QUEMSOMOS?
EXPEDIENTE
ORGANIZADORES
AndréHeemann
AnnaCecíliaSerrano
BeatrizGarcia
LaísdeOliveiraAlvarez
MarinaMello
MelissaRadde
MônicaTakehara
SofiaNishiokaAlmeida
ThomásDanelon
DIREÇÃO
BeatrizNassar
Editora-chefe
BrunaBallestero
REDAÇÃO
AnaCristinaRodriguesHenrique
AnaLuisaIssyCarvalho
BeatrizAlmeida
GiselleLinhares
JoãoPedroFernandes
LíviaRozada
LuísdePaulaEduardo
MariaEduardaFreire
PedroAugustoCastellaniRolim
RafaelDizMotooka
SofiaNishiokaAlmeida
ThomásDanelon
VictoryaNahurPimentel
Presidente REPORTAGEM
ArthurD'Antas
ArthurQuinelloSantos
GabriellePark
GiovannaLopes
ARTES
LaísdeOliveiraAlvarez
DiretoradeArte
GiuliaLauriello
XinYanZhou
REVISÃO
AnnaCecíliaSerrano
DiretoradeRevisão
AndréRhinow
ArturSantilli
FernandaAbdo
GabrielaVeitBarreto
GuilhermeCaruso
JoãoRafaelColleoni
LucasTacara
RELAÇÕESINSTITUCIONAIS
AliceFurlandeRezende
DiretoradeInstitucional
EllenCarolineBocchi
MarinaMello
AndréHeemann
DiretordeGestãodeProjetos
JulianadeOliveira
LuisaMartinelli
SerenaLanças
JoãoPedroFernandes
DiretordeMarketing
BrenoGiuncoZanchetta
MelissaRadde
MônicaTakehara
DiretoradeRecursosHumanos
MariaClaraAbelhaFuturo
A vontade inicial de fazer um periódico veio da nostalgia que sentimos ao vasculhar dezenas de edições antigas da Gazeta Vargas que estão arquivadas na nossa salinha na EAESP. O jornal da FGV existe desde 1988, quando ainda era um braço do Diretório Acadêmico, e nem sempre esteve presente no ambiente virtual No lugar de publicações diárias na internet, a entidade toda se dedicava a produzir um jornalzinho por mês
Diferente das revistas físicas temáticas, que a Gazeta voltou a publicar em 2022 com o fim do ensino remoto, o objetivo desses periódicos era informar os alunos da faculdade a respeito de notícias mundiais, como o início da Guerra do Iraque em 2003 (ed 39), e da vida na GV, como a relação completa das despesas do DA (ed. 27). Ao trazê-los de volta, buscamos conquistar um espaço maior na vida dos alunos. Queremos falar de vocês e atender aos seus pedidos. Será que o gvniano quer ler? Sobre o que quer ler? Nossas publicações de maior sucesso indicam que gostamos de ler sobre nós mesmos.
Aperfeiçoar a confecção desses periódicos significa aumentar progressivamente a frequência com que eles serão publicados Querendo ou não, esses jornaizinhos se tornarão registros do nosso tempo na faculdade, preciosidades para serem lidas por outras turmas de calouros da mesma maneira com que consumimos e adoramos as histórias daqueles que vieram antes de nós
O Instagram e o site da Gazeta Vargas são os meios de comunicação mais usados para a divulgação de textos e outros projetos criativos da entidade, não por acaso. Sem eles, não conseguiríamos produzir conteúdo com a mesma praticidade e velocidade com que fazemos hoje. Até porque, para a nossa surpresa, produzir conteúdo impresso é muito mais difícil do que costumava ser antigamente. Ninguém tem noção de quantidade de exemplares, de gramatura de papel e muito menos de preço de impressão como antes É como se a leitura impressa tivesse se tornado algo desconhecido até àqueles que escrevem e criam, o que, para nós, é assustador Este periódico é uma tentativa de recuperar o conhecimento que foi perdido
Gostaríamos de agradecer a todos que tornaram isso possível: aos membros da entidade que doaram seu tempo e empenho ao projeto, em especial André, Thomás, Sofia, Marina, Mônica, Anna Cecília, Laís e Mélissa; aos nossos patrocinadores, o Centro Acadêmico de Direito, o Diretório Acadêmico, a Nice Cópias da Rua Rocha e o Rockafé, que acreditam no papel da Gazeta como veículo midiático; e a você, aluno da GV, a quem dedicamos estas páginas que tem em mãos.
Boa leitura!
Beatriz Nassar - Editora-Chefe Bruna Ballestero - Diretora-PresidenteMANUALDAGV
Confusões de início de faculdade
Ao entrar na faculdade, a quantidade de novas informações pode ser bem assustadora. Parece que vai ser impossível algum dia compreender aquela quantidade de burocracias Mas não se desespere!
Pensando na situação dos bixos e bixetes da FGV de 2023, a Gazeta Vargas preparou um pequeno guia parafacilitaravida
Primeiramente, você deve saber que, no início de cada semestre, você deverá realizar sua rematrícula A secretaria manda as informações durante as férias e, para além das disciplinas obrigatórias, você poderá escolher, em futuros semestres, disciplinas eletivas. A FGV São Paulo possui diferentes escolas, sendo elas a EAESP (Administração Pública e de Empresas), a EDESP (Direito), a EESP (Economia) e a FGV RI (Relações Internacionais). Cada escola fornece determinadas eletivas e algumas delas são disponibilizadas para os alunos de outros cursos também. Para se formar, cada uma das escolas determina quantos créditos de eletivas você deverá ter, informação que pode ser consultada no Aluno Online,naseçãoLevantamentoAcadêmico.
Além de eletivas e matérias obrigatórias, é preciso ter certa quantidade de horas de atividades complementares para conseguir se formar O número exato também pode ser consultado no Aluno Online. A ideia é que você se engaje em atividades que não somente as aulas ao longo de sua graduação: entidades, times de esporte, projetos de pesquisa, entre outras Para validar essas horas, é preciso enviar um certificado de horas complementares na mesma plataforma e, no caso dos alunos de Direito, um breve relatório sobre a sua experiência
Sejamuitobem-vindoàFundação!
Não é à toa que a FGV é uma faculdade de renome… Todo gvniano sabe como a cobrança aqui dentro é alta, e que as diversas horas dedicadas aos estudos fazem parte do dia a dia de todos na Fundação. Mas não se desesperem! Aqui vão algumas dicas especiais que a equipe da Gazeta separou para que vocês possam passar por tudo isso com(umpoucode)tranquilidade.
A FGV possui uma grande quantidade de monitores responsáveis por ajudar os alunos em diversas matérias, não apenas nas monitorias que ocorrem semanalmente na maioria dos cursos, mas também fora dos horários de aula. Nossa dica é aproveitar esse recurso ao máximo, tirar todas as dúvidas com os monitores, participar das monitorias e pedir aquela ajuda nos trabalhos finais, que, vamos combinar,ésempremuitobem-vinda!
Outra dica legal é criar grupos de estudos com outrosalunosdasuasala(masnãoosconfundacom os GEs oficiais de alguns cursos!) Além de ser um bom jeito de conhecer pessoas novas, também é ótimo para tirar dúvidas, revisar matérias e organizar acargadeleituraobrigatória,quemuitasvezespode ser demais para uma pessoa só. Aqui também é válido ressaltar que os fichamentos dos textos são sempre os melhores amigos do gvniano, por isso, tente fazê-los sempre que ler um texto importante, anotando os pontos principais trazidos pelos autores, o que pode te ajudar muito em trabalhos futuros
Por fim, é bom ressaltar que a vida universitária vai muito além da parte acadêmica ela também é fundamentada por todas as conexões que você criará aqui dentro Nesse sentido, participar de entidades é sempre uma boa ideia! Além delas te ajudarem a desenvolver diversas habilidades importantes para a sua vida pessoal e profissional, também são um ótimo jeito de conhecer novas pessoas, especialmente aquelas que fazem outros cursosnaFGV Sevocêquisersabermaissobrequais são as entidades existentes na FGV, vale a pena checar o Instagram da LIDEN (Liga de Entidades FGV) o@lidenfgv ouconversarcomseuscole-
gas sobre as entidades de que eles participam e têm interesse. Outra maneira clássica para entrar em contatocomasentidadeséiraFeiradeEntidades evento semestral no qual os membros apresentam suasentidadesparacuriososecolegasempotencial!
Festas Semestrais da FGV
BARDOSBIXOS
O Bar dos Bixos é uma festa que ocorre sempre início do semestre, para dar as boas-vindas a calouros. A última edição foi realizada junto com alunosdaESPM,doInsperedaPUC-SP
CHURRASDEDIREITO
O Churras de Direito é uma das festas mais tradicionais para o gvniano Organizada pelo Centro Acadêmico da escola de Direito (EDESP), é a única festasemprerealizadanobairrodaFGV,aBelaVista, alémdeseraúnicacomopencomida Todogvniano precisa,pelomenosumavez,experimentaromelhor churrasdaBelaVista!
GVJADA
Essencial na vida de todo gvniano, a Gvjada é definitivamente a festa mais tradicional da FGV. Ocorre, geralmente, em março e agosto É o momento perfeito para usar a grife da GV e se orgulhardeserdaFundação!
BOTA FORA
Todo fim de semestre, temos o Bota Fora É um evento para se despedir da faculdade com chave de ouro antes das férias Com open bebidas, é a melhor maneira de comemorar o fato de ter sobrevivido a maisumsemestrenaFGV.
GIOCONDA
Outra festa importante da FGV é a Gioconda. Esse é um evento em que as pessoas vão um pouco mais arrumadas, sendo uma festa mais cara e com uma estrutura maior no semestre passado, tiveram dois palcos diferentes com apresentações simultâneas, para que os presentes escolhessem o que ouvir. O preço do ingresso é salgado, mas vale a pena!
Contas que todo gvniano deve seguir no instagram
@dagetuliovargas
Conta oficial do Diretório Acadêmico (DA), que cobre os cursos de Administração Pública e de E e o curso de Economia Você pode a ar todos os projetos, eventos e c osrelacionadosaEAESPeaEESP.
@dagv.ap
al da área do DA destinada aos alunos de A çãoPública
@dagv.eesp
al da área do DA destinada aos alunos de E
@dagv.cultural
área Cultural do Diretório Acadêmico, na q pode acompanhar os projetos e eventos c omovidospeloDA
@cadireitogv
Conta oficial do Centro Acadêmico de Direito. Os alunos podem acompanhar todos os projetos, palestras, comunicados e eventos promovidos pelo CA. Para se preparar para o Churras, é sempre bom checaroinstadoCA
@carifgv
al do Centro Acadêmico de RI, na qual os a podem acompanhar os projetos, c doseeventospromovidospeloCA
@giocondavenuta
steiros, essa é a conta oficial da área de e o DA, na qual você pode encontrar informações sobre as festas do momento e também sobre festas passadas. Fiquem atentos para não perderasmelhoresfestas!
Contas que todo gvniano deve seguir no instagram
@jacarefgv @fgvspotted
Instagram oficial da Associação Atlética Acadêmica Getulio Vargas (AAAGV), também conhecida apenas como “atlética” Nessa conta, a atlética divulga informações sobre os times e os esportes, e também s gos universitários e as festas organizadas p
F ressado em alguém da GV e não sabe q O spotted está aí para isso! O propósito principal é mandar fotos de alunos da GV para descobrir quem são, mas muitas pessoas também usam o spotted para pedir informações ou tentar encontrar itens que perderam Ao segui-lo, você p mpanhar tudo que está acontecendo na F rsabendodealgumasfofocas).
@shokitos bar
O s (ou Shok’s) é o bar e restaurante mais p a vida dos gvnianos Além de ter bons la um buffet de almoço, é o palco de vários eventos e encontros dos alunos da FGV. O Shokito’s f ado na Av Nove de Julho, nº 1949, a a unsmetrosdaEAESP
@apafgv
(Amor Preto e Amarelo) é a torcida u a que apoia os atletas gvnianos, estando p os principais eventos, como festas e jogos u os, sempre representando o gvniano e o a Fundação
@gazetavargasfgv
E,porfim,aqueridarevistaestudantiloficialdaFGV
A Gazeta Vargas é um espaço de expressão artística e jornalística, além de publicar conteúdos sobre a vida e os acontecimentos da nossa faculdade Para quem quer se manter informado e ter um pouco de cornasuarotinanaFGV,aGazetaéolugarcerto
OslanchesdoRockaféanalisados C
omida é a coisa mais importante das coisas importantes Deus, dentre outras coisas, é também aquele que nos colocou no mundo para desfrutar de belos lanches, sucos, refeições completas e sobremesas Dada essa postulação, é preciso haver um debate rigoroso sobre o ato de comer dentro da FGV.Ora,passamosamaiorpartedosnossosdiasna Fundação, e não será incomum você se ver na situação de ter que realizar a valiosa "boquinha" Por isso, esse pequeno guia veio para mostrar as principais opções do nosso Rockafé a lanchonete presente em todas as escolas da FGV , para que você, nosso querido leitor, faça uma escolha consciente de como se alimentar nesse estabelecimento que poderia ser descrito como, abreaspas,"umencontrodorocke,nãoobstante,do café",fechaaspas Confira:
Disclaimer: a Gazeta Vargas tem um compromisso com o corpo discente da Fundação, e, por isso, é necessário fazer a observação de que os preços praticados nos estabelecimentos dentro da FGV estão além do observado pela Convenção de Genebra, e, portanto, cabe nestes uma boa redução Oavisofoidado!
MÉDIA
O famoso café com leite ou latte, se você for colonizado é uma ótima opção para começar. Naquelas horas da manhã quando você já entregou os pontos, uma média cai muito bem para dar um choque de energia em você, aluno descompromissado que dormiu às 03:31 do dia anterior e que envergonha seus pais diariamente Acompanhadoissachêsdeaçúcar.
CROISSANTDEPRESUNTOEQUEIJO
Tocando os clássicos A combinação presunto e queijo é daquelas que apenas muita incompetência é capaz de estragar. Não é o caso. O croissant de presunto e queijo do Rockafé joga seguro um críticomaispedantediriaquejogasegurodemais , e garante os pontos facilmente. A massa envolve a dupla dinâmica sem medo e nunca atrapalha a magiadessaparceriatãoclássica
NOTA: 9/10
NOTA: 8.5/10
GAZETA VARGAS
SUSHI
O público mais fresco da Fundação pode criticar, mas a verdade é que o sushi gvniano é muito do digno Uma bandeja simples, mas que cumpre o seu propósito mais elementar: matar a fome em momentosdecurtasrefeições Coloquedoislitrosde shoyuesejafeliz
CROISSANTDECHOCOLATE
O Messi dos salgados O 2001: Uma Odisseia no Espaço dos lanches doces O Brasil de 1970 dos alimentos superfaturados. Seja qual for a definição, o croissant de chocolate é inegavelmente o craque desse jogo que chamamos de vida Quentinho, com uma massa delicada e um recheio matador, é uma opçãosemerroeumcaminhosemvolta(mesmo!)
NOTA: 8/10
MOUSSEDECHOCOLATE
É sabido que apenas um sentimento movimenta os afetos do brasileiro nas tardes de semana: a vontade de comer um docinho depois do almoço. Para saciar um desejo tão primitivo, o mousse de chocolate do Rockafé, com suas delicadas notas de chocolate da Normandia mescladas com um sutil sabor de café colombiano, é uma grata surpresa que vale ser experimentada
NOTA: 10/10
NOTA: 9/10
Festasuniversitáriaseoescapismo emmeioàrotina
Em um rápido questionamento a qualquer vivenciador da experiência universitária brasileira, percebe-se uma unanimidade no papel importante que as festas universitárias desempenham Com música alta e bebidas baratas, essas festas são um ingrediente indispensável à receita dos melhores anosdenossasvidas
Por mais que cada uma delas exija uma enorme preparação logística e um grande trabalho dos seus diversos envolvidos, toda a organização é paradoxalmente feita para incentivar o mais puro caos
Em uma vida tão programada, tão estressante e tão exigente, na qual somos constantemente cobrados pelas demandas universitárias e profissionais que nos cercam, o caos das festas universitárias serve como um contraponto a toda a ordem imposta às nossas rotinas Em um ato de rebeldia, elas nos alegram,nosanimam,nosdeslocamparaumaoutra realidade na qual nossas preocupações são esquecidas e, como uma forma de escapismo, nos imergimos em um ambiente inóspito que nos confortaenosfazsentirbem.Porummomento,não ligamos mais para o próximo prazo, a próxima prova ou o próximo trabalho Nos entregamos ao mais completo caos dentro do que nos é possível, pois, no dia a dia, nosso prazer torna-se programado, contabilizado,limitado
Por um instante, nos esquecemos de tudo que nos rodeia e nos sentimos abraçados Nos sentimos abraçados pela batida de uma música pobre, com uma letra superficial que nos envolve em seu grave mal-regulado na caixa de som e satisfeitos pelo sabor de uma bebida ruim, com um gosto desgostoso e uma composição duvidosa Nos sentimos atraídos pelos designssimples dos abadás, mal costurados e que dificilmente sobrevivem a um Economíadas inteiro sem suas marcas de guerra, além de presos ao chão grudento, molhado e, por vezes, lamacento, que dá fim aos já mais destruídos tênisdonossoarmário
Rodeados pelo caos, estamos certos de que não queremos mais nada nesse momento. Apenas queremos fugir do que nos persegue, nos esmaga, nos encurrala Queremos fugir de qualquer sinal de ordem possível para encontrarmos o contraponto necessárionanossarotina
As festas universitárias não nos fazem esquecer apenas da rotina, mas também de todas as mudanças à nossa volta Em um momento, estamos na escola, adquirindo o máximo de conhecimento sobre diversas áreas com o intuito de nos tornarmos pessoas melhores, mais instruídas, mais competentes e mais civilizadas Uma generalidade de temas nos forma como cidadãos e sana nossa curiosidade, fomentando nosso crescimento Repentinamente, estamos na faculdade, e todo o conhecimento que nos é passado tem apenas o intuito de nos servir profissionalmente Não existe maisaconstruçãodeumcidadãocivilizado,massim de um profissional competente capaz de desempenhar o que é exigido no mercado de trabalho
Durante todo esse processo de adaptação, nos encontramos repletos de dúvidas: questionamos o nosso propósito, as nossas ambições e o nosso futuro. Não sabemos o que somos e se vamos nos tornar o que queremos Por trás das mudanças mais procedimentais e visíveis da vida escolar para a vida universitária, há também uma mudança metafísica. Repensamos o sentido de tudo o que fazemos e tentamos ter a certeza de que tomamos a melhor decisão sobre algo que irá nos impactar pelo resto dasnossasvidas
Essas festas não aparecem apenas como um desafogo para a rotina, mas também como um escapismo de uma vida exigente e uma dose relaten
xante de prazer em meio a tantas preocupações e questionamentos. Com tantas decisões difíceis com que nunca nos deparamos antes e que, muitas vezes, não temos a maturidade para tomar, buscamos, na maior futilidade, esquecer de tudo por um momento e nos concentrar no gosto de uma bebida extremamente doce e na batida de uma músicaruim
Mais do que um simples prazer momentâneo ou uma alegria fugaz, as festas universitárias fazem parte da nossa vida por serem, em sua futilidade, uma válvula de escape necessária para que consigamos suportar todas as mudanças que acontecemànossavolta.
Casa
Desde pequena, sempre mudando de lugar, aprendi a chamar qualquer lugar de casa Já no primeiro dia de viagem com a família, voltar para o hotel era “voltar para casa”; ir para a casa de meus avós, onde estávamos hospedados, depois de algum passeio, era “voltar para casa”; o Airbnb da praia, após mergulho no mar, era "voltar para casa". Bastava que estivéssemos todos juntos, a família reunida, e era uma casa, um lar.
Ao entrar na faculdade, mudei de cidade e de apartamento. Minha família não veio junto e eu tive o desafio de montar uma casa só. Acho que fui mais ou menos bemsucedida Gosto de voltar para lá depois da aula, de cozinhar no meu apartamento e me orgulho quando a casa está limpinha depois de uma faxina bem-feita Até sinto falta dali quando estou de férias, de volta à casa dos meus pais
Mas a casa de São Paulo não é bem a minha casa Não tem provocações com os meus irmãos, nem o beijo da minha mãe ou o abraço do meu pai É bom ter tudo isso de volta nas férias e feriados, mesmo que temporariamente. O que dói é saber que vai ser sempre assim, cada vez mais assim: voltar para a casa dos meus pais apenas como uma pausa na minha vida de adulta. Olha só, já é a casa dos meus pais, não a minha casa.
"Bastavaqueestivéssemostodosjuntos,afamíliareunida,e
SerGV
Apesar de sermos gvnianos, muitas vezes a Fundação Getulio Vargas (FGV) se mostra como uma incógnita para nós A fim de resolver esse mistério, a Gazeta Vargas decidiu investigar como aqueles que voam alto no escalão administrativo enxergam nossa querida faculdade A seguinte entrevista foi conduzida pelo nosso repórter Arthur D’Antas com Cibele Franzese, coordenadora do CursodeAdministraçãoPúblicadesde2019
GAZETA VARGAS: Há algum episódio que marcouahistóriadafaculdade?
Eu acho que os alunos são muito empreendedores, porque eles fazem as coisas acontecerem aqui. Na FGV-EAESP, a gente teve um grupo de alunos que criou um cursinho popular, porque eles estavam inconformados por não verem pretos e pardos na faculdade Por exemplo, as nossas duas primeiras turmas de Administração Pública (AP) eram muito brancas. Hoje, o cursinho tem mais de 200 alunos. Isso é muito legal! Antigamente, praticamente todos os alunos do cursinho iam para AP, mas a gente resolveu conversar com o pessoal que o cursinho não era só para AP, o cursinho é para os alunos escolherem o que eles quiserem da vida Hoje, temos muitos alunos desse cursinho popular que vão para áreas de engenharia, Letras, etc É um projeto muito bonito e que foi construído principalmentepelosalunosdeAP
GAZETA VARGAS: Recentemente um aluno visitante da FGV colou no quadro de mensagens do DA um papel com a seguinte frase“APnãoéGV”.Oquevocêteriaparafalar sobreisso?
GAZETA VARGAS: O que caracteriza a GV? O quevocêacreditaqueoscursosdaFGVtêmem comum?
Tem uma coisa que nós temos que é essa ideia de comunidade gvniana Os alunos criaram uma comunidade que preza muito pela cultura das entidades estudantis e isso é realmente muito legal É uma maneira de criar autonomia e uma sensação de pertencimento, o que desenvolve muito a capacidadedeaprenderaaprender Umaespéciede ser o empreendedor de si mesmo Seja em um Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), em uma monitoria, dentro de uma entidade, fazendo um estágio em algum lugar incomum ou mesmo um intercâmbio e tendo que se virar para fazer um crowdfunding. Enfim, acho queissosãoosnossosalunos
A gente escuta isso muito Esses dias, nós estávamos vendo umas fotos de formatura para fazer um painel aqui e tinha uma plaquinha escrito “AP não é GV” Eram os próprios meninos tirando sarro É verdade que a gente tem uma cultura bem diferente do curso de Administração de Empresas, e isso é muito natural A cultura da Administração Pública é diferente da de empresas É a mesma coisa que pegar o CEO de uma empresa e um presidente de um país Quando você está na faculdade, essa rivalidade é mais aguçada, como se fosse um Economíadas A coordenação dá muita risada disso, né? Nós até achamos que durante as eleições isso pudesse ser mais complicado, porque é o momento em que os ânimos ficam mais acirrados e tal. A gente acompanha isso com um pouco de cuidado, mas nunca aconteceu nada E, no fim, AP é GV desde 1969, mesmo que a escola se chame Escola de Administração de Empresas de São Paulo. Então nós achamos que isso é simplesmente uma meraprovocação CoisadeEconomíadasmesmo
GAZETA VARGAS: A pergunta que não quer calar:oalunodeAPteráemprego?Setiver,ésó noprimeirosetor?
Ótima pergunta, AP vai ter emprego? A última estatística que nós temos aqui: 95% dos egressos do último ano estão empregados Não é só no primeiro setor. Isso eu digo com pesar, porque dos 95% que estão empregados, 16% estão no primeiro setor e a gente gostaria que fosse até mais Esses outros 5% são alunos que estão estudando, porque querem mestrado, doutorado e acabam indo para a área acadêmica Então, é difícil, muito difícil mesmo, encontrarmos um aluno sem trabalho. Tem alunos passando em processos de trainee dificílimos, com mais de 13000 candidatos A gente tem até ficado assustado, mas eles vão e passam. São processos quedemoram8meses Nóssabemosqueissonãoé
muito simples de um calouro entender, mas não temos tido arrependimentos com as escolhas dos alunos
GAZETAVARGAS:Sevocêtivessequedizeralgo aoalunodaFGV,oqueseria?
Eu diria que aproveite muito o curso Faça as leituras, porque esse é um momento de aprendizado Aproveite as conexões que você faz na faculdade A FGV é uma escola de excelência Você vai conhecer pessoas incríveis aqui e vai fazer conexões muito importantes, vai conhecer professores excelentes com uma ótima formação A escola te abre muitas portas Realmente, você está em um ótimo lugar e esse é o começo de um excelente futuro profissional. Então, abaixa a ansiedade agora, porque vai dar certo! Vai dar bom, comcertezavaidarbom!
Osdiassãolongoseosanoscurtos
Sempre ouvi que os anos parecem passar cada vez mais rápido ao crescermos Quando era pequena, essa parecia ser só uma típica expressão que os adultos usam com uma criança que, ao olhar para o futuro, indaga "Falta muito?” ou “Quando vamos chegar?", como se estivesse em uma longa viagem de carro, impaciente para alcançar o destino final. Mas, com toda a sabedoria dos meus quase 19 anos, concluoque,realmente,otempopregapeças
Mais especificamente, percebi que "Os dias são longos e os anos curtos", frase que já ouvi tantas vezes que nem sei mais a quem deveria atribuir os créditos (mas que, de acordo com o Google, é de Gretchen Rubin), é a melhor descrição da experiênciadeumprimeiroanodefaculdade.
mo, por exemplo, as mil e uma entidades, os grupos de estudo e os esportes da GV, além de olimpíadas, palestras, eventos e muito mais Não tenho a desculpa de ser libriana para justificar minha indecisão, mas basta ir comigo a um restaurante para entender que escolhas não são o meu forte E, pelomenosnorestaurante,tenhoumcardápio;jána GV, parece surgir uma nova atividade todo dia, bagunçando ainda mais minha mente já bem perdidapornatureza.
todaspalavrasque provavelmente apareceriambem
grandes em um Mentimeter (aquele site que todos os professores na escola parecem adorar, no qual cada pessoa envia uma palavra e as mais comuns aparecem em uma fonte maior) de início de faculdade.Oqueninguémavisaéqueessaspalavras não descrevem apenas os primeiros meses da faculdade, mas sim cada dia e cada instante que habitamosessemundonovo
Começar um curso de Direito é entrar em uma aula de espanhol em que o professor já começa falando em espanhol como se seu conhecimento de português fosse o suficiente para entendê-lo E é nessa hora que o Google se torna o seu melhor amigo, até que uma frase como "O que vem antes na pirâmide normativa: acórdão, jurisprudência, súmula vinculante do STF ou emenda constitucional?" não pareça mais uma outra língua. Mas, assim que o Direito deixa de ser língua estrangeira,surgeoutrodesafio,outranovidade,co-
Para além de qualquer desafio acadêmico, meu maior receio no início da faculdade eram as amizades Tendo estudado na mesma escola praticamente minha vida toda, a ideia de estar, de repente, em um ambiente no qual não conhecia ninguém parecia assustadora Queria voltar à simplicidade de perguntar "Vamos ser amigos?" para outra criança no parquinho. Porém, esse primeiro ano me fez perceber que, na verdade, só aprendemosnovasmaneirasdefazeressapergunta: "Vamos fazer esse trabalho juntas?", "Quer almoçar comigo?", "Vamos para a faculdade juntas?" A maioria das minhas amizades começou assim e, depois de uma coleção de "sins" e talvez alguns "nãos", aos poucos fomos dizendo, uns aos outros, "sim,queroserseuamigo"
Então, sim, cada dia na faculdade parecia interminável,comnovosdesafiosenovaspessoasao meu lado. Dias em que fiquei até tarde terminando trabalhoscomamigas,mastambémdiasemquefui para uma festa, saí para jantar ou almocei depois da aula no MUG.sp. Porém, ao mesmo tempo, a frase "acabei meu primeiro ano de faculdade" parece errada comojápassouumano?
Olhar para trás e perceber o quão rápido meu primeiro ano na GV passou também me traz uma apreensão quanto ao futuro, que agora não se aproxima mais no ritmo de um carro, e sim de um trem-bala, cheio de novas perguntas Por isso, quero aproveitar meus dias longos nessa estação, antes de embarcarnapróximajornada
Expectativas, medos, ansiedades, objetivos, desafios, animação:
Fundaçãocensitáriaecomcotas
Tive um professor na escola que repetia incessantemente “Sou feminista! Quando era jovem, fundei um coletivo só de homens para discutir o feminismo”. Espero que hoje esteja claro para você, leitor, que isso não é algo factível O feminismo é uma luta feminina Carece de suporte, inegavelmente, mas precisa ser travada por mulheres Nesse contexto, nenhum homem compreenderia a complexidade de ser sistemicamente projetada à reprodução e ao prazer masculino, por exemplo Tenho para mim que a FGV éumantrode“feministos”
Discutir pautas sociais na faculdade é, no mínimo, constrangedor Trata-se de uma assembleia censitária com cotas. Não existe lugar de fala. Em faculdades particulares, qualquer curso que paute questões sociais tem um quê de militância de Twitter. No fim, são jovens descobrindo seus posicionamentos, entendendo que o Brasil é feio e que o futuro é a esperança Mas na FGV, além de tudo isso, o projeto de juventude revolucionária que gasta sete reais em um café todos os dias não tem contato com a realidade Incluo-me nisso É inerente ao ser humano manter-se em sua zona de conforto. E a FGV é extremamente confortável Para quem paga mensalidade Como disse: uma assembleia censitáriacomcotas.
Tive uma aula na faculdade sobre o direito das empregadas domésticas. Reservava-me o direito de pensar que o professor contrata, no mínimo, uma diarista Que ela não tem carteira assinada Que na minha casa tem uma faxineira. Que não recebe o valor do passe do transporte Penso que a sala vive de forma semelhante, menos os cotistas Penso que deve soar quase como um ataque me ouvir dizer que empregadas domésticas “precisam de mais direitos trabalhistas” Porque eu e meus vizinhos do Brooklin, de Moema e da Vila Mariana nunca tivemos essa preocupação E porque é óbvio Essa discussão só existe por conta da parte censitária da assembleia Assim como o machismo existe por contadoshomens
A instituição à qual me refiro especificamente tem como característica ministrar apenas cursos de humanaspalatáveisaomundoempresarial Alguns
mais mecanizados que outros, mas, em suma, todos exigem a compreensão das políticas, das organizaçõesedagestãodepessoas,porexemplo
Dito isso, preciso tecer uma crítica aos estudantes de Administração Pública Como estudante desta graduação, aponto que os alunos realmente acreditam ser muito destoantes dos demais pelo fato de terem "consciência social” quem dera fosse de classe. Precisamos sair do lugar de militantes de sofá Infelizmente, vivemos uma realidade em que o curso que trata de políticas públicas não é frequentado pelo público que será afetado por elas Veja como estamos em boas mãos: os futuros políticos, gestores ou administradores públicos do Brasil, estudantes da Fundação Getulio Vargas, em sua maioria, nunca andaram de ônibus Tomemos o papel de nos organizarmos de maneira de fato consciente, não achar que basta levantar a mão na aula e dizer “empregadas domésticas precisamdemaisdireitostrabalhistas”
Para tanto, leitor e estudante da FGV, observe o seu entorno Não seja óbvio, questione Porque o óbvio não é factível. E lembre-se: o mundo não é cor-derosa Ele é de papel e tem uma onça desenhada nele
QuemfazaGV?
Rua Itapeva, 432 e 474, Rua Rocha, 233 e Av Paulista, 548, segunda-feira, 7h da manhã. Luzes apagadas As catracas não funcionam e há um pequeno tumulto de alunos confusos Ninguém na portariaparainformaroqueestáacontecendo.
Quem são as pessoas que fazem as FGVs funcionarem? Que estão ali todos os dias, convivendo conosco e trabalhando para o nosso bem-estar? Suas histórias, seus gostos e seus cotidianos na GV... Isso é um pouco do que a Gazeta se propôs a investigar para trazer visibilidade aos queridosetãoimportantesfuncionáriosdetodasas áreasdaFundação
RogérioRibeiro
Say my name, say my name: Rogério Ribeiro, 41 anos,controladordeacessosdabiblioteca
De Pirituba, Zona Norte do município de São Paulo, Ribeiro está há um ano trabalhando na Fundação, em uma das vagas destinadas a pessoas com deficiência Antes de ter a Bela Vista como destino diário, trabalhava com logística e administração, áreas que fizeram parte de sua formação. No seu tempo livre, gosta de sair com os amigos, ir a rodas de pagode e assistir a filmes e séries hobbies que divide com seu marido, que o acompanha há mais de oito anos Quando se trata de música, Rogério autodeclara-seeclético:temumagrandepaixãope-
las divas do pop, Beyoncé e Madonna, mas também curte Maria Bethânia, Ney Matogrosso e a irlandesa Enya, cantora e compositora indie/alternativa Também é um verdadeiro cinéfilo, fã número um de Titanic e Beleza Americana, clássicos do fim dos anos1990
GilbertoFilho,62anos,monitoracadêmico,ofamoso bedel
Um verdadeiro veterano da EAESP, Sr Gilberto tem 10 anos de Fundação como monitor acadêmico Ele e outros monitores são aqueles que abastecem os materiais das salas, auxiliam os alunos e professores, estabelecem contato com os profissionais da limpeza e cuidam da organização de coffee breaks em parceria com o setor de eventos do Rockafé e com os funcionários da GV responsáveis pela organização das salas. Além dessas e de outras tarefas, também cuidam da abertura e do fechamento das portas das salas de aula e dos racks onde ficam os equipamentos utilizados pelo corpo docente e discente, pois estas não podem permanecer abertas enquanto não houver atividade acadêmica.
Hoje, Gilberto pratica natação no SESC e, além de seu trabalho na FGV, faz voluntariado na Ordem Rosa Cruz (AMORC) e na Tradicional Ordem Martinista,ordeminiciáticaquetemcomoobjetivoa perpetuaçãodoesoterismojudaico-cristão
GilbertoFilhoAdalbertoSantos
Há 5 anos trabalhando na FGV, Adalberto é responsável pela gestão de entradas e saídas da bibliotecado2°andardaEAESP
Veio para a Fundação por meio da indicação de um amigo. Antes, trabalhava na área de logística carregandomateriaispesados
No seu tempo livre, gosta de ficar com a família e jogar futebol de várzea Ocupa a posição de lateral no time do seu bairro e está empenhado a ganhar umtítuloem2023.
Quem sabe ele não dá uma forcinha para o FutCampoGVretomarsuasatividades?
CA DIREITO ARTIGO
“Dezoitoanosdepois…”
Por Executivo do Centro Acadêmico Direito GV 2023: Fabrício Leon (Presidente)
Augusto Ximenez (Vice-Presidente)
Andressa Sayuri (Secretária-Geral)
Nossa Escola de Direito da FGV de São Paulo, chamada carinhosamente por nós de EDESP, está de aniversário: no começo de 2023, ela completa 18 anos de idade, contados a partir da formação da sua primeira turma. Se fosse uma pessoa, as chances são de que estaria procurando uma faculdade agora e, talvez, escolheria o Direito pela sede de mudar o mundo ao seu alcance a partir da aplicação da lei e da justiça, característica muito presente nos ingressantes do curso Mas o que diríamos para ela, enquanto Escola e enquanto parte da Fundação Getulio Vargas? Provavelmente a incentivaríamos a estudar aqui por conta dos diversos atrativos: relevância no mercado de trabalho, oportunidades de intercâmbio, aulas abertas, depoimentos de ex-alunos e bolsas para os primeiros colocados no vestibular, para nomear alguns.
A parceria entre o Centro Acadêmico de Direito e a Gazeta Vargas surge nesse contexto de oportunidades presentes por toda a Fundação, mas sua motivação é nutrida pelo que não é discutido sobre esse espaço: o privilégio de se manter passivo A maioridade edespiana nos faz refletir sobre qual caminho queremos seguir enquanto componentes da elite intelectual do país. Agentes que, para além de pensarem criticamente, de fato exprimem em suas ações o ímpeto de mudança e de justiça, sem medo de tomar a responsabilidade de serem vanguardistas ou frontrunners, como também se diz muito por aqui.
Quando acreditamos que o que temos é suficiente, há poucos impulsos para irmos além da realidade que é, para nós, tão confortável E, assim, há anos a Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas vem reproduzindo sua fórmula de sucesso: formar indivíduos que saem da universidade e vão direto para espaços de poder e de tomada de decisão centrais, na maioria dos casos, em empresas e escritórios Cercados por profissionais de destaque desde o primeiro momento, os alunos são provocados a serem os principais agentes (ou players) dos mercados em que atuarão Com isso, há de se questionar se simplesmente ter o “FGV Direito” no currículo é suficiente para alcançar os sonhos de mudança no mundo que temos quando ingressamos na faculdade Não deveria a graduação em Direito dar todos os mecanismos necessários para possibilitar aos futuros juristas, além de um bom emprego, também a capacidade de olhar o mundo com senso crítico e ambição de mudança da realidade social?
É ilusório acreditar que uma boa graduação é tudo aquilo necessário para a atuação no mercado de trabalho, ou, ainda, que nossas escolhas profissionais sejam o único componente relevante para toda a nossa vida. É, entretanto, preocupante o quanto os ímpetos individuais constrangem o senso de comunidade edespiano As pautas do mercado europeu nos inquietam mais do que os problemas sociais da Bela Vista e seus arredores para nós, fechar-se em ciclos homogêneos é mais atrativo do que discussões práticas sobre a solução de problemas sociais que afetam diretamente nossos colegas Pouco nos motiva a sair da zona de conforto para fazer algo prático sobre a discriminação, a intolerância e as incertezas que, apesar de ausentes na ordinariedade edespiana, assombram o cotidiano da maior parte do país.
Sejamos realistas com nossa querida EDESP, estamos no caminho da mudança efetiva? Nos parece que, ao longo de seus 18 anos, essa potente jovem Escola tem oferecido diversas ferramentas de mudança aos seus alunos, como o incentivo ao protagonismo e o ímpeto de solucionar problemas complexos. Ao mesmo tempo, não se pode negar que há uma série de obstáculos que ainda não foram superados, como a carência de políticas afirmativas que democratizem o processo de ingresso na Escola ao público que de fato representa a sociedade brasileira. Até hoje não há reserva de vagas para alunos bolsistas, o que faz com que a EDESP receba muito menos alunos nessa condição do que poderia estar recebendo Ainda assim, essa questão já foi (e continua a ser) enfrentada por ex-alunos da própria Escola mediante a fundação do Endowment, rede de apoio voltada à concessão de auxílios-manutenção aos bolsistas da Fundação que, em 2022, criou políticas destinadas exclusivamente a alunos pretos, pardos e indígenas, buscando trazer mais diversidade para a EDESP
É por esse motivo que o Centro Acadêmico está ocupando esse espaço Com ânimo para continuar gerando bons frutos junto à Gazeta, espaço tradicional de importantes mobilizações e de promoção de vozes críticas, nossos votos para o aniversário simbólico da Escola se endereçam diretamente a seus alunos, para que sejam provocados a utilizar seus espaços de privilégio para disseminar cada vez mais a necessidade de manter-nos como membros ativos da sociedade da qual fazemos parte.
nãosetocamossagradosídolos poisenferrujamrepentinos deusteráqueesperar
para deus.
atéqueeuaprendaalouvá-lo deixoaportaabertaparaquandoeuchegar efinalmentetomarlugaremmeucorpoe,atélá, fechoosolhoseabroburacosnapeleparavermelhor aindasoujovemdemaisparaconfessar oquerealmenteachodaambiguidadededeus cadapoetacarregaemsifragmentosdeumébrio efraquejamalcoólicosparalicoressalgadosdeprosa passoosdedospelosnegroscabelos queeleacaboudecortar desejandoquenãootivessefeito paraestemomentodurarmais paralembrarqueabasedafésãorituaiscorpóreos maselessentiramocheirodoódioantesdemim opútridodaquelesquesedespiram evivememumcorpoquenãooseu oodordadecomposiçãodeumcérebrocorroído pelaideiadeviversenãoparasedecompor. apeleescassaseagarraemdesesperoaosossos mover-medóieevitofazê-lo háumlugarsobreoqualnãofalo esãomeusbraços
acordodeumsonhoemqueamavaahumanidade eissomedestróiocoração quisserleveemetorneiumpeso; ofardodeserumcadáveraindamorno oantigodonodestecrânionãoousamais desejoomundomasnãomeatrevo aomenosasentar-meàmesa comoaniversáriosepeõessemovendonadiagonal asaciedadeésenãoumaestratégiadeblefe enascicomateimosiadeacariciar ocãoquemedevoraacarne. achuvacaisobreasminhascostelas easfloresqueremapenasserflores meucrânioéabóbadadamaissagradacatedral enenhumademinhasmoedasouescolhas megarantemumassentonamissa poisnãohácomoescolher quaisobrasvirarãojargão masdesejeiservistaapenas peloânguloestáticodeumafotografia esvaziei-meinteiramentedavida pelocontrolequeafomeoferecia earecompensafoiretirardemimaambiguidade afinalnãosediscutesobreocaráterdeumcadáver. oqueescrevosãocartasdeamor ounotasdesuicídio?
oquefazerquandoaáguadebaixodaponte engoleparasitodaaponte?
(dedicoestesversosadeus,poisaoshomensnãoseifalar)
arqueologia
apontadosdedosesfarela-sefeitocouroantigo unhassepartememmadeira,ocasdecupins eosolhosamareladosdopapeldealgures. estouvista,estougasta,estouusada numaarqueologiadopresente,encontromeusossos contomeupassadocomumcuidadodehistoriador analisoamostrasdeminhapelecomcarbono14 souocadávervivodaquiloquemorriontem deita-seoeuincorpóreonocomprido enlevadoporumsonomendigo tenhonáuseasdeterremotos "atintaacabaeocontinuardotexto refazavirgindadedavida"
oabismomeconfidenciaemsegredo poisouviuoecoemquemefiz; tenhoomesmorecortedoabsolutonada cortoafinacamadadepele-vontadequemecobre constelo-meemcéusnublados temendoosrisosquerecebeaastrologia colhofolhasreaisderosasfalsas emetáforasfalhasdeintençõessemvalor oventosussurraemvozes quepodemserrespostasàsminhaspreces masnãoentendosualínguaesintofrio soupedestreandandopelaslinhasdasminhasmãos,feitoruas ninguémmeconhece equemamomedesconhecedeperto; meusolhosnuncaviramminhascostas. dançocomospéscortadosdepontasdefaca respirocomoquemseatrasa eossonhosqueseesfacelaramsobremeurosto enchemospulmõesliquefeitosdeagoniacomlama. alguémláforatemcertezadepossuir nãosóohojemastambémoamanhã ecomooinvejo!
comoinvejoaquelesquepercorremapenas asdiagonaisdasprópriassensações poisjogoocoraçãolongeeelevoltarolando rastrosdesanguemeseguem meurostocaminhaaomeulado asombradomeucorponãoconhecemeucorpo
VocêconheceoCineClubeFGV?
O Cineclube FGV surgiu na década de 1970 como um espaço de discussão sobre filmes dentro da Fundação, e assumiu um papel de resistência à ditaduramilitarvigentenopaíspormeiodaexibição defilmescensuradosparaoalunato
Depois de um período de hiato, o historiador e professor da FGV EESP, Luiz Felipe de Alencastro, retomou o Cineclube FGV em 2017. Na pandemia, o Cineclube teve um papel importante em manter a socialização entre os alunos, com o formato adaptadoparaoonline.
Atualmente, realizamos sessões quinzenais às segundas-feiras, às 19h, na FGV EAESP. Após 3 anos sem sessões presenciais por conta do isolamento mposto pela pandemia, estamos de volta com encontros físicos, então todos estão mais do que convidados para fazer parte desse pilar da história gvniana! Com base no tema semanal, nos encontramos para assistir o filme e discutir a obra, com a presença do professor Luiz Felipe de Alencastro
Tem interesse em participar do Cineclube FGV? Nos siga no Instagram (@cineclubefgv) e entre no nosso grupo de Whatsapp (link na descrição do nosso Instagram),ondeescolhemososfilmesepassamos
Em alta
Lançamento do Periódico da Gazeta
Chovendo eventos presenciais
Departamento de Obras do Insper
Mensalidade da FGV (um carro popular é mais barato)
todas as informações! O Cineclube é um espaço de discussão livre, sem preconceitos e 100% aberto, inclusiveparapessoasdeforadaFGV!
EstamosteesperandonomelhorcantinhodaFGV!:)
ALTOS&baixos
Na mesma Em baixa
Horário de almoço no Getulinho (o caos de sempre)
Estado dos sofás da EAESP
SELIC
Teto do Insper
Prestação de Contas do DA
Fala, GV (descanse em paz)
Geladeira do DA
Aspalavrasdestecaça-palavrasestão escondidasnahorizontal,verticale diagonal,sempalavrasaocontrário
AMARELO BELAVISTA BIXOBURRO
COROTE FESTA FUNDAÇÃO
GAZETA GVJADA JACARE
PERIODICO PRETO