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Gazeta do Sul

26/08/2014 Santa Cruz do Sul

AO AR LIVRE

Entre bancos, árvores

e o Lago Dourado As praças são pontos de encontro em Santa Cruz. No Centro, a Praça da Bandeira e a Praça Getúlio Vargas costumam receber centenas de pessoas nos fins de semana. Seja para visitar o brique ou para tomar um chimarrão, a comunidade mantém a tradição de se reunir ao ar livre. Longe do Centro, o Lago Dourado é uma opção para quem busca esportes, o Parque da Cruz contempla quem quer aproveitar um belo visual e o Parque da Gruta atrai famílias ou amigos que querem fazer um churrasco junto à natureza. Opções, sem dúvidas, não faltam para o lazer na cidade.

Verões que não voltam

Som e curtição

A

pós um fim de semana agitado nas festas santacruzenes, uma das principais opções da juventude da cidade é curtir o domingo no aeroporto, em Linha Santa Cruz. Com um visual único, o local há anos reúne jovens que optam por várias alternativas de lazer. Mas neste ano, uma novidade surgiu: um espaço para DJs mostrarem seu trabalho e animarem o clima até o sol se pôr.

Com um visual único, o local há anos reúne jovens que optam por várias alternativas de lazer, entre elas, espaço para DJs mostrarem seu trabalho.

mais no Engelmann A professora Anete Jackisch, de Sinimbu, lembra com saudade do tempo em que ela e a família veranearam no antigo Balneário Engelmann. Um passado de verões calmos e refrescantes, na companhia de amigos no tradicional local aonde a sociedade santa-cruzense ia descansar. Hoje, porém, essa tradição se perdeu para a maioria, e o mesmo aconteceu com Anete. “Lembro com saudades daquela época. É ótimo ir para as praias, mas no balneário todos se reuniam para aproveitar os dias de calor juntos.” Anete conta que acampava frequentemente com amigos e familiares. “Chegava novembro e a minha família já se preparava para ir lá. Hoje o lugar oferece outras atividades. São tempos, aqueles, que não vão mais voltar”, lamenta. Nos anos 1960, a hospedaria foi desativada. Em 1998, o balneário foi reaberto com o nome de Pousada Engelmann e os antigos objetos da casa se tornaram um museu. Entretanto, no ano passado o proprietário alugou os imóveis para um empresário de Porto Alegre, que modificou a natureza do serviço.

SUCESSO NA ESTAÇÃO DO SOL O Vale do Rio Pardo é banhado pelos rios Pardo, Pardinho, Jacuí e Taquari. Esta área privilegiada atrai milhares de moradores das cidades da região durante o quente verão do Sul do Brasil. Entre alguns dos mais populares, destacam-se a Praia dos Ingazeiros e o Porto Ferreira, em Rio Pardo, o Balneário Monte Alegre, em Vale Verde, e a Prainha de Candelária. Os locais oferecem uma infraestrutura atrativa, que busca entreter jovens e famílias que querem curtir os dias de calor sem sair de perto de casa. Uma outra vantagem desses balneários é a segurança, que na temporada de verão conta com bombeiros preparados para socorrer os banhistas.

A parte estrutural dessa ideia é organizada pelo DJ James Camargo, de 27 anos. “Montamos um gazebo e, embaixo, colocamos uma mesa onde ficam os equipamentos para os DJs”, explica. A intenção é bem simples:

no aeroporto

Facebook/Divulgação/GS

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reunir os amigos e disponibilizar um pequeno período de tempo para que cada um possa fazer seu som. “Fazemos de uma forma que não ultrapasse os limites, respeitando os demais que utilizam o mesmo local.” Isso tudo junto a um pôr do sol que torna o clima ainda mais especial. “Eu ia no aeroporto na minha adolescência, mas havia parado de frequentar. Este ano começamos

com esse projeto e voltei a ir lá”, conta James. Além do som eletrônico, o Aeroporto reúne pessoas que tomam chimarrão, andam de skate e aproveitam as últimas horas do fim de semana do seu jeito. “Acho que as pessoas buscam uma forma de ficar ao ar livre, pegar um sol e aproveitar o domingo em um lugar calmo. É um ótimo ponto”, diz o DJ.

DESCANSO EM PORTO FERREIRA Quando novembro se aproxima, o empresário Inédio Valandro começa a se preparar para o mais tradicional programa de verão da sua família. No primeiro fim de semana de sol, ele reúne todos e parte para sua residência em Porto Ferreira. Apenas poucos minutos de viagem separam a agitação da cidade desse lugar agradável, em meio à natureza e com muitas possibilidades de lazer e descanso. Essa tradição vem desde 1984, quando Valandro adquiriu a antiga casa de seu sogro. “O imóvel deve ter mais de 40 anos. Gostávamos tanto do local que decidi comprá-lo e todos

os verões aproveitamos o máximo tudo o que esse balneário oferece”, conta. Ele e sua mulher, Elisabeth, moram em Santa Cruz do Sul com os dois filhos. “É fácil por ficar a poucos minutos daqui de carro. Nas sextas, depois do trabalho, já podemos ir para lá aproveitar o fim de tarde.” A proximidade com Santa Cruz também traz a vantagem de ficar sempre no meio de amigos e familiares. “Além de conhecermos todos os nossos vizinhos de Porto Ferreira, também podemos levar pessoas de Santa Cruz para um churrasco lá. É diferente de ir para o litoral e ficar longe de todo mundo”,

explica Valandro. O balneário de Rio Pardo tem infraestrutura turística, área para campings, bares, salão de festas e restaurantes. “Já tenho a casa há 30 anos e pretendo manter por muito tempo ainda. Porto Ferreira é uma tradição para minha família no verão.” Além de tudo isso, Inédio aproveita a oportunidade de pescar com tranquilidade, andar de lancha e relaxar após uma semana de muito trabalho em Santa Cruz. São essas muitas opções de lazer que tornam Porto Ferreira, a apenas três quilômetros do centro de Rio Pardo, um lugar conhecido por suas casas de veraneio.

Promoções diferenciadas, Para fazer festa, não é preciso nenhum motivo especial. Mas, nos últimos anos, são cada vez mais comuns promoções em torno de um aspecto específico, como um curso de graduação, uma faixa etária, estilo de som ou lugar do mundo como inspiração. Na região, há vários eventos desse tipo. Alguns fazem tanto sucesso que deixam de ser esporádicos para se tornar regulares. Uma dessas festas nasceu despretensiosamente. Após uma comemoração de aniversário em 2006, onde só rolaram músicas dos anos 1980 e 1990 e a diversão tomou conta de todos, os presentes decidiram estender esse prazer de relembrar sons que foram trilhas sonoras de

públicos especícos

suas vidas a seus amigos. Então, 11 pessoas se responsabilizaram pela organização de um evento para o qual cada um poderia elencar dez convidados. “Eles adquiriram os convites antecipadamente e seus nomes foram colocados em uma lista, formato que mantemos até hoje”, conta uma das integrantes do grupo, a professora Marcia Simon, de 42 anos. A primeira balada teve em torno de cem participantes. À medida que seu conceito de festa criou credibilidade, o público foi aumentando. Houve algumas edições com 1,3 mil pessoas, embora hoje esse número esteja limitado a 800. “Fazemos isso por acreditarmos na importância de manter a ideia inicial da festa, onde

amigos e conhecidos se encontrem e tenham um ambiente mais intimista e aconchegante para curtir a noite.” Hoje os eventos ocorrem a cada dois meses, em um dos complexos de shows e festas da cidade. O perfil dos frequentadores, conta Marcia, é bem variado, mas com um gosto em comum: as músicas que embalam a ocasião. “Além do som mecânico, trazemos para nossa noite uma banda do município ou do Estado, para contribuir para a cultura de nossa cidade. Dessa forma, apresentamos artistas e temas diferentes. Outro ponto de destaque é que nossa festa é open bar. Assim, nosso convidado desfruta da noite com mais conforto e despreocupação.”




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