Edição 32

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Animal em Extinção

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TANGARÁ

GAZETA DO MEIO AMBIENTE NESTA EDIÇÃO 02- EXPEDIENTE \ EDITORIAL 03- FIDEL DIZ QUE MUDANÇA CLIMÁTICA É PIOR DO QUE A CRISE FINANCEIRA 04- GOVERNO EXPANDIRÁ DENDÊ NA AMAZÔNIA 05- GM APRESENTA PROTÓTIPO DE VEÍCULO ELÉTRICO COM DUAS RODAS 06- NOVA TEORIA SOBRE CHUVA DIVIDE CIENTISTAS 07- AMAZÔNIA É MENOS PROTEGIDA NO BRASIL 08- QUADRINHOS 09- MICO LEÃO DOURADO 10- DENGUE 15- ANTIGOS TRUQUES DOMÉSTICOS AJUDAM NO COMBATE AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS 16- CONSUMO SUSTENTÁVEL 17- TANGARÁ 18- A SOPA DE LIXO NO PACÍFICO 20- BRASIL OCUPA O 2° LUGAR NO RANKING MUNDIAL DE RECALCHUTAGEM 22- TROVÕES PERMITEM PREVER REFORÇO DE FURACÕES E CICLONES 24- MENU DA VIDA SAUDÁVEL 25- PARANÁ DESMATA O QUE SOBROU DA ARAUCÁRIA 26- ENERGIAS RENOVÁVEIS 27- FLORESTA ABRIGOU O PRIMEIRO MILHARAL 28- ÓLEO DE PEIXES SUAVIZA FLATULÊNCIA DO GADO E REDUZ EFEITO ESTUFA 29- ENTRETENIMENTO / POESIAS / PIADAS

Ano X - Edição n° 32 2009 Distribuição Dirigida Circulação Trimestral

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02 GAZETA DO MEIO AMBIENTE Expediente

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Veículo de Comunicação Social - Gazeta do Meio Ambiente Orgão de Divulgação do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis em Defesa da Fauna, Flora e Mananciais CNPJ.: 06.914.142/0001-40 Rua José Merhy, 516 Bairro Boa Vista - Curitiba - Paraná CEP 82540-090

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PARA REFLETIR... Quando Alguém Fere a Natureza Olha Que Pena Que Dá.

Jornalista Responsável: Elen Barca MTB. 44100 Representante Comercial: Carlos A. Jomes / Janete A. Wall Alexander Jr. Santos / Eduardo Santa Fé Eliane Leite / Evilin Cianfarano Diagramação e Arte: Carlos A. Jomes Jr.

Colaboradores

IBAMA

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. - (IBAMA). Http://www.ibama.gov.br

Dá pena, sim! Pena de prisão, multas a pagar. Mas nenhuma dessas penas é tão dramática como a pena de morte que cada um de nós assina, sem perceber, quando corta, queima, abate, polui, agride, de um jeito ou de outro, a flora, a fauna, a água ou o ar. Basta lembrar. Flora e fauna só existem sobre o planeta porque durante milhões e milhões de anos uma ajudou a outra a nascer, a crescer e se multiplicar. Sem os animais não haveria florestas. Afinal a fauna sempre dispersou sementes para a flora germinar. Sem florestas, não haveria solo preservado e muito menos água potável. Animais, então, nem pensar! O ser humano é apenas um dos animais do planeta e tem a obrigação de dar continuidade a esta simbiose perfeita que a natureza criou entre a flora e fauna. Caso contrário estará sendo parte criminosa da grande associação dos seres vivos, tomando verdadeira e fatal a tendência de uma extinção definitiva da vida na terra. Esta tendência existe, mas tendência não é destino: a gente pode mudar. Faça sua parte. Viver é preservar.

“Os textos são de inteira responsabilidade de seus autores. Algumas das fotos turísticas foram extraídas de sites da Internet”.

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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 03 Fidel diz que mudança climática é pior do que a crise financeira O ex-ditador cubano Fidel Castro disse que a mudança

climática é mais grave do que a crise econômica internacional, em uma das duas colunas

de sua série "Reflexões", publicada hoje nos jornais cubanos, todos oficiais. "A crise financeira não é o único problema, há outro pior porque tem a ver não com o modo de produção e distribuição, mas com a própria existência. Me refiro à mudança climática. Ambos (...) serão discutidos simultaneamente", diz o ainda primeiro-secretário do Partido Comunista legenda única no poder há 50 anos. Roberto Candia-31.jul.06/AP Para Fidel, mudança climática é mais problemática que crise econômica Sobre o Grupo dos Vinte (G20, os países mais ricos e os principais emergentes), Fidel recorre a termos esportivos para dizer que a reunião

Aquecimento Global Aquecimento global refere-se ao aumento da temperatura média dos oceanos e do ar p e r t o d a superfície da Terra que se tem verificado nas décadas mais

de Londres é "o clássico entre as maiores economias do mundo, as mais desenvolvidas e as que estão por se desenvolver", e acrescenta que 'as regras do jogo não estão muito claras'. "Veremos o que se discute e como se discute. Estará elaborada já e aprovada de antemão uma declaração final? Talvez sim, talvez não. De todas as formas, será muito interessante conhecer, no meio de tanta diplomacia, que posições adotará cada um. De um modo ou de outro, não haverá segredo possível", afirma Fidel Castro. O ex-governante de 82 anos afirma que há muita informação que revela que "a regulação do sistema financeiro internacional se transformou

recentes e à possibilidade da sua continuação durante o corrente século. O fenômeno se manifesta como um problema na temperatura sobre as áreas populadas do Hemisfério Norte, entre Círculo Polar Ártico e Trópico de Câncer. O clima marítimo do Hemisfério Sul é mais estável; embora o aumento do nível médio do mar também o atinge. O clima marítimo depende da temperatura dos oceanos nos Trópicos; e este está em

em um ponto de atrito entre Londres e Washington, por um lado, e Paris pelo outro". Sobre a mudança climática, lembra que na reunião de Bonn, na Alemanha, os Estados Unidos anunciarão uma nova posição e que o presidente americano, Barack Obama, convocou um fórum sobre energia e clima para o fim de mês. Segundo ele, "existem fortes contradições sobre a contribuição que devem ter para as economias", e "se discutem os limites do dióxido de carbono que devem lançar à atmosfera os diferentes países do mundo, um gás que ameaça liquidar as condições de vida do planeta". Fonte: Efe Havana

equilíbrio com a velocidade de evapo-ração da água, com a radiação solar que atinge a Terra e o Efeito Estufa.

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04 GAZETA DO MEIO AMBIENTE Governo expandirá dendê na Amazônia Uma área equivalente a quase sete vezes a cidade de São Paulo com plantações de dendê na Amazônia. Essa é a dimensão estimada da primeira etapa do programa de cultivo da palma em larga escala, que ganha os últimos retoques no governo, adiantou o ministro Reinhold Stephanes (Agricultura). A área total projetada para a expansão do cultivo de dendê na floresta amazônica é dez vezes maior: ela equivale ao tamanho do Estado de Pernambuco. Segundo o ministro, 10 milhões de hectares poderão ser ocupados pela "prima-irmã das palmáceas amazônicas". Divulgação Estrada usada para escoamento de produção atravessa plantação de palmeiras de dendê em área da empresa Agropalma no Pará A denominação "prima-irmã" usada por Stephanes faz parte da estratégia contra o principal obstáculo ao projeto: a mudança no Código Florestal, lei que proíbe a recomposição de áreas desmatadas da Amazônia com espécies exóticas à floresta, como é o caso do dendê, originário da África. A mudança é objeto de um lobby de quase quatro anos no Congresso e ganhou alento com o aval do ministro Carlos Minc (Meio Ambiente), dado no ano passado. Na ocasião, Minc

ponderou que, por rígidas, as regras em vigor condenariam a Amazônia a não recompor imensas extensões de áreas já degradadas. E sentenciou: "Quem tudo quer, tudo perde", para espanto de parcela dos ambientalistas. A idéia tem aval mais entusiasmado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sobretudo pela perspectiva de abertura de postos de trabalho. Para cultivar 1 milhão de hectares de dendê são necessários 100 mil trabalhadores, estima-se. Biodiesel O projeto do governo está diretamente ligado ao programa brasileiro de biodiesel. A legislação prevê que a adição de biodiesel ao diesel, hoje de 3%, será de 5% em 2013. A maior parte do fornecimento hoje é feito com óleo de soja subsidiado pelo governo. Defensores do projeto, como Stephanes, acrescentam dois senões à soja: seu cultivo demanda menos mão-de-obra e é menos vantajoso do ponto de vista de captura de carbono da atmosfera. Os aspectos econômicos pesam mais: o Brasil importou no ano passado mais de 200 mil toneladas de óleo de dendê. A produção nacional está em torno de 170 mil toneladas de óleo por ano. A área plantada é estimada em 70 mil hectares, o que

representa 7% da meta inicial do governo. "Com 1 milhão de hectares dá para deixarmos de importar e garantimos a produção de biodiesel até a fase do B5. Isso é economicamente, socialmente e ambientalmente ótimo", sustenta o ministro. Planta típica da zona tropical, o dendê hoje tem participação nula no programa brasileiro do biodiesel. E vice-versa. A maior parte da produção, liderada pela empresa Agropalma, assim como a maior parte do óleo de dendê importado, se destina à indústria de alimentos. Em segundo lugar vem a indústria de cosméticos. Sem pancada Instalada no Pará, onde produz 150 mil toneladas de óleo ao ano, a Agropalma mandou fazer estudos sobe o potencial de expansão do cultivo do dendê na região. As conclusões divergem das do governo. Em vez dos 10 milhões de hectares citados pelo ministro da Agricultura, a empresa fala em 6,2 milhões de hectares, o equivalente a quase três vezes o tamanho do Estado do Sergipe. Marcello Brito, diretor da Agropalma, diz que o estudo leva em conta critérios ambientais internacionais: "Isso é fundamental para que o Brasil não tome pancada da sociedade internacional, como a Malásia e Aceitamos encomendas: Pães - Broas Pães Doces

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a Indonésia (os dois maiores produtores mundiais, que vêm sistematicamente arrasando suas florestas para plantar dendê)". Segundo Britto, sem os devidos cuidados com o licenciamento ambiental, por exemplo, o cultivo pode fazer aumentar o desmatamento. O licenciamento também precisa considerar impactos sociais, já que o cultivo do dendê exige muita mão-de-obra. A falta de oferta de sementes no mundo é outro problema, adverte. A proposta de um acordo de mudança no Código Florestal prevê o uso de espécies exóticas, como o dendê, em até 50% de áreas já desmatadas e que ultrapassem o limite de 20% de abate de florestas nas propriedades. O lobby em favor da mudança começou com projeto de lei apresentado pelo senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) em 2005. "O dendê é o petróleo verde", insiste o senador. A Petrobras também demonstra interesse na produção de óleo de dendê. Em outubro passado, assinou acordo com a portuguesa Galp Energia para desenvolver projeto de produção de biodiesel a partir de 2013. Apesar de ter recebido o nome de "Projeto Belém", o polo da Petrobras deverá ser instalado na Bahia. Fonte: Folha de São Paulo.

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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 05 GM apresenta protótipo de veículo elétrico com duas rodas

A General Motors (GM) apresentou o protótipo de um veículo de duas rodas elétrico desenvolvido junto com a fabricante Segway e denominado Puma, que as duas empresas elaboraram como resposta às necessidades de transporte urbano. A Segway é a firma que desenvolveu e fabrica atualmente veículos elétricos de duas rodas que se mantêm em equilíbrio por eles mesmos graças a um sistema de giroscópios, já tendo lançado 60 mil unidades. Segundo a GM, o Puma permitirá que as pessoas

"andem dentro das cidades com mais rapidez, segurança, limpeza e silêncio, e por um custo inferior". Jin Lee/AP Mike Gansler, diretor de tecnologia da Segway, dirige o Puma, da Segway, carro elétrico de duas rodas que foi lançado. O nome nada tem a ver com o antigo carro esportivo brasileiro homônimo, mas sim com "Mobilidade e Acessibilidade Pessoal Urbana", que significa sua sigla, em inglês. A GM e a Segway revelaram, durante uma entrevista

coletiva em Nova York, que o veículo é capaz de dirigir e estacionar de forma autônoma, assim como de detectar outros automóveis para evitar colisões. "Este veículo nos permitirá chegar antes ao destino, sem ter a preocupação de estacionar, e inclusive poderemos aproveitar o trajeto para fazer outras coisas enquanto o próprio automóvel dirige", explicou à Agência Efe o diretor da área de Design da General Motors, David Rand. O carro, elétrico, funciona com duas baterias de lítio, demora entre quatro e cinco horas para carregar e é ecológico, já que favorece a economia de energia, ao mesmo tempo em que não emite nenhum tipo de gás poluente. O inovador veículo, desenhado para circular em centros urbanos, possui tração elétrica, assim como

direção e freios eletrônicos e pode alcançar uma velocidade de até 56 km/h. O projeto se encontra em uma fase inicial de desenvolvimento e o protótipo apresentado só possui sua estrutura metálica. "Esteticamente, falta muito a

fazer, mas é um veículo que oferece muita versatilidade, por isso que poderemos personalizá-lo como quisermos", afirmou Rand, que também assegurou que, em um ano, uma versão final do protótipo atual será apresentada. Fonte: Efe Nova York

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06 GAZETA DO MEIO AMBIENTE

Nova teoria sobre chuva divide cientistas

Uma ideia simples, e que não parece nova, pôs climatólogos em pé de guerra. Os físicos russos Anastassia Makarieva e Victor Gorshkov propuseram em 2006 que só a presença de florestas explica por que chove muito em áreas longe da costa, como o interior da Amazônia, e foram quase ignorados. Agora o debate começa a pegar fogo. A explosão da controvérsia teve estopim duplo. No front especializado, um artigo elogioso de Douglas Sheil e Daniel Murdiyarso, do Centro Internacional de Pesquisa Florestal (Cifor, sediado na Indonésia), na edição de abril do periódico científico "BioScience". No front leigo, uma reportagem de Fred Pearce na revista de divulgação "New Scientist". A reação padronizada de meteorologistas diante da

hipótese russa é dizer que todos já sabem da influência das florestas na precipitação. Seus modelos predizem que o desmatamento reduz em cerca de 20-30% as chuvas de uma região. O debate motivou troca de e-mails ácidos entre cientistas brasileiros. Makarieva e Gorshkov (M&G, para abreviar) afirmam que essa redução, contudo, pode chegar a 95% e transformar o local num deserto. Para eles, foi o que aconteceu na Austrália com a chegada de humanos, há 50 mil anos, e a subsequente redução das florestas. Nessa diferença percentual está a controvérsia. Para M&G, do Instituto de Física Nuclear de São Petersburgo, a força da evaporação é um dos principais motores da circulação atmosférica, vale dizer, dos ventos que movem a chuva mecanismo apelidado de "bomba biótica". A adversários dizem que a força da bomba está no gradiente de temperatura provocado por diferenças na incidência e absorção de radiação solar entre regiões, a teoria padrão.

No esquema tradicional, ventos transportam massas de ar acima do oceano --onde são carregadas de umidade por evaporação, sob efeito do sol-- para a terra. Só que com esse mecanismo, a quantidade de chuva deveria diminuir no interior do continente, à medida que a costa fica mais longe. Não é o que ocorre em muitas partes do mundo, como a Amazônia, em cuja porção ocidental chove tanto ou mais que no litoral. Para M&G, a explicação vem da própria floresta (por isso a bomba seria "biótica", viva). Por meio da transpiração, as plantas liberam vapor d'água na atmosfera. Conforme o vapor sobe, encontra camadas de ar frio e se condensa em gotículas, formando nuvens. Na transição da forma gasosa para a líquida, a água diminui de volume, deixando um "vazio" no ar, diminuindo sua pressão. Isso faz com que o ar mais abaixo, onde a pressão é relativamente mais alta, seja sugado para cima, arrastando com ele o ar mais úmido, do oceano ou da própria floresta adjacentes. Uma bomba de elevar vapor, que produz

chuva. Polêmica fraterna "Se sobreviver ao escrutínio, esta hipótese transformará o modo como vemos a perda de florestas, a mudança climática, a hidrologia e os serviços ambientais", escrevem Sheil e Murdiyarso. "Também oferece uma motivação poderosa para a conservação florestal." "Há anos vínhamos tentando quebrar a resistência dogmática dos meteorologistas", conta o biogeoquímico Antonio Donato Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Ele é o principal promotor da conjetura M&G no Brasil e já entrou em polêmica por causa disso até com seus irmãos meteorologistas, Carlos e Paulo. As equações e cálculos de M&G, com base só na presença ou ausência de matas no litoral, parecem acomodar melhor o que se observa no norte da África e na Amazônia. Graças à vegetação, os 8 milhões de km2 de floresta amazônica bombeiam a cada dia 20 trilhões de litros de água para a atmosfera. Fonte Folha de São Paulo

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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 07 Amazônia é menos protegida no Brasil O Brasil é um dos países que têm proporcionalmente menos territórios indígenas e áreas protegidas na Amazônia, segundo mapa que será publicado nesta semana por uma rede de 11 ONGs sul-americanas. São 39,6% da Amazônia brasileira sob proteção na forma de terras indígenas e unidades de conservação de vários tipos, contra 56% da Amazônia colombiana, 79,7% da equatoriana e 71,5% da venezuelana. Somente o Peru destina uma proporção menor de sua selva às reservas florestais e às comunidades indígenas: 34,9%. O mapa, produzido pela Raisg (Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada), é o primeiro a localizar as áreas protegidas e os territórios indígenas dos nove países amazônicos. Considerando só este último quesito, o Brasil também fica atrás dos vizinhos: 50,6% da Amazônia colombiana, 25,7% da boliviana e 65% da equatoriana são indígenas. Em números absolutos não há como comparar a extensão dessas terras com a fatia proporcionalmente menor sob proteção no Brasil --país que tem 64,3% da

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Amazônia. "Dos 3,2 milhões de quilômetros quadrados de áreas protegidas na Amazônia, 1,9 milhão estão no Brasil", diz o antropólogo Beto Ricardo, do ISA (Instituto Socioambiental), que coordenou a montagem do mapa. Porém, o trabalho revela que alguns países da região têm mantido a sua porção amazônica razoavelmente protegida, o que, em alguns casos, significa uma proporção grande do território nacional. Na Colômbia, por exemplo, toda a Amazônia (que representa 43,3% do país) é considerada "reserva florestal" -embora apenas 13% estejam efetivamente em áreas protegidas. São 240 mil quilômetros quadrados em terras indígenas. A situação do Equador é ainda mais simbólica. As terras indígenas amazônicas reconhecidas pelo governo correspondem a 30% da área do país. No Brasil, todas as terras indígenas, somadas, respondem por 13% da área nacional, número que o ministro Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos) já disse considerar alto demais. "No Equador, o processo de reconhecimento oficial de

territórios indígenas na Amazônia é menos burocrático que no Brasil", diz Beto Ricardo. "A região é praticamente toda ocupada por povos indígenas e, ao reconhecer seus direitos, o governo já excluiu as propriedades privadas existentes." Em outros países, como a Venezuela, o processo de demarcação das terras indígenas é mais atrasado. O governo venezuelano não reconhece as terras (nem mesmo a ianomâmi, demarcada e homologada desde os anos 1990 no lado brasileiro), denominando-as "zonas de ocupação indígena", sobrepostas a parques nacionais. Como resultado, não existem dados oficiais sobre as terras indígenas no país, que acabam sob proteção menor. "O único mapa disponível era o do serviço de saúde indígena", diz Alicia Rolla, especialista em sensoriamento remoto do ISA. A Amazônia é nossa A melhor notícia do mapa é que, mesmo com 33 milhões de habitantes e 370 povos indígenas distribuídos por nove países com perfis econômicos diversos, a Amazônia possui 41,2% dos seus 7,8 milhões de quilômetros quadrados sob algum tipo de

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proteção. Mesmo assim, 17% da floresta já tombou em toda a região, e ainda não existe um diagnóstico do que está acontecendo dentro de cada área protegida. Na fronteira do Brasil com o Peru, por exemplo, há ação de madeireiros do lado peruano, apesar de haver um mosaico contínuo de áreas protegidas de ambos os lados. No Equador, empresas de petróleo (como a Petrobras) atuam em áreas indígenas e parques nacionais. Segundo Ricardo, o mapeamento deverá ajudar a criar estratégias de conservação transfronteiriças. E ajuda a visualizar o impacto que decisões tomadas em um país podem ter sobre a floresta e as populações indígenas do vizinho. "Esse mapa é uma contribuição para o ressignificado da expressão tão comum em cada país amazônico de que "a Amazônia é nossa". Afinal, não adianta, por exemplo, o Brasil proteger ou explorar os cursos médios das grandes bacias amazônicas sob o império da soberania nacional se as cabeceiras desses mesmos rios estão em países vizinhos.”

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08 GAZETA DO MEIO AMBIENTE


GAZETA DO MEIO AMBIENTE 09 Mico Leão Dourado Nome vulgar: MICO LEÃO DOURADO Classe: Mammalia

marmoset Distribuição: Mata Atlântica do Rio de Janeiro Habitat: Mata Atlântica Hábito: Diurno Comportamento: Grupo de até 8 indivíduos Longevidade: 15 anos Maturidade: Fêmea- 18 meses, Macho- 24 meses Época reprodutiva: Setembro a março Gestação: 125 a 132 dias Nº de filhotes: 1 a 3 Peso adulto: 360 a 710g Peso filhote: 60 g

Este raríssimo primata da família Callithricidae possui pelagem cor de fogo e uma juba em torno da cabeça, o que deu origem à sua denominação. Seus pêlos são sedosos e, ao sol, adquirem um belíssimo brilho. O Mico Leão é conhecido popularmente por sauí, sagüi, sagüi-piranga, sauí vermelho, mico etc. Habita florestas onde existem cipós e broméli-

Alimentação na natureza: Frutas, insetos, ovos, pequenos pássaros e lagartos. Ordem: Primates Família: Callithricidae Nome científico: Leontopithecus rosalia Nome inglês: Golden lion

as. É onívoro, come insetos, pequenos vertebrados, anfíbios, frutos e vegetais. Animal monógamo, uma vez formado o casal, mantém-se fiel. Entre os Micos-leões, o recém-nascido não passa mais que quatro dias pendurado ao ventre materno. depois disso, é o pai que o carrega, cuida dele, limpa-o e o penteia. A mãe só se aproxima na hora da mamada. Ele estende os braços e o pai lhe entrega o filhote, que mama durante uns quinze minutos. mas, mesmo nessa hora, o pequeno não gosta que o pai se distancie. Mico Leão Dourado estão levando esta espécie à extinção. Atualmente, resta apenas um único local de preservação deste animal: a Reserva Biológica de Poço das Antas, no Município de Silva Jardim.

Alimentação em cativeiro: Frutas, ovos, carne e insetos Causas da extinção: Tráfico de animais e destruição do habitat.

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10 GAZETA DO MEIO AMBIENTE Dengue

O que é dengue? É uma doença infecciosa aguda de curta duração, de gravidade variável, causada por um arbovírus, do gênero Flavivírus (sorotipos: 1,2,3 e 4). No Brasil, circulam os tipos 1, 2 e 3. O vírus 3 está presente desde dezembro de 2000 e foi isolado em janeiro de 2001, no Rio de Janeiro. A dengue é transmitida principalmente pelo mosquito Aedes aegypti infectado mas também pelo Aedes albopictus. Esses mosquitos picam durante o dia, ao contrário do mosquito comum (Culex), que pica durante a noite. O Aedes aegypti é principalmente encontrado em áreas tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil, pois as condições do meio ambiente favorecem seu o desenvolvimento e proliferação. As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou

imediatamente após períodos chuvosos. A dengue está se expandindo rapidamente, e a grande preocupação é que nos próximos anos a transmissão aumente por todas as áreas tropicais do mundo se medidas eficientes não forem tomadas para a contenção das epidemias. Modo de transmissão A transmissão se dá pela picada do mosquito Aedes aegypti que ficou infectado porque picou uma pessoa doente. Esse mosquito infectado, picando uma pessoa sadia, passa o vírus da dengue e esta pessoa fica doente. A doença só acomete a população humana. Os transmissores de dengue, principalmente o Aedes aegypti, proliferam-se dentro ou nas proximidades de habitações (casas, apartamentos, hotéis etc.) em qualquer coleção de água limpa (caixas d'água, cisternas, latas, pneus, cacos de vidro, vasos de plantas). As bromélias, que acumulam água na parte central (aquário), também podem servir como criadouros. A transmissão da dengue é mais comum em cidades. Também pode ocorrer

em áreas rurais, mas é incomum em locais com altitudes superiores a 1200 metros. Não há transmissão pelo contato direto de uma pessoa doente para uma pessoa sadia. Também não há transmissão pela água, por alimentos ou por quaisquer objetos. A dengue também não é transmitida de um mosquito para outro. Quem pica é a fêmea e o faz para sugar o sangue. Os mosquitos acasalam 1 ou 2 dias após tornarem-se adultos. A partir daí, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que fornece as proteínas necessárias para o desenvolvimentos dos ovos. As fêmeas têm preferência pelo sangue humano. Elas atacam vorazmente. São ativas durante o dia, podendo picar várias pessoas diferentes, o que explica a rápida explosão das epidemias de dengue. Locais onde ocorre a doença No Brasil, a erradicação do Aedes aegypti na década de 30, levada a cabo para o controle da febre amarela, fez desaparecer também a dengue. No entanto, em 1981 a doença voltou a atingir a Região Norte (Boa Vista, Roraima). No Rio de Janeiro (Região Sudeste) ocorreram duas grandes epidemias. A primeira em 1986-87, com cerca de 90 mil casos, e segunda em 1990-91, com aproximadamente 100 mil casos confirmados. A

partir de 1995, a dengue passou a ser registrada em todas as regiões do país e, em 1998, o número de casos chegou a 570.148. Em 1999 houve uma redução (210 mil casos), seguida de elevação progressiva em 2000 (240 mil casos) e em 2001 (370 mil casos). Nesse último ano, a maioria dos casos (149.207) ocorreu na região Nordeste. No Estado de São Paulo, em 1990, começa uma grande epidemia na região de Ribeirão Preto, que se disseminou para outras regiões. Em 1995, já haviam 14 municípios envolvidos com a transmissão da dengue. As primeiras prováveis epidemias de dengue datam do final do século XVIII. Nesta época, a doença era conhecida como "febre quebra-ossos" devido às fortes dores que causava nas juntas. Já durante os séculos XIX e XX, foram registradas diversas epidemias ao redor do mundo atribuídas à dengue: - Zazibar (1823; 1870), - Calcutá (1824; 1853; 1871; 1905), - Antilhas(1827), - Hong Kong(1901), - Estados Unidos (1922), - Austrália (1925-26; 1942), - Grécia (1927-28), - Japão (1942-45). Na década de 50, foi reconhecida

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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 11 e descrita pela primeira vez uma grave manifestação clínica associada à dengue, a febre ou dengue hemorrágica. Não se sabe bem porque, mas a dengue hemorrágica se comportou como uma doença relativamente rara antes da década de 50. Isso pode ter acontecido devido aos fatores de ordem social, como a intensa urbanização e maior intercâmbio entre as diferentes regiões do planeta, que podem ter contribuído para o aumento da incidência da dengue de maneira geral possibilitando o aparecimento de grandes contingentes populacionais com experiências imunológicas com a dengue, fazendo com que assim existisse o risco da dengue hemorrágica. O Estado de São Paulo registrou a ocorrência de 78.614 casos autóctones (adquiridos no próprio Estado) de dengue, em 358 municípios, entre janeiro e outubro de 2007, com considerável expansão da doença para novas áreas. Durante todo o ano de 2006 foram registrados 50.021 casos em 254 municípios. Atualmente, temos 508 municípios infestados com o Aedes aegypti, excluindo-se apenas alguns municípios do Vale do Ribeira e do Paraíba e das Regiões Metropolitanas de São Paulo e de Campinas. O único modo possível de evitar a introdução de um novo tipo do

vírus da dengue é a eliminação dos transmissores. O Aedes aegypti também pode transmitir a febre amarela. Sintomas

A dengue clássica é usualmente benigna. A infecção causada por qualquer um dos quatro tipos (1, 2, 3 e 4) do vírus da dengue produz as mesmas manifestações. A determinação do tipo do vírus da dengue que causou a infecção é irrelevante para o tratamento da pessoa doente. A dengue é uma doença que, na grande maioria dos casos (mais de 95%), causa desconforto e transtornos, mas não coloca em risco a vida das pessoas. Iniciase com febre alta, podendo apresentar cefaléia (dor de cabeça), prostração, mialgia (dor muscular, dor retro-orbitária - dor ao redor dos olhos), náusea, vômito, dor abdominal. É fre-

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qüente que, 3 a 4 dias após o início da febre, ocorram manchas vermelhas na pele, parecidas com as do sarampo ou rubéola, e prurido ("coceira"). Também é comum que ocorram pequenos sangramentos (nariz, gengivas). A maioria das pessoas, após quatro ou cinco dias, começa e melhorar e recupera-se por completo, gradativamente, em cerca de dez dias. Em alguns casos (a minoria), nos três primeiros dias depois que a febre começa a ceder, pode ocorrer diminuição acentuada da pressão sangüínea. Esta queda da pressão caracteriza a forma mais grave da doença, chamada de dengue "hemorrágica". Este nome pode fazer com que se pense que sempre ocorrem sangramentos, o que não é verdadeiro. A gravidade está relacionada, principalmente, à diminuição da pressão sangüínea, que deve ser tratada rapidamente, uma vez que pode levar ao óbito. A dengue grave pode acontecer mesmo em quem tem a doença pela primeira vez. O doente se recupera, geralmente sem nenhum tipo de problema. Além disso, fica imunizado contra o tipo de vírus (1, 2, 3 ou 4) que causou a doença. No entanto, pode adoecer novamente com os outros tipos de vírus da dengue. Em outras

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palavras, se a infecção foi com o tipo 2, a pessoa pode ter novamente a dengue causado pelos vírus dos tipos 1, 3 ou 4. Em uma segunda infecção, o risco da forma grave é maior, mas não é obrigatório que aconteça. Existem diferentes teorias para explicar o surgimento da dengue hemorrágica. Alguns afirmam que ela passa a ter alta incidência em uma população já anteriormente exposta a um outro tipo de vírus da dengue. Seria a exposição seqüencial a um segundo diferente tipo de vírus, que causaria a dengue do tipo hemorrágica. Para outros, a dengue hemorrágica dependeria da maior virulência de determinadas cepas do vírus, isto é, existiriam formas virais mais agressivas do que outras. Uma última explicação seria que as formas hemorrágicas da dengue estariam mais associadas ao tipo 2 do vírus. O mosquito O Aedes aegypti pertence à família Culicidae, a qual apresenta duas fases ecológicas interdependentes: a aquática, que inclui três etapas de desenvolvimento - ovo, larva e pupa -, e a terrestre, que corresponde ao mosquito adulto. A duração do ciclo de vida, em condições favoráveis, é de aproximadamente 10 dias, a partir da oviposição até a idade adulta. Diversos fatores influem na duração desse período, entre

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12 GAZETA DO MEIO AMBIENTE eles a temperatura e a oferta de alimentos. Detalhes do ciclo de vida OVO Os ovos são depositados pela fêmeas acima de meio líquido à superfície da água, ficando aderidos à parede interna dos recipientes. Após a postura tem início o período de incubação, que em condições favoráveis dura 2 a 3 dias, quando estarão prontos para eclodir. A resistência à dessecação aumenta conforme os ovos ficam mais

velhos, ou seja, a resistência aumenta quanto mais próximos estiverem do final de desenvolvimento embrionário. Este completo, eles podem se manter viáveis por 6 a 8 meses. A fase de ovo é a de maior resistência de seu biociclo. LARVA As larvas são providas de grande mobilidade e têm como função primária o crescimento. Passam a maior pare do tempo alimentando-se de substâncias orgânicas, bactérias, fungos e proto-

zoários existentes na água. Não selecionam alimentos, o que facilita a ação dos larvicidas, bem como não toleram elevadas concentrações de matéria orgânica na água. A duração da fase larval, em condições favoráveis de temperatura (25 a 29º C) e de boa oferta de alimentos, é de 5 a 10 dias, podendo se prolongar por algumas semanas em ambiente adequado. PUPA A pupa não se alimenta, apenas respira e é dotada de boa mobilidade. Raramente é afetada por ação de larvicida. A duração da fase pupal, em condições favoráveis de temperatura é de 2 dias em

média. ADULTO Macho e fêmea alimentam-se de néctar e sucos vegetais, sendo que a fêmea depois do acasalamento, necessita de sangue para a maturação dos ovos. Há uma relação direta, nos países tropicais, entre as chuvas e o aumento do número de vetores. A temperatura influi na transmissão da dengue. Raramente ocorre transmissão da dengue em temperaturas abaixo de 16º C. A transmissão ocorre preferencialmente em temperaturas superiores a 20º C. A temperatura ideal para a proliferação do Aedes aegypti estaria em torno de 30 a 32 ºC.

Medidas gerais de prevenção O melhor método para se combater a dengue é evitando a procriação do mosquito Aedes aegypti, que é feita em ambientes úmidos em água parada, seja ela limpa ou suja. A fêmea do mosquito deposita os ovos na parede de recipientes (caixas d'água, latas, pneus, cacos de vidro etc.) que contenham água mais ou menos limpa e esses ovos não morrem mesmo que o recipiente fique

seco. Não adianta, portanto, apenas substituir a água, mesmo que isso seja feito com freqüência. Desses ovos surgem as larvas, que, depois de algum tempo vivendo na água, vão formar novos mosquitos adultos. O combate ao mosquito deve ser feito de duas maneiras: eliminando os mosquitos adultos e, principalmente, acabando com os criadouros de larvas. Para eliminação dos criadouros é importante que sejam adotadas as seguintes medidas: - Não se deve deixar objetos que possam acumular água expostos à chuva. Os recipientes de água devem ser cuidadosamente limpos e tampados. Não adianta apenas trocar a água, pois os ovos do mosquito ficam aderidos às paredes dos recipientes. Portanto, o que deve ser feito, em casa, escolas, creches e no trabalho, é: substituir a água dos vasos das plantas por terra e esvaziar o prato coletor, lavando-o com auxílio de uma escova; utilizar água tratada com água sanitária a 2,5% (40 gotas por litro de água) para regar bromélias, duas vezes por semana*. 40 gotas = 2ml; não deixar acumular água nas calhas do telhado; não deixar expostos à chuva pneus velhos ou objetos (latas, garrafas, cacos de vidro) que possam acumular água; acondicionar o lixo domiciliar em

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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 13 sacos plásticos fechados ou latões com tampa; tampar cuidadosamente caixas d'água, filtros, barris, tambores, cisternas etc. Para reduzir a população do mosquito adulto, é feita a aplicação de inseticida através do "fumacê", que deve ser empregado apenas quando está ocorrendo epidemias. O "fumacê" não acaba com os criadouros e precisa ser sempre repetido, o que é indesejável, para matar os mosquitos que vão se formando. Por isso, é importante eliminar os criadouros do mosquito transmissor. Além da dengue, se estará também evitando que a febre amarela, que não ocorre nas cidades brasileiras desde 1942, volte a ser transmitida. Medidas Individuais de Prevenção Devem ser adotadas medidas de proteção contra infecções transmitidas por insetos, que são as mesmas empregadas contra a febre amarela e a malária. É importante saber que, embora a transmissão dessas doenças possa ocorrer ao ar livre, o risco maior é no interior de habitações. Em locais de maior ocorrência dessas doenças, deve-se usar, sempre que possível, calças e camisas de manga comprida, e repelentes contra insetos à base de DEET nas roupas e no corpo, sempre observando a concentração máxima para crianças (10%) e adultos (30%). Pessoas que

estiveram em uma área de risco para dengue e que apresentem febre, durante ou após a viagem, devem procurar um Serviço de Saúde. Perguntas mais freqüentes 1. O que é dengue? É uma virose transmitida por um tipo de mosquito (Aedes aegypti) que pica apenas durante o dia, ao contrário do mosquito comum (Culex), que pica de noite. A infecção pode ser causada por qualquer um dos quatro tipos (1, 2, 3 e 4) do vírus da dengue, que produzem as mesmas manifestações. Em geral, o início é súbito com febre alta, dor de cabeça e muita dor no corpo. É comum a sensação de intenso cansaço, a falta de apetite e, por vezes, náuseas e vômitos. Podem aparecer manchas vermelhas na pele, parecidas com as do sarampo ou da rubéola, e prurido (coceira) no corpo. Pode ocorrer, às vezes, algum tipo de sangramento (em geral no nariz ou nas gengivas). A dengue não é transmitida diretamente de uma pessoa para outra. 2. O que uma pessoa deve fazer se achar que está com dengue? - Procurar um Serviço de Saúde logo no começo dos sintomas. Diversas doenças são muito parecidas com a dengue, e têm outro tipo de tratamento. - Beber bastante líquido, evitando-se as bebidas com cafeína (café, chá preto). Não tomar

remédios por conta própria, mesmo aqueles normalmente indicados para dor ou febre. Todos os medicamentos podem ter efeitos colaterais e alguns que podem até piorar a doença. A dengue não tem tratamento específico. Os medicamentos são empregados para atenuar as manifestações (dor, febre). - Informar ao médico se estiver em uso de qualquer remédio. Alguns medicamentos utilizados no tratamento de outras doenças (Marevan®, Ticlid® etc.) podem aumentar o risco de sangramentos. Não tomar nenhum remédio para dor ou para febre que contenha ácido acetil-salicílico (AAS®, Aspirina®, Melhoral® etc.) - que pode aumentar o risco de sangramento. Os antiinflamatórios (Voltaren®, Profenid® etc) também não devem ser utilizados como antitérmicos pelo risco de efeitos colaterais, como hemorragia digestiva e reações alérgicas. Os remédios que tem dipirona (Novalgina®, Dorflex®, Anador® etc.) devem ser evitados, pois podem diminuir a pressão ou, às vezes, causar manchas de pele parecidas com as da dengue. O paracetamol (Dôrico®, Tylenol® etc), mais utilizado para tratar a dor e a febre na dengue, deve ser tomado rigorosamente nas doses e no intervalo prescritos pelo médico, uma vez que em doses muito altas pode causar

lesão hepática. 3. Como é feito o diagnóstico de dengue? O diagnóstico inicial de dengue é clínico (história + e exame físico da pessoa) feito essencialmente por exclusão de outras doenças. Feito o diagnóstico clínico de dengue, alguns exames (hematócrito, contagem de plaquetas) podem trazer informações úteis quando analisados por um médico, mas não comprovam o diagnóstico, uma vez que também podem estar alterados em várias outras infecções. A comprovação do diagnóstico, se for desejada por algum motivo, pode ser feita através de sorologia (exame que detecta a presença de anticorpos contra o vírus da dengue), que começa a ficar reativa ("positiva") a partir do quarto dia de doença. 4. É necessário esperar o resultado de exames para iniciar o tratamento? Não. Uma vez que, excluídas clinicamente outras doenças, a dengue passa a ser o diagnóstico mais provável, os resultados de exames (que podem demorar muito) não podem retardar o início do tratamento. O tratamento da dengue é feito, na maioria das vezes, com uma solução para reidratação oral (disponível nas Unidades de Saúde), que deve ser iniciada o mais rápido possível. 5. A comprovação do diagnóstico de dengue é útil para o

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14 GAZETA DO MEIO AMBIENTE tratamento da pessoa doente? Não. A comprovação sorológica do diagnóstico de dengue poderá ser útil para outras finalidades (vigilância epidemiológica, estatísticas) e é um direito do doente, mas o resultado do exame comumente estará disponível apenas após a pessoa ter melhorado, o que o torna inútil para a condução do tratamento. O exame sorológico também não permite dizer qual o tipo de vírus que causou a infecção (o que é irrelevante) e nem se a dengue é "hemorrágica". 6. O que é dengue "hemorrágica"?

Hemorrágica Aguda

Dengue "hemorrágica" é a dengue mais grave. Apesar do nome, que é impreciso, o principal perigo da dengue "hemorrágica" não são os sangramentos, mas sim a pressão arterial muito baixa (choque). É importante saber que outras doenças, como a meningite meningocócica, podem ser muito parecidas com a dengue, embora a pessoa

fique grave muito mais rápido (logo no primeiro ou segundo dia de doença). A dengue pode se tornar mais grave apenas quando a febre começa a diminuir. O período mais perigoso está nos três primeiros dias depois que a febre começa a desaparecer. Pode aparecer qualquer uma dessas alterações: - dor no fígado (nas costelas, do lado direito) - tonteiras, desmaios - pele fria e pegajosa, suor frio - sangramentos - fezes escuras, parecidas com borra de café 7. O que fazer se aparecer qualquer um desses sintomas? Procurar imediatamente o Centro Municipal de Saúde ou o Hospital mais próximo. 8. A dengue "hemorrágica" só ocorre em quem tem dengue pela segunda vez? Não. A forma grave da dengue também pode ocorrer em quem tem a doença pela primeira vez. 9. A dengue "hemorrágica" é obrigatória em que tem a doença pela segunda vez? Não. O risco é maior do que na primeira infecção, mas a imensa maioria das pessoas que têm a doença pela segunda ou terceira vez não apresenta a forma grave da dengue. 10. Quantas vezes uma pessoa pode ter dengue?

Até quatro vezes, pois existem quatro tipos diferentes do vírus da dengue (1, 2, 3 e 4). No Rio de Janeiro, até agora, existem os tipos 1, 2 e 3. Cada vez que a pessoa tem dengue por um tipo, fica permanentemente protegido contra novas infecções por aquele tipo. É por isso que só se pode ter dengue quatro vezes. 11. Quem teve dengue fica com alguma complicação? Não. A recuperação costuma ser total. É comum que ocorra durante alguns dias uma sensação de cansaço, que desaparece completamente com o tempo. 12. Todo mundo que é picado pelo Aedes aegypti fica doente? Não. Primeiro é preciso que o Aëdes esteja contaminado com o vírus da dengue. Além disso, cerca de metade das pessoas que são picadas pelo mosquito que tem o vírus não apresenta qualquer sintoma.

Fumacê

13. O que fazer para diminuir o risco de pegar dengue? O Aedes aegypti é um mosquito doméstico, que vive dentro ou nas proximidades das habitações. O único modo possível de evitar ou reduzir a duração de uma epidemia e impedir a introdução de um novo tipo do vírus da dengue é a eliminação dos transmissores. Isso é muito importante porque, além da dengue, o Aedes aegypti também pode transmitir a febre amarela. O "fumacê" é útil para matar os mosquitos adultos, mas não acaba com os ovos. Por isso, deve ser empregado apenas em períodos de epidemias com o objetivo de interromper rapidamente a transmissão. O mais importante é procurar acabar com os criadouros dos mosquitos. Qualquer coleção de água limpa e parada, inclusive em plantas que acumulam água (bromélias), pode servir de criadouro para o Aedes aegypti.

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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 15 Antigos truques domésticos ajudam no combate às mudanças climáticas A falta de tempo, a correria cotidiana e as facilidades domésticas que a vida contemporânea oferece deixaram de lado alguns truques domésticos do tempo da "vovó" que, além de facilitar as tarefas diárias, ajudam no combate ao aquecimento global e são baratos. No livro "Como Ter Uma Casa e um Jardim Mais Ecológicos", escrito por Siân Berry e editado pela Publifolha, é possível encontrar estas receitas antigas, como queimar fósforo para eliminar mau cheiro e limpar manchas de barro com água que foi usada para ferver batatas, entre outras. Saiba mais sobre o livro.

Leia no trecho abaixo como escolher produtos de limpeza e colocar em prática alguns desses truques com materiais que, normalmente, podem ser encontrados em casa. Produtos ecológicos Simplifique seu armário reduzindo a quantidade de produtos específicos. Para a maioria das tarefas de limpeza, um frasco de detergente multiuso resolve o problema. Divulgação Livro traz 50 ideias sustentáveis para cuidar da casa e do jardim Compre produtos ecológicos: Procure detergentes biodegradáveis ou sabões em pó baseados em plantas ou em ingredientes facilmente degradáveis. Evite fragrâncias artificiais nos artigos de limpeza. Compre produtos que tenham refil. Evite produtos químicos fortes para desentupir pias. Use um desentupidor: 1. Primeiro solte a gordura, jogando água fervente na pia

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entupida. 2. Se isso não resolver o problema, pegue um desentupidor e encha a pia com alguns centímetros de água. 3. Cubra com uma mão a saída auxiliar, se houver, para manter a pressão, e então aperte com força o desentupidor, para empurrar a água cano abaixo. Problema resolvido, sem nenhum produto químico! PERGUNTE À VOVÓ Muitas dicas domésticas fora de uso, de nossos avós, economizam tempo, são baratas e utilizam coisas que normalmente se encontram em casa. Aqui vão algumas delas para começar: Limpe as janelas usando água morna com um borrifo de detergente e um pouquinho de vinagre, e então seque polindo com jornal, para deixá-las brilhantes e sem marcas. Acenda um fósforo no banheiro para queimar o mau cheiro, em vez de usar sprays químicos.

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Remover manchas depende de cuidar logo delas - a maioria dos líquidos não mancha se você mergulhar o tecido rapidamente na água e lavá-lo com sabão normal. Experimente estas dicas do Mrs Beeton's Book of Household Mana-gement ("Livro de administração doméstica da senhora Beeton"), de 1923: Elimine manchas de barro com água que foi usada para ferver batatas. Tire manchas da tábua de cozinha esfregando sal marinho e suco de limão (ótimo também para amaciar as mãos). Mergulhe o linho manchado com vinho tinto em leite quente por alguns minutos antes de lavar. Limpe botas e bolsas de couro marrom com a parte de dentro da casca de uma banana e depois faça o polimento com um pano macio.

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16 GAZETA DO MEIO AMBIENTE Consumo Sustentável mundial enfrenta problemas de abastecimento de água. Muitas fontes de água doce estão poluídas ou, simplesmente, secaram. Dá para viver sem água?Não dá. Então, a saída é fazer um uso racional deste recurso preciso. a água deve ser usada como responsabilidade e parcimônia. Energia elétrica O consumo de energia elétrica aumenta a cada ano Brasil. Em breve, estaremos imporGuia de boas práticas para o consumo sustentável A imensidão do Brasil fez, e ainda faz, muita gente pensa que todos os recursos naturais do nosso País são inesgotáveis. Engano. Um grande engano. Se não abrirmos os olhos e ficarmos bem atentos as nossas atitudes, podemos sofrer graves prejuízos e ainda comprometer a sobrevivência das gerações futuras. Consumo Sustentável quer dizer sobre usar os recursos naturais para satisfazer as nossas necessidades, sem comprometer as necessidades e aspirações das gera-

sos naturais não renováveis como o petróleo.Percebe como podemos ajudar? Lixo Em quanto a água pode nos

ções futuras. Ou seja, vale aquele velho jargão popular: saber usar para nunca faltar. E isso não exige um grande esforço, somente mais atenção com o que está ao nosso redor. Água Hoje, metade da população

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tando energia elétrica de países vizinhos. Economizar energia,além de fazer bem ao bolso,também contribui para o adiamento da construção de novas hidrelétricas,que causam grandes impactos ambientais ou para diminuição da exploração de recur-

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faltar, o lixo sobra. É lixo demais e ele sempre aumenta. Aumenta tanto que nem sabemos onde colocá-lo. Essa dificuldade é maior quando associada aos custos para se criar aterros sanitários.A situação torna-se pior quando constatamos que na maioria das cidades brasileiras o lixo é despejado em terrenos baldios ou nos “famosos” e inadequados lixões. Precisamos estimular o uso de métodos de tratamento como a compostagem e reciclagem.

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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 17 Tangará taça rasa, contraído nos galhos de árvores.

degradação de seu habitat

OVOS: 3 ou 4 por vez. 15-17 dias de incubação

O Tangará é conhecido no Brasil desde o século XVII, quando um naturalista de nome Macgrave visitou nosso País e descreveu inúmeros representantes da nossa fauna e flora. Esta ave da um toque latinoamericano à América do Norte durante a primavera e o verão. A maior parte das 200 espécies de tangarás vive na América Central e do Sul, embora existam 4 espécies que procriam nos Estados Unidos e Canadá.

pardal e outros maiores que uma pega. Todos têm bico cônico. O tangará raramente pousa no chão, passando a maior parte do tempo em árvores ou arbustos. Alimenta-se de frutas, grãos, sementes e insetos. Algumas espécies vivem em bandos;

O macho, durante a época de acasalamento, apresenta cores brilhantes, enquanto as fêmeas são menos vistosas. Depois da temporada de acasalamento, a plumagem do machos de tangará norte-americano são vermelhos, mas o tangará que habita as montanhas do oeste do EUA é amarelo com asas pretas e rastro vermelho.

outras são solitárias. O nome tangará vem do tupi tãga 'rá.

M AT U R I D A D E SEXUAL: 12 meses

NOME COMUM: Tangará OUTRO NOME: Saíra-pintor NOME CIENTÍFICO: Tangara fastuosa NOME EM INGLÊS: Sevencoloured Tanager FILO: Chordata ORDEM: Passeriformes FAMÍLIA: Thraupidae COMPRIMENTO: 13,5 cm ALIMENTAÇÃO: A alimentação básica na natureza consiste de pequenas frutas e bagas, insetos que recolhem nas folhagens e ramos. DISTRIBUIÇÃO: Espécie exclusiva da região Nordeste. Ocorre no litoral de Pernambuco à Alagoas. HABITAT: Vive nas porções remanescentes de Mata Atlântica no Nordeste.

PERÍODO DE REPRODUÇÃO: Primavera e verão. AMEAÇA: . As populações da espécie só existem no litoral de Pernambuco e Alagoas. Foram ao longo dos anos muito perseguidas pelos criadores de pássaros. Hoje elas estão em estado crítico devido e encontra-se ameaçada de extinção, devido principalmente à forte pressão de caça para abastecer o comércio ilegal de aves silvestres e também à rápida

CARACTERÍSTICAS: Bico cônico, triangular na base. NINHO: Ninho em forma de

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18 GAZETA DO MEIO AMBIENTE A sopa de lixo no Pacífico Cabem dois EUA na plataforma de sujeira encontrada no oceano e formada sobretudo por resíduos de plástico.

Foi durante uma alegre competição de barco a vela que o oceanógrafo americano Charles Moore se deparou com algo trágico: um gigantesco depósito de lixo em pleno mar. “ Fiquei impressio-

nado, de repente estava no meio daquilo. Para onde eu olhava, via lixo” , diz ele. A 500 milhas náuticas (cerca de 920 quilômetros) da costa da Califórnia, no Oeste dos EUA, esse depósito estava e ainda está lá. A primeira e mais importante questão é saber como essa mancha se formou e cresceu. A primeira e mais importante resposta, impressionante e assustadora, é que a grande sujeira que muitas vezes se tenta esconder debaixo do imenso tapete de mar é fruto da falta de consciência ambiental - um dia ela aparece e bóia, um dia a atitude predatória vem a tona, ainda que seja em meio a uma tranqüila regata. “Toda vez que eu ia ao deque via coisas boiando. Como nós conseguimos sujar uma área tão enorme?”, Pergunta Moore. O especialista que passou anos em seu barco estudando essa

área (do Havaí até quase o Japão) revela que a mancha tem mais de dez anos. E suas proporções são assustadoras: “Ali existem cerca de 100 milhões de toneladas de detritos.” A formação desse megaentulho, apelidado pelos especialistas de “sopa plástica”, é atribuída a dois fatores combinados: ação humana e ação da natureza. Os pesquisadores contabilizam que um quinto dos resíduos foi jogado de navios ou plataformas petrolíferas, e inclui itens como bolas de futebol, caiaques, sacolas plásticas e restos de naufrágios. O restante veio da terra. No mar, esse lixo flutuante acabou se agrupando por influência das correntes marítimas. E então ficou vagando. Ironia do destino, Charles Moore era herdeiro de uma família que fez fortuna com a indústria do petróleo, e o plástico que compõe a tal “sopa” é feito justamente a partir de petróleo - demora aproximadamente 300 anos para se decompor. Hoje, Moore vendeu o seu negócio e se tornou um ativista ambiental, criando no a EUA a

Fundação de Pesquisa Marítima Algalita. O diretor de pesquisa dessa fundação, o ativista ecológico Marcus Eriksen, relata a impressão que teve quando viu pela primeira vez a imensa lixeira: “Parece uma ilha de lixo plástico sobre a qual se pode andar. É uma sopa de plástico, uma coisa sem fim que ocupa uma área que pode corresponder a até duas vezes o tamanho dos EUA.” Pode ser que os milhões de toneladas tenham passado despercebidos pelas autoridades ambientais a sua tecnologia – translúcida, a mancha flutua rente linha de água e, por isso, pode ser imperceptível os satélites. Mas, de acordo com o Programa Ambiental da ONU, detritos de plástico constituem 90% de todo o lixo flutuante nos oceanos. Estima-se que quase 46 mil peças de plástico provoquem anualmente a morte de mais de um milhão de aves e de outros 100 mil mamíferos. Seringas, isqueiros e escovas já foram encontrados no estômago desses animais depois de mortos. A gravidade do pro-

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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 19 blema soou como um alarme aos ouvidos de especialistas de todo o mundo. O oceanógrafo David Karl, da Universidade do Havaí. Pretende c o o r d enar uma e x p e d ição para estudar o problema ainda este ano, pois acredita que esse lixo no Pacífico já formou um novo habitat marinho. Tão cedo, porém, essa situação não será resolvida. A Área, conhecida como “giro Pacífico norte”, é um local onde o oceano é calmo devido aos

poucos ventos e aos sistemas de pressão extremamente altos. E s s a s condições naturais estaria m “seg ura ndo

a sujeira”. “Da mesma forma que ela está presa naquele redemoinho, a sociedade está presa a maus costumes”. Diz Moore. E com razão: até pesquisadores da Agência Espacial Americana (Nasa)

de agências russas estão acostumados a despejar toneladas de resíduos de suas espaçonaves no oceano Pacífico. A nave russa Progress M-59. por exemplo, teve seus fragmentos carbonizados e lançados ao mar – uma tonelada de lixo. Em forma de chuva de metal incandescente, os destroços caíram em uma zona entre a Oceania e as Américas (a mesma região da sopa) e assim o caldo de trambolhos e quinquilharias foi ganhando proporções cada vez maiores. A fiscalização para evitar agressões ao maio ambiente em geral costuma ser fraca, e mais inoperante ainda é a fiscalização que deveria proteger o ambiente marinho – a absurda sopa de lixo no Pacífico comprova esse fato. Convenções internacionais determinam que todas as

embarcações devem manter em recipientes adequados os seus resíduos produzidos a bordo, sendo proibido (e passível de multa) o seu descarte no mar – a Marinha brasileira estabelece punições pecuniárias que vão de R$ 7 mil a R$ 50 milhões. Uma vez boiando nos oceanos, no entanto, esses resíduos passam a ser sujeira sem dono – como ponta de cigarro na rua. Ainda que se saiba a sua procedência, é impossível responsabilizar culpados. Por isso a fiscalização é teórica e ineficaz, por isso formam-se lixões como o do Pacífico, por isso a humanidade, feito suicida, emporcalha aquilo que é a principal condição biológica para a sua sobrevivência - a água. Fonte ISTOÉ

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20 GAZETA DO MEIO AMBIENTE Brasil ocupa o 2º lugar no ranking mundial de recalchutagem

Segundo organização internacionais, a produção de pneus novos está estimada em cerca de 2 milhões por dia em todo o mundo.Já o descarte de pneus velhos chega a atingir,anualmente,a marca de 800 milhões de unidade.Só no Brasil são produzidos cerca de 40 milhões de pneus por ano e quase metade dessa produção é descartada nesse período. Uma forma encontrada para amenizar esse impacto foi à utilização das metodologias de reciclagem e reaproveitamento. Entre elas, a recauchutagem tem sido um mecanismo bastante utilizado para conter o descarte de pneus usados.O Brasil ocupa o 2º

lugar no ranking mundial de recauchutagem de pneus,o que lhe oferece uma posição vantajosa junto a vários países na luta pela conservaç ã o a m b i e ntal.Esta técnica permite que o recauchutador, seguindo as recomendações das normas para atividade,adicione novas camadas de borracha nos pneus velhos,aumentando,desta forma,a vida útil do pneu em 100% e proporcionando uma economia de cerca de 80% de energia e matéria-prima em relação á produção de pneus novos. Em termos de Brasil, o Estado do Paraná se destaca no cenário nacional de reciclagem de pneus,principalmente por estar localizado num ponto estratégico.Segundo Celso Luiz Dallagrana, diretor da Associação dos Recalchutadores de Pneus do Estado do Paraná,pelas suas estradas circulam um grande

volume de caminhões que tranportam cargas,que serão distribuídas para o restante do país.”Por essas circunstâncias criou-se um pólo de pneus,especialmente em Curitíba, onde, por conseqüência, concentra-se a maior parte das empresas recauchutadoras de pneus do país”, explica o diretor. Para Dallagrana,em vista do trabalho que o recauchutador executa e sua importante participação em prol da reciclagem,essa atividade precisa ser mais valorizada no país. ”O objetivo principal da r e c a u c h u t agem, sem dúvida, é proteger o meio ambiente. Portanto, necessita-se de mais incentivos, tanto por parte do governo, através de legislação competentes e linhas de crédito específicas, quanto por parte da sociedade em geral, que ainda não está conscientizada sobre a Fone: (41) 3399-2804 Fax: (41) 3399-2321

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importância do trabalho que desenvolvemos”, declara o d i r e t o r. A l é m d i s s o , Dallagrana atenta para influência significativa que a recauchutagem exerce no âmbito social, já que uma empresa recauchutadora chega a empregar 20 funcionários, em média. Esses ramos brasileiros é o segundo maior no mundo e só perde para os Estados Unidos. ”No entanto, falta ainda um maior esclarecimento por parte do setor para que o mercado reaproveite esse

material, a exemplo do que já acontece com a reciclagem de papel e de alumínio”. Conta Dallagrana.

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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 21

As indústrias de reciclagem que utilizam o material proveniente do processo de recauchutagem para confecção de novos produtos também exercem um papel importante nesse contexto. No Paraná, a Ecija Comercial Exportadora e Importadora de manufaturados Ltda. fundada em 1992, é uma das pioneiras nesta categoria. ”Compra-se resíduos de borracha provenientes dos pneus e sucata de câmara de ar de pneus usados e envia-se para uma empresa com a qual temos parceria, na Holanda, que transforma e revende para fabricas de artefatos de borracha, para fabricas de pneus que os utilizarão como parte no composto de novos pneus.”, explica Jacinto Padilha,

sócio-diretor da Ecija e representante brasileiro da ITRA Associação Americana dos Recauchutadore s e Recicladores de Borracha. S e g u n d o Padilha, existem dois tipos de pneus: os radiais e os diagonais. O pneu radial tem uma estrutura interna de aço, o que dificulta um pouco mais o processo de recicla-

gem, assim como exige máquinas mais sofisticadas para fazer a separação do aço, incorrendo num custo mais alto para a trituração. Já o pneu do tipo diagonal, que t e m u m a estrutura interna á base de tecido, é bem mais fácil d e r e c i c l a r. P o r e m , a tendência é que tenhamos um crescimento na utilização de pneus do tipo radial, cujos investimentos para reciclagem são maiores. Conforme Padilha, o material proveniente da reciclagem dos pneus existem em abundância, assim com há também um grande mercado consumidor para esses produtos. No entanto, é um processo pouco conhecido e divulgado. Essa é uma das razões que o leva a exportar sua produção. Em termos internacionais, a reciclagem do pneu tem um potencial impressionante. É uma questão levada muito a sério pelos empresários estrangeiros. E o nosso produto desperta interesse porque além de possuir uma característica técnica específica, a tecnologia utilizada para a reciclagem é bastante moderna. Visando diminuir o passivo ambiental dos pneus inservíveis no país o Conama Conselho

Nacional do Meio Ambiente publicou a Resolução Nº 258, de 26 de agosto de 1999, que trata da destinação final, de forma ambientalmente adequada e segura, dispondo sobre a reciclagem, prazos de coleta, entre outros fatores. Segundo Paulo Moreira, vice-presidente da ABR, a publicação da Resolução, impondo que as empresas fabricantes e produtoras façam à coleta e dêem uma destinação final ambientalmente adequada aos resíduos, empreendem metas progressivas para que o setor a cumpra num prazo relativamente grande. Em 2005, o processo estará bastante avançado e espera-se alcançar um patamar de quase 120%da reciclagem os inservíveis.Desta forma,chegaremos a uma relação crescente da reciclagem,de modo a liquidar com o passivo

ambiental de pneus no país.

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22 GAZETA DO MEIO AMBIENTE Trovões permitem prever reforço de furacões e ciclones, diz estudo Os trovões são um indicador para prever o momento em que os furacões ou ciclones atingem sua intensidade máxima, segundo um estudo publicado no site da revista especializada "Nature Geoscience". Antecipar a evolução da intensidade de um furacão é mais difícil do que calcular sua trajetória que, por sua vez, é facilmente identificável com as fotografias tiradas pelos satélites. Divulgação Trovões são um indicador para prever o momento em

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que os furacões ou ciclones atingem sua intensidade máxima, diz estudo De fato, o reforço ou o enfraquecimento destes fenômenos meteorológicos extremos e devastadores depende de interações complexas entre fatores como umidade e vento. No entanto, Colin Price, um geofísico da Universidade de Tel Aviv (Israel), e dois de seus colegas, determinaram que o número de trovões aumenta na véspera do dia em que o ciclone atinge sua força máxima. Analisando 58 tempestades tropicais de categoria quatro ou cinco na escala de medi-

ção de furacões SaffirSimpson, que tem cinco níveis, entre 2005 e 2007, os pesquisadores constataram que o pico de trovões precede, em 55% dos casos, em cerca de 30 horas o pico de intensidade máxima dos ventos que giram em torno do olho do furacão. Se os trovões permitem

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prever a intensificação dos furacões, os meteorologistas possuem uma ferramenta poderosa, sobretudo nas regiões expostas a danos consideráveis e que não contam com capacidades de alerta desenvolvidas, informaram. Segundo os autores do estudo, instalar uma rede de vigilância para registrar a energia eletromagnética dos trovões é relativamente simples. De acordos com os especialistas, o aquecimento dos oceanos tem como consequência um aumento do número e da intensidade dos ciclones mais violentos. Fonte: France Presse

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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 23 Clima pode comprometer 85% da mata amazônica A Amazônia está condenada a perder no mínimo 20% de sua fisionomia original com as mudanças climáticas. O impacto pode ser ainda pior e afetar 85% da floresta se as temperaturas subirem além de 4C, comparadas com níveis pré-industriais. Este foi o quadro sombrio apresentado pelo Centro H a d l e y, instituto de meteorologia do R e i n o Unido, durante o Congresso Científico Internacional sobre Mudanças Climáticas, em Auto Posto Saltinho Ltda.

Copenhague. O estudo sobre a resistência de ecossistemas a um nível perigoso de mudança climática usou cerca de 700 simulações em computadores para projetar o destino de florestas e geleiras. Esses modelos traçaram cenários de emissão de gases do efeito estufa e quais seriam as consequências. A partir destes dados, os pesquisadores testaram a sensibilidade da Amazônia ao calor e à seca. Os resultados, que serão publicados na revista 'Nature Geoscience', são pessimistas. Até 2100, uma elevação entre 1C e 2C causaria uma 'retração' da floresta de 20% a 40%, e os efeitos serão bem mais severos se as temperaturas romperem esse patamar. A pior hipótese testada é uma alta de 4C, que reduziria a Amazônia a apenas 15% do

que é hoje. Segundo Vicky Pope, coordenadora do Hadley, em um planeta mais quente, espécies do cerrado (uma savana) avançaria rumo ao Norte. 'O que descobrimos é que mesmo a mais modesta elevação de temperatura afetará a floresta severamente', disse Pope à Folha. Projeções sobre a savanização da Amazônia já vinham sendo feitas no Brasil pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Um estudo de 2007 alertava que aumentos de temperatura de '2C a 6C' aliados a períodos de seca mais severos transformariam até 18% da maior floresta tropical do planeta em algo similar ao cerrado. O novo estudo do Hadley, entretanto, é o primeiro a mostrar, no longo prazo, a

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relação entre temperaturas específicas e as taxas de savanização. Os cientistas ingleses também afirmam que uma recuperação da floresta após tudo isso não ocorreria em menos de cem anos. Alguma perda haverá, pois a temperatura global não está longe de alcançar uma elevação 1C em relação a níveis do século 19. Segundo Pope, a melhor chance de evitar efeitos significativos na Amazônia é limitar a subida da temperatura a no máximo 2C. Para tanto, as emissões de gasesestufa precisariam atingir um pico em 2015 e a partir daí caírem 3% ao ano. Ainda assim, a probabilidade de o aquecimento efetivamente se estabilizar é de 50%.

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24 GAZETA DO MEIO AMBIENTE Menu da vida saudável

Tomate – o licopeno, pigmento que dá cor vermelha ao tomate, é considerado uma arma poderosa na prevenção do câncer de próstata. Ao mesmo tempo, fortalece o sistema imunológico. Há dezenas de estudos sobre a substância. Os benefícios do licopeno são maiores se o tomate for cozido e acompanhado de um fio de azeite. Dessa forma, ele é mais bem absorvido pelo organismo. Salmão – fonte de ômega 3, que previne infartos e derrames, pois abaixa os níveis de triglicérides e colesterol ruim. Previne ainda o mal de Alzheimer e melhora a qualidade de vida sexual, ao estimular a produção de hormônios ligados ao desejo. Um filé de salmão três vezes por semana contém a quantidade ideal de ômega 3. Leite – é um dos principais fornecedores de cálcio e vitamina A, além de possuir proteínas de alto valor biológico. Adultos devem dar preferência aos leites desnatados e semidesnatados, mais indicados por apresentarem um nível de gordura inferior. Recomenda-se a ingestão de três copos por dia, principalmente para mulheres. Brócolis – contém fito químicos que inibem o desenvolvimento de bactérias causadoras de gastrite e de úlcera estomacal e ajudam na prevenção do câncer. Da família dos vegetais crucíferos, é rico em vitaminas C e A, acido fólico, potássio, cálcio e selênio. É também a hortaliça com a maior concentração de ferro. O ideal é comer o brócolis cozido, já que, quando cru, possui certas enzimas

que atrapalham a absorção de seus nutrientes. Iogurte - é indicado para a prevenção do câncer e para o controle do colesterol. As bactérias probióticas (benéficas à saúde) presentes nos iogurtes atuam no equilíbrio da microflora intestinal, como diarréias e constipações. Além disso, essas bactérias melhoram o sistema imunológico e aumentam a absorção de cálcio pelo organismo. É também uma importante fonte de proteínas, zinco e vitaminas A e do complexo B. Aveia – poucos alimentos são tão ricos em fibras quanto a aveia: 100 g de aveia em flocos contém 9 g de fibras solúveis contra os 5 g presentes na mesma quantidade de pão integral. Quatro colheres (sopa) por dia (misturadas no iogurte) são indicadas para quem precisa baixar os níveis de colesterol ruim, o LDL. Laranja – também tem flavonóides que previnem o câncer. Seu efeito é potencializado pela vitamina C. A sugestão é consumir o suco da fruta logo depois de preparado, para evitar a oxidação. Ingerir o bagaço auxilia no funcionamento do intestino. Soja – é rica em isoflavonas, substancias semelhantes ao hormônio estrógeno que previnem doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer, como o de próstata e o de mama. Também atenua os sintomas da menopausa. Recomenda-se o consumo de 25 g do grão por dia, equivalente a uma xícara de chá. Azeite – possui gorduras monoinsaturadas, que ajudam a elevar o colesterol bom e reduzir o ruim. Também tem propriedades antioxidantes e combate os radicais livres, associados ao câncer. Para aproveitar melhor seus benefícios, é bom consumi-lo na forma exravirgem, Deve ser usado frio, no tempero da salada, por exemplo. Alho – pesquisas recentes demonstram que alguns de seus componentes, como a alicina, inibem uma bactéria que causa a úlcera e que tem sido apontada como precursora do câncer gástrico. Trabalhos científicos também mostram que ele ajuda

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a manter a pressão arterial regulada e a diminuir o colesterol ruim (LDL). É recomendável consumir o alho cru, já que o aquecimento acima de 50ºC destrói seus princípios ativos. Castanha-do-pará – é um alimento rico em gorduras benéficas e em selênio, oligoelemento relacionado ao sistema imunológico e às funções do Sistema Nervoso Central. O mineral é também uma das apostas dos cientistas para retardar o envelhecimento. Ajuda a baixar os níveis de colesterol ruim e aumentar os do bom. O ideal é consumir três unidades de castanha por dia. Cenoura – contém grande quantidade de beta caroteno, importante para a visão, para a manutenção da pele e dos ossos. A cenoura in natura oferece mais vitaminas que os suplementos farmacêuticos. Feijão – sua casca contém flavonóides, que favorecem a saúde do coração. Tem ainda proteínas e fibras, baixa quantidade de gordura, ácido fólico, ferro, potássio e zinco. É antioxidante e, por isso, previne o surgimento do câncer e o envelhecimento. Maça – com ação antioxidante, inibe a proliferação de células cancerosas. Além disso, é muito rica em pectina, fibra solúvel que ajuda no controle do colesterol e do diabetes. Seu consumo também aumenta a função pulmonar e acelera a perda de peso. Uva vermelha – o que faz bem na uva são os flavonóides, pigmentos encontrados em sua casca. Essas substâncias aumentam as taxas de colesterol bom e evitam o enrijecimento das artérias. Um copo de suco de uva por dia é suficiente. Já as sementes contêm polifenóis. Eficazes para manter a pele jovem, eles passaram a servir de matéria-prima para cremes antienvelhecimento. Carne branca – o peito do frango possui pouca concentração de colesterol. Contém principalmente, proteínas necessárias à construção do organismo, vitaminas do complexo B e sais minerais (ferro, fósforo, e iodo) os quais estão relacionados ao crescimento, à capacidade de equilíbrio, concentração, aprendiza-

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do a manutenção e a regeneração das células., sendo fundamentais para a constituição dos ossos e músculos. A carne branca contém ainda importantes minerais, dos quais se destacam ferro e o zinco. Alcachofra – com grande concentração de fibras, magnésio, vitamina C e do complexo B, potássio, cálcio, fósforo e ferro, ajuda a diminuir os níveis de gordura do sangue e a tratar doenças hepáticas. Sua ação antioxidante também inibe o envelhecimento das células e o surgimento de tumores. Banana – possui quantidade de potássio, que previne a hipertensão por ser vasodilatador. Também melhora a circulação do sangue, diminuindo as cãibras. A banana contém ainda vitaminas A, B1, B2 e C, que ajudam a tranqüilizar o sono e melhoram o humor. Melancia – é rica em licopeno e apresenta grande quantidade de glutationa, compostos antioxidantes que combatem o câncer, além de exercerem atividade antibacteriana e aticoagulante branda. Ainda possui frutose, vitaminas do complexo B e sais minerais como cálcio, fósforo e ferro, nutrientes indispensáveis para a produção de energia no organismo,

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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 25 Paraná desmata o que sobrou da araucária

General Carneiro - O pouco que resta de floresta de araucária no Paraná – só 0,8% do que existiu permanece preservado – está sendo sistematicamente derrubado. Uma série de fiscalizações ambientais indica que 30 caminhões carregados de toras de árvores nativas circulam livremente todos os dias na região Centro-Sul do estado. São pinheiros que viram carvão; imbuias que já saem da mata transformadas em palanques de cerca; e cedros, na forma de cavaco, que alimentam caldeiras.Araucárias de mais de 100 anos e com 1,55m de diâmetro foram encontradas no chão, estaleiradas, prontas para serem transportadas para serrarias. Fiscais acharam chapas de compensado feitas de pínus nas lâminas externas e recheadas com madeira nobre. Esse foi o cenário encontrado por operações conjuntas do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Polícia Federal realizadas nos últimos seis meses. A ação resultou em 31 autos de infração, com multas que totalizam R$ 6 milhões, e na apreensão de 1,3 mil metros cúbicos de madeira – quantidade suficiente para encher 86 caminhões. São muitos os envolvidos que estão sendo

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investigados. As fiscalizações partiram de um estudo de prioridade de área de combate ao desmatamento. O levantamento foi realizado em parceria pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Ibama, em todo o Brasil. E, no Paraná, o mapa apontou que a região mais afetada e que exige mais atenção dos órgãos ambientais é a Centro-Sul – onde estão as áreas mais bem preservadas de floresta de araucária. Essas matas ainda estão em pé, acredita o superintendente estadual do Ibama, José Álvaro Carneiro, porque a topografia montanhosa e a dificuldade de acesso pelas estradas representavam desafios que podiam ser protelados enquanto outras regiões mais acessíveis eram exploradas. Carneiro acrescenta que na área em que se concentra a fiscalização confluem quatro das seis maiores bacias hidrográficas do Paraná. O Rio Iguaçu, que aumenta em quase dez vezes o volume ao passar pelo CentroSul, por exemplo, depende essencialmente da presença da vegetação para continuar sendo abastecido de água.O helicóptero tem sido um aliado essencial na comprovação do desmatamento. É que os madeireiros usam estradas de pouco movimento para minimizar as chances de encontrar fiscais e delatores, agem preferencialmente à noite e evitam derrubar áreas que chamem muita atenção. À exceção do desmate para transformar a terra em área de lavoura, não são mais devastadas áreas grandes. “Aproximadamente 80% do desmate é de corte seletivo. São tiradas as árvores que mais interessam economicamente. Assim, a área Restaurante Avenida.

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fica empobrecida, viabilizando o corte total num momento futuro, e não aparece nas imagens de satélite”, explica o superintendente do Ibama.Os sobrevoos rasantes de helicóptero servem para identificar esse tipo de desflorestamento. Muitos flagrantes são percebidos na vistoria aérea e rendem cerca de três meses de trabalho de fiscalização em terra. “Como seria possível, dentro de uma fazenda enorme, achar onde está a derrubada? Não vamos encontrar nada ao lado da sede da propriedade ou na beira da estrada”, salienta. As investigações ainda estão apurando quem são os proprietários de terras, os madeireiros e os receptadores das toras. Até agora, 12 inquéritos foram instaurados pela Polícia Federal. Segundo Carneiro, há desmatadores contumazes. Pessoas que sabem como funciona a burocracia estatal – ou que algumas pessoas são facilmente corrompidas – continuam cortando árvores nativas na certeza da impunidade. Eles acreditam que sempre vão conseguir protelar ou mesmo contestar as multas recebidas. Mas os esforços de repressão e os entraves burocráticos para a autorização de corte já tiveram efeitos e acabaram tirando o valor comercial da araucária. Dificilmente, por exemplo, ela vai para a fabricação de móveis. A madeira do pinheiro é negociada basicamente no mercado clandestino, transportada e serrada à noite. Ou queimada em fornos de carvão, como uma forma de tentar apagar os vestígios do corte. As toras legalizadas, vindas de áreas de reflorestamento, são usadas principalmente na construção civil.Toras

com até 1,50 metro de diâmetro são encontradas pelos fiscais do Ibama e do IAP em áreas onde ainda há atuação de madeireiras: corte das espécies de araucária é ilegal. Toras com até 1,50 metro de diâmetro são encontradas pelos fiscais do Ibama e do IAP em áreas onde ainda há atuação de madeireiras: corte das espécies de araucária é ilegal Prenúncio da extinção A araucária é uma árvore milenar e alguns especialistas acreditam que a redução drástica na quantidade de espécies já significa o prenúncio da extinção, tendo em vista a diminuição das probabilidades de combinação genética. Além disso, é a chamada floresta com araucária que está em risco. Nesse tipo de composição ambiental, o pinheiro é a árvore que mais se destaca, mas todas as demais espécies de animais e vegetais que dependem dessa formação estão ameaçadas. “Cada espécie no ambiente tem uma função determinada, já que na natureza nada existe ao acaso. Muitas vezes desconhecemos essa função. E o desaparecimento de uma espécie causa um desequilíbrio na cadeia que envolve a alimentação de outros seres e a manutenção dos recursos naturais.”, explica Karina Luiza de Oliveira, bióloga da ONG Mater Natura.

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26 GAZETA DO MEIO AMBIENTE Energias Renováveis As energias renováveis são importantíssimos fatores para o desenvolvimento sustentável, pois: são inexauríveis por definição; evitam a emissão de dióxido de carbono para a atmosfera ao substituir as fontes fósseis (carvão,petróleo e derivados,gás natural e outros produtos extraíd o s d a c o s t a t e r r e stre),contribuindo para atenuar os efeitos das mudanças climáticas ; geram empregos locais; permitem o acesso á energia em comunidades isoladas,viabilizando o funcionamento de postos de postos de saúde,escolas noturnas e outros serviços energéticos fundamentais; regra geral,poluem menos e são mais seguras que as fontes

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Ao todos, são 1.300.000 km², cerra de 15% do território nacional, englobando 17 estados brasileiros. Somado á magnitude destes números, um outro dado modifica a percepção sobre a imensidão desse bioma: cerca de 93% de sua formação original já foi devastada. È também nessa região que vive 62% da população brasileira, cerca de 110 milhões de pessoas que dependem da conservação dos remanescentes de Mata Atlântica. A maior ameaça ao já precário equilíbrio da biodiversidade é justamente a ação humana ,a pressão da sua ocupação e os impactos de suas atividades.

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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 27 Floresta abrigou o primeiro milharal, diz estudo O milho e a abóbora foram domesticados há pelo menos 8.700 anos nas florestas tropicais, segundo evidências encontradas em um abrigo rochoso no sul do México. Até agora achava-se que a origem dessas culturas agrícolas fosse a região do planalto semiárido. No caso do milho, a descoberta recua em 1.100 anos os primeiros indícios de sua utilização até agora datados de 7.600 anos atrás. E a data também é 2.500 anos mais antiga que o primeiro uso de milho no planalto mexicano. O milho descende de um capim selvagem, o teosinto, que os antigos índios selecionaram artificialmente para produzir variedades melhoradas. Seth Perlman/AP Imagem mostra uma plantação de milho nos EUA; vestígios no México recuam em 1.100 anos a domesticação do cereal, diz estudo "Milho e também possivelmente a abóbora Cucurbita argyrosperma se juntam a um número

crescente de plantas agrícolas importantes que se demonstrou terem sido cultivadas e domesticadas no México e na América do Sul entre 10.000 e 7.500 anos atrás, na mesma época em que a agricultura emergiu no Velho Mundo", escreveram os autores em um dos dois artigos sobre a descoberta publicados na última edição da revista científica "PNAS" (www.pnas.org). Um dos artigos, cujo principal autor é Anthony Ranere, da Universidade Temple (EUA), trata da arqueologia do abrigo rochoso de Xihuatoxtla; o outro trata especificamente das evidências botânicas dessa alimentação pré-histórica: restos de amido e fitólitos (minerais microscópicos presentes em plantas), encontrados em ferramentas de pedra usadas na moagem dos grãos. Ocultação de evidência "Parece que os antigos agricultores que nós documentamos no vale do rio Balsas consumiam rotineiramente abóbora e milho domesticados, junto com outras plantas como palmeiras, inhames, legumes e provavelmente outros alimentos

que não são tão visíveis no registro porque não produzem fitólitos e grãos de amido identificáveis, ou não eram processados antes de comidos", disse à Folha a principal autora do segundo artigo, Dolores Piperno, arqueobotânica do Museu Nacional de História, Natural, de Wa s h i n g t o n , e d o I n s t i t u t o Smithsonian de Pesquisa Tropical, do Panamá. As pedras arredondadas usadas para moer as plantas podem parecer comuns para o olhar leigo, mas um arqueólogo logo reconhece sua função. "Pedras que foram usadas para a moagem adquirem padrões de gasto distintos", diz Piperno. E o fato de acharem o amido e os fitólitos nas faces gastas é a melhor prova. É justamente a dificuldade de encontrar provas da agricultura nas regiões mais úmidas que fazia com que, até a década de 1990, se acreditasse que a domesticação das plantas tivesse acontecido nas regiões mais altas e secas, apesar de fazer mais sentido que isso tivesse acontecido em uma área com clima mais chuvoso e sazonal.

O milho pré-histórico tinha sido achado em cavernas do planalto porque o clima seco facilitava a preservação. "Nosso objetivo principal era documentar a história antiga da domesticação do milho na terra natal do seu ancestral selvagem", afirma Ranere. E essa região, no sudoeste mexicano, era justamente uma área até agora pouco explorada. A dificuldade de preservação fica clara quando se nota que não foram achados restos de fauna no abrigo. "Ossos animais frequentemente não se preservam bem em contextos tropicais", diz Piperno. O teosinto pode parecer mais capim do que milho. Mas, como Piperno e colegas mostram, ainda hoje os mexicanos da região usam o teosinto para alimentar porcos e galinhas. A pesquisadora planeja vir ao Brasil investigar as origens da agricultura na Amazônia, em parceria com o arqueólogo Eduardo Neves, da USP. Fonte: Folha de São Paulo

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28 GAZETA DO MEIO AMBIENTE Óleo de peixes suaviza flatulência do gado e reduz efeito estufa

A inclusão de uma pequena quantidade de óleo de peixes na dieta dos bois deve contribuir para reduzir suas flatulências uma fonte grande de gases que causam o efeito estufa. Os ácidos graxos dos peixes servem para combater a mudança climática, como sustenta uma equipe de pesquisadores do University College de Dublin, na Irlanda, que estudou o efeito que o óleo dos pescados exerce nas bactérias produtoras de gás metano presentes no intestino dos ruminantes. Wu Zongqi/AP/Xinhua

Peixes pulam em redes de pescadores na China; óleo de peixes suaviza flatulências do gado e reduz efeito estufa, dizem cientistas A cada ano, as bactérias que vivem no aparelho digestivo de vacas, cabras e ovelhas produzem 900 bilhões de toneladas de metano (CH4), gás poluente mais potente que o dióxido de carbono (CO2) e com grande capacidade para absorver o calor do Sol e aumentar, assim, a temperatura do planeta. A função dessas bactérias é ajudar ao animal a decompor os alimentos (o feno tem alto conteúdo de fibras e é de difícil digestão), em processo no qual se produz metano como resultado de diversas reações químicas. Apesar da quantidade de metano derivada da ação do homem ser muito menor que a do gado, a ciência começou a estudar formas de reduzir as flatulências dos ruminantes e a sugerir suplementos alimen-

tícios que o consigam. A responsável pela pesquisa, Lorena Lillis, afirmou que a inclusão de óleo de peixe na dieta de vacas, cabras e ovelhas pode reduzir em até 25% a produção de metano deles. Ela e seus colaboradores fizeram um estudo microbiológico para descobrir que espécies de bactérias são mais afetadas pelo óleo de pescados e como fazê-lo. Assim descobriram que com apenas uma quantidade de 2% deste óleo na alimentação, alteraram de forma significativa a digestão dos ruminantes e o tipo de micróbios envolvidos. A especialista advertiu que a adição dessas gorduras, procedentes de animais, a espécies herbívoras deve ser muito pequena, já que quantidades grandes podem ser nocivas à saúde delas. Fonte Efe.

Abril 07 Dia Mundial da Saúde 15 Dia da Conservação do Solo 19 Dia do Índio 22 Dia do planeta Terra 28 Dia da Caatinga 28 Dia da Educação Maio 03 Dia do Solo 03 Dia do Pau-Brasil 05 Dia do Campo 08 Dia Mundial das Aves Migratórias 13 Dia do Zootecnista 16 Dia do Gari 18 Dia das Raças Indígenas da 22 Dia do Apicultor 22 Dia Internacional da Biodiversidade 25 Dia do trabalhador rural 27 Dia da Mata Atlântica 29 Dia do Geógrafo 30 Dia do Geólogo Junho 31/05a 05/06 Semana do Meio Ambiente 05 Dia Internacional do Meio Ambiente 05 Dia da Ecologia 08 Dia do Citricultor 17 Dia Mundial de Combate á Desertificação 21 Início do Inverno 23 Dia do Lavrador 29 Dia do Pescador

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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 29 ENTRETENIMENTO POESIAS Cadê nossos Pinheiros Pinheiro amigo, te conheci Quando ainda era guri. Andando naquela mata, sem Querer te descobri. Teu tronco esplendoroso, Era tão grande, majestoso, Que igual eu nunca vi. As plantas que ao redor cresciam, A tua sombra as protegiam Parecia um rei que estava ali.

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A bicharada se divertia Comendo seus pinhões, Esquilos, pacas, cotias... Seu galhos ainda serviam, Para pousada de gaviões. Depois de muito, tempo,lá voltei... E não mais te encontrei. Que tristeza deu em mim! Nem o rei da mata eles perdoaram. Todas as árvores, também cortaram. Em madeira te transformaram! É mais um pinheiro que chega ao fim! Por isso, protejam essa espécie,

Que esta em extinção; Para que um dia, você ainda possa, Escutar lá na mata Uma gralha azul cantar, Na hora de plantar o pinhão! Mais um dia De manhã quando o sol esquenta Majestoso, se apresenta Lá no céu a brilhar Vindo vagaroso, aquecendo Toda a terra, rios, planícies e montes É tão lindo de se olhar... As flores vão florescendo, Os passarinhos cantando,

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O orvalho está brilhando, gotejando Vai caindo, para depois secar. Tudo vai se despertando Um novo dia está raiando Uma prece, vou fazendo Para a luta começar Assim, o dia vai indo O fim da tarde está surgindo O sol também vai sumindo... É hora de parar para descansar. Surge a noite, negra e bela Tudo fica em silencio Da janela eu contemplo a lua E escuto, lá na lagoa Sapos a coachar.

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30 GAZETA DO MEIO AMBIENTE PIADAS O cão roedor o guarda rodoviário para um carro que vinha a toda lá na estrada com um cara no banco do carona e um cachorro dirigindo! O policial chega logo dando esporo: -O senhor é doido, é? Como é que deixa um cachorro dirigir um carro? e rapaz: -Eu não tenho nada ver com isso! - Só estou pegando uma carona... A Tartaruga Uma tartaruga vai andando pela mata quando uma gangue de lesmas ataca ela, então, ela chega na delegacia para denunciar essa gangue, daí o delegado pergunta: -O quê foi que aconteceu? E a tartaruga: -Não sei, foi tudo tão rápido O Gambá

A mulher e o seu marido, foram fazer uma viagem para a Amazônia, para passar a lua de mel, chegando lá eles se divertiram, e na hora de voltar para São Paulo, quando já estava no aeroporto, ela disse: - Amor! - O que foi? - Trouxe uma lembrança! - O que é? - Um gambazinho! - Nossa amor, mais onde você vai levar ele? - Ah! Eu ponho na calcinha, lá eles não vai revistar! - Mais e o fedo? - Ah dane-se o gambá! Gato Baiano Um baiano ao se mudar para São Paulo, levou com sigo seu gato, durante a mudança o animal acaba se perdendo. Então seu dono, já cansado de procura-lo vai ao abrigo municipal da cidade, chegando lá pergunta ao funcionário:

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- estou procurando meu gato, ele se perdeu! - senhor mais aqui nos temos muitos gatos! - mais ele e o único que mia assim: meau, meau, meau..... O peixe que respirava Certa vez, existia um homem que tinha um peixe. Ele gostava muito de seu peixe, e mantinha sempre seu aquário limpo. Todo dia ele limpava o aquário. Para limpar, ele deixava o peixe fora por alguns instantes. No início eram 5 minutos, depois foram 10, 20 e assim seguiuse por um bom tempo. O peixe já ficava horas fora do aquário sem ter problemas. Ficava tanto tempo, que o homem certa vez resolveu levar o peixe para passear. Durante o passeio o peixe escorregou numa poça d`água e morreu afogado! Assadura do Burro

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