Organização Social

FOCCA – FACULDADE DE OLINDA GEANDREWS ELVIS DE SOUZA MELO LETRAS 1ª PERIODO, MANHÃ FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS

ORGANIZAÇÃO SOCIAL COMO A ORGANIZAÇÃO SOCIAL É ESTABELECIDA

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Olinda 2016

Sumário

1 Organização Social, 3

1.1 Conceito, 3 1.2 Família, 3 1.2.1 Família nuclear, 4 1.2.2 Família monoparental, 4 1.2.3 Família mosaico, 4 1.2.4 Família extensa, 4 1.2.5 Família alternativa, 4 1.3 Igreja, 5 1.4 Escola, 5 1.5 Trabalho, 6 1.5.1 Diferença entre trabalho e emprego, 6 1.6 Estado, 6 1.6.1 Estado e governo, 7

2 Controle Social, 7

2.1 Conceito, 7 2.1.1 Sanções, 7

3 Referencias Bibliográficas, 9

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Organização Social

1.1 Conceito

A organização social é um sistema complexo usado para atender e gerir a interação de um indivíduo ou conjunto de indivíduos. A organização define padrões de comportamento para a manutenção da estrutura da sociedade vigente através da subdivisão da sociedade em estruturas menores, as instituições sociais, e da imposição de normas e sanções. Essas normas definem quais comportamentos são ou não adequados e procuram garantir o convívio saudável entre os membros das instituições. Ao desobedecer alguma dessas normas o indivíduo pode sofrer uma ou uma série de sanções a fim de recondicionar seu comportamento ao que se espera ser aceito em sua instituição social.

As instituições sociais são fundamentadas em propósitos sociais universais, já que procuram atender as necessidades de seus membros. Por mais que pareçam rígidas e desumanas as instituições sociais desempenham um papel importante, pois juntas vão dar a noção de organização que o indivíduo precisa para conviver em sociedade. Uma sociedade não poderá encontrar meios de sobreviver se não conseguir oferecer um nível mínimo de organização para seus membros.

A organização social apresenta­se nos mais diversos campos da atuação humana, como os: econômico, político, religioso, familiar e educacional. A organização social é caracterizada por práticas sociais, atividades que podem ser novas ou repetidas, realizadas pelos membros dos grupos e podem ou não envolver e influenciar outros grupos.

A seguir segue uma visão simples sobre as instituições sociais universais: Família, Igreja, Escola, Trabalho e Estado.

1.2 Família

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Considerada a base das sociedades por estar presente em todos os agrupamentos humanos a família desempenha um papel fundamental como instituição social, que é o de instruir o indivíduo é desenvolver nele noções de ética, obediência e respeito às regras e pessoas ainda em seus primeiros anos de vida.

Originalmente o conceito de família era usado para denominar o fenômeno biológico de reprodução é convívio dos membros de um grupo, contudo deu­se um novo significado para esse conceito, passando a representar um fenômeno social.

Por mais simples que possa parecer a família é uma instituição flexível por natureza, significando que sua estrutura, regras e sanções não podem ser aplicadas universalmente.

A família sofre profundas influências religiosas, morais e culturais que vão definir a concepção de modelo de família tradicional para cada povo.

A estrutura das famílias já sofreu muitas mudanças e hoje em dia são organizadas em cinco formatos: nuclear, monoparental, mosaico, extensa e alternativa.

1.2.1 Família Nuclear

Também conhecida como simples, elementar, e primária a família nuclear é formada pela união de um homem, sua esposa e os filhos desse casal, biológicos ou adotados vivendo juntos em um mesmo espaço e sendo reconhecidos como família por outros membros de sua sociedade. A família nuclear é predominante no ocidente dada a cultura da monogamia, onde estruturas que fujam desse padrão são desencorajadas.

1.2.2 Família Monoparental

Formada por um ascendente, do sexo masculino ou feminino, e seus descendentes. É um modelo contemporâneo, criado para se adequar à realidade de várias famílias. Podem ser organizadas dessa forma desde o início, quando o homem ou mulher nutre o desejo de ser pai ou mãe, mas sem a participação de outro genitor ou por circunstâncias externas, como morte, abandono e separação. Quando essas circunstâncias vem a ocorrer uma estrutura de família nuclear é rearranjada e passa a se tornar uma família monoparental.

1.2.3 Família Mosaico

Esse modelo de família é formado por três ou mais cônjuges e seus filhos. Quando uma família nuclear tem sua estrutura modificada por meio da separação ou morte de um dos cônjuges e o cônjuge remanescente decide começar uma nova família com outro cônjuge é formada uma família mosaico. Esse novo cônjuge irá adotar os filhos de seu companheiro e caso ele também tenha filhos seu companheiro repetirá o processo. Esse modelo de família aparece nas sociedades monogâmicas e poligâmicas. É uma estrutura onde os membros da família podem não estar ligados por laços de sangue, entretanto estão ligados por laços afetivos e de responsabilidade.

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1.2.4 Família Extensa

Também conhecida como família múltipla é constituída de duas ou mais famílias nucleares ligadas por laços consanguíneos e seus parentes diretos ou colaterais convivendo em um mesmo ambiente. Um exemplo dessa união de parentes consanguíneos são os casais que moram com os pais, avós, tios, sobrinhos, afilhados, etc.

Apesar de ser um grande grupo de pessoas todas tem direitos e deveres mútuos para com os outros.

1.2.5 Família Alternativa

Outro modelo contemporâneo de família. As famílias alternativas alternativas são compostas por indivíduos do mesmo gênero e seus filhos adotados. Outras organizações podem pertencer a categoria de família alternativa como creches, orfanatos, ONGs, clínicas de recuperação, lares para idosos, etc. Passam a pertencer a essa categoria por serem organizações de pessoas com um propósito de gerar acolhimento para determinado público, por terem suas próprias regras a serem obedecidas e por fugirem do modelo de família nuclear.

1.3 Igreja

Também conhecida como religião, é um fenômeno social que vem atender a necessidade do homem de se conectar com uma realidade sobrenatural, de acreditar em conceitos abstratos. Esse conceito pode ser definido como um conjunto de crenças, valores, tradições e práticas de uma comunidade e todas as pessoas que façam parte dessa comunidade. A religião, assim como a família, é uma instituição que não possui estrutura universal, variando de acordo com a cultura, valores sociais e históricos que façam parte de seu contexto.

Essa instituição tem o papel de definir limites éticos de certo e errado que geralmente representam os padrões éticos da sociedade em que se encaixa. Por estar definindo esses padrões de comportamento a religião também define as formas como os indivíduos virão a ser recompensados ou punidos de acordo com o caminho que escolherem seguir.

Essa instituição é importante para o homem pois busca ser a ponte entre o conhecimento concreto do mundo material e a aceitação do que não se pode explicar por meio da ciência. Por ser um conceito subjetivo a fé não pode ser provada ou negada, simplesmente faz parte do ser humano e deve ser respeitada e reverenciada. Esse é o papel que a religião procura desempenhar quanto fenômeno social.

1.4​ ​Escola

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Escola é a instituição social responsável por transmitir conhecimentos e informações para os indivíduos de seu grupo. Enquanto a família tem o papel de instituir no indivíduo um caráter de certo e errado a escola prepara esse indivíduo para o convívio em grupo e para o ingresso na vida profissional. A escola é um conceito desenvolvido a partir de outro mais simples.

As sociedades pré­letradas utilizavam a ​educação informal ​que em suma seria a transmissão dos conhecimentos, ideologias, informações, valores e cultura por meio dos grupos sociais próximos do indivíduo, em outras palavras, família, amigos, vizinhos.

Com o passar do tempo foi necessário a criação de espaços formais onde esse conhecimento poderia ser transmitido e aprendido. Foi assim que a ​educação passou à ser ​formal​. O processo histórico foi extremamente importante para o desenvolvimento do conceito de escola que temos hoje, desde o ensino da "profissão herdada" que era transferido de pai para filho passando para o estudo nos mosteiros da era feudal até o ensino das ciências nas grandes universidades.

A educação como fenômeno social acaba servindo como de instrumento para a transcendência do indivíduo, agregando­lhe valor não só como pessoa, mas também como parte da sociedade. Através do conhecimento obtido o indivíduo consegue superar obstáculos e alcançar importância e status social em seu grupo e em alguns casos na sociedade em sua totalidade.

1.5 Trabalho

O conceito de trabalho carregou por muito tempo e ainda hoje carrega uma ideia de dor e sofrimento. Essa associação data da época em que o trabalho pesado era realizado por escravos e servos enquanto o trabalho “leve”, intelectual era realizado pelas classes mais favorecidas em uma sociedade. Apesar de ser visto de forma negativa o trabalho desempenha um papel fundamental na estrutura da sociedade.

É uma ferramenta que transforma o homem em três dimensões diferentes, a pessoal quando através do trabalho o homem agrega valor para si e passa a desempenhar um papel para o funcionamento da sociedade, abraçando o conceito de função social. A dimensão social do homem é transformada através do trabalho do momento em que ele é posto Juno com outros indivíduos e precisa aprender a socializar para cumprir sua função, pois o trabalho é um conceito que se apresenta coletivamente. Não existe trabalho sozinho, por mais que se sempre se tenha uma visão de trabalho envolvendo várias pessoas, o trabalho de um artesão, por exemplo, se torna coletivo a partir do momento em que ele precisa que outra pessoa compre o produto de seu trabalho.

A dimensão econômica é transformada através do trabalho do coletivo, de todos os grupos da sociedade, que vai proporcionar meios de a sociedade existir. Através da

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criação de uma economia forte baseada na receita produzida pela compra e venda de produtos e serviços.

1.5.1 Diferença entre Trabalho e Emprego

O trabalho é a atividade humana, a produção de todos os indivíduos, física ou intelectual. Produzir um bem material ou desempenhar um serviço essencial de forma remunerada ou não representa o trabalhar. O emprego é o trabalho como instituição, com toda a sua formalidade, ou seja, com regras, documentação, direitos e deveres e finalmente a remuneração pelo trabalho.

A organização social utiliza o emprego como uma ferramenta de controle e geração de ordem social ao definir os papéis e funções dos indivíduos na sociedade. É o emprego que garante status. Na maioria das sociedades não ter emprego é não se encaixar nos grupos sociais, além de não ser vista com bons olhos.

1.6 Estado

O Estado é a instituição social responsável por exercer o controle na sociedade. É estruturado de forma orgânica, ou seja, dividida em instituições menores. Essas estruturas são responsáveis por organizar e administrar o espaço geográfico e o povo. São necessários três elementos essenciais para a formação do Estado: território, população e soberania.

O território é o espaço geográfico onde um determinado povo habita e onde é constituída a sociedade desse povo. A população ou povo é um agrupamento de pessoas de cultura majoritariamente semelhante, que dividam traços como linguagem, religião e tradição. A soberania do Estado é garantida através da autoridade exercida sobre o povo.

Concebida através da organização social ela define sanções para o povo além de seus direitos e deveres básicos, garantindo assim o acesso à educação, saúde, segurança e bem estar para o povo.

As funções do Estado são garantir a soberania, manter a ordem e promover o bem­estar para seu povo e para tal existem instituições menores derivadas do estado e regidas pelo governo. São essas instituições: escolas, universidades, hospitais, forças armadas, policia, empresas estatais, etc.

1.6.1 Estado e Governo

Pode­se confundir um conceito com o outro, mas basta imaginar o estado como uma parte da hierarquia que compõe o estado. O governo seria uma instituição nessa localizada dentro da esfera pública que o estado administra. Os governos podem ser encontrados nas mais variadas estruturas, como a democracia, monarquia, ditadura e oligarquia. Os governos geralmente são transitórios enquanto o Estado é permanente,

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elegíveis por voto com exceção das ditaduras e modelos de governo absolutistas. O modelo de governo de uma nação também está ligado a cultura e história daquele povo.

2.1 Controle Social

O controle social representa os métodos empregados para garantir a convivência saudável entre os membros de uma sociedade. A intenção do controle social é condicionar o comportamento dos indivíduos por meio de mecanismos de intervenção, adequando assim os indivíduos ás normas sociais do sistema vigente. O indivíduo que não se encaixar nos padrões éticos, morais e comportamentais de uma sociedade pode sofrer uma série de sanções para ter seu comportamento alterado, já o indivíduo que segue as normas de sua sociedade pode receber recompensas que irão estimular seu bom comportamento.

Portanto o controle social é uma série de estímulos positivos e negativos que condicionam o comportamento do indivíduo para o que é permitido na sociedade vigente.

2.1.1 Sanções

Nas sociedades existem códigos morais, modelos de conduta que devem ser obedecidos. Existem sanções positivas para quem obedece as normas do código moral, mas também existem sanções negativas quando o oposto acontece. As sanções negativas são baseadas no principio do constrangimento, onde ao ser exposto de forma negativa em sua sociedade o indivíduo então busca dentro de si consertar sua moral para reconquistar o status de aceitação por seu grupo. Salientando que esse é apenas um conceito teórico, não significando que ao sofrer uma sanção negativa o indivíduo abandone a prática que é considerada errada por sua sociedade.

Os principais tipos de sanções negativas são:

● Constrangimento físico: É o emprego da violência física como punição.

Tem por finalidade a proteção da sociedade e de seus membros, deixada a cargo da policia, forças armadas, tribunais de justiça e penitenciárias. ● Sanções econômicas: Acarretam a perda de privilégios e bens econômicos.

Aplicada pelo sistema jurídico essas sanções não só se aplicam para os cidadãos, mas também para empresas. Exemplos de sanções econômicas são as indenizações, restituições, boicote à produtos e serviços, suspensão do fornecimento de mercadorias, perda dos direitos de exercer uma profissão, etc. ● Sanções religiosas: Referem­se as relações entre o homem com o divino.

Baseia­se na crença religiosa e na autoridade de líderes religioso. Vem agir para punir os indivíduos que não seguem as normas ou a ética da religião a qual pertençam. As sanções são aplicadas por líderes religiosos e geralmente tem o propósito de afastar definitivamente ou aproximar o indivíduo de sua 8

divindade. Exemplos: excomunhão, penitências, perda de méritos e ameaças de condenação eterna. ● Sanções sociais: São aplicadas em pequenas comunidades, como famílias e grupos de amigos. Essas sanções podem ser aplicadas das mais diversas formas. Verbalmente, através da criação de boatos que virão a prejudicar o indivíduo, fofocas, acusações, zombaria, perseguição, piadas e não verbais, através da censura. Em casos mais graves as sanções permitem a exclusão do indivíduo de seu grupo social.

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3 Referências Bibliográficas

LAKATOS, Eva Maria. ​Sociologia geral​. 6ª Ed., São Paulo: Editora Atlas S.A., 1990.

Capítulos 6 e 10.

MUNDO EDUCAÇÃO. PENA, Rodolfo F. Alves. Disponível em: <​http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/conceito­estado.htm​ >. Acesso em 19 de abril de 2016.

ALUNOS ONLINE. RODRIGUES, Lucas Oliveira. Disponível em: <​http://alunosonline.uol.com.br/sociologia/controle­social.html​ >. Acesso em 19 de abril de 2016.

EXPLICA TUDO. 2 julho 2009. Disponível em: < https://explicatudo.com/tipos­de­governo​> Acesso em 19 de abril de 2016.

INFOESCOLA. PORTO, Gabriella. Disponível em: < http://www.infoescola.com/sociedade/organizacao­social/​>. Acesso em 17 de abril de 2016.

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