coisas que fazíamos. Benvinda, vamos querer que memorize estas fotografias, estas ilustrações, estas opiniões, estas reportagens, estas histórias, para que um dia quando perguntarem sobre hoje tenha ainda uma memória de elefante! :-)
motor dos contadores de histórias. O que é que é memória de todos? O que é que é memória da nossa cultura? O quem somos e para onde queremos ir, essa nossa identidade colectiva, é como um enorme elefante que atravessa savanas a caminho de um futuro sonhado com um passado bem vivido.
Na memória desta edição, vamos memorizar para sempre os nossos juízos inocentes sobre aqueles e aquelas que fazem a cultura portuguesa continuar. Vamos ler os lembretes das nossas autoridades locais. Vamos lembrar-nos de quatro visitas guiadas a locais cheios de boas ideias e de boa gente (Alentejo, Santa Maria da Feira, Rio Tejo e Mouraria). Vamos relembrar que já chegámos ao penúltimo capítulo do nosso romance policial. Vamos recordar uma colecção de amantes muito especial, e vamos apontar para sempre a conversa extraordinária entre a Presidente da Fundação Saramago e o Director do Teatro Nacional D. Maria II. Diz que a Pilar Del Rio e o Tiago Rodrigues nunca tinham conversado, e fomos apanhá-los logo nas ruínas do Convento do Carmo. Melhor que isto para memorizar, Benvinda?
Parece que a #9 vai ser lamechas e lembrar coisas dos pais e dos avós, não é? Nada disso, esta revista é sobre o olhar para o horizonte mas com os pés no chão. Ou melhor, nos chãos (essa palavra tão medrosamente pluralizada). Todos temos vários chãos, desde a nossa casa de infância àquele descapotável tantas vezes sonhado. Queremos e devemos ir em frente, mas sem medo de guardar memória das coisas e das pessoas que aconteceram antes de nós. Nisso, pelo menos, somos todos culturas da nossa própria humanidade. Ó Pedro, parece que andas a ler os Lusíadas à hora de almoço! Benvinda, não é nada disso. É que nós achamos mesmo que a nossa cultura pode ter dois pesos e duas medidas. Uma pesada herança e uma leve esperança misturadas com uma grande vontade de elogiar o passado e outra grande de temer o futuro. Por isso te desafiamos, Benvinda, a lembrares o teu Elefante e a sua memória, essa coisa que dizem que eles têm mais do que nós, e a tocares o sino! Sim, tu, não ele! :-)
P.s.: Os editoriais de 2016 continuarão a ser escritos para a Benvinda. É a nossa leitora número 1 que vive algures entre o Algarve e a zona de Castro d’Aire, viajando regularmente entre o Curral das Freiras e a ilha do Pico. E os que gostam de jogos de cartas, gostam desta capa?
Vamos assim entrar por esse Verão adentro com memória de elefante. Não um em especial mas de todos em geral. Vamos relembrar jogos e brincadeiras do tempo das poucas ou nenhumas preocupações. De uma altura em que a cultura portuguesa tinha menos preocupações, de um tempo em que podíamos amar mais as
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A Explicação Científica, pelo nosso cientista Pedro Antas 16
BD Liphant e Lorpa, inédito do Pep del Rey
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07 Juízos Gerador, as
Monumento Gerador Faqueiro de Festa pela
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escolhas culturais da nossa equipa
Vanda Noronha
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Autoridade local do Litoral, por Cláudia Ferreira Henriques
Ana Morais, a nossa Enviada Especial ao Vale do Rio Tua
Ricardo Neves-Neves
Os 50 anos da Ponte 25 de Abril contados pela Ana Pracaschandra
de Raquel André
Gerador na Mouraria
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escreve o nono capítulo do nosso romance
Fotonovela colecção de amantes,
A Joana Clara foi ao
Trampolim
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O Café Central da Joana Rita com Pilar Del Rio e Tiago Rodrigues
O cinema de Manoel de Oliveira, pela Inês Moreira Santos
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Direito de Resposta,
Fui ali comer uma açorda de poejos, por Manuel Luar
111 Mas o que é isso do Gerador? Parceiros, loja e sócio gerador
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Agenda, para todos os gostos e feitios, dos nossos parceiros
vocês mandam nós publicamos
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Mulher de mil tal e n t o s , guerreira de mil c au sas
Para continuar o nosso panteão de monumentos, convidámos a Vanda Noronha, descendente directa de Dom Afonso Henriques, para nos contar a história da memória do seu faqueiro. Mas que importa um faqueiro de uma descendente do nosso primeiro rei? O faqueiro não importa, mas a Vanda, sim, é muito importante nesta história, como irão ler! ;-) enorme manta de crochet, de relevos e rendilhados, em branco de enxoval (e de enxoval era). Na parede caiada, um crucifixo trazido do Vaticano e abençoado acidentalmente pelo Papa, pelo truque sorrateiro de ter sido erguido, ainda dentro do saco de compras, na direção e no momento da bênção geral que este dirigia a turistas polacos, e uma serena e pastel Nossa Senhora de Fátima. Num canto da janela por onde espreitava a vista do pequeno jardim e onde batia o sol pela manhã, a Singer no seu suporte baloiçante de ferro forjado e as perenemente desapontantes caixas de biscoitos amanteigados cheias de carrinhos de linha, ovos de cerzir, pequenos dedais e sortidos de agulhas. Noutro, a cómoda de gavetas forradas a papel de alfazema, a jarra nacarada de flores de seda, e a caixa de música japonesa com o mecanismo que me fascinava e desapontava em partes iguais
A caixa do faqueiro não deslumbrava quando fechada, não provocava ou insinuava tesouros como o ouro das letras no plástico-marfim das vizinhas; sabia-se sólida e discreta e confiante nos seus tesouros interiores, que só conheciam sorrisos, brindes, canções, bolos de aniversário, filhoses, folares. Com o abrir da sua fechadura, o tom das suas dobradiças, revelava um interior vermelho vivo, de veludo gasto mas estimado, de divisórias e ranhuras preenchidas por um prateado brilhante e alinhado. Apresentava vaidosa as suas filas de talheres de cabo trabalhado, coroadas por conchas e espátulas e colheres de servir, encorajando timidamente a abertura das suas gavetas com os seus minúsculos puxadores. O quarto dos meus Avós cheirava a óleo de cedro, água de rosas, Old Spice e creme Nivea. Tinha na cama uma 7
no Tejo (até aos seis anos, todos os barcos eram faluas). Quando as gavetas esgotavam o seu fascínio, quando o baloiço pendurado em frente ao limoeiro no jardim já não chegava, quando o pão-de-ló já tinha sido feito, o lanche dado, o Cola Cao bebido, quando já não havia facas rombas nem faluas, quando os lápis-de-cera frustravam pela sua imprecisão, quando os telefonemas com cheiro a baquelite com a outra avó já tinham sido feitos, havia o roupeiro.
pela sua simplicidade. Entre as suas gavetas e as das mesas de cabeceira (uma das quais guardava, recatada e envergonhadamente, um penico de loiça), havia mundos para explorar, à caça de pequenos tesouros que aliviassem as intermináveis tardes de férias de uma filha e neta única, de Patinhas lidos já centenas de vezes e de dois canais de televisão.
O quarto dos meus Avós cheirava a óleo de cedro, água de rosas, Old Spice e creme Nivea
O roupeiro trabalhado de madeira tinha em si uma gaveta especial, que eu podia abrir apenas com a supervisão gentil da minha Avó em manhãs, tardes ou noites de festa, ou quando o meu Avô, desesperando com uma neta com o nariz permanentemente enfiado num livro ou dramaticamente aborrecida deitada ao contrário no sofá, lá recorria aos seus tesouros para uma tarde de estórias. Da gaveta saía um desfile de pequenas caixas de plástico cor de marfim, com tampas gravadas a ouro
Tardes havia em que o chamar melancólico do amolador ecoava por entre os prédios e eu apressava a minha Avó em busca de chapéus de chuva tortos e facas rombas, que eram depois colocadas num pequeno cesto e baixadas por uma corda pela varanda, voltando afiadas e brilhantes, o processo de transformação observado por binóculos normalmente reservados para as faluas
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Pepedelrey (Lisboa 1967) estudou Imagem e Comunicação Audiovisual e Artes Gráficas na Escola de Artes Decorativas de António Arroio, nos idos anos 80 do século XX. Começou nesses anos a produzir BD que era publicada em diversos fanzines. Trabalhou em fotografia, cinema, televisão e publicidade. Em 2002 fundou a editora El Pep dedicada à edição de material original de autores portugueses. EM 2006 fundou o estúdio informal The Lisbon Studio e em 2014 fundou a El Pep Store & Gallery. Desde 1986 que tem sido publicado em diversos países, incluindo Portugal, bem como exposto em colectivas internacionais ou individuais em Portugal, Argentina, Brasil e outros. O seu trabalho e alguns dos seus livros foram premiados em Portugal, Brasil, Itália e outros países.
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Tiago tinha preparado uma história para nos contar, a de Nadezhda Yakovlevna Mandelstam, escritora e educadora, mulher do poeta russo Osip Mandelstam, que foi preso durante o regime estalinista, tendo falecido em 1938 num campo, na Sibéria. Todos os seus livros e poemas foram confiscados. De forma a perpetuar a memória dos seus poemas, Nadezhda (que em russo significa esperança) passa a convidar dez pessoas que iam a sua casa, à sua cozinha, amigos e desconhecidos,
essa nostalgia do passado e tentar voltar a ela? A resposta do autor, e que Tiago subscreve, é “Sim, mas com a coragem de termos ironia sobre nós próprios. E aí sim viver o presente”. E assim voltamos ao início da nossa conversa: a memória como a construção do lugar do presente. Tiago não hesita: “se alguém diz no meu tempo, está a falar do presente”. Usar a expressão e remeter para o passado só se justifica pelo medo e pela recusa de viver no presente. O aqui e o agora: este é o meu tempo.
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outros, ao fazê-los aprender de cor. É uma resistência contra o totalitarismo, sim, mas também biológica, contra a morte”.
“Devemos voltar aos lugares onde fomos felizes? Devemos alimentar essa nostalgia do passado e tentar voltar a ela?”
Com esta história, Tiago deixa-nos – a mim e à Pilar – com alguma inveja da sua memória. “Devo inventar algumas coisas pelo meio”, diz Tiago, a sorrir. Pilar encolhe os ombros, olha para mim e diz: “Para nós não faz diferença, nós não sabemos...” O que sabemos, de cor(ação), são os momentos que partilhamos, num dia de sol, no Convento do Carmo e que poderemos sempre dizer que fazem parte do nosso tempo.
a quem lhes ensinava um poema. Fez isto durante décadas, mesmo depois do marido ter falecido e os seus livros voltarem a ser publicados. “Muitos poemas são agora conhecidos pois houve pessoas que chegaram e disseram eu sei este poema. Por isso, foi possível recuperar a sua obra. Gosto muito desta história”, sublinha Tiago, “a de uma mulher que ressuscitava a voz do marido, na voz dos
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Estagiário promovido a re pó r te r
Um director artístico, um fotógrafo e um repórter entram num Festival Internacional de Teatro de Rua em Santa Maria da Feira, e o que poderá acontecer? Será que se perdem na multidão ou sentam-se a um canto a observar? Será que continuarão juntos no final? É teatro, é uma reportagem e foi na rua. um homem pálido, inconsciente, numa poltrona; dois outros de bata branca e ar compenetrado; uma multidão à volta da zona delimitada com fita amarela e preta, sinal de perigo iminente. Nesta praça − onde a vila se torna jardim e uma igreja altaneira acena de trás de balões gigantescos, do tipo que poderia, sem grandes problemas, levar uma pessoa adulta a dar um passeio −, há muitos curiosos, atraídos pela música das várias performances, instalados à frente deste cenário que grita “cientista louco”, onde o homem quase nu que seguimos até ao local foi encafuado dentro de um frigorífico com vista para dentro. Quem está de fora não sabe se é uma máquina do tempo ou de mudança de sexo, um forno ou um tanque para piranhas. Vemos só um homem dentro de um aquário para pessoas. Tudo pode acontecer, e acontece tudo. Vincent é um outro monstro de Frankenstein. A máquina acorda-o, ele é empurrado para o mundo, recebe uma educação relâmpago sobre todos os essenciais de ser humano.
O primeiro passo foi descobrir a cidade de Santa Maria da Feira, o segundo foi descobrir as fogaças. A fogaça é um bolo tradicional da região, e, por alguma razão, o objectivo principal da equipa da Gerador, plataforma da cultura portuguesa, ao chegar ao local de um prestigioso festival de teatro. Assegurados da existência dos bolos, e com três exemplares encomendados para o dia do regresso, telefonámos à organização para avisar que éramos chegados e que estávamos, a qualquer altura, prontos para entrevistar, conhecer e incomodar. Acabámos por satisfazer primeiro os verbos mais básicos do repórter (instalar, descontrair e jantar), e, refeitos, perdemo-nos nas ruas, onde achámos que era mais provável virmos a encontrar teatro. Descobrimos o nosso primeiro espectáculo quando o director artístico apontou um cavalheiro despido a ser empurrado numa poltrona com rodas. Seguimo-lo, como bons repórteres intrometidos, até à performance VINCENT, das companhias Cão à Chuva e Projecto EZ. Com os olhos da mente, acompanhem:
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Depois é liberto, já vestido e banhado, com o coração partido e refeito, e até uma gravata. Nós aplaudimos, chateamo-lo com fotos e entrevistas, e seguimos. O Vincent é a primeira de muitas paragens. Enquanto anoitece vemos um espectáculo infantil e um teatro de máscaras. A organização do Imaginarius acompanha-nos, mostra-nos segredos para mais tarde (“Só para os olhos da Gerador”), e leva-nos num passeio pelos vários palcos. Separamo-nos para uma performance que a organização insiste que vejamos: o espectáculo MUTE, com o músico Noiserv e o Ballet Contemporâneo do Norte. Neste, a primeira coisa que salta à vista é o cenário. Tinham-nos avisado de que era uma performance diferente: um concerto sem música. Para alguns, pelo menos. Porque a plateia está
dividida em duas, uma mais perto − onde estamos − e outra mais longe do palco. Uma metade do público tem direito a headphones, a outra não. A um canto, Noiserv está à espera dos bailarinos, todos pré-adolescentes. Quando ele começa a tocar, a música surge apenas pelos headphones, e a companhia de ballet acompanha-o com segurança. Dançam, sacodem-se, correm por entre as cadeiras e misturam-se com o público. Pintam-nos na cara e nas mãos com tinta azul, e dançam de novo. No fim, o público que nos rodeia, muito do qual consistirá, supomos, em pais e família dos bailarinos, sacode as mãos ao nível da cabeça em vez de aplaudir. Pensamos todo o mesmo, e Noiserv confirma: os bailarinos do Ballet Contemporâneo do Norte são surdos. Ouviram, durante os ensaios, as vibrações mais profundas da música de Noiserv,
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Joana Geraldes 62
Cena do Ăşltimo capĂtulo escrito por Cristina Drios
Nascido em 1985, é licenciado em Teatro − Actores na ESTC e pós-graduado em Estudos de Teatro na FLUL. Participou no Obrador d’Estiu-Dramaturgia (Barcelona), orientado por Simon Stephens. Fundador do Teatro do Eléctrico, onde escreve e encena. Colaborou com Primeiros Sintomas, Artistas Unidos, Teatro da Terra, Teatro Meridional, CET, Teatroesfera, ACT, Casa Conveniente, Teatro dos Aloés, Comédias do Minho, Cassefaz, Teatro O Bando, Procur.Arte. Tem várias peças de teatro editadas.
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Jornalista exploradora de e mo çõ e s fo r te s
Explorar destinos improváveis e levar-vos à boleia é o que leva a Gerador a ir onde mais ninguém vai. Desta vez, subimos à Ponte 25 de Abril. Antes da data que a baptiza, era denominada de Ponte Salazar. A sua construção foi adjudicada à empresa norte-americana United States Steel Export Company, que completou a grande obra em 1966. Para terem uma noção da grandeza, as torres têm cerca de 190 metros de altura acima do nível da água e um comprimento de 1012,88 metros. No dia 6 de agosto de 2016 faz 50 anos. E estamos todos prontos para assoprar velas e cantar parabéns à menina ponte. de Pintura da ponte. A primeira zona a explorar foi a das Amarrações, onde os milhares de fios de aço que compõem a liga metálica que ao longe nos parece uma só, se unem, compactam e depois voltam a bifurcar-se em pequenos conjuntos similares a uma estrutura muscular. Primeiro desceu o João, depois o Pedro, depois o Herberto (já vos tinha dito que iam todos comigo? Quem não quer visitar a ponte?). Eu olhei para o buraco que era a nossa entrada: o acesso era uma escada vertical de aço, como as que vemos nos submarinos. A descida à luz escassa parecia-me demasiado longa, e o ruído dos carros e dos comboios a passarem assustaram-me. O coração palpitava-me. Olhei para Júlio, que me acalmou, e disse “um degrau de cada vez, com calma e respirando sempre”. Não queria dar-me por vencida ainda antes da visita começar: “Bolas, se eles conseguiram, tu também consegues… E se eu me largo e caio da escada?”
Às nove em ponto dirigimo-nos para o Edifício 2, em busca da Nadir, uma das nossas anfitriãs nesta Visita Guiada. Nadir recebeu-nos com um largo sorriso e deixou-nos em óptimas mãos: com o Júlio Vaz, o fiscal actual da Ponte 25 de Abril, que conhece o monumento aniversariante como a palma das suas mãos. “Sigam todas as instruções do Júlio e tudo vai correr bem”. Seguimos Júlio até ao seu gabinete. Foi entregue a cada um de nós um capacete, um par de luvas e um colete amarelo fluorescente. Com aquela roupagem, rapidamente ganhámos uma falsa coragem e um estilo que nos podia fazer passar por “profissionais da ponte”. Júlio começou por partilhar connosco que a complexidade de uma estrutura como esta exige uma equipa enorme de profissionais, que todos os dias colaboram, para a sua manutenção. E como nunca vai nenhum profissional explorar a ponte sem outro colega, juntou-se a nós João Carvalho, Inspector
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De: Raquel A ndré D e si g n G r áf i co : Tiago C adet e Cola b o r ação : Be rnardo de A lm ei da
© ti ago cadet e
Entre Portugal e o Brasil, já colecionou 99 amantes. A colecção é infinita e a sua obsessão pela memória do efémero também. Marca encontros com desconhecidos, em apartamentos desconhecidos e durante um período de tempo ficcionam uma intimidade para pelo menos uma fotografia. O que procuramos quando encontramos alguém? Como guardar uma memória? Como capturar o efémero? Como guardá-lo? Como não esquecer? Colecção de Amantes é um projecto, uma pesquisa, uma história, são encontros infinitos, é uma peça de teatro, será um livro, uma exposição, e é sobretudo uma colecção de memórias. Artista associada da Materiais Diversos, o espetáculo Colecção de Amantes estará em circulação ainda este ano no Festival Materiais Diversos’16 em Minde e no Festival Walk&Talk’16 em Ponta Delgada.
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