Ajuda Foodscapes Study
Um olhar sobre o acesso à alimentação saudável no Bairro 2 de Maio
Um olhar sobre o acesso à alimentação saudável no Bairro 2 de Maio
Esta pesquisa foi financiada por Novo Nordisk Inc (NNI) e
Novo Nordisk A/S (NNAS), e completada em parceria com Cities Changing Diabetes and Locals Approach
Novo Nordisk + Cities Changing Diabetes
Louise Hessedal, Global Prevention and Health Promotion
Thomas Hilberg Rahbek, Global Project Manager
Helena Novais, Public Affairs Director, Lisbon
Steno Diabetes Research Center
Paul Bloch, Senior Researcher
Locals Approach
João Martins
Gonçalo Folgado
Lia Ferreira
Irina Gomes
Gehl — Making Cities for People
Jeff Risom, Chief Innovation Officer
Louise Kielgast, Associate, Anthropologist
Olivia Flynn, Project Manager’
Julia Tabet, Architect
Aron Lesser, Urban Planner
Miriam Sode, Urban Strategist
Leila Jackson, Urban Designer
Rute Nieto Ferreira, Reference
Ajuda Public Life Study Community Researchers
Fernando Fernandes
Raquel Santos
Análise de Campus Universitário
ISCSP-UL: Instituto Superior de Ciencias Sociais e e Politícas
2º Ano licenciatura em sociologia – métodos e técnicas de investigação sociológicas II – leccionado por Prof. Dra
Manuela Mendes
Participantes do Focus Group (Instituições):
Casa da Sopa
4Change
Amigos B2M
Polícia Municipal
Mercado da Ajuda
Rede EMPREGA
DEP (Divulgar e partilhar)
Junta de Freguesia da Ajuda
Gebalis
Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
AJCA – Associação Jovens do Casalinho da Ajuda
Rede DLBC
AASB2M – Associação Atividades Sociais do Bairro 2 de Maio
ISCSP-UL (Instituto superior de Ciências Sociais e Politicas da Universidade de Lisboa)
CCR-CCR - Centro Cultural e Recreativo das Crianças do Cruzeiro e Rio Seco
Participantes do Focus Group (Instituições) contínuo:
Camara Municipal de Lisboa – Lisbon Municipality
Universidade NOVA de Lisboa – NOVA Lisbon University
Agrupamento de Escolas Paula Vicente
Fundação Sporting
Fundação LIGA
APDP – Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal
USF Ajuda – Unidade de Saúde Familiar da Ajuda
APCOI – Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil
Voz do Operário Ajuda
A colaboração de Gehl com o programa Cities Changing Diabetes (CCD) e o Ajuda Foodscape Study começa com duas perguntas: qual é a relação entre o sistema alimentar e o ambiente urbano e como podemos gerar uma mudança alimentar positiva à escala do bairro por meio de intervenções e estratégias locais?
Este estudo baseia-se no trabalho de Gehl com o CCD e três cidades que participam no programa - Bogotá, Houston e Filadélfia. O objetivo desta colaboração é pesquisar, medir e desenvolver intervenções para os parceiros locais do CCD, contribuindo com esforços para melhorar a qualidade de vida e a segurança alimentar urbana. O CCD é uma iniciativa única que trabalha com a sociedade civil, os governos municipais e o setor privado para encontrar soluções inovadoras e acionáveis, melhorando os resultados de saúde e promovendo hábitos saudáveis.
Através de métodos qualitativos e quantitativos, a nossa abordagem para estudar Foodscapes foca-se na relação entre o ambiente construído e os comportamentos alimentares cotidianos das pessoas. Ao olhar para esta interseção, exploramos o papel que o ambiente, os indivíduos, as empresas e as instituições desempenham na formação dos comportamentos alimentares das pessoas. A pesquisa sobre a relação entre os hábitos alimentares e o ambiente construído ainda é limitada e portanto a coleta desses dados exerce o papel importante de centralizar a experiência vivida das pessoas nas conversas sobre os sistemas alimentares.
O estudo Foodscape descreve as nossas motivações, métodos de recolha de dados, e principais conclusões e recomendações para melhorar o ambiente alimentar na Ajuda, juntamente com possíveis intervenções.
Descobrimos que o ambiente construído cria muitos desafios no consumo alimentar diário das pessoas na Ajuda, uma freguesia localizada ao oeste do centro de Lisboa. O estudo identificou três barreiras primárias para uma Foodscape saudável na Ajuda. Primeiro, os residentes da freguesia têm acesso limitado a alimentos saudáveis. As opções nutritivas são escassas, com pouca visibilidade e longe de onde as pessoas moram, estudam e passam tempo. Em segundo lugar, a qualidade do domínio público da Ajuda – o microclima, a topografia e o espaço público– intensifica os desafios de acesso aos alimentos. Essas condições espaciais, juntamente com o transporte público limitado, geram um impacto desproporcional para residentes idosos e estudantes que constituem uma parcela significativa das pessoas neste bairro. Por último, aprendemos que ter uma alimentação saudável na Ajuda é difícil porque requer tempo, dinheiro e um grau de literacia alimentar que nem sempre os residentes possuem. A responsabilidade de desenvolver rotinas saudáveis recai sobre o indivíduo.
O estudo conclui com recomendações à CCD e aos nossos parceiros locais de Lisboa sobre como implementar, financiar e programar atividades para melhorar o ambiente alimentar.
Essas recomendações vêm na forma de uma estratégia integral para criar um bairro mais saudável, sugerindo locais oportunos para intervenções e quatro conceitos de projetos-piloto para começar a alcançar impactos duradouros.
A Super Stop Ajuda é a primeira ideia piloto. Devido aos longos tempos de espera, descobrimos que as paragens de autocarro tornaram-se espaços públicos críticos para moradores e estudantes. O conceito Super Stop reinventa criativamente as paragens como centros de alimentação saudável intergeracionais. O próximo piloto, Comida Morro Acima, distribui comidas saudáveis através de entregas de caixas de frutas e vegetais, empregando jovens que já ajudam na distribuição de alimentos para a comunidade. De seguida, propomos a transformação do núcleo universitário da Ajuda no Lisboa Foodscape Campus, criando uma visão unificada de design à escala do bairro para impulsionar a educação alimentar. Finalmente, a Cozinha do Bairro baseia-se nos esforços existentes, através dos quais os residentes criam uma comunidade em torno da comida, compartilhando o conhecimento de culinária local.
Os conceitos dos projetos piloto são exatamente isso –conceitos. Servem como ponto de partida para as partes interessadas locais poderem trabalhar com membros das diversas comunidades da Ajuda e pouco a pouco melhorarem o Foodscape, construindo uma Ajuda mais saudável.
Planeamento urbano
Historicamente, as cidades foram construídas onde havia cultivo de alimentos. Por questões de transporte, as cidades não podiam afastar-se muito dos corpos de água e dos locais de produção de comida. Depois da revolução industrial, tudo mudou e como resultado, muitas pessoas hoje em dia encontram-se desconectadas das suas fontes de alimento.
Atualmente, as pessoas não precisam de morar perto de zonas de agricultura. Essa característica espacial introduziu novos desafios para o transporte, tratamento e distribuição de alimentos. Estudar como os residentes urbanos têm ou não acesso a alimentos saudáveis ajuda-nos a tornar essas experiências mais visíveis e a identificar como podemos tornar as suas jornadas alimentares mais fáceis e agradáveis.
Experiências sensoriais
Muitas vezes, o primeiro contato sensorial de uma pessoa com a comida é através dos olhos. As pistas visuais orientam as experiências de identificação de alimentos das pessoas nos seus ambientes circundantes.
Com o método de Foodscapes, consideramos como as qualidades sensoriais e as características dos ambientes alimentares das pessoas influenciam as suas decisões alimentares. Essa abordagem ajuda-nos a identificar intervenções nas experiências sensoriais que possam ter um impacto nas decisões alimentares. Portanto, ao longo da avaliação do cenário alimentar, medimos o que as pessoas podem ver da rua – é mais visível a publicidade de alimentos processados ou a de produtos frescos? Melhorar a acessibilidade visual de alimentos nutritivos nas rotinas alimentares ajuda-nos a tornar os alimentos frescos mais convenientes e óbvios.
As pessoas usam a comida para expressar identidades e práticas culturais. A comida é uma necessidade biológica, mas também tem um significado cultural e social. No entanto, devido à industrialização do sistema alimentar, muitos dos benefícios culturais e sociais associados à alimentação tornaram-se invisíveis.
Por estas razões, estudamos os rituais alimentares que se desenrolam nos espaços quotidianos em conjunto com a qualidade desses espaços. Ao considerar os ambientes alimentares sociais, podemos ajudar a abordar as desigualdades urbanas, melhorar os resultados de saúde e criar Foodscapes inclusivos para todos.
“Mais de 422 milhões de pessoas em todo o mundo têm diabetes. Se quisermos mudar a trajetória da doença, uma resposta clínica é essencial, mas não suficiente. Devemos direcionar nossa imaginação para fatores sociais e determinantes culturais para desenvolver intervenções inovadoras."
- ‘Urban Diabetes, understanding the challenges and opportunities’ - Cities Changing Diabetes
Três em cada quatro pessoas com diabetes residem em cidades. O acesso reduzido a ingredientes frescos e refeições saudáveis é uma das principais causas de doenças relacionadas com estilo de vida, como obesidade, diabetes, e hipertensão, entre outras. Gehl e Cities Changing Diabetes têm trabalhado juntos para projetar um futuro onde o comportamento cotidiano das pessoas ajuda a melhorar a saúde individual e comunitária.
A segurança alimentar é fundamental para a saúde geral da população. Ter segurança alimentar significa ter certeza de que você pode ter acesso a alimentos nutritivos suficientes para manter uma qualidade de vida digna e saudável.
Anteriormente, o quadro de segurança alimentar de uma comunidade baseou-se nos meios económicos e na distância de casa ao supermercado. No entanto, agora o nosso conhecimento vai mais além. Um sistema de expansão e desconexão urbana de onde os alimentos vêm, desinvestimento na qualidade do domínio público, redução nos programas sociais, sistemas de distribuição ineficientes, isolamento social, redes de mobilidade fraturadas e falta de habitação a preços acessíveis constituem os determinantes sociais e culturais da saúde.
Estas condições foram agravadas pela Covid-19, a guerra na Ucrânia e os efeitos em cascata que tiveram no acesso aos alimentos para as pessoas que moram em Portugal. Trabalhar com Foodscapes é um primeiro passo para criar uma visão compartilhada de como o domínio público pode gerar rotinas alimentares mais saudáveis e alegres nas cidades.
comportamento e fatores socioeconómicos representam 80% da saúde de uma comunidade, e fatores clínicos só 20%1
COMPORTAMENTO INDIVIDUAL
Dieta e atividade física
Uso de tabaco
Uso de álcool e drogas
Atividade sexual
Família e apoio social Segurança comunitária
Ambiente,
Compreender o que torna um sítio saudável é uma questão complexa que inclui o indivíduo, contextos físicos e sociais e as oportunidades/ dificuldades de acesso a alimentos. Utilizamos o modelo Foodscape para abordar essas questões.
Relativo ao contexto em que a pessoa se encontra – quais fatores sociais influenciam a alimentação
Relativo ao ambiente regulatório — quais as políticas públicas relacionadas com a alimentação?
Relativo a comer bem — quais os hábitos alimentares das pessoas?
Relativo ao espaço físico e movimento — onde se localiza e qual é a qualidade do espaço público?
A foodscape é o ambiente que rodeia o indivíduo, e o que define a experiência alimentar de pessoas à escala do bairro e da comunidade. É composto por:
● Locais de acesso à alimentação
● Vida urbana
● Espaços Públicos.
Food Places
Os Food Places, ou lugares de alimentação, são uma interface direta entre o sistema alimentar a um nível macro e o consumidor ao nível individual.
Os lugares de alimentação não são apenas mercearias, restaurantes ou cafés, mas uma vasta rede de serviços que inclui bancos de alimentos, mercados de agricultores, lojas de esquina e vendedores ambulantes.
A vida pública é o que as pessoas criam quando se conectam umas às outras na esfera pública das cidades. Trata-se das atividades cotidianas das quais as pessoas naturalmente participam quando passam tempo fora de casa, por exemplo, no autocarro, no parque com amigos ou a caminho do local de trabalho.
Promover uma vida pública robusta produz um efeito cascata de benefícios em toda a cidade. Uma vida pública vibrante é um indicador de uma cidade que é bem-sucedida no sentido económico, social e ambiental. Para o sistema alimentar, a vida pública desempenha um papel essencial em influenciar os comportamentos alimentares de uma comunidade.
O espaço público é a rede da cidade na qual a vida pública acontece. São as ruas, praças, parques e espaços urbanos entre edifícios. A qualidade do espaço público geralmente determina a percepção de segurança e proteção pública, ajuda a promover a coesão da comunidade e define a estrutura para atividades ou programas.
A combinação de espaços públicos de alta qualidade e oferta de alimentos nutritivos e acessíveis pode criar as condições oportunas para comportamentos alimentares mais saudáveis.
Focamos o nosso trabalho Foodscape no bairro, onde as pessoas acedem e consomem alimentos como parte da sua vida cotidiana. É a escala em que as pessoas interagem de forma direta com sistemas alimentares extensos e complexos.
A abordagem na escala do bairro nos permite olhar para os grandes problemas de modo quantitativo, assim como para desafios e oportunidades humanas de maneira qualitativa. Trabalhar à escala do bairro centraliza a conversa na experiência vivida das pessoas para criar intervenções que se focam nos desafios e nas oportunidades únicas de uma comunidade.
A intervenção no Foodscape não é necessariamente uma abordagem linear. Porém, descobrimos algumas etapas principais que são essenciais para a implementação de estratégias de bairros saudáveis.
Recolha de dados Narrativas pessoais
Uma abordagem baseada nos dados para entender o contexto e as atividades que constituem o dia a dia, através de um processo participativo com todas as partes interessadas
Focamo-nos nas experiências, histórias e narrativas do quotidiano das pessoas
Intervenções à escala do bairro para oferecer opções de comida digna, conveniente e econômica
Avaliações focadas nos indicadores de desempenho a longo prazo realizadas em colaboração com as partes interessadas
Utilizar o interesse gerado pelo projeto piloto para atrair maior investimento destinado a projetos de infraestrutura e políticas públicas. Participação das partes interessadas
Onde fica, porque é relevante, e para quem é
O projeto centra-se no Bairro 2 de Maio na freguesia da Ajuda em Lisboa, Portugal. Está localizado a oeste do núcleo urbano da cidade. Este estudo foca-se nas pessoas que vivem, trabalham, estudam e passam tempo na Ajuda.
As deslocações de Autocarro são 2x mais comuns na
65% dos idosos sozinhos ou com outros idosos
2º bairro com maior % de idosos em Lisboa
0-14 anos
65 +
Freguesia da Ajuda A população que visita a Ajuda diariamente é quase o dobro da população residente
Lisboa
24,600
14,300 População da Ajuda (2011)
População incluindo universitários
15-64 anos
O rendimento médio na Ajuda está no tercil mais baixo de Lisboa e é inferior ao ganho médio do Concelho de Lisboa (2009)
As dinâmicas comunitárias existentes fazem da Ajuda uma comunidade privilegiada para avaliação e intervenção no âmbito das Foodscape. As pessoas estão envolvidas e existe um Pólo Universitário, bem como um enorme potencial de produção alimentar local no território.
Observamos quatro perfis de consumidores que estão presentes no sistema alimentar local, com experiências e desafios distintos. As rotinas alimentares são influenciadas pela composição familiar das pessoas, as opções de mobilidade e a disponibilidade de tempo para comprar comida.
Apesar das diferenças, observamos algo em comum - todos enfrentam dificuldades de acesso a alimentos frescos no bairro.
Vizinh@ idos@ Precisa de ajuda para se mover e para aceder alimentos e espaços comunitários
Cuidador@ comprometid@ Precisa de ajuda para proporcionar alimentos saudáveis à família
Estudantes universitários
Precisa de refeições
saudáveis e nutritivas, assim como de espaços
comunitários onde possa fazer refeições com amigos e colegas
Crianças e adolescentes
Precisam de aprender sobre a alimentação saudável para desenvolver bons hábitos alimentares e disseminá-los com a família
Cartografia
Embora saibamos que não podemos entender completamente as experiências vividas das pessoas quando se trata do acesso a alimentos saudáveis, optámos por adotar uma abordagem diversa onde usámos várias ferramentas e métodos, como a observação e análise etnográfica.
Levantamento dos lugares de alimentação
Participação
Comunitária
Discussões em Grupo
Entrevistas com residentes
Através de diferentes métodos, temos trabalhado para entender a experiência de acesso a uma
01 Acesso limitado a produtos saudáveis
Existem poucas opções de alimentos saudáveis, ao que acresce a pouca visibilidade nos locais onde as pessoas os compram e passam tempo.
02 Qualidade do espaço público
Condições microclimáticas adversas, topografia acidentada e espaços públicos de baixa qualidade intensificam os desafios.
03 Pressões ao nível individual
É difícil ter uma dieta saudável na Ajuda, pois requer tempo, dinheiro, e um grau de literacia alimentar que as pessoas nem sempre possuem.
O acesso físico e visual aos locais onde existe oferta alimentar saudável e nutritiva é escasso.
Acesso limitado
Disponibilidade de Alimentos
Saudáveis
‘’O que é mais barato: comida saudável ou fast food?’’
Só 1 em 5 dos locais de comida observados vende frutas e verduras frescas.
Acesso Físico Acesso Visual
Num raio de 15 minutos a pé do local onde as pessoas moram, estudam e trabalham, a oferta de alternativas alimentares
nutritivas (ao nível de locais de compra) é muito reduzida.
O estímulo sensorial é determinante para a adopção de comportamentos alimentares. Há falta de acesso visual/ publicidade/ comunicação de produtos frescos na Ajuda.
Percentagem do tipo de oferta nos 47 locais de alimentação mapeados
dos locais de comida observados vende frutas e verduras frescas
Bebidas Alcool Produtos de padaria Comida take-away Comida preparada no local
Comida processada / alimentos embalados
Carne, Peixe, Lacticínios
Plantas comestíveis
Produtos Frescos Comida para comer no local
Espaços para preparar a própria comida
Onde as pessoas habitam
Universitário
about 10,000 university students
Onde as
Local de residência dos inquiridos
Acesso visual Mesmo nos locais que vendem produtos frescos, as opções saudáveis estão escondidoslonge da vista logo, longe do coração
O Mercado de Ajuda, construído em 2006, mantém viva a tradição do mercado português abundante em frutas, verduras, peixes e carnes.
Porém, os produtos frescos não são facilmente visíveis do exterior.
A riqueza dos produtos frescos no interior são difíceis de ver do exterior
Local natural para encontros mas sem espaço para passar tempo
Fotos de produtos mas sem sentido sensorial
Uma diversa variedade de atividades da ‘vida pública’ num dado lugar geralmente significa que mais pessoas são convidadas a passar tempo lá. Quando as pessoas são convidadas a passar tempo na esfera pública e compartilhar experiências, as cidades tornam-se lugares mais vibrantes e saudáveis.
Um lugar para socializar e fazer compras
Um lugar sem condições para estar e esperar
Lugares onde se encontram atividades relacionadas com produtos alimentares e a sua preparação
0% de atividades relacionadas à comida
As más condições microclimáticas, topográficas, e do espaço público em geral intensificam os desafios de acesso.
Qualidade do domínio público
‘’Se não fosse o Sr. Mário ir comigo ao mercado no fim de semana, como é que eu ía??’’
55% dos inquiridos identificaram as condicionantes espaciais como sendo um desafio no acesso à alimentação saudável, seja pela acentuada subida da encosta, seja pela distância das suas casas a supermercados, seja pelo peso das compras
A maior parte dos passeio na Ajuda não têm espaço suficiente para
A falta de árvores e sombra dificulta o trajeto até ao supermercado. A temperatura em Lisboa aumentou quase 10°C nos últimos 10 anos
A comida é um poderoso veículo de coesão comunitária. 61% das pessoas com quem falámos, menciona a falta de espaços adequados no seu bairro para estadia e partilha de refeições
O ambiente construído pode dificultar ou facilitar o acesso à alimentação fresca
Espaço público de qualidade não é luxo, é uma condição essencial para o estabelecimento de padrões de vida dignos.
Qual o maior desafio quando vai às compras?
55% das pessoas inquiridas identificaram o subir a encosta como um dos maiores desafios na relação ao espaço público
Topografia O desenho do espaço público representa um desafio maior para o acesso à alimentação do que o preço dos alimentos
A subida entre o mercado e onde moram as pessoas está exposta a más condições climáticas. Frequentemente, o calor intenso pode tornar a caminhada ainda mais desafiante do que já é.
76 Locais de comida
55% das pessoas consultadas identificaram a subida da encosta como um dos maiores desafios no espaço público
9
Locais de comida
Onde as pessoas habitam e estudam
Alto da Ajuda
& Pólo Universitário
Onde as pessoas compram
Travessa da Boa Hora
*Dados recolhidos pelo instrumento proprietário de medição de amenidades
17 minutos pela colina acima (1.3km) + compras
63 m
17 minutos pela colina acima (1.3km) + compras
Na hora de ponta, os idosos representam 50% das pessoas observadas fora do mercado
Quais são as atividades relacionadas com a alimentação que os idosos que observámos fazem nos espaços públicos?
A comida é um conector social e a conexão social é um fator importante que influencia a saúde dos idosos que moram em zonas urbanas1. Ao observar que atividades alimentares as pessoas com mais de 65 anos estavam a fazer, identificamos principalmente atividades relacionadas à aquisição de alimentos e não atividades sociais, como compartilhar uma refeição ao ar livre.
Muitos idosos passam uma grande parte do seu tempo subindo e descendo o morro com compras. Portanto, os desafios que o domínio público traz no acesso a alimentos na Ajuda são intensificados para este grupo etário. 12%
Fonte: WHO Advocacy Brief Social isolation and loneliness among older people, 2019
A alocação espacial das ruas da Ajuda não reflete os principais usos que observamos.
As pessoas valorizam o espaço público e fazer refeições ao ar livre, mas existem poucos espaços para sentar, conviver e apreciar refeições em grupo.
‘‘Não, [porque] falta equipamento urbano’’ — Resposta de um inquirido
Sombra sem sítio para sentar
Falta contacto sensorial com a comida
Observamos muitos ‘espaços com oportunidades’ - que poderiam ser aproveitados para: apoiar a alimentação como um conector social, contribuir para a produção de alimentos, e fomentar a educação alimentar.
"O que posso eu, como indivíduo, oferecer para melhorar o cenário coletivo?''
Espaços de oportunidade
Espaços comunitários
Espaços educativos
"Há espaços que não estão a ser usados, porque não deixar a comunidade tratar
Ajuda
Carregar compras neste ambiente é bem mais difícil… …do que neste…
Exposicão solar
Calçadas com sombra
Controle de temperatura natural
É
Pressões ao nível individual ''Temos que envolver a comunidade escolar, para colher os frutos a longo prazo''
Dinheiro O preço dos alimentos não processados aumentou 15% em comparação com o ano passado, no período homólogo1.
Tempo
O transporte público é lento e intermitente, dificultando ainda mais o trajeto até ao supermercado. Em geral, para ir às compras de autocarro demora-se mais de 30 minutos só em viagens.
Literacia Alimentar
Ouvimos nos grupos focais que existe uma grande necessidade de trabalhar as questões da literacia alimentar.
Fonte: https://tradingeconomics.com/portugal/food-inflation
O preço é desafiante para as pessoas, especialmente pela forma como a inflação está a evoluir em Portugal, diminuindo o poder de compra dos portugueses. O preço dos alimentos não processados aumentou 15% em comparação com o ano passado no período homólogo
Os problemas de mobilidade tem maior impacto na população idosa que depende do transporte público para ter acesso à alimentação
Porcentagem de pessoas que usam transporte públicos para fazer compras
Idosos usam transporte público 2x mais do que outros grupos etários para para comprar alimentos saudáveis
Existem poucos locais de alimentação na zona universitária, e a maioria das pessoas observadas durante o leavantamento de pessoas paradas estavam à espera do autocarro. As paragens de autocarro são espaços ideais na Ajuda para intervenções focadas nas rotinas alimentares.
68% da população idosa usa transportes público para fazer compras
91% das pessoas observadas na zona universitária estavam à espera do autocarro
Devido ao longo tempo de espera, as paragens de autocarro tornaram-se espaços públicos fundamentais para os dois extremos
Durante grupos focais com líderes de organizações do bairro, agentes locais, funcionários das universidades e outras partes interessadas, todos nos disseram que a literacia e a educação alimentar eram extremamente importantes.
O que é útil para a minha organização?
Maior conhecimento de planos alimentares e literacia alimentar, alternativas para a aquisição de alimentos e melhor equipamento de projeto
O que é útil para os meus usuários?
Literacia alimentar, projetos desenvolvidos por jovens/adultos no bairro e arredores.
— Participante no grupo focal
O que é útil para minha comunidade?
Literacia alimentar, aumentando o conforto na sua procura de alimentos.
— Participante no grupo focal
02 Domínio público 03 Pressões 01 Acesso
Como podemos transformar as opções de alimentação saudável em opções óbvias na Ajuda?
Como podemos promover dignidade e prazer no processo de fazer compras e desfrutar de uma refeição no espaço público da Ajuda?
Como podemos, através de melhorias sistémicas, tornar as rotinas alimentares saudáveis parte do dia a dia na Ajuda?
Acesso
Melhorar a Visibilidade e o Acesso
Oferta de alimentos
Transporte público
Paragens de autocarro
Domínio público
Rotas seguras e saudáveis
Ruas de intervenção
Cruzamentos de prioridade
Espaços públicos de qualidade
Melhorias sistêmicas
Empreendedorismo e literacia alimentar
Produção alimentar local
Espaços já existentes para apoiar novos projetos
Melhorar a visibilidade e o acesso à comida saudável
Trazer comida saudável e saborosa para os locais onde as pessoas passam tempo e moram
Prioritizar rotas saudáveis e seguras
Criar espaços público de qualidade
Apoiar empreendedorismo e literacia alimentar
Tornar a experiência de comprar comida mais confortável, digna e agradável.
Dás prioridade a melhorias na paisagem urbana em rotas alimentares importantes.
Criar espaços públicos onde as pessoas possam sentar-se, conviver e apreciar refeições ao ar livre.
Criar mais oportunidades para promover o empreendedorismo alimentar e hábitos saudáveis.
Fomentar a produção alimentar local
Apoiar a produção de comida local na Ajuda para criar novos vínculos entre as pessoas e sua alimentação.
Acesso Domínio público Estratégias sistêmicas
A Câmara Municipal de Lisboa criou o programa BIP-ZIP em 2011 para, através de um orçamento participativo, apoiar o desenvolvimento de certos bairros na cidade, vários dos quais se localizam na freguesia da Ajuda.
Através do orçamento participativo, a Câmara Municipal de Lisboa distribui €2.5 milhões cada ano. No ciclo 2021, projetos focados em temas de sustentabilidade, saúde e bem-estar foram selecionados para receber apoio financeiro.
O Departamento de Direitos Sociais da Câmara Municipal de Lisboa oferece apoio financeiro e programático a projetos de inclusão social e cultural, lazer e de melhoria da qualidade de vida dos residentes da cidade.
O programa destina financiamento a projetos desenvolvidos pela comunidade e por organizações comunitárias focadas em melhorar as condições de saúde no país. Projetos para melhorar espaços frequentemente são apoiados pelo programa.
A organização sem fins lucrativos é uma incubadora para promover o empreendedorismo na cidade de Lisboa. Após 10 anos de operações, atualmente estão a desenvolver um novo programa de apoio a empreendedores de comida.
Nacional
Os projetos nacionais e municipais em curso, bem como as parcerias público-privadas, são fundamentais para a nossa estratégia de bairro saudável na Ajuda. Estes são
apenas alguns exemplos onde poderíamos alinhar esforços estrategicamente:
Projetos Pilotos podem diminuir os riscos de grandes investimentos através de testes iniciais com o público. Ao recolher dados e feedback a curto prazo, temos oportunidade de integrar mudanças, desenvolver e alcançar melhorias a longo prazo, com maior eficiência económica e temporal.
Intervenções
Identificamos três grupos principais para ajudar estrategicamente com a implementação dos projetos piloto - governos locais, instituições acadêmicas e negócios de alimentos do bairro.
Negócios locais
ONG’s
Comunidade da Ajuda
Fundações
Academia
Empresas particulares
Negócios de alimentos
Governo Central
Estratégia Foodscape
Reforço das hortas comunitárias
Durante os grupos focais, vizinhos compartilharam uma série de ideias de projetos, as quais nos ajudaram a desenvolver quatro conceitos-piloto para avançar a estratégia Foodscape saudável na Ajuda.
Centro comunitário com cozinha, espaços educativos e uma horta
Parceria entre escolas e centro de saúde
Livro de receitas da comunidade
Lugar social para idosos
Desconto em ginásios para a comunidade
Escada rolante eléctrica para ligar a Baixa Ajuda ao Alto da Ajuda
Transporte coletivo “solidário” organizado pela comunidade
Passeio pelo Mercado da Ajuda para apresentar a oferta
Um supermercado no polo universitário
A partir do diagnóstico e do grupo focal, desenvolvemos um conjunto de potenciais projetos piloto que podem iniciar uma transformação na Ajuda. Os pilotos respondem ao principal desafio encontrado: queremos melhorar e facilitar o acesso à comida saudável na Ajuda. Promos uma abordagem através de quatro facetas: acesso, conexão, partilha, e conhecimento.
Levar comida saudável e melhorias para os locais onde onde as pessoas passam tempo
Acima
Trabalhar com membros da comunidade para criar empregos e ao mesmo tempo melhorar o acesso à alimentação saudável
Comida & Conexão
Comida & Acesso
Comida & Partilha
Comida & Conhecimento
Ligar o Polo Universitário com a comunidade através de comida e projetos de educação alimentar
Um espaço de cozinha partilhada para a comunidade que usa a comida como connector social
Alto da Ajuda
Frutas e verduras + Comida saudavel
Devido aos longos tempos de espera, as paragens de autocarro tornaram-se espaços públicos críticos e inesperados para residentes e estudantes. O piloto Super Stop reimagina criativamente as paragens de autocarro da zona como centros de alimentação saudável intergeracionais.
Travessa da Boa-Hora
Frutas e verduras + Comida saudavel
Nossa visão
➔ Tornar os alimentos frescos convenientes e visíveis
➔ Incorporar a literacia alimentar no dia a dia
➔ Tornar a jornada gastronómica mais confortável
Comida saudavel
Vídeos educatívos
Mais sombra e verde Publicidade para eventos e comida saudável
Comida saudável para levar
Econstar / descansar com compras
Mais opções de onde se sentar
Doações
Aumentar a visibilidade e a conveniência de comida saudável
Disponibilizar comidas saudáveis nos locais onde as pessoas passam tempo, transformando as opções de alimentação saudável em opções óbvias na Ajuda.
Incorporar a educação alimentar no dia a dia Ajudar a comunidade a ‘recuperar as ruas,’ eliminando anúncios de alimentos processados e incorporando nas paragens de autocarro informações de literacia alimentar.
Kit de peças— quais os elementos
● Refrigerador com refeições saudáveis para levar e doações de alimentos frescos
● Telas com vídeos curtos estilo TikTok mostrando receitas nutritivas
● Mapas de autocarro atualizados com locais de comida saudável
● Sombra e novos espaços para se sentar, encostar e descansar com compras
1. Incluir vendedores locais de alimentos e organizações comunitárias para apoiar os Super Refrigeradores
2. Criar uma campanha de sensibilização baseada na participação comunitária de idosos e universitários, integrando-os às fases iniciais do desenvolvimento dos Super Stop
Participantes — quem envolver
● Agências municipais de saúde e urbanismo
● A Carris junto com outros operadores de transporte
● Alunos da Faculdade de Arquitetura
● Organizações sociais e comunitárias Restaurantes e mercados locais
3. Parceria com alunos da faculdade de arquitetura para participar no design dos protótipos dos bancos, encostos e pórticos para as paragens
Tornar a experiência de fazer compras mais confortável
Melhorar a experiência de acesso a comidas nutritivas, incentivando hábitos alimentares saudáveis para que se torne mais conveniente a compra de alimentos nutritivos do que de comidas processadas.
Indicadores de desempenho — o que medir
● Acesso melhor e mais conveniente a comidas saudáveis e frescas
● Mais informações no âmbito público sobre nutrição e como cozinhar com ingredientes frescos
● Uma experiência de fazer compras mais confortável, digna e agradável, especialmente para as populações vulneráveis
4. Trabalhar em conjunto com a Carris para produzir mapas participativos "saudáveis" das rotas de autocarro que possam também ser desenvolvidas em outras regiões da cidade
5. Convocar agências municipais para implementar o piloto e recolher dados iniciais para informar um plano de desenvolvimento mais amplo
O piloto Comida Morro Acima distribui comida saudável para onde as pessoas vivem e passam tempo. O programa sem fins lucrativos emprega jovens, muitos dos quais já ajudam com a distribuição de alimentos na Ajuda, para fazer entregas de caixas de frutas e verduras.
Envolvimento dos jovens para o empacotamento das caixas de vegetais com os excedentes do Mercado
As caixas incluem receitas locais & informação do valor nutricional dos alimentos adquiridos
Nossa Visão
➔ Levar comida saudável para onde as pessoas vivem
➔ Envolver os jovens nas necessidades locais
➔ Partilhar conhecimento e promover iniciativas na educação
Criação de um sistema de entrega que leva as caixas de alimentos para perto de onde as pessoas vivem e estudam
Trazer comida saudável para os locais onde as pessoas moram
Criar um sistema de entregas semanais de caixas com os excedentes de produtos frescos do mercado, transformando ingredientes nutritivos em ingredientes convenientes.
Formalizar o sistema de entregas com jovens da comunidade
Muitos jovens já ajudam as suas famílias e seus vizinhos com as compras no Ajuda. Desenvolver um sistema de emprego remunerado onde os jovens montam caixas de produtos frescos e fazem as entregas, com o propósito de melhorar o acesso à comida saudável.
Os cartões com receitas ajudarão no processo de adaptação de receitas familiares em receitas que utilizam ingredientes saudáveis. Esse processo de educação popular não só traz novos conhecimentos à comunidade de Ajuda, como também cria um espaço onde a comunidade possa compartilhar a diversão e o prazer de cozinhar.
Kit de peças— quais os elementos
● Jovens montam as caixas em conjunto com os vendedores do mercado para incluir produtos de estação e excedentes verduras
● Cartões com receitas ajudando no processo de adaptar pratos familiares
● Residentes pagam uma pequena mensalidade para a entrega das caixas Programa sem fins lucrativos e operado pela comunidade.
● Pessoas podem se inscrever nas sedes das associações comunitárias, online, e presencialmente no mercado Participantes — quem envolver
● Agências municipais de saúde e urbanismo
● Associações de moradores, comunitárias e universitárias para operar o programa
● Jovens morando e/ou estudando na Ajuda
● Residentes e alunos
1. Incluir jovens, idosos, organizações comunitárias e vendedores de alimentos no desenvolvimento da iniciativa
2. Estruturar o programa de caixas de comida Morro Acima para ser sem fins lucrativos e completamente operado pela comunidade
3. Criar várias oportunidades para residents se inscreverem no programa, tanto online quanto presencialmente
4. Através de um processo participativo com os vendedores de alimentos e residentes locais, criar cartões com receitas usando frutas e verduras da estação e assegurar que o preço das caixas seja apropriadamente econémico
Indicadores de desempenho — o que medir
● Melhor acesso a produtos frescos para residentes do 2 de maio e universitários
● Aumento nas vendas no mercado, sobretudo de excedentes de verduras
● Aumento na taxa de emprego de jovens, também apoiando a economia local
● Compartilhamento de conhecimentos e tradições locais
5. Desenvolver sistema de entregas sustentável em conjunto com o departamento de urbanismo e os operadores de transporte
6. Começar com o projeto piloto com um plano gradual de expansão para novos clientes e bairros que também carecem de opções alimentares saudáveis
O piloto reinventa o conjunto universitário no norte da Ajuda como o Lisboa Foodscape Campus. Através de melhorias no espaço público e de novas opções alimentares, o projeto melhor vincula as várias faculdades da Ajuda entre si e à comunidade em redor, criando uma visão unificada da paisagem alimentar no bairro.
Food Trucks
Sombra
Workshops liderados pela comunidade Bancas de produtos locais
Nossa visão
➔ Eliminar a barreira entre as universidades e a comunidade
➔ Criar um ambiente alimentar social
➔ Promover a partilha do conhecimento local
Criar vínculos entre o polo universitário e as comunidades ao redor
Criar espaços públicos com o objetivo de unir todas as faculdades e a comunidade de residentes do Bairro 2 de maio através de uma melhoria na experiência de acesso a comidas nutritivas.
Criar um ambiente de comida social
Utilizar o espaço para eventos semanais e trazer Food Trucks com opções de comida económica e nutritiva. Tanto os residentes quanto os alunos e funcionários das faculdades poderão aproveitar o espaço.
Existem muitos projetos relacionados à alimentação, ao desenvolvimento comunitário, e ao placemaking nas diferentes faculdades. Uma melhor coordenação dos projetos ajudará a criar uma visão unificada para enfrentar as dificuldades no bairro.
Kit de peças— quais os elementos
● Melhoras na a paisagem urbana e do espaço público para conectar todas as faculdades entre si e com a comunidade vizinha
● Placemaking que convida pessoas a passarem tempo em espaços públicos
● Food Trucks com opções de comidas saudáveis e económicas
● Demonstrações culinárias
● Cursos universitários focados em nutrição 100% abertos ao público
Participantes — quem envolver
● Alunos universitários de várias facilidades incluindo arquitetura e ciências sociais
● Donos de restaurantes e vendedores de alimentos com food trucks 'saudáveis'
● Administradores das faculdades
● Agências municipais de saúde e urbanismo
● Fundações e Residentes
Indicadores de desempenho — o que medir
● Melhor acesso à comida saudável e económica no polo universitário
● Melhorias nos indicadores de vida pública nos espaços subaproveitados da zona
● Novas conexões entre o polo universitário e o Bairro 2 de maio
● Melhoria nas taxas de literacia alimentar para universitários e residentes locais
1. Incluir residentes e universitários de diversas faculdades no processo participativo de design e na implementação do projeto
2. Criar um comité de académicos e profissionais para ajudar com o desenvolvimento dos novos cursos
3. Começar com estratégias de placemaking de baixo custo, como organizar eventos em espaços bem localizados mas atualmente subaproveitados junto com um sistema para receber feedback
4. Conjuntamente com um comité liderado pela comunidade universitária e residencial, replicar o processo piloto em outros espaços chave na zona
5. Ampliar a visão do Campus Foodscape para que se torne uma referência no design participativo e comunitário do Foodscape
Workshops de receitas
A Cozinha do Bairro é um espaço comunitário no qual diversos moradores podem cozinhar, compartilhar refeições e desenvolver um sentimento comunitário. Por meio de workshops culinários, os moradores utilizarão produtos frescos da época e alimentos saudáveis às suas receitas favoritas, desenvolvendo novas variações “Ajuda” de pratos típicos. O piloto baseia-se num programa existente gerido pela Associação das Atividades Sociais do Bairro 2 de Maio.
Nossa visão
➔ Espaço para usar a comida como conector social
➔ Aproveitando ao máximo os alimentos existentes no bairro
➔ Expansão da capacidade de cozinhar
Doação de Alimentos
Equipamentos de cozinha compartilhados
Refeições Comunitárias
Criar um espaço para usar a comida como conector social A cozinha do bairro é um espaço comum onde diversos residentes poderão criar vínculos comunitários através da comida.
Aproveitar ao máximo os alimentos existentes no bairro Coordenação com o Mercado da Ajuda para organizar doações e os excedentes de produtos frescos a um preço reduzido.
Expandir o conhecimento culinário
Workshops para residentes aprenderem a integrar as frutas e legumes da estação nas receitas familiares para desenvolverem novas receitas saudáveis com o “sabor da Ajuda”.
Kit de peças— quais os elementos
● Cozinha do bairro operado pela comunidade com espaços gratuitos e compartilhados
● Workshops de culinária para residentes interessados em desenvolver receitas ‘Ajuda’
● Coordenação para receber doações e comprar excedentes de verduras do mercado
● Espaço sem fins lucrativos aberto ao público
1. Convidar residentes locais e membros de organizações sociais para ajudar com as operações e a manutenção da cozinha
2. Parceria com organizações e faculdades locais para criar workshops de culinária
Participantes — quem envolver
● Organizações sociais e comunitárias
● Residentes interessados em desenvolver a Cozinha do Bairro e os programas culinários
● Vendedores no mercado
● Restaurantes e produtores de alimentos
● A comunidade universitária Indicadores de desempenho — o que medir
● Melhor acesso a alimentos frescos, saudáveis, e económicos
● Novo conhecimento de como utilizar ingredientes frescos e da estação
● Um sentimento de identidade comunitária através do desenvolvimento de novas tradições culinárias
● Menos desperdício de comida no bairro devido à economia circular
● Mais espaços para cozinhar e conviver
3. Trabalhar em conjunto com os vendedores no mercado de Ajuda para, através de uma economia circular, diminuir o desperdício de comida
4. Divulgar cartões de receita Morro Acima e um livro de gastronomia com as adaptações ‘Ajuda’ de receitas familiares
5. Começar com um grupo pequeno para recolher feedback e refinar o projeto
6. Criar novas cozinhas comunitárias noutros bairros na Ajuda e noutras regiões de Lisboa.
Estamos a trabalhar para refinar os dados recolhidos, desenvolver novas estratégias e preparar os projetos piloto para melhorar o acesso à alimentação saudável na Ajuda
Maio
Recolha de dados
Lançamento do CDD em Lisboa
Implementação Implementação
Refinamento de dados e desenvolviment o dos projetos piloto
10,000 pessoas estudam aqui
Observamos o comportamento das pessoas em locais específicos da Ajuda entre Julho e Agosto de 2022. Cada local teve observações em um dia da semana e um final de semana durante os períodos da manhã, tarde e noite.* Observamos as pessoas nos espaços públicos e o movimento em cruzamentos importantes e mapeamos locais de alimentação, oportunidades e desafios.
Bairro 2 de maio
Universities
A maioria das pessoas habitam aqui
Aqui estão muitos lugares para comer e beber
Calingo de ajuda
* Somente realizamos observações em Caslingo de ajuda durante a semana
Calçada da Ajuda
Tv. Bora Hora
Alcântara
Aqui estão muitos
supermercados
Este bairro é bom para comparar com a Ajuda
Mapa de onde realizamos observações no espaço público
Estou na faixa etária entre: Género autodeclarado:
Para entender a relação entre os moradores da Ajuda e a alimentação e o ambiente construído, realizamos inquéritos in situ.
Conversamos com 115 moradores do 2 de Maio sobre suas rotinas alimentares
Onde
Mapeamento de locais de consumo alimentar realizado por Gehl e nossos parceiros comunitários
Mapeamos 47 sítios de alimentação nas 4 áreas de estudos na Ajuda.
Medimos:
● O que é oferecido
● O que se estende ao espaço público
● Horário de funcionamento
● Tipologia do sítio
● Faixa de preço
● Capacidade de assentos
● Tipo de estrutura
● Público Alvo
Mapping of opportunities and challenges
Andamos pela a Ajuda à procura de espaços subutilizados e de possíveis oportunidades.
Medimos:
● Acesso
● Condição
● Materiais
● Propriedade
● Escala
➔ Introduzir mais opções locais para compras de alimentos frescos, como mercados móveis e locais de alimentação
➔ Incentivar negócios de comida a expor alimentos frescos na rua
➔ Aproveitar o programa Cartão Ajuda para melhorar o acesso da comunidade a alimentos saudáveis e com desconto
➔ Introduzir programas e parcerias criativas para limitar o desperdício de alimentos
➔ Apoiar os moradores e organizações locais para compartilhar alimentos
➔ Tornar a caminhada ao supermercado mais confortável, alargando as calçadas e plantando árvores
➔ Melhorar os cruzamentos perto dos principais locais de alimentação
➔ Introduzir rampas ou mini rampas ao lado de escadas públicas para facilitar o transporte de sacolas de compras ou carrinhos
➔ Criar lugares para pessoas descansarem ao longo de sua jornada
Acesso Levar comida nutritiva para os locais onde as pessoas vivem e passam tempo
Domínio público Tornar a experiência de obter alimentos saudáveis mais digna, conveniente e agradável
Estratégias adicionais
➔ Criar um programa para aproveitar os espaços ao ar livre subutilizados, oferecendo materiais de jardinagem à comunidade
➔ Organizar eventos pop-up de educação alimentar em espaços oportunos
➔ Criar espaços públicos confortáveis onde pessoas possam compartilhar refeições
➔ Fornecer infraestrutura simples para acomodar uma feira local de agricultores
➔ Lançar uma campanha de sensibilização para promover uma alimentação saudável nas rotas alimentares da Ajuda
➔ Criar parcerias entre universidades e empresas em Lisboa para prestação de serviços que auxiliem as pessoas na abertura de empresas alimentares
➔ Alugar espaço de cozinha comercial a custo subsidiado para empreendedores desenvolverem produtos alimentícios saudáveis
➔ Incentivar empreendedores a transformar espaços de varejo de pequena escala em centros de alimentação saudável
➔ Usar espaços vazios para a produção de alimentos
➔ Criar uma parceria com o Instituto de Agronomia para oferecer cursos de cultivo de alimentos