APRESENTA:
AGAMBIARRA NOS TEMPOS DO DIGITAL EXPOSIÇÃO COLETIVA
KLUDGISTS
KLUDGING INADIGITALERA Collective Exhibition
19/nov a 15/dez 2010 Espaço Centoequatro - Belo Horizonte - Brasil www.gambiologos.com
“Nule die sine linea”
“Nule die sine linea”
O futuro é precário, não há dúvida. Entre previsões pessimistas de Blade Runner e cômico-otimistas nos Jetsons, por pouco a ficção científica não acerta em cheio. Mas ao invés de veículos voadores, temos a informação lasciva nas redes sociais e no lugar das cidades suspensas, tratados ecológicos não cumpridos. Não há robôs serviçais, mas nós mesmos.
The future is precarious, no doubt. Among the pessimistic forecasts of Blade Runner and the comicoptimistic ones of The Jetsons, science fiction almost hit it. But instead of flying vehicles, we have lascivious information on social networks and in place of floating cities, we have unfulfilled environmental treaties. There are no domestic robots, only ourselves.
Chegamos em 2010 e não há nada mais natural que a Gambiologia - a ciência do improviso aliada às técnicas eletrônico-digitais. É a celebração da gambiarra por postura crítica, pela ausência de recursos ou simplesmente como opção estética. E a tecnologia, por vício ou como combustível - e porque não há mais volta. A gambiarra é uma forma de hackeamento e também uma atitude política. Esta exposição apresenta uma seleção de obras em que o deslocamento funcional, a reciclagem, a valorização do obsoleto, o uso de materiais alternativos e uma outra maneira de se pensar a tecnologia materializam-se em formas mutantes, plurais e provocativas. Há aqui um rompimento dos limites entre o industrial e o artesanal, a arte e o design, o artífice e o curador. Formas de arte que alimentam-se dos próprios restos, os deglutem e nos jogam de volta. Gambiarras dos mais diversos graus de improviso e com decrescentes níveis de tecnologia. Do refinamento estético de Vogel aos excessos do Gambiociclo. Do funcionalismo high/ lowtech do Eyewriter a prismas iluminados. Da sutileza de taças de cristal e gotas d’água projetadas a um polvo gigante e (des) afinado. Uma câmera de vigilância que perde foco e função. Eletrodomésticos que ganham vida, balançam: seres de sobrenome Arduino. Sons que vêm do papelão, da madeira, da luz. A irreverência de um encontro entre furadeiras e um relógio esquisito, mas genial. Ferro líquido amplificando ruídos de uma sociedade fluida. Será o futuro infinitamente hightech ou simplesmente uma celebração da obsolescência? “Nós éramos xifópagos. Quási chegamos a ser deródimos. Fomos antropófagos. Agora somos gambiólogos”. Fred Paulino - curador e organizador
We reached 2010 and there is nothing more natural than Gambiologia** (Kludgeology) - the science of improvisation combined with electronic-digital techniques. It is the celebration of gambiarra* (kludge) through critical attitude, lack of resources or simply, as an aesthetic option. And also technology - as fuel or addiction - and because there is no turning back. Kludging is a form of hacking and also a political attitude. This exhibition presents a selection of works in which the functional shift, recycling, revival of the obsolete, the use of alternative materials and another way of thinking about technology have materialized themselves into mutant, plural and provocative forms. Here, there is a breakdown of boundaries between the industrial and the handcrafted, the art and the design, the creator and the curator. Art forms that feed on their own remains, digest them and throw them back to us. Kludges from various degrees of improvisation and with decreasing levels of technology. From Vogel’s aesthetic refinement to Gambiociclo’s excesses. From Eyewriter’s high/low tech functionalism to illuminated prisms. From the subtlety of crystal goblets and projected water drops to a giant in (out-of) tune octopus. A surveillance camera that loses focus and function. Household appliances that come to life, that swing: Arduino creations. Sounds coming from cardboard, wood, light. The irreverence of a meeting between powerdrills and a weird but brilliant watch. Liquid iron amplifying noises of a fluid society. The future will be infinitely high tech or simply a celebration of obsolescence? “We were Xiphopagus. We were Cannibals. Now we are Kludgists”. Fred Paulino - curator and organizer -------------------------------------------------* ‘Gambiarra’ is a Brazilian – but not only cultural practice which refers to ‘solving problems in alternative ways’ or ‘giving unusual functions to objects.’ There is no exact translation in English so we use ‘kludge’ as the most appropriate one: ‘a workaround, a quick-and-dirty solution, a makeshift, a clumsy or inelegant, yet effective, solution to a problem, typically using parts that are cobbled together’ (from Wikipedia). ** Gambiologia (Kludgeology) is a neologism which refers to a mix between kludges and technology. It can also be understood as ‘the science of kludging’.
GAMBIOCICLO
Coletivo Gambiologia: Fred Paulino Lucas Mafra Paulo Henrique Pessoa ‘Ganso’ Escultura ambulante 2010
Gambiociclo é uma Unidade Móvel de Transmissão Multimídia. Um triciclo de carga modificado contendo equipamentos eletrônicos gerador elétrico, computador, câmera, projetor, altofalante - para realização de projeções interativas de vídeo e graffiti digital no espaço urbano. A construção do veículo é inspirada nos vendedores ambulantes anônimos que transitam sobre rodas nas cidades brasileiras, em sua maioria vendendo produtos ou anunciando propaganda política. O Gambiociclo, no entanto, na medida em que reúne elementos da performance, do happening, da arte eletrônica, do graffiti e da gambiarra, subverte essa lógica: anuncia tão somente um novo tempo, de diálogo direto e democrático entre quem presencia e participa da intervenção e sua cidade. Patrocínio:
Ainda EstĂŁo VIvos Paulo Waisberg
TĂŠcnica Mista - Monitores empilhados e LEDs. 2010
Na pilha de monitores obsoletos e em variados estágios de deterioração, alguns ainda funcionam. Eles foram conectados a um PC aberto, através de um divisor de imagens. Um looping com um olho piscando, acende os que ainda estão vivos por mais algumas semanas. Todos os cabos estão expostos da maneira que foram ligados. No fundo, uma bateria de LEDs vermelhos.
RELÓGIO ESQUISITO (EXQUISITE CLOCK) João Wilbert / Fabrica
Tecnologia obsoleta reapropriada, plataforma web open-source 2009
O Relógio Esquisito é composto de fotos de números enviados por pessoas em todo o mundo. Tiradas com o aplicativo de iPhone, essas fotos aparecem em tempo real em todas instalações do relógio ao redor do mundo, incluindo o desta galeria. http://exquisiteapp.org
POLVO Paulo Nenflídio
Tubos e conexões de PVC, válvulas solenóides, compressor de ar, tubo de borracha, conduítes azuis, pulverizador de água 2010
Polvo é um aparelho sonoro. Sua forma escultórica lembra a forma de um polvo. Possui uma cabeça que pulveriza água quando pressionado um botão vermelho do teclado. Outros 8 interruptores acionam válvulas que se abrem deixando escapar ar comprimido por dentro de tubulações de conduíte. Um assobio com notas diversas imprevisíveis é produzido. O som lembra um lamento de um bicho desconhecido. Único da espécie. Para construção desta obra foi feito uso de materiais totalmente encontrados em lojas de materiais de construção. A gambiarra é usada neste processo ao modificar a função original destes materiais.
GAbinete de curiosidades jean baptiste 333 Paulo Henrique Pessoa ‘Ganso’ Colecionismo psicodélico 2010
SELF STIMULATING CLOSED LOOP Peter Vogel
Circuitos eletr么nicos, madeira 1979
FURADEIRAS Guto Lacaz Colagem 2000
Duas gerações de furadeiras, uma manual de manivela coroa e pinhão e outra elétrica com bateria. São unidas pelos mandris através de um eixo. Quando ligada, a elétrica põe em movimento a manual, formando um belo conjunto cinético.
PASSO A PASSO O Grivo
Técnica Mista 2010
Gambiologia
A criatividade que nos faz humanos
Três minutos antes da abertura, artistas e integrantes da equipe de montagem ainda subiam e desciam as escadas do espaço Centoequatro carregando ferramentas e material. Atenção totalmente concentrada na solução de questões de última hora. Não poderia ser diferente. Fred Paulino, idealizador e curador da exposição, conta que o Gambiociclo, peça sua com Paulo Henrique ‘Ganso’ e Lucas Mafra que indica o caminho para a sala, é um trabalho em progresso - ela se transforma, ganha novos elementos, evolui ao longo de cada iteração. Faz parte da maneira gambiológica de fazer as coisas: sempre em transformação. Antes mesmo de entrar na sala, um tapete feito de teclados de computador dá o tom lúdico, irônico e iconoclasta que emerge da exposição. Só quem já experimentou entende o prazer secreto de pisar em computadores, e os Gambiólogos resolveram compartilhar essa sensação com os visitantes. Como os exemplos de gambiarra abundam nas culturas brasileiras, Fred traçou uma linha para a seleção: as obras precisariam envolver (e questionar) tecnologias. A primeira impressão ao circular pela mostra evoca justamente o questionamento do determinismo tecnológico - a suposta autoridade dos fabricantes de qualquer produto em encerrar seus usos possíveis. Na Gambiologia, a afirmação “isso serve para...” é substituída pela questão: “o que pode ser feito com isso?”. Essa inversão está presente nas colagens de artefatos como o “Gabinete de Curiosidades Jean Baptiste 333” ou o “Trigger de Objetos Cotidianos”. São reeditados também alguns já conhecidos contrastes ou tensões contemporâneas: analógico/elétrico (“Furadeiras”), analógico/eletrônico (“Desconcerto”), abstrato/sensível (“Sequenciador de Papelão + V^2”). Outras obras ainda incorporam um
maior grau de complexidade (“Performance de desenho autônomo”, “Self stimulating closed loop”, “Eyewriter”), mas sem fugir do componente funcional e estético da baixa tecnologia. Mais do que mero elogio da precariedade, a Gambiologia promove uma confluência entre a valorização da sensibilidade do artesão - o manuseio, o conhecimento tácito, os materiais -, o reuso como caminho inclusive para a redução do impacto ambiental, o ativismo midiático e o experimentalismo criativo. Como pode ser efetivamente ouvido e sentido na mostra, a Gambiologia dialoga com os mundos do design e da arte, como um lembrete daquele impulso criador que opera no ruído, no improviso, na cacofonia e na exploração da indeterminação - eterna tentativa de dominar e superar o programa da máquina, como sugeria Flusser. Aquilo que no “mundo real”, longe das exposições de arte, é instintivo - a adaptação criativa às circunstâncias vira aqui um caminho estético consciente, que incorpora uma reflexão ética e política, crítica do consumismo insustentável, do mundo superficial da pose e das aparências. Que não se confunda a gambiologia com o design vernacular. Enquanto este captura elementos do cotidiano, aquela traz a criatividade tácita das ruas para dentro do próprio processo de criação e desenvolvimento. Ela configura também uma ponte de ligação entre essa potência criativa de inspiração popular brasileira com tendências que têm emergido recentemente em todo o mundo - a cena maker, as plataformas de hardware aberto como o Arduino, os laboratórios de prototipagem e fabricação. O que pode surpreender no trabalho dos Gambiólogos é a familiaridade quase primitiva que ele emana - uma certa organicidade e
a certeza do potencial de interconexão e recombinação entre os elementos constituintes de todas as obras expostas. Surge a sensação de que tudo ali pode ser reinterpretado, remanejado, remixado. As peças trabalham com uma diversidade de materiais: canos, papelão, computadores, hardware e software livre, latas de spray, câmeras, garrafas, motores de passo, sensores, liquidificadores, silver tape e por aí vai. Um hipotético exercício colaborativo de reconstrução - em que se desmontassem todas as obras e convocassem os artistas para criar outras com os mesmos materiais - seguramente resultaria em outros trabalhos interessantes e questionadores. O espírito gambiológico está mais na atitude de enxergar o mundo como repleto de recursos interpretáveis de múltiplas formas do que nas escolhas específicas de cada obra. A gambiarra está associada ao tipo de adaptabilidade que em última instância nos faz humanos - observar o entorno e, com o que temos à mão, solucionar problemas. É um conhecimento ancestral, que até há pouco aparecia espontaneamente nas culturas brasileiras como resultado da precariedade. Os eventuais bons mares do crescimento econômico, da redistribuição de renda e da maior oferta de produtos manufaturados não podem nos deixar esquecer dessa sabedoria cada vez mais necessária em um mundo de crises econômicas, colapso ambiental e demanda por criatividade. Iniciativas como a mostra Gambiólogos estão aí para nos recordar disso. Felipe Fonseca é integrante da Rede MetaReciclagem (http://rede.metareciclagem. org) e do coletivo editorial Mutirão da Gambiarra (http://mutgamb.org). Vive em Ubatuba/SP e às vezes escreve em um blogue (http://efeefe.no-ip.org).
Gambiologia
The creativity that makes us human
Three minutes before the opening, artists and team members were still running up and down the stairs of the Espaço Centoequatro carrying tools and equipment. They were completely focused on last minute issues. It could not be different. Fred Paulino, creator and curator of the exhibition, says the Gambiociclo, his work with Paulo Henrique ‘Ganso’ and Lucas Mafra, which points the way to the living room, is a work in progress - it transforms itself, gaining new elements, evolving over each iteration. It is part of the gambiological way of doing things: always changing. Before you even enter the room, a rug made of computer keyboards sets the playful, ironic and iconoclastic tone that emerges from the exhibition. Only those who have experienced the secret pleasure of stepping on computers, understand it, and Kludgists decided to share this feeling with visitors. Since examples of gambiarras abound in Brazilian culture, Fred drew some parameters for selection: the works would need to involve (and question) technologies. The first impression as one goes around the show evokes the question of technological determinism - the supposed authority of any product manufacturer to limit their possible uses. In Kludging, the statement “this is for ...” is replaced by the question: “what can be done with it?”. This inversion is shown in the collages of artifacts such as the “Curiosity Cabinet Jean Baptiste 333” or “Everyday objects Trigger .” Some contemporary contrasts or tensions already known are also reissued: analog / electrical (as in “Powerdrills”), analog / electronic (as in “Deconcert”), abstract / sensitive (as in “Cardboard Sequencer” + V ^ 2”). Other works also incorporate a higher degree of complexity (“Autonomous Drawing Performance”, “Self stimulating closed-
loop”, “Eyewriter”), but without abandoning the aesthetic and functional component of the low-tech. More than a mere praise to the precariousness, Kludgeology promotes a confluence between the appreciation of the craftsman’s sensitivity - the handling, the tacit knowledge, the materials - the reuse even as a way to reduce the environmental impact, the media activism and the creative experimentation. As it can be heard and felt in the exhibition, Kludgeology dialogues with the worlds of design and art, as a reminder of the creative impulse that unfolds in the noise, improvisation, and exploration in the cacophony of indeterminacy - the perennial attempt to master and overcome the machine’s program, as suggested by Flusser. What, in the “real world”, away from art exhibitions, is instinctive - the creative adaptation to circumstances - becomes here a conscious aesthetic way, which incorporates an ethical and political reflection, a criticism of the unsustainable consumerism, the superficial world of pose and appearance. Do not mistake Kludgeology by vernacular design. While the latter captures elements of daily life, the former brings tacit creativity to the streets into the very process of creation and development. It also creates a bridge between this power of Brazilian popular creative inspiration with trends that have recently emerged in the world - the scene maker, open hardware platforms such as Arduino, laboratories for prototyping and manufacturing. What may be surprising in the work of Kludgists is an almost primitive familiarity that it emanates - a certain organicity and the conviction in the potential of interconnection and recombination among
the elements of all the works. There is a feeling that everything there can be reinterpreted, rearranged, remixed. The pieces show a variety of materials: pipes, cardboard, computers, hardware and free software, spray cans, cameras, bottles, stepper motors, sensors, blenders, duct tape and so on. A hypothetical collaborative exercise of reconstruction - where all works were taken apart and artists would convene to make others with the same materials – would certainly result in interesting and instigating works. The gambiological spirit is more present in the attitude of seeing the world as filled with interpretable resources of multiple forms than in the specific choices of each work. Kludging is associated with the type of adaptability that ultimately makes us human - to observe the surroundings, and with what we have at hand to solve problems. It is an ancient knowledge, which until recently appeared spontaneously in Brazilian cultures as a result of precariousness. The fortuitous optimistic trends on economic growth, income redistribution and increased supply of manufactured goods cannot let us forget this increasingly necessary wisdom in a world of economic crises, environmental collapses and demand for creativity. Initiatives such as the Gambiólogos are here to remind us of that. Felipe Fonseca is a member of the Rede MetaReciclagem (http://rede.metareciclagem. org) and of the collective editorial Mutirão da Gambiarra (http://mutgamb.org). He lives in Ubatuba/SP and sometimes write in a blog (http://efeefe.no-ip.org).
SEQUENCIADOR DE PAPELÃO + V^2 Jácome Jarbas Ricardo Brazileiro
Computador, papelão, acrílico, webcam, altofalantes, circuitos eletrônicos 2010
Instalação interativa que permite a modelagem de uma escultura digital visual e sonora através dos movimentos dos dedos do visitante sem o toque físico. Trata-se de uma simbiose da pesquisa de máquinas de modelagem de esculturas digitais, como o “Vitalino” de Jarbas, e a pesquisa de construção de instrumentos sonoros utilizando circuitos e papelão, como o “Papelão Sequencer Amplificado” de Ricardo.
As obras Isso (Taça de Cristal) e Isso (Taça Azul) são duas máquinas orgânicas que podem funcionar individualmente ou interconectadas, como se estivesse em simbiose. Em cada uma delas, um video de um objeto animado fala e respira. O som de suas vozes é percebido por circuitos eletrônicos, acionando motores que emitem ruídos. Assim como outras obras produzidas pela artistas, as máquinas têm comportamento autista e só interagem entre si.
ISSO (TAÇA AZUL)
Mariana Manhães Engenheiro: Antonio Moutinho MP4 Player; circuitos eletrônicos; motor vibracall; alto-falantes; madeira; conector canon; alumínio e outros materiais. 2008
ISSO (TAÇA DE CRISTAL)
Mariana Manhães Engenheiro: Antonio Moutinho MP4 Player; circuitos eletrônicos; motor vibracall; alto-falantes; madeira; conector canon; alumínio e outros materiais. 2008
DESCONCERTO Aruan Mattos Flavia Regaldo Manuel Andrade
Gravação analógica de músicas e entrevistas em superficie de CD. Entrevistas realizadas no centro de Belo Horizonte. 2010
Desconcerto em torno de sons e engrenagens é entoado por agulhas que relatam centros em movimento. Através de discos gravados manualmente são gerados retratos ruidos. Energia mecânica, desconcerto sem sol, desconcerto em sombra maior, poesia de pedra, poesia asfaltica, disco-lixo, disconcerto. Fim do tempo.
SUBMERSO (UNTERWASSER) André Wakko
Caixas de som, acrílico, ferro fluid, Arduino, imãs 2010
Submerso é uma instalação interativa baseada em magnetismo. Imãs manipulados pelo público tem o poder de desenhar um liquido que reage a campos magnéticos que ao mesmo tempo são captados por sensores que transcrevem o movimento em som.
PRISMATIC GAMBIÈRRE Saulo Policarpo
Processo de lapidação em vidro colorido / Eletrônica básica na instalação dos LEDs / Corte e solda em polímero na estrutura 2010
“A visão é uma experiência, as cores uma sensação, mudar isso é como entrar em outro mundo, se os olhos são a janela da alma, distorcê-la é mesmo que mudar de casa, ou viajar para outro lugar. Essa é a inspiração para o Prismatic Gambièrre. O objetivo é proporcionar a experiência do ver de uma forma diferente, com cores, formas e luzes, multiplicar toda a experiência da visão pelo expoente das faces das lentes. Mecanismos gambiológicos: Física - O processo de lapidação proporciona a distorção e multiplicação das imagens e aumento do campo de visão; Eletrônico - os LEDs são acionados por liga/desliga comum, as luzes nas laterais têm o objetivo de passar pelas faces que estiverem voltadas para os mesmos, causando uma certa nebulosa em torno da lente.
QuadroS GambiológicoS 1, 2 e 3 Fred Paulino Lucas Mafra
Técnicas mistas eletrônicas e adesivação 2010
Objetos estéticos multifuncionais. São ao mesmo tempo quadro, placa, escultura, player de música e luminária.
OSCILANTE Fernando Ancil Leandro Arag達o Marcelo Ad達o Videobjeto 2010
Perseguindo um uso mais criativo de paisagens e lugares, a ação que deu início às atividades deste coletivo consiste no ato de pendurar balanços (de corda e madeira) em locais diversos da cidade. Os objetos implantados são um convite aos passantes à interação lúdica com espaços que normalmente são próprios da correria e do negócio. Subvertendo o uso e dando outro significado a coisas dadas como obsoletas, Oscilante é um novo trabalho que faz balançar imagens desta fábula que narramos.
AMBULANTE Fernando Ancil Leandro Aragão Marcelo Adão Videobjeto 2009
Um aparato de natureza móvel. Sua estrutura básica consiste em um elemento doméstico e um elemento da rua unidos por porcas e parafusos. Outros componentes do objeto são: bateria e dispositivos para reprodução e captação de imagens. Empurrado pelas ruas da cidade, este mecanismo de comunicação e deambulação propõe a cada transeunte um corpo a corpo, oferecendo e capturando imagens, aleatoriamente, num circuito infinito de sensibilização e de retro-alimentação. Até o coração parar de bater.
TOC: trigger de objetos cotidianos Fernando Rabelo
EletrodomÊsticos usados + placa de automação residencial 2010
Em nossas casas ritmos sonoros são criados diariamente nas ações automáticas com as tecnologias (ligar/desligar aparelhos, acender/apagar as luzes, computadores etc). Por força de hábito parece que vamos acostumando com os novos ruídos oriundos das novidades tecnológicas como barulhos de alarmes de carro, aspiradores de pó, liquidificadores, celulares etc. Será que o ruído desses eletro-instrumentos podem passar despercebidos devida nossa imersão nas tarefas cotidianas, por vezes repetitivas e impessoais? Qual seria nossa reação se deixássemos os mesmos instrumentos serem controlados eletronicamente, tirando a ação humana desse ambiente?
PERFORMANCE DE DESENHO AUTテ年OMO Eduardo Imasaka
Robテエ motorizado, computador, antena RF, caneta 2009
Ilustrador autônomomo; robô holonômico (Kanayama 5.0) com braço mecânico conectado a um computador; autômato guiado por sinais RF no ambiente, que alteram o desenho em linhas.
Poéticas do Improviso:
a arte no horizonte do possível “Não será novidade nenhuma afirmar que no Brasil a gambiarra é uma prática endêmica”. Ricardo Rosas
Gambiólogos, com curadoria de Fred Paulino, é uma exposição surpreendente, um quase paradoxo ao assumir tamanha amplitude para tratar do precário e do improvisado. As 25 obras reunidas em torno do tema “A Gambiarra nos Tempos do Digital” oferecem um testemunho eloqüente do estoque de criatividade concentrada disponível em práticas ligadas à desmontagem de hardware, à reutilização de materiais, ao deslocamento de objetos, ao reaproveitamento de dejetos. São artistas de diferentes gerações, entre Guto Lacaz, Paulo Nenflídio, Fred Paulino, Jarbas Jácome, Fernando Rabelo e Alexandre B, em recorte que permite entender os elos entre as formas pré-digitais da gambiarra, e os desdobramentos mais recentes, em que a materialidade da sucata reprocessada sobrepõe-se às contas e cálculos algorítmicos típicos dos computadores (incertos, pequenos, públicos, defeituosos, médios, domésticos, grandes, portáteis, frágeis). Mas não se trata de uma retrospectiva, senão de uma compilação. Outro paradoxo, quase: a quantidade de obras, a diversidade dos artistas, as sutilezas de abordagem, não fazem supor a coerência dos trabalhos incluídos na mostra. Em certo sentido, a exposição montada no Cento e Quatro, em Belo Horizonte, é uma versão contemporânea do parque descrito por Rousseau, em que todas as peças se encaixam, menos o conjunto. Em Gambiólogos, o conjunto encaixa, apesar da fratura explícita e intencional das partes. Aliás, um dos aspectos importantes da exposição é como a forma de funcionamento das obras é exibida. Conexões, engrenagens, equipamentos, tudo o que normalmente fica nos bastidores, faz parte do espaço oferecido ao público. Além de obras, também estão presentes ali processos que estimulam o acesso à tecnologia, em procedimento que resulta em um estímulo à apropriação criativa de seus componentes. São obras que propõe desdobramentos para a postura de desconstrução do outro, de incorporação do externo, de subversão daquilo que não pertence. Presente em Oswald de Andrade, e o canibalismo literário da Revista de Antropofagia; na videoarte desconcertante de Éder Santos, especialmente em trabalhos como 4 maneiras de playtear a eternidade e Enciclopédia da Ignorância, em que o artista constrói dispositivos sofisticados de visualização e fragmentação de imagens usando poucos recursos; no cinema corrosivo de Kiko Goifman, com filmes que combinam o doméstico e o
complexo como 33 e Filmefobia; em instalações como Spio e Mobile Crash, em Lucas Bambozzi subverte a lógica dos dispositivos hackeando seu funcionamento. Os trabalhos presentes em Gambiólogos expandem esta vertente que concilia sofisticação e precariedade por meio de doses fartas de invenção. Impossível esgotar, neste texto breve, a diversidade de abordagens existentes na exposição. Dois exemplos, que servem como amostra deste universo complexo: Gambiociclo, unidade de transmissão móvel que leva adiante a tradição de veículos urbanos nômades presentes, por exemplo, na obra de Kristof Wodiscko. O trabalho mistura componentes visíveis e invisíveis, buscando formas de transmissão que expandem o aspecto coletivo, distribuído e participativo comum nos processos de rede. E Toc: trigger de objetos cotidianos, espécie de jukebox de aparelhos dos mais diversos tipos, que ligam em desligam em lógica imprevisível. Gambiólogos, assim como os trabalhos incluídos na exposição, é construída por um conjunto maior que suas partes. Em conjunto, as obras da exposição fornecem um diagnóstico amplo de práticas marcantes na arte brasileira desde, pelo menos, o modernismo (inclusive o humor, a ironia, a síntese, a otimização de recursos e a problematização de conjunturas desfavoráveis). Além disso, os trabalhos que compõe esta taxonomia da gambiarra em tempos de digital permitem discutir uma ética da reciclagem que tornou-se central no mundo contemporâneo. Avesso do lixo: gambiologia... Marcus Bastos é diretor de trabalhos premiados como o vídeo interativo “Interface Disforme” (2006) e o curta-metragem “Radicais Livre(o)s” (2007). Desenvolveu trabalhos de mapeamento como “coexistências” e “2346”, com o grupo LAT-23, com quem também dirigiu o webdocumentário “Cidades Visíveis” (RUMOS Itaú Cultural, 2010). Criou, com Dudu Tsuda, composições audiovisuais como “ausências i-vii”, apresentada em eventos como Bienal do Mercosul, Mostra Live Cinema e Kino Lounge, e “fluxos”, apresentado na exposição Paço das Artes 40 anos. Foi curador de mostras como “Geografias Celulares”, exibidas na Fundação Telefônica em Buenos Aires e Lima, “instalação-->vídeo”, criada para a TV Sesc como parte da Mostra Sesc de Artes 2010. É curador do Vivo ARTE.MOV - Festival Internacional de Arte em Mídias Móveis. Atualmente é professor da PUCSP e do Mestrado em Design da Universidade Anhembi-Morumbi.
Poetics of Improvisation:
art in the horizon of the conceivable “There is nothing new in saying gambiarra is an endemic practice�. Ricardo Rosas
that
in
Brazil
Gambiólogos, curated by Fred Paulino is an amazing exhibition, an almost paradox in assuming such a dimension to address the precarious and the improvised. The 25 pieces gathered around the theme “Kludging in a Digital Era” offer an eloquent testimony to the concentrated creativity available in practices related to the dismantling of hardware, the reuse of materials, the displacement of objects, and the reuse of waste. They are artists of different generations, among Guto Lacaz, Paul Nenflídio, Fred Paulino, Jarbas Jacome, Fernando Rabelo and Alexander B, a cutout that allows us to understand the links between the pre-digital forms of kludging, and the latest developments, where the materiality of reprocessed scrap overlaps with algorithmic calculations typical of computers (uncertain, small, public, faulty, average, domestic, large, portable, fragile). But this is not a retrospective, but a compilation. Another paradox, the amount of works, the diversity of artists, the subtleties of approach, do not assume consistency in the work included in the show. In a sense, the exhibition set up in the Centoequatro, in Belo Horizonte, is a contemporary version of the park described by Rousseau, in which all the pieces fit together, but not the whole set. In Gambiólogos, the whole set fits, despite the explicit and intentional fracture of the pieces. Indeed, one of the important aspects of the exhibition is how the pieces on display function. Connections, gear, equipment, anything that is normally behind the scenes, is part of the space offered to the public. Besides the works, processes that encourage access to technology can also be seen, in a procedure that results in a stimulus to creative appropriation of the components. Those works propose developments for the attitude of deconstruction of the other, of incorporating the external, of subversion of what does not belong. They are present in Oswald de Andrade, and the literary cannibalism of the Revista de Antropofagia (Antropophagy Magazine); in the disconcerting videoart of Eder Santos, especially in works like 4 maneiras de playtear a eternidade and Enciclopédia da Ignorância (4 ways of playtear eternity and the Encyclopedia of Ignorance), in which the artist builds sophisticated viewing devices and image fragmentation using few resources; in the corrosive cinema of Goifman Kiko, with movies that combine the domestic and the complex such as 33 and Filmefobia; in
installations such as Spio and Mobile Crash in Lucas Bambozzi which subvert the logic of the devices hacking their operation. The works present in Gambiólogos expand this approach which combines sophistication and precariousness by means of generous doses of invention. It is impossible, in this brief text, to explore all the diversity of approaches in the exhibition. Two examples represent a sample of this complex universe: Gambiociclo, a mobile broadcast unit which carries on the tradition of urban nomad vehicles, that exist for example in the work of Kristof Wodiscko. The work mixes visible and invisible components, searching for forms of broadcast which expand the collective aspect, distributed and common participatory in network processes; and Toc: trigger of everyday objects, a kind of jukebox devices of various types, which turns on and off in an unpredictable logic. Gambiólogos, as well as the works in this exhibition, comprise a group greater than its parts. Together, the works in the exhibition provide a comprehensive diagnosis of outstanding practices in Brazilian art since, at least, modernism (including humor, irony, synthesis, resources optimization and the questioning of a downturn). Moreover, the works that comprise the taxonomy of kludging in a digital era allow a discussion concerning the ethics of recycling that has become central in the contemporary world. Opposite of garbage: Gambiologia... Marcus Bastos is a director of awarded works such as the interactive video “Interface Disforme” (2006) and the short-film “Radicais Livre(o)s“ (2007). He developed mapping works as “coexistências” and “2346” with the LAT23 group, and also the web documenty “Cidades Visíveis” (RUMOS Itaú Cultural, 2010). He created with Dudu Tsuda, audiovisual compositions as “ausências i-vii”, presented at events such as Bienal do Mercosul, Mostra Live Cinema and Kino Lounge, and “fluxos”, presented at the exhibition Paço das Artes 40 years. He has curated exhibitions such as “ Geografias Celulares“, shown at Fundação Telefônica in Buenos Aires and Lima, “instalação ---> video” created for TV SESC as part of the Mostra SESC de Artes 2010. He is curator of Vivo ARTE.MOV - International Art Festival in Mobile Media. He is currently a professor at PUC-SP and at the master’s program in Design at the University AnhembiMorumbi.
Sem TĂtulo Milton Marques
Motor elĂŠtrico, camera, LEDs, diapositivos, controle remoto. 2010
Mesa de edição mecânica construção de video-arte.
para
O INSTANTE IMPOSSÍVEL Alexandre B
Placas de MDF, madeira, parafusos, soquete, lâmpada LED dicróica, lentes de aumento, fio de energia, garrafas, conta-gotas de soro, bacias de alumínio, água 2010
A luz emitida pela lâmpada no fundo da caixa ilumina as gotas que caem da garrafa, que são projetadas com o sentido invertido na parede. Quando as gotas atingem as bacias, sons são produzidos.
GRAFFITI ANALYSIS 3.0 Evan Roth
Técnica Mista 2010
Graffiti por: Amador / DaLata / Hyper / O2Leo Vídeo projeção interativa em que os movimentos dos traços de “tags” de graffiti são digitalizados em tempo real e exibidos em 3D.
O Eyewriter permite artistas que sofreram paralisia a desenharem com os olhos. Vencedor do prêmio principal Golden Nica no Ars Eletronica (Austria), um dos principais festivais de arte eletrônica do mundo, o projeto é uma criação coletiva de membros do Free Art and Technology (F.A.T. Lab), OpenFrameworks e do Graffiti Research Lab.
The EYEWRITER Tempt1 Evan Roth Chris Sugrue Zach Lieberman Theo Watson James Powderly TĂŠcnica Mista 2009
Alexandre B Alexandre Braga Brandão é natural de Belo Horizonte e atualmente reside e trabalha em São Paulo. Formado em Comunicação Social pela UFMG e Artes Plásticas pela Escola Guignard/UEMG, desenvolve trabalhos que trafegam entre o desenho, vídeos e objetos. Tem participado de festivais e exposições no brasil e no exterior, dos quais se destacam: 15º Festival Internacional de Arte Eletrônica - Videobrasil, São Paulo (2005); Kunstfilm Biennale Köln - Bienal de Filmes de Arte de Colônia, Alemanha (2005); Videodanza Ba, Argentina (2006); 10º Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte (2008); 59º Salão de Abril, Fortaleza (2008); A Coletiva 10+20, na Galeria Emma Thomas, São Paulo (2010); V Bienal Interamericana de Videoarte, Washington DC, EUA (2010) e as exposições individuais Entrebranco no Palácio das Arte, Belo Horizonte (2006) e Quando Nada, Museu Universitário de Arte - MUNA, Uberlândia MG, em fase de produção para 2011. Participou de duas residências artísticas em 2010: Projeto Ateliê Aberto da Escola Guignard, Belo Horizonte, com duração de um mês e Ateliê Aberto #3, Casa Tomada, São Paulo, durante três meses. -------------------------------------André Wakko Brasileiro azucrinista, graduado em Desobêdiencia Tecnológica pela Universidade de Ciências Mentais (DT-UCM) de Belo Horizonte. Autuado por formação de quadrilha em meados de 2005, formula junto aos demais o grupo de contra ataque urbano Azucrina (www.azucrina. org).Em 2008 é exilado para a Alemanha, participando em festivais e simposiuns como Transmediale, Tuned City, Berlin Summercamp, envolvidos com Martin Howse, Jessica Rylan e Julian Oliver, uma aula de desôbediencia. Construindo seus próprios instrumentos eletrônicos e desenvolvendo técnicas de música generativa e instalações interativas, apresentou concertos experimentais em palcos de Berlin, Lisboa, Kassel e Potsdamm, assim como projetos dentro da Faculdade de Artes Universität der Künste Berlin, onde foi aceito para bacharel em arte generativa para o semestre de inverno de 2009. www.andrewakko.com -------------------------------------Aruan Mattos Belo horizontino, vive e trabalha em qualquer lugar. Formou-se em design e estudou artes plásticas. Vem desenvolvendo trabalhos com estruturas cinéticas relacionados
a maquinarias ópticas e sonoras. Ao lado de Flavia Regaldo realiza residência artística no Ja.ca centro de arte e tecnologia com o trabalho Teto, ações para o nada. A dupla vem desenvolvendo, entre outros, o projeto Cicloritmoscópio, um objeto móvel analógico com projetores de slides, brinquedo óticos e um amplificador sonoro de caixas acústicas movido a manivelas e pedais.
To find Roth’s work online, just google “bad ass mother fucker”.
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www.imasaka.org
Natural de São João Del Rei / MG. Formou-se técnico em Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis pela FAOP (Fundação de Arte de Ouro Preto) e graduou-se em artes visuais pela Escola de Belas Artes da UFMG. Em 2007 e 2008 foi professor de desenho, escultura e fotografia na FAOP. Trabalhou em diversos festivais como professor nas áreas de desenho e fotografia. Integrante do coletivo MAP, atualmente divide seus trabalhos em produção individual e realiza parcerias com outros artistas. Áreas de atuação: desenho, fotografia, instalação, intervenção urbana e vídeo. Vive e trabalha em Belo Horizonte.
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Evan Roth
Fernando Rabelo
Born USA, 1978. Artist and researcher based in Paris whose work explores the intersection of free culture and popular culture. His notable projects include L.A.S.E.R. Tag and Led Throwies (Graffiti Research Lab), White Glove Tracking, Eyewriter, Graffiti Analysis and a collaboration with Jay-z on the first open source rap video. Roth’s work is in the permanent collection of the MoMA (NYC) and has been exhibited widely in the Americas, Europe and Asia, including the Pompidou (Paris), the Kunsthalle (vienna), The Tate (London), The Fondation Cartier (Paris) and the front page of Youtube. Has received numerous awards for his work, including the Golden Nica from Prix Ars Electronica, Rhizome/The New Museum commissions (2007, 2009), the Future Everything award and Brit Insurance Designs of the Year. Roth is co-founder of the Graffiti Research Lab and the Free Art & Technology Lab (F.A.T. Lab), a web based, open source research and development lab. In addition, at the Parsons School of Design, he has developed and continues to teach courses on viral media for artists, where grades depend on internet attention metrics, and urban hacking, a course a New York City Councilman has declared “an invitation to break the law.” Roth and his work have been featured in multiple outlets, including NPR, the New York Times, Liberation, Time Magazine, CNN, The Guardian, ABC News, and Esquire.
Graduado em Cinema de Animação e Mestre em Arte e tecnologia da Imagem (UFMG). Foi destaque do Festival Internacional de Linguagem Eletrônica - FILE em 2005 e em 2006 foi convidado para uma residência no centro de pesquisa em arte, ciência e tecnologia Medialab - Madrid/ Espanha. Em 2008/2009 foi artista residente no Vrije Academie - Den Haag/Holanda onde desenvolveu projetos e um sistema digital de projeções panorâmicas. Em 2009 foi convidado a participar da 9ª Bienal de VideoArte “Resistencia” em Santiago/Chile e ganhou o 8º Prêmio Sérgio Motta de Arte e Tecnologia.
Eduardo Imasaka Nace en la provincia de Buenos Aires, Argentina en 1972. De formación autodidacta, trabaja activamente como realizador y productor artístico en medios digitales. Desde mediados de los 90 se desarrolla en el campo de la instalación y los nuevos medios, presentando trabajos de audio, video e imagen digital como instalaciones y performances en directo. Vive y trabaja en Buenos Aires.
evan-roth.com graffitiresearchlab.com fffff.at graffitianalysis.com eyewriter.org -------------------------------------Fernando Ancil
www.hiperface.com -------------------------------------Flávia Regaldo Artista visual, é formada em Comunicação/especialização em fotografia e produção de documentário pela Goldsmiths College, Universidade de Londres. Cursou também disciplinas no DAMS da Universidade de Bologna. Vem realizando junto a Aruan Mattos uma série de instalações cinéticas, criando maquinarias de áudio e imagens seqüenciadas utilizando diferentes agentes de movimento. A dupla realizou o projeto Ciclo.Vista de noite In.vento - Interações Estéticas/Funarte, o projeto Teto na residência do JA.CA e vem desenvolvendo o Projeto Cicloritmoscopio além de diversos projetos pessoais.
-------------------------------------Fred Paulino Nasceu e vive em Belo Horizonte. É artista visual e designer, formado em Ciência da Computação (UFMG) e pós-graduado em Arte Contemporânea na Escola Guignard (UEMG). Realiza obras em mídias diversas - desde experimentações gráficas, vídeo e intervenções urbanas até eletrônica e programação de sistemas. Foi diretor criativo do Estúdio Osso e um dos fundadores do Coletivo Mosquito. É colaborador do Graffiti Research Lab (EUA) e coordenador do seu núcleo brasileiro, o GRLBR. Co-realiza desde 2008 o Projeto Gambiologia, construindo artefatos artísticos e peças de design que misturam o improviso de gambiarras com alta e baixa tecnologia. www.fredpaulino.com -------------------------------------Gambiologia Coletivo formado pelos artistas e designers Fred Paulino, Lucas Mafra e Paulo Henrique Pessoa ‘Ganso’, de Belo Horizonte. Realizam obras irreverentes que relacionam gambiarras cotidianas com tecnologia analógica e digital, desenvolvendo artefatos que podem ser reconhecidos como eletrônicos, esculturas ou objetos decorativos. www.gambiologia.net -------------------------------------Guto Lacaz Nasceu em São Paulo, 1948. Estudou no Ginásio Vocacional e Eletrônica Industrial do Liceu Eduardo Prado. Em 1974 formou-se Arquiteto na FAU São José dos Campos. Inicia sua carreira profissional em artes plásticas com a expo e prêmio - Primeira Mostra do Objeto Inusitado 1978. Humor e surpresa são características de seu trabalho. www.gutolacaz.com.br -------------------------------------Jarbas Jácome Músico potiguar, mestre em Ciência da Computação pelo CIN-UFPE, pesquisando computação gráfica, computação musical e sistemas interativos de tempo real para processamento audiovisual integrado. Recebeu o Prêmio Sérgio Motta de Arte e Tecnologia 2009 e o Prêmio Rumos Itaú Cultural Arte-Cibernética 2007. Sua graduação e mestrado resultaram no software livre Vimus, financiado pelo c.E.S.A.R, e utilizado em instalações artísticas, institucionais, espetáculos musicais e de dança. Se apresentou
nos eventos Arte.Mov 2009 e 2010, Coquetel Molotov 2008 e 2009, On _ Off 2009, Zona Mundi 2009 e Emoção Art.ficial 4.0. Expôs no FILE-Rio 2009 e 2010, FILE-SP 2008 e 2010, Continuum 2009 e 2010 e Festival Contato 2010. Foi guitarrista da banda Negroove e do coletivo de arte Re:combo. http://jarbasjacome.wordpress.com/
e constrói produtos eletrônicos e luminárias a partir de materiais reciclados, e possui ampla experiencia na utilização de LED’s e em circuit bending. É colaborador do Graffiti Research Lab Brasil. Co-realiza desde 2008 o Projeto Gambiologia, construindo artefatos artísticos e peças de design que misturam o improviso de gambiarras com alta e baixa tecnologia.
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www.lucasmafra.com
João Wilbert
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Brazilian artist and researcher with interest and experience in interaction, design and programming. Over the past years he conceived and developed projects for different media: web, mobile and gallery installation dealing with user engagement, expression and creative use of technology. Joao studied interactive media at Goldsmiths University in 2008 and was a senior grant holder at FABRICA, the Benetton Communication Research Center where he developed Exquisite Clock (collaborative web/mobile/installation platform exhibited widely in Europe, America and Asia including the Victoria & Albert Museum (London), New Museum (New York) and Beijing Contemporary Arts Museum – CAFA) during the same period the Colors Magazine participatory website COLORSLAB along the editorial team of Colors. Coming from a hacker/ maker background João focuses on process based work dealing with software programming to physical computing, data sensing platform and interactive architecture. www.jhwilbert.com -------------------------------------Leandro Aragão Nascido em Belo Horizonte, residiu em Boston e Los Angeles entre 2001 e 2005, quando iniciou estudos em fotografia e vídeo. Graduado Bacharel em Desenho pela Escola de Belas Artes da UFMG (2009), é atualmente sócio dos vídeo artistas Eder Santos e André Hallak na produtora Trem Chic, com quem realiza obras audiovisuais e exposições. Com Fernando Ancil e Marcelo Adão (coletivo MAP), desenvolve objetos gambiarrísticos e trabalhos de intervenção na cidade. www.map.art.br www.tremchic.com -------------------------------------Lucas Mafra Designer de produto pela universidade FUMEC. É hobbysta e autodidata em eletrônica há mais de quinze anos. Projeta, desenha
Manuel Andrade Artista sonoro e músico, investiga os limites entre a musicalidade e o ruído e arte-tecnologia, além da utilização alternativa de instrumentos musicais tradicionais e suas relações timbrísticas com de sintetizadores e efeitos eletrônicos analógicos construídos pelo próprio artista. Membro fundador e produtor cultural do selo Azucrina Records!, através do qual realiza eventos culturais de cunho autônomocolaborativo relacionados à arte, música e tecnologia. Além de lançar projetos musicais independentes e gerar conteúdo crítico através do blog, o site www.azucrinarecords. net funciona como plataforma de investigação e pesquisa para interfaces eletrônicas e digitais. -------------------------------------Marcelo Adão Natural de Itabira/MG. Graduado em Desenho e Gravura pela Escola Guignard/UEMG. Trabalhou como auxiliar dos atêlies de gravuras (xilo, litho e metal) da Escola Guignard (2009). É integrante do coletivo MAP e realiza desde 2007, junto a Fernando Ancil e Leandro Aragão, trabalhos de intervenção urbana, videos, fotografias e instalações. Vive e trabalha em Belo Horizonte. -------------------------------------Mariana Manhães Niterói, RJ, 1977. Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Sua produção é uma intersecção de experimentação artística e tecnológica que resulta em trabalhos nos mais diferentes tipos de mídia: desenhos, fotografias, videos e máquinas orgânicas. Realizou individuais no CCBB (Rio de Janeiro, 2010), Galeria Leme (São Paulo, 2008) e Museu de Arte Contemporânea de Niterói (Rio de Janeiro, 2007), entre outras. Participou de diversas exposições coletivas em instituições e galerias no Brasil e exterior, tais como: Instituto Itaú Cultural (São Paulo), Isea (Dortmund, Alemanha), Instituto Tomie Ohtake (São Paulo), MAM (Rio de Janeiro), MAM (Bahia), Museu
Vale do Rio Doce (Vila Velha, ES), Martin-gropius-bau Museum (Berlim, Alemanha). www.marianamanhaes.com -------------------------------------Milton Marques Licenciado em Artes pela UNB, trabalha com grupos de risco em escolas públicas no Distrito Federal. Seu trabalho se baseia em des(con)struir aparelhos elétricos e eletrônicos e reconstruir máquinas de caráter subversivo. Participou de exposições como: Cinema, Sim Narrativas e Projeções - pelo Itaú Cultural em São Paulo, 2009, 5ª Bienal do Mercosul em Porto Alegre em 2005 e 26º Bienal de São Paulo em 2004. Atualmente vive em Gama - DF e faz parte do projeto sonoro SCLRN. -------------------------------------Morgana Rissinger Morgana Rissinger é formada em comunicação social e pós-graduada em arte contemporânea. É uma das diretoras do Cineesquemanovo Festival de Cinema de Porto Alegre, que em 2011 realizará sua 7a edição. Iniciou seu trabalho com cinema em Porto Alegre, em 2000, e desde então produziu mais de 20 curtas para cinema e televisão. Foi funcionária da Casa de Cinema de Porto Alegre durante os anos de 2003 e 2004, sendo responsável pela produção da sala Cine Santander Cultural. Vive e trabalha em Belo Horizonte desde 2007, onde já produziu os longas “Os Residentes”, de Tiago Mata Machado, e “Sertão Mar”, de Clarisse Alvarenga. É sócia da Desvio, loja e galeria localizada na Savassi - BH. Atualmente produz filmes, exposições, intervenções urbanas e projetos de publicações em conjunto com diversos artistas e pesquisadores belo horizontinos, dentre eles Fred Paulino, André Brasil e Pedro Aspahan. -------------------------------------O Grivo Criado em 1990 por Marcos Moreira Marcos & Nelson Soares. Baseado em Belo Horizonte. Realizou exposições individuais na Galeria Nara Roeler (São Paulo, 2010) e no Museu de Arte da Pampulha (Belo Horizonte, 2009). Participou de coletivas como Paralela 2010 (São Paulo) e 28a Bienal Internacional de São Paulo, São Paulo (2008), além de realizar colaborações no Brasil e exterior com outros artistas como Cao Guimarães, Rivane Neuenschwander e Valeska Soares. Premiado nos eventos 25º Salão de Arte de Belo Horizonte, 4º Prêmio Cultural Sérgio Motta (São Paulo) e Formations, Sound Art Work,
dLux Media Arts (Sidney, Australia) Possui quatro CDs lançados. -------------------------------------Paulo Henrique Pessoa ‘Ganso’ Paulo Henrique Pessoa ‘Ganso’ é designer de produto com formação na Universidade FUMA (atual UEMG). Possui trabalho reconhecido na concepção e montagem de artefatos de iluminação a partir de materiais reciclados. É também artista gráfico e atua como “mestre consultor” do Coletivo Gambiologia. -------------------------------------Paulo Nenflidio Paulo Nenflidio é formado em Artes Plásticas pela ECA-USP e em Eletrônica pela ETE Lauro Gomes. Nenflidio é um artista sonoro. Suas obras são esculturas, instalações, objetos, instrumentos e desenhos. Som, eletrônica, movimento, construção, invenção, aleatoriedade, física, controle, automação e gambiarra são presentes na sua obra. Seus trabalhos se parecem com bichos, instrumentos musicais ou com máquinas de ficção científica. Em 2003 participou da residência artística Bolsa Pampulha em Belo Horizonte tendo realizado a obra música dos ventos. Recebeu em 2005 o Prêmio Sérgio Motta de Arte e Tecnologia por trabalho realizado. Em 2009 realizou residência artística no Asu Art Museum no Arizona tendo produzido uma individual durante o período de residência. Recentemente participou da 7º Bienal de Artes Visuais doMercosul.
Peter Vogel Pioneer in the field of interactive electronic sculpture. He was formally trained in physics, and has explored technology’s intersection with dance, musical composition, and visual art since the late 1960s. Vogel’s interest lies in both interactive and musical structures. The interactive sensitivity of his constructions utilizes photocells and microphones that react to spectators, creating an experience of seeing and hearing unique improvisations triggered by light and shadow. Merging form and function, the delicate electronic circuits in Vogel’s artworks are elegantly arranged. A retrospective of his work will take place in 2007 at the Museum of Contemporary Art, Freiburg. His work has been collected by ZKM; The Museum of Concrete Art, Ingolstadt, Germany; Rijksmueum; Wakayama Museum of Modern Art, and Joshibi Art Museum in Japan. Vogel’s electronic sound sculptures have been exhibited at Ars Electronica, The Musée d’Art Contemporain in Lyon, Winnipeg Art Gallery in Canada, Ruhrland Museum in Essen, The Goethe Institute in Uruguay, Berlin Academy of Arts, and numerous galleries throughout germany. He has participated in various group shows including “Ecoute” at the Centre Pompidou in 2004. -------------------------------------Ricardo Brazileiro
www.pedromorais.com
Pernambucano, nascido em 1984, é pesquisador de arte eletrônica. Possui experiência em apropriações críticas de linguagens para uso criativo, arte-computabilidade, sound art e interfaces sensitivas em tempo-real. Graduado em Computação com ênfase em Ensino e Pesquisa, dedicou seus estudos em experimentações poéticas na construção de aparelhos interativos, instalações com organismos vivos, hardwares obsoletos, chips, e ambientes imersivos. A partir de 2007 começou a ministrar diversas oficinas de arte e computação com práticas de desenvolvimento de softwares e hardwares interativos. Recentemente ganhou Prêmio Funarte de Produção Crítica e Cultural pra internet com o projeto Cotidiano Sensitivo: comunidades em trânsito. Participou de importantes festivais e residências de arte e tecnologia como o Territórios Recombinantes (PE), Festival Contato (SP), FAD (BH), FILE (SP), Piksel (Noruega), Ahacktitude (Itália), Libres (PE), PDCON (SP), Spa das Artes (PE), Submidialogia (BA, PE), Semussum (BA, PE). Possui interesses nas correlações entre artecomputabilidade, organismos e desvios poéticos.
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http://rbrazileiro.info/
paulonenflidio.vilabol.uol.com.br www.youtube.com/nenflidio -------------------------------------Paulo Waisberg Mestre em arquitetura pela UFMG e professor no Izabela Hendrix. Seu escritório realiza projetos de lojas, instalações urbanas, exposições e passarelas de moda. Seu interesse está na produção de espaços efêmeros pela subversão no uso de objetos ordinários. -------------------------------------Pedro Morais Arquiteto e urbanista pela Escola de Arquitetura da UFMG, editor da revista de arquitetura e urbanismo MDC e sócio da galeria Desvio. Possui escritório próprio desde 2001, onde atua em projetos de várias escalas, tendo sido premiado em diversos concursos.
-------------------------------------Saulo Policarpo 1978. / Designer. / Formado pela Fundação Mineira de Educação e Cultura (FUMEC). / Passou a vida (até os 25 anos) restaurando motocicletas, desenvolvendo mecanismos e esculpindo peças que não existem mais. / Pesquisador de arte, design e moda. / Atuante no setor óptico, em planejamento estratégico e desenvolvimento de produtos. / Duas vezes consecutivas primeiro colocado no Prêmio Abióptica de Design de Óculos. / -------------------------------------Sara Moreno Sara Moreno é graduada em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da UFMG e Especialista em Arte Contemporânea pela PUC Minas. Atualmente cursa o Mestrado em Artes na UFMG, onde pesquisa as possibilidades de uso das tecnologias contemporâneas no ensino de artes visuais. Trabalha como artista e educadora, e atuou na produção da exposição Gambiólogos e do Gambiociclo. Aprendeu com os gambiólogos a usar a gambiarra de maneira positiva na arte e na vida. Pretende continuar seguindo esse estilo de vida. --------------------------------------
Concepção e curadoria Fred Paulino
AGAMBIARRA NOS TEMPOS DO DIGITAL
Coordenação de produção Morgana Rissinger Assistente de produção Sara Moreno
www.gambiologos.com
Artistas participantes Alexandre B Aruan Mattos André Wakko Eduardo Imasaka Evan Roth Fernando Ancil Fernando Rabelo Flavia Regaldo Fred Paulino O Grivo Guto Lacaz Jarbas Jácome João Wilbert Leandro Aragão Lucas Mafra Manuel Andrade Marcelo Adão Mariana Manhães Milton Marques Paulo Henrique Pessoa ‘Ganso’ Paulo Nenflídio Peter Vogel Ricardo Brazileiro Saulo Policarpo Cenografia Paulo Waisberg Pedro Morais Textos catálogo Felipe Fonseca Marcus Bastos Cenotécnico Marcos Lustosa Design gráfico Fred Paulino Xande Perocco Registro fotográfico Pedro David Registro audiovisual Sérgio Borges Colaboração Andrei Policarpo Bárbara Pontello Manuel Guerra Rafael Delpino Roberta Paiva Monitores Juan Luiz Pereira Lorena Ohana Fernandes Rosa Mirna Lorraine Leôncio Rafaela da Piedade Teodoro Steffany Teixeira Pereira Assessoria de imprensa Pessoa Comunicação Tradução Viamundi Idiomas e Traduções Assessoria jurídico-financeira Sinergia Gerenciamento de Projetos
Agradecimentos ++ Alexandre Telles Aline X Aluizer Malab André Mintz Fabrica - Laura Pollini e Michela Liverotti Lucas Bambozzi Luiza Thesin Nícia Mafra Pedro Veneroso Rainer Parreiras Roberto Bellini Rodrigo Minelli Siomara Faria Agradecimentos Ana Paula Puia Ana Tereza Brandão André Hallak Ângelo Abu Artur de Leos Bárbara Braga Beatriz Leite Birimbica Bitforms Gallery Steven Sacks, Laura Blereau, Emily Bates, Tom Weinrich César Piva Coletivo Azucrina! Contato ONG Daniel Queiroz Elisângela Gonçalves Fábio Zimbres Fabrício Santos Francisca Caporali Gabriel Sávio Gabriela Sá Georgina e João Carlos Wibert Geraldo Paulino Gustavo Campos J. B. Gambièrre Joana Braga José Washington Vidigal (Nabo) Karol Borges Keyla Monadjemi KK Maia Luana Melgaço Luciana Tanure Macau Amaral e família Marcos Boffa Mariana Pinheiro Marília Rocha Marlene Leite Braga Michelle Walter Mo Braga Newton Braga Paula Kimo Ricardo Portilho Robson - Bélgica Veículos Rodrigo Camargos Rodrigo Diniz Rogério Manata Rogério Santiago Ronaldo Macedo Brandão Tathianna Nunes Tony Schaffert Obrigado a todos que colaboraram de alguma forma com este projeto e não estão aqui listados.
CENOGRAFIA GAMBIOLÓGICA Paulo Waisberg Pedro Morais Técnicas mistas de marcenaria e eletricidade 2010
REALIZAÇÃO
APOIO CULTURAL
PROJETOS PARCEIROS
PATROCÍNIO