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Durkheim

ESTÁGIO POSITIVO: Por fim, o estágio positivo é o estado final do desenvolvimento humano. Aqui não estamos mais preocupados com as explicações causais dos objetos naturais. O homem com espírito positivo é aquele que se prende às leis da natureza, ignorando suas causas imanentes. Por exemplo, a física aristotélica baseava seus conhecimentos no modo teológico e metafísico; ao passo que Newton, e posteriormente Einstein, explicam a queda dos corpos de maneira indubitavelmente positiva.

AS TRÊS VERTENTES CLÁSSICAS: DURKHEIM

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METODOLOGIA: POSITIVISMO E OBJETIVIDADE Durkheim segue a postura metodológica de Comte, salientando a importância em definir a Sociologia como uma ciência autônoma, com objeto de estudo definido, seguindo o mesmo método das ciências naturais. O objetivo principal do método sociológico é estabelecer como devem ser estudados os fatos sociais. Em As regras do Método Sociológico define o objeto de estudo, estabelece as regras do método para a investigação sociológica que garantissem à Sociologia o caráter rigoroso e objetivo. Os fatos sociais seriam trados do mesmo modo objetivo dado aos fenômenos físicos, segundo a abordagem metodológica racionalista e positivista:

 A sociedade é regulada por leis naturais.  Os métodos de conhecer a sociedade são os mesmos das ciências da natureza.  O observador deve limitar-se à análise e observação dos fenômenos sociais, de forma neutra, objetiva, livre de julgamentos de valor e pré-noções.

Os fatos sociais devem ser tratados como coisas, por meio do método de observação e experimentação.

TEMAS E CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA SOCIOLOGIA DE DURKHEIM 1 - O FATO SOCIAL É o objeto da Sociologia. Os fatos sociais “são maneiras de agir, pensar e sentir exteriores ao indivíduo, e dotadas de poder coercitivo “, e que exercem influências sobre o indivíduo. Os fatos sociais possuem três características:  A exterioridade: os fatos sociais existem antes do nascimento do indivíduo e atuam sobre ele independente de sua vontade.

 A coercitividade: os fatos sociais exercem força social e força sobe os indivíduos, levando-os a agirem de acordo com as regras estabelecidas pela sociedade. Ex: a língua.  A generalidade: os fatos sociais são tomados coletivamente, pelo conjunto da sociedade. As crenças, os costumes, os valores.

Em sua obra A divisão do trabalho social, Durkheim relaciona a divisão do trabalho social à ordem moral. A divisão do trabalho resultaria na relação de cooperação e de solidariedade entre os homens. No entanto, como as transformações sócio-econômicas eram aceleradas nas sociedades europeias capitalistas, inexistia um novo e eficiente conjunto de ideias morais que pudesse guiar o comportamento dos indivíduos, isso levava ao mau funcionamento da sociedade.

Durkheim identifica a existência na história das sociedades de dois tipos de solidariedade: a mecânica e a orgânica.

2 - SOLIDARIEDADE MECÂNICA A solidariedade mecânica surge nas sociedades simples e tradicionais, onde os indivíduos se identificam por meio da família, da religião, da tradição, dos costumes. É uma sociedade que tem coerência porque os indivíduos ainda não se diferenciaram e reconhecem os mesmos valores, os mesmos sentimentos, os mesmos objetos sagrados, porque pertencem a uma coletividade. Os indivíduos compartilham a tal ponto padrões de conduta que não há grande diferenciação entre eles, pois numa tribo ou cidade do interior, o padrão moral se efetiva sobre os indivíduos a tal ponto que o que é válido para um, também, é aos demais. Existe uma forte imposição moral nessas sociedades tradicionais.

3 - SOLIDARIEDADE ORGÂNICA A solidariedade orgânica surge nas sociedades mais complexas e modernas, onde existe uma maior divisão do trabalho e uma maior individualidade, pois as pessoas criam autonomia em relação à consciência coletiva. Por meio da divisão do trabalho social, os indivíduos tornam-se interdependentes, garantindo, assim, a união social, mas não pelos costumes, tradições. Assim, o efeito mais importante da divisão do trabalho não é o aumento da produtividade, mas a solidariedade que gera entre os homens. Nas grandes cidades industriais, observadas por Durkheim no final do século XIX e início do XX, as relações sociais não estavam pautadas pela intensa imposição moral presente nas sociedades simples e tradicionais. A presença do individualismo e da diversidade causavam a perda de coesão e do consenso da vida em sociedade.

4 - O NORMAL E O PATOLÓGICO – O CONCEITO DE ANOMIA Durkheim caracterizou o fenômeno social de normal ou patológico. Para ele, o fenômeno pode ser considerado normal se for encontrado na sociedade de forma generalizada, não coloque em risco a integração social e esteja dentro de um determinado nível. O crime é um fenômeno normal, pois é encontrado em todas as sociedades de todos os tipos, é geral, e, ao mesmo tempo em que, ao se impor a punição, serve para lembrar e fortalecer os valores de toda sociedade. Fato social normal é geral, recorrente e que favorece a integração social. Fato social patológico é excepcional, transitório e põe em risco a integração social. Para ele, o suicídio também é normal, pois existe em todas as sociedades. Torna-se anormal se houver o aumento das taxas.

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