EDIÇÃO ELEIÇÕES 2018 - CANDIDATOS
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Gazeta Vargas • Edição Eleições • Outubro de 2018
QUEM SÃO OS CANDIDATOS À PRESIDENTE DA REPÚBLICA E QUAIS SÃO SUAS PROPOSTAS
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Gazeta Vargas • Edição Eleições • Outubro de 2018
Alváro Dias - Partido Podemos Dentre suas propostas para a corrida presidencial de 2018, promete emprego para todos e simplificação do contrato de trabalho, segurança com tolerância zero e saúde sem fila de espera, bem como medicamentos genéricos sem impostos até 2022. Propõe também incentivo à ciência, cultura e turismo, bem como transformação do ensino em integral e universalização do acesso a creches. Apresenta também proposta de melhorar a estrutura fiscal e eliminar 7 grandes tributos, como PIS, COFINS, IOF, dentre outros. Constam também as ideias de facilitação de crédito para micro e pequenas empresas, renovação do Estatuto da Zona Franca de Manaus, incentivo ao agronegócio, construção de ferrovias e redução no custo de transporte de cargas e de passageiros urbanos.
Alvaro Fernando Dias nasceu a 7 de dezembro de 1944, em Quatá, cidade do interior de SP. É filho de agricultores e tem 9 irmãos. Logo em seus primeiros anos de vida, foi com a família para o Paraná, onde, na região de Maringá, seus pais haviam comprado terras para o cultivo de café. Formou-se em História, em 1967, pela Universidade Estadual de Londrina. Durante a graduação, começou a trabalhar como apresentador de programas de auditório, locutor e redator de radioteatro, pelo que chegou a escrever diversas radionovelas e obter algum reconhecimento. Em 1968, aos 23 anos, começa sua carreira política, elegendo-se vereador em Londrina pelo PMDB. Em 1970 elegeu-se deputado estadual no Paraná e, quatro anos depois, tornou-se deputado federal. Nesse meio tempo, disputou sem sucesso o cargo de prefeito de Londrina, em 1972. Já como deputado federal, em que se mostrou ferrenho opositor do regime militar, obteve uma reeleição. Em 1982 consegue uma cadeira no Senado e faz uma legislatura fortemente envolvida com a redemocratização e o movimento pelas eleições diretas para a presidência. 4 anos depois, torna-se governador do Paraná, num episódio em que, das 23 8
eleições para governador, 22 foram vencidas pelo PMDB. Curioso é que, como logo no ano seguinte foi instaurada a Assembleia Constituinte, Alvaro Dias passou um curto período como senador constituinte antes ainda de ser empossado no governo do Paraná.
federativa e uma reforma política que incluirá redução de parlamentares, voto facultativo e “distritalização da representação”. A vigésima e última de suas metas, em seu plano de governo chamado de “19+1”, é o de, como está anunciado, “Refundar a República”, o que será feito por meio de uma revisão constitucional no Congresso e, depois, um referendo popular. Por: Victor Coutinho
Outros de seus projetos apresentados são o de combate à corrupção, parte importante de seu discurso político, e o de redução da burocracia: promete tomar uma medida por dia para acabar com a burocracia no país. Propõe também maior autonomia
Como governador, tomou medidas de grande apreço popular, como quando cancelou uma licitação suspeita para a construção de uma usina que, por sinal, economizou cerca de 100 milhões de dólares aos cofres públicos. Também não se isentou das polêmicas quando, em 1988, a cavalaria da PM foi usada para dissipar um protesto de professores. Tentou a disputa presidencial por duas vezes: em 1983, em que perdeu as prévias do PMDB, e em 1994, quando teve seu nome lançado pelo PP (Partido Progressista), mas desistiu rapidamente para apoiar FHC. Aliás, foi presidente e um dos fundadores do PP, surgido da fusão entre PTR e PST (o último dos quais ele também fundara). Na mesma eleição de 1994, tentou sem sucesso o governo do Paraná. Retornou ao Senado em 1998, onde continua até hoje, tendo tido mais uma infrutífera tentativa ao executivo paranaense em 2002. 9
Gazeta Vargas • Edição Eleições • Outubro de 2018
Cabo Daciolo - Partido Patriota presos por gradação de gravidade para que se evite que condenados por delitos mais graves possam arregimentar outros para organizações criminosas. Ainda, é contra a legalização do porte de armas de fogo e deseja focar no combate ao tráfico de entorpecentes, inclusive intensificando a segurança e fiscalização da fronteira para inibir a entrada de armas e drogas. Sua política econômica é definida em “governar para baixar juros e impostos”. Pretende incentivar a economia com a valorização das commodities de exportação e utilizar parte desses recursos para investir em ciência e tecnologia.
Nascido em 30 de março de 1976 em Florianópolis, Santa Catarina, o candidato Cabo Daciolo foi lançado pré-candidato pelo Patriota em março de 2018. Ele foi visto como uma alternativa para substituir Jair Bolsonaro, que nunca chegou a se filiar ao partido, mas sempre manteve grande influência. Daciolo foi sargento licenciado do Corpo de Bombeiros, sendo líder do movimento grevista de integrantes da corporação no Rio de Janeiro, em 2012. Este é o seu primeiro mandato como deputado federal eleito pelo Rio de Janeiro. No Congresso Nacional, votou contra as propostas de reforma trabalhista e o teto dos gastos públicos. Enquanto deputado, em setembro de 2017, defendeu em discurso o fechamento do Congresso e uma intervenção militar no país. Durante a greve dos caminhoneiros, ganhou destaque nas redes sociais ao apoiar um dos líderes do movimento, o motorista Wallace Landim. Dentre suas propostas como candidato à presidência, destaca que é contra a privatização de estatais estratégicas. Como alternativa, propõe a modernização 10
dessas estatais e melhoria de ferramentas de gestão e investimento na capacitação dos colaboradores, para conseguir fortalecê-las diante da competitividade do mercado. O candidato se mostra favorável ao Bolsa Família, defendendo ainda um investimento de 10% do PIB em educação como prioridade na promoção de mudanças sociais. Na educação, quer aumentar o salário mínimo dos professores, valorizar as universidades federais já existentes, com a criação de novos campus e novas universidades, e aumentar a parcela orçamentária destinada à educação para os estados.
Além disso, quer pavimentar 100% das rodovias federais e estabelecer parcerias com estados e municípios para a pavimentação de mais rodovias. Ainda, pretende implementar novas ferrovias no país, com a meta de 150.000km e vias férreas pelo território nacional. Quanto às hidrovias, quer ampliar a quantidade de trechos navegáveis nas hidrovias já existentes e criar novas. Nas suas propostas, afirma que a sua fé norteia seus valores e preceitos morais, mas ainda assim defende que o Estado é laico. Também afirma que é contra “ideologias de gênero” e a legalização do aborto. Por fim, deseja valorizar as Forças Armadas, aumentando os investimentos, reestruturando os planos de carreira e elevando o efetivo e a remuneração. Por: Laura Kirsztajn
Quanto à saúde, Daciolo quer aumentar a transparência no gerenciamento do SUS e implantar plano de cargos e carreiras para os médicos da rede pública de saúde. Deseja aumentar o número de leitos de internamento e de UTI na rede pública e investirá na melhoria da infraestrutura, condições de trabalho e atendimento da rede pública de saúde. Pretende cortar integralmente os subsídios públicos destinados a planos de saúde privados. Na segurança pública o candidato pretende reestruturar o sistema penitenciário, dividindo os 11
Gazeta Vargas • Edição Eleições • Outubro de 2018
Ciro Gomes - Partido PDT Ciro se considera um “socialista democrático em permanente revisão”, sendo colocado pela mídia e sociedade como um candidato mais à esquerda, junto com Boulos e Lula. Economicamente, podese destacar que não é absolutamente contrário a privatizações, mas tem ressalvas, por exemplo quanto à Petrobras, que quer manter como estatal. Propõe a criação do programa Nome Limpo (cuja promessa de tirar os nomes das pessoas do SPC viralizou nas últimas semanas), a adoção de medidas para aumentar competição a entre bancos e reduzir os juros, a taxação de lucros e dividendos, o aumento de impostos para ricos e diminuição para classe média e pobres. Defende também uma reforma da previdência que mude para o modelo de capitalização (com contas individuais), bem como uma reforma trabalhista diferente da atual.
Defende também outros programas sociais, como o Prouni, o sistema de cotas e o Minha Casa Minha Vida. Tem propostas para a promoção dos direitos de minorias, como a população LGBT, mulheres e negros. Quanto à educação e saúde, quer implantar creches de tempo integral para crianças de até 3 anos, valorizar e ampliar o Ensino Técnico Integral, criar programa de redução da evasão, fortalecer instituições de pesquisa científica, reduzir as filas de espera para atendimentos, consultas, exames e cirurgias e investir em campanhas de prevenção de doenças. Por: Dominique de Mattos
É a favor de manter e aprimorar o Bolsa Família, que deve funcionar como uma porta de saída da miséria. Nascido em 30 de março de 1976 em Florianópolis, Nascido em terras paulistas, criado e consolidado do outro lado do país: é assim que começa a trajetória pessoal e política de Ciro Gomes, rodeada de cargos políticos de relevância, polêmicas e mudanças. Começou os seus estudos e militância no Estado do Ceará, onde cresceu, na cidade Sobral, e estudou Direito, na Universidade Federal do Ceará, em Fortaleza. Desde seus anos como universitário, embarcou em movimentos estudantis de esquerda, até mesmo os religiosos, como o Habeas-Corpus, ao mesmo tempo que auxiliou seu pai na sua candidatura como prefeito de Sobral. Ele volta para a cidade em que seu pai governa nos anos 80 ocupando o cargo de procurador da Prefeitura. Dois anos depois, entra na disputa política como deputado estadual, sendo eleito logo na primeira tentativa, em 1982, e reeleito em 1986. Sua carreira naquela década ainda não havia terminado: em 1988, sai do Legislativo para ocupar o cargo executivo como prefeito da capital cearense. Na metade do seu mandato, decide se candidatar para o governo do Estado e ganha logo no primeiro turno. Suas avaliações 12
positivas vindas da população cearense e comunidade internacional não pararam por aí, resultando em 74% de aprovação de governo estadual em 1994 e uma premiação da Unicef relacionada à redução da taxa de mortalidade infantil. Neste mesmo ano, Ciro sai do governo para assumir o cargo de Ministro da Fazenda, carreira que lhe rendeu a identidade controversa, sustentada até hoje, no aspecto econômico e pessoal. Isto vai desde decisões políticas consideradas polêmicas a uns processos por danos morais, calúnia e difamação. Após essa fase mais conturbada, Ciro Gomes vai estudar em Harvard e subsequentemente volta à política no Brasil. A volta, contudo, não foi tão exitosa: apesar de bem colocado, não chegou ao segundo turno nas corridas presidenciais de 1998 e 2002. Pelo menos, na sua última derrota, foi convidado a fazer parte do time de ministros do Lula dentro do Ministério da Integração Nacional por três anos (2003 a 2006). No seu último ano, foi eleito deputado federal no Ceará. Depois disso, sua carreira planou entre tentativas na Presidência, 7 partidos e atuação nas empresas do Estado brasileiro.
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Eymael- Partido DC União, estados e municípios. Advoga por medidas de aumento da eficiência da máquina pública, como a “redução drástica” do número de Ministérios existentes hoje. Saúde e Educação são pontos em que o presidenciável defende a oferta pública e universalizada. Na Educação, destaques vão para as propostas de municipalização do ensino fundamental (gestão feita pelos municípios, não pelos estados), a sua transformação em ensino integral e a introdução da matéria de Educação Moral e Cívica. Apresenta também defesa do acesso à cultura e do direito ao lazer. Em linhas mais gerais, promete combate à corrupção, apoio à pesquisa, ao esporte, à sustentabilidade e à inclusão de pessoas com deficiência.
José Maria Eymael nasceu a 2 de novembro de 1939 em Porto Alegre, RS, onde passou sua infância. Cedo, aos 12 anos, começou a trabalhar como auxiliar de tipografia. Com uma bolsa de estudos da Prefeitura de Porto Alegre, completou o Ensino Médio e, após, cursou filosofia e direito na PUC-RS. É advogado especializado em Direito Tributário e empresário. Quando jovem, militou no Juventude Operária Católica e foi um de seus líderes. Filiou-se ao Partido Social Cristão (PDC) em 1962 e graduou-se em 1963. Atuou também no movimento estudantil da PUC-RS e chegou a presidir o Centro Acadêmico da Faculdade de Filosofia. Um ano depois de graduado, foi para São Paulo em busca de emprego. Foi em 1985 que, pelo PDC, disputou sua primeira eleição à prefeitura de São Paulo. Apesar de ter perdido, essa data marca um importante fato da trajetória de Eymael, pois foi quando nasceu seu famoso jingle, usado até hoje em todas as campanhas que disputa. Tornou-se deputado federal em 1986, tendo feito parte da Assembleia Nacional Constituinte. Foi reeleito em 1990: em seus 8 anos de parlamentar, apresentou 56 projetos de lei e teve 2 aprovados. Depois desse mandato, vem disputando até hoje 14
diversas eleições, sem nenhuma vitória. Agora, em 2018, é a 5ª vez que o candidato pleiteia a Presidência da República. Sua trajetória partidária começou, como foi dito, no PDC, tendo passado pelo PDS e PTB e, então, retornado ao primeiro para concorrer em 1985. Depois de reeleito para deputado, teve breves passagens pelo PP e pelo PPR. Finalmente, fundou seu próprio partido em 1996, o PSDC, que hoje é apenas DC (Democracia Cristã).
A última proposta em seu plano de governo é chamada de transformação do Estado de “senhor” em “servidor”, que seria um Estado mais eficiente e justo. Para isso, estabelece prioridades como acesso universal à educação e à saúde, segurança, “obsessão pelo desenvolvimento” e igualdade de oportunidades. Seu plano, que contém 27 metas, em lembrança ao seu número de urna, encerra-se anunciando os valores de “Competência, Honra e Caráter” como os diretivos de seu governo. Por: Victor Coutinho
Dentre suas propostas de governo, apresenta forte foco na família e no resgate e proteção de seus valores éticos, colocando-a como uma das bases de preocupação da chamada Democracia Cristã. Tem relação com isso a sua proposta de criar o Ministério da Família. Eymael tem uma política econômica de apoio ao agronegócio, ao turismo e ao empreendedorismo, definida como uma política de desenvolvimento e de geração de empregos. É importante salientar sua defesa do direito à moradia e dos esforços para garanti-la a todos. Propõe também uma reforma tributária para reduzir carga, prometendo respeito à capacidade contributiva de cada um. Nesse âmbito, diz também ser necessária a reformulação do Pacto Federativo, redistribuindo encargos e recursos entre 15
Gazeta Vargas • Edição Eleições • Outubro de 2018
Fernando Haddad - Partido PDT
O paulistano Fernando Haddad nasceu em 1963 e atualmente é o candidato à presidência pelo PT. Ele ingressou na política ao se filiar ao partido em 1983; simultaneamente, formou-se em Direito pela USP, tornou-se mestre em Economia e Doutor em Filosofia. Além disso, também se encarregou da presidência do Centro Acadêmico XI de Agosto na metade da década de 80 e, já no final dos anos 90, começou a lecionar no departamento de Ciência Política da USP. Durante a prefeitura de Marta Suplicy, Haddad foi o subsecretário de Finanças e Desenvolvimento Econômico de São Paulo; após passar um período em Brasília como assessor especial do Ministério do Planejamento e Finanças em 2003, assumiu o cargo de Ministro da Educação entre 2005 e final de 2011. Após o período no MEC, Haddad foi lançado como candidato à prefeitura de São Paulo e ganhou as eleições de 2012 contra José Serra. Nota-se que o candidato mantém articulação com a vida acadêmica; por consequência, já publicou cinco livros de caráter socialista: “O Sistema Soviético”, “Em Defesa do Socialismo”, “Desorganizando o consenso”, “Sindicatos, cooperativas e socialismo” 16
e “Trabalho e linguagem.” No âmbito social, o candidato pretende ampliar o Bolsa Família e o programa Minha Casa, Minha Vida a partir do Plano Emergencial de Emprego – que tem como objetivo elevar a renda e criar novas oportunidades de trabalho. Haddad é contrário à privatização, principalmente, de setores financeiro e energético. Além disso, não compactua com a ideia de terceirização do setor público. Na área econômica, o político pretende reduzir o déficit e fazer uma cobrança tributária progressiva à camada mais rica da sociedade a fim de estimular o consumo e incluir as classes mais baixas no processo econômico. Propõe, ainda, cobrar mais impostos de bancos que não baixem seus juros. O candidato se posiciona contrário ao Teto de Gastos e à Reforma Trabalhista, pretendendo substituir a última pelo “Estatuto do Trabalho”, que garantiria mais poder aos sindicatos e acarretaria numa melhor organização dos trabalhadores de modo a aumentar, por consequência, a produtividade.
Sobre segurança pública, o político é contrário à legalização do porte de armas e pretende adotar políticas públicas voltadas a combater as desigualdades sociais das regiões menos favorecidas, o que seria essencial para redução da violência. Entre polêmicas associadas ao caso de Lula, Fernando Haddad se encontra em uma posição delicada sobre o que deve ser feito em relação à sua prisão, se eleito. Em entrevista à CBN, no dia 18 de setembro, o candidato afirmou pela primeira vez que não dará o indulto ao ex-presidente. Por: Letícia Vilar 17
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Geraldo Alckmin- Partido PSDB
O plano de governo do candidato Geraldo Alckmin, intitulado “Diretrizes Gerais” apresenta três pontos de foco, os “três brasis”. Estes pontos são: o Brasil da indignação, o Brasil da solidariedade e o Brasil da esperança. Antes de discutir as três diferentes versões do Brasil, o candidato estabelece como principais prerrogativas o combate à corrupção e ao Estado ineficiente. Também tem como ponto de partida um país justo. Tal concepção de justiça se pauta em iguais oportunidades entre os indivíduos, a qual deve ser garantida por uma educação pública de qualidade e programas sociais que assegurem uma vida digna. Avançando para o primeiro Brasil, de acordo com o plano de governo do candidato, o partido se compromete a combater a indignação do povo por meio da eliminação de privilégios. Nesse sentido, suas propostas para este problema residem principalmente na preocupação em promover uma reforma política, a qual tem como pressuposto o voto distrital; o saneamento dos ministérios, com o intuito de cortar despesas do Estado; desburocratizar os processos, num esforço de simplificar as regras e “garantir a segurança jurídica”; privatizar empresas estatais, a 18
fim de aumentar a eficiência da economia; e o apoio à revisão da Lei de Execução Penal, com o intuito de tornar mais onerosa a progressão de penas para infratores de crimes violentos. Em termos do Brasil da solidariedade, Alckmin tem o intuito de reduzir as desigualdades sociais a partir da melhora da educação, do acesso à saúde, do combate à violência e a promoção do respeito entre os indivíduos. As principais medidas apontadas neste ponto são: a integração de programas sociais de saúde e educação, para promover iguais oportunidades de fato e a digitalização de dados, a fim de criar um cadastro único para os usuários do SUS, o que aprimoraria a qualidade do atendimento.
produtividade do país; o desenvolvimento da indústria 4.0 em áreas nas quais o país possui protagonismo na ordem internacional; uma política externa próDireitos Humanos e valores democráticos, tendo como referência os “Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”; e o crescimento da economia de maneira sustentável, privilegiando a economia verde e o pensamento a longo prazo deste desenvolvimento. Por: Gabriel Freitas
Por fim, no que diz respeito ao Brasil da esperança, o candidato entende que o país precisa voltar a captar investimentos privados e gerar empregos, sendo estes dois fatores o ponto de partida para o combate dos problemas de desigualdade. As principais medidas propostas pelo candidato neste quesito são: o estímulo das parcerias entre as universidades, empresas e empreendedores, como um ponto de transformação da pesquisa e da tecnologia nacional, o que aumentaria as competitividade e 19
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Guilherme Boulos- Partido PSOL O partido incentiva discussões no Congresso acerca da LGBTfobia e questões de gênero, o que representa um marco essencial para redução da violência sofrida pelos grupos - sobretudo, em presídios - e sugere espaços especiais para transsexuais nesses locais. Ademais, permanece contra o porte de armas e pretende alterar as competências da Justiça Militar, de forma que crimes contra civis sejam julgados em tribunais comuns. Salienta a irregularidade no acesso como um dos maiores problemas educacionais. A política de cotas é bem vinda como medida inclusiva e o Plano Nacional de Educação depende de um maior investimento para que seja obtido o retorno desejado. Acredita que os programas do Estado que buscam colocar alunos em universidades privadas auxiliaram o ingresso no Ensino Superior mas pecaram na fiscalização da qualidade dos cursos; para isso, intenciona fortalecer a oferta de vagas na rede pública. Situa-se distante de Guilherme Castro Boulos, nascido em 19 de junho de 1982 na cidade de São Paulo, é o précandidato lançado pelo PSOL na corrida presidencial. A trajetória do ativista começou na política desde cedo: ao tornar-se membro integrante da UJC - União da Juventude Comunista - e, após um tempo, sair de casa para militar pelo MTST - Movimento dos Trabalhadores Sem Teto - em prol da democratização do acesso à terra, traçou caminhos pela esquerda nacional. É uma figura recém inserida na política, ao passo que nunca exerceu, de fato, qualquer atividade ou cargo nos poderes Legislativo e Executivo. Entretanto, foi colunista do jornal Folha de São Paulo durante 3 anos (entre 2014 e 2017) e é formado em filosofia pela Universidade de São Paulo. Em conjunto, o Partido Socialismo e Liberdade apresentou Sônia Guajajara, sendo ela a primeira candidata indígena já lançada para o cargo de vice-presidente no país. Economicamente, o plano de governo em questão segue um viés oposto ao desenvolvimentista: considera que não deve haver alianças entre trabalho e produção. Tem como base de análise um aumento da exploração do Brasil e da América Latina, promovendo manutenção na economia. Visa estatização de 20
panoramas de privatização, principalmente porque a “educação não é mercadoria, mas sim, direito”, e não é simpatizante com o Escola sem Partido. Em suma, é um projeto que frisa a pertinência das questões sociais concomitantemente à preocupação com um desenvolvimento econômico que favoreça a redução da desigualdade. Boulos possui uma visão para inclusão das minorias e as propostas por ele colocadas isso destacam, o que pode situá-lo como um candidato preocupado e cauteloso com o espectro democrático. Por: Camila Merino
empresas privatizadas, defende taxação de grandes fortunas e questiona a necessidade de uma reforma tributária, aspirando o atual peso dos impostos na vida do brasileiro. É favorável às reformas populares, posicionando-se contra as neoliberais em prol de uma melhoria de vida da maioria do povo. Reforma agrária e urbana são pautas relevantes do projeto, tendo em vista o já mencionado apoio ao MTST. Além disso, propõe investimentos em saúde, com pretensão de expandir e universalizar o acesso, de forma que o custo do SUS seja reduzido e a qualidade do serviço, visível. Pretende aumentar o financiamento nessa área, de 1,7% para 3% do PIB e utilizar recursos, caso necessário e solicitado por autoridade, para garantir o atendimento dos pacientes, seja em rede pública ou privada. Busca implementar políticas de inserção para a população, sustentando planos para a saúde da população negra e mulheres, sendo a descriminalização do aborto fundamento pertinente à questão de saúde pública. Já sobre a segurança pública, defende a desmilitarização enquanto visa a reformular a vigente proposta do Susp - Sistema Único de Segurança Pública -, o qual não promove a reintegração de presidiários, por exemplo. 21
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Henrique Meirelles- Partido MDB
Candidato pelo MDB nas eleições de 2018, Henrique Meirelles iniciou sua carreira política em 2002 como deputado federal pelo PSDB e, em 2003, renunciou para assumir a presidência do Banco Central - sendo o presidente mais longevo de sua história. Em 2016, foi nomeado ministro da Fazenda e, mais tarde, deixaria o governo de Michel Temer para lançar sua candidatura. Henrique Meirelles tem sua carreira fundamentada no mercado financeiro, mostrandose, nesse contexto, liberal diante de questões econômicas. Discursa acerca da desburocratização da economia, sendo contra a intervenção excessiva do Estado e a favor da livre iniciativa. Além de defender o controle rígido da inflação e das contas públicas, também luta por melhorias na qualidade de vida da classe média. Em relação a temas comportamentais, percebe-se que o candidato procura manter uma postura mais circunspecta. Quando questionado sobre a questão do aborto - proibido no Brasil por lei, exceto em casos singulares -, Henrique Meirelles alertou que “a primeira coisa a se fazer é respeitar a lei”. Diz-se apoiador dos direitos individuais, sendo 22
favorável ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e à liberação da maconha, principalmente no que tange seu uso para o viés medicinal. Seu vice é Germano Rigotto, ex-governador do Rio Grande do Sul e filiado ao MDB desde 1980. Entre 1983 e 2003 foi deputado estadual e federal e em 2002, venceu a eleição para o governo do Rio Grande do Sul. Por fim, em 2006, entrou na disputa para reeleição, mas acabou não vingando nem mesmo o segundo turno. O ex-ministro da fazenda acredita em medidas estruturais e no maior controle das despesas públicas, alegando que a promoção de empregos é o que pode promover a retomada da estabilidade do país. Na educação, o candidato considera de suma importância que os principais esforços nessa área devam ser voltados aos primeiros anos escolares. Ademais, Henrique Meirelles defende também propostas no sistema tributário e no sistema penitenciário. Por: Fernanda Sabino
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Jair Bolsonaro - Partido PSL preso”. Propõe ainda a criação de um panteão em memória aos policiais mortos em ação. Em matéria trabalhista, há a proposta da criação de uma carteira de trabalho “verde e amarela”, que daria ao trabalhador duas opções: fazer uso da carteira azul, na qual seu vínculo empregatício seria regido pela CLT, ou fazer uso dessa nova carteira, em que o contrato firmado iria prevalecer sobre a CLT. Na área de saúde, propõe o Prontuário Eletrônico Nacional Interligado e a carreira de Médico do Estado, para atender áreas remotas e carentes do país. Quanto à educação, estabelece um foco em melhorar a educação básica e o ensino médio/técnico, colocandose contra “doutrinação e sexualização precoce”.
Jair Messias Bolsonaro nasceu a 21 de março de 1955, em Campinas, SP, e passou a infância em Eldorado, cidade interiorana do mesmo estado. Foi aluno da Escola Preparatória de Cadetes do Exército, formou-se pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) em 1977 e cursou Educação Física pela Escola de Educação Física do Exército. Cursou também a Brigada de Paraquedismo do Rio de Janeiro. Em 1986, escreveu à revista Veja um artigo como parte de um protesto contra os baixos salários dos militares. Em 1987, um plano de atentados com bombas contra diversos quartéis pela mesma questão do reajuste salarial teria tido seu envolvimento como organizador. No ano seguinte, o Superior Tribunal Militar julgou-o inocente com relação ao envolvimento no plano, mas Bolsonaro foi condenado a 15 dias de detenção por ter infringido o regulamento do Exército ao escrever o artigo, dois anos antes. No mesmo ano, tornou-se reservista com a patente de capitão. É também no ano de 1988 que Bolsonaro começa a vida política como vereador do Rio de Janeiro, pelo PDC. Em dois anos, deixou o cargo para concorrer a deputado federal. Foi eleito e continuou no cargo até hoje, por sete legislaturas consecutivas. 24
Por fim, economicamente, põe prioridade em gerar crescimento, oportunidades e emprego. Há propostas de Reformas Previdenciária e Tributária, independência do Banco Central e privatizações. Seu programa de governo fala ainda de modernização e aprimoramento do Bolsa Família, bem como da instituição de uma renda mínima para todos as famílias, citando pensadores liberais como fonte de inspiração para a ideia. Por: Victor Coutinho
No cargo, foi autor de 162 projetos de lei, dois deles aprovados. Um dos dois projetos, aliás, foi o que permitiu o uso da fosfoetanolamina, substância que ficou conhecida recentemente na polêmica da “pílula do câncer”. Embora não coincidindo com as eleições, Bolsonaro também passou por sete partidos: PDC, PPR, PPB, PTB, PFL, PP, PSC e, por último, PSL, pelo qual concorre às eleições de 2018. Polêmicas, as declarações de Bolsonaro sempre geram grande rebuliço social por um lado e, por outro, conquistam simpatia do eleitorado conservador. Seu programa de governo faz forte defesa da família, liberdade e propriedade. Manifesta-se também a favor de compaixão e fraternidade. O programa é crítico do PT, do Foro de São Paulo, da esquerda e do que chama de marxismo cultural. Propõe um governo liberal-democrata e tolerância zero com criminalidade e corrupção. Defende ainda a diminuição do número de ministérios como medida de melhora na gestão pública. Quanto à segurança pública, palco das medidas mais incisivas do candidato, há propostas de acabar com saídas temporárias de presidiários em datas comemorativas e reduzir a maioridade penal para 16 anos, sob o slogan de “prender e deixar 25
Gazeta Vargas • Edição Eleições • Outubro de 2018
João Amoêdo - Novo
Com 55 anos de idade, João Dionísio Filgueira Barreto Amoêdo, ou, para os eleitores, João Amoedo, é um dos candidatos à presidência para as eleições de 2018, representando o Partido Novo, estreante nas eleições presidenciais. O candidato carioca tem formação em engenharia e administração e, antes de se dedicar à carreira política, teve cargos na administração de empresa, em bancos e na engenharia. João Amoêdo, assim como seu partido, enfatizam bastante o conceito de “ficha-limpa” e esse é um de seus carros-chefes na campanha eleitoral. O candidato aposta em sua experiência na administração privada e na incerteza das eleições para galgar um espaço na política. O candidato é um ferrenho defensor do liberalismo. Seu governo promete acabar não só com a corrupção, mas também com as dinâmicas de privilégios e mordomias conquistadas por políticos. Assim, suas propostos têm bastante apelo reformista. Dentre as reformas pretendidas estão a trabalhista – que, segundo o Amoêdo, merece mais atenção do que foi dado pela gestão de Michel Temer –; a previdenciária, considerando o atual sistema de 26
“privilégios e benefícios” completamente inviável; e a tributária, desonerando grande parte dos impostos sobre o consumo. Ainda, o candidato apoia a revisão do Estatuto do Desarmamento, sendo favorável à garantia individual do cidadão de ser possuidor de uma arma de fogo. O candidato declarou-se a favor, também, do teto dos gastos públicos e da manutenção de programas sociais como o Bolsa Família. Nesse sentido, o candidato é um dos que mais possui apoio do mercado brasileiro e internacional, embora suas chances eventualmente estejam minadas pelo descrédito na possibilidade de um novo nome surgir na política. Dentre alguns presidenciável, estão:
fatos
curiosos
sobre
O candidato dispõe de um patrimônio declarado de 425 milhões de reais: Amoêdo é o mais rico candidato a presidência para as eleições de 2018; O candidato foi envolvido em uma discussão sobre participar em algum ministério da gestão do candidato Jair Bolsonaro, do PSL. Em resposta, Amoêdo negou veementemente e demonstrou repúdio a tal possibilidade. Por: Gabriel dos Anjos
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Na última pesquisa eleitoral realizada antes da redação deste texto, Amoêdo possuía 2% dos votos, mas já chegou a atingir 3%; O candidato é um dos líderes da baixa rejeição: apenas 8%; 27
Gazeta Vargas • Edição Eleições • Outubro de 2018
João Goulart Filho - PPL
João Vicente Fontella Goulart, candidato do PPL, nasceu em 22 de novembro de 1956 no Rio de Janeiro. É filho de João Goulart (“Jango”), ex-presidente do Brasil. Seu pai, após ser deposto da presidência da República em 1974 pelo golpe militar, exilou-se no Uruguai, onde o candidato passou boa parte de sua infância e adolescência. O presidenciável morou também na Argentina e na Inglaterra, até que em 1979 voltou para o Brasil, participando da fundação do PDT de Leonel Brizola. É formado em filosofia pela PUC-RS e atualmente é escritor e presidente do Instituto João Goulart, feito para homenagear seu pai.
Mostra-se crítico da participação de entidades privadas de saúde no SUS.
Em 1982, foi eleito como deputado estadual do Rio Grande do Sul pelo PDT. Foi presidente da Iterj (Instituto de Terras do Rio de Janeiro) durante o governo de Marcelo Alencar, em 1998. Ainda, assumiu a Subsecretaria de Agricultura na gestão do governador Anthony Garotinho. Em julho de 2017, o candidato decidiu sair do PDT para o PPL, que afirmou ter escolhido por causa das bandeiras nacionalistas que defende.
Defende a adoção de política sociais de combate às desigualdades sociais em conjunto com a implementação do Sistema Único de Segurança Pública e de comitês de gestão.
O candidato é contra a privatização de empresas estatais, especialmente as do setor de energia. 28
É a favor do Bolsa Família e defende retomar a reforma agrária proposta por seu pai, João Goulart, poucas semanas antes do golpe militar de 1964. Com isso, quer conciliá-la com uma reforma urbana - um programa de desapropriação de imóveis inutilizados para abrigar famílias sem teto. Foi contrário às reformas trabalhista e da previdência, apresentando como solução a cobrança de empresas devedoras para contornar o déficit, bem como foi contra o teto dos gastos públicos.
Sua política econômica prevê investimento público como motor da retomada do desenvolvimento, taxar grandes fortunas e lucros de acionistas, forçar a redução das taxas de juros e criar mecanismos protecionistas para cobrar produtos vindos do exterior. Por: Laura Kirsztajn 29
Gazeta Vargas • Edição Eleições • Outubro de 2018
Marina Silva - Rede No campo da educação, Marina Silva quer aumentar a oferta de creches para crianças de 0-3 anos e universalizar a educação infantil (entre 4 e 5 anos), o que cita como uma política que também permitirá maior inserção de mulheres no mercado de trabalho. Defende enfrentamento ao analfabetismo, ensino de linguagens artísticas, valorização do ensino técnico e combate à discriminação nas escolas. Já no ensino superior, propõe ampliação do acesso à universidade e manutenção da política de cotas. Quer reduzir o número de crimes violentos e combater o crime organizado, apresentando também propostas como uma política nacional de penas alternativas, política de reinserção social de presidiários e melhoria das condições físicas e operacionais dos presídios. Apoia o Bolsa Família e diz que serão estudadas as possiblidades de um programa de renda mínima universal. Defende os direitos humanos e reconhece a necessidade de medidas específicas voltadas à Maria Osmarina Marina Silva Vaz de Lima nasceu a 8 de fevereiro de 1958, numa comunidade chamada Seringal Bagaço, na zona rural de Rio Branco, capital do Acre. Seus pais, um seringueiro e uma dona de casa, tiveram 11 filhos, 3 dos quais morreram. Quando, aos 16 anos, mudou-se para a área urbana de Rio Branco por questões de saúde (teve leishmaniose e, por diversas vezes, malária e hepatite), foi alfabetizada no Mobral, um programa do governo militar para alfabetização de adultos. 10 anos depois, concluiria sua licenciatura em História na Universidade Federal do Acre.
Branco; em 1991, deputada estadual; em 1994, senadora, a mais jovem da história republicana aos 36 anos de idade. Seu mandato, sempre permeado pelo ambientalismo, teve continuidade com uma reeleição em 2002, no mesmo ano em que passou a integrar o Executivo, assumindo o Ministério do Meio Ambiente do governo Lula. Por causa de desentendimentos internos, deixou o cargo em 2008 (e o PT em 2009) e retornou ao Senado, para continuar seu mandato até o fim, em 2011. Concorreu à presidência nas eleições de 2010 e 2014 (pelo PV e pelo PSB, respectivamente), nas quais conseguiu sempre o 3º lugar.
Na época em que viveu em Rio Branco, dedicouse por um tempo à vida religiosa, morando num convento onde estudava para ser freira. Foi, contudo, envolvendo-se cada vez mais com a luta social, até que conheceu o seringueiro e ativista Chico Mendes, ao lado de quem passou a lutar contra o desmatamento da Amazônia. Ambos ajudaram a formar a Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Acre e trabalharam em conjunto até o assassinato de Chico Mendes.
Como pauta de fortalecimento e resgate de confiança da democracia, seu plano de governo para as eleições de 2018 apoia e propõe candidaturas independentes, facilitação de leis de iniciativa popular, fim da reeleição para o executivo, fixação de mandatos em 5 anos, dentre outras. Outras medidas de destaque são o fim do foro privilegiado e da possibilidade de aplicar aposentadoria compulsória como pena para juízes e procuradores. Em matéria de saúde, defende o SUS e propõe uma reforma para ampliá-lo e melhorar sua gestão. Dá destaque ainda para a garantia de atendimento adequado às populações LGBTI e às mulheres.
Em 1986, candidatou-se a deputada federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT), mas não conseguiu a cadeira. Em 1989, tornou-se vereadora em Rio 30
proteção de minorias. A pauta ambiental tem centralidade no seu plano de governo. Apresenta defesa do bem-estar animal e da coibição de práticas que levem ao seu sofrimento, seja em atividades produtivas ou de pesquisa. Quer também estabelecer medidas de mobilidade urbana, transporte público, energia limpa, planejamento urbano, saneamento básico e cole de lixo com vistas ao desenvolvimento de cidades sustentáveis. Toda sua política econômica é também estabelecida visando ao desenvolvimento sustentável. Por fim, não é contra privatizações, mas estabelece a possibilidade de fazêlas, analisando caso a caso, embora já postule que não privatizará Petrobrás, Banco do Brasil e Caixa Econômica. Por: Victor Coutinho
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Gazeta Vargas • Edição Eleições • Outubro de 2018
Vera Lúcia - PSTU
Vera Lúcia Pereira da Silva Salgado nasceu em Inajá, Pernambuco, em 12 de setembro de 1967, e passou a sua infância na periferia de Sergipe. Seu primeiro emprego foi aos 14 anos de idade, ocupando as funções de garçonete, datilógrafa e escriturária. Aos 19 anos, passou a trabalhar na indústria de calçados, quando virou militante do movimento sindicalista. A candidata foi filiada ao PT em 1992, sendo expulsa do partido no ano seguinte, por integrar a Convergência Socialista (ala dissidente do PT). Assim, em 1994, fez parte da fundação do PSTU, cujo presidente é o metalúrgico José Maria de Almeida. Almeida costumava ser o candidato do partido às eleições presidenciais, até que em 2018 optaram por Vera Lúcia. A candidata é formada em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Sergipe (2016), atua como educadora sindical pelo Instituto Latino Americano de Estudos Sócio-Econômicos e é presidente do diretório estadual do PSTU de Sergipe. Foi três vezes candidata à Prefeitura de Aracaju (2004, 2008 e 2012) e também se candidatou a deputada federal em 2006.
de empresas estatais, defendendo a estatização das maiores empresas privadas. Apesar de ser a favor do Bolsa Família, considera que o programa é uma pequena concessão aos trabalhadores. Defende um salário mínimo estimado em R$3.800,00 por mês, igual ao estabelecido pelo Dieese como mínimo ideal para uma família de quatro pessoas. É contrária às reformas da previdência social, trabalhista e o teto dos gastos públicos, sendo à favor de fazer a reforma agrária e acabar com a propriedade privada. Quanto à política econômica, propõe que o Brasil deixe de pagar os juros da dívida pública e aplique o dinheiro em um amplo programa de obras públicas. Ainda, defende a revogação da Lei de Responsabilidade Fiscal e proibição das remessas de lucro para o exterior. Por fim, defende uma revolução para que os trabalhadores assumam o poder do país, entendendo que o PSTU é o único partido de esquerda que luta verdadeiramente pelo direito dos trabalhadores. Por: Laura Kirsztajn
Dentre seus posicionamentos, é contra a privatização 32
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