza Oliveira Braga, Sara Prado Novais Moura, que participam do grupo de pesquisa do Centro Universitário de Brasília - UniCEUB. A conscientização de sustentabilidade não está diretamente relacionada apenas para construções de larga escala, mas também para ambientes internos como casa, apartamentos, escolas, hospitais, escritórios, etc. É extremamente importante haver essa interação entre o que é sustentável, renovável, que não agride o meio ambiente com o local de diária convivência do ser humano, pois com o desgastar dos recursos naturais, precisa-se encontrar novas formas de manter um equilíbrio entre o homem e a natureza. Esta pesquisa é importante, pois traz uma nova perspectiva para a montagem de um ambiente sempre evitando o desperdício de matérias ou mesmo criando novas formas de se distanciar de materiais convencionais que degradam o meio ambiente. O objetivo é conscientizar, explicar e exemplificar novas formas sustentáveis e aplicar isso em um ambiente interno. Mostrar o quão é importante adotar essa medida por favorecer as gerações futuras e proporcionar maior qualidade de vida ao ser humano. A metodologia utilizada foi por base de revistas científicas especializadas no assunto, arquivos de diplomação feitos por outros estudiosos, recentes estudos nos respectivos cursos feitos em salas de aula e até sites reconhecidos que entendem do assunto.
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2 – EMBASAMENTO TEÓRICO
2.1 – Conceitos Iniciais 2.1.1 – O que é?
O interior de uma edificação representa a sua qualidade. Os pontos de acesso, circulação de pessoas, conforto térmico e acústico traduzem a qualidade do edifício e como ele será avaliado. Os principais aspectos responsáveis pelo conforto em ambientes internos, além de sua circulação, são regulação da temperatura, boa iluminação e sonoridade. São aspectos que fazem toda a diferença no interior de um projeto. Independentemente de ter uma ótima decoração, tais fatores serão o ponto chave para agradável local. Contudo, não é só com o uso de aparelhos condicionantes e luz elétrica que tais objetivos serão alcançados. Existem maneiras sustentáveis que trazem os mesmos efeitos com mais economia e melhor qualidade. As fachadas, por exemplo, podem ser usadas de maneira a favorecer a incidência de vento, de luz diurna, de ar noturno e de umidade da chuva, diminuindo gastos com energia. O favorecimento que pode ocorrer através das fachadas ocorre com o correto posicionamento dela, de forma a dar atenção às incidências solares em cada período do dia, não podendo esquecer-se de manter certa distância de outras edificações, para que não atrapalhe a entrada de luz. Outros fatores também importantes são, a inclinação da construção, tal característica ajuda na instalação de painéis solares e módulos fotovoltaicos, evitar obstáculos ao fluxo de ar, o cuidado no uso dos materiais de construção é outro ponto importante, o vidro duplo, por exemplo, pode ajudar no conforto térmico do ambiente.
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É visto desta forma que a sustentabilidade no conforto interno de construções civis pode ser realizada de forma simples e eficiente, além de colaborando, em alguns pontos, para a economia da construção. 2.1.3 – Onde é utilizado?
A modelagem da parte interna de um ambiente seguindo os preceitos da corrente sustentável pode ser aplicada para qualquer ambiente, seja ele uma casa, apartamento, um ambiente de trabalho, escola, comércio, não há restrições, sempre é possível adaptar ou construir um ambiente buscando o conforto sustentável. Abaixo seguem exemplos de construções que apresentam qualidade no conforto interno de forma sustentável: 1) Figura 1 - Centers for Disease Control and Prevention (CDC) em Atlanta, Geórgia
Fonte: Disponível em: < http://ambiente.hsw.uol.com.br/edificios-sustentaveis10.htm> Acesso em out. 2013.
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O Edifício do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) em Atlanta, Geórgia foi construído buscando uma melhoria na eficiência energética e consequentemente colaborou para a melhoria do conforto interno de forma sustentável, possui grande aproveitamento da luz solar, principalmente nas áreas laboratoriais que são muito utilizadas, diminuindo o gasto energético. Foi utilizada a solução arquitetônicas da implementação de brises que além de bloquear o aquecimento solar, absorve e distribui a luz solar para todo o edifício, melhorando o conforto lumitotécnico interno do prédio, além de uma economia anual de US$ 175 mil com gastos em energia. 2) Figura 2 - Casa “Guarda-Sol” em Venice, California
Fonte: Disponível em: < http://ambiente.hsw.uol.com.br/edificios-sustentaveis10.htm> Acesso em out. 2013.
Devido grande quantidade de painéis fotovoltaicos na parte superior da casa ela foi apelidada de casa “Guarda Sol”, além de obter 95% da eficiência energética devido aos painéis que além de energia também contribuem devido a sua sombra, que melhora o conforto térmico, a casa foi projetada de modo 8
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que favorece a ventilação com posicionamento estratégico de janelas, colaborando para a manutenção da temperatura do ambiente e a qualidade interna do ar. Foi instalado um sistema de aquecedor alimentado pelos painéis fotovoltaicos que libera calor através do piso colaborando para o conforto interno, controlando a temperatura. As amplas janelas presentes na casa contribuem para a iluminação, sendo quase desnecessária a utilização de luz artificial nos dias mais ensolarados.
3) Figura 3 - Park Passive, Seattle, Austrália
Fonte: Disponível em: < http://inhabitat.com/nk-architects-park-passive-is-seattles-first-certified-passivehouse/park-passive-nk-architects-2/?extend=1> Acesso em out. 2013.
A casa sustentável foi desenvolvida buscando o conforto interno com menos gasto energético, foi projetada para o melhor aproveitamento da luz solar utilizando para iluminação interna, obtenção de energia e aquecimento. Para o conforto do ar foi implantado um sistema de ventilação utilizando a 9
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localização de portas e janelas melhorando a circulação do ar e o conforto térmico. A temperatura é mantida em um grau confortável na maior parte do ano sem que seja necessária a utilização de meios artificiais, além de melhorar o conforto interno ainda proporciona uma economia na energia. 4) Figura 4 - Telhado verde do Colégio Estadual Erich Walter, Rio de Janeiro, Brasil
Fonte:<http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/primeira+escola+verde+do+brasil+ja+da+frutos+no+rio/n1596 983937508.html>. Acessado em outubro de 2013.
O Colégio Estadual Erich Walter, no Rio de Janeiro, foi a primeira escola da América Latina construída seguindo os parâmetros sustentáveis, foi implantado o sistema de ecotelhado com a colocação de vegetação na cobertura da escola além da melhora visual do ambiente, o ecotelhado é responsável pela melhora da temperatura do ambiente, melhora na qualidade do ar.
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O projeto foi feito buscando o melhor aproveitamento da luz solar, há uma grande demanda de luz no ambiente, dessa forma foi possível obter um bom conforto luminotécnico empregando menos recursos artificiais. As alas da escola foram projetadas de modo a aproveitar a ventilação natural contribuindo para o conforto térmico e também para a qualidade do ar. Dados do portal´´ Educação´´ do IG.
2.1.4 – Como é feito?
Segundo Gonçalves, J. C. S. e Duarte, D. H. S. a adequação de um ambiente buscando o conforto interno através de técnicas sustentáveis vem sendo cada vez mais estudada e utilizada. O lugar onde se situa o ambiente que vai receber a construção/modificação precisa ser estudando, observando a incidência solar, as correntes de vento, o clima, umidade,segundo Lamberts, Roberto; Dutra, Luciano e Pereira, Fernando O.R., devem ser estudados os fatores naturais característicos de cada localidade, a redondeza, presença de prédios nos arredores, quantidade de tráfego local, presença de fábricas, estudar os fatores que exercem influência no ambiente a ser construído ou revitalizado. A partir dessas informações o projeto vai sendo moldado a fim de garantir o conforto do ambiente, seja ele acústico, qualidade do ar, térmico, luminotécnico, buscando aproveitar as características naturais e diminuindo as intervenções artificiais. Os materiais utilizados na composição do ambiente também possuem grande influência no conforto interno, a utilização de vidros duplos atuam como um isolante que contribui para o conforto acústico e também no conforto térmico. A partir de estabelecidas as necessidades de cada ambiente, seja ele residencial ou comercial, as soluções que podem ser empregadas vão sendo estudadas para escolha das melhores alternativas buscando a qualidade do ambiente de forma sustentável, aproveitando os recursos disponíveis, diminuindo o desperdício e melhorando a qualidade de vida de quem ocupa o ambiente, ainda segundo Gonçalves, J. C. S.; Duarte, D. H. S. 11
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Abaixo temos um resumo dos pontos a serem observados para determinados tipos climáticos, dados do Arquiteto Fernando Neves Bussoloti:
Figura 5 - Clima tropical úmido
Fonte: Disponível em: < http://ambiente.hsw.uol.com.br/construcoes-ecologicas1.htm> Acesso em out. 2013.
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Figura 6 - Clima tropical seco
Fonte: Disponível em: < http://ambiente.hsw.uol.com.br/construcoes-ecologicas1.htm> Acesso em out. 2013.
Figura 7 - Clima tropical seco
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Fonte: Disponível em: < http://ambiente.hsw.uol.com.br/construcoes-ecologicas1.htm> Acesso em out. 2013.
As características levantadas pelo Arquiteto Fernando Neves Bussoloti mostram que cada ambiente possui a sua peculiaridade, não sendo possível aplicar as mesmas intervenções de um projeto em outro e obter os mesmo resultados, cada lugar é diferente do outro assim como as soluções a serem implantadas. Acima foi apresentado apenas um pequena parte dos inúmeros tipos de ambientes existentes, o ponto em comum é objetivo das intervenções, a busca pela qualidade interna que pode ser alcançada por diferentes caminhos, técnicas e materiais a serem utilizados. 2.1.5 – Qual a utilidade?
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As principais utilidades da sustentabilidade nos ambientes internos é a de poder oferecer conforto ambiental para as pessoas que estão no interior dos edifícios, não importando as condições climáticas externas. As principais formas de proporcionar essa comodidade são: o conforto térmico, acústico e luminoso. 2.1.5.1 – Conforto térmico
A construção civil tem procurado adequar e harmonizar a esta mudança climáticas buscando as melhores condições de conforto para o ser humano através de materiais de construção mais adequados a essa nova realidade. Com o objetivo de alcançar o conforto ambiental humano com a menor utilização de sistema artificiais de refrigeração, busca sempre a utilização das características do meio ambiente para tal realização. Um projeto bem elaborado e integrado a refrigeração de um ambiente interno pode ser melhorada pelo uso dos ventos.
Com o conhecimento da direção e da velocidade dos ventos
predominantes de um determinado local, é possível projetar os ambientes, área de aberturas e posicionamento, para que haja uma distribuição no fluxo de ar pelo ambiente. Um exemplo utilizado por Brown & Dekay (2004): Em um ambiente com uma abertura de 2/3 da largura da parede, a velocidade média interna do ar será entre 13% e 17% da velocidade do ar externo, mas se esta área for dividida em duas aberturas na mesma parede, a velocidade do ar passa para 22% da velocidade do ar exterior. Para aberturas localizadas em duas paredes, a velocidade média do ar interno passa a ser de 35% a 65% da velocidade do vento externo. Duas aberturas em paredes opostas permitem o movimento rápido do ar, enquanto aberturas em paredes adjacentes permitem uma melhor distribuição da velocidade do vento e do feito de resfriamento através do recinto (GOULART,
2007, p. 11). Os ventos predominantes podem ser utilizados para ventilar e resfriar naturalmente o edifício no verão. E o calor ganho durante o dia pode ser e liberado à noite, diminuindo a variação diária de temperatura no interior. O uso de isolamento é o passo final para otimizar a estrutura. Aberturas e paredes
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bem isoladas ajudam a reduzir as perdas de calor durante o inverno, reduzindo o uso de energia para aquecimento. Algumas formas de circulação do vento podem ser verificadas através da figura abaixo:
Figura 8 - Algumas formas de circulação do ventos de circulação do vento.
Fonte: Disponível em: <http://www.labeee.ufsc.br/sites/default/files/disciplinas/ECV5161_Sustentabilidade_apostila.pdf> Acesso em out. 2013.
2.1.5.2 – Conforto Acústico
Hoje em dia, a poluição sonora é considerada a terceira maior causa de poluição no planeta, atrás apenas do ar e da água, tornando-se um problema de saúde pública segundo a Organização Mundial de saúde (OMs). Nos últimos anos tem criado a ideia de que é conveniente assegurar o isolamento acústico dos ambientes por meio da atenuação dos ruídos de impacto e equipamentos; a adaptação acústica interna dos locais e a redução dos ruídos perturbadores produzidos no próprio interior do ambiente. E também para criar um conforto acústico é preciso estudar as condições locais, da implantação do empreendimento no terreno e das características do edifício propriamente dito. Na fase de concepção de um empreendimento, as preocupações com o conforto acústico devem ser tratadas em diferentes níveis, levando em conta elementos arquitetônicos espaciais, incluindo a organização do plano de massas; isolamento acústico do 16
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edifício em relação aos ruídos do espaço exterior; isolamento acústico dos ambientes face aos ruídos interiores; e qualidade acústica interna dos ambientes em função de seus usos. Com a norma de desempenho NBR 15.575, que entrou em vigor no inicio de 2013, apresenta os requisitos e critérios para a verificação do isolamento acústico entre o meio externo e o interno de coberturas. São considerados o isolamento de sons aéreos do conjunto fachada/cobertura de edificações e o nível de ruído de impacto no piso (caminhamento, queda de objetos e outros) para as coberturas acessíveis de uso coletivo. Essa norma poderá diminuir o desconforto dos ruídos, já que esse item sempre foi negligenciado pelos empreendedores, justamente por falta de uma regulamentação.
2.1.5.3 – Conforto Luminoso
Nos dias atuais o homem tenta encontrar uma forma de minimizar o consumo de energia, o uso da luz natural pode representar uma grande economia de energia na edificação residencial. E no Brasil é um país que sofrendo com a crise energética e a luz natural pode ser uma das soluções, já que aqui ter em abundancia a disponibilidade de luz. A iluminação natural contribui para que o ambiente tenha um aspecto dinâmico, ou seja, que mude a aparência nas diferentes horas do dia o papel da luz natural como critério de projeto para maior qualidade ambiental. Além disso, trata-se de uma fonte de energia renovável, que existe em abundancia e tem um excelente custo beneficio. O posicionamento do coletor de luz tem influência na quantidade e distribuição de luz natural, e, de forma geral, janelas laterais mais altas garantem maior profundidade de penetração da luz natural e melhor aproveitamento.
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2.1.5.4 – Materiais Sustentáveis
O mercado de materiais sustentáveis no Brasil é pouco desenvolvido comparado a outros países, como diz o engenheiro paulista Anderson Benite, diretor da Unidade de Sustentabilidade do Centro de Tecnologia de Edificações (CTE): “O mercado brasileiro de materiais verdes para a construção ainda está nos primórdios, em relação a Canadá, Estados Unidos, Austrália, Japão e União Europeia. Nesses países existe uma diversidade de selos que comprovam o desempenho ambiental dos materiais. E as avaliações criteriosas minimizam o greenwashing” (KOVACS, 2010).
Os materiais considerados sustentáveis incluem materiais renováveis como o bambu e a palha, madeira certificada, pedra, metal reciclado, e outros produtos que são não tóxicos, reutilizável, renovável ou reciclável. Materiais de baixo impacto ambiental são usados sempre que possível. E também, materiais de demolição e reciclados que seriam descartados, podem ser reutilizados quando apropriado. Quando edifícios velhos são demolidos, frequentemente peças de madeira podem ser recicladas, renovada, e vendida como assoalho. Outras partes são também reutilizadas, como portas, janelas, vigas e peças de metal, reduzindo assim o consumo de itens novos. Otimização do consumo de materiais, e redução dos resíduos gerados, na preservação do ambiente natural e na melhoria da qualidade do ambiente construído. Na escolha de materiais para serem utilizados os que estiverem disponíveis no local, como explica Carolina. Marisa Plaza, responsável pela certificação do Selo Ecológico do Instituto Falcão Baue: "Um componente ecológico perde sua eficácia, por exemplo, se percorre quilômetros dentro de um caminhão até a fábrica, emitindo CO 2 na atmosfera com a queima de combustível" (KOVACS, 2010).
Esses materiais devem ser pouco processados, não tóxicos, potencialmente recicláveis, culturalmente aceitos, e conteúdo reciclado. Além disso, deve-se evitar sempre o uso de materiais químicos prejudiciais à saúde humana ou ao meio ambiente, como amianto, CFC, HCFC, formaldeído, policloreto de vinila (PVC), tratamento de madeira com CCA, entre outros. 18
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2.1.6 – Custos X Benefícios
Para os ambientes internos podem ser tomadas diversas soluções sustentáveis que contribuem para a redução do impacto ambiental e um maior conforto para o ocupante, tais como, iluminação natural, ventilação natural e condicionamento ambiental natural para um maior conforto térmico. A obra deve ter uma correta orientação para aumentar a exposição do edifício às correntes de vento, utilizar meios arquitetônicos para direcionar o fluxo de ar para o interior e projetar espaços que permitam a circulação do ar entre os ambientes. Um projeto elaborado de forma correta pode trazer benefícios como (VILHENA, 2007): Contribuição para o melhoramento ambiental; Conforto ocupacional; Economia financeira, pois reduz os gastos elétricos; Melhoria na saúde do residente, devido a melhor qualidade do ar interno; Diminuição do efeito da ilha de calor.
2.1.7– Vantagens e Desvantagens
O uso da sustentabilidade no dia a dia do ser humano tem se tornado cada vez mais frequente. Porem o uso de materiais convencionais ainda esta em larga escala, e isso prejudica o meio ambiente. A sustentabilidade se tornou um fator urgente a partir do momento que foi descoberto que as fontes para a construção de ambientes era limitada e poderia se tornar escassa e assim prejudicar a vida do homem no futuro. O uso consciente de fontes sustentáveis em ambientes internos se torna além de um fatores que favorecem o meio ambiente, também favorece o ser humano.
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2.1.7.1 – Vantagens
Citando as vantagens podemos ver que são inúmeras as qualidades de se adotar o ideal sustentável:
Custo e beneficio;
Reaproveitamento de material inutilizável;
Propõe qualidade de vida para o ser humano;
Economia no consumo de energia;
Favorece para manter o equilíbrio com o meio ambiente.
2.1.7.2 – Desvantagens
Mesmo que sejam poucas desvantagens, ainda sim são prejudiciais para o não uso desse sistema.
Escassez de mão-de-obra especializada;
Desinformação quanto ao tema por parte das classes baixas;
Desinteresse por parte dos profissionais;
Não é usado em larga escala.
Uma curiosidade em especial sobre a desvantagem é que os painéis solares fotovoltaicos são de custo muito alto, apesar da maioria dos produtos da área sustentável sejam de baixo custo, este se diferencia. Porém, voltando ao fato do custo e beneficio, ele se torna ainda um fator vantajoso, pois a partir do momento que é comprado esses painéis eles tem longa duração e no caso haja um erro com uma placa, a lâmpada é pequena e pode ser facilmente trocada sem que estrague todo o painel. 20
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2.1.8 – Comparativo com tecnologia convencional
Apesar do enorme desenvolvimento tecnológico das últimas décadas, a humanidade precisa enfrentar neste milénio três sérios desafios: pobreza, energia e problemas ambientais. Pode-se dizer que todos eles estão ligados a engenharia. Em razão de que para eliminar a pobreza é preciso fornecer teto aos desabrigados. E para construir residências produzem-se descartes da construção, e também se necessita de energia, que gera poluição e resíduos ao meio-ambiente, criando assim um clico vicioso (ABMTENC, 2011). Constata-se que em geral, o método convencional adotado na engenharia civil é sempre usado em larga escala e poupa mão-de-obra e tempo. Mas já o não convencional, requer mão-de-obra especializada e ainda tempo para ser construído, porém os resultados encontrados são bem mais sustentáveis do que o método convencional pode produzir. A investigação das propriedades do bambu e sua utilização como material alternativo para a construção civil se mostra necessária nos tempos atuais, devido à necessidade de reduzir os impactos ambientais de produção de resíduos na obra, os impactos pela extração de matéria prima além de diminuir os custos da obra (FERREIRA, 2010). O alto grau de resistência das fibras do bambu dispensa, na construção de casas, estruturas de ferro, além de reduzir a necessidade de cimento, tornando-as, assim, cerca de 40% mais baratas que as erguidas totalmente em alvenaria. Economia que resulta também em vantagens ecológicas. A produção de cimento e tijolos necessita de fontes de energia tradicionais que, de modo insustentável, liberam uma grande quantidade de gás carbônico (JUNIOR, 2000). De acordo com o pesquisador professor Khosrow Ghavami, do Departamento de Engenharia Civil da PUC-RJ, as principais espécies do bambu são encontradas em grandes florestas no Brasil com abundância, principalmente no estado do Acre. Sua tração, compressão e durabilidade já foram amplamente testadas e aprovadas em laboratórios do Departamento de Engenharia Mecânica da Unesp,
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em Bauru. Além de não ser atrativo a cupins, ele também possui o crescimento rápido para o corte de apenas três anos (CAPELLO, QUEIROZ, & WENZEL, 2007). O bambu pode ser usado em habitações de interesse social como: em revestimentos de paredes, como em painéis de vedação de bambus revestidos com argamassa, e em fachadas, em forros para isolamento acústico, utilizando esterilhas para execução dos painéis de vedação proporcionando um colchão de ar entre as camadas internas e externas, servindo como isolante térmico, utilizados para a execução de pilares e vigas, piso, rodapés, entre outros (FERREIRA, 2010). Figura 9 - Painel de vedação sendo revestido e tubulação na parte interna
Fonte: Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/57487373/A-utilizacao-do-bambu-na-construcao-civil> Acesso em out. 2013.
2.1.9 – Mão de obra
O responsável da obra deve realizar um estudo intensivo da área para um total conhecimento climático da região, pois a orientação do conjunto arquitetônico depende dos recursos naturais de cada região, deve se aproveitar ao máximo as correntes de vento e a posição do edifício para direcionar o ar para os ambientes internos. A equipe também deve ser conscientizada para evitar o desperdício de materiais e energia ao longo da construção. (ABREU, NOYA & SEROA, 2013)
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A mão de obra especializada em sustentabilidade ainda é escassa no Brasil, pois ainda não é muito utilizada, mas as empresas sustentáveis já vêm tomando espaço no mercado.
2.1.10 – Importância para gerações futuras
O desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem a suas próprias necessidades. Ele contém dois conceitos: 1 – o conceito de “necessidades”, sobretudo as necessidades essenciais dos pobres do mundo, que devem receber a máxima prioridade; 2 – a noção das limitações que o estágio da tecnologia e da organização social impõe ao meio ambiente, impedindo-o de atender às necessidades presentes e futuras. A sustentabilidade pode ser definida como “a busca de eficácia econômica, social, e ambiental objetivando atender às necessidades e anseios da população atual, sem desconsiderar os das gerações futuras”.
2.1.11 – Notícias Recentes Devido aos cuidados para a não escassez de matérias-primas, é importante substituir gradativamente os materiais de construção por opções mais sustentáveis. A empresa alemã Kronotex® especializada em pisos laminados mostrou ter consciência e responsabilidade socioambiental no cuidado com a matéria-prima em que trabalha. No Brasil a Recovering Trading® é a prestadora de serviços exclusivo da marca (PORTAL MOVELEIRO, 2013). A Recovering Trading® colocou a venda o mais recente lançamento do revestimento chamado HDM King Size, feito com madeira retirada de florestas remanejadas (PORTAL MOVELEIRO, 2013). 23
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Conforme o Portal Moveleiro, a madeira testada por órgãos competentes da Europa, suporta as mais rigorosas mudanças de temperatura, possui alta resistência e durabilidade. Possui igualmente conforto acústico comprovado por testes de qualidade que confirmam a redução de 60% do som entre andares. Também possui um exclusivo sistema que evita o efeito dos ruídos “Click Clack”, que são os estrondos de percussão que resultam do bater dos saltos de sapatos transmitidos para outros apartamentos ao caminhar. De acordo com a Vitrine Capital, o preço sugerido para a instalação pela empresa é de 128 reais para cada metro quadrado. O revestimento também é versátil podendo ser usado como painéis de paredes e para customização de móveis, promovendo uma redução de som em ambientes internos com função residencial ou comercial. Figura 10 - Revestimento HDM King Size
Fonte: Disponível em: < http://www.vitrinecapital.com/noticias/revestimento-sustentavel-e-com-conforto-acustico/imagem> Acesso em out. 2013.
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Um grupo formado por cinco arquitetos portugueses: Pedro Sousa, Tiago Ferreira, Tiago Coelho, Bárbara Silva e Madalena Madureira desenvolveram o projeto vencedor da Trienal de Arquitectura de Lisboa em novembro de 2010. O tema foi "Casa em Luanda: pátio e pavilhão”. Eles criaram uma habitação feita com taipa de pilão composta por um corredor central, cozinha, sala, banheiro e quartos (REDAÇÃO ECOD, 2010). O objetivo do concurso era revelar projetos de residências de baixo custo, feitas para famílias de pouca renda e formadas por sete a nove pessoas. A construção ainda deveria apresentar princípios da sustentabilidade, como uso de materiais menos agressivos e vindos de fontes locais, além de ter espaços para a criação de hortas e animais (REDAÇÃO ECOD, 2010). Neste projeto o grande destaque foi o uso da taipa de pilão como matéria-prima principal, devido à sua relação de custo/benefício: material barato, encontrado em todo o mundo e de fácil manuseio (REDAÇÃO ECOD, 2010). Além disso, a taipa funciona como isolante térmico e acústico, sendo uma barreira natural contra ventos e mantendo um alto conforto térmico dentro do ambiente. Para completar, o material possui longa durabilidade, é 100% reutilizável, e de baixo consumo de energia. O projeto da “Casa em Luanda” foi escolhido, provavelmente, por disponibilizar boas soluções para famílias que não possuem abrigo, devido ao alto custo da construção civil (REDAÇÃO ECOD, 2010)
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Figura 11 - Casa popular feita de taipa de pilão
Fonte: Disponível em: <http://www.ecodesenvolvimento.org/noticias/concurso-internacional-premia-projeto-decasa?tag=arquitetura-e-construcao> Acesso em out. 2013.
2.1.12 – Normas técnicas e leis relacionadas 2.1.12.1 - Conforto térmico NBR 15220.
2.1.12.2 - Conforto acústico NBR 10151 e NBR 10152-87:
As medições em ambientes internos devem ser feitas a no mínimo 1 m de distância de qualquer superfície.
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Os valores para a média da pressão sonora devem ser retirados de pelo menos três posições diferentes.
Os níveis de ruídos aceitáveis são de acordo com a necessidade ocupacional
A norma varia de acordo com cada ambiente.
2.1.12.3 - Iluminação
NBR ISO/CIE 8995-1:2013 e NBR 5382/1985:
Conforto e bom desempenho visual
Segurança visual
Iluminância suficiente
Distribuição adequada da quantidade de luz no ambiente
Ausência de ofuscamento ou reflexos
Aproveitamento da iluminação natural
Direcionamento de luz
2.2 – Conceitos Específicos 2.2.1 – Vidros duplos
Os vidros duplos podem ser uma ótima opção para o conforto térmico e acústico do ambiente interno das edificações. 27
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O isolamento da temperatura do local é obtido por meio da câmara de ar formada pelo espaçamento entre os vidros. As duas chapas devem ter pelo menos 10 mm de distância uma da outra, de forma a dar espaço à circulação do ar e assim oferecer o isolamento térmico. Para o melhor desempenho do material pode ser usado um vidro refletivo, que impede a absorção dos raios solares. Já o isolamento acústico está relacionado à espessura do material, quanto mais grossos, e também laminado, menor a passagem de som. Um detalhe importante para o melhor isolamento é a diferença de maça estre os vidros, o fato de uma placa ser mais fina que a outra auxilia na quebra da onda sonora durante a passagem pelos diferentes meios. O uso de vidros laminados com resina acústica também resulta em uma maior eficiência, implica em uma redução de 30 a 40 decibéis. Os vidros duplos podem ter duas ou mais chapas de vidro. Ele pode ser laminado, temperado, refletivo ou float comum. A maior indicação de uso do material é para locais possuintes de temperaturas controladas, onde o isolamento interno daquele ambiente vai ser favorável ao conforto térmico, como locais de utilização de ar condicionado ou calefação.
2.2.2 – Tintas sem cheiro A maioria das tintas utilizadas atualmente é de compostos químicos, em sua maioria sintética e derivadas do petróleo. Mas há alguns anos devido ao Fator Ecologia e o empenho de profissionais, as pesquisas realizadas neste campo têm sido abundantes. Hoje existe o que chamamos de tintas ecológicas, formuladas com matérias-primas naturais. Existem normas internacionais para pinturas ecológicas que determinam, por exemplo, que a quantidade de compostos orgânicos voláteis (COVs), que são substâncias derivadas do petróleo, não exceda 0,1% do volume total. Na maior parte das vezes, tintas a base de água são apenas produtos sintéticos solúveis em água, o que é bem melhor do que ser à base de solvente. Há ainda a tinta à base de terra, um produto de resultado de quinze anos de pesquisa. Elas também são à base de água e não impermeabilizam totalmente a parede, deixando-a permeável ao vapor 28
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d’água, o que permite um controle de umidade para que não haja eliminação de gases organoclorados oriundos dos fungos e mofos, que poluem o ambiente.
2.2.3 – Inércia térmica
A inércia térmica é dada pela capacidade dos materiais de armazenar calor (LIMA, 1995). Ela tem um papel essencial na criação de um clima interior confortável. Durante certo tempo de ocupação a massa do concreto absorve calor, depois ele é eliminado através da ventilação quando é desocupado, relacionando-se diretamente ao atraso e amortecimento da onda de calor. (GONÇALVES & DUARTE, 2006) O uso do concreto exposto no interior de ambientes e outros materiais pesados e maciços contribuem para uma maior estabilidade térmica, pois interagem mais devagar com as temperaturas do meio. (KUNEN, 2013)
2.2.4 – Conforto acústico
A importância do conforto acústico vem sendo potencializada ao longo dos anos, devido ao aumento de tráfego, densidade demográfica, aumento das cidades, aproximação de áreas industriais à áreas urbanos o que gera aumento na quantidade e intensidade de ruídos, causando desconforto à população, a poluição sonora segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) é considerada a terceira maior poluição do planeta. Devido o aumento dessa preocupação e a falta de medidas que realmente minimizem esses danos foi necessário a criação de uma regulação para esse fim, como dito anteriormente no item 2.1.6.2, a norma de desempenho NBR 15.575, implantada no início de 2013.
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Abaixo seguem exemplos de tecnologias sustentáveis que minimizam o desconforto acústico: 1) Isosoft Piso Figura 12 - Lã de isolamento acústico, Isosoft Piso, da Trisoft®
Fonte: < http://atitudesustentavel.com.br/blog/2011/06/15/material-feito-de-pet-gera-isolamento-acustico/>. Acessado em outubro 2013.
A lã desenvolvida Trisoft®, utiliza garrafas pets na fabricação da lã acústica, obtendo um bom desempenho e utilizando matérias reciclados formando um produto reciclável, sustentável, utiliza-se cerca 21 garrafas PET para cada metro quadrado de produto, pode ser utilizado em ambientes domésticos e comerciais dados da Trisoft®. “Para termos uma ideia do aspecto sustentável do produto, apenas uma obra de um edifício de 10 andares, cujos apartamentos têm 80 m², consome do meio ambiente, cerca de 16.800 garrafas PET” (Leonardo Capasso, gerente de marketing da Trisoft)
Segundo instruções da desenvolvedora do produto a lâ deve ser aplicada entre a laje e o piso, podendo ser aplicado também na cobertura comum do edifício, além do desempenho acústico também contribui para o isolamento térmico. Leonardo, gerente de marketing da Trisoft®, explica que
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quanto a durabilidade do produto ela é indeterminada, a deterioração completa da garrafa PET na natureza demora mais de 1000 anos para acontecer.
2) Manta antialérgica e sustentável de isolamento acústico
Figura 13 - Manta PROMAlaje da Promaflex®
Fonte: < http://atitudesustentavel.com.br/blog/2013/09/01/manta-antialergica-e-sustentavel-de-isolamento-acustico/>. Acessado em outubro de 2013.
A manta PROMAlaje da Promaflex® de isolamento acústico foi desenvolvida com polietileno branca ou cinza, é uma solução para isolamento entre pavimentos, atendendo a norma NBR 15575, norma que estabelece os critérios para aplicação de sistemas de edificação habitacional. É uma manta reciclável, feita com resina reciclada e utilizada sobras do seu próprio processo de produção.
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O processo de aplicação é feita com a colocação da manta em cima da laje, antes da realização do contrapiso. O manuseio é simples não necessitando de mão de obra especial para aplicação, o produto é antialérgico permitindo o contato direto com a manta, dispensa o uso de máscaras, melhorando o conforto e a segurança na aplicação.
Figura 14 - Aplicação PROMAlaje
Fonte: < http://atitudesustentavel.com.br/blog/2013/09/01/manta-antialergica-e-sustentavel-de-isolamento-acustico/>. Acessado em outubro de 2013.
2.2.5 – Qualidade do ar
A qualidade do ar para os ambientes internos é extremamente importante para manter a qualidade de vida do ser humano. Dependendo do local em que essa pessoa vive, pode sofrer dois tipos de alterações que prejudicam o meio interno em que ela vive, eles são os poluentes externos e os poluentes, ou substancias “caseiras”. 32
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Os poluentes em meio externo são produzidos por queimadas, fumaça produzido por indústrias e até por gases liberados por automóveis. Este acúmulo de substancias tóxicas no ar prejudica a saúde das pessoas que moram em cidades grandes. As substancias “caseiras” são produzidas ou guardadas dentro dos ambientes internos, causados por materiais de construção, tintas, produtos de combustão (fumaça do fogão, cigarro e aquecedores) ou até mesmo por materiais biológicos (inseticidas, ácaro, mofo). A qualidade inadequada do ar em ambientes internos está associada à perda de produtividade e ao absenteísmo no ambiente de trabalho. O efeito acumulativo de poluentes dentro do ambiente pode ser prejudicial a saúde do usuário, aumentando o risco de problemas respiratórios (LISBOA, OLIVEIRA, QUADROS & SCHIMER, 2009). Mesmo que as pessoas estejam conscientes dos problemas causados no mau planejamento das edificações quanto à qualidade do ar, ainda sim é frequente as pessoas construírem edifícios fechados e com alto grau de automatização. A vida do ser humano ficou mais intima com o avanço da tecnologia. O uso de janelas grandes que ocupam uma parede, uma grande varanda que mostra o movimento dentro da casa, foi criticado, pois o ser humano ser tornou mais individualista e intimista. Claro que não podemos culpar exclusivamente a tecnologia, mas também o medo da insegurança das cidades que impulsionou no cárcere habitacional. Uma boa solução para a circulação do ar é a abertura de fendas, janelas e até mesmo uma laje inclinada que possibilite a circulação de ar. Particularmente nos hospitais os critérios de qualidade do ar são mais rígidos que há vários fatores que possam solucionar os problemas de contaminação. 1-
Sistema de refrigeração fan-coil: Este sistema é do tipo central com plemum, e inclui uma unidade de refrigeração, um ventilador e uma tubulação para inserção e retirada do ar do ambiente climatizado. A unidade de refrigeração possui serpentinas por onde circula água fria capaz de absorver o calor do ar que passa pelo sistema. Nesse sistema, é possível controlar a temperatura, umidade do ar, taxa de renovação e filtragem de ar
(QUADROS, 2008, p. 54) 33
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Figura 15 - Esquema de um Processo de Climatização Típico
Fonte: Disponível em: <http://www.anest.org.br/arquivos/pdf/conest_10a/Apostila_de_Qualidade_do_Ar_Interno_ITAJAi.pdf> Acesso em out. 2013.
2-
Captação de Ar externo de boa qualidade.
3-
Controle de temperatura e umidade: Este fator pode ser muito bem controlado com o uso
de telhados verdes nas casas, além haver a troca de ar poluente por ar puro graças a fotossíntese, o uso de teclado com graminhas melhora a umidade dentro do difícil, fazendo com que o ar-condicionado seja inútil. 2.2.6 – Iluminação natural A iluminação natural é eficaz em vários âmbitos. Além de ser uma forma sustentável de aproveitar a incidência de raios solares dentro de casa, há o significativo consumo de energia no ambiente analisado. Listando os benefícios da iluminação natural teremos inúmeros aspectos. 1-
Nas lâmpadas sempre vai haver algum erro ou defeito quando utilizado, o uso da luz
natural dentro do local iria diminuir essa incidência.
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2-
A luz natural pode melhorar a qualidade de vida do usuário: aumentando a produtividade
do ser humano no ambiente, reduz a fadiga visual, aumenta a vitamina D do corpo e reduz a ocorrência de absenteísmo. 3-
Relação de custo x benefício é favorável.
4-
Possui uma excelente eficiência energética.
Figura 16 - Esquema de espaço interior para receber a luz natural
Fonte: Disponível em: <http://www.fau.usp.br/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/4_Cecace_2006_Iluminaca o_Natural_Recomendacoes_para_Projeto.pdf> Acesso em out. 2013.
Porém nem todas as fendas abertas para a passagem de luz é eficaz para o reaproveitamento dos raios solares. A radiação solar pode ser aproveitada para aquecer os ambientes nos períodos frios, porém deve ser considerado o projeto de sombreamento adequado para prevenir o calor excessivo no verão (GOULART, 2007, p. 5). 35
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Em países frios é recomendável que se tenha paredes grossas para que diminua a perda de calor e os raios aqueçam o ambiente interno, ou seja, a luz natural, alemã de iluminar, ele é um bom aquecedor térmico. Já em países quentes, recomendasse que evitasse janelas voltadas para leste-oeste ou se utilize frisas para que a luz entre, porem não aqueça o interior do edifício. Não apenas as fendas e frestas para a entrada de luz são eficazes, mas também o posicionar de garrafas PET entre o telhado e a laje do ambiente. Essa garrafa foi de ideia do brasileiro Alfredo Moser, morador de Uberaba – MG. “Fiquei apavorado com aquela notícia. Daí resolvi usar minha ideia, mas com garrafas de plástico. Adicionei água limpa, duas tampinhas de água sanitária, peguei um pedaço de filme de máquina fotográfica para proteger a tampinha da garrafa do sol, coloquei no telhado, e pronto” (AMDA, 2012).
A potência desta garrafa equivale a uma lâmpada de 40 e 60 watts, ou seja, é muito eficiente e pode ser feito em casa mesmo. A única desvantagem quanto a sua descoberta é que já que a água reflete raios solares que incidem na garrafa, à noite as pessoas teriam que dependem das lâmpadas elétricas. Porem, essa desvantagem é apenas um detalhe, pois, com o uso diário do método da garrafa PET em durante o sai, o consumo de energia se reduz significativamente, o que favorece na economia de despesas de uma residência. 2.2.7 – Materiais não-convencionais Todos os materiais de origem artesanal ou industrial, que sejam não-poluentes, atóxicos, benéficos ao meio ambiente e a saúde dos seres vivos, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do planeta são chamados de ecoprodutos. Estes materiais ecológicos são na maioria das vezes classificados como materiais não-convencionais para a utilização popular e padrão na construção (CRIA, 2009). A necessidade de repensar o consumo irracional de materiais na construção civil, para torná-la mais sustentável do ponto de vista ambiental, ajuda a atrair estudos para a exploração de novas alternativas e de materiais não-convencionais (CAPELLO, G., QUEIROZ, A., & WENZEL, M., 2007). 36
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Com o incentivo do projeto do Instituto Fraunhofer de Tecnologia Química na Alemanha, é possível utilizar algas marinhas para isolamento térmico na construção. A comercialização deste material é feita pela empresa NeptuTherm®, que nomeou o isolante com o mesmo nome (REDAÇÃO ECOD, 2013). Na construção, as algas podem ser utilizadas como isolamento entre as vigas de telhados inclinados, para isolar as paredes interiores, ou para reduzir a quantidade de calor perdido. Além disso, ela pode absorver vapor de água e soltá-lo novamente, sem alterar suas propriedades de isolamento (REDAÇÃO ECOD, 2013). De acordo com a Redação EcoD, as fibras de algas não são inflamáveis, resistentes ao bolor, e podem ser utilizadas como material isolante sem a necessidade de aditivos químicos. O material natural é abundante e renovável. Por possuir teor baixo de sal com apenas 2%, tem a garantia de não apodrecer. Além de possuir uma inércia térmica significativa superior a da madeira, é encontrada com abundância em praias da Europa (REDAÇÃO ECOD, 2013). O material isolante de algas marinhas NeptuTherm® tem o selo de qualidade da Eco Institut® da Alemanha (NEPTUTHERM, 2012). Figura 17 - Isolante de algas marinhas NeptuTherm®
Fonte: Disponível em: <http://www.neptutherm.com/index.php?home> Acesso em out. 2013.
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2.2.8 – Disposição do ambiente
A forma como o ambiente interno de uma edificação é construído pode alterar de forma grandiosa o conforto no local. O uso demasiado de ar condicionado, aparelho elétrico consumidor de muita energia, no interior das edificações não é recomendado. Quanto menor o uso de instrumentos eletrônicos maior será a sustentabilidade do local projetado, desta forma, para o uso eficiente de ar e luz naturais à disposição de móveis e paredes deve ser realizada de maneira a permitir a invasão dos raios solares e ventos em grande parte do local. Por isso, a disposição de móveis e paredes em um projeto de interior deve ser muito bem pensada, tal característica ajudará na uniformidade da temperatura local. Grandes vãos e distâncias entre móveis e paredes é a melhor disposição para um ambiente interno, além do conforto térmico e obtenção de luz natural, existe a melhor circulação de pessoas no local. Ponto importante em locais comerciais e públicos. Desta forma é visto uma das maneiras para o favorecimento do uso do natural em construções civis. 2.2.9 – Aproveitamento de materiais para decoração
A decoração e os móveis utilizados em um ambiente são muito importantes para se ter um bom conforto. E a sustentabilidade também pode fazer parte dessa etapa, a customização de móveis e utensílios para decoração hoje é feita de muitas formas. Desde a renovação de móveis antigos ao uso de pneus e caixotes velhos, o que traz um diferencial para o ambiente de forma criativa e barata. No evento Morar Mais por Menos deste ano, 2013, em Campo Grande, foram apresentados projetos com várias técnicas dessa natureza. Arquitetos como Kamala Escalante e Luciano Mesquita Durado trouxeram exemplos, como uma iluminação feita com luminárias dos anos 70 reaproveitadas, um arranjo de flores feito com um escorredor de macarrão que também foi utilizado como iluminaria em 38
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outro projeto. Outros materiais apresentados foram as caixas de madeira que é encontrada em feiras para carregamento de alimentos, transformado em base para um revisteiro e portas antigas viraram mesas. Estes entre muitos outros materiais podem ser reaproveitados, a transformação de pneus em mesas e cadeiras é muito comum. O design ecológico Daniel Beato, de São Paulo faz um excelente trabalho com esse material, que ajuda na diminuição de desperdício e de lixos em aterros. Seu trabalho pode ser melhor apreciado em seu site, http://www.arteempneus.org.br. Existem no mercado hoje, produtos feitos por industrias que também utilizam a ideia da reutilização. Como exemplo, o Carpet feito de fibras PLA (PoliLactic Acid) que são derivadas do amido de milho, arroz e beterraba, uma alternativa biodegradável às fibras derivadas do petróleo. Outro exemplo são as pastilhas de coco, material para revestimento de vidro, metal, plástico, alvenaria, entre outros. As pastilhas são feitas a partir da casca do Coco da Bahia, pela Interface Flooring Systems, empresa sediada em Alagoas, o material é retirado do lixo de indústrias alimentícias de Maceió, obtendo um material de alta durabilidade e sustentável. Dessa forma, é visto algumas das formas de reaproveitar materiais para a composição de um projeto de interior, tornando sustentável mais uma das etapas de construção.
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3 – DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Durante a pesquisa foram encontrados novas formas de usar matérias não-convencionais que evitem o desgaste das fontes não renováveis. O uso de luz natural, tintas ecológicas, vidros duplos, etc, tudo para manter a qualidade de vida do homem. Os resultados são surpreendentes por haver tantas opções que são mais eficientes do que a tecnologia convencional, o custo se torna apenas um detalhe quanto ao beneficio que traz para o dia a dia da humanidade. Pode-se perceber que diariamente surgem novas formas de sustentabilidade, ou seja, para quem trabalha na área da construção até a decoração de interiores precisa estar sempre atualizado nas inovações que são propostas aos profissionais. Ser engenheiro ou Arquiteto não aplica unicamente estudar durante o curso e depois de formado já possui experiência o bastante para continuar o mercado de trabalho. A cada ano são mais e mais estudos com novas perspectivas, é preciso escolher o certo sempre com a finalidade de manter um conforto ambiental para o usuário do espaço. Com o conhecimento de novas fontes sustentáveis o mercado abre novas possibilidades para o profissional que emprega esse tema. Hoje em dia o sustentável é o mais bem visto tipo de conceito que dá opções ao homem de economizar na hora de construir sua casa.
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4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Uma construção sustentável abrange atender as necessidades de habitação do homem moderno, preservando o meio ambiente e os recursos naturais disponíveis no planeta terra. Busca-se garantir qualidade de vida para as gerações futuras e para as atuais (ARRUDA, 2013). É destacada a importância de se construir com conforto e com consciência sustentável. Sempre priorizando o planejamento justificável e racional da obra, com o aproveitamento coerente dos recursos naturais e dos descartes da obra, optando pela economia de água, de energia e de resíduos. Priorizando também a qualidade do ar utilizando ventilação natural, no conforto térmico e acústico, e no uso de materiais renováveis na natureza que não poluem o meio-ambiente, e de materiais de descarte na obra (ARRUDA, 2013).
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