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Marx
2. TIPOS DE DOMINAÇÃO/PODER
Existem três tipos puros de dominação:
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A - Tradicional: respeita aos costumes e regras. É o tipo em que o indivíduo ocupa posição de autoridade independentemente do controle de um corpo administrativo. A autoridade e as prerrogativas pessoais são mais extensas. Ex: coronéis, soberanos e patriarcas antigos ou medievais B - Carismática: capacidade de liderança e comando, em que se almeja estabelecer uma nova ordem. C - Racional-legal: assentada na noção de direito que se liga aos aspectos racionais e técnicos da administração. Racionalidade e justiça se fundem. Ex: sociedades modernas. Atua baseado nas leis e regulamentos e precisa de formação técnica.
AS TRÊS VERTENTES CLÁSSICAS: MARX
“A história da sociedade até aos nossos dias é a história da luta de classes”.
Marx articulou um modo radicalmente novo de pensar a sociedade, por meio de crítica e reflexão rigorosa. Seu pensamento se desenvolveu ancorado na experiência, permeadas de vitórias e derrotas, que o movimento operário e popular da época acumulava, nas lutas sindicais e políticas do século XIX. Marx, sempre preocupado com a teoria e a prática, elaborou um conjunto de idéias inovadoras: o materialismo histórico, a teoria econômica e a proposta de transformação, o socialismo científico. Para ele, a função da Sociologia não era solucionar os problemas sociais e estabelecer a ordem, segundo os positivistas. Ao contrário, a Sociologia deveria contribuir para a transformação da sociedade, ao proporcionar uma análise crítica e desmistificadora da realidade capitalista. Marx foi extremamente original em sua obra, tendo fundamentado seus estudos em Hegel, no pensamento socialista francês e inglês e nos economistas clássicos Adam Smith e David Ricardo.
SEU MÉTODO O materialismo pressupõe, de modo geral, que a produção material de uma sociedade constitui o fator determinante da organização social e política de uma época. Assim, a base material (econômica) exerce influência direta nos outros níveis da realidade: Estado, instituições jurídicas, políticas, religião, moral. Por meio da dialética, Marx explicou as significativas transformações da história da humanidade através dos tempos. Ao estudar determinado fato histórico, ele procurava seus elementos contraditórios, buscando encontrar aquele elemento responsável pela sua transformação num novo fato, dando continuidade ao processo histórico. Marx elaborou um esquema teórico sobre a história da humanidade, desenvolvendo o método materialismo histórico. Segundo sua teoria da história, as sociedades encontravam-se em constante transformação e o motor da história era os conflitos e as posições entre as classes sociais. Assim, o movimento da história possui uma base material, econômica e obedece a um movimento dialético. E conforme muda esta relação, mudam-se as leis, a cultura, a literatura, a educação, as artes. Em outras palavras, a estrutura de uma sociedade reflete a forma como os homens se organizam para a produção social de bens.
SUA TEORIA Segundo Marx, para conhecer a realidade era preciso compreender a relação dos homens com o mundo material. Também, era preciso compreender como esse mundo material e as ideias a ele relacionadas se transformavam e transformavam a realidade. Para ele, a sociedade tem contradições e conflitos e, são essas contradições e conflitos que garantem sua transformação. Cada época histórica tem seus conflitos e contradições. Para entendermos uma sociedade é preciso compreender seus conflitos e suas contradições. A chave para a compreensão da trama social é a organização do trabalho e as relações estabelecidas entre os homens no mundo da produção. Ou seja, é na vida material que tudo acontece. A política, a cultura, a justiça, a religião refletem esse conflito. Na produção social de sua vida, os homens contraem determinadas relações – são as relações de produção. Essas relações são necessárias e independentes da vontade humana. O conjunto das relações de produção forma a estrutura econômica da sociedade, a base real, a base econômica de uma determinada sociedade. Sobre essa base real se levanta a superestrutura jurídica, política e espiritual.
“não é consciência do homem que determina sua existência, pelo contrario, é sua existência que determina sua consciência.”(Marx)
As relações de produção, marcadas pela existência de classes sociais com posições e interesses antagônicos, desenvolvem relação de conflito e esse conflito é a mola propulsora das transformações e mudanças históricas. Essa é a teoria da história para Marx. Marx aplicou essa teoria e desvendou profundamente o modo de produção capitalista. Segundo suas análises, no capitalismo as relações de produção são fundamentadas na propriedade privada dos meios de produção e na venda da força de trabalho assalariada. “as relações burguesas de produção são a última forma antagônica do processo social de produção;... antagonismo que provém das condições sociais de vida dos indivíduos.” Segundo seu pensamento, as classes sociais são determinadas no processo produtivo, sendo definidas pelo lugar que as pessoas ocupam no processo produtivo em relação aos meios de produção: se detém ou não esses meios. Variando ao longo da história: senhores da terra/servos, burguês/assalariado, entre outros. A relação entre as classes sociais é marcada pela opressão de uma sobre a outra, pela exploração de uma sobre a outra.
O MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA E SUA SUPERAÇÃO O capitalismo é marcado por relações sociais de produção nas quais uns são proprietários dos meios de produção e outros vendem sua força de trabalho como mercadoria para garantiram a reprodução material de suas vidas. Os donos dos meios de produção utilizam a força de trabalho para produzir mercadoria e é a força de trabalho que gera valor à mercadoria. A partir da inter-relação entre infra-