Prod e acumul de resíduos

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Biodegradáveis e não degradáveis Ano lectivo 2010/2011 Ana Teresa Capucho, nº3 Ângela Dinis, nº6 10ºB

Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Biologia e Geologia


Este trabalho foi-nos proposto pelo professor Paulo Tavares, no âmbito da disciplina de Biologia e Geologia, para aprendermos mais sobre o tema “Impactos na geosfera”.  Vamos começar por dizer o que são resíduos, diferenciar resíduos biodegradáveis de não degradáveis, e vamos falar sobre a sua produção e acumulação. 


Os resíduos são materiais gerados pela actividade humana, considerados sem utilidade. Não têm valor económico aparente e contribuem para a degradação ambiental. É preciso armazená-los e, se possível, eliminá-los.  É aquilo a que vulgarmente chamamos “lixo”.  O nosso planeta é um sistema fechado e, como tal, os seus recursos são esgotáveis. No entanto, o Homem tem vindo a produzir efeitos devastadores, tanto que nos últimos doze anos, a produção de resíduos aumentou, por exemplo na Madeira, em cerca de 175%! 


Resíduos biodegradáveis são os resíduos que podem ser decompostos por microrganismos do meio ambiente.  Como exemplos deste tipo de resíduos temos os restos e cascas de frutos, as aparas de madeira, a relva, entre muitos outros. 


Existem resíduos sintetizados pela indústria que não são biodegradáveis. Estes resíduos também podem ser chamados biologicamente resistentes. Não sendo degradados, estes vão-se acumulando, por exemplo na água, e atingem concentrações tão altas que geram sérios riscos aos seres vivos.


A produção de resíduos tem vindo a aumentar em quantidade e diversidade nas últimas décadas em todo o mundo, devido à explosão demográfica, ao crescimento económico e ao aumento do poder de compra das famílias.


Os resíduos biodegradáveis não deveriam ser acumulados, mas sim utilizados para compostagem (no caso de palha, restos de frutos e legumes) ou tratados por trituração mecânica (no caso da relva). No entanto, o mais usual é coloca-los nos contentores de RSU (indiferenciados).

A deposição de resíduos não degradáveis em aterros sanitários tem sido o método de eliminação mais implementado no nosso país. No entanto associam-se a ele algumas desvantagens (mau cheiro, poluição do solo,…) que poderiam ser ultrapassadas, por adopção de outros tratamentos mais eficazes, como a reciclagem.


Um outro problema da acumulação de resíduos é a produção de metano, que, ao espalhar-se pela atmosfera, aumenta os gases de efeito de estufa, contribuindo para o aquecimento global 21 vezes mais que o dióxido de carbono (CO2). Curiosidade -> Até muito recentemente, a maioria dos resíduos era armazenada inadequadamente em todo o mundo, por falta de condições e de conhecimento e depositada sem controlo em lixeiras, rios e mares.

Tratamento e destinos finais de resíduos sólidos urbanos em 1995


Cientistas americanos descobrem uma acumulação de resíduos de plástico no norte do oceano Atlântico A densidade de pequenos pedaços de plástico é equivalente à da chamada “Grande Mancha de Resíduos do Pacífico” e os seus efeitos são ainda desconhecidos, embora se saiba que a ingestão por aves marinhas é prejudicial para os animais. A acumulação de resíduos de plástico em alto mar é um fenómeno conhecido sendo particularmente famosa uma mancha de resíduos alegadamente do tamanho do Texas que se encontra à deriva no Oceano Pacífico. Agora, cientistas americanos vêm dar a conhecer um caso semelhante mas no Oceano Atlântico. Com efeito, cientistas da Sea Education Association (SEA) levaram a cabo um estudo ao longo de 20 anos que revelou que existe uma acumulação de resíduos de plástico no Atlântico Norte. Ao longo de duas décadas, foram recolhidas amostras de água através arrastamento por uma embarcação de uma rede parcialmente submersa, naquele que é o estudo mais longo e mais vasto sobre os resíduos à deriva. Dos 6100 “arrastos” realizados nas Caraíbas e no Atlântico Norte, ao largo dos Estados Unidos, metade revelou a presença de pedaços de plástico na superfície marinha, a maior parte com menos de 1cm de diâmetro. Segundo explica Karen Lavender, da associação SEA “Mais de 80% dos pedaços de plástico que recolhemos em arrastos encontravam-se entre os 22 e o 38 graus norte”, uma zona onde os resíduos se parecem acumular. A máxima densidade destes pedaços de plástico registada foi de 200 000 fragmentos por quilómetro quadrado, o equivalente à densidade máxima da “Grande Mancha de Resíduos do Pacífico”, esclarece a investigadora. O tamanho exacto desta mancha de fragmentos de plástico permanece por determinar, bem como os seus efeitos no ambiente. No entanto, explica Karen Lavender “sabemos que muitos organismos marinhos estão a consumir estes plásticos, o que é prejudicial no caso particular das aves marinhas”.


DIAS DA SILVA, Amparo et al. (2008). Terra, Universo de Vida 10, 1ªparte, Porto Editora.

http://www.ideiasambientais.com.pt/compostagem.html

http://www.ordeng.webside.pt/Default.aspx?tabid=288

http://www.slideshare.net/victoriahmatos/trab-geo2-2-presentation

http://pt.wikipedia.org/wiki/Res%C3%ADduos_s%C3%B3lidos

http://www.confagri.pt/Ambiente/AreasTematicas/Residuos/TextoSintese/Antecedentes/Pages/default.aspx

http://pt.wikipedia.org/wiki/Biodegrad%C3%A1veis

http://www.cmodemira.pt/PT/Viver/Ambiente/Residuos/Outrosresiduos/ResiduosBiodegradaveis/Paginas/default. aspx

http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=20&cid=15851&bl=1

http://www.gaiasa.com.ar/gaia_asp/paginasportugues/Kyoto4.asp?itemMenu=3&subitemMenu=4


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