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MACACO-ARANHA
DO MEIO AMBIENTE NESTA EDIÇÃO 02- EXPEDIENTE \ EDITORIAL 03- CATADORES DO CAIRO USAM LIXO PARA CONSEGUIR LUZ E ÁGUA QUENTE 04- BURACO DA CAMADA DE OZÔNIO SOBRE A ANTÁRTIDA É MENOR EM 5 ANOS 05- CARNE E LEITE DE GADO CLONADO NÃO APRESENTAM RISCO PARA O CONSUMO 06- MESMO SEM VIDA, HÁ ESPERANÇA 07- AVIÃO DE PAPEL TIRA FOTOS DA TERRA VISTA DO ESPAÇO 08- CÚPULA REÚNE 13 PAÍSES PARA SALVAR O TIGRE DA EXTINÇÃO 09- NASA DESCOBRE BACTÉRIA QUE PODE SOBREVIVER SEM FÓSFORO 10- MACACO-ARANHA 12- MELHORAR INDICADORES SOCIAIS NA AMAZÔNIA É DESAFIO DO GOVERNO 13- AMAZÔNIA DE SUAS ESPÉCIES A FORMAÇÃO DOS ANDES 14- DESIGN SIMPLES FAZ COM QUE APARELHO SEJA SUSTENTÁVEL NA FABRICAÇÃO, NO USO E NO DESCARTE 15- TRÁFICO DE ANIMAIS REDUZ EXPECTATIVA DE VIDA DE PAPAGAIOS EM ATÉ DEZ VEZES 18- DENGUE 23- MUTIRÃO DE LIMPEZA REMOVE 5 TONELADAS DE LIXO 24- EUA DEVEM PROIBIR PERFURAÇÕES NO GOLFO DO MÉXICO ATÉ 2017 25- GREENPEACE ALERTA PARA CONTAMINAÇÃO DA INDÚSTRIA TÊXTIL 26- UMA “PEGADA” SOBRE O USO DA ÁGUA 30- ENTRETENIMENTO
Ano XI - Edição n° 39 2010 / 2011 Distribuição Dirigida Circulação Trimestral Gratuita
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02 GAZETA DO MEIO AMBIENTE Para Refletir
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Colaboradores
IBAMA
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“Os textos são de inteira responsabilidade de seus autores. Algumas das fotos turísticas foram extraídas de sites da Internet”.
A extinção é um fato natural para as espécies do mesmo modo que a morte o é para os indivíduos. Cedo ou tarde todas as espécies terminam por registrá-la como complemento em seu registro vital. Mas não existe um único tipo de extinção: há espécies que se extinguem para dar passo a outras evolutivamente mais modernas (como há ocorrido, por exemplo, no passo de Homo erectus a Homo sapiens) e outras que em câmbio se extinguem sem dar lugar a novas formas. Ao primeiro tipo se lhe denomina cronoespécies, quer dizer, espécies que têm nomes distintos, mas que são uma descendente da outra. A transformação de uma espécie em outra sempre se produz mediante um processo gradual. O segundo tipo vem a significar um conjunto de formas de vida que, em um momento pontual e por causas diversas, se convertem em não-adaptativas e se encontram próximas à extinção pela seleção natural. A espécie, ou responde a cada desafio ambiental com adaptações apropriadas, ou se extingue. De tal sorte que a extinção pode considerar-se uma realidade frequente desde que há 3.500 milhões de anos apareceram as primeiras formas de vida na Terra. Tanto é assim que os cientistas já chegaram a afirmar que 99% das espécies que hão existido no planeta já se acham extintas. O célebre paleontólogo George Gaylord Simpson parecia apontar na mesma direção quando, há mais de quarenta anos, escrevia que “as espécies extintas devem, enfim, haver sido muito mais numerosas que as que agora vivem. O total de todos os organismos que hão vivido desde sempre na terra desafia nossa imaginação”. Manuella Maria Fernandez
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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 03 Catadores do Cairo usam lixo para conseguir luz e água quente O autor intelectual -e principal executor- dessa ideia é o cientista americano Thomas Culhane, apaixonado pela criação de cidades sustentáveis, que se mudou para a favela do Cairo há quatro anos para iniciar o projeto. Eles vivem com menos de um dólar por dia, não têm emprego nem comida e às vezes sequer água ou eletricidade e, no entanto, construíram em seus tetos tecnologia sustentável de primeira qualidade com a única coisa que têm de sobra: o lixo. Alguns moradores da comunidade de Zabbaleen (catadores de lixo, em árabe), no Cairo (Egito), construíram aquecedores solares com materiais recicláveis que proporcionam a eles água limpa e quente. Assim, para os habitantes deste bairro, tornou-se coisa do passado aquecer água na estufa ou com querosene, que anualmente causam a morte de 30 pessoas por acidentes.
"Preparamos ecocomunidades que possam produzir soluções de água, energia, resíduos sólidos e que as pessoas sintam isso em seus ossos e mãos, que o vivam todos os dias", enfatiza Culhane à agência de notícias Efe.
ladas no bairro, construídas com canos de ferro e chapas de alumínio de latas recicladas, aquecem a água que percorre os canos e a enviam a um tanque conectado com mangueiras e válvulas, também extraídas do lixo. Um efeito de sifão faz com que a água quente se acumule no alto do tanque e que a água fria saia por baixo para entrar novamente no coletor solar. "Não é uma tecnologia que veio de mim, mas saiu da própria comunidade. Carpinteiros, encanadores, eletricistas, soldadores e artesãos. Todos cooperaram com idéias", explica o físico.
A missão de sua ONG, Solar Cities, se limita a diminuir as despesas em energia e resíduos nas áreas dos lares que mais os produzem-- banheiros e cozinhas.
O benefício é que, com um só dia de "bom sol" --coisa que não falta no Cairo ao longo do ano--, uma família pode ter 200 litros de água quente sem gastar um só centavo.
A tecnologia é tão simples que até "uma criança de dois anos pode fazê-lo. Com a ajuda do pai, claro", ressalta Culhane, enquanto olha a foto de seu filho com uma chave de fenda na mão.
ENTRE MONTANHAS DE LIXO
As 17 placas solares já insta-
O projeto na comunidade de Zabbaleen, onde vivem cerca de 50 mil pessoas entre montanhas de lixo, não termina por aí, já que em alguns lares também foram construídos
sistemas que permitem obter gás a partir da decomposição dos resíduos orgânicos. "O maior problema das cidades é o lixo orgânico", ressalta Culhane. No entanto, segundo ele, com esses biodigestores, os resíduos desaparecem, "evitando odores, doenças e ratos". "É ótimo que as pessoas falem da mudança climática e de controlar seus efeitos, mas com isso nós estamos salvando vidas", argumenta Culhane, ao dar o exemplo de seu principal colaborador, Hanna Fathy, cuja sobrinha de um ano de idade foi devorada pelos ratos. A casa de Fathy, um egípcio de 27, localizada na comunidade Zabbaleen, na zona de Manshiyat Nasser, pode ser comparada aos lares sustentáveis dos países mais desenvolvidos. Com seu sistema de aquecedores solares, a família tem água quente todos os dias. O biodigestor proporciona uma hora de gás ou 45 minutos de eletricidade. Além disso, a família se dá o luxo de ouvir música na rádio.
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04 GAZETA DO MEIO AMBIENTE "Gosto de mostrar às pes- Buraco da camada de soas todos os benefícios ozônio sobre a Antártida é o menor em 5 que o sol pode nos dar anos com uma tecnologia barata que eles mesmos podem construir", afirma Fathy, que vive dos chamados "tours solares", oferecido pela Solar Cities em seu site. Para Culhane, o Egito tem "os profissionais, os recursos e a criatividade" para resolver suas principais necessidades. "Só é preciso que comecemos a mudar de mentalidade." E ele promove essa mudança de uma maneira mais que original. Com seu violão solar e suas próprias composições, Culhane faz os ZabbaleO buraco da camada de ozôen cantarem músicas nio sobre a Antártida se reduziu pegajosas: "É hora de ao seu menor tamanho nos últimudar o biogás!" mos cinco anos, indicou o InstiPortugal planeja construir eco-cidade com cérebro próprio para tomar decisões. Software da Embrapa avalia sustentabilidade de fazendas do Pantanal. Brasileiros evitariam produtos não ecológicos, relata ONU
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tuto Nacional de Água e Pesquisa Atmosférica da Nova Zelândia nesta sexta-feira. Os cientistas calcularam que o tamanho do buraco seja de 22 milhões de quilômetros quadrados, dois milhões a menos que em 2009. No ano de 2000, quando foi registrado o maior tamanho, o volume foi de 29 milhões. O déficit da massa de ozônio também se reduziu a 27 milhões de toneladas. Uma sensível melhora se comparado aos 35 milhões de toneladas de 2009 e aos 43 milhões de toneladas em 2000. " Podemos dizer que o buraco na camada de ozônio está melhorando de acordo com as observações deste ano", disse o cientista Stephen Wood, que apontou que estão dando resultado as iniciativas internacionais como o Protocolo de Montreal,
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de 1987. A camada de ozônio, que protege das radiações ultravioleta, diminuiu, segundo os cientistas, pelo efeito de produtos como o clorofluorcarbono
(CFC), utilizados em refrigeradores e aerosóis, proibidos a partir do acordo de Montreal. Fonte: Folha de São Paulo
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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 05 Carne e leite de gado clonado não apresentam riscos para consumo, afirma estudo
A carne e o leite de vacas clonadas e de suas crias "não apresentam diferenças substanciais" em relação aos produtos de animais não clonados, o que torna seu consumo seguro, afirmou um organismo independente que assessora o governo britânico. As conclusões do Comitê Consultor de Novos Alimentos e Processamentos (ACNFP, na sigla em inglês), que trabalha para a Agência de Segurança Alimentar (FSA) britânica, podem acelerar a polêmica liberação do comércio
destes produtos, vendidos nos Estados Unidos desde 2008. "A ACNFP confirmou que a carne e o leite de animais clonados e seus descendentes não têm diferença em relação à carne e o leite produzidos de maneira convencional, e portanto é improvável que apresentem riscos para a segurança alimentar", declarou Andrew Wadge, diretor científico da FSA. O comitê indicou, no entanto, que são necessários mais estudos para avaliar como a carne e o leite podem afetar os diferentes ambientes onde os animais clonados são criados. Ao mesmo tempo, o grupo estimou que qualquer diferença que possa existir entre o
gado clonado e o não clonado desaparecerão depois da segunda geração. A FSA examinará as conclusões do relatório em uma reunião, marcada para dezembro, na qual também será debatida a recente proposta europeia de proibir a venda de carne de animais clonados e seus descendentes de primeira geração, antes de fazer suas recomendações ao governo. PARA CONSUMO? A discussão sobre produtos de animais clonados no Reino Unido chegou ao auge no início do semestre, depois que o jornal "International Herald Tribune" afirmou que criadores de gado europeus estavam começando a comercializar ilegalmente produtos oriundos de animais clonados. A FSA deu início a várias investigações para apurar o caso, alegando que jamais autorizara a comercialização e tampouco havia recebido solicitações de permissão para que os produtos fossem vendidos. A venda de produtos de
animais clonados e suas crias, autorizada em países como os Estados Unidos, requer, segundo a legislação europeia, uma permissão específica para chegar ao mercado. O tema da clonagem sempre levantou polêmica entre a opinião pública europeia. Segundo a última pesquisa disponível, que data do final de 2008, 58% dos europeus acham que a clonagem para a produção alimentar "não se justifica", e mais de 43% acreditam que "provavelmente não consumirão este tipo de produto".
Fonte: Da France Presse
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06 GAZETA DO MEIO AMBIENTE Mesmo sem vida, há esperança Em busca de ambientes propícios para abrigar seres vivos, cientistas descobrem que Rea, lua de Saturno, possui uma atmosfera com oxigênio e dióxido de carbono Todas as vezes que uma missão espacial anuncia a descoberta de água, os exobiólogos fazem festa. Dedicados a decifrar a origem e antecipar o futuro dos seres vivos no universo, esses estudiosos sabem que, da forma como a conhecemos, a vida só floresce em locais banhados pelo precioso líquido. A revelação de mais um astro com potencial para nos hospedar foi o motivo da festa entre os cientistas. Trata-se de Rea, uma das luas de Saturno e velha conhecida dos astrônomos. Em março, a sonda espacial Cassini passou pelo satélite e coletou os dados avaliados por um grupo de astrônomos liderados por Ben Teolis, pesquisador do Southwest Research, instituto americano que colabora com a Nasa. Além de água em forma
sólida, as informações coletadas indicam que há uma atmosfera com oxigênio e dióxido de carbono. Ou seja, caso suportassem temperaturas de -200 graus Celsius e radiações, os astronautas até poderiam retirar o capacete
nessa lua de Saturno, segundo o estudo publicado na revista “Science”.
ções similares, outras luas do planeta – são pelo menos 62 – podem abrigar atmosferas com oxigênio. E repetir um fenômeno que os astrônomos encontraram nas luas Europa e Ganimede, em Júpiter.
De acordo com as conclusões da equipe de Teolis, essa fina camada atmosférica se forma devido à decomposição quíVAREJÃO PARQUE VERDE A grife do estofado sob medida
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Pelo que as descobertas da Cassini demonstram, Rea é reprovada ao menos em duas dessas notas de corte e parece condenada a contemplar eternamente os anéis de Saturno sem ninguém a bordo.
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Essas descobertas aumentam a esperança de encontrar vida fora da Terra? Sim e não. Sim, porque mostra que parte das condições terrestres podem ser encontradas em outros astros. Não, porque a vida não depende só de água, o que está sacramentado desde 1964. Naquele ano, o biólogo americano George Wald enviou à Academia Nacional de Ciências um documento que estabeleceu os parâmetros necessários para a existência de vida. Além do líquido, são necessários outros elementos que possibilitem o metabolismo e a reprodução, pelo menos uma fonte de energia e um ambiente que harmonize isso tudo.
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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 07 Avião de papel tira fotos da Terra vista do espaço O chamado projeto Paris (sigla em inglês para "Avião de Papel Liberado no Espaço") custou cerca de 8 mil libras (R$ 21 mil) e demorou um ano para ser aprimorado.
km de distância do ponto de onde saiu. John Oates disse que temia que o avião se desviasse centenas de quilômetros e que a saga para encontrá-lo demo-
Para localizar o aparelho após o lançamento, os pesquisadores contaram com equipamentos de rastreamentos produzidos com ajuda da companhia de tecnologia em defesa Qinetiq. Uma equipe de amadores britânicos lançou ao espaço um avião feito de palha e coberto com papel que tirou fotografias da Terra. Steve Daniels e John Oates, entusiastas e editores do site de ciência e tecnologia The Register, embarcaram na iniciativa porque "estavam procurando algo divertido para fazer" e se disseram impressionados com a facilidade de realizar o projeto. Batizado de Vulture 1 ("Urubu 1"), o planador foi colado a um balão de gás hélio, que explo-
diu a mais de 27 mil metros da superfície e deixou cair o protótipo de aeronave. Na descida, que durou cerca de 90 minutos, câmeras inseridas dentro do aparelho registraram imagens como a da curvatura da Terra. "Estávamos procurando algo divertido para fazer e os leitores do site tiveram essa ideia de criar um avião de papel", disse John Oates, 39. "Achávamos que a corrida espacial britânica precisava de uma revigorada", brincou.
Para manter as câmeras de foto e vídeo funcionando, os pesquisadores equiparam o avião com bolsas de água quente. No "cockpit", os criadores colocaram um boneco de playmobil que apelidaram carinhosamente de "playmonauta". O planador de pouco mais de um metro de diâmetro foi lançado a cerca de 150 quilômetro de Madri, na Espanha, e pousou a pouco mais de 30
rasse dias. Mas isso não ocorreu. "Ele caiu em uma parte relativamente remota da Espanha, e por pouco não atingimos um reservatório de água e uma área de leões dentro de um parque de safáris. Então, tivemos sorte." Fonte: Da BBC Brasil
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08 GAZETA DO MEIO AMBIENTE Cúpula reúne 13 países para salvar o tigre da extinção Encontro em São Petersburgo, na Rússia, é o primeiro dedicado à sobrevivência de uma única espécie Restam 3.200 tigres em todo o mundo, segundo o Fundo Mundial para a Natureza. Há um século, eram 100.000. Para evitar a extinção completa da espécie (três subespécies desapareceram e o futuro de outras seis é incerto) e tentar duplicar o número de tigres vivendo na natureza até 2022, os 13 países onde o animal
ainda vive participarão de um encontro sediado em São Petersburgo, na Rússia, entre
os dias 21 e 24 de novembro. É a primeira cúpula de chefes de governo deste nível dedicada à sobrevivência de uma única espécie.
para cerca de 500, nos últimos 50 anos. "A Rússia cumpre um papel chave como país anfitrião e dá bom exemplo. Um dos elementos importantes é a preocupação de Putin", destacou Sabri Zain, da organização do encontro.
O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, tem interesse pessoal no tema e é um declarado defensor do tigre de Amur, subespécie russa. Tanto que, ao contrário do que vem acontecendo nos outros doze países participantes do encontro - Bangladesh, Butão, Camboja, China, Índia, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Nepal, Ta i l â n d i a e Vi e t n ã - , o número de tigres na Rússia aumentou, passando de cem indivíduos
O primeiro-ministro russo assumiu pessoalmente o controle de um programa de salvaguarda do tigre. Em agosto de 2008, participou da captura de uma tigresa para equipá-la com um colar GPS. A análise de deslocamento é um dos elementos centrais do programa russo de defesa do felino.
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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 09 Nasa descobre bactéria que pode sobreviver sem fósforo coberta mostra que é possíve l h a ve r vida extraterrestre em formas não comuns na Terra. "A definição de vida foi ampliada. Em MONO LAKE E A BACTÉRIA nosso esforO lago na Califórnia, rico em arsênio, apresen- ços para bustava características propícias para a busca de car sinais de micro-organismos que pudessem se comportar vida no sistem a s o l a r, devemos pensar mais diversiO micro-organismo substificadamente e considerar a tuiu o elemento até agora vida em formas que descoconsiderado essencial nhecemos", afirmou Ed Weipara a vida por arsênio ler, administrador associado da Nasa para a Direção de Após muitas especulações, a Missões Científicas, em WasNasa anunciou, a “descoberhington. ta que teria impacto na busca A bactéria da classe Gammade provas sobre a vida extraproteobacteria foi isolada do terrestre”. Trata-se de uma Mono Lake, na Califórnia. No bactéria que consegue sobrelaboratório, em um ambiente viver utilizando arsênio no sem fósforo, mas rico nos lugar do fósforo. Isso quebra demais elementos necessárium paradigma sobre o que é os para a vida e em arsênio, o necessário para a vida. Até micro-organismo se desenagora, eram listados seis elevolveu e se multiplicou. Felisa mentos como essenciais para Wolfe-Simon, a pesquisadora o metabolismo: carbono, do Instituto de Astrobiologia hidrogênio, nitrogênio, oxigêda Nasa e do Serviço Geológinio, enxofre e fósforo. A desco dos Estados Unidos que
organismos que se comporliderou a pesquisa, afirmou tassem de maneira diferente. que fósforo e arsênio são eleA forma como o arsênio subsmentos parecidos e, na tituiu o fósforo foi demonstraausência do primeiro, o do pelo biólogo da Nasa Stesegundo acabou se associanven Benner. Com correntes, do ao trecho do DNA em que o ele explicou como a ligação fósforo faltava. “Sabemos que com os átomos de arsênio é alguns micro-organismos mais instável. Ou seja, aconpodem respirar arsênio, mas tece pela privação do fósforo. o que nós descobrimos foi um A pesquisadora Pamela Conmicro-organismo fazendo rad completou afirmando que algo diferente do que conhecemos como vida – construindo partes de seu corpo com arsênio”, disse na entrevista coletiva organizada pela Nasa para o anúncio da descoberta. O Mono Lake foi escolhido como um local para buscar seres vivos que FELISA WOLFE-SIMON poderiam com- A pesquisadora que liderou a descoberta no portar-se de Mono Lake, na Califórnia maneira difese trata de um elemento que rente por conta das caractepode ser “tolerado”. “A perrísticas peculiares do ambiengunta é: 'Que outros elemente: hipersalinidade e alcalinitos podem ser também toleradade com alta concentração dos?” de arsênio. Felisa afirmou que seu interesse por “exceções Fonte: Época às regras” a motivou a buscar
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NOME COMUM: Macacoaranha OUTROS NOMES: coatá preto ou quatá NOME EM INGLES: Spider Monkeys NOME CIENTÍFICO: Ateles geoffroyi FILO: Chordata CLASSE: Mammalia ORDEM: Primatas FAMILIA: Cebidae SUBFAMÍLIA: Atelinae CARACTERÍSTICAS: Comprimento: Mede de 38.2 a 65 cm, com a cauda de 50.8 a 90 cm.
Cauda: preênsil. Distribuição: Guianas, Amazonas Habitat: Florestas tropicais chuvosas Hábito: Diurno Comportamento: Grupo de até 30 indivíduos Longevidade: 33 anos Maturidade: Fêmea - 4 anos, Macho - 5 anos Época reprodutiva: Durante todo o ano Nº de filhotes: 01 Nº de crias: 1 a cada 24 - 36 meses Peso adulto: 6 a 8 Kg Alimentação na natureza: Frutas, sementes, folhas, insetos e ovos Alimentação em cativeiro: Frutas, verduras e ovos. Período de gestação; 226 a 232 dias Filhote: Peso 340 g. Predador Natural: Em primeiro lugar os carnívoros, como a onça; depois o homem, que está acabando com a floresta amazônica onde eles vivem. O nome desse macaco casa perfeitamente com ele. Distinguem-se à primeira vista pelos longuíssimos membros, cauda comprida e abdome dilatado, que
fazem comque eles se pareçam com uma aranha gigan-
tesca. Atingindo 65 cm de comprimento, mais 90 cm de cauda, e podem pesar até 8 kg. Quando trepa em uma árvore, movendo, com grande rapidez, seus membros compridos, esse macaco americano lembra uma aranha na sua teia. Ainda mais impressionante é o fato de usar, para isso, não apenas os quatro membros, mas também a cauda. Esta é preênsil e pode se enrolar e desenrolar a fim de segurá-lo ou para pegar pequenos objetos. O macaco-
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aranha prefere mesmo usá-la em lugar das mãos. Se você lhe der algo para comer ele pega com a cauda, como faria um elefante com a tromba. Quatro espécies e 16 subespécies são reconhecidas pelos primatologistas e se distribuem desde os 23 graus de latitude, nas florestas costeiras do México para o sul, até o limite meridional da floresta amazônica, entre os rios Tocantins e Tapajós. A pelagem, sempre escura, às vezes preta, é rala e esparsa. A pele superior é preta, dourada, ou avermelhado e a face está freqüentemente marcada com uma máscara pálida de pele despigmentada ao redor dos olhos e focinho. Os braços são mais longos que as longas pernas, e as mãos possuem o polegar rudimentar, como acontece com os gibões, o que constitui uma adaptação ao salto de ramo em ramo, onde a mão é usada como um gancho. A cauda tem mobilidade notável e é utilizada com precisão para segurar os objetos menores e mais delicados. A cabeça, redonda e pequena, provida de grandes orelhas, tem bas-
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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 11 tante mobilidade. Macacos de aranha Fêmeas têm um clitóris aumentado que se assemelha ao pênis de machos. Em habitat natural, vivem nos ramos mais altos das altas árvores e raramente são vistos no solo. No topo das árvores encontram seu alimento (principalmente frutos e folhas): e ali dormem em grupos de dois ou três, presos uns aos outros pelas caudas. Sua dieta inclui 90% de frutos e sementes, complementados com flores e brotos. Eles também podem comer algumas nozes, sementes, insetos, aracnídeos, e ovos. Eles se alimentam logo cedo e dedicam toda manhã em busca de alimento. Depois das 10 horas segue-se um período de repouso, para os adultos, e de brincadeiras, para os filhotes. À tarde comem alguma coisa, recolhendo-se à noite para dormir. O comportamento social desses macacos é complexo. Estes animais são sociais e tendem a formar grupos de aproximadamente trinta indivíduos. Grupos de até 100 já foi registrado. A maior parte, estes grupos grandes dividi-
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ram-se em subgrupos menores para cobrir uma região e, só durante alguns semanas fora do ano é junto o grupo
área. Mostram-se curiosos quando surpreendidos pelo homem, de que se aproximam bastante, sacudindo as pontas dos galhos e emitindo gritos que soam como latidos. Ás vezes quebram os galhos que atiram para baixo, sem direção, mostrando grande excitação e retirando-se em seguida. Cerca de 12 tipos diferentes de sons podem ser reconhecidos e identificados, de acordo com a ocasião em que são emitidos. Os quatás, como são chamados na Amazônia, mantêm sempre a cabeça erguida,. preferindo descer das árvores de costas, e não como o fazem os guaribas. Dão saltos longos, cobrindo mais de dez metros, e é comum deixarem-se cair, da altura de seis ou sete metros, para um galho mais baixo. Os bandos movimentam-se em domínios cujos limites são definidos, que se podem sobrepor em parte, e onde encontram alimento e abrigo. Em geral percorrem as mesmas rotas durante o dia, retornando às mesmas árvores, à noite, para dormir. Os caçadores aproveitam-se deste fato e conseguem
dizimar grande número de macacos, cuja carne é muito apreciada. Os macacos-aranha não perecem ter uma estação de procriação regular. As fêmeas têm um ciclo de 24 a 27 dias; o acasalamento se restringe a um período de dois a três dias. A gestação dura 226 a 232 dias e nasce apenas um filhote. A ovulação é suspensa pela amamentação e os nascimentos acontecem em intervalos de 2 a 4 anos. Os filhotes nascem em qualquer época do ano. Durante os primeiros quatro meses, dependuram-se na barriga da mãe. Depois passam para as costas dela. Os machos são sexualmente maduros em cinco anos e fêmeas em quatro.
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12 GAZETA DO MEIO AMBIENTE Melhorar indicadores sociais na Amazônia é desafio do governo, diz pesquisador do Meio Ambiente da Amazônia) Adalberto Veríssimo.
Os desafios da presidente eleita, Dilma Rousseff, para a Amazônia serão muito maiores que a redução do desmatamento do bioma. A derrubada está em tendência de queda desde 2006 e este ano deve chegar a 5 mil quilômetros quadrados, a menor taxa dos últimos 22 anos. Com o desmate sob controle, a tarefa será melhorar os indicadores sociais da região e garantir desenvolvimento econômico com contrapartidas socioambientais. Com 25 milhões de habitantes, a Amazônia ainda tem alguns dos piores indicadores de desenvolvimento do país. Em 1990, 48% da população da região viviam em situação de pobreza. Quase 20 anos depois, em 2009, o percentual ainda era de 42%, segundo o pesquisador sênior do Imazon (Instituto do Homem e
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"Os indicadores sociais na Amazônia melhoraram ligeiramente, não tiveram a melhoria que o resto do país teve", comparou. Segundo Veríssimo, a combinação entre crescimento da economia e programas sociais não será suficiente para reduzir a pobreza na região. "Os programas são importantes, mas está provado que na Amazônia eles têm menos força que em outras regiões, seja porque a população é muito rarefeita, seja porque nas grandes cidades há uma grande população com problemas graves", avaliou. INVESTIMENTOS Atrair setores que tenham capacidade de geração de empregos para a Amazônia também será um dos desafios dos próximos quatro anos, segundo Veríssimo. A base do atual modelo econômico da região ainda é formada por setores que geram poucas vagas, como a mineração, pecuária e agricultura extensiva. "É preciso estimular um tipo de economia que tenha mais capila-
Outro pilar do desenvolvimento sustentável, a questão social também deverá ser incluída na agenda de prioridades da presidenta eleita para a região amazônica. As tensões socioambientais, acirradas nos últimos anos por processos como o das usinas do Rio Madeira e, mais recentemente, o da Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, não foram resolvidas. "O grande desafio será incorporar a variável socioambiental ao projeto de desenvolvimento, que tem como prioridade o crescimento econômico. Isso foi feito em parte durante o primeiro governo Lula, mas o segundo mandato deu prioridade aos grandes projetos, sem aceitar contestações", avaliou a coordenadora do ISA (Instituto Socioambiental), Adriana Ramos. Segundo ela, o histórico desenvolvimentista de Dilma, que ficou conhecida com a "mãe" do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), não poderá ser obstáculo para um nova forma
de pensar a economia e o desenvolvimento da Amazônia. "Como presidenta, num cenário em que no primeiro turno 20% da população fizeram a opção por um projeto em que a sustentabilidade era frontal, acho que ela precisará ter essa sensibilidade". Para Adriana, o Brasil tem compromissos relacionados à redução do desmatamento, que fazem com que o país necessite de uma política para a região. "E tem que haver coerência." Além da herança de Belo Monte, pelo menos mais um grande projeto na Amazônia deverá ser alvo de polêmica com ambientalistas, caso saia do papel: a BR-319. A rodovia, que deveria ligar Manaus a Porto Velho, poderá cortar uma das regiões mais preservadas da floresta. "Seria uma temeridade. O país não está disposto a pagar por uma rodoviafantasma, que não tem sentido econômico. Enquanto em Belo Monte ainda há a discussão da demanda do país por energia, essa estrada é apenas uma obra faraônica", argumentou Veríssimo, do Imazon. Mais de 200 organizações estão em Belém discutindo os desafios da região amazônica durante a reunião anual do Fórum Amazônia Sustentável. Fonte: Da Agência Brasil
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ridade na geração de renda e emprego. E isso está ligado à economia de base florestal e de base na pequena produção". Para o pesquisador, sem isso não será possível nem manter a queda do desmatamento, porque ele está sendo feito por pequenos proprietários.
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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 13 Amazônia deve suas espécies a formação dos Andes, diz estudo "Em resumo, essas espécies se criaram em resposta ao surgimento dos Andes, e 'in situ', na própria Amazônia --não vieram já prontas de outros lugares", disse à Folha o biólogo brasileiro Alexandre Antonelli, que trabalha no Jardim Botânico de Gotemburgo (Suécia) e é um dos autores da pesquisa na revista "Science". Se o Egito é uma dádiva do Nilo, como se costuma dizer, a diversidade estonteante de espécies da Amazônia é um presente dos Andes, afirma uma nova pesquisa.
A missão de Antonelli, que é de Campinas (SP) e se casou com uma sueca, foi vasculhar milhares de artigos científicos, em busca de filogenias (a grosso modo, árvo-
Com base em dados que vão de análises de DNA a estudos detalhados de fósseis e solos, a equipe do estudo concluiu que os grandes pulsos de especiação (ou seja, de surgimento de novas espécies) na região amazônica batem com as fases de formação das grandes montanhas.
res genealógicas evolutivas) de grupos de animais e plantas do norte da América do Sul. Várias dessas filogenias são datadas com base no chamado relógio molecular (algo como o ritmo com que mutações afetam o DNA), e as datas sugerem influência andina, coincidindo com as grandes fases de expansão das montanhas, primeiro há 23 milhões de anos e, principalmente, a partir de 10 milhões de anos atrás. Quando os Andes "brotaram", sua ação pode ter levado a uma explosão de biodiversidade por diversas razões. A mais simples, explica o biólogo, envolve o isolamento: d u a s p o p u l ações do mesmo bicho, separadas por uma
nova montanha, seguiam caminhos distintos, até virar espécies diferentes. O avanço andino modificou o traçado dos rios e os solos da região. Até 7 milhões de anos atrás, por exemplo, o oeste da Amazônia era um superpantanal, que foi soterrado pelos sedimentos das terras altas. Esses sedimentos, junto com a maior quantidade de chuva vinda dos Andes, afetaram principalmente o oeste da Amazônia, hoje a área mais rica em espécies. "Uma das possíveis explicações para isso é que essa região ficou com solos bastante heterogêneos, permitindo que muitas espécies diferentes de planta os explorassem", diz Antonelli. Fonte: Reinaldo José Lopes
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14 GAZETA DO MEIO AMBIENTE Design simples faz com que aparelho seja sustentável na fabricação, no uso e no descarte Segundo Brenden Macaluso, criador do Recompute, ter que lidar com seus próprios resíduos já é uma obrigação das empresas, principalmente de eletrônicos.
A proposta do Recompute é simples: ser um computador de mesa sustentável na fabricação, no uso e no descarte, completando todo o ciclo do objeto. Isso ocorre pela diminuição de infra-estrutura usada em todo o processo, como ferramentas e recursos técnicos.
disso o aparelho tem 8 portas para USB, permitindo que o usuário possa usar hardwares adicionais, que muitas vezes já tinham em casa.
“Todas as companhias precisam ser responsáveis pelos eletrônicos que produzem. Isso significa pensar em todo o ciclo útil do objeto e reconhecer o impacto que causa para o meio ambiente e para as pessoas. Elas também precisam estar dispostas
a reutilizar, remanufaturar, regenerar e reciclar todos os recursos que alcançaram o final da vida útil”, comenta. A Recompute se propõe a recolher e encaminhar para a reciclagem e processamento correto dos materiais, sempre nos EUA. É importante lembrar que eles não reutilizam peças de computadores antigos, apenas a matéria-prima. A principal intenção é a simplicidade, que também permite que o usuário possa mudar e consertar o computador de acordo com as suas necessidades. Fora isso, o aparelho funciona como qualquer outro computador e não precisa de nenhum cuidado extra. Inventado no curso de Design Industrial da Universidade de Houston, EUA, os primeiros modelos foram comercializados em agosto desse ano. Ao todo, são quatro modelos de computadores, com capacidades e memórias diferentes. A fábrica funciona por encomenda, não criando estoques dos materiais prontos e entrega em qualquer lugar do mundo.
E como até mesmo o design é simplificado, o processo de reciclagem e reutilização das peças no final da vida útil do aparelho é muito mais fácil. Ao trocar o gabinete de plástico por papelão colocado com cola branca atóxica, a intenção é diminuir os processos industrias e as matériasprimas necessárias. Além
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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 15 Tráfico de animais reduz expectativa de vida de papagaios em até dez vezes repetir em outros zoológicos e com outros animais vítimas do tráfico. "Isto provavelmente se estende para outras espécies de aves e mesmo para outros animais que são resgatados, como os mico-leões dourados", diz. Estudo mostra que nove em cada dez aves resgatadas sobrevivem por apenas cinco anos O tráfico de animais é o responsável pela redução drástica na expectativa de vida dos papagaios trazidos a um zoológico no interior de São Paulo. De cada dez animais, nove morrem até cinco anos depois de terem chegado ao local. A conclusão é do veterinário brasileiro Ralph Vanstreels, que publicou um artigo no periódico britânico Zoo Biology. De acordo com o pesquisador, os animais trazidos pela polícia ambiental ao Zoológico Municipal Quinzinho de Barros, em Sorocaba, interior de São Paulo, morrem por doenças e maus tratos do tráfico. A mesma queda na expectativa de vida deve se
Vanstreels analisou os dados do zoológico de Sorocaba entre 1986 e 2007. No total, 374 papagaios foram recebidos nesse período, a maioria da espécie conhecida como papagaio -verdadeiro, proveniente das regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste do Brasil. É preciso permissão do Ibama para cuidar do animal. De acordo
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com a pesquisa, 91,7% dessas aves vieram do comércio ilegal. Infratores capturam os bichos ainda no ninho para depois vendê-los em feiras ilegais. Resgatados pela polícia, esses animais chegam em condições graves ao zoológico e a expectativa de vida, que no habitat natural é de 20 a 25 anos, cai para não mais que cinco anos. Em ambiente doméstico e com bons tratos, os animais poderiam viver até 50 anos. Morte prematura - O veterinário explica que a expectativa de vida dos papagaios é menor por causa das doenças e deficiências que as aves trazem do período em que estiveram nas mãos do tráfico. Além disso, os cuidados inadequados que recebem de proprietários irregulares — por descaso ou por desconhecimento — também diminuem o tempo de vida dos bichos. Muitos dos papagaios trazidos ao zoológico apresentam deformidades, lesões traumáticas, deficiências nutricionais graves e distúrbios comportamentais. “Alguns deles arran-
cam as próprias penas por causa do stress causado pelos maus tratos”, disse Vanstreels. É por isso que mesmo recebendo cuidados adequados por parte dos biólogos e veterinários, os animais morrem em um "período relativamente curto". Conscientização - O papagaio-verdadeiro não é considerada uma espécie em extinção. Mas ela não é a única a ser trazida ao zoológico. Den-
tre outras, aparecem o papagaio-chuá, o papagaio-dacara-roxa e o papagaiocharão. Segundo Vanstreels, a falta de conhecimento dos compradores é um dos principais motores do tráfico de animais. “O tráfico de animais só terminará quando as pessoas pararem de comprar a ave ilegalmente”, diz . Fonte: Veja
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Dengue
O que é dengue? É uma doença infecciosa aguda de curta duração, de gravidade variável, causada por um arbovírus, do gênero Flavivírus (sorotipos: 1,2,3 e 4). No Brasil, circulam os tipos 1, 2 e 3. O vírus 3 está presente desde dezembro de 2000 e foi isolado em janeiro de 2001, no Rio de Janeiro. A dengue é transmitida principalmente pelo mosquito Aedes aegypti infectado mas também pelo Aedes albopictus. Esses mosquitos picam durante o dia, ao contrário do mosquito comum (Culex), que pica durante a noite. O Aedes aegypti é principalmente encontrado em áreas tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil, pois as condições do meio ambiente favorecem o seu desenvolvimento e proliferação. As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos Engenharia e Aerolevantamentos S/A
chuvosos. A dengue está se expandindo rapidamente, e a grande preocupação é que nos próximos anos a transmissão aumente por todas as áreas tropicais do mundo se medidas eficientes não forem tomadas para a contenção das epidemias. Modo de transmissão A transmissão se dá pela picada do mosquito Aedes aegypti que ficou infectado porque picou uma pessoa doente. Esse mosquito infectado, picando uma pessoa sadia, passa o vírus da dengue e esta pessoa fica doente. A doença só acomete a população humana. Os transmissores de dengue, principalmente o Aedes aegypti, proliferam-se dentro ou nas proximidades de habitações (casas, apartamentos, hotéis etc.) em qualquer coleção de água limpa (caixas d'água, cisternas, latas, pneus, cacos de vidro, vasos de plantas). As bromélias, que acumulam água na parte central (aquário), também podem servir como criadouros. A transmissão da dengue é mais comum em cidades. Também pode ocorrer em áreas rurais, mas é incomum
em locais com altitudes superiores a 1200 metros. Não há transmissão pelo contato direto de uma pessoa doente para uma pessoa sadia. Também não há transmissão pela água, por alimentos ou por quaisquer objetos. A dengue também não é transmitida de um mosquito para outro. Quem pica é a fêmea e o faz para sugar o sangue. Os mosquitos acasalam 1 ou 2 dias após tornarem-se adultos. A partir daí, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que fornece as proteínas necessárias para o desenvolvimentos dos ovos. As fêmeas têm preferência pelo sangue humano. Elas atacam vorazmente. São ativas durante o dia, podendo picar várias pessoas diferentes, o que explica a rápida explosão das epidemias de dengue. Locais onde ocorre a doença No Brasil, a erradicação do Aedes aegypti na década de 30, levada a cabo para o controle da febre amarela, fez desaparecer também a dengue. No entanto, em 1981 a doença voltou a atingir a Região Norte (Boa Vista, Roraima). No Rio de Janeiro (Região Sudeste) ocorreram duas grandes epidemias. A primeira em 1986-87, com cerca de 90 mil casos, e segunda em 1990-91, com aproximadamente 100 mil casos confirmados. A partir de 1995, a dengue passou
a ser registrada em todas as regiões do país e, em 1998, o número de casos chegou a 570.148. Em 1999 houve uma redução (210 mil casos), seguida de elevação progressiva em 2000 (240 mil casos) e em 2001 (370 mil casos). Nesse último ano, a maioria dos casos (149.207) ocorreu na região Nordeste. No Estado de São Paulo, em 1990, começa uma grande epidemia na região de Ribeirão Preto, que se disseminou para outras regiões. Em 1995, já haviam 14 municípios envolvidos com a transmissão da dengue. As primeiras prováveis epidemias de dengue datam do final do século XVIII. Nesta época, a doença era conhecida como "febre quebra-ossos" devido às fortes dores que causava nas juntas. Já durante os séculos XIX e XX, foram registradas diversas epidemias ao redor do mundo atribuídas à dengue: - Zazibar (1823; 1870), - Calcutá (1824; 1853; 1871; 1905), - Antilhas(1827), - Hong Kong(1901), - Estados Unidos (1922), - Austrália (1925-26; 1942), - Grécia (1927-28), - Japão (1942-45). Na década de 50, foi reconhecida
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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 19 e descrita pela primeira vez uma grave manifestação clínica associada à dengue, a febre ou dengue hemorrágica. Não se sabe bem porque, mas a dengue hemorrágica se comportou como uma doença relativamente rara antes da década de 50. Isso pode ter acontecido devido aos fatores de ordem social, como a intensa urbanização e maior intercâmbio entre as diferentes regiões do planeta, que podem ter contribuído para o aumento da incidência da dengue de maneira geral possibilitando o aparecimento de grandes contingentes populacionais com experiências imunológicas com a dengue, fazendo com que assim existisse o risco da dengue hemorrágica. O Estado de São Paulo registrou a ocorrência de 78.614 casos autóctones (adquiridos no próprio Estado) de dengue, em 358 municípios, entre janeiro e outubro de 2007, com considerável expansão da doença para novas áreas. Durante todo o ano de 2006 foram registrados 50.021 casos em 254 municípios. Atualmente, temos 508 municípios infestados com o Aedes aegypti, excluindo-se apenas alguns municípios do Vale do Ribeira e do Paraíba e das Regiões Metropolitanas de São Paulo e de Campinas. O único modo possível de evitar a introdução de um novo tipo do
vírus da dengue é a eliminação dos transmissores. O Aedes aegypti também pode transmitir a febre amarela. Sintomas
A dengue clássica é usualmente benigna. A infecção causada por qualquer um dos quatro tipos (1, 2, 3 e 4) do vírus da dengue produz as mesmas manifestações. A determinação do tipo do vírus da dengue que causou a infecção é irrelevante para o tratamento da pessoa doente. A dengue é uma doença que, na grande maioria dos casos (mais de 95%), causa desconforto e transtornos, mas não coloca em risco a vida das pessoas. Iniciase com febre alta, podendo apresentar cefaléia (dor de cabeça), prostração, mialgia (dor muscular, dor retro-orbitária - dor ao redor dos olhos), náusea, vômito, dor abdominal. É fre-
qüente que, 3 a 4 dias após o início da febre, ocorram manchas vermelhas na pele, parecidas com as do sarampo ou rubéola, e prurido ("coceira"). Também é comum que ocorram pequenos sangramentos (nariz, gengivas). A maioria das pessoas, após quatro ou cinco dias, começa e melhorar e recupera-se por completo, gradativamente, em cerca de dez dias. Em alguns casos (a minoria), nos três primeiros dias depois que a febre começa a ceder, pode ocorrer diminuição acentuada da pressão sangüínea. Esta queda da pressão caracteriza a forma mais grave da doença, chamada de dengue "hemorrágica". Este nome pode fazer com que se pense que sempre ocorrem sangramentos, o que não é verdadeiro. A gravidade está relacionada, principalmente, à diminuição da pressão sangüínea, que deve ser tratada rapidamente, uma vez que pode levar ao óbito. A dengue grave pode acontecer mesmo em quem tem a doença pela primeira vez. O doente se recupera, geralmente sem nenhum tipo de problema. Além disso, fica imunizado contra o tipo de vírus (1, 2, 3 ou 4) que causou a doença. No entanto, pode adoecer novamente com os outros tipos de vírus da dengue. Em outras
palavras, se a infecção foi com o tipo 2, a pessoa pode ter novamente a dengue causado pelos vírus dos tipos 1, 3 ou 4. Em uma segunda infecção, o risco da forma grave é maior, mas não é obrigatório que aconteça. Existem diferentes teorias para explicar o surgimento da dengue hemorrágica. Alguns afirmam que ela passa a ter alta incidência em uma população já anteriormente exposta a um outro tipo de vírus da dengue. Seria a exposição seqüencial a um segundo diferente tipo de vírus, que causaria a dengue do tipo hemorrágica. Para outros, a dengue hemorrágica dependeria da maior virulência de determinadas cepas do vírus, isto é, existiriam formas virais mais agressivas do que outras. Uma última explicação seria que as formas hemorrágicas da dengue estariam mais associadas ao tipo 2 do vírus. O mosquito O Aedes aegypti pertence à família Culicidae, a qual apresenta duas fases ecológicas interdependentes: a aquática, que inclui três etapas de desenvolvimento - ovo, larva e pupa -, e a terrestre, que corresponde ao mosquito adulto. A duração do ciclo de vida, em condições favoráveis, é de aproximadamente 10 dias, a partir da oviposição até a idade adulta. Diversos fatores influem na duração desse período, entre
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20 GAZETA DO MEIO AMBIENTE eles a temperatura e a oferta de alimentos. Detalhes do ciclo de vida OVO Os ovos são depositados pela fêmeas acima de meio líquido à superfície da água, ficando aderidos à parede interna dos recipientes. Após a postura tem início o período de incubação, que em condições favoráveis dura 2 a 3 dias, quando estarão prontos para eclodir. A resistência à dessecação aumenta conforme os ovos ficam mais
velhos, ou seja, a resistência aumenta quanto mais próximos estiverem do final de desenvolvimento embrionário. Este completo, eles podem se manter viáveis por 6 a 8 meses. A fase de ovo é a de maior resistência de seu biociclo. LARVA As larvas são providas de grande mobilidade e têm como função primária o crescimento. Passam a maior pare do tempo alimentando-se de substâncias orgânicas, bactérias, fungos e protozoários existentes na água. Não
selecionam alimentos, o que facilita a ação dos larvicidas, bem como não toleram elevadas concentrações de matéria orgânica na água. A duração da fase larval, em condições favoráveis de temperatura (25 a 29º C) e de boa oferta de alimentos, é de 5 a 10 dias, podendo se prolongar por algumas semanas em ambiente adequado. PUPA A pupa não se alimenta, apenas respira e é dotada de boa mobilidade. Raramente é afetada por ação de larvicida. A duração da fase pupal, em condições favoráveis de temperatura é de 2 dias em média. ADULTO Macho e fêmea
alimentam-se de néctar e sucos vegetais, sendo que a fêmea depois do acasalamento, necessita de sangue para a maturação dos ovos. Há uma relação direta, nos países tropicais, entre as chuvas e o aumento do número de vetores. A temperatura influi na transmissão da dengue. Raramente ocorre transmissão da dengue em temperaturas abaixo de 16º C. A transmissão ocorre preferencialmente em temperaturas superiores a 20º C. A temperatura ideal para a proliferação do Aedes aegypti estaria em torno de 30 a 32 ºC. Medidas gerais de prevenção O melhor método para se
combater a dengue é evitando a procriação do mosquito Aedes aegypti, que é feita em ambientes úmidos em água parada, seja ela limpa ou suja. A fêmea do mosquito deposita os ovos na parede de recipientes (caixas d'água, latas, pneus, cacos de vidro etc.) que contenham água mais ou menos limpa e esses ovos não morrem mesmo que o recipiente fique seco. Não adianta, portanto, apenas substituir a água, mesmo
que isso seja feito com freqüência. Desses ovos surgem as larvas, que, depois de algum tempo vivendo na água, vão formar novos mosquitos adultos. O combate ao mosquito deve ser feito de duas maneiras: eliminando os mosquitos adultos e, principalmente, acabando com os criadouros de larvas. Para eliminação dos criadouros é importante que sejam adotadas as seguintes medidas: - Não se deve deixar objetos que possam acumular água expostos à chuva. Os recipientes de água devem ser cuidadosamente limpos e tampados. Não adianta apenas trocar a água, pois os ovos do mosquito ficam aderidos às paredes dos recipientes. Portanto, o que deve ser feito, em casa, escolas, creches e no trabalho, é: substituir a água dos vasos das plantas por terra e esvaziar o prato coletor, lavando-o com auxílio de uma escova; utilizar água tratada com água sanitária a 2,5% (40 gotas por litro de água) para regar bromélias, duas vezes por semana*. 40 gotas = 2ml; não deixar acumular água nas calhas do telhado; não deixar expostos à chuva pneus velhos ou objetos (latas, garrafas, cacos de vidro) que possam acumular água; acondicionar o lixo domiciliar em
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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 21 sacos plásticos fechados ou latões com tampa; tampar cuidadosamente caixas d'água, filtros, barris, tambores, cisternas etc. Para reduzir a população do mosquito adulto, é feita a aplicação de inseticida através do "fumacê", que deve ser empregado apenas quando está ocorrendo epidemias. O "fumacê" não acaba com os criadouros e precisa ser sempre repetido, o que é indesejável, para matar os mosquitos que vão se formando. Por isso, é importante eliminar os criadouros do mosquito transmissor. Além da dengue, se estará também evitando que a febre amarela, que não ocorre nas cidades brasileiras desde 1942, volte a ser transmitida. Medidas Individuais de Prevenção Devem ser adotadas medidas de proteção contra infecções transmitidas por insetos, que são as mesmas empregadas contra a febre amarela e a malária. É importante saber que, embora a transmissão dessas doenças possa ocorrer ao ar livre, o risco maior é no interior de habitações. Em locais de maior ocorrência dessas doenças, deve-se usar, sempre que possível, calças e camisas de manga comprida, e repelentes contra insetos à base de DEET nas roupas e no corpo, sempre observando a concentração máxima para crianças (10%) e adultos (30%). Pessoas que
estiveram em uma área de risco para dengue e que apresentem febre, durante ou após a viagem, devem procurar um Serviço de Saúde. Perguntas mais freqüentes 1. O que é dengue? É uma virose transmitida por um tipo de mosquito (Aedes aegypti) que pica apenas durante o dia, ao contrário do mosquito comum (Culex), que pica de noite. A infecção pode ser causada por qualquer um dos quatro tipos (1, 2, 3 e 4) do vírus da dengue, que produzem as mesmas manifestações. Em geral, o início é súbito com febre alta, dor de cabeça e muita dor no corpo. É comum a sensação de intenso cansaço, a falta de apetite e, por vezes, náuseas e vômitos. Podem aparecer manchas vermelhas na pele, parecidas com as do sarampo ou da rubéola, e prurido (coceira) no corpo. Pode ocorrer, às vezes, algum tipo de sangramento (em geral no nariz ou nas gengivas). A dengue não é transmitida diretamente de uma pessoa para outra. 2. O que uma pessoa deve fazer se achar que está com dengue? - Procurar um Serviço de Saúde logo no começo dos sintomas. Diversas doenças são muito parecidas com a dengue, e têm outro tipo de tratamento. - Beber bastante líquido, evitando-se as bebidas com cafeína (café, chá preto). Não tomar
remédios por conta própria, mesmo aqueles normalmente indicados para dor ou febre. Todos os medicamentos podem ter efeitos colaterais e alguns que podem até piorar a doença. A dengue não tem tratamento específico. Os medicamentos são empregados para atenuar as manifestações (dor, febre). - Informar ao médico se estiver em uso de qualquer remédio. Alguns medicamentos utilizados no tratamento de outras doenças (Marevan®, Ticlid® etc.) podem aumentar o risco de sangramentos. Não tomar nenhum remédio para dor ou para febre que contenha ácido acetil-salicílico (AAS®, Aspirina®, Melhoral® etc.) - que pode aumentar o risco de sangramento. Os antiinflamatórios (Voltaren®, Profenid® etc) também não devem ser utilizados como antitérmicos pelo risco de efeitos colaterais, como hemorragia digestiva e reações alérgicas. Os remédios que tem dipirona (Novalgina®, Dorflex®, Anador® etc.) devem ser evitados, pois podem diminuir a pressão ou, às vezes, causar manchas de pele parecidas com as da dengue. O paracetamol (Dôrico®, Tylenol® etc), mais utilizado para tratar a dor e a febre na dengue, deve ser tomado rigorosamente nas doses e no intervalo prescritos pelo médico, uma vez que em doses muito altas pode causar
lesão hepática. 3. Como é feito o diagnóstico de dengue? O diagnóstico inicial de dengue é clínico (história + e exame físico da pessoa) feito essencialmente por exclusão de outras doenças. Feito o diagnóstico clínico de dengue, alguns exames (hematócrito, contagem de plaquetas) podem trazer informações úteis quando analisados por um médico, mas não comprovam o diagnóstico, uma vez que também podem estar alterados em várias outras infecções. A comprovação do diagnóstico, se for desejada por algum motivo, pode ser feita através de sorologia (exame que detecta a presença de anticorpos contra o vírus da dengue), que começa a ficar reativa ("positiva") a partir do quarto dia de doença. 4. É necessário esperar o resultado de exames para iniciar o tratamento? Não. Uma vez que, excluídas clinicamente outras doenças, a dengue passa a ser o diagnóstico mais provável, os resultados de exames (que podem demorar muito) não podem retardar o início do tratamento. O tratamento da dengue é feito, na maioria das vezes, com uma solução para reidratação oral (disponível nas Unidades de Saúde), que deve ser iniciada o mais rápido possível. 5. A comprovação do diagnóstico de dengue é útil para o Uniformes com Pronta Entrega
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22 GAZETA DO MEIO AMBIENTE tratamento da pessoa doente? Não. A comprovação sorológica do diagnóstico de dengue poderá ser útil para outras finalidades (vigilância epidemiológica, estatísticas) e é um direito do doente, mas o resultado do exame comumente estará disponível apenas após a pessoa ter melhorado, o que o torna inútil para a condução do tratamento. O exame sorológico também não permite dizer qual o tipo de vírus que causou a infecção (o que é irrelevante) e nem se a dengue é "hemorrágica". 6. O que é dengue "hemorrágica"?
Hemorrágica Aguda
Dengue "hemorrágica" é a dengue mais grave. Apesar do nome, que é impreciso, o principal perigo da dengue "hemorrágica" não são os sangramentos, mas sim a pressão arterial muito baixa (choque). É importante saber que outras doenças, como a meningite meningocócica, podem ser muito parecidas com dengue, embora
fique grave muito mais rápido (logo no primeiro ou segundo dia de doença). A dengue pode se tornar mais grave apenas quando a febre começa a diminuir. O período mais perigoso está nos três primeiros dias depois que a febre começa a desaparecer. Pode aparecer qualquer uma dessas alterações: - dor no fígado (nas costelas, do lado direito) - tonteiras, desmaios - pele fria e pegajosa, suor frio - sangramentos - fezes escuras, parecidas com borra de café 7. O que fazer se aparecer qualquer um desses sintomas? Procurar imediatamente o Centro Municipal de Saúde ou o Hospital mais próximo. 8. A dengue "hemorrágica" só ocorre em quem tem dengue pela segunda vez? Não. A forma grave da dengue também pode ocorrer em quem tem a doença pela primeira vez. 9. A dengue "hemorrágica" é obrigatória em que tem a doença pela segunda vez? Não. O risco é maior do que na primeira infecção, mas a imensa maioria das pessoas que têm a doença pela segunda ou terceira vez não apresenta a forma grave da dengue. 10. Quantas vezes uma pessoa pode ter dengue?
Até quatro vezes, pois existem quatro tipos diferentes do vírus da dengue (1, 2, 3 e 4). No Rio de Janeiro, até agora, existem os tipos 1, 2 e 3. Cada vez que a pessoa tem dengue por um tipo, fica permanentemente protegido contra novas infecções por aquele tipo. É por isso que só se pode ter dengue quatro vezes. 11. Quem teve dengue fica com alguma complicação? Não. A recuperação costuma ser total. É comum que ocorra durante alguns dias uma sensação de cansaço, que desaparece completamente com o tempo. 12. Todo mundo que é picado pelo Aedes aegypti fica doente? Não. Primeiro é preciso que o Aëdes esteja contaminado com o vírus da dengue. Além disso, cerca de metade das pessoas que são picadas pelo mosquito que tem o vírus não apresenta qualquer sintoma.
Fumacê
13. O que fazer para diminuir o risco de pegar dengue? O Aedes aegypti é um mosquito doméstico, que vive dentro ou nas proximidades das habitações. O único modo possível de evitar ou reduzir a duração de uma epidemia e impedir a introdução de um novo tipo do vírus da dengue é a eliminação dos transmissores. Isso é muito importante porque, além da dengue, o Aedes aegypti também pode transmitir a febre amarela. O "fumacê" é útil para matar os mosquitos adultos, mas não acaba com os ovos. Por isso, deve ser empregado apenas em períodos de epidemias com o objetivo de interromper rapidamente a transmissão. O mais importante é procurar acabar com os criadouros dos mosquitos. Qualquer coleção de água limpa e parada, inclusive em plantas que acumulam água (bromélias), pode servir de criadouro para o Aedes aegypti.
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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 23 Mutirão de limpeza remove 5 toneladas de lixo mule materiais sem uso, pois isto atrai insetos, ratos e outros transmissores de doenças.
Cinco toneladas de lixo foram retiradas da Vila Pantanal, no Alto Boqueirão, durante um mutirão de limpeza que terminou. A ação, que durou uma semana, foi realizada em conjunto pela Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) e Secretaria Municipal do Meio Ambiente. A Vila Pantanal é uma área de ocupação irregular que está sendo urbanizada pela Prefeitura. O mutirão de limpeza faz parte da atuação social e ambiental, que é desenvolvida com a comunidade, paralelamente às obras no local. Na Vila Pantanal vivem 768 famílias em situação de risco social, das quais boa parte trabalha com coleta de materiais recicláveis.
Esse trabalho de educação ambiental é muito importante para que, depois de reassentadas, as famílias mudem seus hábitos para viver em um ambiente mais saudável”, diz o presidente da Cohab, João Elias de Oliveira. Durante o mutirão, assistentes sociais da companhia, estagiários e técnicos ambientais percorreram a vila convidando os moradores a colaborar com a limpeza da área. A comunidade foi orientada a colocar em frente de casa todos os tipos de material que não tem utilidade, como móveis sem uso, restos de madeira, caliça e entulhos.
“Essas operações tem como objetivo limpar a área e, ao mesmo tempo, conscientizar a população para que não acu-
O caminhão da Secretaria do Meio Ambiente recolheu os resíduos depositados pela população. As 5 toneladas de resíduos foram levadas para o aterro sanitário. A coletora de material reciclável Santina Aparecida Pereira, 52 anos, uma das moradoras da vila que retiraram o excesso de materiais do terreno onde mora, aprovou o mutirão. “Ótimo esse mutirão. Tem muita gente que fica juntando lixo em casa sem necessidade. O trabalho da Cohab e do Meio Ambiente é importante para alertar as pessoas que é errado fazer isso porque acaba prejudicando a vizinhança. Espero que aconteçam mais ações como essa”, disse. Urbanização - A Vila Pantanal, ocupada desde a década de 80, está passando pela maior transformação de sua história. Ao lado das precárias moradias já se podem ver as casas de alvenaria construídas pela Cohab. “É a visão dos contrastes. De um lado a ocupação desordenada feita em local impróprio, do outro as casas novas, construídas de maneira planejada e que vão mudar a realidade das famílias”, afirma João Elias. Estão sendo eliminados os pontos de alagamentos,
com a retirada dos moradores e a construção de casas em outros locais na própria vila. Serão ao todo 334 casas novas – 165 em uma primeira etapa. Para receber as primeiras famílias resta somente a implantação da rede de água e esgoto. Após a realocação, os barracos insalubres onde viviam os moradores serão demolidos. As obras têm um custo global de R$ 10,1 milhões, com recursos da Prefeitura e financiamentos contratados pelo município junto ao programa Pró-Moradia (linha do governo federal que usa dinheiro do FGTS) e ao Fonplata (organismo financeiro internacional que atua nos países da bacia do rio da Prata, na América do Sul). O retorno dos dois financiamentos ficará sob responsabilidade da Prefeitura. Além das 334 famílias que receberão casas novas, outras 434 permanecerão onde estão. Neste caso, quem está em situação mais precária receberá melhoria habitacional. Toda comunidade será atendida com melhoria na infraestrutura, implantação de redes de água, coleta e tratamento de esgoto, drenagem, energia elétrica e iluminação pública. Fotos: Rafael Silva/COHAB Fonte: Tati Olegario
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24 GAZETA DO MEIO AMBIENTE EUA devem proibir perfurações no golfo do México até 2017, diz fonte do governo O governo norte-americano vai estender ao menos até 2017 uma proibição de perfuração em águas profundas no leste do golfo do México, baixada após o vazamento de petróleo da empresa BP, informou um alto funcionário. A fonte, que pediu anonimato, explicou que esta proibição ocorrerá ao menos "até o fim do próximo período de concessão (2012-2017)". O anúncio oficial deste congelamento, em uma região considerada sensível, deve ser efetuado nesta pelo secretário do Interior, Ken Salazar. Do poço Macondo, responsável pela maré negra no golfo do México, vazaram cerca de 4,9 milhões de barris de petróleo (cerca de 780 milhões de litros). O acidente ocorreu em 20 de abril deste ano e provocou a morte de 11 vítimas com a explosão da plataforma de petróleo da companhia petrolífera BP (British Petroleum). Fonte: France Presse
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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 25 Greenpeace alerta para contaminação em centros mundiais da indústria têxtil portando 40% aos Estados Unidos e Europa), Gurao produz 200 milhões de peças de roupa íntima ao ano.
As cidades de Xintang e Gurao, que concentram boa parte das fábricas de jeans e roupa íntima chinesas, sofrem com graves vazamentos tóxicos destas indústrias, incluindo altas concentrações de metais pesados, revelou um relatório publicado nesta terça-feira pela ONG ambientalista Greenpeace. Ambas as cidades ficam na província de Cantão e, enquanto Xintang fabrica 60% das calças jeans do país (ex-
"Xintang e Gurao são símbolos do êxito do modelo exportador da economia nacional, mas a degradação ambiental que vimos ao visitálas nos horrorizou", relata a chefe de campanha contra vazamentos tóxicos do Greenpeace na China, Mariah Zhao. A análise da água e dos sedimentos das duas cidades mostrou altos níveis de metais que podem ser prejudiciais à saúde, como
cobre, cádmio e chumbo, em algumas ocasiões em níveis até 128 vezes maiores dos limites considerados saudáveis. De acordo com o Greenpeace, entre os processos industriais que mais riscos oferecem estão a lavagem e o tingimento de calças, já que necessitam de grande quantidade de água e produtos químicos. Além disso, os resíduos des-
tes processos são despejados sem controle em rios da região, até o ponto que, segundo os moradores da área, algumas correntes fluviais "mudam de cor a cada dia" pelas tinturas e outros produtos químicos. Mariah ressaltou que o problema se estende aos mais de 130 centros de produção têxtil da China, que concentra boa parte das exportações mundiais no setor, e pediu às autoridades locais maior responsabilidade com o ambiente e a saúde dos cidadãos. "Também esperamos que os consumidores se unam a nós para pressionar por uma mudança no governo e nas indústrias. Seria trágico se a moda e a economia custassem à China seus recursos hídricos", destacou a ativista. Fonte: Da EFE
26 GAZETA DO MEIO AMBIENTE Uma 'pegada' sobre o uso da água Empresas discutem como mapear a utilização da água potável para que o recurso não se esgote
Um relatório publicado pela Coca-Cola em parceria com a organização Nature Conservancy, no mês passado, divulgou que são necessários 518 litros de água para produzir apenas um litro do suco de laranja Minute Maid e 35 litros para produzir meio litro de Coca-Cola. Uma preocupação crescente sobre quanta água é necessária para produzir bens de consumo tem aumentado o interesse sobre as “pegadas da água” – algo parecido com o rastreamento feito com o carbono – como uma ferramenta para analisar e guiar o desen-
volvimento de novas tecnologias, infraestrutura de investimentos e políticas para lidar com a crescente demanda mundial por água. C o n c e i t u a lmente, essas pegadas são similares às de carbono – um indicador de impacto baseado no volume total direto e indireto de água limpa utilizada para produzir um bem ou serviço. No entanto, há uma diferença. Ao contrário do carbono na atmosfera, as fontes de água limpa são restritas a algumas regiões, e não globais. “Água não é carbono”, disse Jason Morrison, diretor do Pacific Institute, uma organização de pesquisa em Oakland, Califórnia, que estuda assuntos ligados a fontes sustentáveis. “Independente do que digam sobre o carbono, será extremamente difícil conseguir o mesmo sucesso com a água porque um determinado volume de água tem um significado diferente em váriFone: (41) 3302-3535 Fax: (41) 3302-3500
as partes do mundo”. Ainda assim, em julho, a Veolia Water North America, uma estação de tratamento de água com sede em Chicago e parte da unidade francesa da Veolia Environnement apresentou seus índices de impacto da água. A empresa afirmou que é o primeiro indicador a oferecer uma avaliação compreensiva dos efeitos da ação humana em fontes de água. “O foco atual das pegadas de água é quase exclusivamente sobre volume”, conta Laurent Auguste, diretor-presidente da empresa. O volume, disse ele, é “um bom indicador para aumentar a c o n s c i e n t ização, mas não é suficiente para representar o impacto causado numa fonte”. O volume de água necessário para produzir um suco de caixinha ou uma garrafa de Coca-Cola, por exemplo, pode ser estabelecido; mas o
efeito causado numa fonte de água e no meio ambiente local pode variar absurdamente – incluindo também a quantidade de energia e matérias primas usadas, além de químicos e outros resíduos de contaminação criados durante o processo. Para se ter uma idéia geral, o indicador da Veolia integra outras variáveis, incluindo a pressão em fontes, qualidade de água e necessidades de consumo competitivas com ferramentas de medição de volume de água. No entanto, alguns analistas
questionam a utilidade dessa abordagem. Claudia Ringler, pesquisadora do International Food Policy Research Institute,
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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 27 com sede em Washington, disse que a pegada de água é um bom conceito na teoria, mas não tanto na prática. “É quase impossível realizar uma análise compreensiva”, conta Ringler. “É preciso ter muito cuidado antes de tirar conclusões baseadas nas pegadas.” David Zetland, economista especializado em recursos e agricultura na Universidade da Califórnia em Berkeley, disse que as pegadas de água contam muito pouco, a não ser que, de início, a água fosse tabelada de acordo com o seu valor. Se a água fosse completamente tabelada, conta ele, o preço de bens de consumo refletiriam a quantidade de água que foi utilizada em sua produção. Como muitos consumidores não entenderiam e não ligariam muito para o assunto, Zetland disse que eles iriam prestar mais atenção no preço da água do que em um certificado no rótulo. Do ponto de vista das empresas produtoras, ele complementa, se o abastecimento de água fosse gratuito, ou quase de graça, as pegadas de água e investimentos sobre eficiên-
cia continuariam supérfluos. “As pegadas de água não tem valor operacional, econômico ou social para as empresas se o custo de mão de obra e equipamentos para redução do consumo de água excede o custo de água economizada”, disse Zetland. O problema, conta ele, é que o preço da água raramente reflete seu valor ou escassez. “O preço de muitos produtos combinam o valor aos consumidores com o custo de produção e entrega”, disse Zetland. “Uma vez que o preço da água reflete somente o custo de entrega – já que a água em si não é cobrada – nós não pagamos um valor que reflita a escassez da água.” Ainda assim, nem todos os especialistas rejeitam a causa. Embora as pegadas de água estejam em estágio inicial, e não exista acordo sobre quais variáreis devem ser levadas em consideração, ferramentas como o indicador da Veolia poderiam ajudar a mapear os riscos associados ao uso de água em regiões específicas, disse Morrison, o diretor do Pacific Institute. Um levantamento recente do
instituto, preparado para o Programa Ambiental das Nações unidas, avaliou diferentes ferramentas para o estudo sobre a água e descobriu que muitas, ainda que em desenvolvimento, seriam fundamentais para empresas e suas avaliações de risco, impacto e gerenciamento sobre a água, acrescentou Morrison. O mercado da água está cheio de distorções, disse Ringler, pesquisadora do International Food Policy, e é praticamente impossível criar um mercado internacional competitivo. Mas há exemplos de sucesso em alguns países, como a Austrália e o Chile. Michael Van Patten é diretor e fundador do Mission Markets, uma empresa de serviços financeiros que opera com o Earth, um tipo de câmbio multi-ambiental regulado pela Financial Industry Regulatory Authority dos Estados Unidos. “Podemos estar muito distantes ainda, mas o potencial é enorme”, disse ele. “O mundo inteiro sabe que temos um problema de água e ninguém conseguiu resolvê-lo ainda. Essa é uma das maneiras de se chegar à solução.”
O plano de Van Patten é desenvolver créditos cambiáveis entre os projetos de reservas de água. Eles poderiam ser adquiridos por empresas, países ou qualquer comunidade que possuam impacto direto no abastecimento de água. Enquanto ainda não existe nenhuma regulamentação nos Estados Unidos para conduzir tal mercado, os programas de crédito, se administrados corretamente, poderiam auxiliar no estímulo de proteção ambiental reduzindo os custos que isso envolve, conta Christian Holmes, consultor para energia e meio ambiente da Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional. Ainda assim, disse Charles Iceland, membro do World Resources Institute, a água é um assunto político, e decisões restritas não podem ser tomadas com base unicamente na eficiência econômica. “Seja qual for a tática inventada, a igualdade deve prevalecer”, disse Iceland, “para que as pessoas tenham o direito humano de acesso à água.” Fonte: Veja
www.gazetadomeioambiente.com.br Seja um amigo do meio ambiente !!! Sua ajuda é muito importante para que juntos possamos conscientizar cada vez mais um número maior de pessoas nessa luta em prol da preservação ambiental. Participe!!! Anuncie sua empresa na Gazeta do Meio Ambiente, anunciando você estará contribuindo com a democratização da informação ambiental no Brasil.
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28 GAZETA DO MEIO AMBIENTE O que é Compostagem? massa, resultando num húmus rico em nutrientes. (Zamberlam, J. e Froncheti, A., Agricultura Ecológica, 2002) o objetivo geral é o ReaproO Instituto Celso Pampuch da Colônia Pereira vêem desenvolvendo Projeto de Reciclagem de Resíduos Sólidos e Vegetais É um modo de aproveitamento de restos vegetais e resíduos de animais que, amontoados e com a presença do ar, realizam a fermentação, fixando o nitrogênio na
Dicas para melhorar a qualidade de vida nas suas férias. Verificar se seu automóvel está em condições para viajar. Não jogar lixo nas rodovias, utilize sacolas de papel ou pano dentro de seu automóvel. Não ter pressa de chegar ao local desejado. A imprudência nas estradas
veitamento de resíduos vegetais para produção de composto orgânico
O projeto vem com o intuito de fomentar a carên-
cia de nutrientes no solo, sem qualquer utilização de substâncias artificiais na terra para o cultivo de plantas nativas com fins de reflorestamento em áreas degradadas e/ou erodidas. Fonte: Talyson Wapenik Mariano
pode ser fatal. Ao chegar nas praias procure orientações, para uma boa estada. 1° Passar protetor solar. 2° Cuidado com horários apropriados para tomar sol. 3° Procurar áreas onde se encontram os salva-vidas. 4° As crianças se perdem com facilidade nas praias, tenha muita atenção. 5° Não tomar banho perto das placas sinalizadoras de perigo. Este local oferece risco a sua vida. 6° evitar alimentos gordurosos e frituras, beber bastante liquido, principalmente água. Evite desidratação. 7° Não levar animais à praia, eles causam doenças. 8° Os restos de lanches devem ser jogados em lixeiras, não os jogue na praia e não enterre estará prejudicando a natureza. Preservar o Meio ambiente é dever de todos.
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30 GAZETA DO MEIO AMBIENTE Entretenimento
"Para sem pena espetá-la "Numa parede, menino, "não é necessário matá-la: "Queres ser um assassino?"
POESIA A borboleta
Pensa Alfredo . . . E, de repente, Solta a borboleta . . . E ela Abre as asas livremente, E foge pela janela.
Trazendo uma borboleta, Volta Alfredo para casa. Como é linda! é toda preta, Com listas douradas nas asas.
O homem, a fera e o inseto í sombra delas Vivem livres de fomes e fadigas; E em seus galhos abrigamse as cantigas E alegria das aves tagarelas
Tonta, nas mãos da criança, Batendo as asas, num susto, Quer fugir, luta, cansa, E treme, e respira a custo. Contente, o menino grita: a primeira que apanho, "Mamãe! vê como é bonita! "Que cores e que tamanho!
"Assim, meu filho! perdeste "A borboleta dourada, "Porém na estima cresceste "De tua mãe adorada . . . "Que cada um cumpra sua sorte "Das mãos de Deus recebida: "Pois só pode dar a Morte "Aquele que dá a Vida!" Autor: Olavo Bilac
"Como voava no mato! "Vou sem demora pregá-la "Por baixo do meu retrato, "Numa parede da sala". Mas a mamãe, com carinho, Lhe diz: "Que mal te fazia, "Meu filho, esse animalzinho, "Que livre e alegre vivia? "Solta essa pobre coitada! "Larga-lhe as asas, Alfredo! "Vê como treme assustada . . "Vê como treme de medo . . .
Não choremos jamais a mocidade! Envelheçamos rindo! envelheçamos Como as árvores fortes envelhecem,
Papo entre amigos:
Na glória da alegria e da bondade
Velhas árvores
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Olha estas velhas árvores, mais belas,
Dando sombra e consolo aos que padecem!
Do que as árvores mais moças, mais amigas,
Autor: Olavo Bilac
Tanto mais belas quanto mais antigas, Vencedoras da idade e das procelas . . .
policial ambiental à paisana e começou a especular o pescador. E aí pegou bastante? Vixi olha só o cóvo cheio, e isto não é nada já mandei 2 camionete cheia de peixe pra cidade!! O senhor sabe com quem esta falando? Não! Com um policial ambiental e o senhor está preso! E o senhor sabe com quem está falando? Não! Com o maior mentiroso aqui dessa redondeza!!!!
— Imagine que ontem à noite um ladrão entrou lá em casa! — Nossa! Ele levou alguma coisa? — Se levou!... Levou uma tremenda surra da minha mulher! Ela pensou que fosse eu que estava chegando!
Piadas
Médico x Veterinário
Um pescador estava na beira do rio.
O sujeito vai ao médico reclamando de fortes dores no estômago. O doutor examina aqui, examina ali e
De repente chegou um
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— Preto? — Branco! — Verde? — Verde? Nada disso! Verde é cor, num tem antônimo, não! — Craro que tem! — Intão ixprica, sô! — Maduro! — Ai, carmba…! Pirdi a aposta! Vâmu di novo, valendu ôtra cerveja? Mas dessa veiz eu cuméçu! — Pódi cumeçá! — Saúde? — Duença! — Moiádo? — Seco! — Agora ocê vai sifu…, sô fidumaégua! Qué vê só? — Fumo? — Não, não! Peraí, peraí… fumo num tem antônimo!!! — Craro qui tem, uai! — Intão, diz aí, qualé o antônimo de fumo? — Vortemo Joãozinho e o Burro O professor dá uma bronca na sala, após uma prova: — Quantas notas baixas! Vocês não são burros, deviam ter notas melhores. Vamos lá, quem se acha burro faça o favor de ficar em pé.
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andar, mas também não vi ninguém. Então, subi até o sótão e, ao subir as escadas rapidamente, esbaforida, tive um ataque cardíaco e caí morta. — Puxa, que pena… Se você tivesse procurado no freezer, nós duas estaríamos vivas! Restaurante
— Morri congelada. — Ai que horror!!! Deve ter sido horrível! Como é morrer congelada? — Bom, no começo é muito ruim: primeiro são os arrepios, depois as dores nos dedos das mãos e dos pés, tudo congelando. Mas, depois veio um sono muito forte e eu perdi a consciência. E você, como morreu ? — Eu? Morri de ataque cardíaco. Eu estava desconfiada que meu marido estava me traindo. Então, um dia cheguei em casa mais cedo, corri até o quarto e ele estava na cama, calmamente assistindo televisão. Ainda desconfiada, corri até o porão para ver se encontrava alguma mulher escondida, mas não encontrei ninguém. Depois, corri até o segundo
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