Yeah!Brasil - Agosto de 2013

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A revista do estudante brasileiro na Irlanda

Os segredos DA Jordânia

www.yeahbrasil.com

Dublin: A Terra DA Literatura Mala barata E com estilo

Como se adaptar Ă nova cultura

Morar com gringos Ou brasileiros?

Gingado Made

in Brazil Aldy Coelho


! a t l a M r e Summ A Egali Intercâmbio convida você

a mais uma de nossas inesquecíveis trips.

A trip acontece em 4 dias, e no pacote e roteiro estão inclusos o passeio à capital Valetta, à ilha de Comino, onde fica a famosa e inesquecível Blue Lagoon, à Poppeye Village e claro, na própria ilha de Malta. E mais, a acomodação escolhida fica na principal área de baladas e pubs: St. Julians Bay.

Está incluso no pacote Hotel

Guia

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Passagem aérea

Blue lagoon, Popeye Village e valetta

Mais informações?

Acompanhem nossa página no facebook, saiba mais sobre as próximas trips e novidades no link https://www.facebook.com/Egali.Intercambio.Dublin


A revista do estudante brasileiro na Irlanda

Conteúdo

4 Palavra do editor 5 Panoramas

www.yeahbrasil.com

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Entrevista

Fabio Teberga

Profissão

10 Futsal 11 Do lado de cá 12 Artigo 14 Jornalismo

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Gelson Pereira

Espiritismo

Comportamento

19 Do lado de cá 20 Intercâmbio 22 Moda

24 27 28 30 33

Turismo

intercâmbio legal Dublin

Cintia Tanno

Literatura

34 Culinária 35 Do lado de cá 36 ACONTECE 38 Do lado de cá

lgação/NB Fotos: Divu

Do lado de cá


Equipe Equipe

Agosto 2013

Colaboradores Edição Aldy Coelho

Diretor Raffael Abarca raffa@revistanewsbrazil.com

Denver Pelluchi Jornalista Sub-edição Marcos Bonfim

Arte e design Gelson Pereira

Fabio Teberga Consultor jurídico Leticia Martins Jornalista

Contribuições - Miren Maialen - Kristen Elguero Medina

Cintia Tanno Jornalista

- Eduarda Byrne - Luiz Gustavo Miguez

Revista Yeah!Brasil é uma publicação da DMP - Dreams Media Producers Endereço: 7, Segundo andar, Gardiner Row, Dublin 1, Telefone: 018726597 Dublin, Ireland. www.yeahbrasil.com Email: info@revistanewsbrazil.com yeahbrazilmgazine@gmail.com Todos os conteúdos da Revista Yeah!Brasil são apenas para infor-

- Emilie Blanc

mação geral e / ou utilização. Tais conteúdos não constituem aconselhamento e não devem ser usados na tomada (ou deixar de fazer) qualquer decisão. Algum conselho específico ou respostas a consultas em qualquer parte da revista é / são a opinião pessoal de tais peritos / consultores / pessoas e não são subscritas pela Revista Yeah!Brasil.

Mariam Sharif Marketing Nicole Ranieri Gerente de vendas Servane Baldy Desenvolvimento de negócios Silvana Sapyras Byrne Psicóloga Sofia Sunden Jornalista

Palavra do editor

Novos horizontes A revista NewsBrazil de agosto está imperdível! Com um novo gás, uma equipe renovada e novos projetos, a edição deste mês mostra mais uma vez a força dos brasileiros em solo irlandês, cada um mostrando com garra o que tem de melhor e fazendo a diferença. Na publicação de agosto, você poderá encontrar entrevistas com o professor de dança de salão que ministra aulas na Irlanda, assim como o técnico brasileiro que treina a equipe de futebol amador. Na editoria de turismo você vai conhecer as belezas de Petra na Jordânia, os encantos de Dublin num passeio a pé (e melhor, grátis!). Para os amantes de literatura, uma matéria especial sobre os escritores irlandeses ganhadores do Prêmio

Nobel de Literatura, além das dicas de moda, comportamento, orientações jurídicas acerca do intercâmbio e os principais acontecimentos envolvendo a comunidade brasileira. Lembrando que todo o conteúdo desta revista também estará disponibilizado pelo nosso site www.revistanewsbrazil.com e em nosso facebook www.facebook.com/ revistanews.brazil, incluindo notícias do cotidiano e reportagens em vídeo dos principais eventos de Dublin, você pode compartilhá-lo à vontade. É a Revista NewsBrazil buscando, com interatividade, a melhor forma de estar mais perto de você! Dentre os novos projetos está a ampliação da circulação de nossa revista para outros mercados, como o brasileiro com a logomarca Yeah!Brasil,

e francês com a Yeah!France, com conteúdos atualizados, reportagens relevantes e de qualidade, tendo como público alvo os estudantes interessados em fazer um intercâmbio, assim como informações importantes para os estudantes brasileiros que já estão em outros países. Será mais um veículo que possibilitará a troca de experiências de quem já está viajando com aqueles que estão planejando a sua viagem. Como nossa distribuição é gratuita, você poderá encontrar uma edição atualizada da Revista NewsBrazil sempre perto de você - na sua escola, nos pontos comerciais, agências de intercâmbio – portanto, não perca a oportunidade de manter-se bem informado, pegue logo a sua e tenha uma boa leitura!

Aldy Coelho


Alemanha relembra os 200 anos da Batalha das Nações

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A obra está aberta para exposição desde o início de agosto e foi montada no Leipzig Panometer, uma estrutura criada pelo próprio Asisi em 2003 para exibir enormes cenas panorâmicas. A cena da Batalha das Nações lembra uma fotografia, mas como na época ainda não existiam atividades fotográficas, o artista utilizou uma técnica minuciosa para recriar nos mínimos detalhes o cenário do confronto.

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m projeto vai transformar uma região abandonada em uma praia às margens do East River, em Nova York. O novo ponte de lazer fica sob a histórica ponte do Brooklyn e a poucas ruas de Wall Street. O projeto vai custar 7 milhões de dólares e deve ficar pronto em até três anos. O local vai contar com uma orla e locais para a prática de atividades recreativas, como canoagem e caiaque. Também serão criadas barreiras, pantanais e restingas de água e outras medidas preventivas que ajudarão a proteger zonas mais vulneráveis contra futuras tempestades e inundações.

Divulgação/NB

o próximo mês de outubro completam 100 anos da Batalha das Nações ou Batalha de Leipzig. A luta aconteceu na cidade alemã de Leipzig entre o exército francês de Napoleão Bonaparte e os exércitos de Rússia, Prússia, Áustria e Suécia. Para lembrar a data, o artista austríaco Yadegar Asisi reconstruiu em escala real e em 360 graus um painel em Leipzig ilustrando o cenário da batalha.

Nova York terá uma nova praia

Preços estáveis indicam uma recuperação na Zona do Euro

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s preços ao produtor na Zona do Euro ficaram estáveis no mês de junho em comparação com o mês de maio. O resultado já era esperado e ratifica as expectativas do Banco Central Europeu (BCE) de inflação baixa. O indicativo é de que os 17 países do bloco saia da mais longa recessão da sua história e retome o crescimento a partir do segundo semestre deste ano. O crescimento total, no entanto, vai precisar de mais tempo segundo os especialistas.

Desemprego na Espanha cai pelo quinto mês consecutivo

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número de pessoas desempregadas na Espanha voltou a cair em julho. Foi o quinto mês consecutivo que esse número diminuiu. O número de espanhóis sem trabalho, no entanto, ainda é elevado. Segundo o ministério do Emprego, são 4,7 milhões de pessoas fora do mercado de trabalho. O país, que é a quarta maior economia da Zona do Euro, está há quase dois anos em recessão. O verão ajudou na redução desse número, pois a Espanha é o quarto destino turístico do mundo.

Parlamento do Uruguai aprova venda e cultivo da maconha

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Câmara dos Deputados do Uruguai aprovou, no início do mês, a legalização do cultivo e venda de maconha. O projeto ainda precisa passar pelo Senado. A proposta vai além da política holandesa de despenalização e cria um órgão do governo para regularizar as vendas legais e os clubes públicos para o consumo de maconha. Para evitar que o país se torne um paraíso da maconha para turistas, só cidadãos uruguaios serão autorizados a usar maconha. O consumo já é regularizado no país, mas a venda e o cultivo ainda não. O presidente José Mujica é um dos defensores da propostas. “Ninguém deve pensar que com essa lei se irá criar desordem ou encorajar o consumo”, diz.


Entrevista

Um brasileiro

dançante Professor usa a linguagem universal da dança para contagiar brasileiros e europeus

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Por Aldy Coelho

earense de nascimento, José Néris Nogueira, de 38 anos, teve contato com a dança e a capoeira aos onze anos de idade em São Paulo, quando foi para a região Sudeste com sua família em busca de melhores condições de vida. Ao som do batuque do atabaque e do berimbau, descobriu que estava no lugar certo e que o ritmo estava no sangue. Envolvido primeiro no mundo da capoeira e depois com a dança, enfrentou todas as dificuldades financeiras para estudar e formou-se em Educação Física, depois se especializou em Dança e Consciência Corporal. Sua extensa atuação profissional vai de professor de educação infantil, educação física, mestre de

capoeira, professor de dança, integrante do Grupo de Dança de Salão “Cia. da Terra” pesquisador de consciência corporal e fundador do “Centro Educacional de Capoeira Luz do Amanhecer”, voltado para a comunidade carente paulistana. Desde então, nunca mais deixou essas duas paixões de lado, nem mesmo quando resolveu atravessar o oceano e vir estudar inglês na Irlanda. E é justamente esta paixão que não o deixa parado. Aqui em Dublin, o Professor Néris segue ensinando a dança de salão, e fala com exclusividade para a Revista NewsBrazil/ Yeah!Brasil sobre os benefícios da dança como atividade física, dos desafios de ensinar as artes brasileiras para os europeus, e revela que está em busca de um espaço em que possa se dedicar inteiramente ao ensino da dança. “A dança foi uma descoberta na minha vida, um processo de autotransformação, e eu acredito que ela pode ser um agente transformador para a vida de qualquer pessoa”, ressalta.

Como participar Quem se interessar em fazer aulas e até mesmo ajudar o Professor Néris em seu projeto de dança de salão, pode entrar em contato com ele pelo e-mail neriscapoeira@hotmail.com, ou pelo telefone 089-961-7351. Fotos: Fabio Teberga

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NB: Porque lecionar dança de salão na Europa? Néris: Para mostrar um jeito diferente de dançar, porque as pessoas gostam e se sentem bem quando dançam e isso é universal. Também para mostrar a cultura do Brasil através do samba, do forró, das influências africanas nas danças como o afoxé, a dança do coco e o maracatu, que são muito comuns no nordeste do Brasil. A dança faz bem em todos os aspectos como o socioafetivo, psicomotor, cognitivo, e acaba contribuindo para o desenvolvimento do ser humano como um todo. NB: Há interesse dos estrangeiros pelas danças tipicamente brasileiras, como o samba e o forró? Néris: Eu percebo que os europeus gostam muito das nossas danças, os irlandeses, franceses e poloneses principalmente, mas no geral os europeus se interessam muito pelos ritmos brasileiros. Aqui em Dublin tem muitos lugares para se praticar a dança apenas para divertimento, mas percebo também que as mulheres procuram aprender muito mais que os homens, pois eles se mostram um tanto resistentes, e nesse ponto estão perdendo a oportunidade, afinal, quase todas as danças são para casal. NB: Quais são os estilos preferidos dos brasileiros e dos estrangeiros? Néris: Os estrangeiros procuram principalmente pelo samba, pois eles associam este ritmo com o nosso carnaval. Mas no geral, eles se interessam por quase todos os ritmos latinos, com a salsa, o zouk e o forró. Os brasileiros curtem todos os ritmos, mas percebo que há uma grande procura pelo sertanejo universitário, que está em alta na Europa. NB: Qual o estilo mais fácil e o mais difícil de aprender? Néris: A dificuldade não está presente na dança ou no ritmo em si, ela é individual. Por exemplo,

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uma pessoa que tem problemas com coordenação ou a lateralidade, eu proponho exercícios dentro da própria dança que facilitem o aprendizado. De forma lúdica e divertida, a pessoa sem perceber aprende o passo, o ritmo e melhora sua capacidade motora. NB: Por que escolher a dança de salão como atividade física? Néris: As pessoas estão perdendo alguns movimentos importantes para o corpo, e o ser humano nasceu para o movimento. Há pessoas que trabalham sentadas, muitas horas em frente ao computador e vão aos poucos esquecendo algumas habilidades corporais. Está comprovado ser possível recuperar, melhorar e lapidar essas capacidades físicas praticando a dança, adquirindo mais equilíbrio, coordenação motora, readquirindo a consciência corporal e qualidade de vida.

com determinadas restrições de movimento podem e conseguem dançar, basta ter sensibilidade e um bom orientador que encontre as melhores condições de ensino para adequar cada tipo de restrição. NB: Qual é o seu projeto com relação à dança de salão em Dublin? Néris: Meu projeto é a implantação de um núcleo de dança, um espaço fixo para que se possa lecionar e futuramente montar grupos de espetáculos de dança com olhares diferentes, onde não seja necessário ser um dançarino de alto nível e sim pessoas comuns, interessados em dança, crianças ou terceira idade. Este núcleo com o tempo poderá ir se aperfeiçoando, trazendo novos ritmos, novos cursos, para que quando eu retorne ao Brasil alguém dê continuidade ao projeto que não deverá se extinguir.

NB: Quais são os benefícios percebidos pelo praticante da dança de salão? Néris: Entre as principais estão o aumento da qualidade de vida, a elevação da autoestima, a melhora no relacionamento interpessoal e socioafetivo, assim como o aumento das reações cognitivas, tais como mobilidade, velocidade, equilíbrio, força, noção de tempo e espaço. NB: Quem pode e quem não pode praticar a dança de salão? Néris: A dança está presente em tudo, o movimento e o ritmo são naturais do ser humano, por isso todas as pessoas têm a capacidade de dançar. A dança não tem restrições, não distingue nenhuma pessoa, basta você querer aprender. Até pessoas

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Profissão Ensinamentos do melhor

Futebol do mundo Por Denver Pelluchi

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sonho de se profissionalizar no futebol acaba cedo para muitos garotos do mundo inteiro. Com o brasileiro Regis Almeida, 29, teria acontecido o mesmo, não fosse o destino trazê-lo de volta aos campos para atuar, dessa vez, em uma posição totalmente diferenciada e ambicionada pelos fãs da redonda. Reginho, como é popularmente conhecido, é treinador do English in Dublin Football Club – EID.FC, time que atualmente disputa a Premier League - mais alta divisão da Liga Amadora United Church (UCFL) e uma das mais importantes do Futebol Irlandês. Desde 2012 no cargo de técnico, ele revela que o trabalho é gratificante e desafiador. “Sou novo para o cargo, e exercê-lo é uma tarefa complicada. Até agora, esse foi o maior desafio da minha vida, lidar com muitas cabeças pensando de forma diferente”, conta. O envolvimento com o esporte em Dublin aconteceu há 8 anos, quando o brasileiro decidiu fazer intercâmbio para Irlanda com objetivos diferentes da maioria dos estudantes. “Eu jogava bola pela minha universidade no Brasil. E no último ano de curso, decidi fazer intercâmbio como uma oportunidade de trabalhar e ganhar dinheiro”, revela. Assim como a maioria, o treinador teve de se empenhar para adaptar-se à cultura e uma língua que, até então, ele desconhecida. “Não é fácil, porque você tem de abrir mão de muitos valores e estar aberto a novos propósitos. Mas assim que para de reclamar da temperatura e olha o lado positivo, você se sente bem melhor”, conta o brasileiro que chegou no período anterior à Crise Mundial Financeira (2009), o que facilitou a busca por colocação no mercado de trabalho. “Em 15 dias eu já estava empregado como Kitchen Porter em um restaurante italiano, foi quando me dei conta da necessidade de aprender o Inglês, até para conseguir um emprego melhor”, analisa. Fotos: Tiago da Silva

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Carreira Escolar e Esportiva

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esse meio tempo, o técnico começou a estudar na escola English in Dublin, onde conheceu o projeto de futebol que era gerido pelo dono da instituição, um entusiasta do esporte. “Foi aí que eu entrei para o time como jogador, mas no começo era bem básico, não havia treino e nós disputávamos um campeonato bem legal aos domingos. Só que nós passamos a ganhar tudo e vimos a necessidade de mudar de divisão”, relembra aos risos. A carreira como jogador do EID durou até 2011, quando Regis retornou ao país natal e começou a trabalhar com um amigo dele. Neste momento, porém, ele recebeu a proposta de assumir o comando do ex-clube irlandês e teve de fazer uma grande escolha na vida, que na opinião dele foi a correta. “Tive medo de largar tudo e arriscar, mas amo futebol e no fim, deu tudo certo”, avalia. Na opinião dele, a vantagem de comandar o time é o fato de conviver com o grupo há anos o que o permitiu manter a mesma filosofia e valores. “Somos de fato uma família dentro do futebol, o grupo se gosta muito e um ajuda o outro. Quando estamos juntos, esquecemos nossos problemas e fazemos o melhor possível dentro de campo” conta animado. O trabalho realizado atrás das linhas que limitam as dimensões do campo é importante para que o

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grupo se desenvolva, ganhe padrão, sistema tático e motivação, mas com certeza o maior mérito do sucesso pode se atribuir a sintonia entre os jogadores, este quesito é fundamental na opinião de Regis. “Futebol é encaixe, o ambiente e amizade também favorece, além é claro da honestidade”, avalia. Com a estabilidade adquirida ao longo destes anos de trabalho e estudo, o professor – como muitas vezes é mencionado – é hoje uma referência para novos estudantes que desembarcam no país, uma fonte de inspiração e confiança. “Acho que me veem como exemplo e pensam: se ele conseguiu, eu também posso conseguir”, conta o treinador que muitas vezes acha curiosa a reação das pessoas quando ele revela a profissão dele. “É um carinho gostoso, elas [pessoas] ficam surpresas ao saberem que um brasileiro treina um time da Irlanda, acho que isso soa até como um incentivo”, comenta aos risos. Regis garante ainda que o verdadeiro segredo para se dar bem é busca por qualificação. “Eu ainda quero fazer cursos para melhorar meu desempenho como técnico”, conta o brasileiro que ainda dá um conselho para os novos intercambistas. “Fazer o intercâmbio, é aprender um jeito novo de viver, em si mesmo, um novo jeito de se conhecer”.

Futebol Irlandês

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pesar do convívio diário com imigrantes de toda a parte do mundo, a Irlanda não carregou essa cultura para os gramados, como fizeram países como Inglaterra e Espanha, que atualmente apresentam times competitivos e de alto nível. Para Regis, os irlandeses possuem excelente jogadores e estrutura de preparo aos atletas, mas ainda falta abrir o mercado. “Eles precisam compor um elenco com jogadores de fora para aprender com os estrangeiros e trocar experiências. Além disso, um futebol mais bonito atrai o público, patrocinadores e a publicidade, gerando mais visibilidade para o esporte no país”, enfatiza.

English in Dublin F.C English in Dublin Football Club é um time formado por estudantes irlandeses e outros de diferentes países. São 25 jogadores mais 4 membros da comissão técnica, entre treinador, preparador físico, fisioterapeuta e diretor. Agora, neste segundo semestre, o clube disputa 6 campeonatos dentro da liga amadora do futebol irlandês. Para acompanhar a agenda de jogos e saber mais sobre o clube, acesse: www.englishindublinfc.com e facebook.com/englishindublinfc

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Futsal

Futsal aproxima

intercambistas Por Aldy Coelho

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futebol, além de ser o esporte preferido pelos brasileiros, também pode ser a razão principal para uma reunião entre amigos, uma confraternização ou mesmo promover a integração entre diferentes grupos. Unindo todos estes objetivos, a Egali Intercâmbio reuniu seus agenciados para o primeiro Egali Championship, realizado no mês de junho, em Santry, Dublin 9. Com dez times inscritos para a

competição, sendo dois times femininos, o campeonato conseguiu mobilizar cerca de 60 atletas de cinco escolas diferentes, que animaram a quadra do Airways Industrial Estate. “Estamos atendendo um pedido antigo de nossos agenciados, que é o de realizar um grande encontro para trocar experiências. Esta foi a forma que encontramos para proporcioná-los um final de semana diferente”, disse Matheus Rocha, organizador

do evento. De acordo com Vagner Klumb, gerente da Egali Intercâmbio, esta foi a maneira encontrada para realizar uma grande confraternização entre os intercambistas recém-chegados em Dublin: “Recebemos semanalmente uma média de 30 estudantes brasileiros vindos pela nossa agência e a ideia principal foi justamente integrar esses alunos, incentivando a prática desportiva entre os jovens”.

Interação é importante

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pesar de ser uma competição, todos os atletas salientaram a importância da interação entre os estudantes e o incentivo para a uma vida saudável. Para Matheus Pavanelli, estudante da International House: “Está sendo um domingo diferente, conhecendo pessoas novas, relembrando o Brasil e praticando nosso esporte preferido”. Já Caroline Sachie Rebello, estudante da ECM e jogadora da equipe feminina, parabeniza a iniciativa da Egali: “É uma oportunidade bacana para interagir com pessoas diferentes, mas que estão vivendo as mesmas experiências que eu, além de estarmos juntos praticando um esporte”. O grande vencedor da competição foi o time ‘Branco’, seguido do time ‘Rosa’ que conquistou o segundo lugar, e do time ‘Vermelho’ em terceiro lugar. Todos os vencedores receberam troféu, medalhas e viagens. Tiveram destaque Vinícius Dahmer, como o goleiro menos vazado e Nathan Stone como melhor artilheiro, com 4 gols marcados.

Para os organizadores, este foi o pontapé inicial para uma série de outros eventos visando a integração entre seus alunos, “devido ao sucesso do evento, temos planos para que este campeonato seja realizado periodicamente, com um time oficial que poderá representar a Egali em campeonatos municipais e estaduais, além de outras atrações voltadas para os estudantes brasileiros na Irlanda”, revela Vagner.

Divulgação/Egali

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Do lado de cá Gustavo Santos

Ao som da música irlandesa

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músico Gustavo Santos, de 21 anos, deixou São Paulo há menos de um mês em busca de desenvolvimento. “Eu já queria fazer um intercâmbio, e quando surgiu a oportunidade eu não pensei duas vezes, decidi que tinha que ser agora”, afirma Gustavo relembrando a rapidez na tomada de decisão “Entre a decisão e o embarque foram três semanas”, conta. Gustavo, estudante da Irish Business School Dublin (http://irishbusinessschooldublin.com), revela que a opção da escola foi muito relevante para que ele escolhesse Dublin para morar. “Recebi indicação da IBSD pela minha agência, e a escola me surpreendeu pela estrutura oferecida, a qualidade do ensino e a dedica-

ção dos professores em sala de aula”, avalia e reforça “além de estudar inglês eu também queria ter contato com a cultura irlandesa, principalmente a música, que é foco do meu trabalho”. Outro fator que influenciou muito na sua decisão foi a pretensão de futuramente cursar uma faculdade por aqui. “Eu estava terminando meu bacharelado em música e tranquei a faculdade para estudar inglês, mas descobri que eu posso terminar meu curso aqui, pois a universidade onde estudava é conveniada com uma universidade irlandesa e ainda oferece bolsas de estudo para estrangeiros. Vou desen-

Divulgação/NB

volver o meu inglês e aproveitar esta oportunidade”, ressalta Gustavo, confiante. Divulgação/NB

Juliana Rosa

Planejando o futuro

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publicitária Juliana Rosa, de 26 anos, foi muito decidida quando resolveu fazer o seu intercâmbio. “Pesquisei por um ano para ter realmente a certeza se era isso o que eu queria. Quando escolhi a cidade e decidi pela escola, em um mês eu já estava desembarcando em Dublin”, afirma. E para escolher a Academic Bridge (http://www.abcollege.ie) Juliana também foi bem objetiva. “Eu montei um questionário com 10 perguntas e enviei para cinco escolas diferentes. A escola que me respondeu de maneira mais pessoal e objetiva foi a Academic Bridge, esclarecendo todas as minhas dúvidas em português e me enviando novas informações, acredito que fiz a escolha certa”, pontua. Além de toda a assessoria oferecida pela escola, ela também destaca

como ponto positivo a diversificação dos professores, “São professores de diferentes nacionalidades, que nos ensinam coisas de uma forma diferente, mesmo se for o mesmo assunto”. Não é à toa que sua evolução tem sido bem rápida. Há quatro meses morando e estudando em Dublin, a paulista já consegue perceber seu desenvolvimento, “em dois meses meu listening evoluiu muito, é incrível como agora eu consigo entendê-los e me comunicar com facilidade”, avalia. Como publicitária, Juliana realizou alguns trabalhos voluntários e até já conseguiu um emprego na sua área, “fiz alguns trabalhos voluntários e eles me deram visibilidade para que eu conseguisse meu trabalho fixo, estou muito feliz, e agora o próximo passo é fazer mestrado em folkmarketing na Europa”.

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Artigo

Jogos Olímpicos e a

Copa do Mundo no Brasil

Legados econômicos além de 2016

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onsiderando a situação única para o Brasil por hospedar dois dos maiores eventos mundiais do esporte, podemos imaginar a atividade econômica que isto irá gerar com todas as construções que precisam ser feitas e a reforma das atuais arenas e estádios com o objetivo de gerar turismo, e um aumento do interesse do investidor estrangeiro em todas as atividades que cercam os jogos. No entanto, há uma série de razões pelos quais os impactos eco-

nômicos no Brasil podem ser menos favoráveis do que o esperado. Em primeiro lugar, o Brasil está planejando grandes investimentos em infra-estrutura como novas estradas, novos aeroportos e linha de metrô. No entanto, uma ruptura de imposto é concedida pelo governo federal para qualquer construção relacionadas aos eventos, porém toda a atividade de negócios gerada pela infra-estrutura construída para esses eventos não gerará qualquer receita para o go-

verno federal. Em segundo lugar, se os jogos não fazem um lucro, geram perdas, e o déficit econômico será pago pelos contribuintes brasileiros, e os três níveis de governo têm garantia do Comitê Olímpico Internacional para cobrir perdas potenciais. Finalmente, megaeventos de esporte são associados frequentemente com enormes perdas econômicas e os resultados são raramente tão favoráveis como previsto previamente em previsões econômicas.

Atual situação econômica do Brasil

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m tempos de recessão global, a progressão econômica no Brasil tem sido melhor do que a média. Enquanto a recessão global enfraqueceu a Europa e os EUA, o Brasil conseguiu manter-se relativamente bem com a manutenção do crescimento durante a crise econômica. O Brasil ainda conseguiu combinar crescimento econômico com a redução da pobreza e da desigualdade – uma combinação notável em tempos de recessão global. Durante a última década, a pobreza e a desigualdade diminuíram no Brasil e quase 12 milhões de cidadãos brasileiros foram tirados da pobreza absoluta (equivalente a uma queda de 11,2% para 3,8%). Com esta grande conquista, seria de se esperar que os políticos responsáveis iriam aproveitar-se da oportunidade

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para usar o aumento da atividade econômica no Brasil como um gerador para retirar as pessoas da pobreza. No entanto, aumento do crescimento econômico não é o suficiente para reduzir a pobreza, pois foi demonstrado que o crescimento não ‘goteja’ para o mais pobre, e que isso terá que ser ativamente combatido por outras medidas, como por exemplo a redução da desigualdade social, para ser eficaz. Consideramos então que a hospedagem dos dois megaeventos desportivos não são necessários, e que não tem qualquer impacto na redução da pobreza no Brasil. Em primeiro lugar, há a incerteza se estes mega eventos de esporte vão realmente levantar o aumento do crescimento econômico e, mesmo se for o caso, é pouco susceptível a melhora a re-

dução da pobreza no Brasil; a menos que a desigualdade seja abordada em paralelo, como tem acontecido até agora. O medo é de que aconteça o oposto, e que possa ocorrer maior desigualdade, dívida pública e forçar o despejo como o resultado. Uma equação complexa entre riqueza econômica, desigualdade e bem-estar geral demonstram que, em uma sociedade com baixa desigualdade, que todos os cidadãos na sociedade estarão melhores em algum aspecto. Não apenas existirão menos pessoas pobres, como as pessoas pobres serão menos pobres. Assim como os homens mais ricos e a classe média estarão melhores economicamente em uma sociedade menos desigual. Os mais ricos encontrarão-se vivendo em um ambiente mais seguro com menos criAgosto 2013


minalidade e agitação social, e ainda terão um efeito sobre a saúde geral, que tendem a ser melhor em uma sociedade mais igualitária. Por isso iria beneficiar todos no Brasil se o aumento da atividade econômica gerado por estes mega eventos de esportes fossem usados para direcionar alguns meios para minimizar a desigualdade e ajudar a tirar mais pessoas da pobreza. Não só para ajudar as pessoas que sofrem de pobreza, mas também para aumentar o bem-estar para os mais ricos e a classe média, que lhes permitem viver em um ambiente mais seguro.

No entanto, o aumento da atividade econômica em seu próprio direito não terá impacto sobre a pobreza, a menos que seja diretamente o alvo. Se um país deseja extinguir a pobreza precisa ativamente tomar medidas para fazê-lo, o que o Brasil tem feito com sucesso pela execução do programa de transferência de dinheiro Bolsa família e a implementação do salário mínimo. Estas medidas têm ajudado a 12 milhões de brasileiros de extrema pobreza e também reduziu a taxa de desigualdade (medida pelo coeficiente de Gini, a desigualdade no Brasil caiu de

0,59 em 2001 para 0,53 em 2007). Se o Brasil continuar a fazer este tipo de esforços direcionados para reduzir a pobreza e a desigualdade, os legados destes megaeventos de esportes poderiam fazer um impacto real positivo na sociedade. O medo é que a mega eventos de esportes vão ter um impacto bastante oposto, sendo que pode causar o encargo econômico sobre os contribuintes se o crescimento econômico for gerado, que permanece entre os mais ricos e aumentar a desigualdade, que teria um impacto negativo sobre a sociedade como um todo.

UPP – Nada mudou realmente?

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m legado social desses megaeventos já pode ser encontrado entre algumas das favelas do Rio de Janeiro. O bem conhecido programa de Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) foi criado e implementado no Rio de Janeiro pelo Secretário de Segurança Pública do Estado, José Mariano Beltrame, como uma ambiciosa tentativa de aumentar a segurança na parte central do Rio de Janeiro e demonstrar ao mundo que o Brasil está fazendo algo sobre seus problemas criminais. Os objetivos das UPPs são recuperação de favelas controladas por traficantes de drogas. O programa UPP, por vezes, tem sido descrito na mídia internacional como “o fim do narcotráfico nas favelas do Rio de Janeiro”. No entan-

to, não é preciso muito para definir que a pacificação primária não visa acabar com o tráfico, mas retomar os territórios e reduzir a violência. E ainda está longe de todas as favelas serem alcançadas por este programa. O objetivo declarado do governo do Rio de Janeiro é instalar 40 UPPs até 2014. A maioria dessas favelas está alocada na Zona Sul e Zona Oeste, onde serão realizadas as Olimpíadas e é muito frequentada pelos turistas. Os impactos da UPP têm demonstrado que onde o programa foi implementado, os crimes violentos caíram drasticamente. A pacificação também tem levado a um crescente interesse de investidores estrangeiros e um aumento nos preços da propriedade, que tem levado a alguns

casos em que o próprio residente não pode pagar para ficar em sua comunidade. Uma pesquisa realizada entre os moradores em favelas pacificadas do Rio de Janeiro mostrou que houve uma redução no número de crimes violentos e mortes, e também que as pessoas se sentem mais livres para discutir previamente temas tabus como violência de rua e atividade ilegal de drogas. Mas muitos ainda temem que a presença da UPP seja apenas temporária. É incerto quanto tempo UPP vai ficar instalada no lugar, uma vez que não existem até o momento planos concretos para além de 2016. O medo entre muitas residentes é de que o negócio retorne a situação anterior se a UPP for retirada.

Negócios como de costume?

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oucos ‘barões do tráfico’ foram realmente capturados e a maioria dos criminosos estavam fugindo de favelas antes da entrada da polícia para estabelecer uma presença permanente da UPP. A parte positiva é que anteriormente, quando a polícia tentava cercar uma favela de surpresa para prender e matar traficantes, tiroteios em grande escala decorreriam e moradores inocentes muitas vezes foram atingidos pelo fogo cruzado. No entan-

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to, a falta de criminosos capturados levanta a questão se houve algum grande impactos da pacificação ou se a violência gerada pelo tráfico simplesmente foi movidos para novas áreas. É reconhecido que o tráfico de drogas não foi interrompido, mas continua com tudo sobre a cidade e que os criminosos migraram de partes do Rio com menos polícia e sem UPPs, como Niterói. Enquanto as favelas sob pacificação tenham visto melhorias, tem havido um aumento

da concentração de criminosos em outras partes do Rio de Janeiro que não têm a presença da UPP. A pacificação de algumas partes do Rio de Janeiro é um exemplo de como os jogos podem fornecer legados que afetam a sociedade, mesmo após o fim dos jogos. A esperança é de que os impactos positivos da pacificação permaneça no lugar para além de 2016, e que as coisas não se revertam ao controle por quadrilhas de traficantes.

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Jornalismo Jornalistas se reúnem

em Dublin Jornalistas de todo mundo se encontram em Dublin para definir diretrizes da profissão

Por Aldy Coelho

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cidade de Dublin, capital da Irlanda, foi sede no mês de junho do 28º Congresso Mundial de Jornalistas, evento promovido pela Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) e organizado pelo Sindicato Nacional dos Jornalistas da Irlanda. A Federação, que representa cerca de 600 mil jornalistas em 154 países do mundo, trouxe como foco principal deste congresso o tema “Trabalho Decente” reunindo delegados de entidade sindicais da Europa, África, Mundo Árabe, Ásia, América do Norte e América Latina para discutir as condições de trabalho dos jornalistas e definir um plano de ação para enfrentar os principais problemas da categoria. Ao todo, o evento reuniu mais de 400 pessoas entre delegados, observadores e palestrantes. A delegação brasileira esteve composta por sete

membros da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), entre eles José Augusto de Oliveira Camargo, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo (SJSP), e Celso Schröeder, presidente da FENAJ e da Federação de Periodistas da América Latina e do Caribe (FEPALC). Durante os cinco dias, foram abordados assuntos acerca do tema como as legislações que regulamentam o trabalho de imprensa em diversos países e projetos que busquem assegurar leis específicas de proteção ao trabalho decente, regulamentações profissionais, salários, jornadas de trabalho e condições gerais como liberdade de imprensa e a segurança dos jornalistas. O evento foi marcado também por uma acirrada disputa pela presidência da FIJ. Após a apuração Jim Boumelha foi reeleito com 191 votos. Beth Costa, secretária-geral da

FIJ, acredita que o resultado final das discussões, propiciará aos líderes uma capacitação para enfrentar as crises, segmentadas em suas regiões, pois cada continente enfrenta uma realidade diferente. “Tentamos elaborar um programa de trabalho, com moções particulares que servirão de base para o trabalho da Federação para os próximos três anos”, reforçou. Para Celso Schröder, presidente da FENAJ e FEPALC, e recém-eleito vice-presidente da FIJ, o congresso foi importante não apenas pelos debates e resoluções, mas principalmente pela busca da unicidade da categoria. "A eleição para a estrutura diretiva da Federação resultou numa composição equilibrada, com representação de todos os continentes e com o encaminhamento das lutas internacionais da categoria contemplando a todos", disse.

Fotos: Aldy Coelho

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Presidente da Irlanda discursa na cerimônia de abertura do Congresso

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urante a abertura do 28º Congresso Mundial de Jornalistas, o presidente da Irlanda, Michael D. Higgins, recebeu cerca de 300 jornalistas, delegados sindicais em seus países, no histórico Royal Hospital Kilmainham, em Dublin. Na ocasião, o presidente discursou para os presentes e enfatizou a importância de uma imprensa livre para a sociedade democrática. Para Higgins, os desafios que os jornalistas enfrentam, incluindo a concentração da propriedade, a convergência de tecnologias, a fragmentação das audiências, são elementos da alteração das circunstâncias em que o jornalismo é praticado. “Os jornalistas que tentam investigar e fornecer

informações sobre corrupção política e empresarial muitas vezes pode ser prejudicados e intimidados por aqueles que têm interesses, inclusive com o uso de meios violentos, o que, se deferido, levaria a uma distorção perigosa ou até mesmo a falsificação de informações que não seria no interesse dos cidadãos e, obviamente, seria prejudicial para a sociedade em geral”. E continuou, “o princípio da diversidade e do pluralismo, que está no cerne dos meios de comunicação, devem ser protegidos se quisermos promover o livre fluxo de ideias e informações para fortalecer o exercício da liberdade de expressão em todo o mundo”.

Marcha da Liberdade Um dos momentos mais marcantes do Congresso FIJ foi a "Marcha da Liberdade", quando os participantes caminharam pelas ruas de Dublin levando em suas mãos 408 cravos em alusão aos 408 profissionais de imprensa mortos no exercício de sua função nos últimos 3 anos. "Foi nossa saudação aos homens e mulheres que morreram por causa de sua profissão e a reafirmação de nosso compromisso com a defesa do jornalismo e dos jornalistas", disse a secretária geral da FIJ, a brasileira Beth Costa.

Fontes: www.fenaj.com.br e www.congress.ifj.org www.yeahbrasil.com

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Espiritismo

Culto Espírita com

aBORDAGEM CIENTÍFICA Reunião Espírita em Inglês reúne brasileiros em busca de conhecimento e networking

Por Denver Pelluchi

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uem passa pela Saint Kevin’s Church, em Dublin 8, pode encontrar ao lado desta Igreja um reduto diferenciado de brazucas. Dentro de um Centro Comunitário, que abre espaço para realização de cultos religiosos e culturais, um grupo de cerca de 30 pessoas se reúne duas vezes por semana para se dedicar ao estudo do Espiritismo. O Spiritist Society of Ireland (SSI), como é denominado, tem como objetivo trazer a prática e os benefícios da Doutrina Espírita para todos nativos e estrangeiros residentes na Irlanda. “Nós seguimos a linha do Kardecismo, abordando o espiritismo pelo lado filosófico e científico,

oferecendo ao participante uma maneira de melhorar sua vida, através da mudança moral”, explica o coordenador Stevan Bertozzo, 36. Há 5 anos na Irlanda, o brasileiro conta que a SSI já existia quando chegou ao país - em busca de uma nova experiência profissional -, mas que o grupo foi reativado e os encontros iniciais passaram a acontecer dentro da casa dele e dos demais membros, antes de se firmar. Atualmente, as reuniões acontecem aos domingos e terças-feiras - com duração de uma hora e meia - e são intermediadas por cinco palestrantes, que se revezam a cada encontro. No primeiro é escolhido um

tema que é discutido de uma forma mais superficial e no outro dia da semana, é um estudo mais aprofundado das obras básicas de Allan Kardec, onde a parte religiosa, muitas vezes, precisa ser mencionada. Segundo Bertozzo, essa tarefa não é muito fácil e requer um cuidado maior porque os irlandeses não têm a mesma compreensão da palavra fé, como têm os brasileiros. “Aos poucos, nós fomos aprendendo a passar uma mensagem de uma maneira diferente, evitando focar o lado religioso e aproximar à realidade e a cultura deles [europeus]. Porque já tivemos casos em que ao falar de Deus, muitos levantaram e saíram da sala”, revela.

Gelson Pereira

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Novo Idioma

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mbora organizado por brasileiros, um dos povos mais adeptos à religião, o encontro é aberto a todos e, por isso mesmo, todo o estudo é conduzido na língua inglesa. “Primeiro porque essa é a língua oficial do país e também porque, além dos participantes, nós ajudamos os irmãos desencarnados que estão à procura de um auxílio e esclarecimento”, ressalta Bertozzo. Para o intercambista de primeira viagem, porém, essa pode ser a principal barreira inicial, por não estar familiarizado com outro idioma. O coordenador espírita reconhece, mas garante que os estudantes acabam

assimilando as informações e, de certa forma, praticando o inglês. “No começo, a pessoa vai entender 30% da reunião, mas este pouco que ela absorve é o suficiente para o que ela precisa naquele momento, e através de outros meios também ela consegue entender a mensagem, que é o mais importante”, avalia. Além de cuidar do lado espiritual, conta Bertozzo, o encontro proporciona muitos benefícios aos estudantes brasileiros, que muitas vezes são o público dominante. “Esse convívio é vantajoso porque eles trocam experiência e fazem o networking. Geralmente são pessoas que estão

Auxílio ao Intercambista

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SSI auxilia os intercambistas que estão enfrentando dificuldades e tentando se adequar às novas rotinas e responsabilidades. Pelo serviço Assistência Fraterna, que também acontece às terças-feiras, o estudante pode conversar e expor seus problemas, em troca ele recebe apoio através da filosofia espírita, além de esclarecimen-

tos para tomar a decisão que melhor convier. A Spiritist Society of Ireland segue a cartilha da Sociedade Espírita Internacional e não trabalha com reuniões mediúnicas. Pessoas que desejam criar outros grupos de estudo, porém, podem solicitar o auxílio da SSI que dará a assistência necessária.

na mesma sintonia e passando pelas mesmas dificuldades de morar fora do seu país”. A fotógrafa Neide Mota, 32, que participou pela primeira vez do encontro, conta que se sente muito bem e ficou feliz ao descobrir um lugar para dar continuidade aos seus estudos. Para ela, o local atrai brasileiros justamente porque é onde também há troca de informação e ajuda. “Aqui é excelente porque você se sente mais em casa, a troca de ideia e de experiência é mais direta e você acaba trazendo amigo, flatmate. Também me surpreendeu bastante o número de pessoas de outros países”, avalia.

Serviço Lantern Centre - 17 Synge Street, Dublin 8 Terças-feiras, às 19h Domingos, às 11h Mais informações: http://www. freewebs.com/spiritismireland/

médium brasileiro esteve em Dublin

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ma das figuras mais representativas do espiritismo na atualidade, o palestrante espírita e médium brasileiro Divaldo Franco esteve em Dublin no mês de junho para palestrar sobre as bênçãos e os desafios da mediunidade. Após excursionar por 16 países europeus e 26 cidades diferentes, Divaldo Franco, aos 85 anos, continua sua obra de divulgação do espiritismo pelo mundo todo, realizando seminários e conferências sobre diversos assuntos da temática espírita. Em Dublin, Divaldo encerrou sua passagem pela Europa e discursou para mais de duzentas pessoas no salão de conferências do Bewley’s Hotel, com público formado em sua maioria por jovens que estavam em busca de esclarecimentos sobre o tema e a vida.

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Massafelli Photography

Tendo como mestre o ilustre Chico Xavier, em toda sua trajetória, Franco já psicografou mais de 200 obras e os livros vendidos já alcançaram mais de sete milhões de exemplares, dos quais 104 títulos já foram traduzidos para 16 idiomas. Com a

venda destas obras são mantidos o centro espírita e todas as obras sociais, entre elas a Mansão do Caminho, um complexo educacional e assistencial, onde são atendidas três mil crianças e jovens de famílias de baixa renda de Salvador, Bahia.

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Comportamento

Choque cultural Como se adaptar Quase todo mundo que vive no exterior por um período longo sente um choque cultural. Este é um dos problemas mais comuns com estudantes de intercambio e expatriados. Porém, muitas pessoas que nunca passaram por esta experiencia tem uma visão romântica da vida no exterior. Divulgação/NB

Por Silvana Sapyras Byrne

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hoque cultural não é apenas uma falta de adaptação, falta de resiliência ou algum problema relacionado a personalidade, tampouco depende do nível de inteligência, educação, raça ou tipo de trabalho. A pessoa que sofre dos sintomas não é fraca ou incapaz. Ninguém está imune ao choque cultural, mesmo depois de várias experiências internacionais. O choque cultural é resultado do estresse e sobrecarga, causado por vários incidentes, muitos são tão sutis que dificilmente notamos e muitos são tão significativos que nos sentimentos seriamente ameaçados. Para conseguirmos interagir no mundo dependemos de nossa habilidade de compreender centenas de sinais e responder de acordo com inúmeras regras explícitas e implícitas. Muitas tarefas que fazemos são automáticas e requerem pouco es-

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forço. Quando vivemos no exterior ocorre o contrário. Simples tarefas se tornam mais difíceis pois tudo é diferente do que estamos acostumados, sentimentos falta da rotina e das coisas mais simples. Tudo é feito de modo diferente, não conseguimos nos comunicar o que queremos de forma efetiva e frequentemente sofremos de ansiedade porque não sabemos como nos comportar, ou nossas ações e palavras não recebem a resposta esperada e por outro lado não entendemos as mensagens que recebemos. Os sinais são diferentes do quais estamos acostumados. Nos confrontamos com novos valores, novos modos de pensar e fazer as coisas. Nosso senso comum ou lógica não se aplica na cultura local. Ansiedade se torna um estado permanente. É a sensação de estar passando por um exame 24 horas por dia.

Os sintomas do choque cultural > Tristeza/ depressão > Ansiedade > Irritação/ Stress > Conflitos de relacionamento > Sentimento de solidão e aborrecimento > Hostilidade com as pessoas nativas > Compulsão por comida e bebidas > Cansaço físico e mental > Propensão para ficar fisicamente doente > Diminuição na performance nos estudos e trabalho Silvana Sapyras Byrne é Psicóloga Intercultural, Membro da Sociedade de Psicologia da Irlanda, M6280R e Conselho Regional de Psicologia do Brasil. CRP: 60529. Atendimento psicoterapeutico presencial em Dublin e por Skype para clientes residentes em outras localidades. E-mail: ssapyras@gmail.com Celular: 0863429003

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Do lado de cá Divulgação/NB

Rodrigo Pereto

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paulista Rodrigo Pereto desembarcou na Irlanda há um mês com a esposa Camila e a cada dia vem descobrindo coisas novas por aqui. “Valeu a pena ter deixado tudo no Brasil para realizarmos o nosso sonho”, confessa. Para ele, a qualidade de vida em Dublin supera e muito a cidade onde vivia antes, “aqui podemos fazer caminhadas diárias, pois a cidade oferece muitos parques, sem falar na sensação de segurança que temos aqui”, avalia Rodrigo. Outra coisa que tem surpreendido Rodrigo é a qualidade de ensino da escola que escolheu para desenvolver o inglês. Desde que iniciou os estudos, junto com a esposa, na Academic Bridge (http://www.abcollege. ie) o que mais lhe chamou a atenção foi o suporte oferecido pela escola. “A escola nos ofereceu uma apostila com todas as informações necessárias sobre obtenção de documentos, agências de emprego, mapas, dicas gerais, entre outras informações que são importantes para quem acaba de chegar. Até hoje sempre que preciso

Realizando sonhos

recorro a esta apostila. Sem falar na qualidade dos professores, que são de primeira linha”, ressalta Rodrigo. Ele conta ainda que, curiosamente, encontrou antigos amigos que também optaram por Dublin para aprender inglês. “Aconteceu de estar andando na rua e reencontrar amigos brasileiros, de infância, que vieram estudar em inglês aqui muito antes de mim. São pessoas que não via há mais de dez anos, e fui encontrar justamente aqui e isso me deixa feliz, pois são grandes amigos e o destino tratou de nos reaproximar”, finaliza.

Ana Claudia Nascimento

Deixando a rotina para trás

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Divulgação/NB

m busca de mudança total, a paulista Ana Claudia Nascimento, de 28 anos, virou a mesa e cruzou o oceano em busca de seu sonho. “Minha vida estava muito estabilizada, e ao mesmo tempo eu necessitava de uma motivação para minha vida profissional. Foi quando resolvi deixar meu emprego em uma multinacional e estudar inglês em Dublin.” Há dois meses, revela que tem se encantado pela cidade e pelas novas descobertas, “agora

consigo fazer coisas que em São Paulo não fazia por falta de tempo, como por exemplo, como caminhar 40 minutos para chegar à escola”, enfatiza Ana, “minha vida mudou muito em pouco tempo e estou aprendendo a dar valor a estas pequenas coisas que fazem tanta diferença no meu dia-a-dia”. Na Irish Business School Dublin (http://irishbusinessschooldublin. com), Ana tem se esforçado em aprender a língua inglesa e dá os créditos para a qualidade do ensino, “esta é uma escola que ouve os alunos e atende suas solicitações, e isso é essencial para que a gente tenha segurança no aprendizado”, pontua Ana Claudia.

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Intercâmbio

Morar com gringos

ou brasileiros? Por Marcos Bonfim

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ntre as inúmeras questões que surgem na cabeça de futuros intercambistas, uma delas é ‘morar apenas com estrangeiros ou com brasileiros’? Na balança há elementos culturais, hábitos, e claro, a língua que se quer aprender. Alguns entrevistados pela Revista NewsBrazil/Yeah!Brasil já saíram do solo brasileiro decididos: morar com gringos e sem medo de novidades. “Cheguei a Dublin decidida a encontrar um apartamento sem brasileiros. Queria falar o mínimo de português possível, já que vim principalmente para melhorar o meu inglês. Sempre tem um medinho das diferenças culturais, mas acho que quem vem para um intercâmbio quer mais é novidade, né?”, indaga a intercambista Bruna Dalmaso Junqueira, que dividiu o quarto por três meses com uma espanhola que acaba de retornar ao seu país e foi substituída por uma brasileira. O apartamento é compartilhado ainda com uma venezuelana. “Com certeza dividir a casa só com estrangeiros está me ajudando bastante com o inglês”, diz Rafael Carvalho, que mora com dois mexicanos e um francês. Lucas Silva e Souza, que morou em Dublin por 8 meses e dividiu uma casa com mais cinco pessoas, dentre eles um casal de franceses e três brasileiros, também concorda sobre o peso de morar com estrangeiros no desenvolvimento do inglês. “Você melhora e muito a língua quando você mora com um gringo. Essa é a melhor vantagem”. Bruna exemplifica: “Comecei a notar que a gente se força para exercitar o inglês em coisinhas do cotidiano, por exemplo, como eu vou saber cadê o liquidificador se nem sei falar isso em inglês?”.

Se para o inglês a experiência é positiva, às vezes sente-se a falta de um pouco do bem conhecido português – mesmo com a presença massiva de brasileiros em Dublin. “Sabe quando dizem que tu sabes qual é a tua língua de verdade quando tu estás em perigo? Eu não vou pedir help, vou pedir socorro! E em coisas cotidianas, tipo desentendimentos - que são naturais - o que a gente quer mesmo, é poder se expressar perfeitamente (pra não ser mal interpretado, principalmente). Enfim, nessas horas, bate uma loucura pelo português, pelos brasileiros”, brinca a gaúcha Bruna.

Além da vantagem na língua inglesa, morar com pessoas de outras nacionalidades é um exercício cotidiano de viver e aprender sobre a cultura da pessoa com quem se divide o apartamento ou mesmo o quarto, como palavras, comidas, músicas e histórias – incluindo os famosos palavrões, um dos elementos “essenciais” durante o intercâmbio. “A gente começa a dividir uma casa, faz refeições juntos, compara a comida, compara o jeito de fazer. Fala da família, fala da rotina. Pode ser tudo muito parecido, mas também muito diferente”, conta Bruna.

Fotos: Divulgação/NB

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Hábitos

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o lado oposto, um dos pontos mais sensíveis quando se pensa em morar com gringos são os hábitos, principalmente a higiene. Para brasileiros que dividem apartamento com estrangeiros, questões sobre esse assunto são comuns, e aqui a troca nem sempre será positiva, algo a depender das forças do universo. Para Lucas, embora julgue a experiência de morar com uma determinada nacionalidade “ótima no sentido de conhecimento sobre outra cultura”, os resultados não foram tão positivos. “Tivemos alguns problemas. Na minha casa, creio que a questão de higiene e de educação, no caso de fumar dentro de casa, eram as piores diferenças. E na divisão de tarefas, porque quando era a vez deles, eles sempre faziam de qualquer jeito e sem muita higiene”, revela. Rafael Silveira também enfrenta problemas com a limpeza em sua casa: “Com certeza a pior coisa é a bagunça e a sujeira. É complicado. Em casa não temos nenhuma tabela como já vi em algumas casas, cada um limpa quando acha necessário, mas de vez em sempre eles não estão nem aí, então acaba sobrando pra mim”.

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Na casa da Bruna a limpeza passa por outro processo e, segundo ela, sem problemas. “É tudo bem dividido. Eu gosto do sistema. Toda semana uma fica responsável pela limpeza da casa toda (tirar o pó, aspirar, etc). E as coisas diárias, tipo limpeza das louças, são imediatas - quem usa, limpa. Fica tudo sempre arrumadinho e pra gente funciona”. Apesar das pedras no meio do caminho, os nossos entrevistados são unânimes ao defender dividir casa com estrangeiros. “Eu aconselho todos a morarem com gringos, você vai

aprender muito sobre uma cultura diferente e aprender o inglês bem mais rápido. Os problemas gerados, na sua maioria, são questões de cotidiano, mas se colocar em uma balança vale muito a pena morar com eles”, afirma Lucas. “Quem vem para um intercâmbio tem que vir buscando novidades. É para meter a cara, mesmo. Para se inserir num ambiente que te force a exercitar uma nova língua, uma nova experiência, acho muito válido dividir casa com estrangeiros e, melhor ainda, achar um trabalho por aqui”, finaliza Bruna.

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Moda

Mala barata e

Novidades chegam primeiro

Na moda C Uma das maiores dúvidas de quem decide fazer um intercâmbio, é o que levar na mala. Independente da duração da viagem, é importante lembrar que cada um tem um estilo diferente, mas preparar uma mala funcional é essencial para ganhar espaço e economizar dinheiro antes do embarque.

Por Cintia Tanno

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ealizar o sonho de fazer intercâmbio está ficando cada vez mais fácil para muitos brasileiros, mas depois de resolver toda a parte burocrática da viagem, a dúvida mais comum para aqueles que decidem passar um ano fora do país se resume em o que levar na mala. É importante lembrar na hora de fazer as malas, que em boa parte dos vôos internacionais, só é possível despachar duas malas de 32 quilos cada, e assim será quando você decidir voltar para o Brasil. Não é difícil encontrar intercambistas sofrendo

para fechar as malas no fim do programa estudantil, por conta das inúmeras compras feitas no exterior. Convertendo valores, na maioria das vezes, comprar roupas e sapatos fora do país é sim mais barato e isso deve ser levado em consideração na hora de se preparar para a viagem. Para aqueles que amam as novidades no mundo da moda, a Europa é um ótimo lugar para fazer compras inteligentes, seguir tendências e voltar para casa com um guarda-roupa renovado e cheio de novidades.

om as semanas de moda mais importantes do’ mundo acontecendo em Londres, Paris, Milão, encontrar tendências das passarelas nas vitrines das lojas semanas depois dos eventos não é um caso raro. Se inspirar instantaneamente nas grandes marcas não é um problema para quem está passando uma temporada na Europa. Os lançamentos das grandes grifes servem de inspiração para lojas de “fast fashion”, que em tradução livre, são lojas de moda rápida, e não é necessário desembolsar muito dinheiro para comprar uma peça desejo, que no Brasil demoraria mais tempo para chegar e provavelmente custaria muito mais caro. Este é um dos motivos pelos quais muitos intercambistas conseguem ousar mais na hora de se vestir uma vez que estão morando fora. Peças que podem sair de moda tão rápido quanto viraram tendência, podem custar cerca de dez Euros, deixando assim o medo de ousar mais e gastar muito ficarem para trás. Peças básicas conseguem ser ainda mais baratas e acessíveis. Das mais variadas cores, modelos e qualidade, camisetas em geral, camisas e jeans, são peças tentadoras para quem está procurando roupas que se adaptam a muitas ocasiões. Meias, pijamas, meias-calças são produtos baratos e que também podem ser comprados no exterior com mais facilidade. Meias térmicas para o inverno, por exemplo, podem ser encontradas a partir de três Euros.

Fotos: Divulgação/NB

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Para o inverno não surpreender

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utro detalhe importante é como se preparar para o inverno. Se você já possui casacos pesados, que possam ser uma ajuda no começo do intercâmbio, são muito bem vindos na mala, mas não mais do que dois. Caso contrário, é melhor deixar para comprar boa parte das coisas assim que você chegar no exterior. Roupas brasileiras não são produzidas para aguentar o frio e o vento daqui. É melhor investir em um bom e único casaco que aguente as temperaturas negativas, do que andar com muitas e incômodas camadas de roupas todos os dias. Como a maior parte dos lugares tem calefação, vai ser muito mais prático usar roupas mais leves por

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baixo de um casaco que segure a temperatura do corpo. Tirar várias peças de roupas todas as vezes que entrar em um ônibus ou em qualquer ambiente com aquecimento pode ser desconfortável. Um bom exemplo de casacos para o inverno, são os de pena de ganso. Encontrados nos mais variados estilos, é um ótimo investimento para quem decide ficar um ano em um país que raramente tem um verão longo e intenso. Prepare sua mala com cautela e pense em tudo que também possa ser comprado fora do Brasil. Não deixe para trás peças favoritas, sapatos confortáveis e as famosas calças jeans brasileiras. Uma das maiores reclamações das meninas são em re-

lação aos modelos das calças no exterior. Botas de couro ou tênis com um solado mais grosso são muito bem vindos para aqueles que vão enfrentar o inverno europeu. Ler a etiqueta das roupas antes de comprar também é uma boa dica para compras inteligentes. Uma blusa que tenha uma porcentagem mínima de 20% de lã vai esquentar muito mais do que usar três blusas feitas de produtos sintéticos. O mesmo vale para casacos, meias, gorros, luvas e cachecóis. É possível preparar uma mala funcional, básica, com peças favoritas e sem esquecer do essencial. Pense nas compras inteligentes, elas vão ajudar a não carregar mais do que o necessário.

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Jordânia: segredos

e bELEZAS NATURAIS

Escondida por cânions e grandes montanhas que criam de longe uma paisagem que mescla tons de areia, amarelo e rosa, Petra com certeza é um dos principais roteiros para quem quer conhecer um pouco do Oriente Médio e sem dúvida nenhuma o maior tesouro da Jordânia.

Por Cintia Tanno

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om deslumbrantes fachadas cravadas nas paredes rochosas de um lugar que parece ter sido esquecido pelo tempo, uma das sete maravilhas do mundo, Petra tira o fôlego de qualquer um que decide visitar a Cidade Perdida. Localizada no que é hoje o sudoeste do Reino Hachemita da Jordânia, a cidade já foi um ponto estratégico para o comércio. Os Nabateus, uma tribo árabe nômade que se fixou na região, foram os responsáveis pela prosperidade de Petra. Ali construíram magistralmente imponentes templos e tumbas, rede de cisternas que cortavam a cidade, represas, canais e até teatros com capacidade para três mil pessoas. O império Nabateu reinou como centro comercial entre os anos 400 a.C. e 106 d.C. sendo a principal rota de caravanas que transportavam especiarias, seda, incenso e mirra pelo Oriente Médio. A importância do comércio começou a diminuir, quando Roma tomou posse

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da cidade e as rotas marítimas começaram a aumentar consideravelmente. Por volta do ano 700, Petra caiu no esquecimento e começou a ser chamada de “cidade perdida”, onde apenas os beduínos locais sabiam sua exata localização e assim a guardaram até 1812. No mesmo ano, um explorador suíço conseguiu redescobrir a cidade, se disfarçando de beduíno e fazendo o mesmo caminho que hoje, todos os turistas fazem até chegarem em uma das principais atrações de Petra, o Tesouro. Petra está localizada a cerca de três horas da capital Amã e deveria ser destino obrigatório mesmo para quem está viajando por países vizinhos como Israel e Egito. Há várias maneiras de atravessar a fronteira entre países, tanto de ônibus ou carro para os turistas independentes ou comprando pacotes de turismo, vendidos tanto em Israel como no Egito. Para brasileiros, o visto de entrada

é concedido na fronteira e custa 20 Dinares Jordanianos, cerca de 21 Euros. Uma vez no país, as paisagens surpreendentes vão encher os olhos de quem está conhecendo pela primeira vez a região. Passeios de carro 4x4 pelo deserto de Wadi Rum encantam turistas do mundo todo e um jantar ou até mesmo se hospedar em acampamentos beduínos fazem toda a diferença durante a viagem. Totalmente equipados com tendas confortáveis, banheiros e cozinha o acampamento é uma opção confortável e segura, mesmo para aqueles que num primeiro momento tendem a desconfiar de tanta hospitalidade. Geralmente depois do jantar, os beduínos se juntam para cantar ou contar histórias em volta da fogueira, oferecendo o tradicional chá jordaniano. Pelo menos uma noite em um dos inúmeros acampamentos de beduínos deveria ser uma experiência obrigatória para todos os turistas. Agosto 2013

Cintia Tanno

Turismo


Passeio exige muita caminhada

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cidade a cavalo, burro e carroças, todos oferecidos por beduínos que vivem do turismo na região, mas nada como caminhar e fazer tudo com tranquilidade e ao seu tempo. O passeio começa por uma grande área com paisagem lunar. Ali os primeiros beduínos vão fazer contato, oferecer passeios e serviço de guia turístico. Sempre muito simpáticos e amigáveis, sem serem incansavelmente irritantes, como na maioria dos países árabes, encantam os turistas com os olhos contornados pelo kajal, lápis preto que todos os homens usam, segundo eles para proteger os olhos da poeira e do Sol. A paisagem começa a ficar ainda mais impressionante quando as trilhas começam a entrar pelo Siq, um sinuoso desfiladeiro, com paredes de até 200 metros de altura. Ali é pos-

sível observar a incrível mudança de cores das paredes conforme a luz do Sol. Do salmão ao vermelho, as formações rochosas são um espetáculo da natureza. Depois de percorrer cerca de um quilômetro pelo Siq, a atração mais conhecida de Petra aparece grandiosamente entre as rochas e da lugar para mais admiração. O Al-Khazneh, mais conhecido como O Tesouro, encanta com seus 30 metros de largura e 43 metros de altura. Esculpido na rocha rosada, impressiona pelos detalhes e sem dúvida é um dos maiores tesouros de Petra. Foi construído para ser o túmulo de um importante rei nabateu. Tanto os caminhos do Siq, quanto o Tesouro, foram cenário de uma das cenas mais clássicas do filme “Indiana Jones e a Última Cruzada”. Cintia Tanno

ara entrar no complexo de Petra e finalmente conhecer e explorar a cidade perdida, não custa muito barato, cerca de 50 euros por pessoa, mas cada centavo investido é válido para tamanha experiência. Roupas confortáveis, um bom tênis e muita água são extremamente necessários para quem vai passar o dia caminhando entre as paredes rochosas ou enfrentando muitos degraus e escaladas para conseguir chegar em lugares onde a vista é de tirar o fôlego. Para conseguir ver com calma tudo que Petra tem para mostrar, é necessário pelo menos dois dias de muita caminhada pelos 5,2 quilômetros quadrados da cidade antiga. Além de ser gigantesca, muitos locais são imperdíveis e de difícil acesso. Há quem se arrisque em conhecer a

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800 degraus

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Cintia Tanno

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Cintia Tanno

ontinuando a caminhada pelas ruas de Petra, tumbas mais simples, igrejas, teatros e placas apontando diferentes miradouros no topo das rochas são pontos de parada para os turístas que ainda estão em busca da foto perfeita ou ainda têm fôlego para encarar subidas íngrimes entre as pedras. Para os que querem chegar até a pedra do sacrifício, onde mais uma vez a natureza se faz presente com paisagens fantásticas do deserto, é necessário enfrentar mais 800 degraus até o outro extremo da cidade. Lá não só belas paisagens naturais são estrelas, mas também o famoso Monastério. Um impressionante templo esculpido em um paredão de cor amarelada, faz valer cada passo dado durante o dia e ali recebe a contemplação de todos os turistas que decidem sentar,descansar e se encantar com o uma das maravilhas da natureza e do homem. Nas principais ruas de Petra, é possível encontrar banheiros extremamente bem cuidados, muitas lojas de souvenirs, restaurantes e pequenas tendas onde beduínos vendem sucos, refrigerantes, água e ali sentam com você, contam sua história de vida e não perdem a chance de mostrar quão bom é morar em Petra. Não se cansam de repetir quantos turistas nunca mais deixaram a cidade e assim quase sem perceber o você vai embora completamente apaixonado pelo lugar que um dia ja foi a “cidade perdida”.

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Intercâmbio legal

Por Fábio Teberga

Hora do planejamento - 3 P’s

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Revista Yeah!Brasil e NewsBrazil estão, desde a edição passada, apresentando esta coluna na qual informamos os leitores de como fazer um intercâmbio dentro da legalidade. Em conjunto com a coluna, a Revista oferece dicas em vídeos apresentados por mim e que você poderá acessar pelo site da Revista NewsBrazil (www. revistanewsbrazil.com) assim como pelo nosso canal no Youtube www.youtube.com/user/ NewsBrazilRevista. Na edição passada informamos sobre os procedimentos para você retirar seu passaporte, e nesta edição estaremos lhe ajudando a planejar seu intercâmbio, iniciando pela escolha da Escola de Inglês. Para quem está querendo fazer intercâmbio, sem o risco de se decepcionar, é muito importante seguir a regra dos 3Ps, ou seja, Planejar, Pesquisar e Pechinchar. Primeiramente é necessário esclarecer que o planejamento é a parte mais importante, e você terá que anotar todos os gastos que terá e poderá fazer, sendo eles o curso, a passagem, a alimentação, acomodação, documentação, presentes, festas entre outros. Há de salientar ainda que o custo no primeiro mês em território irlandês fica em torno de 1 mil Euros, sem acrescentar o depósito obrigatório de 3 mil Euros. Em seguida anote em letras maiúsculas o quanto de dinheiro você possui ou o quanto está disposto gastar no seu intercâmbio (lembrando que a moeda na Irlanda é o Euro e que a cotação a ser acompanhada é do Euro Turismo). A partir deste ponto avalie qual nível de inglês você se enquadra. Somente, então, você poderá ir para segunda regra: pesquisa de escolas. Quanto às escolas vocês devem permanecer atentos no quesito custo-benefício, pois há es-

colas que oferecem um preço convidativo, porém, muitas vezes, elas não estão habilitadas ou capacitadas para lhe oferecer o curso que você procura, portanto consulte o site http://www. acels.ie/ e confira se a escola que está em seu projeto está regularmente aprovada. Avalie também a estrutura física da escola e localização, carga horária dos cursos, se há atividades extracurriculares, se os materiais didáticos estão incluso etc. Esses dados são muito importantes serem levantados antes de se fechar um pacote de intercâmbio, tendo em vista que depois de pago você terá que frequentar o curso mesmo não gostando, ou então voltar ao Brasil e buscar o ressarcimento de uma forma litigiosa, que é o caminho mais longo e custoso, tendo em vista que as escolas não possuem Empresa Registrada no Brasil. A terceira regra é sempre pechinchar preços, pois as agências e escolas podem lhe oferecer um ótimo desconto para você contratar o serviço. Esta última regra é muito importante, pois cada Euro economizado lhe ajudará em sua estada em território Irlandês. Realizado todos esses procedimentos, agora sim você está apto em contratar uma escola adequada às suas necessidades, bem como àquela que cabe no seu bolso sem te decepcionar. Portanto, planeje, pesquise e pechinche, uma vez que o sonho de estudar fora do Brasil não é impossível, mas se não seguirmos essas regras pode se tornar um pesadelo. Lembrando que na próxima edição estaremos dando continuidade nas nossas dicas e o assunto será a possibilidade de se cursar Universidade na Irlanda e se você não quer esperar ou tem outras dúvidas envie um e-mail para nossa coluna que lhe enviaremos as respostas. Bom Planejamento e até a próxima.

Dr. Fábio Teberga (advogado brasileiro desde 2008, pós-graduado em Direito Empresarial e Trabalhista). Se você tem alguma dúvida ou sugestão, entre em contato pelo nosso e-mail juridico@revistanewsbrazil.com . Será um prazer esclarecer a sua dúvida!


Dublin

Walking Tour

em Dublin Passeios monitorados e gratuitos pelos principais pontos turísticos proporcionam uma boa ideia da capital irlandesa

Por Letícia Martins

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ara conhecer o melhor de Dublin não tem outro jeito senão sair a campo e explorar, ao vivo e a cores, o que a cidade tem a oferecer. Uma opção bastante enriquecedora é fazer um city tour a pé com grupos organizados por agências ou escolas. As vantagens são muitas; a começar pelo preço, já que algumas empresas oferecem excursões grátis diariamente e sem burocracia: basta chegar no ponto de encontro quinze

minutos antes do horário de partida. Dinâmicos e descontraídos, os passeios a pé são uma excelente oportunidade para aqueles que acabaram de desembarcar em Dublin e querem fazer um reconhecimento do terreno ou para quem está só de passagem pela capital e precisa otimizar o tempo. É o caso do brasileiro Estevão dos Santos Gedraite, que mora na Alemanha e aproveita os finais de semana para viajar. “A primeira vez que eu

fiz um tour de graça foi na Alemanha e gostei muito, pois normalmente os guias são bons e passam a informação de forma teatral e divertida”, comenta o estudante, que já participou dos passeios promovidos pela agência Sandemans New Europe em outras cidades, como Londres e Budapeste. A empresa promove o free tour em 18 cidades, entre elas Bruxelas, Edimburgo, Jerusalém, Lisboa e Paris.

Fotos: Letícia Martins

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Guias preparados

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s excursões a pé duram em média três horas – mas você nem sente passar! – e percorrem vários cartões postais, como o Castelo de Dublin, a Catedral da Igreja de Cristo, onde há a maior catacumba da Irlanda; e a Trinity College, maior e mais antiga universidade da Irlanda. Além de explicar a arquitetura dos prédios e os aspectos históricos das atrações, os guias turísticos fazem breve relato sobre os escritores famosos, como James Joyce, Oscar Wilde e George Bernard Shaw. Os grupos não costumam ter muitas pessoas e são conduzidos geralmente por jovens muito bem preparados, como destacou Estevão. É notório o envolvimento, a dedicação e a simpatia dos guias! Com uma

linguagem leve e pitadas de humor, eles transmitem detalhes culturais da cidade e do país e dão verdadeiras aulas de história, explicando sobre as invasões e o domínio dos vikings, o Levante de Páscoa, a Guerra da Independência, o conflito com a Irlanda do Norte, dentro outros aspectos. O espanhol Juan Jeres é um desses animados guias. Há um ano, ele apresenta um pedacinho da Terra do Leprechaun aos turistas. “Sou apaixonado por História e por gente, e com este trabalho encontro pessoas de todos os lugares do mundo”, diz. Juan tem razão: as turnês pelas ruas da capital também são uma ótima oportunidade para fazer amizades e treinar o idioma. Os passeios são, geralmente, em inglês, mas há turmas com guias falando em espanhol.

Quem leva Em Dublin, a Sandemans New Europe tem passeios gratuitos saindo diariamente às 11 horas e às 13 horas do City Hall, na Dame Street. A empresa também oferece roteiros privados e tours para o litoral de Howth. Acesse o site www.newdublintours. com e saiba mais.

Pubs, música, parques e muita história

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pós uma hora e meia de caminhada, é feito um intervalo de quinze minutos na badalada região do Temple Bar, onde se concentram os tradicionais pubs e restaurantes irlandeses. Antes da pausa, porém, o guia mostra algumas curiosidades do lugar, como a calçada onde a banda de rock U2 se apresentava antes da fama. De bandeja, ele

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ainda dá dicas de lugares mais em conta para degustar uma cerveja, ouvir músicas típicas ou comprar lembrancinhas da Ilha Esmeralda. O passeio termina em um dos vários parques da cidade, o St. Stephen’s Green, não sem antes o guia explicar o que há por trás de um importante monumento: o memorial da fome, que simboliza um dos

períodos mais trágicos da história da Irlanda (1845 a 1849), quando grande parte da população foi dizimada ou obrigada a migrar. A essa altura do trajeto, sua bagagem cultural está um pouco mais pesada, mas não será nenhuma novidade se você voltar para casa com vontade de se aprofundar na história da Irlanda!

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Literatura

Dublin: Uma cidade

literária Patrimônio Mundial de Literatura, Dublin é o berço de renomados escritores

Por Aldy Coelho

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tradição histórica e cultural de Dublin ressoa em todos os cantos da cidade. E não poderia ser por menos que uma cidade com tão longa tradição literária como Dublin receberia da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), em 2010, o título de Cidade Patrimônio Mundial de Literatura, uma entre somente seis cidades do mundo a compartilhar esta honra. Dublin é a terra natal de renomados escritores, conhecidos mundialmente, que aqui viveram, estudaram, tiveram seus antepassados e fizeram com que Dublin e seus arredores fossem conhecidos em todos os continentes através de suas obras

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literárias. Alguns mudaram de país, mas não perderam a estreita ligação com a Ilha Esmeralda. James Joice, Samuel Becket, Oscar Wilde, George Bernard Shaw, Brendan Behan e tantos outros narraram o cotidiano da cidade, suas crenças mitológicas, suas belezas naturais e personagens, sempre se utilizando da poética para aproximar os leitores de suas vidas e da fonte de onde surgiram suas histórias. Devido a grande relevância para a literatura mundial, três destes escritores, nascidos em Dublin, receberam o Prêmio Nobel de Literatura por suas poesias de elevado nível artístico, pelos textos de espírito irreverente e inconformista, e pela

grandiosidade de suas obras que romperam a fronteira do idioma, superando mais de trinta traduções sem perder a riqueza e a originalidade. Se você é um amante de literatura ou apenas um interessado nas curiosidades irlandesas, vale a pena conhecer um pouco dos três principais nomes da cena literária. E se, ao final, ficar ainda mais interessado, visite “Writer’s Museum” na Parnel Square e confira pessoalmente. No museu instalado em uma mansão georgiana do séc. XVIII há um grande acervo permanente de cartas, primeiras edições, objetos pessoais e mais detalhes da vida e das obras dos grandes escritores irlandeses. Agosto 2013


William Butler Yeats (W.B. Yeats)

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primeiro a ser agraciado com o Prêmio Nobel de Literatura foi W.B. Yea’ts, em dezembro de 1923, assim descrito no próprio website destinado à premiação “por sua poesia sempre inspirada, que através de um elevado nível artístico dá expressão ao espírito de toda uma nação”. Nascido em 13 de junho de 1865 na aldeia de Sandymount, no Condado de Dublin, ainda jovem foi educado em Dublin e depois seguiu para Londres para estudar arte. Seus primeiros versos surgiram em 1887, mas antes disso ele já produzia alguns textos dramáticos. Foi um dos fundadores do renascimento literário irlandês. Os conteúdos de suas peças tratavam das lendas mitológicas irlandesas e suas histórias. Em 1894, Yeats conheceu Lady Augusta Gregory e assim começaram a desenvolver o Teatro Literário Irlandês, que foi fundado em 1899 em Dublin, tornando-se depois o Abbey Theatre, ou também conhecido como

Teatro Nacional da Irlanda, em 1904. Este local tornou-se o carro-chefe para liderar dramaturgos e atores irlandeses. Após 1910, suas produções tomaram um tom mais poético, estático e esotérico, influenciados pelo teatro japonês Nô, repletas de máscaras, música e dança. Patriota convicto, Yeats usou seus textos para protestar contra os exageros dos movimentos nacionalistas. Em 1922 Yeats recebeu um diploma honorário da Trinity College, e foi eleito para o senado irlandês, onde atuou por seis anos antes de renunciar ao devido a problemas de saúde. Curiosamente, suas maiores obras foram escritas após a atribuição do Prêmio Nobel, considerando que ele recebeu este prêmio por suas obras dramáticas, seu maior destaque atualmente se concentra em sua produção lírica, tornando-o um dos maiores poetas do século XX em circulação e o mais influente de escrita Inglesa. Seus temas recorrentes são

o contraste da arte e da vida, as máscaras, as teorias cíclicas da vida e o ideal da beleza e da cerimônia que contrasta com a agitação da vida moderna. Yeats faleceu em 28 de janeiro de 1939, aos setenta e três anos na França, e hoje se encontra sepultado, no Condado de Sligo, na Irlanda.

o/NB ivulgaçã Fotos: D

George Bernard Shaw

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ois anos depois, em 1925, foi George Bernard Shaw quem recebeu o Prêmio Nobel de Literatura, também descrito no site “por seu trabalho marcado pelo idealismo e humanidade, sua sátira estimulante muitas vezes sendo infundida com uma beleza poética singular”. Mas curiosamente, como Shaw não precisava do dinheiro, ele doou o prêmio em dinheiro para a confecção da edição em inglês de uma obra do dramaturgo sueco August Strindberg. Nascido em junho de 1856, numa família de classe média escocesa-protestante, recebeu da mãe, uma cantora profissional, grande influência artística. Sua educação foi irregular, devido à sua antipatia por qualquer estudo organizado, e aos 15 anos ingressou no Museu de Dublin para aprender pintura. Mudou-

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-se para Londres após o divórcio da mãe e lá aderiu ao socialismo inglês, ingressando em 1884 na Sociedade Fabiana, uma organização política socialista dedicada a transformar a Grã-Bretanha em um estado socialista pela legislação progressiva e sistemática, com base na persuasão e educação em massa. Shaw trabalhou como crítico de arte e literatura para diversos jornais. Ele começou sua carreira literária como romancista e após impressionar-se com uma obra do autor norueguês Henrik Ibsen, tornou-se um fervoroso defensor do novo teatro e decidiu então escrever peças, a fim de ilustrar sua crítica à sociedade inglesa. Em 1893 escreve sua primeira peça teatral, o começo de uma série que o deixaria famoso. Alguns

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textos atacam selvagemente a hipocrisia social, enquanto em outras, a crítica é menos feroz. Nesse entremeio abandona a carreira jornalística para se dedicar exclusivamente ao teatro, mas sem abandonar seus interesses sociais e políticos. Em 1904, Shaw passou para seu amigo Harley Granville Barker, dramaturgo, ator e diretor a gestão de

seu teatro experimental e a direção de seus espetáculos. Foi então que ele pode escrever novas peças, sempre com as montagens na gestão de Barker. Enriqueceu muito somente com a produção e exibição de suas peças teatrais. As obras de Bernard Shaw foram produzidas por várias companhias de teatro nos Estados Unidos, e ele

viveu o resto de sua vida como uma celebridade internacional, sempre envolvido na política local e internacional, e continuou a escrever algumas peças. George Bernard Shaw faleceu na Inglaterra, em novembro de 1950, aos 94 anos, após complicações de uma queda que sofreu enquanto podava algumas árvores em sua casa.

Samuel Becket

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último irlandês a receber o Prêmio Nobel em 1969 foi Samuel Beckett, “por sua escrita, que em novas formas para o romance e drama, na miséria do homem moderno, adquire sua elevação”, de acordo com a descrição no website oficial do prêmio, sendo considerado desde então um dos principais autores do denominado Teatro do Absurdo. Nascido em abril de 1906, filho caçula da família Barclay Beckett, de origem burguesa e protestante, frequentou a Trinity College entre 1923 e 1927, graduando-se em Literatura Moderna, também em francês e italiano, onde desenvolveu um grande amor por línguas românicas e poesia. Foi professor no Campbell College, em Belfast, antes de se mudar para Paris para lecionar. Lá, Beckett conheceu o também escritor irlandês James Joyce, que se tornaria então seu grande amigo e uma grande influência em suas obras. Retornou à Dublin para aceitar uma vaga como professor na Trinity College, mas desiludido com o pedantismo no mundo acadêmico, logo depois se demitiu do cargo. Samuel Becket viajou pela Europa e Grã-Bretanha, publicou em Londres um estudo crítico acerca a obra do escritor francês Marcel Proust, e ao longo de suas andanças, Beckett também se interessou pelas obras de Arthur Schopenhauer e decidiu dedi-

car-se inteiramente à escrita. Foram idas e vindas para a Irlanda, por motivos familiares, até fixar residência definitiva em Paris. Com o início da Segunda Guerra Mundial, ele resolve ajudar a Resistência Francesa como mensageiro, sendo obrigado a fugir da cidade com sua esposa, e mesmo sendo descoberto, continuou a ajudar a Resistência. Passou a partir de então a usar o francês como idioma literário. Em 1953 lança a sua mais famosa peça teatral “Esperando Godot”, repleta de riqueza metafórica, dando foco para uma visão pessimista e minimalista acerca do ser humano. Apesar de não ter sido bem enten-

dida no princípio, posteriormente ganhou a aclamação da crítica internacional, e Becket foi considerado um dos principais e mais influentes autores do século XX. O sucesso de suas peças ofereceu-lhe a possibilidade de experimentar outras vertentes, sendo contratado em 1956 pela BBC para escrever e expandir seu alcance em rádio, televisão e cinema. Mas apesar da fama, no entanto, Samuel Beckett permaneceu um homem privado. Samuel Beckett morreu em 22 de dezembro de 1989, de enfisema pulmonar e está enterrados no cemitério Montparnasse em Paris.

Fontes: www.nobelprize.org; http://www.writersmuseum.com; www. poetryfoundation.org; http://www.online-literature.com;www.e-biografias.net;

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Do lado de cá Leandro Avelar

Conciliando férias e estudo

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mineiro Leandro Avelar, de 25 anos, aproveitou as suas férias no trabalho para viajar e estudar inglês. Sim! Esta também pode ser uma opção para quem não quer largar tudo no Brasil para se aventurar num intercâmbio muito longo. Ele optou pelo programa “Study and Travel” oferecido pela Egali Intercâmbios. “Eu queria fazer uma viagem para o exterior, e quando a Egali me ofereceu este programa eu aceitei na hora, pois era uma oportunidade de unir o útil ao agradável, viajar e praticar o inglês ao mesmo tempo”, frisa. No período de um mês, ele terá a possibilidade de estudar pela manhã e fazer city tours no período da tarde e trips aos finais de semana. “Para mim tem sido muito vantajosa esta viagem pelo seu custo-benefício. O que eu investiria apenas numa viagem de turismo para um único destino, aqui eu posso conhecer três países da Europa e ainda desenvolver o meu inglês”, destaca.

Em busca de suporte para sua viagem, Leandro procurou a Egali pelo profissionalismo da agência, demonstrado durante todo o atendimento, tanto em Minas Gerais quanto em Dublin. “Optei pela Egali, pois eles indicaram uma viagem de acordo com o meu perfil, e estão me dando toda a assessoria desde o início do planejamento da viagem, ainda em Belo horizonte, como aqui em Dublin. Neste momento, estou indo a um city tour monitorado pela equipe da Egali”. Além da viagem em si, a experiência no exterior tem proporcionado a Leandro uma interação com novas culturas e também uma possibilidade de fazer novos amigos, “neste pouco tempo conheci pessoas de diferentes países, mas também pessoas de outras regiões do Brasil, o que torna este intercâmbio também uma forma de intercâmbio regional. Indico a todos que queiram planejar suas férias de uma forma diferente, viajando e estudando”, define.

Divulgação/NB

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Culinária

Brigadeiro: O doce que é

a cara do Brasil Por Eduarda Byrne

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origem do brigadeiro não é conhecida, mas considerando o fato de que o leite condensado já existia no final do século XIX, é possível que o brigadeiro possa ter sido preparado em meados da década de 20 e provavelmente com outro nome. Ou quem sabe até mesmo antes, com outro ingrediente no lugar do leite condensado, como o açúcar. Dizem que no período pós Segunda Guerra Mundial, devido a dificuldade de se conseguir leite e açúcar para o preparo de doces, descobriu-se que, misturando leite condensado com chocolate, ovos e manteiga resultava nessa sobremesa deliciosa. A denominação deste doce, no entanto, é um pouco curiosa: Nos anos de 1946 e 1950 o Brigadeiro (patente militar da aeronáutica) Eduardo Gomes estava se candidatando à presidência da República e um grupo de fãs se prontificou em organizar festas para a promoção da sua eleição. Fizeram uma guloseima à base de leite, ovos, manteiga, açúcar e chocolate para arrecadação de fundos para a campanha. Essas festas, naquela época, eram bastante disputadas e as pessoas diziam umas às outras: ‘’Vamos lá comer o docinho do brigadeiro”. E de tanto repetirem o ‘’docinho do brigadeiro’’ pra cá, o ‘’docinho do brigadeiro’’ pra lá, o doce foi popularmente batizado de ‘’brigadeiro’’. O engraçado dessa história é que apesar da popularidade do Brigadeiro Eduardo Gomes e seus deliciosos docinhos, ele não

ganhou a eleição. Com o tempo, a receita do brigadeiro ganhou novos ingredientes como o chocolate granulado para enfeitá-lo e o creme de leite, que o deixa menos açucarado. Mais recentemente o brigadeiro tornou-se um doce chique, com novas receitas a partir da original e recentemente tem surgido as “brigaderias”, que são os estabelecimentos especializados em brigadeiros nas principais cidades do Brasil. Em outros países, a exemplo da França, o brigadeiro é conhecido como a ‘’trufa brasileira’’. Aos apaixonados por brigadeiro como eu, deixo aqui a minha receita. É simples e rápida de preparar!

Como preparar Ingredientes: 1 Colher de sopa de manteiga ou margarina 1 Lata de leite condensado 4 Colheres de sopa de chocolate em pó 1 Pacote de chocolate granulado Modo de preparo: Aqueça a panela em fogo médio e acrescente a manteiga. Junte o leite condensado e o chocolate em pó, mexendo sem parar até desgrudar da panela. Espere esfriar um pouco e despeje a mistura em um recipiente untado. Faça pequenas bolas com as mãos, passando a mistura no chocolate granulado antes de colocar nas forminhas.

Divulgação/NB

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Do lado de cá Divulgação/NB

Caroline Carriel e Diogo Marinho

No amor, na capoeira e no inglês

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ara a engenheira Caroline Carriel, de 28 anos, e o professor Diogo Marinho, de 30, ambos de Curitiba, a escolha da Irlanda para realizar o intercâmbio foi perfeita, “daqui é mais fácil conseguirmos viajar para podermos participar de eventos de capoeira que acontecem com frequência nos países europeus”, destaca Caroline. Há menos de um mês em Dublin, o casal que é unido pela prática da capoeira e agora também no estudo do inglês, conta que depois de muita pesquisa e planejamento a decisão por Dublin e pela escola Irish Business School Dublin (http:// irishbusinessschooldublin.com) foi certeira. “Está superando nossas expectativas, pois é uma escola nova, com uma estrutura muito boa, onde o aluno tem total atenção por parte dos professores, que são todos nativos, e a interação com pessoas de outras nacionalidades tem feito a

gente se esforçar na comunicação”, avalia Diogo. Para eles as diferenças de clima e cultura da nova cidade não foram empecilhos para se adaptarem ao local, “nos primeiros momentos o estranhamento é comum, mas logo percebemos qualidades como a segurança e a organização da cidade que faz com que a adaptação seja mais fácil”, afirmam. O casal aproveita a quantidade de parques e áreas verdes nas regiões centrais de Dublin para treinar alguns movimentos, o que tem chamado a atenção, principalmente das crianças, para a luta brasileira. “É comum as crianças interromperem nosso treino para perguntar o que estamos fazendo, pedem pra mostrar como se faz. Percebo até que o interesse das crianças daqui é até maior que o das crianças brasileiras”, observa Diogo que é professor de Educação Física.

Júlio Meiron

Apaixonado pela herança cultural

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úlio Meiron é formado em Artes Plásticas pela Universidade de São Paulo (USP) e pretende seguir carreira acadêmica em sua área, e para tanto, o inglês é item fundamental em sua profissão. Com conhecimento prévio da língua inglesa, ele decidiu fazer um intercâmbio cultural pra adquirir fluência, “aqui as possibilidades são infinitas, de estar imerso no cotidiano e na prática do inglês em todos os momentos, em todos os ambientes”. A Irlanda como destino se deu por sua essência cultural, seu grande patrimônio artístico, assim como o das cidades e países próximos. “Em seis meses, eu consegui direcionar e planejar a melhor forma de realizar este intercâmbio, investi algumas econo-

mias e consegui concretizar este sonho, há três meses e meio estou em Dublin e não me arrependo”, revela. Aluno da Infinity Business College (www.ibcollege.com), Júlio conta o que mais pesou em sua escolha pela escola foi o fato dela estar devidamente registrada pelo governo irlandês, o que lhe proporcionou uma sensação de segurança, e a qualidade do corpo docente, “mais do que qualquer estrutura são os professores que fazem a escola - e neste ponto eles são excelentes, sempre dispostos a ouvir e ensinar seus alunos - além disso, ela está muito bem localizada”, ressalta. O que mais tem chamado sua atenção é a quantidade de festivais ocorridos no período de verão na ci-

dade, “são festivais com enfoque cultural, que tem a participação massiva das pessoas, é um diferencial que faz com que as pessoas se apaixonem por Dublin”, confessa Júlio.

Fabio Teberga

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Vicking Festival em Clontarf, Co. Dublin Em junho aconteceu em Clontarf o Vicking Festival, reunindo adultos e crianças em um dia repleto de brincadeiras e curiosidades sobre o cotidiano da civilização vicking. Exposições de armas, confecção de utensílios, e até aula aberta de arco e flecha foram algumas das atrações da Vila Vicking. Confira o vídeo com a matéria completa no site www.revistanewsbrazil.com. Fotos: Divulgação.

Street Performance World Championship Um festival gratuito fez a alegria de quem esteve pelo Merrion Square Garden em julho. Artistas de rua de todo o mundo fizeram apresentações concorrendo ao título de Campeão Mundial em Performance de Rua. Malabaristas, acrobatas, atores e até engolidores de espada se apresentaram e o público votava no seu preferido. O vencedor foi o grupo cômico acrobático Ireland’s Lords of Strut. Fotos: Fábio Teberga.

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Bray Air Display 2013 A cidade de Bray sediou em julho a edição do European Air Show, uma exibição de aviões de guerra de todos os tipos em manobras aéreas que reuniu cerca de 85 mil pessoas na orla da praia. O bom tempo ajudou nas apresentações que ainda acontecem em outros países europeus. Fotos: Luiz Gustavo Miguez.

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Do lado de cá Kelly Quintino e Aline Nascimento

Idioma é exigência do mercado Divulgação/NB

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elly Quintino, de 27 anos, tinha o sonho de estudar inglês e morar na Europa, mas a decisão para definir o seu destino foi a simpatia irlandesa, “o diferencial que fez com que eu escolhesse Dublin foi a personalidade dos irlandeses, que são amigáveis e gentis, e isso eu pude presenciar quando cheguei aqui”, analisa. Formada em Administração de Empresas com ênfase em Comércio Exterior, o inglês é um item neces-

sário para a carreira de Kelly, que pretende voltar ao Brasil, assim que estiver fluente para conseguir uma colocação melhor em sua carreira, “meu objetivo é retornar para atuar na minha área, e para isso é fundamental que eu tenha conhecimento e vivência de uma língua estrangeira”. A paulista é estudante da Eden College (www.edencollege.ie), escola que foi muito bem indicada pela agência que intermediou sua viagem, “me indicaram pela estrutura ofere-

cida, pela qualidade dos professores, que são nativos, e pela boa organização”, reforça Kelly. Com a mesma formação da amiga, Aline Nascimento, de 29 anos, também aluna da Eden College, reconhece que o conhecimento de idiomas é indispensável em sua profissão e afirma que o mundo hoje é tão globalizado que se torna um grande diferencial na carreira a experiência de morar no exterior, “com a fluência em inglês as portas estarão sempre abertas e eu terei diversas oportunidades dentro da área administrativa e financeira, onde eu já tenho conhecimento”. Aline desembarcou em Dublin em busca de novas experiências, “os desafios são logo superados, mas temos que estar aqui abertos para vivenciar todas as novas experiências, conhecer este novo mundo, não ficar com a mente no Brasil e aproveitar ao máximo o que a cidade nos oferece”, aconselha a carioca.

Gustavo Korontai

Experiência de vida e de trabalho

G

ustavo Korontai, de 28 anos, depois de uma viagem de 15 dias pela Europa junto com a esposa Luciana, resolveu que era a ‘hora de sair da casca’, como ele mesmo menciona. Há cinco meses em Dublin, o baiano de Itabuna afir-

Lu Guimarães

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ma ter feito a melhor escolha de sua vida, “Dublin me surpreende todos os dias, o sotaque incompreensível era só um mito e a escola deu significado a expressão método de ensino”. Aluno da Grafton College (www. graftoncollege.com), além de elogiar o ensino da escola, Gustavo também tem uma estreita relação com seus professores, “o Gerry provavelmente foi o melhor professor que já tive e o Eddie tem o dom de te ensinar a ter senso de humor em inglês! Tenho ambos como amigos pessoais”. Quanto às dificuldades, somente a saudade da família e dos amigos têm sido o ponto fraco desta aventura, mas o restante ele tem tirado de letra, “quem tem vontade consegue, principalmente trabalho, não adianta lamentar por não encontrar

empregos, pois não aconselho ninguém a se basear em experiências de pessoas sem foco ou que distorcem a realidade”, reforça Gustavo, que tem conseguido muitos trabalhos em sua área de atuação. Decididos a viver esta fantástica experiência, Gustavo e a esposa vieram dispostos a trabalhar em algo que não fosse de suas áreas, ele é Motion/VFX Designer e ela jornalista, mas a sorte e a determinação de ambos têm ajudado o casal a abrir a própria produtora de vídeo em Dublin. “Trabalhamos muito e o mercado tem respondido de forma bastante positiva”, ressalta Gustavo, que tem como plano voltar ao Brasil somente para realizar alguns trabalhos especiais, mas retornar em seguida para continuar seus projetos.


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