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DO DO MEIO MEIO AMBIENTE AMBIENTE

PRESERVAÇÃO DA ÁGUA EDUCAÇÃO AMBIENTAL RECICLAGEM

ECOTURISMO SUSTENTABILIDADE Ano Ano XX XX -- n° n° 62 62 -- 2016 2016 Distribuição Distribuição Dirigida Dirigida Circulação Circulação Trimestral Trimestral Gratuita Gratuita

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02 GAZETA DO MEIO AMBIENTE 10 passos para agir bem com a água

Expediente Veículo de Comunicação Social - Gazeta do Meio Ambiente Orgão de Divulgação do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis em Defesa da Fauna, Flora e Mananciais CNPJ.: 06.914.142/0001-40 Rua Rio Solimões, 27 Colombo - Paraná CEP 83.403-480

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A água, esse importante patrimônio da humanidade, encanta e preocupa. O encanto surge ao se contemplar esse universo maravilhoso, o das águas doces e salgadas. Quanto à preocupação, ela aparece logo em seguida. Porque algo precisa ser feito, a mostra alerta a todo o momento, para preservar esse patrimônio prestes a ser destruído. É urgente alterar hábitos, hábitos simples e perigosos, eles que já estão integrados em nosso dia a dia. E fazer com que todos, de pais a amigos e conhecidos (professores incluídos), sigam o exemplo. Por onde começar? Eis algumas dicas:

Conselho Editorial Diretor: Carlos A. Jomes Junior Jornalista Responsável: Carlos A. Jomes Representante Comercial: Carlos A. Jomes / Alexander Jr. Santos / Guilherme F. Bonfa / Luciano Lima / Elaine Cristina Rodrigues / Crislaine Rodrigues da Silva Jurídico: Diogo Bello Diagramação e Arte: Carlos Augusto Jomes Junior

Colaboradores Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. - (IBAMA). Http://www.ibama.gov.br

1. Vou fechar a torneira durante a ducha, enquanto passo o sabonete no corpo. 2. Vou agir igual, quando escovo os dentes - não faz sentido algum ficar vendo a água escorrer durante a escovação. 3. Vou jogar o lixo no lixo - e não dentro da privada, evitando assim o uso da descarga. 4. Vou checar se a descarga está regulada, jeito simples de economizar água. 5. Vou parar de jogar na rua o que tenho nas mãos: basta chover para que esse lixo seja levado pela água para o bueiro, onde o lixo ganha volume e provoca alagamento. 6. Vou conversar com a vizinha e tentar convencê-la sobre o desperdício que é lavar a calçada. Porque a calçada não precisa de água, mas o planeta sim. 7. Vou mostrar ao meu pai que o carro pode ser lavado com a medida de água de um balde, o que evita usar a mangueira livremente. 8. Vou sugerir à minha mãe desviar a água da máquina de lavar para o tanque e, com ela, lavar o quintal. 9. Também vou mostrar para ela que a água usada para lavar frutas e legumes serve depois para molhar as plantas. 10. Vou mudar essa história de evitar o desperdício só em casa. Água é um bem coletivo - seja onde for, se estou gastando à toa, o resultado será negativo para todos nós.

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90% das aves marinhas têm plástico no estômago O material vem de sacolas plásticas, tampas de garrafas e fibras de roupas sintéticas que foram parar nos oceanos

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Científica da Comunidade da Austrália (CSIRO, na sigla em inglês) analisaram estudos publicados entre 1962 e 2012 sobre 186 espécies de aves marinhas. No início da década de 1960, os cientistas haviam encontrado plástico no estômago de menos de 5% dos animais, mas o número aumentou para 80% em 2010. Contudo, de acordo com a correção feita por um modelo computacional, que leva em consideração a crescente poluição dos oceanos, os cientistas avaliam que a parcela de espécies afetadas

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O plástico faz parte da dieta de nove em cada dez aves marinhas. De acordo com estimativas feitas por pesquisadores ingleses e australianos, se a quantidade de lixo jogada nos oceanos continuar crescendo, o número de espécies marinhas que fará do plástico seu alimento será de 99% em 2050. Essa quantidade de material sintético pode trazer sérias consequências para os pássaros, podendo levar até ao extermínio dos animais, segundo estudo publicado esta semana no periódico científico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). Pesquisas anteriores indicavam que apenas 29% das aves estavam expostas à alimentação plástica. Para atualizar esse dado, os cientistas do Imperial College London, na Inglaterra, e da Organização para a Pesquisa Industrial e mm INDÚSTRIAS QUÍMICAS MELYANE S. A.

seria de 90%, caso os estudos tivessem sido realizados hoje. Seguindo esse ritmo, em 2050, praticamente todas as espécies serão afetadas. "Pela primeira vez temos uma estimativa global de como o longo alcance do plástico pode afetar as espécies marinhas - e os resultados são impressionantes", afirma Chris Wilcox, um dos autores do estudo. Impacto na vida animal - O material encontrado no estômago dos animais inclui sacolas plásticas, tampas de garrafas e

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fibras de roupas sintéticas que acabaram nos oceanos depois de passar por rios urbanos, esgotos e depósitos de lixo. No entanto, as aves identificam esse material colorido e o confundem com comida. No corpo dos bichos, o plástico compromete os intestinos, causando perda de peso e, eventualmente, a morte. De acordo com os pesquisadores, durante o trabalho de campo, uma única ave carregava 200 pedaços de plástico no estômago. O plástico tem impacto maior na vida marinha quando se acumula em uma faixa que inclui a parte mais meridional da América do Sul, da África do Sul e da Austrália, região antes considerada "limpa" dos resíduos plásticos. Segundo os autores, o impacto do plástico nas aves é "astronômica" e a única solução para esse problema é melhorar a gestão de resíduos sólidos, que pode reduzir a ameaça à vida marinha. Fonte: Veja

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04 GAZETA DO MEIO AMBIENTE El Niño deve ter o efeito mais devastador em duas décadas

A anomalia climática, que espalha secas e tempestades, já começou e deve se amplificar até 2016 - com força mais destruidora do que a de 1997, seu ano mais dramático.

Histriônico, corpanzil à mostra, o humorista Chris Farley, estrela do programa Saturday Night Live, criou um dos esquetes mais falados de 1997, ano em que um fenômeno da natureza virou assunto de mesa de bar. "Todas as tempestades tropicais devem curvar-se diante do El Niño. Juro por Deus que o El Niño está vindo pegar vocês", esbravejava. O tempo apagou a graça do personagem, mas o antigo sucesso, disponível no YouTube, ajuda a entender o impacto de uma alteração climática, batizada por pescadores do Peru e do Equador para lembrar o Menino (Niño) Jesus, em virtude de correntes marítimas quentes e inesperadas que despontavam próximo ao Natal. Consequência do aquecimento brusco das águas do Pacífico tropical, o El Niño é um evento comum. Ocorre em intervalos que variam de dois a sete anos. Em

1997, ele mostrou toda a sua força ao elevar a temperatura das águas do Pacífico em até 5 graus. O resultado foi uma montanha-russa na pressão atmosférica, com mudanças bruscas na intensidade e no rumo dos ventos. Houve secas onde era para chover e tempestades onde devia apenas chuviscar. O ano seguinte, 1998, filho do El Niño, foi o mais quente desde o início das modernas

medições. Os Estados Unidos presenciaram o período mais chuvoso em 104 anos e o norte do Brasil sofreu com secas e incêndios florestais, no avesso das chuvas e enchentes do sul. Calcula-se que os efeitos globais do El Niño de 1997 tenham levado à morte 23 000 pessoas e deixado 45 bilhões de dólares de prejuízo. A notícia preocupante: tudo indica

que, neste ano, terá início um El Niño que pode superar o de dezoito anos atrás, mesmo em suas consequências negativas. Há duas formas principais de identificar o estabelecimento de um fenômeno desse gênero. Inicialmente, pela medição da temperatura das águas superficiais do Pacífico tropical. Se a elevação passa de 0,5 grau, configurase um El Niño. Caso supere 1,5 grau, considera-se que ele é intenso. Hoje, o aumento está em torno de 1 grau. O El Niño chegou, porém não se estabilizou, e, pelas estimativas de climatologistas, isso só deve ocorrer quando ultrapassar os 2 graus. Há quem aposte que chegará próximo dos 3 graus. A outra forma de identificá-lo é por meio do chamado Índice de Oscilação do Sul (SOI). Trata-se de um número, neutro, positivo ou negativo, que mede a diferença da pressão atmosférica entre dois pontos da Terra, um na cidade australiana de Darwin e o outro no Taiti. Em situação normal, ambos têm a mesma pressão. Quando há um El Niño, cria-se uma diferença negativa entre eles. Um olhar cuidadoso sobre o clima ao longo deste ano e as previsões

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para 2016 demonstram que estamos na iminência de um El Niño crescido. Há similaridades evidentes entre 1997 e 2015. Além da alta possibilidade de a temperatura média do Oceano Pacífico novamente se elevar mais de 2 graus, nos dois casos a diferença apontada pelo SOI gira em torno de -15, o que evidencia uma disparidade radical entre a pressão atmosférica na Austrália e no Taiti. Por enquanto, não sentimos os efeitos mais drásticos deste El Niño, mas um comunicado da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (Noaa) alerta para o fato de que as piores consequências estão por vir. Há, segundo os especialistas, 85% de probabilidade de o fenômeno continuar ao menos até abril do ano que vem. O El Niño deve espalhar anomalias climáticas pelo planeta. O norte do Brasil, por exemplo, pode ficar ainda mais seco, vetor para incêndios naturais em florestas. O sul deve sofrer com tempestades e inundações. "O problema é que não conseguimos prever tudo com total certeza. Um El Niño nunca é igual ao antecessor", afirma a americana Michelle L'Heureux, meteorologista do Centro de Previsões Climáticas do Noaa. Mas existem algumas pistas para indicar a dimensão do fenômeno.

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Chove quase metade do usual no norte e no nordeste brasileiros desde março deste ano. Em consequência, o risco de incêndios em florestas e de perdas na agricultura e na pecuária nordestinas é maior, com evidente prejuízo para a oferta de energia de fontes hidrelétricas e para o abastecimento de água. No sul, houve 64% de aumento na quantidade de chuvas em julho em relação ao ano anterior. Culturas típicas da temporada de verão, como soja e milho, devem se beneficiar. Haverá enchentes, porém, o que deve levar a mortes e a números exponenciais de desabrigados. O El Niño, na trilha de seus estragos, mexe inapelavelmente com a economia mundial, sobretudo quando se verifica que os Estados Unidos estarão entre os países hipoteticamente mais afetados. Uma área ainda mais quente de águas do Pacífico Norte, conhecida como "a bolha" - inexistente no fenômeno extremo de 1997 -, tende a diminuir a quantidade de chuvas que rumam em direção à Costa Oeste americana. Em consequência, deve-se intensificar a gravidade da seca no Estado da Califórnia. Preocupa saber que se evoluiu muito pouco ou quase nada na tecnologia de detecção e combate à anomalia climática desde 1997. Para identificar a chegada do El Niño, ainda se usam os mesmos

dois métodos do fim dos anos 90. Há boias meteorológicas espalhadas pelo Pacífico equatorial que monitoram a temperatura de águas em até 500 metros quadrados de superfície aquática, a intensidade dos ventos e as condições atmosféricas. Além disso, os climatologistas se apoiam em uma rede de mais de 100 satélites, quantidade pouco maior que a de 1997, afeitos a monitorar a temperatura dos oceanos, a formação de campos de vapor em áreas dos mares e a distribuição de ozônio na atmosfera. Na verdade, apesar dos avanços tecnológicos, houve falhas no monitoramento do fenômeno nos últimos dezoito anos. Em 2012, o Noaa sofreu cortes de orçamento

do governo americano, sendo forçado a desativar um navio encarregado da manutenção das boias no Pacífico. Resultado: quinze das antes setenta unidades não funcionam mais. Das 55 que sobraram, mais da metade apresentou falhas nos últimos dois anos. Em resumo, o Noaa vem trabalhando com 40% dos recursos que tinha para prever e combater os efeitos do El Niño. "É o fenômeno climático mais importante da Terra e nos despreparamos para ele", reclamou o americano Michael McPhaden, cientista do Noaa que dirigiu o projeto das boias. Um editorial da revista americana Science, a mais prestigiada publicação de ciência do planeta, faz eco ao descuido:

"Para economizar poucos milhões de dólares, o Noaa deixou o planeta parcialmente cego a um fenômeno que pode custar bilhões de dólares em danos". Soa exagero, parece profecia do acaso, mas é o que a ciência antecipa. No entanto, há um alento nesse cenário de contornos ruins: sabemos hoje muito mais sobre o que é o El Niño e o que ele pode causar. Estudos que surgiram na última década começam a associar o aquecimento global radical pelo qual a Terra tem passado no último século, em consequência direta da queima de combustíveis fósseis como o petróleo, com o gradual crescimento da força do El Niño. Ou seja, são os gases de efeito estufa emitidos pela humanidade que podem estar alimentando a anomalia. Se a teoria se confirmar, o setor privado poderá se tornar um grande aliado. Em fevereiro deste ano, a companhia americana de exploração espacial SpaceX, criada por Elon Musk, o Steve Jobs da hora (criador também do sistema de pagamentos on-line PayPal e da fabricante de carros elétricos Tesla), uniu-se à Nasa para levar para os céus o primeiro satélite capaz de monitorar com apuro mudanças climáticas. Inovação que deve ser usada para prever efeitos do El Niño e, assim, se preparar para eles. Fonte: Veja

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Reconexão da população com riachos e córregos próximos pode salvar São Paulo da crise Segundo estimativas, o rio Pinheiros teria apenas 20% do seu volume sem as descargas de poluição. Parte de suas águas contaminadas acaba na represa Billings, onde um projeto no bairro Cantinho do Céu aposta em um novo modelo de interação entre a cidade e recursos hídricos. Pela primeira vez desde a sua construção, em 1973, o Sistema Cantareira deixou de ser a principal fonte de abastecimento da cidade em março de 2015, segundo a Sabesp. Com adesão recorde de 81% dos usuários no programa de bônus aos clientes que diminuíssem o consumo e a redução de pressão do bombeamento de água até as residências, a produção dos seus reservatórios caiu 56%. Ainda com 69% de sua capacidade de 1,2 trilhão de litros, a Guarapiranga ocupou a liderança, fornecendo água para 5,2 milhões de pessoas nas regiões sul e sudeste da capital paulista, além dos municípios de Embu-Guaçu, Taboão da Serra e Cotia. Quando se chega a São Paulo pelo aeroporto de Congonhas, é possível ver os 25 quilômetros quadrados pelos quais se estendem as águas e desconfiar da existência de uma crise hídrica. Contudo, a ocupação desorganizada ao redor do manan-

cial prejudica a qualidade da água captada ali. Das 800 mil pessoas que vivem nos arredores, a Sabesp estima que apenas metade conte com algum serviço de coleta de esgoto e 40% das moradias estejam em terrenos invadidos. “A poluição do esgoto despejado por essas ocupações ilegais gera florações de algas que dificultam e encarecem o tratamento da água”, explica Ricardo Araújo, coordenador do Programa Mananciais da Sabesp. Essas algas, mais especificamente cianobactérias, se alimentam da matéria orgânica do esgoto despejado e produzem toxinas prejudiciais ao bioma aquático e aos seres humanos que venham a consumir dela. Em meses de temperatura elevada, as algas se espalham profusamente como um tapete verde. Uma floração de outubro de 2014 chegou a ter 3 quilômetros de extensão. “É o resultado da desigualdade de renda na cidade e da industrialização mal planejada, que afastaram as famílias para essas regiões periféricas”, conta Araújo. De acordo com ele, mesmo com leis estaduais que não permitem a ocupação a menos de 50 metros da água e o patrulhamento de mais de 300 soldados da Polícia Militar com apoio tático aéreo e pela água, invasões ainda são

rotineiras. Quando foi inaugurada em 1908, pela extinta São Paulo Tramway, Light and Power Company, responsável pela eletricidade da cidade, a função inicial da represa Guarapiranga era fornecer água para o funcionamento da usina hidrelétrica de Parnaíba do Sul. De 1930 em diante, com a represa Billings em construção ao lado, surgiram as primeiras casas na região. “A partir de 1970, ocorreu um boom populacional por causa do desenvolvimento do polo industrial de Santo Amaro e muitos

dos primeiros migrantes nordestinos de então se alojaram por lá. Em 1980, a região da Guarapiranga tinha 320 mil moradores - cerca de 15 anos depois eram 550 mil. Hoje, somando com a ocupação da Billings, são mais de 2,3 milhões de pessoas em áreas de mananciais na cidade (população maior que a de capitais

como Recife ou Porto Alegre), que desmataram uma grande parte da Mata Atlântica diretamente adjacente aos maiores reservatórios de água do município”, conta Araújo, esclarecendo como se deu o avanço das favelas sobre as áreas florestadas dos mananciais. “Em 1990, o custo para limpar a água das represas já tinha aumentado demais, mas o nível de poluição é mantido estacionário pelo controle da Sabesp desde então. O mais prático seria tirar as pessoas dali, mas isso é socialmente impossível. O custo é imensurável, pois algumas estão ali há mais de 30 ou 40 anos”, fala. Quatro vezes maior que a Guarapiranga, a Billings possui cerca 800 quilômetros de margens e capacidade de armazenamento dez vezes maior que o Sistema Cantareira. Embora a Sabesp utilize parte disso para o abastecimento, por volta de 7,4 metros cúbicos por segundo, em dois pontos distantes da periferia que a cerca, ela está muito aquém de seu potencial. Considerada uma potencial “caixa-d’água” para a região metropolitana, planos de aumentar seu uso ainda em 2015 acabaram sendo abandonados pelo governador Geraldo Alckmin em razão dos altos custos para tratar suas águas extremamente poluídas em curto prazo

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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 07

Mais de 50% de sua água vem do rio Pinheiros. A Billings acaba sendo usada como mais um piscinão do rio Pinheiros, que tem sua água bombeada para lá para evitar enchentes. Contudo, parte do problema poderia ser resolvido localmente com uma urbanização mais inteligente de suas margens. Essa estratégia só funcionaria, no entanto, com a ajuda do 1,5 milhão de pessoas que moram no local. Em 2009, como forma de regularizar as ocupações, o governo estadual criou uma lei para anistiar cerca de 200 mil imóveis que estivessem a mais de 50 metros da represa, abrindo espaço para as obras de saneamento básico da Sabesp e um novo planejamento. “A relação entre a água e os moradores não precisa ser conflitante”, afirma o arquiteto Marcos Boldarini, responsável pelo projeto de requalificação do bairro Cantinho do Céu, na área do manancial. Entre 2008 e 2012, Boldarini e um grupo de urbanistas trabalharam nesse pequeno pedaço da Billings, onde vivem cerca de 30 mil pessoas, com o objetivo de conciliar as moradias irregulares com a conservação da água. Durante o período, a Graduate School of Design, de Harvard, fez um estudo de investigação sobre o bairro. Financiados pela Secretaria Municipal de Habitação de São

Paulo e pela Sabesp, os arquitetos realojaram os moradores. “Além disso, como forma de recuperar a drenagem natural e inserir os habitantes à paisagem da represa, um parque de 1,5 quilômetro foi criado com deques, pistas de skate, quadras poliesportivas, um cinema ao ar livre e amplas áreas de passeio para pedestres e do princípio de que para se sentirem incluídas as pessoas deveriam integrar o espaço público. Isso era algo que não existia. Quando olhamos os projetos das residências ali, por exemplo, vemos que todas as fachadas estão viradas para o lado oposto da represa”, conta Boldarini. Nos próximos sete anos, a prefeitura e a Sabesp

devem investir mais de 2 bilhões de reais em iniciativas de urbanização em suas áreas de mananciais com base nas lições aprendidas com o Cantinho do Céu. “Não falta água, isso é fato. A gente costuma brincar dizendo que a crise não é hídrica, é humana. Dizer que é hídrica remete à ideia de que a água poderia ter crise, mas não tem. Na verdade, ela está ótima e o que gera a crise é a nossa interferência, o que fazemos e o que jogamos nela todos os dias”, comenta o geógrafo Luiz de Campos Jr., cocriador da iniciativa Rios e Ruas, ao lado do amigo e arquiteto José Bueno. Juntos, buscam cursos d’água da capital que foram escondidos no processo

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de urbanização. Ao todo, a dupla descobriu mais de 300 rios, riachos e córregos “invisíveis” nos últimos cinco anos, número que dobra a estimativa do mapa hidrográfico oficial da cidade, que conta 287. “Eles se espalham por mais de 3,5 mil quilômetros dentro da cidade, mas há certa miopia da natureza paulistana. A cada 200 metros percorridos em São Paulo há um curso enterrado vivo sob o asfalto. Na Avenida Paulista, por exemplo, tem o Saracura, que desce pela Avenida 9 de Julho até o Tamanduateí. Sob a superfície da 23 de Maio, há o Tororó. Escondido pela Santa Ifigênia, corre o riacho do Anhangabaú”, exemplifica Bueno. Revitalizar esses trechos, segundo os exploradores, depende também de uma reconexão dos paulistanos com o riacho ou córrego próximos. “Se por um lado temos tecnologias e todo tipo de soluções centralizadoras, de reurbanização a sistemas de captação de chuva e recuperação microbiológica, do outro temos que estar mais atentos à água que é mais imediata a nós. Na nossa primeira expedição, bastou virar a esquina para descobrir a nascente do Iquiririm, braço do Pirajuçara. Precisamos resgatar essa história. Se essas mesmas águas ajudaram a criar a cidade, hoje elas podem salvá-la”, argumenta Campos. Fonte: National Geographic Brasil

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Brasil poderia produzir um terço de energia de Itaipu a partir do lixo

Brasil teria capacidade para gerar 1/3 da energia elétrica de Itaipu (foto) com resíduos orgânicos

O Brasil tem potencial de produzir 37 milhões de megawatts de energia por meio do biometano, um gás que pode ser obtido a partir da degradação de materiais orgânicos presentes no lixo. Isso equivale a pouco mais de um terço da energia gerada por ano na usina hidrelétrica de Itaipu, no Paraná. Isso é o que indica um estudo feito pela Abiogás (Associação Brasileira de Biogás e Biometano). O curioso é que o biometano já é produzido no Brasil e desperdiçado --em aterros sanitários, é comum ver tubulações para a saída dos gases. E pior, o gás (CH4) é 21 vezes mais poluente do que o gás carbônico (CO²) e, mesmo assim, é emitido na atmos-

fera. A sua utilização como fonte de energia eliminaria esse problema ambiental. "O biometano pode ser usado como fonte de energia para produzir energia elétrica através de um g e r a d o r, p o d e s e r usado como combustível veicular exatamente da mesma forma como o gás natural. E também pode ser usado em caldeiras, produzindo calor", explica o pesquisador Odorico Konrad, professor da Univates e doutor em Engenharia Ambiental e Sanitária pela Universidade de Leoben, na Áustria. Nas contas da Abiogás, a produção anual de biometano poderia chegar a 23 bilhões de metros cúbicos no Brasil. A maior parte, 12 bilhões de metros cúbicos, viria de resíduos da cana-de-açúcar usada na produção do álcool. Outros 8 bilhões de metros cúbicos seriam produzidos com rejeitos agrícolas e dejetos de animais como porcos, bovinos e aves. E, finalmente, 3 bilhões de metros cúbicos, oriundos do saneamento urbano, ou seja, do lixo orgânico e dos esgotos domiciliares e industriais. No entanto, hoje em dia o uso do

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biometano como fonte de energia é quase inexistente. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil usa pouco mais de 0,05% do gás na matriz energética. E por que não usamos? Os problemas, segundo o presidente da Abiogás, Cícero Bley Jr, são vários. Por ausência de normas não há confiança no biometano --o que ele considera um erro-- e o modelo de produção de energia por biometado é descentralizado, o oposto do utilizado nas outras fontes energéticas. "As empresas de distribuição de energia têm um encaminhamento para grandes negócios de energia. O biogás não se aplica dessa maneira. Está colocado no território de maneira descentralizada. Isso é difícil para o setor elétrico nacional." O biometano seria um negócio de pequenos investidores, pois seriam necessários biodigestores próximos aos locais onde estão os resíduos. O professor Konrad cita como exemplo o caso alemão. "A Alemanha tem hoje mais de 8.000 biodigestores instalados produzindo energia." Bley lembra que, por não ser negócio grande, o biometano "fica fora das grandes discussões do

governo". Investimento

De acordo com o estudo da Abiogás, o custo desta forma de energia é de 30% a 40% mais baixo do que o que atualmente gastamos. Para se ter uma ideia, a produção de 1 megawatt de energia com biometano custa R$ 2,5 milhões, contra R$ 3 milhões com uma microcentral hidrelétrica e R$ 5 milhões com a solar. Os custos de implantação de um biodigestor varia conforme o volume de gás a ser produzido, afirma Bley. O retorno do investimento, segundo ele, se dá em um período entre cinco e sete anos. Aos poucos, e com iniciativas independentes, o biometano vai sendo utilizado no país. Recentemente, um ônibus foi movido em Itaipu com biogás gerado por galinhas. «Percorremos 3 mil km com esse combustível. Vindo de 100 km de distância de Itaipu. Esse ônibus com motor a 100% de biogás andou sem nenhum problema. Itaipu comprou 40 carros Siena tetrafuel, disponível no mercado, com gás natural comprimido. Em vez disso, colocamos o biometano comprimido", contou Bley.

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Humanos são ″super-predadores únicos″ Estudo publicado na revista 'Science' revela que o homem mata outros animais em taxas até 14 vezes superior a outros carnívoros da natureza. Os humanos são uma espécie única de "super-predadores", com uma eficiência que ultrapassa todas as regras do mundo animal. Matamos outros bichos em uma taxa até 14 vezes superior a outras espécies caçadoras, de acordo com um amplo estudo publicado na revista Science . Para desvendar o comportamento humano como predador, os pesquisadores analisaram 2.215 carnívoros de todo o mundo, incluindo animais marinhos e terrestres. Descobriram que os homens caçam populações adultas que estão no topo da cadeia alimentar, como ursos ou leões, em uma taxa nove vezes maior do que fazem esses animais. Entre as espécies marinhas, a taxa é 14 vezes maior. De acordo com os pesquisadores, o mais impressionante no comportamento humano é que costumamos matar animais

adultos, diferente do que acontece em todo o reino animal, que prefere presas jovens (e

animais de modo certeiro e não têm o impacto de uma luta corpo a corpo, como os arra-

mais fáceis de abater). Os peixes, por exemplo, consomem apenas 1% de bichos adultos. Os homens são capazes de fazer isso porque desenvolveram técnicas sofisticadas de caça, que promovem ganho máximo e custos mínimos. Anzóis, arpões, redes de pesca e armas de fogo atingem os

nhões que ganharia um tigre ao caçar javalis. Isso causa taxas de extinção elevadas, pois eliminamos bichos que estão no auge da época reprodutiva. Esse modo de caçar contribui para desequilíbrios ambientais e distúrbios na evolução de algumas espécies, como o incentivo a seu

tamanho reduzido, o que é verificado em alguns peixes, segundo os cientistas. A longo prazo, isso faz do homem um "insustentável superpredador": em vez de garantir a sobrevivência das espécies que caça, ele acaba com as presas e, em consequência, com a própria alimentação. Alternativas - De acordo com os cientistas, a menos que transforme seu modo de caçar, a humanidade continuará a alterar processos ecológicos e evolutivos em todo o globo. Entre as alternativas para que ela seja um predador ecologicamente mais eficiente, os autores sugerem que os homens observem os caçadores naturais e imitem sua maneira de agir. Para isso, indicam o desenho de "programas de quotas de capturas, o oferecimento de recursos para comunidades de pescadores e o estabelecimento de novas definições de exploração sustentável que foque não apenas nos rendimentos humanos, mas simule o comportamento de predadores naturais." Fonte: Veja

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10 GAZETA DO MEIO AMBIENTE Seca está afundando a Califórnia - literalmente, diz NASA

A seca histórica que castiga a Califórnia vai custar à economia do estado cerca de US$ 2,7 bilhões e quase 21 mil empregos em 2015, segundo um estudo recente da Universidade da Califórnia em Davis. Mas não é só a economia que segue uma linha descendente com a crise hídrica prolongada a terra também. Partes do solo do Vale Central, que concentra a produção agrícola do estado, estão afundando a um ritmo alarmante, como resultado do bombeamento excessivo de

água subterrânea. O alerta sobre a intensificação do fenômeno, conhecido como subsidência (e que já foi observado em outros períodos de seca), vem de um novo relatório produzido pelo Departamento de Recursos Hídricos da Califórnia em parceria com a NASA. Segundo as análises, a terra no vale de São Joaquim (ao Sul do Vale Central) está afundando mais rápido do que nunca, quase 2 polegadas (5 centímetros) por mês em algumas

localidades. O aumento das taxas de subsidência tem o potencial de danificar a infraestrutura local, incluindo aquedutos, pontes e estradas. Ao longo do tempo, o fenômeno pode até mesmo reduzir permanentemente a capacidade de armazenamento de água do aqüífero subterrâneo. "As águas subterrâneas atuam como uma conta de poupança para fornecer suprimentos

cias de retiradas excessivas que têm sido feitas rumo ao quinto ano de seca histórica", disse o Departamento de Recursos Hídricos da Califórnia em nota. O órgão afirmou que vai trabalhar em conjunto com municípios e as comunidades afetadas para identificar maneiras de diminuir a taxa de subsidência e proteger infraestruturas vitais, como canais, estações de bombeamento, pontes e poços.

durante a seca, mas o relatório da NASA mostra as consequên-

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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 11

″Caixa eletrônico″ que vende água barata alcança mais de 100 mil pessoas na África Uma parceria público-privada entre o governo de Nairóbi, capital do Quênia, e a companhia dinamarquesa de engenharia hídrica Grundfos resultou na instalação de sistemas de distribuição de água limpa e barata em áreas pobres da cidade, muito parecidos com caixas eletrônicos. Esta é a primeira parceria desse tipo no Quênia, que já vinha recebendo projetos pilotos desde 2009. Segundo a empresa, desde o início do projeto, mais de 100 000 pessoas em todo país foram beneficiadas e o plano é expandir o mesmo esquema para outros países em desenvolvimento. A máquina de abastecimento, muito similar a um caixa eletrônico, por isso apelidada de "Water ATM", tem duas principais vantagens: a facilidade de operação e o baixo preço de venda da água. Três itens compõem o sistema de distribuição: a máquina central, ou "caixa eletrônico de água", que fornece o recurso e controla as transações de compra; um cartão de crédito inteligente, que pode ser recarregado pelo celular ou pelo site da companhia; e um sistema computacional onde são processados os dados daquele quiosque hídrico, como a demanda local e a frequência de operações. A bomba submersível funciona à base de energia solar e "produz" um metro cúbico de água por hora - um filtro é adicionado ao distribuidor. Uma vez

que o cartão é inserido na máquina e o consumidor indica a quantidade de água que gostaria de retirar, a água cai automaticamente por um cano até o galão. A companhia de distribuição de água local em Nairóbi, Nairobi City Water and Sewerage, informou à BBC que vende 20 litros água pelo preço de 0,5 xelins quenianos, valor equivalente a dois centavos de real. Antes da implementação do projeto, os moradores do subúrbio de Nairóbi

compravam a mesma quantia por 50 xelins - cem vezes mais do que as máquinas de distribuição. Os chamados cartões inteligentes foram distribuídos de graça aos residentes de Mathare, uma das maiores favelas da capital. A eles basta carregá-los com a quantia desejada, sem limite de valor. Provamos que essas comunidades poderiam estabelecer um fluxo de

receita sustentável, já que os consumidores finais pagam pela água que consomem, e assim ficam menos dependente do financiamento dos doadores", disse a INFO Peter Todbjerg Hansen, diretor administrativo da Grundfos, baseado na Dinamarca. "Os moradores não pagam a Grundfos, eles pagam para os fornecedores de serviços de água". Andreas Kolind, gerente de vendas da Grundfos, informou a INFO que, desde 2009, a empresa já instalou cerca de 150 "caixas" no Quênia. "Seria possível ter projetos sustentáveis em áreas rurais e favelas urbanas? A resposta a essa pergunta é sim" disse Kolind. Agora, seis anos depois, ele disse que o custo do equipamento caiu em 85% em relação aos protótipos e a empresa está em fase de crescimento. Até então, o projeto nunca havia sido implementado em uma área urbana. Quando a Grundfos lançar o produto comercial (oficialmente denominado AQtap) a nível global, ainda sem previsão, os clientes é que vão determinar o valor da água mas nada muito mais caro do que o preço em Nairóbi. Como os distribuidores podem ser conectados à rede pública de água local, será possível construir uma rede de quiosques conectados entre si. Os AQtaps

serão vendidos a serviços públicos de água e ONGs, que poderão ter acesso a esses dados para diversos fins. Cada unidade será vendida a um preço entre 4 000 e 5 000 dólares. Kolind afirmou também que a empresa quer expandir parcerias para outros países em desenvolvimento. "Nós sabemos muito sobre as necessidades na África Subsaariana e da Ásia, mas precisamos estudar América do Sul antes de sabermos para onde ir", disse ele. "O Brasil está na lista a ser estudado". A ONU estima que cerca de 700 milhões de pessoas em 43 países sofrem atualmente com a escassez de água, sendo a África Subsaariana a região mais afetada do mundo. Além disso, 1,6 bilhão de pessoas quase um quarto da população mundial - são atingidas pela falta de infraestrutura necessária para retirar água de rios e aquíferos adequadamente, sobretudo por motivos econômicos. O sistema não é promissor apenas no Quênia, mas em outros países que sofrem do mesmo problema. Segundo Kolind, os países da primeira fase de expansão são Uganda, Tanzânia, Etiópia, Malawi, Zâmbia, Nigéria, Gana, Tailândia, Indonésia, Filipinas, Índia e Bangladesh. "O plano é alcançar a vida de 10 milhões de pessoas até 2020", disse ele.

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12 GAZETA DO MEIO AMBIENTE E se queimarmos todo o petróleo do mundo? É bom saber nadar A elevação do nível do mar já é uma ameaça direta às populações costeiras em todo o mundo. A relação é simples, porém assustadora. Quanto mais

usamos combustíveis fósseis para suprir nossa demanda por energia, mais gases de efeito estufa despejamos na atmosfera, consequentemente, mais elevadas as temperaturas e, por tabela, maior o derretimento dos mantos de gelo do Planeta. Eis que os cientistas resolveram aplicar uma variável radical a essa equação - o que pode acontecer se queimarmos todas as reservas provadas de petróleo, gás e carvão do mundo? www.jfpescados.com.br

Resposta: seria suficiente para desfazer toda a cobertura de gelo da Antártica, a maior reserva de água doce congelada da Terra. Tal fenômeno causaria uma elevação brutal de até 60 metros no nível do mar nos próximos 10.000 anos. É bom que os humanos do futuro (se é que estaremos aqui) s a i b a m n a d a r, porque muitas partes do mundo vão afundar se mantivermos o padrão atual de produção de energia. A pesquisa, publicada esta semana no periódico científico Science Advances, é a primeira a modelar os efeitos da queima desenfreada de combustíveis fósseis sobre a totalidade do manto de gelo da Antártida. "Essa transformação não acontece do dia para a noite, mas o que precisamos compreender é que nossas ações de hoje estão mudando a face do

planeta Terra, e continuará a fazê-lo por dezenas de milhares de anos. Se queremos evitar que a Antártica perca todo seu gelo, precisamos manter o carvão, gás e petróleo no solo", declarou Ricarda Winkelmann, coautora do estudo. Apesar do abismo temporal, a elevação do nível do mar já é uma ameaça direta às populações costeiras em todo o mundo, colocando em xeque a existência de micropaíses como

as Maldivas e Kiribati. Pior, oito das 10 maiores cidades do mundo, entre elas Nova York e

Tóquio, localizam-se próximo à

costa. O nível dos mares subiu em média quase oito centímetros no mundo todo desde 1992 por causa do aquecimento global, informou a NASA em pesquisa recente. Parte do aumento deve-se ao derretimento das geleiras e outra parte é devido ao aumento da temperatura da água, que se expande quando fica mais quente. "É muito provável que a situação piore no futuro", alertou o geofísico da Universidade do Colorado, Steve Nerem, durante a apresentação dos novos dados. Fonte: Exame

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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 13 Pfand, o Sistema que te Paga para Reciclar – Alemanha

Hoje no Brasil, apenas 17% dos municípios possuem coleta seletiva. Plásticos em geral, vidro e alumínio possuem juntos 34% dos tipos mais coletados, atrás somente do papelão. E essa coleta, quando é feita,

depende da conscientização dos cidadãos em separar corretamente o lixo reciclável. O Brasil tem crescido muito nos últimos anos quanto à reciclagem, mas o sistema ainda é complexo. Por exemplo, 80%

dos municípios realizam a coleta de porta em porta. Agora imagine uma máquina que centralize parte do material reciclável e ainda te devolve dinheiro como “agradecimento“ por você ter colaborado. Na Alemanha, onde moro há 15 meses, isso é possível. O “Pfandsystem“ (Sistema de Depósito) é conhecido mundialmente pela sua eficiência, aceitação e simplicidade. Quem compra produtos engarrafados, de PET ou de vidro, e latinha de refrigerante paga uma quantia adicional específica para cada material, entre 0,08€ e 0,25€. Ao retornar essas garrafas, você recebe esse dinheiro de volta através de um cupom. As máquinas de coleta localizam-se nos supermercados. Um lugar de fácil acesso, que todos frequentam, facilitando assim a devolução e o pagamento. Quando você vai às

compras, é só levar a garrafa vazia, colocar na máquina e retirar o seu cupom. Este pode ser abatido do valor total da sua compra ou pode ser pago em dinheiro, tudo no caixa mesmo. Também os engradados são taxados entre 1,50€ – 3,10€ e posteriormente retornáveis. Os supermercados também lucram com o sistema. Eles pagam pela máquina mas recebem 19% a mais por cada garrafa retornada. No entanto, nem sempre as pessoas podem – ou querem –, fazer a sua parte levando as garrafas até o local estabelecido. Não são raras as vezes aqui em que, quando há um evento de grande porte a céu aberto, acumulam-se nas entradas centenas de garrafas (de cerveja, na maioria dos casos). Até para essas situações, o método impulsionou o surgimento de um fenômeno chamado “Flaschensammler“ (Catador de Garrafas). São pessoas que recolhem os Pfands das ruas e os retornam nos supermercados. Em festivais e campings, pode-se obter até 13.000€ em 30 dias de coleta informal.

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14 GAZETA DO MEIO AMBIENTE Escolas da rede estadual recebem formação sobre Resíduos Sólidos Técnicos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos estão capacitando funcionários e professores da rede estadual de educação para separar e armazenar de forma adequada o lixo produzido dentro das escolas. as palestras sobre redução de lixo, separação por tipo de material e outros temas relacionados acontecerão por meio da Escola Interativa, ferramenta online com transmissão ao vivo. As palestras orientam toda comunidade escolar, inclusive os pais dos alunos. “A parceira com a comunidade escolar é uma via de mão dupla, pois ao mesmo tempo em que ajuda as escolas a implementarem seus planos de gerenciamento de lixo, amplia também a consciência dos alunos em relação à destinação correta dos resíduos fora do ambiente escolar”, disse Danielle Tortato, coordenadora de Educação Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente. As palestras foram divididas em quatro módulos: Questões Ambientais, Resíduos Sólidos, Atuação do Agente na Escola e Coleta Seletiva Solidária. Esta primeira rodada tem como público-alvo agentes e gestores

das escolas estaduais, mas qualquer pessoa pode assistir as palestras acessando o site: w w w. g e s t a o e s c o l a r. d i a a d ia.pr.gov.br e clicando no banner Escola Interativa, do lado direito da página. As escolas estaduais possuem cozinhas onde são preparadas as refeições servidas aos alunos. “Temos um grande volume de lixo orgânico dentro das escolas que precisa ser separado adequadamente dos demais tipos de material. Essa formação organizada pelos técnicos do Meio Ambiente é importante para esclarecer dúvidas e reforçar a necessidade da separação, além de servir como fundamentação teórica para a elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos”, explicou Eliane do Rocio Vieira, técnica pedagógica de Educação Ambiental da Secretaria de Estado da Educação. A destinação correta e redução do volume do lixo reciclável são algumas ações estabelecidas

pelo Governo do Estado em todos os órgãos públicos do

Paraná e a capacitação para funcionários das escolas (TERAPIA COM IMÃS) estaduais faz parte dessa ação que será realizada em cinco diferentes etapas ao longo do ano. ESCOLA INTERATIVA - Transmissão de conferências ao vivo via internet. Durante as palestras o público pode enviar dúvidas e comentários através de um chat moderado. Além do Escola Interativa, a Sema também está preparando uma cartilha digital dirigida às escolas. O material ficará disponível dentro do portal D i a a D i a Educação. ao Ministério Público, que Para multiplicar atitudes e contribuirá para que se chegue procedimentos ambientais às melhores soluções. adequados foi criado pelo Com a iniciativa, as secretarias, Governo do Estado um Grupo autarquias, empresas públicas, Gestor de Coleta Seletiva. Dele fundações e sociedades de fazem parte representantes da economia mista deverão fazer a Secretaria da Administração e coleta seletiva de materiais Previdência e da Casa Civil, que recicláveis e encaminhar para serão coordenadas pela associações e cooperativas de Secretaria do Meio Ambiente. catadores que não visem lucro As comissões de cada órgão com a venda de seus produtos. terão seis meses para fazer um Com a criação das comissões diagnóstico da situação de do Estado para desenvolver, coleta seletiva no seu ambiente ampliar ou melhorar práticas de de trabalho. O documento será uso racional de materiais, ações repassado ao Grupo Gestor, que educativas serão elaboradas. vai avaliar as principais dificuldades de cada um e encaminhar Fonte: SEMA

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16 GAZETA DO MEIO AMBIENTE

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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 17 Os 10 principais animais ameaçados de extinção

01 – Tigre Novos levantamentos indicam que existem menos de 3,2 mil tigres na natureza. Hoje, só restam apenas 7% do habitat natural destes animais. O extermínio dos tigres também está ligado à falta de informação. Em muitas partes da Ásia, os tigres são caçados porque partes do seu corpo são consideradas medicinais. 02 – Urso polar O urso polar se tornou o principal símbolo dos animais que perdem seu habitat natural devido ao aquecimento global. A elevação da temperatura no Ártico é uma das principais ameaças aos ursos, assim como os petroleiros e os derramamentos de óleo na região. 03 – Morsa Os mais novos animais a entrarem para a lista dos ameaçados, as morsas também são diretamente afetadas pelo aquecimento global. Em setembro, 200 morsas foram

encontradas mortas nas praias do Alasca. Com o derretimento das geleiras, os animais estão ficando sem comida. 04 – Pinguim de Magalhães O aquecimento das correntes marítimas tem forçado os pinguins a nadarem cada vez mais longe para achar comida. Não à toa, eles têm aparecido nas praias brasileiras, muitas vezes magros demais ou muito doentes. Das 17 espécies de pinguins, 12 estão ameaçadas pelo aquecimento global.

05 – Tartaruga-gigante Também conhecida tartaruga-decouro, são um dos maiores répteis do planeta e chegam a pesar 700 quilos. Estimativas mostram que há apenas 2,3 mil fêmeas no Oceano Pacífico, seu habitat natural. O aumento das temperaturas, a pesca e a poluição têm ameaçado sua procriação.

06 – Atum-azul Um dos ingredientes principais do sushi de boa qualidade, o atum encontrado nos oceanos Atlântico e Mediterrâneo está sendo extinto por causa da pesca predatória. Uma proibição temporária da pesca desta espécie de atum ajudaria suas populações a voltar a um equilíbrio. Segundo o WWF, as pessoas em geral podem ajudar a protegê-los diminuindo seu consumo. 07 – Gorila das montanhas Famosos depois do filme “Nas montanhas dos gorilas”, estrelado por Sigourney Weaver, os gorilas podem deixar de existir na próxima década. Existem apenas 720 animais vivendo nas florestas da África, e outros 200 no Parque Nacional de Virunga, a maior área de preservação desta espécie. Em muitas partes da África, os gorilas são caçados porque partes do seu corpo são consideradas medicinais. 08 – Borboleta monarca As temperaturas extremas são a principal ameaça destas borboletas, que todo ano cruzam os Estados Unidos em busca do calor mexicano. Elas vivem em florestas de pinheiros, área cada vez mais ameaçada pelo aquecimento global e urbanização crescente. 09 – Rinoceronte de Java

Existem apenas 60 destes rinocerontes em seus habitat natural. Como seu chifre é usado na medicina tradicional asiática, os rinocerontes são caçados de forma predatória. A expansão das plantações também tem acabado com as florestas que abrigam a espécie. O Vietnã, país que era um grande habitat dos rinocerontes, abriga apenas 12 animais no momento.

10 – Panda restam apenas 1,6 mil pandas na natureza, de acordo com o WWF. Eles vivem nas florestas da China, que estão cada vez mais ameaçadas pelo crescimento das cidades chinesas. Existe mais de 20 áreas de proteção ambiental no país para proteger estes animais. Metade dos pandas vive hoje em áreas protegidas ou em zoológicos. Fonte: Instituto Aqualung

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18 GAZETA DO MEIO AMBIENTE Visitantes do Pico Paraná não precisam mais pagar para entrar no parque Os visitantes do Parque Estadual Pico Paraná, entre os municípios de Antonina e Campina Grande do Sul, no Litoral do Estado, têm a partir desta semana o acesso livre às trilhas. O Parque, que fica no topo de montanhas, ganhou uma área de passagem que foi desapropriada pela Prefeitura de Campina Grande do Sul e que deve ser repassada em regime de comodato ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP), órgão responsável pela Unidade de Conservação. Antes da desapropriação, visitantes e montanhistas tinham que caminhar por áreas particulares e o acesso era cobrado por fazendeiros da região. Com a desapropriação, criou-se um novo caminho para chegar ao parque onde não há porteiras. “Com a desapropriação do trajeto nós damos ao cidadão o direito do livre acesso às áreas públicas e otimizamos as alternativas de renda de moradores da região. Eles podem manter a cobrança por serviços prestados, como estacionamento, alimentação, hospedagem e até mesmo outros serviços turísticos”, explicou o diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas do IAP, Guilherme Vasconcellos. De acordo com o diretor, a área de acesso deve receber investimentos em breve para dar melhores condições de uso aos visitantes. “Estamos montando o processo de licitação para construir uma base para os montanhistas e estrutura de acesso aos visitantes que passarão a ter um abrigo e banheiros, o que não podíamos oferecer, até então, por conta da falta de posse de área pública na base dos morros”, explicou. PICO PARANÁ – No Parque Estadual está o ponto mais alto do Sul do País – 1.877,39 metros acima do nível do m a r. P o r i s s o , a U n i d a d e d e Conservação recebeu o nome de Pico Paraná. Com pouco mais de quatro mil hectares, a Unidade faz divisa com o Parque Estadual Roberto Ribas Lange, ao sul. A região atrai montanhistas e aventureiros que trilham o cenário descoberto pelo pesquisador alemão Reinhard

Maack, em 1940. Do topo do Pico Paraná é possível avistar todo o conjunto de serras e as baías de Paranaguá e Antonina, além de Curitiba e região. Da entrada principal, agora com acesso liberado, a caminhada até o cume leva de seis a 10 horas e exige uma boa dose de preparo físico, além de outras precauções. “Apesar de deslumbrante, o Pico Paraná também é um local selvagem e uma alta montanha. Por isso, deve ser explorado por visitantes com preparo para este tipo de ambiente ou que sejam guiados por pessoas experientes”, alerta o gerente da Unidade de Conservação, Harvey Schlenker. Para quem tem pouca ou nenhuma experiência neste tipo de turismo, a recomendação de Schlenker é procurar clubes de montanhismo para organizar passeios em grupos ou para

bacanas sobre o local”, diz o gerente do parque. Além das montanhas, cercadas pela Serra Ibitiraquire, o Parque conserva uma mata densa e exuberante de floresta atlântica, o trecho mais bem conservado do Brasil. A floresta é formada por arbustos, xaxins, trepadeiras e os mais variados tipos de bromélias, orquídeas e samambaias, que convivem com árvores de mais de 30 metros de altura, como o cedro, a canjarana, a figueira-branca, a canela-preta e o sassafrás. Em diferentes épocas do ano a floresta fica ainda mais bela, quando guapuruvus, guari-cicas e quaresmeiras se cobrem de flores. A mata também abriga bugios, serelepes, pacas, ouriços, quatis, cutias e jaguatiricas, que deixam pegadas por toda a floresta e podem ser observados à distância. São 71

pedir indicação de um guia experiente. “Estes clubes sempre têm programação de atividades na montanha. Além de darem mais segurança, é uma oportunidade de fazer um passeio ao lado de pessoas que têm grande conhecimento e informações

espécies, muitas delas ameaçadas de extinção, como a onça-pintada e a suçuarana. Confira algumas dicas para garantir um passeio seguro: - Evite andar em um grupo muito grande ou sozinho. Grupos menores

são mais seguros e proveitosos. Caminhar sempre com cuidado, evitando acidentes com animais selvagens ou insetos. Cobras, aranhas e lagartas podem provocar acidentes graves. - Avalie seu condicionamento físico antes de iniciar o passeio. Consulte as distâncias e os graus de dificuldade. - Escolha sempre as primeiras horas da manhã para iniciar o passeio. - Leve na mochila uma lanterna, pilhas de reserva, agasalho reserva, estojo de primeiros socorros, repelente, protetor solar, água e alimentos leves, como barras de cereais, sanduíches naturais, sucos e frutas, entre outras opções. - Fique atento nas proximidades de precipícios, cachoeiras e nas travessias de rios. - Sempre avise amigos ou familiares sobre o seu destino, roteiro e previsão de retorno. Estas informações ajudam muito em caso de buscas e apoio. - Não destrua sinais ou outras marcações de trilhas. Elas são fundamentais para a segurança dos visitantes. Evite sair das trilhas principais para não se perder. Caso se perca, pare e aguarde socorro, pois procurar a saída pode levá-lo ainda mais longe. - Não polua represas, rios e riachos com bronzeadores, protetores solares, sabonete ou xampu. Não lave louça, talheres, roupas ou qualquer item com detergentes. Recolha o seu lixo para evitar danos ao meio ambiente e à fauna local, além de manter o local limpo para os próximos visitantes. - Faça silêncio o maior tempo possível. Os ruídos afastam a fauna que você poderia observar. - Margens de rios e cursos de água são de preservação permanente. Portanto, conserve-os intactos. - Deixe no ambiente o que é da natureza do local: animais, flores, rochas, frutos e sementes. Para sua recordação, tire fotografias. Não alimente os animais.

Fonte: SEMA


GAZETA DO MEIO AMBIENTE 19 Reúso, a técnica que poderia diminuir o consumo de água em 50% A crise hídrica está longe de acabar, e o Brasil precisa avançar na adoção do reúso – que permite levar ″a água da privada de volta para a torneira″. Nos últimos meses, o assunto murchou, por assim dizer, nas conversas do dia a dia. Mas o problema da crise hídrica, especialmente em São Paulo, está longe de ser resolvido. As chuvas que caíram na última semana na capital paulista não alteraram o quadro alarmante. Até agosto de 2014, o nível dos principais reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo estava em 23,5%. Hoje, chega a no máximo 21,1%. Responsável pelo atendimento de 5 milhões de pessoas, o Sistema Alto Tietê atingiu em agosto o nível mais baixo desde 2003, de 13,8%. No último dia 3 de setembro, o volume útil do maior reservatório que abastece o Estado do Rio de Janeiro, o de Paraibuna, chegou a 0,83%. Um ano atrás, estava em 11%. A conclusão é para usar um termo incontornável cristalina: não há como deixar de economizar água. O aproveitamento da chuva para irrigar jardins ou limpar áreas comuns reduz o consumo em 26%. A instalação de hidrômetros individuais derruba o valor da conta de água em até 56%. Contudo, independentemente dessas estratégias, é imperioso lançar mão de outro recurso: o reúso. É verdade que, a partir da crise, foi disseminada a prática de reutilização da água do banho e da máquina de lavar para alguns fins específicos, como a descarga sanitária. No entanto, uma vez derramada na rede de esgoto, o entendimento é que aquela água havia se tornado inaproveitável. Nada mais equivocado. Com o tratamento adequado do esgoto, um estabelecimento comercial de grande porte, como um shopping center, pode reaproveitar tão bem a água que o consumo tenderá a cair até 50%. O reúso é largamente empregado, por exemplo no Estado americano da Califórnia, onde a escassez abriu a possibilidade de levar água "da

privada para a torneira", como os técnicos costumam dizer. De acordo com a legislação local, é permitida a chamada potabilização indireta. Funciona da seguinte maneira: a água tratada é misturada com a das bacias subterrâneas e depois passa para o sistema de abastecimento comum. "Escutamos pessoas dizendo que não

ria 3,5 milhões de pessoas. De qualquer forma, ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos, no Brasil as ações em torno do reúso de água não levam em conta a possibilidade de consumo. O emprego aqui é mais comum em processos industriais, geração de energia, irrigação, jardinagem, limpeza etc.

querem beber água da privada. Depois de passar por três estágios de purificação, porém, ela sai mais limpa do que a água que não é de reúso e chega a sua casa", comparou o americano Henry Vaux, professor de economia dos recursos da Universidade da Califórnia. Para motivar a população, Bill Gates, fundador da Microsoft, o homem mais rico do mundo, gravou um vídeo no qual aparece bebendo água produzida em uma estação de tratamento de esgoto. A Fundação Bill & Melinda Gates pretende distribuir miniusinas de tratamento por toda a África. Em dezembro do ano passado, um projeto enviado à Sabesp pelo professor de hidrologia Ivanildo Hespanhol, da Universidade de São Paulo, defendeu o tratamento de esgoto para solucionar a crise hídrica - e, de quebra, despoluir os rios. Com previsão para entrar em operação daqui a dez anos, ao custo de 3 bilhões de reais, o sistema abastece-

Diferentemente do que se observa na Califórnia, a legislação brasileira não deixa claro o que é permitido ou não nessa frente. De acordo com o a d v o g a d o Vi n i c i u s Va r g a s , d o escritório Barros Pimentel, a lei de saneamento fala sobre água potável, mas não sobre reciclagem. "O saneamento é um serviço público e por isso deve ser especificado em lei para que os agentes possam seguir a mesma fórmula", explica ele. Segundo o engenheiro hídrico Thiago de Oliveira, da fornecedora de água de reúso General Water, a prática, na realidade, já existe no país - "Só não é assumida". Oliveira afirma que um exemplo claro disso é a Represa Guarapiranga, na região metropolitana de São Paulo, rodeada por esgotos irregulares. "Pouco se fala sobre ela, mas 15% do nível da represa é o próprio esgoto voltando para o tratamento", garante. O engenheiro diz também que a General Water já produziu água potável. "Nos nossos

testes, tivemos o mesmo nível de pureza da água que é distribuída para consumo." Desde o início da crise, a empresa viu a procura pelo seu serviço crescer 100% e teve 30% de aumento no número de clientes. Entre eles, há até um centro administrativo que, com reúso de água e poços artesianos, se tornou totalmente independente da rede pública. A Aquapolo, parceria entre a Odebrecht e a Sabesp, fornecedora do mesmo serviço, abastece o polo petroquímico da região do ABC Paulista, produzindo um volume equivalente ao necessário para o consumo de uma cidade de 500  000 habitantes. Com isso, as empresas da área de Mauá economizam 50% do valor que pagavam antes por água potável. Para Thiago de Oliveira, aceitar estações de tratamento de esgoto "é adotar um novo modo, mais consciente, de lidar com os recursos hídricos". Ele observa que o modelo atual mantém a mentalidade no Império Romano, quando se construíam extensos aquedutos para buscar abastecimento em lugares distantes com nascentes puras. O cenário do momento, entretanto, argumenta Oliveira, "pede que a nossa política para o meio ambiente se espelhe no exemplo de Londres, onde o Rio Tâmisa, cuja despoluição levou 150 anos, hoje é povoado por 125 espécies de peixe e voltou a receber os esportes náuticos". Curiosamente, ao mesmo tempo em que, no Brasil, é grande a resistência à reutilização de água, a reciclagem do lixo já faz parte das políticas públicas. Segundo Gabriela Yamaguchi, gerente de campanhas do instituto ambiental Akatu, "a água está em outro capítulo da cultura do brasileiro; a reciclagem ficou restrita à categoria das embalagens, por exemplo". E conclui: "Pelo menos, ao reciclá-las, também estamos economizando água". Diante dos números da crise hídrica atual, será prudente não demorar a entrar de vez no próximo capítulo. Fonte: Veja

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20 GAZETA DO MEIO AMBIENTE Os cães que protegem pinguins do aniquilamento em ilha na Austrália

Quando as raposas descobriram uma colônia de pinguinzinhos em uma pequena ilha na Austrália, elas quase

O caso aconteceu na bela Middle Island, na costa sudoeste australiana, que abriga uma colônia dos chamados pinguins-azuis, a menor espécie de pinguins, medindo entre 30 e 40 centímetros. Havia centenas deles em Middle Island. Mas isso mudou quando as raposas os descobriram.

aniquilaram as aves. Mas um fazendeiro local teve uma ideia para proteger as aves – uma ideia tão bem sucedida que a história acabou sendo transformada em um filme. Para entender o enredo, pense em algo como Lassie encontra Babe (de Babe, o Porquinho Atrapalhado) e Pingu (do desenho animado com o mesmo nome). Como não amar?

"Fomos de um ponto onde havia 800 pinguins para um cenário em que conseguimos encontrar apenas quatro", conta Peter Abbott, do projeto Penguin Preservation. "Na maior matança, encontramos 360 pinguins mortos em apenas duas noites. As raposas são caçadoras matadoras. Elas matam o que encontram pela frente." O episódio citado por Peter ocorreu

Raposas se aproveitavam de maré baixa para causar verdadeiro massacre de 'aves'; ideia de fazendeiro local deu tão certo que história acabou inspirando filme.

em 2005, mas o problema já vinha ocorrendo havia anos. Middle Island – que não é habitada por humanos – é separada do território por apenas um curso d'água de 30 metros. Em maré baixa, e quando a areia cria um canal estreito, as raposas atravessam do continente facilmente, apenas molhando um pouco suas patas. O problema se tornou patente nos anos 2000, quando a corrente marítima provocou um acúmulo da areia no curso d'água. Com o passar do tempo, as raposas perceberam que ali havia uma fonte fácil de comida. E assim os pinguins quase foram eliminados da ilha. Mudança de hierarquia Foi então que um fazendeiro que criava galinhas teve uma ideia: enviar um de seus cães da raça pastormaremano-abruzês para proteger os pinguins. "Na Austrália, esses cães são normalmente usados para proteger galinhas, cabras e ovelhas", explica Peter. O cachorro em questão, o primeiro de vários enviados para Middle Island, se chamava Oddball – e Oddball causou um grande impacto. "Nós imediatamente percebemos uma mudança no comportamento das raposas. A hierarquia da ilha mudou. As raposas conseguem ouvir o latido dos cães e os cães farejam quando elas estão por perto." Assim, desde a chegada de Oddball e de seus sucessores, há 10 anos, nenhum pinguim foi morto por uma

raposa em Middle Island. E a população desses pinguins chegou a quase 200. Os cachorros que agora patrulham a ilha são Eudy e Tula, batizados em homenagem ao nome científico do pinguim, Eudyptula. Eles são o sexto e o sétimo cães a cuidar das aves – e Peter já está treinando um filhote para assumir a tarefa no ano que vem. A história do projeto fez tanto sucesso que inspirou o filme chamado Oddball. "É mesmo uma história incrível. Estávamos tentando salvar um pinguim fofo com alguns cachorros fofos", aonta Peter. O filme, que já faturou US$ 8 milhões de bilheteria na Austrália, impulsionou o turismo na ilha. Nos meses de verão, as pessoas podem fazer um tour guiado pelo local. "Foi uma das melhores coisas que nos aconteceu em muito tempo. Agora, os turistas vêm para conhecer os cachorros ou para fazer o tour na ilha", conta John Watson, que tem um hotel na região. Muitos dos moradores são personagens do filme ou trabalharam como extras. «Meu personagem é interpretado por ator americano", conta o fazendeiro Peter Abbott. "Eu digo para as pessoas que é porque eles não acharam um australiano tão bonito quanto eu." Fonte: BBC

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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 21 Larvas que comem isopor podem ser solução para problema do lixo Com certeza, o isopor parece ser genial quando serve para aquecer seu café naquele copo barato. E você não pode deixar de apreciar aquelas bolinhas das embalagens que mantêm seus objetos frágeis protegidos quando são transportados. Mas esse material leve e durável, também chamado de espuma de poliestireno ou poliestireno expandido, tem um custo ambiental elevado. A espuma de poliestireno não se desintegra fácil em aterros. Os norte-americanos jogam fora pelo menos 2,5 bilhões de copos de isopor por ano, por isso muito lixo ainda vai circular por milênios, contaminando sistemas de água e prejudicando animais. Agora, a boa notícia: cientistas da Universidade Beihang, em Pequim, e da Universidade Stanford, na Califórnia, descobriram pistas escondidas nas vísceras das larvas do besouro tenébrio, também conhecidas como bicho-da-farinha, para

reduzir o problema da espuma de plástico. "Existe a possibilidade de que uma pesquisa realmente importante esteja surgindo de lugares bizarros", disse em um comunicado Craig Criddle, professor de engenharia civil e ambiental que supervisionou os pesquisadores em Stanford.

"Às vezes, a ciência nos surpreende. É um choque." Os pesquisadores descobriram que poderosas bactérias vivem nas vísceras do bicho-dafarinha e permitem que se alimentem de espuma de poliestireno — conhecida comercialmente como isopor

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—, desintegrando o plástico em lixo orgânico. Estudos adicionais sobre essas bactérias poderiam ajudar os cientistas a desenvolver enzimas sintéticas capazes de desintegrar espuma de poliestireno. A pesquisa foi publicada em 21 de setembro na revista Environmental Science and Technology. "A descoberta da desintegração do plástico pelo bicho-da-farinha é revolucionária, porque o isopor tem sido considerado não biodegradável", disse o pesquisador Wei-Min Wu por e-mail. «Entender o mecanismo da desintegração do plástico pelo bicho-dafarinha nos levará a novas abordagens para resolver o problema da poluição por plástico", disse Wu, engenheiro e pesqui sador sênior de Stanford que participou do estudo. Na pesquisa, cem larvas foram alimentadas com 34 a 39 miligramas de isopor durante um mês todos os dias desde o

nascimento. Em 24 horas depois de comer, os bichinhos rastejantes converteram cerca da metade da espuma de plástico em dióxido de carbono e excretaram o restante como resíduo que, aparentemente, poderia ser utilizado sem riscos como adubo em colheitas. Não se preocupe com os carunchos. Segundo Wu, as criaturas comedoras de plástico permaneceram saudáveis como qualquer outro grupo de larvas controlado que tivesse recebido uma dieta normal. A existência dessas bactérias já era conhecida — graças à estudante de ensino médio de Taiwan Tseng I-ching, que as descobriu em 2009 —, mas o que elas poderiam fazer dentro das larvas ainda não era sabido, segundo uma reportagem do jornal on-line The Christian Science Monitor. Os cientistas ficaram muito animados com a nova pesquisa. Como disse Wu à CNN: "Essa é uma das maiores descobertas em ciência ambiental nos últimos dez anos".

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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 23 Poluição atmosférica atinge nível perigoso em Xangai Atividades ao ar livre e trabalho em fábricas e construções foram limitados. Ar pesado limitou visibilidade e levou índice de qualidade do a mais de 300. A poluição atmosférica na metrópole chinesa de Xangai atingiu seu nível mais alto desde janeiro, o que levou as escolas a proibirem atividades ao ar livre e as autoridades a limitarem o trabalho em locais de construção e fábricas, conforme o ar poluído se espalha por todo o país.

Na semana passada, os perigosos níveis de poluição provocaram o primeiro "alerta vermelho" na capital da China, Pequim, levando as autoridades a ordenar a retirada de carros das estradas, cancelamento de aulas e a proibição de circulação de veículos pesados. A pesada poluição de Xangai começou apenas um dia antes de a cidade abrigar a Conferência Mundial da Internet, evento muito aguardado e que incluirá um discurso do presidente Xi Jinping. Entre os participantes estão titãs da indústria da tecnologia global e líderes de países como Rússia e Paquistão. A cortina de fumaça cinza caiu nesta terça-feira sobre Xangai,

a capital de negócios da China, com uma população de mais de 20 milhões de habitantes. O ar pesado limitou a visibilidade e levou o índice de qualidade do ar da cidade para mais de 300,

um nível considerado "perigoso" na maioria das escalas e que pode ter um impacto de longo prazo sobre a saúde.

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O nível de PM 2,5, as perigosas partículas de poluentes, alcançou 281, o mais alto desde meados de janeiro, de acordo com dados compilados pelo Departamento de Estado dos EUA. As partículas PM 2,5 são uma das principais causas de doenças respiratórias e asma, dizem os especialistas. ¨Por causa da poluição atmosférica meu filho muitas vezes fica doente, muitas vezes tem o nariz entupido e tosse", disse Valen Wang, de 40 anos, dona de casa de Xangai. "No momento, parece que a poluição está cada vez pior, e tudo o que podemos fazer é retardá-la um pouco."

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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 24

SUSTENTABILIDADE INDUSTRIAL: APLICANDO SUSTENTABILIDADE NA INDÚSTRIA

A sustentabilidade industrial tem sido foco das discussões sobre a temática que envolve questões não apenas ambientais, mas que também visam o crescente lucro, ou de condições favoráveis às indústrias. Uma das perguntas centrais das discussões em torno do desenvolvimento

sustentável das indústrias é: como é possível tornálas ecologicamente éticas e ao mesmo tempo produtivas (que gerem lucros rápidos)?

A forma mais utilizada para

tornar a indústria sustentável é, sem dúvida, a adoção de projetos sustentáveis com vistas na geração de energia limpa e renovável, além de medidas de ordens sociais e ambientais que possam ser vantajosas, como por exemplo, as atitudes que permitam uma geração de emprego sustentável nas comunidades que extraiam a matéria prima utilizada pela indústria em questão, um outro exemplo de atitude sustentável é a reeducação dos funcionários e o treinamento destes para tornar a produção mais ecologicamente ética. Há também medidas internacionais, como os provenientes do protocolo de Kyoto que debatem a viabilidade das industriais utilizarem a intervenção financeira como meio de redução da emissão de gases danosos ao ambiente, por exemplo. Quando as indústrias já são sustentáveis, tem-se o cuidado de manter tais medidas e de sempre

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utilizar um investimento reservado a aplicação de

veis. A reciclagem e o aproveitamento de todos

novas técnicas nas suas produções. Um exemplo de indústria sustentável são as que produzem o açúcar e que utilizam do bagaço de cana para a geração de energia, ou aquelas que se referem a produção de cosméticos e de celulose que incentivam não somente o replantio, mas que também criam áreas de reservas intocá-

os materiais, como a utilização hídrica, também representam um interesse comum da sustentabilidade industrial. A adoção da sustentabilidade industrial além de ser uma medida ética e produtiva, também ganha um espaço cada vez maior em questão de aceitabilidade dos consumidores.

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Dirigir de forma consciente reduz perigos nas estradas e contribui com o meio ambiente Por meio de ações preventivas e tecnologia, é possível reduzir as emissões de carbono e custos operacionais da frota Para preservar o meio ambiente, uma das alternativas é saber como dirigir, ou seja, usar recursos de “ecodriving”, que é

que possuem frotas, independente do ramo, precisam saber o quando a má direção traz prejuízos não só para seus bolsos, mas para o meio ambiente”, diz. Para dirigir com consciência, Munhoz dá algumas dicas:

uma forma de direção que reduz o impacto nos deslocamentos, independente do porte do veículo. Luiz Munhoz, diretor da Mix Telematics, empresa de telemetria, explica que os veículos causam impacto no ambiente queimando combustível, liberando gases tóxicos na atmosfera e também pelo desgaste das peças, pastilhas de freio, pneus e óleo do motor queimado. “Dirigir com consciência é fundamental e as empresas

Utilizar a faixa verde: Os veículos possuem uma faixa ideal de rotação para serem mais econômicos e o motorista deve trocar as marchas de forma a se manter dentro dessa faixa de rotação. Nos carros de passeio a rotação fica normalmente entre 1500 e 3500 RPM, já nos caminhões a faixa é mais baixa – de 1000 a 2400 RPM -, normalmente o veículo possui um conta-giros e a faixa está assinalada com fácil identificação; Utilizar o freio motor: a regra

básica é utilizar a mesma marcha para descer uma ladeira e para subir. Não desça uma ladeira em ponto morto, pois isso irá obrigar a utilização excessiva dos freios que podem esquentar e perder a sua efetividade, além de gastar as pastilhas de freio muito mais rapidamente (os resíduos delas são altamente tóxicos); Abastecer em postos conhecidos: o combustível adulterado altera drasticamente o d e se mp e n h o d o mo to r, aumenta o consumo e reduz a sua vida útil. Dessa forma, o ideal é eleger alguns postos de combustível e sempre abastecer nos mesmos; Fazer a manutenção periódica: o veículo em condições ideais de funcionamento gastará pouco e poluirá menos, além de ser mais seguro. Troque regularmente o óleo do motor, os filtros do veículo, filtro do óleo, do ar e do combustível. Filtros sujos aumentam o consumo e reduzem a vida útil do motor; Dirija de forma preventiva: enquanto dirige, observe o trânsito atentamente tentando antever os problemas. Não fique muito próximo do veículo da frente e procure vislumbrar como o trânsito está se desenvolvendo. Acelerações e freadas bruscas provocam aumento expressivo no consumo de combustível. Por isso, procure dirigir da forma menos agressiva possível, é mais seguro, é mais agradável,

consome menos e reduz o desgaste e manutenção do seu veículo; Planeje o seu roteiro: antes de sair estude o caminho, mapas etc., mesmo se for utilizar um navegador. Isso evita voltas desnecessárias, que irão aumentar o tempo do percurso e gastar mais combustível. Procure fazer o roteiro fora de horários de pico, início do dia e final da tarde, quando o trânsito intenso irá aumentar o consumo. Reduza a velocidade: saia em tempo suficiente para fazer o seu caminho com uma velocidade menor. Uma redução de 10% na velocidade pode ter impacto de mais 25% no seu consumo. Além disso, a velocidade é a maior causadora de acidentes; Utilize sistemas de navegação: Os navegadores identificam o tráfego e indicam os caminhos mais rápidos. O trânsito reduz muito o desempenho do seu veículo e aumenta muito o consumo; Sempre que possível, utilize meios de transporte coletivo ou divida o trajeto com os colegas: isso reduz o número de carros nas ruas e, consequentemente, trânsito e poluição; 10. Utilize um veículo adequado a sua necessidade: grandes veículos, SUV´s para uma pessoa se deslocar sem carga, são uma forma de gasto de combustível desnecessária. Prefira um veículo compatível com sua necessidade, pois irá gastar menos combustível e seguro.

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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 28


GAZETA DO MEIO AMBIENTE 29 Albatroz-de-sobrancelha deixa lista de espécies ameaçadas

Depois de esforços do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em parceria com o Projeto Albatroz, o albatroz-de-sobrancelha saiu da Lista de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção, divulgada em dezembro de 2014. Atualmente, a espécie está na categoria Quase Ameaçada (NT). A espécie Thalassarche melanophris é uma ave migratória cujas asas negras se destacam em meio à plumagem brancas. Possui olhos bem marcantes. O albatroz-de-sobrancelha viaja pelos mares do hemisfério sul.

Desde 2003, ele era apontado como espécie ameaçada de extinção (na categoria Vulnerável – VU), com uma população global de aproximadamente 600 mil casais. Segundo a analista ambiental do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Ce,ave/ICMBio), Patrícia Serafini, a boa notícia é fruto de um conjunto de fatores, que incluem o Plano de Ação Nacional para a Conservação de Albatrozes e Petréis (Planacap), lançado em 2006, e um grande esforço internacional. "O Brasil é signatário da

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Convenção Internacional sobre Espécies Migratórias desde 2008 e também participa do Acordo Internacional para a Conservação de Albatrozes e Petréis (ACAP)", destaca a analista. Segundo ela, o albatroz-desobrancelha, por ser uma ave oceânica, interage fortemente com a pesca industrial. "Ao buscarem alimento, eles são vítimas de captura acidental, sendo arrastados para o fundo do mar e morrendo afogados", destaca Serafini, coordenadora do Plano de Ação. Trabalho pela conservação continua Embora tenha saído da Lista de Espécies Ameaçadas de

Extinção, a espécie continua contemplada pelo Planacap por persistir a pressão de captura incidental na pesca industrial. Para combater isso, o ICMBio conta com uma Instrução Normativa de 2014, elaborada pelos Ministérios do Meio Ambiente (MMA) e da Pesca e Aquicultura (MPA), que regula uma série de medidas mitigadoras para reduzir esse tipo de captura. As principais medidas estabelecidas na Instrução são a utilização do espantador de aves, conhecido como Toriline, nas embarcações, bem como o posicionamento adequado de pesos nas linhas de pesca para que afundem mais rapidamente. Outro ponto é a determinação de que os anzóis sejam lançados no período noturno, quando as aves estão menos ativas. Importante ressaltar, ainda, que as ações de fiscalização têm sido incisivas nos últimos anos, contribuindo para a melhoria do estado de conservação da espécie. Fonte: ICMBio


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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 31 Piadas Duas loiras conversando e a primeira conta: - Eu frequento a academia tem mais de um ano!! A outra assustada pergunta: - E por que você continua gorda? - Ora, só frequento, não gosto dos exercícios...

●●●

professora, então, pergunta para o Pedro: -Quem descobriu a América, Pedro? E Pedro responde, sem pestanejar : -Foi o Paulinho, professora!

●●● -Minha senhora, quer fazer o favor de pedir ao seu filho que pare de me imitar? A mulher fala para o filho: -Zequinha, eu já disse pra você parar de bancar o bobo!

●●● O irmão e a irmã entram em casa machucados. A mãe ficou preocupada e quis saber o que tinha acontecido. A irmã disse: -É que eu escorreguei em uma casca de banana e caí. A mãe perguntou: -E você, meu filho, como se machucou? -Eu ri do tombo dela. Juquinha estava chorando muito, quando seu avô, não aguentado mais aquele chororô, perguntou: -Por que você esta chorando, Juquinha? -Eu perdi uma moeda de 1 real que ganhei do meu pai. -Toma lá 1 real. Pronto, nada de choro. Resolvido. Pouco depois o Juquinha voltou a chorar. -Que é isso, Juquinha? Será que perdeu o real que te dei? pergunta o avô. -Não vovô. Tá aqui! -Então, por que está chorando de novo? -É que se eu não tivesse perdido o que o papai me deu, eu teria 2 reais agora!

●●● A professora pergunta para o Paulinho : -Onde fica a América?? E o Paulinho responde apontando com o dedo no mapa. A

●●● A professora pergunta aos alunos: - Se eu for à feira e comer 4 peras, 3 bananas, 10 laranjas e 1 melancia, qual será o resultado? Do fundo da sala, Joãozinho grita: - Uma dor de barriga!

●●● Dois homens do censo chegam em uma casa e perguntam: - Qual seu nome? - Adão. - E o nome de sua mulher? - Eva. Um dos homens não aguentando aquela situação, com um sorriso no rosto, pergunta: - Incrível! Por acaso a cobra vive aqui também? - Só um momento: Sogra,

estão querendo falar com você!

●●● A garota chega para mãe, reclamando do ceticismo do namorado. - Mãe, o Pedro diz que não acredita em inferno! A mãe responde: - Case-se com ele minha filha e deixe o resto comigo! ●●● Um amigo perguntou ao outro: - E aí, José? Você se dá bem com sua sogra? Ao que o outro respondeu: - Olha... ela me trata como um deus!

- Caramba! É a primeira vez que eu escuto alguém falar bem da sogra. Ela te trata como um deus, mesmo? - Ô! Ela sabe que eu existo, mas não pode me ver! ●●● Um senhor morre e o seu melhor amigo vai ao velório. Ele pra fazer bonito resolve dizer algumas palavras... mas sua dentadura cai sobre o caixão e para não pagar mais mico ainda, diz: - Vai amigo, leva meu último sorriso.

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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 32

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