As maiores erupções vulcânicas do século XX - XXI Disciplina de Biologia e Geologia Trabalho realizado por: Ana Teresa Capucho nº 3 Ângela Dinis nº 6 Fevereiro de 2011 10ºB
Introdução Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Biologia e Geologia, inserido na unidade “ Estrutura e dinâmica da geosfera” . Vamos começar por explicitar alguns conceitos sobre erupções vulcânicas e seguidamente vamos apresentar o top 10 das erupções vulcânicas mais violentas dos séculos XX – XXI. Teremos em consideração, principalmente, o número de mortes e a destruição causada. O que são erupções vulcânicas? São processos pelos quais o magma e os gases a ele associados ascendem, a partir do interior da Terra, à superfície. As erupções vulcânicas oferecem um espectáculo por vezes trágico, mas deslumbrante e com interesse para o conhecimento do interior do nosso planeta, visto o seu estudo ser um método directo para a compreensão do interior da geosfera.
10 – Eyjafjallajökull, Islândia No dia 20 de Março de 2010, deu-se a primeira erupção do Eyjafjallajokull. Três semanas depois deu-se a segunda erupção, mais violenta, que a primeira. O glaciar começou a derreter e a lava misturou-se com o gelo e um rio de lama correu para o mar. Por todo o lado sucederam-se grandes tremores de terra (entre os 6 a 9 graus da escala de Richter), ao longo das linhas de fractura da crusta terrestre e onde as grandes placas continentais colidem. As cinzas vulcânicas trazidas pelos ventos foram um grande perigo para os aviões. Por esse motivo, a segunda erupção causou um grande distúrbio no tráfego aéreo europeu. Enquanto algumas cinzas foram para áreas desabitadas na Islândia, a maioria foi levada por ventos do oeste e indo parar na Europa.
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9 – Katmai, Alasca A erupção do vulcão Katmai em 1912 transformou um pico de 2300 metros numa enorme caldeira de 5 quilómetros de largura. Três enormes explosões foram ouvidas a 1200 quilómetros de distância. Grandes emissões de cinzas e pedra-pomes cobriram um vale perto sob uma camada de 250 metros de altura, criando o chamado “Vale dos Dez Mil Fumos“, que se manteve quente durante muitos anos. Enormes nuvens de cinza obscureceram a área, mergulhando-a numa escuridão total durante 60 horas, e caíram cinzas em Kodiak, a 160 quilómetros de distância. Esta grande erupção quase não causou vítimas, por ter ocorrido numa região deserta.
Habitação coberta de cinzas
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8 – Santa Helena O monte de Santa Helena é um vulcão activo que fica no sudoeste do estado norte-americano de Washington, e é dos mais activos do “anel de fogo do Pacífico”. Após 127 anos de inactividade o vulcão entrou violentamente em erupção em Maio de 1980, matando cerca de 60 pessoas. Após um sismo de magnitude 5,1, o lado norte do monte entrou em violenta erupção provocando danos ambientais numa área de 550 km2. A cinza emanada da erupção provocou problemas respiratórios nos habitantes até 1500 quilómetros de distância do vulcão. Como resultado da explosão a altura da cratera do vulcão diminuiu e a sua largura aumentou em 2km. Foram destruídas casas, pontes linhas férreas e estradas. A coluna de fumaça gerada pela explosão atingiu 24 km de altura em menos de 15 minutos. A erupção ejectou no total 4 km³ de material, que inclui cinzas, lava e bombas vulcânicas. Várias espécies de grandes animais foram atingidas, como ursos e alces. Além disso, os níveis do rio Lewis diminuíram drasticamente.
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7 – Pinatubo, Filipinas O Monte Pinatubo é um vulcão activo localizado nas Filipinas. A sua última erupção ocorreu em Junho de 1991 com a morte de 800 pessoas. Após 500 anos inactivo, o vulcão entrou em erupção produzindo uma das erupções mais violentas do século XX. Muitas vidas foram salvas, pois as previsões no inicio da erupção permitiram evacuar alguns dos povoados que habitavam as áreas em redor do vulcão. Estas povoações foram severamente destruídas pelo fluxo piroclástico, composto maioritariamente por cinzas, e mais tarde as chuvas ácidas. Milhares de casas foram destruídas. Os efeitos da erupção foram sentidos em todo o mundo. Esta emitiu grandes quantidades de aerossóis para a estratosfera, que formaram uma camada global de neblina rica em ácido sulfúrico. Devido à explosão do Pinatubo, durante os meses seguintes, as temperaturas globais desceram aproximadamente 0,5°C e isso deveu-se ao facto de que as gotículas de ácido sulfúrico provocarem a reflexão dos raios solares, evitando que esses chegassem à Terra e assim arrefecendo-a.
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6 - El Chichón O vulcão “El Chichón” está situado no sudeste do México, em Chiapas. A sua erupção deu-se em 1982. A sua caldeira tem algumas centenas de metros de profundidade e aproximadamente 1 km de largura, e actualmente é um lago ácido. Morreram mais de 2.000 pessoas. A sua erupção foi importante devido às mudanças que causou no clima mundial, devido à grande quantidade de dióxido sulfúrico que foi emitida para o ar. Afectou o clima mundial durante anos. O penacho de gases e poeiras emitido pelo El Chichon, atingiu em cinco dias as Caraíbas e o Pacífico, e persistiu até 1985.
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5 - Lamington, Nova Guiné O Monte Lamington entrou em erupção na noite de 18 de Janeiro de 1951. Três dias mais tarde ocorreu uma erupção violenta durante a qual uma grande porção da face norte da montanha explodiu dando origem a fluxos piroclásticos devastadores. Já em 5 de Março ocorreu nova grande erupção que projectou grandes fragmentos do domo vulcânico a distâncias até 3 km, produzindo-se um fluxo de pedra-pomes e rochas, tão quente que queimou todas as árvores que se encontravam no seu caminho. A nuvem de poeira gerada pela explosão atingiu 12 km de altura, enquanto uma maré de lava devastava uma área de 230 km2. Os fluxos piroclásticos e as erupções de poeira e cinzas subsequentes preencheram ribeiros e tanques, provocando a morte a cerca de 3000 pessoas, além de danos materiais consideráveis.
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4 - Kelut, Indonésia Este vulcão localizado em Java, na Indonésia é famoso por quase 30 erupções explosivas que têm marcado a sua história desde 1000 d.C. Está inserido no “anel de fogo do Pacífico”. A erupção de 1919 foi de uma magnitude que ultrapassou todos os últimos registos de destruição maciça, com 5110 mortes. Esta fez com que o lago da cratera, em ebulição pela actividade vulcânica, atravessasse a encosta da montanha, destruindo 104 povoações e parte da cidade de Blitar.
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3 – Etna, Sicília O Monte Etna, na Sicília, em Itália, é um dos vulcões mais activos do mundo. A sua actividade é ininterrupta desde que começou a ser monitorado. Em Dezembro de 1991 o Etna registou uma das maiores erupções dos últimos três séculos, em termos de duração (473 dias, até o dia 1 de Abril de 1993) e em distância percorrida pela lava e sua quantidade (mais de 250 milhões m3). Este vulcão, mais do que uma vez, libertou anéis de fumo, um fenómeno raro e poucas vezes registado em erupções vulcânicas.
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2 - Nevado del Ruiz, Colômbia Nevado del Ruiz é um vulcão nevado (possui neve no seu cume, apesar de estar activo, com fumarolas e emissões de cinzas), situado na cordilheira Central, na Colômbia. Insere-se também no “anel de fogo do Pacífico”. A última erupção importante ocorreu em 1985 e causou a destruição do município de Armero, provocando cerca de 25.000 mortes. O curioso é que a erupção em si foi relativamente fraca, e nem de longe teria força suficiente para causar o desastre que ocorreu. O grande causador da destruição foi a própria geologia da montanha, de solo frágil e facilmente deslocável. A pequena erupção foi o suficiente para formar um massivo fluxo de lama e detritos, que engoliu a pequena cidade de Armero. Foi seguido por uma grande erupção como pré-emissão de fumarolas, bem como pós-erupção. O magma que foi expelido, era rico em dióxido de enxofre. Mesmo agora, a ameaça de futuras erupções paira sobre a cidade de Manizales, situado perto do Ruiz.
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1 - Monte Pelée, Martinica Monte Pelée é um vulcão situado no norte da Martinica. Em 1902, ocorreu uma das mais devastadoras erupções vulcânicas de que se tem conhecimento, tendo causado a morte de quase 30.000 pessoas e a destruição total da cidade de Saint Pierre, situada no sopé da montanha. A 8 de Maio de 1902, uma nuvem ardente desprendeu-se do alto do vulcão e destruiu inteiramente a cidade de Saint-Pierre. O fluxo piroclástico, uma cinza vulcânica, cobriu 20 km ao longo de toda cidade de Saint Pierre, seguida pela lava, de aproximados 1000 °C. O efeito do fluxo piroclástico foi tão devastador que em três minutos exterminou aquele povoado, derreteu casas e prédios. Antes desta enorme erupção, La Pelée começou a mostrar um aumento abrupto na actividade de fumarolas e deram-se as explosões menores na cúpula do vulcão. Saint-Pierre foi também atingida por tremores de terra, coberta por uma chuva de cinzas e envolta numa nuvem espessa e asfixiante de gás sulfuroso. As condições ambientais pioraram quando a cidade e as aldeias periféricas foram invadidas por insectos e cobras que desciam pelas encostas do Monte Pelée, fugindo da tempestade de cinzas e dos tremores. Houve também um tsunami de três metros de altura que inundou as áreas baixas, à beira-mar.
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Conclusão Concluímos que, apesar destas erupções serem todas muito diferentes, há alguns pontos em comum entre elas: • • • •
Em quase todas as erupções foram expelidos grandes fluxos piroclásticos; A maioria foi precedida por sismos; As erupções foram maioritariamente explosivas ou mistas; Como as erupções foram todas bastante recentes, todos estes vulcões se encontram ainda activos, e com probabilidades de entrar em erupção novamente. Achamos também que a principal razão para o número de mortes tão elevado em algumas erupções, foi o facto de as populações não terem sido avisadas da provável ocorrência da erupção, ou não terem dado importância ao aviso. Com este trabalho aprendemos muito e ficámos a conhecer os principais vulcões do nosso planeta.
Webgrafia e Bibliografia • • • • • • • • • • • •
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DIAS DA SILVA, Amparo., et al.(2008). Terra, Universo de Vida 10, 1ªparte. Porto Editora, Porto.