Revista ES Brasil 92

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MARCOS TROYJO Perspectivas para o Brasil e as economias emergentes

ARQUIVOS Chave para a organização da empresa

ROYALTIES ES luta no STF para evitar perda bilionária

FIBRIA Marcelo Castelli e os novos investimentos

N° 92 • Março de 2013 • R$ 8,90 • www.revistaesbrasil.com.br

IMPRESSO

OS ENCANTOS DE MORAR EM VITÓRIA

Os encantos de morar em Vitória

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NESTA EDIÇÃO

Especial Nesta edição, a ES Brasil comemora seu aniversário de oito anos. Leia o Especial que relembra a história e os principais temas abordados pela revista ao longo desta trajetória.

Edição 92 – Março 2013

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Agenda

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Periscópio

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ES Sustentável

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Política

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Test Drive

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Sertes

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Estilo Gadgets

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Gastronomia

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Mais e Melhor

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Modus Vivendi

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Tira-Gosto

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Conhecida como a Ilha do Mel, Vitória é uma cidade cheia de encantos, considerada uma das melhores capitais do Brasil para se viver. Veja o que dizem alguns ilustres moradores de nossa capital, sobre como é bom viver no município.

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Artigos 34

Doria Porto Sinal vermelho para a produtividade industrial brasileira

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Orlando Caliman

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Gestão

Nenhuma empresa pode funcionar bem sem organização. Saiba como organizar e arquivar os documentos de sua empresa para conseguir melhores resultados em sua gestão.

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Entrevista

Professor da Columbia University em Nova Iorque, o brasileiro Marcos Troyjo é referência para falar sobre a economia mundial, especialmente em relação às perspectivas para as economias emergentes.

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Economia

Após a derrota no Congresso Nacional com a aprovação da nova lei de distribuição de royalties, o Espírito Santo e Rio de Janeiro obtiveram vitória parcial no Supremo Tribunal Federal (STF) na batalha para evitar as perdas de arrecadação.

ES Pergunta

Apesar da crise mundial, a Fibria continua investindo para melhorar sua produtividade e competitividade no cenário internacional. O presidente da empresa, Marcelo Castelli, explica a importância dos novos investimentos com a compra de 20 navios para escoar a produção.

Governo deve desobstruir caminhos para investimentos 6

Cotidiano

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EDITORIAL

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arece que foi ontem, mas há oito anos a ES Brasil começava a trilhar sua história. Em março de 2005 a revista dava seus primeiros passos para a construção de um produto editorial em busca da excelência e com a meta de ser referência no tema "economia do Espírito Santo". É básico dizer que sem nossos pares não estaríamos nem no número oito, quanto mais no oitavo ano de vida. Então é preciso agradecer a todos que têm contribuído ao longo desse tempo: assinantes, leitores, articulistas, anunciantes e parceiros que têm nos ajudado a vencer desafios e conquistar espaço e reconhecimento no mercado capixaba. Nesta edição de aniversário, trazemos uma matéria especial que relembra a trajetória da ES Brasil, que se entrelaça com a história dos últimos anos no Espírito Santo. Desde sua primeira edição, a revista acompanha o crescimento da indústria de petróleo e gás e seus impactos em nossa economia. Atentos aos fatos, acompanhamos nesta edição novamente a polêmica envolvendo a mudança nas regras para divisão dos royalties e os desdobramentos políticos e econômicos, que parecem estar longe ainda de ter um final. Na entrevista do mês, o professor da Columbia University Marcos Troyjo, que dirige um centro de estudos sobre as economias que compõem o chamado grupo dos BRICs, aborda os desafios para o desenvolvimento do Brasil e a influência dos países emergentes na economia mundial. Também apresentamos uma reportagem mostrando como a organização e o arquivamento de documentos são elementos fundamentais para garantir uma boa gestão das empresas. No ES Pergunta, o presidente da Fibria no Espírito Santo, Marcelo Castelli, fala dos novos investimentos da empresa, que acaba de receber o segundo de 20 novos navios contratados para ampliar o transporte de produção da indústria. Por conta de nossa edição de aniversário e em homenagem à cidade de Vitória, onde a revista está sediada, também publicamos uma matéria na qual escutamos alguns ilustres moradores do município para mostrar por que a capital capixaba é uma cidade especial para se viver. Na seção Aonde Ir, a dica do mês é visitar o Mestre Álvaro, uma das maiores formações rochosas do litoral brasileiro e montanha guardiã do município da Serra. Além disso, como é de costume, você pode acompanhar os principais eventos e fatos que movimentam o mês, dicas de gastronomia e cultura e a cobertura do mercado automobilístico. Uma ótima leitura e que venham mais oito, 10, 20 anos de ES Brasil. Mário Fernando Souza, diretor-executivo da Next Editorial e editor-executivo da ES Brasil

ES Brasil é uma publicação mensal da Next Editorial. Seu objetivo é apoiar o desenvolvimento do Estado do Espírito Santo, apresentando conteúdos informativos e segmentados nas diversas vertentes empresariais.

Diretor-Executivo Mário Fernando Souza Diretora de Operações Julicéia Dornelas Editor-Executivo Mário Fernando Souza Coordenação de Produção Flávia Tristão

Apoio Produção Jéssica Nonato e Mara Cimero Textos Flávia Varela, Nadia Baptista, Vitor Taveira, Lilia Barros e Ana Lúcia Ayub Revisão e Copidesque Andréia Pegoretti e Marcia Rodrigues Edição de Arte Fábio Barbosa, Genison Kobe, Karine Nely e Thiara Nascimento Colaboraram nesta edição Doria Porto e Orlando Caliman Fotografia Renato Cabrini, Cláudio Alves, fotos cedidas e arquivos Next Editorial (27) 2123-6506 comercialnext@nexteditorial.com.br Gerentes de Publicidade Magno Araújo Gerentes de Contas Deiseane Da Rós, Paulo Pironi e Gilmar da Silva Apoio Comercial Jaqueline de Jesus Assinatura (27) 2123-6520 www.revistaesbrasil.com.br Serviço de atendimento ao assinante Segunda a sexta: das 9h às 18h Números anteriores (27) 2123-6520

OPINIÃO DO LEITOR

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“Não conheço nenhuma outra revista que trate da economia capixaba e vi na ES Brasil uma fonte de conhecimento na área de gestão, mercado e, principalmente, na economia. Gosto muito do conteúdo e das notícias sobre o Espírito Santo de uma forma geral.”

“Sempre leio a revista para ficar atualizado com o mundo corporativo. As matérias são atuais e gosto de estar por dentro das novidades. Por meio da leitura da revista, tenho uma visão do que está acontecendo na economia capixaba."

Ryan Braga, sócio-proprietário da Mercatus Representações

Cleber Mesquita, gerente-geral da concessionária Trilha Vitória

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Contatos com a Redação E-mail: redacao@nexteditorial.com.br Telefax: (27) 2123-6500 Endereço: Avenida Paulino Müller, 795 Jucutuquara – Vitória/ES – CEP 29040-715

Ajude-nos a fazer a ES Brasil. Envie sua opinião, sugestão e críticas para redação@nexteditorial.com.br

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AGENDA 1º E 2 DE ABRIL

2 A 4 DE ABRIL

I Semana Estadual de Energia aborda a sustentabilidade A I Semana Estadual de Energia acontece nos dias 2, 3 e 4 de abril, no Centro de Convenções de Vitória. O evento é uma realização do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento juntamente com a Agência de Serviços Públicos de Energia do Estado. Com o tema “Inovação, Competitividade e Sustentabilidade”, a programação vai contemplar também a sexta edição do Fórum Capixaba de Energia, que vai abordar o “Passado, Presente e Futuro da Energia do Brasil”, visitas técnicas, workshops, além de encontro das agências reguladoras de energia. 12 DE ABRIL

Encontro de blogueiros de economia Em abril, Vitória será palco do III Encontro Nacional dos Blogueiros de Economia. É um evento em que os economistas que possuem forte presença nas redes sociais e na internet vão se reunir para debater a “Economia Aplicada na Blogosfera”, “Economia, Cerveja e Futebol” e “Para Onde Vai a Política Econômica Brasileira?”. O encontro será no Auditório da Fucape, no dia 12 de abril, das 13 às 19 horas. A organização é do professor da Fucape-ES e economista Cristiano M. Costa, do economista do Ibmec-MG Cláudio D. Shikida e do Conselho Regional de Economia do Espírito Santo (Corecon-ES). 8 A 10 DE MAIO

Feira Casar O maior evento que reúne fornecedores para festas e casamentos já confirmou a data deste ano. Será nos dias 8, 9 e 10 de maio no Centro de Convenções de Vitória. Vários expositores de itens lindíssimos para festas de casamento darão o toque mágico dessa feira regada a degustações, apresentações musicais e desfiles pelos salões. A programação também inclui uma palestra com Fábio Arruda e fecha com o Desfile Casar Fashion Show.

FÓRUM EVENTOS TRAZ GRANDES GRUPOS AO BRASIL Reunir em um único local os principais grupos e entidades da indústria nacional e internacional de eventos e congressos para discutir as perspectivas desse mercado no Brasil e no mundo. Esse é um dos principais objetivos do Fórum Eventos, que acontece nos próximos dias 1º e 2 de abril, em São Paulo. Já são mais de 20 renomados palestrantes, sendo cinco internacionais, confirmados para o encontro que, além de trazer conteúdo relevante, será organizado em um formato que objetiva promover networking máximo entre os participantes

31 DE MARÇO A 8 DE ABRIL

FESTA DA PENHA Começa no próximo dia 31 de março e prossegue até 8 de abril a Festa de Nossa Senhora da Penha, que vai ampliar a participação da música cristã em sua programação oficial. Pela primeira vez, a Festa da Penha reunirá três shows cristãos: de Adriana Arydes, do grupo de Cantores de Deus e de Eliana Ribeiro. O objetivo é fortalecer as festividades como o terceiro maior evento religioso católico do país, inserindo Vila Velha no cenário nacional do turismo religioso.

16 A 20 DE ABRIL

11ª Automec As principais marcas da indústria de autopeças, brasileiras e internacionais, confirmaram presença na 11ª Automec - Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços, que acontece entre os dias 16 e 20 de abril no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo. A feira deste ano deve ultrapassar as 1.100 marcas expositoras. A Automec 2013 chega como uma excelente oportunidade para que empresários do setor troquem informações. Segmentos como manutenção reparação, TI e gestão, acessórios e tunning, peças e sistemas trarão para a feira as principais novidades e tendências de cada área. 10

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Acompanhe os principais eventos no site da revista: www.revistaesbrasil.com.br

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Queremos otimizar os processos e colocar mais efetivos onde precisa, ou seja, na Região Metropolitana”

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PERISCÓ

André Garcia, secretário estadual de Segurança Pública, sobre as novas ações na sua gestão

COLUNA “COQUETEL DA CIDADE” COMPLETA 55 ANOS DE LANÇAMENTO Cacau Monjardim está comemorando os 55 anos do lançamento de sua coluna social “Coquetel da Cidade”, publicada pela primeira vez no dia 18 de março de 1958 no jornal A Gazeta. Na primeira edição figuram ilustres figuras capixabas como o ecologista Augusto Ruschi e o ex-governador Eurico Rezende, que na época havia sido eleito presidente da Assembleia Legislativa. Cacau prepara uma revista reunindo as 55 primeiras colunas publicadas. “Estou resgatando saudades”, afirmou o jornalista.

DESENVOLVIMENTO

Brasil reduz o déficit de IDH Apesar de ter permanecido estagnado no 85º lugar no ranking mundial, o Brasil evoluiu em seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Segundo o relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), divulgado no dia 14 de março, com base em números referentes ao ano de 2012, o Brasil teve um aumento de 24% do seu IDH desde 1990, proporção superior a de outros países da América Latina. No mesmo período, a Argentina aumentou seu índice em 16%; o Chile em 17%; e o México em 18%. De acordo com os dados, o país foi o 14º do mundo que mais reduziu o déficit de IDH em 22 anos. O IDH é a referência mundial para avaliar o desenvolvimento humano a longo prazo. É calculado a partir de três variáveis: vida longa e saudável, acesso ao conhecimento e um padrão de vida estável. O índice alcançado pelo Brasil é de 0,730, o que mantém o país no grupo de Desenvolvimento Humano Alto.

BANCO PRETENDE ATENDER 500 MIL EMPREENDEDORAS

GESTÃO

Banco do Nordeste tem novo superintendente

O Banco do Brasil anunciou, no Dia Internacional da Mulher, que vai intensificar o apoio às MPEs (micro e pequenas empresas) lideradas por mulheres, com uma meta de atendimento de 500 mil empreendedoras até o final de 2013 no âmbito de MPO (Microcrédito Produtivo Orientado). Se alcançado, o número representará um aumento de 38% em relação ao total visto no final de 2012.

GESTÃO 2013 DA FEDERAÇÃO DAS EMPRESAS JUNIORES TOMA POSSE A nova gestão da Federação das Empresas Juniores do Espírito Santo (JuniorES) tomou posse no último dia 15, no auditório do Crea-ES. A JuniorES é uma associação civil sem fins econômicos, com atitude empreendedora, cuja principal função é representar as empresas juniores do Espírito Santo junto aos órgãos públicos, privados, filantrópicos e à sociedade.

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O administrador Wesley Maciel, funcionário do Banco do Nordeste desde 2002, é o novo superintendente da instituição para o Norte de Minas Gerais e Espírito Santo. Ele foi gerente de negócios e gerente-geral em Capelinha (MG) e Colatina. A posse de Maciel aconteceu no dia 18 de março e na mesma cerimônia também assumiram os gerentes-gerais de duas agências da cidade mineira de Montes Claros, Josafá Araújo Fernandes e Carlos Nunes Coelho. EDUCAÇÃO

Emescam é premiada em feira internacional de inovação A Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (Emescam) conquistou medalha de ouro na categoria “Meio Ambiente” na Finex 2013, uma das mais importantes feiras de inovação do mundo, realizada neste mês, no Irã. A vitória veio com o projeto “Obtenção de biodiesel a partir de óleos e graxas extraídos da caixa de gordura do esgoto doméstico”, também premiado na Feira Inventa Brasil de 2012, em Vitória.O projeto mostra como converter os óleos/graxas em potencial fonte de energia ecologicamente correta. esbrasil

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GOVERNO DIMINUI TRIBUTOS DA CESTA BÁSICA

INDÚSTRIA

Findes ganha novo auditório e plenário O novo plenário Jones Santos Neves Filho e o auditório Américo Buaiz, da Findes, já estão funcionando. Os dois ambientes passaram por reforma e modernização e têm como objetivo atender ao público externo e interno. O plenário tem capacidade para 100 pessoas, enquanto o auditório comporta 220. Para a criação do lounge, foram utilizados espelho e madeira tratada chamada lypitos, ecologicamente correta. O auditório também recebeu um novo espaço para talk show. Os dois ambientes contam ainda com carpetes antichamas, seguindo as normas de segurança do Corpo de Bombeiros. CONSELHO

Conselho Econômico ajudará na reestruturação da Serra Diante da difícil situação financeira enfrentada pela administração municipal da Serra, o prefeito Audifax Barcelos anunciou durante o 110º Caneg - Café de Negócios, promovido pela Associação dos EmpresáriosdaSerra(Ases),quevaicriarum Conselho Econômico visando a promover a reestruturação econômica no município. O evento reuniu mais de 200 empresários dos setores do comércio, indústria e serviços no Centro de Convenções Stefem, em Jardim Limoeiro, na Serra. CAFÉ

Brasil bate recorde no consumo de café O Brasil bateu um recorde histórico em 2012 e deixou países como Itália, França e EUA para trás no quesito café. Segundo dados da Associação Brasileira de Café (Abic), o consumo de café per capita é o maior já registrado no país, superando a antiga marca de 1965. O brasileiro consumiu o equivalente a quase 83 litros de café por ano. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Torrefação do Café (Sincafé), Sergio Brambilla, o crescimento do consumo está relacionado ao aumento da qualidade do café disponibilizado no Brasil. “Hoje as cafeterias oferecem shakes e drinques de café, e não mais só um cafezinho. Há um leque de ofertas em supermercados e estabelecimentos especializados que atraem o público jovem que impulsiona esse crescimento no consumo”, ressalta.

De olho na inflação e com a perspectiva de que o Produto Interno Bruto (PIB) fique em cerca de 3% neste ano, o Governo vai reduzir os impostos de itens da cesta básica e baixar o PIS/Cofins. Com os cortes nos tributos, a expectativa é que os preços dos produtos dos setores beneficiados caiam em cerca de 6%, em junho.

CAIXA AMARELA DE BOMBONS DA GAROTO DESTACA SELEÇÃO A tradicional caixa amarela de bombons da Chocolates Garoto muda de cara para homenagear a seleção brasileira de futebol. A ação faz parte do patrocínio da marca à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na Copa das Confederações e na Copa do Mundo Fifa 2014. A embalagem ganhou o logotipo da CBF e a informação que a empresa é patrocinadora do futebol mais Garoto. No verso da embalagem, uma linha do tempo vincula a história da Garoto à da seleção brasileira.

PIMPOLHO GANHA MERCADO EXTERNO A Pimpolho, empresa especializada na fabricação de produtos para bebês e crianças, anuncia expansão no setor de calçados para exportação. A companhia já vendeu para mais de 44 países, e em 2013 vai ampliar a expertise do negócio para países relevantes como Turquia e Egito. No balanço de 2012 o volume de exportações da marca cresceu 17% em relação ao ano anterior. Segundo Ricardo Tavares de Brito, diretor comercial da Pimpolho, a empresa pretende expandir a atuação no segmento. “Já estamos negociando com compradores da Turquia, África do Sul, Egito e Omã”, complementa o executivo. A empresa também começa a investir na fabricação de modelos ecofriendly ecofriendly, ou seja, que não agridem o meio ambiente.

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CRIME

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Morte do juiz Alexandre Martins completa 10 anos

JOVENS PROMOVEM 5ª SEMANA DE EMPREENDEDORES Os jovens empreendedores mostraram mais uma vez que estão organizados no Espírito Santo. Entre 4 e 8 de março, aconteceu a 5ª Semana Estadual do Jovem Empreendedor, promovida pela Federação Capixaba de Jovens Empreendedores (Fecaje) em parceria com Cindes Jovem, CDL Jovem, Roctaract e a Consultores Juniores Associados (CJA). A abertura foi realizada no Plenário da Assembleia Legislativa, onde foi empossada a nova diretoria da Fecaje e entregue o Prêmio Fecaje de Apoio ao Jovem Empreendedor. Ao longo da semana foram realizadas palestras com convidados como o prefeito de Vitória, Luciano Rezende. A jornada foi finalizada em 8 de março, Dia Internacional da Mulher, com uma mesa-redonda com o tema “Um Filho Chamado Empresa”, que teve como expositoras Tereza Romero, Lourdes Ferolla e Renata Vescovi.

CENTRO DE VITÓRIA GANHA ESPAÇO PARA LAZER O Centro de Vitória ganha um novo espaço para a prática de atividades físicas, culturais, lazer e brincadeiras para as famílias. Todos os domingos, das 7 às 12 horas, a Rua de Lazer do Centro vai estar aberta ao público que deseja entretenimento. Localizada na avenida Beira-Mar, as crianças e adolescentes têm à disposição brincadeiras no paredão de escalada, no pula-pula, na cama elástica e nos jogos de salão (dominó, dedobol, dama e xadrez). A avenida Beira-Mar fica livre também para caminhada, corrida, bicicleta ou skate.

A sociedade capixaba não se esqueceu do assassinato do juiz Alexandre Martins de Castro Filho, morto aos 32 anos no dia 24 de março de 2003. Para relembrar o 10º aniversário de morte, a Faculdade de Direito de Vitória (FDV), a Academia Brasileira de Direitos Humanos (ABDH), a Associação dos Magistrados do Espírito Santo (Amages) e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) convocaram a sociedade civil capixaba para um ato em homenagem ao juiz, que aconteceu no dia 24 de março na Praia de Camburi, em Vitória. Os acusados de serem mandantes do crime ainda não foram a júri popular e seguem em liberdade. CASAMENTO

Mercado dos casamentos movimenta R$ 14 bilhões Segundo dados da Associação Brasileira dos Profissionais, Serviços para Casamentos e Eventos Sociais (Abrafesta), o mercado dos casamentos movimentou cerca de R$ 14 bilhões, em 2012, no Brasil. O IBGE, por sua vez, revelou que muitos brasileiros ainda não casaram: são 39 milhões de solteiros, entre homens e mulheres, na faixa de 20 a 40 anos. De olho nessa fatia de mercado, o evento Casar no Espírito Santo acontece, entre os dias 8, 9 e 10 de maio, no Centro de Convenções de Vitória. VEÍCULOS

Detran agiliza processos O processo de transferência de veículos de outras cidades ou estados vai ficar mais rápido. O Departamento Estadual de Trânsito do Espírito Santo (Detran-ES), em parceria com a Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), começa a disponiblizar a partir de março, os laudos “nada consta” e de vistoria no dia da solicitação. Antes, os documentos eram emitidos após 15 dias da solicitação, no interior. Já na Grande Vitória, a emissão dos documentos levava de três a quatros dias úteis para ser realizada. Com essa nova parceria, o proprietário do veículo recolherá em apenas um dia o “nada consta” e a vistoria do veículo em seu próprio município, e resolverá sua situação, junto ao vistoriador da Ciretran de sua cidade, com mais rapidez. DESTAQUE

Secretaria da Agricultura é a mais bem avaliada pelos capixabas O trabalho desenvolvido pelo secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli, ganhou destaque na sociedade. A secretaria que ele comanda foi considerada “boa” ou “ótima” por 41,6% de 800 entrevistados pelo Instituto de Pesquisa Futura, entre os dias 19 e 22 de fevereiro.

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ES PERGUNTA

Marcelo Castelli: 20 novos navios para dinamizar a logística da Fibria

Com experiência de mais de 25 anos no setor de celulose e papel, Marcelo Castelli, presidente da Fibria no Espírito Santo, liderou o Projeto Integração na empresa, sendo o responsável pelas diretrizes da nova companhia que se formava e pela união das operações da Aracruz e da Votorantim Celulose e Papel (VCP), onde trabalhou em 1997.

1AiniciativafazpartedeumaestratégiadaFibria Qual o principal objetivo dessa iniciativa de construção de 20 navios?

para ampliar sua competitividade, uma vez que a empresa exporta 90% de sua produção, o que torna fundamental a logística utilizada para escoar seu produto. Com uma frota dedicada, a Fibria passa a ter maior controle sobre os prazos de entrega da celulose nos respectivos mercados e sobre a qualidade com que o produto chega ao destino final. Isso porque a carga vai bem acomodada, em um navio projetado especificamente para transportar celulose, com porões quadrados e guindastes que podem içar até 45 toneladas por vez.

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As novas embarcações vão operar e transportar outros tipos de cargas além da celulose?

Os navios vão atender preferencialmente ao transporte de celulose da Fibria, mas a empresa pode negociar espaço para transportar outras cargas, como café, fertilizantes, rochas ornamentais, produtos siderúrgicos, e outras que sejam compatíveis com a celulose. Em sua primeira viagem, o STX Brassiana, segundo navio da frota, fez uma escala no porto de Pecém, no Ceará, para desembarcar 34 mil toneladas de produtos siderúrgicos.

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Qual a capacidade de cada navio e quantos deles estarão operando até o final deste ano?

Cada navio tem oito porões e quatro guindastes, podendo levar até 54 mil toneladas de celulose. Com o complemento de outras cargas, essa capacidade pode chegar a 60 mil toneladas. Até o final de 2013, oito embarcações estarão em operação, e a previsão é que outras 12 comecem a operar até o final de 2014.

5O projeto contribui para dinamizar a Destaque a importância do projeto da Fibria para a região de Aracruz.

economia capixaba, na medida em que oferece às empresas exportadoras e importadoras uma nova opção de transporte marítimo para suas cargas, com atracação regular e operação eficiente. Os navios da Fibria podem atracar não apenas no Portocel, que é o porto controlado pela empresa, em Barra do Riacho, por onde são escoados 70% da celulose exportada pelo Brasil, mas Como essa nova logística irá em outros portos onde houver carga à dispofavorecer a Fibria no diferencial sição para embarque ou desembarque. Para competitivo? a região de Aracruz, representa um diferencial Favorece muito. A empresa passa a logístico importante para empresas que contar com maior estabilidade nas ope- estão se instalando ou planejam se instalar rações, previsibilidade de atracação de na região. navios e qualidade na entrega de suas cargas ao cliente. Além disso, a possibiO que significa para a Fibria ter o lidade de negociar o transporte de outras reconhecimento do Governo do cargas contribui para diluir o custo do Estado e do município nesse novo negócio? frete marítimo, uma vez que o mesmo O governador Renato Casagrande e o prefeito navio que leva a nossa celulose estará le- de Aracruz, Marcelo Coelho, destacaram vando carga de outros clientes, cujo trans- a importância da iniciativa para a região e para porte será negociado pela própria Fibria. o Estado e, para a Fibria, esse é um reconheciÉ como se estivéssemos alugando espaço mento relevante. Sempre atuamos no sentido no navio para uso de outras empresas, de contribuir para o fortalecimento das regiões atividade que vai gerar receita adicional nas quais estamos inseridos, e este é mais um para a Fibria e minimizar o custo do frete. projeto nesse sentido.

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ESPECIAL por Vitor Taveira

ES Brasil oito anos: A chegada da consolidação

A foto faz referência à primeira capa da revista ES Brasil, lançada em abril de 2005, que tinha o propósito de enaltecer o Espírito Santo como o novo eldorado brasileiro 16

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ito. Para os chineses, é o número da prosperidade, consolidação, maturidade. Se girado, o símbolo que o representa se transforma no ícone que remete ao infinito. Em 2013, a ES Brasil completa oito anos buscando a consolidação como referência informativa sobre a economia do Espírito Santo, trazendo a cada edição um balanço da situação do Estado, recompilando e analisando os acontecimentos destacados, refletindo sobre os principais temas do presente e desafios do futuro. Nesses oito anos, a revista ES Brasil trouxe para o público capixaba centenas de reportagens, pautando os principais temas relacionados à economia e à política locais, conectando-os com a perspectiva nacional e globalizada. A gestão das empresas e das carreiras também foi abordagem recorrente, buscando oferecer mensalmente a cada leitor oportunidades de avaliação de estratégias pessoais e profissionais. A publicação também entrevistou nomes de grande relevância do cenário capixaba e brasileiro, desde atletas a políticos, de empresários a artistas, trazendo a opinião de pessoas que fazem a diferença e não têm medo de marcar sua posição no mundo. ES Brasil também contou, desde o início, com o apoio de renomados protagonistas do mundo dos negócios e da economia capixaba, que contribuíram periodicamente formando o quadro de colunistas que dão um balanço opinativo e levantam temas de interesse para a sociedade do Espírito Santo. Além disso, trouxe novidades do mercado de marketing e comunicação, dicas culturais e gastronômicas, mercado automotivo, informações sobre o patrimônio histórico capixaba e lugares para serem visitados ao longo deste pequeno, porém diverso Estado, rico em cultura, culinária e paisagens. Investindo em um caráter analítico, a ES Brasil também nunca deixou de estar conectada com as movimentações do mundo dos negócios, priorizando também a cobertura dos principais eventos que acontecem no Espírito Santo e repercutindo os últimos resultados e dados estatísticos da economia no Estado e no Brasil. O editor-executivo da revista, Mário Fernando Souza, afirma que 2013 é um ano de expansão. “Nossa grande motivação para este ano é aumentar a circulação da revista. Queremos vê-la circulando em mais municípios do Estado e consolidada nas sete maiores cidades do interior do Espírito Santo.”

“Ao longo de sua trajetória, a revista ES Brasil se consolidou como um importante veículo de comunicação no Espírito Santo, contribuindo para que os capixabas tenham acesso a informações com qualidade e credibilidade“ Ricardo Ferraço, senador

“O povo capixaba, em especial o morador da nossa querida capital, Vitória, vem sendo contemplado, há oito anos, com um material de altíssima qualidade e reportagens abrangentes principalmente nos campos da política e da economia” Luciano Rezende, prefeito de Vitória Nesta e nas próximas páginas, o leitor pode conferir os principais temas abordados ao longo desses oito anos acompanhando a economia e os negócios locais.

PETRÓLEO: NOVAS OPORTUNIDADES Em 2005, a primeira edição da ES Brasil chegou às bancas estampando um assunto que ganhava força no Estado. A manchete “Petróleo: ES, o novo Eldorado brasileiro” destacava a rápida ascensão da produção petrolífera e a descoberta de novas reservas, que hoje colocam o Espírito Santo como 2º maior produtor nacional. Nas primeiras edições do ano de 2006, a revista destacaria que o Espírito Santo liderava o ranking nacional de novas descobertas de jazidas, além de repercutir o impacto das receitas dos royalties na economia dos municípios capixabas. O tema dos royalties voltaria a ganhar as páginas da ES Brasil em 2011, com a ameaça da mudança da legislação que prejudicaria o Espírito Santo, causando significativas perdas de arrecadação. Nesta edição, de número 92, oferecemos uma matéria especial sobre o tema, que se encontra finalmente num momento decisivo, com a aprovação os novos critérios de partilha pelo Congresso e a expectativa em relação a uma posição final do Supremo Tribunal Federal, que ainda pode reverter a decisão em favor dos estados produtores como o Espírito Santo. INDÚSTRIA Além da indústria do petróleo e gás, ES Brasil buscou abordar os diferentes segmentos industriais que contribuem para o PIB capixaba. Ao longo dos anos, matérias especiais destacaram setores robustos como o de rochas ornamentais, em que o Estado domina mais metade da produção e exportação nacional; a força e união do segmento moveleiro no norte do Estado; o sempre importante mercado metalmecânico; a indústria da ES Brasil • Março 2013

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“A revista ES Brasil se firmou como um importante veículo, acompanhando e levando a seus leitores os principais fatos ocorridos no Estado, no Brasil e no mundo” Marcos Guerra, presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) moda e dos cosméticos, produtos que o Espírito Santo oferece com excelência; além da indústria de software, que vem ganhando destaque e competindo em mercados nacionais e internacionais. As indústrias gráfica, alimentícia e de bebidas, têxtil e de bebidas, entre outras, encontraram na revista espaço para divulgar seus resultados e reivindicar as melhorias necessárias para maior produtividade e eficiência.

TURISMO Acreditando nas belezas e no potencial do Estado, a publicação sempre deu particular espaço para o turismo em suas páginas. Reportagens mostraram desde o impacto do verão na economia local até o potencial do turismo de inverno nas montanhas capixabas, refletindo também sobre os velhos problemas que afetam o turismo regional, além de destacar a chegada de grandes redes hoteleiras ao Espírito Santo. Acompanhou também as mudanças no Carnaval capixaba com uma reportagem destacando o crescimento dessa nova indústria do entretenimento, que também recebeu atenção especial na última edição (fevereiro de 2013), quando o evento ganhou transmissão nacional pela televisão e foi cunhada a expressão “a folia do Brasil começa aqui”. A partir de abril de 2010, o capixaba também pôde acompanhar mensalmente os locais mais atrativos para viajar no Espírito Santo na coluna Aonde Ir, que oferece ainda dicas de hotelaria e gastronomia nesses locais.

“A revista ES Brasil tem uma excelente linha editorial, é independente, é gostosa de ler. Ela presta serviços relevantes ao leitor e ao mercado capixaba, sempre com matérias importantes sobre economia, política, turismo e negócios do nosso Estado” Eduardo Couto, diretor-executivo da Totvs Espírito Santo e Norte Fluminense 18

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COMÉRCIO E CONSUMO Os setores de comércio e serviços, também de grande relevância para a e conom i a lo c a l, foram tema na revista em 2011, quando a ES Brasil dedicaria cobertura ao fenômeno do crescimento do mercado dos shopping centers, que movimentam bilhões de reais no Espírito Santo. Em agosto do ano passado, uma matéria se referia à “redenção do varejo”, apontando o setor como grande sobrevivente da crise internacional. Muito por conta da expansão do crédito, que bate recordes no país, conforme destacava uma reportagem já em 2009. Porém, no mesmo ano, a revista também já alertava para os perigos de que essa política gerasse um aumento da inadimplência, que poderia ser um entrave para o desenvolvimento capixaba. O potencial de consumo dos municípios capixabas foi avaliado em cobertura especial realizada em 2007, além de ressaltar a posição destacada de Vitória por sua classe A. Um perfil das compras da classe AB capixaba foi capa da revista de nº 42, publicada em janeiro de 2009. LOGÍSTICA E INFRAESTRUTURA Temas-chave para o desenvolvimento capixaba, a logística e a infraestrutura não poderiam deixar de estar presentes no conteúdo da revista, oferecendo longas e detalhadas reportagens, únicas na imprensa capixaba. Em sua edição número 2, a ES Brasil já demonstrava a importância dada ao assunto, estampando em sua matéria de capa o título “Logística: o caminho da riqueza capixaba”. A eficiência dos portos, o potencial da logística marítima, a utilização racional dos recursos naturais e um panorama da energia no Estado foram alguns dos assuntos abordados e que seguem em pauta na economia capixaba. MÃO DE OBRA Diante do crescimento acelerado e da diversificação da economia capixaba, incorporando também conhecimentos especializados e tecnologias de ponta, a falta de mão de obra qualificada é uma preocupação alarmante para o desenvolvimento. Em 2006, o tema apareceria na capa da edição número 9, indicando que “faltam profissionais para sustentar o crescimento do Estado”. Seis anos depois, o assunto voltaria a ocupar espaço, destacado na edição 87: “Sobram oportunidades, faltam especialistas: o Espírito Santo

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está preparado para o futuro?”, indagava a matéria. Em 2007, uma reportagem também apontava a falta de candidatos para as vagas de portadores de deficiência, indicando que apenas 45% delas eram preenchidas.

MEIO AMBIENTE O desenvolvimento sustentável que consiga aliar crescimento econômico com a preservação das riquezas naturais não é só uma necessidade, mas uma exigência no mundo moderno. ES Brasil destacou o potencial dos econegócios, como a indústria d a re c i c l a g e m . A polêmica e os potenciais do biocombustível no Estado resultaram em uma matéria na edição 26, em 2007. A revista também demonstrou o perigo do lixo tecnológico sem destinação apropriada, a importância do consumo consciente e, na edição 91, o potencial da biodiversidade capixaba, que pode se converter em um ativo importante para a economia, se bem a proveitada. A água, líquido vital, recebeu ainda atenção especial em edições de 2006 e 2011.

“A revista ES Brasil presta uma grande serviço ao Espírito Santo, sempre tratando de temas de relevante interesse público e norteadores para o mercado. Parabéns a toda a equipe e que continuem neste caminho” Marcos Campos Dell´Orto, presidente da Capel

especialistas capixabas para abordar seu impacto local, além de sinalizar que, apesar da existência de verbas, faltavam projetos para conquistá-las. Debates internacionais, como o travado sobre o aquecimento global, também foram trazidos para a esfera local, debatendo sua influência na economia estadual. A participação de capixabas durante a realização da Conferência Rio+20 recebeu atenção especial da revista. Por outro lado, o potencial dos produtos e serviços do Estado, que ganham espaço no Brasil e no mundo, também fez parte da cobertura, como na reportagem “A força das marcas capixabas”, publicada em novembro de 2012.

O ESPÍRITO SANTO NO BRASIL E NO MUNDO Um dos princípios que norteiam a cobertura jornalística da ES Brasil é a abordagem da economia capixaba com uma atenta visão do cenário nacional e global e de sua influência no Estado. Os efeitos da crise mundial sobre o Espírito Santo receberam cobertura especial. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi repercutido com AGROPECUÁRIA A importância da agricultura e da pecuária para o Estado é grande e vem sendo acompanhada pela ES Brasil. “As publicações são de grande O peso do agronegócio na geração de emprego, renda e desenvolvimento foi capa da revista em 2009. Outro tema foram utilidade para o meio rural, pois tratam os efeitos da crise global na produção de alimentos para o Estado. de assuntos que norteiam as atividades Principal produto de nossa agricultura, o café Conilon, que no ano passado completou 100 anos de cultivo no Espírito Santo, recebeu do setor, como gestão, políticas reconhecimento estampando a capa da edição de julho de 2012. públicas, meio ambiente e

mercado, exercendo representatividade para a sustentabilidade de toda a economia capixaba” Júlio da Silva Rocha Junior, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes)

MERCADO IMOBILIÁRIO Um setor de suma importância para a empregabilidade e o crescimento do Estado, o mercado imobiliário e sua expansão apareceram já na capa da quarta edição da revista, em outubro de 2005. O crescimento da oferta e as novas oportunidades do segmento voltariam a ser capa em edições de 2008 e 2012, além de uma matéria destacando os incentivos do Governo que ajudaram o setor a superar a crise em 2009. ES Brasil • Março 2013

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GESTÃO DE EMPRESAS Oferecer suporte para empresários e executivos é uma das funções da ES Brasil, que ao longo dos anos abordou vários problemas que afligem a gestão das empresas, escutando especialistas, apontando bons e maus e exemplos e sugerindo caminhos a serem seguidos para sua solução. A lista é interminável. Entre os temas mais destacados estão a qualidade da gestão, a importância da inovação, o uso do crédito, a redução dos custos, o planejamento na empresa, o gerenciamento de projetos, o cumprimento de prazos, a organização das informações, o uso das redes sociais, os investimentos em tecnologia, o foco no cliente. Outros assuntos, como a sucessão nas empresas familiares ou a administração conjunta com o cônjuge, o papel dos gerentes e a retenção dos talentos, também fizeram parte desses oito anos de trabalho da ES Brasil. GESTÃO DE CARREIRA O rumo da carreira profissional é outra preocupação dos leitores que motivou diversas matérias. O primeiro emprego, a gestão do tempo, a liderança, a importância da especialização e pós-graduação, negociação salarial, como manter o emprego e o que fazer depois de uma demissão foram algumas das pautas abordadas. A revista também repercutiu a conciliação entre trabalho e família e abordou os “workaholics”, viciados em trabalho. A liderança feminina no mundo corporativo, sua importância no mercado e casos de executivas de sucesso, foram alvo de diversas reportagens, assim como a nova geração de líderes e a chamada geração Y, que está modificando o mercado de trabalho, além dos “cinquentões”, cuja maturidade vem sendo reconhecida e valorizada pelas empresas.

“A revista ES Brasil surgiu, e agora completa seu oitavo aniversário, num tempo em que o Novo Espírito Santo se constituía, firmando novos caminhos para o nosso desenvolvimento socioeconômico e político-cultural. A ES Brasil tem sido também um importante espaço de consolidação e evolução desse novo tempo em terras capixabas” Paulo Hartung, economista e ex-governador influenciam a sociedade e a economia foram, igualmente, destaques constantes de cobertura pela ES Brasil.

RETROSPECTIVAS Um bom balanço do desempenho da economia capixaba ao longo dos anos pode ser encontrado nas edições especiais de retrospectiva que a ES Brasil publica ao final de cada ano. Em dezembro de 2006, o veículo ouviu os principais atores da economia estadual para avaliar o resultado do ano. A partir de 2007, a revista POLÍTICA E SOCIEDADE Nem só os problemas da economia tiveram espaço na ES começou a circular em edições especiais em Brasil. A revista oferece uma abordagem cuidadosa e qualificada que a maior parte do conteúdo se dedica ao balanço anual dos vários sobre os principais debates que preocupam a sociedade capixaba. setores econômicos. Aquele ano foi definido como “o ano da perfeição A segurança pública, problema sério no âmbito estadual, é tratada econômica capixaba”, devido aos excelentes resultados alcançados. desde as primeiras edições da publicação, assim como saúde A euforia diminuiria no ano seguinte, devido à crise internacional, e educação, sendo que esta foi reportagem de capa da última que levou a revista a destacar 2008 como um ano divisor de águas. edição. Outro cenário que vem ganhando cada vez mais força no O desafio da retomada do crescimento deu a tônica da edição de debate social é o trânsito e a mobilidade urbana, que também vem 2009, e no final de 2010 a retrospectiva mostraria a expansão, apesar sendo discutida em matérias especiais. As eleições municipais e das turbulências. Em 2011, a última revista do ano apresentaria a estaduais, as articulações para defesa dos interesses capixabas no preocupação com a expectativa de desaceleração no ano seguinte. cenário nacional e o acompanhamento das decisões políticas que E no último dezembro, em seu balanço anual da economia, a ES Brasil anunciaria um ano de 2013 com muitos desafios para a economia capixaba. “Quero parabenizar a revista ES Brasil

pela sua colaboração no desenvolvimento do Espírito Santo. Através da escolha de boas pautas a serem desenvolvidas, e matérias e artigos bem elaborados, temos a oportunidade de nos informar e acompanhar o andamento de assuntos relevantes para o Estado” Luiz Wagner Chieppe, diretor de Relações Corporativas do Grupo Águia Branca

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MUITO MAIS DO QUE UMA REVISTA Desde que foi concebida, a ES Brasil foi pensada para ser a base de uma plataforma multimídia. Hoje, além da publicação impressa, o veículo se posiciona na internet por meio de um site para produção de mídia instantânea e de um canal de música na web (ambos podem ser acessados em www.revistaesbrasil.com.br). A ES Brasil ainda produz a pesquisa Top Marcas, que serve como uma radiografia do consumo das classes A e B, seu público-alvo. Outro projeto surgido a partir dos temas levantados pela revista foi o ES Brasil Debate, que quatro vezes por ano reúne especialistas para discutir questões de grande impacto para a economia capixaba, em eventos abertos ao público.

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ES SUSTENTÁVEL

RESÍDUOS

Dikma cria solução para manejo de resíduos sólidos

A Dikma, empresa prestadora de serviços, criou uma ferramenta para colaborar com seus clientes no atendimento à nova legislação da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Trata-se de uma solução integrada chamada Ecoplus, com uma rede multidisciplinar de profissionais para construir e implementar o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. O Ecoplus gerencia o fluxo operacional dos resíduos durante todo o processo de geração, medição, armazenamento temporário, coleta e destinação adequada, além de realizar a conscientização dos clientes e colaboradores por meio de treinamentos e planos de comunicação para a correta destinação dos resíduos. PRESERVAÇÃO

Vale firma parceria para recuperar nascentes do Rio Doce

Um investimento de R$ 2 milhões da Vale vai contribuir com o “Programa Olhos D’Água”, que tem como objetivo proteger e recuperar nascentes que fazem parte da Bacia do Rio Doce. O programa é desenvolvido pelo Instituto Terra, do fotógrafo Sebastião Salgado, no município de Aimorés (MG), localizado na divisa com o Espírito Santo. Em fevereiro, o príncipe de Mônaco, Albert II, visitou a sede do instituto e realizou uma doação de 80 mil euros com a mesma finalidade. A Bacia do Rio Doce abarca 202 municípios mineiros e 28 capixabas, desaguando na Vila de Regência, em Linhares. IMPOSTO SOLIDÁRIO TRABALHADORES DA SAMARCO DESTINAM IMPOSTO DE RENDA PARA CONSELHOS DA CRIANÇA E ADOLESCENTE No ano passado, o Programa Imposto Solidário, promovido pela Samarco junto a seus funcionários, bateu o recorde em destinação e participação dos empregados. Foram mais de R$ 200 mil destinados voluntariamente a partir do Imposto de Renda para Conselhos Municipais da Criança e do Adolescente de municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo, em cidades vizinhas às unidades industriais da Samarco. O valor foi 20% maior que o arrecadado em 2011, e o número de voluntários chegou a 330, um aumento de 22,4%. Para elevar ainda mais esses números a empresa está incentivando para que mais funcionários participem em 2013. “Como o processo envolve a dedução no Imposto de Renda, escolher a aplicação em ações sociais é uma decisão simples e direta, que vale a pena”, afirma Elder de Souza, da gerência de Manutenção em Ubu.

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CAPACITAÇÃO

Projeto de Iniciação Profissional capacita jovens na Grande Vitória

No dia 18 de fevereiro, a EDP Escelsa e o Instituto EDP realizaram a abertura do Projeto de Iniciação Profissional 2013, promovido em parceria com a Ação Comunitária do Espírito Santo (Aces). A abertura do programa se deu com o início da primeira turma do curso de Eletricista Instalador Predial e NR-10, no Centro de Treinamento da distribuidora, localizado na Serra. Destinado aos jovens, o projeto busca contribuir para a inserção desse público no mercado de trabalho oferecendo cursos gratuitos para quatro turmas de 25 alunos cada, nos municípios de Cariacica, Serra, Vila Velha e Vitória. As aulas teóricas e práticas são preparadas com base na metodologia desenvolvida pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Em 13 anos, o programa já beneficiou cerca de 1.500 jovens na Grande Vitória. COLETA

Resíduos de pescado transformados em farinha

As comunidades pesqueiras de Linhares agora têm uma alternativa para destinar os resíduos sólidos de pescado que antes eram descartados. A “Coleta Seletiva de Resíduos de Pescado”, iniciativa promovida em parceria da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) com a Prefeitura Municipal de Linhares, o Sebrae, Grupo Ala Pescados, Grupo Nutriave/Fapesa e associações de pescadores e aquicultores do município, destinará esse material a uma indústria de farinha, evitando que seja despejado em rios ou em aterros sanitários. Os pontos de coleta estarão situados no Mercado Municipal e nas comunidades pesqueiras tradicionais como Regência, Povoação, Degredo, Pontal do Ipiranga, Barra Seca e Guaxe. Esses pontos terão equipamentos refrigerados, assim como caminhões com sistema de refrigeração serão encarregados do transporte dos resíduos. Os pescadores receberão capacitação do Sebrae para realizar o manejo do material de forma adequada.

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COTIDIANO por Ana Lucia Ayub

Vitória: rota do sol, do mar e da moqueca A beleza da ilha e sua geografia cheia de peculiaridades, a conservação de alguns recantos bucólicos, praças e áreas verdes e a qualidade de vida são alguns dos fatores que encantam os moradores da cidade

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V

itória, a pequena ilha que encanta seus moradores, era chamada pelos índios goitacazes, seus primeiros habitantes, de “Guanaani”, que significa “Ilha do Mel”. O motivo? A beleza de sua geografia, a amenidade do clima e suas águas, ricas em peixes e mariscos. O tempo passou e hoje outros fatores atraem os seus moradores. Apesar de pequena, a ilha é cheia de potencialidades e qualidades, que colaboram para que seus moradores “nativos”, os capixabas “da gema”, permaneçam morando aqui e atraiam novos moradores, vindos de várias partes do país em busca de novas oportunidades e melhor qualidade de vida. Segundo estudo divulgado em 2011 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre deslocamento da população brasileira, a última década aponta para mudanças nas correntes migratórias, em que Rio de Janeiro e

São Paulo deixam de ser “importadores” e passam a “exportadores” de moradores, enquanto o Espírito Santo desponta como foco de atração de novos habitantes. Os dados indicam a tendência de deslocamento para cidades de médio porte, caso de Vitória e dos municípios do seu entorno, que compõem a Grande Vitória. A pesquisa revelou que o Espírito Santo foi o único Estado que não teve queda no número de imigrantes em 10 anos (2000/2010). Além disso, mostrou um forte movimento de permanência dos moradores na região. Os principais fatores são a saturação das metrópoles e a melhor distribuição da oferta de emprego. Outros dados do Censo 2010 do IBGE revelam que Vitória é a capital com menos lixo acumulado nas ruas. Entre as com a maior renda per capita, Vitória, com R$ 76 mil, está à frente de Brasília,

“A maior qualidade de Vitória é o comportamento afável, amigo e pacífico dos moradores” – Cariê Lindenberg, empresário e escritor

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VITÓRIA EM DADOS População: 330 mil habitantes Renda per capita: 1º lugar entre as capitais Índice de Des. Humano: 18º do país Melhores cidades para se morar: 3° lugar do país entre as capitais Custo de vida: 16ª posição entre as capitais

com R$ 58 mil. A boa posição se explica pela reduzida população, com 330 mil habitantes, terceira menor entre as capitais do Brasil, e pelo Porto de Tubarão, por onde escoa 43% do minério de ferro exportado pelo país. O custo de vida na capital capixaba também não é dos mais altos, segundo pesquisa do site Custo de Vida. A cidade aparece na 16ª posição entre as 27 capitais brasileiras, e é possível comer fora sem precisar desembolsar muito. Em média, gasta-se em um almoço, num restaurante barato, R$ 11,73. Já no estabelecimento mais caro, R$ 33,62. Em São Paulo, os preços ficam entre R$ 13,68 e R$ 67,28. No quesito moradia, a ilha de Vitória aparece com preços razoáveis

se comparada às capitais vizinhas. O aluguel de um apartamento de dois quartos em uma região cara custa R$ 1,1 mil. Já o de um apartamento de dois quartos em uma área barata é de R$ 717,08 (valor médio). “Vitória é a porta de entrada de distribuição de todas as oportunidades do Estado, e é, há três anos, a capital com maior PIB per capita do país, com uma perspectiva fantástica de desenvolvimento. Mesmo contra todas as tramoias para tirar o que já conquistamos com a nossa capacidade, como os royalties, acredito que o Estado continuará no rumo do desenvolvimento”, diz o jornalista e escritor Cacau Monjardim, 83 anos, especialista em falar sobre turismo e temas típicos do Espírito Santo.

COISAS DE VITÓRIA Vitória também encanta por sua beleza e peculiaridades. Apesar de ilha, a cidade não é cercada de oceano por todos os lados. A baía de Vitória é formada por mangues, praias e mais de 30 outras ilhas menores ao seu redor, que pontilham o litoral. “Vitória tem a mais bonita entrada de baía do país. Mas só é vista por quem chega de navio ou de lancha. Quando existia o aquaviário, o cidadão tinha essa visão, mas perdemos isso”, diz Monjardim, que defende a volta 26

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desse modal para incentivar o turismo e desafogar o trânsito no percurso de Vitória a Vila Velha. A população que, somada aos outros municípios da Grande Vitória, já alcança 1,6 milhão de habitantes, convive com problemas comuns a grandes aglomerados urbanos. As mudanças na paisagem da cidade são notáveis aos olhos dos moradores mais antigos. Mudanças essas que não tiram o brilho da cidade para que seus moradores permaneçam aqui. “Eu não viveria em outro lugar. Já cogitei me mudar para Belo Horizonte e desisti. Senti falta, principalmente, do mar”, diz o empresário e escritor Cariê Lindenberg, 77 anos, fundador da Rede Gazeta de Comunicações. “A maior qualidade de Vitória é o comportamento afável, amigo e pacífico dos moradores. Mas Vitória já foi mais pacata. Hoje, com a facilidade das drogas, a violência aumentou em todas as partes do país. Ainda assim, estamos bem em relação a outras cidades. Claro que existem bairros mais propensos à violência, outros menos. O ideal é escolher bairros mais tranquilos para se viver”, afirmou ele, que reside na Ilha do Frade, um dos bairros mais nobres e calmos de Vitória, com vistas panorâmicas para o mar, lago e áreas verdes. Logo ao lado, outro bairro com as mesmas características e igualmente sossegado é a Ilha do Boi, também um cenário de cartão-postal.

Moradores exaltam qualidade de vida O músico capixaba Amaro Lima, 35 anos, faz coro ao amor pela terrinha. Ele começou sua carreira em 1995, como vocalista da banda capixaba Mahnimal, e já teve a chance de morar no Rio e em São Paulo, mas optou por viver em Vitória. “A qualidade de vida da cidade é fantástica. Temos praia, boa comida e as distâncias a serem percorridas são curtas. E viver num canto que você gosta é um privilégio. Quando voltei para cá, meus amigos argumentavam que eu não iria a lugar algum morando aqui, mas se tivesse ficado lá não sei se teria vivido tantas coisas.”, argumenta. Em 2007, Lima iniciou carreira solo, após mais de 10 anos com a banda Mahnimal, com a qual chegou a fazer quatro turnês pela Europa. Com experiência, ele critica a falta de espaços para a realização de shows, a estrutura precária dos teatros e o número

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pequeno de museus capixabas. “Precisamos desses espaços para o desenvolvimento da cidade. As grandes nações investem e valorizam suas culturas. Outro problema são os meios de transporte insuficientes, o que faz com que todo mundo use o carro. O crescimento é inevitável, mas a cidade tem que se preparar”, afirma. Afonso Abreu, 66 anos, também músico, veio de Cachoeiro para viver em Vitória em 1957. Pioneiro do jazz no Estado, referência local e internacional, há 13 anos criou o Afonso Abreu Trio e fez incursões pela América Latina, tocando ao lado de nomes importantes da música nacional. “Mas sempre acreditei no potencial capixaba e produzi diversos projetos na área sociocultural voltados para o Estado. Além do mais, o visual de Vitória é inigualável”, diz o baixista, explicando as razões que o prendem aqui. Para se apresentar em eventos, feiras e casas de show, Abreu elege a Praia do Canto como o melhor local das noites capixabas, que concentra bares, restaurantes e o Triângulo das Bermudas, a região boêmia mais badalada da cidade e que acaba de ser revitalizada com um novo calçadão para pedestres e nova iluminação. A área, um belo cenário da cidade, ainda mantém um ar bucólico próximo ao canal de Camburi, onde há uma peixaria, que será reformada pela prefeitura, e a colônia de pesca mais antiga da cidade, que ganhará um atracadouro para barcos junto ao terminal pesqueiro. O bairro também é a preferência do jornalista Cacau Monjardim, que o elege como ideal para as práticas esportivas e as competições náuticas. Mas, como bom entendedor do assunto, Monjardim aponta a falta de visão do poder público em não aproveitar os dons naturais da cidade para desenvolver o turismo. “Vitória deu as costas para o mar e não incentivou os esportes náuticos, que já se destacaram até nacionalmente, como os do Clube Saldanha da Gama, e hoje nem existem mais. É preciso usar o mar e as rotas dos manguezais, que é o maior manguezal urbano do mundo, com roteiros turísticos e passeios de lanchas e barcos modernos. Vitória não faz uso deles”, diz.

Cada canto um encanto Fundada em 1551, Vitória é a segunda capital mais antiga do país e reúne modernas construções urbanas ao lado de casarios antigos. O Palácio Anchieta, a Catedral Metropolitana e a capela de Santa Luzia (séc. XVI) são alguns dos monumentos ainda existentes. No Convento São Francisco (1591), só a fachada é original. O Teatro Carlos Gomes, construído em 1927, foi inspirado no famoso Scala, de Milão. O Theatro Glória está sendo restaurado, mas as obras já duram mais de quatro anos.

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“Em frente ao Morro do Penedo, os visitantes podem apreciar uma das paisagens mais lindas do mundo, onde os navios passam no coração da cidade. Que lugar no mundo tem isso?” Milson Henriques, multimídia

“Apesar de belíssima, Vitória é prejudicada pelo descaso das autoridades com o lado histórico e com as artes”, diz o multimídia Milson Henriques. Segundo ele, o centro da cidade, que reúne o maior número de monumentos históricos, encontra-se em total abandono. “São muitos os casarões antigos, lindos, mas totalmente descaracterizados e cobertos por placas de propagandas. O Saldanha da Gama poderia ser uma casa noturna maravilhosa, mas está abandonado. Ali, em frente ao Morro do Penedo, os visitantes poderiam apreciar uma das paisagens mais lindas do mundo, onde os navios passam no coração da cidade. Que lugar no mundo tem isso?”, questiona. Mesmo com o crescimento das últimas décadas, a capital ainda conserva recantos bucólicos. A Ilha das Caieras, por exemplo, guarda traços da antiga vila de pescadores. Basta um passeio pelas ruas para encontrar desfiadeiras de siri, pescadores e limpadores de mariscos executando seus trabalhos ao ar livre. Lá pode ser saboreada a típica culinária local, como a torta e a moqueca capixabas, feitas em panelas de barro. O bairro Fradinhos fica no meio da maior área verde da cidade, entre os Parques da Fonte Grande e Pedra dos Olhos, o que o faz ser vizinho das comunidades de Romão, do Cruzamento e da Fonte

Grande, circundando-o de favelas. Reduto atual da classe alta, as mansões convivem com casas bem simples dos moradores antigos, que presenciam a sua expansão. Preservando traços de uma comunidade rural, lá ainda existem trilhas para acesso aos parques, pequenas fazendas de gado e pequenas nascentes do Morro da Fonte Grande.

MORRO DOS ALAGOANOS: DE FAVELA A REDUTO MUSICAL Já o Morro dos Alagoanos difere de tudo em Vitória. Endereço preferencial dos poetas da música, saiu das páginas policiais para se transformar, há 14 anos, num bairro que movimenta a cena cultural de Vitória, com a realização anual do Festival de Música de Botequim (Femusquim) e do Festival de Chorinho. O responsável pela mudança é o produtor cultural Raimundo de Oliveira, 66 anos, que nasceu no morro e trabalha pela inclusão social. Com foco nas diversidades locais, conseguiu transformar o morro num espaço de atividades artísticas e culturais, reduto da boa música capixaba. Até Grande Otelo, Joãozinho “O Morro dos Alagoanos hoje é um espaço de atividades artísticos-culturais e reduto 30 e a Orquestra Filarmônica do ES já do chorinho e do samba capixaba” deram o ar da graça por lá. Raimundo de Oliveira, produtor cultural Mas seu trabalho na comunidade transcende a música. Conhecido como o “Senhor Gentileza” plantou centenas de árvores, criou biblioteca, formou um coral infantil, pintou escadarias e casas e transformou depósito de lixo em jardim. Indagado sobre o seu lugar preferido em Vitória, responde sem titubear: “O Morro dos Alagoanos, é claro!” Enfim, mesmo com os problemas comuns aos aglomerados urbanos, os moradores entrevistados foram unânimes em dizer que compensa morar aqui, exaltando as qualidades e a beleza da cidade.

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GESTÃO

REGRAS DO SIMPLES

DESONERAÇÃO

Estímulo a implantação de banda larga

O Governo Federal publicou o Decreto Lei n. 7.921, que possibilitará a aceleração da ampliação e melhoria da qualidade do serviço de banda larga no Brasil por meio da desoneração de tributos. Esse é um incentivo para que as empresas concessionárias de serviços de telecomunicações aumentem sua área de abrangência, levando sinal de internet a regiões hoje desprovidas de sinal ou em condições insatisfatórias de navegação. Os equipamentos fazem parte da infraestrutura do serviço, aquilo que o usuário não vê, mas é decisivo quando precisa acessar a internet com qualidade. Para usufruir do benefício, as empresas provedoras de serviços de internet deverão se habilitar no Ministério das Comunicações apresentando um projeto detalhado sobre o tipo de rede que pretende implantar, a localidade que será beneficiada, relação de equipamentos necessários à conclusão da obra, entre outros critérios definidos na lei. NOTA FISCAL

Multa para cancelamento da NF

De acordo com a Receita Federal, o cálculo da multa referente ao cancelamento da NF-e fora do prazo passou a ser de 1,5% sobre o valor total da operação indicada no documento fiscal. Será cobrado como multa o valor resultante desse percentual sempre que esse ficar entre 15 VRTEs e 1.500 VRTEs. Se a aplicação do percentual de 1,5% sobre o total da operação resultar em valor menor do que 15 VRTEs, será cobrado o mínimo de 15 VRTEs. E se o valor for superior a 1.500 VRTEs, a multa será reduzida para esse patamar máximo. Cabe lembrar que o percentual de multa de 1,5%, assim como os limites de valor das multas, são válidos apenas nos casos de denúncia espontânea. O prazo regular para o cancelamento da NF-e é 24 horas a contar da sua autorização e, somente pode ser feito caso não tenha havido o trânsito da mercadoria acobertada pela NF-e a ser cancelada. IMPOSTO DE RENDA

Foram alteradas as regras do parcelamento de débitos no Simples Nacional no âmbito da Receita Federal. A mudança ocorreu na Instrução Normativa RFB nº 1.229/2011, que dispõe sobre o parcelamento de débitos apurados no Simples Nacional. A partir de março deste ano até o mês anterior ao da divulgação das informações sobre a consolidação dos débitos objeto de pedidos de parcelamento, o devedor fica obrigado a recolher, a cada mês, prestação em valor não inferior a R$ 300,00. (Instrução Normativa RFB nº 1.329/2013 DOU 1 de 04.02.2013).

TRIBUTOS A PAGAR Depois de fazer o registro e decidir abrir um negócio, é importante saber quais são os tributos a pagar. Existem três regimes de tributação: o Simples Nacional, o Lucro Presumido e o Lucro Real. Todas as empresas precisam escolher um dos três sistemas na Receita Federal. Na área federal há quatro tipos de impostos que a empresa tem que pagar. São eles: Imposto de Renda (IR), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Confins). E para legalizar a situação de seus funcionários, você tem que inscrever sua empresa em três instituições: INSS, Caixa Econômica Federal e nos sindicatos de acordo com a classe do negócio.

EDUCAÇÃO TRIBUTÁRIA NAS ESCOLAS A educação tributária será levada a escolas de três municípios do Norte capixaba, a partir deste mês, a fim de orientar os alunos sobre importância da Educação Tributária e o combate à sonegação de impostos. Reunindo aproximadamente 180 gestores da área pública - entre prefeitos, secretários municipais e demais autoridades públicas, um Seminários de Educação Tributária, foi realizado em Ponto Belo, Mucurici e Montanha, no extremo Norte do Estado. O ciclo de palestras teve por objetivo mostrar os impactos das ações de Educação Tributária nas finanças das cidades capixabas e orientar os agentes públicos a adotar medidas que ajudem a melhorar a performance no Índice de Participação dos Municípios – IPM, na arrecadação do Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores, bem como na qualificação do produtor rural e familiares, projeto desenvolvido pela Federação da Agricultura do Espírito Santo e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR, parceiros do Programa Estadual de Educação Tributária - PEET.

Declaração de ajuste anual

Foram aprovadas as regras para apresentação da Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda referente ao exercício de 2013, ano-calendário de 2012, pelas pessoas físicas residentes no Brasil. A declaração será elaborada com o uso de computador, por meio do Programa Gerador da Declaração (PGD) relativo ao exercício de 2013, a ser disponibilizado no site da Secretaria da Receita Federal do Brasil, www.receita.fazenda.gov.br, e apresentada no período de 1º de março a 30 de abril. 30

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POLÍTICA IMAGEM

Prefeitura de Cariacica lança nova marca A nova administração municipal de Cariacica lançou sua nova marca, com o objetivo de buscar uma maior aproximação com os moradores do município. O desenho, em cores verde e laranja representa uma imagem do Monte Mochuara, símbolo do município, e das montanhas ao seu redor, mas também pode ser visto como uma família, representada pelo pai no centro, acompanhado pela esposa e o filho. Acompanha a imagem o nome do município e o slogan escolhido pela administração do prefeito Juninho (PPS): “Vamos governar juntos”. TRIBUNAL DE CONTAS

Entidades propõem eleição de Conselheiro Cidadão

SEGURANÇA É PRIORIDADE NA CAPITAL Após realizar mudanças administrativas na estrutura da Prefeitura de Vitória, o prefeito Luciano Rezende está priorizando a segurança nas primeiras ações de seu mandato. Segundo ele, o elevado índice de violência e o consumo de drogas em locais públicos levam a prefeitura a adotar ações mais incisivas na segurança pública, mesmo não sendo esta uma área considerada de atribuição do município, mas do Estado. “Temos um comitê de gerenciamento de crise, no meu gabinete, que discute diariamente as ações para diminuir os espaços utilizados para o consumo de drogas e também as agressões entre os usuários”, disse o prefeito. Uma das estratégias implementadas pela administração municipal é a abordagem de moradores de ruas e o fechamento de hotéis degradados do centro de Vitória usados pelos usuários para consumir drogas, principalmente o crack.

Com a aposentadoria de Marcos Madureira em maio, o Tribunal de Contas terá uma vaga para o cargo de conselheiro, para a qual deve ser indicado um deputado estadual. No meio político, aponta-se como favorito para ocupar o posto o petista Cláudio Vereza, além de correrem por fora Sérgio Borges (PMDB), Dary Pagung (PRP) e Atayde Armani (DEM). Aproveitando o momento de discussão sobre a sucessão no Tribunal, entidades da sociedade civil como a OAB-ES e a ONG Transparência Capixaba propuseram modificações no regimento da Assembleia Legislativa para democratizar o acesso ao cargo de conselheiro. Isso não excluiria a possibilidade de candidatura dos deputados, porém eles concorreriam com nomes indicados pela sociedade. Procurado pelas organizações, o deputado Doutor Hércules (PMDB) encaminhou o Projeto de Resolução 7/2013, que propõe a mudança na escolha dos conselheiros, que já foi debatida em sessão especial da Assembleia Legislativa. SENADO

COSER SE DESPEDE DO COMANDO DE FRENTE NACIONAL DOS PREFEITOS

Senadores capixabas presidem comissões

O Espírito Santo sai fortalecido depois das novas divisões dos cargos nas comissões do Senado Federal. O senador capixaba Ricardo Ferraço (PMDB) é o novo presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado. “Assumi a presidência da comissão com muito entusiasmo para imprimir um ritmo bastante intenso aos trabalhos, com a realização de debates e audiências”. Já a senadora Ana Rita tornou-se a primeira mulher a presidir a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa da instituição legislativa. “A comissão é utilizada pelas diversas entidades da sociedade civil para atuar na defesa, ampliação e consolidação dos direitos humanos em nosso país”, ressaltou Ana Rita. O senador Magno Malta é o novo presidente da CPI dos Erros Médicos e Planos de Saúde. “Tenho coragem para mudar esse quadro, conto com apoio político e também dos movimentos organizados da sociedade que não suportam mais a péssima qualidade desse serviço considerado essencial para a população”, afirmou. 32 www.revistaesbrasil.com.br •

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Ex-prefeito de Vitória, João Coser começou a se despedir da presidência da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) no final de fevereiro. No dia 25, o petista deu início, em Belo Horizonte, às reuniões preparatórias para o II Encontro dos Municípios, o último sob seu comando. Esses eventos, que acontecerão em dez capitais, servem ainda para apresentar os novos prefeitos eleitos em todo o país. A eleição para escolher o novo presidente da FNP acontece no dia 23 de abril e dois prefeitos são cotados para o cargo: o de Porto Alegre, José Fortunati, e o de São Paulo, Fernando Haddad.

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ARTIGO

ECONOMIA Antonio Fernando Doria Porto

Sinal vermelho para a produtividade industrial brasileira A produtividade industrial deve ser reforçada com a qualificação da mão de obra e também com o incentivo do Governo à iniciativa privada com políticas econômicas mais coerentes

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uitos artigos, estudos e livros destacam a importância, Em termos regionais, o Espírito Santo, com diminuição na no atual momento, para a necessidade das empresas produção física de 6,3% e nas horas pagas de menos 2,8%, estarem sempre atualizadas em seus modelos de teve a terceira maior queda na produtividade industrial negócios, entregando valor (entendido como benefício) ao mercado (-3,6%), sendo superado apenas por Paraná (-5,7%) e Rio para sobreviverem. Isso significa que as empresas precisam estar, de Janeiro (-4,4%). constantemente, inovando na fabricação de produtos e respondendo Acrescenta-se, ao quadro ruim da produtividade industrial às necessidades das pessoas. brasileira, a queda de 4,0% na Formação Bruta de Capital Fixo Porém, isso não é suficiente quando a curva da produtividade (investimentos em ativos fixos) e na taxa de investimento para industrial (relação entre a produção física e as horas pagas) passa a ter uma 18,1% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas tendência de queda, o que vem acontecendo desde produzidas no país) em 2012, de acordo 2010, acrescido da falta de novos investimentos. com o IBGE. O crescimento do Esses são dois dos maiores problemas atuais Acreditamos que o crescimento do país apenas com tda indústria brasileira, em nossa opinião. país apenas com base no consumo Essas quedas aconteceram mesmo com base no consumo está está esgotado. Não é possível manter, as várias medidas de política econômica esgotado. Não é possível perenemente, essa situação sem que adotadas pelo Governo para incentivar o setor manter, perenemente, haja aumento nos investimentos do setor industrial, como a exoneração da folha de produtivo e do Governo, principalmente essa situação sem que haja em pagamentos e incentivos fiscais, além da queda inovação e infraestrutura. Além na taxa básica de juros, a valorização do dólar aumento nos investimentos dos baixos investimentos, também do setor produtivo e do e a oferta de crédito. será difícil aumentar a produtividade Em 2012, com o resultado negativo da governo” industrial sem maior qualificação da produção industrial em 2,7% e nas horas mão de obra. pagas em menos 1,9%, a produtividade caiu 0,8%, sendo superada, Para que os investimentos voltem a atingir patamares desde 2002 apenas pela queda de 2,2% em 2009, ano em que a crise maiores na participação do PIB, é importante o Governo financeira internacional foi mais profunda. reverter a desconfiança do setor privado traçando uma política Levantamento feito pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento econômica mais coerente, além da diminuição das incertezas Industrial (Iedi), com base em dados levantados pelo Instituto sobre o quadro internacional. Também são fundamentais Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que a queda na maiores esforços para a qualificação da mão de obra. produção industrial no ano passado também se refletiu na retração Somente assim, a produtividade industrial voltará de 1,4% no nível de emprego e que, apesar de todo esse quadro a ter um sinal verde. negativo, houve aumento médio real nos salários em 5,8%, elevando o custo do trabalho para 6,6%, o maior aumento desde que a Antonio Fernando Doria Porto é engenheiro metalurgista, com mestrados em Engenharia de Produção e em Administração série foi iniciada em 2002. 34 www.revistaesbrasil.com.br •

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FATOS

Vitória recebe oficina regional de micro e pequenas empresas

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omo parte da elaboração da Agenda Nacional de Desenvolvimento e Competitividade das Micro e Pequenas Empresas 2013-2022, foi realizada em Vitória a Oficina Regional da Região Sudeste. O evento aconteceu no dia 7 de março no Hotel Sheraton, com presença do governador Renato Casagrande. Promovida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a oficina contou com o apoio do Governo do Estado, por meio da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes). “Essa é a primeira das cinco oficinas que serão realizadas em todo o Brasil para a elaboração da Agenda, importante documento para o desenvolvimento das micro e pequenas empresas de todo o país. Estamos felizes em começar pelo Espírito Santo, Estado que se destaca quando o assunto é o apoio às microempresas”, afirmou, Humberto Ribeiro, secretário de Comércio e Serviços do MDIC. Participaram do encontro representantes do poder público,

Representantes de vários setores da sociedade debateram pontos para uma agenda nacional de micro e pequenas empresas

de entidades de classe e da sociedade civil, que puderam fazer propostas para as políticas a serem adotadas com foco nas micro e pequenas empresa. Os trabalhos foram divididos em seis eixos principais: “Comércio Exterior”, “Compras Governamentais”, “Investimento e Financiamento”, “Tecnologia e Inovação”, “Informação e Capacitação” e “Desburocratização e Desoneração”. “O objetivo é potencializar a produtividade e competitividade das micro e pequenas empresas de todo o país, setor que emprega a maior parte da população economicamente ativa do Brasil”, destacou o diretor-presidente da Aderes, Pedro Rigo.

Ipea divulga boletim sobre mercado de trabalho Mais autônomos estão contribuindo para a previdência após nova lei do empreendedor individual. Entre julho de 2009 e fevereiro de 2010, em todas as unidades da Federação, ocorreu um aumento geral da proporção de contribuintes previdenciários no Brasil, mas a inclusão no sistema foi significativamente maior entre os profissionais autônomos, que compõem o principal alvo da lei. Esse grupo também registrou um crescimento destacado na relação entre suas probabilidades de contribuir para a previdência e de estar inscrito no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). 36

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A nota mostra que, no total de empreendedores com até cinco empregados no país, entre 2009 e 2011, aumentou a proporção do grupo que pode ser beneficiado pela lei, composto pelos trabalhadores por conta própria e pelos empregadores com um único empregado. Após a lei entrar em vigor, o trabalho autônomo com contribuição previdenciária se tornou um destino mais frequente para quase todas as situações iniciais consideradas: autônomos não contribuintes, empregadores, empregados formais e informais, empregadores não contribuintes e empregadores contribuintes menores, inativos de 15 a 65 anos e desempregados, indicando não só ocorrência de maior formalização entre quem já era autônomo (fluxo passa de 5,63% antes da lei para 8,23% depois da lei) como efeitos redução de escala dos empreendimentos e do assalariamento.

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FATOS

Governo amplia competitividade da indústria capixaba

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Governo do Estado e a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) anunciaram uma série de benefícios para as indústrias capixabas, entre eles a extensão de contratos por mais 12 anos e diminuição de impostos estaduais na compra de máquinas e equipamentos. O presidente da Findes, Marcos Guerra, informou que os Contratos de Competitividade representam 67% dos empregos gerados no setor industrial no Espírito Santo. “Por isso essas ações do Governo do Estado são importantes para o aumento da competitividade capixaba”. Os setores industriais do Espírito Santo passam, a partir de agora, a contar com mais benefícios fiscais do Governo do Estado visando a aumentar sua competitividade em relação às empresas de fora. São atualizações nos Contratos de Competitividade com 20 setores industriais no Espírito Santo. São eles: Açúcar, Água Mineral, Aguardente de Cana-de-Açúcar, Melaço e Outros, Argamassa e Concreto Não Refratário, Café Torrado e Moído, Embalagem de

Material Plástico, Papel e Papelão e da Indústria de Reciclagem Plástica, Gráficas, Metalmecânico, Mistura Pré-preparada para Bolos, Moagem de Calcário e Mármores, Móveis Seriados, Móveis Sob Encomenda, Rações, Rochas Ornamentais, Temperos e Condimentos, Tintas e Complementos, Vestuário. Além dos citados, o segmento de Perfumaria e Cosméticos passa a fazer parte dos setores industriais beneficiados com os incentivos anunciados pelo Governo do Estado. Juntas, essas empresas oferecem cerca de 40 milempregos diretos e, emtorno de mais 100 mil indiretos e passam a contar com mais benefícios fiscais do Governo do Estado com extensão dos contratos por mais 12 anos e desoneração dos impostos estaduais na compra de máquinas e equipamentos visando aumentar sua competitividade em relação às empresas de fora. O presidente da Findes, Marcos Guerra, informou que os Contratos de Competitividade representam 67% dos empregos gerados no setor industrial no Espírito Santo.

Nível de endividamento do capixaba volta a subir O nível de endividamento do capixaba voltou a subir em fevereiro, atingindo 68,2%, frente a 62% registrados em janeiro. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES), em relação ao mesmo período de 2012, quando o indicador era de 72,2%, houve uma queda de 4%. Ao todo, são mais de 72 mil endividados no Estado. Ainda de acordo com a pesquisa, há mais capixabas com dívidas na faixa de rendimento de até 10 salários mínimos (69,5%). Já entre os consumidores que ganham acima de 10 salários mínimos, o índice é de 59,8%. “Apesar do elevado nível de endividamento dos 38

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capixabas, as famílias seguem com maior atenção em relação ao endividamento e ao consumo. Os gastos extras de início de ano com taxas e tarifas, além dos reajustes de preços que ocorrem nesse período, levam a essa tendência de aumento do endividamento” afirma José Lino Sepulcri, presidente da Fecomércio-ES. O cartão de crédito continua sendo o principal vilão entre os capixabas endividados. Cerca de 70,8% das famílias afirmam possuir dívidas no cartão, seguido de crédito pessoal (19,5%), financiamento de carro (19,2%), carnês (13,7%), entre outros. “O estímulo ao crédito e à aquisição de bens duráveis durante o ano passado exerceram impacto sobre o número de famílias endividadas, que continua apresentando alta”, declara Sepulcri.

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FATOS

Novo Hospital Estadual reforça atendimento na Serra

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Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, o maior do Espírito Santo, já está em pleno funcionamento na Serra com atendimento ambulatorial, clínica cirúrgica e pronto-socorro. Com investimentos próximos de R$ 165 milhões, a recém-inaugurada estrutura conta em suas instalações com 424 leitos, sendo 80 intensivos. O hospital segue o mesmo perfi l de atendimento do Dório Silva, porém de modo ampliado, atuando, principalmente, em urgência e emergência, tratamento de queimados e maternidade de alto risco. Contempla também Hospital Dia, internação, leitos de UTI e leitos de Utin. A unidade tem 32,8 mil metros quadrados de área construída, distribuídas por sete blocos. São oito salas no centro cirúrgico, quatro exclusivas para o centro obstétrico e um pronto-socorro mais ágil, com capacidade para 10 mil atendimentos por mês, entre outras melhorias. Há também um estacionamento com 517 vagas e heliponto. O projeto foi idealizado no estilo verde a fi m de atender ao ecologicamente correto. Um exemplo é a captação de energia solar para utilização no aquecimento de água, reuso e aproveitamento de águas pluviais para irrigação, para uso em bacias sanitárias e para lavagem de piso, além de uma estação própria de tratamento de esgoto (ETE) e todo o sistema de climatização automatizado e monitorado por uma central inteligente. Segundo o secretário de Estado da Saúde, Tadeu Marino, a inauguração marca um momento de mudanças para a saúde no Estado. “Depois de 30 anos, inauguramos o maior e mais moderno hospital já construído no Espírito Santo. Isso representa uma nova era na Saúde Pública capixaba, essa é a nossa característica de Governo”, diz. 40

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“Depois de 30 anos, inauguramos o maior e mais moderno hospital já construído no Espírito Santo” Tadeu Marino, secretário de Estado da Saúde

GESTÃO O contrato de gestão do hospital foi assinado pelo Governo do Espírito Santo e pela Associação Evangélica Beneficente Espiritossantense (Aebes), que é a mantenedora do Hospital Evangélico de Vila Velha, desde 1956. A Aebes foi vencedora do edital que selecionou a Organização Social (OS) para gerenciar a nova unidade. Com duração de cinco anos, o contrato prevê, para os primeiros 15 meses de gestão, o valor de R$ 104.413.556,97 para custeio e R$ 4.999.935,98 para investimento. Nos três primeiros meses de funcionamento, chamado de período de pré-ativação, estão previstas contratação de pessoas, compra de insumos, de material e equipamentos. O hospital começa a atender inicialmente pela clínica cirúrgica (com todas as suas especialidades), ambulatório e metade da capacidade do pronto-socorro. Os serviços serão oferecidos à população progressivamente de acordo com o cronograma constante no contrato. A partir de novembro de 2013, o complexo deverá ter pleno funcionamento de todos os seus setores.

HOSPITAL ESTADUAL DR. JAYME SANTOS NEVES O nome do hospital é uma homenagem ao médico e ex-secretário de Estado da Saúde Jayme Santos Neves. Nascido em Vitória, em 1909, ele é considerado um dos destaques em saúde pública em todo o país, principalmente, na luta contra a tuberculose. Faleceu em 6 de novembro de 1998.

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fATOS

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m total de R$ 32,9 bilhões será aplicado até 2014 para incentivar a inovação tecnológica e o aumento da produtividade das empresas brasileiras dos setores agrícola, industrial e de serviços. O investimento foi anunciado no dia 14 de março no lançamento do Plano Inova Empresa, do Governo Federal. A maior parte do investimento, R$ 20,9 bilhões, será disponibilizada como crédito para as empresas com taxas de juros subsidiadas. Além disso, serão oferecidas subvenções econômicas às empresas, fomento para projetos em parceria entre instituições de pesquisa e empresas e participação acionária em empresas de base tecnológica. As linhas serão oferecidas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), ligada ao Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação.

Governo Federal investirá R$ 33 bilhões em inovação Na mesma cerimônia a presidente Dilma Rousseff anunciou a criação da Empresa Brasileira para a Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), que de acordo com ela será responsável por promover um “casamento” entre as instituições públicas voltadas para a pesquisa e inovação e as empresas privadas do país. As medidas anunciadas pelo Governo agradaram ao setor industrial. “O pacote é positivo. O Brasil precisa desenvolver tecnologia e inovar para que a nossa indústria possa ser mais competitiva não só no mercado interno, mas principalmente no exterior”, declarou o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade.

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ENTREVISTA por Nadia Baptista

Marcos Troyjo “Inovação e internacionalização, de mãos dadas, são imperativos da economia contemporânea. Tanto mais importante se essa evolução for sustentável ambiental e economicamente”

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O Governo brasileiro não parece disposto a investir capital político nas reformas estruturais ou na modernização microeconômica. Com isso, o Brasil vai se distanciando dos países mais dinâmicos da economia global”

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rofessor da Columbia University em Nova Iorque, o brasileiro Marcos Troyjo dirige o BRICLab, um centro de estudos sobre nações emergentes (Brasil, Rússia, Índia e China). Autor de livros sobre conjuntura internacional e desenvolvimento tecnológico, ele fala sobre a realidade da economia mundial e as perspectivas de crescimento do Brasil para os próximos anos.

nossa defasada infraestrutura e legislação trabalhista e fiscal. Fatores que, agregados à ausência de uma estratégia de nação comerciante, prejudicam mais nossa competitividade internacional do que aquilo que se faz na China.

A entrada de produtos importados, principalmente os chineses, no mercado brasileiro é uma das grandes críticas da indústria de transformação, que passa atualmente por um processo de desindustrialização. Até que ponto essa concorrência prejudica as indústrias brasileiras?

A hipercompetitividade chinesa influencia a desindustrialização relativa do mundo todo. A ascensão chinesa dos últimos 35 anos é um divisor de águas para a economia global. Pensar que há apenas duas décadas a China era um ator pouco relevante no setor industrial realmente dá a dimensão da enormidade da mudança para a economia global representada pela ascensão chinesa. O fato é que alguns países aproveitaram a industrialização chinesa para iniciarem um processo de “reindustrialização”, como Estados Unidos e a Coreia do Sul, que acentuaram sua agregação de valor à produção, concentrando foco em atividades como design, marketing e P&D. Vale lembrar, contudo, que a própria China está se desindustrializando. Nos próximos dez anos, segundo a estimativa de Michael Spence, vencedor do prêmio Nobel de Economia, a China exportará cerca de 100 milhões de empregos intensivos em mão de obra industrial para países de custos relativos mais baixos. No limite, não é a questão de desindustrializar-se ou não que interessa. O que vale é o aumento médio – e sustentado – em todos os setores. É isso que garante aumento de renda ao longo do tempo.

É claro que a “hipercompetitividade” chinesa contribui para a desindustrialização brasileira. A natureza da ascensão da China abriu, no entanto, imensas oportunidades para o Brasil. O robustecimento da infraestrutura chinesa gerou um grande apetite por nossas commodities minerais. Nossas commodities agrícolas também passaram a ser muito demandadas, criando assim uma alternativa ao protegido mercado europeu, a cujo acesso o Brasil tanto brigou nos fóruns comerciais multilaterais. Em dez anos, o comércio sino-brasileiro foi multiplicado dez vezes, até atingir mais de US$ 80 bilhões em 2012. No limite, o país aproveitou a arremetida chinesa para reforçar suas exportações de produtos básicos. Isso ajudou o Brasil a embarcar, desde 2003, numa nova onda de tentativa de industrialização por substituição de importações cujos resultados até o presente não são nada alentadores. O problema é que o Brasil não aproveitou os tempos de bonança para aumentar seus níveis de poupança e investimento internos. Tampouco seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D). É nesses quesitos, bem como na burocracia para fazer negócios, abrir e fechar uma empresa, entre tantos outros, que nossa competitividade é corroída. Empresários brasileiros seriamente preocupados com a “inundação” de produtos chineses no mercado brasileiro são menos lamuriosos em relação à estratégia da China. Criticam, correta e enfaticamente,

A crise europeia representa para o Brasil um problema muito mais na esfera dos investimentos do que na do comércio”

A desindustrialização é um processo que acontece somente no Brasil? Ou as indústrias de outros países também estão sendo afetadas pela concorrência chinesa?

Qual o papel das medidas “defensivas” implementadas pelo Governo Federal – como a desoneração da folha de pagamentos – na proteção das indústrias brasileiras?

Grande parte das medidas de política comercial e, a bem dizer, de política econômica como um todo, é de natureza reativa. O Brasil claramente não tem estratégia econômica de longo prazo e se limita a movimentos táticos aqui e acolá. O Governo brasileiro não parece disposto a investir capital político nas reformas estruturais ou na modernização microeconômica. Com isso, o Brasil vai se distanciando dos países mais dinâmicos da economia global. Que aprendizados podemos tirar da experiência de crescimento chinês que vem ocorrendo nos últimos anos?

Vale a pena comparar a estratégia de crescimento chinês com o padrão adotado pelo Brasil. A China, desde 1978, combina câmbio competitivo, economia voltada às exportações e atração ES Brasil • Março 2013

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ENTREVISTA

Após mais de duas décadas de integração crescente e codependência financeira entre as maiores potências, a história da economia mundial pode, sem dúvida, estar diante de um ponto de virada”

de investimentos estrangeiros diretos (IEDs) interessados nessas vantagens para competir em terceiros mercados. O cerne da hipercompetitividade chinesa reside ainda nas parcerias públicoprivadas (PPPs), na baixa remuneração dos fatores de produção, na elevada taxa de poupança interna e investimento, a quase 50% do PIB, e, sem dúvida, na intensa diplomacia empresarial. Já o Brasil não adota um “modelo de desenvolvimento”. O que existe no país é um “padrão de crescimento baseado no apetite do mercado interno”. As noções de “modelo” e “padrão” são bem distintas. A primeira é de natureza estratégica e dinâmica; abrange um “plano”. A segunda é tática e recorrente; reage aos desígnios da economia global. A primeira promove desenvolvimento. A segunda, crescimento. Muitos acham que ainda é possível ao Brasil expandir sua economia a taxas satisfatórias apenas com o incentivo ao consumo do mercado interno. Há, porém, muitas condicionantes para que o “padrão” se transforme em “modelo”, como baixo nível de poupança e investimento, arcaísmo trabalhista e tributário,

gargalos de infraestrutura, além de educação, ciência e tecnologias insuficientes. À imagem da experiência histórica de outros países, o Brasil precisa eleger um modelo. Elencar prioridades e por elas sacrificar-se. Isso passa necessariamente pelos setores em que o Brasil apresenta vantagens comparativas. Agronegócio, mineração, petróleo em águas profundas, biocombustíveis. Estas devem ser as bases para uma nova economia no Brasil. O mundo vivencia uma mudança no paradigma do controle do poder. Se antes apenas Estados Unidos e Europa ditavam as regras da economia mundial, hoje é cada vez mais relevante a participação não só da China, mas também dos BRICs nos principais acontecimentos econômicos globais. Como o senhor vê esse cenário daqui a dez anos?

Após mais de duas décadas de integração crescente e codependência financeira entre as maiores potências, a história da economia mundial pode, sem dúvida, estar diante de um ponto de virada. Isso porque a globalização, termo onipresente e utilizado indistintamente para justificar projetos, sucessos ou fracassos, pode estar com os dias contados – estaríamos entrando, portanto, no período da “desglobalização”. O paradigma dos blocos econômicos, vigoroso há apenas alguns anos, hoje encontra-se claramente sem fôlego. Não só na União Europeia. Aqui também: o Mercosul hoje funciona muito mais em função de afinidade política dos atuais chefes de governo do que pela lógica dos ganhos de economia de escala ou de comércio intrabloco. É esse contexto que proporciona o risco de desglobalização. Menos comércio internacional, mais protecionismo, fluxo mais obstaculizado de investimentos, dificuldade no trânsito fronteiriço entre bens e pessoas. Ou seja, uma visão menos globalizada de como o mundo deve funcionar. É um momento de individualismo nacional que vai contra o ideal de globalização. Da mesma forma, o país que fechar mercado vai fazer com que a economia como um todo tenha um subdesempenho. Nesse interlúdio, os países mais aptos serão os que contarem com forte capitalização e robustas reservas cambiais. Muito tem se falado em inovação, e os investimentos em ciência e tecnologia são, inclusive, apontados como um dos fatores responsáveis pelo crescimento chinês. O que é necessário para impulsionar a inovação em terras brasileiras?

A evolução tecnológica é a fronteira da prosperidade no século XXI. Ainda que o Brasil apresente vantagens comparativas nas commodities, o valor agregado é o ingresso para o amanhã. O que dizer do preço da tonelada chinesa exportada ao Brasil a US$ 3 mil, 44

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enquanto a tonelada brasileira à China vale apenas US$ 163? Que conclusões tirar de que, em 1996, ambos geravam o mesmo número de patentes; a China 6,5 vezes mais em 2006 e, no ano passado, 20 vezes mais que o total brasileiro? Disseminar produtos e serviços pelo mundo, via exportação ou “empresas-rede”, dará o tom da competitividade brasileira. Inovação e internacionalização, de mãos dadas, são imperativos da economia contemporânea. Tanto mais importante se essa evolução for sustentável ambiental e economicamente. O patamar de internacionalização da sociedade brasileira, contudo, é baixo: um punhado de empresas participa dos fluxos de comércio e investimento; nenhuma universidade brasileira pode considerar-se global; apenas um pequeno percentual da população é fluente em inglês; poucos membros do Congresso interessam-se por temas internacionais. Não estranha que o Brasil ocupe menos de 1% do comércio mundial. A atração de IEDs e a promoção internacional de nossas empresas precisa de um componente indispensável: talentos capacitados a empreender globalmente e em áreas tecnointensivas. O Brasil precisa de uma nova visão de empreendedorismo a partir da internacionalização, promoção de exportações, atração de investimentos e inovação tecnológica. Apesar de manter um crescimento médio estável, o Brasil ainda cresce menos do que os outros países que fazem parte dos BRICs. Por que isso ainda acontece?

É errado supor que o conjunto de políticas colocadas em prática pelo Brasil nos últimos anos para impulsionar sua economia e atualizar os seus dados sociais sejam os pilares de um novo modelo de desenvolvimento. O que existe no Brasil, e que remonta ao governo de Lula, é uma tentativa de promover o crescimento cíclico e constituir um “padrão”. Essa política baseia-se no apetite do mercado interno do Brasil para adotar elevados níveis de consumo. O padrão, de fato, foi acompanhado nos últimos dez anos por mecanismos de distribuição de renda que ergueram os padrões de vida de milhões de pessoas. No entanto, essas políticas estão orientadas para a redução da pobreza e, por consequência, não aumentam a produtividade. Portanto, tais políticas não podem ser consideradas como motores para o desenvolvimento sustentado ao longo do tempo. As autoridades brasileiras não podem enganar a si mesmas. O país só economiza cerca de 16% do seu PIB e, portanto, depende fortemente dos fluxos financeiros, bem como de robustos investimentos diretos externos. Os pagamentos de juros, salários do setor público, as ineficiências administrativas e as excessivas regulamentações governamentais mantêm o Brasil longe de percorrer uma estrada pavimentada pelo desenvolvimento da ciência, da tecnologia, da inovação e do espírito empreendedor. Mas, ao mesmo tempo,

o país apresenta um claro potencial para a velha economia de commodities e para desenvolver novas competências em setores intensivos de tecnologia. O Brasil de hoje confunde o “padrão” de expansão por estímulos pontuais ao mercado interno com o que seja um “modelo” que permita nossa evolução econômica. E daí continuarmos a nos equivocar no diagnóstico – e, portanto, na compreensão da diferença entre crescimento e desenvolvimento. O Espírito Santo é, hoje, um dos estados brasileiros com maior vocação para o comércio exterior, e, como consequência, um dos mais afetados pela crise econômica mundial. Como é possível se blindar dos efeitos da crise que ainda estão por vir?

É preciso que o Espírito Santo, assim como todo estado brasileiro, tenha uma estratégia de inserção externa. E o sucesso dessa é uma combinação de três elementos: o primeiro, sem dúvida alguma, é ter um bom material, não apenas informacional, mas analítico, que esteja disponível na internet, em várias línguas estrangeiras, e que possa servir de material inicial e apoio para aqueles que se interessam sobre o Espírito Santo. O segundo elemento é o polo de recepção, ainda mais nesse instante em que ainda há um grande interesse em relação ao Brasil no mundo inteiro, uma grande curiosidade. É muito importante que as prefeituras e o Governo do Espírito Santo tenham os seus instrumentos formais de recepção daquele que se interessa em investir e realizar negócios com o Estado. O terceiro é o elemento proativo. Temos que nos mostrar mais para o exterior porque, isso também vai nos trazer prosperidade. ES Brasil • Março 2013

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FATOS

Sicoob reparte R$ 71 milhões em lucro recorde

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om um crescimento de 45,4% em relação ao ano anterior, o Sicoob Espírito Santo fechou 2012 com R$ 114,4 milhões, um novo recorde para a instituição. O resultado supera em R$ 35,7 milhões o lucro alcançado em 2011. “O resultado recorde vem ao encontro da estratégia do Sicoob definida para 2012, e este lucro é dividido entre os nossos associados”, destacou o presidente da cooperativa de crédito no Espírito Santo, Bento Venturim. O Sicoob está distribuindo um total de R$ 71,6 milhões entre seus clientes. Desse total, R$ 21,2 milhões foram destinados à remuneração do capital dos associados, repondo a taxa básica de juros acumulada em 2012. Outros R$ 50,4 milhões foram colocados à disposição dos sócios durante as assembleias de prestação de contas. Esse total representa um aumento de 72% em relação a 2011. “A distribuição dos lucros é um dos principais atrativos do Sicoob. Na condição de donos da instituição, os clientes podem gerir suas

economias e seu capital financeiro. Além disso, têm a possibilidade de participar da administração e da fiscalização, bem como propor melhorias para o desenvolvimento da cooperativa”, destacou Francisco Reposse Junior, diretor-executivo do Sicoob ES. A evolução da carteira de crédito foi importante para o bom resultado da cooperativa no ano passado. Ao todo, ela totalizou R$ 1,5 bilhão, crescimento de 35,5%. O volume de operações de empréstimos também apresentou resultado positivo: foram 868.547 operações e R$ 2,3 bilhões disponibilizados, um total 24,3% maior.

Novo secretário de Segurança aumenta efetivo nas ruas Um efetivo com 360 novos policiais ocupou as ruas da Grande Vitória desde o dia 11 de março; um projeto para nomear 200 soldados por Designação Temporária foi encaminhado à Assembleia Legislativa.

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Estas foram as primeiras ações do novo secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, André Garcia. Somado a isso, serão contratados 1.100 PMs que participaram do concurso aberto no início do mês, além da formação de cadastro de reserva para soldados combatentes responsáveis pelo policiamento ostensivo nas ruas e pelas ocorrências criminais. O novo secretário informou que a prioridade é avaliar a atuação e a distribuição do atual efetivo das polícias Civil e Militar. Em 2012 foram registrados 1.660 assassinatos, 1.400 furtos e 1.527 assaltos a comércios na Grande Vitória. “Ainda não temos o que comemorar, estamos caminhando para a redução dos homicídios praticados principalmente por jovens que fazem parte do tráfico de drogas, por isso nossa proposta é tirar os jovens do crime oferecendo bolsa de estudo, programas educacionais e reforço escolar”. Atualmente existem 7 mil jovens participando do programa Esporte pela Paz, vinculado ao programa Estado Presente, do qual André Garcia contribuiu para sua elaboração. André Garcia foi indicado pelo governador Renato Casagrande e assumiu a pasta com uma meta: otimizar os processos e colocar mais efetivos na Região Metropolitana de modo a atender os anseios do Governo do Estado e da sociedade.

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FATOS

Vitória Stone Fair recebe mais de 24 mil visitantes

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Espírito Santo definitivamente é um dos destaques na produção internacional de mármore e granito, o que pôde ser comprovado com a realização da 35ª Feira Internacional do Mármore e Granito Vitória Stone Fair, que aconteceu entre os dias 26 de fevereiro e 1º de março no Pavilhão de Carapina, na Serra. Durante esses dias, 420 expositores de 17 países apresentaram seus produtos e serviços para um público de mais de 24 mil visitantes de 56 nações. Os visitantes puderam circular no espaço de 25 mil metros quadrados e conhecer as novidades do setor, que ano passado cresceu mais de 6% e movimentou cerca de R$ 1 bilhão no Brasil. “A Feira movimenta e impulsiona as exportações. Ela abre o calendário de compras internacionais e consegue atrair um grande número de importadores, que fazem aqui seus negócios para trabalhar durante o ano. São apresentados novos materiais, equipamentos, novas tecnologias e insumos e resinas modernos que beneficiam o tratamento e embelezamentos das rochas”, afirmou Cecília Milanez, diretora da Milanez & Milaneze, organizadora do evento. Durante a abertura, foi oficializada a parceria com a Veronafiere para a organização da próxima edição da Vitória Stone Fair, em 2014. A empresa italiana é responsável por mais de 50 eventos, entre eles a feira internacional de Verona, a mais importante do mundo para o setor de rochas ornamentais. O diretor de Planejamento da Veronafiere, Cláudio Solignani, esteve presente e inaugurou junto 50

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Autoridades estiveram presentes na abertura da Vitória Stone Fair 2013

com Cecília Milanez uma placa que simboliza a parceria e o lançamento da programação visual da próxima feira. A cerimônia de abertura ainda foi marcada pela assinatura pelo governador Renato Casagrande de um decreto de diferimento de ICMS para a compra de máquinas para o setor industrial de rochas ornamentais no Espírito Santo, que visa a facilitar a modernização do maquinário para os empresários. O governador ressaltou a importância da Vitória Stone Fair para o Estado: “Essa feira recebe empresários e profissionais do Brasil inteiro e de muitos países do mundo e já se consolidou no calendário internacional como uma feira de alto nível. Isso divulga e abre portas para que pessoas conheçam o setor de rochas ornamentais e também outras potencialidades do Espírito Santo.” O Espírito Santo é o maior produtor, processador e exportador de rochas ornamentais do Brasil, concentrando aproximadamente 50% da produção nacional e 65% das exportações. O setor representa cerca de 8% do PIB capixaba e gera 130 mil empregos diretos e indiretos no Estado. A edição de 2014 já tem data marcada: acontecerá de 18 a 21 de fevereiro no Pavilhão de Carapina.

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GESTÃO por Taís Hirschmann

Arquivos: ferramentas da boa gestão Organizar e arquivar os documentos da empresa é muito mais do que apenas guardar papéis. Arquivos são centros ativos de informação e espelham a qualidade do gerenciamento empresarial

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ncontrar bons fornecedores e parceiros de negócios. Avaliar o desempenho e os resultados da empresa e dos seus colaboradores. Saber onde está sendo gerado retrabalho e quais os “furos” por onde seu lucro anda escapando. Não, não é preciso contratar consultorias especializadas para descobrir tudo isso. Talvez você ainda não tenha se dado conta, mas todas essas informações, e muitas outras, estão contidas nos arquivos da sua empresa. Tudo bem, que atire a primeira pedra quem nunca reclamou por ter que organizar e guardar tantos documentos – afinal, cada atividade exercida dentro de uma organização gera um ou vários deles, em papel ou outras mídias. Porém, antes de ver essa tarefa apenas como “uma trabalheira inevitável”, saiba que, bem organizado, o seu arquivo é um centro ativo de informações e uma valiosa fonte de pesquisa, muito útil na tomada de decisões estratégicas para o seu negócio. Grande parte das empresas, porém, ainda não utiliza sistemas de gestão para arquivar seus documentos, físicos ou não. No entanto, a importância de se preservar a história e a memória da organização, além de prevenir problemas burocráticos no futuro, é real e requer conhecimento adequado para gerar os resultados ideais. “Muitos empresários ainda não atinaram para o fato de que precisam preservar a memória de suas organizações, guardando informações e documentos que fazem parte da história de sua empresa e espelham sua gestão”, afirma o presidente da Associação dos Arquivistas do Espírito Santo (Aarqes), Marcos Rabelo. Bacharel em Arquivologia, ele é presidente do Fórum Nacional de Dirigentes de Arquivos Municipais (Forumdam) e membro suplente do Conselho Nacional de Arquivos (Conarq).

“Muitos empresários ainda não atinaram para o fato de que precisam preservar a memória de suas organizações, guardando informações e documentos que fazem parte da história de sua empresa e espelham sua gestão” Marcos Rabelo, presidente da Aarqes

Se for analisada a realidade do Espírito Santo, de acordo com Rabelo, pode-se observar a falta de uma política de gestão de documentos, principal responsável pela criação de normas e instrumentos para classificação e determinação do período de permanência desses documentos nos arquivos. “Isso acontece especialmente nas instituições públicas, mas também nas privadas. E a falta dessa política, que deve ser engajada em toda instituição pelo gestor administrativo, ocasiona a falta de conhecimento dos funcionários envolvidos na produção documental de cada setor, gerando assim a guarda indiscriminada de papel desprovido de valor administrativo, contábil, fiscal, técnico ou histórico”, explica. COMO ARQUIVAR Para começar a organizar os documentos da sua empresa, saiba que há quatro tipos básicos de arquivos:

Arquivos de prosseguimento

Também conhecidos pelos nomes de “imediato”, “andamento”, “vigilância”, ou ainda pela expressão inglesa “Follow-up”. Toda a empresa requer a organização de arquivos de prosseguimento, indispensáveis para que neles sejam arquivados cópias de documentos ou indicações que aguardam providências em datas determinadas, como, exemplo, cartas que precisam ser respondidas, faturas e promissórias que devem ser pagas ou cobradas, pedidos que devem ser feitos, seguros que devem ser renovados etc.

Arquivos ativos (temporários)

São os que contêm documentos em uso constante.

Arquivos inativos (intermediários)

São os que contêm documentos de menor frequência de uso, como na lista a seguir (conforme o critério, alguns poderão ficar no arquivo inativo e outros no arquivo morto): Todo documento que estabelece um direito em favor de uma pessoa, uma organização ou de uma coletividade. Todo documento que determina uma obrigação permanente. Todo documento, mesmo de efeito temporário, que possa servir para provar um direito ou uma obrigação. Todo documento que abre um precedente. Todo documento que fornece informação sobre a organização, seu funcionamento ou a história de um serviço da ou para a mesma. Todo documento que prova um direito permanente. Todos os projetos que têm relação direta com a instituição ou sociedade mantenedora do arquivo (plantas-projetos de construção, ampliação, etc.). Documentos de valor permanente (estabelecido pelo Código Civil e Comercial brasileiro), tais como contratos, escrituras, documentos legais em geral, etc.

Arquivo morto (permanente)

É o que contém os documentos de frequência praticamente nula.

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Em outras palavras, Rabelo alerta para o fato de que as empresas guardam todo tipo de documento, não importa para quê. Entre guardar e eliminar, melhor pecar pelo excesso: guardar tudo, sempre! Por outro lado, alguns eliminam sem sequer saber que existem procedimentos adequados para isso. Nessa rotina indisciplinada, são produzidos e arquivados ininterruptamente todos os documentos, sem o emprego de técnicas capazes de proporcionar o acesso rápido às informações neles contidas.

POR QUE É PRECISO SABER ARQUIVAR? A importância do bom arquivamento está justamente em permitir o rápido acesso à informação. Se ela vale ouro, então por que não cuidar do arquivamento correto de documentos? Além disso, na busca por uma administração eficiente, a gestão documental será responsável por economia de custos e aumento da produtividade da organização, além de liberação de espaço físico. Nesse aspecto, pensar na melhor estrutura para arquivamento é pensar também em espaço adequado para a guarda

“Aumentou muito a procura por um sistema profissional de arquivamento. As empresas estão reconhecendo a importância dos documentos, tanto pelo valor social quanto jurídico e contábil” Laureny Pereira, arquivista da ArcelorMittal Tubarão

ROTEIRO PARA O ARQUIVAMENTO DE DOCUMENTOS

1º Passo

Defina um método de ordenação (numérico, alfabético, cronológico etc...), etapa que requer muito cuidado, pois um documento arquivado inadequadamente pode se tornar irreversivelmente perdido, embora esteja guardado.

2º Passo

Separe e classifique os documentos, de acordo com os critérios estabelecidos anteriormente.

Defina os métodos de arquivamento, que podem ser vários, pois há documentos que devem ser ordenados ora pelo assunto, ora pelo nome, ora pelo local, data ou número. Leve em conta a simplicidade e a flexibilidade, prevendo possíveis expansões.

3º Passo

4º Passo

5º Passo

Utilize métodos auxiliares para reparar alguns “vícios” do arquivamento, caso necessário – como, por exemplo, por número e data ao mesmo tempo.

Não deixe acumular documentos. Crie uma rotina de arquivamento e descarte de tempos em tempos, de acordo com as necessidades específicas da organização.

Fonte: Marcos Rabelo, presidente da Aarqes

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QUANTO TEMPO PARA GUARDAR DOCUMENTOS? NFs Serviços Essenciais: Água - Luz - Telefone – Gás Tributos: Imposto de Renda IPTU– IPVA Compra de Imóvel - Prestação: Casa - Apartamento - Terreno

Guardar 5 anos

Condomínios: Taxas Planos de Saúde ou Convênios Médicos: Proposta - Contratos e Recibos; os recibos referentes aos 12 meses anteriores ao último reajuste devem ser guardados por todo o período de contratação Contracheques: Direitos Trabalhistas - Dentro da empresa Notas de Serviços: Profissionais Liberais/Autônomos Cartões de crédito e notas promissórias: faturas e comprovantes de pagamentos; não há previsão legal Obras: Recibos e Notas Fiscais

Contracheques: Direitos Trabalhistas saiu da empresa Aluguel: Contratos e recibos - guardar até a sua desocupação e consequente recebimento do termo de entrega de chaves por três anos desde que não haja qualquer pendência

Guardar 1 a 3 anos

Dívidas: Arquivar os recibos ou pedir a empresa um comprovante de quitação do financiamento; observar garantia Seguro: Contrato - proposta - apólice e os recibos de pagtº por mais um ano após o tempo em que estiver vigorando Licenciamento e Seguro Obrigatório: Permanecer com o dono do veículo até ser trocado por novo documento, quando perderá validade

Contracheques: Trabalhadores p/ efeitos de aposentadoria (até benefício) Carnê do INSS: Profissionais liberais/autônomos (até benefício)

Guardar por período específico

Consórcios: Até quitação Cheques Devolvidos: Até apresentação Notas Fiscais e Certificados de Garantia: Durante a garantia ou vida útil do produto

da documentação produzida, incluindo nessa lista caixas, pastas, prateleiras, a criação de um manual técnico de gestão de documentos e, se possível, de uma Comissão Permanente de Avaliação de Documentos de Arquivos, responsável por orientar a avaliação e classificação dos documentos da empresa.

Uma pergunta importante é: qual o custo para implantar um sistema profissional de arquivamento? A resposta dependerá de diversas variáveis, que deverão ser analisadas conforme levantamento e diagnóstico dos documentos que a empresa possui, além do quantitativo de documentos que produz. “Podemos dizer que os gastos principais nessa implantação ficarão por conta da mão de obra especializada e também de todo o material necessário para a implantação do arquivo central”, analisa Rabelo. De acordo com o presidente da Aarqes, esse não é um processo de curto prazo e investir nele é sinônimo de trabalho contínuo, mas que gerará, sim, em curto prazo, uma boa relação custo/benefício para a empresa.

CASA ORGANIZADA Uma empresa que hoje é vista como referência no assunto é a ArcelorMittal Tubarão. A arquivista responsável pela implantação do sistema na empresa, Laureny Pereira, conta que a companhia buscou o serviço por estar preocupada com a organização dos documentos e teve a disposição de investir. Segundo Laureny, que também é gerente de Riscos e Controles Internos da Armazém de Dados, o investimento médio para uma empresa do porte da ArcelorMittal é de R$ 22 mil por mês. “O valor depende de diversos fatores, como o volume de documentos, quantos funcionários serão disponibilizados para o serviço, entre outros”, explica. No entanto, a procura por esse tipo de serviço tem aumentado a cada ano. Hoje, Laureny diz que a Armazém de Dados já atende cerca de 50 a 60 clientes. “Aumentou muito a procura por um sistema profissional de arquivamento. As empresas estão reconhecendo a importância dos documentos, tanto pelo valor social – para resgate da memória da instituição – quanto pelo valor jurídico e contábil, para atendimento a fiscalizações e auditorias”, salienta. Mas, mesmo sem ter recursos para investir em arquivamento profissional de documentos, qualquer empresa pode e deve cuidar de fazer uma boa gestão de sua documentação e arquivos. Basta ter disposição para organizar os documentos produzidos nas atividades diárias, criar critérios simples e claros para sua guarda e descarte e atentar para os prazos exigidos por lei para a guarda de documentos que tenham valor comprobatório (fiscais e contábeis). Uma visita ao site do Conarq (www.conarq.arquivonacional.gov.br) pode ser muito útil. Lá você encontrará não só orientações sobre como proceder, mas, principalmente, os requisitos legais para manter o seu arquivo em dia com a legislação brasileira sobre o assunto. ES Brasil • Março 2013

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PIB do Brasil cresce, e Espírito Santo destaca-se com commodities

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Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) constatou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu a um ritmo mais rápido entre outubro e dezembro ante os três meses anteriores. O levantamento, divulgado em março deste ano, indica que o PIB do 4º trimestre teve variação positiva de 0,6%, na economia, em relação ao 3º trimestre de 2012. No Espírito Santo, o economista Arlindo Villaschi analisou a repercussão do PIB e destacou o fortalecimento da área das commodities, principalmente, em produtos como o minério de ferro e o café, que são pesos fortes na economia capixaba. No entanto, ele frisou que existe a necessidade de políticas mais autônomas para a capital ganhar espaço no mercado. “O Espírito

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Foto: Samarco

FATOS

Santo tem uma situação muito privilegiada, mas sinto a necessidade de o Governo investir em políticas públicas mais proativas. O que fazer, por exemplo, para o nosso café ser mais competitivo?”, sugere uma discussão. Ele acrescenta que o Espírito Santo deve se espelhar em países como Canadá, China e EUA que estão no ranking dos maiores PIBs. “O Estado deve pensar aonde estão indo os líderes e o que estão fazendo para fortalecer a economia. Os países que têm o PIB maior combinam dois aspectos: a diversificação de produtos de exportação e o crescimento do mercado interno com a inclusão de novos demandantes, ou seja, com o investimento em energias alternativas, biotecnologia e neotecnologia. A economia local tem que observar esses aspectos para crescer”, acredita.

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FATOS O Grupo Permanente de Acompanhamento Empresarial do Espírito Santo realizou sua primeira reunião de 2013 em março

Economia internacional e gestão fiscal em debate

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rês nomes de peso participaram da primeira reunião do ano do Grupo Permanente de Acompanhamento Empresarial do Espírito Santo. Os empresários Michal Gartenkraut e Dirceu Bezerra Junior, sócios da Rosenberg & Associados em São Paulo, e o jornalista político Leandro Manzzini foram os convidados para realizar palestras que contaram com a presença de importantes empresários capixabas. O encontro aconteceu no dia 6 de março no hotel Bristol Century Plaza, em Camburi. A reunião teve início com a análise da conjuntura internacional feita por Dirceu Bezerra Júnior, que falou sobre a economia norte-americana e europeia e também da economia asiática, com destaque para China e Japão. Sempre baseado em estatísticas, ele também explicou como a conjuntura mundial afeta o Brasil e o Espírito Santo. Para Bezerra, o cenário é pouco animador. Mesmo que a economia americana manifeste uma leve recuperação, a situação na Europa enfrenta um falso equilíbrio, pois possui sérios problemas em seu sistema financeiro, e os países emergentes observam uma desaceleração na economia, ainda que continuem crescendo. De acordo com o empresário, o cenário político e econômico é difícil para o Brasil nos próximos anos. Porém, ele acredita que hoje o Espírito Santo está mais preparado para enfrentar o quadro negativo da economia internacional. Michal Gartenkraut falou sobre o quadro fiscal brasileiro, levantando várias problemáticas não resolvidas, como o caso do equilíbrio federativo. De acordo com ele, os vários problemas que o Espírito Santo enfrenta hoje como a redistribuição dos royalties, as mudanças no ICMS e nos Fundos de Participação dos Estados e 60

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dos Municípios têm uma origem em comum. “Muitos desses problemas são reflexo de um estado das coisas insustentável, de uma equação federativa que não está fechando. Basicamente vêm desde a Constituição de 1988, que não conseguiu fazer um equilíbrio entre a redistribuição de receitas dos estados e municípios, e a correspondente distribuição de encargos. Por isso, a cada momento, essa inequação gera crises”, afirmou. O último convidado foi o jornalista Leandro Manzzini, editor da Coluna Esplanada e apresentador do programa “Frente a Frente”, na Rede Vida. Manzzini destacou alguns projetos importantes para o país que estão tramitando no Congresso Nacional e revelou bastidores da política nacional. Ele garante, segundo conversas que tem tido com assessores dos ministros, que é possível que o Espírito Santo consiga reverter no Supremo Tribunal Federal a nova lei de royalties aprovada pelo Congresso. Clóvis Vieira, sócio da Vieira&Rosenberg e organizador do evento, explicou a importância do debate. “As reuniões visam a orientar o empresário para tomar decisões com base em um cenário real. Nesta edição privilegiamos estes temas porque o discurso que se faz no Estado sobre as perdas de receita é muito apaixonado e superficial e as pessoas não entendem o seu verdadeiro significado para a economia”, questionou o economista. Na próxima edição, a reunião do grupo deve acontecer em maio e abordar a economia esportiva, destacando as novas oportunidades geradas no Brasil com a aproximação da Copa do Mundo e Jogos Olímpicos.

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FATOS O shopping tem previsão de ser inaugurado em 2014 e aposta em diferenciais como um espaço gourmet, um hipermercado com 8 mil m² e cinema com sistema de alta definição para atrair o público

Shopping Vila Velha: diferenciais competitivos para conquistar mercado

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Shopping Vila Velha, que está em construção, pretende atender a uma demanda de mercado que gosta de lazer, entretenimento, variedades e comodidade. Com diferenciais como hipermercado e salas de cinema em alta definição, o empreendimento aposta em novos serviços para conquistar o gosto dos capixabas. O mercado da Grande Vitória, por sua vez, está preparado para receber mais um shopping. É o que indica o estudo de viabilização mercadológico realizado pelo Instituto Gismarket, que atua na área de pesquisa em comércios. Segundo o levantamento, em 2011, Vila Velha ultrapassou Vitória em potencial de consumo, sendo considerada a única cidade brasileira que superou a própria capital de seu Estado. O estudo traçou também o perfil dos consumidores do futuro empreendimento. No montante de mais de 424 mil moradores, 44% dos domicílios pertencem às classes A e B. Quanto à renda anual dos consumidores, o valor médio familiar é de R$ 48.438,00, 13% superior à média da Região Metropolitana de Vitória. Na área primária, essa renda sobe para R$ 57.400,00. De olho neste nicho de mercado, o shopping ganha forma a cada dia. Segundo o diretor da Metron Engenharia, João Luiz Tovar, a parte estrutural do empreendimento será concluída ainda neste mês de março. Ele lembra que o projeto foi idealizado em parceria com as construtoras Metron, Incospal e a Litig. “Fomos convidados para fazer parte dessa história de Vila Velha e estamos construindo um sonho. Futuramente, vamos ter lojas como o Walmart e Casas Bahia, além de torres comerciais”, antecipa Tovar. O shopping tem previsão de ser inaugurado em 2014 e terá uma área de 148.610 m2, além de 13 lojas-âncora, nove megalojas, praça de alimentação com 28 operações e diferenciais como 62

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um espaço gourmet com quatro restaurantes, além de salas de cinema com sistema XD (Extreme Digital) e 3D. Previstas estão também a construção de uma área de Game Center, um hipermercado com 8 mil m2 e três torres comerciais dentro do terreno. Segundo a administração do empreendimento, o estacionamento vai ter capacidade para receber 3.300 veículos. O Shopping Vila Velha, com esse novo conceito, promete consolidar-se como um empreendimento para atender a esse público consumidor, ávido por novidades e com alto poder de compra.

CONHEÇA O SHOPPING VILA VELHA • Área do terreno: 148.610 m² • ABL (Área Bruta Locável): 64 mil m² na 1ª fase, chegando a 108 mil m² pós-expansão • 185 lojas-satélite • 13 âncoras • 9 megalojas • Gourmet Center com 4 restaurantes • Praça de alimentação com 28 operações • Cinema Multiplex com 8 salas, sendo uma delas XD (Extreme Digital) e 3 salas 3D • Game Center • Hipermercado com 8 mil m² • Projeto para construção de 3 torres comerciais dentro do terreno. • Estacionamento com 3.300 vagas

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ECONOMIA por Lilia Barros

Plenário do Supremo deve decidir em abril sobre a constitucionalidade da nova lei de Royalties

Foto: Agência Brasil/José Cruz

Royalties: Espírito Santo tem primeira vitória no STF Parlamentares podem fazer articulações contra a liminar da ministra Carmen Lúcia e tentar mudar a Constituição com novos recursos ao Supremo

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s estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro, principais produtores de petróleo, tiveram sua primeira vitória na Justiça, no dia 18 de março, quando uma liminar concedida pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia suspendeu a nova redistribuição dos royalties do petróleo que havia sido aprovada, no início do mês, durante sessão tumultuada no Congresso Nacional. Com a decisão da ministra, volta a valer a antiga divisão, com maior benefício aos produtores, até que o plenário do Supremo decida sobre o tema, o que deve ocorrer em abril. Apesar da vitória parcial, o desfecho dos próximos capítulos dessa discussão pode não ser positivo. Depois que parlamentares de estados não produtores derrubaram os vetos da presidente Dilma Rousseff à mudança da lei que estabelecia nova partilha aos estados produtores, Espírito Santo e Rio de Janeiro se uniram e recorreram ao STF pedindo a suspensão 64

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dos efeitos da decisão e a declaração de inconstitucionalidade da nova divisão. A economista do Senado Federal e vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças Ibef-ES, Ana Paula Vescovi, concluiu que prevaleceu o bom-senso do STF e advertiu para as articulações que poderão ocorrer para forçar uma mudança na Constituição. Segundo ela, nessa discussão faltaram às lideranças do Congresso e do Poder Executivo vontade para trazer racionalidade à discussão. “Essa racionalidade não faltou ao Supremo Tribunal Federal, o guardião da Constituição Brasileira. A ministra Carmen Lúcia deferiu, assim, liminar em favor dos direitos dos estados produtores. Diante da percepção de que a Constituição não irá resguardar a nova Lei dos Royalties, os parlamentares dos estados não produtores começam a se articular para, então, mudar a Constituição. Se ruim estava, pior ainda pode ficar”, prevê a economista.

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Foto: Renato H. S. Moreira

Mas, segundo Ana Paula Vescovi, não ficará pior para os estados produtores, e sim para a coesão federativa. “A Constituição tem entre seus princípios a defesa da Federação e o intuito de evitar que maiorias se organizem para prejudicar minorias. Além disso, a Constituição assegura que a lei não pode retroagir se for para prejudicar. Protege, assim, a harmonia do pacto federativo. Se houver uma redistribuição de receitas que desequilibre entes da Federação, ela se torna inconstitucional. Os dispositivos que defendem a Federação como um todo e as suas unidades como partícipes são cláusulas pétreas, não podem ser modificadas”, afirmou. Conforme a economista, mais capítulos poderão estender essa triste história: “O julgamento de mérito do STF em abril à ação de inconstitucionalidade contra a Lei dos Royalties, a ação do Senado Federal contra a liminar da ministra Carmen Lúcia, a tentativa de mudar a Constituição com novos recursos ao Supremo, nova espera pela decisão”, ressalta. Entretanto o Governo e a Procuradoria Geral do Estado do Espírito Santo já estão se mobilizando para uma audiência com os ministros do STF. O procurador Claudio Penedo Madureira acredita que a tentativa de mudança na Constituição não irá mudar o quadro atual da lei em vigor. “A tentativa do Parlamento de mudar o foco da decisão da ministra Carmen Lúcia fazendo modificação na Constituição não será frutífera porque também a Emenda à Constituição pode ser discutida numa proposta de Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin)”, disse o procurador, acrescentando que o cerne dos royalties é o impacto que a exploração do petróleo causa aos estados produtores. “Isso é o argumento mais forte, mas vamos expor nossas razões aos ministros”, afirmou. O royalty é uma compensação paga pela extração de petróleo, e a decisão do STF impede uma distribuição mais igualitária dos tributos arrecadados entre produtores e não produtores de petróleo

“O cerne dos royalties é o impacto que a exploração do petróleo causa aos estados produtores” - Claudio Penedo Madureira, procurador do Estado do ES.

“A Constituição assegura que a lei não pode retroagir se for para prejudicar. Assim, se houver uma redistribuição de receita desequilibrada, ela se torna inconstitucional” - Ana Paula Vescovi, economista

tanto de blocos em operação quanto para futuras áreas de produção. Na liminar, a ministra Carmen Lúcia argumenta que a Constituição garante o royalty como compensação ao produtor e diz que uma nova lei não pode ferir o direito adquirido dos produtores. Ela afirma ainda que não se pode beneficiar um estado prejudicando outro. A ministra decidiu individualmente suspender a lei que estabelece nova distribuição dos royalties do petróleo porque a medida trazia risco financeiro para os estados. Para ela, a questão era urgente. No tribunal, não é comum uma decisão provisória (liminar) concedida individualmente em ações que questionam a constitucionalidade de uma lei. Normalmente, o relator deixa para o plenário avaliar a necessidade de liminar. “Os royalties são distribuídos mensalmente. Então, na virada do mês os estados têm que saber qual é a regra que vale. Essa é a razão. A urgência qualificada era essa. Só isso”, disse a ministra. Segundo ela, se uma vez se desobedece a Constituição em nome de uma necessidade, outra poderá ser a inobservância em nome de outra. Até o dia em que não haverá mais Constituição. A decisão foi tomada a partir de ação protocolada pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Foram apresentadas ainda ações do Espírito Santo, da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e de São Paulo. Carmen Lúcia afirmou que a suspensão da divisão “resguarda” direito dos cidadãos de estados e municípios atingidos pelo petróleo. “Assim se têm resguardados, cautelarmente, direitos dos cidadãos dos estados e dos municípios que se afirmam atingidos em seu acervo jurídico e em sua capacidade financeira e política de persistir no cumprimento de seus deveres constitucionais.” “Política se pauta pela vontade da maioria, mas mesmo a vontade da maioria tem um limite, que é o limite estabelecido na Constituição”, disse Luís Roberto Barroso, procurador do Estado do Rio. “Graças à nossa Constituição, temos agora como aguardar o desfecho protegidos nos nossos direitos. Mas temos uma clara demonstração da derrota da política com meio para buscar soluções dentro da liberdade e da democracia”, disse Ana Paula Vescovi. ES Brasil • Março 2013

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ENTENDA A QUESTÃO DOS ROYALTIES 3 DE DEZEMBRO DE 2012

OUTUBRO DE 2011

Senador Vital do Rêgo fez um relatório prevendo alteração na repartição dos recursos do petróleo

19 DE OUTUBRO DE 2011

Espírito Santo perde batalha pelos royalties com a aprovação, pelo Senado Federal do projeto de lei substitutivo de autoria do senador Vital do Rêgo

Dilma veta 23 itens da lei dos royalties e Congresso prepara reação

6 DE NOVEMBRO DE 2012

Ao sancionar projeto dos royalties, Dilma veta alteração em contratos já firmados

13 DE DEZEMBRO DE 2012

Parlamentares do Rio vão ao STF e iniciam “judicialização” sobre royalties do petróleo

Bem dizem os cientistas sociais: as instituições são chave para o desenvolvimento das nações. Que o desfecho da guerra dos royalties sirva, ao menos, como exemplo para fortalecê-las. Hoje, 7% dos royalties são destinados aos estados e 1,75% aos municípios que não fazem extração do petróleo. Se a nova lei prevalecesse, tanto estados como municípios sem extração passariam a receber 21%. Em 2020, a parcela aumentaria para 27% do total arrecadado pela União. E os estados produtores de petróleo, que hoje abocanham 26% do dinheiro, teriam a fatia reduzida para 20% em 2013. Os municípios com extração passariam dos atuais 26,25% para 15%, este ano, chegando a 4%, em 2020. A participação especial, atualmente dividida entre União (50%), estado produtor (40%) e município produtor (10%), passaria a incluir estados e municípios onde não existe extração. Neste ano, tanto estados como municípios receberiam 10%, em 2020, 15%. A nova lei reduz a parcela atual de 40% destinada a estados produtores para 32%, em 2013, e para 20%, em 2020. A tese levada à Suprema Corte argumenta que a lei aprovada pelo Congresso modifica a destinação dada pela Constituição Federal de 1988 aos royalties. O parágrafo primeiro do artigo 21 garante uma compensação financeira aos estados em que ocorre a exploração, seja em terra ou na plataforma continental confrontante (mar). A atividade de exploração de petróleo traz impactos ambientais, sociais e econômicos e a Constituição prevê uma compensação. “A Lei12734/12 dá aos royalties uma destinação distinta, utilizando-os como instrumento de redistribuição de renda para os estados não produtores”, explicou o procurador do Rio de Janeiro, Luiz Roberto Barroso. 66

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17 DE DEZEMBRO DE 2012

STF derruba pedido de urgência para Congresso analisar vetos a royalties

Câmara aprova lei que distribui royalties do petróleo

30 DE NOVEMBRO DE 2012

7 DE MARÇO DE 2013

Estados não produtores de petróleo derrubam veto e garantem fatia maior dos royalties

27 DE FEVEREIRO DE 2013

STF derruba liminar que obrigaria Congresso a votar 3.210 vetos presidenciais em ordem cronológica

18 DE MARÇO DE 2013

Ministra do STF concede liminar a favor dos estados produtores

O procurador-geral do Espírito Santo, Rodrigo Judice, afirmou que o Supremo em várias ocasiões já decidiu que royalties de petróleo, bem como os royalties de qualquer outro recurso natural, têm caráter indenizatório, justamente para cobrir as despesas extraordinárias decorrentes dessa exploração, que é danosa ao meio ambiente e gera impacto na vida dos estados afetados.

PRODUÇÃO DO PETRÓLEO NO ES Nos últimos anos, o Espírito Santo foi destaque na produção de petróleo e gás natural no Brasil. Com as descobertas realizadas, principalmente, pela Petrobras, o Estado saiu da 5ª posição no ranking brasileiro de reservas, em 2002, para se tornar, desde 2006, a segunda maior província petrolífera do país. Hoje, o Estado tem uma produção de 345 mil barris por dia. O Espírito Santo é responsável por aproximadamente 16% da produção nacional. Os campos petrolíferos se localizam tanto em terra quanto em mar, em águas rasas, profundas e ultraprofundas. Dentre os destaques da produção está o campo de Golfinho, localizado no Norte do Espírito Santo, com reserva de 450 milhões de barris de óleo leve, considerado o mais nobre. A produção de óleo e gás do Espírito Santo atingiu seu maior patamar em 2011. A produção de óleo cresceu 46% de 2010 para 2011, subindo de 220 mil barris diários para 321 mil barris/ dia. Já a produção de gás subiu 65%, passando de 7,2 milhões de metros cúbicos por dia em 2010 para 11,9 milhões m3/dia em 2011. O crescimento da produção no Estado foi maior que os 2,5% registrados no Brasil. Além disso, a plataforma P-57, no campo de Jubarte, litoral sul capixaba, tornou-se, em dezembro de 2011, a unidade de maior produção no Brasil.

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ARTIGO

ECONOMIA Orlando Caliman

Governo deve desobstruir caminhos para investimentos O Governo Federal precisa passar confiança ao mercado e viabilizar investimentos em setores estratégicos como a infraestrutura para termos um 2013 de progresso

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pequena reação da economia brasileira ensaiada no caso brasileiro. Já podemos observar um período razoável no último trimestre do ano passado e que se estendeu de baixo crescimento econômico, sem que a massa da renda nos primeiros meses deste ano não é suficiente para disponível recue e com preços em alta. Ao contrário, na média, sinalizar uma recuperação firme, pois ainda não atingiu os salários e ganhos de pessoas ocupadas nas atividades o ser núcleo “motor”, integrado pelos investimentos privados econômicas continuam a crescer em termos reais. Para onde, e públicos. Estes, que já vinham em queda sequencial por então, estaria indo esse poder de compra crescente, mas que praticamente cinco trimestres, não se sentem adequadamente não impacta nos investimentos? A resposta para esse dilema, em parte, pode ser encontrada motivados e incentivados a reagir de forma mais veemente. Sem eles, e na dosagem necessária, não há como se esperar em duas respostas aparentemente contraditórias, para uma reações mais consistentes do Produto Interno Bruto (PIB). mesma pergunta. Se perguntarmos à maioria da população, O que nos leva a concluir que 2013 somente se transformará especialmente a parcela que representa a classe média, no sentido estatístico, como sentem num ano bom do ponto de vista da o momento, certamente teremos uma economia, caso se consiga desobstruir O Brasil tornou-se resposta de que não há do que se os caminhos para os investimentos. reclamar da economia. A resposta A grande questão que se coloca no um país caro para se muito provavelmente será bem momento, portanto, está em como produzir e também para se diferente se o respondente for um destravar as decisões de investimentos consumir o que é produzido aqui, empresário, seja ele grande, médio ou e fazer com que a capacidade produtiva pequeno. Demostrará preocupações do país seja incrementada, bem como e com isso se vê ameaçado pelos com o momento; naturalmente, também a produtividade geral seus competidores” alguns mais que outros. Muitos deles da economia. Nisso, o Governo Federal tem um papel crucial. De um lado tem que passar não se sentirão seguros em investir para fazer crescer os seus confiança ao mercado, e de outro, viabilizar investimentos em negócios. A maioria estará na expectativa de dias melhores; setores estratégicos como o de infraestrutura, inclusive com outros se sentem ameaçados pelos importados; outros que a contribuição do setor privado. O segundo movimento provoca a carga tributária é insustentável etc. A verdade é que o Brasil tornou-se um país caro para se impactos positivos no segundo na medida em que melhorias na infraestrutura produzem redução de custos de logística, produzir e também para se consumir o que é produzido além de ativar a demanda interna por bens, serviços e emprego. aqui, e com isso se vê ameaçado pelos seus competidores. Os fatores que conduziram a essa situação são conhecidos, bem Investimentos alimentam o ciclo virtuoso da economia. O Brasil vive hoje um dilema interessante: baixo desemprego como as alternativas para alterá-los. O desafio está no campo com baixo crescimento econômico e preços pressionados das decisões e no poder e na capacidade de transformá-las em para cima. O normal seria que o baixo dinamismo econômico ações transformadoras. A confiança vem por consequência. medido pelo PIB provocasse redução do nível de emprego e baixa pressão de natureza inflacionária. Isso seria até admissível Orlando Caliman é economista e sócio-diretor em prazos mais reduzidos de tempo, que não se enquadram do Instituto Futura 68 www.revistaesbrasil.com.br •

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FATOS

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sonho da casa própria foi alcançado por 499 famílias Casas entregues pelo Governo Estadual, de pequenos produtores rurais de 31 municípios Programa Nossa Casa, no município de Mantenópolis do Espírito Santo. No último dia 22 de fevereiro, O cadastro será feito, exclusivamente, por meio do endereço o Governo do Espírito Santo e a Caixa Econômica Federal oficializaram a entrega das novas moradias. A solenidade foi eletrônico do Ministério das Cidades - www.cidades.gov.br. Para o secretário estadual de Saneamento, Habitação e realizada no Distrito de Paraju, em Domingos Martins. As casas foram construídas dentro do projeto “Habitação Desenvolvimento Urbano (Sedurb), Iranilson Casado, a ação Rural”, que faz parte do programa “Vida no Campo”, coordenado vai ajudar a reduzir o déficit habitacional capixaba. “O Governo pela Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Estadual vai garantir subsídio para cada unidade habitacional Aquicultura e Pesca (Seag), em parceria com a Caixa e a que for executada. O total de investimento é de R$ 36 mil para Associação dos Pequenos Agricultores do Estado do Espírito uma unidade habitacional com uma área de 44 m2”, pontua. Após a divulgação das propostas selecionadas, o Governo do Santo/Movimento dos Pequenos Agricultores (Apagees/MPA). Já outro programa de habitação está com inscrições abertas. Estado, por meio do programa “Nossa Casa”, firmará parceria O programa Estadual “Nossa Casa”, em sintonia com o “Minha com os municípios escolhidos, de forma a oferecer apoio técniCasa, Minha Vida”, vai cadastrar os municípios interessados co e financeiro para a garantia de contratação dos recursos. até o dia 5 de abril.

Foto: Assessoria de Comunicação - Sedurb

499 produtores rurais ganham casa própria

Sinduscon tem nova diretoria A nova diretoria do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado (Sinduscon-ES), para a gestão do triênio 2013 a 2016, foi eleita no último dia 28 de fevereiro com 100% dos votos válidos. A presidência será exercida pelo engenheiro Aristóteles Passos Costa Neto, que presidiu a entidade de 2004 a 2010, e o atual vice-presidente, Paulo Baraona. A posse da nova diretoria foi realizada no último dia 18 de março, no Itamaraty Hall. Fazem parte da diretoria, além do presidente e do vice-presidente, 12 diretores, seis suplentes, seis membros no Conselho Fiscal e quatro representantes na Federação da Indústria do Espírito Santo (Findes), incluindo efetivos e suplentes. A nova diretoria tem representantes como José Élcio Lorenzon, Douglas Vaz, Luiz Cláudio Mazzini Gomes, Felipe Loureiro, André Barbosa Barros, Wilson Calmon, Leandro Lorenzon, Sinval Cardoso, Eduardo Borges, Adriano Alves e Renato Sandri. O sindicato passa a ter com a nova chapa uma renovação de 50% na diretoria. Segundo o presidente Costa Neto, as novas lideranças serão os dirigentes do futuro próximo. “Parte desta diretoria renovada é composta de jovens empresários e 70

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“Minha gestão vai ter muita delegação de atividades para os diretores, de modo a descentralizar as responsabilidades e o poder de decisão” – Aristóteles Passos Costa Neves, presidente do Sinduscon-ES

executivos. Minha gestão vai ter forte delegação de atividades para os diretores, de modo a descentralizar as responsabilidades e o poder de decisão. Isso propiciará a formação de novos dirigentes”, aposta.

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fATOS

Produção industrial capixaba continua em queda em 2013

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ano mudou, mas os resultados da produção industrial continuam ruins no Espírito Santo. Em janeiro de 2013, a atividade caiu pela terceira vez consecutiva, registrando recuo de 0,53% em relação a dezembro de 2012. Em comparação com janeiro do ano passado, o resultado obtido é uma queda de 8,07%, o pior entre os estados analisados na Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a Resenha de Conjuntura publicada pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) repercutindo a pesquisa, o mau desempenho se deve principalmente à indústria de transformação (-16,39%), que apresentou quedas nas quatro

atividades do setor: metalurgia básica (-32,07%); alimentos e bebidas (-20,00); celulose, papel e produtos de papel (-9,68%); e minerais não metálicos (-3,70%). A indústria extrativa obteve um crescimento de 3,56%, por conta da maior extração de gás natural e de óleos brutos de petróleo. No resultado acumulado nos últimos 12 meses, o Espírito Santo apresentou queda de 6,73%, o segundo pior resultado entre os estados avaliados, superando apenas o Amazonas, que obteve taxa de -7,27% no período. No acumulado, a indústria de transformação decresceu 10,53%, com destaque negativo para a indústria de metalurgia básica (-38,51%), enquanto a indústria extrativa somou queda de 1,44%. No Brasil, a produção industrial caiu 1,92% nos últimos 12 meses.

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PANORÂMICAS

ECONOMIA

Inflação de 2013 chega a 1,57%

A inflação para famílias com renda mensal de um a 40 salários mínimos, medida pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), foi de 1,57% nos dois primeiros meses de 2013. O acumulado nos últimos 12 meses chegou a 6,18%, de acordo com o IBGE. Em fevereiro, a inflação foi de 0,68%, abaixo, portanto, da taxa de 0,88% de janeiro. Um dos motivos está no barateamento em 13,45% das contas de energia elétrica, devido em parte à redução de 18% no valor das tarifas em vigor, a partir de 24 de janeiro. Assim, esse item, cuja ponderação no índice é de 3,32%, pressionou para baixo, em 0,45 ponto percentual, a variação do IPCA-15. Também as despesas com habitação diminuíram 2,17% em fevereiro, apesar do expressivo aumento dos valores de aluguel (2,26%) e de condomínio (1,33%). Os gastos com educação, por outro lado, cresceram 5,49% - a maior variação –, contribuindo com 0,24 ponto percentual no índice. O encarecimento reflete os reajustes praticados no início do ano letivo, principalmente os incidentes sobre as mensalidades dos cursos regulares. O maior impacto mesmo no IPCA-15 ficou por conta dos alimentos e das bebidas, que responderam por 0,42 ponto percentual no índice, em função da alta de 1,74%, decorrente de problemas climáticos e de outros fatores que prejudicaram algumas lavouras e reduziram a oferta, impulsionando os preços de produtos como tomate, farinha de mandioca, cebola, cenoura, hortaliças e batata-inglesa. DESEMPENHO

PIB de 2012 foi de R$ 4,403 trilhões

Ainda de acordo com o IBGE, a indústria teve uma queda de 0,8% no Produto Interno Bruto (PIB) de 2012, o qual, comparativamente ao ano anterior, apresentou, entretanto, uma expansão de 0,9% totalizando R$ 4,403 trilhões. Esse desempenho resultou do aumento de 0,8% do valor adicionado a preços básicos e do crescimento de 1,6% nos impostos sobre produtos líquidos de subsídios. Outro setor que registrou retração no PIB foi o de agropecuária, da ordem de 2,3%. O de serviços, por outro lado, apresentou um desempenho superior em 1,7%. Diante dos resultados de 2012, o PIB per capita alcançou R$ 22.402,00, mantendo-se praticamente estável (0,1%) com relação ao ano anterior. 72

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EMPREGO INDUSTRIAL RECUA 1,4% O índice do número de pessoas ocupadas na indústria caiu 1,4% em 2012, depois de ter apresentado resultados positivos nos dois anos anteriores, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2010, havia superado em 3,4% o desempenho do período anterior e, em 2011, 1%. Os segmentos da indústria que mais contribuíram para a queda média do emprego industrial no país foram os de vestuário, no qual a retração chegou a 8,9%, madeira (-8%), calçados e couro (-6,2%) e tecidos (-5,9%). Já os de alimentos e bebidas (3,9%), extração (3,8%) e máquinas e equipamentos (1,1%) influenciaram positivamente o índice.

DEMUNER E ZAMBOM EMPOSSADOS COMO CONSELHEIROS DO COFECON Os integrantes do Conselho Regional de Economia do Espírito Santo (Corecon-ES) Sebastião Demuner e José Emílio Zambom da Silva tomaram posse, respectivamente, como membro efetivo e membro suplente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), em fevereiro, em Brasília. Eles assumiram, junto com outros cinco conselheiros efetivos e cinco suplentes, as atividades do triênio 2013/2015. O presidente do Cofecon, Ermes Tadeu Zapelini, foi reconduzido ao cargo na mesma ocasião.

ECONOMIA POLÍTICA EM PAUTA Está agendado para o período de 28 a 31 de maio, em Belo Horizonte, o XVIII Encontro Nacional de Economia Política. O evento é promovido pela Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP) e realizado pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), pela Faculdade de Ciências Econômicas (Face) e pelo Programa de Pós-graduação em Economia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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Informe publicitário

Qualidade de vida em Manguinhos

Vista aérea - Residencial Nelson Prest

Empreendimento da Galwan tem vista para o mar, para uma grande área verde e lazer para toda a família

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rescer em contato com a natureza, em um lugar tranquilo, com muito verde, e ainda ter a praia como extensão do apartamento. É pensando nas famílias que querem criar seus filhos com qualidade de vida e segurança que a Galwan está lançando o Residencial Nelson Prest, no charmoso balneário de Manguinhos. Bairro de clima bucólico, Manguinhos é ponto de referência para quem aprecia tranquilidade, boa gastronomia e belas paisagens. Toda a natureza preservada permite aos frequentadores e moradores atividades de trilha e caminhada, além do banho de mar em águas limpas e calmas. A área comum do condomínio Nelson Prest foi pensada para atender principalmente as crianças. São 7.174 metros quadrados de espaço para diversão, com 40 itens de lazer, incluindo um bosque de 4.174 m2 e mais 3 mil metros quadrados com salão de festa e salão de festa infantil, espaço gourmet, fitness, saunas a vapor e seca, spa, brinquedoteca, salão de beleza, sala de estudos, quadra de squash, 74

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churrasqueiras, forno de pizza, espaço zen, piscinas adulto e infantil, dois home-office e praça de encontros, garantindo o lazer, a segurança e o conforto de toda a família. O condomínio será construído em um terreno de 17.506 m2, com apartamentos de três e quatro quartos, com possibilidade de até quatro suítes e até três vagas de garagem. Todas as unidades têm varanda com vista para o mar. O projeto arquitetônico, de Rodrigo Prest, foi desenvolvido com um olhar de quem realmente conhece Manguinhos. No terreno, morava a família do arquiteto, e o nome do empreendimento é uma homenagem ao antigo proprietário. O estande de vendas instalado no local do empreendimento é, além de um convite para apreciar a gastronomia local, um bom motivo para visitar o terreno do condomínio e conhecer outros detalhes do projeto. O ponto forte da região, além da praia, são a culinária de frutos do mar e os esportes de contato com a natureza.

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CRÔNICA

SEXO FRÁGIL?! Mulher, mulher Na escola em que você foi ensinada Jamais tirei um dez Sou forte, mas não chego a seus pés. (Erasmo Carlos) Gabriela é uma garota de apenas quatro aninhos, mas que, apesar da pouca idade representa muito bem esse dia dedicado à mulher, porque dentre outras qualidades, ela tem charme, beleza, personalidade, criatividade e muita iniciativa. Dia desses, querendo esvaziar a banheira onde tomara banho, encontrou uma pequena dificuldade. A água saia com força e de vez em quando fechava a saída, impedindo seu escoamento. Gabriela olhou à sua volta, procurando solução. Encontrou uma escova de cabo longo e não pensou duas vezes: colocou-o sob a tampinha e... Bingo!!! O caminho estava liberado e em instantes a banheira ficou vazia. Pois é. Ela é assim. Li em algum lugar: “Desconfio que as mulheres tenham um secreto parentesco com as formigas”. É verdade, em qualquer lugar que elas chegam e que haja desorganização, tais e quais a umas formiguinhas elas se põem logo a trabalhar. E de repente tudo entra em ordem. Como se isso fosse pouco, ainda emprestam ao ambiente o seu toque feminino: é uma jarrinha de flor aqui, uma toalha engomada ali, uma cortina rendada acolá. Com carinho e capricho elas conseguem transformar qualquer ambiente em um lugar confortável e acolhedor. Mesmo com os inúmeros encargos que hoje elas, as mulheres, assumem.

Brinquedoteca

O mundo pode mudar, pode nos reservar grandes surpresas, tais como a renúncia do Papa, o reconhecimento do casamento entre pessoas do mesmo sexo, bolas de fogo zanzando pelos céus e consequente queda de meteoritos, mas uma coisa jamais mudará: a diferença biológica entre homens e mulheres. Será sempre da mulher o privilégio de conceber, alimentar e dar a luz uma criança. Será ela enfim, a tirar de letra as noites maldormidas e ignorar o trabalho que é passar horas intermináveis zelando por um recém-nascido. Tarefas feitas com desvelo e carinho.

Quadra Recreativa

Erasmo Carlos tem toda razão quando canta: “Dizem que a mulher é o sexo frágil. Mas que mentira absurda”.

RESIDENCIAL NELSON PREST • Endereço: Rodovia ES 010, nº 9550, Manguinhos, Serra – ES • Apartamentos: de três e quatro quartos, com possibilidade de até quatro suítes, varandas com vista para o mar e até três vagas de garagem • Área de lazer com 28 itens, entre eles: salão de festas, espaço gourmet, fitness, spa, salão de beleza, quadra de squash, espaço zen, e área verde • Construção: Galwan S/A • Informações e vendas: 3200.4004

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É por tudo isso e muito mais que hoje e sempre parabenizo todas as mulheres do mundo! E parabenizo de modo especialíssimo a Gabriela, digna representante da nossa tribo, que além de ser uma neta muito querida, nasceu no dia 8 de março, que é quando se comemora o “Dia Internacional da Mulher”.

Zéa Galvêas Terra - Cronista zeagalveasterra@gmail.com

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FATOS

Procons ganham mais autonomia

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presidente Dilma Rousseff lançou no Dia Mundial dos Direitos do Consumidor (15 de março) um pacote de medidas que mudam a proteção ao consumo. Batizado de Plano Nacional de Consumo e Cidadania (Plandec), o documento é formado por decretos e projetos de lei que ampliam os direitos dos consumidores, garantem maior autonomia às Procuradorias de Defesa do Consumidor (Procons), regulamentam o comércio eletrônico e criam a Câmara Nacional de Relações de Consumo. Uma das novidades do plano caberá à Câmara Interministerial, que vai elencar, em até 30 dias, uma lista com produtos considerados essenciais. A diretora jurídica

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Procons do Estado vão ser beneficiados com as novas medidas do Governo Federal

do Procon/ES, Denize Izaita, afirma que com essa listagem dos produtos, o consumidor não vai mais precisar passar pela assistência técnica. “Os produtos que apresentarem defeitos deverão ser trocados imediatamente pelo fornecedor”, explica. Denize comenta que outra medida favorável aos consumidores é a autonomia dos Procons. “Com as mudanças do Governo, não vai haver mais ação judicial entre as partes. Os Procons vão exercer o título executivo judicial, o que dá aos órgãos poder de execução judicial”. No Espírito Santo, no entanto, ela lembrou que já existe um convênio entre o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) e o Procon Estadual que permite um Juizado Especial atuando junto ao órgão que dá valor jurídico às conciliações celebradas entre as partes litigantes de relações de consumo.

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TEST DRIVE

Classe B

Um Mercedes-Benz compacto, esportivo e econômico

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ma das apostas da Mercedes-Benz no mercado capixaba é o novo Classe B. O compacto da montadora alemã chegou ao Estado em duas versões, a B200 Turbo e B200 Turbo Sport, que trazem novidades e melhorias em relação à última versão do automóvel. “O Classe B está mais compacto, dinâmico e robusto. Irá agradar o consumidor capixaba tanto pelo conforto como pelo excepcional comportamento esportivo”, afirma Patricia Asseff, diretora-executiva da Vitória Motors, que acredita que o segmento de luxo tem crescido e ficado mais acessível no Espírito Santo, atendendo ao crescimento das exigências do consumidor. O design do automóvel apresenta linhas esportivas, mais ousadas que na geração anterior. Rodas de liga-leve de 18 polegadas, faróis bixenônio e luz diurna em LED também compõem o visual do carro. No interior, ele é capaz de oferecer um bom conforto sem perder o estilo. Apesar do tamanho compacto, o automóvel possui um porta-malas com capacidade para 488 litros, uma vantagem em relação a muitos concorrentes diretos. Com motor 1.6 turbo de 156 cavalos, o novo Classe B apresenta câmbio automatizado de dupla embreagem 7G-DCT, com sete marchas que permitem aproveitar ao máximo a capacidade do motor e proporcionam maior agilidade e aproveitamento na troca de marchas, que podem ser feitas manualmente pelos shift paddles localizados junto ao volante. De acordo com a Mercedes-Benz, o compacto é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 8,6 segundos. A nova versão também possui maior eficiência energética, capaz de economizar 1,6 litro de combustível a cada quilômetro. Outra novidade tecnológica é a presença de série do Attention Assist, um sistema de segurança que detecta mudanças de comportamento do motorista que possam indicar sonolência e sugere uma parada de descanso, um interessante instrumento para a segurança. Também há um equipamento que avisa sobre a eventual perda de pressão nos pneus do automóvel. O Classe B 200 Turbo pode ser encontrado por R$ 104.900, e o modelo B 200 Turbo Sport, mais completo, está na faixa de R$ 115.990. 78

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MERCEDES-BENZ CLASSE B Motorização • Tipo: 1.6, 156 cv Câmbio • 7G-DCT, 7 velocidades Suspensão • Dianteira: independente, McPherson • Traseira: four-link Direção • Paramétrica Pneus e rodas • Liga-leve 18”, 225/40 R18 Dimensões • Comprimento (mm): 4.350 • Largura (mm): 1.786 • Altura total (mm): 1.557 Capacidade • Porta-malas (l): 488 • Tanque (l): 56

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RANKING AUTOMOTIVO A cada mês a coluna Test Drive publica o ranking dos carros mais vendidos do Espírito Santo, considerando automóveis e comerciais leves com valor acima de R$ 50 mil. Seguem os mais vendidos do mês de fevereiro de 2013

La Ferrari é apresentada no Salão de Genebra Importante evento no calendário mundial automobilístico, o Salão do Automóvel de Genebra, que aconteceu entre 7 e 17 de março na Suíça, foi palco de vários lançamentos das principais montadores do mundo. O presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, apresentou o novo superesportivo híbrido La Ferrari, com um motor V12 de 800 cv, e outro elétrico, com 163 cavalos. Exclusivíssimo, o modelo sai com apenas 499 unidades produzidas.

Lamborghini lança o carro mais veloz de sua história Outro lançamento que deixou os visitantes do Salão de Genebra de boca aberta foi o novo carro da Lamborghini. Comemorando seus 50 anos, a fabricante italiana de carros esportivos de luxo apresenta o Veneno, o automóvel mais rápido que a empresa já produziu, podendo alcançar até 355 km/h graças a seu motor V12 6.5 aspirado, com 750 cv. O carro pode acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 2,8 segundos. Toda essa potência do Veneno, aliada a seu design arrojado, faz do lançamento da Lamborghini um campeão também no preço: o automóvel deve custar nada menos que 3 milhões de euros, o equivalente a R$ 7,7 milhões.

Unidades Preço vendidas médio (R$)

Posição

Fabricante/ Veículo

Toyota Corolla

138

73.800,00

Toyota Hilux

108

136.600,00

Honda Civic

85

75.990,00

Honda Fit

78

58.000,00

Ford Ecosport

73

56.990,00

GM Cruze HB

53

67.950,00

Honda City

41

62.000,00

GM Cruze Sedan

40

70.050,00

Kia Sportage

31

101.900,00

10º

Renault Fluence

29

66.790,00

Fonte: Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave)

NÚMERO DO MÊS

4,28%

Foi o percentual de queda no número de emplacamentos de automóveis e comerciais leves no Espírito Santo no mês de fevereiro de 2013. Neste mês foram emplacados 5012 unidades, contra 5.236 registradas em fevereiro de 2012.

Hyundai entre as cinco marcas mais vendidas no Brasil Impulsionada pelas vendas do HB20, a Hyundai ultrapassou a Renault e se tornou a marca mais vendida do Brasil depois das quatro tradicionais, Fiat, Volkswagen, GM e Ford. A marca coreana alcançou um total de 14.596 automóveis, o que representa 6,57% do mercado de carros e comerciais leves, enquanto a Renault chegou a 5,02%. No acumulado dos dois primeiros meses do ano, a Hyundai também ficou na frente: 5,62% contra 5,47% da montadora francesa. A primeira colocação em fevereiro continuou com a Fiat, responsável por 22,3% das vendas, seguida da Volkswagen, com 19,7%. Em terceiro e quarto lugares, aparecem GM (17,5%) e Ford (8,9%).

Mercedes apresenta novidades A Mercedes-Benz informou que o novo sedã Classe E deve chegar ao Brasil no segundo semestre. O país receberá apenas uma das duas opções de estilo dianteiro disponíveis na Europa: a Avantgarte, que conta com duas barras e o logotipo no centro. Outra novidade mundial da companhia é o Mercedes-Benz A 45 AMG (foto). “Esse modelo permitirá à Mercedes-AMG atrair novos clientes e acessar novos mercados. Estamos acrescentando um modelo extremamente atraente e com desempenho excepcional à nossa inigualável linha de automóveis de alta performance”, declarou Ola Källenius, CEO da Mercedes-AMG GmbH. ES Brasil • Março 2013

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AONDE IR

Mestre Álvaro

Uma aventura a 800 metros de altura em mata fechada

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m local de beleza singular na Serra, um lugar com belas matas e uma paisagem de encher os olhos, coisa de cartão-postal. Com uma vista panorâmica de toda a Região Metropolitana da Grande Vitória e das montanhas, o Mestre Álvaro é uma opção espetacular para quem gosta de aventura.Dos seus 800 metros de altura é possível avistar os municipios de Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Santa Leopoldina, Fundão, Viana e parte de Domingos Martins, além de uma bela vista do Oceano Atlântico. Existem cinco trilhas com percursos que variam de duas horas e meia a quatro horas, sinalização educativa, quiosques para descanso, escadas, corrimãos, além de uma bela contemplação da natureza. A Trilha Principal, com caminhada em direção ao topo, é a mais longa, com quatro horas de duração. A Trilha das Águas possui em seu percurso várias quedas d’água e tem boa sinalização. A Trilha Cruzada é a principal rota usada por moradores e tem a presença de pequenas propriedades rurais. As outras trilhas são Três Marias e Pitanga, todas com infraestrutura e belezas naturais. O Mestre Álvaro é um dos patrimônios naturais mais marcantes do Estado. É considerado uma das maiores elevações litorâneas da costa brasileira e abriga uma das últimas áreas de Mata Atlântica de altitude do Espírito Santo. É uma formação rochosa de origem vulcânica, um maciço granítico que, devido à sua altura e posição, tem servido à navegação marítima há séculos. Possui uma cachoeira com nascente no pico, bosque rico em fauna e flora nativas e algumas cavernas. COMO CHEGAR Siga pela BR 101 até o trevo de acesso à Serra-Sede. A partir deste ponto trafegue pela Rua Jones dos Santos Neves até a Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição. Passe pelo cemitério e Colégio Clóvis Borges Miguel e pegue a estrada de terra até o Clube Floresta Mestre Álvaro, seguindo o restante a pé por trilhas.

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Serra Sede BR 101

23km ES 060

Vitória Vila Velha

Os antigos moradores da Serra contam que o Mestre Álvaro recebeu esse nome porque ali morava um mestre de carpintaria, ou professor, de nome Álvaro, e sempre que alguém desejava algum serviço dele, dizia: “Vou ao Morro do Mestre Álvaro”. Outros explicam que ele serve de orientação aos pescadores, que se sentem seguros de seguirem pelo mar até que mantenham ao alcance dos olhos o seu topo. Outra versão é que, pela altitude do monte, é comum seu topo estar sempre coberto por nuvens. Por essa característica muitos o chamavam de “Monte Alvo”, que, com o tempo tornou-se, Monte Álvaro e por ser guia de navegação, os pescadores o batizaram de “Mestre Álvaro”.

GASTRONOMIA Restaurante Sítio Recanto do Mestre Álvaro: O restaurante é um dos pontos turisticos da região. Um concorrido almoço reúne pratos como galinha caipira, polenta, chouriço, torresmo, costelinha de porco e pernil assado, além de 15 tipos de salada. Para a sobremesa, há compotas feitas com itens produzidos no próprio sítio. A lista inclui doces de casca de maracujá, goiaba, abacaxi, abóbora com coco, além de doce de leite diet. O quilo custa R$ 29,90 às sextas e aos sábados e R$ 34,90 aos domingos e feriados. Sucos de cajá e acerola saem por R$ 3,00 o copo e R$ 9,00 a jarra de 1 litro. Além do restaurante, a propriedade tem chalés para hóspedes e piscinas de água natural.

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sertes.vix@terra.com.br www.sertes.com.br

Migração da AM para a faixa FM

A Abert, Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e TV, e as associações estaduais de radiodifusão debateram no dia 6 de março as condições de migração das emissoras de rádio AM para a faixa de FM. A migração ocorrerá em decorrência da reserva dos canais 5 e 6, que antes eram utilizados pelas TVs analógicas, para a ampliação da faixa FM e migração de 1,9 mil emissoras de rádio AM, conforme anunciado no ano passado pelo Ministério das Comunicações. O resultado do debate será enviado pela Abert ao Ministério das Comunicações.

O rádio digital

O Ministério das Comunicações realizará mais uma bateria de testes no rádio digital. O objetivo é conseguir resultados mais substanciais que deem ao rádio digital uma vantagem expressiva sobre a cobertura analógica, o que significaria um compromisso entre qualidade e área de alcance. Os testes realizados no ano passado não foram suficientes para definir com segurança um padrão de rádio digital para o país, principalmente porque a cobertura do sinal, quando comparada à analógica, foi insatisfatória nos testes.

Convenção encerra pendências

Uma Convenção Coletiva de Trabalho Extraordinária assinada no dia 8 de fevereiro entre o Sertes, Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Espírito Santo, e o Sintertes, Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão no Estado do Espírito Santo, pôs fim às pendências com relação aos reajustes salariais da categoria dos radialistas dos anos de 2009 e 2010. Naqueles dois anos, não tendo havido acordo, os reajustes estavam sub-júdice em processos de dissídio coletivo que tramitavam na Justiça do Trabalho. Com a assinatura da convenção, os dois sindicatos solicitaram à Justiça do Trabalho o arquivamento dos processos.

Projetos sobre radiodifusão

Quase 900 projetos de lei estão tramitando no Congresso Nacional trasitam do setor de radiodifusão. Desse total, 522 tramitam como projetos principais, e o restante como apensados. De acordo com levantamento da assessoria parlamentar da Abert, Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e TV, a quantidade de projetos que interferem no setor cresceu especialmente nos últimos quatro anos. De 2008 para 2009, o número de propostas quase dobrou de 24 para 41. De 2010 para 2011, a quantidade triplicou - de 40 para 116 e, em 2012 bateu recorde, com 156 projetos apresentados. Segundo o presidente da Abert, Daniel Slaviero, a grande maioria dos textos coloca em risco o funcionamento das emissoras de rádio e televisão no país.

Projetos causam preocupação

Especialista em radiodifusão, o presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade, Abap, Luiz Lara, considera “preocupantes” os projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional restringindo a publicidade nas mídias. Para ele, a liberdade de expressão comercial é fundamental para garantir a liberdade no seu sentido mais amplo. “É a publicidade que traz os recursos, dos diversos segmentos econômicos, que viabilizam a independência e a qualidade do conteúdo editorial dos veículos de comunicação, sejam emissoras de rádio, televisão, revistas, jornais e portais de internet”, afirma Lara.

MP desonera folha de pessoal

A Câmara dos Deputados aprovou medida provisória que amplia a desoneração da folha de pagamentos para diversos setores da economia, incluindo as empresas jornalísticas e de radiodifusão, que serão beneficiadas com alíquota de 1% sobre a receita. A medida vale até 31 de dezembro de 2014. A MP segue agora para apreciação do Senado Federal. ES Brasil • Março 2013

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ESTILO

Tic tac... Triiiim!! A história dos relógios remonta ao século XVI a.C., na Babilônia e no Egito. De lá para cá eles evoluíram, ganhando versões cheias de charme e estilo. Na forma de relógios de pulso ou despertadores, eles superam o avanço da tecnologia e ainda marcam presença no dia a dia de todos. Para não perder a hora!

SIRENE

Chama a atenção

DESAFIO

Feliz de quem consegue dormir em meio ao barulho. Para quem não consegue, entretanto, este despertador é a solução: luzes e muita confusão para dar aquela “forcinha” para levantar da cama nos dias de preguiça.

Cubo mágico Com as funções hora, data, alarme e temperatura, basta girar a parte de cima e a função se altera. Na parte de baixo estão todos os botões. Muito mais fácil de usar do que um cubo mágico de verdade! Além disso, na função despertador, uma mensagem estimulante passa no visor enquanto o alarme toca: “have a nice day”.

MÚSICA

Dos tempos do vinil Para relembrar os áureos tempos dos “bolachões”, este relógio supercriativo em formato de vinil destaca a tendência retrô e deixa o ambiente decorado com muito estilo.

ACERTE

Preguiça no alvo Comece o dia acertando o alvo com esse despertador diferente e criativo. Quando o alarme dispara, você tem que pegar o controle e mirar o laser nele para desligá-lo. É bem mais legal acordar assim, não é?

NA PAREDE

BOOM!

Relógio-projetor

Relógio-dinamite

Quem não abre mão de tecnologia e novidades pode ver as horas com muita originalidade com este relógio. Bastar apertar um botão no projetor que, com uma luz de LED, é reproduzido o relógio na sua parede. Vem com três opções de cores de lâminas: azul, vermelho e amarelo.

Este relógio é ótimo para aqueles que vivem correndo contra o tempo, à la “Velocidade Máxima”. Além disso, é uma boa pedida para decorar o quarto ou escritório.

BOMBA

Tempo é dinheiro

RETRÔ

Telefone ou despertador? Mesmo parecendo um telefone, este despertador e luminária vai fazer a diferença na decoração do seu quarto. Na base, o relógio ocupa o lugar do discador de números, que pode ser iluminado. Ele também vira uma luminária, com luz de LED, quando o fone sai do gancho. 84

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Se tempo é dinheiro, que tal um despertador que também é um cofre? Além de acordá-lo com estilo, traz uma grande facilidade: permite tirar suas moedas quando você quiser, ajudando-o a evitar uma explosão no orçamento.

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ESTILO JOSÉ CARLOS MATTEDI LANÇA SEU PRIMEIRO ROMANCE

Morar Mais por Menos chega a Vitória O Morar Mais por Menos, evento de decoração que já acontece com sucesso em oito capitais brasileiras, chega pela primeira vez ao Espírito Santo. A mostra será realizada do dia 21 de maio a 30 de junho, em Bento Ferreira, na Rua Francisco Rubim, nº 273, a partir das 8 horas. Com o conceito “O chique que cabe no seu bolso”, a mostra trabalha com a sustentabilidade, inclusão social, customização e inovação, a partir da criatividade de profissionais da área de arquitetura e decoração, resultando em ambientes sofisticados, mas com um custo final acessível.

Jovens de Muqui representam o Espírito Santo na Europa Jovens realizadores culturais de Muqui, cidade do sul do Espírito Santo, estão representando a cultura capixaba em um Intercâmbio Cultural na Europa. Contemplados pelo Edital de Intercâmbio e Difusão Cultural desenvolvido pelo Ministério da Cultura e pelo Edital de Locomoção da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo, os participantes de três coletivos culturais de Muqui – Cultural ETC, Os Muquiranas e o Grupo de Música Manoel Vicente de Castro – ligados às artes, à música e ao audiovisual terão a oportunidade de participar de diversas atividades em Portugal. Entre as ações a serem realizadas durante a viagem, está a exibição do documentário “O Palhaço Menino”, produção dos jovens do “Grupo Cultural ETC” que apresenta a manifestação das Folias de Reis. A exibição acontecerá em Ovar, cidade portuguesa que mantém a tradição das “Trupes de Reis” e que também serviu de cenário para as gravações da obra em 2011.

Rubem Braga no Palácio Anchieta

O jornalista e escritor capixaba José Carlos Mattedi lançou no dia 5 de março o seu primeiro romance e nono livro, a obra infantojuvenil “O Mensageiro do Vento”, que narra a jornada de um menino-herói, envolvendo elementos como espiritualidade, afeto, medo, confiança e ação. Carregada de aventura, a obra ressalta aspectos da cultura brasileira ao reunir personagens da mitologia nacional, como o saci e o curupira. Além disso, o enredo transmite diversas mensagens de defesa à natureza e aos valores essenciais da vida, como gratidão e amizade. Segundo o autor, esse é um livro de iniciação, que retrata o fim da inocência e apresenta os caminhos do crescimento. “’O Mensageiro do Vento’ é um livro que incita o pequeno leitor a arriscar e lidar com seus conflitos e medos. É um acervo de experiências emocionais, uma reação ao pessimismo e ao desânimo, um ato de confiança na potencialidade juvenil”, conta Mattedi. O livro pode ser adquirido nas livrarias Logos.

JORGE FERNANDO NO TEATRO CARLOS GOMES O ator e diretor global Jorge Fernando estará em Vitória nos dias 12, 13 e 14 de abril. Ele apresenta no Teatro Carlos Gomes sua peça “Salve Jorge”. A comédia autobiográfica traz os relatos da história de um jovem que saiu do subúrbio e acabou se transformando em um dos diretores de teatro e televisão mais conhecidos do País. Fatos reais e ficção se misturam em relatos cômicos, que revelam casos de bastidores da TV e segredos da vida pessoal do ator.

Entre os dias 19 de março e 5 de maio, o Palácio Anchieta recebe uma exposição interativa que homenageia um grande nome da literatura capixaba, que transformou a crônica em literatura, cultuada pelos mais importantes intelectuais brasileiros de sua época. O escritor cachoeirense Rubem Braga, que em 2013 completaria 100 anos, é tema da mostra “Rubem Braga - o Fazendeiro do Ar”. Além de poder interagir com a exposição, os visitantes também terão a oportunidade de se familiarizar com textos, documentos, correspondências, desenhos, pinturas, fotografias, objetos, depoimentos em vídeos e publicações, e mergulhar no universo do escritor. Depois de Vitória, a mostra seguirá para São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife. A visitação é gratuita. ES Brasil • Março 2013

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GASTRONOMIA

Merluza com angu é o prato da Boa Lembrança do Papaguth “Merluza foi a Minas” é o nome escolhido para o novo prato lançado pelo Papaguth. A ideia surgiu numa viagem do chef Júlio Lemos a Minas Gerais. Ele resolveu experimentar a mistura do peixe com angu de milho verde, preparado de forma sofisticada com o leve toque de shiitake (cogumelo de origem asiática), conferindo um sabor característico. O “Merluza foi a Minas” é o prato da Boa Lembrança do restaurante em 2013. Desde 2001, o Papaguth participa da Associação dos Restaurantes da Boa Lembrança, que reúne grandes referências gastronômicas do Brasil. Por isso, os clientes que pedirem a merluza levam para casa um prato especial de cerâmica pintado a mão com desenho especial alusivo à delícia gastronômica do ano.

Nova cervejaria no Triângulo das Bermudas Em período de revitalização com a inauguração da Rua do Lazer, o Triângulo das Bermudas, região de bares da Praia do Canto, também traz novos estabelecimentos. A primeira novidade foi a Cervejaria Bierdorf, inaugurada em fevereiro. O espaço conta com restaurante, loja especial de cervejas, jardim, lounge, estação e sala de degustação. Os clientes podem escolher entre uma carta de cervejas com 243 rótulos de 15 países, com preços desde R$ 17,90 até R$ 230 por garrafa, além de seis tipos de chope. A equipe da casa conta com o mestre-cervejeiro Flávio Barone e o chef Alessandro Eller, responsável por pratos como a Picanha Grill, servido com arroz, farofa, cebola, vinagrete, e batatas rústicas, e o Espaguete à Putanesca com camarões VM ao molho de cerveja.

Jazz Café está de volta Outra atração do Triângulo das Bermudas é o Jazz Café, tradicional reduto de boa música, que reabre as portas depois de realizar uma reforma do local. Além da boa sonorização com ritmos que vão do jazz e blues ao rock e samba, o estabelecimento também traz um novo cardápio para os clientes. Uma das novidades é o Steak Tartar, com 120g de filé mignon acompanhado de picles, temperados com azeite, sal, pimenta-do-reino, molho inglês e catchup. 86

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Amor aos Pedaços lança “Ovos de Colher” para a Páscoa A rede de doces Amor aos Pedaços aposta numa novidade para surpreender o consumidor na Páscoa. O carro-chefe da empresa para o período são os “Ovos de Colher, Coqueluches Brasileiras”, que trazem algumas das famosas guloseimas brasileiras. O lançamento é composto por meio ovo de chocolate recheado com iguarias, num total de 250g. Uma das versões é a Brigadeiro, na qual o recheio é de brigadeiro, com decoração com flocos e fios de chocolate ao leite. Outro lançamento é o Cajuzinho, recheado com o popular doce e decorado com amendoim granulado, fios de chocolate ao leite e açúcar cristal. A terceira opção é o Dois Amores, que leva recheio de brigadeiro e brigadeiro branco, recheado com crisps de chocolate branco e ao leite e fios de chocolate ao leite.

MENU ES BRASIL Uma opção para apreciar a boa culinária capixaba é o Restaurante Enseada Geraldinho, em Vitória. Com a experiência de mais de 20 anos de atuação em Manguinhos, a casa localizada na capital apresenta a mesma qualidade e tradição do point na Serra. O jovem empresário Leonardo de Castro, presidente do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado do Espírito Santo (Sindiplast-ES), recomenda o local. “Gosto de valorizar a tradição do Estado e comer uma moqueca de badejo com camarão VG. Destaco o excelente atendimento da equipe da casa, coordenada pelo mestre Elidivaldo”, afirma.

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MAIS E MELHOR FLORES DO ORIENTE

LIVRO

Zhang Yimow, Playarte Pictures

O que Sócrates Diria a Woody Allen Juan Antônio Rivera, Planeta Brasil

O livro aborda questões éticas do nosso tempo como o amor, a felicidade, o acaso, a falta de vontade, a maldade e até a morte. Nas páginas, o leitor vai encontrar tanto os filósofos mais conhecidos (Sócrates, Platão, Kant, Nietzsche, etc.), como outros mais atuais (Rawls, Robert Nozick ou Jon Elster). Além disso, os exemplos usados na reflexão filosófica são extraídos de clássicos do calibre de “Cidadão Kane”, “Casablanca”, “Laranja Mecânica”, “Matrix”, entre outros. CD

Cavaleiro Selvagem Aqui Te Sigo

“O filme que recomendo é ‘Flores do Oriente’, de Yimou Zhang, com Christian Bale. Baseado em uma história real, conta a história de refugiados e retrata o conflito moral, a educação e o comportamento entre pessoas de nações, religiões ou atividades distintas. Destaco no filme uma reflexão: em momentos de dar provas de coragem e honradez é que vemos que os verdadeiros heróis da história real se fazem pela resposta que são capazes de dar”. Maurício Abdalla, filósofo

VIVA VERDI Sony Classic, Opera “O CD faz referência aos 200 anos de nascimento do cantor clássico Giuseppe Verdi e é uma maneira de rever a obra do artista e compositor italiano. É um CD bem variado com duetos, inclusive. Destaco os clássicos ‘Nabucco’, ‘Don Carlo’, ‘Aída’ e ‘Rigoletto’, que estão no CD”.

Mariana Aydar, Universal Music

A cantora paulista Mariana Aydar é sucesso de público e crítica em todo o país e internacionalmente com o CD “Cavaleiro Selvagem Aqui Te Sigo”. O destaque fica para a música “Preciso do Teu Sorriso”, famoso xote do forró, sucesso cantado pelo Trio Virgulino e pelo rapper Emicida. No CD, é possível encontrar também composições próprias da cantora e diversas outras parcerias ou regravações que, juntas, alavancam a carreira da artista.

Natércia Lopes, cantora lírica

DVD

Raimundo Fagner e Zeca Baleiro Os dois cantores, mesmo sendo ídolos de gerações distintas, surpreendem o público com um trabalho conjunto de ótimo repertório. O resultado da cooperação superou as previsões mais otimistas. Além, o DVD traz entrevista que revela muito sobre os dois.

OS CEM MELHORES CONTOS BRASILEIROS DO SÉCULO Coletânea, editora Objetiva Organizador: Moriconi, Italo

Planeta dos Macacos Box com sete discos contendo os filmes: “Planeta dos Macacos - A Origem”, “Planeta dos Macacos” (2001), “O Planeta dos Macacos” (1967), “De Volta Ao Planeta dos Macacos”, “A Fuga do Planeta dos Macacos”, “A Conquista do Planeta dos Macacos” e “A Batalha do Planeta dos Macacos”.

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Foto: Arquivo PMV Secom

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“Na verdade, estou relendo, exatamente pela qualidade do livro ‘Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século’, uma coletânea fantástica que reúne escritores importantes desde as primeiras décadas do século passado, como Lima Barreto e Graciliano Ramos, até contistas como João Antônio, Autran Dourado e João Ubaldo Ribeiro”. Tião Barbosa, jornalista e consultor de Comunicação

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POR IVO NOGUEIRA DIAS

O tempo de todas as coisas Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito em nossas vidas. O tempo de nascer, e o tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar; Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar; Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar; Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora; Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar; Tempo de amar, e tempo de sofrer; tempo de guerra, e tempo de paz. Tempo de precisar de um tempo pra se entender. Nós, seres humanos, devemos muito de nosso conforto e qualidade de vida à nossa capacidade de adaptação. Adaptar-se envolve aspectos físicos, emocionais, intelectuais. Quando não estamos adaptados nos sentimos deprimidos, desconfortáveis ou, como alguns costumam dizer, nos sentimos “fora de lugar”. Acostumar-se com o que é bom é fácil. Nosso problema está com o que julgamos não ser bom, com faltas, carências, pobreza e coisas semelhantes. E é ai que o tempo é o senhor da nossa vida. Fundamental é ter o entendimento que, por mais que nos esforcemos, o tempo tem o seu ritmo e sempre nos conduz pelos caminhos da vida. A sabedoria está em saber conviver com todas as oportunidades que a vida nos oferece e, no tempo certo, agir. E a vida é feita de escolhas. Nossas chances de acertos ou erros são 50/50, na melhor das hipóteses. Tudo isso só traz mais dificuldade para decisões pessoais complicadas. Que fórmula seguir para facilitar o processo? Não sei qual a fórmula, mas, na dúvida, deixe que seu coração decida. Porque o que se faz pelo amor jamais lhe dará arrependimento. A gente só leva desta vida a vida que a gente leva. E o amor é o único caminho que nos leva ao bem nesta vida. No mais, o tempo tudo permitirá, enquanto houver tempo.

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Vitória Stone Fair A Vitória Stone Fair – Feira Internacional do Mármore e Granito de Vitória recebeu autoridades, empresários e estrangeiros no Pavilhão de Carapina, na Serra, entre os dias 26 de fevereiro e 1º de março. O evento está na sua 35ª edição e é considerado um dos mais importantes encontros da América Latina para o setor de rochas ornamentais. Confira as fotos de quem marcou presença por lá!

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1 O vice-governador Givaldo Vieira e o governador Renato Casagrande juntos com o empresário Edimar Rizzo, da Monte Negro Mármores e Granito 2 O novo secretário de Assistência Social e Direitos Humanos do Espírito Santo, Hélder Salomão, e o diretor técnico do Sebrae-ES, Benildo Denadai

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3 O anfitrião Audifax Barcelos, prefeito da Serra, interagindo com o secretário de Estado de Esporte e Lazer, Vandinho Leite, e o vice-governador Givaldo Vieira 4 A Vale também esteve presente no evento: Maurício Max, diretor de pelotização, e Luiz Soresini, consultor de relações institucionais da empresa 5 Pessoas-chave para o desenvolvimento do setor de rochas ornamentais no Espírito Santo: Samuel Mendonça, presidente do Sindirochas, Cecília Milaneze, organizadora do evento, e Nery De Rossi, secretário de Desenvolvimento do Espírito Santo

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6 Representantes cachoeirenses nos legislativos federal e estadual, Camilo Cola e Glauber Coelho visitaram o evento e agora esperam pela Cachoeiro Stone Fair, que acontece em agosto 7 As classes industrial e política unidas na Vitória Stone Fair: Cesar Villar de Mello, assessor sindical e de obras da Findes; Luis Carlos de Souza Vieira, diretor-executivo da Findes; Paulo Cezar Coradini, prefeito de Governador Lindenberg; Tharcicio Botti, diretor do Simprocin-ES; e Benízio Lázaro, diretor da Findes para Assuntos do IEL-ES

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Empresários debatem cenário econômico No dia 6 de março, o Grupo Permanente de Acompanhamento Empresarial do Espírito Santo reuniu-se, pela primeira vez no Estado, para debater sobre as perspectivas políticas e econômicas do mundo e como as ações refletem no Espírito Santo. O evento contou com a presença de grandes empresários capixabas em um debate que aprofundou assuntos como a questão dos royalties, impacto dos juros mais baixos, a nova classe média, as mudanças do ICMS, entre outros temas relevantes no cenário político e econômico do Estado.

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1 Michal Gartenkraut e Dirceu Bezerra Junior, sócios da Rosenberg & Associados, e Clóvis Vieira, sócio da Vieira & Rosenberg, são parceiros de longa data no Grupo Permanente de Acompanhamento Empresarial 2 Maria Alice Lindenberg, da Rede Gazeta, e Martha Ferreira, da Martha Ferreira Consultores Associados, mostrando que lugar de mulher também é nos negócios

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3 O setor do comércio mostra que está atento ao panorama econômico atual, com a presença e participação de Marcus Magalhães, diretor financeiro da Fecomércio-ES, e Cezar Wagner, superintendente do Sincades

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6 4 Alessandro Dadalto, da Uniletra, e Gustavo Haje, da Acta Engenharia, trocando uma ideia entre uma palestra e outra 5 A hora do intervalo é bom momento para descontrair e falar negócios: José Carlos Cassoli, da Caixa Econômica Federal, Paulo Wanick, da ArcelorMittal, e Fábio Ronchi, também da Caixa, sabem muito bem disso 6 Paulo Hanke e Frederico Botto, da Ecorodovias

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7 Paollo da Silva Gonçalves, do Grupo Interport, Marcelo Netto, da Nettworks, e Tyssia da Silva Gonçalves de Faria e Flávio Campos Gonçalves, ambos do Grupo Interport

Fotos: Divulgação

Casa Cor faz 18 anos

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calendário oficial da Casa Cor já tem data agendada para chegar ao Espírito Santo. Entre os dias 9 de julho e 20 de agosto, acontece a 18ª edição do evento que reúne arquitetos, decoradores, designers, paisagistas e apreciadores da decoração. Nesta edição, a mostra retorna para Vila Velha, onde foi realizada a primeira edição do evento. Outra novidade é que o evento vai acontecer, pela primeira vez, em um shopping center. A Casa Cor vai ter à disposição uma área de 5 mil m² do Shopping Boulevard e apresentará 49 ambientes residenciais e corporativos. A arquiteta e organizadora, Rita Rocio Tristão, que esteve na festa de lançamento da edição 2013, no último dia 28 de fevereiro, no Museu Vale, ressaltou a importância da mostra para o Estado. Fotos: Weverson Rocio

Rita Tristão e o arquiteto Sérgio Paulo Rabello durante a festa de lançamento da Casa Cor | Rita com o artista plástico Ronaldo Barboza e Eugênio Fonseca, coordenador-executivo de Relações Institucionais da Vale

Escritório da estilista Marta Barbosa que foi planejado na última edição da Casa Cor

“É indiscutível a força da Casa Cor Espírito Santo, um evento que há 18 anos incentiva a evolução do conceito de morar bem no Brasil. Grande promotora de tendências e estilo, a mostra também movimenta a economia, valoriza os profissionais que atuam no setor, e gera emprego e renda, entre outros relevantes atributos. A Casa Cor é única e indispensável”, enfatizou. O evento abre a temporada de visitas de terça a sexta-feira, das 15 às 22 horas, e no sábado e feriados no horário das 12 às 22 horas. Aos domingos, o horário de funcionamento da Casa Cor será das 12 às 21 horas. O Shopping Boulevard fica localizado na Rodovia do Sol, nº 5000, em Itaparica. ES Brasil • Março 2013

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por Luiz Fernando Leitão tiragosto@revistaesbrasil.com.br

Au Au De acordo com um estudo feito pela acadêmica Catherine Hakim, as mulheres preferem animais de estimação ao sexo. Estudos realizados em toda a Europa mostram que cerca de um terço das mulheres tem o desejo sexual baixo ou praticamente inexistente. Quando se trata do que faz uma mulher feliz, apenas 25% das entrevistadas afirmam que fazer sexo as torna felizes. Número pequeno perto dos 42% que escolheram possuir um animal de estimação. O que talvez mais preocupe os homens é que a grande maioria dessas mulheres não considera isso um problema.

Pode melhorar

Cardápio de assuntos

Infelizmente a Coluna recebeu várias reclamações contra restaurantes que participaram do Restaurant Week de 2013. Filas de espera intermináveis, atendimento sofrível e pratos que só existiam no cardápio são alguns dos fatos relatados. Uma pena, uma iniciativa tão boa não pode se perder por conta de participantes que não se preparam para participar do evento. Vamos torcer para que em 2014 isso não se repita.

• Os royalties • O novo papa • Chorão • Chávez • O Botafogo • O prejuízo da Vale

Moquequinhas

Show de bola O Governo do Estado acertou em cheio ao dar o nome do Dr. Jayme dos Santos Neves ao Hospital de Laranjeiras. Dr. Jayme foi, sem sombra de dúvidas, um dos maiores nomes do setor de saúde no Espírito Santo. Em sua cruzada contra a tuberculose ou como secretário de Saúde, ele sempre se dedicou à prevenção e melhoria na qualidade de vida da população. Um homem à frente do seu tempo. Parabéns ao Governo Casagrande pela justa homenagem.

Dica do chefe “Descansar em Domingos Martins, acompanhado de um bom vinho e boa música”. Dr. Jackson Hiperboar Campos, cardiologista.

• A Vitória Stone Fair estava perfeita • O empresário Alfonso Silva assumiu a presidência do Convention Bureau. Suce sso

• O Roda de Boteco tá agendado para

• A novela dos quiosques de Camburi continua

junho

• O Festival de Jazz em Manguinhos tá confirmado

A saideira!

Esquece!!! Pirâmide só é bom negócio para faraó e múmia.

• A Record News tá no ar, boa sorte à equipe • Aristoteles Passos Costa Neto é o novo presidente do Sinduscon-ES

Pratos do dia Argo Filme

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