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DO MEIO AMBIENTE
Ano X - Edição n° 37 2010 Distribuição Dirigida Circulação Trimestral
NESTA EDIÇÃO 02- EXPEDIENTE \ EDITORIAL 03- VAZAMENTO SEGUE E EUA JÁ FALAM EM ESPERAR O PIOR 05- POLUIÇÃO SONORA AMEAÇA PEIXES 06- ELES NÃO DEIXAM A FLORESTA EM PAZ 08- ECOBOARDS / SURF NO PARANÁ 09- PRESERVE O MEIO AMBIENTE COMO OS FAMOSOS 10- OS MUITOS PODERES DO INHAME 11- DENGUE 16- A COPA VERDE É NOSSA 18- AQUECIMENTO GLOBAL JÁ LEVA POPULAÇÕES DE LAGARTO À EXTINÇÃO 20- ESQUILOS MOSTRAM UM LADO MAIS DOCE AO ADOTAR ÓRFÃOS 21- PESCA COMERCIAL JÁ MATOU MILHÕES DE TARTARUGAS MARINHAS 22- AS ARMADILHAS DO CONSUMO VERDE 24- REDUÇÃO DE GELEIRA PODE GERAR ESCASSEZ DE ALIMENTO NA ÁSIA 26- A VERDADE SOBRE OS SAQUINHOS PLÁSTICOS 27- INCÊNDIO DESTRÓI 80 MIL COBRAS DO BUTANTAN EM SÃO PAULO 28- PREÁ CAVIA INTERMEDIA É O MAMIFERO MAIS RARO DO MUNDO 29- FABRICANTES E IMPORTADORES GARANTEM QUE VÃO RECOLHER 260 MIL LÂMPADAS NO PARANÁ 30- ENTRETENIMENTO
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02 GAZETA DO MEIO AMBIENTE Para Refletir
Expediente Veículo de Comunicação Social - Gazeta do Meio Ambiente Orgão de Divulgação do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis em Defesa da Fauna, Flora e Mananciais CNPJ.: 06.914.142/0001-40 Rua José Merhy, 516 Bairro Boa Vista - Curitiba - Paraná CEP 82540-090
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Colaboradores
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Reflexão Ecológica Para começar a agir em termos ecológicos é necessário pensar primeiro, refletir. É interessante sabermos que ecologia significa estudo da casa (logia = estudo, oikos = casa) e este é o motivo pelo qual tem permeado a vida de todos na atualidade. E por isso, a proposta inicial é que se observe tudo e todos ao redor, seja em casa, no trabalho, na rua, qualquer lugar é lugar para se começar a refletir sobre as questões ecológicas. È necessário perceber que em todo lugar pode-se fazer alguma coisa, mas para fazer é necessário refletir sobre o que pode ser feito. Não adianta querer salvar o mundo de uma hora para a outra e nem ficar na ilusão de que todo o mundo deve voltar a ser verde, afinal, não podemos negar que a tecnologia nos trouxe muito conforto. Temos que fazer o que está ao alcance de nossas mãos, inclusive influenciar mais pessoas a esta reflexão: Como é que está nossa casa (ou todo ambiente em que estamos, de casa e do escritório ao planeta Terra)? O que é que gostamos e o que é que não gostamos? O que queremos que seja mantido e o que preferíamos que mudasse? Esta reflexão é o primeiro passo para começarmos a enxergar o que pode ser feito. Quais as ações que podemos executar de forma positiva e não apenas de reclamações que levam à estagnação das ações. Ao olharmos para o ambiente ao nosso redor, devemos levar em consideração não apenas os aspectos físicos ou paisagísticos. Devemos olhar inclusive para as pessoas, incluído-nos, é claro, e perceber que somos nós que interferimos no espaço e o modificamos. É o momento de escolhermos o que queremos, pois possuímos muito conhecimento e poder de transformação de tudo a nossa volta. Marcela Mendes Mejias
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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 03 Vazamento segue e EUA já falam em "esperar pelo pior" de controlar o fluxo do poço. O vazamento foi enorme", disse Dudley. A BP tinha dito antes que o "top kill" tinha entre 60% e 70% de chance de funcionar.
Após o fracasso de sua operação para conter o vazamento de petróleo no golfo do México, a BP anunciou ontem um novo plano, enquanto admite que não conseguirá fazer o vazamento parar nas próximas semanas. "Se conseguirmos conter o fluxo do poço até agosto, fazendo com que não se derrame mais óleo no mar, será uma saída positiva", disse Bob Dudley, diretor-geral da BP, após constatar que a tentativa de injetar resíduos sólidos no poço não havia conseguido deter o óleo.
Enquanto isso, Carol Browner, conselheira sênior de Barack Obama na área ambiental, disse que o governo está "se preparado para o pior". Ela disse que "o povo americano precisa saber" que a Casa Branca está preocupada com a possibilidade de o problema não se resolver nos próximos meses.
Pelo menos 80 milhões de litros do combustível fóssil foram derramados no mar desde o desastre começou, há cinco semanas. Browner reafirmou que o desastre ambiental é "provavelmente o pior que já enfrentamos neste país", deixando para trás o derramamento de óleo provocado pelo petroleiro Exxon Valdez, no Alasca, em 1989. TENTE OUTRA VEZ A BP tentará agora usar uma cúpula de contenção similar à utilizada no início de maio. Ela falhou porque cristais de gelo se formaram, impedindo que o petróleo fosse canalizado a uma plataforma na superfície. Segundo Dudley, o fracasso trouxe lições para os engenheiros que poderiam ser utilizadas na nova cúpula. O chefe das operações da BP, Doug Suttles, admite, porém, que mesmo se a operação for bem sucedida, só poderá conter parte do petróleo. Isso porque os engenheiros perceberam que não será possível fazer uma
Essa estratégia, chamada de "top kill", foi abandonada em definitivo. "Estamos decepcionados. Não fomos capazes
cúpula com um encaixe perfeito, que canalize todo o petróleo. Por isso, a empresa está fazendo novas perfurações. A ideia é canalizar o petróleo por um poço secundário, fazendo com que a pressão do reservatório diminua e o vazamento se reduza até parar. Essas perfurações vão levar, porém, pelo menos dois meses até ficarem prontas. A conselheira de Obama reforçou que o governo está pressionando a BP para que elas saiam o quanto antes.
BP sabia que plataforma tinha problemas, dizem relatórios Documentos internos da BP mostram que existiam problemas sérios na plataforma Deepwater Horizon, que explodiu, e que preocupações
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04 GAZETA DO MEIO AMBIENTE
com segurança eram um tema constante. Além disso, a agência federal responsável por fiscalizar a empresa permitiu que ela utilizasse materiais que não tinham sido testados como deveriam. Em junho de 2009, por exemplo, os engenheiros da
empresa se diziam preocupados com o material metálico utilizado para revestir a estrutura no fundo do mar. Ele precisa ser resistente pois a pressão do local é muito alta. Um deles, Mark Hafle, dizia, em relatório interno, que o material poderia não aguentar e se partir. "Certamente esse seria um cenário pessimista", escreveu. "De qualquer forma, eu já vi isso acontecer antes." A BP, porém, foi em frente com o material, apesar de ele violar as políticas de segurança e engenharia que a empresa
segue. Os relatórios não explicam, porém, o motivo da exceção. Além disso, em pelo menos três ocasiões, os registros mostram que o "blowout preventer", a válvula do poço que deveria ter impedido o vazamento após a explosão, não funcionava bem. Após informar isso ao Serviço de Administração Mineral dos EUA, que serve de agência reguladora da exploração de petróleo no país, a empresa pediu para adiar os testes obrigatórios com a válvula, que o governo americano exige que se faça a cada dois meses. Eles achavam que ela não seria aprovada. Primeiro, o pedido foi rejeitado. Mas a BP insistiu e então se permitiu que o "blowout preventer" fosse testado a uma pressão 35% menor do que a utilizada normalmente. Ela, então, passou nos testes. OUTRO LADO A fabricante da válvula, a empresa Cameron, não quis comentar se testar o seu produto a uma pressão mais baixa do que a normalmente usada era apropriado. Já a BP afirmou que seria "prematuro" comentar os relatórios.
Em evento, Lula "ensina" como conter vazamento no golfo do México O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que se um vazamento de petróleo semelhante ao ocorrido no golfo do México, sob responsabilidade da British Petroleum (BP), tivesse ocorrido no Brasil, o país seria alvo de "um escândalo" na imprensa estrangeira. A afirmação foi feita durante o 10º Challenge Bibendum, evento que discute mobilidade sustentável no Rio de Janeiro. "Eu acho engraçado como a imprensa faz. Imagina se fosse a Petrobras. Imagina se fosse na Baía de Guanabara, o escândalo que ia ser feito contra nós", disse. O presidente disse ainda saber o que deve ser feito para conter o vazamento no golfo do México. "Você sabe, tem que chegar uma nova sonda. Tem que fazer um novo poço para poder implodir aquele. E tem que ser tamponado para parar de sair petróleo", ensinou o presidente. Lula também atribuiu às mudanças climáticas do planeta o vazamento do golfo do México e a erupção do vulcão na Islândia, que causou um caos aéreo na Europa. "O mundo está começando a ficar preocupado com o que está acontecendo no planeta Terra. Tem chovido demais onde não chovia. Tem seca demais onde chovia demais. O mar está subindo. As intempéries estão aí. É fumaça negra para lá, que faz com que os aviões na Europa parem de voar. É o petróleo nos EUA fazendo o maior processo de poluição que se tem conhecimento", afirmou. Fonte: SAMANTHA LIMA
Fonte: New York Times
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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 05 Poluição sonora ameaça peixes, diz pesquisa Peixes estão sendo ameaçados por crescentes níveis de poluição sonora, segundo um estudo realizado por cientistas europeus.
pouca atenção", disse Slabbekoorn. Alguns estudos relataram, por exemplo, que o arenque atlântico, o bacalhau e o atum-rabilho fogem de sons e formam cardumes menos coerentes em ambientes barulhentos.
A pesquisa, publicada na revista "Trends in Ecology and Evolution", estudou o impacto que o barulho criado por plataformas de gás e petróleo, navios, barcos e sonares têm em espécies de peixes nos oceanos do mundo.
dadores.
Segundo eles, a maioria dos peixes tem boa audição e os sons são parte ativa de suas vidas. O aumento nos níveis de ruídos afeta a distribuição dos peixes nos mares e suas capacidades de reprodução, de comunicação se de evitar pre-
"As pessoas sempre assumiram que o mundo dos peixes era silencioso", disse o biólogo Hans Slabbekoorn, da Universidade de Leiden, na Holanda. O estudo dimensiona a capacidade de audição dos peixes e concluiu que os ruídos gerados por seres humanos embaixo d'água têm o potencial de afetar os animais assim como o barulho do trânsito afeta animais terrestres como aves.
Os cientistas constataram que a sensibilidade da audição varia de acordo com o peixe, que captam sons seja por um ouvido interno ou por uma linha lateral que corre ao lado do corpo de algumas espécies.
xes nos mares pode ser afetada, já que eles evitariam áreas com muitos ruídos. No caso da comunicação, sabe-se que 800 espécies de peixes de 109 famílias produzem sons, geralmente em frequências menores do que 500Hz. Os peixes emitem sons quando estão brigando por território ou por comida, em cardumes ou quando são atacados por predadores. Até hoje, a maioria das pesquisas tinham sido focadas no impacto que o som poderia ter em mamíferos marinhos, tais
Bacalhaus do Atlântico, por exemplo, tem capacidade auditiva "média", segundo os cientistas, enquanto o peixe dourado de água doce consegue ouvir frequências mais altas.
"O nível e a distribuição do barulho aquático está crescendo como baleias e golfinhos. em uma escala gloAssim, a distribuição dos peiFonte: BBC Brasil bal, mas recebe Adega Bortolan Coser Frutas Ltda.
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06 GAZETA DO MEIO AMBIENTE Eles não deixam a floresta em paz
Em Mato Grosso, uma quadrilha que incluía funcionários da Secretaria do Meio Ambiente derrubou ilegalmente ipês e jatobás em quantidade que daria para lotar 50.000 caminhões Pobres florestas de Mato Grosso. Os cupins da corrupção não lhes dão trégua. A última operação da Polícia Federal na região culminou com mandados de prisão de 91 quadrilheiros acusados de derrubar ilegalmente o equivalente a 1,5 milhão de metros cúbicos de madeira desde 2008. São ipês, jatobás, angelins e itaúbas em quantidade suficiente para lotar 50.000 caminhões.
Como já vem se tornando uma triste tradição no estado, entre os principais acusados de liderar o assalto à mata figuram indivíduos pagos para fiscalizá-la. Entre os presos no último dia 21 – todos já soltos por ordem do Tribunal Regional Federal – estavam funcionários do alto escalão da Secretaria do Meio Ambiente do Estado (Sema). A operação, batizada de Jurupari, prendeu ainda engenheiros florestais, fazendeiros, donos de madeireiras, o chefe de gabinete do governador do estado (Silval Barbosa, do PMDB) e a mulher do presidente da Assembleia Legislativa.
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Em 2005, a Operação Curupira – como a Jurupari, executada pela PF em parceria com o Ministério Público Federal (MPF) – deparou com quadro semelhante. As investigações apontaram que no comando do roubo da floresta estava ninguém menos do que o número 1 do Ibama em Mato Grosso, Hugo Werle. Então membro do conselho fiscal do PT no estado, Werle havia sido o arrecadador extraoficial de fundos de campanha do partido nas eleições municipais de Cuiabá, em 2004. Ele foi absolvido em primeira instância, mas o MPF recorreu da decisão e o processo continua tramitando no TRF. Na ocasião, outros funcionários do Ibama, incluindo dois gerentes regionais, também foram acusados de envolvimento com a quadrilha. A situação fez com que o instituto perdesse o controle fiscalizatório da extração de madeira no estado, responsabilidade que passou para a Sema, criada em 2006 para esse fim. A corrupção, longe de acabar, só mudou de endereço.
A Operação Jurupari identificou três tipos de fraude. O primeiro envolvia laudos falsos encomendados a engenheiros florestais por comerciantes interessados em extrair madeira de determinada propriedade. Contando com a cumplicidade e a falta de fiscalização da Sema, os engenheiros adulteravam os dados de forma a autorizar o corte de uma quantidade maior de árvores do que a que seria permitida por lei. A autorização vem na forma de "créditos florestais", documentos que indicam o volume e a espécie de madeira que podem ser extraídos daquela propriedade.
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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 07
O segundo tipo de fraude era uma continuação da primeira. Consistia no comércio dos tais créditos florestais que indevidamente alterados por funcionários da Sema eram vendidos a donos de fazendas que não tinham o direito de explorar madeira nas suas propriedades. Ou pelo fato de elas estarem em áreas de preservação ambiental ou por estarem próximas a reservas indígenas, como era o caso da fazenda em nome de Janete Riva, mulher do presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, o deputado José Riva (PP). Janete foi presa sob a acusa-
ção de ter causado um prejuízo ambiental de 38 milhões de reais por meio da venda de créditos florestais adulterados. Com dez propriedades em seu nome, avião particular e uma frota de mais de uma dezena de carros, o marido de Janete coleciona também processos: só no Supremo Tribunal Federal o deputado tem cinco, por crime contra a administração pública e peculato. Já no Tri-
bunal de Justiça de Mato Grosso, Riva responde a outras 45 ações penais – todas, segundo afirmou a VEJA, em consequência da "malvadeza" do MP estadual. Para o procurador federal Mário Lúcio Avelar, que comandou as investigações pelo MPF, Riva é um dos parlamentares que mais exercem influência política nas decisões – que deveriam ser técnicas – da Sema. "A secretaria é hoje um órgão destinado a atender aos interesses dos parlamentares", diz. O terceiro tipo de embuste identificado pela Operação Jurupari consistia na adulteração e comercialização de um documento, a chamada GF (Guia Florestal). A GF, emitida pela Sema para comercian-
tes, relata a quantidade de toras autorizadas a ser vendidas a determinada madeireira. Esses papéis são "esquentados" e repassados a exploradores de madeira ilegal. A aumentar o grau de descaramento dos crimes flagrados pela Jurupari está o fato bizarro de que alguns dos encarregados de fiscalizar a floresta eram, ao mesmo tempo, os que deveriam ser objeto de fiscalização. Apontado como um dos idealizadores das fraudes, Afrânio Migliari era secretário adjunto da Sema até o mês de abril (quando foi transferido para a direção florestal da Secretaria de Desenvolvimento Rural). No exercício do cargo, era ele o responsável pelo fornecimento de licenças para exploração de madeira. Ocorre que Migliari é também dono de uma grande madeireira – o que significa que ganhava dinheiro vendendo árvores cujo corte dependia da sua própria aprovação. Quando se trata de criar mecanismos de prevenção para evitar a derrubada das matas, o estado de Mato Grosso leva 10 em criatividade. E zero em honestidade. Fonte: Planeta Sustentável
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08 GAZETA DO MEIO AMBIENTE ECOBOARDS
Atuante no mercado surf desde 1986 a stem winder surfboards, através de seu shaper e proprietário, Benjamim R. Junior, preocupado com o meio ambiente desde então vem fazendo um trabalho de reciclagem e preservação ambiental na área em que atua, já que sendo fabricante de pranchas de surf tem a consciência da seriedade e responsabilidade sobre os materiais utilizados na fabricação de seus produtos. O poliuretano e a fibra de
vidro são matérias primas que causam muito impacto ambiental e por isso vem fazendo
um trabalho de reciclagem dos restos de fibra, restos de pranchas velhas e sobras de resina de poliéster, elaborando peças decorativas, quilhas e outros objetos de utilidade. Sempre divulgando a conscientização dos surfistas em relação a suas pranchas velhas que geralmente eram queimadas em fogueiras na beira da praia ou jogadas no lixo mesmo. Com isto causando um terrível mal ao meio ambiente, já que todos os materiais usados na confecção de uma prancha são derivados de petróleo e assim sendo, nem um pouco biodegradáveis. A Stem Winder Surfboards em parceria com o projeto ECOTRAILER de preservação ambiental mantém um serviço de coleta de restos de pranchas de surf em sua oficina, oficina à rua Isaac Guelmann, 973 no portão, onde dá o devido destino a estes produtos. Não seja mais um “HAOLE” na preservação ambiental, entre em contato conosco e participe deste projeto. Seja consciente e engajado! www.stemwinder.com.br www.ecotrailer.com.br
Surf no Paraná Para os surfistas o litoral do Paraná não é um dos destinos mais procurados para uma surf trip. Apesar de ter um dos menores litorais da costa Brasileira e uma inconstância de boas ondulações, devido a sua posição geográfica, esta pequena faixa litorânea concentra dois dos melhores point breaks do BRASIL (Paralelas na Ilha do Mel, Pico em Matinhos) e o visual exuberante da ILHA DO MEL. Curitiba, a capital do estado, é uma das mais modernas do país e o número de surfistas locais, indústria da surf wear, surf shops e fabricantes de pranchas vem crescendo muito nos últimos anos. A proximidade do litoral catarinense garante ao surfista paranaense o contato com os mais variados tipos de onda. O surf Paranaense já revelou vários surfistas de destaque no cenário do surf profissional brasileiro e mundial como PETERSON ROSA, que corre as etapas do WCT (1ª divisão do surf mundial), Jidah Khodr e Maicon Rosa que arrebentam nos campeonatos estaduais e nacionais.
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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 09 Preserve o Meio Ambiente Como os famosos
Peter Garret Depois de 25 anos de carreira, o músico optou por abandonar tudo para se dedicar à política e à defesa das causas ambientais. Atualmente, Garret é presidente da Australian Conservation Foundation e consultor do Greenpeace.
Brigitte Bardot
Paul McCartney
A atriz de 68 anos, abandonou a carreira há quase trinta anos para se dedicar de forma calorosa à defesa dos animais e às causas ecológicas. Ela cria 50 bichos de estimação em sua casa, na França. Também criou uma fundação que leva seu nome e que se dedica apenas à proteção dos animais.
Sting
McCartney É vegetariano radical e também levanta várias bandeiras a favor do meio ambiente. A ligação do músico com a causa é tão grande, que ele compôs uma música especialmente para o ambientalista brasileiro Chico Mendes - How many people, lançada no disco Flowers in The Dirt, de 1989.
Angelina Jolie Demonstrar a sua generosidade a favor da natureza. A atriz doou US$ 5 milhões para a criação de um santuário ecológico no Camboja, ao longo dos próximos 15 anos.
Foi alvo de elogios e críticas por causa da sua dedicação à Ecologia. No final dos anos 80, ele começou a se engajar em campanhas ecológicas. Junto com a Anistia Internacional, veio diversas vezes ao Brasil em campanhas pela preservação das florestas no País. Bono Vox É das individualidades cujas intervenções são reconhecidas pelo G8, sobretudo no que toca aos programas Ambientais.
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10 GAZETA DO MEIO AMBIENTE Os Muitos Poderes do Inhame
Saúde
Santo de casa não faz milagre, mas não custa tentar. O santo: inhame, aquela batatinha que por fora é marrom, cabeludinha e, por dentro, branca e viscosa. A casa: qualquer uma neste Brasil imenso, pois o inhame é nativo e dá em qualquer grotão, qualquer barranco úmido. Em primeiro lugar, serve para comer e é gostoso. Compete com a batata, que não existia aqui na época do Descobrimento e foi trazida pelos europeus. Tudo o que ela faz, ele faz também. Sopa, purê, rodelas fritas, camadas que se alternam com berinjela para gratinar no forno, e mais: o inhame é tão feculento que substitui a farinha no preparo de empadões, empadinhas e Sal Grosso Churrascaria Bar
massas de torta em geral. B a s t a c o z inhar, amassar, temperar com sal e ajustar na fôrma untada. Ou ralar, cru, temperar e misturar com um pouquinho de farinha de milho para fazer bolinhos, muffins e outras guloseimas. Além do Gosto Bom Junto com esse primeiro lugar, que é comer, vem uma vantagem enorme sobre qualquer outro tubérculo (batatas em geral, mandiocas, inhames do Norte, cará). É que o inhame limpa o sangue, fortalece o sistema imunológico e protege de infecções transmitidas por mosquitos, como dengue, malária e febre amarela. Não evita a picada, mas impede que os micróbios infectantes se instalem e proliferem. As picadas não coçam nem inflamam. Isso já foi comprovado cientificamente, e empiricamente nem se fala, tanto que o inhame sempre foi utilizado pela farmacopéia brasileira
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até mesmo como coadjuvante nos tratamentos de infecções poderosas, como a sífilis. Bem. Em segundo lugar, o inhame tem uma propriedade única: aplicado externamente, puxa para fora o que incomoda o corpo. Pode ser uma farpa ou um cisto, gaze esquecida na cirurgia, inflamação nos tendões, furúnculo, hemorróida, artrite e reumatismo, eczemas de qualquer tipo. Baixa a febre, trata queimaduras, desinflama cicatrizes, elimina o sangue pisado das contusões e o pus de abcessos e tumores... Mas como ninguém sabe disso?, interrompe aquela senhora, perplexa. Elementar, querida: não vende em farmácia, não aparece na TV. Faz parte de um acervo cultural que a humanidade vai perdendo enquanto se acostuma a ter tudo em caixinha e com bula. No entanto, sua eficácia pode ser comprovada com a maior facilidade, basta comprar na feira e usar - está na época. Para fazer o emplastro que puxa tudo, descasque o inhame, rale na parte mais fina do ralador, misture com 10% de gengibre, também ralado, e
um pouquinho de qualquer farinha ou amido para dar liga. Aplique no local afetado uma camada bem grossinha, de um dedo, cobrindo com uma gaze e deixando agir enquanto estiver úmido. Vá trocando o emplastro duas ou três vezes por dia até obter o resultado, que em geral é rápido. Como, minha senhora? Unha encravada? Taí um milagre que esse santo faz brincando. O emplastro desencrava qualquer unha em 24 horas, no máximo 48, eliminando totalmente a inflamação e deixando-a normalzinha de novo. Para cistos no seio, e mesmo tumores que serão retirados, a aplicação do emplastro durante duas semanas é extremamente útil: se não fizer desaparecer o problema, junta toda a matéria semelhante num só local e evita escarafunchações cirúrgicas desnecessárias. Mas não acredite em nada disso. Experimente, veja, sinta. Aí, se achar justo, prestigie o santo: tenha sempre inhame em casa, coma e ame! Fonte: Revista Bons Flúidos
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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 11 Dengue
O que é dengue? É uma doença infecciosa aguda de curta duração, de gravidade variável, causada por um arbovírus, do gênero Flavivírus (sorotipos: 1,2,3 e 4). No Brasil, circulam os tipos 1, 2 e 3. O vírus 3 está presente desde dezembro de 2000 e foi isolado em janeiro de 2001, no Rio de Janeiro. A dengue é transmitida principalmente pelo mosquito Aedes aegypti infectado mas também pelo Aedes albopictus. Esses mosquitos picam durante o dia, ao contrário do mosquito comum (Culex), que pica durante a noite. O Aedes aegypti é principalmente encontrado em áreas tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil, pois as condições do meio ambiente favorecem seu o desenvolvimento e proliferação. As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos
chuvosos. A dengue está se expandindo rapidamente, e a grande preocupação é que nos próximos anos a transmissão aumente por todas as áreas tropicais do mundo se medidas eficientes não forem tomadas para a contenção das epidemias. Modo de transmissão A transmissão se dá pela picada do mosquito Aedes aegypti que ficou infectado porque picou uma pessoa doente. Esse mosquito infectado, picando uma pessoa sadia, passa o vírus da dengue e esta pessoa fica doente. A doença só acomete a população humana. Os transmissores de dengue, principalmente o Aedes aegypti, proliferam-se dentro ou nas proximidades de habitações (casas, apartamentos, hotéis etc.) em qualquer coleção de água limpa (caixas d'água, cisternas, latas, pneus, cacos de vidro, vasos de plantas). As bromélias, que acumulam água na parte central (aquário), também podem servir como criadouros. A transmissão da dengue é mais comum em cidades. Também pode ocorrer em áreas rurais, mas é incomum
em locais com altitudes superiores a 1200 metros. Não há transmissão pelo contato direto de uma pessoa doente para uma pessoa sadia. Também não há transmissão pela água, por alimentos ou por quaisquer objetos. A dengue também não é transmitida de um mosquito para outro. Quem pica é a fêmea e o faz para sugar o sangue. Os mosquitos acasalam 1 ou 2 dias após tornarem-se adultos. A partir daí, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que fornece as proteínas necessárias para o desenvolvimentos dos ovos. As fêmeas têm preferência pelo sangue humano. Elas atacam vorazmente. São ativas durante o dia, podendo picar várias pessoas diferentes, o que explica a rápida explosão das epidemias de dengue. Locais onde ocorre a doença No Brasil, a erradicação do Aedes aegypti na década de 30, levada a cabo para o controle da febre amarela, fez desaparecer também a dengue. No entanto, em 1981 a doença voltou a atingir a Região Norte (Boa Vista, Roraima). No Rio de Janeiro (Região Sudeste) ocorreram duas grandes epidemias. A primeira em 1986-87, com cerca de 90 mil casos, e segunda em 1990-91, com aproximadamente 100 mil casos confirmados. A partir de 1995, a dengue passou
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a ser registrada em todas as regiões do país e, em 1998, o número de casos chegou a 570.148. Em 1999 houve uma redução (210 mil casos), seguida de elevação progressiva em 2000 (240 mil casos) e em 2001 (370 mil casos). Nesse último ano, a maioria dos casos (149.207) ocorreu na região Nordeste. No Estado de São Paulo, em 1990, começa uma grande epidemia na região de Ribeirão Preto, que se disseminou para outras regiões. Em 1995, já haviam 14 municípios envolvidos com a transmissão da dengue. As primeiras prováveis epidemias de dengue datam do final do século XVIII. Nesta época, a doença era conhecida como "febre quebra-ossos" devido às fortes dores que causava nas juntas. Já durante os séculos XIX e XX, foram registradas diversas epidemias ao redor do mundo atribuídas à dengue: - Zazibar (1823; 1870), - Calcutá (1824; 1853; 1871; 1905), - Antilhas(1827), - Hong Kong(1901), - Estados Unidos (1922), - Austrália (1925-26; 1942), - Grécia (1927-28), - Japão (1942-45). Na década de 50, foi reconhecida
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12 GAZETA DO MEIO AMBIENTE e descrita pela primeira vez uma grave manifestação clínica associada à dengue, a febre ou dengue hemorrágica. Não se sabe bem porque, mas a dengue hemorrágica se comportou como uma doença relativamente rara antes da década de 50. Isso pode ter acontecido devido aos fatores de ordem social, como a intensa urbanização e maior intercâmbio entre as diferentes regiões do planeta, que podem ter contribuído para o aumento da incidência da dengue de maneira geral possibilitando o aparecimento de grandes contingentes populacionais com experiências imunológicas com a dengue, fazendo com que assim existisse o risco da dengue hemorrágica. O Estado de São Paulo registrou a ocorrência de 78.614 casos autóctones (adquiridos no próprio Estado) de dengue, em 358 municípios, entre janeiro e outubro de 2007, com considerável expansão da doença para novas áreas. Durante todo o ano de 2006 foram registrados 50.021 casos em 254 municípios. Atualmente, temos 508 municípios infestados com o Aedes aegypti, excluindo-se apenas alguns municípios do Vale do Ribeira e do Paraíba e das Regiões Metropolitanas de São Paulo e de Campinas. O único modo possível de evitar a introdução de um novo tipo do
vírus da dengue é a eliminação dos transmissores. O Aedes aegypti também pode transmitir a febre amarela. Sintomas
A dengue clássica é usualmente benigna. A infecção causada por qualquer um dos quatro tipos (1, 2, 3 e 4) do vírus da dengue produz as mesmas manifestações. A determinação do tipo do vírus da dengue que causou a infecção é irrelevante para o tratamento da pessoa doente. A dengue é uma doença que, na grande maioria dos casos (mais de 95%), causa desconforto e transtornos, mas não coloca em risco a vida das pessoas. Iniciase com febre alta, podendo apresentar cefaléia (dor de cabeça), prostração, mialgia (dor muscular, dor retro-orbitária - dor ao redor dos olhos), náusea, vômito, dor abdominal. É fre-
qüente que, 3 a 4 dias após o início da febre, ocorram manchas vermelhas na pele, parecidas com as do sarampo ou rubéola, e prurido ("coceira"). Também é comum que ocorram pequenos sangramentos (nariz, gengivas). A maioria das pessoas, após quatro ou cinco dias, começa e melhorar e recupera-se por completo, gradativamente, em cerca de dez dias. Em alguns casos (a minoria), nos três primeiros dias depois que a febre começa a ceder, pode ocorrer diminuição acentuada da pressão sangüínea. Esta queda da pressão caracteriza a forma mais grave da doença, chamada de dengue "hemorrágica". Este nome pode fazer com que se pense que sempre ocorrem sangramentos, o que não é verdadeiro. A gravidade está relacionada, principalmente, à diminuição da pressão sangüínea, que deve ser tratada rapidamente, uma vez que pode levar ao óbito. A dengue grave pode acontecer mesmo em quem tem a doença pela primeira vez. O doente se recupera, geralmente sem nenhum tipo de problema. Além disso, fica imunizado contra o tipo de vírus (1, 2, 3 ou 4) que causou a doença. No entanto, pode adoecer novamente com os outros tipos de vírus da dengue. Em outras
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palavras, se a infecção foi com o tipo 2, a pessoa pode ter novamente a dengue causado pelos vírus dos tipos 1, 3 ou 4. Em uma segunda infecção, o risco da forma grave é maior, mas não é obrigatório que aconteça. Existem diferentes teorias para explicar o surgimento da dengue hemorrágica. Alguns afirmam que ela passa a ter alta incidência em uma população já anteriormente exposta a um outro tipo de vírus da dengue. Seria a exposição seqüencial a um segundo diferente tipo de vírus, que causaria a dengue do tipo hemorrágica. Para outros, a dengue hemorrágica dependeria da maior virulência de determinadas cepas do vírus, isto é, existiriam formas virais mais agressivas do que outras. Uma última explicação seria que as formas hemorrágicas da dengue estariam mais associadas ao tipo 2 do vírus. O mosquito O Aedes aegypti pertence à família Culicidae, a qual apresenta duas fases ecológicas interdependentes: a aquática, que inclui três etapas de desenvolvimento - ovo, larva e pupa -, e a terrestre, que corresponde ao mosquito adulto. A duração do ciclo de vida, em condições favoráveis, é de aproximadamente 10 dias, a partir da oviposição até a idade adulta. Diversos fatores influem na duração desse período, entre
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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 13 eles a temperatura e a oferta de alimentos. Detalhes do ciclo de vida OVO Os ovos são depositados pela fêmeas acima de meio líquido à superfície da água, ficando aderidos à parede interna dos recipientes. Após a postura tem início o período de incubação, que em condições favoráveis dura 2 a 3 dias, quando estarão prontos para eclodir. A resistência à dessecação aumenta conforme os ovos ficam mais
velhos, ou seja, a resistência aumenta quanto mais próximos estiverem do final de desenvolvimento embrionário. Este completo, eles podem se manter viáveis por 6 a 8 meses. A fase de ovo é a de maior resistência de seu biociclo. LARVA As larvas são providas de grande mobilidade e têm como função primária o crescimento. Passam a maior pare do tempo alimentando-se de substâncias orgânicas, bactérias, fungos e protozoários existentes na água. Não
selecionam alimentos, o que facilita a ação dos larvicidas, bem como não toleram elevadas concentrações de matéria orgânica na água. A duração da fase larval, em condições favoráveis de temperatura (25 a 29º C) e de boa oferta de alimentos, é de 5 a 10 dias, podendo se prolongar por algumas semanas em ambiente adequado. PUPA A pupa não se alimenta, apenas respira e é dotada de boa mobilidade. Raramente é afetada por ação de larvicida. A duração da fase pupal, em condições favoráveis de temperatura é de 2 dias em média. ADULTO Macho e fêmea
alimentam-se de néctar e sucos vegetais, sendo que a fêmea depois do acasalamento, necessita de sangue para a maturação dos ovos. Há uma relação direta, nos países tropicais, entre as chuvas e o aumento do número de vetores. A temperatura influi na transmissão da dengue. Raramente ocorre transmissão da dengue em temperaturas abaixo de 16º C. A transmissão ocorre preferencialmente em temperaturas superiores a 20º C. A temperatura ideal para a proliferação do Aedes aegypti estaria em torno de 30 a 32 ºC. Medidas gerais de prevenção O melhor método para se
combater a dengue é evitando a procriação do mosquito Aedes aegypti, que é feita em ambientes úmidos em água parada, seja ela limpa ou suja. A fêmea do mosquito deposita os ovos na parede de recipientes (caixas d'água, latas, pneus, cacos de vidro etc.) que contenham água mais ou menos limpa e esses ovos não morrem mesmo que o recipiente fique seco. Não adianta, portanto, apenas substituir a água, mesmo
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que isso seja feito com freqüência. Desses ovos surgem as larvas, que, depois de algum tempo vivendo na água, vão formar novos mosquitos adultos. O combate ao mosquito deve ser feito de duas maneiras: eliminando os mosquitos adultos e, principalmente, acabando com os criadouros de larvas. Para eliminação dos criadouros é importante que sejam adotadas as seguintes medidas: - Não se deve deixar objetos que possam acumular água expostos à chuva. Os recipientes de água devem ser cuidadosamente limpos e tampados. Não adianta apenas trocar a água, pois os ovos do mosquito ficam aderidos às paredes dos recipientes. Portanto, o que deve ser feito, em casa, escolas, creches e no trabalho, é: substituir a água dos vasos das plantas por terra e esvaziar o prato coletor, lavando-o com auxílio de uma escova; utilizar água tratada com água sanitária a 2,5% (40 gotas por litro de água) para regar bromélias, duas vezes por semana*. 40 gotas = 2ml; não deixar acumular água nas calhas do telhado; não deixar expostos à chuva pneus velhos ou objetos (latas, garrafas, cacos de vidro) que possam acumular água; acondicionar o lixo domiciliar em
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14 GAZETA DO MEIO AMBIENTE sacos plásticos fechados ou latões com tampa; tampar cuidadosamente caixas d'água, filtros, barris, tambores, cisternas etc. Para reduzir a população do mosquito adulto, é feita a aplicação de inseticida através do "fumacê", que deve ser empregado apenas quando está ocorrendo epidemias. O "fumacê" não acaba com os criadouros e precisa ser sempre repetido, o que é indesejável, para matar os mosquitos que vão se formando. Por isso, é importante eliminar os criadouros do mosquito transmissor. Além da dengue, se estará também evitando que a febre amarela, que não ocorre nas cidades brasileiras desde 1942, volte a ser transmitida. Medidas Individuais de Prevenção Devem ser adotadas medidas de proteção contra infecções transmitidas por insetos, que são as mesmas empregadas contra a febre amarela e a malária. É importante saber que, embora a transmissão dessas doenças possa ocorrer ao ar livre, o risco maior é no interior de habitações. Em locais de maior ocorrência dessas doenças, deve-se usar, sempre que possível, calças e camisas de manga comprida, e repelentes contra insetos à base de DEET nas roupas e no corpo, sempre observando a concentração máxima para crianças (10%) e adultos (30%). Pessoas que
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estiveram em uma área de risco para dengue e que apresentem febre, durante ou após a viagem, devem procurar um Serviço de Saúde. Perguntas mais freqüentes 1. O que é dengue? É uma virose transmitida por um tipo de mosquito (Aedes aegypti) que pica apenas durante o dia, ao contrário do mosquito comum (Culex), que pica de noite. A infecção pode ser causada por qualquer um dos quatro tipos (1, 2, 3 e 4) do vírus da dengue, que produzem as mesmas manifestações. Em geral, o início é súbito com febre alta, dor de cabeça e muita dor no corpo. É comum a sensação de intenso cansaço, a falta de apetite e, por vezes, náuseas e vômitos. Podem aparecer manchas vermelhas na pele, parecidas com as do sarampo ou da rubéola, e prurido (coceira) no corpo. Pode ocorrer, às vezes, algum tipo de sangramento (em geral no nariz ou nas gengivas). A dengue não é transmitida diretamente de uma pessoa para outra. 2. O que uma pessoa deve fazer se achar que está com dengue? - Procurar um Serviço de Saúde logo no começo dos sintomas. Diversas doenças são muito parecidas com a dengue, e têm outro tipo de tratamento. - Beber bastante líquido, evitando-se as bebidas com cafeína (café, chá preto). Não tomar
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remédios por conta própria, mesmo aqueles normalmente indicados para dor ou febre. Todos os medicamentos podem ter efeitos colaterais e alguns que podem até piorar a doença. A dengue não tem tratamento específico. Os medicamentos são empregados para atenuar as manifestações (dor, febre). - Informar ao médico se estiver em uso de qualquer remédio. Alguns medicamentos utilizados no tratamento de outras doenças (Marevan®, Ticlid® etc.) podem aumentar o risco de sangramentos. Não tomar nenhum remédio para dor ou para febre que contenha ácido acetil-salicílico (AAS®, Aspirina®, Melhoral® etc.) - que pode aumentar o risco de sangramento. Os antiinflamatórios (Voltaren®, Profenid® etc) também não devem ser utilizados como antitérmicos pelo risco de efeitos colaterais, como hemorragia digestiva e reações alérgicas. Os remédios que tem dipirona (Novalgina®, Dorflex®, Anador® etc.) devem ser evitados, pois podem diminuir a pressão ou, às vezes, causar manchas de pele parecidas com as da dengue. O paracetamol (Dôrico®, Tylenol® etc), mais utilizado para tratar a dor e a febre na dengue, deve ser tomado rigorosamente nas doses e no intervalo prescritos pelo médico, uma vez que em doses muito altas pode causar
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lesão hepática. 3. Como é feito o diagnóstico de dengue? O diagnóstico inicial de dengue é clínico (história + e exame físico da pessoa) feito essencialmente por exclusão de outras doenças. Feito o diagnóstico clínico de dengue, alguns exames (hematócrito, contagem de plaquetas) podem trazer informações úteis quando analisados por um médico, mas não comprovam o diagnóstico, uma vez que também podem estar alterados em várias outras infecções. A comprovação do diagnóstico, se for desejada por algum motivo, pode ser feita através de sorologia (exame que detecta a presença de anticorpos contra o vírus da dengue), que começa a ficar reativa ("positiva") a partir do quarto dia de doença. 4. É necessário esperar o resultado de exames para iniciar o tratamento? Não. Uma vez que, excluídas clinicamente outras doenças, a dengue passa a ser o diagnóstico mais provável, os resultados de exames (que podem demorar muito) não podem retardar o início do tratamento. O tratamento da dengue é feito, na maioria das vezes, com uma solução para reidratação oral (disponível nas Unidades de Saúde), que deve ser iniciada o mais rápido possível. 5. A comprovação do diagnóstico de dengue é útil para o
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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 15 tratamento da pessoa doente? Não. A comprovação sorológica do diagnóstico de dengue poderá ser útil para outras finalidades (vigilância epidemiológica, estatísticas) e é um direito do doente, mas o resultado do exame comumente estará disponível apenas após a pessoa ter melhorado, o que o torna inútil para a condução do tratamento. O exame sorológico também não permite dizer qual o tipo de vírus que causou a infecção (o que é irrelevante) e nem se a dengue é "hemorrágica". 6. O que é dengue "hemorrágica"?
Hemorrágica Aguda
Dengue "hemorrágica" é a dengue mais grave. Apesar do nome, que é impreciso, o principal perigo da dengue "hemorrágica" não são os sangramentos, mas sim a pressão arterial muito baixa (choque). É importante saber que outras doenças, como a meningite meningocócica, podem ser muito parecidas com dengue, embora
fique grave muito mais rápido (logo no primeiro ou segundo dia de doença). A dengue pode se tornar mais grave apenas quando a febre começa a diminuir. O período mais perigoso está nos três primeiros dias depois que a febre começa a desaparecer. Pode aparecer qualquer uma dessas alterações: - dor no fígado (nas costelas, do lado direito) - tonteiras, desmaios - pele fria e pegajosa, suor frio - sangramentos - fezes escuras, parecidas com borra de café 7. O que fazer se aparecer qualquer um desses sintomas? Procurar imediatamente o Centro Municipal de Saúde ou o Hospital mais próximo. 8. A dengue "hemorrágica" só ocorre em quem tem dengue pela segunda vez? Não. A forma grave da dengue também pode ocorrer em quem tem a doença pela primeira vez. 9. A dengue "hemorrágica" é obrigatória em que tem a doença pela segunda vez? Não. O risco é maior do que na primeira infecção, mas a imensa maioria das pessoas que têm a doença pela segunda ou terceira vez não apresenta a forma grave da dengue. 10. Quantas vezes uma pessoa pode ter dengue?
Até quatro vezes, pois existem quatro tipos diferentes do vírus da dengue (1, 2, 3 e 4). No Rio de Janeiro, até agora, existem os tipos 1, 2 e 3. Cada vez que a pessoa tem dengue por um tipo, fica permanentemente protegido contra novas infecções por aquele tipo. É por isso que só se pode ter dengue quatro vezes. 11. Quem teve dengue fica com alguma complicação? Não. A recuperação costuma ser total. É comum que ocorra durante alguns dias uma sensação de cansaço, que desaparece completamente com o tempo. 12. Todo mundo que é picado pelo Aedes aegypti fica doente? Não. Primeiro é preciso que o Aëdes esteja contaminado com o vírus da dengue. Além disso, cerca de metade das pessoas que são picadas pelo mosquito que tem o vírus não apresenta qualquer sintoma.
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13. O que fazer para diminuir o risco de pegar dengue? O Aedes aegypti é um mosquito doméstico, que vive dentro ou nas proximidades das habitações. O único modo possível de evitar ou reduzir a duração de uma epidemia e impedir a introdução de um novo tipo do vírus da dengue é a eliminação dos transmissores. Isso é muito importante porque, além da dengue, o Aedes aegypti também pode transmitir a febre amarela. O "fumacê" é útil para matar os mosquitos adultos, mas não acaba com os ovos. Por isso, deve ser empregado apenas em períodos de epidemias com o objetivo de interromper rapidamente a transmissão. O mais importante é procurar acabar com os criadouros dos mosquitos. Qualquer coleção de água limpa e parada, inclusive em plantas que acumulam água (bromélias), pode servir de criadouro para o Aedes aegypti.
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16 GAZETA DO MEIO AMBIENTE A copa do verde é nossa Estádios brasileiros buscam certificação internacional e se preparam para ser palco do primeiro Mundial ambientalmente correto da história
Nesse universo cheio de selos que é o da sustentabilidade, a cidade canadense de Vancouver conquistou o de “primeiros jogos de inverno verdes” no começo deste ano. Por problemas estruturais, a África do Sul não tem como colar um selo parecido na Copa de daqui a pouco. Por conta disso, está aberto o caminho para que o Brasil entre em campo no Mundial
de 2014 já com um título, o de “primeira Copa sustentável”. Apesar dos atrasos nas obras, quem põe a mão na massa da construção ambientalmente correta se anima com a possibilidade de o verde ir muito além do gramado na Copa brasileira. Primeiro porque a Fifa não obriga, mas recomenda o respeito ao ambiente. O ministro do
Esporte, Orlando Silva, entendeu o recado e, no final de abril, assinou acordo com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, para desenvolver uma agenda sustentável até o Mundial. Medida louvável, mas tardia. Se dependessem disso para o pontapé inicial nas obras, nossos estádios ficariam sustentáveis, com certeza, mas só na Copa de 2018.
Segundo a Green Building, quatro arenas brasileiras candidatas a abrigar jogos da Copa já estão em pleno processo de obtenção do certificado: Mineirão (BH), Vivaldão (Manaus), Arena Cuiabá e
“O processo para a obtenção de uma certificação internacional de sustentabilidade começa na escolha do terreno”, lembra Marcos Casado, gerente técnico do Green Building Council Brasil. Braço de uma associação que tem sede no Canadá, o GBC for-
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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 17
Mané Garrincha (Brasília). Outras quatro – Maracanã (Rio), Cidade da Copa (Recife), Das Dunas (Natal) e Fonte Nova (Salvador) – se comprometeram a seguir a cartilha da sustentabilidade certificada pelo Leed. Praticamente com a mão na taça da certificação ecológica, os responsáveis pela construção da Arena Cuiabá enumeram as medidas que vão garantir o selo matogrossense: “O estádio fica numa região urbana que está sendo revitalizada, os sistemas elétricos visam a eficiência, a água será reaproveitada e as plantas nativas compõem o paisagismo”, diz Alessandra Araújo, diretora da GCP Arquitetos e responsável pela sustentabilidade no projeto. Claro que a questão ambien-
tal na Copa não se limita à construção das arenas. Organizadores e poder público têm quatro anos para, por exemplo, desenvolver planos a respeito do que fazer com os resíduos, a alimentação que deve ser oferecida aos torcedores, como equacionar a questão do transporte, etc. Se as ideias derem certo, a taça do verde é nossa. Caso contrário, sofreremos uma derrota daquelas que não terminam com o apito do juiz.
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18 GAZETA DO MEIO AMBIENTE Aquecimento Global Já leva Populações de Lagartos à Extinção do Departamento de Ecologia do Instituto de Biologia da UERJ. “Os lagartos têm uma temperatura máxima que toleram voluntariaO Liolaemus lutzae, espécie do RJ da qual já desapareceram populações. mente”, explica ele. Aquecimento global já leva “Se essa temperatura é supepopulações de lagartos à rada, eles procuram uma somextinção. bra ou um abrigo”. O aquecimento global está Com a ajuda de simuladores inviabilizando a sobrevivência levados a campo na Penínsude várias populações de la de Yucatán, no México, os lagartos, reduzindo o tempo pesquisadores determinaram em que os animais se mantêm ativos para buscar comida e gerar filhotes, diz estudo internacional publicado a revista Science. Pelo menos 5% das espécies existentes já estão comprometidas, afirma o pesquisador brasileiro Carlos Frederico Duarte Rocha, um dos autores do estudo. Rocha é professor
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quantas horas de exposição ao Sol os lagartos são capazes de tolerar antes que essa máxima seja atingida, tanto em áreas onde os animais ainda existem quanto em locais onde as populações desapareceram. “Se a temperatura é ultrapassada e não se encontra abrigo, o bicho entra em torpor e morre”, diz Rocha. A conclusão foi de que há lugares que já foram habitados por lagartos mas onde hoje os animais, se ainda estivessem presentes, teriam acesso a, no máximo, uma hora de atividade antes que seus corpos comecem a superaquecer. “Na hora em que vai sair, já está na hora de voltar”, resume Rocha. “Mas o animal precisa estar ativo para encontrar alimentos e copular”. Com menos horas de atividade disponíveis, os lagartos reproduzem-se menos e as populaç õ e s c o m eçam a diminuir, podendo che-
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gar à extinção. Rocha cita uma espécie que é exclusiva do litoral fluminense, o Liolaemus lutzae e da qual haviam sido registradas, no passado, 24 populações. “Dessas, sete já desapareceram”. Agregando os resultados do trabalho realizado no México a dados sobre populações de lagartos de várias partes do mundo, os autores do estudo na Science elaboraram um modelo matemático para prever o risco de extinção de lagartos causada pelo aquecimento global. Como teste, o modelo “previu” corretamente a situação dos lagartos no mundo em 2009. Para 2080, o cenário previsto é de extinção de 20% das espécies de lagarto do planeta. Esse desfecho ainda pode ser evitado se as emissões de CO2 diminuírem, mas a taxa de extinção projetada para 2050, de 6%, “é improvável de ser evitada”, diz o texto na revista. Rocha acredita que o fenômeno mostra que os efeitos do aquecimento global já se fazem sentir no presente.“As pessoas falam em aquecimento global como se os pro-
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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 19 blemas fossem aparecer daqui a 30 anos”, diz. “O estudo mostra que o processo já está acontecendo”. O pesquisador espera que a publicação do trabalho na Science leve cientistas que trabalham com outros grupos de seres vivos, tanto de fauna quanto de flora, a buscar medir o impacto que o aquecimento vem produzindo em seus objetos de estudo.
Mapa das extinções locais de lagartos observadas em 2009.
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Previsão de extinções em 2050, de acordo com o modelo matemático.
Lagartos do deserto australiano, como o ‘Liopholis kintorei’, estão sendo extintos na região, apesar de o aumento de temperatura lá registrado ter sido modesto Fonte: O Estadão
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20 GAZETA DO MEIO AMBIENTE Esquilos mostram um lado mais doce ao adotar órfãos
Os esquilos que normalmente a população do hemisfério norte vê brigando por causa de comida podem não parecer altruístas. Mas um estudo da Universidade de Guelph, no Canadá, descobriu que esses bichinhos adotam seus parentes órfãos. A pesquisa do professor Andrew McAdam, junto com outros pesquisadores da Universidade de Alberta e McGill, revelou que os esquilos vermelhos adotam filhotes que perderam suas mães. É uma descoberta importante porque, embora tais adoções sejam típicas entre espécies que vivem em grupos familiar, são muito raras entre os animais antissociais, como os esquilos. "Animais sociais, incluindo leões e chimpanzés, estão sempre cercados por familiaRESTAURANTE E CAFÉ
res, então não é surpreendente que uma fêmea adote um membro órfão da família, já que passaram muito tempo juntos", disse McAdam, biólogo. Segundo ele, os esquilos vermelhos vivem completamente isolados e são muito territoriais. "A única vez eles permitem outro esquilo em seu território é um dia por ano, quando as fêmeas estão prontas para acasalar, ou quando estão amamentando seus filhotes", diz. O estudo, publicado na Natu-
re Communications, também constatou que os esquilos têm limites para o altruismo. Eles adotam somente os órfãos da
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mesma família, e mesmo assim é raro de acontecer. Durante duas décadas, a equipe de pesquisadores registrou apenas cinco casos de adoção. "São cinco casos de milhares de filhotes que nasceram desde o início do projeto", disse McAdam. Um dos pesquisadores identificou 34 casos de possível adoção em 20 anos. A adoção só é possível quando a mãe morre e a mãe adotiva está amamentando. O grau de relacionamento, para os esquilos, desempenha um papel importantíssimo na decisão de adoção. Nos cinco casos de adoção analisadas pelos pesquisadores, os filhotes eram sobrinhos, irmãos ou netos da mãe adotiva. "De uma perspectiva evolucionária, a adoção levanta a questão dos motivos que levam um animal a adotar, uma vez que põe em risco a sobrevivência de seus próprios filhos", disse McAdam. "Sob as condições corretas, um animal pode propagar mais cópias de seus genes, ajudando a
aumentar a sua prole, do que cuidando de sua própria prole. Assim, em alguns casos, pode ser uma boa adotar e aceitar esses custos." Os pesquisadores descobriram que os esquilos só adotam um filhote órfão quando os custos são baixos, ou se os órfãos carregam uma grande porcentagem dos mesmos genes – quando são irmãos, sobrinhos ou netos, em vez de parentes mais distantes. Também notável aos cientistas, é o fato de os esquilos serem capazes de avaliar quais filhotes são seu familiares. Como esses animais raramente interagem, eles aprendem quais dos seus vizinhos são parentes por um único sinal. Se eles não conseguem ouvir o chamado de um parente próximo durante alguns dias, podem investigar o território. "Nós suspeitamos que, se encontrarem filhotes no território, os esquilos lembram que esse vizinho era um parente e levam os filhotes para seu ninho. Isso seria um comportamento bastante inteligente para um esquilo", diz McAdam. Fonte: Época
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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 21 Pesca comercial já matou milhões de tartarugas marinhas
O número de tartarugas marinhas aprisionadas por engano pelas redes da indústria da pesca nos últimos 20 anos pode ter chegado a milhões, de acordo com o primeiro estudo que reúne dados de captura acidental desses animais no mundo inteiro. O estudo, que foi publicado nesta terçafeira (6) na Conservation Letters, analisou informações de documentos, relatórios governamentais e técnicos, simpósios e trabalhos publicados entre 1990 e 2008. Os dados foram baseados em observações a bordo ou entrevistas com pescadores. O estudo não inclui dados da pesca recreativa. "A captura secundária (ou por engano) é a ameaça mais grave às populações de tartarugas marinhas do mundo.
Muitos animais morrem ou são feridos quando entram em contato com os equipamentos de pesca", diz Bryan Wallace, autor do trabalho. "Observações a bordo e entrevistas com pescadores indicam que cerca de 85 mil tartarugas foram capturadas entre 1990 e 2008. Como estes relatórios cobrem menos de 1% de todas as frotas do mundo, com pouca ou nenhuma informação da pesca em pequena escala ao redor do mundo, temos uma estimativa conservadora de que, na verdade, o número total de animais capturados seja duas ordens de grandeza maior", diz Wallace. ou seja, pode chegar a milhões. Wallace faz parte do Sea Turtle Flagship Program da Conservation International e professor da Duke University, nos Estados Unidos. A maioria dos co-autores do trabalho são pesquisadores do Duke's Center for Marine Conservation. Os dados do estudo revela-
ram que grande parte das capturas de tartatugas por pesca de espinhel aconteceu na parte de fora da região da Baja Califórnia. Já a maioria das tartarugas presas por rede se deu no norte do Mar Adriático, na região mediterrânea, e as maiores taxas para redes de arrasto, na costa do Uruguai. Ao combinar as taxas de captura para todas esses tipos de pesca, quatro regiões aparecem como as mais preocupantes: Leste do Pacífico, Mediterrâneo, Sudoeste e Noroeste do Atlântico. Apesar de serem apenas estimativas, os números evidenciam a importância de dar orientações aos pescadores quanto ao uso dos equipamentos de pesca e de práticas que possam aju-
dar a reduzir essas perdas. Algumas das medidas eficazes para reduzir a morte desnecessária dessas tartarugas incluem o uso de anzóis circulares e isca de peixe na pesca de espinhel, e Turtle Excluder Devices (TEDs – dispositivos de exclusão de tartaruga, na tradução literal) na pesca de arrasto. Grande parte dos dispositivos foram desenvolvidos pelos próprios pescadores. Segundo o autor do trabalho, a pesca de espinhel no Havaí e de camarão no Brasil tiveram a captura de tartarugas reduzida por meio de um trabalho entre gestores ambientais e pescadores, além de observadores a bordo, mudança de equipamentos obrigatórios e a introdução de inovações tecnológicas. Outro mecanismo que tem ajudado os pescadores a evitar a pesca em áreas cheias de tartarugas é o TurtleWatch, um banco de dados em tempo real que provê atualização diária da temperatura da água e outras condições que possam indicar onde esses animais são encontrados. Fonte: Época
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22 GAZETA DO MEIO AMBIENTE As armadilhas do consumo "verde” consumidores sobre o que torna determinado produto sustentável. Resultado: 90% dos rótulos trazem imprecisões, equívocos ou – direto ao ponto – mentiras. Essa conclusão salta de um levanPegue a onda sustentável que tamento da empresa brasileipovoa as embalagens nas ra Market Analysis, feito entre prateleiras. Junte o medo que fevereiro e março deste ano e as empresas têm de perder publicado com exclusividade mercado. Por fim, adicione a por ISTOÉ. Usando metodolodesinformação da maioria dos gia desenvolvida pela agência de marketing ambiental americana TerraChoice, a empresa avaliou 501 produtos em 11 categorias. Diagnosticou sete “pecados”, que vão da falta de prova até a má-fé, passando pelas informações irrelevantes e por aquelas que procuram acobertar erros ambientais maiores. O consolo é que, aplicado nos EUA, Reino Unido, Canadá e Austrália, o levantamento não traz resultados muito melhores. A diferença é que, lá, a prática de ludibriar o consumidor “verde” é velha conhecida e tem Indústria e Comércio de Cereais JACAEN Ltda.
nome: “greenwashing”. Essa estratégia de marketing é eficaz. “Os apelos ecológicos nos rótulos funcionam e, muitas vezes, induzem a uma compra errada”, diz Thayse Kiatkoski Neves, pesquisadora da Market Analysis. Tem consumidor que se deixa seduzir com um vago “empresa amiga do verde”. Outros não param para pensar se aquele aviso de “feito com
que está tudo bem”, diz Carlos Thadeu de Oliveira, gerente de informação do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor). Aos poucos, o brasileiro vai se dando conta dessas armadilhas. Segundo o Idec, cresce o número de clientes que reclamam dos apelos contidos em rótulos que prometem benefícios para o ambiente e a saúde. E o que acontece
material reciclável” se estende ao que está dentro da embalagem. “É ilusório pegar uma mercadoria de alto consumo energético como o aço, embalá-la em um pacote reciclável, colocar selinho e achar
com quem decora suas embalagens com falsas promessas ecológicas? Quase nada. Segundo Rodrigo More, consultor jurídico da Abief (Associação Brasileira da Indústria
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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 23 de Embalagens Plásticas), as empresas agem com total liberdade e rotulam do jeito que bem entendem. “A lei só pode ser acionada quando o rótulo atribui uma propriedade que o produto não tem”, diz More. Isso deixa de fora todas as promessas de correção ambiental no processo produtivo. O que já existe é um arsenal de orientações, normas e sugestões para tentar construir um manual definitivo da rotulação “verde”. Há até uma norma ISO para o assunto, a 14.021. Com base nela, a Abre (Associação Brasileira de Embalagens) lança em junho uma
cartilha que traduz o “tecniquês” para orientar consumidores e fabricantes. Diretora-executiva da associação, Luciana Pellegrino diz que, com a divulgação dessas informações, ficará mais fácil cobrar que os envolvidos cumpram seu papel na cadeia do consumo sustentável, principalmente o consumidor: “Não dá para ele ficar esperando a sustentabilidade chegar pelo governo ou pelos fabricantes. O começo do processo está na mão dele.” Enquanto a cartilha não fica pronta, muita gente usa os sites de relacionamento para exercitar uma espécie de fiscalização de promessas “verdes”. Outra medida é comprar em estabelecimentos que garimpam fornecedores que façam jus aos apelos
ambientais que ostentam em seus rótulos. É o que procura fazer a Mundo Verde, rede de produtos naturais com 160 lojas no Brasil. “Avaliamos de 30 a 50 produtos por dia”, diz o diretor de marketing da empresa, Donato Ramos, que completa: “São nossos clientes que cobram isso.” Sinal de que o consumo “verde” começa a amadurecer no Brasil.
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24 GAZETA DO MEIO AMBIENTE Redução de geleira pode gerar escassez de alimento na Ásia do que do derretimento das geleiras para se manter. As bacias que dependem fortemente das geleiras, como as dos rios Indo, Ganges e Bramaputra, que cobrem o sul da Ásia, podem sofrer um declínio Encolhimento de geleiras no Himalaia pode hídrico de cerca afetar a oferta de água para 60 milhões de de 20% até 2050. pessoas vivendo em seu entorno O rio Amarelo, na Cerca de 60 milhões de China, por outro lado, poderia pessoas vivendo no entorno testemunhar um aumento de da cordilheira do Himalaia 9,5% nas precipitações em deverá sofrer com falta de consequência das mudanças água nas próximas décadas climáticas. em consequência da redução nas geleiras, informa um "Mostramos que apenas estudo divulgado na revista algumas áreas serão afeta"Science". das", afirmou Marc Bierkens, O impacto da redução nas professor de Hidrologia da geleiras, porém, será menor Universidade de Utrecht, que do que anteriormente estimaconduziu o estudo junto com do pelo IPCC (Painel Walter Immerzeel e Ludovicus Intergovernamental sobre van Beek. Mudanças Climáticas) da Debate ONU. O estudo é um dos primeiros a O motivo da diferença, segunexaminar o impacto da redudo os autores do estudo, é ção no tamanho das geleiras que algumas das bacias que nas bacias hidrográficas do cercam os Himalaias depenHimalaia. O resultado deverá dem mais da água das chuvas
esquentar o debate sobre a capacidade de mudanças climáticas devastarem bacias hidrográficas. Grande parte dos cientistas concorda que as geleiras estão derretendo a um ritmo acelerado a medida que as temperaturas aumentam. E a maioria associa esse aquecimento diretamente ao aumento nas concentrações atmosféricas de gasesestufa. Contudo, algumas geleiras, como as do Himalaia, poderiam existir por séculos em um mundo mais quente. Mas mais de 90% das geleiras do planeta estão recuando, com grandes perdas já observadas no Alaska, Alpes, Andes e outras cordilheiras, segundo pesquisadores dos EUA e Europa. Relatório do IPCC Alguns cientistas foram criticados por erros contidos no relatório do IPCC, divulgado em 2007. O relatório sugeria que as
geleiras do Himalaia desapareceriam até 2035. Birkens e colegas afirmaram que governos na região deveriam se preparar para as secas que são esperadas, incentivando o cultivo de espécies que necessitam de menos água, o uso de práticas de irrigação mais racionais e a construção de grandes tanques para o armazenamento de água. "Estimamos que a segurança alimentar de 4,5% da população total será ameaçada como consequência da redução na disponibilidade de água", escreveram os autores. "É preciso, portanto,
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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 25 Emissões globais de CO2 caem, mas disparam na China Dados mostram que as emissões chinesas de dióxido de carbono pelo uso de combustíveis fósseis subiram 9% em 2009, contrariando a tendência global de queda, o que deve aumentar a pressão sobre Pequim nas negociações climáticas da ONU. As emissões chinesas de CO2 derivados de combustíveis fósseis chegaram a 7,52 bilhões de toneladas no ano passado. Já o total global registrou a primeira queda desde 1998, por causa da contração na produção industrial e no consumo de combustíveis, causada pela recessão mundial, segundo dados da empresa BP. A China se tornou, assim, o primeiro país na história a emitir mais de 7 bilhões de toneladas de CO2 em um só ano, e se consolidou como maior emissor do mundo, depois de ultrapassar os EUA em 2008, segundo a Revisão Estatística da Energia Mundial, um documento divulgado anualmente pela BP. A China emitiu quase 1,6 bilhão de toneladas a mais do que os EUA, cujas emissões caíram 6,5% e ficaram em 5,94 bilhões de toneladas, menor volume desde 1995. Em termos globais, as emissões caíram 1,1% em relação ao recorde de 2008. Isso significa que o volume de CO2 caiu de 31,6 para 31,1 bilhões de toneladas. As economias emergentes aumentaram sua participação em relação aos países da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico). Nos emergentes, as emissões subiram 5,3% e chegaram a 15,3 bilhões de toneladas, ou 49% do total global. Entre os países da OCDE, houve queda de 6,2%, levando a um total de 13,5 bilhões de toneladas. Na União Europeia, a queda foi de 6,4%, com um volume total de 4,1 bilhões de toneladas. Fonte: Reuters
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26 GAZETA DO MEIO AMBIENTE A Verdade Sobre Os “Saquinhos Plásticos”
A triste história dos sacos plásticos descartáveis que “ganhamos” com tanta cordialidade das lojas… Informações fornecidas pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos revelam que são consumidos anualmente entre 500 bilhões e um trilhão de sacos plásticos ao redor do mundo. Menos de 1% dos sacos é reciclado. É mais caro reciclar um saco do que produzir um novo. “Existe una economia áspera por trás da reciclagem dos sacos plásticos. Processar e reciclar uma tonelada de sacos custa U$ 4000. A mesma quantidade de sacos é vendida no mercado de matérias-primas a U$ 32”. Então? O que acontece com os saquinhos?
Um estudo de 1975 demostrou que as embarcações t r a n s o c e â n icas lançam a p r o x i m a d am e n t e 4 milhões de kilogramas de plástico ao mar por ano. As lixeiras do mundo não estão inundadas de plástico porque a maior parte do plástico acaba no oceano. Os sacos são arrastados até diferentes lugares do planeta, até os mares,lagos e rios. Os sacos encontram o cami-
nho para o mar nos bueiros e encanamentos. Já foram encontrados sacos plásticos flutuando ao norte do Círculo Ártico, e também muito mais ao sul, nas Ilhas Malvinas. Os sacos plásticos representam mais de 10% dos dejetos que chegam às costas dos EUA. Os saquinhos plásticos se fotodegradan: com o passar do tempo se decompõe em petropolímeros menores e mais tóxicos que finalmente contaminarão os solos e as vias fluvi-
ais. C o m o c o n s eqüência, partículas microscópicas podem entrar para a cadeia alimentar. O efeito sobre a vida silvestre pode ser catastrófico. Cerca de 200 diferentes espécies de vida marinha, incluindo baleias, golfinhos, focas e tartarugas morrem por causa dos sacos plásticos. Morrem depois de ingerir os sacos plásticos, que confundem com comida. Então? O que podemos fazer? Se usamos uma bolsa de tecido, podemos economizar 6 saquinhos plásticos por semana. Ou seja, 24 sacos por mês. Ou seja, 288 sacos por ano. Ou seja, 22.176 sacos ao longo da vida. Se apenas 1 de cada 5 pessoas neste país fizesse isso, então economizaríamos cerca de 1.330.560.000.000 sacos plásticos durante nossas vidas. Bangladesh proibiu os sacos plásticos. A China proibiu os sacos plásticos gratuitos. Irlanda foi o primeiro país da Europa a cobrar impostos sobre os sacos plásticos em 2002. Desta forma, reduziu o consumo em 90%. Ruanda proibiu os sacos plásticos em 2005. Israel, Canadá, Índia, Botswana, Quênia, Tanzânia, África do Sul, Taiwan e Singapura também proibiram ou estão em vias de proibir os sacos plásticos. Em 27 de março de 2007, São
Francisco tornou-se a primeira cidade dos EUA a proibir os sacos plásticos. Oakland e Boston estão considerando essa possibilidade. Os sacos plásticos são feitos de polietileno: um termo plástico que se obtém a partir do petróleo. Reduzindo o uso dos sacos plásticos diminuirá o consumo de petróleo, recurso não renovável que gera tantos conflitos... A China economizará 37 milhões de barris de petróleo por ano graças à proibição dos sacos plásticos gratuitos. Tem gente que ignora tudo isto… Mas VOCÊ JÁ SABE!!! É questão de fazer um pequeno esforço e logo a gente se acostuma a levar a sacola de pano às compras como era antigamente... Topa?
GAZETA DO MEIO AMBIENTE 27 Incêndio destrói 80 mil cobras do Butantan em São Paulo dos a serpentes usavam informações do acervo do Butantan.
Cerca de 80 mil cobras catalogadas e mais 5 a 7 mil que ainda seriam cadastradas foram perdidas no incêndio que atingiu no último sábado (15) o galpão do Instituto Butantan onde a coleção era mantida.Segundo nota divulgada pelo Instituto Butantan, o local atingido pelo fogo é o Prédio das Coleções, onde ficam espécies de répteis, artrópodes e quelônios (tartarugas, cágados e jabutis). A nota diz que o fogo foi notado por volta de 7h45 e que imediatamente os seguranças do Instituto acionaram o Corpo de Bombeiros, que chegou
em menos de dez minutos.De acordo com o curador da coleção, Francisco Franco, essa era a maior coleção de cobras do mundo e servia como fonte de pesquisa para estudantes de mestrado, doutorado e de projetos de iniciação científica.Toda informação que se podia haver sobre biodiversidade, ecologia, biologia e distribuição geográfica a respeito de serpentes estava armazenada no prédio incendiado. Franco ressaltou que inúmeras pesquisas serão prejudicadas pela perda dos exemplares, já que praticamente todos os trabalhos relaciona-
"Foi uma perda total e isso é uma perda pra humanidade. Desde o começo do Instituto Butantan o Vital Brasil começou a guardar cobras para serem pesquisadas. E essas cobras que foram sendo acumuladas serviam de fundamento para as pesquisas e o aumento do conhecimento da biodiversidade de serpentes. Essas cobras todas foram perdidas, hoje não temos mais nada."De acordo com a nota, as informações preliminares prestadas pelos Bombeiros, dizem que não havia no prédio qualquer problema relacionado às instalações que possa ter originado o incêndio. "O Butantan irá aguardar, entretanto, as investigações da perícia técnica sobre as causas da ocorrência. Assim que o prédio for liberado pela perícia, o Instituto Butantan irá iniciar o levantamento sobre a perda da coleção", informa a nota. A nota informa ainda que o secretário estadual da Saúde,
órgão ao qual o instituto é ligado, Luiz Roberto Barradas Barata, esteve pela manhã no Butantan, e conversou com o diretor do instituto, Otávio Mercadante. "Ele solicitou que a instituição elabore imediatamente um projeto para a recuperação do prédio. A Secretaria de Estado da Saúde já se colocou a inteira disposição do Butantan para recuperar o local", informou a assessoria de imprensa do instituto. O Instituto Butantan permanecerá fechado no final de semana e será reaberto para a visitação do público nesta segunda-feira, dia 17.
Fonte: National Geographic
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28 GAZETA DO MEIO AMBIENTE Preá Cavia intermedia é o mamífero mais raro do mundo
Encontrados, apenas, na ilha Moleques do Sul, perto de Florianópolis, os preás Cavia intermedia são considerados a espécie de mamífero mais rara do mundo e integram a
lista vermelha de animais ameaçados de extinção Eles são sociáveis e simpáticos, embora raríssimos, do ponto de vista zoológico. Apenas na ilha Moleques do Sul, a Fone: (41) 3077-1812 www.bossanovabar.com.br
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10 quilômetros de Florianópolis e pertencendo ao município de Palhoça, entre rochas e bosques baixos, pode ser encontrado o preá Cavia intermedia, um diminuto mamífero de 25 centímetros e 600 gramas, descrito pela ciência há apenas dez anos. Debruçada sobre as encostas rochosas da ilha desabitada e cercada pelo mar, a população dos pequenos roedores não passa de 100 indivíduos. É considerado o mamífero mais raro do mundo, e integra a lista vermelha de animais ameaçados de extinção. Seu aspecto físico lembra o de seus parentes do continente, mas estão separados há pelo menos 8 mil anos. Resultados preliminares de um estudo ainda inédito dos biólogos Nina Furnari e César Ades, do laboratório de psicoetologia Fone: (41) 3242-9510
da Universidade de São Paulo, revelaram, no entanto, um comportamento social próprio entre os preás da ilha. Por isso, são vistos com frequência forrageando gramíneas em grupos mistos de dois a até 17 indivíduos. "Nesses grupos maiores ocorrem subu-
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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 29 Fabricantes e importadores garantem que vão recolher 260 mil lâmpadas no Paraná
Os representantes do segmento de lâmpadas voltaram nesta quarta-feira (26), em Curitiba, a se reunir com o coordenador de Resíduos Sólidos da Secretaria do Meio Ambiente, Laerty Dudas, com o objetivo de solucionar o impasse na destinação final de 260 mil lâmpadas no Paraná. O problema na falta de destinação correta dos produtos foram apontados pelos integrantes do G-22 (conjunto dos 22 municípios que mais geram resíduos) como um dos principais problemas ambientais das cidades. Nesta quarta-feira foi a vez dos importadores de lâmpadas, Associação Brasileira de Importadores de Produtos de E COMÉRCIO SEBEM LTDA. FÁBRICA DE MÓVEIS E VARIAIS
Iluminação (Abilumi) ganharem um prazo, até o dia 30 de junho, para apresentar uma proposta viável de recolhimento das lâmpadas nos municípios. “Nosso intuito é estimular que todos os segmentos que trabalhem com lâmpadas participem deste processo para baixar o passivo ambiental do nosso Estado”, afimrou Dudas. Antes disso, os fabricantes do produto, por meio da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux) já tinham assumido a responsabilidade de implantar um plano emergencial para a coleta das lâmpadas e assinar um termo de compromisso para oficializar a proposta . O próximo passo será juntar todas as propostas, inclusive as dos municípios reclamantes, para se formar uma ação integrada e permanente. Segundo Dudas as lâmpadas pertencem à classe dos resíduos perigosos, assim como os agrotóxicos e devem ser tirado do ambiente o mais depressa possível. “Os resíRua Senegal, 277 Palmital - Pinhais
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solução imediata e que seja viável economicamente e sustentável”, disse Cricci. DESPERDÍCIO ZERO – O Programa Desperdício Zero, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, propõe parcerias com fabricantes de resíduos como tintas, pneus, pilhas e baterias, lâmpadas,
serviu para conhecer as estratégias do governo e afirmou que a associação estudará as possibilidades para traçar uma proposta que seja positiva para todos. “A postura do Estado nesta questão é muito positiva e pragmática. Acho que buscamos focar em uma
plástico, vidro, gesso, tetrapak, fabricantes de óleos lubrificantes e produtos de limpeza. O programa tem como meta reduzir em 30% o volume de lixo gerado no Paraná.
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30 GAZETA DO MEIO AMBIENTE ENTRETENIMENTO POESIA Pássaro Marinho Manhã de maio, rosas pelo prado, Gorjeios, pelas matas verdurosas E a luz cantando o idílio de um noivado Por entre as matas e por entre as rosas. Uma toilette matinal que o alado Corpo te enflora em graças vaporosas, Mergulhas, como um pássaro rosado, Nas cristalinas águas murmurosas. Dás o bom dia ao Mar nesse mergulho E das águas salgadas ao marulho Sais, no esplendor dos límpidos espaços. Trazes na carne um reflorir de vinhas, Auroras, virgens músicas marinhas, Acres aromas de algas e sargaços! Aníbal Beça
Aos Outros Bichos
sondagens, Ante o hieróglifo e o enigma das folhagens, São absolutamente negativas! Araucárias, traçando arcos de ogivas, Bracejamentos de álamos selvagens, Como um convite para estranhas viagens, Tornam todas as almas pensativas! Há uma força vencida nesse mundo! Todo o organismo florestal profundo E dor viva, trancada num disfarce... Vivem só, nele, os elementos broncos, As ambições que se fizeram troncos, Porque nunca puderam realizar-se!
Renunciei a Narciso ao destronar reflexos... dentre os primatas melhores são os que ainda fazem ûh! E os bicos porque bicos amo, penas porque lisas danças de leques encerados e brilhantes são magia pelos galhos, pelos ares; arrepiam, alçam vôo, ganham céus! Tanto há focinhos, bigodes e caninos, pelagem e rabos, patas e guinchos, algo têm de similar a nós, algo de contrário, complemento e sustento da criação assim os vejo, não oposto, não imagem, outro espelho... Maior e melhor espelho mais completo, como as mãos do Criador!
Augusto dos Anjos
PIADAS Acidente da Natureza
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Um ateu estava passeando em um bosque, admirando tudo o que aquele \"acidente da evolução\" havia criado. - Mas que árvores majestosas! Que poderosos rios!
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Que belos animais! Lá ia ele dizendo consigo próprio. À medida que caminhava ao longo do rio, ouviu um ruído nos arbustos atrás de si. Ele virou-se para olhar para trás. Foi então que viu um corpulento urso-pardo caminhando na sua direção. Ele disparou a correr o mais rápido que podia. Olhou, por cima do ombro, e reparou que o urso estava demasiado próximo. Ele aumentou mais a velocidade. Era tanto o seu medo que lágrimas lhe vieram aos olhos. Olhou, de novo, por cima do ombro, e, desta vez, o urso estava mais perto ainda. O seu coração batia freneticamente. Tentou imprimir maior velocidade. Foi, então, que tropeçou e caiu desamparado. Rolou no chão rapidamente e tentou levantar-se. Só que o urso já estava em cima dele, procurando pegá-lo com a sua forte pata esquerda e, com a outra pata, tentando agredí-lo ferozmente. Nesse preciso momento, o ateu clamou: - Oh meu Deus!.... O tempo parou.
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GAZETA DO MEIO AMBIENTE 31 O urso ficou sem reação O bosque mergulhou em silêncio. Até o rio parou de correr. À medida que uma luz clara brilhava, uma voz vinda do céu dizia: - Tu negaste a minha existência durante todos estes anos, ensinaste a outros que eu não existia, e reduziste a criação a um acidente cósmico. Esperas que eu te ajude a sair desse apuro? Devo eu esperar que tenhas fé em mim? O ateu olhou diretamente para a luz e disse:
- Seria hipocrisia da minha parte pedir que, de repente, me passes a tratar como um cristão, mas, talvez, possas tornar o urso um cristão?! - Muito bem - disse a voz. A luz foi embora. O rio voltou a correr. E os sons da floresta voltaram. E, então, o urso recolheu as patas, fez uma pausa, abaixou a cabeça e falou: - Senhor, agradeço profundamente, por este alimento que me deste e que agora vou comer. Amém. O Touro Reprodutor Um caboclo tinha como único patrimônio um touro, que era o maior reprodutor da região. Os fazendeiros locais alugavam o bicho parar "cobrir" suas vacas. Maravilhados com a eficiência do animal, decidiram comprá-lo, mas o caboclo pediu uma grana absurda. Os fazendeiros não aceitaram a proposta e foram se queixar ao prefeito da cidade. Este, sensibilizado com o problema, resolveu comprar o animal com o
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dinheiro da prefeitura, pagando uma fortuna, e registrá-lo como patrimônio municipal. Para comemorar, os fazendeiros e a prefeitura fizeram uma festa imensa na cidade. Chamaram autoridades do estado, técnicos do governo, especialistas em pecuária e trouxeram suas vacas para o touro cobrir. Tudo pronto, colocaram o bicho num curral especial e trouxeram a primeira vaca. O touro se aproximou preguiçosamente, deu uma cheirada e virouse para o outro lado. — Deve ser culpa da vaca — disse um fazendeiro. — Ela é muito magrinha! Na outra ele vai mandar ver... Trouxeram outra vaca, uma holandesa, a mais bonita da região. O touro cheirou a vaca e nada. Preocupado, o prefeito chamou o caboclo e lhe perguntou o que estava acontecendo.
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