Desenho Urbano Integrado

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ate lier de pro jeto ix

VOLUME ÚNICO


apresentação Os produtos desse trabalho foram elaborados pelos alunos Bárbara Fernandes, Germana Tinôco e João Vitor Macêdo, na disciplina de Atelier de Projeto 09 do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Pernambuco, ministrada pelos professores Albérico Barreto e Clarissa Duarte, no segundo semestre de 2020.

desenho urbano integrado volume VOLUME UNICO

EQUIPE 02 Bárbara Fernandes de Lima Germana Tinoco Carneiro de Oliveira João Vitor de Macêdo Silva

Esse trabalho trata-se do volume único referente aos estudos urbanos, planos e diretrizes para o “quadrilátero de Santo Amaro”, área entre a Rua Coelho Leite, Av. Norte Miguel Arrais, Rua da Aurora e Avenida Mário Melo, no Bairro de Santo Amaro. Serão apresentados o Plano Integrado de Conservação, Uso e Ocupação do Solo, assim como o Plano Integrado de Mobilidade e Espaços Públicos, o Plano de Massas de quadra para a área referida, com base nos conceitos presentes no “Urbanismo Sustentável” de Douglas Farr (2013) e na “Arquitetura Urbana” de Duarte et all (2014), abordando estudos e combinações tipológicas.


planos integrados

1.1.

1.2.

2.

plano de conservação, uso e ocupação do solo 1.1.1. diretrizes de conservação 1.1.2. diretrizes de uso 1.1.3. diretrizes de ocupação do solo planos de mobilidade e espaços públicos 1.2.1. diretrizes de mobilidade 1.2.2.diretrizes de espaços livres polares 1.1.3. diretrizes de articulação

planos de massa

2.1. estudos tipológicos 2.2. estudo de caso 2.3. estudos propostos

3.

projetos projetos de de quadra quadra

3.1. projeto 3.2. parâmetros urbanísticos 3.3. análise segundo a arquitetura urbana

4. 5.

considerações finais

Referências referências

sumario

0. 1.

introdução


introdução

Bairro de Santo Amaro Recife

C1

RUA VINTE E QUATRO DE

AGOSTO

RUA DOIS DE JULHO

VIA SEM NOME

C2

RUA DO VEIGA

Em 1940, centenas de famílias foram relocadas dos mocambos onde vivam, através do Movimento Serviço Social Contra o Mocambo, que tinha como objetivo retirar as moradias mais precárias com a construção de vilas populares. Esse foi o início do processo de urbanização, que posteriormente, veio a construir casas de alvenaria, calçou e saneou parte do bairro. Quando as atividades portuárias migraram para Suape, houve um processo de esvaziamento nos bairros do centro. Por um lado, a classe média deixava o eixo centro da cidade e passava a ocupar as zonas Norte e Sul do Recife, levando junto os serviços, escolas e atividades de lazer. Esse esvaziamento foi o responsável pelas repercussões sociais do centro. Em Santo Amaro especificamente, galpões e comércios inativos criaram grandes vazios urbanos e a desvalorização imobiliária se tornou inevitável. Em 2000, com a criação do Porto Digital, as atividades turístico-culturais voltaram aos bairros mais centrais. Em Santo Amaro foi o recém construído Shopping Tacaruna, o grande responsável pelo aumento de atividade econômica do bairro. A partir daí que o poder público começou a cogitar possíveis ferramentas de incentivo para recuperação do bairro até então esquecido. Foi então aumentado o potencial construtivo da área e também propostas de incentivos fiscais. Motivados pela localização privilegiada em termos de corredores de transporte público, chegaram ao bairro empresas de telemarketing, com cerca de 15 mil pessoas circulando diariamente para trabalhar, demandando então novos serviços e aumentando a atividade comercial do bairro. Outras grandes empresas foram atraídas, como o Jornal do Comércio e a Rede Globo. A Avenida Cruz Cabugá por sua vez, se tornou um grande “polo” religioso, e o bairro é conhecido pelo grande acúmulo de igrejas evangélicas, com templos de grande porte. Para este trabalho, o estudo consiste em apresentar a metodologia que emprega a elaboração dos planos de quadra, e por fim apresentar o Plano Integrado de Conservação, Uso e Ocupação do Solo, assim como o Plano Integrado de Mobilidade e Espaços Públicos. Para esta análise, usa-se como base o conceito de Espaço Urbano Cidadão, presente no Plano Centro Cidadão (PCC). Planos de quadra são espaços urbanos que apresentam relação próxima entre o público e o privado, onde morfologia e tipologia se relacionam para sustentar uma cultura urbana de vivência do espaço público. Ou seja, a elaboração dos planos de quadra e análise de vários aspectos gera a indicação de diretrizes necessárias para a melhoria do território.

AV. CRUZ CABUGÁ

O estudo desenvolvido durante a cadeira de Projeto IX contempla o bairro de Santo Amaro, na cidade do Recife, com delimitação entre a Rua Vinte e Quatro de Agosto e Rua Araripina, perpendicular com a Avenida Cruz Cabugá. O bairro de Santo Amaro é o responsável por fazer a ligação entre o Centro do Recife e a Zona Norte da cidade, onde limita-se com a cidade de Olinda. Teve suas origens em 1681, quando o Major Luís do Rego Barros construiu sobre as ruínas do Forte das Salinas uma capela, sob o nome de Santo Amaro das Salinas, padroeiro que deu nome ao bairro. No período de invasão do estado de Pernambuco, Santo Amaro era um bairro que abrigava muitos holandeses, até que foi tomado pelos pernambucanos em 15 de janeiro de 1654, dia de Santo Amaro. Em 1814, foi construído no bairro o primeiro cemitério da cidade do Recife, o Cemitério dos Ingleses, em um terreno doado pelo Governo da Província ao Cônsul Inglês. Por curiosidade, é lá que está sepultado o corpo do General Abreu e Lima, mártir da Revolução de 1817. Outro importante marco da cidade é o Cemitério de Santo Amaro. Sua construção foi iniciada no governo de Francisco do Rego Barros, o Conde da Boa Vista, e inaugurado no dia 1º de março de 1851, onde encontra-se sepultado nomes como Joaquim Nabuco, Agamenon Magalhães, Miguel Arraes e Chico Science. Duas importantes vias da cidade do Recife também cruzam o bairro de Santo Amaro, sendo elas a Avenida Norte Miguel Arraes e a Avenida Cruz Cabugá. Nessa avenida se encontra o Mercado de Santo Amaro, inaugurado em 1933, o Palácio Frei Caneca e o Hospital de Santo Amaro. Durante o carnaval, o bairro de Santo Amaro deixa de lado seu aspecto assombrado para se transformar em um cenário alegre e irreverente para os foliões nos espaços culturais do mesmo. O bairro conta com uma área territorial de 380 hectares, com aproximadamente 27.939 habitantes e cerca de 9.000 domicílios, sendo eles maioria do sexo feminino, com uma renda familiar média de R$1.892,10. Atualmente o bairro conta com 6 comunidades: João de Barros, Vila da Tecelagem, Vila dos Pescadores, Sítio do Céu, Santa Terezinha e Vila dos casados. A história da ocupação de Santo Amaro se deu através do crescimento da própria cidade (principalmente área central de Recife). Enquanto os bairros do Recife, São José, Santo Antônio e Boa Vista abrigavam a classe média da época e os principais serviços e instituições públicas – no início do século XIX – dormiam em Santo Amaro os operário e, consequentemente, a pobreza.

RUA ARARIPINA

Área de estudo geral Figura 01: Mapa de Localização Fonte: Autores

Área de estudo específica (ÁREA C)


1.

PLANOs integrados


PLANO DE CONSERVAÇÃO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO (MAPA SÍNTESE)

plano de conservação, uso e ocupação do solo O Plano de Conservação, Uso e Ocupação do Solo é uma síntese das diretrizes de conservação, diretrizes de uso e diretrizes de ocupação e adensamento habitacional. Cada uma dessas diretrizes foram analisadas com referência no local de estudo em questão, permitindo definir o plano atual das quadras.

c)Área de adensamento habitacional moderado (renovação especial)

A diretriz de conservação é a que define quais áreas devem ser preservadas. O critério para propor é:

•Conservar edificações consolidadas, conservar edificações de preservação cultural e preservar áreas de interesse social (CIS)

A diretriz de uso diz respeito as necessidades da área, quais tipos podem agregar valor. Então, os tipos de usos propostos são: a)Misto residencial (térreo ativo + residência) b)Misto comercial (térreo ativo + serviços) c)Institucional A diretriz de ocupação é representada por limiares, ou seja, a altura das edificações ou gabaritos máximos a serem permitidos na quadra, buscando preservar a morfologia e a identidade do espaço. Os limiares são representados em cinco níveis:

ÁREA TOTAL (em hectare)

C1 C2

2,02 4,17

HE

(HABITAÇÕES EXISTENTES)

0 768

Hd

(HABITAÇÕES DESEJADAS)

202 417

•Propor novos edifícios misto comercial (térreo ativo + serviços), e usos institucionais

202 -351 RUA VINTE E QUATRO DE

C1

•Adensar as quadras 01 e 02 por renovação, levando em consideração as edificações consolidadas e entendendo as potencialidades das quadras, visto que principalmente a 01 perdeu suas características tipológicas, estando descaracterizada e com espaços subutilizados

RUA DOIS DE JULHO

•Promover um Limiar 3 (térreo + 6) para ambas as quadras, mantendo assim um padrão consonante entre as duas

C2

• O ideal de habitantes da quadra 2 passa 351 habitaões, e na quadra 1 ele necessita de 202 habitações, sendo assim uma complementar à outra.

L3

RUA ARARIPINA

b)Limiar 2 (térreo + 3)

d)Limiar 4 (térreo + 9) e)Limiar 5 (térreo + 14) O adensamento habitacional busca a implantação e ocupação de novas unidades habitacionais na área em questão, propondo áreas de: a)Áreas/edificações a preservar/conservar b)Área de adensamento habitacional por reabilitação (a reabilitar)

AGOSTO

L3

a)Limiar 1 (térreo + 1)

c)Limiar 3 (térreo + 6)

HI

(HABITAÇÕES INCREMENTAR)

VIA SEM NOME

c)Áreas/edificações consolidadas

QUADRA

RUA DO VEIGA

b)Áreas/edificações de interesse social (CIS)

Síntese das diretrizes:

TABELA UNIDADES HABITACIONAIS A INCREMENTAR

AV. CRUZ CABUGÁ

a)Áreas/edificações de preservação cultural

d)Área de adensamento habitacional (renovação)

LEGENDA DIRETRIZES DE CONSERVAÇÃO ÁREAS/EDIFICAÇÕES DE PRESERVAÇÃO CULTURAL ÁREAS/EDIFICAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL (CIS) ÁREAS/EDIFICAÇÕES CONSOLIDADAS

LEGENDA DIRETRIZES DE ADENSAMENTO

DIRETRIZES DE OCUPAÇÃO

LEGENDA DIRETRIZES DE USO

L1 LIMIAR 1 (Térreo + 1)

USOS A PROMOVER ( PREDOMINÂNCIA POR VIA) MISTO RESIDENCIAL (TÉRREO ATIVO+ RESIDêNCIA)

L2 LIMIAR 2 (Térreo + 3) L3 LIMIAR 3 (Térreo + 6)

MISTO COMERCIAL (TÉRREO ATIVO + SERVIÇOS)

L4 LIMIAR 4 (Térreo + 9) L5 LIMIAR 5 (Térreo + 14)

INSTITUCIONAL

DIRETRIZES DE ADENSAMENTO ( ÁREAS A ADENSAR) ÁREAS/EDIFICAÇÕES A PRESERVAR | CONSERVAR ÁREA DE ADENSAMENTO HABITACIONAL POR REABILITAÇÃO (A REABILITAR) ÁREA DE ADENSAMENTO HABITACIONAL MODERADO (RENOVAÇÃO ESPECIAL) ÁREA DE ADENSAMENTO HABITACIONAL (RENOVAÇÃO)

N

0

50

ESCALA 1:2.750

100

200m Figura 02: Mapa Síntese Fonte: Autores


DIRETRIZES DE CONSERVAÇÃO

diretrizes de conservação AGOSTO

RUA DOIS DE JULHO

VIA SEM NOME RUA DO VEIGA

RUA ARARIPINA

LEGISLAÇÃO DA QUADRA ZEDE - CENTRO PRINCIPAL

N

0

50

100

200m RUA VINTE E QUATRO DE

ESCALA 1:2.750

c)Áreas/edificações consolidadas - Edificações acima de 4 pavimentos Através do mapa de gabarito (figura 06), é possível observar quais edificações das quadras possuem mais de 4 pavimentos, e por isso, serão edificações a serem preservadas, pois já são uma ocupação consolidada. É o caso do Aurora Trend, conjunto de 3 torres com 32 pavimentos cada, localizadas na Rua Dois de Julho. RUA VINTE E QUATRO DE

AGOSTO

RUA DOIS DE JULHO

AGOSTO

EDF. AURORA TREND NA RUA DOIS DE JULHO Fonte: Google Earth

COMÉRCIO INFORMAL DA RUA VINTE E QUATRO DE AGOSTO Fonte: Google Earth

RUA DOIS DE JULHO

AGOSTO

VIA SEM NOME

Figura 04: Mapa de Legislação. Fonte: Autores

AV. CRUZ CABUGÁ

RUA DO VEIGA

VIA SEM NOME

AV. CRUZ CABUGÁ

RUA DO VEIGA

VIA SEM NOME

AV. CRUZ CABUGÁ

RUA DOIS DE JULHO

RUA ARARIPINA

RUA ARARIPINA

TIPOLOGIAS PREDOMINANTES

SINDICATO DOS RODOVIÁRIOS DE PE NA RUA ARARIPINA Fonte: Google Earth

GABARITO

CASA DE UM PAVIMENTO

ESTACIONAMENTO

EDF. VERTICAL

TÉRREO

GALPÃO

TÉRREO + 1 PAV.

RUA DO VEIGA

RUA VINTE E QUATRO DE

RUA VINTE E QUATRO DE

AV. CRUZ CABUGÁ

Observando a legislação da área para identificar possíveis imóveis já protegidos por lei e considerando a paisagem cultural como principal fator para as propostas e intervenções no lugar, foram estabelecidas três categorias de critérios de preservação dos imóveis e área: a)Áreas/edificações de preservação cultural - Edificações ou conjuntos preservados por lei: Observando o mapa de legislação (figura 05), percebe-se que não há imóveis preservados em nenhum nível de tombamento. A área de estudo está dentro de uma ZEDE (Zona Especial de Diretrizes Especificas), caracterizada como centros de atividades múltiplas, potenciais ou consolidadas no Centro Principal. - Edificações ou conjuntos a preservar pelo valor histórico ou valor de uso Para a classificação desse item, foi utilizado o mapa de tipologia (figura 04), que apresenta quais são as predominâncias da área, sendo possível então identificar um imóvel como possível edificação a ser preservada por valor histórico e de uso. É o caso do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, na Rua Araripina, classificado como casa de um pavimento, onde busca-se manter as suas características tipológicas, que marcam o tempo de evolução e formação da área.

RUA ARARIPINA

TÉRREO + 32 PAV. N

0

50

100

200m

ESCALA 1:2.750

Figura 03: Mapa de Tipologias. Fonte: Autores

b)Áreas/edificações de interesse social (CIS) Como visto no mapa de legislação (figura 05), na área não constam imóveis a serem preservados por lei, entretanto, na Rua Vinte e Quatro de Agosto encontra-se uma grande concentração de barraquinhas de comércio nas calçadas, em todo o perímetro da rua; onde propõe-se uma relocação desse comércio para um local fixo e com estrutura, visto que eles já fazem parte da paisagem da área e devem sim ser considerados como um interesse social perante o estudo.

N

0

50

100

200m

ESCALA 1:2.750

Figura 05: Mapa de Gabarito. Fonte: Autores

- Edificações acima de 10.000m² Não foi identificado na área edificações acima de 10.000m². Em suma, como boa parte da área é composta por estacionamentos e galpões inutilizados, foram escolhidos apenas 3 áreas/edificações para participarem das diretrizes de conservação, sendo elas o Sindicato dos Rodoviários, o Aurora Trend e as barraquinhas de comércio da Rua Vinte e Quatro de Agosto, sendo então elaborado um mapa com tais diretrizes para ilustrar as mesmas.

LEGENDA DIRETRIZES DE CONSERVAÇÃO ÁREAS/EDIFICAÇÕES DE PRESERVAÇÃO CULTURAL ÁREAS/EDIFICAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL (CIS) ÁREAS/EDIFICAÇÕES CONSOLIDADAS N

0

50

ESCALA 1:2.750

100

200m Figura 06: Mapa de Conservação Fonte: Autores


DIRETRIZES DE USOS

diretrizes de uso

As diretrizes de usos ressaltam quais usos devem ser promovidos àquela área, sendo representados por via, segundo a diretriz de uso predominante. O objetivo de diversificar quanto ao uso é a promoção de ruas mais dinâmicas, impulsionando o usuário a se apropriar do espaço. Para se estabelecer às diretrizes de uso, as etapas seguintes foram cursadas:

RUA VINTE E QUATRO DE

AGOSTO

RUA DO VEIGA

1.A identificação dos usos existentes (figura 08 – mapa de usos) referente a Área C do quadrilátero de Santo Amaro, segundo as informações obtidas pelo Mapa Oficial da Prefeitura (ESIG);

VIA SEM NOME

AV. CRUZ CABUGÁ

RUA DOIS DE JULHO

RUA ARARIPINA

2.Reagrupamento dos usos segundo as subcategorias descritas inicialmente, visando a sintetizar as diretrizes:

RUA VINTE E QUATRO DE

AGOSTO

GABARITO ESTACIONAMENTO SERVIÇO HABITAÇÃO FORMAL TÉRREO VAZIO/EDF. SEM USO N

Figura 07: Mapa Síntese. Fonte: Autores

0

50

100

200m RUA DOIS DE JULHO

ESCALA 1:2.750

AV. CRUZ CABUGÁ

3.Identificação das potencialidades de uso atuais (por via e por predominância): A maior parte da área é classificada pelo uso comercial(serviço) e há uma grande concentração do uso habitacional verticalizada.

Posterior às etapas, foi compreendido que para as diretrizes de usos as novas edificações e/ou reabilitações, devem ser incrementado o uso Misto Comercial, de modo a agregar no local usos que acolham às necessidades do cotidiano, uma vez que a área referida possui um grande adensamento populacional com o uso residencial. No geral, as diretrizes apontaram para ruas com predominância de térreo ativo e com o uso comercial nos pavimentos superiores, impulsionando uma nova dinâmica na região.

RUA DO VEIGA

4.Definição das disposições de uso a propor, visando, ao mesmo tempo, preservar as identidades atuais de algumas vias e, atender aos objetivos gerais do plano.

VIA SEM NOME

a) Misto Residencial (Térreo Ativo + Residencial); b) Misto Comercial (Térreo Ativo + Serviços); c) Institucional.

RUA ARARIPINA

LEGENDA DIRETRIZES DE USO USOS A PROMOVER ( PREDOMINÂNCIA POR VIA) MISTO RESIDENCIAL (TÉRREO ATIVO+ RESIDêNCIA) MISTO COMERCIAL (TÉRREO ATIVO + SERVIÇOS) INSTITUCIONAL

A) Fomentar um Centro Preservado e Produtivo; B) Favorecer a implementação de um Centro Integrado e Inclusivo e; C) Promover um Centro Humanizado, Seguro e Confortável.

N

0

50

ESCALA 1:2.750

100

200m Figura 08: Mapa de Usos Fonte: Autores


DIRETRIZES DE OCUPAÇÃO DO SOLO

diretrizes de ocupação do solo As Diretrizes de Ocupação são compreendidas no adensamento populacional e também nos limiares de alturas que melhor auxiliam o adensamento proposta para a área, sendo levado em consideração o gabarito preexistente.

TABELA UNIDADES HABITACIONAIS A INCREMENTAR

Tais diretrizes foram representadas em cinco intervalos, definidos com base no volume 04 do Plano Centro Cidadão:

ÁREA TOTAL (em hectare)

C1 C2

2,02 4,17

0 768

202 417

C1

HI

(HABITAÇÕES INCREMENTAR)

202 -351

RUA VINTE E QUATRO DE

AGOSTO

L2

AV. CRUZ CABUGÁ

RUA DOIS DE JULHO

C2 L2

RUA DO VEIGA

Figura 10: Rua Araripina. Fonte: Google Street View.

As definições de das diretrizes de adensamento foram traçados com base no Adensamento Habitacional por Renovação, uma vez que a maioria das edificações da área se tratam de galpões e terrenos vazios (figuras 11 e 12), que se encontram em estado de má conservação e descaracterização, sendo considerada a renovação habitacional com enfoque na reconquista de uma vitalidade urbana perene e qualitativa. No entanto, deve-se ressaltar que apesar da renovação das edificações não se deve desconsiderar a importância da paisagem cultural da área e a sua conservação, de modo a manter a proporcionalidade com a escala do entorno. A equipe considerou o LIMIAR 2 (térreo +3) para a área, levando em conta a morfologia preexistente no entorno (figura 12) e visando diminuir a dissonância com as edificações existentes com o escalonamento de gabarito.

Hd

(HABITAÇÕES DESEJADAS)

Figura 09: Rua Dois de Julho. Fonte: Google Street View.

Ressalta-se que os parâmetros de ocupação, como recuos, taxas de ocupação e coeficiente de utilização serão propostos nas etapas posteriores para o plano de quadra específico (Plano de massa). As Diretrizes de Ocupação absorvem as diretrizes de Adensamento Habitacional, que têm como objetivo principal incrementar a ocupação habitacional do território e, consequentemente, a sua densidade populacional. As condições do adensamento populacional referente às quadras da “Área C” são completamente dissonantes, uma vez que na Quadra C1 não há nenhuma unidade habitacional e seu adensamento populacional é nulo, por outro lado a Quadra C2 é super adensada, possuindo 4,17 hectare e 768 unidades habitacionais existentes, quando o ideal é que a cada 1 hectare haja 100 unidades habitacionais.

HE

(HABITAÇÕES EXISTENTES)

VIA SEM NOME

a) LIMIAR 1 (até Térreo + 1); b) LIMIAR 2 (até Térreo + 3); c) LIMIAR 3 (até Térreo + 6); d) LIMIAR 4 (até Térreo + 9); e) LIMIAR 5 (até Térreo + 14).

QUADRA

RUA ARARIPINA

Figura 11: Edificações existentes no entorno. Fonte: Google Street View.

LEGENDA DIRETRIZES DE ADENSAMENTO

DIRETRIZES DE OCUPAÇÃO

DIRETRIZES DE ADENSAMENTO ( ÁREAS A ADENSAR)

L1 LIMIAR 1 (Térreo + 1)

ÁREAS/EDIFICAÇÕES A PRESERVAR | CONSERVAR ÁREA DE ADENSAMENTO HABITACIONAL POR REABILITAÇÃO (A REABILITAR) ÁREA DE ADENSAMENTO HABITACIONAL MODERADO (RENOVAÇÃO ESPECIAL) ÁREA DE ADENSAMENTO HABITACIONAL (RENOVAÇÃO) N

0

L2 LIMIAR 2 (Térreo + 3) L3 LIMIAR 3 (Térreo + 6) L4 LIMIAR 4 (Térreo + 9) L5 LIMIAR 5 (Térreo + 14)

50

ESCALA 1:2.750

100

200m Figura 12: Mapa de Ocupação do Solo Fonte: Autores


PLANO DE MOBILIDADE E ESPAÇOS PÚBLICOS (MAPA SÍNTESE)

PLANO DE MOBILIDADE E ESPAÇOS PÚBLICOS O Plano de Mobilidade e Espaços Públicos sintetiza as Diretrizes de Mobilidade (Espaços Públicos Viários), as Diretrizes para os Espaços Públicos Polares e as Diretrizes de Articulação. Cada uma dessas diretrizes é retirada de análises e mapas da área de estudo, que integradas possibilitam a definição do Plano de Mobilidade e Espaços Públicos. Quanto as Diretrizes de Mobilidade (Espaços Públicos Viários), são responsáveis por definir as vias a humanizar e/ou repartilhar, propondo à reabilitação dos espaços públicos viários do território em “Ruas Cidadãs”. Para isso, foram definidos três tipos de vias para obtenção das diretrizes de mobilidade e espaços públicos com enfoque em priorizar a mobilidade ativa, foram elas:

RUA VINTE E QUATRO DE

AGOSTO

a) Eixo Cidadão Metropolitano; b) Via Conectora; c) Via Ativa. Para a identificação das diretrizes dos espaços públicos polares, o critério da intervenção, seguiu os parâmetros equivalentes a espaços a reabilitar; a criar; a conservar e a ativar.

RUA DO VEIGA

As diretrizes de articulação buscam estimular e reabilitar os espaços públicos, sejam eles espaços polares ou vias, acentuando como critérios travessias seguras a promover, passagens de pedestres a criar e rotas cidadãs a reabilitar.

VIA SEM NOME

AV. CRUZ CABUGÁ

RUA DOIS DE JULHO

ESPAÇOS POLARES

RUA ARARIPINA

A REABILITAR A CRIAR A CONSERVAR A ATIVAR MULTIPARQUE (EDF. GARAGEM COM TÉRREO ATIVO)

VIAS A HUMANIZAR/REPARTILHAR

EDF. GARAGEM EXISTENTE (TÉRREO A ATIVAR) PRINCIPAIS ROTAS CIDADÃS A REABILITAR

VIAS / ÁREAS ARTICULADORAS

50

EIXO CIDADÃO METROPOLITANO

40

VIA CONECTORA

30

VIA ATIVA

PRINCIPAIS ROTAS CIDADÃS A REABILITAR PASSAGENS DE PEDESTRES A CRIAR TRAVESSIAS SEGURAS A PROMOVER ESPAÇOS SEMIPÚBLICOS A INTEGRAR / ARTICULAR MULTIPARQUE (EDF. GARAGEM COM TÉRREO ATIVO) EDF. GARAGEM EXISTENTE (TÉRREO A ATIVAR) ESPAÇOS PÚBLICOS POLARES (PRAÇAS, PARQUES E JARDINS) RUAS PROJETADAS

N

0

50

ESCALA 1:2.750

100

200m Figura 13: Mapa Síntese Fonte: Equipe 04


DIRETRIZES DE MOBILIDADE PARA ESPAÇOS PÚBLICOS VIÁRIOS

diretrizes de MOBILIDADE As Diretrizes de Mobilidade (Espaços Públicos Viários) estabelecem as vias a humanizar e/ou repartilhar, propondo à reabilitação dos espaços públicos viários do território em “Ruas Cidadãs”. Para isso, foram definidos três tipos de vias para obtenção das diretrizes de mobilidade e espaços públicos com enfoque em priorizar a mobilidade ativa, foram elas:

30

a) Eixo Cidadão Metropolitano b) Via Conectora c) Via Ativa d) Via Parque e) Via Ativa Sem Transporte Motorizado As vias Eixo Cidadão Metropolitano são vias primordiais para a cidade, ligando diversos pontos de articulação, com rotas acessíveis e confortáveis para pedestres, com presença de ciclovias ou ciclofaixas, faixa exclusiva para ônibus (faixa azul) e velocidade permitida entre 40 e 50 Km/H.

50

RUA VINTE E QUATRO DE

No entanto, as vias Conectoras são vias de articulação urbana, com rotas acessíveis e confortáveis para pedestres, podendo contar com ciclovias, ciclofaixas ou ciclorrotas, faixa exclusiva para ônibus (faixa azul) e velocidade permitida entre 30 e 40 Km/H.

40 RUA DOIS DE JULHO

AV. CRUZ CABUGÁ

As vias Ativas são vias locais ou micro locais, com exclusividade para ciclistas e pedestres, e usualmente não apresentam circulação de transportes coletivos, porém se sim, com velocidade máxima permitida de 30 Km/H.

AGOSTO

30

As vias Parque são vias com função de articular espaços públicos vegetados, apresentando grande cobertura vegetal e todas as outras características apresentadas nas Vias Conectoras.

Como vias de Eixo Cidadão Metropolitano, podemos classificar a Avenida Cruz Cabugá. Como vias Conectoras, podemos classificar a Rua Dois de Julho e a Rua Araripina. Como vias Ativas, podemos classificar a continuação da Rua do Veiga e a Rua lateral ao Aurora Trend. Dessa forma, foram traçados cortes para demonstrar as dimensões desejadas para um planejamento urbano integrado e sustentável na humanização da área em estudo. (figura 16)

RUA ARARIPINA

RUA DO VEIGA

As vias Ativa Sem Transporte Motorizado são vias locais ou micro locais, com exclusividade para pedestres e ciclistas, não possuindo nenhuma circulação de qualquer tipo de veículo motorizado. Dentro desse contexto, na área em estudo, não foram encontradas vias Parque, assim como também não vias Ativas Sem Transporte Motorizado.

VIAS A HUMANIZAR/REPARTILHAR

30

50

EIXO CIDADÃO METROPOLITANO

40

VIA CONECTORA

40 30

VIA ATIVA

N

0

50

ESCALA 1:2.750

100

200m Figura 14: Mapa de Mobilidade Fonte: Equipe 04


13.85

7.55

7.60

3.00

Na atual situação do trecho da Av. Cruz Cabugá há seis vias, duas no sen�do Olinda e quatro no sen�do Centro. As faixas não apresentam hierarquia e são u�lizadas por veículos e transporte público, incluindo BRT. As calçadas, apesar de largas, não apresentam vegetação, configurando um contexto desconfortável para o pedestre. A implementação do eixo cidadão metropolitano consiste na redistribuição das vias, de modo a acomodar exclusivas de transporte cole�vo, ciclovias e rotas acessíveis.

DIRETRIZES DE HUMANIZAÇÃO

9.00

2.50

30

30

30

30

AV. CRUZ CABUGÁ

3.00

3.50

4.00

3.50

3.00

3.00

2.40

8.55

50 EIXO CIDADÃO METROPOLITANO

2.80

2.80

3.50

2.40

40 VIA CONECTORA

8.70

6.65

A Rua Araripina apresenta duas faixas dedicadas a estacionamento de veículos e duas vias centrais de rolamento para carros. Apesar das calçadas rela�vamente confortáveis, a pouca arborização e intenso fluxo de veículos configura à rua um caráter hos�l. A implementaçção da via conectora proporciona uma via exclusiva para transporte público, espaços adequados para ciclistas e calçadas acessíveias para pedestres. CICLOROTA 30km/h

8.55

RUA DO VEIGA

RUA ARARIPINA

2.35

SITUAÇÃO ATUAL

2.85

O trecho da Rua do Veiga analisado é amplamente subu�lizado como estacionamento de veículos, tanto em uma das faixas da via, quanto na calçada. Propõe-se com as diretrizes de via a�va a priorização máxima de pedestres e ciclistas, além da criação de um passeio seguro, confortável e arborizado.

DIRETRIZES DE HUMANIZAÇÃO RUA DO VEIGA

5.00

RUA ARARIPINA

AV. CRUZ CABUGÁ

SITUAÇÃO ATUAL

Figura 15: Cortes Fonte: Equipe 04

5.35

1.50

3.00

3.00

5.35

30 VIA ATIVA


DIRETRIZES PARA ESPAÇOS LIVRES POLARES

diretrizes de ESPAÇOS LIVRES As Diretrizes para os Espaços Públicos Polares constatam posturas de intervenção e/ou ativação dos espaços polares segundo as seguintes categorias: a) espaços a conservar; b) espaços a reabilitar; c) espaços a criar d) espaços a ativar. Os espaços a conservar são caracterizados por estar em um bom estado de conservação e apresentarem um bom grau de apropriação social. Os espaços a reabilitar são os espaços polares que carecem de reabilitação física para o estímulo de seu uso qualitativo e uma apropriação social maior. Os espaços a criar se caracterizam pela observação de entornos carentes de áreas verdes ou de lazer em um raio caminhável. Os Espaços a ativar são, na maioria das vezes, espaços públicos polares que precisam promover equipamentos ou usos que atraiam mais usuários.

RUA VINTE E QUATRO DE

Na área de estudo foram identificados “espaços a criar” em ambas quadras da área C, que possuem potencialidades para criação de praças e/ou áreas verdes destinadas a lazer.

AGOSTO

RUA DO VEIGA

No mapa das diretrizes para espaços polares, foram identificados Edifícios garagens existentes que possuem térreo ativo ou possuem a potencialidade para a ativação do térreo, o que é denominado de “multi-parques” de acordo com o Plano Centro Cidadão. Os Edifícios Garagens estão inseridos nessa análise com o intuito de confirmar o potencial de espaço de encontro e atividades coletivas que pode existir no pavimento térreo desses equipamentos, dando suporte à mobilidade ativa, à atratividade e à vigilância social do seu entorno.

VIA SEM NOME

AV. CRUZ CABUGÁ

RUA DOIS DE JULHO

RUA ARARIPINA

ESPAÇOS POLARES A REABILITAR A CRIAR A CONSERVAR A ATIVAR MULTIPARQUE (EDF. GARAGEM COM TÉRREO ATIVO) EDF. GARAGEM EXISTENTE (TÉRREO A ATIVAR) PRINCIPAIS ROTAS CIDADÃS A REABILITAR

N

0

50

ESCALA 1:2.750

100

200m Figura 16: Mapa de Espaços Livres Fonte: Equipe 04


DIRETRIZES DE ARTICULAÇÃO

diretrizes de ARTICULAÇÃO As Diretrizes de Articulação dependem diretamente das Diretrizes Polares, já que para se poder reabilitar espaços públicos, deve-se traçar estratégias de articulação para a humanização da área de estudo. Nessa diretriz é necessário localizar: a)Principais rotas cidadãs a reabilitar b)Passagens de pedestres a criar c)Travessias seguras a promover d)Espaços semipúblicos a integrar Foi classificada como principal Rota cidadã a ser reabilitada a Avenida Cruz Cabugá e a Rua Vinte e Quatro de Agosto, devido seu alto fluxo de movimento. RUA VINTE E QUATRO DE

Sabe-se que toda travessia de pedestre deve ser sinalizada como segura, porém alguns pontos foram marcados estrategicamente no mapa como lugares de travessia a serem priorizados, como por exemplo a rua que pretende ser criada na Quadra 01. Foi dada uma atenção especial também as Travessias Seguras dos pedestres, devido ao grande fluxo de veículos presentes nas ruas, sendo as marcações feitas em cruzamentos, como por exemplo os da Avenida Cruz Cabugá com a Rua Araripina, Avenida Cruz Cabugá com a Rua Dois de Julho, Avenida Cruz Cabugá com a Rua Vinte e Quatro de Agosto.

AGOSTO

VIA SEM NOME

AV. CRUZ CABUGÁ

RUA DOIS DE JULHO

RUA DO VEIGA

Foi proposto também um Multiparque na Quadra 01, sendo um edifício garagem com térreo ativo.

RUA ARARIPINA

VIAS / ÁREAS ARTICULADORAS PRINCIPAIS ROTAS CIDADÃS A REABILITAR PASSAGENS DE PEDESTRES A CRIAR TRAVESSIAS SEGURAS A PROMOVER ESPAÇOS SEMIPÚBLICOS A INTEGRAR / ARTICULAR MULTIPARQUE (EDF. GARAGEM COM TÉRREO ATIVO) EDF. GARAGEM EXISTENTE (TÉRREO A ATIVAR) ESPAÇOS PÚBLICOS POLARES (PRAÇAS, PARQUES E JARDINS)

N

0

50

RUAS PROJETADAS

ESCALA 1:2.750

100

200m Figura 17: Mapa de Articulação Fonte: Equipe 04


2.

PLANOs DE MASSAs


MAPA DE TIPOS EXISTENTES

estudos tipológicos O estudo tipológico serve como instrumento de pesquisa na análise da paisagem urbana. Busca entender as principais e mais relevantes características das edificações, como esta foi construída, com o objetivo de entender a memória espacial e temporal da mesma. O estudo tipológico é uma das partes da análise morfológica, onde se vê as características das quadras, lotes e edifícios. Como visto no Volume 1, as diretrizes de adensamento e conservação foram baseadas nas tipologias presentes na área, onde foi discutido e escolhido quais elementos deveriam ser preservados e o porquê, se por importância histórica ou pelo seu estado de conservação. As quadras em estudo apresentam poucas edificações a serem comentadas e qualificadas, visto que boa parte delas são preenchidas por terrenos baldios. Visto isso, destaca-se que a maior porcentagem tipológica da área é de galpões (já que se encontra em uma antiga área portuária e muitos deles estão desativados por conta da criação de Suape). Seguindo essa lógica, a segundo maior tipologia encontrada na área são de casas soltas nos lotes e galpões ainda ativos usados para comércios e serviços. Em seguida, encontra-se uma grande disparidade no lote: três torres de edificação vertical soltas no lote, destoando totalmente do apresentado em quadra.

RUA VINTE E QUATRO DE

VIA SEM NOME

AV. CRUZ CABUGÁ

RUA DOIS DE JULHO

RUA DO VEIGA

A seguir, apresenta-se o mapa com a relação de predominâncias dos tipos encontrados nas quadras de estudos e posteriormente serão exibidas as imagens de cada tipologia identificada.

18,2%

RUA ARARIPINA

18,2%

Figura 18: Gráfico das tipologias da figura 19 Fonte: Autores

EDF. VERTICAL

9,1%

GALPÃO

27,2%

18,2% GALPÃO COMERCIAL

9,1%

CASA SOLTA NO LOTE

18,2%

18,2% 9,1%

OUTROS

27,2%

9,1%

CASA DE PORTA E JANELA MODIFICADO

18,2%

AGOSTO

N

0

50

ESCALA 1:2.750

100

200m Figura 19: Mapa de Tipos Existentes Fonte: Autores


tipos existentes RUA VINTE E QUATRO DE

RUA VINTE E QUATRO DE

AGOSTO

RUA DOIS DE JULHO

RUA DOIS DE JULHO

RUA DO VEIGA

RUA DO VEIGA

RUA DOIS DE JULHO

VIA SEM NOME

AV. CRUZ CABUGÁ

VIA SEM NOME

AV. CRUZ CABUGÁ

RUA DOIS DE JULHO

0

RUA DOIS DE JULHO

RUA ARARIPINA

RUA ARARIPINA

N

AGOSTO

50

100

200m

N

0

50

100

RUA ARARIPINA

200m

OUTROS

GALPÃO 27,2% RUA VINTE E QUATRO DE

18,2%

RUA DOIS DE JULHO

RUA VINTE E QUATRO DE

AGOSTO

AGOSTO

RUA DOIS DE JULHO

VIA SEM NOME

RUA DO VEIGA

RUA DO VEIGA

VIA SEM NOME

AV. CRUZ CABUGÁ

RUA DOIS DE JULHO

AV. CRUZ CABUGÁ

AV. CRUZ CABUGÁ

N

0

50

100

200m

0

N

GALPÃO COMERCIAL

RUA DOIS DE JULHO

RUA ARARIPINA

RUA ARARIPINA

50

200m

100

EDF. VERTICAL 18,2% RUA VINTE E QUATRO DE

9,1% RUA VINTE E QUATRO DE

AGOSTO

AGOSTO

RUA DOIS DE JULHO

RUA DO VEIGA

RUA DO VEIGA

VIA SEM NOME

AV. CRUZ CABUGÁ

VIA SEM NOME

AV. CRUZ CABUGÁ

RUA DOIS DE JULHO

RUA ARARIPINA

RUA DOIS DE JULHO

RUA DOIS DE JULHO

RUA ARARIPINA

RUA ARARIPINA

N

0

50

CASA SOLTA NO LOTE

100

200m

N

0

50

100

CASA DE PORTA E JANELA MODIFICADO 18,2%

9,1%

200m

Figura 20: Mapa de Tipos Existentes Fonte: Autores


estudo de caso

Tirana Riverside A quadra aberta é, em síntese, a materialização de uma arquitetura essencialmente urbana. [...] uma metodologia contemporânea de projetar a cidade fincada na valorização e no respeito à preexistência e ao reconhecimento dos avanços construtivos e da importância de remodelarmos, responsavelmente, parcelas importantes da nossa cidade, (DUARTE et all, 2014). Para materializar este conceito DUARTE et all, 2014 elaborou cinco propriedades espaciais, sendo elas:

Trata-se de um bairro sustentável as margens do rio que atravessa a capital da Albânia. O bairro é proposto por Stefano Boeri e sua equipe de arquitetos, que põe em prática vários conceitos de sustentabilidade ambiental em escala urbana e autossuficiência energética. O projeto é o primeiro na Europa desenhado para atender requerimentos específicos pós a crise do COVID19, promovendo um ambiente mais seguro e sustentável por meio de soluções tecnológicas. O bairro foi projetado para acolher uma população de até 12 mil novos moradores.

a)Proximidade (dos edifícios e das atividades com a rua): Considerando a densidade ocupacional do solo urbano como razoável, indica-se a implantação de boa parte das edificações propostas próximas às ruas (alinhadas aos limites “privados” das quadras), visando permitir uma maior relação entre espaços privados e públicos, principalmente através da relação entre as atividades realizadas nos pavimentos térreos e o uso das calçadas. b)1. Permeabilidade (física): Possibilidade de acesso ao interior da quadra ou através dela, facilitando as travessias e a mobilidade das pessoas. 2. Permeabilidade (visual): Maior relação visual entre espaços públicos e privados, principalmente nos pavimentos térreos, onde geralmente podem se concentrar atividades diversas, como comércio e serviços dinâmicos, fomentando a vigilância social.

Em suas quadras, a proposta de regeneração urbana incorpora uma série de diferentes características funcionais e sociais. O projeto apresenta

INFORMAÇÕES PROJETO

Stefano Boeri Architects

DE CONCESSÃO Tirana, Albânia

ANO

2020

TIPOLOGIA

Plano principal

CLIENTE

Município de Tirana

Figura 22: Vista Superior. Fonte: Stefano Boeri Architetti

c)1. Proporcionalidade (entre edifícios e entorno): Boa relação entre as proporções das edificações projetadas com as proporções do conjunto construído preexistente. 2. Proporcionalidade (entre edifícios e escala humana): As proporções das edificações projetadas devem ter como prioridade relacionar-se com a escala e proporção humana. d)1. Variedade (de formas): Diferenciação e escalonamento de formas e volumes visando uma maior relação do projeto com o entorno preexistente, através de suas formas e proporções. 2. Variedade (de usos): Diversidade de atividades nas edificações. e)Viabilidade (urbana e econômica): Consideração coesa de aspectos como oferta de infraestruturas e de mobilidade urbana (particularmente a oferta de estacionamentos), taxa de solo natural e espaços públicos complementares, assim como o atendimento às demandas do mercado imobiliário, particularmente no tocante ao potencial construtivo (ou coeficiente de utilização) da área projetada, a taxa de solo, de forma que atenda as exigências legais e socioambientais do lugar. Com base no texto acima, apresentamos agora um exemplo de um bairro que conta com quadras abertas em seu projeto.

soluções habitacionais onde todo o espaço térreo dos edifícios será destinado a atividades comerciais e de varejo além da criação de praças e espaços públicos dotados de áreas recreativas para a prática de esportes ao ar livre, englobando espaços de escritórios de forma a criar uma vizinhança dinâmica e autossuficiente. O objetivo principal é a criação de um conjunto coeso para a área como um todo, incentivando a instalação de pequenas e médias empresas locais, trazendo assim grande diversidade de usos para a área. Os serviços públicos foram agrupados em três grupos e implantados de forma equidistante dentro do bairro, promovendo a acessibilidade e a caminhabilidade na vizinhança.

Figura 21: As três Eras da Cidade segundo Christian de Portzamparc. Fonte: Artigo Arquitetura Urbana e Qualidade de Vida:


Permeabilidade física

PROPORCIONALIDADE proporcionalidade (EDF.xentorno) (edf.xentorno)

O projeto permite o acesso do transeunte ao interior de suas quadras, com passagens transversais e longitudinais, facilitando assim a mobilidade. Os arquitetos buscaram promover uma caminhada útil, segura, confortável e interessante para os pedestres, então o desenho do bairro foi completamente desenvolvido para que tudo fosse feito a pé.

Há relação harmônica entre os gabaritos existentes e o Tirana Riverside. O gabarito geral da cidade é considerado baixo, em torno de térreo + 5. A maioria dos edifícios projetados no bairro segue essa média quanto a gabaritos. Na introdução de tipologias verticais, existe um escalonamento com o limiar preexistente.

Permeabilidade VISUAL No pavimento térreo de todas as edificações há a permeabilidade visual, que propicia a relação entre o público e o privado, o que fomenta a vigilância social e estimula a sensação de segurança.

PROPORCIONALIDADE proporcionalidade (EDF.xesc) (edf.xesc) As edificações são projetadas à escala e proporção humana. Os edifícios verticais estão implantados em partes distintas do bairro possuem blocos com alturas variadas, que se tornam menores próximas as calçadas, permitindo uma projeção visual adequada a escala do pedestre.

Figura 26: Vista Superior. Fonte: Stefano Boeri Architetti

viabilidade viabilidade urbana O projeto em termos de infraestrutura, conta com a combinação de características funcionais e sociais, já que pretende atender a diferentes culturas e grupos sociais. É acessível e autossuficiente em termos energéticos, de água, alimentação e de serviços públicos urbanos, ou seja, viável para a cidade.

viabilidade econômica O bairro foi pensado para atender no térreo como forma de reativar a economia das pequenas e médias empresas albanesas. Possui um alto desempenho do ponto de vista da mobilidade, visto que todos os percursos podem ser feitos a pé, incentivando a circulação de pedestres e ciclistas.

Figura 23: Vista Superior. Fonte: Stefano Boeri Architetti

PROXIMIDADE PROXIMIDADE DOS EDIFÍCIOS Referente a dinamica do solo urbano, o projeto sugere a distribuição dos principais serviços públicos em torno de três núcleos, todos à uma distância favorável ao percurso a pé. Ao longo de um eixo verde, ladeado pelo rio Tirana, a área de regeneração urbana tem uma proposta de mobilidade que incentiva a circulação de pedestres e ciclistas, integrando as áreas comerciais e residenciais, com quadras esportivas e espaços de lazer públicos, permitindo uma relação mais intensa entre os espaços públicos e privados.

PROXIMIDADE ENTRE O LIMITE DA RUA Os recuos das edificações criam espaços de caminhadas e de estar, com grama e arborização, além de possuírem o térreo ativo, características essas que mantém a proximidade da edificação com as atividades realizadas pelos usuários nos espaços públicos.

Figura 24: Vista Superior. Fonte: Stefano Boeri Architetti

Figura 25 Fonte: Stefano Boeri Architetti

variedade variedade de formas As edificações do Tirana Riverside se encaixam no entorno, respeitando a proporção da preexistência, sendo ela considerada patrimônio ou não. Existem edificações cujo gabarito é excedente ao entorno, porém essas se encontram implantadas distantes dentro do bairro, relacionando-se bem com a preexistência da cidade, mesmo sem seguir à risca seu gabarito predominante.

variedade de usos Na concepção do projeto existe uma grande preocupação quanto a variedade de usos, em prol do adensamento habitacional e a criação de vias “cheias de vida”, onde os transeuntes se sintam assegurados pela vigilância social. O intuito principal é criar uma vizinhança dinâmica e autossuficiente, onde todo espaço térreo dos edifícios será destinado a atividades comerciais e de varejo, a praças e espaços públicos.

Figura 27 Fonte: Stefano Boeri Architetti

CONCLUSÃO Tendo em vista toda pesquisa e análise feita sobre o Tirana Riverside, pode-se concluir que se trata de um bairro de quadras abertas de uso misto, como meio de integração urbana, permitindo a permeabilidade das quadras para integrar à área da cidade; além de acolher várias culturas e origens. O Tirana Riverside pode ser considerado um bairro policêntrico de emissão zero, contendo todos os serviços essenciais aos cidadãos, projetado com uma arquitetura essencialmente urbana.

PROPORCIONALIDADE VARIEDADES VIABILIDADE EDF. X ENTORNO EDF. X ESC. HUMANA DE FORMAS E USOS URBANA X ECONÔMICA

PROPORCIONALIDADE

PERMEABILIDADE PROXIMIDADE FÍSICA E VISUAL EDIFÍCIOS E VIA

PERMEABILIDADE

Figura 28 Fonte: Autores


estudos propostos Os tipos propostos apresentam a morfologia volumétrica existente na área de estudo, que no caso desse produto, trata-se especificamente das quadras da área C. Os tipos comtemplam as tipologias mais presentes no sítio, ordenadas de modo a proporcionar o melhor aproveitamento do térreo permitindo assim um uma excelente permeabilidade visual e por consequência vigilância social.

QUADRA 01 (C1)

BASE

BARRA

BASE + BARRA

BASE

TORRE

BASE + TORRE

BARRA

TORRE

BARRA + TORRE

BARRA BASE

QUADRA 02 (C2) BARRA BASE TORRE As tipologias propostas admitem maior variedade morfológica da área, criando uma unidade no território e integrando os espaços públicos e privados. A variação entre os gabaritos é encontrada na área devido as grandes torres verticais existentes, as propostas buscam suavizar essa dissonância quanto ao gabarito preexistente, intercalando volumes e amenizando a segregação com a escala do pedestre. A nível térreo, as propostas são caracterizadas por bases mais largas e de menor gabarito, de modo que fiquem mais próximas das ruas e dos transeuntes, garantindo a permeabilidade visual e variedade de usos quanto comércio e serviços. O corpo das edificações é composto com volumes mais verticalizados, ainda assim, respeitando o escalonamento quanto ao gabarito.

Figura 13 Fonte: Autores

Figura 29: Vistas Axonométricas, Fonte: Autores


plano de massa geral

Figura 30: Vista Axonométricas Superior (Área C)

Figura 31: Vista Axonométricas Superior (Área C)

Figura 32: Vista Axonométricas Superior (Área C)

Figura 33: Vista Superior (Área C)


plano de massa tipo 1

LEGENDA Lojas Estacionamento CV

Serviços Comércio Corporativo - CoWork Área de convivência Habitacional CV

Circulação Vertical

+12.00 +9.00 +6.00 +3.00

Figura 34: Vista Axonométricas Superior (TIPO 1 Área C)

+0.00

CV

0 1

5

10

Figura 35: Vista Axonométricas Superior (TIPO 1 Área C)

Figura 36: Desenhos técnicos (TIPO 1 Área C)

25


plano de massa tipo 2

LEGENDA Lojas +9.00 +6.00

Estacionamento

+3.00 +0.00

Serviços Comércio Corporativo - CoWork Área de convivência Habitacional CV

Figura 37: Vista Axonométricas Superior (TIPO 2 Área C)

Circulação Vertical

CV

CV

0 1

5

10

25

Figura 38: Vista Axonométricas Superior (TIPO 2 Área C)

Figura 39: Desenhos técnicos (TIPO 2 Área C)


plano de massa tipo 3 LEGENDA Lojas Estacionamento Serviços Comércio Corporativo - CoWork Área de convivência

CV

Habitacional CV

Circulação Vertical

CV

+21.00 +18.00 +15.00 +12.00

Figura 40: Vista Axonométricas Superior (TIPO 3 Área C)

+9.00 +6.00 +3.00 +0.00

CV

CV

0 1

5

10

25

Figura 41: Vista Axonométricas Superior (TIPO 3 Área C)

Figura 42: Desenhos técnicos (TIPO 3 Área C)


plano de massa tipo 4

LEGENDA

Área de convivência Habitacional CV

+6.00

Circulação Vertical

+3.00 +0.00

CV

Figura 43: Vista Axonométricas Superior (TIPO 4 Área C)

CV

0 1

5

10

25

Figura 44: Vista Axonométricas Superior (TIPO 4 Área C)

Figura 45: Desenhos técnicos (TIPO 4 Área C)


3.

Projetos projetos DE quadra


planta de coberta

planta baixa térreo

LEGENDA ÁREA VERDE ÁREA DE PERMANCÊNCIA PERCURSO HABITACIONAL

LEGENDA

0 ESCALA 1:1.500

50

100

COWORK

ÁREA VERDE

LOJA

ÁREA DE PERMANCÊNCIA

ESTACIONAMENTO

PERCURSO

TERRÉO INTERATIVO

200m Figura 46: Planta de Coberta Fonte: Autores

0 ESCALA 1:1.500

50

100

200m Figura 47: Planta do Térreo Fonte: Autores


planta baixa 1° pav.

planta baixa pav. tipo

LEGENDA ÁREA VERDE

LEGENDA

ÁREA DE PERMANCÊNCIA

ÁREA VERDE

PERCURSO

ÁREA DE PERMANCÊNCIA

HABITACIONAL

PERCURSO

COWORK

HABITACIONAL

LOJA

COWORK

ESTACIONAMENTO

LOJA

TERRÉO INTERATIVO

ESTACIONAMENTO

ROOFTOP

0 ESCALA 1:1.500

50

100

200m Figura 48: Planta do 1° Pav. Fonte: Autores

TERRÉO INTERATIVO

0 ESCALA 1:1.500

50

100

200m Figura 49: Planta Pav. Tipo Fonte: Autores


cortes esquemáticos A’

LEGENDA ÁREA VERDE ÁREA DE PERMANCÊNCIA PERCURSO HABITACIONAL COWORK LOJA ESTACIONAMENTO TERRÉO INTERATIVO

0

50

A

100

200m

ESCALA 1:1.500

CORTE AA’

B’

LEGENDA ÁREA VERDE ÁREA DE PERMANCÊNCIA PERCURSO HABITACIONAL COWORK LOJA ESTACIONAMENTO TERRÉO INTERATIVO

0

50

100

B

200m

ESCALA 1:1.500

CORTE BB’ C

C’

LEGENDA ÁREA VERDE ÁREA DE PERMANCÊNCIA PERCURSO HABITACIONAL COWORK LOJA ESTACIONAMENTO TERRÉO INTERATIVO

0

50

ESCALA 1:1.500

CORTE CC’

Figura 50: Cortes Fonte: Autores

100

200m


perspectivas

Figura 51: Perspectiva Isométrica, Fonte: Autores

Figura 53: Perspectiva Isométrica, Fonte: Autores

Figura 52: Perspectiva Isométrica, Fonte: Autores

Figura 54: Vista Superior, Fonte: Autores


perspectivas

Figura 55: Perspectiva Isométrica Edf. Tipo 1, Fonte: Autores

Figura 57: Perspectiva Isométrica Edf. Tipo 3, Fonte: Autores

Figura 56: Perspectiva Isométrica Edf. Tipo 2, Fonte: Autores

Figura 58: Perspectiva Isométrica Edf. Tipo 4, Fonte: Autores


perspectivas

Figura 59: Perspectiva Edf. Tipo 1, Fonte: Autores

Figura 61: Perspectiva Edf. Tipo 3, Fonte: Autores

Figura 60: Perspectiva Edf. Tipo 1, Fonte: Autores

Figura 62: Perspectiva Edf. Tipo 3, Fonte: Autores


PARÂMETROS URBANÍSTICOS

QUADRA

ÁREA TOTAL (em hectare)

C1 C2

2,02 4,17

HE

(HABITAÇÕES EXISTENTES)

0 768

202 417

Em concordância aos parâmetros urbanísticos da nossa quadra alguns aspectos necessitam ser levados em conta, nossas duas quadras foram divididas criando novas sub quadras, desenvolvendo vias locais para se adequar aos parâmetros da arquitetura aberta, por isso na tabela essas sub quadras são divididas como lotes das quadras originais.

QUADRA

LOTE

01 C1 02 01 C2 02 03

Hd

(HABITAÇÕES DESEJADAS)

HI

(HABITAÇÕES INCREMENTAR)

202 -351

ACRESCENTADOS

154 56

Em relação ao número de habitações a incrementar ela pode sobrar como também faltar, nossa área já tinha o suficiente de habitações para as duas quadras tendo a quadra C2 suprindo a falta de habitações na quadra C1; porém na proposta desenvolvemos mais habitações pensando na segurança que o morador agrega as esquinas de rua.

N° DE ÁREA DO LOTE ÁREA TOTAL ÁREA TOTAL N° DE UNIDADES N° DE VAGAS EDIF. EDIF. HABIT. PAV. HABIT.

ÁREA ÁREA PRIVATIVA GERAL COMUM

ÁREA OUTROS USOS

CUT

8.468m²

14.335m² 9.498m²

8

108

57

14.335m²

3.322m²

_

1,9

13.068m²

15.387m² 9.000m²

4

46

28

15.387m²

5.115m²

_

1,2

6.708m²

4.844m² 1.908m²

5

21

28

4.844m²

1.956m²

_

0,7

8.194m²

7.752m²

__

4

28

7.752m²

2.807m²

_

0,9

6.143m²

6.116m²

3.180m²

7

28

6.116m²

3.333m²

_

1

35


análise segundo a arquitetura urbana No volume 02 desse referido trabalho, foram apresentados estudos volumétricos referentes a Área C, levando em consideração as suas características morfotipologicas preexistentes com o intuito de propor novas tipologias arquitetônicas e formas de uso e ocupação do solo na área de acordo com as diretrizes de adensamento elencadas. Essa proposta implementou padrões existentes dentro do conceito de quadra aberta e arquitetura urbana. “A quadra aberta é, em síntese, a materialização de uma arquitetura essencialmente urbana. [...] uma metodologia contemporânea de projetar a cidade fincada na valorização e no respeito à preexistência e ao reconhecimento dos avanços construtivos e da importância de remodelarmos, responsavelmente, parcelas importantes da nossa cidade”, (DUARTE et all, 2014). A Arquitetura Urbana aponta para projetos que integrem a edificação ao contexto preexistente e a escala do pedestre. Atendendo a esses princípios vemos os seguintes conceitos nas edificações propostas: Permeabilidade física: Foram criadas novas passagens para pedestres nas quadras e as edificações geram pátios internos e “grandes abrigos”, espaços dados para convivência pública, da cidade. Tornou-se assim mais fácil ao transeunte o acesso ao interior da quadra e através dela, melhorando a qualidade da mobilidade do pedestre/ciclista. Permeabilidade visual: No pavimento térreo das edificações há permeabilidade visual propiciada pelo uso de materiais translúcidos nas fachadas, gerando uma boa relação visual entre publico e privado. As atividades mais dinâmicas, onde circulam mais pessoas, estão concentradas no térreo, com o intuito de fomentar a vigilância social na área. Proximidade entre os edifícios: Tratando da dinâmica do solo urbano, as edificações propostas estão implantadas próximas as ruas e dos limites da quadra, de forma a ceder um pedaço de seu lote para ampliação de calçadas e passeios para pedestres/ciclistas. Proximidade com as atividades da rua: Os recuos das edificações criam espaços de caminhadas, com grama e arborização, além de possuírem o térreo ativo, incentivando a circulação dos pedestres e ciclistas na área e permitindo uma relação mais intensa entre os espaços públicos e privados.

7

Proporcionalidade entre edifícios e entorno: O sítio possui majoritariamente um gabarito baixo (térreo + 1) e tem como exceção duas torres de gabarito extremamente elevado e dissonante. Os edifícios propostos intercalam essas duas condições, escalonando o gabarito, mas priorizando a proporção majoritária na preexistência, que é mais próxima da escala do pedestre. Proporcionalidade entre edifícios e escala humana: As edificações projetadas tiveram como prioridade a boa relação de proporção do edifício com a escala e proporção humana. Os edifícios estão implantados de forma que se tornam menores nos limites dos lotes permitindo uma projeção visual apropriada a escala do pedestre. Variedade de formas: O escalonamento dado ao conjunto de volumes proposto tem relação com o entorno preexistente. Os volumes que compõe cada edificação variam, criando um mix de formas que reinterpreta as já existentes (como barra + base; base + torre), visando uma maior relação do projeto com o entorno. Variedade de usos: Referente ao uso existente nas edificações propostas, encontramos o uso de comercio – com lojas, de serviços – com o cowork e estacionamento, educacional – com a biblioteca aberta ao público dada devido ao entorno referente ao bairro de Santo Amaro, e o uso residencial, que vai ocupar predominantemente os pavimentos superiores, enquanto os outros usos se concentram no térreo, em prol da maior circulação de transeuntes gerando benefício a vigilância social e criando vias “cheias de vida” e dinâmicas. Viabilidade urbana: Na proposta foram ofertados estacionamento na maioria das edificações. Em termos de infraestrutura, há combinação de características funcionais e sociais. A taxa de solo natural foi convertida em grandes ambientes de estar público para usuários das edificações e do bairro, com grama e arborização. Incentiva a circulação de pedestres e ciclistas, visto que se trata de um conjunto fisicamente permeável. Viabilidade econômica: O potencial construtivo foi explorado conforme as diretrizes de ocupação e a proporcionalidade com a preexistência, buscando edificar de maneira rentável. O adensamento foi pensado para atender no térreo a lojas de pequenas e médias empresas e nos pavimentos superiores a Co-Works, que geram uma diversidade de grupos sociais, reativando a economia da área.

3

9

5

4 8

6 2 1

1

10

Figura 63: Perspectiva Isométrica Fonte: Autores

Permeabilidade física

FORAM CRIADAS NOVAS PASSAGENS PARA PEDESTRES NAS QUADRAS, E AS EDIFICAÇÕES GERAM PÁTIOS INTERNOS E “GRANDES ABRIGOS” QUE SERVEM DE PASSAGEM, PROMOVENDO A MOBILIDADE DO PEDESTRE/CICLISTA.

Permeabilidade VISUAL

NAS EDIFICAÇÕES HÁ PERMEABILIDADE VISUAL PROPICIADA PELO USO DE MATERIAIS TRANSLÚCIDOS NAS FACHADAS.

PROXIMIDADE DOS EDIFÍCIOS

AS EDIFICAÇÕES PROPOSTAS ESTÃO IMPLANTADAS PRÓXIMAS AS RUAS E DOS LIMITES DA QUADRA, DE FORMA A CEDER UM PEDAÇO DE SEU LOTE PARA AMPLIAÇÃO DE CALÇADAS E PASSEIOS.

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4 PROXIMIDADE ENTRE O LIMITE OS RECUOS DAS EDIFICAÇÕES CRIAM ESPAÇOS DE CAMINHADAS, COM GRAMA E ARBORIZAÇÃO. O TÉRREO ATIVO UMA RELAÇÃO MAIS DA RUA INTENSA ENTRE OS ESPAÇOS PÚBLICOS E PRIVADOS. 5 PROPORCIONALIDADE proporcionalidade OS EDIFÍCIOS PROPOSTOS INTERCALAM ESCALONANDO O GABARITO, 6 7

(EDF.xentorno) (edf.xentorno)

PROPORCIONALIDADE proporcionalidade (EDF.xesc) (edf.xesc)

PRIORIZANDO A PROPORÇÃO MAJORITÁRIA NA PREEXISTÊNCIA.

OS EDIFÍCIOS ESTÃO IMPLANTADOS DE FORMA QUE SE TORNAM MENORES NOS LIMITES DOS LOTES PERMITINDO UMA PROJEÇÃO VISUAL APROPRIADA A ESCALA DO PEDESTRE.

variedade de formas

OS VOLUMES QUE COMPÕE CADA EDIFICAÇÃO VARIAM, CRIANDO UM MIX DE FORMAS QUE REINTERPRETA AS JÁ EXISTENTES (COMO BARRA + BASE; BASE + TORRE).

variedade de usos

O USO RESIDENCIAL, VAI OCUPAR OS PAVIMENTOS SUPERIORES, ENQUANTO OS OUTROS USOS SE CONCENTRAM NO TÉRREO, VISANDO MAIOR DINAMICIDADE E A VIGILÂNCIA SOCIAL.

viabilidade urbana

EM TERMOS DE INFRAESTRUTURA, HÁ COMBINAÇÃO DE CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E SOCIAIS. FORAM OFERTADOS ESTACIONAMENTOS. A TAXA DE SOLO NATURAL FOI CONVERTIDA EM GRANDES AMBIENTES DE ESTAR PÚBLICO.

viabilidade econômica

O POTENCIAL CONSTRUTIVO FOI EXPLORADO CONFORME AS DIRETRIZES DE OCUPAÇÃO. O ADENSAMENTO FOI PENSADO PARA ATENDER NO TÉRREO A LOJAS E NOS PAVIMENTOS SUPERIORES A CO-WORKS, COM INTUITO DE REATIVAR A ECONOMIA DA ÁREA.

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10


4.

considerações finais


considerações finais O estudo desenvolvido nos volumes 01, 02 e 03 referentes ao Desenho Urbano Integrado no Bairro de Santo Amaro, na área C, delimitada pelas Ruas Coelho Leite; Av. Norte Miguel Arrais, Rua da Aurora e Avenida Mário Melo, contribuiu para o entendimento do projeto em um sítio já consolidado. Os princípios que nortearam o projeto são provenientes das publicações Quadra Aberta de Portzamparc (1997) e Arquitetura Urbana de Duarte et all (2014). O intuito principal foi suprir as necessidades encontradas na área, assim como identificar as potencialidades e trabalhar em cima delas para melhora-las, priorizando sempre a integração entre o espaço público e o espaço privado, assim como garantir que fosse ofertado um ambiente de qualidade para os usuários do bairro, tendo como enfoque principal o pedestre.

O plano de conservação, uso e ocupação do solo, o plano de mobilidade e espaços públicos, os estudos tipológicos da preexistência e os estudos de caso foram etapas de extrema importância para o entendimento do território e consequentemente para o desenvolvimento do plano de massas. As visões do futuro propiciam o entendimento dos benefícios ganhos com o conjunto proposto para a intervenção. O produto deste trabalho, por fim, buscou a renovação da área, integrando-o a cidade e conectando os espaços públicos e privados, desse modo propiciando aos transeuntes e usuários do bairro uma área interessante, segura e confortável. Figura 64: Visão Atual Fonte: Autores

Figura 65: Visão do Futuro Fonte: Autores


referências BARACHO, Maria. Santo Amaro, dos mocambos aos prédios de luxo. Diário de Pernambuco, 2015. Disponível em: https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/vidaurbana/2015/04/santo-amaro-dos-mocambos-aos-predios-de-luxo.html . Acesso em: 24 de set. 2020 DUARTE, Clarissa; et al. ARQUITETURA URBANA E QUALIDADE DE VIDA: Conceito e metodologia projetual para empreendimentos imobiliários sustentáveis. Recife: Universidade Católica de Pernambuco-Curso de Arquitetura e Urbanismo, 2014. (Apostila) Entenda o projeto do bairro preparado para pandemias e emergências climáticas. Revista projeto, junho 2020. Disponível em <https://revistaprojeto.com.br/noticias/entenda-o-projeto-do-bairro-preparado-para-pandemias-e-emergencias-climaticas/>.Acesso em 7 de outubro de 2020. Estudo preliminar de desenho urbano para o setor de ensino e conhecimento [recur¬so eletrônico] / Clarissa Duarte D. Câmara... [et al.], orga nizadores. -- [Recife : UNICAP, 2018]. 144 p. : il. -- (Plano centro cidadão ; v.4) GONZAGA, Vanessa. Bairro antigo, Santo Amaro já foi parte do território holandês. Brasil de Fato, 2019. Disponível em: https://www.brasildefatope.com.br/2019/08/01/bairro-antigo-santo-amaro-ja-foi-parte-do-territorio-holandes#:~:text=O%20bairro%20 de%20Santo%20Amaro,que%20deu%20nome%20ao%20bairro. Acesso em: 24 set. 2020 PORTZAMPARC, Christian de. A terceira era da cidade. Óculum, São Paulo, n.9, FAU PUC-Campinas, 1997. SÁ, Adalgisa Leôncio Eusébio de; VERARDI, Cláudia Albuquerque. Santo Amaro (Bairro, Recife). Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: http://basilio.fundaj.gov.br//. Acesso em: 24 set. 2020 Santo Amaro. Prefeitura do Recife, 2010. Disponível em < http://www2.recife.pe.gov.br/ servico/santo-amaro?op=NTI4Mg==>. Acesso em: 14 de outubro de 2020. Tirana Riverside. Stefano Boeri Designs, 2020. Disponível em <https://www.stefanoboeriarchitetti.net/en/project/tirana-riverside/>. Acesso em 8 de outubro de 2020.


desenho urbano integrado volume UNICO


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